treinamento e desenvolvimento
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Felipe da Silva VagoTRANSCRIPT
1 INTRODUÇÃO
O ser humano é um animal que tem a capacidade única na natureza de se
reinventar e de aprender, de forma que não existe ser com igual capacidade.
No mundo empresarial atual, é imprescindível que estas capacidades estejam
cada vez mais em evidência para que a empresa e o capital humano possam,
juntos evoluírem e se perpetuarem.
O estudo do treinamento e desenvolvimento de pessoas aqui abordados têm
como base a melhor aplicação do aprendizado no meio empresarial para,
assim, obter melhores desempenhos e maior grau de desenvolvimento
humano.
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2 TREINAMENTO
Entende-se que treinamento tem como finalidade melhorar o desenvolvimento
profissional do ser humano na sua organização, e no desempenho das suas
funções além de ser o processo que visa à preparação e ao aperfeiçoamento
das habilidades e dos conhecimentos dos funcionários de uma organização.
"Treinamento é um processo de assimilação cultural em curto prazo,
que objetiva repassar ou reciclar conhecimento, habilidades ou
atitudes relacionadas diretamente à execução de tarefas ou à sua
otimização no trabalho" (MARRAS 2001, p. 145).
"A maioria dos treinamentos visa à atualização e ao aperfeiçoamento das
habilidades técnicas dos funcionários".
Percebe-se que o treinamento pode trazer um grande retorno para o
profissional e para a empresa, pois um profissional bem mais qualificado terá
motivação maior e o seu resultado na execução das tarefas será maior e mais
produtivo, conseqüentemente a maior produtividade do empregado poderá
contribuir efetivamente para os resultados da organização.
2.1 Conceito de Treinamento
Treinamento significa desenvolver o potencial, aperfeiçoar o desempenho e
aumentar, deste modo, a produtividade e as relações interpessoais. Mas
necessário se faz preparar o potencial humano diante do exigente mercado de
trabalho e das novas tecnologias, visando desenvolver habilidades e
conhecimentos que estejam alinhados à nova realidade, onde o desempenho
profissional deve ser maximizado. É um recurso que, além de gerar um bom
clima organizacional, é também o gerenciador do desenvolvimento de pessoal,
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apresentando um conjunto de atividades objetivando a aprendizagem e a
capacidade produtiva.
Portanto treinar é desenvolver habilidades para executar tarefas por
determinado trabalho, aumentando o conhecimento e a perícia no que tange a
função a um determinado cargo seja ele qual for, desde o mais simples, até a
função mais complexa dentro das organizações.
Para que uma empresa realize de modo eficiente os serviços que presta,
investir no desenvolvimento de pessoas é investir, deste modo, na própria
qualidade. Mas o investimento deve alcançar a todos os colaboradores que
participam da organização, visando os resultados, já que decorrem das
atividades coletivas, do todo organizacional.
O treinamento deve ser priorizado quando uma nova realidade se apresentar à
organização e deve preparar as pessoas para o enfrentamento e execução
imediata das diversas tarefas peculiares, dando oportunidades para o contínuo
desenvolvimento pessoal, não apenas no cargo que ocupam naquele
momento, mas também em outros que o funcionário possa vir a exercer. A
mudança nas atitudes das pessoas cria entre elas clima satisfatório, dando-
lhes satisfação e motivação, além de torná-las mais receptivas às técnicas de
supervisão e gestão.
2.2 Posição Orgânica da Área de T&D.
Como um dos subsistemas mais importantes da administração de RH, a área
de Treinamento e Desenvolvimento (T&D) apresenta-se organicamente
conforme à figura 1 .
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Por outro lado, o subsistema de T&D subdivide-se em diversas áreas, de
acordo com a abrangência dos seus objetivos ou com o porte da empresa que
o abriga. É só imaginar duas organizações: uma por, por exemplo, com 150
empregados e outra com 30 mil. Obviamente que as funções básicas do
treinamento estarão presentes nas duas organizações. Contudo, outras só têm
razão de existir em organizações mais bem-estruturadas e com uma
administração de RH mais detalhada; o que não é prática usual em empresas
de pequeno ou médio porte.
Subsistemas da área de T&D.
- Levantamento de necessidades
- Planejamento
- Programação de módulos
- Treinamento (operacional e administrativo)
- Avaliação de desempenho
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- Desenvolvimento (executivos e talentos)
- Biblioteca
- Banco de dados
2.3 Objetivos específicos do Treinamento
Entre os objetivos específicos mais importantes da área de treinamento,
destacam-se os seguintes:
Formação profissional: Tem como meta alcançar um grau ideal de capacidade
laboral para determinada profissão, repassando todos os conhecimentos e
práticas necessárias ao bom desempenho de uma função.
Especialização: Oferece ao treinando um campo de conhecimento ou prática
específica dentro de uma área de trabalho para a otimização dos resultados.
Reciclagem: Tem como finalidade básica rever conceitos, conhecimentos ou
práticas de trabalho, renovando-os ou atualizando-os de acordo com as
necessidades.
2.4 Objetivos genéricos do Treinamento
Entre os objetivos genéricos mais importantes, encontramos os seguintes:
Aumento direto da produtividade: Na medida em que o treinamento propicia a
possibilidade de realizar ações mais precisas e corretas, haverá melhorias nos
tempos de produção, nos movimentos e, portanto, na relação entre insumos,
fatores de produção e resultados no trabalho.
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Aumento direto da qualidade: A qualidade do trabalho tende a ser otimizada de
forma diretamente proporcional ao conhecimento que o trabalhador tem sobre
aquilo que é bem feito e sobre o grau de responsabilidade que lhe cabe no
processo produtivo.
Incentivo motivacional: Treinar um trabalhado é oferecer a ele a possibilidade
de ser eficiente e eficaz. Quanto mais real essa afirmação, maior a
possibilidade do trabalhador se sentir motivado a fazer o que faz e a fazer bem
feio para sua própria satisfação.
Otimização pessoal e organizacional: os objetivos anteriores levam, no seu
conjunto, à otimização pessoal e organizacional. É pelo treinamento que o
homem se desenvolve profissionalmente, projetando-se profissionalmente,
projetando-se socialmente, alavancado pelas melhorias econômicas que
consegue com o resultado da sua ascensão profissional. Trabalhadores em
ascensão, satisfeitos e motivados transformam os ambientes das
organizações, deixando-os apropriados para atingir a excelência em termos de
desenvolvimento organizacional.
Atendimento de exigências das mudanças: As empresas do final do milênio
estão cada vez mais premidas pela avalanche de mudanças recebidas dos
diversos cenários que as circulam. São mudanças tecnológicas, de processos,
comportamentais etc. que pressionam diariamente os membros da estrutura
organizacional. As organizações convencionais utilizam-se de treinamento
como instrumento principal para enfrentar e acompanhar os efeitos das
mudanças que as atingem. As empresas de ponta fazem uso do treinamento
para prevenir-se de eventuais mudanças impostas por esses mesmos
ambientes.
Quanto à sua abrangência, os objetivos do treinamento dividem-se em dois
aspectos: aspecto técnico e aspecto comportamental.
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2.5 Aspecto Técnico
No que tange ao aspecto técnico do treinamento, a área de T&D deve
submeter sua programação a cada setor específico da empresa em que o
treinamento será aplicado, principalmente no que diz respeito ao conteúdo,
resultados esperados, pessoal a ser treinado e escolha do instrutor.
A homologação destes itens pelo setor cliente garante a área de T&D uma
maior probabilidade de acerto técnico nos resultados finais, ao mesmo tempo
que cria um laço de comprometimento entre o cliente e a organização de T&D
extremamente importante para a credibilidade e visibilidade do sistema.
2.6 Aspecto comportamental
Quanto ao aspecto comportamental a ser abordado nos módulos de
treinamentos, embora busque sugestões e convide as demais áreas da
empresa a apreciar o desenho dos módulos, a área de T&D deve ser a
responsável prioritária pelas informações e valores que serão repassados aos
treinandos, levando em conta um padrão de comportamentos e atitudes
esperado pela organização em seus trabalhadores.
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3 O PROCESSO DO TREINAMENTO
O treinamento é um processo cíclico e contínuo composto de quatro etapas:
Diagnóstico: é o levantamento das necessidades de treinamento a serem satisfeitas.
Essas necessidades podem ser passadas, presentes ou futuras.
Programação: é a elaboração do programa de treinamento para atender às
necessidades diagnosticadas.
Implementação: é a aplicação e condução do programa de treinamento.
Avaliação: é a verificação dos resultados do treinamento.
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4 LEVANTAMENTO DAS NECESSIDADES DE TREINAMENTO
Treinar os funcionários é importante para que as metas das empresas sejam
alcançadas e para que elas se mantenham no mercado, levando em
consideração um mercado empresarial competitivo e dinâmico.
Levantamento das necessidades de treinamento é um diagnostico da situação
e é a primeira etapa do processo de treinamento e como parâmetros têm os
indicadores para estabelecer os pontos fracos e fortes da organização.
4.1 Níveis dos Levantamentos das Necessidades de Treinamento
O LNT pode aplicado em três níveis:
- Sistema organizacional: é analisado o todo da organização, é uma visão
global, neste nível o objetivo da análise é levar os indivíduos a adquirirem
conhecimento, habilidades para executarem as tarefas, no menor tempo, com o
menor esforço, menor custo e com a maior eficiência e entendo a essência da
empresa, interagindo com a cultura da empresa e sendo isso, firmado dentro
de si. O sistema organizacional visa os objetivos de longo prazo.
- Sistema de treinamento: é analise dos recursos humanos e esses recursos
têm que estarem aptos para o trabalho e dentro dessa aptidão está à
habilidade, conhecimento e a atitude, fatores esperados pela organização,
também de forma quantitativa.
- Sistema de aquisição de habilidades: é a análise das operações e tarefas,
neste sistema o funcionário tem que atender os requisitos exigidos pelo cargo,
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o tipo de pessoa que irá ocupá-lo, terá como análise a habilidade,
conhecimento, atitude, comportamento e personalidade para desempenhar as
funções conforme as solicitações do cargo.
O treinamento nas organizações provoca mudanças no comportamento
ampliando a transmissão de informação sobre a organização: seus
produtos/serviços, políticas e diretrizes, regras e regulamentos e seus clientes,
o desenvolvimento de habilidades: provoca mudanças de atitudes negativas
para atitudes favoráveis, o desenvolvimento de atitudes: aumenta o
desenvolvimento de ideias e conceitos para ajudar as pessoas a pensar em
termos globais e amplos e o desenvolvimento de conceitos: treina as pessoas
para ter habilidade para a execução e operação de tarefas, manejo de
equipamentos, máquinas, ferramentas.
4.2 Métodos para o Levantamento das Necessidades de Treinamento
Os instrumentos mais utilizados são:
- Avaliação de desempenho: tem o objetivo de verificar o nível satisfatório na
execução dos serviços é um apontamento para que a empresa tenha a
oportunidade de melhorias para o treinamento necessário para aquele setor.
- Observação: verificação de perdas e quedas na produção de modo geral,
ineficiência, turn-over, aumento de faltas e entre outros.
- Questionários: através do questionário são observados os pontos fortes e
fracos e então e colocado às necessidades de treinamento.
- Solicitação de supervisores e gerentes: quando estes vêm à necessidade de
treinamento eles fazem esta solicitação para o seu pessoal.
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- Entrevistas com supervisores e gerentes: quando surgem problemas que são
resolvidos através de treinamentos, as entrevistas são realizadas com os
responsáveis dos setores.
- Reuniões interdepartamentais: é colocado em pauta assuntos a nível
organizacional.
- Exame de empregados: é feito exame de seleção para os funcionários que
executam determinadas funções.
- Modificação do trabalho: os funcionários ao executar novos processos tem
que serem treinados previamente.
- Entrevistas de saídas: a organização vê nesse método um meio para avaliar
suas deficiências, pois é no desligamento do funcionário da empresa que ele
está mais suscetível a falar sobre a motivação que levam a sua saída,
insatisfações e erros no ponto de vista dele, assim a empresa tem a
oportunidade de corrigir e melhorar esses pontos.
- Análise de cargos: são as habilidades, conhecimento, atitudes que o
funcionário deve apresentar para ocupar determinado cargo.
- Relatórios periódicos da empresa: mostra a área que a empresa necessita de
treinamento.
4.3 Indicadores
Há dois tipos de indicadores os indicadores a priori e os posteriori. Os métodos
de LNT estão correlacionados com esses indicadores, os indicadores a priori
estão ligados com as ocorrências futuras, como modificações que ocorreram
tanto na estrutura, no crescimento da empresa, como nos objetivos e
processos abrangendo o ambiente externo e interno da empresa. Os
indicadores posteriori são necessidades de treinamentos já ocorrentes, como
problemas na produtividade, incluindo uma série de fatores como quedas na
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qualidade, baixas na produção, aumento do absenteísmo, entre outros fatores,
devemos ressaltar que o problema de relacionamento interpessoal é um
assunto relevante uma vez que esse fato pode atingir várias áreas da empresa,
principalmente no clima organizacional.
5 PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO
Nesta etapa, primeiramente é preciso identificar o objetivo do treinamento, os
prazos para avaliar seus resultados, definir os critérios de avaliação, os
conteúdos a serem ministrados e definir o público-alvo.
É inegável que para colocar em execução um treinamento é necessário haver
desembolso de recursos financeiros, já que pode ser necessário contratar
instrutores ou utilizar as horas de trabalho de pessoal interno, adquirir
equipamentos específicos (como datashow, materiais para avaliação) e outros.
Sendo assim, deve-se avaliar cuidadosamente o retorno que a empresa terá
com os investimentos feitos no treinamento.
Em seguida, são estabelecidos os critérios de avaliação do desempenho dos
treinandos, seja no caso de haver ampliação dos conhecimentos ou mesmo da
capacitação para adquirir novas tarefas.
Para que haja um direcionamento específico, o conteúdo a ser apresentado
precisa ser definido de forma que haja pertinência e consistência com o padrão
de desempenho pretendido e com os resultados esperados. Em consonância,
deve-se definir o público-alvo (os participantes), que pode ser por escolha
prévia da Direção da Empresa ou ofertado a diversos públicos da organização.
A ideia para que seja feito um treinamento é sempre de transformar os
pensamentos, as condutas, ampliar os conhecimentos e, por fim, fazer com
que a organização tenha um desempenho ótimo das suas tarefas, após sua
realização.
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5.1 Métodos e Técnicas de treinamento
Existem diversas técnicas para realizar-se um treinamento, dentre as quais
destacam-se:
- Treinamento Prático: aprendizagem metódica do trabalho, estágio em um ou
mais postos de trabalho ou chefia, participação em equipes de trabalho;
- Conceitual: exposição oral de um instrutor, com ou sem equipamentos de
audiovisual, debate entre participantes de uma reunião ou painel de
discussões, simpósio, educação a distância com o uso da internet, intranet ou
videoconferência (onde várias pessoas se comunicam simultaneamente de
locais diferentes por meio de um aparelho de vídeo);
- Simulação: dramatização, usando técnicas teatrais com um tema específico,
competição de empresas em jogos, estudo de casos, pegadinhas, desafios
físicos e psicológicos;
- Comportamental: aconselhamento psicológico, psicodrama para ajudar o
treinando a superar bloqueios psicológicos, socioanálise e dinâmicas de grupo.
5.2 Tipos de treinamento
Os tipos variados de treinamento devem estar associados com os métodos e
técnicas adotados.
- Orientação inicial: É a conhecida integração do novo funcionários à
empresa. Através dela, o “novato” passa a conhecer parte da estrutura e
cultura oficial da organização, os colegas de trabalho e as chefias. Pode durar
dias ou mesmo semanas.
- Treinamento operacional: É o tipo de treinamento mais antigo, voltado para
o chão de fábrica e que consome boa parte do tempo e dos recursos da
empresa.
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- Treinamento gerencial: Com conteúdos voltados às exigências de cargos de
gerência, é destinado às pessoas que ocuparão estes cargos.
- Atuação internacional: São programas voltados a desenvolver o
conhecimento sobre a maneira de se obter resultados em ambientes muito
diferentes do país de origem da Empresa. Isto se deve pela atuação cada vez
mais global de algumas organizações.
5.3 Ambiente de treinamento
Existem basicamente três possibilidades:
- Em serviço: conhecido também como In Company, é bastante direto e
simples. Realiza-se dentro do estabelecimento onde o treinando executa suas
atividades, com as pessoas e equipamentos que ela está habituado. Por este
motivo, a abordagem visa o trabalho rotineiro, tendo como foco a eficiência em
que se busca aplicar as habilidades para “fazer as coisas corretamente”,
visando atingir um objetivo preestabelecido (GODOY 2010). Esta maneira é
bastante antiga, sendo usada desde as oficinas artesanais do século XIX. O
treinamento pode ser ministrado pelo superior ou por outro membro da
empresa com conhecimentos mais amplos. Algumas vezes, quando é
necessário adquirir um conhecimento novo, podem ser contratados instrutores
externos.
- Em sala de aula: Pode ser realizado na empresa, fora do local de trabalho ou
mesmo em um espaço fora dela, dependendo do objetivo do treinamento e são
utilizados diversos métodos didáticos e recursos audiovisuais. Devido à
variedade de opções para estes treinamentos, as ministrações ficaram mais
dinâmicas. Os treinandos passam a interagir mais com os instrutores,
diminuindo o tempo de palestras e aumentando as simulações de situações
reais.
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Os instrutores normalmente não são os superiores ou outros colegas, mas
especialistas no tema a ser ministrado. Várias empresas prestam serviços
deste tipo, sendo focadas em treinamentos empresariais.
- Treinamento à distância: é o que não exige a presença física do treinando.
Com recursos tecnológicos cada vez mais avançado, este método está a cada
dia sendo mais utilizado. Pode ser através de transmissões de vídeo por
circuito fechado de TV, através da internet ou mesmo por CD-ROM.
Só é vantajoso aplicar este tipo de treinamento para grandes públicos, pois o
custo de execução destes é muito alto. Normalmente grandes organizações,
que possuem várias filiais em lugares diferentes, utilizam estes recursos, pois
as outras duas opções podem ser onerosas.
6 EXECUÇÃO DO TREINAMENTO
Nesta fase, coloca-se em prática todo o planejamento das etapas anteriores,
mas nem sempre se consegue executar tudo conforme o adequado, ou seja,
sua eficácia é colocada à prova neste momento. Depende muito da percepção
do treinando diante do treinamento.
Neste ponto, uma figura importantíssima, quando o treinamento é presencial, é
o instrutor. É devido ao seu trabalho que o treinamento pode ser um sucesso
ou um fracasso. Sua forma de transmitir a informação aos treinandos deve
mantê-los motivados a aprender o conteúdo. Quando o treinamento é realizado
à distância, sua interatividade também é preponderante no seu êxito.
7 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DO TREINAMENTO
São confrontados os resultados esperados e o aproveitamento dos treinandos
alcançado após o treinamento. Mas é uma tarefa muito difícil mensurar a
eficácia de um treinamento, pois não há uma única fórmula a ser considerada.
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O que se espera é a otimização dos recursos da empresa e a mudança de
atitude das pessoas.
Mas há variáveis que podem alterar todo o contexto pós-treinamento, como
punições por parte de superiores, mudança de departamento sem anuência
prévia, possibilidade de venda da empresa, entre outros. Considerando que a
eficácia é entendida como “fazer o que é o certo”, e o certo está intimamente
ligado ao atingimento de um resultado que tem duas dimensões, uma objetiva
(meta) e outra subjetiva (percepção de valor), será sempre desafiador
mensurá-la na avaliação de treinamentos (GODOY 2010).
Mesmo sendo difícil, ela deve ser feita para se ter uma base para avaliar
fatores influenciadores dos resultados. Alguns pontos úteis (mas subjetivos)
que podem ser focados no processo de avaliação:
- A percepção: em relação ao conteúdo do treinamento, metodologia e
aplicação do conteúdo programático usando questionários próprios;
- O aprendizado: representado por meio da aquisição de novos conhecimentos,
aprimoramento de habilidades e atitudes. Podem ser usados questionários ou
testes práticos, mas podem ser vistos na fala e na disposição de agir do
treinando;
- O comportamento: avaliado por meio do desempenho demonstrado na
transferência do aprendizado para a situação do trabalho, durante as
atividades;
- A mudança: Provocada na organização, avaliando-se o impacto pela
consideração da relação custo x benefício.
Existem ainda quatro níveis que podem ser utilizados para avaliação das ações
de treinamento, sendo possível observar a expansão dos efeitos mais
imediatos sobre as pessoas, até aqueles de maior amplitude e alcance para a
organização. São eles:
- Reação: é onde se busca conhecer a satisfação imediatamente ao término de
um programa ou de um curso e são considerados os fatores ligados à didática,
aos recursos instrucionais e à própria organização do evento;
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- Aprendizagem: trata da mudança de atitudes, do aumento do conhecimento
adquirido e da melhoria das habilidades das pessoas com relação aos
assuntos focados no treinamento. Diferente do nível anterior, não é mensurado
imediatamente após o fim do treinamento;
- Conduta das pessoas: É voltada para medir os efeitos identificados nos dois
níveis anteriores. Há condicionantes que interferem no desempenho esperado:
a pessoa deve trabalhar em um clima organizacional adequado e deve ser
recompensada com reconhecimento ou financeiramente por adotar o
comportamento esperado dela.
- Resultados: são avaliados os resultados esperados após a execução dos
treinamentos. São aqueles que foram fixados no planejamento das ações de
treinamento e formulados de maneira clara: aumento da produtividade,
melhoria da qualidade, redução de custos, redução dos acidentes de trabalho,
aumento nas vendas, etc.
Este último nível mostra se foi atingido ou não o desempenho fixado
antecipadamente, com maior clareza sobre o que ocorreu e as suas razões.
8 UNIVERSIDADES CORPORATIVAS
Algumas empresas, por considerarem o aprendizado das escolas e faculdades
incapaz de treinar os alunos para o real contexto das organizações, criaram as
Universidades Corporativas. São uma forma de desenvolvimento de pessoas
continuado, a longo prazo.
A primeira Universidade neste modelo surgiu nos EUA através da General
Electric, nos anos 50.
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Alguns anos mais tarde, mais precisamente nos anos 80, várias outras
empresas fundaram suas Universidades Corporativas. Como exemplo a
Disney, O McDonald’s, A General Motors e outras.
Atualmente, a Dell University personifica as mudanças ocorridas com o passar
do tempo, tanto no aspecto da tecnologia quanto da evolução das
organizações.
Porém, este modelo de desenvolvimento de pessoas não é restrito apenas aos
integrantes da Empresa. Parceiros das empresas também usufruem do ensino
aplicado nelas, de forma que todos se desenvolvem da mesma maneira.
Quando isto ocorre, a organização deixa de realizar desembolso, como ocorre
nos tradicionais treinamentos, para gerar receita, pois este público paga para
ter acesso ao conhecimento. Fica claro então que, para as organizações
manter um setor de treinamento é um custo adicional, ao passo que a
Universidade Corporativa passa a gerar-lhe receitas.
9 PLANEJAMENTO DE PROGRAMA DE TREINAMENTO
Um programa de treinamento deve se guiar por determinados pontos
imprescindíveis para o seu sucesso:
- Identificar o cliente: este é o ponto de partida para a elaboração do programa.
Se a identificação do cliente estiver errada, todo o programa perderá o seu
sentido. Para a identificação, pergunte: Qual é o problema a ser solucionado?
Quais são as suas necessidades? E que resultados deverão ser alcançados?
Somente o cliente terá as respostas para estas perguntas.
- Levantamento de necessidades (LN): Para que um programa de treinamento
tenha o resultado esperado, temos que ajustar as ações da área de
treinamento com as necessidades da instituição. Ao realizarmos um
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levantamento de necessidade temos que tomar cuidado para não cairmos na
tentação do resultado imediato cobrado pelos empresários.
O LN trará a tona a carência observada no indivíduo ou no grupo,diante do
padrão de qualificação necessário para a boa execução da tarefas de uma
função (TOLE e MILIONI, p. 88). Os resultados aqui traçados definirão as
ações a serem tomadas posteriormente.
Para realizar o LN podemos utilizar os seguintes instrumentos: Questionário,
Avaliação de desempenho, Discussão em grupo, Reuniões
interdepartamentais, Entrevista estruturada, Pesquisa de clima, Pesquisa de
satisfação de clientes, entre outros.
Seja qual for o instrumento utilizado não podemos abrir mão da criatividade,
tendo sempre em mente os objetivos da empresa.
- Diagnosticar o problema: nesta etapa o profissional de treinamento, irá
analisar o desvio encontrado e assim verificar se o problema é solucionável
através de um programa de treinamento.
10 ELABORANDO UM PROGRAMA DE TREINAMENTO
A elaboração de um programa de treinamento sempre será realizado com base
em uma perfeita identificação e interpretação das necessidades reais de
treinamento.
Para definirmos com exatidão o que faremos no treinamento, será fundamental
identificarmos os seguintes pontos:
- Público-alvo: a correta identificação e análise da população que será atingida
pelo programa, garantirá um percentual do sucesso do treinamento. Isto
porque, um treinamento voltado para os técnicos, não poderá ser o mesmo
utilizado para os gerentes e vice-versa.
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- Objetivos: É o que se pretende alcançar com um programa de treinamento.
Hoje quando as empresas passam por dificuldades financeiras o primeiro corte
de verbas é realizado na área de treinamento. Isto se dá porque os resultados
concretos obtidos em um programa de treinamento, não são fáceis de se
alcançar e de demonstrar, por isso temos que definir os objetivos com algumas
características essenciais: ter desempenho final a ser alcançado (elaborar folha
de pagamento); ter um período determinado (mensal); ter um padrão de
satisfação (sem erros).
Desta forma os objetivos serão facilmente atingidos com a realização do
treinamento.
- Definição dos temas: ao se estabelecer os objetivos a serem alcançados,
podemos definir quais temas serão abordados e quais assuntos serão
levantados dentro deste tema, para melhor atingir os resultados.
- Metodologia: é a forma utilizada para o desenvolvimento do programa de
treinamento. Levando em consideração as necessidades estabelecidas pelo
cliente, será possível escolher a metodologia a ser utilizada. Vejamos os
métodos mais utilizados: Sala de aula; Treinamento à distância; Internet; No
local de trabalho.
- Processos e técnicas: "Vários fatores do treinamento podem influir na escolha
da técnica, tais como nível do treinando, forma do treinamento, tipo de
necessidades, duração dos cursos, recursos humanos e materiais, condições
físicas e ambientais" (FONTES, p. 64). Para que a técnica utilizada seja de
grande proveito, deverá ser criativamente adaptada para a realidade local.
Vejamos agora quais são as técnicas mais utilizadas: Conferências ou
palestras; Estudos de caso; Dramatizações; Dinâmica de grupo; Jogos de
empresas.
Tendo escolhido a metodologia a ser desenvolvida e as técnicas a serem
utilizadas, o instrutor poderá contar com recursos didáticos que servem para
esclarecer uma demonstração, motivar o grupo para uma reflexão e favorece a
memorização dos assuntos apresentados(Cf. FEULLETTE, 1991, p. 126).
Vejamos agora quais são os recursos mais conhecidos: DVD/televisor;
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Gravador/Aparelho de som; Cartazes; Datashow/Transparência; Apostilas;
Quadros; Flip-chart; Computador.
- Plano de aula: Com todas as etapas anteriores preenchidas deve-se elaborar
um plano de aula. Este é um instrumento que irá auxiliar o instrutor na
realização do treinamento. No plano devem conter as seguintes
informações: tema central do treinamento, assuntos a serem abordados,
horários, técnicas e recursos didáticos.
- Tempo e custo: Devemos levar em consideração estes dois fatores antes de
terminarmos a elaboração de um programa de treinamento.
O tempo deve ser determinado a partir das necessidades e características do
cliente e do público-alvo, assim como a importância do tema a ser abordado. O
mau planejamento do tempo pode causar a perda de informações essências no
termino do programa.
O custo deve ser levado em consideração, e este deve ser confrontado com os
benefícios que o treinamento irá proporcionar ao cliente.
Podemos identificar como custo os seguintes pontos: salários dos instrutores
ou consultores externos, despesa com local, refeições, passagens, estadias,
materiais, entre outros.
10.1 Executando um programa de treinamento
Terminada a fase de elaboração do programa de treinamento, entramos na
fase de execução, que envolve a convocação dos treinandos e a execução do
treinamento propriamente dito.
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10.1.1 Convocação dos treinandos
É muito comum o instrutor se defrontar com treinandos desmotivados e
desinteressados, onde o instrutor terá que desfazer toda esta resistência. Isto
acontece porque os treinandos não estão cientes da real importância do
aprendizado contínuo.
Para que se minimize este problema ao se convocar um funcionário para um
treinamento temos que ser criativos e inovadores, temos que aguçar a
curiosidade do público alvo, e para isso, podemos: Deixar de lado aqueles
velhos memorandos e passemos a usar um convite ou algo mais atrativo;
Procurar conhecer os pontos fortes dos treinandos fazendo uma rápida reunião
com seus superiores; Quando iniciarmos um programa de treinamento diga
coisas agradáveis sobre o grupo. Esta atitude fortifica os treinandos; No início
do programa deixe bem claro quais são os ganhos que os treinandos terão com
a realização deste treinamento.
10.1.2 Os instrutores
São aquelas pessoas que irão atuar na transmissão do conteúdo teórico e
prático do programa de treinamento. Para se definir um corpo de instrutores
devemos analisar o currículo dos indicados, para verificarmos se são
adequados para o programa, somente a partir destas análises convocaremos
os instrutores. Para que um programa de treinamento tenha sucesso o instrutor
deverá estar preparado para atuar como um verdadeiro agente de mudança. A
atuação deste que poderá garantir o alcance dos objetivos estabelecidos e o
sucesso do treinamento.
O instrutor deve possuir algumas características básicas para que ele possa
obter sucesso na transmissão de conhecimento. Vejamos algumas:
personalidade: transmitindo segurança; conhecimento do assunto; habilidade
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para lidar com ambigüidades; motivado para a função; criar vínculo com o
público; liderança: ter influência; habilidade em vender idéias; criativo; empatia:
colocar-se no lugar do outro; ser ético nas relações, nos procedimentos e nas
análises.
10.2 Avaliando os resultados
O que mais importará para a organização é estar ciente do tipo de retorno que
o programa de treinamento irá trazer para a empresa. Portanto, ao terminar um
treinamento devemos avaliá-lo junto com os treinandos e checar
posteriormente se ele trouxe realmente benefícios para a empresa. Ao se
investir em treinamento espera-se que haja "aumento de produtividade,
mudanças de comportamento, melhoria do clima humano na organização,
redução de custos e de acidentes, rotação de pessoal, além de outros
resultados" (TOLEDO e MILIONI, p. 89).
Qual preço atualizado para treinamento de pessoas em empresas
particulares?
Detalhes: Estou prestando serviço de RH para uma empresa de pequeno porte,
para treinamento de colaboradoras e preciso de valores atualizados para poder
dar o orçamento.
Resposta:
O preço atualizado para treinamento de pessoas em empresas de pequeno
porte particulares varia de R$ 7,36 a R$ 50 por hora quando o serviço é
prestado por um autônomo e todos os outros custos são arcados pela
contratante. Quando é uma pessoa jurídica que oferece o treinamento ou
quando a contratante pede preço fechado, é necessário fazer um orçamento
dos custos para definir o preço.
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Existem duas modalidades básicas de apresentar um orçamento para
treinamento em RH:
1) Por hora
2) Por tarefa ou módulos
Valores por hora trabalhada
Segue uma tabela com a variação da remuneração por hora paga para
instrutores de RH, no mês de junho/2010 (obtida através das ofertas de
trabalho disponibilizadas na internet):
Nível Valor da Hora
1)Sem curso superior de R$ 7,36 a R$ 15,78
2)Com curso superior de R$ 20 a R$ 50
Esse valor varia conforme os seguintes aspectos:
• Dificuldade e exclusividade do conteúdo do treinamento
• Formação do Instrutor: Cursos feitos, pós graduação, participação em feiras
• Experiência Profissional do Instrutor
• Número de Participantes do Treinamento
• Volume: se há a possibilidade de programar treinamentos mensais ou
trimestrais, ou se a quantidade de horas de treinamento naquela empresa é
significativa, há a tendência a negociação de valores para que se aproximem
dos menores da lista acima.
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Quando se cobra por hora, geralmente a empresa contratante arca com os
demais custos de treinamento: impressão de apostilas, disponibilização de
computador e projetor, demais materiais de apoio utilizados, coffee break e
custo de deslocamento do instrutor (se for em outra cidade).
Por Tarefa
Você também pode apresentar o preço fechado para dar treinamento
específico. Nesse caso, é importante fazer um levantamento dos seus custos.
1) Calcule quanto tempo vai levar para preparar o treinamento e quantas horas
de treinamento vai dar.
2) Se não for você que vai dar o treinamento, calcule o seu custo com mão de
obra, inclusive impostos, alimentação e vale transporte.
3) Custo do Material de Apoio a ser Empregado: Apostilas, Computador, Telão,
outros
4) Aluguel de local para dar o treinamento (se ele não for feito na empresa)
5) Custos de deslocamento (se o treinamento não for dado dentro da empresa,
e os alunos tiverem que se deslocar)
6) Alimentação ( coffee break, almoço para instrutor)
7) Impostos (se você tem uma empresa e vai dar nota fiscal)
Veja a seguir exemplo de orçamento para realização de treinamento com
duração de 20 horas para equipe de vendas (composta de 5 pessoas) de
empresa de pequeno porte:
ITEM VALOR UNITÁRIO
QUANTIDADE VALOR TOTAL (VALOR UNITÁRIO X QUANTIDADE
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Custos com preparação do treinamento: Profissional de RH formado em universidade
R$20,00 1 hora R$20,00
Custo das horas de treinamento
R$20,00 20 horas R$400,00
Impressão de apostilas com 30 páginas cada
R$5,00 6 (5 alunos e o instrutor)
R$30,00
Custo de estacionamento ao lado da empresa
R$ 4 por hora 20 horas R$80,00
Coffree break R$20,00 5 dias R$100,00
Impostos sobre a mão de obra
20% de INSS R$420,00 R$84,00
Remuneração da empresa (porcentagem aplicada sobre o curso de renumeração dos instrutores)
50% R$420,00 R$210,00
Total do Simples R$924,00
Impostos(simples) R$46,20
TOTAL R$970,00
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11 DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS
Vivemos um verdadeiro apagão na mão-de-obra mundial, está difícil
encontrarmos pessoas capacitas e treinadas para realizar tarefas a nível
operacional, imagine encontramos pessoas capacitadas com visão altamente
empreendedora, flexíveis e dinâmicas, para ocupar os mais altos cargos de
gerências e supervisão. Diante dessa situação não restou outra solução as
empresas do que treinar e desenvolver pessoas, treinamentos já sabemos o
que é agora o que significa desenvolver pessoas?
O desenvolvimento representa um conjunto de atividades que objetiva explorar
o potencial de aprendizagem e a capacidade produtiva das pessoas, visando
mudanças de comportamentos e atitudes bem como a aquisição de novas
habilidades e conhecimentos. Tem como meta maximizar o desempenho
profissional e motivacional do ser humano, melhorando os resultados e
conseqüentemente gerando um bom clima organizacional.
O desenvolvimento deve atender a interesses tanto organizacional como os
individuais, do interesse da organização, podemos citar:
Alta resolução dos contingentes ambientais e previsão dos mesmos adotando
políticas que satisfação adequadamente as necessidades organizacionais,
sempre visando o desenvolvimento e inovação das mesmas.
Dentre o seu quadro de funcionários os gestores escolhem não aleatoriamente,
mas de acordo com características pré-determinadas aqueles que julgam ser o
futuro das organizações, segundo Marras (pag.168) estas características são
as seguintes:
- Alto quociente de inteligência;
- Alto nível de inteligência emocional;
- Qualidade educacional;
- Identificação com a cultura organizacional;
- Alto nível motivacional;
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- Habilidade negocial, técnica e/ou decisória;
- Espírito de liderança;
- Maturidade;
- Background sólido;
- Trajetória estável.
Segundo Chiavenato (2010), depois de selecionadas essas pessoas são
submetidas a um longo processo de desenvolvimento que, incluem diversos
métodos, entre eles:
- Rotação de cargos: Significa fazer um rodízio das pessoas em varias
posições na organização com a finalidade de aumentar suas habilidades,
conhecimentos e capacidade. Esse método pode ser aplicado de forma
horizontal ou vertical. A rotação vertical significa a promoção provisória da
pessoa para uma nova posição mais complexa. A rotação horizontal é uma
transferência lateral de curto prazo para a observação de conhecimento e
experiências da mesma complexidade.
- Posição de acessória: Significa dar a oportunidade para que a pessoa com
um elevado conhecimento trabalhe provisoriamente sob a supervisão de um
gerente qualificado em diferentes áreas da empresa. A pessoa passa a
trabalhar como assessoria de staff, podendo ela desempenhar diferentes
tarefas sob a condução de um gerente.
- Aprendizagem prática: Através dessa técnica a pessoa se dedica em tempo
integral a um trabalho com a finalidade de analisar e resolver problemas em
certos projetos ou em outros departamentos. Essa regra em geral, é aplicada
junto a outras técnicas.
- Atribuição de comissões: Através dessa técnica a pessoa tem a oportunidade
de participar de comissões de trabalho tendo a oportunidade de tomar
decisões, aprender observando os outros e pesquisar problemas que diz
respeito à organização.
- Participação em cursos e seminários externos: É uma forma bem tradicional
de desenvolver pessoas através de cursos formais e seminários. Dá à
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oportunidade a pessoa de adquirir novos conhecimentos e habilidades. A
tecnologia da informação tem influenciado muito neste método com a
aprendizagem a distância como, por exemplo, as videoconferências.
- Exercícios de simulação: É um método muito aplicado ao treinamento e
desenvolvimento de pessoas por fornecer situações idênticas que a pessoa
pode encontrar no seu cotidiano empresarial. Esse método inclui estudos de
casos, jogos empresas, simulação de papeis e etc.
- Treinamento fora da empresa: São treinamentos realizados fora da
organização, geralmente são realizados por empresas especializas em T&D.
- Estudos de casos: É um método de desenvolvimento no qual a pessoa se
defronta com a descrição escrita do problema organizacional para ser
analisado e resolvido. Trabalha habilidades de análises, comunicação e
persuasão.
- Jogos de empresas: são técnicas de desenvolvimento que nas quais equipes
de funcionários ou de gerentes competem umas com as outras tomando
decisões computadorizadas a respeito de situações reais e simulada de
empresas. Ex. Desafio Sebrae.
- Centro de desenvolvimento internos: são métodos baseados em centros
localizados na empresa para expor os gerentes e as pessoas a exercícios
realísticos para desenvolver e melhorar habilidades pessoais. Ex.
universidades corporativas.
- Coaching: O gerente pode integrar vários papéis como líder renovador,
preparador, orientador e impulsionador para se transformar em coach.
Devemos lembrar que o desenvolvimento não é apenas uma obrigação da
organização, diante da acirrada competição no mercado de trabalho, o
desemprego que atinge muitas nações, muitas pessoas já faz de forma
autônoma almejando melhorares cargo e salários, esperamos então que as
organizações adotem um plano de desenvolvimento de carreias que atenda a
aspirações pessoais de seus colaboradores.
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12 REFERÊNCIAS
BOOG, Gustavo G.. Manual de Treinamento e Desenvolvimento: um guia
de operações - manual oficial da ABTD. São Paulo: Makron Books, 2001.
CHIAVENATO, Idalberto, Gestão de Pessoas: O novo papel do recurso
humano nas organizações.3.ed. Rio de janeiro: Elsevier 2010.
CHIAVENATO, Idalberto, O capital humano das organizações.9.ed. Rio de
janeiro: Elsevier. 2009.
FERREIRA, Paulo Pinto. Administração de pessoas: relações industriais.
São Paulo: Atlas, 1992.
GODOY, Arilda Schimidt. Gestão do Fator Humano.2.ed. São Paulo: Saraiva,
2010.
LOBOS, Júlio A. Administração de recursos humano. São Paulo: Atlas,
1979.
MARRAS, Jean P. Administração de recursos humanos, São Paulo,
Saraiva, 2009.
MARRAS, Jean Pierre. Administração de Recursos Humanos: do
operacional ao estratégico. São Paulo: Futura, 2002.
PAGINA22B. Disponível em <http://www.guiarh.com.br/PAGINA22B.html>.
Acesso em Maio de 2012
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TACHIZAWA, Takeshy; FERREIRA, Victor Cláudio Paradela; FORTUNA,
Antônio Alfredo Mello. Gestão com Pessoas: uma abordagem aplicada às
estratégias de negócios.2.ed. São Paulo: FGV, 2001.
Treinamento e Desenvolvimento. Disponível em
<http://amigonerd.net/trabalho/33074-treinamento-e-desenvolvimento>. Acesso
em Maio de 2012.
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