tcc-monografiafinal-2011
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E.T.E.C. CARLOS DE CAMPOS
Design de Interiores
Juliana Maria Bezerra Tafinel
Marcos Antonio Delmondes Silva
Priscilla Ferrão do Prado
Tatiane de Souza Boury
“POINT DISCO BAR” – PROJETO DE UMA CASA DE SHOW
São Paulo – Julho / 2011
Juliana Maria Bezerra Tafinel
Marcos Antonio Delmondes Silva
Priscilla Ferrão do Prado
Tatiane de Souza Boury
“POINT DISCO BAR” – PROJETO DE UMA CASA DE SHOW
Trabalho de Conclusão de Curso –
TCC, apresentado como exigência para
obtenção do Título de “Técnico em
Design de Interiores”, na Escola
Técnica Estadual Carlos de Campos,
na área de “Produção Cultural e
Design”, sob orientação da Profa. Tânia
Regina Pereira Carvalho Sanches.
São Paulo – Julho / 2011
TERMO DE APROVAÇÃO
Autores:
Juliana Maria Bezerra Tafinel
Marcos Antonio Delmondes Silva
Priscilla Ferrão do Prado
Tatiane de Souza Boury
Título:
“Point Disco Bar” – Projeto de uma casa de show
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC defendido e aprovado
em 21 de julho de 2011, pela seguinte banca examinadora:
_______________________________________
Profa. Luciana Villela Junqueira BallOrientadora da Pesquisa
_______________________________________
Profa. Tânia Regina Pereira Carvalho SanchesOrientadora de Projeto
_______________________________________
Profa. Edna Maria Guido AntonioExaminadora
_______________________________________
Profa. Maria Carolina N. Lelis NicolielloExaminadora
São Paulo – Julho / 2011
“A maioria das pessoas cometem o erro de pensar que design é a aparência. As pessoas pensam que é esse verniz - que aos designers é entregue esta caixa e dito: ‘Deixe bonito!’. Isso não é o que achamos que seja design. Não é só o que aparece e sente. Design é como funciona”.
Steve Jobs, CEO da Apple
"No que diz respeito ao empenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz".
Ayrton Senna, piloto de F1
Dedicamos esse trabalho primeiramente a nossos familiares –
pais e mães, irmãos, namorados, parceiros, companheiros ou agregados,
que nos apoiaram nos diversos momentos e dificuldades do Curso.
Dedicamos também aos nossos amigos
e aos queridos “membros ocultos” do grupo de TCC, por motivos óbvios –
e eles sabem do quê e de quem estamos falando...
Por fim, dedicamos esse trabalho a nós mesmos,
porque nós merecemos saborear esse fruto de tantas noites em claro,
de tantas aulas, pesquisas, estudos e desenhos feitos e refeitos!
AGRADECIMENTOS
Agradecemos ao apoio e incentivo de todos os professores que se
importaram com o nosso crescimento e aprendizado ao longo do Curso, que se
empenharam em nos preparar para o mercado de trabalho, e que nos
incentivaram nos momentos difíceis, não nos deixando esmorecer ou desistir
quando algo parecia impossível.
Agradecemos por nos mostrarem que, sim, nós somos capazes!
Agradecemos à parceria e colaboração dos nossos colegas de sala, dos
nossos colegas de outras salas, e daqueles que hoje também podemos chamar
de colegas, os funcionários e colaboradores da E.T.E.C. Carlos de Campos.
Agradecemos à compreensão dos nossos familiares e amigos, que às
duras penas, em alguns momentos, tiveram que saber (ou aprender) a conviver
com a nossa ausência, por conta do Curso.
Por fim, agradecemos mais uma vez aos mais que amigos Jhonattan S.
A. Vitorino e Laura L. de Lucca.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................ 11
CAPÍTULO 1 – OS ANOS 70 .......................................................................... 22
1.1 Algumas efemérides .................................................................................. 22
1.2 Aspectos históricos, políticos e econômicos ............................................. 24
1.3 Cultura, costumes, esportes, arte e moda ................................................. 26
1.4 Uma década musical ................................................................................. 28
1.5 Na “discoteca”: a trilha sonora de uma década? ....................................... 31
1.6 A “Era Disco” no Brasil e a novela “Dancin’ Days” .................................... 35
CAPÍTULO 2 – CASA DE ENTRETENIMENTO / CASA DE SHOW ............... 37
2.1 Algumas considerações sobre um projeto de interiores ............................ 37
2.2 Algumas considerações sobre “entretenimento” e “show” ........................ 38
2.3 “Casa de show”: definição ......................................................................... 39
2.4 Requisitos normativos e de regulamentação ............................................. 40
2.4.1 Exigências legais específicas ................................................................. 40
2.4.2 Normas técnicas a serem igualmente cumpridas ................................... 43
2.5 Sobre a nossa proposta ............................................................................ 45
CAPÍTULO 3 – LOCALIZAÇÃO: BAIRRO DO BRÁS ...................................... 46
3.1 Breve histórico do bairro do Brás .............................................................. 46
3.2 Localização geográfica, dados demográficos e outros aspectos sociais . . 50
3.3 Problematizando: nosso projeto x público alvo x localização .................... 52
CAPÍTULO 4 – PROPOSTA ............................................................................ 46
4.1 Conceito .................................................................................................... 54
4.2 Público alvo ............................................................................................... 55
4.3 O prédio e sua localização ........................................................................ 55
4.3.1 Tombamento .......................................................................................... 55
4.4 Serviços ..................................................................................................... 56
4.5 Agenda ...................................................................................................... 56
4.6 Estrutura .................................................................................................... 57
4.6.1 Espaços/ambientes ................................................................................ 57
CAPÍTULO 5 – O PROJETO ........................................................................... 54
5.1 Memorial de Critérios ................................................................................ 54
5.2 Memorial Descritivo ................................................................................... 55
5.2.1 Paginação de pisos ................................................................................ 55
5.2.2 Frentes (...ou Espaços Externos ou Ambientes Externos...) da casa
noturna .................................................................................................. 55
5.2.3 Interiores (...ou Espaços Internos ou Ambientes Internos...) da casa
noturna .................................................................................................. 55
5.3 Orçamento ................................................................................................. 55
5.3.Contrato ..................................................................................................... 55
CONCLUSÃO .................................................................................................. 59
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 60
APÊNDICES .................................................................................................... 63
Apêndice 1 – Apresentação do TCC em Power Point (exibida no Auditório
da E.T.E.C. Carlos de Campos em 21 de julho de 2011) .......... 64
ANEXOS .......................................................................................................... 88
Anexo 1 – Referências históricas e de design no mobiliário ........................... 88
Anexo 2 – Projeto executivo dos jardins verticais ........................................... 91
Anexo 3 – Pranchas do projeto ....................................... .......................... 93
Mnmnmnmn
Mnmnmmnmn
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Anexo 4 – Pranchas de projetos executivos de mobiliário .............................. 93
Mnmnmnmn
Mnmnmmnmn
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Anexo 5 – Ilustrações digitalizadas ................................................................. 93
8
Mnmnmnmn
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9
LISTA(S) DE TABELAS, ILUSTRAÇÕES, FIGURAS E/OU GRÁFICOS
LISTA DE ABREVIATURAS E/OU SIGLAS
OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo
RESUMO e/ou ABSTRACT
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
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Palavras-
chaves
: .............................................................................................................................
...............................................................................................................................
................................................................
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INTRODUÇÃO
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CAPÍTULO 1 – OS ANOS 70
1.1 Algumas efemérides
Séculos: (...) Século XIX - Século XX - Século XXI (...)
Décadas: (...) 1940 - 1950 - 1960 - 1970 - 1980 - 1990 - 2000 - 2010 - 2020 - 2030 - 2040 (...)
Anos: 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979
A década de 70 do século passado é lembrada por uma efervescência
política, histórica e cultural, e também por alguns avanços tecnológicos
marcantes. Elencamos a seguir uma sucessão cronológica com alguns dos
principais acontecimentos ou fatos relevantes registrados naquela década, no
Brasil e no exterior:
a) Na Economia:
início da década – Brasil vive a fase do chamado "Milagre Econômico".
1973 – crise mundial do petróleo (a OPEP – Organização dos Países
Exportadores de Petróleo aumenta o preço do barril de petróleo em mais de
300%) / início do projeto do Eurotúnel / lançamento do primeiro Airbus.
b) Política, guerras, golpes militares, revoluções e conflitos:
11 de setembro de 1973 – golpe militar no Chile, liderado pelo general
Augusto Pinochet, derruba o governo socialista de Salvador Allende.
1974 – em 15 de março, o general Ernesto Geisel assume a presidência do
Brasil / em 25 de abril, a Revolução dos Cravos, em Portugal, acaba com o
regime militar no país / em 09 de agosto, após o “caso Watergate”, Richard
Nixon renuncia à presidência dos EUA.
abril de 1975 – começa a Guerra Civil no Líbano / com a derrota e rendição
dos Estados Unidos, termina a Guerra do Vietnã.
1979 – em 15 de março, o general João Baptista Figueiredo, último
presidente militar, assume a Presidência da República no Brasil / em abril,
ocorre a Revolução Iraniana.
14
c) Esportes:
21 de junho de 1970 – o Brasil sagra-se tri-campeão da Copa do Mundo de
Futebol, no México (fato canalizado pelo regime militar e pelo momento
econômico que o país vivia, o do chamado “Milagre Econômico”, resultando
numa onda de ufanismo patrocinada pelo governo).
1972 – na República Federal da Alemanha (á época, Alemanha Ocidental),
são realizados os Jogos Olímpicos de Munique, marcado pelo atentado
contra atletas da delegação de Israel.
1976 – são realizados os Jogos Olímpicos de Montreal, Canadá.
d) Ciência e tecnologia:
15 de novembro de 1971 – a Intel lança o primeiro microprocessador do
mundo, o Intel 4004.
janeiro de 1972 – é lançado o Odyssey 100, o primeiro videogame do
mundo.
1975 – a missão espacial Viking I começa a exploração do planeta Marte.
final da década – a televisão em cores começa a se tornar popular.
e) Música e televisão:
março de 1970 – depois de muito sucesso nos anos 60, acaba a banda de
rock The Beatles.
16 de agosto de 1977 – morre o “rei do rock”, Elvis Presley, o artista de
maior sucesso nos EUA na década.
alguns artistas e bandas que fizeram sucesso no período, no Brasil e no
exterior – Gilberto Gil, Roberto Carlos, Caetano Velos, Elis Regina, João
Gilberto, Gal Costa, Tom Jobim, Erasmo Carlos, Rita Lee, Chico Buarque,
Clara Nunes, Jair Rodrigues, Jorge Ben Jor, Raul Seixas, Tim Maia, Vinicius
de Moraes, Deep Purple, Black Sabath, Rolling Stones, Led Zeppelin, Kiss,
Aerosmith, AC/DC, Sex Pistols, The Clash, The Ramones, Bee Gees,
Queen, Iron Maiden, The Police, Pink Floyd, David Bowie, Elton John, John
Travolta, Donna Summer, Elvis Presley, Rod Stewart, John Lennon, Bob
Marley.
15
alguns programas de televisão que fizeram sucesso no período (idem) –
Chico City, Vila Sésamo, Sítio do Pica-Pau-Amarelo (de 1977), A Grande
Família, O Incrível Hulk, Cyborg, As Panteras, Havai 5.0, Dallas, Saturday
Night Live, Mulher Maravilha, O Homem de 6 Milhões de Dólares, Chaves, e
desenhos animados como Speed Racer, Pica-Pau, Pernalonga, Piu-Piu,
Tom e Jerry, Gaguinho, Os Herculóides, Homem Pássaro, Spectreman,
Popeye.
16
1.2 Aspectos históricos, políticos e econômicos
Na década de 70, surgiam os movimentos de defesa do meio ambiente,
paralelamente a um crescimento das revoluções comportamentais iniciadas na
década anterior – de tal forma que muitos sociólogos e historiadores
consideram os anos 70 como a "era do individualismo".
Em termos políticos, dá-se a Revolução dos Cravos, em Portugal,
seguida pela independência das diversas então “colônias portuguesas de além-
mar” (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe,
na África, mais Timor-Leste, na Ásia – território imediatamente invadido pela
Indonésia, numa ocupação que durou até 1999). Em algumas dessas colônias,
guerras civis ou outros movimentos de independência tiveram o envolvimento
de outros países, dentro do contexto da “guerra fria” entre EUA e União
Soviética, e respectivos aliados.
Em vários países democráticos, especialmente Alemanha, França e
Itália, mas também noutros de regimes ditatoriais, como Espanha, Grécia e
países da América do Sul, os anos 1970 foram marcados por violência política,
lutas armadas e terrorismo (de esquerda e de direita), e pelo endurecimento do
aparato repressivo estatal.
Na União Soviética, sob a gestão neo-stalinista de Leonid Brejnev, a
economia se fortificava, o que permitiu ao regime comunista tornar o seu
“Exército Vermelho” o mais poderoso e influente do mundo, atemorizando os
EUA e seus aliados, e levando a uma subsequente busca dos caminhos da paz
entre o Ocidente capitalista (nas gestões de Richard Nixon, Gerald Ford e
Jimmy Carter) e o Oriente comunista.
Fato emblemático da década, ao fim da Guerra do Vietnã, com a derrota
e rendição dos EUA, o país asiático (então dividido em Vietnã do Norte e
Vietnã do Sul) é reunificado. Nesse mesmo escopo, deu-se o início do fim das
chamadas “corrida espacial” e “corrida armamentista”, que cederam lugar,
gradativamente, a um progresso humanístico, que visava não o interesse
individual das potências, mas sim da humanidade – no que costuma ser
definido como o período da chamada humanidade progressista.
17
A economia mundial, e particularmente a dos Estados Unidos, entrou em
recessão após a primeira crise do petróleo (1973), quando a OPEP –
Organização dos Países Exportadores de Petróleo triplicou o preço do barril de
petróleo. Tal fato se deu como retaliação dos países árabes, maioria dos
constituintes da OPEP, contra o apoio dos Estados Unidos a Israel durante a
Guerra do Yom Kippur (ocorrida no mesmo ano de 1973).
No Brasil, ainda sob impulso do chamado “milagre econômico”, os
efeitos dessa primeira crise do petróleo foram parcialmente superados pela
utilização das reservas cambiais e, em seguida, pelos empréstimos
internacionais tomados para equilibrar a deficitária balança comercial. Porém,
do meio para o fim da década, o “milagre econômico” começa a entrar em
declínio, quando em 1979 uma nova crise do petróleo preocupa o Ocidente
(desta vez motivada pela queda do Xá do Irã, Mohammad Reza Pahlevi, então
aliado dos Estados Unidos).
Essa queda do Xá iraniano permite a ascensão ao poder do “regime dos
aiatolás”, e da figura do Aiatolá Komeini, líder muçulmano xiita e inimigo
declarado de Israel. Dessa forma, mais uma vez , e agora por pressão do Irã, o
petróleo é usado como arma política, e tem seu preço duplicado para tentar
atingir os Estados Unidos, maior consumidor mundial, e histórico aliado de
Israel.
Enquanto isso, na União Soviética a economia, a contrário senso,
aproveita-se da crise do petróleo e chega ao seu auge, permitindo aos
cidadãos um conforto material relativamente alto, a despeito do sistema político
vigente. No Brasil, por sua vez, os reflexos dessa segunda crise do petróleo
serão sentidos com bem mais intensidade que na crise anterior, acelerando
gradualmente a inflação, devido aos seguidos aumentos dos preços dos
combustíveis no mercado interno. O decantando “milagre econômico” chegava
ao fim.
18
1.3 Cultura, costumes, esportes, arte e moda
Foi pela televisão, aparelho doméstico que se popularizou nos anos 70
(principalmente com o advento da TV à cores), que o mundo se tornou
infinitamente menor e menos secreto, para os padrões da época.
Por exemplo: Richard Nixon, presidente americano deposto pelo
escândalo do “caso Watergate”, foi uma "personalidade" típica das telas de TV
dos anos 70, e sua saída do governo foi festejada pela população dos EUA,
enquanto o resto do mundo acompanhou todo o episódio "de perto", pela TV;
do último passo de dança no Studio 54 (famosa boate nova-iorquina fundada
em 1977, e que fechou as portas na década seguinte) às imagens das crianças
cambojanas morrendo de fome ou da adolescente vietnamita nua queimada
pelas bombas de napalm lançadas pelos EUA durante a Guerra do Vietnã,
todas as emoções da década de 70 foram adaptadas ao mesmo nível da tela
pequena, e chegava potencialmente a todos os lares mundiais.
Os esportes viveram uma fase de explosão midiática, assim como a
dança, a popularização da asa delta, do windsurf, dos patins, das provas
olímpicas de corrida, etc.. Desse modo, a “discoteca” e o esporte (também
fazendo uso da televisão) serviram de atalhos para as celebridades efêmeras
previstas pelo artista pop Andy Warhol, autor da célebre frase "No futuro, todos
serão famosos durante 15 minutos".
É também na década de 70 que surgem ou se firmam personalidades
midiáticas como Freddie Mercury e o grupo Queen, o roqueiro Alice Cooper, o
andrógino David Bowie, o performático ator John Travolta, o próprio Andy
Warhol (artista plástico e um dos mestres da “pop art”), a atriz Farrah Fawcett
(modelo de beleza copiada na época), o músico e ativista John Lennon, o ator
Bruce Lee, o cantor e compositor Paul McCartney, o polêmico e performático
Elton John, os “irmãos Gibb” (Barry Gibb, Robin Gibb e Maurice Gibb, do grupo
Bee Gees), e diretores de cinema como Francis Ford Coppola, Steven
Spielberg, Martins Scorcese, entre tantos outros artistas, atores e atrizes,
cantores e cantoras, bandas ou grupos musicais, apresentadores de televisão,
modelos ou misses, estilistas, e esportistas.
19
Na moda, ainda perdurou o estilo "hippie" surgido no final dos anos 60,
com seus jeans e calças militares usadas com enormes bocas-de-sino,
camisas de popeline estampadas (novidade na época) e de golas gigantescas
(para homens), as calças pantalonas (para mulheres), e os cabelos quanto
mais rebeldes melhor – sendo o "black power" o estilo mais popular.
Caracterizaram a época: as tachinhas, bordados e muitos brilhos; as camurças
com franjas, estilo safári, os colares de contas, as miçangas e bijuterias
étnicas; as saias e calças de cintura baixa com cintos largos ou feitos de
penduricalhos; as estampas florais, roupas artesanais, materiais naturais e
tinturas caseiras; as botas de camurça e sandálias ou sapatos de plataforma
(quanto maior melhor, tanto para homens como para mulheres); as saias
longas, estampadas, estilo cigana; e muito uso de brilhos e plumas nas roupas
em geral, além de adornos como anéis, pulseiras, relógios e correntes.
Criou-se não só um modo específico de se vestir, mas todo um "estilo de
vida" representando por uma moda (que girava em torno disso tudo) e até por
um modo de andar, um modo de falar e um modo de agir peculiares. As
pessoas não pareciam preocupadas com o amanhã, mas sim com o agora,
com aquele momento festivo. A pista de dança, então, era o local ideal para
"soltar" todas as repressões e se libertar das amarras e de todos os
preconceitos sociais, de tal modo que outro aspecto que fez parte do
comportamento dos jovens na época da “disco music” foi o sexo "sem culpa",
feito ou buscado apenas por diversão, sem a preocupação com
relacionamentos sérios.
Tanta efervescência cultural e social, baseada numa certa apologia ao
sexo livre e ao hedonismo, levou ainda a uma explosão do consumo de drogas
ilícitas e até mesmo ao surgimento de novas drogas, como o ecstasy,
originalmente sintetizado em 1914, mas que teve o seu uso como entorpecente
iniciado na década de 70, nos EUA.
Todos esses comportamentos, festivo e de culto ao corpo, de
hedonismo e de liberação sexual, que caracterizaram o movimento “disco”
cobrariam porém um alto preço nos anos 80, com o surgimento da AIDS.
Ainda falando sobre costumes e consumismo, há que se registrar da
época a popularização do automóvel, que, regido pelas exigências de mercado
e até pela legislação de vários países, chegou a pesar mais de duas toneladas
20
e ganhou também cores marcantes (mais um exemplo da exuberância da
década), para depois, no final dos anos 70, enfrentar a carência e as crises do
petróleo, o que redundou numa diminuição de seu tamanho e peso.
21
1.4 Uma década musical
Na década de 70, eclodiram vários movimentos musicais, como o Rock
and Roll, a Discoteca, e o experimentalismo na música erudita.
Como dado histórico da década, citemos aqui que, já com o advento da
televisão dominando os lares norte-americanos, aconteceu em 1973 o célebre
concerto de Elvis Presley, "Aloha from Hawaii", cuja audiência foi estimada em
mais de 1 (um) bilhão de espectadores. Elvis, porém, veria sua carreira entrar
em decadência, logo depois, e veio a falecer em 1977. Outro dado histórico:
após sete bem sucedidos anos de carreira (na década de 60), a banda de rock
The Beatles se separa, em março de 1970, e seus membros se lançam,
posteriormente, em sucedidas carreiras solos.
Por fatos como esses é que os anos 70 são vistos como a última década
do período do chamado “classic rock”, movimento cultural musical surgido nos
primórdios da história do rock (nos anos 50 e 60) e seus derivados. Os anos 70
são vistos, ainda, como a "década da discoteca", devido ao surgimento da
“dance music”, e é também nos anos 70 que surge o movimento “punk”.
Já a incorporação de instrumentos de música erudita no rock, iniciada
nos anos 60, só ganhou ares de movimento musical (também derivado da
psicodelia sessentista) no início dos anos 70, sendo conhecido como “rock
progressivo”. Artistas de destaque que se juntaram nessa nova proposta, com
grande destaque, foram: Pink Floyd, John Lennon, Genesis, Yes, Jethro Tull,
Emerson, Lake & Palmer, King Crimson, Mike Oldfield, Van Der Graaf
Generator, Gentle Giant (todos britânicos); bandas germânicas como Can,
Faust, Neu!, Tangerine Dream, Amon Düül e Kraftwerk; bandas italianas como
Le Orme, Formula Tre e Premiata Forneria Marconi; e bandas de outros
países, como Rush (Canadá), Univers Zéro (Bélgica), e Focus (Holanda), que
também contribuíram com o movimento. Item histórico e verdadeiro ícone
desse período é o disco The Dark Side of the Moon, do Pink Floyd, obra de
maior destaque do “rock progressivo” até os dias atuais.
No Brasil, destaque para os trabalhos de bandas como O Terço, O Som
Nosso de Cada Dia, A Barca do Sol, Rita Lee & Tutti Frutti, Casa das Máquinas
22
e Sagrado Coração da Terra, além da banda baiana Doces bárbaros (que
reunia Maria Bethania, Gilberto Gil, Gal Costa e Caetano Veloso).
Nos anos 70 surge, ainda, o “glam rock”, onde o chique e o glamour
faziam parte de um visual afetado. David Bowie, com o seminal disco The Rise
and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders From Mars, é até hoje considerado o
maior expoente do “glam”, que teve também ícones na pessoa de Marc Bolan e
seu grupo T-Rex, a banda Mott the Hoople, e principalmente a figura de Elton
John (e seu o álbum Goodbye Yellow Brick Road), artista que tinha como
marca registrada os grandes óculos, as roupas exageradas e rigidamente
enfeitadas e coloridas, além de botas de plataforma e calças boca-de-sino.
Por sua vez, a aceleração e a distorção do “blues” deu origem ao “hard
rock”. É certo que essa linha melódica já havia se iniciado nos anos 60, mas foi
na década de 70 que ela surge com força, tendo como bandas líderes do
gênero Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple, além de outros destaques
(como Kiss e Aerosmith). Especialmente no sul dos EUA, terra do “blues” dito
“de raiz”, o “hard rock” ganhou uma sonoridade característica, conhecida como
“southern rock”, da qual grupos como Allman Brothers e Lynyrd Skynyrd são os
mais lembrados. Ainda sobre essa relação entre “rock” e “blues”, não se pode
deixar de citar que os Rolling Stones tiveram na década de 70 a sua fase mais
criativa.
Enfim, nos anos 70 a música se populariza, mas com a impressão de
que tudo tinha mesmo era que acabar nas pistas de dança. Surge a disco
music (ou dance music), resgatando o desejo pela dança através do "clássico"
filme Os Embalos de Sábado à Noite, estrelado por John Travolta.
Quando esse ator vestiu seu terno branco e jogou os braços para o alto,
a "discothèque" já estava vivendo um período de iminente decadência, mas
voltou a ser moda. Símbolo incontestável da “disco music”, esse filme lançou
até mesmo um novo verbo, conjugado pelo mundo afora: “travoltear”. Não é à
toa que os anos 70 são, para alguns, conhecidos como a “década da
discoteca”, como já referido no início desse item.
A “disco music” trouxe um novo balanço para a música pop, revelou
gênios da música eletrônica (como Giorgio Moroder, expoente da época e
responsável pela descoberta da "rainha das discotecas", Donna Summer), e
23
desembocaria, já nos anos 80, no surgimento da música “dance” e “eletrônica”
que embalou e embala os jovens dos anos 90 e 2000.
Mais próximo do encerramento da década de 70 surgiu o “punk rock”,
movimento musical politicamente mais engajado que a “disco music”. O “punk
rock” derivou da cena de Nova York denominada “blank generation”, que reunia
artistas tão diversos como Patti Smith, Television, New York Dolls e outros, e
investia musicalmente contra o sistema político estabelecido. Na Inglaterra, em
especial, enfrentava-se uma recessão e grave crise econômica, enquanto o
“punk” pregava a anarquia, por meio de grupos como Sex Pistols e The Clash –
que “dividiam” o trono do movimento com os nova-iorquinos dos The Ramones.
O “punk rock” representou, na época, a volta do “rock” à sua forma mais
primitiva, emergente das garagens e dos porões dos submundos inglês e
americano, e os adeptos da subcultura “punk” (tanto dos EUA quanto do Reino
Unido) criticavam ferozmente a “disco music”, com protestos muitas vezes
violentos contra os adeptos da “disco”.
Como se fosse um hiato entre a “disco music” e o “punk rock”, cite-se
ainda o movimento “new wave”: contrária ao “punk”, essa “nova onda”
celebrava o brilho do início da década, e chegava a flertar, algumas vezes, com
a própria “disco music” – vide grupos como Blondie (com Deborah Harry e seu
maior hit, a batida “disco” de Heart Of Glass). Mas a “new wave” perdeu força
rapidamente, e os famosos punks dos Sex Pistols, entre outros, também se
dissolveram – embora o movimento “punk rock” acabe sobrevivendo, de forma
importante, até o final daquela década de 70.
Por fim, na música pop a importância das palavras viu-se substituída
pelo ritmo. Importava o balanço e a quantidade de decibéis, o quê propiciou a
aparição de dezenas de grupos e estrelas de sucesso fulminante – e também
de rápido desaparecimento. O efêmero e o descartável foram campeões em
todas as paradas de sucesso. É quando surge Michael Jackson, com seus
primeiros quatro álbuns de carreira solo: Got To Be There, e Ben, de 1972,
Music and Me, de 1975, e o estrondoso sucesso do seu primeiro álbum em
fase adulta, Off The Wall, de 1979 (que já vendeu cerca de 20 milhões de
cópias até hoje).
24
1.5 Na “discoteca”: a trilha sonora de uma década?
Como já dito no item anterior, a “disco music” tornou a popularizar a
música e, em certa fase da década de 70, tudo parecia levar às pistas de
dança.
O filme Os Embalos de Sábado à Noite, estrelado por ninguém menos
que um ator então iniciante, John Travolta, popularizou o som, a moda, o
comportamento, as vestimentas e a dança identificados com o movimento
“disco”. O espírito de festa que faz parte do gênero “dance music”/”disco music”
elevou o ator a ícone de uma fase da década de 70, uma espécie de deus das
discotecas e das mulheres da época, além de exemplo para os homens.
Travolta ganhou imitadores pelo mundo afora, e alastrou-se uma “febre das
discotecas” – a famosa “disco fever”, que viria dar nome a uma infinidade de
canções lançadas na época (e mesmo depois do final da “disco music”).
Esse novo balanço então introduzido na música pop forjou símbolos
musicais de uma geração, como Donna Summer (a “rainha das discotecas”),
Bee Gees (e seus inúmeros hits – a despeito do grupo ter iniciado carreira
como country/rock/pop), KC and the Sunshine Band, e os suecos do ABBA;
Chic, Gloria Gaynor, Cher, e os irmãos The Jacksons / Jackson 5 e Michael
Jackson no início de sua carreira solo; Sister Sledge, Tina Charles, Dee Dee
Jackson, Ritchie Family, Grace Jones, Sylvester, Village People, Voyage, The
Trammps, Barry White, Andy Gibb, Olivia Newton-John, A Taste of Honey, mais
os precursores Harold Melvin & the Blue Notes, George McGrae, Hues
Corporation e LaBelle, além de Betty Wright, Harry Wayne "K.C." Casey, o
grupo espanhol Barrabas, e até mesmo Elton John e alguns de seus arranjos
instrumentais. Da Europa, cite-se também nomes como Silver Convention e
Boney M (Alemanha), Santa Esmeralda (França) e La Bionda (Itália). Alguns
artistas norte-americanos de outros gêneros musicais também entraram na
onda “disco” e se relançaram no mercado, como Cher (que se tornaria um dos
medalhões da “disco music” e voltou ao topo das paradas na década de 70), e
James Brown (que se auto-intitulou The Original Disco Man, e até gravou um
álbum com esse título em 1979).
25
Quase nada escapou à febre “disco” de regravações ou criação de
versões dançantes, nem mesmo a 5ª Sinfonia de Beethoven (que ganhou uma
versão dançante como um das faixas do LP da trilha sonora do filme Os
Embalos de Sábado à Noite)! Basicamente, quase todas as bandas de rock
conhecidas na época tiveram um flerte com a “disco”, em busca de mercado:
por exemplo, os Rolling Stones (com os hits "Miss You" e "Shattered", de
1979), o Queen (com o sucesso "Another One Bites the Dust", inspirada na
linha de baixo da música “Good Times”, do Chic), a já citada Blondie ("Heart of
Glass"), Rod Stewart (com "Da Ya think I´m Sexy"), o Kiss (com os sucessos "I
Was Made For Lovin' You" e "Sure Know Something"), o Pink Floyd (com o
"Another Brick In The Wall part 2"), o Roxy Music, The Eagles, e mesmo o The
Clash – todos acrescentaram toques “disco” a algumas músicas suas.
Também no Brasil o estilo deixou sua marca, com a reprodução de toda
essa trilha sonora nas danceterias locais, com o estouro da novela Dancin'
Days (da Rede Globo de Televisão, que foi ao ar no ano de 1978 e catapultou
o efêmero sucesso do grupo As Frenéticas), e até mesmo ancorando famosos
programas de rádio específicos, como o "Cidade Disco Club”, da Rádio Cidade
do Rio de Janeiro (102,9 FM).
A roqueira Rita Lee chegou a ter canções gravadas por As Frenéticas e
também gravou músicas no estilo “disco”, e também Tim Maia (acompanhado
pela Banda Black Rio) lançou álbum fortemente inspirado no gênero – Tim
Maia Disco Club. Até o MPB Gilberto Gil gravou, em 1979, a canção “disco”
intitulada Realce, do álbum homônimo, que foi considerada na época como
uma possível (e disfarçada) ode à cocaína.
O fenômeno “disco” trouxe consigo (e aumentou) a popularidade de
algumas formas de dançar pré-coreografadas. Durante toda aquela febre
“disco”, era comum ver cantores simulando um robô no palco, popularizando
algo que foi criado pelo jovem Michael Jackson (do grupo Jackson 5) durante
uma performance de Dancing Machine em programa de televisão exibido em
1973.
Assim, as discotecas (ou “night clubs”) viraram um dos símbolos
supremos do período, templos onde se cultivava o narcisismo delirante, onde
tudo era permitido, onde o corpo ganhou suas maiores homenagens. São
26
ícones dessa época, e lembrados até hoje, nomes como Studio 54 (EUA),
Banana Power e Papagaio Disco Club (Brasil).
Aproveitamos esse ponto do texto para explicar que o termo “discoteca”
deriva do francês “discotèque”, que se refere, na verdade, a uma boate de
médio porte, com pista de dança, iluminação e música altamente dançante.
Esse conceito evoluiu posteriormente para as danceterias (de médio e grande
porte, inclusive), e atualmente para os “dance clubs”, “clubs” diversos, e festas
“raves”.
Nesses locais, e como substrato de todo o movimento “disco”,
estimulou-se também uma onda esportiva que assolou o planeta nos últimos
três anos da década de 70 (ainda que a “disco music” não tenha sido
exatamente responsável por tal fenômeno – mas apenas o tenha estimulado).
Fato é que as discotecas e, naturalmente, a permissividade sexual e o
hedonismo quase absolutos dos grandes centros urbanos europeus e norte-
americanos da época levavam todos a um culto ao corpo e à forma física, e
todos (não apenas só as mulheres) se sentiam no direito e na obrigação de
serem mais eróticos, mais viris, mais aparentemente saudáveis, e mais
satisfatórios visual e tatilmente. Daí a febre do jogging, expressão americana
que começou a tomar o lugar do "cooper" a partir do final daquela década.
Outro aspecto importante do movimento “disco” é que a sua música era
diferente do rock composto e executado nos anos 60, por significar (apesar de
muitas exceções) um retorno da influência dos produtores, que faziam
contratos curtos, como verdadeiros aluguéis de músicos, para produzirem
sucessos para artistas diversos. E o papel desses artistas, por sua vez, era
simplesmente cantar e divulgar as músicas, o que pode explicar a opinião de
alguns críticos de rock que odeiam a “disco”, e afirmam que várias dessas
músicas "têm a mesma cara".
Giorgio Moroder, Patrick Adams, Cerrone, Bernard Edwards (e seu
parceiro Nile Rodgers, criadores do grupo Chic), Quincy Jones e François
Kevorkian foram os principais produtores desse movimento. E fora da indústria
fonográfica, por sua vez, surgiu também nessa época a figura dos DJs (disc-
jóqueis), muitos dos quais também eram produtores e remixadores de estúdios
de gravação, e tiveram muita influência no fenômeno “disco” – até pelo fato que
as vendas de discos muitas vezes dependiam do sucesso nas pistas de dança.
27
Cabe apontar, aqui, uma curiosidade: como a maioria das bandas e
artistas “disco” eram bandas ou artistas “de estúdio”, dificilmente se faziam
excursões mundiais ou pelo Brasil, e a ânsia dos fãs em ouvir esses artistas
era, muitas vezes, aplacada pelas gravadoras com o incentivo e até a produção
de "covers" das versões oficiais – um dos motivos pelos quais o próprio cenário
de shows internacionais no Brasil só ganha feições profissionais após a
realização do festival Rock in Rio, em 1985.
Sobre a decadência da “disco”, já bem no final dos anos 70, apontam-
se, hoje, muitas razões: desde a reação de puristas do rock, até alguns nada
sutis sentimentos racistas e anti-gays (afinal, a música “disco” e as coreografias
que a caracterizaram eram taxadas não só de tolas, mas também de
"efeminadas"). Surgiram manifestações "antidisco" nos Estados Unidos e
mesmo discursos politizados contra a “disco music” no Reino Unido; fãs do
rock tradicional (mais sério) criaram a expressão "Disco sucks!" – “a Disco
enche!”; e uma rádio de rock em Chicago (EUA) chegou até mesmo a criar um
evento, em 1979, chamado "Disco Demolition Night", que envolveu a explosão
de LPs de “disco music”, e quase terminou em tumulto.
Enquanto isto, o público que consumiu e curtiu a “disco music”, ao vê-la
difundida nos meios de comunicação passou a buscar outras formas de música
dançante (muitas vezes a mesma “disco music”, mas com outro nome).
Também nesse momento ficou claro o poder dos “Disk Jockeys” (DJs)
das estações de rádio, pois quando estes passaram a boicotar a “disco music”,
esse ritmo desapareceu do mainstream – não totalmente, mas modo ainda
mais acelerado do quê já estava ocorrendo.
Adentrando o início dos anos 80, músicos e grupos norte-americanos
como George Benson, Patrice Rushen, Brothers Johnson, The Commodores,
S.O.S. Band e outros lançaram músicas que ainda foram sucesso, e que eram
claramente influenciadas pela “disco” – porém, rotulados apenas como “dance
music” ou “funk”, sem o título de "disco music" (que parecia já ter "cansado" o
público). E a Europa, surgiu uma derivação da “disco” que ficou conhecida
como “Eurodisco”, e fundia elementos da “disco music” (como a batida
compassada e ritmada) com os recém surgidos sintetizadores, teclados e caixa
de ritmos.
28
Assim, após 1980 a “disco music” se metamorfoseou e deixou
influências em gêneros que a sucederam, como a “acid house”, a “hi-energy”, a
“house music”, a “deep disco”, o “garage”, o “acid jazz”, e outras variações. A
sonoridade “disco” perdurou em hits de bandas ou artistas como Bizarre Inc.,
Black Box, Sophie Ellis-Bextor, Daft Punk, Kylie Minogue, A-Teens, na maioria
das músicas do Jamiroquai, e mesmo em alguns álbuns de Madonna, para
citar apenas alguns nomes.
29
1.6 A “Era Disco” no Brasil e a novela “Dancin’ Days”
No Brasil, a “disco music” ganhou especial força em 1978 com a
“telenovela das oito”1 da Rede Globo Dancin' Days, na qual a atriz Sônia Braga
(advinda do sucesso na novela Gabriela) viveu o papel de Júlia, uma ex-
presidiária que consegue vencer os preconceitos e os desafios, e que reinava
na pista de dança, onde extravasava emoções e era a rainha (ou, a “dancing
queen”), e onde ninguém se importava quem ela era ou qual o seu passado –
mas apenas a viam como excelente dançarina “disco”.
Criada por Gilberto Braga, essa novela contou com um elenco fixo e
participações especiais de peso à época, e foi ainda o trabalho de estreia de
alguns atores que viriam a se firmar com fama e competência na televisão
brasileira, nos anos seguintes – como Glória Pires, Lídia Brondi, Claudia Ohana
e Eri Johnson.
Dancin' Days fez história na TV, teve 173 (centro e setenta e três)
capítulos, e foi ao ar de 10 de julho de 1978 e 27 de janeiro de 1979, tendo sido
reapresentada com sucesso entre outubro e dezembro de 1982, às 22 horas, e
reexibida num compacto de uma hora e meia, em 18 de fevereiro de 1980,
como atração do Especial 15 Anos da Rede Globo de Televisão. Essa novela
foi, inclusive, tema de uma reportagem da então prestigiosa revista norte-
americana NewsWeek, que destacou sua influência nos hábitos, costumes e
consumo.
Seu enredo incluía uma viagem internacional da protagonista Júlia ao
exterior (depois de sair da prisão e se casar com um milionário solitário). Nessa
viagem, ela tomou um providencial “banho de loja”, e retornou ao Brasil
exuberante, rica, ostentando muita maquiagem e roupas de grife, saltos super
altos e transformada numa mulher chique, poderosa, adepta das pistas de
dança e do som “disco” da época, figura que atraía para si os olhares e o
interesse de todos.
Em cenas de muita sensualidade na pista da discoteca Dancin’ Days, a
personagem acabou por promover, na época, a propagação do visual, dos
adereços, das roupas e de toda a cultura “disco” nos grandes centros urbanos
1 Alusão ao então horário de exibição da principal novela noturna da emissora - por volta das 20 horas.
30
do Brasil, que estava passando pelo período da chamada “abertura política” do
início do fim da ditadura militar. O próprio título da novela foi emprestado de
uma famosa boate carioca daquele período – a Frenetic Dancing Days
Discothèque.
Com toda a onda iniciada por essa novela, além de As Frenéticas (grupo
citado no item anterior, e ao qual coube interpretar o tema de abertura da
novela), vários outros artistas também tiveram seu momento de fama – nomes
ainda não citados, como Lady Zu, Dudu França, Harmony Cats, Gretchen, e
até artistas covers dos estrangeiros (como Dee Dee Jackson Cover, Brazilian
Genghis Kahn, e outros).
A trilha sonora nacional e internacional dessa novela teve grande
vendagem e farta execução radiofônica na época, tendo sido relançada em CD
em 2001, após remasterização.
31
CAPÍTULO 2 – CASA DE ENTRETENIMENTO / CASA DE SHOW
2.1 Algumas considerações sobre um projeto de interiores
Tomando-se por exemplo uma orquestra, na qual a harmonia perfeita, a
sonoridade magistral e o virtuosismo dos músicos resultam da capacidade de
cada um deles em executar as partituras que fundamentam a obra que a
orquestra toca, podemos dizer que no design de interiores a partitura é o
Projeto. Sem projeto não há criação, não há harmonia, e não há obra.
O projeto de interiores compreende a idéia, a concepção, a execução, a
especificação de produtos e o detalhamento de etapas como hidráulica,
iluminação, marcenaria, revestimentos etc..
Para se definir o valor dos honorários por um projeto toma-se como base
a área em m2, e as características da obra – se comercial ou residencial. E
algumas etapas são fundamentais no processo de criação e execução de um
projeto de interiores, a saber:
a) pesquisa e análise dos objetivos e desejos do cliente, por meio de
documentos e estudos preliminares que unam essas necessidades com o
conhecimento técnico do profissional – garantindo ao projeto
funcionalidade, conforto, segurança e qualidade estética;
b) confirmação dos estudos preliminares e adequação das soluções propostas
ao orçamento do cliente;
c) seleção de cores, materiais, revestimentos e acabamentos coerentes com
os conceitos estabelecidos na criação, e que estejam em consonância com
as características sócio-psicológicas, funcionais, de vida útil, de
durabilidade e de proteção ao meio ambiente;
d) especificação de mobiliário, equipamentos, sistemas, produtos e outros
elementos, bem como elaboração dos respectivos orçamentos, instruções
de instalação e planificação de cronogramas de execução;
e) elaboração de plantas, elevações, detalhamento de elementos construtivos
não estruturais - paredes, divisórias, forros, pisos (com atenção ao detalhe
de que alterações na estrutura construtiva exigem a contratação de um 32
Arquiteto ou Engenheiro), além de layouts de distribuição, de pontos de
hidráulica, de energia elétrica, de iluminação, mais detalhes de
comunicação e design de móveis, e definição de paisagismo e outros
elementos;
f) adequação de toda essa intervenção às leis e regulamentos municipais que
se fizer necessária;
g) se for o caso, coordenação/supervisão dos profissionais que vão atuar na
execução do projeto, tais como engenheiros, eletricistas, marceneiros entre
outros, harmonizando o trabalho conforme o cronograma estabelecido;
h) se for o caso, compra de todos os produtos, sistemas e equipamentos, após
cotação e aprovação do cliente ou com o acompanhamento deste;
i) se for o caso, acompanhamento de toda a obra, mantendo o orçamento
dentro dos valores previstos ou submetendo ao cliente qualquer alteração
para prévia aprovação;
j) se assim contratado, emissão de relatórios regulares detalhando o
andamento (estágio) da obra, e registrando-se as intercorrências, tais como
alterações, substituições e adequações técnicas e orçamentárias; e
k) elaboração de "check-list" final de entrega da obra, com pesquisa de
satisfação a ser respondida pelo cliente.
Um projeto bem pensado, bem desenvolvido e bem formatado é a base
sólida para uma obra, reforma ou serviço bem executado, principalmente
quanto maior for a envergadura, o valor e a responsabilidade da obra ou
serviço.
33
2.2 Algumas considerações sobre “entretenimento” e “show”
De modo amplo, ao falarmos em “show” nos vem à cabeça a noção de
entretenimento. E, por definição, “entretenimento” é o ato ou o resultado do
entreter-se, de passar o tempo; é também aquilo que entretém ou distrai; é a
diversão, o divertimento, a recreação.
As diversas formas de entretenimento compõem um conjunto de
atividades que o ser humano pratica ou pode praticar, sem outra utilidade
senão o prazer, o lazer, a recreação – podendo se constituir, tais atividades,
em distração, passatempo, contemplação, festividade, desporto, show, etc..
Pode-se dizer, ainda, que determinados lugares são, em si mesmos,
considerados entretenimento, tais como os acampamentos, danceterias,
cabarés, locais de exposição em geral, museus, parques (temáticos ou não),
óperas, rodeios, etc..
Como objeto desse estudo, podemos focar um pouco mais na definição
de “espetáculo”: atividade que também pode ser chamada de “concerto” ou
“show”, de qualquer natureza, o “espetáculo” é uma representação pública que
atrai e impressiona um público, e que se destina a entreter – retomando-se,
aqui, o conceito de “entretenimento” (acima).
Assim é que “espetáculo” pode ser uma apresentação teatral, musical,
cinematográfica, circense ou cênica em geral, uma exibição de trabalhos
artísticos etc. – enfim, tudo o que atrai a vista ou prende a atenção de alguém
ou de um público / plateia. Mas a palavra “espetáculo”, por vezes, tem também
um sentido pejorativo, ao referir-se aos escândalos ou desdéns (por exemplo) –
significado este que foge ao nosso objeto de estudo.
Quanto à definição específica de “show”, este seria este o “espetáculo”
mais ou menos artístico de música popular, de humorismo, de variedades etc.,
apresentado em teatro, rádio, televisão, casa noturna ou mesmo em praça
pública.
34
2.3 “Casa de show”: definição
Nesse estudo, cumpre nos deter, por fim, na definição corrente para
“casa noturna”, ou “casa de show”.
No Brasil, “casa noturna” seria o “estabelecimento comercial voltado
para a diversão, em geral com música ambiente, espaço para dança e
socialização, e venda de bebidas alcoólicas”2. Assim, “casa noturna” seria um
neologismo e também termo genérico criado para abrigar diferentes tipos de
comércio de diversão, tais como bares, boates, discotecas e danceterias,
teatros, casas de shows e de espetáculos (propriamente ditas), e até mesmo
os cabarés, prostíbulos e bordéis.
Para alguns, então, uma “casa de show” seria (mais literalmente) um
espaço, normalmente grande, amplo e/ou bastante espaçoso, onde artistas,
cantores, instrumentistas e performancers em geral podem fazer
apresentações.
2 Fontes: Aulete Digital – Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa (Caldas Aulete); e Wikipédia, em http://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_noturna, 13/09/2010, 15:33.
35
2.4 Requisitos normativos e de regulamentação
Como toda atividade comercial, a abertura e funcionamento de uma
casa de show presume o atendimento de vários requisitos legais e
administrativos, e a observância de algumas normas técnicas próprias, sobre
as quais falaremos brevemente.
A legislação e as normas aplicáveis aos estabelecimentos objeto desse
estudo, que são de maior importância, são aquelas que se referem à poluição
sonora, à necessidade (hoje, proibição) de área determinada para fumantes, às
restrições à propaganda do fumo e das bebidas alcoólicas, à questão da meia-
entrada para estudantes e deficientes, às questões de acessibilidade, que se
referem às propagandas ou letreiros de fachada da casa noturna, e àquelas
afetas ao estatuto do idoso, dentre outras, conforme pormenorizamos a seguir.
2.4.1 Exigências legais específicas
• As leis do silêncio e o “PSIU – Programa Silêncio Urbano ”
A Constituição Federal e algumas Leis inferiores estabelecem diversos
critérios para a emissão de ruídos e para o controle da poluição sonora
decorrentes de atividades industriais ou comerciais – tais como: a Lei nº
9.638/81 (que dispões sobra a Política Nacional do Meio Ambiente); o Decreto
nº 99.274/90 (que regulamenta a Lei acima referida); as Resoluções CONAMA
nºs. 001 e 002, de 08/03/1990 (que, respectivamente, fixa critérios e padrões
para a emissão de ruídos de atividades industriais, e institui o Programa
Nacional de Educação e Controle de Poluição Sonora - Silêncio); e as Normas
de nºs. 10.151 e 10.152 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
Já o serviço municipal denominado “PSIU” foi criado pelo Decreto nº
34.569, de 06/10/1994, e reestruturado pelo Decreto nº 35.928, de 06/03/1996,
e tem como finalidade fiscalizar a emissão excessiva de ruídos produzidos em
qualquer atividade comercial exercida em ambiente confinado, e que possa
causar incômodo ou interferir na saúde e no bem estar das pessoas, conforme
dispõe a Lei nº 11.501/94 (alterada pela Lei nº 11.986/96). Esse Programa
trabalha com base em duas determinações: a da 1 hora, que determina que
36
bares e restaurantes que queiram funcionar além da 1 hora da manhã devem
ter isolamento acústico, estacionamento e segurança; e a do ruído, aplicável ao
funcionamento até antes da 1 da manhã, quanto ao controle da quantidade de
decibéis emitidos pelo estabelecimento (a qualquer hora do dia ou da noite).
Os limites de ruídos, por sua vez, são dados pela Lei do Zoneamento
municipal, observando-se os seguintes parâmetros: nas zonas residenciais, 50
decibéis entre as 7 e as 22 horas, e 45 decibéis das 22 às 7 horas; nas zonas
mistas, entre 55 e 65 decibéis no mesmo horário manhã/noite, e entre 45 e 55
decibéis no mesmo horário noite/madrugada; e, por fim, nas zonas industriais,
entre 65 e 70 decibéis no horário da manhã/noite, e entre 55 e 60 decibéis no
horário da noite/madrugada (sendo que a variação apontada nos dois últimos
casos depende da região da cidade onde se localize tal zona mista ou
industrial).
Da competência, inicialmente, da Secretaria Municipal do Meio
Ambiente, a coordenação do programa é exercida, atualmente, pela Secretaria
Municipal de Abastecimento (SEMAB), conforme ditado pelo Decreto nº
35.919, de 29 de fevereiro de 1996. E o estabelecimento que descumpre a lei
da 1 hora sujeita-se a multa no valor atual de R$ 28.900,00 (vinte e oito mil e
novecentos reais), sendo lacrado na reincidência, enquanto que aquele que
descumpre a lei do ruído sujeita-se a multa variável no valor atual de 50 a 300
UFMs (Unidades Fiscais do Município).
• Lei Antifumo
A Lei nº 13.541, de 07/05/2009, estabelece (Art. 2º), que “fica proibido
no território do Estado de São Paulo, em ambientes de uso coletivo, públicos
ou privados, o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos ou de qualquer outro
produto fumígeno, derivado ou não do tabaco”, esclarecendo (nos Parágrafos
1º e 2º do mesmo Artigo, e no Art. 3º) que a norma se aplica aos “recintos de
uso coletivo, total ou parcialmente fechados em qualquer dos seus lados por
parede, divisória, teto ou telhado, ainda que provisórios, onde haja
permanência ou circulação de pessoas”, elencando ainda (e exaustivamente)
sua abrangência aos ambientes de trabalho, de estudo, culturais, religiosos, de
lazer, de esporte, de entretenimento, lanchonetes, restaurantes, praças de
alimentação, bancos e similares, museus, bibliotecas, locais de exposição,
37
veículos de transporte coletivo públicos ou privados etc., e determinado a
afixação de aviso da proibição em todos esses locais, inclusive com indicação
do órgão municipal responsável pela fiscalização da norma, bem como a
obrigação de advertência aos eventuais infratores, a ser feita pelo responsável
pelo recinto.
Tudo sob pena de ser-lhes aplicadas as sanções previstas nos Arts. 56
a 60 do Código de Defesa do Consumidor (Lei Federal nº 8.078, de
11/09/1990), bem como, ainda, as sanções sanitárias previstas na legislação
específica – salvo nas exceções previstas no Art. 6º da própria Lei Antifumo.
• Lei “Cidade Limpa”
A Lei nº ................., de ..../..../...., estabelece (Art. 2º), que
“..............................................................................................................................
..................”, elencando ainda (e exaustivamente) .........................
• Código de Trânsito Brasileiro
Na forma da Lei nº 11.705, de 19/06/2008, que institui o referido Código,
fica estabelecido o índice “0” de alcoolemia e imposta as devidas sanções ao
condutor que dirigir alcoolizado, bem como fica alterada a Lei nº 9.294, de
15/07/1996, obrigando-se os estabelecimentos comerciais que vendam ou
ofereçam bebidas alcoólicas a estamparem, no seu ambiente, avisos escritos e
legíveis, informando que é crime dirigir sob influência de álcool, sob pena de
detenção.
• Entrada de estudantes e de idosos e deficientes
Normatizado pelo Decreto nº 35.606, de 03/09/1992 (que regulamenta a
Lei nº 7.844, de 13/05/1992), as casas de entretenimento têm que prover,
ainda, o pagamento de meia-entrada para o ingresso de estudantes, direito
este que abrange todos os estabelecimentos onde se apresentem espetáculos
teatrais, musicais, culturais, circenses, culturais e esportivos, no Estado de São
Paulo; que é assegurado aos estudantes de 1º, 2º e 3º Graus regularmente
matriculados em estabelecimentos de ensino público ou particular existentes no
Estado, mediante apresentação de carteirinha de identificação estudantil; e que
é fiscalizado pelos órgãos estaduais de defesa do consumidor e pela entidades
38
diretamente envolvidas com as atividades culturais, esportivas e de turismo
acima citadas.
Igualmente, assegura-se tal direito aos idosos, nos termos da Lei nº
9.059, de 13/06/1995 (Estatuto do Idoso), além de lhes ser assegurado o
acesso preferencial aos respectivos locais, bem como aos portadores de
deficiências, quando espetáculos promovidos ou subsidiados pelo governo
municipal ou órgão da administração indireta – neste caso, conforme a Lei nº
12.975, de 22/03/2000, a qual ainda cita a necessidade de prover-se acesso
facilitado ao deficiente, com a devida eliminação de barreiras arquitetônicas
que lhe dificultem esse acesso.
2.4.2 Normas técnicas a serem igualmente cumpridas
• Alvarás de Funcionamento
Na forma da Lei nº 10.205/86 (Art. 1º), “nenhum imóvel poderá ser
ocupado ou utilizado para instalação e funcionamento de atividades comerciais,
industriais, institucionais, de prestação de serviços e similares, sem prévia
licença de funcionamento expedida pela prefeitura”.
• AVCB – Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros
Documento necessário para todas as edificações e atividades de
ocupação predial local, sejam comerciais ou residenciais (tais como edifícios,
condomínios horizontais, pensionatos, internatos, alojamentos, mosteiros
conventos, residências geriátricas, etc.).
• AVS – Auto de Verificação de Segurança
Igualmente necessário para todas as edificações e atividades de
ocupação predial, inclusive residenciais, dotadas de mais de oito pavimentos (o
que não é o caso do projeto proposto).
• CADAN – Licenciamento de Anúncios
Necessário para todo e qualquer anúncio de natureza indicativa,
notadamente para aqueles decorrentes de atividade comercial e/ou de lazer.
39
• Vigilância Sanitária Municipal e Estadual
Instruções, orientações e laudos necessários para toda e qualquer
atividade relacionada à saúde ou alimentação, ou quando envolvidos a
prestação desse tipo de serviço ou comercialização.
• Laudos Técnicos Estruturais e Elétricos (normas NBR 5410 e NBR
5419, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT)
A elaboração desses laudos é geralmente necessária para fins de
apresentação às seguradoras e para fins de avaliações antes de execução de
obras (neste caso, apresentados à Prefeitura, ao Corpo de Bombeiros, etc.).
• Normas técnicas NBR 10.151 e NBR 10.152 (da ABNT)
Já citadas no tópico anterior, essas normas tratam da acústica, quanto à
avaliação do ruído em áreas habitadas, visando preservar e respeitar o
conforto da comunidade do entorno, e dos níveis de ruído para esse conforto
acústico.
• Norma técnica NBR 9.050 (da ABNT) e Leis nº 11.345, de 14/04/1996,
e nº 12.815, de 06/04/1999
Tratam, respectivamente, da acessibilidade nas edificações, no
mobiliário e nos espaços e equipamentos urbanos; da adequação das
edificações à pessoa portadora de deficiência; e do acesso dos deficientes a
cinemas, teatros, casas de espetáculos e estabelecimentos bancários.
• Decreto nº 45.122, de 12/08/2004
Norma que consolida a regulamentação das Leis nº 12.821, de
07/04/199, nº 12.815 (citada acima), nº 11.345 (idem), e nº 11.424, de
30/09/1993, que dispõem sobre a adequação das edificações e à
acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
• Projetos Arquitetônicos
Documentos técnicos necessários a toda e qualquer edificação, os quais
prescindem de aprovação para o uso específico determinado para o local ou
40
edificação, tudo a fim de que seja possível o licenciamento do Alvará de
Funcionamento (citado acima).
• Brigada de Incêndio (com Laudo e ART )
A formação e treinamento de uma brigada de proteção e combate a
incêndio, com emissão do competente laudo e ART, também é necessária,
para devida apresentação ao Corpo de Bombeiros, às seguradoras, à
Prefeitura e para a segurança geral de qualquer atividade comercial,
institucional, industrial etc., com ou sem fins lucrativos.
41
2.5 Sobre a nossa proposta
Nossa intenção é criar um ambiente íntimo e acolhedor, ao mesmo
tempo festivo, animado e dançante – conforme a noite ou evento agendado.
Nossa casa de show será uma casa noturna direcionada ao “revival” dos
anos 70, o que se operará seja por meio da trilha sonora que será a dominante,
seja por meio de toda a decoração que será proposta, seja pela configuração e
pelo uso da pequena pista de dança/palco central que proporemos instalar no
espaço.
Com vistas à animação do público e a uma diversificação das opções de
diversão dentro dessa casa de show, poderão também ser oferecidos “pocket
shows” e/ou apresentações performáticas e de “stand up”, agendados e/ou
divulgados previamente, e que sejam preferencialmente (mas não
exclusivamente) apresentações baseadas nas temáticas e nas músicas dos
anos 70.
Poderá haver, ainda, noites em que a casa não funcionará com agenda
própria, mas abrirá mediante locação do seu espaço para festas e/ou eventos
fechados, propostos pelo público ou pelo particular interessado em promovê-
los.
42
CAPÍTULO 3 – LOCALIZAÇÃO: BAIRRO DO BRÁS
3.1 Breve histórico do bairro do Brás
"o Arnesto nos convidou prum samba / ele mora no Braz"(Adoniran Barbosa)
O bairro do Brás situa-se na região central de São Paulo, nasceu como
uma região de chácaras, cresceu e se desenvolveu como bairro operário e
"pátria" dos imigrantes italianos, e posteriormente acolheu migrantes
nordestinos. Hoje decadente e deteriorado, é conhecido como um dos
principais centros do comércio popular na cidade, destino diário de milhares de
sacoleiros e sacoleiras da cidade de São Paulo, do interior do Estado e de todo
o Brasil.
A origem do bairro está ligada à figura do português José Brás. Conta a
história que esse proprietário de vasta chácara localizada na região teria
43
construído a igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, ao redor da qual
desenvolveu-se um povoado que daria origem ao bairro do Brás. Sua chácara
ficava-se entre os atuais Rua do Gasômetro e Largo da Concórdia, e a região
era conhecida como “paragem do Brás”, por servir de parada para os que se
dirigiam da freguesia” da Sé à freguesia de Nossa Senhora da Penha (região
atual da capital paulista que, naquela época, não passava de um pequeno
povoamento, existente desde o século 17). Esse caminho, de 1,5 léguas, era
conhecido como “estrada da Penha” (hoje avenidas Rangel Pestana e Celso
Garcia), e pelos registros históricos, havia, pelo menos desde 1744, procissões
que conduziam a imagem de Nossa Senhora da Penha de França da igreja da
Penha até a igreja da Sé, no centro da Capital, usando-se tal caminho; com a
construção da igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, na “paragem do
Brás”, teria se formado, ali, um ponto de parada obrigatória dessas procissões,
que contribuiu para o desenvolvimento da região.
Essa é a versão mais contada e aceita pelos historiadores sobre o
surgimento e desenvolvimento do bairro do Brás, mas existem outras versões
diversas e plausíveis. Segundo consta, ainda, em documentos da época, José
Brás foi pessoa prestante, continuamente utilizado pela governança municipal
da época para dirigir alguns serviços públicos prestados aos habitantes locais,
vindo a tornar-se benemérito.
Em 8 de junho de 1818, o Brás foi alçado à categoria de freguesia, e a
igreja construída por José Brás tornou-se sua matriz. Nascia o bairro do Brás,
por muito tempo um bairro despovoado, com imensas áreas vazias e fortes
características rurais, com suas chácaras e atividades agrícolas. Sabe-se que
as cheias do rio Tamanduateí impediam um crescimento mais acelerado do
bairro e o isolavam do centro da cidade.
A partir da segunda metade do século 19, a cultura do café impulsionou
a urbanização e a industrialização da cidade de São Paulo, e chegaram à
cidade os trilhos da São Paulo Railway, que ligava Santos a Jundiaí. Assim, a
estação do Brás foi inaugurada em 1867, e ao longo desses trilhos,
desenvolveu-se a indústria e o pequeno comércio do bairro de então. Com
seus terrenos baratos e sujeitos a inundações, o Brás (e também a Moóca)
tornou-se o principal destino da maioria dos trabalhadores que chegavam à
Capital.
44
A forte presença de imigrantes, em especial italianos, caracterizou então
o bairro nesse período. Quem chegava ao porto de Santos, vindo da Europa e
de outros lugares, era levado de trem até São Paulo, e de lá para as lavouras
de café no interior do Estado, mas outros ficavam na cidade, atraídos pela
indústria e comércio nascentes, e para receber e dar abrigo provisório a esses
imigrantes ergueu-se no Brás a Hospedaria de Imigrantes, localizada ao lado
dos trilhos do trem, e que recebeu seus primeiros "hóspedes" em 1887.
O bairro cresceu com essa chegada de imigrantes, com novas ruas e
alamedas, e uma nova e maior igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos
inaugurada em 1903 (sendo que a antiga igreja, reformada em 1803, veio a ser
demolida no ano seguinte. Apesar disso, o Brás continuou humilde, com muitas
ruas ainda intransitáveis e alagáveis.
No século 20, o bairro muda de feições, surgindo pizzarias várias,
cantinas, adegas (importadoras de vinhos famosos) e restaurantes que
mesclavam diversos gostos gastronômicos. Assim como outros bairros com
fortes traços de imigração italiana, o Brás também criou sua festa tradicional, a
festa de São Vito, promovida pela paróquia de mesmo nome e comemorada
nas ruas desde 1919.
A partir da década de 40, devido a uma grande seca que atingiu
diversos estados do Nordeste, o bairro recebeu uma constante e progressiva
entrada de milhares de nordestinos, que chegavam à Capital diariamente à
procura de uma vida melhor; na mesma medida, diminuía a presença dos
imigrantes europeus, o que fez com quê aquele antigo reduto de italianos
conhecesse um crescimento desordenado e a decadência atual.
Na década de 70, o Metrô trouxe profunda alteração urbanística: a
construção das estações Brás, Pedro 2º e Bresser do Metrô levou à
desapropriação d centenas de casas, milhares de pessoas perderam suas
moradias no bairro, o Largo da Concórdia (localização do famoso Teatro
Colombo) virou praça de fotógrafos lambe-lambe, sumiram as lojas tradicionais
que nasceram e se firmaram no bairro, surgiram as clínicas de dentaduras e de
outros serviços “pronta-entrega”, os hotéis populares perto da Estação do Braz,
etc..
45
E o bairro foi perdendo sua característica italiana, dando lugar ao
comércio nordestino (de alimentos, roupas, músicas etc.). Hoje suas ruas são
sinônimo de comércio popular.
Mas há que se lembrar que o bairro também teve certa presença de
movimentos artísticos, ou de artistas, como Tito Schipa e Gino Becchi, teve
cinemas como o Brás Politeama (antes, um circo), o Cine Ideal, o Babilônia, o
Oberdan, o Glória, o próprio Teatro Colombo, o cinema da Confeitaria Guarani;
e cantores como Nino Nello, Vadico, Chico Alves, João Dias, Vicente Celestino.
Até Carlos Galhardo cantou e gravou música alusiva ao bairro: “Rapaziada do
Braz”, de Alberto Marino, compositor ilustre no bairro!
Já o romancista José de Alencar, em "Sonhos de Ouro", refere-se ao
Brás como "um dos mais pitorescos arrabaldes da capital de São Paulo". E foi
no bairro em formação que, pelos idos de 1868, o poeta Castro Alves sofreu
grave acidente, ao qual se atribui o começo do seu longo martírio até a morte.
O Teatro Colombo, já citado acima, foi uma famosa sala de espetáculos
brasileira situada no Largo da Concórdia, inaugurada em 1908 (no lugar onde
havia um antigo mercado) e que abrigou diversas óperas. Em 1909, arrendado
pela Companhia Cinematográfica Brasileira (de propriedade de Francisco
Serrador), esse teatro tornou-se uma sala de exibição de filmes, e seu prédio
resistiu por 58 anos, quando - já decadente – sofreu um incêndio.
Finalmente, falemos um pouco da estação do “Braz”: inaugurada em
1867, junto com a linha férrea, para atender ao bairro do mesmo nome, essa
estação é anterior à estação “Roosevelt” (também chamada originalmente de
estação “Braz”), na linha da Central do Brasil (seu ponto terminal). As linhas da
São Paulo Railway e da Central do Brasil se juntavam ali, na estação “Braz”, o
que ainda hoje ocorre.
Em 1978, foi aberta a estação “Brás”3 do Metrô, próxima às duas
anteriores, e aos poucos as três estações foram se fundindo, sendo que hoje
praticamente não há diferença entre as estações “Brás” da linha Santos-Jundiaí
e “Roosevelt” da Central do Brasil: as plataformas são comuns, com entradas
pela Roosevelt, no Largo da Concórdia, ou pela Brás do Metrô, cruzando-se as
linhas por passarelas e acessando-se as linhas e trens da CPTM – Companhia
3 Denominação agora grafada com “S”.
46
Paulista de Trens Metropolitanos, aos quais a estação Brás e Roosevelt hoje
atendem.
Atualmente, esse importante conjunto arquitetônico composto pelo
prédio da estação Brás da antiga São Paulo Railway está tombado pelo
CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico,
Artístico e Turístico, e merece uma visita exclusiva, interessada e atenta.
47
3.2 Localização geográfica, dados demográficos e outros aspectos
sociais
Área total 3,5 km²População 25.158 hab. (Censo de 2000)
Renda média R$ 1.240,11IDH 0,868 - elevado (38° entre os bairros/distritos da capital)Subprefeitura MoócaRegião Administrativa SudesteÁrea Geográfica Centro Expandido
O Brás é um distrito da região central da cidade de São Paulo, situado a
leste do chamado centro histórico da capital paulista, e pertence à Região
Administrativa Sudeste, integrando a Subprefeitura da Moóca (apesar de sua
posição geográfica).
Delimita-se ao norte pelas Ruas João Teodoro e Silva Teles; a leste,
pela Rua e Viaduto Bresser; ao sul, pelas Linhas 3 do Metrô de São Paulo, e
10 da CPTM, e pela Rua da Moóca; e a oeste, pela Rua da Figueira, e
Avenidas Mercúrio e do Estado. Faz limite com os distritos do Bom Retiro (a
noroeste), do Belém (a leste), da Moóca (a sudeste), do Cambuci (ao sul), e da
Sé (a oeste).
48
O bairro é atendido pela Linha 3 (Vermelha) do Metrô de São Paulo, por
mais três linhas de trens da CPTM, e por uma farta malha de transporte urbano
rodoviário, já tendo abrigado o antigo terminal rodoviário da cidade de São
Paulo – no qual desembarcavam passageiros vindos de diversos Estados do
Brasil, especialmente do Nordeste.
Como já dito no item anterior, o bairro desenvolveu-se em torno da igreja
de Bom Jesus do Brás, e era, até o início do séc. XX, dividido em dois bairros
distintos: o “Brás”, área mais próxima ao que hoje é o centro de São Paulo; e o
“Marco”, abreviatura de “Marco de Meia Légua”, referência à área que ficava na
região onde hoje existe a estação Bresser-Moóca do Metrô.
No início do séc. XX, o Brás tornou-se referência de bairro com várias
comunidades de imigrantes estrangeiros, tais como: a comunidade italiana, e
suas comemorações das festas de Nossa Senhora de Casaluce e de São Vito;
a comunidade grega, e sua Igreja Ortodoxa Grega ali localizada; e a
comunidade armênia, e sua forte presença de indústrias (especialmente
próximo às ferrovias) e de madeireiras (na região da Rua do Gasômetro).
Com o passar dos anos, essas características se modificaram, com o
aumento de imigrantes nordestinos na região próxima ao Largo da Concórdia,
ponto em que operava a estação terminal da Estrada de Ferro Central do Brasil
(a estação “Roosevelt”, também citada acima).
Atualmente, é um distrito voltado essencialmente à indústria e ao
comércio de confecções de roupas, com forte presença de elementos também
das comunidades coreana e boliviana. A presença de um comércio de
características populares também é forte, especialmente nas Avenidas Rangel
Pestana e Celso Garcia, que são tradicionais vias de passagem de moradores
da Zona Leste da capital que transitam entre o leste e o centro da Capital.
Em sua área, há hoje um grande número de galpões e plantas
industriais desativadas, e seu comércio de roupas é reconhecido e famoso na
cidade e em todo o Brasil, especialmente nas imediações do Largo da
Concórdia e da Rua Oriente.
Tem como principais atrações públicas, festivas e/ou arquitetônicas: a
Estação Brás (tombada pelo CONDEPHAAT, como já citado); a Festa de São
Vito; a Festa de Nossa Senhora de Casaluce (que acontece desde maio de
1901, e é a mais antiga de São Paulo); a Escola de Samba Colorado do Brás; o
49
comércio popular de roupas já citado acima; a sede internacional da
Congregação Cristã no Brasil (ali instalada desde 1954); a sede mundial da
Igreja Mundial do Poder de Deus; a Igreja de Bom Jesus do Brás; o Centro
Cultural Mazzaroppi; e a nossa E.T.E.C. Carlos de Campos.
Na Subprefeitura da Moóca (região administrativa da Cidade de São
Paulo à qual o bairro pertence), consta o registro do dia 20 de junho como o
“Dia do bairro do Brás”.
50
3.3 Problematizando: nosso projeto x público alvo x localização
Entendemos perfeitamente exequível um empreendimento da área de
entretenimento localizando nessa região da Capital, vez que a cidade de São
Paulo (e outros grandes centros urbanos do país) experimentam, atualmente,
um forte movimento de expansão cultural, de abertura de opções de lazer e
diversão, de diversificação e estratificação das opções disponíveis para esse
lazer e diversão, e de (re)valorização e revitalização de suas áreas centrais,
degradadas e/ou decadentes.
Sob esses pontos de vista, considera-se plenamente possível, com um
bom trabalho de marketing, profissional e bem direcionado, atrair o público
desejado para a casa de show ora proposta, e focando-se a própria casa de
show na oferta de um serviço especial, personalizado e diferenciado.
Além disso, são conhecidas várias outras experiências locais de
agitação cultural ou noturna em bairros ou ruas da cidade antes abandonadas
ou degradadas, inclusive nos entornos do próprio bairro do Brás (caso da casa
noturna “Moinho”, por exemplo).
Finalmente, o projeto tem um potencial de atrair para o bairro algumas
pequenas atividades comerciais e de serviços ditas “satélites”, destinadas a
atender ao público que circule ou que se dirija à casa de show ora em projeto,
o que poderá também tornar menos erma, mais movimentada e, quiçá, mais
segura a região de sua localização.
51
CAPÍTULO 4 – PROPOSTA
4.1 Conceito
“Batizada” com o nome de “POINT DISCO BAR”, a casa de show ora
proposta contemplará toda uma ambientação temática, baseada na cultura, nos
elementos, nas cores e na efervescência da década pesquisada (a década de
70),em elementos populares do entorno (o bairro do Brás), e no conforto do
cliente-alvo.
A intenção é produzir no cliente uma sensação de imersão total na
década de 70, na sua música, na sua decoração, nos seus elementos visuais,
e na sua sonoridade. No projeto, indicaremos ainda que a trilha sonora
ambiente seja preenchida com artistas da época, misturadas também com
versões “remix” e/ou releituras que atualizem tais músicas, de modo a atrair um
público mais jovem.
Para o bem da melhor saúde financeira do empreendimento, a proposta
contempla ainda noites com temáticas diferenciadas, bem como noites de
“agenda livre”, nas quais o ambiente projetado poderá ser locado para pessoas
interessadas em promover festas e/ou eventos fechados.
No contexto geral de imersão na década de 70, a casa noturna ora
projetada será dirigida preferencialmente, mas não exclusivamente, a um
público de faixa etária condizente com aquela época (ou seja, pessoas entre 35
e 55 anos), assim como contará com itens, serviços, detalhes e visual que
atendam ao quanto indicado nos itens a seguir expostos.
Determinadas noites de funcionamento serão/poderão ser “temáticas”,
nas quais a casa de show poderá promover pequenas apresentações de “stand
up”, performances ou “pocket shows” que (novamente) privilegiem o repertório
típico dos anos 70, intercalados com o funcionamento do pequeno palco/pista
de dança projetados no ponto central do ambiente.
52
4.2 Público alvo
Como a proposta do “POINT DISCO BAR” é direcionada à década de 70,
parte do trabalho de marketing da casa de show poderá ser direcionado à
captação de um público localizado na faixa etária dos 35 aos 55 anos, que é o
público atual que viveu o auge da sua juventude no momento mais
efervescente da década de 70 – situado, em nosso estudo de época, na
segunda metade (ou final) daquela década.
Por motivos óbvios de sustentabilidade financeira e de não
discriminação de qualquer natureza, é certo que a casa de show também
recepcionará todo e qualquer público jovem ou ainda de maior faixa etária que
aquela mencionada no parágrafo acima, desde que o público dessas outras
faixas etárias se identifique e queira desfrutar do estilo de som que a casa
oferecerá.
Ademais, a casa poderá contar, inclusive, com um dia de matinês em
sua agenda, justamente para receber (nesse caso) um público mais
adolescente.
53
4.3 O prédio e sua localização
O “POINT DISCO BAR” funcionará em parte das dependências onde se
localizava a prestigiada E.T.E.C. Carlos de Campos, no bairro do Brás, com
acesso (entrada) pela Rua Oriente nº 78, conforme plantas indicativas e
detalhadas da área a ser ocupada, fornecidas pelo empreendedor contratante.
4.3.1 Tombamento
O local onde funcionará a casa de show trata-se de prédio anexo à
primeira edificação da antiga E.T.E.C. Carlos de Campos – a qual é tombada
pelo patrimônio histórico, e cuja fachada está bastante preservada.
A área específica a ser ocupada pelo empreendimento do “POINT DISCO
BAR” não está abrangida pelo Decreto de tombamento e pela proteção
histórico-cultural daí decorrente.
54
4.4 Serviços
Logo na chegada ao prédio da casa de show, o “POINT DISCO BAR”
oferecerá serviço terceirizado de “valet parking”, contratado junto a prestador
de serviço idôneo e reconhecido no mercado, a fim de proporcionar segurança
e tranquilidade aos clientes que se dirijam à casa.
Transposta a recepção/entrada do recinto – vide item 5.6, a casa
contará com pequeno balcão para promover a venda de souvenires de época
(tais como LPs raros, CDs, bonecos vestidos à caráter, bijuterias, camisetas
etc.), bem como venda de “gifts” com a marca, o logotipo e as identificações da
própria casa de show (tais como chaveiros, canecas, canetas etc.). Nessa
venda, a casa noturna poderá privilegiar a aquisição (ou consignação) de
produtos feitos, prioritariamente, por ONGs ou artesãos de comunidades
carentes.
Poderá, ainda, ser promovida a distribuição gratuita de tais souvenires,
com custo suportado pela casa de show, conforme a ocasião ou festa proposta.
Internamente, além da diversão principal proposta pelo projeto da casa,
poderá ser oferecido ainda o devido serviço de bar e de pequenos lanches
rápidos e/ou porções, com cardápio de opções simples (atendidas pela
funcional cozinha projetada), a preços convidativos e a ser elaborado sob a
supervisão da própria casa de show, e que poderá batizar as opções desse
cardápio com nomes alusivos à década de 70 – por exemplo: “Cheese John
Travolta”, “Drink Boogie Oogie Oogie”, “Quiche NightClubbing”, etc..
55
4.5 Agenda
O “POINT DISCO BAR” poderá funcionar, com o seu projeto principal de
reviver a década de 70, de quinta a domingo, e em dias véspera de feriados.
Nas sessões noturnas de quintas a sábados e véspera de feriados, seria
aberta ao público preferencial da casa, com o atendimento iniciando-se às 22
horas e estendendo-se até a permanência do último cliente; nas sessões de
domingos e feriados (matinês), seria aberta a um público mais jovem, e
funcionaria das 17 horas às 23 horas.
Nos demais dias da semana, a casa poderá estar disponível para
locação por interessados, para promoção de festas temáticas e/ou eventos
empresarias, particulares, fechados etc. – conforme explanado na tabela
abaixo:
Dia da semana Horário Público
Domingo 17 horas 23 horas Jovem (matinê)
Segunda-feira
Agenda livre
Eventos ou não abre
Terça-feira Eventos ou não abre
Quarta-feira Eventos ou não abre
Quinta-feira
A partir das 22 horas
Principal / preferencial
Sexta-feira Principal / preferencial
Sábado Principal / preferencial
Vésperas de feriados Principal / preferencial
Feriados 17 horas 23 horas Jovem (matinê)
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4.6 Estrutura geral
4.6.1 Fachada e recepção
A fachada do prédio será iluminada com luzes apropriadas, tais como
neon, holofotes direcionais de tamanhos pequeno e médio, e contará com
peças de tapeçaria em veludo vermelho pendentes na parede, com o
nome/logotipo do “POINT DISCO BAR”. Poderá ontar, ainda, com espaço
apropriado (mural ou similar) para afixação/divulgação dos espetáculos ou
“pocket show” da programação semanal ou do dia específico.
A recepção/entrada da casa de show contará com balcão ou bancada
funcional, terminal de computadores para registro dos dados dos clientes que
chegam ao local e que também funcionarão como caixa, para fins de controles
e cobrança de consumação dos mesmos. Contará ainda com itens decorativos
e mobiliário básico, para eventual espera de clientes.
57
CAPÍTULO 5 – O PROJETO
5.1 Memorial de Critérios
A obra contratada será realizada no nível térreo do imóvel situado na
Rua Monsenhor Andrade, nº 798, bairro do Brás, São Paulo, Capital.
Algumas paredes foram demolidas para dar maior amplitude à área de
entretenimento e permitir uma maior integração entre os ambientes,
preservando-se os pontos estruturais do imóvel, alguns dos quais foram
aproveitados para a instalação de elementos decorativos com função de
criarem divisões no ambiente, porém sem criar um isolamento em relação à
área de circulação principal (Salão Principal da casa noturna).
Visando facilitar a acessibilidade e o trânsito de pessoas dentro do
estabelecimento, inclusive evitando o risco de acidentes, todo o piso do
pavimento foi nivelado, com base na altura do pátio (qual seja, 50 cm acima do
nível da rua). Com isso, o acesso da área externa ao interior da casa noturna é
feito por uma rampa de pequena elevação, localizada na Entrada Principal da
casa noturna, e que obedece aos mesmos critérios.
Para conciliar tais critérios com a funcionalidade de um palco dentro do
Salão Principal, esse palco foi projetado de maneira que possa se elevar
poucos centímetros acima do nível do piso do referido Salão, quando for ser
utilizado em momentos de apresentação de “pocket shows”, e tornar a se
abaixar, ficando exatamente no nível do restante do piso do Salão, quando for
ser utilizado como pista de dança, nos demais momentos de funcionamento da
casa.
Todo nosso projeto foi desenvolvido pensando-se, ainda, na melhor
circulação de clientes, funcionários etc., no uso contínuo e intenso do local
(conforme proposto nos estudos preliminares desenvolvidos no 2º módulo do
Curso), e na possibilidade de seu aproveitamento para diversas funções e
eventos. Por essa razão, foram escolhidos revestimentos duráveis e resistentes
(como, por exemplo, o piso vinílico), bem como mobiliário prático e versátil
(como as mesas e cadeiras dobráveis do Salão Principal, e as poltronas
58
infláveis e suspensas do Lounge), tudo de modo a facilitar, também, o processo
de manutenção e limpeza dos ambientes.
Ainda com esse foco (a melhor circulação e o mais confortável
atendimento aos clientes), as mesas e cadeiras a serem dispostas no Salão
Principal obedecerão às mínimas dimensões de espaço de circulação entre
elas, e 03 (três) dessas mesas serão mais altas e ficarão mais distanciadas das
demais, para uso e acomodação de cadeirantes, além de contarmos com
algumas cadeiras específicas para pessoas mais obesas. Para uma maior
independência do cliente cadeirante, o Bar do Salão Principal contará com um
rebaixo em seu balcão de atendimento, que respeitará a altura necessária para
o acesso desses clientes aos serviços do Bar.
Igualmente, decorreu desse viés da proposta o projeto dos Banheiros
para Clientes – Cadeirantes como ambientes separados dos Banheiros para
Clientes – Comuns, proporcionando àquelas pessoas de mobilidade reduzida
uma melhor conveniência no uso privativo e um espaço mais amplo.
Com vistas, também, a facilitar a manutenção e limpeza, para os
ambientes como Cozinha, Depósito e Banheiros foram pensados e designados
revestimentos considerados adequados e resistentes à lavagem geral e à
limpeza com produtos químicos desinfetantes e/ou esterilizantes.
Para um acesso mais amigável para os diversos tipos de clientes
pensados para a casa noturna, foi projetada uma entrada de veículos (recuo)
para instalação e atendimento de um serviço de “valet parking” (manobristas),
um pequeno bicicletário (destinado ao público jovem frequentador das
possíveis matinês), bem como 03 (três) vagas próximas à Entrada Principal
destinadas exclusivamente ao estacionamento de veículos de pessoas com
mobilidade reduzida.
Pensando, ainda, na entrada e saída de visitantes, criamos também uma
ampla Recepção, na qual haverá uma pequena área de convívio/área de
espera (bem à frente da porta de acesso à casa noturna), onde ficarão
dispostos confortáveis assentos (pufes). Nessa mesma Recepção, ficará
também a área de Caixas, com espaço (prateleiras e balcão lateral) para
exposição e venda de souvenires e/ou objetos que reforcem e insiram os
visitantes no contexto temático e na identidade visual da casa noturna – quanto
à sua inspiração no movimento “disco” do final da década de 1970.
59
Próximo a essa Recepção, ainda na área de entrada da casa noturna,
foi criada uma Chapelaria, com armários para armazenamento de bolsas e
volumes, bem como arara para guarda de casacos e roupas pesadas, deixados
pelos clientes.
Mais adiante, ficará um Lounge com Bar, espaços projetados para
permitir aos clientes um canto para “descanso” do som e da convivência que se
dará no Salão Principal da casa noturna, e que também poderá desempenhar a
função de área privativa (ou “ambiente VIP”), em dias de eventos especiais ou
reservados – como aniversários, celebrações e festas diversas. Para esse
Lounge, o projeto propõe algumas poltronas a serem dispostas aleatoriamente,
junto às suas paredes, bem como uma poltrona “ilha” a ser disposta no centro
do ambiente, todas elas contando com mesinhas de apoio, proporcionando ao
clientes um ambiente de socialização e consumo de bebidas com mais
tranquilidade e intimidade entre eles.
Na área de acesso restrito da casa noturna (ambientes localizados atrás
do Bar do Salão Principal), a criação de um Camarim foi pensada com um foco
no conforto e acolhimento dos artistas e “performers” que poderão se
apresentar na casa, dando-lhes um ambiente reservado para realizarem sua
preparação, maquiagem, banho e momentos de descanso antes e depois dos
shows, etc.. Justamente para um maior conforto ao artista, achamos
conveniente projetar nos fundos dessa área do Camarim dois boxes privativos,
um para instalação de louça sanitária e outro para instalação de chuveiro.
No item paisagismo, foram projetados sistemas de jardim vertical a
serem instalados em uma das paredes internas do Salão Principal, bem como
em uma das paredes da Área Externa (“área de fumantes”).
Na referida parede do Salão Principal, a folhagem que irá compor o
jardim vertical ficará disposta em placas alternadas com paredes onde estarão
janelas emolduradas por placas de madeira de demolição; essa folhagem
deverá, também, atuar em conjunto com o resto da ambientação, a fim de se
obter um adequado isolamento e conforto acústicos (além daquele que será
proporcionado pelo material isolante acústico, qual seja fibra de vidro, que está
sendo proposto para a parede oposta desse mesmo Salão).
Por sua vez, na Área Externa, a folhagem do jardim vertical será
utilizada enquanto elemento com foco decorativo e que permitirá a visualização
60
de um ambiente mais acolhedor para os usuários do espaço (fumantes ou não
fumantes).
Nesse ponto, cabe lembrar que devido à existência de lei que proíbe o
fumo em ambientes fechados no Estado de São Paulo, criamos essa Área
Externa como mais uma área de convivência para os clientes, de modo a
evitarmos também a exclusão de pessoas fumantes na casa noturna, ou ainda
o prejuízo financeiro pela possiblidade de não acolhê-los. Contudo, para esse
ambiente foram escolhidos móveis (assentos) e aparelhos de conforto de fácil
remoção e guarda ou empilhamento, a fim de permitir também o
aproveitamento desse espaço como área de carga e descarga de mercadorias,
nos horários em que a casa noturna não estiver funcionando.
Essa “área de carga e descarga” ficará, ainda, convenientemente
localizada ao lado do Depósito da casa noturna, para o qual o projeto propõe a
disposição de um freezer e de prateleiras metálicas, com rodinhas e de altura
ajustável, para melhor armazenamento e acesso aos secos e molhados e
demais itens de consumo a serem ali estocados. No mesmo Depósito,
reservamos um espaço, junto a uma de suas paredes, para acomodação das
mesas e cadeiras dobradas do Salão Principal.
Por fim, do ponto de vista da temática que se tentou retratar na
decoração, na ambientação e nos itens da nossa casa noturna, consideramos
interessante ressaltar que os anos 70 do século passado estão sendo
superhomenageados e evocados, atualmente, nos diversos aspectos culturais.
Por exemplo: na moda, por meio do “revival” de roupas típicas da época (como
pantalonas, jeans “flare”, saltos plataforma, cores fortes, listras e estampas,
tops, trabalhos de crochê e até sandálias inspiradas em peças dos anos 70); na
música e na arte, com regravações de canções e artistas daquela década,
revalorização do som e das batidas da “disco music”, com diversos programas
televisivos e também novelas inspiradas (ou que são releituras) da década; na
decoração, com o uso de cores, tons e estampas setentistas, uso de plásticos
e acrílicos; e na vida social em geral, com o surgimento e sucesso de festas
e/ou casas noturnas temáticas; etc..
61
5.2 Memorial Descritivo
5.2.1 Paginação de pisos
Na calçada pública, representada pela faixa de rolagem que fica
situada entre a via pública e as Vagas de Estacionamento e Área de
Embarque/Desembarque da casa noturna, todo o revestimento atualmente
provido pela Prefeitura Municipal será trocado por placas de piso drenante na
cor cinza.
Na área onde se localizam as Vagas de Estacionamento e a Área de
Embarque/Desembarque será aplicado piso de cimento queimado, na cor
natural (cinza), e sinalizações feitas com tinta automotiva nas cores indicadas
na norma NBR 1140, da ABNT.
Na área na Entrada da casa noturna, bem como em toda a “passarela
de acesso” para pedestres, localizada entre a parede da fachada e as áreas
de estacionamento e embarque/desembarque, será aplicado o mesmo piso
drenante proposto para a calçada, mas em placas multicoloridas alternadas
(com cores e tons que remetem à década de 70, e remetem também ao piso da
pista de dança do Salão Principal).
Será aplicado piso vinílico xadrez nas cores preta e branca, com placas
medindo 60 x 60 cm e dispostas em diagonal, nos seguintes espaços da casa
noturna: na Recepção e na área dos Caixas/Balcão de Souvenires, na
Chapelaria, no Lounge, nos Banheiros para Funcionários e em seus dois
corredores adjacentes. Na área do Escritório da Administração e na parte
“seca” da área do Camarim será aplicado revestimento de carpete sintético
antiestética, de cerdas curtas, na cor cinza chumbo; por sua vez, na área
“molhada” do Camarim, aplicação de piso de porcelanato na cor branca
(idêntico ao da Cozinha e do Depósito).
Nas áreas do Corredor “Futurista” (acesso localizado entre os dois
Banheiros para Clientes), bem como em todo o Salão Principal, e no
Corredor de Acesso à Área Externa (ou “área de fumantes”), será aplicado
piso vinílico na cor preta sólida.
62
Nos Banheiros para Clientes, os pisos serão em porcelanato na cor
preta sólida, brilhante, com placas medindo 30 x 30 cm, e aplicação de faixas
de pastilhas douradas mistas de fosco com brilhante, na largura de 30 cm e
formato, direção e pontos conforme indicados na planta de paginação (ver item
5.2.3, alínea “f”, à página ...... – e prancha nº 08/08).
Na Pista de Dança / Mini-Palco, localizado no centro do Salão
Principal, o piso será de .................pesquisar/cotar, junto com o palco em
si................... .
Nas áreas da Cozinha e do Depósito será aplicado piso de porcelanato
na cor branca sólida.
Na Área Externa (ou “área de fumantes”) bem como na área de acesso
localizada entre essa Área Externa e a calçada pública, será aplicado o mesmo
piso drenante proposto para a calçada pública, e igualmente em placas
multicoloridas alternadas.
Exceto quando indicado de forma diversa4, todos os ambientes da casa
noturna receberão aplicação de rodapés de 15 cm de altura, feitos em madeira
certificada, pintada com tinta comum na cor preta sólida.
5.2.2 Frentes (ou Ambientes Externos) da casa noturna
a) Vagas de Estacionamento e Área de Embarque / Desembarque:
optamos por demolir o muro atual da Escola, de modo a aproveitar o espaço
entre a “parede” (atuais colunas) do pacto e a calçada, para utilizar esse
espaço como área de desembarque de clientes e atendimento do serviço de
manobrista, bem como 03 (três) vagas de estacionamento para cadeirantes
frequentadores da casa noturna;
assim, a “área de desembarque” permitirá um acesso mais fácil ao recinto
para aqueles que vierem de carro, ao mesmo tempo em que permitirá que
não se atrapalhe o fluxo de tráfego normal de veículos da rua onde se
localiza a casa noturna;
4 Cozinha, Depósito, Banheiros (de Clientes e de Funcionários), e nos fundos do Camarim – visto que todas essas são áreas “molhadas”.
63
quanto às vagas para cadeirantes, localizadas bem ao lado da entrada da
casa noturna, entendemos serem em número suficiente para atender à
proposta do projeto, privilegiando as pessoas com dificuldade de locomoção;
o estande de atendimento do serviço de manobrista ficará localizado na
“área de desembarque”.
b) Jardim/vegetação frontal:
composto por dois canteiros em “L”, de alvenaria, com 30 cm de altura, e
que acompanharão a extensão da área de desembarque e do
estacionamento de cadeirantes;
a vegetação será composta preferencialmente de plantas com poucas flores
(ou de floração periódica), predominando as folhagens em tons de verde.
c) Passarela de acesso:
faixa de circulação disposta entre a fachada da casa noturna e os canteiros
em “L” que delimitam as Vagas de Estacionamento e a Área de
Embarque/Desembarque, trata-se de uma estreita passarela criada para
servir de área circulação para os pedestres que se dirigem à Entrada ou que
estão saindo da casa de show (e que servirá, inclusive, como espaço onde
poderá ser formada eventual fila de clientes à entrada);
essa passarela terá placas de piso drenante, em cores vivas intercaladas,
reproduzindo a idéia das pistas de dança dos anos 70, bem com sinalização
luminosa embutida na alvenaria dos canteiros em “L”;
o piso dessa passarela comportará, ainda, sinalização tátil adequada para os
deficientes visuais, nos pontos necessários.
d) Fachada:
a fachada da casa noturna terá uma decoração minimalista, e será toda
revestida de tijolinho aparente, em tom claro, a fim de comportar decoração
colorida (“banners”) e iluminação direcionada. O toque de sustentabilidade
do projeto já se mostra a partir desse ambiente externo (a fachada), dado
que pretende-se utilizar tijolinho feito de reaproveitamento de sobras de
material de construção;
64
pendurados na fachada da casa noturna, 03 (três) banners em veludo
vermelho comportarão o nome da casa noturna (“Point Disco Bar”, grafado
em letras na cor prata). Esses banners serão iluminados de baixo para cima
por holofotes direcionais – iluminação esta embutida ao longo do piso da
passarela de acesso à casa noturna.
e) Entrada da casa noturna:
..................................................................... .
5.2.3 Interiores (ou Ambientes Internos) da casa noturna
a) Recepção e área dos Caixas/Balcão de Souvenires:
rodapés pintados com tinta cor preta, fosco;
as duas paredes de frente para a Entrada principal da casa noturna serão
pintadas com tinta na cor cinza chumbo, e revestidas com aplicação de
pastilhas de bambu na cor natural – respeitando-se o rodapé de 15 cm de
altura;
as duas paredes opostas (onde ficarão instalados os Caixas e as prateleiras
de Souvenires) serão pintadas da mesma cor, e receberão os seguintes
revestimentos, aplicações e itens/elementos decorativos:
1. respeitar-se-á os rodapés de 15 cm de altura;
2. aplicação de chapa de alumínio reciclado, dos rodapés até a altura de
1,10m, de modo a revestir a parede entre porta de Entrada principal da
casa noturna e o balcão dos Caixas/Souvenires, revestir o próprio balcão,
revestir a parede perpendicular aos Caixas, e seguindo pelas paredes e
portas do Banheiro para Clientes - Masculino, até encontrar-se com o
revestimento de botonê aplicado na parede esquerda do Salão Principal;
3. 03 (três) prateleiras para Souvenires, feitas em madeira de demolição –
“pinus”, na cor clara ou bege, natural;
4. abaixo de cada prateleira, aplicação de uma faixa de 5 cm de altura de
pastilhas de inox, na cor prata escovada, revestimento este que seguirá
pela parede perpendicular aos Caixas e pelas paredes e portas do
Banheiro para Clientes - Masculino,, até encontrar-se com a faixa do
mesmo revestimento aplicado na parede esquerda do Salão Principal;
65
5. Balcão de Souvenires e dos Caixas com estrutura em madeira certificada
e tampo em madeira de demolição idêntica à utilizada nas prateleiras de
Souvenires (vide acima);
6. no canto diametralmente oposto aos Caixas, disposição de 01 (uma)
mesinha de canto, redonda e feita em madeira de demolição, suportando
estátua dourada representativa da década de 70 e “flyers”, convites ou
folhetos de divulgação da casa noturna;
7. disposição, ainda, de 03 (três) pufes em formato de formas orgânicas –
“feijões”, todos na cor vermelha, ficando 01 ao lado direito da mesinha de
canto, e 02 ao lado esquerdo;
8. lustre instalado em ponto central do teto do ambiente, feito de material
plástico reciclado, e de autoria do designer de ambientes e artista plástico
Nido Campolongo; e
9. 04 (quatro) luminárias pendentes feitas de material reciclado, sendo 03
instaladas de modo a iluminar o ponto central do balcão de cada um dos
Caixas, e 01 instalada no canto diametralmente oposto, de modo a
iluminar bem em cima da mesinha de canto;
b) Chapelaria:
rodapés pintados com tinta cor preta, fosco;
balcão a 1,10 m de altura do piso, com estrutura em madeira e revestido, por
fora do ambiente, com a mesma placa de alumínio reciclado aplicada em
paredes da Recepção. Dotado, ainda, de “portinhola” em sua lateral direita,
composta de folha única e com abertura para dentro da Chapelaria, para
passagem e acesso de funcionário;
tampo do balcão feito em madeira de demolição – “pinus”, na cor clara ou
bege, natural (idêntica à utilizada nos Caixas/Recepção);
as três paredes ou fundos de paredes da Chapelaria serão pintadas em tinta
na cor branca sólida;
armário em “L” fixado nas paredes lateral direita e dos fundos da Chapelaria,
com altura de 2,10 m, estrutura em madeira de reflorestamento na cor clara
e apenas envernizada (para manter-se sua cor natural), e composto de
nichos quadrados para guarda de bolsas e pertences dos clientes;
66
na parede oposta ao armário em “L”, presença de uma abertura para
comunicação entre os funcionários da Chapelaria e do Bar do Lounge
(conforme indicada na respectiva Vista), dotada de tampo com 5 cm de
espessura, feito em madeira certificada, com revestimento em fórmica na cor
preta;
a partir de 2,60m de altura do piso, instalação de um fechamento frontal do
ambiente, até o forro/teto, composto de uma “bandeira” de gesso pintado na
cor cinza chumbo, e que receberá aplicação de neon colorido indicando a
ambiente (“Chapelaria”). Esse fechamento frontal deverá ficar perpendicular
às duas paredes da Chapelaria, e ser instalado com um recuo em relação ao
balcão, partindo da aresta da parede esquerda do ambiente e encontrando-
se com a parede direita/oposta, a 50 cm de sua aresta.
c) Bar do Lounge:
sem a presença de rodapés acompanhando a estrutura do bar;
estrutura do balcão feita de tijolos de vidro incolor, partindo do piso até 1,10
m de altura;
tampo superior todo feito em resina Corian (material sustentável) na cor
preta, com espessura de 5 cm, e dotado de “portinhola” em sua lateral
direita, composta de folha única e com abertura para dentro do bar, para
passagem e acesso de funcionário;
pelos lados de dentro e de fora do bar, e logo abaixo do seu tampo, fixação
de fitas de LED colorido, para iluminação randômica da estrutura de tijolos
de vidro;
as paredes do bar, direita e esquerda, bem como todo o restante da parede
adjacente ao bar (à esquerda deste, já na área do Lounge), serão pintadas
com tinta na cor branca sólida;
na parede esquerda do bar, instalação de 03 (três) prateleiras em vidro,
iluminadas individualmente de baixo para cima, por meio de mangueiras de
LED na cor branca – de modo a valorizar/criar efeito multicor ao incidir nas
garrafas de bebidas;
a partir de 2,60 m de altura do piso, instalação de um fechamento frontal do
ambiente, até o forro/teto e acompanhando o formato sextavado do bar,
67
composto de uma “bandeira” de gesso pintado na cor cinza chumbo, e que
receberá aplicação de neon colorido indicando a ambiente (palavra “Bar”).
d) Lounge:
rodapés pintados com tinta cor preta, fosco;
as duas paredes à direita do observador que adentra o Lounge (incluindo-se,
aqui, a parede do Bar do Lounge) serão pintadas em tinta na cor branca
sólida, e uma vez que totalmente lisas, servirão para projeção de vídeos
musicais da década de 70 e/ou imagens alusivas à época (a partir de projeto
próprio, instalado no ponto central do ambiente);
instalação de projetor de imagens e vídeos no ponto central do ambiente, no
centro da sanca de gesso que compõe seu teto/forro, para projeções na
parede indicada acima;
por sua vez, as duas paredes à esquerda do observador serão revestidas
totalmente em pastilhas 3D, na cor vermelha.
Mobiliário que comporá esse ambiente:
03 (três) cadeiras “bubble” pendentes fixadas no teto do ambiente, junto à
parede do lado esquerdo do observador, sendo elas com estrutura externa
na cor branca e os interiores/estofamentos dos assentos nas três cores
primárias – vermelho, azul e amarelo;
01 (uma) poltrona em “L” no canto diagonal oposto ao posicionamento das
cadeiras “bubble”, sendo ela revestida em couro na cor vermelha escura,
com aplicação de botonê;
03 (três) poltronas em plástico inflável, nas três cores primárias – vermelho,
azul e amarelo, para serem dispostas 02 delas na parede dos fundos do
ambiente, e 01 na parede branca adjacente ao Bar do Lounge;
01 (um) sofá redondo tamanho “king size”, com encosto central no mesmo
formato arredondado, revestida em couro na cor vermelha escura, com
aplicação de botonê, para ser disposta no meio do ambiente, em ponto
eqüidistante entre as demais cadeiras e poltronas citadas acima; e
05 (cinco) mesinhas de apoio, em acrílico transparente, sendo 04 redondas
e 01 oval, para serem dispostas – respectivamente – aos lados das
poltronas infláveis e à frente da poltrona em “L”.
68
e) Corredor “Futurista” – passagem da Recepção para o Salão Principal,
localizado entre os Banheiros para Clientes:
rodapés pintados com tinta cor preta, fosco;
o fundo de suas duas paredes – direita e à esquerda – será pintado na cor
branca sólida;
as 04 (quatro) portas dos Banheiros para Clientes serão pintadas na cor
cinza chumbo, e receberão aplicações de neons coloridos sinalizando WC
Masculino, WC Feminino e WC’s Acessíveis;
o teto será rebaixado em formato de arco, e revestido com composição
geométrica feita com lâmpadas fluorescentes tubulares recicladas, fixadas
adequadamente e dispostas em fileiras paralelas às paredes, mas
instaladas, na sua maioria, apenas para efeito de compor a decoração do
ambiente – exceto as 02 (duas) fileiras de lâmpadas que ficarão fixadas
rentes ao encontro das arestas do teto em arco com as duas paredes
laterais;
essas 02 (duas) fileiras de lâmpadas fluorescentes tubulares – uma à direita
e outra à esquerda de quem passa pelo Corredor – terão sua instalação
elétrica e funcional completa, de modo a iluminarem esse ambiente de
passagem.
f) Banheiros para Clientes – Comuns e Cadeirantes (masculinos e femininos):
os pisos serão em porcelanato na cor preta sólida, brilhante, com placas
medindo 30 x 30 cm, e aplicação de faixas de pastilhas douradas mistas de
fosco com brilhante, na largura de 30 cm, com formato, direção e pontos de
aplicação conforme indicados na planta/prancha respectiva (ver também
próximo item);
as superfícies com pastilhas douradas do piso citadas no item acima
seguirão compondo o piso dos boxes privativos dos banheiros, com formato
de faixas que revestirão também a parede por trás dos vasos sanitários, e
que subirão revestindo tais paredes até se encontrar com o teto dos
ambientes;
69
paredes revestidas com placas cimentícias na cor preta fosca/aveludada,
exceto nos pontos onde aplicar-se-á o detalhamento de pastilhas douradas
citadas nos dois itens anteriores;
o teto será em gesso rebaixado, todo pintado na cor branca, com tabica em
toda a volta do ambiente (para instalação de iluminação cênica embutida);
as divisórias e portas dos boxes privativos serão feitas em MDF, e laqueada
(tinta) nas cores vermelha sólida, nos Banheiros Femininos, e verde sólida,
no Masculino;
a bancada das cubas terá tampo todo em resina na cor vermelha sólida;
as 03 (três) cubas serão esmaltadas, da linha Deca/Casa Cor 2011, na cor
dourada, com torneiras monocomando do tipo “cascata”, também da Deca,
cor dourada;
aplicação de espelho em toda a parede por trás das cubas, desde a altura
de 1,10 m (na parede) e até 2,10 m, com largura de 2,30 m (acompanhando
a largura do tampo da bancada das cubas);
entre o início do espelho e a aresta do tampo da bancada das cubas será
aplicada uma faixa de pastilhas douradas similar àquela aplicada no piso;
na parede oposta à bancada, aplicação de espelho desde a altura do rodapé
(de 15 cm) até a altura de 2,10 m, e com largura de 2,30 m a partir do canto
da parede onde fica a porta de entrada do banheiro.
Especificamente nos Banheiros para Clientes / Acessíveis, toda a
decoração e aplicação de materiais, cores, gesso rebaixado e revestimentos
seguirão o mesmo esquema dos Banheiros para Clientes / Comuns, conforme
descrição acima, exceto pelos seguintes detalhes:
a faixa de pastilhas douradas do piso será aplicada de modo e formato
similares ao disposto no Banheiro para Clientes / Comuns, mas estendendo-
se apenas da porta de entrada do Banheiro Acessível até a parede oposta (à
frente da porta), subindo pela extensão dessa parede e finalizando-se no
encontro com o teto do ambiente;
o espelho atrás da cuba terá a largura de 75 cm (acompanhando a largura
da respectiva bancada) e será instalado respeitando-se a inclinação
necessária para seu uso com acessibilidade;
70
o espelho da parede oposta à bancada ocupará toda a largura dessa
parede, de canto a canto;
as barras de apoio indicadas na planta layout serão da marca Deca, em
metal na cor dourada.
g) Salão Principal:
Contará com 04 (quatro) televisores com tela de plasma, de 51
polegadas, instaladas 02 (duas) delas pendentes do teto, na frente do Bar, e as
outras fixadas 01 (uma) na parede onde ficará a cabine do DJ, e 01 (uma) na
parede seguinte.
No Bar desse ambiente, será aplicado letreiro em neon com o nome da
casa noturna (“Point Disco Bar”), fixado por sobre o botonê que reveste o
balcão.
Na parede direita do observador que entra nesse Salão Principal, janelas
dispostas de forma eqüidistante, e alternadas com placas de jardim vertical,
poderão permitir uma boa ventilação do ambiente durante os horários de
limpeza e manutenção da casa noturna. Tais janelas terão altura similar àquela
das atuais janelas do prédio “histórico” ao lado da casa noturna.
Parede / Vista 1
rodapés pintados com tinta cor preta, fosco;
aplicação de estofamento de 95 cm de altura, feito em couro e com botonê,
na cor vermelha escura, instalado a partir do rodapé e até a altura de 1,10 m
da parede;
acima da faixa de botonê estofado, aplicação de uma faixa de 5 cm de altura
de pastilhas de inox, na cor prata escovada;
a partir da faixa de pastilhas de inox, até a altura do forro de gesso, parede
pintada na cor branca, com colocação de 07 (sete) espelhos medindo 1,00 m
x 2,50 m cada um, com espaçamento de 2,00 m de parede lisa entre cada
um dos espelhos – formando-se (ou alternando-se com) oito áreas de
paredes “nuas” (de cor branca);
das 08 (oito) áreas de paredes na cor branca citadas no item anterior, as 03
(três) mais centrais – conforme indicadas na “Vista 1” – receberão
aplicações de neons coloridos, da seguinte forma:
71
1. na parte mais inferior da superfície, neons representando silhuetas
humanas em poses típicas da década de 70; e
2. acima, na parte mais central da superfície, neons representando os
nomes de casas noturnas que foram famosas na década de 70.
Parede / Vista 2 (Bar Principal)
rodapés pintados com tinta cor preta, fosco;
parede atrás do bar pintadas com tinta na cor preta, parede acima da porta
de acesso à área administrativa pintada com tinta na cor branca, e parede
acima da porta de acesso à área externa (“área de fumantes”) pintada com
tinta também na cor branca;
03 (três) prateleiras de vidro de 10 mm de espessura, e com iluminação
traseira proporcionada por fitas de LED;
debaixo de cada uma das prateleiras, aplicação de uma faixa de pastilhas de
inox na cor prata “miscelânea”, com 20 cm de altura;
Bar com estrutura em madeira certificada, com tampo a 1,10 m de altura do
piso e com um rebaixo de 45 cm em sua lateral direita (conforme indicado no
projeto executivo), destinado ao atendimento às pessoas de mobilidade
reduzida ou com necessidades especiais – cadeirantes, portadores de
nanismo e/ou pessoas de baixa estatura;
o tampo do Bar será todo feito em resina Corian (material sustentável) na cor
preta, com espessura de 5 cm, e no ponto onde se localiza o rebaixo para
atendimento de portadores de necessidades especiais avista-se a bancada
de trabalho dos barmen (bancada interna do bar), a qual será toda revestida
em fórmica na cor preta;
na face frontal abaixo do tampo do Bar, aplicação de estofamento de 95 cm
de altura, feito em couro e com botonê, na cor vermelha escura, instalado a
partir do rodapé e até a aresta inferior do tampo;
o tampo do passa-pratos (entre o bar e a cozinha) terá 5 cm de espessura e
será feito em madeira certificada, revestida em fórmica na cor preta;
a abertura do passa-pratos terá formato de arco em sua parte superior, com
tampo instalado a 1,10 m de altura do piso, e abaixo dele será instalada
“portinhola” de passagem e acesso para os funcionários do bar, composta
de 02 (duas) folhas e com abertura dupla, estilo “bang bang”.
72
Parede / Vista 3 (onde ficará Jardim Vertical)
...................................................................................................... .
Pista de Dança / Mini-Palco (localizado no centro do Salão Principal)
...................................................................................................... .
h) Corredor de Acesso à Área Externa – ou acesso à “Área de Fumantes”,
passagem localizada em ponto modo adjacente à Cozinha e ao Depósito
...................................................................................................... .
i) Escritório da Administração
piso todo revestido com carpete sintético, de cerdas curtas, na cor cinza
chumbo;
todas as paredes serão revestidas com tinta comum na cor laranja, desde a
altura do rodapé até a altura de 2,10 m, e a partir daí, na cor branca, até a
altura total do pé-direito do ambiente;
teto todo revestido com tinta na cor branca, sem gesso ou rebaixamento.
j) Camarim
seu piso será revestido de duas formas, a saber:
1. em sua extensão considerada “área seca” (compreendida entre a porta de
entrada e a divisória antes dos boxes do chuveiro e da louça sanitária)
será revestida em carpete sintético de cerdas curtas, na cor cinza
chumbo, similar àquele aplicado no Escritório da Administração; e
2. na extensão considerada “área molhada” (localizada a partir da divisória
citada acima e até a parede dos fundos do ambiente) será revestida em
porcelanato na cor branca, idêntico ao (piso) da Cozinha;
todas as paredes serão revestidas com tinta comum na cor laranja, desde a
altura do rodapé até a altura de 2,10 m, e a partir daí, na cor branca, até a
altura total do pé-direito do ambiente;
teto todo revestido com tinta na cor branca, sem gesso ou rebaixamento.
k) Banheiros para Funcionários
73
todas as paredes desses dois Banheiros serão revestidas da seguinte forma:
1. até a altura de 2,10 m, azulejos de porcelanato na cor branca sólida; e
2. a partir de 2,10 m e até a altura total do pé-direito do ambiente,
revestimento apenas com tinta comum na cor branco gelo (cinza) similar à
utilizada no Depósito e na Cozinha;
teto todo revestido com tinta na cor branca, com rebaixamento em gesso.
l) Cozinha
todas as paredes da Cozinha serão revestidas da seguinte forma:
1. até a altura de 2,10 m, azulejos de porcelanato na cor branca sólida; e
2. a partir de 2,10 m e até a altura total do pé-direito do ambiente,
revestimento apenas com tinta comum na cor branco gelo (cinza) similar à
utilizada no Depósito;
teto todo revestido com tinta na cor branca, sem gesso ou rebaixamento.
m) Depósito
todas as paredes do Depósito serão revestidas com tinta comum na cor
branco gelo (cinza);
teto todo revestido com tinta na cor branca, sem gesso ou rebaixamento;
na parede oposta à porta e logo abaixo das duas janelas do ambiente, serão
instalados “exaustores mecânicos (de ventilação)”, com o objetivo de impedir
a entrada de fumaça da Área Externa / Área de Fumantes, localizada em
espaço ao lado do Depósito.
n) Corredor em “L” (adjacente à Administração, Camarim, Banheiros para
Funcionários, Cozinha e Depósito)
todas as paredes serão revestidas com tinta comum na cor branca, com
aplicação de adesivos vinílicos coloridos, em formato de “silhuetas
dançantes”, fixados nos pontos e conforme a disposição indicada em layout
ou vistas/perspectivas;
teto todo revestido com tinta na cor branca, sem gesso ou rebaixamento.
o) Área Externa (ou “Área de Fumantes”) – também utilizada como área de
carga e descarga de mercadorias
74
a parede à direita, na sua visualização em planta, e a parede dos fundos do
ambiente (adjacente à parede direita) serão revestidas por completo com a
instalação de jardim vertical, sendo que o fundo das paredes propriamente
ditas será tratado conforme o respectivo projeto executivo - vide;
a parede à esquerda, na visualização em planta do ambiente, será toda
revestida com tinta comum na cor laranja, desde o piso e até a altura total do
pé-direito;
nessa mesma parede, serão instaladas 03 (três) arandelas artesanais Casa
Cor 2011, fixadas a partir da altura de 1,60 m do piso, mais 05 (cinco)
arandelas baixas do tipo “tartaruguinha”, fixadas a partir da altura de 20 cm
do piso e dispostas a uma distância de 2 m entre uma e outra, no sentido
longitudinal da parede.
p) Jardim ...de inverno / externo... e corredor de acesso Salão principal /
área ...de fumantes... :
75
5.3 Orçamento
76
5.4 Contrato
Para a execução desse projeto com maior firmeza negocial e com a
devida segurança comercial e jurídica para ambas as partes (prestadores de
serviços, e empresa proprietária da denominação “Point Disco Bar”), será
conveniente a assinatura de competente Contrato de Prestação de Serviços
especializados de design de interiores, o qual poderá obedecer ao modelo a
seguir sugerido.
[cabeçalho e/ou logotipo da empresa ou dos prestadores de serviço]
CONTRATO DE PROJETO DE DESIGN DE INTERIORES
REFERÊNCIA: Projeto completo de Design de Interiores do imóvel localizado na Rua Monsenhor Andrade nº 78 – Brás – São Paulo – Capital.
CONTRATANTE: POINT DISCO BAR S/A, empresa inscrita no CNPJ/MF sob nº 00.000.000/0001-00, situada na Rua Antonio Prado Souza nº 100, Vila Leste, São Paulo, Capital, neste ato representada pelo sócio-proprietário Jonatas Tafinel do Prado, brasileiro, casado, empresário autônomo, RG nº 00.000.000-X e CPF nº 000.000.000-00, residente e domiciliado na Rua Bezerra da Silva nº 24, Bairro City Pirituba, São Paulo, Capital.
CONTRATADA: J.M.P.T. DESIGN E DECORAÇÃO LTDA. – ME, empresa inscrita no CNPJ/MF sob nº 00.000.000/0001-00, situada na Rua Maria Antonia Ferrão Boury nº 04, Bairro do Meio, São Paulo, Capital, neste ato representada pelo(a) sócio(a)-proprietário(a) Xxxxxxxxxx Xxxxxxx Xxxxxxx, brasileiro(a), solteiro(a), técnico(a) em design de interiores, RG nº 00.000.000-0 e CPF nº 000.000.000-00, residente e domiciliado(a) na Rua Laura Vittorino nº 96, Vila Norte, São Paulo, Capital.
1 – OBJETO DO CONTRATOO presente contrato tem por objeto a execução, pela Contratada, dos serviços de design de interiores contidos e descritos na Cláusula 2, subseqüente, e relacionados com a “Referência” do presente contrato.
2 – DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOSOs serviços a serem executados pela Contratada consistem no desenvolvimento completo e pormenorizado de projeto de Design de Interiores, composto de dados concepcionais a serem apresentados em escalas e nas
77
formas adequadas à perfeita compreensão dos elementos nele contidos, para sua execução, compreendendo os seguintes itens ou etapas:
2.1. Estudo Preliminar – brieffing, estudos preparatórios, relatórios que se fizerem cabíveis, desenhos esquemáticos, e demais documentos em que se demonstre a compreensão do problema e a definição dos critérios e diretrizes conceituais para o desenvolvimento do trabalho ora contratado;
2.2. Projeto Conceitual – desenhos de lançamento das propostas anunciadas no Estudo Preliminar, acompanhados de cálculos e demais demonstrativos das propostas apresentadas no projeto, incluindo-se as instruções a serem endereçadas aos executores responsáveis pelos projetos específicos de instalações elétrica, de itens de ventilação e automação, bem como eventuais detalhamentos que evidenciem as diferentes possibilidades de uso dos sistemas propostos; compreendendo também a compatibilização, atividade em que se justapõem as informações técnicas e as necessidades físicas relativas às determinações do projeto de Design de Interiores, e as decorrentes dos demais projetos integrantes do trabalho global (arquitetura, estrutura, instalações elétricas e telefônicas, hidráulicas, de ventilação, de sonorização e acústica, de execução de interiores e exteriores, de paisagismos, etc.), com a finalidade de garantir o perfeito andamento da execução efetiva do projeto;
2.3. Projeto Executivo – concretização das idéias propostas no Projeto Conceitual, devidamente compatibilizadas a partir da integração do projeto de ambientes com todos os sistemas prediais e/ou estruturais envolvidos, incluindo-se as informações técnicas pertinentes à correta integração dos ambientes e demais equipamentos com os detalhes da arquitetura do prédio pré-existente, bem como os dados de equipamentos especificados, os desenhos referentes móveis, equipamentos, revestimentos, materiais e acabamentos diversos (como parte integrante do Projeto Executivo ou como seu complemento – dito Memorial Descritivo), com vistas à perfeita compreensão das dimensões físicas, estruturais e das formas de instalação de todos os itens e elementos de design e decoração propostos, e sendo que o detalhamento específico de móveis e acessórios especiais ou criados para esse projeto serão considerados serviços extraordinários;
Parágrafo único. Todos os desenhos, plantas e afins serão apresentados em escala.
2.4. Supervisão Técnica – atividade de acompanhamento da execução das obras no edifício onde funcionará a casa noturna, para averiguação e garantia da correta execução das determinações e especificações técnicas cabíveis, bem como para apresentação de eventuais modificações ou adaptações tecnicamente convenientes, se necessário e pertinente, sendo que todas as visitas técnicas necessárias durante a fase de execução e acabamentos serão acordadas e relatadas, para fins de remuneração, em instrumento à parte, posteriormente, o qual será considerado como anexo deste Contrato para todos os fins.
3 – PRAZOS
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03.01. Os serviços ora contratados serão executados nos prazos abaixo especificados:03.01.01. ESTUDO PRELIMINAR: 15 (quinze) dias após a assinatura deste contrato;03.01.03. PROJETO CONCEITUAL: 30 (trinta) dias após a entrega do Estudo Preliminar;03.01.04 PROJETO EXECUTIVO: 30 (trinta) dias após a entrega do Projeto Conceitual.03.02. Os prazos acima constituem os máximos necessários para o desenvolvimento técnico dos serviços, podendo, no entanto, serem dilatados mediante acordo entre as partes.03.03. Não serão contados os dias em que o projeto ficar retido pelo CONTRATANTE, para sua apreciação.03.04. Os prazos acima não se vinculam aos prazos necessários para aprovação junto aos órgãos competentes, podendo, entretanto, o CONTRATADO desenvolver, paralelamente e estes trâmites, as etapas posteriores.03.05. Os prazos acima serão contados a partir da entrega dos elementos necessários ao desenvolvimento do projeto pelo CONTRATANTE, ou seja, levantamento planialtimétrico, sondagens, plantas arquitetônicas, escrituras e civis, etc.
4 – HONORÁRIOS04.01. Para uma área bruta aproximadamente de XXX metros quadrados de área a ser trabalhada, o valor do Projeto será de R$ X.XXX,XX.Pelos serviços previstos no presente contrato o CONTRATANTE pagará ao CONTRATADO, os honorários calculados em R$ X.XXX,XX (XXXXXXXXXXXX) que serão pagos da seguinte forma:04.01.01. 20% – na assinatura do contrato;04.01.04. 30% – na entrega do Projeto Conceitual;04.01.05. 50% – na entrega do Projeto Executivo.04.02. Não constam do preço do projeto;04.02.01. Impostos, taxas, emolumentos e registro na Prefeitura;04.02.02. Sondagens e levantamentos de patologias prediais;04.02.03. Cópias heliográficas, xerográficas e fotografias;04.02.04. Maquetes, perspectivas e plantas de comercialização;04.02.05. Alterações introduzidas pelo CONTRATANTE nas etapas subseqüentes que já foram previamente analisadas e aprovadas;04.02.06. Projetos complementares de instalações hidráulicas, sanitários, elétricas, movelarias exclusivas, intervenções arquitetônicas, etc.04.03. O pagamento de cada etapa deverá ser efetuado até 5 (cinco) dias úteis após a aprovação (de acordo) dos serviços correspondentes, contra emissão dos respectivos recibos de honorários profissionais.04.03.01. O CONTRATANTE terá 5 (cinco) dias úteis para a aprovação ou solicitação de eventuais alterações a contar da data de cada etapa.04.03.02. Os pagamentos efetuados após seu vencimento sofrerão multa de 30% (trinta).04.04. Todas as alterações introduzidas no projeto pelo CONTRATANTE, visitas à obra e sua fiscalização serão cobradas por hora técnica, de acordo com os valores a seguir convencionados.
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– Designer de Ambientes………………………………….. R$ XX,XX / hora– Desenhista ………………………………………………….. R$ XX,XX / hora
5 – OBRIGAÇÕES DO CONTRATADOConstituem obrigações do CONTRATADO;05.01. Indicar e mediar a contratação de todo o pessoal necessário a execução dos serviços objeto deste contrato: pedreiros, instaladores, gesseiros, marceneiros, serralheiro e fornecedores.05.02. Responder perante o CONTRATANTE, pela execução e entrega dos objetos da Cláusula 02.05.03. Assumir, na qualidade de autoria, a responsabilidade técnica pelas especificações feitas, atendendo prontamente às exigências, modificações e esclarecimentos que forem necessários bem como intermediar as partes fornecedor/cliente quando houver algum problema.05.04. Fornecer um CD com as plantas, detalhes relativos ao desenvolvimento do projeto e memorial descritivo ao CONTRATANTE.05.05. Coordenar e dar orientação geral nos projetos complementares ao projeto de Design de Ambientes, tais como indicações de alterações nas instalações elétricas e telefônicas, arquitetura, instalações hidráulicas e outros, podendo, a pedido do CONTRATANTE, indicar profissionais legalmente habilitados para sua execução.05.06. O CONTRATADO deve elaborar os projetos objetivados no presente contrato, em obediência às normas e especificações técnicas vigentes, responsabilizando-se pelos serviços prestados, na forma da legislação em vigor.
6 – OBRIGAÇÕES DO CONTRATANTE06.01. Ressarcir as despesas havidas pelo CONTRATADO, tais como decorrentes de projetos técnicos complementares, memoriais e tabelas técnicas de incorporação, cópias heliográficas, xerográficas e outras não especificadas, desde que autorizadas pelo CONTRATANTE.06.02. Fornecer ao CONTRATADO, todos os documentos como cópias de escrituras, levantamentos planialtimétricos, sondagens, plantas arquitetônicas e civis e profissionais para a elaboração dos projetos complementares, etc.06.03. Pagar as despesas relativas a fotografias, mapas, maquetes e plantas de comercialização necessários a representação dos projetos.06.04. Pagar os honorários do CONTRATADO e projetos complementares, referentes a projetos modificativos, e alterações de projetos das fases já executadas, decorrentes das solicitações feitas pelo CONTRATANTE, independente das razões que o motivaram. Esses honorários serão cobrados conforme Cláusula 04.04 do presente contrato.
7 – DISPOSIÇÕES GERAIS07.01. Este contrato não criará qualquer vínculo empregatício entre o CONTRATANTE e o CONTRATADO.07.02. A cada etapa entregue, deverá o CONTRATANTE analisar todos os desenhos entregues e autorizar (de acordo) o início da etapa seguinte.07.03. É defeso de qualquer das partes ceder ou transferir total ou parcial, os direitos e obrigações decorrentes deste contrato.
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07.04. O CONTRATANTE poderá interromper os trabalhos a qualquer momento desde que assegure ai CONTRATADO o término da etapa em andamento e sua conseqüente remuneração.07.05. Se o objeto deste contrato se limitar ao Estudo Preliminar e ao Projeto Conceitual, e se estes forem utilizados para a execução da obra, tal utilização será suscetível da aplicação das disposições legais da obrigatoriedade do pagamento da indenização a três vezes o valor estipulado na Cláusula 04.01.07.06. O CONTRATADO não se responsabiliza por alterações ocorridas durante a obra que estiverem em desacordo com os serviços por ele executados ou alterações solicitadas pelo CONTRATANTE que estiverem em desacordo com a legislação em vigor.07.07. Se, a partir da data deste contrato, forem criados novos tributos taxas, encargos e contribuições fiscais e para fiscais ou modificadas as alíquotas atuais, de forma a majorar os ônus do CONTRATADO, os valores da remuneração constante do presente contrato, serão revisadas de modo a refletir tais modificações.07.08. O contrato será rescindido caso ocorram as seguintes hipóteses:07.08.01. Infração de qualquer das Cláusulas e Condições;07.08.02. Insolvência de qualquer das partes;07.09. A parte que der causa ao rompimento deste ajuste, incidirá na multa contratual 20% (vinte por cento) sobre o valor total dos serviços contratados.07.10. As partes elegem o TRIBUNAL DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DO PARANÁ, CÂMARA DE LONDRINA, como órgão do INSTITUTO JURÍDICO EMPRESARIAL, com sede na Avenida Bandeirantes, nº116, Londrina, Estado do Paraná, CEP:86.020-010, para solução de toda e qualquer dúvida ou controvérsia resultante do presente contrato ou a ele relacionado, de acordo com as normas de seus regulamentos, renunciando expressamente a qualquer outro foro por mais privilegiado ou especial que seja.
E por estarem justas e contratadas, as partes assinam o presente em 2 (duas) vias de XX páginas, de igual teor e forma, na presença das 02 (duas) testemunhas abaixo indicadas, para que surta os devidos efeitos legais.
São Paulo, 26 de julho de 2010.
_______________________________________J.M.P.T. DESIGN E DECORAÇÃO LTDA. – ME
Contratada
_________________________________POINT DISCO BAR S/A
Contratante
Testemunhas
_____________________________ _____________________________Nome: .............................................. Nome: ..............................................RG nº: .............................................. RG nº: ..............................................
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CPF nº: .............................................. CPF nº: ..............................................
- x -
Em aparte final, consideramos prudente citar, nesse item, uma sugestão
obtida em pesquisas a sites especializados em serviços de designers de
interiores, que diz respeito à contratação e remuneração que envolver o uso de
RT’s como meio de reduzir-se um pouco o valor total do projeto contratado. Em
tais hipóteses, alguns designers consideram ético esclarecer e informar tal
“transação” comercial ao cliente, e fazer constar do Contrato de Prestação de
Serviços um Parágrafo adicional (ou “único”) na mesma Cláusula que tratar dos
valores de remuneração dos servidos, cujo texto poderá ser:
“Parágrafo único. O(s) valor(es) ora convencionado(s) pelo projeto contratado decorre de acordo entre as partes por meio do qual o(a) Contratante compromete-se a efetuar as compras de itens sugeridos no projeto sempre na presença do(a) Contratado(a), a fim de que este(a) último(a) possa receber diretamente dos fornecedores os valores referentes às RT’s, a título de complementação do valor global do projeto”.
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CONCLUSÃO
Esse trabalho de conclusão chegou a termo como um esboço de um
projeto de uma casa de show, o qual servirá de subsídio para a elaboração,
planificação e finalização do projeto detalhado de design de interiores, de
decoração, e também de outros itens citados nesse trabalho inicial.
Essa proposta servirá de ponto de partida para o trabalho de conclusão
de curso a ser apresentado e avaliado no 1º semestre de 2011, o qual versará
sobre a criação de uma casa de show vibrante e divertida que proporcionará
aos seus freqüentadores um local de lazer e de eventos que relembre toda a
animação da década de 70. A idéia é bastante plausível, posto que não há no
bairro do Brás qualquer casa noturna, atualmente, com o perfil similar ao que
estaremos propondo, pelo quê a casa de show ora imaginada será um
exemplar único e excêntrico na região.
Buscamos, para a elaboração desse trabalho inicial, aplicar todos os
conceitos e conhecimentos aprendidos nos dois módulos iniciais do Curso,
bem como nos dedicamos a uma extensa pesquisa prévia sobre a história do
bairro (localização da casa de show) e sobre a história e efervescência cultural,
musical e política da década que servirá de tema para toda a nossa decoração.
A partir dessas premissas, nosso projeto futuro contemplará as melhores
soluções em termos de design, acabamentos, decoração, revestimentos, luz,
mobiliário, acessibilidade e sustentabilidade, mas com foco primordial na
funcionalidade e no equilibro dos vários micro-ambientes a serem criados e
dispostos dentre do espaço dado – haja vista que a própria área útil a ser
trabalhada como nossa casa de show é bastante reduzida.
Pelo desafio que se configurou a elaboração dessa peça inicial do nosso
trabalho de conclusão de curso, mas também pela oportunidade que tivemos
de pesquisar e refletir a respeito dos temas dados em sala de aula,
acreditamos ter chegado a um saldo parcial positivo e gratificante,
comprometendo-nos desde já a desenvolvermos a parte final desse trabalho
com afinco, dedicação e empenho.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Fonte:
Blog “ ‘Design – Ações e Críticas’, by Paulo Oliveria LD ”, link
http://paulooliveira.wordpress.com/2008/07/23/modelo-de-
contrato-interioresambientes/, em 26/07/2011.
Fontes:
http://www.eero-aarnio.com
http://www.decoeuracao.com/2009/11/capittone-x-chesterfield.html
http://linformoveis.wordpress.com/2008/08/29/sofas-chesterfield/
http://www.dellanno.com.br/blog/index.php/archives/tag/chesterfield
http://www.arquitrecos.com/2011/04/sofa-chesterfield.html
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APÊNDICES
Apêndice 1 – Apresentação do TCC em Power Point (exibida no Auditório
da E.T.E.C. Carlos de Campos em 21 de julho de 2011)
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ANEXOS
Anexo 1 – Referências históricas e de design no mobiliário
No projeto, sugerimos a utilização de móveis de época e diversos
objetos de design, tendo como referência especial a década de 1970 histórica
pesquisada, mas não restringindo-se apenas a esse critério.
Como referências, nesse tópico, podemos citar então: os coloridos sofás
e poltronas infláveis propostos para o Lounge da casa noturna; o “sofá ilha”
redondo com estofamento em capitonê (similar ao do sofá “Chesterfield” –
citado abaixo); os bancos “Pira” que servirão ao Bar Principal; os pufes de
forma orgânica (“feijões”) adotados na Recepção e nos Banheiros para
Funcionários; o lustre em forma de globo confeccionado em material reciclado,
do ateliê do artista plástico e designer de sustentabilidade Nido Campolongo,
também adotado na Recepção; os globos espelhados a serem instalados sobre
o Pista de Dança / Mini-Palco; o piso de danceteria com placas luminosas
multicoloridas, como visto em várias cenas do filme “Embalos de Sábado à
Noite”; etc..
Assentos infláveis, em resina plástica
Sofá “ilha” redondo Banquetas “Pira”
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Pufe “feijão” Design by Nido Campolongo – luminária Cone(de cones reciclados de plástico, e LED)
Piso de dança com diodos emissores de luz colorida
Foram utilizados, ainda, muitos itens e materiais de cores vibrantes e
inspiração “futurista” (outra temática que esteve muito em voga no final dos
anos 70).
Um bom exemplo desses itens é a poltrona “Bubble”, aplicada no
Lounge da casa noturna. Móvel que foi popular naquela década, essa peça
representa com propriedade o conceito de “design de época”, e é fabricada em
acrílico translúcido, em formato de bolha, com seu interior contendo almofadas
revestidas de tecidos em cores vibrantes. Por sua vez, o sofá de estilo
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“Chesterfield” proposto para ocupar o canto e o centro do mesmo ambiente têm
seu estofamento trabalhado em botonê, característica que também esteve em
uso na época estudada. Essas duas peças, além de fazerem um contraponto
clássico e “pesado” com a “leveza” dos sofás/poltronas infláveis citadas acima,
se prestam para reforçar, pela ideia de oposição, a característica leve e
vibrante do ambiente Lounge.
Sobre a poltrona “Bubble” (de Eero Aarnio - 1968)
Baseada na idéia da poltrona “Ball” (do inglês “bola”, “esfera”), a poltrona
“Bubble” (“bolha”) é uma versão minimalista do design daquela.
Sobre a cadeira “Bubble”, disse Eero Aarnio, seu criador: “Depois que
desenhei a Ball Chair, eu quis uma iluminação melhor, logo tive a idéia de uma
BalI transparente, em que a luz poderia entrar de todas as direções. O único
material adequado seria o acrílico, que é aquecido e soprado como uma bolha
de sabão. Como eu sabia que clarabóias em forma de cúpula eram feitas
dessa forma, contatei um fabricante e o questionei se seria tecnicamente
possível moldar uma bolha que seja maior que uma semiesfera. A resposta foi
positiva. Mandei fabricar um anel de aço, a Bolha foi moldada, almofadas foram
adicionadas e a poltrona estava pronta. Novamente, o nome era uma escolha
óbvia: BUBBLE”.
Aarnio observou, ainda, que “não há forma para fabricar um pedestal
transparente bonito”, motivo pelo qual a poltrona “Bubble” pende do teto.
Assim como a poltrona “Ball”, a “Bubble” impressiona o usuário pela sua
especial acústica especial: essa poltrona e o seu formato peculiar “engole” os
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sons e faz a pessoa se sentir “isolada” dentro dela, desfrutando de um móvel
agradável e de instantes que podem ser de introspecção, mesmo estando em
lugares cheios de gente.
Sua forma geométrica é conhecida como “calota esférica”, de altura
congruente ao raio da esfera ou semiesfera.
Sobre o sofá estilo “Chesterfield” (séc. XVIII)
Os sofás do modelo conhecido como “Chesterfield” eram encontrados
no Reino Unido desde o séc. XVIII, mas foi no reinado da Rainha Vitória (1837-
1901) que eles se tornaram um popular item de exportação. Esse reinado
durou 60 anos, e nesse período a Inglaterra fabricou mais móveis que em
todos os séculos anteriores, vindo a exportar não só móveis como também
estilos de decoração.
São várias as histórias acerca do nome dessa peça de design, mas a
versão mais aceita diz que sua denominação seria uma homenagem ao Conde
de Chesterfield, que teria encomendado a um marceneiro, ainda no séc. 18, a
confecção de uma peça de mobiliário que permitisse a um nobre cavalheiro
sentar-se verticalmente com o máximo de conforto.
O modelo clássico é conhecido pelos braços arredondados e na mesma
altura do espaldar, pelo revestimento em couro, almofadas soltas e encosto
todo “capitonado”. Hoje em dia, tais peças são fabricadas em várias cores,
revestimentos, formatos e até mesmo como releituras mais ousadas do modelo
original, tais como versões coloridas, em patchwork, infláveis, etc..
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Anexo 2 – Projeto executivo dos jardins verticais (artesanais)
Montagem artesanal / instalação passo-a-passo
1) Impermeabilizar muito bem a parede usando argamassa polimérica
Denvertec 100;
2) Instalar uma mangueira de irrigação, com furos em seu comprimento, na
parte superior do jardim / parede onde ficará o jardim;
3) instalar um sistema de calha na parte inferior da parede de modo que a
água em excesso dos vasos tenha por onde escoar – essa água que escoa
da parte superior cairá sobre os vasos abaixo e também na calha
propriamente dita;
4) montar um quadro com tábuas de madeira na parede que vai receber o
jardim vertical – com o tempo, essas tábuas ajudarão no desenvolvimento
das raízes das plantas e fornecerão substrato de fixação para as mesmas;
5) instalar os vasos individuais no esquema ou disposição escolhida;
6) colocar nos vasos as plantas escolhidas, na seguinte disposição –
sugestão:
aspargos intercalados com begônias, na 1ª parede da direita para
esquerda;
aspargos e pilea nummularifolia intercalados com orquídeas “pingo de
ouro”, na 2ª parede da direita para a esquerda;
aspargos intercalados com dendrobium miniatura, na 3ª parede da direita
para esquerda;
seguir com essa seqüência de disposição das plantas por toda a extensão
do jardim vertical.
Esquema ilustrativo
Montagem das placas de madeira
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Montagem das placas de madeira
Instalação do sistema Parede finalizada para Disposição dos vasos
de calha para vazão da a instalação dos vasos por toda a extensão das placaságua da irrigação de plantas do jardim vertical
vegetações sugeridas
Aspargos Pilea Nummularifolia Orquídea “pingo de ouro”
Begônias Dendrobium miniatura
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Anexo 3 – Pranchas do projeto .......................................
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Anexo 4 – Pranchas de projetos executivos de mobiliário
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Anexo 5 – Ilustrações (digitalizadas)
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