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CONTAÇÃO DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS HISTÓRIAS “...a contação estimula o imaginário, toca o coração e alimenta o espírito.” (Maria Ignês de Araújo Mendes) Evangelização Espírita – Grupo Espírita Seara do Mestre Ciclo: Maternal Carla, Carina e Janaína

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Page 1: CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS...a contação estimula o imaginário, toca o coração e alimenta o espírito. (Maria Ignês de Araújo Mendes) Evangelização Espírita –

CONTAÇÃO DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIASHISTÓRIAS

“...a contação estimula o imaginário, toca o coração e alimenta o espírito.”

(Maria Ignês de Araújo Mendes)

Evangelização Espírita – Grupo Espírita Seara do Mestre

Ciclo: MaternalCarla, Carina e Janaína

Page 2: CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS...a contação estimula o imaginário, toca o coração e alimenta o espírito. (Maria Ignês de Araújo Mendes) Evangelização Espírita –

Relembrando: Contar histórias...

•Desenvolve a linguagem, a memória e o raciocínio;

•Promove a aprendizagem;

•Desperta o interesse e a busca pelos livros;

•Proporciona divertimento, satisfação e alegria;•Melhora a concentração;

•Desperta o imaginário e as emoções;•Amplia, transforma, enriquece a nossa experiência de vida;

•Sensibiliza, acalma, amplia o conhecimento;•Estimula a criatividade e o senso artístico.

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E por que contar histórias na evangelização?

“Já no seu tempo, Jesus ensinava através de histórias.”

(Lúcia Moyses)

Crianças abaixo de 12 anos ainda não são capazes de raciocinar sobre o abstrato,

então a transmissão de valores morais é melhor compreendida

e assimilada através de histórias, nas quais elas possam se identificar.

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“Contar histórias não é um ato apenas intelectual, mas

espiritual e afetivo.”

(Eva L. Trierveiler do Nascimento)

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Passos para chegar à narração:

1 – Escolhendo a história:

• Saber o que escolher, o que vai contar, considerando para quem e com que objetivo.

• Para orientar a escolha dos textos úteis é importante saber exatamente os assuntos preferidos relacionados às faixas etárias:

Page 6: CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS...a contação estimula o imaginário, toca o coração e alimenta o espírito. (Maria Ignês de Araújo Mendes) Evangelização Espírita –

Até 3 anosAté 3 anos: histórias de bichinhos, de brinquedos, animais : histórias de bichinhos, de brinquedos, animais ou plantas com características humanas (falam, usam ou plantas com características humanas (falam, usam roupas, tem hábitos humanos), histórias cujos personagens roupas, tem hábitos humanos), histórias cujos personagens sejam crianças.sejam crianças.

A florzinha Magali

Page 7: CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS...a contação estimula o imaginário, toca o coração e alimenta o espírito. (Maria Ignês de Araújo Mendes) Evangelização Espírita –

Entre 3 e 6 anosEntre 3 e 6 anos:: histórias com bastante fantasia, histórias com bastante fantasia, histórias com fatos inesperados e repetitivos, cujos histórias com fatos inesperados e repetitivos, cujos personagens são crianças ou animais.personagens são crianças ou animais.

O Peixinho Dourado

Page 8: CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS...a contação estimula o imaginário, toca o coração e alimenta o espírito. (Maria Ignês de Araújo Mendes) Evangelização Espírita –

7 anos7 anos:: aventuras no ambiente conhecido (a aventuras no ambiente conhecido (a escola, o bairro, a família, etc.), histórias de escola, o bairro, a família, etc.), histórias de fábulas, fadas. fábulas, fadas.

O Passeio da Estrelinha Azul

Page 9: CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS...a contação estimula o imaginário, toca o coração e alimenta o espírito. (Maria Ignês de Araújo Mendes) Evangelização Espírita –

8 anos: histórias que utilizam a fantasia de forma mais elaborada, histórias vinculadas à realidade.

Faz de conta pra entender o mundo...

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9 anos: aventuras em ambientes longínquos (selva, oriente, fundo do mar, outros planetas), histórias de fadas com enredo mais elaborado, histórias humorísticas, aventuras, personagens com poderes, narrativas de viagens, explorações, invenções.

http://www.searadomestre.com.br/evangelizacao

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10 a 12 anos10 a 12 anos:: narrativas de viagens, narrativas de viagens, explorações, invenções, mitos e lendas, explorações, invenções, mitos e lendas,

problemática cotidiana.problemática cotidiana.

Os Poços de Ryan

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• Conhecer em profundidade e Conhecer em profundidade e detalhadamente a história que contará. Ler detalhadamente a história que contará. Ler várias vezes, de modo despretensioso. várias vezes, de modo despretensioso. Divertir-se com ela, captar a mensagem Divertir-se com ela, captar a mensagem nela implícita, e identificar seus elementos nela implícita, e identificar seus elementos essenciais. (essenciais. (o narrador deve estar o narrador deve estar sensibilizadosensibilizado para o que quer narrar, se para o que quer narrar, se identificar, apreciar a história, para que identificar, apreciar a história, para que consiga transmiti-la com satisfação e consiga transmiti-la com satisfação e emoção).emoção).

•• Observar o vocabulário, se está de Observar o vocabulário, se está de acordo com a idade e o contexto acordo com a idade e o contexto vivenciado pelas crianças.vivenciado pelas crianças.

Page 13: CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS...a contação estimula o imaginário, toca o coração e alimenta o espírito. (Maria Ignês de Araújo Mendes) Evangelização Espírita –

2 – Estudo da estrutura da 2 – Estudo da estrutura da história:história:

•• Não decorar. Destacar:Não decorar. Destacar:

1 – personagens e suas características; 1 – personagens e suas características;

2 – estrutura do enredo do conto 2 – estrutura do enredo do conto (introdução, acontecimentos principais e (introdução, acontecimentos principais e secundários, clímax e desfecho);secundários, clímax e desfecho);

3 – diálogos;3 – diálogos;

4 – ambientação - preparar como começar 4 – ambientação - preparar como começar e finalizar o momento da contação e narrá-e finalizar o momento da contação e narrá-lo no ritmo e tempo que cada narrativa lo no ritmo e tempo que cada narrativa exige.exige.

Page 14: CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS...a contação estimula o imaginário, toca o coração e alimenta o espírito. (Maria Ignês de Araújo Mendes) Evangelização Espírita –

•• Evitar descrições imensas Evitar descrições imensas e com muitos detalhes, para e com muitos detalhes, para que o campo fique mais que o campo fique mais favorável ao imaginário da favorável ao imaginário da criança.criança.

Page 15: CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS...a contação estimula o imaginário, toca o coração e alimenta o espírito. (Maria Ignês de Araújo Mendes) Evangelização Espírita –

3 – Preparação para a contação:3 – Preparação para a contação:

•• Escolha de recursos auxiliares:Escolha de recursos auxiliares:

Usar o próprio livro, gravuras, cenário, Usar o próprio livro, gravuras, cenário, fantoches, dobraduras, cineminha, fantoches, dobraduras, cineminha, objetos, dedoches.objetos, dedoches.

““É importante não abusar de recursos É importante não abusar de recursos visuais na contação, com excesso de visuais na contação, com excesso de estimulação sensorial que resulte no estimulação sensorial que resulte no

desvio da atenção do fio da narrativa.”desvio da atenção do fio da narrativa.” (Regina Machado, 2004)

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““O uso de objetos durante a contação O uso de objetos durante a contação deve ocorrer de forma que não impeça deve ocorrer de forma que não impeça

o jogo imaginativo e sem levar o o jogo imaginativo e sem levar o narrador a se transformar em um narrador a se transformar em um

ator.”ator.”

(Cléo Busatto).

•• Quanto ao espaço físico, são Quanto ao espaço físico, são sugeridos ambientes fechados, que sugeridos ambientes fechados, que evitem a dispersão e aconselha-se o evitem a dispersão e aconselha-se o aconchego e a proximidade.aconchego e a proximidade.

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““CONTAR HISTÓRIAS É UMA ARTE... CONTAR HISTÓRIAS É UMA ARTE... E TÃO LINDA!!! É ELA QUE E TÃO LINDA!!! É ELA QUE

EQUILIBRA O QUE É OUVIDO COM O EQUILIBRA O QUE É OUVIDO COM O QUE É SENTIDO, E POR ISSO NÃO É QUE É SENTIDO, E POR ISSO NÃO É NEM REMOTAMENTE DECLAMAÇÃO NEM REMOTAMENTE DECLAMAÇÃO OU TEATRO... ELA É O USO SIMPLES OU TEATRO... ELA É O USO SIMPLES

E HARMÔNICO DA VOZ.” (Fanny E HARMÔNICO DA VOZ.” (Fanny Abramovich).Abramovich).

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““Narrar significa a capacidade de traduzir oralmente Narrar significa a capacidade de traduzir oralmente as imagens contidas no texto e, assim, encontrar o as imagens contidas no texto e, assim, encontrar o melhor caminho para suscitá-la.”melhor caminho para suscitá-la.” (Cléo Busatto).

Para tanto, aponta três vias: ritmo, intenção e Para tanto, aponta três vias: ritmo, intenção e imagens, que podem ser verbais, sonoras e imagens, que podem ser verbais, sonoras e corporais.corporais.

IMAGENS VERBAISIMAGENS VERBAIS: detecção das descrições que : detecção das descrições que suscitam no ouvinte imaginar sobre as suscitam no ouvinte imaginar sobre as características físicas e psicológicas dos características físicas e psicológicas dos personagens e os espaços onde a narrativa personagens e os espaços onde a narrativa acontece. acontece. Ex: “mas a menor era tão linda que até o sol que Ex: “mas a menor era tão linda que até o sol que já vira tanta coisa se alegrava ao iluminar seu rosto” (Rei já vira tanta coisa se alegrava ao iluminar seu rosto” (Rei Sapo) – essa descrição leva o ouvinte a imaginar a aparência Sapo) – essa descrição leva o ouvinte a imaginar a aparência física da princesa.física da princesa.

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IMAGENS SONORASIMAGENS SONORAS: são os sons : são os sons onomatopeicos a sugerir visualizações da onomatopeicos a sugerir visualizações da narrativa. Ex: “e a princesa ouviu uns narrativa. Ex: “e a princesa ouviu uns ploc,ploc,ploc nas escadarias de mármore ploc,ploc,ploc nas escadarias de mármore do castelo” (Rei Sapo) – os ploc, ploc, ploc do castelo” (Rei Sapo) – os ploc, ploc, ploc estimulam a imaginação, que tenta estimulam a imaginação, que tenta identificar quem está produzindo esse ruído.identificar quem está produzindo esse ruído.

IMAGENS CORPORAIS:IMAGENS CORPORAIS: são os movimentos são os movimentos espontâneos que se traduzem em imagens e espontâneos que se traduzem em imagens e se relacionam com a narrativa, de modo a se relacionam com a narrativa, de modo a associar a linguagem corporal ao contexto associar a linguagem corporal ao contexto narrativo.narrativo.

Page 23: CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS...a contação estimula o imaginário, toca o coração e alimenta o espírito. (Maria Ignês de Araújo Mendes) Evangelização Espírita –

Uma comunicação efetiva requer um conjunto de Uma comunicação efetiva requer um conjunto de elementos para se concretizar. Cinco aspectos básicos elementos para se concretizar. Cinco aspectos básicos compõem o aperfeiçoamento da expressividade da voz e compõem o aperfeiçoamento da expressividade da voz e fala:fala:

1 – CORPO E IMPORTÂNCIA DO OLHAR:1 – CORPO E IMPORTÂNCIA DO OLHAR:

•postura corporal ereta e equilibrada;postura corporal ereta e equilibrada;

•musculatura relaxada;musculatura relaxada;

• O gesto, assim como qualquer outro movimento corporal, O gesto, assim como qualquer outro movimento corporal, deve estar entrelaçado ao dito e cumpre o papel de deve estar entrelaçado ao dito e cumpre o papel de complementação e não de protagonista da comunicação, complementação e não de protagonista da comunicação, lugar delegado à palavra dita.lugar delegado à palavra dita.

•Contato olho a olho: manutenção de interesse, envolve o Contato olho a olho: manutenção de interesse, envolve o ouvinte e o valoriza, preenche o silêncio, criando ouvinte e o valoriza, preenche o silêncio, criando expectativa e interesse para o que está para ser dito.expectativa e interesse para o que está para ser dito.

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2 – ARTICULAÇÃO:2 – ARTICULAÇÃO:

• deve ser realizada com precisão e clareza;deve ser realizada com precisão e clareza;

• garantia de compreensão do conteúdo da história;garantia de compreensão do conteúdo da história;

• deve soar de forma simples e natural;deve soar de forma simples e natural;

• treino: realizar a leitura do conto articulando bem cada treino: realizar a leitura do conto articulando bem cada sílaba das palavras.sílaba das palavras.

““Os porquinhos Juca, Pipo e Lilo já são porquinhos adultos Os porquinhos Juca, Pipo e Lilo já são porquinhos adultos e resolveram cada um construir a sua própria casa, que e resolveram cada um construir a sua própria casa, que seria o lar de sua família, no futuro.” (Será que o lobo é seria o lar de sua família, no futuro.” (Será que o lobo é mau?)mau?)

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3 – COORDENAÇÃO RESPIRAÇÃO-FALA:3 – COORDENAÇÃO RESPIRAÇÃO-FALA:

• coordenar o ato de respirar com a emissão das palavras;coordenar o ato de respirar com a emissão das palavras;

• pausa (palavra mágica para o controle respiratório): não pausa (palavra mágica para o controle respiratório): não pode competir com a mensagem, aproveitar-se dos sinais pode competir com a mensagem, aproveitar-se dos sinais de pontuação, aproveitar para criar um clima de suspense de pontuação, aproveitar para criar um clima de suspense na narrativa (mas não pode ser muito prolongada), dar na narrativa (mas não pode ser muito prolongada), dar significado ao que se diz.significado ao que se diz.

         “         “Pipo é um pouco mais organizado e resolveu fazer Pipo é um pouco mais organizado e resolveu fazer sua casa de madeira e galhos de árvores, para suportar sua casa de madeira e galhos de árvores, para suportar ventos e chuvas. Assim que terminou a casa foi ventos e chuvas. Assim que terminou a casa foi descansar, pois estava muito cansado.”(Será que o lobo é descansar, pois estava muito cansado.”(Será que o lobo é mau?)mau?)

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– – PROJEÇÃO DA VOZ NO AMBIENTE: PROJEÇÃO DA VOZ NO AMBIENTE:

Reconhecimento da produção da voz e fala do narrador e o ambiente Reconhecimento da produção da voz e fala do narrador e o ambiente onde ocorrerá a narração.onde ocorrerá a narração.

– – MODULAÇÃO: MODULAÇÃO:

Se refere a variações na entonação da fala, concedendo à mesma Se refere a variações na entonação da fala, concedendo à mesma sentido e vivacidade. sentido e vivacidade.

• ENTONAÇÃOENTONAÇÃO: confere a musicalidade na voz. Variações de : confere a musicalidade na voz. Variações de frequência e de intensidade – importante o narrador conhecer sua frequência e de intensidade – importante o narrador conhecer sua própria voz e as diversas maneiras como ela pode se apresentar. própria voz e as diversas maneiras como ela pode se apresentar.

“ “Tudo ia muito bem, até que chegou a primavera, a mais bela das Tudo ia muito bem, até que chegou a primavera, a mais bela das estações. Qual o problema? O problema é que Zoé, esse é o nome estações. Qual o problema? O problema é que Zoé, esse é o nome do lobo, é alérgico a pólen de flores. Ele costuma espirrar muito, do lobo, é alérgico a pólen de flores. Ele costuma espirrar muito, tossir sem parar, ficar com os olhos vermelhos e ter coceiras no tossir sem parar, ficar com os olhos vermelhos e ter coceiras no nariz e, às vezes, coçar todo o corpo sem conseguir parar.” (Será nariz e, às vezes, coçar todo o corpo sem conseguir parar.” (Será que o lobo é mau?)que o lobo é mau?)

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•RITMO:RITMO: variamos a velocidade da fala de variamos a velocidade da fala de acordo com o que se quer enfatizar na narraçãoacordo com o que se quer enfatizar na narração. .

““O lobo não conseguiu sequer pedir desculpas ao porquinho, O lobo não conseguiu sequer pedir desculpas ao porquinho, muito menos explicar que precisava de ajuda, pois Juca fugiu muito menos explicar que precisava de ajuda, pois Juca fugiu apavorado e foi se esconder na casa de seu irmão Pipo.”(Será apavorado e foi se esconder na casa de seu irmão Pipo.”(Será que o lobo é mau?)que o lobo é mau?)

•É através da modulação que podemos É através da modulação que podemos transmitir as emoções e intenções da história.transmitir as emoções e intenções da história.

““O lobo ficou muito chateado pelo que aconteceu, mas decidiu ir O lobo ficou muito chateado pelo que aconteceu, mas decidiu ir até a casa do porquinho Lilo, não apenas para que eles lhe até a casa do porquinho Lilo, não apenas para que eles lhe ajudassem a trocar o remédio, mas para pedir desculpas e avisar ajudassem a trocar o remédio, mas para pedir desculpas e avisar que assim que melhorasse da alergia iria ajudar a reconstruir as que assim que melhorasse da alergia iria ajudar a reconstruir as casas dos dois porquinhos.”casas dos dois porquinhos.”

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•Identificar palavras-chave fundamentais ao Identificar palavras-chave fundamentais ao contexto narrativo e colocar ênfase nas mesmas.contexto narrativo e colocar ênfase nas mesmas.

““Juca construiu uma casa de palha e assim que terminou foi dormir, Juca construiu uma casa de palha e assim que terminou foi dormir, que é o que ele mais gosta de fazer. E Juca pretende dormir bastante, que é o que ele mais gosta de fazer. E Juca pretende dormir bastante, agora que não tem sua mãe por perto para lhe alertar sobre a agora que não tem sua mãe por perto para lhe alertar sobre a preguiça.” preguiça.”

•O clima de uma passagem do conto e as características de O clima de uma passagem do conto e as características de um personagem podem ser melhor introjetados pelos um personagem podem ser melhor introjetados pelos ouvintes se a voz do narrador apresentar flexibilidade e ouvintes se a voz do narrador apresentar flexibilidade e nuances variadas.nuances variadas.

•““Perto de onde foram morar Juca, Pipo e Lilo mora um lobo, que Perto de onde foram morar Juca, Pipo e Lilo mora um lobo, que eles pensavam que era mau. Mas estavam enganados, pois o lobo já eles pensavam que era mau. Mas estavam enganados, pois o lobo já estava idoso, tinha orelhas e nariz muito grandes e apesar da estava idoso, tinha orelhas e nariz muito grandes e apesar da aparência de mau era, na verdade, um lobo bom, quieto e sem muitos aparência de mau era, na verdade, um lobo bom, quieto e sem muitos amigos.”amigos.”

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““Assim, era uma vez... de boca em boca, Assim, era uma vez... de boca em boca, de boca para ouvidos... a palavra, de boca para ouvidos... a palavra,

protagonista principal da arte de contar protagonista principal da arte de contar histórias. Revestida de recursos histórias. Revestida de recursos (modulação, articulação, pausas, (modulação, articulação, pausas,

projeção), bem acompanhada do gesto, projeção), bem acompanhada do gesto, do movimento corporal, do olhar e do movimento corporal, do olhar e

moldada à estrutura da narrativa oral, moldada à estrutura da narrativa oral, melhor ainda pode continuar seu destino melhor ainda pode continuar seu destino

de desde sempre fazer imaginar e de desde sempre fazer imaginar e encantar e também pode contribuir de encantar e também pode contribuir de modo efetivo para a prática educativa.”modo efetivo para a prática educativa.”

(Lúcia Helena F Neto, Klívia Nayá B. da Silva e Isabella F de Arruda)

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DICAS PARA VOCÊ SER AMIGO DA SUA VOZ!

• Fale sem esforço e articule bem as palavras;• Mantenha uma boa postura corporal ao falar ou cantar;• Beba 2 litros de água diariamente;• Durma bem;• Tenha uma alimentação saudável rica em frutas e proteínas;• Use vestuário confortável;• Procure reduzir a quantidade de fala durante quadros gripais, crises alérgicas e período pré-menstrual;• Evite falar por longos períodos, principalmente em ambientes ruidosos;• Evite pigarrear, gritar e dar gargalhadas exageradas;• Evite ingerir leite e derivados, bebidas gasosas, chocolate antes de utilizar a voz continuamente;• Evite ingerir álcool em excesso, bem como outras drogas;• Cuidado ao cantar inadequadamente ou abusivamente;• Esteja atento aos primeiros sintomas de alteração vocal como cansaço, ardor ou dor ao falar, falhas na voz, mudança de tom, pigarro e rouquidão;• No caso de problemas vocais, procure um fonoaudiólogo e um médico otorrinolaringologista;

Fonte: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia

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Referencias:Referencias:Arapiraca Ma, Santos LS, Ribeiro KC. Contação de Histórias em Arapiraca Ma, Santos LS, Ribeiro KC. Contação de Histórias em Contexto de EAD. Contexto de EAD. Avelar, S. Qual a diferença entre contar um conto e ler um conto? Avelar, S. Qual a diferença entre contar um conto e ler um conto? 2005, p 7-9.2005, p 7-9.Behlau M, DragoneMLS, Nagano L. A voz que ensina. Rio de Janeiro: Behlau M, DragoneMLS, Nagano L. A voz que ensina. Rio de Janeiro: Revinter, 2004.Revinter, 2004.Boone DR. Sua voz está traindo você? Porto Alegre: Artes Médicas, Boone DR. Sua voz está traindo você? Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.1998.Dohme V. Técnicas de contar histórias. 2 ed, Petrópolis, RJ: Vozes, Dohme V. Técnicas de contar histórias. 2 ed, Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.2011.Moyses L. Conte outra história. Capivari, SP: Ed EME, 1998.Moyses L. Conte outra história. Capivari, SP: Ed EME, 1998.Neto LEF, Silva KNB, Arruda IF. Fonoaudiologia, contação de Neto LEF, Silva KNB, Arruda IF. Fonoaudiologia, contação de histórias e educação: um novo campo de atuação profissional. In histórias e educação: um novo campo de atuação profissional. In Disturbios da Comunicação, São Paulo, 18(2):208-222, agosto, 2006.Disturbios da Comunicação, São Paulo, 18(2):208-222, agosto, 2006.Pinho, SMR. Temas em Voz Profissional. Rio de Janeiro: Revinter, Pinho, SMR. Temas em Voz Profissional. Rio de Janeiro: Revinter, 2007.2007.Leitura Sugerida:Contar e encantar: pequenos segredos da Narrativa de Cléo Busatto. Ed Vozes, 2003.Literatura Infantil: gostosuras e bobices de Fanny Abramovich. Ed Scipione, 1991.Acordais: fundamentos teóricos-poéticos da arte de contar histórias de Regina Machado. Ed DCL, 2004.