teoria e percepcao i

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Primeira página Teoria e percepção \ mód I ficha técnica segunda pagina : figura sócrates , platão ou a academia terceira página texto de abertura – a música na vida de cada um \ Este livro é o esforço de cinco anos para explicar da maneira maisscompleta como funciona a música, para todos. A música, como todos sabem, está em todo lugar, é como uma segunda linguagem utilizada para expressar idéias e sentimentos, principalmente sentimentos. O ser humano precisa de música, e até pessoas sem audição já podem entender o que é música, através de luzes e vibrações, utilizadas em shows especiais. E logo aprendem a dançar. Primitivo e magistral. Aprender música, por isso, é aprender a falar e escrever uma nova língua. Na verdade, cada um já sabe um pouco desse idioma feito de notas musicais que representam sons e contagens de tempo. Assim como um analfabeto sabe o som das palavras que usa todo dia. Lembre-se que há milhões de analfabetos vivendo no país onde há muita escrita. O mesmo acontece com a música, muitas pessoas tocam e cantam sem saber notas musicais. Mas, do que seriam capazes esses inteligentes analfabetos musicais sem tivessem a chance de estudar ? Teriam ido mais longe, com a certeza que a força de vontade lhes garantiu até onde puderam chegar sem o estudo, tanto os analfabetos da escrita geral quanto os da música. Todo conhecimento é meio e não fim. O conhecimento é uma ferramenta que abre portas na vida e concerta caminhos. Nesse primeiro livro sobre teoria e percepção vamos usar comparações entre a língua escrita e a língua musical escrita, e outras comparações que ajudam a nos mostrar como funciona a música, qualquer música. Vamos nos divertir com jogos também. Aprender é tentar e errar e tentar e errar muitas vezes. Até...aprender. E lembre-se : o prazer de tocar uma música é maior que o prazer de comer um chocolate, ou ir à uma festa, porque você levou mais tempo e esforço para conseguir aquilo, prazer que vai durar muito mais tempo que o prazer do chocolate imediato. Mas antes de aprender música, vamos pensar um pouco sobre o que é ...aprender e pensar . Aprender é o resultado direto de pensar e executar uma idéia de acordo com seu conhecimento passado e sua capacidade presente. Quando o resultado é sentido, agrada ou gera alguma coisa procurada por quem pensou, então, a pessoa aprendeu. O ser humano, desde que desceu das árvores ou foi solto por Deus no Paraíso, sempre aprendeu fazendo. É a chamada Tentativa e Erro, método que funciona até hoje. Mas hoje temos também grandes cientistas socias, chamados epistemiólogos, ou cientistas do conhecimento, que investigam como funciona o cérebro na hora de aprender. O Maior de todos foi Piaget, que uniu a Biologia do Cérebro e a Influência do ambiente onde a pessoa vive, numa Teoria do Conhecimento que diz mais ou menos assim : “Desde que nascemos, nosso cérebro vai captando tudo à volta e criando associações, pensamentos e sentimentos mais simples. Em certas fases ele se satisfaz com aquilo tudo (

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  • Primeira pgina

    Teoria e percepo \ md I

    ficha tcnica

    segunda pagina : figura scrates , plato ou a academia

    terceira pgina

    texto de abertura a msica na vida de cada um \

    Este livro o esforo de cinco anos para explicar da maneira maisscompleta como funciona a msica, para todos. A msica, como todos sabem, est em todo lugar, como uma segunda linguagem utilizada para expressar idias e sentimentos, principalmente sentimentos. O ser humano precisa de msica, e at pessoas sem audio j podem entender o que msica, atravs de luzes e vibraes, utilizadas em shows especiais. E logo aprendem a danar. Primitivo e magistral.

    Aprender msica, por isso, aprender a falar e escrever uma nova lngua. Na verdade, cada um j sabe um pouco desse idioma feito de notas musicais que representam sons e contagens de tempo. Assim como um analfabeto sabe o som das palavras que usa todo dia. Lembre-se que h milhes de analfabetos vivendo no pas onde h muita escrita. O mesmo acontece com a msica, muitas pessoas tocam e cantam sem saber notas musicais. Mas, do que seriam capazes esses inteligentes analfabetos musicais sem tivessem a chance de estudar ? Teriam ido mais longe, com a certeza que a fora de vontade lhes garantiu at onde puderam chegar sem o estudo, tanto os analfabetos da escrita geral quanto os da msica. Todo conhecimento meio e no fim. O conhecimento uma ferramenta que abre portas na vida e concerta caminhos.

    Nesse primeiro livro sobre teoria e percepo vamos usar comparaes entre a lngua escrita e a lngua musical escrita, e outras comparaes que ajudam a nos mostrar como funciona a msica, qualquer msica. Vamos nos divertir com jogos tambm. Aprender tentar e errar e tentar e errar muitas vezes. At...aprender. E lembre-se : o prazer de tocar uma msica maior que o prazer de comer um chocolate, ou ir uma festa, porque voc levou mais tempo e esforo para conseguir aquilo, prazer que vai durar muito mais tempo que o prazer do chocolate imediato.

    Mas antes de aprender msica, vamos pensar um pouco sobre o que ...aprender e pensar . Aprender o resultado direto de pensar e executar uma idia de acordo com seu conhecimento passado e sua capacidade presente. Quando o resultado sentido, agrada ou gera alguma coisa procurada por quem pensou, ento, a pessoa aprendeu. O ser humano, desde que desceu das rvores ou foi solto por Deus no Paraso, sempre aprendeu fazendo. a chamada Tentativa e Erro, mtodo que funciona at hoje. Mas hoje temos tambm grandes cientistas socias, chamados epistemilogos, ou cientistas do conhecimento, que investigam como funciona o crebro na hora de aprender. O Maior de todos foi Piaget, que uniu a Biologia do Crebro e a Influncia do ambiente onde a pessoa vive, numa Teoria do Conhecimento que diz mais ou menos assim :

    Desde que nascemos, nosso crebro vai captando tudo volta e criando associaes, pensamentos e sentimentos mais simples. Em certas fases ele se satisfaz com aquilo tudo (

  • asimilao ) e comea uma nova camada de conhecimentos, revendo a antiga , confirmando-a ou acrescentando novas associaes, cada vez mais complicadas.

    Complicado, no ? Vamos a um exemplo maior :

    Para o nvel de um beb de seis meses, as associaes so simples, afeto e carinho com a me, curiosidade e segurana com o pai, leite quente bom, ficar sozinho aperta o corao. Mas o beb no sabe isso por palavras pensadas, so ligaes diretas entre o ambiente e seus sentimentos muito fortes, ainda sem pensamentos verbais. Ento, num dado momento, depois de vivenciar a repetio de todos aqueles sentimentos iniciais, ainda sem palavras, ligao direta e forte, ele se sente seguro porque assimilou e cresceu, e vai tranqilo para uma nova fase: a ligao das palavras que j vem ouvindo com os sentimentos e sensaes. Primeiro em palavras inteligveis, uma linguagem de beb porque a boca, os dentes, o corpo ainda est se formando tambm. Depois os monosslabos, depois , depois, depois, e se ele se especializar s em estudar linguagem, por exemplo, ele iria vivenciar os saltos de qualidade at morrer de velhice, como um grande fillogo, gente que estuda lnguas. Ou vai ser um grande falador . Vai falar Caram Quatro Carros no Crrego de Caraguatatuba sem jamais se perturbar....Resumindo : quem escolhe Msica desde pequeno, vai realizando saltos de qualidade atravs de aprendizado por toda a vida. Em msica ou qualquer outra coisa que se aprenda.

    Piaget morreu bem velhinho nos anos 80, h milhares de escolas no mundo que usam seu mtodo de ensino, esperamos que a sua escola tenha sido uma delas. Far alguma diferena porque voc j ter consigo o principal atributo que Piaget nos legou: um ensino que leva a Autonomia, para ele, a capacidade de fazer suas prprias escolhas dentre as mais corretas para todos, ou seja, o conhecimento cientfico, o estudo, a moral, aquilo que necessrio para qualquer um ter uma boa vida.

    Para saber mais, pergunte Internet : Cultura Clssica Filsofos da Natureza Scrates e Plato

  • Pgina 6

    Figura de rdio ou ouvido \ ou o cachorro da RCA

    Pgina 7

    O que Percepo Musical ?

    Esta uma das matrias que vamos estudar por todo o curso, se voc chegar ao fim, ver. Percepo musical o exerccio de ouvir msica. J foi chamada de Apreciao Musical, era matria dos currculos nos Conservatrios onde os alunos eram treinados a ouvir e entender de msica clssica enquanto a msica popular j fervilhava nas ruas. A apreciao voltou como percepo musical, renovada em mtodos e tcnicas para ouvir melhor e desenvolver a habilidade de distinguir os sons, nos mnimos detalhes . Foi estudo de cientistas que levaram as descobertas s Universidades que formam professores e chegou ao Brasil atravs de Escolas Modernas como a Musiarte, do Rio de Janeiro. Ou grandes mestres independentes, como Toninho Horta.

    Como funciona ?

    Lembre-se de Aristteles : Se o problema complexo, divida em partes simples . O problema aqui : 1 - como ver a msica se ela no um quadro na parede ?. 2 - Como perceber cada detalhe, ou cada instrumento, se todos tocam juntos ? 3 - Quem foi Aristteles afinal ?

    Bem , uma resposta de cada vez :

    1. A msica tem uma moldura, como o quadro na parede. A moldura da msica o tempo que as notas seguem, chamado Andamento . Uma batida constante orienta todos numa msica a seguirem um ritmo, que foi formado pelo tempo de durao das notas. .

    2. Ouvir vrias vezes vai ajudar a entender cada detalhe de cada vez. Todos tocam juntos e separados ao mesmo tempo. Cada participante de uma banda ou grupo faz uma linha de ao, tem um comportamento pessoal durante a msica. Faz a sua parte.

    3. Aristteles foi o filsofo que fundou o Liceu de Atenas e gostava de pensar enquanto andava, por isso era chamado de filsofo peripattico, aquele que pensa andando. O que faz de pateta, no uma ofensa, como burro, por exemplo, mas a definio do cara que fica parado pensando na vida ...

  • O primeiro objetivo de aprender Percepo Musical neste curso achar o Andamento, aquela batida constante que orienta os msicos a seguirem seus caminhos independentes.

    Acompanhe os passos : Com CD de percepo Oua as batidas e como elas se juntam na msica Conte as batidas, sempre at dois ( um, dois, um dois, etc) Perceba quem est tocando junto com as batidas, qual instrumento ou pea de bateria. Conte, no ritmo, para cada grupo de 1 2, um nmero seqenciado (1,2 - 2,2 - 3,2 - 4,2 - 5,2 etc)

    CD de percepo Percepo de linhas meldicas \ 10 melodias famosas \ com metrnomo \ e escala do tom \\ CD msicas Ainda Lembro, Hei Jude , Trenzinho caipira, Assim falou Zaratrusta \\ observao de movimento idia \\ Msicas com andamento antes de comear e durante \\ Variar andamentos \\ Melodias com variao de modo \\ maior, menor e diminuto \\ com escalas Vdeo com trecho de filme e trilha que acompanha ao \\ Melodia da figura da partitura caminhando \\ 15 notas numeradas \\ e a escala

    O que Som, afinal ?

    Os filsofos da Natureza entenderam que o som depende do ar. O som o resultado de uma onda que comea no lugar do barulho e vai fazendo o ar ondulado sua volta. Nosso ouvido percebe essa ondulao e entende como : Som . como jogar uma pedra na superfcie de um lago bem liso, as ondas vo pra todos os lados e ficam mais fortes ou bems fracas dependendo do tamanho da pedra. Algumas vo bem longe, outras no, se forem interrompidas por alguma canoa. O ar, para o som, funciona como a superfcie lisa do lago e a fora do barulho o tamanho da pedra.

    A personalidade do som __

    Todo som tem : durao, altura, intensidade, e timbre ( ou qualidade sonora )

    Mas, primeiro, vamos pensar e aprender. Vamos comparar o sentido da audio com o sentido do tato.Quando voc segura uma lixa ou uma bola de metal o seu tato percebe : ( com uma lixa e uma bola, por ex.: )

    O formato da coisa : a lixa fina e malevel. A bola esfrica e dura.

  • A textura da coisa : a lixa grossa ou a bola lisa.

    Agora , imagine que voc vai segurar um som com seus ouvidos, e perceber como ele nos detalhes: Por ex.: Uma quantidade de latas vazias e pratos caindo de uma altura de dois metros num cho de cimento :

    Como ser o som disso ?

    1. Como so vrios pratos de loua e latas pequenas e vazias derramados do alto, nem todos cairo junto, por isso o som do primeiro a cair at o som da ltima lata parar de rodar no cho vai durar um certo tempo

    2. Uma vez que o cho de cimento no nada mole, quando carem as latas e quebrarem os pratos o barulho ser ouvido por toda a vizinhana num raio de 80 metros, porque as ondas sonoras produzidas so intensas, fortes e vo longe pela vibrao do ar.

    3. Como estamos falando de latinhas de alumnio e pratos de loua , na hora que carem vo quebrar em mil pedacinhos que vo bater nas latas, que tambm batem no cho e toda essa barulheira vai atingir os ouvidos l no alto, com sons fininhos e penetrantes.

    4. Por fim, depois do silncio, a vizinhana corre para saber que tragdia foi aquela, e comeam os comentrios, tinha um som de vidro quebrando, e moedas caindo, som de metal , outro diz tinha som de mquina quebrando vidraa de um armrio de ferro , e assim, todos vo tentando dizer as qualidades daquele som.

    Todo som, portanto, tem 4 coisas para a gente observar : 1 Durao 2 Intensidade 3 Altura 4 Timbre ou qualidade de som.

    PS .: Releia cada exemplo para associar ao nmero .

    Todo som tem essas quatro coisas, msica som, portanto, as notas musicais na voz ou nos instrumentos tem essas quatro lies que vamos aprender agora a perceber e qualificar :

    1 - Durao - o tamanho que a nota ocupa no tempo. Num solo de guitarra tem notas to rpidas que a gente nem ouve. Na msica New Age ( Enia, etc ) tem notas to longas que a gente dorme. As notas podem ser longas, mdias, curtas, rapidas, demoradas, cortadas, em fade etc...

    2 - Intensidade : o boto do volume, esteja na natureza ( pratos quebrando ) , no peito do cantor ( lembre dos cantores de pera ), ou no amplificador ( marshall, de preferncia ) . O mais importante sobre intensidade no confundir com altura, o que muito fcil e desastroso. Intensidade fora do som, no importa como ele seja, fino ou grosso, ou de onde venha, Intensidade o que di no ouvido ( 130 Decibis ) ou o sussurro que quase no se ouve ( 30 decibis ) . O som alto tem grande volume, ele alto, mas no est alto, no sentido de altura de nota, como veremos a seguir .

  • 3 Altura : Imagine uma mangueira de lavar carros . Ela tem no bico um sistema que faz o jato ficar mais fino e potente ou mais grosso e caudaloso, com mais gua e menos fora . Em termos de som isso significa que o som agudo mais fino e potente porque sua onda sonora vibra mais rpido, acontecendo o inverso com o som grave. Compare as notas do instrumento e veja voc mesmo no seu corpo : notas que vibram no peito so graves, no rosto, mdias, e na cabea, altas, agudas. Martelos no ferro fazem sons agudssimos, troncos de rvores quando batem no cho fazem um som grave, at porque a situao do desmatamento na Amaznia uma coisa grave, muito grave..

    Lembre-se tambm dos instrumentos de percusso :

    Cuca tem duas notas, uma aguda outra mdia Surdo - Grave Bumbo de bateria Grave Tontons mdio Pandeirola agudos como os pratos da bateria Caixa mdios Tamborim mdio para agudo

    4 Timbre definido como a diferena entre dois sons de mesma altura e intensidade. Duas notas d por exemplo, uma tocada no violo, na mesma altura ( aguda ) do teclado, e no mesmo volume ( fora ) no vo ser ouvidas como mesma nota, certo ? No . A do violo tem timbre de corda esticada , e a do teclado de timbre de nota eletrnica que imita alguma coisa ( multitimbres )

    Bateria tem nota musical ? SIM . Existe bumbo em sol ? SIM. E prato em d ? SIM

    J ouviram falar em uma msica chamada Assim Falou Zaratrusta ? uma abertura sinfnica feita pelo Wagner???? , um compositor do perodo romntico ( Sculos 18 e 19 ) para um personagem de um livro do mesmo nome da msica. Baixe da Internet a msica, e oua : h um instrumento chamado tmpano, que um tambor onde se pode ouvir com clareza duas notas musicais. Mas ele tem som de tambor , tem timbre de couro esticado .

    Porque to difcil ouvir notas na bateria, seja de uma banda de rock ou a Bateria da Escola de Samba ? Por causa do timbre das notas que saem daqueles instrumentos feitos de coisas abafadas, como o couro esticado, ou chacoalhadas, como as rodinhas de lata dos maracs.

    CD de Rock X CD de Escola de Samba Compare : O som da guitarra delay (prolongada ) e o som da guitarra base

    E agora os dois com o som do surdo e o som da caixa da bateria \

    Os dois primeiros tem timbre metlico, a nota claramente ouvida, mas a diferena est na aparncia do som, na qualidade durao das notas, uma longa e outra curta. O mesmo acontece com a durao das notas do surdo e da caixa, a primeira longa e a segunda curta, mas o timbre

  • diferente das guitarras, nos instrumentos de ritmo o timbre abafado, no se ouve muito bem as notas.

    Lista de alguns timbres ( procure lista de timbres na internet )

    Metlicos agudos - , cavaquinho, trompete, pratos de bateria , Metlicos mdios Cravo, ctaras, violo Metlicos graves - Gongos chineses, folhas de alumnio Fludos - violino, saxofone alto, flautim Aveludados Obo, baixo, Distorcidos pedais de guitara, delay, chord, flanger. Caixa da bateria, Grossos - Contrabaixo , Bumbo, Tuba, Vibrados - Sanfona, Gaita de boca, Piano, Harpa Multitimbres so os sintetizadores em teclados, que fabricam sons de cordas, de harpas, at de fogo, gua corrente, chiado de folhas sendo pisados, tudo so timbres compostos de vrios outros timbres misturados.

    Pgina 14 : Relgio derretido em frases de ritmo

    Sinais e figuras para orientar o estudo : de percepo : \ de treino repetido \ de pesquisa \ ir para o CD de estudo \ figuras para : Ateno \\ Descomplicando \\ Para saber mais \\ Como vimos antes \\

    pgina 15 :

    Relgio e Msica \ figura

    Se a msica fosse um rlogio antigo, ela teria s trs peas principais, sem as quais no funcionaria ; figura relgio : uma grande engrenagem chamada Harmonia , outras pequenas , chamadas melodia, e uma grande corda para mover as duas engrenagens : o ritmo .

  • O relgio tambm um grande amigo do msico, que vive de controlar o tempo, dentro da msica que executa. Mas o tempo do msico no contado em segundos, e sim, em tempos, que so batidas essenciais que a gente percebe em qualquer msica ( vide CD percepo ) ou compassos, que so conjuntos de tempos.

    Figura de compassos com dois tempos: ( compasso binrio )

    1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e

    Exerccio : Voc tem ritmo ? ah, vamos ver ....

    1. conte um- e- dois- e devagar em tempos iguais entre nmeros e o e 2. enquanto isso, bata bate o p somente na hora que falar os nmeros. 3. na mesma velocidade e tente acompanhar com palmas as marcas no desenho acima

    Lembre-se : Um minuto de cada parte do exerccio, depois a seqncia toda.

    Velocidade :

    O msico que toca ou o compositor que faz a msica escolhe qual velocidade ele quer para aqueles tempos ou compassos que ele escolhe. E as notas vo ser tocadas com duraes que comeam ou terminam nos tempos. Essa velocidade medida em BPM Batidas por minuto e existe um aparelho chamado metrnomo que serve s pr isso.

    Definies :

    Mas a comparao do relgio serve tambm para dividir o nosso estudo em trs grandes partes : Melodia, Harmonia e Ritmo. Neste primeiro mdulo, vamos observar como funciona o relgio, ouvindo msicas em sala e no CD de estudo. E vamos estudar e treinar as partes da Melodia e do Ritmo.

    Melodia : todo seqncia de notas musicais . Quando voc assovia ou ouve o cantor no rdio , vem sempre uma nota depois da outra, elas podem subir ( notas agudas ) ou descer ( notas mdias ou graves ) . Assim feita uma frase musical. Dentro de uma contagem de tempos, claro..

    propriedades da melodia:

    as melodias podem ser curtas ( poucas notas ) ou longas ( muitas notas ) podem ser contnuas ( uma nota ligada outra ) ou com pausas ( silncios entre notas) podem ser ascendentes ( as notas sobem ) ou descendentes ( descem ) podem vir da voz ou instrumentos musicais : podem vir de duas fontes ou mais, como uma conversa entre vozes ou instrumentos

  • Tente lembrar msicas infantis , ou escute msicas bem conhecidas, transforme a letra da msica em l-l-l, e tente cantar ( ou tocar ) s as notas, para perceber o movimento que elas fazem, ou quais as suas propriedades . E procure s ouvir a melodia nas notas musicais cantadas com a letra, ou nos solos dos instrumentos.

    Tente acompanhar a msica batendo o p, sempre na mesma velocidade, como um relgio, nos nmeros 1 e 2 .

    Veja ............

    as notas caminham nas linhas e criam movimentos para cima e para baixo algumas so mais rpidas ( 9, 10 14, 15, 19, 20 ) outras mais lentas ( 1, 2, 3 , 21 etc.. ) cada uma com seu desenho prprio, com a bolinha numa posio sobre ou entre as linhas H trs tipos de barras horizontais : as notas 1 e 2 por exemplo, tem uma barra s

    As notas 9 e 10, tem duas barras A nota 21 no tem barra horizontal, s uma haste como todas as outras.

    1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e 1 e

    .........e Oua :

    As notas sobem, ou seja, ficam mais agudas, medida que sobem nas linhas, e vice-versa As duraes de nota so diferentes: com duas barras ( 14, 15 ) elas andam mais rpido, As notas se encaixam na contagem : s vezes com o p no alto, outras, no p embaixo, H quatro grupos de cinco notas em cada espao marcado por barras verticais sem notas. Cada grupo de cinco notas faz o mesmo movimento de descida e subida, no desenho e no som. Os grupos de cinco notas fazem uma frase musical, que vai ser repetida nos grupos seguintes,

    s que mais alto, mais agudo.

    A sensao geral da melodia alegre, a escala de onde foram tiradas as notas uma escala do modo maior. A melodia tem um movimento: ela desce um pouco, e depois sobe mais que desceu, em cada grupo de cinco notas, at fechar a frase toda com uma nota longa ( 21 ).

  • Repita vrias vezes a audio e perceba os detalhes mencionados acima. Se no conseguir, traga o problema para a Sala de Aula.

    Alfabeto e Escala

    As melodias so feitas de notas musicais . Assim como as palavras e as frases ( e os textos e os livros ) so feitos com uma alfabeto :

    com : ABCDEFGHIJLMNOPQRSTUVXZ

    eu escrevo : PA RA BNS PR VO C

    e com:

    D R MI F SOL L SI D

    eu canto ( ou toco ) : D DO R DO F MI

    que so as notas musicais da msica mais famosa do mundo.... Parabns pr voc

    Sentido da Escala -

    Se voc pega as 23 letras do alfabeto

    ABCDEFGHIJLMNOPQRSTUVXZ _ - _ _-

    e mistura tudo, vai ter palavras impossveis, sem sentido :

    FEIJHGTU RTDGVBHU YOPILJK !!

    Ento, misturar as notas simplesmente tambm no vai dar boa coisa ... preciso ordenar as notas em grupos para que elas faam algum sentido. Assim como as palavras tem grupos e funes : verbos, sujeito, predicados, etc.. no que ajudam a dar sentido numa frase

    As notas musicais, como se fossem letras, so agrupadas em escalas. Cada escala faz um sentido, tem um modo especial, alm de algumas regras:

    1 Escala uma seqncia de notas que formam um modo, um jeito de ouvir, um sentimento, 2 - Escalas podem ter seis ou cinco notas, mas veremos as de sete notas, primeiro 3 Escalas sobem e descem, como as melodias, mas as notas esto sempre na mesma posio, 4 Escalas precisam ser decoradas no instrumento, com muita repetio,

    Cabea pensando : As notas, quando postas lado a lado, em escalas, ganham um sentido objetivo, elas so o objeto que usamos para escrever e tocar melodias, assim como o alfabeto o objeto que usamos para escrever palavras. Mas quando construmos, com as notas da escala, uma melodia, daremos uma emoo ou um sentido subjetivo, que depender das qualidades da escala. ( Altura, Tom, Modo, Graus ) . Podemos escrever melodias usando notas de vrias escalas, como que

  • emprestadas, ou mudadas de altura. Isso enriquece o som, faz com que tenha vrios sentimentos, ou sentidos subjetivos.

    PS.: Essa idia de passar um sentimento pelo som reforado pelo jeito que tocamos, ou seja, quem vai tocar tem sua maneira de passar um sentimento na hora que toca aquela msica que j tem um sentimento prprio desde que foi composta. A escolha dos instrumentos tambm influi: violinos em notas longas so melanclicos e tristes, trompetes nas mesmas notas longas j parecem eufricos, otimistas . Mas at dominar o instrumento, para transmitir um sentimento, demora ....

    PS. 2 Quer um conselho ? para entender isso preciso ouvir muita, muita msica diferente daquela que voc est acostumado. Assim, voc experimentar novos sentimentos e deixa de lado a discriminao por este ou aquele estilo que voc acostumou-se a no ouvir porque no tem ligao com o seu mundo, a sua posio social ou sua criao. Tada msica tem melodias para perceber o movimento. Lembre-se : Toda msica que faz sucesso boa de alguma forma, ou no faria sucesso.

    CD de percepo :

    Escolha as melodias x x , observe como a primeira d sensao de alegria , e a Segunda , de tristeza, de medo at.

    Exercite-se :

    Oua as melodias imortais e veja quais so felizes e quais so tristes, e quais as que voc no conseguiu perceber uma idia ou sentimento. Oua depois as suas escalas, de onde vieram a maioria das notas da melodia ouvida. Tente perceber qual nota da escala ( 1, 2 etc ) foi usada para comear e acabar a msica.

    Pegue seus CDs, aqueles que voc sempre ouve, e perceba se a letra bate com a sensao da melodia da voz .Ou dos solos de instrumentos.

    Pegue seu instrumento ou cante : escolha notas livres, faa seqncias entre notas prximas e depois entre notas distantes, procure algum sentido, ou perceba se haver alguma sensao no que ouve, alm de confuso e incerteza. PS .: tente repetir vrias vezes o que criou, tentando um ritmo, uma contagem para a seqncia.

    V ao cinema e assista qualquer filme de ao, com aventura e romance e faa o seguinte.

    - Assista a uma cena e pense no clima geral entre os personagens naquele instante: alegria, romance, medo, fuga, sofrimento fsico, tenso por algo que vai acontecer, etcc...

    - Feche os olhos e oua o tipo de msica que acompanha a cena. a tal msica incidental, um acompanhamento geralmente instrumental para reforar a emoo destacada nas cenas de um filme . O modo da msica, a sensao que ela passa acompanhar o mesmo sentimento que voc percebeu entre os personagens, na cena. Assim voc aprende a ouvir sentimentos em melodias e harmonias.

  • O Controle do Tempo :

    Figura do cara complicado

    Controlar o tempo ? No, voc no vai aprender a controlar as chuvas e as nuvens, mas esse captulo vai provocar tempestades eltricas no seu ( ou cu ? ) crebro. Prepare-se....

    Quando ouvimos o CD de melodias famosas e bem conhecidas, j sabemos tambm, por instinto ou decoreba, a posio de cada nota no tempo. Experimente acompanhar batendo palmas ou balanando o corpo . Voc vai encaixar-se uma contagem enquanto canta ..

    Imagine voc no show do seu artista preferido. Tem sempre o momento da balanada do pblico. As pessoas levantam os braos e acompanham a msica, com duas posies, para um lado e para o outro, como num pndulo , um balano.

    o pblico marcando o tempo da msica, naturalmente, sem nunca ter ido escola de msica, eles esto contando 1 , 2 1 , 2 1, 2 ....

    Vamos tentar representar isso no papel voltando aquela figura das contagens :

    Tempos

    Compassos Observem durante o show na sua imaginao : 1 o balano simtrico, ou seja, dura o mesmo tempo para ir de um lado para o outro

    2 - A distncia em tempo entre 1 e 2 sempre igual, e tem uma metade , representada na letra e chamada de contratempo . um momento fraco da msica, enquanto h mais fora, ou destaque da msica, no 1 , 2 . Assim o pblico percebe sem saber o balano da msica.

  • 3 - As contagens que acompanham a msica podem ser agrupadas em partes que se repetem . H mais fora no nmero 1 e menos no 2 ( e menos ainda no e ). Ento percebemos grupos de 1 e 2 e , chamados compassos binrios. Descomplicando : No o pblico , com seu balano, que est acompanhando, seguindo, o ritmo da banda que toca. Mas os msicos que acompanham uma contagem que passa para o pblico. A imagem mental do show de gente balanando serve para contagens de 2 tempos , mas h

    msicas que se acompanham de 3, 4, 5 ,7, 11, tempos ! Imagina a loucura que seria acompanhar coisa assim , no meio de um show... Para nossa sorte, 80% das msicas populares, folclricas, e atuais esto na contagem de dois tempos. Comearemos pela percepo dos compassos simples, os de 2 ( binrios ) 3 ( ternrios ) e 4 ( quaternrios ) .

    Veja num compasso quaternrio ( quatro tempos)

    Marisa Monte no CD

    1 2 3 4 1 2 3 4

    Ain ------ da lem---- bro o que passou eu vo c ---- em qualquer lugar

    Quantas vezes voc contou 1, 2, 3, e 4 ? quatro vezes, portanto, quatro compassos quaternrios.

    in da lem-----bro o q passou eu voc em -- qualq lugar

    ATENO : Quando voc ouve a msica sobre os tempos voc percebe que :

    1 - As notas tm durao diferentes, umas so mais longas e outras mais rpidas. 2 - Alguns tempos ficam vazios ( tm pausas )

    3 - o ritmo das notas da voz se encaixa na contagem de 4 tempos e as duas frases duram quatro compassos de quatro tempos . So simtricas, tem a mesma medida.

    Ou seja, as msicas podem ser medidas usando essa contagem para perceber onde mudam as partes, onde chega o refro, onde vai acabar, antes que a msica comece. Basta ter ouvido e contado as partes uma vez para memorizar mais rpido at a letra.

  • exerccios :

    Voc pode segurar o tempo ?

    Marque um minuto no seu relgio de pulso :

    1. Bata o p uma vez para cada segundo, sem errar. Conte quantas vezes voc precisou repetir para segurar o tempo. PS .: Tem que bater juntinho com a virada do segundo no relgio, sessenta vezes sem errar !

    2. Tente dividir o segundo do relgio com duas batidas iguais: basta repetir o exerccio acima, bantendo o p, e colocar uma batida intermediria com palmas. PS.: tem que ficar montono e ritmado. Cada batida, p e palma, tem que estar na mesma distncia da batida seguinte.

    Exerccio em sala : grupos batem o p e as mos em vrias clulas, uma para cada grupo.

    Figuras de Tempo :

    Quando vimos as notas se encaixarem nos espaos de tempo e compasso, na percepo de CD no vimos exatamente quem eram essas notas e quanto tempo exatamente duravam. Esse um dos pontos centrais desse mtodo, se voc tem alguma dvida sobre o que tempo e compasso, volte o mtodo ou pergunte ao professor.

    J vimos a representao grfica do compasso e do tempo

    Tempos Contratempos

    1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e

    Compassos

    Se colocarmos as msicas dentro dos compassos, como ficam as duraes ?

    Vejamos as melodias famosas expressas graficamente : a barra vermelha imita a durao da nota no tempo

    1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e

  • Pa r Bens pr vo c nes ta da ta que .......

    No desenho acima voc percebe que as notas tem durao maior ou menor, conforme a melodia, e tem pausas entre elas, mas que elas se encaixam nos tempos e compassos . Abaixo, estas duraes vo ser representadas por figuras de tempo.

    Figura do ouvido -- Observe tambm : contando um e dois e

    1. A nota Pa , de Pa-ra-bns, comea no 1 e dura at o e. durou meio-tempo 2. No e, comea a nota de ra que dura at o tempo 2 durou meio- tempo 3. O Bens comea no 2 e vai at o tempo 1 do prximo compasso durou um tempo 4. O c de pr voc, dura do tempo 1 at o e do tempo 2 durou um tempo e meio 5. H um silncio ( pausa ) do e depois do tempo 2 do mesmo compasso durou meio-tempo 6. Isso s pode ser perbecido se voc cantar encaixando as notas no andamento

    Descomplicando : As notas so livres, at certo ponto. Elas marcam suas posies na msica atravs das posies fixas do andamento e assim criam um ritmo . Quem compe, e precisa escrever, precisa seguir estas regras, para que qualquer pessoa que estuda ou trabalha com msica possa ler em qualquer lugar do mundo

    Agora vamos colocar notas ( em termos de durao no tempo ) dentro dos compassos ao invs de barras que mostravam apenas a durao de tempo da nota da msica.

    1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e

    Pa r Bens pr vo - c nes- ta da ta que .......

    Figura de pausa

    PS >: Estamos falando de notas musicais representadas apenas na sua durao, as figuras no significam altura ou variao de notas, como aquele sobe-e-desce percebido no captulo das melodias.

    Outras melodias imortais representadas: As figuras que usamos acima fazem parte de um alfabeto tambm. S que nesse alfabeto de duraes de nota, as notas tem relao matemtica entre elas. Cada figura tem um nome prprio, e possui um irmo para representar o mesmo tempo de silncio.

    A primeira figura uma bolinha aberta, sem barra, chama-se semibreve

    A Segunda figura, a mnima, tem barra, e vale a metade da semibreve

    A bolinha preta com barra metade da mnima, portanto semnima

  • A ltima figura aqui descrita a semicolcheia, metade da colcheia, que tambm tem dupla representao, com cabelinho ou barra de ligao.

    Ateno : Cada figura tem um desenho diferente do lado : so as figuras de pausa, que valem o mesmo tempo que as figuras de som. Assim, podemos combinar as figuras entre seus valores proporcionais :

    Exerccios :

    De somatria, proporo, etc... guardar os nomes, etc.. desenhar as figuras Jogar Dominota Quadro de figuras

    Gramtica Musical os sinais

    Voltemos ao Parabns :

    Veja agora a proporo entre as figuras usadas.

    As duas primeiras Notas tem o mesmo valor: Meio-tempo

    A bolinha preta com barra e cabelinho chama-se colcheia, e pode ser presentada com barra horizontal quando tem duas notas lado a lado.

    A semibreve vale 1 ,

    A mnima ,1\ 2, em relao a semibreve, ento

    A semnima vai valer 1\ 4 da semibreve ,

    A colcheia, 1\8,

    A semicolcheia 1\16 da semibreve

  • 1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e

    Pa r Bens pr vo - c nes- ta da ta que .......

    As tres seguintes tem a pausa de meio tempo Um tempo essa tem

    Um tempo e Meio.

    Toda gramtica tem seus smbolos. Quando escrevemos Tca ou Toca, entendemos duas coisas diferentes por causa do acento no o . Nos sinais musicais se faz tambm uma gramtica, com sinais que facilitam a escrita. Os primeiros que aprendemos so :

    Ponto de Aumento : Colocado ao lado de uma figura ( pausa ou som ) aumenta o tempo em metade da figura .

    Uma semibreve pontuada vale uma semibreve mais uma mnima

    Assim como uma mnima pontuada Vale uma minima mais sua metade, a semnima

    Ligadura :

    uma curva colocada sobre duas notas que faz a soma entre seus tempos. Assim :

    Duas mnimas ligadas valem por uma s nota, do tamanho da semibreve. O som da nota ser tocado uma s vez e vai durar o tempo das notas ligadas, ou seja, a segunda nota no tocada.

    Duas semnimas ligadas valem por uma mnima. Se fossem dez notas ligadas, ainda assim s a primeira soaria, e teria que durar at a ltima nota ligada

    Indicador de compasso :

  • Quando escrevemos

    1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e

    Aqueles nmeros sobre as notas inveno do seu curso MPT, porque nas partituras no vem nada escrito sobre as notas, assim ficaria fcil demais, para msicas fceis, e difcil demais, para msicas com muitas notas quebradas, de vrios valores diferentes. Ento, vamos indicar , numa frao colocada frente da clula ritmica ( o conjunto dos compassos lado a lado )

    O Nmero dois ( 2 ) no numerador da frao vai nos dizer que teremos que contar dois tempos na hora de ler a clula rtmica.

    Mas se estamos dizendo que o compasso binrio, ou seja, cada conjunto tem dois tempos, que figura ir representar um tempo ? Qualquer figura poderia valer um tempo se eu no escolher uma, antes de comear a leitura. Eu poderia usar a proporo entre as figuras de vrias formas :

    Se a mnima vale um tempo, ento escreveramos assim o Parabens pr Voc :

    1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e 1 e 2 e

    Para isso, usamos o nmero debaixo do indicador de compasso

    Como a semnima a Quarta parte ( 1\4 ) da semibreve, no alfabeto das propores matemticas, se aparece o nmero quatro no denominador da frao, porque devemos usar a semnima valendo um tempo

    Dessa forma, a metade da semnima, a colcheia, vai valer meio-tempo, s naquela msica que teve aquela indicao na frente da clula rtmica. Se mudamos a indicao, como abaixo :

    Ateno : O 4 virou 2 no denominador e as figuras dobraram de valor.

  • Ento, a mnima, que vale a metade ( 1 \ 2 ) da semibreve, passa a valer um tempo, porque est indicado na frao. Apesar de ser a mesma msica, e ser cantada ( ou contada ) da mesma forma.

    Ritornelo : e Barra de encerramento :

    So dois sinais parecidos, colocados nas barras de diviso dos compassos, sendo a barra de encerramento colocada no ltimo, como um ponto final daquela msica, ou parte da msica.

    Barras de Encerramento

    Ritornelo, dois pontos, duas barras

    O Ritornelo quer dizer retorne ao incio da parte ou da msica e toque tudo de novo. Depois continue quando chegar de novo ao ponto do ritornelo.

    Ento, vamos aos exerccios de leitura em sala :

    Abaixo esto dois pares de clulas rtmicas que pode ser lida igualmente em figuras diferentes. A contagem binria, as duas primeiras notas caem nos tempos...e .... ( veja CD de percepo )

  • PS .: leia de trs pra frente, tambm.

    Exerccios de fixao :

    Preencha as clulas at completar os valores corretamente : siga o guia

    Leia mais clulas, lentamente, pode bater palmas, mas marque com o p a batida essencial, os tempos. ( xerox clulas )

    E quantas so as notas , afinal ?

    No Sistema Temperado Ocidental, que usado nos pases do Ocidente, h quatrocentos anos, So 12 ( doze ) as notas usadas para escrever toda a msica que voc j ouviu na vida !!

    (l #\b s...) D #\b R #\b MI F #\b SOL #\b L #\b SI ( d, etc.. )

    rgua de som --/-----/------/------/------/-----/------/-------/------/-----/-----/-----/- tem doze posies iguais

    Os smbolos # ( SUSTENIDO ) E b ( BEMOL ) foram criados para aproveitar os nomes das notas musicais que j eram usadas desde a Idade Mdia, como voc leu ( ?? ) no texto de abertura dessa apostila . Repare que a distncia entre as notas naturais so diferentes entre elas. Entre Mi e F, por exemplo, no tem espao para nenhuma nota, diferente de D e R.

    Sustenido - significa adiantar, esticar Bemol - significa apertar, encurtar

    A nota D # est, portanto, frente da nota D Natural .

    Assim as posies onde esto marcadas na escala os #\b significam que aquela nota pode ter nois nomes ( enarmonia ) :

    D ( natural ) depois D # ( D sustenido ) depois R , depois R # ( R sustenido ) etc.. se a contagem for para cima

    Mi natural depois Mi b (Mi bemol ) depois R natural depois R b ( R Bemol ) etc se a contagem for para baixo

  • Descomplicando :

    As posies, os nomes, os smbolos que vamos aprendendo so Convenes Internacionais , ou seja, ao longo da histria da msica as pessoas foram combinando como funcionaria o sistema para escrever. Buscar muita explicao pode complicar, por isso, apenas decore nomes, posies e smbolos.

    Isso como as Normas de Peso e Medida que servem para as indstrias padronizarem seus produtos num pas. O Kilo, o Metro s servem no Brasil e outros pases de lngua latina, A Libra e a Milha j pertencem ao sistema da lngua Saxnica, ingleses e americanos, Exceo para a Musica Oriental ( Japo, Corias, China, ndia, Oriente Mdio, ) que composta de escalas musicais variadas, com notas diferentes, mais prximas entre elas do que as notas do Sistema Ocidental .

    Cifras : a maneira mais usda de escrever notas musicais para sinalizar acordes. Basta trocar a nota por uma letra do alfabeto :

    C D E F G A B D r mi f sol l si

    Assim : D Maior com Stima Maior vira C7+ L Menor com Sexta maior vira Am6+

    Altura :

    Lembram dos graves, mdios e agudos, qualidades de qualquer som ? pois tambm as notas do sistema temperado obedecem essa lei da natureza sonora. As doze notas se repetem para baixo e para cima :

    D #\b R #\b MIF #\b SOL #\b L #\b SID #\b R #\b MI F #\b SOL#\b L #\bSI D #\b R #\b MIF #\b SOL #\b L #\b SID .....

    GRAVES MDIOS AGUDOS

    Distncia :

    O Sistema Temperado Ocidental uma rgua feita de som onde cada nota est representada nos instrumentos e nos estudos de voz, onde so combinadas para fazer.... msica mas como as notas se repetem nos sons altos , finos ( agudos ) ou baixos , grossos ( graves ) e continuam sendo as mesmas notas ?

    Ah , Fsica , amigos ! pura Fsica ( Acstica ) e um pouco de Matemtica explicam como uma nota pode ser ela mesma em vrias alturas ! mas vamos ficar na msica e com um pouco de matemtica da primeira srie ( primria )

    A rgua das notas est escrita com distncias iguais , chamadas SEMITOM

    (l #\b s...) D #\b R #\b MI F #\b SOL #\b L #\b SI ( d, etc.. )

    rgua de som /-----/------/------/------/-----/------/-------/------/-----/-----/-----/- tem doze posies

  • iguais SEMITONS

    Ento de D a D ( escala completa ) existem DOZE SEMITONS . dois semitons fazem um tom .

    Assim as distncias entre notas ( e sons ) so sempre iguais , no importa se a nota subiu ou desceu, apenas o som da nota muda, ela sempre ser uma das doze do sistema. E ter sempre a mesma distncia para as outras notas .

    D est a dois semitons de R , ou Um TOM D est a Doze semitons de D , SEIS TONS , ou uma escala completa, da 1 a 8 nota, que so as mesmas.

    Quando falamos de um D, por exemplo, precisamos saber onde ele est, agudo, mdio, ou grave. Um D grave est a seis tons de um d menos grave, ou a dozes tons, vinte e quatro semitons de um d mdio, ou 36 semitons de um d superagudo ... A diferena entre Tim Maia e Edson Cordeiro.

    ATENO : o SISTEMA Temperado Ocidental substituiu ao longo de anos de ensino o sistema anterior, o dos Monges Beneditinos ( texto de abertura ) que inventou os nomes e as distncias originais entre apenas sete notas . Assim, entre Mi e F , e entre Si e D, no h sustenidos ou bemis porque eles so semitons naturais, j eram notas com distncias menores entre elas . As notas da antiga escala beneditina recebeu tambm o nome de escala natural , e como foi feita a partir de D, Escala Natural de D Maior . Porque maior ? veremos, veremos ...

    PARA SABER MAIS - O sistema Temperado Ocidental foi criado por uma dupla de grandes msicos no Sculo XVI Phillipe Rameau e Johann Sebastian Bach , que comps uma srie de trabalhos chamados Cravo Bem Temperado, que foi a primeira pea composta no novo sistema.

    Pequise na Internet : Os nomes em grifo acima

    Exerccios :

    1 Escrever ( e falar ) as notas naturais em vrias escalas pelo nome :

    D R Mi F Sol L Si D R Mi F Sol L Si D R Mi F Sol L Si D

    Comeando e terminando em cada nota : Ex: R Mi F Sol L Si D R

    Pulando notas : Ex . um s nota pulada : D Mi Sol Si Duas notas puladas : D F etc.. At que as notas fiquem iguais ( oitavas )

    2 Escala Cromtica

    D #\b R #\b MI F #\b SOL #\b L #\b SI

  • Quando sobe # : Escreva todas, ateno ao semitom natural

    Quando desce b : idem

    A Escala Natural de D Maior ( D R Mi F Sol L Si D ) tem caractersticas prprias dentro da escala cromtica : ( D #\b R #\b MI F #\b SOL #\b L #\b SI )

    Podemos medir : de D a R : Um Tom ( ou dois semitons ) De R a Mi : De Mi a F : De F a Sol : De Sol a L : De La a Si : De Si a D :

    Por fim, temos uma srie > Tom Tom Semitom Tom Tom Tom Semitom Escrita em cdigo > t t st t t t st

    Pergunta : Voc seria capaz, teria pacincia e perseverana para achar as outras escalas maiores do sistema temperado ocidental ?

    Ex : Se eu comear uma escala pela nota R E aplicar as distncias acima, da escala de D Maior: t t st t t t st

    Terei : R + 1 tom, Mi + 1 tom F# + 1 semitom Sol, etc...

    Notou bem como foi usado o F # ao invs do F ? para subir a nota ? De Mi para F semitom natural da escala que deu origem a esta nova escala, no natural, mas acidentada com # na terceira nota.

    Ento escreva : As escalas comeadas em

    distncias t t st t t t st Sol Sol Sol L L L Mi Mi Mi R R R F F F Si bemol Si b Si b D Sus. D# D#

  • Sol bemol Sol b Sol b

    J coloquei a primeira e ltima nota, para no dizer que eu sou carrasco ..mas

    Ateno para onde coloca o # ou b !. Se a nota subir...

    Ps.: Todos os exerccios de frente para trs e vice-versa : D S L Sol F etc...