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Título: Incentivo à Leitura por meio da Contação de Histórias

Autora Mari Lourdes Bernardi Albrecht

Escola de Atuação Colégio Estadual Professor Nilso Franceski - EFM

Município da escola Marechal Cândido Rondon

Núcleo Regional de Educação Toledo

Orientadora Drª Rita Maria Decarli Bottega

Instituição de Ensino Superior Unioeste

Disciplina/Área Língua Portuguesa

Produção Didático-Pedagógica Unidade Didática

Relação Interdisciplinar

Público Alvo 5ª série do Ensino Fundamental

Localização Rua Luiz Ernesto Fleck, 2040, Iguiporã

Apresentação

Percebe-se o desinteresse de grande parte dos alunos do Nível Fundamental em relação à leitura-fruição, justificado, muitas vezes, pela proposição de atividades centradas na repetição, fichas e avaliações desnecessárias. Assim, surgiu a necessidade de desenvolver um projeto de leitura e contação de histórias. É possível estabelecer vínculo de prazer ao ato de ler? Depende como é apresentada tal prática aos alunos. Se a leitura do mundo precede a leitura da palavra, (FREIRE, 2009, p.20), estimular o imaginário da criança através da contação de histórias pode ser um começo. A formação de leitores é fundamental para que o indivíduo consiga interar-se das informações que o circundam interagindo com o seu meio, proporcionando, também, uma abertura para novos conhecimentos. Apresentamos, então, a leitura e contação de histórias do escritor Pedro Bandeira como recurso de incentivo à leitura e desenvolvimento da oralidade com alunos da 5ª série. Quanto à metodologia, serão utilizados textos e histórias do autor para leitura, após realizar a contação das mesmas aos colegas de sala e outras turmas. O professor desempenhará o papel de mediador neste processo, “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria produção ou sua construção”. (FREIRE, 1986, p136), pois é tarefa do professor despertar no aluno o gosto pela leitura, através de uma metodologia eficiente, desenvolvendo a leitura e a oralidade dos mesmos.

Palavras-chave Leitura-fruição; Incentivo; Contação de Histórias.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO DE TOLEDO

MARI LOURDES BERNARDI ALBRECHT

INCENTIVO À LEITURA POR MEIO DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

MARECHAL CÂNDIDO RONDON

2011

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO DE TOLEDO

MARI LOURDES BERNARDI ALBRECHT

INCENTIVO À LEITURA POR MEIO DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

Unidade Didática apresentado à Secretaria de Estado da Educação – SEED, Departamento de Políticas e Programas Educacionais, para cumprir as exigências do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, segundo período do Plano Integrado de Formação Continuada. Orientadora: Prof. Dr. Rita Maria Decarli Bottega

MARECHAL CÂNDIDO RONDON

2011

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 4

2 PROCEDIMENTO .................................................................................................... 8

2.1 Atividades ............................................................................................................ 9

3 ESTRATÉGIAS PARA AS ATIVIDADES ................................................................. 9

4 CRONOGRAMA/RECURSOS ............................................................................... 10

5 AVALIAÇÃO ........................................................................................................... 11

6 REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES ......................................................................... 11

1º Momento ............................................................................................................... 11

2º Momento ............................................................................................................... 12

3º Momento ............................................................................................................... 13

4º Momento ............................................................................................................... 15

5º Momento ............................................................................................................... 16

6º Momento ............................................................................................................... 18

7º Momento ............................................................................................................... 19

8º Momento ............................................................................................................... 20

9º Momento ............................................................................................................... 21

10º Momento ............................................................................................................. 22

11º Momento ............................................................................................................. 23

INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 24

INCENTIVO À LEITURA POR MEIO DA

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

Fonte: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/portugues/ leitura.jpg

“Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, trabalho, na

ação-reflexão”.

Paulo Freire

Fonte: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/ portals/bancoimagem/images/Praticas_pedagogicas/2789P

1 Apresentação

A leitura, enquanto atividade de interpretação do mundo é uma atividade

inerente à condição humana. Paulo Freire (2005, p.11) afirma que a leitura de

mundo antecede a de palavra, ou seja, já somos leitores do mundo desde que

nascemos e nossas ações decorrem dessa leitura.

Contudo, o prazer da leitura do texto escrito não faz parte da vida de grande

parte dos brasileiros e, pode-se dizer, não é um conhecimento que nasce

desenvolvido no ser humano. Na maioria das vezes, o contato que as pessoas têm

com o livro é na escola, cuja leitura proposta pelos professores é, muitas vezes de

forma inadequada, afastando o aluno das práticas de leitura. Os jovens, muitas

vezes, chegam às universidades tendo lido apenas o resumo das obras solicitadas

para o vestibular, apresentando dificuldades na interpretação das questões

propostas nas provas.

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A escola ainda é o espaço onde a criança e o adolescente mantém contato

com a literatura. É preciso pensar o professor e o aluno hoje como ponto de partida

para a leitura que queremos para obtermos maior qualidade nas atividades de leitura

desenvolvidas na escola. Aprender a ler e ter gosto pela leitura não ocorre de um dia

para outro, é um processo de aprendizagem.

A Literatura Infantil está ligada intimamente à escola, já que os primeiros

contos foram publicados com o objetivo de educar e dar ensinamentos às crianças.

Mesmo com essa relação, o uso das obras literárias tem pouca frequência nas

escolas. As várias possibilidades trazidas pela Literatura Infanto-Juvenil para a sala

de aula proporciona uma formação do indivíduo como leitor, contribuindo para o

crescimento pessoal e intelectual do aluno. Apesar de inúmeras possibilidades

apresentadas pela Literatura, observa-se que o uso em sala de aula é tido, muitas

vezes como passa tempo e não como instrumento de produção e formação de

novos leitores. Essa situação deve-se, muitas vezes pela má formação dos

profissionais da educação. Grande parte dos profissionais da educação que

trabalham com séries iniciais, desconhecem uma metodologia adequada para

desenvolver o trabalho com a leitura, o que resulta na baixa produção na sala de

aula. Outra falha comum na utilização da Literatura é a escolha dos textos, quando o

professor leva para a sala de aula livros ou textos que não são adequados ao

estágio cognitivo dos alunos, fazendo com que o aluno não compreenda o texto e,

muito menos, seja capaz de apreciá-lo. A utilização de uma metodologia e textos

literários inadequados pode causar danos na formação de novos leitores.

Para que a Literatura Infantil forme efetivamente novos leitores, é necessário

que o professor observe alguns detalhes considerados básicos no uso da literatura

em sala de aula. A literatura deve ser trabalhada e não ensinada, pois a Literatura

Infanto-Juvenil apresenta caráter formador e não modelador de indivíduos. Portanto

faz-se necessário evitar cobranças excessivas, que induzem ao ensino

sistematizado, deixando de oferecer espaço para o aprendizado espontâneo.

A relação da literatura e o ensino está constantemente vinculada à educação

escolar, sendo ela a grande responsável por ensinar a língua portuguesa escrita.

Para tanto, os professores de Língua Portuguesa devem trabalhar a literatura

diariamente, pois é através dela que o aluno descobre emoções que nem sempre

podem ser vividas na realidade. A literatura é uma ligação entre o real e o

imaginário. As histórias contribuem para que as crianças elaborem seus

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sentimentos, já que as narrativas preparam as crianças para que vivenciem as

emoções do mundo real de forma mais equilibrada.

As histórias, há muito tempo, estão presentes em nossa cultura e o hábito de

ouvi-las e contá-las está interligado ao desenvolvimento do imaginário e a

capacidade de ouvir e de se expressar. Por isso, a proposta desta Unidade é a de

demonstrar o valor da contação de histórias, como uma das possibilidades em sala

de aula para a formação de um aluno leitor.

Há muitas denúncias envolvendo o tema “leitura”. Professores reclamam da

falta de interesse dos alunos pela leitura, atribuindo, muitas vezes, o fracasso aos

pais que não despertaram o gosto em seus filhos quando pequenos ou ainda no

próprio aluno, alegando que o mesmo não tem interesse para a leitura.

Diante desta problemática como ler, ouvir e contar histórias pode contribuir

para despertar nos alunos o gosto pela leitura e também interferir na formação de

cidadãos?

Ouvir alguém contar histórias na infância é muito importante para a formação

do homem, é o início da aprendizagem como leitor, pois ser leitor não é só

compreender as histórias escritas, mas também os conhecimentos e sentimentos

cotidianos que estão presentes nas histórias contadas.

Em muitos casos, há décadas atrás, o primeiro contato que a criança possuía

com o texto era na sua versão oral, através de alguém da família contando histórias,

pois historicamente, as crianças e jovens aprendiam com as histórias contadas por

seus pais, avós e parentes que compartilhavam suas vivências e experiências pela

coletividade.

Com o passar do tempo, mudam-se os costumes. Atualmente poucas famílias

têm o hábito de contar histórias para as crianças antes de dormir, pois essa

atividade foi dando lugar a outros interesses. Para quem ficou, então esta função?

Acredita-se que cabe à escola resgatar esses momentos tão importantes na vida do

ser humano, o ato de contar e ouvir histórias era a prática mais prazerosa e usada

entre as pessoas. Segundo Sisto (2005, p.16), “Contar histórias é a possibilidade

sim, de formar leitores, num verdadeiro ato de subsistência, não só do já inventado,

mas do universo que as palavras transcriam para levitar”.

Ao contar histórias o professor estabelece um clima de cumplicidade com o

aluno e remete à época dos antigos contadores que, ao redor do fogo, contavam às

pessoas atentas as histórias e costumes do seu povo. As pessoas, hoje, não se

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reúnem mais para ouvir as histórias, mas é na escola que o professor pode

desempenhar seu papel de contador, estabelecendo um elo entre o aluno e o livro. A

contação de histórias é um momento mágico, que envolve todos que participam

desse instante de fantasia.

Depois de ouvir uma história, a reação do aluno é de pedir para ver o livro,

momento propício para proporcionar o encontro que conduzirá o aluno ao prazer da

leitura. Isso demonstra uma passagem do texto oral para o escrito, que o aluno vai

aprendendo a realizar.

A escola é o espaço para o desenvolvimento de atividades que despertem o

prazer pela leitura, entretanto o que acontece é o desgosto por essa atividade

importante por parte dos alunos. O problema das escolas é a maneira como se

realiza a escolarização da literatura que é o modo de ensinar e de aprender,

processos de avaliação e de seleção. A escolarização da literatura é inevitável, no

entanto há a escolarização adequada e inadequada. Adequada é aquela

escolarização que conduz às práticas de leitura literária que ocorrem no contexto

social e à atitudes e valores próprios do ideal de leitor que se quer formar;

inadequada é aquela escolarização que distorce a recepção do texto literário,

afastando, muitas vezes, o aluno das práticas de leitura literária, desenvolvendo nele

a resistência ao livro e ao ato de ler.

Diante disso, conclui-se que a questão fundamental das relações entre

literatura e escola é que é necessário descobrir como realizar, de maneira adequada

a inevitável escolarização da literatura.

Qual é o papel da escola na formação do leitor. Não o leitor obediente que preenche devidamente fichas de livros ou reproduz com propriedade enunciados textuais. Mas o leitor que, instigado pelo texto, produz sentidos, dialoga com o texto que lê. (EVANGELISTA; BRANDÃO; MACHADO, 2006, p.52).

É necessário que a escola utilize múltiplas maneiras de aproximação entre o

sujeito e o livro, com atividades de leituras individual e coletiva. A escola precisa

ofertar aos alunos momentos para frequentar a biblioteca, para que o aluno tenha

familiaridade com a mesma e com os livros, desenvolvendo atividades de leituras no

mesmo ambiente. A formação de leitores, uma tarefa nada fácil é mais uma das

atribuições do professor de Língua Portuguesa, e se não for a mais importante é

com certeza uma das mais relevantes na formação do educando, tendo em vista que

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sua compreensão e leitura de mundo dependem da sua capacidade e eficácia como

leitor.

A leitura propicia a formação do indivíduo que, por sua vez, para ler necessita de condições que tenha o livro para si, que manuseie este livro em um ambiente em que ele possa interagir com o livro. O professor, por sua vez,interagindo na sala de aula com histórias diversas que estão de acordo com as necessidades da criança, funciona como mediador de leitura. (EVANGELISTA; BRANDÃO; MACHADO, 2006, p. 250).

O objetivo desta unidade didática é trabalhar a leitura de textos e contação de

histórias do escritor Pedro Bandeira como estratégia no desenvolvimento do gosto

pela leitura com alunos de 5ª série do Ensino Fundamental. Trabalhar com alunos de

5ª série torna-se relevante, pois se percebe a dificuldade que os mesmos

apresentam na leitura e também na interpretação de textos, ocasionando dificuldade

de assimilação e compreensão em todas as disciplinas. Também percebemos que

os alunos de 5ª série frequentam pouco, ou nunca, a biblioteca da escola. Sentimos

então a necessidade de realizar um trabalho para que os alunos tenham maior

contato com a biblioteca e com os livros, direcionando as atividades para o escritor

escolhido.

As atividades de leitura e contação de histórias do escritor Pedro Bandeira

despertam o interesse e curiosidade dos alunos, com assuntos atuais, trazendo

situações, muitas vezes, vividas pelos pré-adolescentes. Pedro Bandeira também

tem preocupação em divertir seu público com aventuras e emoções, prendendo a

atenção do leitor despertando o prazer em suas leituras. Tais elementos são

apropriados ao nível dos alunos e à série escolar em que eles se encontram.

2 Procedimento

A escola deve garantir momentos especialmente dedicados às práticas de

leitura Assim, o projeto propõe:

Contato com a biblioteca da escola;

Resgatar histórias familiares;

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Levantamento do acervo na escola, do escritor Pedro Bandeira;

Organização de materiais diversos relacionados ao escritor escolhido;

Apresentações diversas sobre o que os alunos leram;

Socialização das leituras realizadas pelos alunos.

2.1 Atividades

Análise do tema da história ou obra lida;

Reconhecimento e discussão do tema principal que o texto apresenta;

Estabelecimento de relações com a vida real;

Relato pessoal de experiências, lembranças, histórias ouvidas pelos

familiares;

Observação e manuseio de livros;

Visitas à biblioteca da escola;

Exposição em mural das atividades realizadas através das leituras e

pesquisas;

Apresentação oral das histórias, das obras lidas;

Pesquisa da história e vida do escritor Pedro Bandeira através da internet;

Socialização dos trabalhos realizados pelos alunos com materiais

expostos;

Leitura;

Contação de histórias;

Elaboração de painéis.

3 Estratégias para as atividades

Para se contar uma história em sala de aula, é necessário que o professor

utilize-se de uma forma especial, tomando uma postura diferente. Se for contar de

memória, tanto melhor, mas se optar por ler a história, tem que ser conhecida pelo

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professor, demonstrando familiaridade com ela. As histórias escolhidas aqui serão o

resgate das histórias familiares e textos e histórias do escritor Pedro Bandeira,

compatíveis com a faixa etária dos alunos da 5ª série do Ensino Fundamental.

A história a ser contada ou lida deve ser preparada antes. Isso significa ler

muitas vezes o texto, observando seus detalhes, compreendendo o texto para

transmitir tudo isso ao ouvinte. Não esquecer que a voz é um dos itens fundamentais

do contador, por isso deve-se falar com clareza. Assim como a voz, a postura do

corpo e os gestos são muito importantes. Os gestos, no momento certo, enriquece a

narrativa, tornando-a mais dinâmica.

Ao terminar a contação, o professor deverá mostrar o livro onde se encontra a

história, pois se o aluno gostou da história, a reação dele é de pedir para ver o livro,

esse é o momento de o professor promover o encontro do aluno com o livro.

Os alunos realizarão leituras de textos e livros do escritor Pedro Bandeira,

após socializarão com os colegas contando a história lida. Em seguida realiza-se a

discussão da mesma, explorando o tema principal, relacionando seus

acontecimentos com a vida real.

Quanto as histórias familiares, os alunos farão o relatos pessoais das

experiências ouvidas pelos familiares.

O professor acompanhará os alunos à biblioteca da escola para que tenham

contato com o ambiente e com os livros.

Os alunos tomarão conhecimento da vida e história do escritor Pedro

Bandeira, realizando uma pesquisa através da internet. Após a pesquisa, haverá a

socialização dos dados coletados em mural elaborado pelos alunos.

As histórias do escritor serão lidas e contadas pelos alunos em sala de aula

aos colegas e em seguida expostas em painéis elaborados por eles.

4 Cronograma/Recursos

O projeto será desenvolvido em 11 momentos, descritos posteriormente,

durante o segundo semestre de 2011, observando o tempo disponível para o

desenvolvimento do mesmo. Os seguintes recursos serão utilizados: Textos e

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histórias do escritor Pedro Bandeira, xérox, internet, quadro negro, mural, painéis e

aulas expositivas, biblioteca da escola.

5 Avaliação

A avaliação dos alunos por parte do professor dar-se-á a partir das

apresentações dos alunos, nas quais será possível avaliar se os objetivos propostos

foram ou não atingidos.

A avaliação do projeto por parte dos alunos será feita através de comentários

escritos pelos alunos, quando poderão emitir seus pareceres a respeito do

desenvolvimento e da importância das atividades para o seu conhecimento.

A avaliação também levará em conta o número de textos lidos pelos alunos

do autor Pedro Bandeira e as interpretações e apresentações realizadas pelos

alunos.

6 Realização das atividades

1º Momento

Neste primeiro momento, os alunos tomam conhecimento do projeto que é

apresentado pela professora e esta deverá ressaltar a importância da leitura para

suas vidas.

Haverá acompanhamento aos alunos a uma visita à biblioteca da escola para

um primeiro contato com os livros existentes.

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Os alunos escolherão livros e textos de seus interesses, não necessariamente

do escritor Pedro Bandeira e farão a leitura dos mesmos no ambiente da biblioteca.

Após a leitura, contarão aos colegas o que leram e suas impressões da leitura e do

ambiente.

Orientação para o professor

Neste momento, o professor estará observando as

dificuldades dos alunos com relação à escolha dos livros, à

leitura e a oralidade.

2º Momento

Converse com os alunos sobre o ato de ouvir e contar histórias e explicar o

que é a tradição oral. Falar sobre histórias que são transmitidas de pais para filhos,

pela tradição oral.

Em muitas famílias, após o jantar, todos se agrupavam ao redor do avô ou da

avó, do pai ou da mãe para ouvir as histórias da família e muitas tinham em seu

meio um contador. Era o momento em que os membros da família se reunião, um

perto do outro para ouvir e contar histórias, onde floresciam o afeto e o carinho

familiar.

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A professora contará as histórias que seu avô contava num desses momentos

de encontro familiar quando criança.

Este é um momento livre para que os alunos também tenham a oportunidade

de contar suas histórias e aquelas que fazem parte do que poderemos chamar de

“acervo oral” da família.

Orientação para o professor

Nesse momento o professor observa o conhecimento dos

alunos sobre as narrativas de tradição oral por meio da

contação e dos seus comentários. Também é possível observar

quais são as histórias presentes no ambiente familiar.

Estimule os alunos para que comentem sobre a história

ouvida, como parte que mais chamou a atenção, se já tinham

ouvido uma história semelhante e engraçada.

3º Momento

Como o trabalho será realizado com textos e histórias do escritor Pedro

Bandeira, este é o momento de apresentação do autor aos alunos por meio de

questões orais.

A professora lê aos alunos a história do mesmo autor “Uma carta ao rei”

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Uma carta ao rei

Pobre daquele pintinho!

Nasceu pelado e feioso. Não havia no galinheiro quem não implicasse com

ele, quem não o maltratasse. Eram os patos, as galinhas, os galos, os perus e até

os marrecos.

Quando achava uma quirera de milho, lá vinha algum galo e – zapt! –

tomava dele. Se desencavava uma minhoca, lá vinha um peru e, a poder de

bicadas, expulsava o pintinho e ficava como achado! A vida do pobre peladinho

era um verdadeiro inferno!

Cansado de tudo aquilo, o pintinho resolveu protestar ao rei. Só o rei, para

acabar com aquela injustiça! Era isso! Ele tinha de levar uma carta de protesto ao

rei!

Ciscou pelo galinheiro e achou um papelzinho jogado. Para ele, qualquer

papelzinho era uma carta.

Todo feliz com o achado, pegou um saco, encheu-o de milho para a viagem

e foi a caminho do palácio do rei, com o papelzinho no bico.

Andou, andou, até que encontrou uma raposa.

– Aonde vai, pinto pelado? – perguntou a raposa.

– Vou ao palácio do rei, entregar esta carta – respondeu ele.

– Ai, que vontade de ir com você!

– Pois venha. Entre no saco e vamos embora!

A raposa aceitou o convite e lá se foi o viajante pelo caminho. Chegou à

beira de um riozinho de águas claríssimas. E o rio quis saber para onde ia aquele

pinto pelado com saco nas costas.

Fonte: www.bibliotecapedrobandeira.com.br. Acesso em: 24 abr. 2010.

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Orientação para o professor Estimulem os alunos para que comentem sobre a história

ouvida, como:

O que aconteceu com o pintinho?

Foi bom ou ruim para o pintinho levar a raposa, o rio e o

ouriço com ele? Por quê?

Por que ele foi aceito pelas galinhas no galinheiro onde foi

criado?

Quais as palavras que indicam que o pintinho não era

aceito pelo grupo?

Anote no texto a parte que demonstra uma mudança de

atitude por parte do grupo em relação ao pintinho.

4º Momento

Trabalho na sala de informática. Visitar sites que apresentam a vida e história

do escritor Pedro Bandeira e realizar uma pesquisa a respeito.

Após a pesquisa realizada, retornar para a sala de aula e elaborar um mural

com todas as informações coletadas, o qual será exposto na sala de aula.

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Orientação para o professor

O professor deverá acompanhar os alunos, já tendo

selecionado os sites para a pesquisa anteriormente,

verificando se os alunos atenderam a solicitação do professor

e se conseguiram realmente realizar a pesquisa proposta.

5º Momento

a) Retomar a pesquisa realizada na aula anterior, relembrando passagens da

vida do escritor Pedro Bandeira, instigar os alunos para que falem sobre o assunto.

Em seguida realizar a leitura da história de Pedro Bandeira, publicada pela

ed.Moderna. “O pequeno dragão.”

Após a leitura, realizar a conversação da história, instigando os alunos à uma

interpretação oral da história.

Utilizando figuras, os alunos elaboram uma fotomontagem da parte da história

que mais gostaram.

b) Organizar os alunos em grupos pequenos e distribuir textos com títulos

diferentes para os grupos. Os grupos realizam a leitura dos textos. Após a leitura,

cada grupo realiza a contação da história, fazendo comentários a respeito das

personagens.

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Após a contação da história, os alunos realizam a ilustração da mesma, com

um final diferente.

Depois a classe confecciona um mural, onde serão socializadas as histórias

ilustradas.

c) Tarefa de casa:

Leitura do livro de Pedro Bandeira “É proibido miar”. Ed. Moderna.

Os alunos levarão para casa o livro, onde farão a leitura individual para

discussão na próxima aula.

Orientação para o professor

Esse momento é muito importante para observar o aluno

durante sua contação, dando dicas, ajudando nas suas

dificuldades. Observar a entonação, dicção e fluência dos

alunos.

O professor deve estar informado sobre a disponibilidade

dos exemplares da obra para empréstimo.

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6º Momento

Ao iniciar a aula, a professora convida os alunos para que fiquem bem à

vontade, sentados em círculo no chão, solicitando a um aluno voluntário para que

sente ao centro do círculo para socializar a história “É proibido miar” contando a

mesma sem olhar o texto.

Realizar uma discussão da história, interpretando-a oralmente,

proporcionando uma relação com a história vista na aula anterior “O pequeno

dragão”.

Orientação para o professor

Momento importante para o professor observar se houve

avanços em relação à expressão oral e escrita dos alunos. O

professor também poderá apresentar o progresso que os

alunos obtiveram até então. O estímulo é fundamental para

os alunos avançarem em sua aprendizagem.

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7º Momento

Apresentação do livro “O fantástico mistério de feiurinha”- Pedro Bandeira.

Organizar os alunos em grupos, distribuir um capítulo a cada grupo. O grupo realiza

a leitura do capítulo. Após a leitura o grupo socializa, contando a história do capítulo

aos colegas. Adotar a mesma estratégia para todos os grupos, de forma que a

história seja lida na íntegra para a turma.

Orientação para o professor

Nesta prática, o professor como mediador precisa

incentivar o aluno para que este desenvolva gradativamente

o gosto pela leitura e a prática de contação de histórias.

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8º Momento

Recepcionar os alunos em um ambiente aconchegante que lhes transmita

tranquilidade e bem estar. O professor convida os alunos para sentarem em círculo

para ouvir a história do livro “A escola da vida” de Pedro Bandeira.

Em seguida os alunos elaboram uma história em quadrinhos expressando a

história lida que será exposta na sala de aula.

Orientação ao professor

É importante que o professor, após a leitura ou contação da

história, mostre o livro para os alunos, despertando, assim, a

curiosidade para que eles procurem o livro e o leiam.

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9º Momento

Recepcionar os alunos na sala. Organizar os mesmos em pequenos grupos e

distribuir um capítulo do livro “A prova de fogo” de Pedro Bandeira a cada grupo.

Cada grupo realiza a leitura do seu capítulo. Em seguida cada grupo elabora um

final diferente para o capítulo lido. Depois socializam oralmente com os colegas a

história do capítulo com os finais modificados.

A professora também solicita que os alunos contem aos pais a história lida na

escola e na próxima aula discutem com os colegas sobre a experiência e sobre as

impressões dos pais com relação as histórias contadas.

Orientação para o professor

É importante proporcionar aos alunos a oportunidade de

falar livremente, pois a oralidade amplia a competência da

criança no uso da língua.

Neste momento os alunos já estarão familiarizados com o

autor Pedro Bandeira. Solicitar que eles estabeleçam relações

entre os textos.

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10º Momento

Após iniciar a aula, instigar os alunos para que façam um relato de como foi a

experiência de contar a história ouvida na aula anterior para os pais.

Apresentar o livro “O rei do grande rio”. Realizar a leitura da história aos

alunos em voz alta, com entonação e entusiasmo.

Em seguida, os alunos, utilizando de sua imaginação realizam um desenho da

parte da história que mais lhe chamou a atenção e copiam a parte do texto como

legenda. Os alunos farão a exposição dos trabalhos em mural da sala para socializar

com os demais colegas

Orientação para o professor

Neste momento, o professor como mediador, deverá

propiciar a todos os alunos a oportunidade de se expressar

livremente. É importante que o professor saiba ouvir o que o

aluno pensa sobre aquela história ou até mesmo aquele livro.

Acompanhar a realização da atividade de desenho e

legenda, para que a parte transcrita esteja adequada ao

desenho e apresente correção linguística.

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11º Momento

Momento de socialização do trabalho para outras turmas da escola.

Organizar os alunos em grupos. Cada grupo escolhe livremente a história de

sua preferência para recontar para outra turma. Para tal atividade, será exposto

também o mural com a pesquisa realizada sobre a vida e história do escritor Pedro

Bandeira.

Orientação para o professor

O professor deverá disponibilizar as obras do escritor Pedro

Bandeira para que os alunos tenham a oportunidade de

selecionar aquela que mais gostou.

Como mediador, deverá também acompanhar os alunos,

orientando, comentando e auxiliando na escolha dos livros.

A atuação do professor deve ser entusiástica, mantendo-se

de forma persistente ao lado do aluno que começa a

desenvolver o prazer pela leitura.

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INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

BAMBERGER, R. Como incentivar o hábito de leitura. São Paulo: Ática, 2002. BANDEIRA, P. A prova de fogo. 4. ed. São Paulo: Ática, 1999. _____. A escola da vida. 2. ed. São Paulo: Melhoramentos, 2010. _____. O fantástico mistério de feiurinha. 21. ed. São Paulo: FTD, 1998. _____. É proibido miar. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2009. ZILBERMAN, R. A literatura infantil na escola. São Paulo: Global, 1985. AGUIAR, V. T.; BORDINI, M. G. Literatura: a formação do leitor. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993. BETTELHEIM, B. A psicanálise dos contos de fada. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980. EVANGELISTA, A. A. M.; BRANDÃO, H. M. B.; MACHADO, M. Z. V. A escolarização da leitura literária. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. RIOLFI, C. et al. Ensino de língua portuguesa. São Paulo: Thompson, 2008. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 17. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. _____. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1995. SISTO, Celso. Textos e pretextos sobre a arte de contar histórias. Curitiba: Positivo, 2005.