trab don juan_alvaro

Upload: isabel-lanca

Post on 26-Feb-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    1/33

    UNIVERSIDADE DO ALGARVE

    FACULDADE DE CINCIAS HUMANAS E SOCIAIS

    Transformao de don Juan em mito

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro

    Literaturas de Lngua Espanhola III

    LLC, PortugusEspanhol

    Isabel Lana, n 9864

    Susete Loureno, n 14518

    Faro, 2011/2012

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    2/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    2

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    3/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    3

    ndice

    Introduo .4

    Transformao de Don Juan em mito ...6

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro ..11

    Concluso ...15

    Bibliografia .16

    Anexos 18

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    4/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    4

    Introduo

    Neste trabalho vamos abordar a temtica da transformao do personagem de

    don Juan em mito, qual se seguir uma anlise contrastiva deste com o personagem

    de don lvaro.

    Antes de mais, procederemos a um breve esclarecimento sobre as obras e o

    gnero literrio, a que pertencem cada um destes personagens, visto que ambos foram

    escritos por dois grandes poetas e dramaturgos espanhis do perodo do Romantismo.

    O primeiro don Juan protagonista da obra Don Juan Tenoriode 1844 da

    autoria de Jos Zorrilla.

    O segundo don lvaro protagonista da obra Don lvaro o la fuerza del

    sinode 1835 da autoria de ngel de Saavedra, mais conhecido como Duque de Rivas.

    Como podemos constatar, o gnero literrio de ambas as obras o Romantismo,

    mas isso no significa que os seus protagonistas possuam necessariamente as mesmas

    caractersticas, aprofundaremos este tema mais frente.

    Desde j, gostaramos de salientar apenas alguns aspetos de contextualizao e

    caracterizao deste movimento.

    Em relao ao resto da Europa, o Romantismo chegou tardiamente a Espanha,

    este facto deveu-se conturbada situao poltica, econmica e social, que se vivia

    ento no pas, alm disso teve uma curta mas intensa durao. A guerra da

    Independncia e o posterior absolutismo de Fernando VII foram apenas alguns dos

    fatores que atrasaram o seu aparecimento, visto que era considerado um movimento de

    cariz revolucionrio. Com ele as obras de carcter didtico do Neoclassicismo

    desaparecem, surgem ento as obras com a finalidade de emocionar em vez de ensinar.

    Os traos mais significativos desta nova conceo dramtica no Teatro

    Romntico, so a liberdade criativa que rompe com as normas do Neoclassicismo, aeliminao da regra clssica das trs unidades, a combinao de verso e prosa (ainda

    que se prefira o verso), abundantes didasclias descritivas da encenao e personagens,

    a mistura do cmico com o trgico e do popular com o aristocrtico, introduo de

    grandes efeitos cnicos (cenrios elaborados, efeitos de som, efeitos de luz), preferncia

    por temas histricos, histrias de amor impossvel, exposio dos conflitos prprios do

    Romantismo.

    O heri romntico tem como ideais a liberdade e o amor um homem atraente ede origens misteriosas que procura a felicidade e viver com a mxima intensidade, mas

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    5/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    5

    a sua existncia regida pelo destino e s traz desgraa aqueles que ama. A herona

    romntica uma mulher doce e terna, de uma pura inocncia e constante fidelidade,

    vive tambm sacrificada e dominada por um destino trgico, o seu ideal vital o amor

    que aparece nos dramas em forma de intensa paixo.

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    6/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    6

    Transformao de Don Juan em mito

    Don Juan seguramente, um dos personagens mais conhecidos em todo o

    mundo da literatura, uma figura mtica da idade moderna que se tornou no verdadeiro

    arqutipo do gal, o smbolo ideal do clssico conquistador.

    Antes de que comecemos a falar da sua transformao em mito, primeiro h que

    fazer uma breve introduo s suas razes literrias, para que fiquemos com uma

    pequena noo de como surgiu esta figura chave da literatura.

    O criador do personagem de don Juan foi o dramaturgo barroco Tirso de Molina,

    com a pea de teatro El Burladorde Sevilla. O melhor desta obra pode afirmar-se que

    o seu argumento, baseado no contraste entre o amor desenfreado e a morte, este

    personagem simultaneamente uma grande aventura humana e um smbolo dramtico.

    Ainda assim, o personagem de don Juan s viria a alcanar a notoriedade que

    hoje lhe conhecemos hoje com o drama romntico de Jos Zorrilla, Don Juan

    Tenorio publicado em 1844, tornando-se ento na criao mais popular do cenrio da

    representao teatral espanhola at aos dias de hoje, j que continua a ser representada

    todos os anos no dia 1 de Novembro (dia de todos os santos). Atravs desta obra o autor

    materializa o mito de don Juan, contando as peripcias deste cavaleiro galante capaz de

    fazer qualquer mulher apaixonar-se por ele.(vide anexo I)

    um homem entregue vida desenfreada de casos amorosos, apostas, duelos;

    mas que acaba por vir a demonstrar que tem corao e sentimentos.

    Don Juan Tenorio,tambm chamado de drama religioso fantstico, uma

    obra onde a plasticidade corrobora com a evoluo emocional de don Juan, compe-se

    de duas partes. Cada uma destas partes tem a durao de um s dia, ou mesmo, de uma

    s noite. uma obra dotada de uma certa simetria; a primeira parte apresenta um

    ambiente festivo ligado poca do carnaval onde fica demonstrado o carcter de donJuan e o desenvolvimento do seu drama (corresponde ao momento de transgresso), a

    segunda onde o autor mais acentua a importncia da plasticidade, atravs de fortes

    efeitos e mutaes atravs dos quais ele introduz em cena o sobrenatural e o desenlace.

    (vide anexo III)

    Estas duas partes esto separadas por um lapso de tempo de cinco anos, o qual

    no apenas um mero capricho do autor, uma exigncia do processo dramtico: fazia

    a mediao para que don Juan fosse perdoado e pudesse regressar a Sevilha, lugar onde

    decorre a ao, semelhana do que acontece na obra de Tirso que se passa tambm

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    7/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    7

    nesta cidade. Nela podemos reconhecer muitas das caractersticas do romantismo, tais

    como a existncia de lugares sombrios ou o seu final trgico.

    Don Juan um homem desiludido com a sociedade em que vive e uma das

    formas de mostrar esta rebeldia a maneira como conquista todas as mulheres, poispara ele estas no passavam de meros objetos, era um machista. Zorrilla manteve

    substancialmente o carcter do Burlador tal como este tinha sido criado por Tirso,

    mas inovou-o com numerosas situaes novas. Por exemplo criou o personagem de don

    Luis Meja, que o antagonista de don Juan, mas sobretudo introduziu a redeno por

    amor de don Juan, a qual anulava romanticamente a finalidade moralizante e exemplar

    desejada por Tirso.

    So portanto duas obras muito semelhantes, nas quais o esquema de personagens muito parecido: ambos so fanfarres, sedutores, subvertem a ordem moral e social,

    gozam com os mortos e a religio, no respeitam a autoridade paterna. Mas no entanto o

    personagem criado por Zorrilla muito mais complexo, pois ao longo da obra podemos

    apreciar a sua evoluo. O don Juan que conhecemos na primeira parte no o mesmo

    que surge na segunda, pois o que comeara com uma aposta fanfarrona acaba por se

    transformar em amor e ele apaixona-se verdadeiramente por doa Ins. (vide anexo II)

    Porm no nos podemos esquecer que a realidade da poca em estas obras foram

    escritas era diferente, a de Tirso era fruto do Barroco marcado pela Contrarreforma dai

    que na sua obra o destino prvio ao dramtica, faz triunfar a justia divina e o seu

    protagonista castigado para servir de exemplo aos pecadores, enquanto Zorrilla insiste

    na infinita misericrdia de Deus e o seu don Juan salvo, facto que o distingue de todos

    os outros. O teologismo abstrato de um substitudo por uma viso mais popular da

    divindade.

    Ricardo Navas Ruiz no seu estudo, entre muitas outras coisas, refere a

    importncia do destino nestes dramas, pois indica que no Burlador de Sevilla

    apenas a conduta do protagonista e no o destino que o levam sua condenao eterna;

    por outro lado em Don Juan Tenorio estesdois fatores coincidem um com o outro ou

    encontram-se.

    Don Juan Tenorio salvo pelo amor, o seu tema no nada mais que o processo

    espiritual atravessado por um homem desde uma vida entregue aos vcios at sua

    imprevista salvao, conseguida pelo amor de uma mulher. Esta exaltao do poder

    divino do amor, que consegue superar as maiores adversidades, situa esta obra entre as

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    8/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    8

    obras imortais da literatura. O seu carcter de obra crist foi das coisas que mais se

    destacou, atuou como um travo no romantismo pernicioso da sua poca.

    O don Juan de Zorrilla efetivamente no pago porque ele sai do plano natural

    para se entranhar nos mistrios do dogma catlico, no mistrio sublime e consolador dacaridade. O amor de doa Ins no um simples amor de mulher, um amor de

    caridade crist (vide anexo III vv.3787), ligados os seus destinos eternos, don Juan salva-se a

    causa da santidade de doa Ins, a qual atua como uma virgem mediadora entre o

    homem e a divindade.

    Este autor consegue popularizar definitivamente o mito de don Juan, introduz o

    tema da salvao por amor, providencia uma ao cheia de dinamismo e especialmente

    faz uso de uma versificao ritmada e fcil de memorizar. Esta obra tambm umperfeito exemplo das caractersticas do drama romntico. Para que don Juan pudesse

    conservar todo o seu prestgio e transcendncia, a universalidade do mito que j era

    ento, apenas podia ser salvo por meios sobrenaturais, se fosse de outra maneira

    perderia todo o sentido.

    Cada poca tem olhado para don Juan desde uma perspetiva diferente ou

    acrescentou-lhe algum aspeto que por sua vez se foi somando complexidade deste

    personagem at configurar um mito. Representa uma total rutura com todas as normas e

    regras preestabelecidas. Nem a moral, nem a igreja, nem a justia dos homens tm

    importncia. Ele um sedutor corajoso e ousado que no teme nada, no respeita

    nenhuma lei divina ou humana, a nica coisa que faz sentido para ele viver

    intensamente a vida ao momento e disfrutar de tudo o que o rodeia este

    possivelmente um dos sonhos mais antigos do ser humano: viver a vida em total

    liberdade.

    Deste modo, o mito de don Juan tem a ver com o seu carcter revolucionrio e

    anticonformista, algo de muito significativo especialmente naquela poca dentro do

    movimento do romantismo. Larra que era considerado o autor com obras modernas e

    considerava-se que Zorrilla se encontrava estagnado no passado, no entanto conseguiu

    criar uma obra totalmente nova e radical, cheia de um espirito transgressor, como

    sabemos so os pontos de rebeldia e de flexo que ocorrem dentro de cada movimento

    que finalmente ficam na histria, isto ocorre num plano histrico-visionrio.

    Mas dentro da essncia do mito est o tema da redeno, o carinho demonstrado

    para com doa Ins e o peso que esta tem dentro da obra, estes so dois dos pilares

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    9/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    9

    fundamentais para o porqu deste mito.

    Jos Zorrilla soube e conseguiu dar uma grande reviravolta a este mito tendo por

    pano de fundo o movimento cultural da poca, o seu final trgico conseguiu cativar as

    pessoas. O que faz diferena neste don Juan a sua redeno e salvao por amor, oque o torna diferente dos seus antecessores O que tambm tornou especial este

    personagem foi a sua evoluo ao longo da obra demonstrando que no um

    personagem to simples como parece, quem provoca essa evoluo e o faz alcanar a

    redeno doa Ins. Este o primeiro don Juan a redimir-se por amor.

    Os mitos no so explicaes tericas relacionadas com o pensamento filosfico

    ou cientfico, mas sim algo que deriva da sensibilidade fundamental mais profunda,

    colocando em cena a luta entre foras antagnicas dos primrdios, que foram as quefizeram surgir o Universo, ou a luta entre foras antagnicas que residem no intimo ou

    no mais elementar do ser humano. Os personagens fabulosos das histrias mticas

    encarnam esquemas e arqutipos do inconsciente coletivo da Humanidade.

    O prprio conceito de mito parece estar saturado pela sua prpria essncia, isto

    porque quanto mais tentamos encontrar uma definio que o abranja no seu todo, mais

    este se afasta de ns, empurrando-nos para um mundo de mistrios indecifrveis, ou de

    realidades cujos limites e contornos nunca conseguimos definir ou alcanar totalmente.

    Os mitos como contos que servem de modelo do imaginrio coletivo assumem

    um simbolismo visionrio de carcter antropolgico, religioso, ou de carcter

    metafisico; esse simbolismo impregnou as crenas, as lendas e as tradies culturais de

    todos os povos. Por essa razo os mitos foram e continuam a ser uma fonte de

    inspirao para a literatura e para a criao artstica.

    A literatura recolheu as histrias de personagens mticos para aprofundar o

    assunto no seu significado permanente e abrir essas histrias sensibilidade e s

    angstias de cada poca. Ao reescrever um mito num novo texto, este mantm

    normalmente os traos fundamentais da histria que legada pela tradio literria, mas

    o autor da narrao trabalha livremente esses traos e pode dar ao significado da histria

    uma nova orientao que venha a enriquecer o valor iluminador do mito.

    O reescrever constante do mito de Don Juan, com as suas diversas atualizaes

    literrias e artsticas deu lugar a um infindvel nmero de estudos.

    No dicionrio da R.A.E 22 edio de 2001, a definio de mito literrio que nos

    aparece : Histria fictcia ou personagem literrio ou artstico que condessa alguma

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    10/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    10

    realidade humana de significao universal.

    O mito literrio tem a sua origem num texto especfico criado por um autor

    individual. O esquema narrativo desse texto d forma literria a um conflito entre

    princpios ou tendncias contrrias ou a uma problemtica humana de tipo afetivo, ticoou espiritual, oferecendo uma soluo ou uma resposta assinalada no comportamento do

    personagem principal.

    Este comportamento adquire um valor simblico especial que ser considerado

    pela conscincia coletiva como um modelo esclarecedor que ir exercer uma projeo

    sobre outras obras literrias ou artsticas dando lugar a novas verses inspiradas no

    mesmo esquema narrativo.

    Como exemplo de mitos literrios destacamos o mito de Don Juan e o mito deFausto. Estes mitos, cujos criadores se basearam em tradies e lendas populares,

    oferecem figuras tipo do amor apaixonado, fatal e cego que impele o comportamento do

    sedutor que confia no seu prprio poder e goza com o poder divino (Don Juan) e o do

    indivduo ambicioso e insatisfeito que faz um pacto com o diabo para alcanar a

    sabedoria e a beleza (Fausto).

    Don Juan o mito masculino que tem como equivalente no feminino o mito de

    Carmen, ambos simbolizam um esteretipo do povo espanhol.

    Pode afirmar-se que este um mito universal e que chegou at aos dias de hoje,

    primeiro atravs de Tirso de Molina depois de gerao em gerao at chegar Jos

    Zorrilla. Mas no s, j houve alguns estudiosos que fizeram referncia a origens mais

    antigas, nomeadamente oriundas da tradio oral.

    Esta no certamente a melhor obra da literatura espanhola, mas o que

    realmente fez don Juan seguir em frente foi a aura que lhe foi dada ou colocada por

    todos, o modo como foi retratado na literatura, como um grande conquistador. O grande

    interesse por parte das pessoas devido sensao de que cada indivduo retira do mito,

    ningum fica com a ideia de que ele era algum que se rodeava de gente importante, de

    que ele era uma figura de renome; no, a ideia que fica a de que era um burlador de

    mulheres, foi isso que transcendeu. um dos personagens da literatura mais

    contraditrios e mais cheio de contradies morais.

    Este um mito que pode ter vrias leituras diferentes, pode ser entendido desde

    diversos pontos de vista, tudo depende das emoes, do objetivo e do momento em que

    cada pessoa o l.

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    11/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    11

    Anlise contrastiva com o personagem de Don lvaro

    Neste captulo realizaremos uma anlise entre os dois personagens das obras de

    Don Juan Tenorioe de Don lvaro o la fuerza delsino, procuraremos apresentar

    essas caratersticas no prprio contexto de cada obra.

    No que diz respeito aos personagens Don Juan Tenorio de Zorrilla e ao Don

    lvaro do Duque de Rivas verificmos algumas semelhanas e diferenas entre ambos

    no decorrer de ambas as obras. Apesar de ambas pertencerem ao perodo do romantismo

    as mesmas acabam por apresentar personagens com caratersticas bastante diferentes.

    Relativamente s semelhanas que encontramos, verificamos a presena da

    temtica do amor e da honra. Estes dois personagens retratam dois homens muito

    individualistas e sentimentais, ambos encontram-se perdidamente apaixonados mas de

    uma forma totalmente distinta, alm disso tambm demonstram um grande valor

    herico, o medo no lhes faz frente. Don lvaro demonstra o seu valor herico no

    campo de batalha e Don Juan mais precisamente nos duelos com os seus adversrios,

    no demonstra medo e inclusivamente capaz de os provocar.Outras das semelhanas entre ambos consiste na beleza e na figura fsica que os

    personagens apresentam, so admirados pelas mulheres, a sua figura no global

    bastante sedutora. Atrai as mulheres e provoca a inveja dos homens.

    J no que diz respeito s diferenas que identificamos entre ambos os

    personagens, estas encontram-se no decorrer de toda a obra. Don Juan Tenorio um

    conquistador inveterado, o conquistar e o seduzir faz parte do seu modo de vida.

    Conquista todo o tipo de mulheres de distintos estratos sociais, para ele no existequalquer tipo de problema, o importante o conquistar e o usufruir da vida. (vide anexo I, vv.

    661 - 664) Alm disso um amante dos duelos, como verificamos na aposta que fez com

    Don Luis e na atitude que apresenta ao conquistar a sua prpria noiva . (vide anexo I, vv. 670

    674) Tambm se pode verificar perante a atitude de raptar Doa Ins do respetivo

    convento, um homem audaz, corajoso, rebelde e aventureiro, que no teme nada nem

    ningum e no se submete a nenhuma lei, seja esta divina ou humana. Apresenta uma

    das caratersticas mais importantes do romantismo, a revolta perante a sociedade e os

    cdigos estabelecidos.

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    12/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    12

    Don lvaro o oposto, um homem completamente apaixonado e fiel a uma

    nica mulher, Doa Leonor, por ela capaz de dar a sua prpria vida, o seu mundo sem

    o seu amor no tem sentido. (vide anexo IV, vv. 281 291/ anexo V)Em relao aos duelos procura

    sempre que no se concretizem, no por medo de lutar mas porque todos os duelos quesurgem so com os irmos da sua amada, desta forma s luta com eles a partir do

    momento em que sabe que Doa Leonor est viva e que a querem matar aps a sua

    morte, perante esta situao Don lvaro enfrenta-os e acaba por os matar. (vide anexo IX)

    A sua posio no campo de batalha tambm a de um homem corajoso, audaz e

    que no teme pela sua vida, isto sucede devido ao facto de que Don lvaro pensa que

    Doa Leonor faleceu na fatdica noite em que o Marqus de Calatrava morre, e nesse

    sentido quer acabar com a sua vida, enfrentando o inimigo sem temer a morte. (vide anexoX)

    Relativamente postura do personagem no decorrer da obra, verificamos que

    Don lvaro totalmente constante, ou seja, de incio ao fim a sua postura a mesma,

    segue uma linha. Enquanto Don Juan Tenorio apresenta duas posturas, o seu

    comportamento muda/ evolui no desenvolvimento da obra. Inicialmente temos um

    homem conquistador, sem qualquer tipo de remorsos por abandonar as mulheres depois

    de manchar a sua honra, um personagem mau que seguidamente se torna num

    personagem bom, acaba por ficar perdidamente apaixonado por uma nica mulher,

    Doa Ins, arrependendo-se e inclusivamente pedindo perdo momentos antes da sua

    morte. (vide anexo III)

    No decorrer das obras verifica-se que ambos os personagens se ajoelham perante

    o pai das respetivas amadas, no entanto o desfecho e a atitude que apresentam so

    totalmente diferentes. Don Juan Tenorio ajoelha-se para pedir a mo de Doa Ins, ao

    que Don Gonzalo no acredita na sua sinceridade e acaba por o desprezar e provocar.

    Perante esta situao Don Juan altera o seu comportamento e comea a ludibriar o

    comendador. Esta atitude que ambos apresentam acaba por promover um duelo entre

    que acabar com a morte de Don Gonzalo. Don Juan Tenorio com este desfecho perde a

    esperana na sua salvao e acaba por no assumir a responsabilidade dos seus atos,

    responsabilizando e culpando Deus pelos acontecimentos, isto pelas suas prprias

    aes. Ao passo que Don lvaro se ajoelha a pedir perdo e oferece a sua vida ao

    Marqus de Calatrava em troca do perdo a Doa Leonor. (vide anexos VI/ VII)No entanto o

    Marqus no quer sujar as suas mos com o sangue de Don lvaro, isto tudo devido ao

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    13/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    13

    facto de ser um mestio e desta forma no se encontra altura da sua filha. O Marqus

    acaba por ordenar a um dos seus criados que o mate, perante esta atitude o apaixonado

    saca da sua arma e no permite ser morto pelo criado.

    Outra das diferenas em forma de consequncia, que a de que Don JuanTenorio acaba por matar intencionalmente o Comendador num duelo enquanto Don

    lvaro mata o Marqus acidentalmente, isto , ao jogar a pistola para o cho no sentido

    de no querer lutar nem matar o pai de Doa Leonor, acaba assim por haver uma

    fatalidade e a arma dispara acidentalmente acertando e matando o Marqus. (vide anexo VIII)

    de salientar tambm como grande diferena entre estes dois personagens o

    papel da protagonista feminina, Doa Leonor surge no incio da obra at ao fatal

    acontecimento da morte do seu pai, a partir deste momento esconde-se inicialmente nacasa de uma tia e com a notcia da chegada do seu irmo Carlos foge e procura

    acolhimento no mosteiro com o Padre Gardin que acaba por a esconder na gruta que se

    encontra perto do mosteiro. Enquanto Doa Ins tem um papel fundamental no

    desenvolvimento de toda a obra de Zorrilla. Don Juan Tenorio apaixona-se

    perdidamente por ela e a prpria d a vida por ele, acaba mesmo por ser o seu

    personagem quem modifica o protagonista. Inclusivamente a salvao eterna de Don

    Juan conseguida atravs do perdo de Doa Ins, este junto da sua campa, arrepende-

    se e perde perdo, sendo perdoado por ela que acaba tambm por interceder pela sua

    salvao perante Deus. (vide anexo II)

    O final da obra apresenta um desenlace distinto para ambos os personagens,

    apesar de os dois falecerem, Don lvaro suicida-se perante toda a desgraa que o

    envolve (vide anexo XII), j o personagem de Zorrilla, Don Juan Tenorio morre arrependido,

    chegando mesmo a pedir perdo e assim acabando por salvar a sua alma, ou seja, Doa

    Ins que morre de tristeza, termina perdoando-lhe e oferecendo-lhe a salvao. (vide anexo

    III, vv. 37763789)

    Um dos elementos que se encontra no decorrer de toda a obra do Duque de

    Rivas a referncia aosino, correspondente fatalidade que existe no decorrer do todo

    o enredo e desta maneira traduz-se no destino fatdico do Don lvaro, apesar de todas

    as suas boas intenes o azar o acompanha de incio ao fim, desde o acidente da arma

    com o pai de Doa Leonor, amizade com o seu irmo, Carlos de Calatrava que acaba

    com o duelo entre ambos e a morte do mesmo, assim como com o outro irmo de Doa

    Leonor, Alfonso de Calatrava que tambm o incita ao duelo (vide anexo XI) e acaba por

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    14/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    14

    falecer nas suas mos. Estas mortes devem-se todas luta pela honra da famlia que

    ficou manchada e s com a morte dos dois protagonistas que poder ser limpa. A

    prpria obra faz referncia a este tipo de duelos que eram bastante habituais neste

    perodo, chegando a haver uma lei em que proibia o exercer destes duelos de honra.Contudo a tragdia que persegue Don lvaro chega a ser mais intensa no

    momento em que descobrem Doa Leonor e o prprio irmo acaba por mat-la antes de

    morrer. Esta referncia ao destino supostamente j traado na vida de todos os

    indivduos no se encontra na obra de Zorrilla. Na obra de Don Juan existe uma escolha,

    verificamos a presena do livre arbtrio, tanto que o personagem no final da obra acaba

    por escolher o caminho correto, ou seja, o da redeno, facto impossvel de acontecer na

    obra de Rivas, aqui o personagem j tem o destino traado.Contudo no poderamos deixar de mencionar outra das grandes diferenas entre

    estas duas obras. Segundo o estudo de alguns crticos suspeita-se que Duque de Rivas

    construiu a personagem de Don lvaro com base num personagem real, isto com base

    mais precisamente no grande escritor Garcilaso de la Vega, tambm conhecido como o

    Inca. A sua histria de vida encontra-se muito prxima da personagem de Don lvaro,

    tal como ele era filho de um espanhol e de uma princesa inca, sendo assim tambm

    considerado como um mestio. Ambos apresentam diversas caratersticas que indicam

    esta possibilidade, como o facto de ser desprezado pelos aristocratas espanhis,

    procurou sobressair na milcia, combateu inclusivamente em Itlia e viveu os ltimos

    anos como clrigo em Crdoba. Costumava referir que a vida o havia tratado mal e

    falava simultaneamente da m sorte que o acompanhava. Mais uma vez aqui temos a

    referncia m sorte, associada nesta obra ao sino,

    Na obra de Zorrilla o personagem est inspirado no Don Juan el Burlador de

    Sevilla, de Tirso de Molina, considerado como um pr-mito, mas tambm pode ter as

    suas influncias por parte de outros personagens mticos, mas nunca de um personagem

    real. Existem vrias obras s quais podem ser atribudas algumas caratersticas desta

    obra, no entanto Zorrilla foi o nico autor que jogou com o arrependimento como forma

    de uma segunda oportunidade. O mesmo aconteceu com o perdo por parte de Doa

    Ins, considerada como uma Santa, apresentado uma postura nesse sentido. Pode

    verificar-se assim que nesta obra de Don Juan constatamos um certo cariz religioso.

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    15/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    15

    Concluso

    Como pudemos verificar atravs deste trabalho, este tema que partida pareciaser muito simples demonstrou ser na realidade extremamente complexo, devido

    extenso de bibliografia sobre a temtica a abordar.

    Desta forma tentamos recolher e selecionar a informao de maior importncia

    relacionada com as obras e o tema em si mesmo, com o intuito de melhor focalizar o

    nosso estudo.

    Estudo este que nos proporcionou um melhor conhecimento relativamente a

    estas duas obras que apesar de pertencerem ao mesmo movimento literrio possuem

    entre si mais diferenas do que semelhanas.

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    16/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    16

    Bibliografia

    Obras consultadas:

    ALBORG, Juan Luis Historia de la Literatura Espaola, Tomo IV. Editorial

    Gredos, Madrid, 1992 pp.482506 e pp.604618

    BECERRA, Carmen Surez Mito y Literatura. Servicio de Publicacins da

    Universidade deVigo, 1997

    DE RIVAS, Duque - Don lvaro o la fuerza del sino . Ediciones Ctedra,

    Madrid, 2010

    RUIZ, Ricardo NavasRomanticismo Espaol. Editorial Ctedra, Madrid, 1992

    pp.177187 e pp.315 - 319

    TOBAR, Leonardo Romero Panorama Crtico del Romanticismo Espaol.

    Editorial Castalia, Madrid, 1994 pp.323 - 327

    ZORRILLA, Jos - Don Juan Tenorio. Editorial Espasa Calpe (Austral),

    Madrid, 2003

    Consultas de internet: http://www.ucm.es/info/especulo/numero45/donjuan.html

    http://www.ucm.es/info/especulo/numero47/donjuan.html

    http://rua.ua.es/dspace/bitstream/10045/7241/1/ALE_18_16.pdf

    http://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=58592

    http://fama2.us.es/fco/digicomu/10.pdf

    http://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=2767825

    http://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=68995 http://www.ucm.es/info/especulo/numero43/mudjuan.html

    http://www.monografias.com/trabajos56/psicologia-burlador/psicologia-

    burlador.shtml

    http://dspace.unav.es/dspace/handle/10171/3213

    http://descargas.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/9025062321892504450

    9457/041479.pdf?incr=1

    http://www.ucm.es/info/especulo/numero45/donjuan.htmlhttp://www.ucm.es/info/especulo/numero45/donjuan.htmlhttp://www.ucm.es/info/especulo/numero47/donjuan.htmlhttp://www.ucm.es/info/especulo/numero47/donjuan.htmlhttp://rua.ua.es/dspace/bitstream/10045/7241/1/ALE_18_16.pdfhttp://rua.ua.es/dspace/bitstream/10045/7241/1/ALE_18_16.pdfhttp://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=58592http://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=58592http://fama2.us.es/fco/digicomu/10.pdfhttp://fama2.us.es/fco/digicomu/10.pdfhttp://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=2767825http://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=2767825http://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=68995http://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=68995http://www.ucm.es/info/especulo/numero43/mudjuan.htmlhttp://www.ucm.es/info/especulo/numero43/mudjuan.htmlhttp://www.monografias.com/trabajos56/psicologia-burlador/psicologia-burlador.shtmlhttp://www.monografias.com/trabajos56/psicologia-burlador/psicologia-burlador.shtmlhttp://www.monografias.com/trabajos56/psicologia-burlador/psicologia-burlador.shtmlhttp://dspace.unav.es/dspace/handle/10171/3213http://dspace.unav.es/dspace/handle/10171/3213http://descargas.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/90250623218925044509457/041479.pdf?incr=1http://descargas.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/90250623218925044509457/041479.pdf?incr=1http://descargas.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/90250623218925044509457/041479.pdf?incr=1http://descargas.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/90250623218925044509457/041479.pdf?incr=1http://descargas.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/90250623218925044509457/041479.pdf?incr=1http://dspace.unav.es/dspace/handle/10171/3213http://www.monografias.com/trabajos56/psicologia-burlador/psicologia-burlador.shtmlhttp://www.monografias.com/trabajos56/psicologia-burlador/psicologia-burlador.shtmlhttp://www.ucm.es/info/especulo/numero43/mudjuan.htmlhttp://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=68995http://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=2767825http://fama2.us.es/fco/digicomu/10.pdfhttp://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=58592http://rua.ua.es/dspace/bitstream/10045/7241/1/ALE_18_16.pdfhttp://www.ucm.es/info/especulo/numero47/donjuan.htmlhttp://www.ucm.es/info/especulo/numero45/donjuan.html
  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    17/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    17

    http://descargas.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/0137277530024821164

    8802/041480.pdf?incr=1

    http://hispanismo.es/documentos/0001/alcoleaVIII.pdf

    http://cvc.cervantes.es/literatura/cauce/pdf/cauce16/cauce16_12.pdf http://dspace.unav.es/dspace/bitstream/10171/3213/1/3.%20LA%20ESTRUCTU

    RA%20M%C3%8DTICOTRADICIONAL%20DEL%20DON%20JUAN%20T

    ENORIO%20DE%20ZORRILLA,%20ALFRED%20RODR%C3%8DGUEZ%2

    0Y%20DEANNA%20C.pdf

    http://www.cepc.es/es/Publicaciones/revistas/revistas.aspx?IDR=9&IDN=646&I

    DA=26825

    http://bib.cervantesvirtual.com/bib_autor/tirso/pcuartonivel.jsp?autor=tirso&conten=enlaces

    http://descargas.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/01372775300248211648802/041480.pdf?incr=1http://descargas.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/01372775300248211648802/041480.pdf?incr=1http://descargas.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/01372775300248211648802/041480.pdf?incr=1http://hispanismo.es/documentos/0001/alcoleaVIII.pdfhttp://hispanismo.es/documentos/0001/alcoleaVIII.pdfhttp://cvc.cervantes.es/literatura/cauce/pdf/cauce16/cauce16_12.pdfhttp://cvc.cervantes.es/literatura/cauce/pdf/cauce16/cauce16_12.pdfhttp://dspace.unav.es/dspace/bitstream/10171/3213/1/3.%20LA%20ESTRUCTURA%20M%C3%8DTICOTRADICIONAL%20DEL%20DON%20JUAN%20TENORIO%20DE%20ZORRILLA,%20ALFRED%20RODR%C3%8DGUEZ%20Y%20DEANNA%20C.pdfhttp://dspace.unav.es/dspace/bitstream/10171/3213/1/3.%20LA%20ESTRUCTURA%20M%C3%8DTICOTRADICIONAL%20DEL%20DON%20JUAN%20TENORIO%20DE%20ZORRILLA,%20ALFRED%20RODR%C3%8DGUEZ%20Y%20DEANNA%20C.pdfhttp://dspace.unav.es/dspace/bitstream/10171/3213/1/3.%20LA%20ESTRUCTURA%20M%C3%8DTICOTRADICIONAL%20DEL%20DON%20JUAN%20TENORIO%20DE%20ZORRILLA,%20ALFRED%20RODR%C3%8DGUEZ%20Y%20DEANNA%20C.pdfhttp://dspace.unav.es/dspace/bitstream/10171/3213/1/3.%20LA%20ESTRUCTURA%20M%C3%8DTICOTRADICIONAL%20DEL%20DON%20JUAN%20TENORIO%20DE%20ZORRILLA,%20ALFRED%20RODR%C3%8DGUEZ%20Y%20DEANNA%20C.pdfhttp://dspace.unav.es/dspace/bitstream/10171/3213/1/3.%20LA%20ESTRUCTURA%20M%C3%8DTICOTRADICIONAL%20DEL%20DON%20JUAN%20TENORIO%20DE%20ZORRILLA,%20ALFRED%20RODR%C3%8DGUEZ%20Y%20DEANNA%20C.pdfhttp://www.cepc.es/es/Publicaciones/revistas/revistas.aspx?IDR=9&IDN=646&IDA=26825http://www.cepc.es/es/Publicaciones/revistas/revistas.aspx?IDR=9&IDN=646&IDA=26825http://www.cepc.es/es/Publicaciones/revistas/revistas.aspx?IDR=9&IDN=646&IDA=26825http://bib.cervantesvirtual.com/bib_autor/tirso/pcuartonivel.jsp?autor=tirso&conten=enlaceshttp://bib.cervantesvirtual.com/bib_autor/tirso/pcuartonivel.jsp?autor=tirso&conten=enlaceshttp://bib.cervantesvirtual.com/bib_autor/tirso/pcuartonivel.jsp?autor=tirso&conten=enlaceshttp://bib.cervantesvirtual.com/bib_autor/tirso/pcuartonivel.jsp?autor=tirso&conten=enlaceshttp://bib.cervantesvirtual.com/bib_autor/tirso/pcuartonivel.jsp?autor=tirso&conten=enlaceshttp://www.cepc.es/es/Publicaciones/revistas/revistas.aspx?IDR=9&IDN=646&IDA=26825http://www.cepc.es/es/Publicaciones/revistas/revistas.aspx?IDR=9&IDN=646&IDA=26825http://dspace.unav.es/dspace/bitstream/10171/3213/1/3.%20LA%20ESTRUCTURA%20M%C3%8DTICOTRADICIONAL%20DEL%20DON%20JUAN%20TENORIO%20DE%20ZORRILLA,%20ALFRED%20RODR%C3%8DGUEZ%20Y%20DEANNA%20C.pdfhttp://dspace.unav.es/dspace/bitstream/10171/3213/1/3.%20LA%20ESTRUCTURA%20M%C3%8DTICOTRADICIONAL%20DEL%20DON%20JUAN%20TENORIO%20DE%20ZORRILLA,%20ALFRED%20RODR%C3%8DGUEZ%20Y%20DEANNA%20C.pdfhttp://dspace.unav.es/dspace/bitstream/10171/3213/1/3.%20LA%20ESTRUCTURA%20M%C3%8DTICOTRADICIONAL%20DEL%20DON%20JUAN%20TENORIO%20DE%20ZORRILLA,%20ALFRED%20RODR%C3%8DGUEZ%20Y%20DEANNA%20C.pdfhttp://dspace.unav.es/dspace/bitstream/10171/3213/1/3.%20LA%20ESTRUCTURA%20M%C3%8DTICOTRADICIONAL%20DEL%20DON%20JUAN%20TENORIO%20DE%20ZORRILLA,%20ALFRED%20RODR%C3%8DGUEZ%20Y%20DEANNA%20C.pdfhttp://cvc.cervantes.es/literatura/cauce/pdf/cauce16/cauce16_12.pdfhttp://hispanismo.es/documentos/0001/alcoleaVIII.pdfhttp://descargas.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/01372775300248211648802/041480.pdf?incr=1http://descargas.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/01372775300248211648802/041480.pdf?incr=1
  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    18/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    18

    Anexos

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    19/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    19

    Anexo I

    A aposta

    Don Juan: Por donde quiera que fui, 501

    la razn atropell,

    la virtud escarnec,

    y a las mujeres vend.

    Yo a las cabaas baj,

    yo a los palacioss sub,

    yo los claustros escal,

    y en todas partes dej

    memoria amarga de m. []

    Desde una princesa real 661

    A la hija de un pescador,

    oh!, ha recorrido mi amor

    Toda la escala social.

    Tenis algo que tachar?

    Don Luis: Solo una os falta en justicia. 666

    Don Juan: Me la podis sealar?

    Don Luis: S, por cierto: una novicia

    que est para profesar.

    Don Juan: Bah! Pues yo os complacer

    doblemente, porque os digo

    que a la novicia unir

    la dama de algn amigo

    que para casarse est.

    Don Luis: Pardiez, que sois atrevido!

    Don Juan: Yo os lo apuesto si queris.

    Don Luis: Digo que acepto el partido.

    Para darlo por perdido,

    queris veinte das? 679

    Don Juan: Seis.

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    20/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    20

    Don Luis: Por Dios, que sois hombre extrao!

    Cuntos das empleis

    en cada mujer que amis?

    Don Juan: Partid los das del aoentre las que ah encontris*. 685

    Uno para enamorarlas,

    otro para conseguirlas,

    otro para abandonarlas,

    dos para sustituirlas

    y una hora para olvidarlas.

    Pero la verdad a hablarlos,pedir ms no se me antoja,

    porque, pues vais a casaros

    maana pienso quitaros

    a doa Ana de Pantoja. 695

    * las que ah encontrais: don Juan se refiere a las mujeres

    que ha conquistado y que figuran anotadas en un papel que

    ha ofrecido a don Luis

    (pp. 117- 124 vv. 501- 695)

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    21/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    21

    Anexo II

    El verdadero amorDon Juan: Ah!No ess cierto, ngel de amor, 2224

    que en esta apartada orilla

    ms para la luna brilla

    y se respira mejor?

    Esta aura* que vaga, llena

    de los sencillos olores

    de las campesinas floresque brota esa orilla amena;

    esa agua limpia y serena

    que atraviesa sin temor

    la barca del pescador

    que espera cantando el da,

    que estn respirando amor? [] 2236

    Doa Ins: Callad, por Dios, oh, don Juan!,

    que no podr resistir

    mucho tiempo sin morir

    tan nunca senntido afn. []

    No, don Juan, en poder mo

    resistirte no est ya:

    yo voy a ti, como va

    sorbido al mar ese ro.

    Tu presencia me enajena,

    tus palabras me alucinan,

    y tus ojos me fascinan

    y tu aliento me envenena.

    Don Juan!, don Juan!, yo lo imploro

    de tu hidalga compasin:

    o arrncame el corazn,

    o mame, porque te adoro.

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    22/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    22

    Don Juan: [] No, es doa Ins, Santans

    quien pone este amor en m:

    es Dios, que quiere por ti

    ganarme para l quizs.No: el amor que hoy se atesora 2270

    en mi corazn mortal,

    no es un amor terrenal

    como el que sent hasta ahora;

    es incendio que se traga

    cuando ve, inmenso, voraz.

    Desecha, pues, tu inquietud,bellsima, doa Ins,

    porque me siento a tus pies

    capaz an de la virtud. 2279

    * aura: viento suave y apacible.

    (pp. 189- 191 vv. 2224- 2279)

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    23/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    23

    Anexo III

    Muerte y Salvacin de Don Juan

    Don Juan se hinca de rodillas, tendiendo al cielo la mano que le deja

    libre la estatua. Las sombras, esqueletos, etc., van a abalanzarse

    sobre l, en cuyo momento se abre la tumba de Doa Ins y aparece

    esta. Doa Ins toma la mano que Don Juan tiende al cielo.

    Doa Ins: No! Heme ya aqu, 3770

    don Juan: mi mano asegura

    esta mano que a la altura

    tendi tu contrito afn*,

    y Dios perdona a don Juan

    al pie de la sepultura.

    Don Juan: Dios clemente! Doa Ins!

    Doa Ins: Fantasmas, desvaneceos:

    su fe nos salva, volveos

    a vuestros sepulcros, pues.

    La voluntad de Dios es: 3780

    de mi alma con la amargura

    purifiqu su alma impura,

    y Dios concedi a mi afn

    la salvacin de don Juan

    al pie de la sepultura.

    Don Juan: Ins de mi corazn!

    Doa Ins: Yo mi alma he dado por ti,y Dios te otorga por m

    tu dudosa salvacin. 3789

    * contrito afn: deseo de arrependimiento.

    (pg. 254 vv. 3770- 3789)

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    24/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    24

    Anexo IV

    Don lvaro: Qu encanto mo?... 273Por qu tiempo perder? La jaca torda,

    la que, cual dices t, los campos borda,

    la que tanto te agrada

    por su obediencia y bro,

    para ti est, mi dueo, enjaezada.

    Para Curra, el overo,

    para m, el alazn gallardo y fieroOh, loco estoy de amor y de alegra!

    En San Juan de Alfarache, preparado

    todo, con gran secreto, lo he dejado. 283

    El sacerdote en el altar espera;

    Dios nos bendecir desde su esfera,

    y cuando el nuevo sol en el Oriente,

    protector de mi estirpe soberana*,

    numen eterno en la religin indiana,

    la regia pompa de su trono ostente,

    monarca de la luz, padre del da,

    yo tu esposo ser; t, esposa ma. 291

    * mi estirpe soberana: aqu alude don lvaro a su ascendencia real,con sangre de los incas, hijos y adoradores del sol.

    (pp. 64- 65 vv. 273 - 291)

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    25/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    25

    Anexo V

    Don lvaro: Destrozado 301

    tengo yo el corazn Dnde est, dnde,

    vuestro amor, vuestro firme juramento?

    Mal con vuestra palabra corresponde

    tanta irresolucin en tal momento.

    Tan sbita mudanza

    No os conozco, Leonor. Llevse el viento

    de mi delirio toda la esperanza?

    S, he cegado en el punto

    en que alboraba* el ms risueo da

    Me sacarn difunto

    de aqu, cuando inmortal salir crea. 312

    Hechicera engaosa,

    la perspectiva hermosa

    que falaz me ofreciste as deshaces?

    Prfida! Te complaces

    en levantarme al trono del Eterno

    para despus hundirme en el infierno?...

    Slo me resta ya! 319

    * alboreaba

    (Pg. 67 vv. 301 - 319)

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    26/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    26

    Anexo VI

    Don lvaro: (Resuelto.) No, yo no me escondo No te abandono en tal conflicto.(Prepara una pistola.) Defenderte y salvarte es mi obligacin.

    Doa Leonor:(Asustadsima) Qu intentas? Ay! Retira esa pistola que me hiela la

    sangre Por Dios, sultala!... La disparars contra mi buen padre?... Contra

    alguno de mis hermanos?... Para matar alguno de los fieles y antiguos criados

    de esta casa?...

    Don lvaro: (Profundamente confundido.)No, no, amor mo La emplear en dar

    fin a mi desventurada vida.

    Doa Leonor:Qu horror! Don lvaro!

    (pp. 69 - 70)

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    27/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    27

    Anexo VII

    Don lvaro: Seor marqus de Calatrava! Mas, ah!, no; tenis derecho para todoVuestra hija es inocente Tan pura como el aliento de los ngeles que rodean el

    trono del Altsimo. La sospecha a que puede dar origen mi presencia aqu a tales

    horas concluya con mi muerte, salga envolviendo mi cadver como si fuera mi

    mortaja S, debo morir, pero a vuestras manos. (Pone una rodilla en tierra.)

    Espero resignado el golpe; no lo resistir; ya me tenis desarmado. (Tira la

    pistola, que al dar en tierra se dispara y hiere al marqus, que cae moribundo

    en los brazos de su hija y de los criados, dando un alarido.)

    Marqus: Muerto soy Ay de m!...

    Don lvaro: Dios mo! Arma funesta! Noche terrible!

    Doa Leonor:Padre, padre!

    Marqus: Aparta; sacadme de aqu, donde muera sin que esta vil me contamine

    con tal nombre

    Doa Leonor:Padre!...

    Marqus: Yo te maldigo!

    (Cae Leonor en brazos de Don lvaro, que la arrastra hacia el balcn.)

    (Pg. 71)

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    28/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    28

    Anexo VIII

    Don lvaro: [] Yo a vuestro padre no her;1520

    le hiri slo su destino.

    Y yo, a aquel ngel divino

    ni seduje ni perd.

    Ambos nos estn mirando

    desde el cielo; a mi inocencia

    ven, esa ciega demencia

    que os agita, condenando. 1527

    (Pg. 143 vv. 1520 - 1527)

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    29/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    29

    Anexo IX

    Don lvaro: (Muy conmovido.)

    Don Carlos!...Seor!...Amigo!... 1568Don Flix!...Ah, tolerad

    que el nombre que en amistad

    tan tierna os uni conmigo

    use en esta situacin!

    Don Flix, soy inocente;

    bien lo podis ver patente

    en mi nueva agitacin.

    Don Flix!...Don Flix!...Ah!...

    Vive?...Vive?...Oh justo Dios!

    Don Carlos: Vive. Y qu os importa a vos? 1578

    Muy pronto no vivir.

    Don lvaro: Don Flix, mi amigo, s.

    Pues que vive vuestra hermana,

    la satisfaccin es llana

    que debis tomar de m.

    A buscarla juntos vamos;

    muy pronto la encontraremos,

    y en santo nudo estrechemos

    la amistad que nos juramos.

    Oh!... Yo os ofrezco, yo os juro

    que no os arrepentiris

    cuando a conocer lleguis 1590

    mi origen excelso y puro.

    Al primer grande espaol

    no le cedo en jerarqua:

    es ms alta mi hidalgua

    que el trono del mismo sol.

    Don Carlos: Estis, don lvaro, loco?

    Qu lo que pensis osis? 1597

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    30/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    30

    Qu proyectos abrigis?

    Me tenis a m en tan poco?

    Ruge entre los dos un mar 1600

    de sangre Yo al matadorde mi padre y de mi honor

    pudiera hermano llamar?

    Oh afrenta! Aunque fuerais rey.

    Ni la infame ha de vivir.

    No, tras de vos va a morir,

    que es de mi venganza ley.

    Si a m vos no me matisal punto la buscar,

    y la misma espada que

    con vuestra sangre tiis,

    en su corazn 1612

    (pp. 144 -146 vv. 1568 - 1612)

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    31/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    31

    Anexo X

    Don lvaro: Denme una espada; volar a la muerte 1866

    y si es vivir mi suerte,

    y no la logro en tanto desconcierto,

    yo os hago, eterno Dios, voto profundo

    de renunciar al mundo

    y de acabar mi vida en un desierto. 1871

    (Pg. 161 vv. 1866 - 1871)

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    32/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    32

    Anexo XI

    Don Alfonso:Ahora tienes que escucharme, 2223

    que has de apurar, vive el cielo!

    hasta las heces el cliz.

    Y si, por ser mi destino,

    consiguieses el matarme,

    quiero all en tu aleve pecho

    todo un infierno dejarte.

    El rey, benfico, acaba 2230

    de perdonar a tus padres.Ya estn libres y repuestos

    en honras y dignidades.

    La gracia alcanz tu to,

    que goza favor notable,

    y andan todos tus parientes

    afanados por buscarte

    para que tenga heredero 2238Don lvaro: (Muy turbado y fuera de s.)

    Ya me habis dicho bastante

    No s dnde estoy, oh, cielos!...

    Si es cierto, si son verdades

    las noticias que dijisteis,

    (Enternecido y confuso.)

    todo puede repararse!Si Leonor existe, todo.

    Veis lo ilustre de mi sangre?...

    Veis?... 2246

    (Pg. 185 vv. 2223 - 2246)

  • 7/25/2019 Trab Don Juan_alvaro

    33/33

    Transformao de don Juan en mito.

    Anlise contrastiva com o personagem de don lvaro.

    _______________________________________________________________

    Anexo XII

    Don lvaro: Infierno, abre tu boca y trgame! Hndase el cielo, perezca la razahumana; exterminio, destruccin!

    (Sube a lo ms alto del monte y se precipita.)

    (Pg. 189)