ufpb em revista 9

48
O mês de novembro marcou os dois primeiros anos da gestão da primeira mulher reitora da Universidade Federal da Paraíba. Num Brasil ainda marcadamente dominado pelos homens, Margareth Diniz amplia e qualifica os horizontes da Instituição, tendo como principal componente a política da participação democrática. UFPB Ano II . Número 9 - Outubro 2014 Portão de acesso situado entre Residência e Hospital Universitário Prenúncio rosa

Upload: ufpb-em-revista

Post on 06-Apr-2016

254 views

Category:

Documents


19 download

DESCRIPTION

UFPB em revista está vinculada a Assessoria de Comunicação da Universidade Federal da Paraíba.

TRANSCRIPT

Page 1: UFPB Em Revista 9

O mês de novembro marcou os dois primeiros anos da gestão da primeira mulher reitora da Universidade Federal da Paraíba. Num Brasil ainda marcadamente dominado pelos homens, Margareth Diniz amplia e qualifica os horizontes da Instituição, tendo como principal componente a política da participação democrática.

UFPB

Ano II . Número 9 - Outubro 2014

Portão de acesso situado entre Residência e Hospital Universitário

Prenúncio rosa

Page 2: UFPB Em Revista 9

2 UFPB em revista

4 • REUNI - 2014 marca formação das primeiras turmas

6 • A UFPB ocupa atualmente a primeira coloação em inovação de softwares

8 •  Corredores ecológicos

9•  Zoonoses

10 •  CCHLA 40 ANOS- Aula Magna marca Comemoração

12 • CCS 40 ANOS- Atendimento à comunidade é referência do Centro

14 • CONCERTOS INTERNACIONAIS -  Série se consolida como meio de intercâmbio

16 •  BITWEEK - Evento é um dos maiores do NE

18 • MOBILIDADE URBANA - Professor é referência e autor do projeto em JP

22 • AÇÃO COMUNITÁRIA - Atuação visa minorar vulnerabilidade social

24 • NÚCLEOS DE DESENVOLVIMENTO - Sustentabilidade de 57 municípios é a meta

26 • CONSULTORIA FINANCEIRA - Escritório do CCSA atende público gratuitamente

27 •Estudante participa da ComicCon Experience

28 • GRADUAÇÃO - Administração prima por qualidade da formação

31 • PESQUISA & PÓS-GRADUAÇÃO - Novos rumos garantem melhoria de índices

35 • GESTÃO DE PESSOAS - Qualificação de técnicos busca melhorar serviços

36 •  ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL - Qualificação de técnicos busca melhorar serviços

38 • Investimentos buscam otimizar processos 

40• Licenças e projetos são priorizados pela PU 

42• MOBILIDADE - Gestão amplia convênios

44• NOVO ESTATUTO - Centros se destacam com formulação de propostas

46• EDITORA UFPB -  Prioridade é informatizar

e publicar e-books

SumárioAdministração

Reitora:

Margareth De Fátima Formiga Melo Diniz

Vice-Reitor:

Eduardo Ramalho Rabenhorst

Chefia de Gabinete:

Aline Sá

Pró-Reitoria de Administração (PRA):

Zelma Glebya

Pró-Reitoria de Assistência e Promoção ao Estudante (PRAPE):

Thompson de Oliveira

Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PRAC):

Orlando Vilar

Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEP):

Francisco Ramalho

Pró-Reitoria de Graduação (PRG):

Ariane Sá

Pró-Reitoria de Planejamento (PROPLAN):

Marcelo Sobral

Pró-Reitoria de Pós Graduação (PRPG):

Isac de Medeiros

Prefeitura Universitária (PU):

Sérgio Alonso

Superintêndencia de

Tecnologia da Informação (STI):

Pedro Jácome

Foto capaFrancisco Júnior

[email protected]

facebook.com/ufpbemrevista

tIRaGEM1.000 unidades

UFPB em revista está vinculada a Assessoria de Comunicação da Universidade Federal da Paraíba.

João Pessoa - PBOutubro - 2014

Equipe UFPB em Revista

Romulo JeffersonRedator/Estagiário

Kamilly LourdesProjeto Gráfico e Diagramação

Wallyson CostaRedator/Estagiário

Peter SheltonRedator/Estagiário

Luan MatiasRedator/Estagiário

Derval GolzioEditor

Page 3: UFPB Em Revista 9

A Universidade Federal da Paraíba avançou sig-nificativamente nestes dois últimos anos. Para além da retórica, os dados e avaliações realizadas no ensino, na pesquisa e pós-graduação demonstram claramente as melhorias. São estatísticas que podem ser facilmente verificadas através dos dados do CNPq/Capes, do Mi-nistério da Educação.

Também no quesito Extensão, nossa malha de projetos, aprovada nacionalmente, aponta para uma o crescimento da Instituição, para além dos muros que cercam os cinco Campi espalhados pelo Estado. Mas não somente dos projetos aprovados nacionalmente. Internamente, uma série deles acontece ampliando a in-teração e integração com a sociedade.

A Assistência Estudantil é outra área de atuação administrativa que tem recebido especial atenção. A ampliação do número de assistidos pelo Restaurante Universitário e nas Residências Universitárias ou pelas ajudas monetárias como auxílio moradia e refeição é demonstrativa da atenção dispensada para com o seg-mento estudantil.

Internamente, a administração tem demonstrado de forma contundente a necessidade de aprimoramento dos processos. Os investimentos em cursos de capacita-ção para os servidores técnicos administrativos buscam garantir, para além do crescimento individual e profis-sional dos funcionários da instiuição, uma maior agili-dade e eficiência na relação com os demais segmentos da comunidade universitária e com a sociedade.

Por, é importante ressaltar o momento de partici-pação efetiva dos segmentos universitários nos fóruns de discussão, sobretudo no que diz respeito a participa-ção efetiva e democrática da aplicação dos recursos da Matriz Orçamentária, duplicada através do Universi-dade Participativa. Através dele e pela primeira vez, as Unidades de Ensino podem discutir e decidir a aplica-ção de recursos que praticamente dobram os oriundos da Matriz Orçamentária.

É importante ressaltar, ainda, a atualização do Es-tatuto da Instituição. O processo abre a possibilidade de elaboração de um conjunto de normas que deverão reger o funcionamento da UFPB a partir das discus-sões travadas nos vários Centros da Universidade, e que deverão ser ainda debatidas e aprovadas pelo Conselho Universitário (Consuni).

Mais democracia, mais qualidade: melhor UFPB

CTDR CT CI CEAR CE CCTA CCSA CCS CCM CCJ CCHSA CCHLA CCEN CCAE CCA CBIOTEC

88

200

5837

199162 194

414

121 122 147

333

256

167128

23

22

210

21 29

11078

193

390

69 68125 147 154

64

181

34

POPULAÇÃO UNIVERSITÁRIATÉCNICOS/DOCENTES

DOCENTES TÉCNICOS

CTDR 63.580 CT 63.580 CI 63.580CEAR 92.480

CE 173.400CCTA 346.800

CCSA 462.400

CCS 265.880

CCM 312.120

CCJ 289.000

CCHSA 462.400

CCHLA 809.200

CCEN 589.560

CCAE 346.800

CCA 728.280

CBIOTEC 901.680

MATRIZ ORÇAMETÁRIA

À população de graduandos deve ser acrescida ainda os de formação técnica aos centros CTDR (170) e CCS (703).

Fonte: STI setembro de 2014

Page 4: UFPB Em Revista 9

4 UFPB em revista

Os cursos criados através do Programa de Reestruturação e Ex-pansão das Universidades Federais (Reuni/2007), com o objetivo de expandir a rede federal de edu-cação superior começam a for-mar seus primeiros profissionais. Como o estudante Ricardo Araú-jo, de Mídias Digitais, o primeiro a apresentar o Trabalho de Con-clusão de Curso (TCC), da tur-ma pioneira do curso em que faz parte, muitos outros estudantes de diversos cursos criados vivenciam o momento.

Desde o início da expansão, 14 universidades e mais de 100

campi foram criados, o que pos-sibilitou a ampliação do número de vagas e a criação de novos cur-sos de graduação. Apenas no pri-meiro ano (2007 a 2008), foram criados 180 cursos de graduação, passando de 2.326 em 2007 para 2.506 em 2008 e 15 mil novas vagas foram criadas para estudan-tes. A ampliação das universidades também foi acompanhada pelos institutos federais de educação e o número de campi chegou a 354 de 2003 a 2010, em 2002 eram 140, um aumento de mais de 100% em sete anos.

Apesar de todos os núme-

ros que expressam a dimensão do Reuni, as experiências narra-das e os resultados obtidos pelos integrantes dos cursos ajudam a entender a importância desse pro-cesso de transformação que ocorre desde 2003 nas universidades. A vice-coordenadora de Mídias Di-gitais, Signe Dayse, considera que os resultados demonstrados pelo curso fazem valer os investimen-tos dispensados. Para ela, a maior prova disso é que, hoje, existe uma demanda por estagiários que não é atendida porque faltam alunos disponíveis, tamanha a procura por esse profissional.

2014 marca formaçãodas primeiras turmasReportagem: Rômulo JeffersonFoto: Wallyson Costa

REUNI

Page 5: UFPB Em Revista 9

UFPB em revista 5

A grande procura do mercado por esse profissional decorre do seu perfil multidisciplinar, capaz de atuar em diversas áreas. Esse foi o pensamento primordial na época em que o projeto do curso foi elaborado e apresentado com a coordenação do professor Olavo Mendes, segundo Signe Dayse. As 24 apresentações dos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), mostram na prática essa realidade com trabalhos que vão desde monografias até a produção de aplicativos nas mais diversas áreas, como: o trabalho que abordou sobre compreensão, percepção e sensibilização dos portadores da síndrome de asperger (transtorno de evolução

da criança); uma tecnologia para uma empresa que conserta

relógios e outros na área da saúde, engenharia, medicina e artes.

Da mesma forma que o curso de Mídias Digitais busca formar um profissional multifacetado, o corpo docente que o compõe tam-bém possui as mesmas caracterís-ticas por ser composto por profes-sores com formações em áreas que não possuem, necessariamente, relação com o curso. É o caso do professor Jorge Barcelos, que tem formação na área de design indus-trial ministra disciplinas na área de animação. Outro exemplo é a pró-pria Signe Dayse, que tem forma-ção em pedagogia e hoje desenvol-ve projetos para o curso, como por exemplo o de design instrucional, que auxilia na aprendizagem atra-vés de ferramentas como vídeo e áudio digitais.

O mesmo ocorre com o Cur-so de Tradução, criado na UFPB em 2009 para atender uma de-

manda que, na visão da Coorde-nadora professora Luciane Leip-nitz, é crescente. Desde o começo do curso, o estudante de tradução tem contato direto com as práticas de tradução, fato que o ajuda a se familiarizar e atuar já no início de sua formação, no mercado de tra-balho.

Luciane Leipnitz, destaca as possibilidades de trabalho para o profissional de tradução que pode, dentre outras configurações, atuar até à distância. “O tradutor tem um amplo campo de atuYTação, uma vez que não há restrições geo-gráficas para sua atuação. Com o auxílio de novas tecnologias, um tradutor pode morar em João Pes-soa e trabalhar para uma empre-sa na Austrália, Japão ou Estados Unidos. Isto pode se dar através de contratos com as empresas, agên-cias de tradução ou como freelan-cer.”

Mesmo com os bons efeitos demonstrados pelos cursos citados, o Reuni ainda apresenta algumas lacunas apresentadas por todo grande projeto e que precisam ser sanadas. Uma delas trata-se do problema da evasão e retenção que, na prática, trata-se da dificuldade em manter os alunos no percurso ideal para o curso.

O coordenador de Escolaridade, professor João Wandemberg, salienta que estudos estão sendo realizados para tentar descobrir as razões para essa realidade. Segundo ele, uma equipe do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrá-rias (CCSA) está mapeando quantos alunos en-traram, quantos se formaram, evasão, retenção e que, em breve, os dados serão disponibiliza-dos.

Em Mídias Digitais, por exemplo, ainda não foram gerados dados sobre a evasão e reten-ção. Ainda assim, seus efeitos são sentidos e os motivos explicados pela vice-coordenadora

do curso: a primeira situação diz respeito aos estudantes que abandonam o curso; a segunda esta relacionada aos que fazem trancamento de matrículas em função do mercado de trabalho e, por fim, pelos estudantes que perderam discipli-nas ou optaram por se matricular em disciplinas mínimas e acabam atrasando o tempo de con-clusão do curso.

Existem também ações que foram desen-volvidas pelos cursos atráves do tempo e com a prática para minimizar os efeitos da evasão e retenção. Algumas medidas buscam minimi-zar a retenção e avasão estudantil. Uma medida considerada de boa efetividade foi a criação e divulgação da página na internet com cópia do projeto pedagógico, o estabelecimento do perfil profissiográfico (detalha as funções do profissio-nal), e ainda a inserção em projetos desenvolvi-dos na instituição que ajudam a manter o conta-to com o público externo.

Evasão e retenção

Page 6: UFPB Em Revista 9

6 UFPB em revista

A UFPB ocupa atualmente a primeira colocação em inovação de softwaresReportagem: Rômulo JeffersonFoto: Wallyson Costa

A UFPB ocupa atualmente a primeira colocação em inovação de softwares, segundo o Ranking Uni-versitário da Folha de São Paulo (RUF). Ao todo, foram desenvolvi-dos 22 programas de computador para as mais diversas áreas, entre elas a financeira, gestão pública e

da saúde. O resultado colocou a Universidade à frente da Univer-sidade Federal da Bahia, com 14 programas; da Federal de Sergipe, 11; e do Piauí, que produziu oito softwares.

Um dos softwares criados é da área de finanças, produzido

em parceria com a Universidade de Brasília (UNB) pelo professor José Marilson Martins Dantas. O programa, chamado Modelo Ope-racional de Infrasig de Sistema de Informação de custo e gestão apli-cado ao setor público, será utilizado pelo Banco Central. Outro produ-

Page 7: UFPB Em Revista 9

UFPB em revista 7

to desenvolvido por pesquisadores da UFPB é Ginga TV. Criado pelo professor Guido Lemos, a aplica-ção constitui-se em um sistema de interatividade para TV digital.

Para os diretores da Agência UFPB de Inovação Tecnológica, a Inova, os resultados se justificam pela qualidade na pesquisa que a Universidade tem na graduação e pós-graduação da área de compu-tação e tecnologia e, também, por-

que a produção de softwares tem um retorno maior e mais rápido, quando comparado à uma patente de produto.

Inova

A Inova foi recentemente reestruturada para dar apoio e encaminhar todos os pedidos e processos de proteção intelectual, sejam de softwares ou uma pesquisa na área de fármacos. Presidida pelo professor Petrônio Filgueiras de Athayde Filho, do Departamento de Química, a agência foi dividida em quatro diretorias com diferentes funções.

A diretoria de propriedade intelectual, de responsabilidade do professor Cleverton Rodrigues Fernandes, pensada para dar andamento à parte burocrática do processo, desde o recebimento até o registro. Além da diretoria de transferência de tecnologia, criada para fazer uma ponte entre academia e sociedade e, por fim, a diretoria de incubação, responsável por desenvolver meios de absorver as tecnologias criadas.

Responsável pela diretoria de transferência de tecnologia, a professora Melânia Lopes Cornélio trabalha para fazer a tecnologia chegar, de fato, ao mercado. Mas também, para entender as demandas da sociedade e apresentá-las aos pesquisadores. “É

importante que o cidadão comum perceba que a universidade trabalha não só com desenvolvimento intelectual, mas com produtos e serviços que vão beneficiar sua vida. Então a transferência de tecnologia é importante para a sociedade. E a Universidade ainda tem vários gargalos e é por isso que a gente está aqui.”

À frente da diretoria de in-cubação, o professor Rosivaldo de Lima Lucena, do Departamento de Administração, disse que é preciso fomentar a cultura empreendedora dentro da universidade como um todo. Segundo o professor existem iniciativas pontuais, como discipli-nas na graduação de administra-ção, no centro de tecnologia e na informática, mas que é preciso de-senvolver mais essa cultura.

Com o objetivo de fomentar essa cultura empreendedora, está em fase de construção no novo campus da UFPB, em Mangabeira, uma incubadora. Empreendimen-to criado dentro da universidade com estrutura física montada para que estudantes que têm a ideia de criar sua própria empresa se ins-talem e recebam todo o apoio da Universidade para irem se estru-turando por um período de tem-po de dois a três anos e, após isso, a empresa se “gradua” e entra no mercado.

Page 8: UFPB Em Revista 9

8 UFPB em revista

Uma solução criativa, prática e de baixo custo vem sendo imple-mentada na UFPB com o objetivo de reduzir a morte de espécies na-tivas da Mata Atlântica, bioma de floresta tropical onde o Campus I está localizado. Corredores artifi-ciais, feitos de pontes de corda, es-tão sendo instalados e já podem ser vistos em vários pontos da Cidade Universitária.

Este trabalho é uma ação li-derada pela Gestão de Áreas Ver-des, uma das 14 áreas de atuação da Comissão de Gestão Ambiental da UFPB. Além das instalações dos corredores, a proteção e o reflores-tamento de áreas degradadas, além da retirada do lixo presente dentro da mata que pertence a Universi-dade são algumas das funções da Gestão, que tem contado com o apoio e financiamento da Reitoria.

A primeira ponte de corda foi instalada no final do mês de agosto. Para o professor Tarcísio Cordeiro, do Departamento de Sistemática e Ecologia e um dos idealizadores do

trabalho, a ideia não é exatamente original, pois já existe em outras localidades do Brasil, mas pode ter efeitos ambientais importan-tes. “Essa é uma forma de mitigar o estrago feito com a urbanização da área de Mata Atlântica. Conec-tando os fragmentos florestais, a travessia dos animais, que muitas vezes são atropelados ao atravessar as vias, será facilitada”, destacou.

Bichos-preguiça e saguis, comumente vistos pela Cidade Universitária, são os principais be-neficiados pelos corredores. Nos períodos de primavera e verão, os animais aumentam a sua movi-mentação entre as áreas de mata, geralmente por motivos de acasala-mento e alimentação. Os atropela-mentos passam a ser mais constan-tes nesta época do ano. A proposta é em breve ter os 12 fragmentos de Mata Atlântica que se encontram na área da UFPB conectados entre si e com a Mata do Buraquinho.

Uma outra etapa do projeto diz respeito a instação de armadi-

lhas fotográficas nas cabeceiras da pontes. A proposta é ter máquinas camufladas e flashes com sensor de infra vermelho. Assim, quando o animal se aproxima, a foto é tirada sem disparo ou iluminação, evi-tando qualquer percepção do ani-mal. Assim pretende-se monitorar como os animais têm utilizado as pontes e identificar possíveis ajus-tes.

“Pessoas com habilidades es-pecíficas e até extremamente práti-cas, como um aluno que é ex-ma-rinheiro e tem ajudado a fazer os nós das cordas, estão envolvidas no projeto. O método é relativa-mente barato, o material não custa caro e a maioria dos envolvidos são voluntários”, lembrou o Professor Tarcísio. Uma possibilidade futura é levar o projeto até outras matas de João Pessoa, criando pontes en-tre fragmentos florestais que estão divididos por ruas e avenidas da cidade.

Corredores EcológicosReportagem e Foto: Luan Matias

Page 9: UFPB Em Revista 9

UFPB em revista 9

Quer adotar algum dos animais abandonados na UFPB? Mande uma mensagem para um dos emails abaixo:

[email protected]@gmail

ZoonosesReportagem: Luan MatiasFoto: Wallyson Costa

Instituída na atuala administração com a finalida-de de solucionar o problema do abandono de animais domésticos no Campus I, a Comissão de Bem-Estar Animal da UFPB é composta por voluntários que se dis-põem a trabalhar não apenas por esse objetivo, mas em prol de uma melhor relação entre as pessoas que fazem parte da comunidade acadêmica e os animais domésticos e silvestres que hoje estão na região da Universidade.

A professora Zélia Bora, do Departamento de Le-tras Vernáculas e presidente da Comissão, conta que o trabalho começou informalmente já no ano de 2004, quando alguns professores e funcionários conseguiram, através de uma ação junto a Polícia Federal, inibir a morte de gatos por envenenamento, prática constante na época. “Nossas atividades são constantes. Todos os semestres nós trabalhos com os alunos posições político-ecológias”, conta. Uma das pretensões é instalar dentro do Campus I câmeras, placas educativas e implementar um canal de denúncias.

O trabalho da Comissão de Bem-Estar Animal não atua apenas dentro da Universidade. Escolas públicas são assistidas pelos bolsistas e voluntários, responsáveis por trabalhar com esses alunos. Outro ponto de destaque diz respeito ao Fórum Estadual de Proteção e Defesa Ani-mal, que assim como algumas ONGs surgiram dentro da UFPB. “É importante termos claro que essa é uma questão política, não no sentido partidário, mas no de cobrar dos poderes públicos maneiras de lutarmos pela natureza e pela vida”, revela a professora Zélia.

A atual administração municipal de João Pessoa havia prometido a construção de um Hospital Veterinário na cidade, o que não ocorreu. Ainda assim, há uma parceria com a coordenação do Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses, que destinou uma cota para a estirilização dos cães e gatos que vivem na UFPB. Em contrapartida, um curso denominado Ética, Direito Animal e Bem-Estar Animal será ministrado por membros da Comissão para os funcionários da Prefeitura que trabalham na área.

UFPB em revista 9

Page 10: UFPB Em Revista 9

10 UFPB em revista

pesquisa e extensão, mas também nas lutas políticas. “Quando era estudante, participei aqui das lutas pelas Diretas Já. O nosso Centro sempre teve protagonismo na Universidade”, contou o Vice-Diretor, Rodrigo Freire.

Para a Diretora Mônica Nó-brega, tanto o Centro como a UFPB tomaram um novo rumo desde o final da última década. “A nossa história e da Universi-dade como um todo se dividem em antes e depois do Reuni. Fo-ram criados novos cursos, o nú-mero de professores aumentou e os cursos mais antigos ganharam vagas. Como exemplo da expan-são podemos citar a graduação em Mídias Digitais, que além de

Uma das mais tradicionais unidades de ensino da UFPB, o Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), com-pletou 40 anos de atividades no último mês de setembro. Para co-memorar essa marca de serviços prestados não só a Universidade, mas a sociedade paraibana, acon-teceram três dias de atividades comemorativas, que foram dis-tribuídas em uma sessão solene, homenagens, mesas redondas e na realização do Circuito Universitá-rio de Cinema.

Na abertura da programação aconteceu a Aula Magma, que contou com a presença da Reitora Margareth Diniz; do Vice-Reitor Eduardo Rabenhorst; da Diretora

do Centro, Mônica Nóbrega e do Vice-Diretor do Centro, Rodrigo Freire. Vários Ex-Diretores do CCHLA também compareceram a cerimônia e foram homenagea-dos. Na oportunidade, a história da criação do Campus I e do Cen-tro foram relembradas, retratando todo o crescimento e evolução da estrutura durante as últimas qua-tro décadas.

A importância do CCHLA para a Universidade é indiscutível. Mesmo com o desmembramento e criação do CCTA, em 2011, continua sendo um dos maiores centros da UFPB, com 13 cursos de graduação e 13 de pós-graduação. “O CCHLA tem uma história não apenas em ensino,

Aula magna marca comemoração Reportagem e Foto: Luan Matias

CCHLA 40 ANOS

Page 11: UFPB Em Revista 9

UFPB em revista 11

Aula magna marca comemoração inovadora, tratou-se de um gran-de desafio para o CCHLA: unir a área de humanas com a tecnolo-gia”, destacou.

Embora a criação de novos cursos já esteja em andamento, com um novo Mestrado Profissio-nal da área de humanas, o desa-fio mais premente diz respeito a infraestrutura e ao espaço físico, já que não há salas de aula sufi-cientes para acompanhar o cres-cimento numérico e as maiores demandas. “Esse é um momento de focarmos na consolidação dos cursos já criados nos últimos cin-co anos e melhorar a estrutura dos antigos, concluiu a Diretora do Centro.

O tempo presente é minha matéria. Não cabe aqui uma visão saudosista, mas uma visão histórica do CCHLA. Embora em alguns momentos tenha servido as interesses obscuros da ditadura, sabemos que aqui se constituiu uma vanguarda na luta pela democracia. Os militares construíram muitas universidades, mas não combinaram com quem habitava nesses prédios. Não havia intenções para espaços de vivência e coabitação. Aqui foi colocada em prática a ideologia da ditadura e da tortura, mas aqui também houve respostas. O senso crítico aqui formado alimentou a democracia de coragem - aqui também houve uma luta extraordinária pela gestão

democrática da Universidade

(Neroaldo Pontes)

UFPB em revista 11

Page 12: UFPB Em Revista 9

12 UFPB em revista

CCS 40 ANOS

Reportagem: Luan MatiasFotos: Jéssica Azevedo

O Centro de Ciências da Saúde, tradicional unidade de en-sino da Universidade, comemora no ano de 2014 os seus 40 anos de fundação. Para celebrar a impor-tância da marca, uma série de ati-vidades ocorreram durante todo o mês de novembro, a exemplo de Sessão Solene do Conselho, lan-çamentos de livros, seminários, oficinas, campanha de doação de sangue e prevenção a diabetes, re-tratando assim a tradição do Cen-tro de unir atividades acadêmicas com a prestação de serviços à so-ciedade em geral.

Hoje o CSS é o maior Cen-tro em termos de espaço físico do Campus I da UFPB, ocupan-do quase 50% da área da Cida-de Universitária. E mesmo com o desmembramento do Centro de Ciências Médicas, no ano de 2007, já superou a estrutura que possuía anteriormente. Atual-mente são quase 500 professores, 400 servidores técnico-adminis-trativos e aproximadamente 3500 alunos divididos em dez cursos de graduação, programas de Mestra-do, Doutorado e uma Residência Multiprofissional, desenvolvida

em parceria com o Hospital Uni-versitário Lauro Wanderley.

Entre os cursos oferecidos pelo Centro, destaca-se o Progra-ma de Pós-Graduação em Pro-dutos Naturais e Sintéticos Bio-ativos, que recebeu nota 6 pela Capes, considerado um nível de excelência. Para o professor Rei-naldo Nóbrega, diretor do CCS, a execução do tripé Ensino, Pes-quisa e Extensão merece destaque. “Na pesquisa temos elevado nú-mero de publicações reconhecidas internacionalmente. Já na Exten-são, fomos considerados o centro

Atendimento à comunida-de é referência do Centro

Page 13: UFPB Em Revista 9

UFPB em revista 13

Atendimento à comunida-de é referência do Centro

com o maior número de projetos aprovados junto ao Proext. Todos os nossos departamentos têm la-boratórios atendendo a comuni-dade, que também tem acesso a toda estrutura esportiva”, desta-cou.

Atualmente o CCS tem se empenhado na recuperação da sua infraestrutura. A edificação res-ponsável por acomodar os progra-mas de pós-graduação em Educa-ção Física e Fisioterapia está em fase de conclusão. Além disso, os ginásios esportivos, que há muitos anos não passam por melhorias, estão em reformas. “Mesmo com o aumento no contingente de alu-nos, hoje temos várias salas de aula atendendo as demandas. Eram muitas obras inacabadas, mas em conjunto com a Reitoria temos buscado essa recuperação. Temos um planejamento estratégico para os próximos quatro anos e dentro dessa programação existem planos para a criação de novos cursos e a ampliação das nossas instalações atuais”, concluiu o Diretor.

Na pesquisa temos elevado número de

publicações reconhecidas internacionalmente.

Já na Extensão, fomos considerados o centro

com o maior número de projetos aprovados junto

ao Proext. Todos os nossos departamentos têm

laboratórios atendendo a comunidade, que também

tem acesso a toda estrutura esportiva

(Reinaldo Nóbrega)

UFPB em revista 13

Page 14: UFPB Em Revista 9

14 UFPB em revista

A Série Concertos Internacionais se consolida na UFPB como importante meio de intercâmbio edu-cacional e rica fonte cultural pela sua periódica pro-gramação de eventos musicais. A série, que promove a vinda de professores internacionais à Instituição, é realizada através do Programa de Pós Graduação em Música (PPGM), que comemora, em 2014, 10 anos de atuação, com a recente criação do doutorado em música e mais de 100 mestres formados.

Para o professor Felipe Avellar de Aquino, é de suma importância salientar o intercâmbio proporcio-nado pela Série Concertos Internacionais que serve para estreitar relações e criar mais vínculos institucio-nais. “Isso resulta em intercâmbio docente e discente. Os nossos professores começam a circular tanto nacio-nal quanto internacionalmente, se apresentar, realizar palestras, masterclasses em universidades. Há também vários ex-alunos da graduação que através da interação com professores do exterior, hoje estão, por exemplo na universidade de Alberta no Canadá, Louisiana State University, Universidade de Houston etc.”.

A série ganhou forte reforço com a criação, há dois anos, da sala Radegundis Feitosa, que deu autono-mia para as apresentações na Universidade. De acordo com Felipe “foi um divisor de águas para a produção artística e principalmente para o PPGM. Como a sala é da própria instituição a gente tem muito mais acesso para organização desses eventos. Anteriormente tínha-mos que solicitar o espaço cultural, ou as igrejas, como agora temos uma sala, com um bom piano, fica tudo muito mais fácil. Desde então temos conseguido trazer diversos docentes tanto dos Estados Unidos quanto da Europa”.

Avellar salienta que “o aluno se apresentando em um palco equivale ao seu próprio laboratório.

Então para gente a sala além de ser um espaço de produção artística, é o laboratório onde ele vai repli-car tudo que vai realizar no meio profissional, seja em um recital dele quanto um orquestral. A implan-tação da sala foi um divisor também para a comu-nidade, tanto do campus quanto para a cidade por oferta de concertos, que em determinadas épocas do ano é quase que diária”.

Desde a construção a sala apresentou peque-nos problemas que foram sanados rapidamente. Re-centemente o calendário de apresentações foi pau-sado por problemas na iluminação. Avellar relata

Reportagem: Wallyson CostaFotos: PPGM

CONCERTOS INTERNACIONAIS

14 UFPB em revista

Série se consolida como meio de intercâmbio

Page 15: UFPB Em Revista 9

UFPB em revista 15UFPB em revista 15

que “não tínhamos uma iluminação apropriada para sala de concertos, ou de teatro, era uma iluminação provisória, muito fraca que dificultava a leitura das partituras. O processo de licitação já está avançado, e prevemos a volta da programação orquestral para novembro”.

Atualmente, a organização já planeja o calen-dário de apresentações para o ano de 2015. Estão previstas as apresentações, já no início do ano, do contrabaixista Milton Masciatri, a violista Kate Ha-milton para um concerto de música de câmara em conjunto com docentes da UFPB.

Violoncelistas Natasha Farny (State University of New York) e Felipe Avellar de Aquino (UFPB) em evento da Série Concertos Internacionais

Pianista Michael Gurt (Louisiana State University) - Agosto 2014

Page 16: UFPB Em Revista 9

16 UFPB em revista

O Departamento de Mídias Digitais sediou, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, o maior evento sobre mídias digitais no Nordeste: o Bit.Week. A edição deste ano contou com o apoio do Conselho Nacional de Pesquisa/CNPQ. 40 palestrantes de todo o Brasil e mais de 800 inscritos participaram das programações, através de palestras, workshops, mesas redondas e uma sala de jogos eletrônicos. Parte da programação foi transmitida online e vídeos completos estão disponíveis no youtube.

Para Cleber Morais, coordenador da graduação em Mídias Digitais, esse ano o evento alcançou um outro patamar, deixando de ser uma programação apenas do curso ou mesmo da UFPB. “Não há como comparar a primeira com a segunda edição.

Além do crescimento no número de participantes, a grande maioria dos palestrantes e dos inscritos eram de fora da Universidade. Pudemos mostrar a Comunicação a partir da ótica das Mídias Digitais e muito do sucesso se deve a curadoria toda ser feita pelos alunos”, destacou.

E m p r e e n d e d o r i s m o , cibercultura, artes, vídeo, áudio e games são apenas alguns dos temas abordados durante a semana. Ao final de cada dia, a Mostra Demid exibia produções audiovisuais do aluno de Mídias Digitais. O número de participantes, quase três vezes superior ao da primeira edição, confirma o crescimento do Bit Week, que também trouxe palestrantes conhecidos nacionalmente pelos seus trabalhos na internet. Um dos mais aguardados convidados foi Marcos Fraresso, idealizador do canal

Zona da Fotografia, atualmente contando com mais de 72 mil inscritos e tido como referência nacional na área. “A internet tem esse poder de te levar à lugares onde você jamais iria. Em todos os lugares do Brasil por onde passo encontro uma galerinha que me conhece dos vídeos. É um meio fantástico para esse tipo

BITWEEK

Reportagem: Luan MatiasFotos: Equipe BitWeek

de trabalho”, destacou.

Ter uma linguagem própria é uma das características das ge-ração de jovens conhecidos como nativos digitais, principal público alvo do evento. Para Fraresso, a internet possibilita encontrarmos meios alternativos de conhecimen-to. “Apesar de ter feito um curso de fotografia, 90% do que aprendi foi na internet. Acabei desenvol-vendo uma linguagem desse meio, uma linguagem que os internautas gostam de ouvir. O pessoal mais velho não entende essa coisa de se divertir trabalhando”, revela. Essa é uma das grandes características do Bit Week: apesar de acontecer na academia, também é um evento profissional, responsável por pro-

Evento é um dosmaiores do NE

Page 17: UFPB Em Revista 9

UFPB em revista 17

piciar interação e troca de experi-ências entre os envolvidos.

A publicitária catarinense Ca-rolina Lima, uma das convidadas do evento, resumiu o sentimento dos presentes: “Quando entramos no ensino superior são poucos que estão certos sobre qual área seguir. Semanas como essa costumam abrir a nossa mente e direcionar melhor os estudantes. É uma óti-ma oportunidade para os alunos terem dentro da sala de aula esses conteúdos que geralmente só são vistos em eventos caros”. A próxi-ma edição do Bit Week deve ocor-rer em outubro de 2015 e promete trazer novos elementos para inspi-rar os interessados em tecnologia e criatividade.

Page 18: UFPB Em Revista 9

18 UFPB em revista

O projeto de Mobilidade Ur-bana de João Pessoa, desenvolvido pelos professor da UFPB Nilton Pereira, será licitado em breve e prevê a criação de corredores ex-clusivos para ônibus articulados e biarticulados (os BRTs) que circularão ligando os principais pontos da cidade. Orçado em 188 milhões de reais, custeado com recursos do governo federal, o projeto busca minimizar os pro-blemas de congestionamentos de horas de pico, diminuir o tempo de deslocamento dos usuários dos transportes públicos e desestimu-lar o uso do automóvel particular.

O projeto atenderá quatro, de sete corredores considerados prioritários para a mobilidade, que são: Cruz das Armas, 2 de Fevereiro, Pedro Segundo e Epi-tácio Pessoa. A ideia é criar fai-xas exclusivas para os ônibus de grande capacidade e priorizá-los nos semáforos. Serão construídos, ainda, terminais de integração no Cristo, Cruz das Armas e Manga-beira, que servirão como estação para o BRT.

Efetivamente, a mudança ocorrerá de modo que os ônibus com capacidade normal circulem no interior dos bairros até os ter-minais de integração que serão criados, e os ônibus articulados e biarticulados levem os passageiros para as regiões do centro e praias, localidades que apresentam gran-

Professor é referênciae autor do projeto em JPReportagem: Rômulo JeffersonFoto: Wallyson Costa

de fluxo de pessoas, o que dará maior agilidade nos deslocamen-tos e diminuirá a quantidade de ônibus que circulam no centro da cidade.

A nova forma de operação, que se assemelha ao metrô, deverá trazer mais conforto e facilidade para o usuário. As portas se abri-rão do lado esquerdo e não mais do direito, e o embarque e desem-barque será no canteiro central das vias. Uma outra melhoria será a fixação de painéis instalados nos pontos de paradas, indicando o

tempo em que o próximo ônibus passará pelo local.

HistóricoApesar dos vultuosos inves-

timentos que serão feitos para a implementação das melhorias previstas, as mudanças não são fruto de um estudo integrado que identifique e aponte os principais problemas e, consequentemen-te, as soluções para o trânsito em João Pessoa. Segundo o professor da UFPB e ex-secretário de mo-bilidade urbana do município, Nilton Pereira, a priorização dos

MOBILIDADE URBANA

Nilton Pereira, professor do Centro de Tecnologia

Page 19: UFPB Em Revista 9

UFPB em revista 19

ônibus nos principais corredo-res da cidade é uma necessidade apontada há muito tempo, mas o plano diretor da mobilidade que seria necessário para apontar ou-tras demandas, ainda não existe.

O último plano diretor de mobilidade para João Pessoa foi feito nos anos 80 por Jaime Ler-ner, mas nunca foi implementado e acabou expirando no governo de Cícero Lucena. Na mesma época, o arquiteto realizou um plano para Curitiba que hoje se tornou referência para o país. Atualmen-te, um estudo de mobilidade custa em torno de 4,5 milhões de reais e leva dois anos para ficar pronto. Através dele serão identificadas a forma como as pessoas se loco-movem, os lugares e horários para onde vão, o que permite desenvol-ver estratégias de facilitação mui-to mais precisas.

De acordo com Nilton Pe-reira, é preciso priorizar o trans-porte público e ao mesmo tempo desestimular o uso do automóvel. Atualmente, a taxa de crescimen-to anual de veículos é cinco vezes maior que a taxa de crescimento da população. Se mantido o rit-mo, em oito anos o número de veículos será igual ao da popula-ção. “O transporte público está atrelado à qualidade de vida. Se a gente não der uma freada no uso do automóvel, a gente vai ter uma cidade insuportável”, assegura Pe-reira.

Através de um comparativo simples é possível entender me-lhor o impacto da utilização de veículos para os congestionamen-tos. Um ônibus biarticulado, com capacidade para 230, equivale a

57 carros com lotação máxima para 4 pessoas. Se considerarmos que a média de passageiros por veículos é de, no máximo, duas pessoas, esse número de 57 carros passa a ser mais que o triplo.

Por essa razão, nas avenidas por onde passam 95% do trans-porte público só circularão ônibus de grande capacidade. Serão veí-culos articulados e biarticulados circulando em corredores exclu-

sivos e com prioridade nos se-máforos. Os corredores atendem Centro/Viaduto de Oitizeiro, Centro/Cristo (próximo à Ceasa), Centro/Hilton Souto Maior e do Centro à Praia.

EstudoO professor da UFPB,

Luciano Agra, desenvolveu sua pesquisa de mestrado na área da mobilidade urbana em João Pessoa. O estudo faz uma análise

A concretização do projeto de instalação dos BRTs tem custos mais re-duzidos em função do aproveitamento das vias já existentes, adaptando-as quando necessário e estabelecendo estações mais convenien-tes ao siste-ma.

Em trajetos em que as vias sejam mais retilíneas as composições biarticuladas podem ser mais facilmente utilizadas e compor-tam um maior número de usuários dos transportes coletivos.

A aquisição dos BRTs deve atender as características do trajeto. Articulação simples se adequa melhor as vias sinuosas com curvas acen-tuadas

Diagramação: Thales Lima | Contém imagens geradas pela biblioteca do Google Sketchup

Projeto: Derval Golzio |

Page 20: UFPB Em Revista 9

20 UFPB em revista

Abertura de vala em todo o trajeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

Sob a base de concreto será aplicada uma camada antivibratória de neoprene. Apli-cação de base de concreto na vala do trajeto do VLT para distribuição e sus-tentação do peso do veículo operando com carga máxima.

Colocação de traves-sa metálica sobre a camada de concreto.

A fixação dos trilhos com camada antivibratória de neoprene.

Construção de pavimento

A posição de camada de asfalto

Construção das Estações de embarque e desembarque de usuários do sistema e funcionamento dos veículos.

Projeto: Derval Golzio | Diagramação: Thales Lima | Contém imagens geradas pela biblioteca do Google Sketchup

Page 21: UFPB Em Revista 9

UFPB em revista 21

da malha viária desde o início da cidade, passando pela abertura das principais ruas e avenidas, até os dias de hoje. Nele, Agra também observa o crescimento populacional e a criação de novos bairros, em relação ao baixo surgimento de novos itinerários do transporte público.

Nos anos 60, havia a prio-rização para o transporte público sobre trilhos. Na rua Duque de Caxias, por exemplo, em frente a Praça de Cem Réis, existia uma estação de bondes elétricos de mesmo nome. Curiosamente, a cidade quase foi a quarta do Brasil a possuir um serviço de transporte público que utilizava ônibus mo-vidos à eletricidade, quando 15 desses ônibus foram solicitados para compra.

Havia também o modelo de transporte movido a wvapor. A ferrovia de Tambaú incomodava os usuários porque emitia faíscas e muita fumaça. A solução encon-trada foi a criação de um misto de ônibus e bonde, uma carro-ceria adaptada em um caminhão movido a gasolina, movida sobre trilhos e capacidade para até 20 pessoas.

Com o passar do tempo, so-bretudo a partir de 1978, quando a cidade apresentou o maior cres-cimento de sua área e extensão de vias, o transporte público não se expandiu, o que provocou uma demanda que não é atendida pelo serviço. “A forma acentuada de expansão das vias não foi acom-panhada pelo crescimento dos itinerários de transporte coletivo, o que sugere que as novas áreas ex-pandidas não foram cobertas nas mesmas proporções por esse servi-

ço público, ficando as comunida-des de certo modo desatendidas.”, disserta Agra.

De acordo com Luciano Agra, a situação se deve à uma “omissão do poder público,” que não investiu num planejamento adequado para guiar o crescimen-to da cidade. Agra escreve que não houve uma “política urbana que norteasse o crescimento da cidade e controlasse os excessos da espe-culação imobiliária sobre o parce-lamento do solo nas áreas periféri-cas da cidade. Isso concorreu para onerar o custos de transportes principalmente para os trabalha-dores de menor renda.”

O que mais chama atenção no trabalho de Luciano Agra, no entanto, é a constatação de que João Pessoa ainda mantém os iti-nerários dos transportes coletivos sugeridos por um modelo con-cebido há mais de 20 anos, des-considerando a nova organização espacial do município e as lógicas de deslocamentos dos passageiros.

Tipo de transportePara escolher a modalida-

de de transporte que será imple-

mentada na cidade, foram con-sideradas duas variáveis: custos e demanda. Segundo o professor Nilton Pereira, uma cidade como João Pessoa não suporta um metrô porque ele precisa, para se tornar viável, de 25 a 30 mil passageiros por hora/sentido. Já o Veículo leve sobre trilhos (VLT), de seis a 12 mil passageiros por hora/sentido. O BRT opera desde três mil por hora/sentido até casos extremos como o de Bogotá, capital colom-biana, que tem 52 mil passageiros por hora/sentido.

Para Nilton Pereira, a solu-ção ideal para João Pessoa seria o VLT, mas, em razão dos custos elevados, os recursos existentes só cobrem a implantação do BRT, que, segundo o professor, tem as mesmas condições de atender a demanda da cidade. Outro com-ponente de importância signifi-cativa diz respeito aos custos de implantação do sistema: com re-ferências ainda de 2010, feitas por Jaime Lerner, um metrô custa 200 milhões de reais o quilômetro, já o VLT 40 milhões e o BRT 10 mi-lhões de reais.

Ex-prefeito Luciano Agra é autor de dissertação sobre mobilidade urbana

Page 22: UFPB Em Revista 9

22 UFPB em revista

Atuação visa minorar vulnerabilidade social

A Pró-Reitoria de Ex-tensão e Assuntos Comunitários (Prac)

vem implementando, ao longo dos dois últimos anos, projetos de produção cultural, artística e aca-dêmica, promovendo eventos e a participação da Universidade em programas nacionais que contem-plam e articulam o tripé ensino, pesquisa e extensão. A Prac atua em oito áreas temáticas: comuni-cação, cultura, direitos humanos, educação, meio ambiente, saúde, tecnologia e trabalho.

Por meio de convênios e parcerias com órgãos públicos e

organizações sociais, a Pró-Reito-ria desenvolve projetos que visam atender demandas em territórios de maior vulnerabilidade social, priorizando a formação acadêmi-ca e cidadã do seu corpo discente através destas ações identificadas com as necessidades e as deman-das da sociedade paraibana.

Um dos principais meios de desenvolver essa ações é através do programa de extensão UFPB no seu Município, que agrega ativi-dades de desenvolvimento socio-ambiental, econômico, cultural e artístico no estado da Paraíba. O desenvolvimento deste programa

está sob a responsabilidade da Co-ordenação de Extensão Cultural (Coex). Só no ano de 2013 foram atendidos os municípios de Gua-rabira, Conde, Pitimbu, Alhan-dra, Santa Rita e Bayeux. As pro-gramações envolvem festivais de arte, oficinas, exposições, palestras e diversas outras ações direciona-das às necessidades específicas de cada cidade.

A Prac também é responsável pela orientação, envio e acompa-nhamento da execução do Progra-ma de Apoio à Extensão Univer-sitária (Proext), implantado pela Secretaria de Educação Superior

Reportagem: Luan MatiasFotos: Divulgação

AÇÃO COMUNITÁRIACoordenação de Extensão Cultural promoveu Festival Internacional do Folclore, nos municipios de João Pessoa e Conde

Page 23: UFPB Em Revista 9

UFPB em revista 23

do Ministério da Educação com o intuito de apoiar projetos voltados para o fortalecimento de interação com políticas públicas. A UFPB tem se detacado desde o ano 2013 e vem ocupando o primeiro lugar entre todas as Instituições Públi-cas de Ensino Superior do Brasil pelo maior número de projetos e programas aprovados na seleção do Proext/SeSu/MEC Só em 2014 foram 27 programas e 21 projetos, todos envolvendo bolsis-tas docentes e discentes.

Outros dois programas ins-tituicionais da UFPB merecem ser destacados. O Programa Ins-titucional de Bolsa de Extensão (Probex), mantido com recursos próprios da Instituição, é lança-do anualmente através de Edi-tal e prevê Bolsas destinadas aos discentes, distribuídas através de processo seletivo. Já o Programa Institucional de Extensão (Fluex) não prevê alocação de recursos fi-nanceiros, mas é importante para oficializar os programas e projetos apresentados.

Além de todos esses progra-mas, a Universidade participou, através da Coordenação de Pro-gramas e Ações Comunitárias da Prac, de programas nacionais, a exemplo do Programa de Novos Talentos da Capes. Foram duas propostas, sendo uma na área de meio ambiente e outro na área de educação. Pela primeira vez em sua historia a UFPB concorreu e foi contemplada com dois proje-tos e oito sub-projetos, com uma captação total de R$ 200 mil.

Ações da PRAC/COEX foram debatidas no Festival Internacional de Curtas Metragens/SP

Professores da cidade de Pitimbu são atendidos pelo programa UFPB no seu Município

Page 24: UFPB Em Revista 9

24 UFPB em revista

Sustentabilidade de 57municípios é a metaReportagem: Rômulo JeffersonFotos: Divulgação

O projeto intitulado Rede dos Núcleos de Desenvolvimento Territorial Sustentável na Baixada Litorânea do professor Fillipe Sil-veira Marini, coordenador do Nú-cleo de Ensino Pesquisa e Extensão em Agroecologia e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Agrá-rias (Agroecologia) foi aprovado pelo edital número 11/CNPq/MDA/SPM-PR.

O projeto busca contribuir com a política de desenvolvimento territorial da região da Baixada Li-torânea e beneficiará diretamente a comunidade de 57 municípios do estado com ações que promovam o

desenvolvimento sustentável.

O coordenador do projeto ex-plica que alguns desafios precisam ser ultrapassados para que as po-tencialidades da região sejam me-lhor aproveitadas, e aponta que as atividades dependem de um con-junto amplo de fatores como a dis-ponibilidade de recursos, inserção socioeconômica, oportunidades, conjuntura econômica, localização geográfica, recursos naturais, valo-res culturais da família e do grupo social no qual essa população faz parte. Contudo, as distâncias entre os 57 municípios dificulta as ações de articulação e mobilização terri-

torial.

De acordo com Fillipe Mari-ni, a política de desenvolvimento territorial configura-se como uma estratégia de articulação de polí-ticas públicas e fomento as alter-nativas de investimento nas áreas econômica, ambiental, social e cultural, criada no ano de 2003, no âmbito do Ministério de De-senvolvimento Agrário, através da Secretaria de Desenvolvimento Territorial. Ela tem como objetivo promover o desenvolvimento sus-tentável de regiões denominadas territórios de identidade, formados por um grupo de Municípios. Para

Dia de campo com agricultores no território Piemonte da Borborema

NÚCLEOS DE DESENVOLVIMENTO

Page 25: UFPB Em Revista 9

UFPB em revista 25

Sustentabilidade de 57municípios é a meta

tanto considera critérios específi-cos de identidade e pertencimen-to regional e de relações culturais, sociais e econômicas, que servirão de base para a implementação da política.

Através do projeto, foi veri-ficado que a implementação desta política nos territórios da Baixa-da litorânea Zona da Mata Nor-te, Zona da Mata Sul, Piemonte da Borborema e Vale do Paraíba possuem características peculiares como os biomas (Mata Atlântica e Caatinga). Da mesma forma pos-suem população diversa (agricul-tores, familiares, pescadores, qui-lombolas, sendo rurais, rurbanos e urbanos). Nestes a capacidade da população para a geração de ren-da correlaciona as mais diversas atividades como a agricultura, a pecuária, o extrativismo, a pesca, a agroindústria familiar, o turismo e o artesanato.

Ações de desenvolvimento do projeto

O projeto tem como obje-tivo a implantação de uma Rede de Núcleos de Extensão e Pesqui-sa (REDE) situados nos territó-rios cuja metodologia se dará pelo uso de ferramentas participativas voltadas a identificação, o apoio, o monitoramento, o acompanha-mento e a sistematização das ações desenvolvidas por agricultores(as) familiares, quilombolas e pescado-res que buscam o desenvolvimento sustentável em seus Territórios de origem.

Ainda de acordo com Mari-ni, o trabalho tem como base um conjunto de iniciativas de assistên-cia técnica e extensão rural em an-damento no espaço de atuação do Território, além de oferecer uma contribuição significativa para que ocorra uma forte articulação entre

Reunião com agricultores familiares no Campus III da UFPB

as entidades púbicas (Ministério do Desenvolvimento Agrário, pre-feituras, Universidades), organiza-ções não-governamentais e movi-mentos sociais (MST, associações e cooperativas). Contudo, as infor-mações coletadas e sistematizadas pelos núcleos servirão como fontes para a construção de uma mobili-zação territorial.

Para a comunidade da região, os envolvidos com o projeto espe-ram criar um comportamento de conscientização humanitária sobre as questões relacionadas à agricul-tura, ao meio ambiente e a susten-tabilidade e que esses comporta-mentos se traduzam em iniciativas voltadas para a geração de empre-go e renda e a solução dos proble-mas em nível local, agregando ao conhecimento popular a transfe-rência tecnológica em sistemas de produção.

Page 26: UFPB Em Revista 9

26 UFPB em revista

O Escritório Financeiro, inaugurado recentemente como mais uma atividade que integra o projeto de extensão Sala de Ações, realizado pelo Departamento de Economia, está em funcionamento para atender as demandas do público em geral. O atendimento para consultoria financeira é gratuito e ocorre às quintas-feiras no ambiente Sala de Ações, Campus I, no bloco da Pós-Graduação em Economia. Os agendamentos podem ser realizados no local e através do endereço: http://salaacoes.blogspot.com.br/2014/09/escritorio-financeiro.html

As orientações disponíveis tratam das áreas de orçamento familiar, planejamento financeiro, previ-dência pública e privada, bolsa de valores, sistema financeiro nacional, investimentos em renda fixa de variável, matemática financeira, análise de balanço,

Escritório do CCSA atende público gratuitamenteReportagem: Rômulo JeffersonFotos: Divulgação

análise fundamentalista, análise gráfica, derivativos e gestão de risco.

O coordenador do projeto e chefe de Departamento de Economia, Professor Sinézio Fernandes Maia, analisa que o projeto tem como finalidade reforçar a contrapartida da Universidade para a sociedade. “Ele simboliza a função social que a Universidade tem, servindo como vanguarda da mesma”, diz Sinézio Fernandes.

O projeto Sala de Ações foi criado em 2008 no Departamento de Economia da UFPB e já recebeu o prêmio Elo Cidadão, em 2009 e 2011. O prêmio é oferecido pela Universidade Federal da Paraíba aos melhores trabalhos desenvolvidos com compromisso social desenvolvido por alunos e professores.

CONSULTORIA FINANCEIRA

26 UFPB em revista

Page 27: UFPB Em Revista 9

UFPB em revista 27

apontamentos fundamentados que só servem para eu me cuidar mais e melhorar”.

Gabriel salienta que a experi-ência na universidade é um gran-de reforço a sua produção, além de influência no processo de cria-ção. “Desde o incentivo que senti de querer produzir algo também, quanto contando a história para meus colegas e eles me motivando ainda mais. Além de conhecimen-tos adquiridos em aula, amigos que me ajudaram diagramando e fazendo o vídeo da campanha do Catarse. E claro, o apoio em si no financiamento”.

Sobre a expansão da reper-cussão de “Café”, Gabriel conta que foi convidado para lançar a história em quadrinhos em Natal no fim de outubro. “Foi uma sur-presa, fiquei muito contente que deu certo. Talvez ainda posso ir pra mais um ou dois lugares, mas é difícil dizer agora”.

Estudante participa da ComicCon Experience

A ComicCon, maior evento de cultura pop do mundo, ganha sua versão brasileira em dezembro de 2014. Denominada Comic-Con Experience, o evento conta-rá com a participação de Gabriel Jardim, quadrinista paraibano e estudante de Comunicação em Mídias Digitais da UFPB. Jardim levará à São Paulo sua história “Café”, projeto audacioso viabi-lizado através de Crowdfunding (financiamento coletivo).

O artista exporá seu trabalho no Centro de Exposição dos Emi-grantes junto ao também paraiba-no, e artista da DC Comics, Jack Herbert. O espaço de exposição, denominado “Artist Alley”, conta com artistas independentes emer-gentes e também artistas inter-nacionalmente conhecidos como André Diniz, autor de “Morro da Favela”, e os irmãos Fábio Moon e Gabriel Bá, criadores de “Day-tripper”, dentre outros grandes

nomes.“Café” conta a história de

uma menina que sofre bullying, um imigrante chinês e um men-digo contador de histórias que vi-vem em João Pessoa. A história se divide em três capítulos, cada um deles dedicado a um personagem e com estilos artísticos diferentes. É a primeira história publicada pelo autor, e foi totalmente financiada através do site Catarse, utilizando-se do sistema de Crowdfunding, onde qualquer pessoa pode fazer uma contribuição ao projeto e re-ceber uma recompensa se ele for financiado com sucesso, como foi o caso.

Jardim revela estar satisfeito com o feedback do público até então e que as expectativas quanto ao público paulista são as melho-res possíveis. “(O feedback) tem sido muito bom. A maioria que fala comigo gostou muito e pede mais. Aqueles que criticam fazem

Reportagem: Wallyson CostaFoto: Divulgação

Page 28: UFPB Em Revista 9

28 UFPB em revista

A Pró-Reitoria de Graduação (PRG) tem desenvolvido e reforçado, ao longo dos dois últimos anos, políticas acadêmicas responsáveis pela elevação da qualidade da formação superior. Os trabalhos são realizados de forma articulada não apenas com outros setores da UFPB, mas também por meio de parcerias com órgãos governamentais e instituições de Ensino do país e do exterior

Umas das principais mudanças instauradas pela PRG diz respeito ao principal meio de ingresso aos cursos de graduação da UFPB, que passou a integrar o sistema de Seleção do MEC. Desta forma, o Proces-so Seletivo Seriado (PSS) deu lugar ao Enem/Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A medida simplificou e agilizou o gerenciamento interno do acesso de novos alunos. Em 2014 a Instituição recebeu 142 mil ins-

Administração prima por qualidade da formaçãoReportagem: Luan MatiasFotos: Jéssica Azevedo

GRADUAÇÃO Lançamento junto com o governo do Estado do programa de melhoria educação básica, em setembro de 2013

Page 29: UFPB Em Revista 9

UFPB em revista 29

crições através do Sisu. Além disso, quatro novos cur-sos de graduação e dois cursos de nível médio foram criados no ano de 2013.

A criação de novos Programas Acadêmicos e o fortalecimento dos já existentes têm sido uma das principais marcas do trabalho da PRG. Só o Progra-ma de Monitoria teve, nos últimos dois anos, o seu número de projetos ampliados de 73 para 90 e os bolsistas contemplados passaram de 366 para 676. Já o Programa de Bolsa Estágio conta, hoje, com 425 bolsistas, número bastante superior aos 227 atendi-dos em 2012.

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), que tem como objetivo principal valorizar a formação dos profissionais do magistério da Educação Básica, teve o número de coordenadores triplicado de 12 para 36 no compreendido entre 2011

e 2014, além de ampliado o número de bolsistas de 280 para 545.

O Programa de Consolidação das Licenciaturas (Prodocência) também foi ampliado: o projeto da UFPB foi aprovado por dois anos e passou a contem-plar 19 licenciaturas no ano de 2014. O Programa de Educação Tutorial (PET), passou de 116 para 140 bolsistas, garantindo a esses alunos a oportunidade de desenvolver atividades de Ensino, Pesquisa e Ex-tensão.

Além dessas ampliações, no ano de 2013 foi criado e implementado, através de uma parceria com o Governo do Estado, o Programa de Melhoria da Educação Básica (Promeb). Com a finalidade de esta-belecer uma política acadêmica que contribua com o desenvolvimento do Ensino Básico, também propor-ciona aos alunos dos cursos de licenciatura da UFPB um contato inicial com o ambiente escolar. Em sua primeira edição, o Promeb envolveu 359 bolsistas, 15 coordenadores pedagógicos e atendeu cerca de 40 es-colas públicas de João Pessoa.

Coube a UFPB a Coordenação Geral da implementação no estado da Paraíba do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio. Ele visa aperfeiçoar, a partir do diálogo entre conhecimentos teóricos e experiências docentes, os professores e coordenadores pedagógicos de mais de 385 escolas da rede estadual. As ações também envolvem a Universidade Federal de Campina Grande, a Secretaria de Estado da Educação, a Universidade Estadual da Paraíba e o Instituto Federal da Paraíba.

Em 2014 a UFPB passou a ser a instuituição res-ponsável na Paraíba pelo Pacto Nacional pela Alfabe-tização na Idade Certa (PNAIC). Com o objetivo de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do en-sino fundamental, a meta é melhorar o desempenho dos estudantes em Língua Portuguesa e Matemática, através de uma reflexão conjunta sobre a formação de professores em nosso estado. Além da UFPB e o Ministério da Educação, a UFCG, a UEPB e as Re-des Municipais e Estadual da Paraíba também estão envolvidas no Pacto.

Page 30: UFPB Em Revista 9

30 UFPB em revista

Page 31: UFPB Em Revista 9

UFPB em revista 31

Novos rumos garantem melhoria de índices

Os resultados obtidos no campo da pesquisa e pós-graduação nestes últimos dois anos demonstram a correção dos rumos adotados pela UFPB. Melhora do conceito e do número dos cursos de pós-gradu-ação a partir da avaliação Capes, aumento conside-rável no montante concessão de Bolsas de Iniciação Científica, de mestrandos e de doutorandos, aumen-to de produção e publicação científica, além de con-solidar ações já existentes e ampliar os investimentos em projetos pilotos.

A UFPB registrou, no período compreendido entre 2012/2014, um incremento significativo de bolsistas, através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica-PIBIC. O aumento no núme-ro de bolsas PIBIC total se deu, sobretudo, em fun-ção do aumento da cota de contrapartida da UFPB (atualmente existem bolsas de IC fomentadas através de duas fontes diferentes, ou seja, recursos próprios do tesouro da UFPB e recursos do CNPq). Os dados revelam que, enquanto as bolsas do CNPq aumenta-ram em 0,6 % entre 2012 e 2014, as bolsas financia-das com recursos da Instituição foram ampliadas em 49,55%, fazendo com que, neste período, tenha se verificado um incremento de 22,6% no número total

de bolsas de Iniciação Científica.

As 1.019 concessões de BI atuais equivalem a 3,01% dos alunos de graduação matriculados no en-sino presencial. Este número é três vezes maior do que a média nacional (em torno de 1 %). É impor-tante ressaltar que cerca de 70 % dos bolsistas PIBIC, migram majoritariamente para programas de pós-graduação da nossa instituição, além de outras IES do país. Dessa forma, os Programas de IC da UFPB tem uma função estratégica para formação da base de pesquisa da instituição.

Cursos de Pós-Graduação (Stricto sensu) - A UFPB atualmente oferta 69 Programas de Pós-Graduação, 12 deles em Associação/Rede com outras IES. Para a totalidade destes cursos, a universidade emite diplo-mas. A Instituição conta atualmente com 97 cursos de pós-graduação que abrangem todas as grandes áre-as do conhecimento, dos quais 53 em nível de mes-trado acadêmico, nove de mestrado profissional e 35 de doutorado.

No período de 2012 a 2014, houve um aumen-to de 31,9 % no número de cursos em nível de Mes-trado e 16,7 % no número de cursos de Doutorado:

PESQUISA & PÓS-GRADUAÇÃO

UFPB em revista 31

Page 32: UFPB Em Revista 9

32 UFPB em revista

um aumento de 26% do número total de cursos, pas-sando de 77 em 2012 para 97 em setembro de 2014. A ampliação no número de cursos de pós-graduação ofertados possibilitou, no biênio 2012 /2014, um aumento expressivo em termos de alunos matricula-dos em cursos de Mestrado (42,2 %) e de Doutorado (24,4 %).

Demanda Social CAPES - Os avanços na pós-gra-duação stricto sensu da UFPB pode ser verificada ainda no número de concessão de bolsas de estu-do, acompanhando a aumento de pós-graduandos. Hoje, os alunos de mestrado e doutorado contam, fundamentalmente, com duas fontes de financia-mento de bolsas de estudo: CAPES e CNPq.

Este último, diferentemente da CAPES, não trata o financiamento de forma institucional, mas sim diretamente com os cursos ou por meio de pes-quisadores. A evolução deste tipo de concessão de bolsas do Programa de Demanda Social da CAPES, no período de 2012 a 2014 é bastante evidente, pas-sando de 724 (em 2012) para 1.062 (em 2014) em nível de mestrado e de 433 (2012) para 624 (2014) para doutorandos.

Conceitos dos Cursos - O Sistema Nacional de Pós-Graduação, reconhecido mundialmente por seus mé-todos de avaliação há mais de uma década, adotou o triênio como período padrão de avaliação, embora o desempenho dos programas seja acompanhado anu-almente pelos comitês de áreas de avaliação da Capes por meio de plataforma coleta de dados.

O resultado de uma avaliação baseada em um conjunto de indicadores quantitativos e qualitativos

confere ao programa avaliado conceitos que variam de 1 a 7. A última avaliação trienal da CAPES pu-blicada em 2013 revelou que: a Pós-Graduação da UFPB está centrada, de forma consolidada no Con-ceito 4. Outro dado importante é que, em relação a avaliação trienal anterior (publicada em 2010), a UFPB teve um aumento expressivo de Cursos com Conceito 5 (de 11,7% para 25% ).

Nota: Em 2013 foram Avaliados 74 Cursos de Pós-Graduação correspondentes a 50 Programas de Pós-Graduação, enquanto que em 2010 foram ava-liados 50 Cursos de Pós-Graduação correspondentes a 39 Programas de Pós-graduação.

Corpo Docente - Um dos itens importantes na avaliação dos programas é o corpo docente junta-mente com a sua produção intelectual. A participa-ção de docentes permanentes na Pós-Graduação da UFPB cresceu em 35,1% na avaliação trienal 2013, quando comparada à avaliação de 2010, passando de 669 para 904 membros.

A Produção intelectual do Corpo Docente tam-bém aumentou significativamente, chegando a ser 41 % maior do que a produção observada na avaliação de 2010. A produção científica em periódicos da UFPB está centrada no Estrato B1, diferentemente da avaliação trienal 2010, onde a produção se apre-sentava como bifásica, centrada nos Estratos B2 e B5.

Fomento - A captação de recursos é fundamental para o crescimento da pesquisa e pós-graduação de uma instituição. Neste sentido, a participação da UFPB nos grandes Editais e Chamadas Públicas Na-cionais tem sido bastante proveitosa no que diz res-

32 UFPB em revista

Page 33: UFPB Em Revista 9

UFPB em revista 33

peito à captação de recursos. A Instituição saiu de um total de recursos captados de R$ 3.515.559,99 para 4.296.400,93, no período compreendido entre 2012 e 2014. Quanto à captação de recursos através do Pró-Equipamentos da CAPES e do PROINFRA da FINEP/MCTI, a UFPB conseguiu captar maior quantidade de recursos em 2014, comparado a 2012.

Novas Ações - A busca pela ampliação com quali-dade da base de pesquisa e pós-graduação da UFPB representa o principal desafio da atual gestão. Este objetivo vem sendo concretizado em investimentos específicos que visam consolidar ações já existentes e ampliar os investimentos. A PRPG está trabalhando em duas novas ações importantes para a consolidação da nossa base de pesquisa:

1. PRÓ-PIBIC - Programa-Piloto inédito da UFPB, e no país, que tem como objetivo o financiamento de itens indispensáveis a execução dos projetos PIBIC selecionados de acordo com as Normas do Processo Seletivo 2013-2014 da Coordenação Geral dos Pro-gramas de Iniciação Científica. Tanto em 2013 como para 2014, são destinados, com recursos próprios da instituição (administração central), o valor global es-timado de R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais) para aquisição de itens de custeio. Todos os itens apoiados são diretamente relacionados ao Projeto PIBIC apro-vado. Os pesquisadores recebem os recursos através de uma conta específica do BB Pesquisa nos mesmos moldes do CNPq (Figura abaixo).

2. Programa de Qualificação Institucional - Tem como objetivo primordial ampliar o número de servi-dores (docentes e técnico-administrativos) da UFPB

qualificados nos níveis de mestrado e doutorado. O programa de pós-graduação que aderir ao PQI (Pro-grama de Qualificação Profissional), possibilitando a formação de servidores da instituição, recebe o valor de R$ 5.000,00 por servidor ingressante no Progra-ma de Pós-Graduação, que deverá ser destinado ao fomento de custeio das atividades de pesquisa desen-volvidas pelo servidor. Em 2013 foram apoiados cer-ca de 30 servidores da UFPB.

3. Pró-Publicação - Considerando que a publica-ção de artigos científicos em periódicos de elevado impacto é estratégica para a internacionalização da produção científica institucional, A PRPG propicia o apoio financeiro para a publicação de artigos em pe-riódicos qualificados de circulação internacional (A1, A2 e B1). O Pró-Publicação financia os custos de pu-blicação de artigos aceitos em periódicos classifica-dos exclusivamente como A1, A2 ou B1, segundo os critérios do sistema Qualis da CAPES (http://qualis.capes.gov.br/webqualis/). Para esta ação, a Chama-da Interna vigente desde 2013 alocou, com recursos próprios da UFPB, o valor global de R$ 101.200,00, em rubrica de custeio.

4. Publicação de livros - Trata-se de programa espe-cífico para a publicação de livros pelos docentes do corpo permanente dos programas de pós-graduação da UFPB. O programa tem como objetivos o cus-teio da publicação de livros autorais ou organização de coletânea segundo os critérios determinados nesta Chamada Interna, dar suporte à ampliação da pro-dução científica global da UFPB, contribuindo, desta forma, para o fortalecimento da pesquisa e da pós-graduação da UFPB. Em 2013 foram alocados recur-

UFPB em revista 33

Page 34: UFPB Em Revista 9

sos para o lançamento da Chamada Interna visando a publicação de 93 títulos, correspondente ao montan-te de R$ 242.335,00 (duzentos e quarenta e dois mil, trezentos e trinta e cinco reais).Ações já existentes

1. Programa “Enxoval” - O programa tem por ob-jetivo proporcionar aos novos pesquisadores (recém-doutores) da UFPB as condições mínimas para início (start up) de suas atividades de pesquisa com vistas ao fortalecimento da pesquisa e da pós-graduação da UFPB. Trata-se do financiamento de um “kit” contendo computador, impressora, mesa, cadeira e estabilizador de tensão. Para 2013 foram destinados um montante de R$ 238.914,00 (duzentos e trinta e oito mil, novecentos e quatorze reais) e para 2014 R$ 486.000,00 (quatrocentos e oitenta e seis mil reais).

2. Programa de Bolsas de Iniciação Científica O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cien-tífica (PIBIC) é, certamente, o mais importante pro-grama para a formação de jovens cientistas do país. Este programa é resultado de uma parceria do CNPq com as IES e envolve alguns compromissos das duas partes, tais como o financiamento de bolsas de estudo para os participantes do programa, que são alunos de graduação e estudantes do ensino médio de Es-colas Públicas (PIBIC-EM), e o encontro anual que é realizado em cada instituição partícipe. Um indi-cador importante do sucesso deste programa é que mais de 70% dos estudantes de graduação egressos do PIBIC participam de Programas de Pós-Gradua-ção e estes apresentam um tempo médio de titulação inferior quando comparado aos não-egressos. Para 2013 e 2014, a UFPB destinou 501 bolsas com re-cursos próprios. Desta forma a UFPB conta atualmente com 1019 bolsas de Inicia-ção científica, somadas as cotas da UFPB e do CNPq (+FUNTEL).

3. Programa de apoio à pós-gra-duação stric-

to sensu, o “PROAP-PRPG/UFPB” - Trata-se da contrapartida (20%) da UFPB aos recursos PROAP/CAPES, objetivando a melhoria da infraestrutura dos Programas de Pós-Graduação stricto sensu da UFPB no que diz respeito aos seus laboratórios de pesqui-sa, equipamentos de informática, aquisição de sof-twares, material de consumo, etc. Visa ainda oferecer condições para solucionar dificuldades encontradas no desenvolvimento das atividades de pesquisa e de pós-graduação, levando à melhoria dos indicadores de desempenho dos programas, mediante incenti-vos localizados. Para 2013 foram destinados recursos próprios da UFPB correspondentes ao valor global de R$ 696.000,00 (seiscentos e noventa e seis mil reais) e para 2014, R$ 781.000,00 (setecentos e oitenta e um mil reais).

4. Programa de Tradução de Artigos - A PRPG junto com a PRA vem juntando esforços para contra-tar a empresa American Journal Experts (AJE) para realizar o serviço de tradução e revisão de textos cien-tificos. A AJE é de reconhecida competência interna-cional, tendo parceiros da mais alta relevância, como editores (Brill, Elsevier, Karger, Interzoo Publishing, Landes Bioscience, Minerva Medica, OceanSide Pu-blications, Taylor & Francis, Multilingual Matters, Science Files Consulting Group, Science Files, HA-TAM Publishers), Jornais científicos internacionais (Environmental Health Perspectives, The Eurasian Journal of Medicine, Frontiers Journal Series, Indian Journal of Radiology and Imaging, International Journal of Pavement Research and Technology, Pe-diatric and Development Pathology, PNAS, Techni-

ques in Coloproctology, Water-birds, Revista Odonto Ciência, Revista Odonto Ciência, Cli-nics), e várias Sociedades e Associações Internacionais. Além disso, a AJE garante que cada manuscrito será trabalhado por um editor especialista na respectiva área e afiliado.

34 UFPB em revista

Page 35: UFPB Em Revista 9

UFPB em revista 35

A Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (Progep), realizou nos anos de 2013 e 2014, diversas ações que visam melhorar a qua-lidade dos serviços prestados pela Instituição e a capacitação dos ser-vidores. Ao todo, 3.707 servidores receberam capacitação através dos vinte programas, divididos em cento e quarenta e oito ações, um investimento de R$ 1.000.000,00 (Um milhão de reais), ao ano.

Entre outras realizações, está a elaboração do Plano de De-senvolvimento Institucional e a implementação do Sistema Inte-grado de Gestão de Recursos Hu-manos (SIGRH), em sua totali-dade. Para o Pró-reitor, Francisco Ramalho, a ferramenta é impres-cindível para que o plano de ação desenvolvido pela Progep se viabi-lize e ela traz, como consequência, a melhoria dos serviços. “A auto-matização e a descentralização dos serviços possibilitaram mais trans-

parência, eficiência e eficácia dos processos e rotinas de trabalho.”

Na questão de reposição dos quadros da Universidade, foram gerados bancos para substituição de professores e técnicos admi-nistrativos e a nomeação de novos funcionários. Ao todo, foram no-meados 245 professores da Car-reira de Magistério Superior, 434 servidores técnico-administrati-vos e 135 professores substitutos. Além da abertura de vinte e cin-co editais de concurso público e processo seletivo para professores efetivos e substitutos.

Com relação às melhorias para os servidores, foram publi-cados dois editais de seleção de intrutores para o Banco de Talen-tos dos Servidores. Ainda neste período foi criado o Programa de Qualificação Institucional (PQI), em parceria com a Pró-reitoria de Pós-Graduação (PRPG), e feita a

Reestruturação do Centro de De-senvolvimento do Servidor Públi-co.

A realização inédita dos Exa-mes Periódicos de Saúde e o cre-denciamento de novos planos de saúde, foram ações desenvolvidas para aumentar a qualidade de vida dos servidores. Foram realizadas, ainda, ações para fomentar a pre-ocupação e o hábito de cuidar da saúde de uma forma mais eficien-te e continuada.

As comissões foram reestru-turadas e deram andamento à cen-tenas de processos em tramitação. Entre elas, a Comissão Perma-nente de Acumulação de Cargos e Empregos Públicos (CPACE), que já analisou e concluiu 399 processos de acumulação de car-gos. E a Comissão de Pessoal Do-cente, que concluiu a análise de 1866 processos de progressão e ascensão funcional.

Qualificação de técnicos busca melhorar serviçosReportagem Rômulo JeffersonFoto: Derval Golzio

GESTÃO DE PESSOAS

UFPB em revista 35

Page 36: UFPB Em Revista 9

36 UFPB em revista

A Pró-Reitoria de Assis-tência e Promoção ao Estudante (Prape) tem

ampliado os esforços para melhorar e qualificar cada vez mais a Assistência Estudantil na UFPB. O número de comensais do Restaurante Universi-tário, por exemplo, passou de 2.420 em 2012, para 3.000 em 2014, so-mente no campus I. Em Areia, cam-pus II, a ampliação ocorreu na ordem de 34.16% (passando de 1.200 para 1.610 usuários do RU). No campus III, Bananeiras, o aumento ficou na casa de 25%, saltando de 1.120/2012 para 1.400/2014. Já a abertura do Restaurante Universitário em Rio Tinto, campus IV, possibilitou o atendimento de 465 estudantes.

Desde 2012 a Pró-Reitoria de Assistência e Pro-moção ao Estudante (Prape) vem sendo reestruturada em diversos setores no intuito de ampliar e melhorar a assistência estudantil. As Residências Universitárias passam por reestruturação visando ampliar a oferta aos discentes e dotá-las de melhor conforto As aco-modações possibilitaram a ampliação da oferta do número de vagas e passou de 344 em 2012, para 426 em 2014, no campus I. Em Areia e Bananeiras, as residências dos dois campi somavam, em 2012, 191 estudantes e hoje são 560. Além da ampliação signi-ficativa de residentes, uma série de melhorias foram implementadas para atender com dignidade os dis-centes, a exemplo da reformas, da aquisição de mate-rial de cozinha e de dormitórios. Motivo de diversas reclamações por parte dos usuários, as Residências Universitárias foram reformadas e, pela primeira vez, contempladas com áreas de lazer para os estudantes. Apenas para a residência no campus I foram investi-dos mais de 600 mil reais. Em Mamanguape e Rio

Tinto, a construção custou 410 mil reais. Outros 309 mil foram investidos para a reestruturação da Resi-dência Feminina localizada no centro de João Pessoa e, está em fase de licitação a nova residência no cam-pus de Bananeiras.

Os Restaurantes Universitários também pas-saram por melhorias e outras unidades foram cons-truídas. No campus I, a reforma do restaurante está orçada em cerca de 700 mil reais e, ao mesmo tem-po, as refeições diárias passaram de 1.400 para 2.200 só para o almoço. Segundo o Pró-Reitor da Prape, Thompson Oliveira, quando a construção do novo salão for concluída o número de refeições oferecidas deverá ser duplicado. Em Rio Tinto, o novo restau-rante serve 500 refeições entre almoço e jantar, mas esse número deve ser ampliado para até mil refeições diárias.

Outro ponto relevante que tem recebido aten-ção da Pró-reitoria de Assistência e Promoção ao Es-tudante é o cuidado com a saúde. No ano de 2013

Reportagem e Foto: Rômulo Jefferson

Ações da Prape ampliam e melhoram serviços

36 UFPB em revista

ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL

Page 37: UFPB Em Revista 9

UFPB em revista 37UFPB em revista 37

foram realizados 2.219 atendimentos médico e odon-tológico, através do Centro de Referência de Atenção em Saúde (CRAS). Em relação a apoio psicológico e social, 601 atendimentos foram realizados em 2013.

O número de bolsas de auxílio alimentação e moradia e os valores de ambas, também foram in-crementados no período de 2013/2014, passando de 354 bolsas para 450 (um aumento de 27% no núme-ro de bolsas). O valor da bolsa alimentação recebeu um aumento de 46% (150,00 para 220,00) e o auxílio moradia foi de 300 para 375 reais (25%). Auxílio financeiro para manter os estudantes na insti-tuição, o programa Bolsa Permanência foi implemen-tado e atende 547 pessoas.

Avanços

A normatização dos processos de solicitação foi mais uma melhoria implementada e conferiu mais agilida-de às demandas que chegam à Prape. Para Oliveira, a criação desses protocolos possibilitou uma espécie de rota de caminhos a serem seguidos para todas as soli-citações, como passagens, liberação de ônibus, entre outros pedidos. Além disso, foi criado um seguro via-gem para todos os estudantes que vão para congressos fora da cidade.

Os Centros Acadêmicos (CAs) foram beneficiados pelo programa de suporte, que já atendeu 40 centros oficiais dentro da UFPB, equipando-os com um kit que contém: 1 computador, 1 armário, uma mesa de trabalho, gaveteiro, quadro de avisos, impressora e cadeiras do tipo secretária.

Também estão em processo quatro projetos para o campus de Areia que consistem na reestruturação de todas as residências universitárias, ampliação do restaurante, construção e reestruturação do espaço de lazer e a construção de uma passarela na lateral do restaurante para evitar que os alunos fiquem expostos ao sol e chuva enquanto aguardam as refeições.

Centro de referência em acessibilidade e inclusão

A Universidade será, em breve, a segunda insti-tuição no país a receber um centro de referência em acessibilidade e inclusão de pessoas com algum tipo de deficiência. A construção é uma parceria da Pró-Reitoria de Assistência e Promoção de Estudantes (Prape) e o Gabinete da Reitoria.

CAMPUS ICAMPUS IV

CAMPUS IIICAMPUS IV

2420

12001120

0

3000

16201400

465

COMENSAIS RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO2.012 2.014

O centro unificará todas as ações de apoio aos portadores de deficiência já em andamento na Insti-tuição. Uma das mais recentes, a rota acessível, tem cinco quilômetros de extensão em todo o campus I. Outra ação, o programa de bolsas “Aluno Apoiador,” que consiste em designar um estudante para auxiliar nas atividades do dia a dia do aluno deficiente no campus, foi ampliado e passou, de 32 em 2012 para 514, atualmente.

CAMPUS ICAMPUS IV

VALOR EM REAIS

624397

150

1000

508

220

AUXÍLIO MORADIA2.012 2.014

Page 38: UFPB Em Revista 9

38 UFPB em revista

A otimização do sistema administrativo, inves-timento em materiais de consumo e permanentes e qualificação dos profissionais servidores da insti-tuição se tornaram presentes, entre 2012 e 2014, através de ações da Pró-Reitoria de Administração da UFPB. A PRA priorizou o aumento dos investi-mentos, como em material permanente, que chegou a R$ 10 milhões, e agilidade nos processos da admi-nistração, com o Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contrato (SIPAC), trazendo mais eficácia aos processos da Universidade.

A instalação do SIPAC e seus diversos módu-los, fazem papel importante para diminuir a buro-cratização e agilizar as demandas da administração. Sistemas como o de Protocolo, Patrimônio e Almo-xarifados foram implantados e já funcionam otimi-zando as ações dos diversos setores da instituição.

Fiscalização

A fiscalização foi um item prioritário estabele-cido pela PRA. No ano de 2014 uma nova meto-dologia de cobranças com notificações sistemáticas, a diversas empresas, reduziu significativamente, os valores de empenhos não pagos. A Melhoria no sistema de acompanhamento de entrega de mer-cadorias e notificações a empresa inadimplentes se fizeram presentes com sucesso, e resultaram em um ressarcimento a Universidade Federal da Paraíba de R$ 150 mil referentes a multas aplicadas as empresas

Investimentos buscam otimizar processos

no presente ano.

Também foram emitidas notificações a empre-sas com pendência de entrega dos empenhos relati-vos anos de 2010 à 2012, de material permanente e consumo, no total de R$ 514 mil e 400. Recurso importante à instituição, que teria se perdido caso não fosse requerido. Com isso, a Instituição conse-guiu recuperar R$ 107.079,86 de material de con-

Fonte de Dados SIAFI em 30/10/2014 *Os valores aqui descritos excluem os investidos pelos Centros.

Fonte: SIAFI em 30/10/2014*Os valores aqui descritos excluem os investidos pelos Centros.

Reportagem: Wallyson Costa

Page 39: UFPB Em Revista 9

UFPB em revista 39

Fonte: SIAFI em 30/10/2014* relativos a empenhos de 2013

Fonte: SIAFI em 30/10/2014* relativos a empenhos de 2013

estão sendo implantadas.

O investimento em treinamentos externos com diferentes enfoques foi de mais de R$ 100 mil en-tre 2012 e 2014, e apresentaram um avanço com o foco na qualificação dos servidores, como mostra o gráfico:

Os valores investidos em Manutenção e Con-servação de Máquinas e Equipamentos teve aumen-to de mais de 100% em 2014, quando comparado a 2012.

Material Permanente e de Consumo

Entre 2013 e 2014 foram investidos mais de R$ 10 milhões de reais em material permanente, re-ferentes a itens duráveis adquiridos pela instituição. O gráfico a seguir mostra que ao final do exercício de 2013 existia um passivo de material permanente a ser entregue de cerca de R$ 12 milhões e até outu-bro de 2014 estes valores foram reduzidos a pouco mais de R 2 milhões. Essa redução indica a efetiva entrega de aproximadamente R$ 10 milhões e 500 mil em material permanente.

Já em relação aos materiais de consumo, ou não duráveis, os números passam de R$ 3 milhões inves-tidos. O gráfico demonstra um passivo de material de consumo a ser entregue de R$ 6.741.589,95 e até outubro de 2014 estes valores foram reduzidos a cerca de R$ 3 milhões e 800 mil que mostra o total já entregue a instituição

sumo e R$ 407.319,22 de material permanente.

Servidores

A qualificação dos servidores se fez presente com a participação em eventos de relevância como a Semana Orçamentária da Escola de Administra-ção Fazendária (ESAF) onde o foco foi o aperfei-çoamento qualitativo e produtivo, exigido pelo Go-verno Federal nas novas rotinas administrativas que

Page 40: UFPB Em Revista 9

40 UFPB em revista

O embargo das obras no campus de Mangabeira em maio de 2013 impôs a Instituição uma melhor organização e o cumpri-mento de licenciamento em obras na UFPB. A não observância a le-gislação por parte dos responsáveis pelas obras levadas a efeito pela gestão que comandou as obras do Reuni até então, de acordo com prefeito universitário Sérgio Alon-so, trouxe para a universidade a ur-gência na solução de uma série de problemas.

Segundo o prefeito, que assu-miu o cargo em abril de 2013, a partir de então foi trabalhada a or-ganização das licenças ambientais para todas as obras, nunca solicita-das até então, além de um trabalho para gerir tantas outras interven-ções estruturais geradas através do Reuni.

A falta de planejamento tinha transformado a UFPB em um ver-dadeiro caos, segundo o prefeito da

Instituição, Sérgio Alonso. “A par-tir de agora nossas obras seguem o fluxo de solicitação das licenças, o que antes não se fazia”, alerta. Alonso afirma que a adequação às exigências de autorizações da Secretaria de Meio Ambiente do Município de João Pessoa, além de outras exigidas. Para ele, a regula-rização das licenças das obras foi o ponto de partida da série de medi-das a serem tomadas pela prefeitu-ra para otimizar setores da própria administração interna e outras me-didas que impactaram a comuni-dade acadêmica.

O redimensionamento dos estacionamentos também integrou as ações da Prefeitura Universitária. O primeiro deles foi o do CCEN, onde foram aumentadas 30% do número de vagas. A segunda etapa está sendo feita no estacionamen-to do CCS, próximo ao Hospital Universitário. No início de 2015, obras estão previstas para o estacio-namento localizado entre a Central

de Aulas e o CCHLA. “Sabemos que isso não seria o suficiente e já temos que pensar para o futuro em verticalizar os estacionamentos na instituição”, salienta Sérgio.

As melhorias também ocor-reram nas áreas que envolvem os serviços terceirizados da Institui-ção. Novas empresas trouxeram mais profissionais, o que resultou em uma melhoria na qualidade dos serviços de limpeza. também no quesito segurança, os resultados positivos são bastante perceptíveis, o que possibilitou queda signifi-cativa nos índices referentes a in-frações como roubo de carros, aos integrantes da comunidade uni-versitária e ao patrimônio público da Instituição.

Paisagismo

A questão paisagística do campus recebeu um novo olhar por parte da administração. Sérgio Alonso pontifica que por estar em área de mata atlântica, a preserva-

Prefeitura constroi e redimensiona estacionamento

Reportagem e Foto: Wallyson Costa

Licenças e projetos são priorizados pela PU

40 UFPB em revista

Page 41: UFPB Em Revista 9

UFPB em revista 41UFPB em revista 41

ção é a prioridade da Instituição. “Atentamos muito aos jardins, gra-mas, para fazer com que a Univer-sidade também se torne um am-biente agradável. Estamos fazendo também o arruamento, onde todas as esquinas do campus terão placas com nomes das ruas”, esclarece.

A criação e instalação da Co-missão de Gestão Ambiental possi-bilitou à prefeitura um importante parceria. Os corredores ecológicos, que possibilitarão a travessia aos animais silvestres através de pontes sobre as ruas e avenidas do Cam-pus I foi uma das primeiras medi-das implementadas, fruto da inte-gração de ações entre a Comissão de Gestão Ambiental e a PU.

Outro ponto destacado pelo prefeito universitário, Sérgio Alon-so diz respeito aos processos lici-tatórios. Ele salienta as falhas que existiam, sobretudo pela ausência de inclusão nos processos licitató-rios dos projetos complementares (instalação elétrica, lógica, etc), o que trouxe grandes trastornos e atraso na conclusão de obras. “An-teriormente, as obras eram licitadas sem os projetos complementares. tivemos que fomentar os projetos complementares de todas as obras, que consiste em rede lógica, para raios, etc.”.

Dentro do trabalho de recon-figuração nas formas de atuação de setores da UFPB, o de trans-portes mereceu atenção especial. Os gastos com combustível eram bastante elevados, muito além do esperado para cada tipo e potência de motor. “Antes se via aqui carros gastando 1 litro a cada 2 km. Ago-ra vemos que os mesmos carros gastam 1 litro a cada 8 ou 9 km, pondera Ségio Alonso. Ele se diz

favorável a locação de automóveis pela universidade: “Eu, particular-mente, sou a favor de que a univer-sidade use um sistema de locação de veículos. Comprar, cuidar da manutenção, ter que abrir pregão pra comprar pneu, óleo, isso está se tornando inviável pelo tamanho da instituição. Mesmo porque al-guns setores de manutenção, como mecânicos, foram extintos e não se pode contratar. Então, como fica a manutenção dos carros?”.

O cumprimento da lei de acessibilidade também compõe as preocupações da atual gestão administrativa da UFPB. É que muitas das edificações foram cons-truídas em um momento em que as preocupações com a acessibi-

lidade não povoavam as cabeças dos administradores e arquitetos. Mesmo as edificações recentemen-te construídas não possuem ram-pas de acesso para cadeirantes ou mesmo sistema de elevadores, por exemplo. Alonso revela que há várias obras feitas e processos em andamento referentes a projetos de acessibilidade na atualidade. “Instalamos plataformas no litoral norte, e começamos aqui (Campus I) na escola técnica de saúde. Para 2015, temos previsto um sistema de passarelas e de rotas acessíveis para deficientes visuais”

Page 42: UFPB Em Revista 9

42 UFPB em revista

MOBILIDADE

Reportagem e Foto: Wallyson Costa

Nos últimos dois anos as oportunidades de in-tercâmbio discente na UFPB tem se aprimorado, pela adesão de convênios com universidades estran-geiras e programas que facilitam o intercâmbio. Pro-gramas do Governo Federal, do Banco Santander, e o Programa de Mobilidade Internacional (Promobi), organizado pela própria instituição, abrem um leque de possibilidades para que o aprendizado em outro país se torne cada vez mais presente entre estudantes universitários.

Entre novembro de 2012 e outubro de 2014, foram acordados entre a UFPB e universidades do ex-terior 32 novos convênios e o número de instituições conveniadas foi ampliado para 60. Os acordos assi-nados possibilitam tanto a ida de alunos às institui-ções estrangeiras, quanto o acolhimento de alunos de outras instituições espalhadas pelo mundo na própria UFPB. Nos dois últimos anos foram acolhidos 128 estudantes de vários continentes.

O Programa de Mobilidade Internacional (Pro-mobi) proporcionou o intercâmbio de 139 estudan-tes da UFPB com várias universidades do mundo. O

destino mais procurado pelos 57 dos 139 discentes foram Portugal (sendo Universidade de Coimbra a instituição com maior número, 26), 28 para a Espa-nha e 17 para a Alemanha,

Para poder ter acesso ao intercâmbio através do Programa de Mobilidade Internacional os alunos da graduação devem ficar atentos as duas chamadas que ocorrem por ano. Estão aptos a participar do progra-ma o discente regularmente matriculado em um dos cursos de graduação da UFPB que possuir Coeficien-te de Rendimento Escolar (CRE) igual ou superior a cinco, e na data da inscrição tiver ,no mínimo 40% e no máximo 80% da carga horária total do seu curso.

A grande oferta de programas e incentivos ao intercâmbio discente é um reflexo do próprio desen-volvimento educacional do país, e dos investimen-tos cada vez maiores em educação. A UFPB através de convênios, parcerias, e gerenciamento de progra-mas do Governo Federal, realiza papel importante oferecendo a oportunidade de aprendizado em ins-tituições renomadas pelo mundo, a experiência com pesquisas e profissionais de referência, onde o aluno

Alunos UFPB no Promobi por universidades 2012/2014

Nº Estudantes

1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3 4 4 4 46 6 7 7

10 11 1113

26

42 UFPB em revista

Gestão amplia convênios

Page 43: UFPB Em Revista 9

UFPB em revista 43UFPB em revista 43

pode se aprofundar ainda mais em qualquer área de seu interesse.

Acolhimento

O Promobi também regulamenta o acolhimen-to dos estudantes estrangeiros, que através da sua instituição de ensino e a Assessoria para Assuntos In-ternacionais local, organiza cada discente por curso em sua estada na UFPB. Entre novembro de 2012 e outubro de 2014 foram acolhidos 128 estudantes de universidades conveniadas. Os cursos que mais receberam alunos foram os de Ciências Sociais (25), Medicina (20), e Educação Física (17).

Bolsas Ibero Americanas:

A Assessoria de Assuntos In-ternacionais também se encarre-ga de intermediar a concessão de bolsas de estudo junto ao Banco Santander. Nele, 10 estudantes foram contem-plados no período com-preendido entre 2012 e 2014, para as universida-

des mexicanas Autonoma Metropolitana (03) e Na-cional Autonoma do México (02), para as instituiões espanholas Complutense de Madrid (02) e Santiago de Compostela (01) e a portuguesa Universidade de Coimbra (02).

O programa de bolsas Ibero-Americanas, pro-movido em conjunto com o Banco Santander, con-cede bolsas de três mil euros para graduandos e pós-graduandos. O programa também ofereceu uma bolsa para um finalista do prêmio Santander Ciência e Inovação de 2012.

Outro Programa, o Fórmula, também realiza-do em parceria com o Banco Santan-

der, concedeu quatro bolsas de 5 mil euros, sendo duas para

graduação e duas para pós graduação. As institui-

ções de destino foram a Universidade Com-plutense de Madrid, Universidade da Bei-ra Interior e a Uni-versidade do Porto.

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 4 46 6 6 7

17

20

25

Alunos estrangeiros acolhidos na UFPB por cursos2012/2014

Alunos estrangeiros acolhidos na UFPB por cursos 2012/2014

Gestão amplia convênios

Page 44: UFPB Em Revista 9

44 UFPB em revista

Centros se destacam com formulação de propostas

As unidades de ensino CCH-SA e CE resolveram participar de forma mais incisiva do processo de modificação do Estatuto da UFPB. Para tanto, no CCHSA formou-se uma comissão para or-ganizar as discussões com a parti-cipação dos três segmentos (estu-dantes, professores e servidores). Também ocorreram eventos onde estiveram professores da Univer-sidade Federal Campina Grande e da Universidade Federal Rural

de Pernambuco realizando pales-tras sobre o tema e onde estiveram presentes representantes dos sin-dicatos de Professores, Técnicos Administrativos e dos Estudantes.

Já o CE, criou comissão com os três segmentos que realiza reu-niões para discussão de propostas para a Estatuinte, e realizou uma série de assembleias para discussão com a comunidade. O professor Wilson Aragão, Diretor do Cen-tro de Educação, salienta a impor-

tância do debate e a participação do Centro em proposições junto a Comissão: “Temos um estatuto vigente há muito tempo, e essa iniciativa é de suma importân-cia. Criamos uma Comissão De-mocrática com a participação de servidores, professores e estudan-tes que realiza reuniões e fomenta propostas para a Comissão Esta-tuinte”.

A participação dos segmen-tos da comunidade acadêmica na

Reportagem: Wallyson Costa

NOVO ESTATUTO

Foto

: Rôm

ulo

Jeffe

rson

Foto

: Rôm

ulo

Jeffe

rson

Page 45: UFPB Em Revista 9

UFPB em revista 45

elaboração do documento que irá ser discutido e votado pelo Con-selho Universitário (Consuni) é solicitada pela Comissão Execu-tiva. De acordo com o professor Gustavo Tavares, presidente da Comissão, “o que queremos é que a comunidade se mobilize na ela-boração desse novo estatuto, pois o papel da comissão é sistematizar para que a própria comunidade proponha. Sabemos que o calen-dário é apertado mais o estatuto também tem que ter prioridade”.

A Comissão Executiva res-ponsável pelo novo Estatuto da UFPB esteve aberta para recepção de propostas da comunidade aca-dêmica até o dia 5 de dezembro.

A data corresponde ao limite para modificação da primeira versão do documento fomentado pela Comissão Executiva. A partir de então, entre 8 de dezembro de 2014 e 19 de março de 2015, a comissão deverá dedicar-se inte-gralmente a elaboração da segun-da versão do documento.

Através do site site da Esta-tuinte (www.ufpb.br/estatuinte), qualquer membro da comunidade acadêmica pôde redigir proposta e encaminhar diretamente a comis-são. Gustavo Salienta que “Quem dirá o que será o novo estatuto é a própria comunidade. No site tem todos os documentos, como o estatuto anterior a proposta que

a reitoria fez e todo esse relatório das coisas que já aconteceram, entretanto estamos sentindo uma baixa participação”.

Foram recebidas propostas da Agência de Inovação da UFPB; da Escola Técnica de Saúde; de Servidores do CCSA e da Supe-rintendência de Tecnologia da Informação (STI). Além disso, a Comissão se reuniu com o Núcleo de Ensino à Distância (EAD), par-ticipou de Assembleias no Centro de Educação (CE) e de reunião no Centro de Ciências Humanas, So-ciais e Agrárias (CCHSA).

Foto: Luan Matias

Page 46: UFPB Em Revista 9

46 UFPB em revista

Informatizar o sistema, au-mentar o número de produções e tornar o conteúdo produzido mais próximo da comunidade acadêmica. Estes são alguns dos objetivos traçados pela Editora Universitária da UFPB, alguns deles já colocados em prática e em pleno funcionamento. Um dos principais meios para se atin-gir essas metas, o lançamento do novo site abre possibilidades para publicações, divulgação e conver-gência de conteúdos.

Um das possibilidades que surgiram com o novo site foi a publicação dos livros eletrôni-cos, conhecidos como e-books. Quatro títulos foram lançados recentemente e outros dois esta-rão disponíveis ainda esse ano. A proposta editorial não é digi-talizar livros já existentes em for-mato tradicional, mas publicar material exclusivo para as mídias digitais, com características que são possíveis apenas nesse meio. A gratuidade será a característi-ca principal dessas publicações eletrônicas, que envolvem baixos custos e devem ser bastante utili-zados pela Editora.

Uma outra prática que sur-ge com o novo site é a submissão

online de trabalhos, esta ainda em fase de testes. Quem tiver interesse em publicar pela Edi-tora deve passar por um proces-so semelhante ao dos sistemas de publicação de periódicos. Ainda em dezembro deste ano essa etapa deve ser concluída; até o início de 2015 novos li-vros não serão aceitos, pois no momento são 114 títulos em processo de avaliação pela co-missão editorial.

A nova política editorial está em desenvolvimento e es-tará disponível no novo site quando estiver concluída. Uma das principais características do trabalho dirigido pela Pro-fessora Izabel França é dar as mesmas oportunidades a todos os inscritos nos processos de submissão de trabalhos. “Só a qualidade do conteúdo é quem determina a publicação ou não dos livro que chegam até nós e a ordem de lançamento se dá pela ordem de submissão dos mesmos”, explicou.

Atualmente a equipe da Editora Universitária é com-posta por profissionais e es-tagiários de variadas áreas de criatividade, como publicida-

Prioridade é informatizar e publicar e-booksReportagem: Luan Matias

de, design gráfico e ciências da informação. Um das marcas do trabalho que a equipe desenvolve há dois anos é a manutenção de um padrão de editoração, corres-pondendo ao exigido pela Capes para a publicação de livros, sem desconsiderar que literatura tam-bém é arte e cada obra tem sua especificidades.

Um das necessidades mais urgentes da Editora diz respei-to ao espaço físico. Atualmente dividindo o mesmo local com a TV UFPB e com os traba-lhos e número de produções aumentando, não há locais es-pecíficos para livraria, reserva técnica, revisão e outros setores fundamentais para um melhor desenvolvimento das ativida-des. Essa dificuldade tem adia-do um dos principais planos da diretoria, que é instalar na pró-pria Editora um escritório de Direito Autorais. “Atualmente todos os autores e artistas pa-raibanos precisam ir até Recife resolver questões dessa nature-za. Com o espaço necessário e a instalação desse escritório, toda o nosso estado seria atendido na UFPB”, contou a professora Izabel.

Page 47: UFPB Em Revista 9

UFPB em revista 47

Prioridade é informatizar e publicar e-books Acompanhe

www.facebook.com/UFPBEMREVISTA

Facebooknossa página no

Page 48: UFPB Em Revista 9

48 UFPB em revista

Ano II . Número 9 - Outubro 2014UFPB