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APRAS - Todos os direitos reservados - Proibida reproduçãoSUPERMIX é marca registrada da APRAS

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PresidenteEverton Muffato (Irmãos Muffato & Cia. Ltda.)Primeiro Vice-PresidentePaulo Beal (Supermercado Beal Ltda.)Vice-Presidente FinanceiroDaniel Kuzma (Kusma & Cia. Ltda.)Vice-Presidente de PatrimônioEduardo Antonio Dalmora (Dalmora & Cia. Ltda.)Vice-Presidente de CapacitaçãoMauricio Bendixen da Silva (A. Angeloni & Cia. Ltda.)Vice-Presidente JurídicoLuiz Mauricio K. Hyczy (Supermercados Superpão Ltda.)Vice-Presidente de Relações PúblicasJosé Eduardo Muffato (Irmãos Muffato & Cia. Ltda.)Vice-Presidente de SegurançaMario Seizi Kuwahara (Supermercado Fantinato Ltda.)Vice-Presidente de EventosPedro Joanir Zonta (Condor Super Center Ltda.)Vice-Presidente de ExpansãoCelso Luiz Stall (Supermercado Stall Ltda.)Vice-Presidente de Relações SindicaisAlceu Breda (Fadaleal Supermercado Ltda.)Vice-Presidente AdjuntoCesar Moro Tozetto (Tozetto & Cia. Ltda.)Vice-Presidente AdjuntoJoão Jacir Zonta (Comercial de Alimentos Zonta)Vice-Presidente AdjuntoCarlos Alberto Cardoso (Supermercado Cidade Canção)Vice-Presidente AdjuntoAlceu José Tissi (Supermercados Tissi Ltda.)Presidente Regional Sul – Ponta GrossaNelvir Rickli Junior (Supermercado Rickli)Presidente Regional Norte – LondrinaAdemar Vedoato (Supermercados Viscardi)Presidente Regional Oeste – CascavelRubimar João Beal (Supermercado Beal)Presidente Regional Sudoeste – Pato BrancoFernando Carlos Delazeri (Comercial Pato Branco)Presidente Regional Noroeste – MaringáTarley Maia Kotsifas (Supermercado Bom Dia Rede Centro)Presidente Regional Norte Pioneiro – JacarezinhoCarlos Henrique Molinis (Supermercado Supernorte)Presidente Regional – CuritibaIrineu Ferrari (Ferrari & Cia Ltda)Presidente Regional – IratiPaulo César Ivasco (Super Ivasco)Presidente Regional – GuarapuavaJoão Ricardo K. Hyczy (Supermercado Superpão)Conselho Fiscal EfetivoRodolfo Pankratz (Supermercados Jacomar Ltda.)Haroldo Antunes Deschk (Haroldo Antunes Deschk & Cia. Ltda.)Dercio Domingos de Costa (Supermercado Videira Ltda.)Conselho Fiscal SuplenteRui Marcos Chemin (RM Chemin e Cia. Ltda.)Edson Zamprogna (Com. Alim. Zamprogna Ltda.)Silvio Koltun Alves (Mercantiba Supermercado Ltda.)Conselho PermanenteEduardo Antonio DalmoraPedro Joanir ZontaRoberto DemetercoRomildo Ernesto ConteRuy SenffSidney SchnekembergSuperintendenteValmor Antônio RovarisDiretor ComercialWalde Renato Prochmann

Vice-Presidente de Relações PúblicasEduardo MuffatoDiretor ComercialWalde Renato ProchmannJornalistaCamila Manssour TremeaRedação Fabio Pinheiro Departamento ComercialKhailany Raquel e Rosicléia JonasFone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513E-mail: [email protected]çãoSamuel RodriguesRevisãoPaulo Roberto Maciel SantosFotosAlex SantosPré-Impressão (CtP) e ImpressãoMaxi Gráfica e Editora Ltda.Tiragem16.000 exemplaresDistribuição NacionalEnviada aos supermercados e atacadistas do Brasil.A revista Supermix pertence ao patrimônio da APRAS –Associação Paranaense de Supermercados – e é o seuórgão oficial de divulgação.Avenida Souza Naves, 535 – CEP 80050-040Fone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – [email protected] / www.apras.org.brOs artigos assinados são de total responsabilidade de seusautores e não refletem necessariamente a opinião da revista.Todos os direitos reservados.

DIRETORIA EXECUTIVA

TRIÊNIO 2006/2009

0506084250

6268728286

Palavra do PresidenteOrgânica

Jurídico

EditorialCalendário

Comportamento

NewsArtigos

Espaço Apras

Plataforma

sumário

36

14

54

30

Entrevista Ex-ministro Maílson da

Nóbrega fala sobre o impacto da crise

mundial no Brasil

Perfil Everton Muffato encerra sua gestão na Apras com aumento de representatividade

Mercosuper 2009 “Negócio Responsável”é o tema da maior feira do Sul do País

Responsabilidade Social

A preocupação do setor para melhorar o

mundo

matéria de capa

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Palavra dopresidente

Everton Muffato Presidente da Apras

Caro leitor,

É com muito orgulho e satisfação que encerro minha gestão como presidente da Apras – Associação Paranaense de Supermercados. Foram três anos de muitos esforços e conquistas para fazer da Associação uma forte entidade representante do setor supermercadista no Paraná e também no Brasil.

Meu objetivo sempre foi orientar, coordenar, defender e representar as empresas ligadas ao segmento. Procurei desenvolver em nossos associados o espírito de solidariedade, fazendo com que eles constantemente aprimorassem suas relações, lembrando sempre da liberdade e livre iniciativa de cada empresa.

Em junho de 2008, inaugurei a nova sede da Apras, em Curitiba. Em três meses de obras, o prédio ganhou mais 300m² de área construída, incluindo o Espaço do Fornecedor, duas salas de reuniões, Supermercado Modelo e Auditório – espaços adequados para atender nossos associados cada vez melhor. Essa reforma marcou o crescimento da entidade durante minha gestão.

Por meio do Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados – a Apras treinou, capacitou e requalificou nos últimos cinco anos mais de 56 mil pessoas. Isso porque sempre acreditei nos investimentos realizados para a capacitação das nossas equipes colaboradoras do setor.

A Mercosuper 2009 – “Negócio Responsável”, chega mais uma vez com grandes oportunidades para excelentes negócios. Nossa meta é receber mais de 50 mil visitantes nos três dias de feira. Projetamos um crescimento de 15% em relação ao evento do ano passado e, hoje, já ocupamos aproximadamente 23.000m² do Expotrade. Será o momento em que os cerca de 230 expositores do setor supermercadista e fornecedores deverão realizar negócios que podem somar R$ 600 milhões. É o que chamo de excelente oportunidade para os pequenos e médios empresários negociarem preços que vão beneficiar o consumidor final.

Espero ter contribuído integralmente com a Apras durante esses três anos de gestão e desejo aos amigos leitores excelentes negócios em 2009.

Boa leitura e ótima Mercosuper!

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Editorial

Mais um triênio se encerra. Nesta edição, os leitores poderão acompanhar um pouco sobre o trabalho realizado nesta gestão e como eles foram decisivos para ampliar a representatividade da Apras – Associação Paranaense de Supermercados – no cenário político e econômico, entre outros. Depois de acompanhar como a dedicação da diretoria e de todos os envolvidos com o setor foi essencial para construir um laço de comprometimento, não será difícil imaginar que as próximas gestões serão igualmente bem gerenciadas.

Entre outros assuntos, vamos mostrar também nesta edição, como andam se comportando os consumidores na hora das compras, quais ações de responsabilidade os supermercados estão promovendo e como o mercado de produtos orgânicos tem ganhado cada vez mais adeptos.

Como os leitores puderam perceber nos últimos meses, em recente

divulgação da Abras – Associação Brasileira de Supermercados –, as vendas reais no varejo cresceram 4,16% em relação ao mesmo período de 2008. Como não enxergar um ano de oportunidades em um cenário que vem se mantendo favorável? Exemplo disso são as expectativas para a Mercosuper 2009 – “Negócio Responsável” –, que estão sendo projetadas muito positivamente. Em minha carreira, a feira completa sua terceira edição e, nestes três anos, uma equipe cinco estrelas de palestrantes esteve presente para transmitir o melhor do conhecimento aos nossos visitantes. Em 2009, afirmo que não será diferente. Serão nomes importantes do esporte, da economia e do varejo presentes para motivar, explicar e discutir assuntos que têm gerado inúmeras dúvidas e inseguranças aos empresários do setor.

Seja bem-vindo e boa feira!

Camila Manssour Tremea

Caro Leitor

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News

COM CRISE, MARCAS PRÓPRIAS GANHAM ESPAÇO

PÃO GIGANTE COLOCA O BRASIL NO LIVRO DOS RECORDES

Crise é sinônimo de orçamento mais apertado

para o consumidor e de oportunidade para os

varejistas que apostam em produtos de marcas

próprias, difundidos no Brasil, principalmente,

entre as grandes redes de supermercados. O

dinheiro curto leva muitas pessoas a deixarem a

fidelidade de lado, principalmente se os preços

forem convidativos – até 20%, em média, mais

baratos em relação a marcas líderes. Neste

cenário, a Associação Brasileira de Marcas

Próprias e Terceirização (Abmapro) espera um

crescimento de 15% a 20% para este ano. E há

grupos ainda mais otimistas que prevêem alta de

40% na venda de marcas próprias e exclusivas.

Nos supermercados, a participação de marcas

próprias deve ficar um pouco acima dos 7%,

enquanto na Suíça esse segmento representa 53%

das vendas. Segundo a Presidente da Abmapro,

Neide Montesano, “o que os consumidores

precisam entender é que esses produtos são mais

baratos porque não há investimento da indústria

em marketing e divulgação, não por ter qualidade

inferior às marcas tradicionais”, destaca.

Professor e consultor de marketing e marcas,

Marcelo Boschi afirma que os consumidores

brasileiros costumam ser leais às marcas. E

acrescenta que a experimentação costuma

começar por produtos considerados commodities

na alimentação, como arroz, feijão e produtos

periféricos. “Outro componente importante no

caso das marcas próprias é que os consumidores

atribuem ao produto a confiabilidade e o respeito

que eles têm pelos serviços prestados por aquele

supermercado”, afirma.

A aposentada Carmem Salvador faz parte do

grupo que prefere marcas tradicionais, porém,

afirma que quando o preço é bom, ela arrisca a

experimentar novidades. E, às vezes, gosta.

Chegou de Londres a homologação do Guinness

World Records confirmando que o Brasil entrou

no livro com o ‘Maior Pão do Mundo’, feito pelo

SIPCEP – Sindicato da Indústria de Panificação

e Confeitaria no Estado do Paraná – em parceria

com a Líder Equipamentos para Panificação,

Moinhos Anaconda e apoio da ABIP – Associação

Brasileira da Indústria de Panificação. Com mais

de 1,5 toneladas, o pão gigante produzido dia

13 de novembro de 2008 na Cerâmica GAI, em

um forno de 20 metros, contou com mais de 30

profissionais de panificação que se dedicaram

durante todo o dia.

Superando o antigo recorde polonês de 1,1

toneladas, o sindicato mostrou ao mundo

a capacidade da panificação brasileira, que

conta com profissionais bem treinados, além

de uma tecnologia de ponta. O diretor da

Líder Equipamentos para Panificação, Flavio

Moura, diz que a homologação do recorde é

uma confirmação do esforço feito em prol da

panificação brasileira. “É um orgulho termos

participado com toda a logística e parte técnica,

como os equipamentos, formas e estratégias que

contribuíram na implantação e no sucesso do

projeto”, garante.

Para quebrar o recorde, uma mega estrutura foi

montada. A pesagem contou com um programa

de computação de alta precisão conferido e

atestado pelo IPEM – Instituto de Pesos e Medidas

do Estado do Paraná. Em evento realizado na

prefeitura de Curitiba, o prefeito Beto Richa

parabenizou o sindicato e os colaboradores

pelo grande presente no mês do aniversário de

Curitiba. “O recorde é mais uma grande conquista

para a cidade, divulgando Curitiba para o mundo,

sendo uma demonstração de perseverança e

determinação do sindicato da panificação através

do seu maior líder Joaquim Cancela”, salientou o

prefeito.

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Além da finalidade de entrar para

o Guinness, o maior pão do mundo

também teve seu cunho social, sendo

distribuído para a população e instituições

de caridade. O setor panaderil brasileiro

é muito forte, e conta hoje com 52

mil panificadoras e um faturamento de

R$ 1,2 bilhão, sendo um dos grandes

geradores de empregos no país.

Hoje, as mais endividadas são as

mulheres (57,08%), com idade entre

31 e 40 anos. Apesar de maduras e

independentes, gastos com presentes,

festas e viagens de final de ano acabaram

comprometendo o orçamento. Entre

os principais gastos estão vestuário

(11,91%), lojas de departamento (11,46%)

e telefonia celular (9,89%). “A partir

de agora a tendência é que os gastos

se concentrem em itens de primeira

necessidade”, afirma Praxedes.

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VENDAS REAIS CRESCEM 4,16% NOS SUPERMERCADOS

A IMPORTÂNCIA DA LIMPEZA NO SUPERMERCADO

Apesar da crise, os supermercados apresentaram resultados expressivos em fevereiro deste ano. As vendas reais do setor cresceram 4,16%, em relação ao mesmo mês de 2008, de acordo com o Índice Nacional de Vendas, divulgado mensalmente pela Abras – Associação Brasileira de Supermercados.

Em comparação a janeiro de 2009, houve queda de -5,37%. No acumulado dos últimos 12 meses, houve uma alta de 5,37%. Esses índices já foram deflacionados pelo IPCA do IBGE. Em valores nominais, o Índice de Vendas da Abras apresentou crescimento de 10,30% em relação ao mesmo mês do ano anterior e queda de -4,85% sobre o mês anterior. Já o acumulado ficou em 11,55%.

“Como o mês de fevereiro tem menos dias, é natural que haja uma queda em relação a janeiro. Mas, se compararmos com fevereiro do ano passado, o setor supermercadista ainda apresenta um resultado expressivo, mesmo com a crise financeira internacional. Isso corrobora a tese de que o varejo de alimentos é um dos últimos a sentir os efeitos de crises econômicas. No entanto, o resultado acumulado mostra que a tendência de crescimento não é tão forte como em 2008”, avaliou o presidente da Abras, Sussumu Honda.

O setor de limpeza profissional movimentou R$ 9 bilhões em 2008. Para este ano, a Abralimp – Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional – acredita que o segmento movimentará R$ 9,4 bilhões. Cada vez mais, as redes de supermercados estão investindo na profissionalização para atrair novos clientes e um dos segmentos que vêm ganhando a atenção dos varejistas é o da limpeza. Para a Abralimp, uma das tendências do setor é o investimento na constante atualização em tecnologia com a extinção do “pano e rodo” e a adoção do sistema ‘mop’, equipamento mais leve e higiênico que atende as normas de ergonomia e as especificações exigidas por lei.

No mercado, existem várias opções para o setor supermercadista, entre máquinas, acessórios e produtos químicos para uma limpeza eficaz e que ao mesmo tempo não agrida o meio ambiente. Por isso, a Abralimp alerta sobre o perigo dos produtos químicos “piratas”, que não

News

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PROCESSO INÉDITO SEPARA ALUMÍNIO DAS EMBALAGENS LONGA VIDA

NOVAS MANEIRAS DE VENDER A MESMA COISA

Foto mostra separação dos materiais e sua transformação em cinzas

têm autorização da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – e trazem sérios prejuízos à saúde e ao meio ambiente.

Outro ponto importante a ser considerado é a qualificação da mão-de-obra. Enquanto segmentos da indústria reduzem o quadro de funcionários para manter o equilíbrio financeiro, o setor de limpeza profissional encontra dificuldades para contratar e reter talentos. Este segmento é o segundo maior empregador do Brasil, atrás apenas da construção civil, gerando 1,5 milhões de empregos diretos. “Somos responsáveis pelo processo de inclusão social, pois contratamos, treinamos e qualificamos esta mão-de-obra. Além disso, o setor de limpeza profissional apenas determina que a pessoa saiba ler e escrever, o que gera uma grande oportunidade de emprego para milhares de brasileiros”, explica Ernesto Brezzi, presidente da Abralimp.

Uma idéia que virou invento está a um passo de se transformar em negócio. Com o apoio da Associação Nacional dos Inventores – entidade sem fins lucrativos cujo papel é incentivar e popularizar as inovações tecnológicas no País – o estudante de Física da Unicamp (SP), Wagner Sanerip, negocia sua invenção com uma empresa de engenharia ambiental. Ele criou um processo inédito de separação do alumínio das embalagens conhecidas como longa vida.

A invenção surgiu da preocupação com um grave e crescente problema ambiental: o descarte das embalagens em lixões e aterros. “Sem a separação dos materiais que a constituem – papel, plástico e alumínio – ela perde o atrativo para os catadores e deixa de ser reciclada. O alumínio, sozinho, é matéria-prima de grande valor e, com sua separação, pode ser negociado e reciclado. Já a embalagem multicamada leva vários anos para se decompor nos lixões”, explica.

No processo, os materiais que envolvem o alumínio passam por uma decomposição térmica por indução magnética, restando o metal e as cinzas. Depois disso, o metal é derretido e

Sempre que uma loja consegue inovar, vira notícia. Este é o caso de uma pequena loja em Nova Iorque que tem chamado a atenção dos consumidores. A estratégia foi corajosa: quebrar um esquema de apresentação de produtos que impera em seu setor. As adegas ou lojas de vinhos costumam expor seus produtos classificando-os pelo seu tipo, agrupando vinhos tintos, brancos, roses e etc. Mas, esta loja foi mais longe e resolveu facilitar a vida do consumidor agrupando seus produtos por finalidade e tipo de uso. Os vinhos estão sinalizados e agrupados para indicar aqueles que servem para acompanhar carnes ou peixes e ainda há uma seção para aqueles indicados para presente.

moldado em lingotes para reciclagem. “Ao se aquecer, o alumínio não oxida, pois o processo não contém fogo e também não é poluente”, esclarece.

A idéia, inédita em todo o mundo, tem feito sucesso. Isto porque os processos atuais para a separação desses materiais utilizam mais energia, mão-de-obra e, por vezes, são poluentes. “Esses processos são mais complexos e requerem preparação da embalagem, incluindo lavagem e limpeza”, conta. A invenção está com solicitação de patente protocolada junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

Março - Abril 2009

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A arquiteta e especialista em comunicação estratégica de varejo, Kátia Bello, diz ter ficado encantada com a simplicidade e objetividade do raciocínio da loja na apresentação dos produtos. “Vendo esta loja me lembrei de uma adega modelo, montada em uma exposição de varejo também em Nova Iorque, que vi dois anos atrás”, afirma. Nessa loja, um aparato tecnológico, automaticamente, mostrava no monitor toda a descrição técnica do vinho e suas harmonizações no momento em que o cliente retirasse uma garrafa da prateleira. Informações extremamente detalhadas, técnicas e numerosas.

Porém, a eficácia dessas ações está diretamente ligada ao seu público-alvo. Para profundos conhecedores de vinhos, uma adega assim é um sonho. Mas um consumidor comum pode sentir-se perdido diante de tantas informações, além de ficar indeciso. Neste caso, o melhor é simplificar o que ele deseja saber: qual vinho combina com o que. O consumidor precisa receber somente o necessário para efetuar a decisão de compra da maneira mais objetiva possível. Informações em excesso podem gerar dispersão e poluição visual. O ideal é que as informações estejam disponíveis para que o consumidor se aprofunde somente se este for o seu desejo.

Apesar do clima de ameaça que vem contagiando o mundo, existem oportunidades, aprendizagem e possibilidade de evolução em diversas áreas, entre elas a da sustentabilidade, que pode ser utilizada como uma grande arma de superação da crise, a começar pelo resgate de princípios éticos e de valores que devem orientar os negócios.

Além de estar relacionada à atitude, estratégia e inovação da empresa, a sustentabilidade dá resultados concretos e se traduz em práticas e processos de trabalho. Diminui custos, reduz riscos, evita desperdícios, melhora relacionamentos e gera lucros. Como? Na logística e na operação da loja, iniciativas como o descarte de embalagens junto a cooperativas e indústrias de reciclagem

News

COMO DIMINUIR CUSTOS COM IDÉIAS SUSTENTÁVEIS

geram emprego e renda. Elas também trazem economia. Estudos apontam a possibilidade de descarte de lixo orgânico para a produção de biocombustível. Muitos supermercados comercializam sacolas retornáveis e desenvolvem sacolas plásticas mais resistentes, que são mais caras, porém mais econômicas pela utilização em menor quantidade.

Junto aos fornecedores há frentes importantes, como a negociação para redução de tamanho e utilização de matéria-prima certificada nas embalagens. Colaboradores também são alvos de práticas interessantes, desde o estímulo à participação no processo de sustentabilidade até a adesão em programas de voluntariado junto à comunidade.

Os supermercados podem se utilizar da construção “verde”, assim denominada porque privilegia a preservação ambiental como critério para projetos e obras de lojas, com iluminação natural, materiais de origem certificada, pé direito mais baixo, reuso de água, descarte de entulho, etc... A construção sustentável tem um custo em média 15% mais alto, mas se justifica pela redução de custos operacionais já em curto prazo. Em 50 anos, pode chegar a 80%.

A arquiteta e especialista em comunicação estratégica de varejo, Kátia Bello, diz ter ficado encantada com a simplicidade e objetividade do raciocínio da loja na apresentação dos produtos. “Vendo esta loja me lembrei de uma adega modelo, montada em uma exposição de varejo também em Nova Iorque, que vi dois anos atrás”, afirma. Nessa loja, um aparato tecnológico, automaticamente, mostrava no monitor toda a descrição técnica do vinho e suas harmonizações no momento em que o cliente retirasse uma garrafa da prateleira. Informações extremamente detalhadas, técnicas e numerosas.

Porém, a eficácia dessas ações está diretamente ligada ao seu público-alvo. Para profundos conhecedores de vinhos, uma adega assim é um sonho. Mas um consumidor comum pode sentir-se perdido diante de tantas informações, além de ficar indeciso. Neste caso, o melhor é simplificar o que ele deseja saber: qual vinho combina com o que. O consumidor precisa receber somente o necessário para efetuar a decisão de compra da

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WAL-MART PAGA US$2 BI EM BÔNUS A SEUS FUNCIONÁRIOS NOS EUA

SUPERMERCADO MÉDIO CRESCE E COMEMORA VENDAS EM ALTA

maneira mais objetiva possível. Informações em excesso podem gerar dispersão e poluição visual. O ideal é que as informações estejam disponíveis para que o consumidor se aprofunde somente se este for o seu desejo.

O Wal-Mart está concedendo aproximadamente US$ 2 bilhões a seus funcionários norte-americanos por meio de incentivos financeiros. Entre eles, a distribuição de US$ 933,6 milhões em bônus, depois de a maior rede de varejo do mundo ter elevado sua participação de mercado, em meio à recessão.

O presidente executivo da companhia, Mike Duke, disse que o Wal-Mart está recompensando os trabalhadores horistas dos Estados Unidos. “Enquanto os desafios econômicos forçaram outros a retroceder, nós seguimos adiante. Agora precisamos acelerar e ampliar todos os nossos esforços”, afirmou Duke.

À medida que o orçamento das famílias norte-americanas vai ficando mais limitado, elas estão se dirigindo de maneira crescente às lojas do Wal-Mart em busca de descontos em todas as categorias de produtos, sobretudo em alimentos e itens de alto valor, como televisores. Para estimular este movimento, a rede supermercadista também está estendendo agressivamente cortes de preços. Por isso, as vendas da rede crescem, enquanto seus concorrentes amargam quedas. Para o ano fiscal terminado em 31 de janeiro de 2009, as vendas totais do Wal-Mart cresceram 7,2%.

O grupo também anuncia o relançamento de sua marca própria, ‘Great Value’, nos Estados Unidos. A linha abrange mais de 100 categorias de produtos desenvolvidos para brigar com as marcas líderes do mercado, porém são vendidas por um preço mais acessível. Para a revitalização da marca, foram feitos testes com os clientes da rede.

Os supermercadistas de médio porte seguem firmes na disputa com as grandes redes para ditar o ritmo de crescimento do setor, apesar de as líderes Carrefour, Grupo Pão de Açúcar e Wal-Mart continuarem a ocupar os lugares mais altos do pódio, respectivamente. Isso porque, ao analisar o crescimento do setor em 2008, varejistas como Condor Super Center (PR), Sonda Supermercados (SP), Super Muffato (PR) e GBarbosa (SE) alcançaram taxas de quase 30%, enquanto as grandes tiveram média de 13,6%.

No Paraná, as supermercadistas paranaenses Condor e Muffato também se destacaram com taxas de crescimento de 29,4% e 24,5%, respectivamente, segundo o ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O Condor, fundado pelo empresário Pedro Joanir Zonta, subiu duas posições na listagem e ocupa a 12ª colocação. Discreto, o presidente da companhia formada por 26 pontos-de-venda, entre supermercados e hipermercados, destaca que a economia aquecida e o baixo índice de desemprego em 2008 na região favoreceram as atividades. “Fazemos nosso trabalho independentemente da concorrência, mesmo operando com margens menores neste período de crise financeira, tanto que mantemos a meta de faturamento bruto 20% maior este ano, porém, com lucro líquido menor”, detalha Zonta. Ele crê que a margem voltará ao normal no próximo semestre. Assim como as outras redes médias ouvidas pelo DCI (SP), o presidente do Condor nega o interesse em vender o negócio para supermercadistas maiores, mas demonstra disposição para uma possível compra de um concorrente de menor porte. “Minha prioridade é continuar à frente da empresa e expandir organicamente”. Aliás, os planos não sofrerão alterações, sendo previsto um aporte de R$ 80 milhões na construção de três lojas, sendo 60% deste valor captado com o BNDES.

Para Sussumu Honda, presidente da Abras, a disputa pelo consumidor será maior entre as redes, e as médias estão preparadas para brigar por espaço, principalmente as instaladas nas regiões interioranas. Prova disso é a mineira Bretas Supermercados, que ganhou duas posições e se encontra entre as cinco maiores.

Março - Abril 2009

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Apras avança em todo oParaná e no Brasil

Gestão do triênio 2006-2009, presidida por Everton Muffato, foi fundamental para ampliar a representatividade da Associação

Os últimos três anos foram transformadores para a

entidade, que expandiu e con-solidou sua atuação junto aos associados, Governo, sociedade civil e toda a cadeia do setor su-permercadista. O balanço final da gestão de Everton Muffato à frente da Apras – Associação Paranaense de Supermercados demonstra o que ela foi entre 2006 e 2009: ampla, integra-dora e resolutiva, voltada para o crescimento do setor e repre-sentatividade paranaense. Com ações de diferentes abordagens, mas que se complementam – área comercial, jurídica, social, infra-estrutura, comunicação,

relações institucionais, governa-mentais e de responsabilidade social – a Apras conseguiu mo-bilizar as questões-chave para o fortalecimento do segmento.

A Mercosuper passou do quin-to lugar do ranking de feiras no país para o segundo espaço no pódio, ficando atrás somente do evento anual da Apas – Asso-ciação Paulista de Supermerca-dos. Em 2009, a previsão é de acomodar 230 expositores no Expotrade e a expectativa é de movimentar um volume de 600 milhões de reais, 10% a mais que na edição anterior. Este é apenas um exemplo, entre tan-tos que irão se seguir nesta ma-

téria, mas que simboliza a força que a entidade ganhou.

“Finalizo esta gestão satis-feito com o que realizamos, e principalmente com a capaci-dade que tivemos de união, de conciliar conflitos para um resultado positivo para o setor. Na Apras, eu criei laços de am-izade, tivemos um companheir-ismo muito forte e o resultado pode ser visto. Nossa gestão foi de continuidade, de trabalho conjunto. Tivemos momentos difíceis, de enfrentamento, mas isto faz parte quando é preciso se posicionar e defender uma idéia”, analisa Everton Muffato, presidente da entidade.

Perfil

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1° Representatividade - Apras participa ativamente das discussões com órgãos governamentais;- Se posiciona pelo setor e toma ações preventivas em seu benefício;- Teve forte influência na aprovação da Lei Estadual 1606/2008, que reduz a alíquota de ICMS em produtos comercializados e desonera o consumidor;- Apras passa a compor o Conselho Superior de Cidadania Empresarial;- Everton Muffato recebe o Troféu Guerreiro do Comércio, da Fecomércio – Federação do Comércio do Paraná, em 2008, em 2008.

2° Impulso Comercial- As feiras crescem e ganham força;

- Em 2008, a Mercosuper ganha dois grandes aliados para a consolidação do evento com outros setores: Orgânica e Consulado Argentino;- A Feira do Complexo Agroindustrial Orgânico e Biotecnologias, em sua 2ª edição, reúne produtores para discutir o processo de consolidação da cadeia produtiva de orgânicos no Brasil;- O Consulado de La Argentina en Curitiba, também participando pela segunda vez do evento, traz cerca de 30 empresas argentinas para participarem de Rodadas de Negócios.

Feira Ano Visitantes Expositores Volume de negócios

8ª Feira Regional de Londrina 2006 4,5 mil 66 R$ 40 milhões

9ª Feira Regional de Cascavel 2006 5 mil 88 R$ 25 milhões

Mercosuper 2007 2007 41 mil 180 R$ 550 milhões

10ª Super Norte (Londrina) 2007 6 mil 70 R$ 47 milhões

11ª Super Oeste (Cascavel) 2007 5,5 mil 98 R$ 40 milhões

Mercosuper 2008 2008 45 mil 200 R$ 550 milhões

12ª Super Norte (Londrina) 2008 6,8 mil 90 R$ 55 milhões

13ª Super Oeste (Cascavel) 2008 6 mil 112 R$ 50 milhões

3° As sedes da Apras- A cobertura da Apras se estende por todo o Estado;- Hoje, são nove regionais que cobrem as principais regiões;- São adquiridos os imóveis das regionais em Ponta Grossa, Cascavel e Londrina;- Regional de Londrina tem sua construção iniciada, com primeira fase finalizada em abril;- Três novas regionais são criadas: Curitiba, Guarapuava e Irati

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Regional Pato BrancoO setor supermercadista da região de Pato Branco passou por uma reestruturação nos últimos três anos, com investimento pesado por parte dos empresários em ampliações e modern-izações. De acordo com o presidente, Fernando Carlos Delaz-eri, a entidade sempre esteve ao lado dos empresários, dando sustentabilidade para esse crescimento. Prova disso são os di-versos cursos ofertados em áreas como panificação e atendi-mento ao público, além de parcerias com produtores rurais, entidades ambientais e de aprendizagem. A região também foi pioneira no Paraná em promover jantares de negócios, onde os supermercadistas puderam realizar compras em condições especiais.

Regional OesteA descentralização da Apras de Cascavel foi fun-damental para o fortalecimento da entidade da região oeste do Estado. O resultado desse tra-balho foi o salto de 140 para 340 associados nos últimos três anos. O presidente, Rubimar João Beal, destaca que os encontros da associação deixaram de ter apenas um caráter festivo, e pas-saram a ser também uma oportunidade de apri-moramento dos empresários. Além dos encontros realizados em Cascavel, também aconteceram encontros em Toledo, Palotina, Medianeira e Foz do Iguaçu. Com a sede própria, inaugurada no início deste mês, a regional irá ampliar o número de cursos e serviços oferecidos aos associados.

Regional Norte PioneiroOs supermercadistas da Região do Norte Pio-neiro do Paraná, que abrange perto de 30 pequenos municípios, estão buscando aprimo-ramento para investir no seu negócio. E é por meio das oportunidades oferecidas pela Apras que eles estão conseguindo encontrar formas para crescer e se desenvolver. O presidente, Carlos Henrique Molinis, afirma que, por meio da regional, os supermercadistas participaram de várias feiras e cursos voltados para a cate-goria. Isso contribuiu fortemente para o cresci-mento e fortalecimento do setor, tanto dos que estão instalados na sede, em Jacarezinho, como nas demais cidades abrangidas pela regional.

Regional NorteA construção da sede própria da Regional Norte, em Londri-na, foi uma das principais conquistas da entidade no triênio, destaca o presidente, Ademar Vedoato. Parte dos 1,6 mil m² da nova sede será entregue aos associados ainda neste mês, o que possibilitará um melhor atendimento ao público, com uma infra-estrutura ampla e moderna para a realização de cursos, treinamentos e apoio técnico. O local escolhido para a sede – no centro de Londrina, próximo aos terminais de transporte ur-bano e rodoviário – foi estratégico, com fácil acesso para os as-sociados locais e cidades vizinhas, já que a regional concentra uma população que vai desde Campo Mourão até Apucarana.

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Regional NoroesteA aproximação com os órgãos que regulamentam e normatizam as ações nos supermercados foi um ponto importante para buscar a profissionalização do setor na região Noroeste do Estado. Na avaliação do presi-dente, Tarley Maia Kotsifas, por meio de parcerias com entidades como PROCON – Coord. Estadual de Proteção e Defesa ao Consumidor –, Ipem – Instituto de Pesos e Medidas do Paraná – e Vigilância Sanitária, foi possível ampliar a eficiência do setor. Aliado a isso, a realização de cursos e palestras técnicas oferecidas pela associação também contribuíram para uma mu-dança de comportamento. Os novos e antigos asso-ciados contaram ainda com um apoio jurídico forte e eficiente na defesa dos interesses da classe.

Regional EstadualO aumento de mais de 30% no número de associa-dos foi a resposta que a Apras obteve com a cria-ção da Regional Estadual, com sede em Curitiba e abrangência em outros 26 municípios. O presi-dente, Irineu Ferrari, ressalta que a criação da enti-dade ajudou a fortalecer o setor, trazendo também mais agilidade na tomada de decisões. Além disso, a regional estadual passou a ser o “braço direito” da presidência estadual, que pode se aproximar cada vez mais dos associados em todo o Estado.

Regional IratiA implantação da Apras na região de Irati aproximou a entidade dos supermercadis-tas do centro sul do Paraná. A realização de cursos e treinamentos possibilitou que o setor pudesse ampliar sua profissionaliza-ção, o que refletiu diretamente na qualidade do atendimento aos clientes. O presidente, Paulo Cesar Ivasko, destaca que as ações da entidade foram realizadas, além da cidade sede, nos municípios pólos de São Mateus do Sul e União da Vitória. Com isso, se am-pliou o número de associados atendidos e beneficiados pela associação.

Regional SulA capacitação e treinamento dos associados e funcionários foi um diferencial importante observado entre os supermer-cadistas que compõe a Regional Sul. A mudança de um es-critório para a sede própria, no bairro Madureira, em Ponta Grossa – prédio com cerca de 300 m² –, foi fundamental para dar ao setor acesso a todas as vantagens oferecidas pela associação. O presidente, Nelvir Rickli Junior, comenta que entre essas oportunidades estava o curso de Formação Ger-encial, que habilitou a primeira turma, e esse ano irá formar um segundo grupo. Segundo ele, a qualificação do setor vem refletindo na mudança de toda a rede.

Regional Centro-OesteA criação da Regional Centro-Oeste foi fundamental para unir os supermer-cadistas que, até então, não tinham informações suficientes sobre a atuação, benefícios e serviços oferecidos pela Apras. O reflexo disso foi a grande pro-cura pelos cursos e treinamentos disponibilizados pela instituição na região. Além de vantagens, como os cursos realizados por meio do Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados –, a regional buscou parcerias na con-cretização de outros treinamentos específicos para a categoria. Foi o caso do curso de panificação feito em conjunto com uma cooperativa de Guarapuava. O presidente, João Ricardo Hyczy, destaca que além de qualificar o profissional que atua no setor, essas ações aproximaram os empresários.

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- A sede, em Curitiba, foi reformada e ampliada em 2008;

Nova Apras

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“Com um trabalho de continuidade, colocamos a Apras no cenário nacional e como referência no Estado para as questões que dialogam com o setor. Este fortalecimento era necessário. Somos uma entidade forte, que influencia a vida de milhares de pessoas, dos fornecedores aos consumidores finais”.

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4° Capacitação do Setor- O Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados, que proporciona capacitação para novos profissionais e requalificação aos que já estão no mercado, realizou 178 cursos e palestras entre 2006 a 2009, capacitando 24.151 profissionais, com expansão dos cursos oferecidos para todas as regionais da Apras.

5° Associados- O Apras Card, lançado em 2007, é um cartão que beneficia aos associados da entidade em todo o Paraná e também o consumidor final, que passou a ter uma nova forma de crédito nos supermercados conveniados. O Apras Card atende, principalmente, aos interesses do pequeno e médio supermercadista, que não tinha acesso à tecnologia de cartões de crédito das grandes financeiras;- O Apras Jurídico, lançado em 2003, realiza reuniões periódicas para discutir os temas jurídicos relevantes e que envolvem o setor supermercadista.

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6° Termos de Cooperação- Atuando junto aos órgãos governamentais, a Apras assinou nesse período dois importantes termos de cooperação e de entendimento com o Governo do Estado do Paraná:• Convênio de participação da Apras nadivulgação e conscientização sobre o programa Paraná Alfabetizado, da Secretaria de Estado da Educação;• TermodeentendimentojuntoàSecretariade Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, comprometendo-se a disseminar entre seus associados três práticas, entre elas: o estímulo dos consumidores para o uso de sacolas retornáveis; a utilização de sacolas produzidas por materiais não-plásticos (papel, lona, tecido, ráfia, tecnologias biodegradáveis, etc.) e, em último caso, utilização de sacolas plásticas que se utilizem a tecnologia oxibiodegradável.

7° Comunicação Social- Criação do Departamento de Comunicação Social;- Aproximação da entidade com os associados, imprensa e público em geral;- Reformulação da identidade visual da Apras.

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9° Eventos- Espaço do Fornecedor é um canal aberto de comunicação, criado para aproximar fornecedor e supermercadista. Neste evento, a Apras – por meio de cotas de patrocínio – oferece ao fornecedor uma noite exclusiva para apresentação de seus produtos. É a oportunidade que a empresa encontra para fidelizar-se com os tomadores de decisão de compras do setor supermercadista.

10° JantaresA Apras realiza durante todo o ano jantares com o intuito de aproximar a entidade e os fornecedores supermercadistas. Esses eventos acontecem tanto na sede da Apras como em suas regionais. Além de estreitar os laços entre a indústria e o mercado, os jantares também são usados pelas empresas para lançamentos e promoções dos seus produtos.

8° Posicionamento pelo Setor

Publicado na Gazeta do Povo do dia 19/11/2008 na coluna de Celso Nasci-mento

Fé de mais 2A fé do governo é reforçada pela palavra do presidente da Apras – a

poderosa associação dos supermerca-

distas, responsáveis por 80% da venda

de alimentos no Paraná. Segundo seu

presidente, Everton Muffato, os super-

mercados vão baratear os produtos de

maior giro já no dia seguinte à aprova-

ção do projeto. Não é o caso de pergun-

tar a São Tomé o que ele acha disso?

11° Negócio Responsável- Ambiental:- Social: o Apras Mulher, lançado em 2007, é o braço de responsabilidade da Apras, coordenado por Manuela Muffato. A principal ação do Apras Mulher é a destinação de excedentes das vitrines das feiras regionais e da Mercosuper para entidades beneficentes. Em dois anos, foram doadas mais de 20 toneladas de alimentos, material de limpeza e higiene para as seguintes instituições:• AsiloSãoVicentedePaula(Curitiba);• HospitalPequenoPríncipe(Curitiba);• APAEdeCascavel;• UOPECCAN(Cascavel);• HospitaldeCâncerdeLondrina;• ObrasAssistênciasSãoVicentedePaulo(Londrina);• TocadeAssis(Londrina);Além disso, iniciou-se na área de qualificação de comunidades carentes, com cursos profissionalizantes destinados a mulheres que desejam adquirir conhecimento e habilidades como confeiteiras. Lançado em 2008, a primeira turma formou 12 confeiteiras.

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Declarações sobre a gestão de Everton Muffato

“A liderança jovem de Everton Muffato tem sido essencial para a consolidação política da Apras, uma entidade que se afirma e que, cada vez mais, representa com muita força o setor su-

permercadista do Paraná. Um setor fundamental da economia do País. O empresário Everton Muffato sempre soube administrar bem

as relações entre os concorrentes, fazendo com que se somassem na defesa do setor e dos interesses do consumidor. A administra-

ção da Associação Paranaense de Supermercados exige habilidade e Everton Muffato fecha sua gestão demonstrando tê-la o suficiente

para desafiar as dificuldades impostas pela alta carga tributária e, nos últimos tempos, pela crise econômica”.

Álvaro Dias, senador

“Cumprimento o Everton Muffato pelo seu trabalho à fr-ente da Associação Paranaense de Supermercados. Nesse período, Governo do Estado e Associação mantiveram um

relacionamento cordial, buscando parcerias tanto em defesa do setor supermercadista quanto dos consumidores. Destaco ainda a plena adesão da Apras à reforma tributária que reduziu o ICMS de 95 mil produtos de consumo popular. A colaboração dos su-permercados é vital para que haja a redução de preços, elevando em conseqüência o consumo e ativando a produção. Ao Everton, os cumprimentos do Paraná”.Roberto Requião, governador

“O trabalho de Everton Muffato frente à Associação Paranaense de Supermercados tem a marca do desprendimento, da competência e dos bons resultados. Bom para o Estado e, em especial, para as

cidades, que se beneficiam diretamente com a ousadia do segmento e com os investimentos resultantes deste arrojo empresarial. Para Curitiba, a relevância do trabalho desenvolvido pela APRAS é muito perceptível e profícuo, mas destaca-se de forma mais nítida entre as comunidades carentes. A ação acontece por meio das parcerias, desenvolvidas entre a Prefeitura e a entidade há muito tempo, mas intensificadas na gestão de Everton Muffato. O investimento social significa muito para a população curitibana e se reverte em bens e serviços fundamentais àqueles que mais precisam do nosso apoio e da nossa atenção. Assim, meu caro Muffato, com muito respeito, a cidade agradece pelo seu belo trabalho e pela forma gen-erosa com que acolheu os mais humildes cidadãos curitibanos”. Beto Richa, prefeito de Curitiba

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“Com certeza, todos os presidentes estaduais deixaram sua marca positiva dentro da entidade. Porém, Everton Muffato veio com uma nova filosofia, procurando trabalhar em prol

de todos os associados, independentemente de seu tamanho. Entre os vários pontos positivos que ele deixou, em minha opinião, sem sombra de dúvidas, a mais marcante sempre foi sua franqueza e transparência”.Irineu Ferrari, supermercadista.

“É com grande alegria que tenho observado as novas gerações assumirem, efetivamente, sua responsabilidade na condução das entidades representativas do Paraná. Acompanho de maneira

próxima a administração do Everton na Apras e, para mim, não é surpresa o dinamismo por ele empreendido à frente da entidade. Seu excelente histórico empresarial já permitia vislumbrar a excelência do atual trabalho, no qual se destaca, entre outras ações, o sucesso das edições da Mercosuper. Vejo na figura do Everton um belo exemplo de liderança a ser seguido pelos jovens empreendedores do Estado”.Darci Piana, presidente da Federação do Comércio do Paraná (Feco-mércio)

“A experiência acumulada desse jovem empresário, aliada a apurado senso de oportunidade para vencer desafios interpostos em sua tra-jetória de sucessos, faz de Everton Muffato um exemplo a ser seguido por empreendedores de todas as áreas de atuação. Nesse aspecto, destaco a vitoriosa ação à frente da Associação Paranaense de Super-mercados, em conjunto com a Associação Comercial do Paraná e out-ras 12 entidades, por ocasião do lançamento da campanha “Pedágio Verde”, no início deste ano, voltada à substituição de sacolas plásticas utilizadas por supermercadistas (80 mil mês), por sacolas retornáveis de algodão, em benefício da preservação do meio ambiente. Parabéns, amigo Everton... O trabalho continua...”Orlando Pessuti, vice-governador do Paraná

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“ A gestão de Everton Muffato foi marcada pelo dinamismo, competência e equilíbrio. Essa facilidade de dialogar e enfrentar os problemas de frente, buscando e apontando novos caminhos,

fez de Muffato um líder nato e confiável. Para nós, supermercadistas, é uma honra sabermos que o jovem Everton soube conduzir uma As-sociação da grandeza que tem a Apras por rumos definidos e seguros”.Caíto Quintana, deputado estadual

“O trabalho da Apras é destaque no Paraná e, sem dúvida, a gestão do Everton Muffato foi um marco. Um jovem que incorporou a importância do associativismo e entende a importância da união

das entidades classistas. Durante toda a sua gestão manteve um bom relacionamento com as demais entidades de representação comercial, e isso faz a diferença”.Ardisson Naim Akel, presidente da Federação das Associações Comer-ciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap)

“Notadamente é uma diretoria expansiva, que leva os braços da Apras a todas as regiões do Estado, potencializando a represen-tatividade do setor. Dentre todos os projetos e ações da gestão

presidida por Everton Muffato, certamente destacam-se os de alcance social, principalmente os convênios firmados na área da educação. Sempre defendemos que este é o mais importante instrumento de transformação. Assim, podemos ter a certeza de que a entidade cum-pre seu papel representativo e também o social”.Alfredo Kaefer, deputado federal

“O Everton Muffato se mostrou um empreendedor nesta sua pas-sagem pela Apras, vitalizando o dinamismo da instituição com a prestação de serviços aos associados e a realização de capacita-

ções para colaboradores dos supermercados em todo o Estado. Isso demonstra o poder de realização da família, herança do pai e da mãe, que se transformou em um dos mais importantes grupos supermerca-distas do Paraná e do sul do Brasil. Parabéns ao Everton”.Rodrigo da Rocha Loures, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)

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Relação da Apras na gestão 2006 -2009 com

os fornecedores

A profissionalização passou a ser a marca da gestão da Apras – Asso-ciação Paranaense de Supermer-cados – no triênio 2006-2009. A avaliação é do gerente regional da

Nestlé para os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Roberto Panitz Garcia, que usou a realização da feira Mercosuper – segun-do maior no segmento supermercadista do Bra-sil – como um exemplo. “A Mercosuper deixou de ser uma exposição e se transformou em uma feira de negócios, muito interessante e impor-tante para a indústria”, comentou. Segundo Gar-cia a forma dinâmica de como se trabalha a feira é imprescindível para os fornecedores. “Quando a feira termina já se começa a formatar na próxima edição. E para nós, que trabalhamos em longo prazo, isso é fundamental”.

Para o diretor regional da Unilever, Rosandro Rosano a comunicação clara estabelecida pela Apras com os fornecedores marcou de forma sig-nificativa a gestão de Everton Muffato. “Todas as informações relativas ao setor não ficaram restri-tas aos associados e, com isso, nós fornecedores pudemos estar cada vez mais alinhados com o mercado”, ponderou. Isso, segundo Rosano, ficou evidente no período de mudança tributária, quando os fornecedores tiveram a mesma atenção e apoio dados aos associados. Comportamento semelhante o diretor afirma ter encontrado nas regionais da Apras em todo o interior do Estado. “É uma diretoria muito mais atuante e próxima”, comentou. O diretor da Unilever também ressal-tou a importância da Mercosuper como uma vit-rine de negócios.

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Supermercadistas do

Mais do que manter relações comerciais com seus clientes,

as empresas do setor supermercadista têm buscado fazer sua parte na tentativa de melhorar o mundo. Grandes e pequenas redes têm investido e apostado em ações de responsabilidade social, ambiental e de respeito ao consumidor. No Paraná, os supermercados inovam, vão além do que prevê a legislação, promovendo transformações sociais importantes e muitas vezes servindo de exemplo.

Foi a partir de uma experiência desenvolvida em Curitiba e região metropolitana que o Grupo Wal-Mart resolveu estender para outros estados um projeto que auxilia mulheres com renda mensal inferior a meio salário mínimo. O projeto Aliança Wal-Mart de apoio a grupos empreendedores irá envolver 44 grupos produtivos comunitários de 25 comunidades em quatro estados. O projeto irá atingir diretamente 351 micro empreendedores comunitários ao longo de 20 meses para que desenvolvam seus negócios e aumentem sua renda mensal em até 35%. A proposta é oferecer um sistema e metodologias de apoio integrais para a inclusão e o desenvolvimento dos empreendimentos. Aqui

O que as empresas do setor no Paraná estão fazendo para melhorar o mundo

Bem

no Paraná, o projeto apóia 140 mulheres cooperadas em diferentes comunidades. Elas recebem treinamento para produzir e comercializar peças em tricô, itens de perfumaria e artesanato. A ação visa assegurar o aumento de renda das mulheres para uma média mensal de R$ 200,00 a R$ 250,00. O projeto também financia a compra de novos equipamentos para a produção.

O programa Aliança Wal-Mart é desenvolvido através do Instituto Wal-Mart, criado para pôr em prática o objetivo do Grupo de catalisar mudanças nas regiões onde atua, gerando transformação social e melhorando a qualidade de vida das pessoas e comunidades. Ainda no Paraná, o Instituto apoiou projeto semelhante,

só que neste caso atendendo homens, em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba. Dentro do Coopzumbi, 50 trabalhadores receberam capacitação. O projeto também garantiu investimentos na infra-estrutura, apoio na gestão da cooperativa e acompanhamento da coleta seletiva e destinação dos resíduos.

Já o Família Brasileira Fortalecida, que também é desenvolvido em outros oito estados, orienta famílias curitibanas sobre cuidados com a saúde, educação, segurança e desenvolvimento de crianças e adolescentes. O projeto é uma iniciativa do UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância – em parceria com o Governo Federal e 28 organizações não-governamentais do país.

Responsabilidade Social

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“Nós somos procurados não só por empresas que querem implantar um projeto semelhante ao nosso, como também por faculdades que querem fazer pesquisa sobre o programa”, conta a psicóloga Tânia Regina Cordeiro Klemann, responsável pelo programa Os Especiais do Super Especial, da rede Festval, que conta com quatro lojas em Curitiba. O projeto trabalha a inclusão dos portadores de necessidades especiais no mercado de trabalho. “Só contratamos empacotadores com necessidades especiais”, explica Tânia. Ao todo, hoje são 69 funcionários especiais, o equivalente a 10% do quadro total de colaboradores, o triplo do que a lei exige. O projeto, que nasceu junto com o supermercado em 95, se baseou na experiência de uma rede internacional. A proposta deu tão certo que mesmo depois da empresa ter sido vendida, em 2001, seus novos proprietários não abriram mão do programa. As lojas acabam sendo beneficiadas com a baixa rotatividade do funcionário especial, que valoriza muito o emprego, como é o caso de Robson Marcelo de Andrade, 36 anos, que deve completar 15 anos de casa. Além disso, Tânia se lembra também dos comentários de clientes que escolheram comprar em estabelecimentos da rede por conta desta diferença.

Ganha a empresa, ganha a sociedade. Tânia recorda ainda que a implantação do

INCLUSÃO programa foi difícil. De acordo com ela, foi preciso vencer as barreiras impostas pelas próprias famílias, que sempre mantiveram o portador de necessidades especiais numa condição de dependente. “Não havia a cultura dos especiais no mercado de trabalho. Havia receio porque eles teriam que se deslocar sozinhos e lidar com o salário”, explica. Os funcionários especiais entram como empacotadores, mas podem ser promovidos, como aconteceu com os mais antigos.

E, no começo do programa, a empresa precisou investir no treinamento dos demais funcionários para que eles aceitassem os portadores. “Hoje isso já não é mais necessário, as pessoas perceberam que é muito fácil trabalhar com eles”, comemora.

Mas a contribuição do Festval para melhorar o mundo não é só na área social. Há quase três anos, a empresa instalou, na loja do bairro Barigui, o Caixa Ecológico. Nele, o cliente pode, logo depois da compra, descartar

Segundo a psicóloga Tânia Regina Cordeiro Klemann,

responsável pelo programa Os Especiais do Super Especial,

da rede de supermercados Festval, o projeto trabalha a

inclusão de portadores de necessidades especiais no

mercado de trabalho. “Só contratamos empacotadores

com necessidades especiais”. Ao todo, hoje, são 69

funcionários especiais, o equivalente a 10% do quadro total

de colaboradores, o triplo do que a lei exige.

Responsabilidade Social

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EXPANSÃOO programa de

r e s p o n s a b i l i d a d e socioambiental do Grupo Pão de Açúcar, Caras do Brasil, busca incentivar a produção e comercialização de produtos sustentáveis. O lançamento do programa em Curitiba faz parte do projeto de expansão do grupo para 2009, que passa a contar com mais dezessete pontos de venda, totalizando 45 lojas.

Lançado em 2002, o programa traduz as principais causas do Grupo Pão de Açúcar, que são: multiplicar a consciência no consumo, dividir com a comunidade e somar qualidade

O programa de responsabilidade socioambiental do Grupo

Pão de Açúcar conhecido como Caras do Brasil, busca

incentivar a produção e comercialização de produtos

sustentáveis.

de vida. De acordo com o diretor de responsabilidade socioambiental do Grupo, Paulo Pompilio, com essa ação é possível gerar emprego, renda e oferecer condições para que as comunidades possam se fixar em seus locais de origem e valorizar a rica cultura nacional. “Do ponto de vista do consumidor, ao adquirir um produto do projeto, há uma clara percepção de engajamento, de valorização da brasilidade e de que se está contribuindo com uma causa importante”, afirma.

Além da oportunidade de oferecer produtos diferenciados com valor socioambiental agregado, o Caras do Brasil chega ao Paraná com a perspectiva de selecionar

fornecedores regionais que gostariam de participar do programa. Os interessados podem se cadastrar no site www.carasdobrasil.com.br.

Hoje, o projeto conta com 60 comunidades de várias regiões do país e, anualmente, beneficia cerca de 40 mil pessoas. São mais de 300 itens entre alimentos e artesanato que utilizam matéria-prima tipicamente brasileira. Os campeões de venda são: o mel, o saco de lixo e o pano de prato. “Do ponto de vista do consumidor, ao adquirir um produto do projeto, há a clara percepção de engajamento, de valorização da brasilidade e de que se está contribuindo com uma causa importante”, avalia Pompilio.

embalagens de plástico ou de papel que não julgar necessário levar para casa. As embalagens recicláveis são vendidas e o valor da venda é repassado para uma instituição de caridade que esteja cadastrada na Receita Federal e na Fundação de Ação Social da Prefeitura de Curitiba. Cada instituição cadastrada fica registrada no Caixa Ecológico por um período de até seis meses. O monitor marca o número de embalagens descartadas e o nome da entidade que vai ficar com o valor da venda. Até agora, 25 mil embalagens foram recolhidas e pelo menos quatro instituições beneficiadas. A experiência ecológica motivou os clientes que passaram a exigir lixeiras seletivas para destinar, mais tarde, a embalagem que levavam para casa. E as lixeiras seletivas acabaram sendo instaladas em todas as redes.

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ACESSIBILIDADERepresentante do setor

supermercadista no estado, a Apras – Associação Paranaense de Supermercados também tem feito sua parte no que diz respeito à responsabilidade social. A entidade tem ajudado a Promotoria de Defesa da Pessoa Portadora de Deficiência e do Idoso a orientar os supermercados sobre as resoluções do Contran – Conselho Nacional de Trânsito – que regulamentam a sinalização para as vagas destinadas aos idosos e deficientes físicos. “As reclamações sobre a falta de respeito é muito grande e nas audiências públicas que promovemos para discutir o assunto com o setor público e privado, a Apras sempre se mostrou receptiva e prontificou a colaborar”, diz a promotora de Justiça e coordenadora da Promotoria, Rosana Beraldi Bevervanço.

De acordo com ela, a idéia é que os supermercados ajudem com a fiscalização. Os veículos que ocuparem as vagas especiais deverão estar identificados com uma credencial no painel do carro. Caso isso não seja constatado, o estabelecimento deve avisar aos proprietários do automóvel pelo alto-falante. Se o cliente insistir em mantê-lo na vaga inadequadamente, o Diretran – Diretoria de Trânsito de Curitiba –, órgão responsável pela aplicação de multas e remoção de veículos, deve ser chamado.

Segundo o presidente da Apras, Everton Muffato, com a

publicação das resoluções, os supermercados poderão de fato operacionalizar uma dificuldade que existe há longa data. “Com a legislação regulamentadora, será possível garantir que as vagas destinadas exclusivamente a eles sejam respeitadas pelos demais clientes. Caso isso não aconteça, as autoridades de trânsito poderão ser acionadas pelos supermercados ou mesmo por qualquer cidadão, para

multar os motoristas por desvio de conduta previsto em lei. A garantia deste direto aos idosos e deficientes físicos é um desejo antigo dos supermercados”, afirma Muffato. Ainda segundo a promotora, o Contran republicaria as resoluções para corrigir pequenas imperfeições, mas até o fechamento desta edição a republicação ainda não havia acontecido.

“Com a legislação regulamentadora, será possível garantir

que as vagas destinadas exclusivamente aos portadores

de deficiências físicas e idosos sejam respeitadas pelos

demais clientes. Caso não seja respeitada, as autoridades de

trânsito poderão ser acionadas para multar os motoristas

por desvio de conduta previsto em lei”.

(Everton Muffato – presidente da Apras)

Responsabilidade Social

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Entrevista

“É difícil estabelecer proporções entre

a crise global e seus impactos sobre a

economia brasileira. Todavia, é seguro dizer

que o Brasil está muito mais preparado para

enfrentar turbulências do que em qualquer

outro período da sua história. A extensão da

crise será muito menor aqui e o Brasil pode

sair dela muito antes do que os países ricos”.

“O Brasil sairá da crise antes

dos países ricos” (Maílson

da Nóbrega)Com o capitalismo virado de cabeça para baixo,

o assunto do momento é a crise financeira. Com empresas sendo reestruturadas mundo afora, demissões, e governos em constantes debates. A grande pergunta que se faz agora é: como esta onda deve afetar o Brasil? Qual será seu impacto real? Há motivos para preocupação?

Se há uma pessoa altamente capacitada para responder estas perguntas de forma clara é o ex-ministro da Fazenda (de 1988 a 1990), Maílson da Nóbrega. Com toda uma carreira construída no setor público e atualmente sócio de uma empresa de consultoria em São Paulo, ele tem uma visão bastante lúcida e abrangente sobre a crise mundial, sobretudo porque esteve do lado de lá do balcão.

Economista, trabalhou no Banco do Brasil e no Ministério da Indústria e Comércio. Como ministro, presidiu o Conselho Monetário Nacional e o Conselho Nacional de Política Fazendária. Foi ainda membro do board de Governadores do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional e do Banco Interamericano de Desenvolvimento; Chefe da Delegação Brasileira na negociação do acordo bilateral Brasil/Japão no âmbito do Clube de Paris; Membro do Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre um Código de Conduta para as Empresas Transnacionais. A palestra de

Maílson da Nóbrega é uma das mais esperadas na Mercosuper 2009 – “Negócio Responsável”.

Nesta entrevista para a Revista Supermix, ele avalia a crise financeira mundial, defende a intervenção governamental no setor financeiro e comenta sobre o impacto da economia nas eleições de 2010. Confira:

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Maílson da Nóbrega (M.N.): É difícil estabelecer proporções entre a crise global e seus impactos sobre a economia brasileira. Todavia, é seguro dizer que o Brasil está muito mais preparado para enfrentar turbulências do que em qualquer outro período da sua história. A extensão da crise será muito menor aqui e o Brasil pode sair dela muito antes do que os países ricos. Esse é o resultado das transformações

Supermix: Não poderíamos deixar de começar falando no assunto do momento. Se fosse possível estabelecer um percentual referente à crise financeira mundial e seu impacto até agora no Brasil, seria prudente e correto afirmar que até este momento o país estaria, digamos, passando por 20% da crise que assola outras nações?

Supermix: A imprensa e os analistas econômicos vêm atribuindo as raízes da crise ao consumo exagerado e irresponsável da classe média americana até 2007, incluindo a ausência de fiscalização dos bancos na concessão de crédito, sobretudo imobiliário. Estaria correta esta análise?

institucionais e mentais dos últimos 25 anos e da coragem que o presidente Lula teve de jogar fora as idéias do PT e manter a política econômica herdada de seu antecessor.

M.N.: É uma tese sem o menor sentido. Quem a faz costuma estar impregnado de preconceitos anticapitalistas e enorme desinformação. Erros semelhantes cometem os que atribuem a crise à desregulamentação. É crescente a percepção de que a crise tem origem em um desequilíbrio

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Entrevistamacroeconômico global, provocado pelo fato de um grupo importante de países emergentes, inclusive o Brasil, terem se tornado exportadores de capitais, particularmente para os Estados Unidos. Isso provocou um longo período de liquidez elevado e baixas taxas de juros, os mesmos ingredientes de muitas das crises do passado. Nesse contexto, forma-se o ambiente para a assunção exagerada de riscos e para a formação de bolhas. Como no passado, fica a sensação de que algo está errado no sistema financeiro e no mercado imobiliário, mas ao mesmo tempo os participantes do mercado – instituições financeiras, reguladores e analistas – subavaliam os riscos de crise, até que ela surja de algo que fure a bolha. No caso atual, foi a inadimplência das hipotecas subprime. Há muitos outros fatores presentes na crise, como os incentivos perversos derivados da forma como os executivos dos bancos eram remunerados, mas o começo parece ser esse desequilíbrio. Tal como em acidentes aéreos, o desastre teve muitas causas. A do consumo da classe média não tem lugar nas análises.

M.N.: A cifra impressiona isoladamente, mas parece pouco importante quando comparada aos milhões de carros financiados. Felizmente, não ocorreu aqui o clima de imprudência que prevaleceu nos Estados Unidos, nem com os tomadores, nem com os bancos. Os dados disponíveis revelam que os prazos exagerados de 70 ou mais meses para financiar um veículo foram praticados por apenas umas poucas e

Supermix – Neste momento, os bancos brasileiros têm em seu poder cerca de 100 mil veículos cujos financiamentos não foram devidamente pagos pelos proprietários. Da mesma forma que nos Estados Unidos, o consumidor brasileiro se deixou seduzir pela farra do crédito farto? Qual a responsabilidade dos bancos neste processo?

Supermix: O presidente Barak Obama vem sendo criticado por setores do próprio partido por defender o auxílio governamental aos bancos, na forma de compra de títulos podres e estatização da parte “ruim” dos bancos. A crítica é que gestores incompetentes ou mal intencionados estariam sendo premiados ao invés de punidos. O senhor é favorável à intervenção governamental no sistema financeiro? Por quê?

pequenas instituições financeiras. A média nos bancos de maior porte, que costumam dispor de bons mecanismos de avaliação de riscos, anda por volta de 30 meses.

M.N.: Sou francamente favorável à ação estatal destinada a evitar o colapso do sistema financeiro. Os bancos por certo cometeram erros, foram imprudentes e os executivos ganhavam bônus mesmo que tivessem gerado operações ruinosas. Mesmo assim, é preciso agir, pois o colapso do sistema financeiro prostraria a economia, provocando uma depressão de conseqüências sociais e políticas imprevisíveis. A experiência mostra que não agir para evitar uma crise bancária sistêmica costuma em seguida impor um custo maior. A economia moderna não funciona sem crédito e sem sistema de pagamentos. Não salvar uma indústria parece injusto nessas circunstâncias, mas a quebra de empresas não tem os efeitos sistêmicos da falência de um conjunto importante de instituições financeiras. Basta ver o que aconteceu em países bem sucedidos em ações desse tipo, como foram os casos da Suécia, da Noruega e da Finlândia, bem como o do Brasil, com o Proer. Hoje, o sistema financeiro brasileiro é sólido e constitui um elemento fundamental para explicar a resistência do país à crise, graças em grande parte ao Proer. É natural que haja resistências a esse tipo de intervenção governamental, como ocorre agora nos Estados Unidos e ocorreu no Brasil. A

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Supermix: Quando se fala em crise financeira, pode-se afirmar, como no ditado: “que o diabo não é tão feio quanto está sendo pintado”? Ou seja, com base em números e dados, há motivos reais de preocupação? Seria, no caso do Brasil, uma situação delicada com começo, meio e fim?

Supermix: Ainda com relação à pergunta anterior, o lado perverso e real da crise se mostra em anúncios quase diários de demissões e cancelamentos de investimentos. Em curto e médio prazo, como deve ficar este cenário no Brasil?

Supermix: As medidas tomadas até o momento são realmente as melhores? Ou, avaliando-se o quadro geral da crise, outras medidas, talvez até mais drásticas, poderiam ter sido adotadas?

Supermix: Por que o Banco Central hesita tanto em reduzir drasticamente as taxas de juros neste momento, uma vez que está é uma reivindicação unânime por parte da sociedade produtiva?

história prova, contudo, que é melhor fazer do que assistir à quebra do sistema financeiro, por desinformação, preconceito ou ideologia.

M.N.: A crise é feia mesmo. É a pior dos últimos 80 anos e ainda não foi debelada. Se o governo americano não conseguir estabilizar o sistema financeiro nos próximos meses, será grande o risco de o país mergulhar na depressão. Como a economia americana representa um quarto da economia mundial, a depressão se espalharia pelo mundo, inclusive porque poderia tornar incontrolável o protecionismo, que agravaria a situação. O Brasil seria muito prejudicado.

M.N.: Há dois centros claros de reação à crise: o Banco Central (BC) e o restante do governo. O BC agiu prontamente e de forma muito eficaz no provimento de liquidez e na restauração de linhas de crédito de comércio exterior. Evitou a quebra de bancos de médio porte, o que seria desastroso, e vem conduzindo de forma adequada a flexibilização da política monetária. A outra parte do governo é confusa, atua de forma pouco coordenada e parece ausente da realidade, como provam as ameaças do ministro do Trabalho, de punir empresas que demitissem, e as projeções do ministro da Fazenda, que traçou uma meta de crescimento de 4% para este ano (que foi reduzida recentemente para 2%, mesmo assim sem a menor razão de ser).

M.N.: A crise é feia mesmo. É a pior dos últimos 80 anos e ainda não foi debelada. Se o governo americano não conseguir estabilizar o sistema financeiro nos próximos meses, será grande o risco de o país mergulhar na depressão. Como a economia americana representa um quarto da economia mundial, a depressão se espalharia pelo mundo, inclusive porque poderia tornar incontrolável o protecionismo, que agravaria a situação. O Brasil seria muito prejudicado.

M.N.: Reivindicações da sociedade não podem balizar a ação dos bancos centrais. Se assim fosse, a taxa de juros já estaria perto de zero. Por isso, a maioria dos bancos centrais dispõe de autonomia operacional para resistir a pressões de sindicalistas, empresários, analistas e políticos, que costumam defender interesses desligados dos da sociedade. O Banco Central decide mediante avaliação do balanço de riscos de inflação e atividade econômica. A seu cargo está a missão de preservar um bem público fundamental para o crescimento e a paz social, qual seja a estabilidade da moeda. A inflação prejudica os pobres, que não fazem parte desse

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Page 40: Supermix edição 121

Entrevista

coro em favor da queda voluntarista da taxa de juros. Assim, é natural que o BC seja prudente e conservador na gestão da política monetária. Não é possível comparar nossa situação com a das taxas de juros nos Estados Unidos, Reino Unido, países da zona do Euro e o Japão, que lutam para evitar a depressão em meio ao desastre que ocorreu nos seus sistemas financeiros.

M.N.: Fui ministro em situação distinta da atual, em meio a uma crise de proporções muito maiores para a economia e a sociedade brasileiras. Como em qualquer país, o estado da economia influencia o ambiente político. Por maiores que sejam as características eleitoralmente vantajosas do presidente Lula, particularmente seu carisma pessoal e o grande poder de comunicação, seu papel no processo eleitoral será maior ou menor dependendo da evolução do quadro econômico. M.N.: Não acredito que a imprensa esteja

falhando. Minha impressão é que os grandes veículos estão cobrindo adequadamente a crise. Ocorre que há uma defasagem entre o início da crise e seus efeitos no emprego, o que somente agora começa a acontecer. Então, por que a última pesquisa do Ibope mostra que aumentou o número dos brasileiros que percebem a crise. Além disso, diferentemente de outras crises, desta vez assistimos à queda da inflação e dos juros, o que permite uma sensação de conforto que pode em parte compensar as preocupações com os efeitos negativos da crise.

M.N.: O Brasil mudou profundamente desde então, inclusive por medidas tomadas naquela época. Embora o presidente Lula faça crer que tudo aconteceu no seu mandato, uma análise isenta e séria mostrará que ele colheu frutos

Supermix: O senhor já foi Ministro da Fazenda e esteve do outro lado do balcão, tendo que conviver com toda espécie de pressão e precisando tomar decisões difíceis. Em momentos como este, com empregos sendo cortados e com o início de um debate, ainda que velado, sobre sucessão presidencial, implicações políticas conseguem sobrepor ao estado da Economia?

Supermix: Em sua opinião, quais são as mudanças mais profundas e significativas na economia brasileira no período em que o senhor foi ministro e o momento atual?

Supermix: O cidadão comum não consegue compreender por que está se vivendo esta crise. Ele só sente os efeitos quando perde o emprego. A imprensa estaria falhando ao comunicar sobre a crise?

de árvores plantadas por governos anteriores, inclusive os militares. Sua grande contribuição – que não foi pequena – constituiu-se na coragem em manter a política econômica de seu antecessor, o que foi fundamental para gerar a situação de resistência a crises que hoje observamos na economia. Foi o governo Sarney, de quem fui ministro, que iniciou as mudanças institucionais que permitiram ao Banco Central adquirir a autonomia operacional. Também foi lá que começou o processo de abertura da economia, embora se imagine que foi obra exclusiva do presidente Collor. Talvez mais importante do que isso, e independentemente da ação do governo, a sociedade brasileira se tornou intolerante à inflação, o que representa uma mudança e tanto em nosso padrão mental. Hoje, somente uns gatos pingados saudosistas ainda defendem que vale a pena ter um pouquinho de inflação para permitir maior crescimento da economia. Pergunte aos pobres se eles concordam e provavelmente receberá resposta negativa.

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Supermix: As demissões anunciadas até agora atingiram em cheio a indústria. O varejo ainda foi poupado. Até quando, em sua opinião, o comércio evitará demissões? A elevação dos índices de inadimplência poderia afetar o desempenho do varejo ainda este ano?

Supermix: O governador José Serra parecia caminhar para uma vitória até certo ponto tranqüila nas eleições de 2010. No entanto, a superexposição da Ministra Dilma, o apoio e a popularidade do presidente Lula vem mostrando que ela está crescendo nas pesquisas, sobretudo em regiões carentes do Brasil. Pode-se arriscar, desde já, que um segundo turno, com chances reais para a candidata da situação, é dado como certo?

M.N.: É natural que o desemprego ocorra antes na indústria do que no comércio. A indústria costuma reagir rapidamente ao acumulo de estoques. As demissões no comércio, em geral, serão inevitáveis, pois é clara a redução da demanda, por conta da diminuição da oferta de crédito, do desemprego e da maior cautela dos consumidores. Certamente a elevação dos índices de inadimplência contribuirá para a desaceleração, pois provoca maior conservadorismo na concessão de crédito, tanto pelos bancos como pelo varejo.

M.N.: Ainda é cedo para prognósticos, pois estamos a um ano e meio das eleições. O quadro eleitoral vai ser muito influenciado pela situação da economia. O que se pode afirmar neste momento é que a corrida sucessória caminha para ser decidida, pela quinta vez consecutiva, entre o PT e o PSDB. Serra e Dilma são os candidatos mais prováveis, mas é impossível neste momento atribuir favoritismo a um deles. Serra tem hoje as preferências, dado o benefício do recall por sua candidatura à Presidência em 2002 e à exposição que lhe permite a situação de governador do maior Estado da Federação. Dilma provavelmente se beneficiará da transferência de votos derivados do prestígio pessoal de Lula. Prognósticos mais seguros somente poderão ser feitos a partir de 2010.

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Jurídico

Cristina Corso Ruaro

A exposição e comercialização de

produtos impróprios para consumo é um

assunto que vem gerando muita polêmica.

Afinal, quem deve ser responsabilizado

criminalmente pela negligência? Para

esclarecer algumas dúvidas, a Revista

Supermix foi ao Ministério Público ouvir

os Promotores de Justiça Maximiliano

Ribeiro Deliberador e Cristina Corso

Ruaro, ambos da Promotoria de Justiça

de Defesa do Consumidor de Curitiba. Tendo em vista o entendimento de que o

processo criminal deve ser dirigido contra o funcionário que efetivamente contribuiu para que o crime viesse a ocorrer, os promotores recomendam aos órgãos de fiscalização, por ocasião da lavratura do auto de infração, que identifiquem imediatamente o responsável pelo setor que deveria ter providenciado a retirada dos produtos impróprios para consumo encontrados nas prateleiras. Da mesma forma, os Promotores de Justiça solicitam aos supermercadistas que auxiliem a Vigilância Sanitária a identificar os responsáveis diretos pela infração criminal.

Em razão desta nova necessidade, o Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados – está disponibilizando aos supermercados o curso de “Gestão Técnica de Loja, Foco em Perecíveis” que visa preparar os gerentes e chefes de setor para exercer suas responsabilidades. No dia 20 de abril às 10 horas, os promotores Maximiliano Ribeiro Deliberador e Cristina Corso Ruaro, em conjunto com a VISA, Procon e Delegacia do Consumidor estarão participando, durante a Mercosuper 2009 – “Negócio Responsável” – do

fórum O Direito do Consumidor e Segurança Alimentar.

Nesta entrevista, os promotores também falam à Revista Supermix sobre a evolução das relações de consumo no Brasil após o advento do Código de Defesa do Consumidor. Confira a entrevista realizada no dia 16 de março de 2009, na subsede do Ministério Público do Estado do Paraná.

Supermix: As relações de consumo no Brasil evoluíram muito desde o advento do Código de Defesa do Consumidor (CDC), em 1990. Como vocês vêem esta evolução e quais são os aspectos mais urgentes a serem melhorados?

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Page 43: Supermix edição 121

Maximiliano Ribeiro Deliberador (M.R.D.):Existem vários pontos que precisam

evoluir, mas o respeito ao consumidor ainda é a

principal. Se você levar em consideração o que

código traz e o que é aplicado na realidade, não

apenas em relação aos supermercados, mas de

forma geral, há ainda um abismo. O respeito

ao consumidor tem que ser mais eficiente por

parte dos fornecedores. Muitas vezes, em razão

da própria impunidade, pelo desconhecimento

do consumidor e, por ocasiões, até por

comodismo, direitos e obrigações são postos de

lado. O respeito ao consumidor deveria ser uma

atividade cívica. Por exemplo, as publicidades

que não informam corretamente o valor final dos

produtos, prazos e juros aplicados. Ou então,

quando os fornecedores não garantem o direito

do consumidor escolher, diante da presença de

um vício, a troca do produto, o abatimento do

preço ou a devolução do dinheiro. Nos Estados

Unidos, por exemplo, se você adquire um produto

e não fica satisfeito, a devolução é permitida,

independentemente da existência de vício. No

Brasil, mesmo na presença desse, a regra é a

dificuldade na resolução dos problemas.

Cristina Corso Ruaro (C.C.R.): Seria tão

mais fácil se os fornecedores pudessem resolver

essas questões de uma forma administrativa, sem

deixar que o consumidor procure a Justiça, a

intervenção do Ministério Público ou do Procon

para resolver uma questão básica prevista no

Código do Consumidor. O próprio fornecedor

não perderia o cliente se tivesse esse cuidado.

M.R.D.: Nós partimos de um princípio no

CDC chamado de boa fé objetiva, em que numa

relação de consumo se presume automaticamente

que o consumidor age de boa fé e o fornecedor

também. Outra situação a ser citada é a

chamada hiposuficiência do consumidor. Parte-

se do princípio de que é muito mais fácil para

o fornecedor – o agente mais forte na relação

– provar a existência de problemas do que

o consumidor, que é o elo fraco na cadeia. A

defesa do fornecedor, em juízo, é mais fácil que

a do consumidor, sem dúvida alguma. Frise-se

que, se o consumidor agir com dolo ou fraude,

ele também poderá responder por isso.

Page 44: Supermix edição 121

Jurídico

M.R.D.: O importante é responsabilizar a pessoa certa. Do ponto de vista criminal, é preciso identificar quem é o indivíduo que deveria agir para que aquele produto impróprio para o consumo não fosse disponibilizado para o mercado final. Em direito, damos a isto o nome de “dever de cuidado objetivo”. Anteriormente, existia uma diferença na interpretação: o gerente geral sempre respondia pelo crime. Em pequenos estabelecimentos, como quem administra é o proprietário ou o gerente e não existem subdivisões no que diz respeito aos setores, serão eles, de regra, os responsáveis. Já nos grandes mercados essa subdivisão ocorre. Onde há responsáveis pelos setores, do ponto de vista penal, como a responsabilidade é subjetiva, depende ela de demonstração de dolo ou de culpa. E isso deve ficar provado no processo. Mas de que forma o gerente geral de um hipermercado tem o controle do produto que existe na gôndola? O entendimento diz que o gerente é responsável por indicar e capacitar uma pessoa responsável pelo setor. Se ele tomou essas atitudes, a tarefa do gerente geral termina por ai. O responsável pelo controle do prazo de validade é aquela pessoa que foi treinada para gerenciar aquela função. Caso o gerente geral tenha sido negligente – não indicando ou treinando tal pessoa –, ele continuará a ser o responsável direto. Esse é o principal aspecto que deve ser considerado para orientar a VISA. Quando os agentes forem ao estabelecimento e verificarem a existência de um produto impróprio, será preciso identificar de antemão, quando lavrado o auto-termo, o responsável por aquele setor específico, no dia em que o fato aconteceu.

M.R.D.: Os casos até agora comentados são de crimes culposos. Se houver dolo, ou seja, intenção em deixar os produtos impróprios ao consumo à disposição do mercado final, a pena do crime será mais grave. Mas, de toda forma, é preciso provar esse fato, inclusive a ordem da gerência. Quanto ao produto reposto pelo consumidor, é de se deixar claro que a responsabilidade do mercado não é de apenas

C.C.R.: Cada situação deve ser vista de forma diferente. O gerente, para se isentar de eventual responsabilidade criminal, deverá demonstrar que capacitou efetivamente seus subordinados. Se houve a capacitação, a responsabilidade criminal recairá sobre o responsável pelo setor onde foi detectada a infração. Mas o que se tem visto nos inquéritos policiais é que simplesmente se tenta repassar a responsabilidade para os terceirizados, contudo, sem identificar os nomes. O indício da prática da infração penal recai primeiro sobre aquele que responde pela empresa, pois, rigorosamente, pelo art. 75 do CDC, a responsabilidade criminal abrange várias pessoas, do empregado ao gerente, diretor ou administrador. Entretanto, há um entendimento no sentido de se responsabilizar criminalmente aquele que tinha o domínio da situação, ou seja, que efetivamente praticou a ação. Por isso, é preciso haver um controle mais efetivo de quem trabalhava naquele dia e setor no dia em que se flagrou a infração.

Supermix: Os colaboradores deverão ter maior responsabilidade na execução de suas tarefas. Qual a sua opinião sobre os funcionários que usarem como estratégia de defesa dizer que a determinação para a não retirada dos produtos impróprios partiu da gerência? E quando o próprio consumidor quem deixa o produto cair e repõem na prateleira?

Supermix: Para o Ministério Público, qual a importância da VISA identificar o responsável direto pela venda do produto impróprio? E, como surgiu esta nova interpretação?

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Maximiliano Ribeiro Deliberador

M.R.D.: Criminalmente, a indústria para o consumidor não tem influência alguma, a não ser em caso de vício alheio à intervenção do mercado. Em princípio, a partir do momento em que o produto entra no estabelecimento, é muito difícil responsabilizar um terceiro. Para a VISA, nós deixamos bem claro que, sob o ângulo de responsabilização criminal, a gerência do estabelecimento – na falta de um responsável específico por determinado setor – importa no controle e na regularidade formal dos produtos comercializados. Assim, não é licito que se transfira a responsabilidade para terceiros, principalmente quando esses não integram o quadro de funcionários dos fornecedores. O que nós não podemos concordar nesse trabalho é que os supermercados transfiram a responsabilidade para os fornecedores. O consumidor, quando vai até o estabelecimento, não vai comprar somente pela marca, mas sim pela fidelidade com o estabelecimento. O contrato de confiança que se estabelece é com o supermercado, pois, muitas

M.R.D.: Essa recomendação se estende para o Paraná inteiro. É importante que exista um padrão de atuação.

Supermix: Nos supermercados, os produtos perecíveis, principalmente, são repostos por funcionários contratados pela indústria. Na Europa, a própria indústria é responsabilizada ou co-responsabilizada. Como vocês entendem esta situação no Brasil, tendo em vista que o CDC, em alguns casos, já responsabiliza o fornecedor?

Supermix: Esta recomendação serve para a VISA-Curitiba. Não seria conveniente estendê-la para o Procon e Delcon?

verificar os prazos de validade, mas de verificar a propriedade formal e material de tudo o que coloca à disposição do consumidor. É necessária uma revisão das prateleiras de forma contínua. Quer dizer, onde existem pessoas manuseando produtos, esse tipo de acidente pode acontecer. Então, a responsabilidade, sem dúvida alguma, é do supermercado que está expondo o produto.

vezes, a escolha da mercadoria não se dá pela propriedade da marca, mas sim pelo preço. Já no que diz respeito à responsabilização cível, o dever de indenizar é solidário entre todos os da cadeia produtiva.

Março - Abril 2009

Page 46: Supermix edição 121

CONSIDERANDO que o artigo 18, §6º, inciso I, do Código de Proteção e Defesa do Consumidor, define como impróprios ao consumo os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos;

CONSIDERANDO que o artigo 18, §6º, inciso II, do Código de Proteção e Defesa do Consumidor, define como impróprios ao consumo os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação;

CONSIDERANDO que o artigo 18, §6º, inciso II, do Código de Proteção e Defesa do Consumidor, define como impróprios ao consumo os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se destinam. CONSIDERANDO que o artigo 31, do Código de Proteção e Defesa do Consumidor, estabelece que a oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores. CONSIDERANDO que o artigo 7º, inciso IX, da lei n.º 8.137/90 define como crime contra as relações de consumo, com pena de 2 a 5 anos de detenção ou multa, o fato de vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria-prima ou mercadoria, em condições impróprias ao consumo; CONSIDERANDO que o parágrafo único do artigo 7º, pune criminalmente, embora com redução de pena, aquele que, de forma culposa,

Recomendação MP

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA QUE FAZ A PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE DEFESA DO CONSUMIDOR DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA À SECRETARIA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DO MUNICÍPIO DE CURITIBA

Supermix: Quais são as situações mais comuns de produtos impróprios para consumo? Vocês têm alguma sugestão para os supermercados?

M.R.D.: A situação mais comum é de produtos com prazo de validade vencido. Minha sugestão é muito básica e fundamental: os supermercados devem aumentar a fiscalização interna. C.C.R.: É inevitável que a Vigilância Sanitária fiscalize os supermercados. Assim, quando os estabelecimentos forem fiscalizados, a VISA foi orientada em recomendação do Ministério Público, a fazer constar nos autos/termos duas informações: no aspecto administrativo, o gerente deverá ser identificado e assinar o termo de infração em nome do estabelecimento comercial, e no aspecto criminal, a VISA solicitará ao estabelecimento que informe quem era o responsável naquele dia por aquele setor em que ocorreu a infração, que deverá ser identificado e assinar o auto-termo no momento da abordagem.

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Jurídico

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Maximiliano Ribeiro Deliberador Promotor de Justiça

Cristina Corso RuaroPromotora de Justiça

vende, tem em depósito para vender ou expõe à venda ou, de qualquer forma, entrega matéria-prima ou mercadoria, em condições impróprias ao consumo; CONSIDERANDO que a ação fiscalizatória da Vigilância Sanitária é essencial para que se determine se o produto ou mercadoria é ou não impróprio ao consumo, não apenas através da verificação de dados objetivos, tal como, por exemplo, a expiração dos prazos de validade ou a ausência de informações essenciais, mas principalmente pela comprovação da desconformidade com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação editadas pelos órgãos oficiais; CONSIDERANDO o contido no artigo 27, parágrafo único, inciso IV, da lei n.º 8.625/2003, recomenda o Ministério Público à Secretaria Municipal da Vigilância Sanitária que observe os seguintes conceitos e orientações:1. Sob o ângulo da responsabilização criminal, a gerência do estabelecimento, na falta de um responsável específico por determinado setor, importa, necessariamente, no controle da regularidade formal e material dos produtos comercializados. Assim, não é lícito que se transfira tal responsabilidade a terceiros, principalmente quando estes não integram o quadro de funcionários do fornecedor.2. Sob o mesmo enfoque, havendo responsável específico por determinado setor, importa a ele a responsabilidade pela regularidade formal e material dos produtos comercializados.3. Respondem por crime culposo de venda, de ter em depósito para venda, de exposição à venda ou de entrega de matéria-prima ou mercadoria em condições impróprias ao consumo, todo aquele que, negligenciando em seu

Curitiba, 16 de março de 2009.

dever de verificar a regularidade dos produtos, permitir que qualquer destas situações ocorram.4. Quando do preenchimento dos Auto-termos, é importante que a Vigilância Sanitária, além de colher a assinatura do proprietário, do gerente ou responsável pelo estabelecimento comercial, adote todas as medidas possíveis para identificar o responsável pela prática do crime, utilizando-se para tanto dos parâmetros anteriormente fornecidos.

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Cenário econômico

muda comportamento

de consumo – como?

Pesquisa inédita do Instituto de Pesquisa Fractal demonstra como se comporta o público de menor renda e como este ano pode gerar oportunidades para o setor das marcas próprias

Comportamento

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Page 51: Supermix edição 121

Em um cenário econômico recessivo no qual se lêem notícias sobre desemprego, que afeta inclusive ícones nacionais como a Embraer, na mente dos empresários do setor supermercadista algumas perguntas são inevitáveis: Por que os consumidores procuram essa loja e não outra? De que forma este cenário influencia o comportamento dos mesmos? As crises vão e vem. Mas já se sabe o que ocorre quando elas aparecem: um comportamento defensivo. Entretanto, há quem lucre com elas.

Diante dos dados da pesquisa realizada em fevereiro pelo Instituto Fractal, que ouviu cerca de 4 mil consumidores das classes C – a que mais cresce no país –, D e E, para entender como eles estão reagindo à crise, o diretor, Celso Gris, constatou que o público comprador está reativo às compras, principalmente quando percebe o índice de desemprego crescer. “Observamos que, entre os participantes, as compras reduziram, mas a freqüência delas aumentou. O número de itens foi reduzido, e o que se leva para casa é mais o básico, o essencial”, explica ele. De acordo com Gris, o consumidor destas classes econômicas migrou para as marcas mais baratas, o que ele chama “de combate”, evitando financiamento e optando por eles quando a decisão implica na redução do custo de vida. “A aquisição de

algum eletroeletrônico pode representar menos despesa com lazer”, exemplifica. Segundo a pesquisa, entre 40% e 50% desses compradores está preferindo parcelar em um número maior de vezes.

Diante deste perfil de comportamento de consumo, Gris recomenda cautela aos empresários. Esta tem sido a tônica entre aqueles que analisam o varejo. “É hora de reduzir estoques, alongar os prazos de pagamentos e não realizar as chamadas ‘compras de estação’. É preciso ter em mente que o Brasil não vai ser afetado com o mesmo rigor que os Estados Unidos e outros países, mas nós também estamos sofrendo impacto. Já vemos o desemprego. Por isso, é preciso planejar e se proteger”, afirma ele.

Desde 1950, as marcas próprias, hoje difundidas no Brasil, são um exemplo de nicho que tem campo para crescimento no momento em que os consumidores buscam por alternativas com preços mais atraentes. “Nossa estimativa é de que o setor cresça 15% este ano”, afirma Neide Montesano, presidente da Abmapro – Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização. “As marcas próprias surgiram na França em um cenário de crise. Todos os aumentos de venda deste tipo de item ocorrem na crise”, completa. De acordo com ela, “a marca própria é uma

opção que contribui para que o poder aquisitivo do consumidor não seja tão afetado, pois os produtos mantêm a qualidade esperada com um diferencial de preço de até 20%”.

Atualmente, há mais de 47 mil itens de marcas próprias

“A marca própria é uma opção que contribui para

que o poder aquisitivo do consumidor não

seja tão afetado, pois os produtos mantêm a

qualidade esperada com um diferencial de preço

de até 20%”.

Março - Abril 2009

Page 52: Supermix edição 121

Comportamento

no Brasil, sendo que no setor supermercadista eles estão distribuídos nos principais segmentos – higiene, limpeza, alimentos, têxtil e cosmético. Em 2007, cerca de 7% do faturamento no setor supermercadista teve origem em produtos de marca própria, de acordo com a Abmapro. “Hoje, já existem associações de empreendimentos menores que em conjunto trabalham com marcas próprias”, conta Neide.

“O produto deve,

obrigatoriamente,

ter excelência de

qualidade comprovada

pelo consumidor em

testes sensoriais que o

posicionem acima das

marcas consideradas

premium e linhas com

marcas líderes de cada

segmento”,

A presidente ainda afirma que a estratégia de comercializar produtos com a estampa do supermercado é uma forma de fidelização da clientela, que sabe que irá encontrar aquele tipo de produto na loja que atende sua necessidade. Quando começou a ser disseminada no país, a comercialização de marcas próprias era mais voltada para as classes A e B, o que gradualmente foi mudando.

Marcas Próprias: em quase metade dos domicílios

A ACNielsen realizou, entre agosto de 2007 e julho de 2008, o 14º Estudo Anual de Marcas Próprias, que revelou como anda a presença desta estratégia de negócio no mercado brasileiro. A análise concluiu que o número de produtos oferecidos no varejo brasileiro cresceu 31%. O levantamento mostra também que eles estão presentes em quase metade dos domicílios brasileiros, alcançando 18 milhões de lares. “O trabalho conjunto entre indústria e varejo será fundamental para entender o comportamento e as necessidades do consumidor e fazer com que a marca própria cresça cada vez mais”, afirma Neide Montesano, presidente da Abmapro.

O levantamento da ACNielsen também aponta que, apesar de 81% do setor estar posicionado

como lowprice (preço baixo), os produtos premium (produtos com preço mais alto) também têm destaque. Além disso, a penetração das marcas próprias é maior nas classes A e B (54,7%), mas também ocupa espaço nas classes C, D e E (47,5%). O perfil dos maiores consumidores de marcas próprias é “maduro e bem-sucedido”, uma das seis classificações por “estilo de vida” utilizado pela ACNielsen, nível sócio-econômico alto e médio-alto, e lares com quatro ou cinco pessoas.

Das empresas que participaram do estudo, 25% oferecem produtos de marca própria ao consumidor. Do total de itens disponíveis no mercado, 83% estão nos supermercados, 15% no atacado e 2% nas farmácias. No período da pesquisa, 45%

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PioneiroA primeira iniciativa no setor

de marcas próprias aconteceu em 2006, quando o Grupo Pão de Açúcar lançou o Taeq, a única marca de bem-estar do varejo brasileiro. Como parte dessa estratégia, a empresa fez os lançamentos dos ovos de chocolate licenciados em todas as lojas, da linha de refrigerantes The Simpsons e a marca Qualitá. “Taeq e Qualitá são marcas exclusivas e transversais a todas as lojas do Grupo. A diferença é que a primeira é uma solução completa em bem-estar e a segunda trabalha com produtos básicos como arroz, feijão, café, ovos, frutas e verduras”, diz Alexandra Jakob Santos, diretora de marcas do Grupo Pão de Açúcar.

Para o desenvolvimento da linha Qualitá, a empresa realizou um processo de seleção de fornecedores, testes de qualidade nas empresas, laboratórios internos e externos. “O produto deve,

das 187 categorias auditadas pela ACNielsen registraram crescimento em marcas próprias.

A Europa continua sendo a região onde as marcas próprias têm o maior nível de desenvolvimento. Países como Suíça (46%) e Reino Unido (43%) são os que apresentam maior participação das marcas próprias. Com exceção da

Bélgica, Alemanha e Finlândia, que tiveram leve retração, todos os mercados apresentam crescimento na participação em valor das marcas próprias. Nos Estados Unidos, as marcas próprias têm participação de 16% nas vendas. Na América Latina, a Argentina é o país com maior penetração das marcas próprias – com 7,7% de participação em valor.

obrigatoriamente, ter excelência de qualidade comprovada pelo consumidor em testes sensoriais que o posicionem acima das marcas consideradas premium e linhas com marcas líderes de cada segmento”, explica Alexandra.

“Observamos que, entre as classes C,

D e E as compras reduziram, mas a freqüência delas

aumentou. O que se leva pra casa agora

é o mais básico, o essencial”. (Celso Gris – Diretor do

Instituto de Pesquisa Fractal)

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Supermercadistasv ã o à s c omp r a s

Mercosuper 2009 promove aproximação entre varejo e indústria

Tudo pronto para o início de um dos maiores eventos do varejo nacional.

Nos dias 19, 20 e 21 de abril, o Expotrade Pinhais vai reunir milhares de supermercadistas, atacadistas e representantes da indústria nacional e internacional para a Mercosuper 2009 – “Negócio Responsável”.

A tradicional Feira e Convenção Paranaense de Supermercados chega à sua 28ª edição consagrada como a maior feira do Sul do País e o segundo maior evento nacional do segmento supermercadista – atrás apenas da feira anual da Apas – Associação Paulista de Supermercados. Posição esta consolidada ao longo de anos de trabalho e investimentos de sucessivas gestões da Apras – Associação Paranaense de Supermercados, responsável pelo evento.

Ao dotar a feira com um perfil de negócios, ou seja, aquele em que compradores e vendedores

se encontram e fecham parcerias lucrativas para ambos os lados, inclusive para o consumidor final, a Mercosuper conquistou um espaço privilegiado no calendário promocional das grandes indústrias nacionais de bens de consumo e de quase todas as empresas interessadas em comercializar equipamentos, serviços ou soluções para o varejo. Prova deste vigor está nos números. Em 2008, os negócios movimentados durante o evento alcançaram a cifra de R$ 550 milhões. Em três dias, o Expotrade recebeu nada menos que 45 mil visitantes que puderam conhecer de perto as novidades dos cerca de 200 expositores. “Criamos uma grande estrutura para receber os fornecedores com o respeito que eles merecem como nossos parceiros. A feira é o grande momento do ano em que unimos esforços para atender melhor e com mais eficiência aos nossos consumidores. Saímos da Mercosuper mais fortalecidos e

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dispostos a encarar os desafios que este ano, com o cenário financeiro atual, são enormes. A união entre supermercadistas e fornecedores, confirmada por um evento assim, nos dá forças para enfrentar com coragem, inteligência e criatividade, o que vem pela frente”, diz Everton Muffato, presidente da Apras.

O perfil dos visitantes é bastante variado. A maioria é composta por proprietários, gerentes, compradores, encarregados e colaboradores do varejo de todo o Brasil. Mas os estandes também são visitados por representantes do atacado, de indústrias – que sempre estão de olho nas novidades da c o n c o r r ê n c i a – além de p r o f i s s i o n a i s i n t e r e s s a d o s em tudo que acontece ou será atração nas gôndolas em breve. Para a edição de 2009 a projeção é de um crescimento de 15% em relação a 2008 – tanto em negócios fechados quanto em número de expositores e visitantes. Participar da Mercosuper 2009 – “Negócio Responsável” é garantir o acesso a um universo de oportunidades, informações e conhecimentos essenciais para o sucesso de qualquer empreendimento – seja ele varejista ou com a intenção de vender para o varejo. Afinal, são mais de 200 fornecedores

de alimentos, bebidas, produtos de higiene e limpeza, bazar, tecnologia, equipamentos, serviços e soluções.

A feira proporciona aos participantes oportunidades de um contato mais próximo entre vendedores e compradores. Nos estandes montados com capricho pelos fornecedores, supermercadistas encontram privacidade para conversar com os profissionais das indústrias. Longe da correria do cotidiano, é possível resolver pendências, conhecer as novidades e fechar

excelentes negócios. Aliás, já é tradição os fornecedores apresentarem condições especiais de preço e prazo para compras realizadas durante a Mercosuper.

Para garantir que tudo funcione com perfeição, a Mercosuper investiu, entre expositores e visitantes, R$ 13 milhões num evento de tal porte que acaba trazendo inúmeros benefícios à economia local. Serão gerados 4,5 mil empregos diretos e indiretos. Além do pessoal de montagem e apoio nos estandes, há toda uma estrutura

de transporte, promoção, segurança, divulgação e hotelaria.

Como tema deste ano, a Apras escolheu “Negócio Responsável”. Cada vez mais o consumidor, que hoje está mais bem informado e exigente do que nunca, tem mostrado preocupação com o consumo consciente. Ele quer ter a certeza de que está comprando produtos de uma empresa que respeita seus funcionários, remunera de forma justa, preserva os recursos naturais e

contribui para um mundo melhor. A era do lucro a qualquer custo acabou. Quem não assumir uma postura r e s p o n s á v e l perante a s o c i e d a d e será expulso do mercado pelo próprio consumidor.

O discurso de responsabilidade social se tornou realidade em 2007, com a atuação do Apras Mulher – projeto que reúne esposas de supermercadistas e empresárias para desenvolver atividades sociais. Só na Mercosuper 2008 – “A Arte de fazer Negócios” foram arrecadas cerca de 10 toneladas entre alimentos e materiais de limpeza, tudo repassado ao Asilo São Vicente de Paulo e ao Hospital Pequeno Príncipe, a partir de doações feitas pelos expositores. Este ano, o sucesso da ação deve se repetir.

Além da feira em si, a

“Estamos preocupados com a formação e informação de nossos associados. Acreditamos que essas palestras são instrumentos importantes para a compreensão do cenário econômico e globalizado, além de fornecer referências para uma gestão eficiente do negócio supermercadista”. (Everton Muffato – Presidente da Apras)

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Mercosuper promove, por meio do Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados, um verdadeiro espetáculo de conhecimento com uma programação de palestras que lotam os auditórios do Expotrade. A atração deste ano é o maior nome do basquete brasileiro de todos os tempos, Oscar Schmidt, que vai falar sobre “Obstinação” (confira entrevista nas próximas páginas).

Outra palestra que deve lotar o auditório principal será a do ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega (confira entrevista também nesta edição) que fará uma análise muito aguardada do atual panorama da economia brasileira diante do cenário financeiro mundial.

Um dos mais requisitados palestrantes do Brasil, Alfredo Rocha, falará sobre vendas e motivação. A programação de palestras deve abordar ainda temas como tecnologia, recursos humanos, marketing, inovação, criatividade e legislação. “Estamos preocupados com a formação e informação de nossos associados. Acreditamos que essas palestras são instrumentos importantes para a compreensão do cenário econômico e globalizado, além de fornecer referências para uma gestão eficiente do negócio supermercadista”, lembra Muffato.

Sucesso nos anos anteriores, as rodadas de negócios, parceria da Apras com o Consulado da Argentina no Paraná, vão se repetir este ano. Serão cerca

de 40 empresas argentinas de alimentos e bebidas que vão expor durante a Mercosuper 2009 – “Negócio Responsável”, como uma opção a mais para o varejista. E ainda, paralelamente à feira, acontece o maior evento nacional do mercado de orgânicos no Brasil: Orgânica 2009 – Feira do Complexo Agroindustrial Orgânico e Biotecnologias e Fórum Internacional de Agroindústria Orgânica. Em sua segunda edição, o evento vai reunir especialistas do segmento em debates e palestras que vão contar com a presença de empresas fabricantes de produtos orgânicos nacionais e até mesmo internacionais.

A última noite da Mercosuper é dedicada à entrega do prêmio Top de Categoria, tradicionalmente conhecido como o Oscar do varejo paranaense. Em votação direta, os supermercadistas elegem as melhores empresas fornecedoras que se esforçaram no aprimoramento de técnicas, qualificação profissional, atualização constante, qualidade dos serviços comercializados, investimentos realizados e no lançamento de produtos com destaque para as inovações estratégicas. Para garantir credibilidade aos resultados e total isenção, a votação é auditada pela ACNielsen. Os escolhidos recebem o prêmio e podem acompanhar junto aos presentes o encerramento do evento com o show da dupla Fernando & Sorocaba.

“A feira é o grande momento do ano em que unimos esforços para atender

melhor e com mais eficiência aos nossos consumidores.

Saímos da Mercosuper mais fortalecidos e dispostos a

encarar os desafios que este ano, com o cenário financeiro

atual, são enormes. A união entre supermercadistas e

fornecedores, confirmada por um evento assim, nos dá forças

para enfrentar com coragem, inteligência e criatividade, o

que vem pela frente”.(Everton Muffato, presidente

da Apras)

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OSCARSCHMIDT Um pouco sobre a vida de um obstinado

Acompanhe a entrevista com o ex-atleta e palestrante.

Poucos atletas brasileiros foram tão vitoriosos e conquistaram tantos recordes. Oscar Schmidt participou de cinco Olimpíadas, tendo sido cestinha em três delas. Disputando campeonatos mundiais, marcou 893 pontos. É o jogador de basquete brasileiro que mais marcou pontos por jogo em olimpíadas, mundiais e pan-americanos. Em toda a sua carreira, marcou nada menos que 49.737 pontos, dos quais 7.693 foram pela Seleção Brasileira – em 326 partidas. Conhecido como “Mão Santa”, Oscar brilhou por onde passou. Na Itália, é ídolo até hoje, tendo sido oito vezes cestinha no campeonato do país. Em 11 anos, fez a maior média de pontos no campeonato italiano e até hoje nenhum estrangeiro superou sua marca de 13.957 pontos naquele país.

Nascido em Natal (RN), Oscar Daniel Bezerra Schmidt conquistou títulos por todos os clubes onde passou, tanto no Brasil como no exterior. Aos 51 anos, é, sem dúvida, um dos atletas mais queridos do país. Em entrevista exclusiva à Revista Supermix, Oscar, que hoje é um requisitado palestrante, fala sobre sua carreira e de como o esporte pode trazer lições preciosas para qualquer um que busque vitórias em sua vida pessoal e profissional. Vitória – e os sacrifícios e renúncias exigidos por ela – é um assunto que ele domina muito bem. Confira:

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Supermix: Você é um dos maiores ídolos de um esporte que no Brasil ainda não tem o merecido espaço na mídia e compete pela atenção dos torcedores com o futebol. Em sua opinião, se outros esportes tivessem mais espaço na imprensa naturalmente haveria mais praticantes?

Supermix: Num país tão carente de exemplos, sobretudo na esfera pública, qual a responsabilidade de ser um atleta vitorioso e admirado? Como é possível fazer com que esta responsabilidade sirva de exemplo para os mais jovens?

Supermix: Há tempos que o futebol, apesar de sua popularidade, não vem fornecendo exemplos positivos entre os seus “ídolos”, que frequentemente se envolvem em comportamentos destrutivos fora de campo. Em sua opinião, por que jovens atletas talentosos não conseguem administrar sua fama e fortuna de forma mais positiva?

Oscar Schmidt (O.S.): Sim, se o basquete tivesse mais espaço, naturalmente teríamos mais praticantes. Mas este é um mal do mundo todo, não só nosso. O problema é que o vôlei nos tirou muitos prováveis talentos pelos resultados com a Seleção Brasileira.

O.S.: A responsabilidade é muito grande e você está sujeito a erros em todos os dias. Ainda bem que eu sempre andei na linha e consegui, sem grandes esforços, ser referência no Brasil. Nossos jovens precisam de bons exemplos e, infelizmente, são poucos aqueles que se enquadram.

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O.S.: A maioria dos jovens vem da pobreza e não têm formação escolar necessária. Crescem vendo maus exemplos e isso colabora muito para que a fama “suba à cabeça”. Hoje em dia, existem conselheiros nos clubes, pessoas que orientam, empresários que não querem ver seu patrimônio dilapidado. Isso ajuda o menino a não se deslumbrar demais.

O.S.: Eu queria ser presidente do Brasil, sonho de um menino filho de militar. Mas desisti, prefiro fazer o que faço agora. Vivo das palestras que ministro para as empresas.

O.S.: Sempre acreditei no treinamento. Ele te dá precisão, confiança e força necessária para enfrentar o dia-a-dia de atleta, com constante pressão pelos resultados. Minha meta sempre foi fazer mil arremessos a mais, todos os dias, e cumpri. Sinto-me realizado e feliz.

O.S.: Minha esposa sempre me apoiou e isso foi determinante para o meu sucesso. Ela sempre trabalhou em casa, não me deixando fazer tarefas que pudessem tirar minhas energias para os treinamentos.

O.S.: Quando comecei a jogar não existia nada, ou quase nada. Hoje, existe a bolsa atleta, que é algo impensável no mundo todo. Creio que somos o único país a ter algo assim. O que ainda precisamos melhorar é o incentivo ao esporte nas escolas públicas, que praticamente não existe. Os políticos vão se aproveitar sempre e nós temos que cobrá-los a todo instante.

O.S.: A liga funcionou durante apenas dois anos, porque os próprios clubes fundadores não tiveram a coragem necessária para peitar a CBB – Confederação Brasileira de Basquete. Mas deu seus frutos: a CBB resolveu dar aos clubes a liga e a Globo comprou a briga. Então, ficou mais fácil. Esse é o primeiro passo para o ressurgimento do basquete brasileiro.

Supermix: Qual a sua opinião sobre as políticas públicas voltadas para o incentivo ao esporte no Brasil? Elas têm sido realmente mais eficientes ou acabam se convertendo em iniciativas isoladas e de pouco impacto, utilizadas por políticos como plataformas eleitorais?

Supermix: Você foi candidato a um cargo público em 1988. Como classifica esta experiência?

Supermix: Sua carreira é formada por uma coleção impressionante de recordes. Quem observa os números friamente não faz idéia do esforço e dedicação necessários para atingir o nível de excelência que você atingiu. Comenta-se que você fazia questão de permanecer treinando mesmo após o final dos treinos. É verdade?

Supermix: Sua trajetória tem passagens vitoriosas por clubes no Brasil, exterior e também pela Seleção Brasileira, o que implica em mudanças constantes, viagens e, sobretudo, distanciamento de família e amigos. Como você lidou com isso em sua carreira?

Supermix: Em passagens anteriores pela Mercosuper, Bernardinho e Felipão destacaram que as vitórias são frutos de concentração, treinamentos e uma dedicação que em alguns momentos pode

Supermix: Ao lado de outros atletas do basquete, você fundou uma liga independente para incentivar a prática do esporte distante das amarras e vícios das entidades oficiais? Por que tomou esta decisão? Quais os resultados efetivos dessa liga até agora?

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O.S.: Ninguém conhece o próprio limite. Ele está muito longe... Quando você pensa que está cansado ainda falta muito para você passar mal de tanto treinar. Eu consegui chegar nesse limite, e te digo, não é para qualquer um.

O.S.: A maior alegria da minha carreira foi o Título Mundial de Clubes com o sírio e o Pan de 87, na Seleção Brasileira. Na minha vida, o nascimento dos meus filhos e ter encontrado o amor da minha vida, minha esposa Cristina.

O.S.: O mesmo Oscar obstinado por tudo o que faz. Hoje, quero ser o melhor palestrante do Brasil, já sou o maior! Dois metros e cinco centímetros... Mas quero ser o melhor, e não vou sossegar enquanto não o for.

O.S.: Todas as lições. Ele te cansa, te faz conviver com outras pessoas que têm o mesmo objetivo e cultiva o sonho de ser alguém na vida e no esporte. Com isso, o jovem não tem porque entrar para a criminalidade ou para as drogas. Ele está ocupado com coisas muito sadias e boas.

O.S.: Inúmeras lições, sobretudo no esporte coletivo. Trabalho em equipe, vencer desafios, liderança, treinamento, superação, obstinação. As palavras são muitas e os exemplos do esporte servem para qualquer atividade em grupo.

O.S.: Este é o tema de apenas uma palestra, mas tenho 10 diferentes. Acabei de montar a última durante as férias, no mês de janeiro, chamada “Dormindo com a Bola”, que trata sobre o treinamento e lições do sacrifício da minha carreira. Na palestra “Obstinação”, eu falo sobre os cinco valores importantes para a vida de qualquer pessoa: visão, decisão, time, obstinação e paixão.

Supermix: No Brasil, costuma-se associar a prática esportiva a uma atitude de cunho social, uma vez que esta prática manteria jovens carentes longe do risco da criminalidade e das drogas. Que lições o esporte pode trazer à vida de um ser humano?

Supermix: E para o mundo empresarial, o que o esporte pode ensinar?

Supermix: O tema de sua palestra é obstinação. Como uma pessoa pode desenvolver atitudes vencedoras na vida?

Supermix: Qual a maior alegria de sua vida? E qual a sua maior frustração?

Supermix: Como 14 é o seu número da sorte, então encerramos com 14 perguntas. Quem é o Oscar hoje, fora das quadras e longe dos microfones da televisão?

até ser considerada sobre-humana. Você acredita que o ser humano desconhece seus próprios limites, até que eles sejam testados?

“Trabalho em equipe, vencer desafios, liderança, treinamento, superação,

obstinação. As palavras são muitas e os exemplos do esporte servem para

qualquer atividade em grupo.

“Sou o maior, mas quero ser o melhor palestrante do Brasil”

(Oscar Schmidt – palestrante)

.”

Março - Abril 2009

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Orgânica 2009 confirma força da

produção natural no Brasil

Evento integrado à Mercosuper apresenta oportunidades de negócios e discute

como aperfeiçoar a produção de alimentos livres de agrotóxicos e que

respeitam o meio ambiente

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Um dos maiores desafios da sociedade moderna é a produção de alimentos para as mais de 6 bilhões de pessoas que habitam o planeta. Para dar conta desta tarefa grandiosa, a produção agrícola mundial investiu pesado em tecnologia. Plantio e colheita foram mecanizados. A indústria química desenvolveu produtos para afastar as pragas e proteger as safras. Lavouras contam com administração profissional digna das mais modernas indústrias.

O resultado é a garantia de abastecimento, obtido à custa de métodos que intervém no ciclo natural de plantas e animais, contribuindo para a degradação do meio ambiente. Por exemplo, a produção industrial de 1kg de arroz consome quase 2 mil litros de água. Para um quilo de carne bovina são necessários 10 mil litros de água.

Esses números conduzem a uma espécie de beco sem saída: como garantir o suprimento de alimentos para a sociedade, manter a economia da agroindústria em crescimento – gerando receitas e empregos – e ao mesmo tempo preservar os recursos naturais? Parece uma equação difícil de ser solucionada. A alternativa que vem ganhando destaque é a produção de alimentos orgânicos – livres de agrotóxicos e fertilizantes, cultivados em sistemas naturais que não agridem o meio ambiente e preservam os solos. Só em 2008, o comércio internacional de orgânicos movimentou US$ 41,5 bilhões.

Em comparação aos produtos da agricultura convencional, ainda são números tímidos, mas que apresentam crescimento constante e sólido. E revelam uma tendência irreversível por parte de consumidores no mercado europeu e norte-americano: a procura por alimentos naturais e ambientalmente responsáveis. O Brasil ainda está engatinhando neste mercado, com uma ínfima participação de 0,4% no montante mundial – o equivalente a US$ 12,3 milhões em exportações em 2008. A urgência da agenda ambiental – epidemias como a recente doença da vaca

louca, que dizimou rebanhos na Europa e a crescente divulgação e aceitação dos orgânicos nos mercados interno e externo – animam produtores, governos, varejistas e comerciantes. A lógica é que os consumidores mais exigentes estão dispostos a pagar mais por produtos livres de agrotóxicos. Além do mais, quem os consome também contribui para a preservação do meio ambiente.

O Paraná tem o maior número de produtores que praticam a agricultura orgânica no Brasil. De acordo com a Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento, são quase 7 mil agricultores, essencialmente familiares e localizados em diversas regiões do Estado. “O crescimento do setor é impulsionado pela agricultura familiar e pela diversificação da propriedade”, explica o secretário Valter Bianchini. Esta posição

privilegiada no ranking de orgânicos, sobretudo em um estado que se destaca pela força de sua agricultura, leva o Paraná a sediar, pelo segundo ano consecutivo a Orgânica 2009 – Feira do Complexo Agroindustrial Orgânico e Biotecnologias e o Fórum

Internacional da Agroindústria Orgânica, evento que integra a Mercosuper 2009 – “Negócio Responsável”, nos dias 19, 20 e 21 de abril no Expotrade, em Pinhais.

O presidente da Orgânica, Lutero Couto, afirma que para este ano estão previstas diversas oportunidades para incremento do setor. O evento deve facilitar a aproximação de produtores, cooperativas, agroindústrias e supermercadistas. Haverá ainda um conjunto de painéis para discussão com os principais especialistas do Brasil e convidados estrangeiros, workshops e rodadas de negócios, além de um desfile de moda orgânica. “É preciso discutir amplamente o incentivo à produção orgânica com foco estratégico no consumidor, criando oportunidades para viabilizar a construção de um novo modelo de agronegócio, com comércio justo e consumo consciente. É preciso assumir nossa vocação como plataforma integradora

O Brasil ainda está engatinhando no mercado de orgânicos com uma ínfima participação de 0,4% no montante mundial – o equivalente a US$ 12,3 milhões em exportações em 2008.

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de conhecimento e formulação de estratégias sustentáveis para a ocupação do espaço nos mercados nacional e internacional de orgânicos proporcional à importância do agronegócio brasileiro no cenário mundial”, afirma.

Os principais produtos orgânicos na pauta de exportações são a soja, açúcar, café, cacau em pó, manga, tapioca e fécula de mandioca. O Brasil conta com 7.063 produtores certificados, mas ainda existem cerca de 13 mil produtores que atuam com produtos orgânicos e não têm acesso à certificação em função dos elevados custos cobrados pelo serviço. “Um dos pontos a serem discutidos na Orgânica 2009 é a rastreabilidade da cadeia produtiva como instrumento de política de fomento setorial, sendo os custos de certificação assumidos pelo importador”, destaca Couto.

Como a vocação da Orgânica é orientada para a sustentabilidade, durante a realização do evento será feito o inventário da emissão de gases causadores de efeito estufa. Serão avaliadas as emissões diretas relacionadas com montagem e desmontagem de estandes, transporte de participantes, consumo de energia e produção de resíduos.

A inauguração, em fevereiro último, do primeiro Mercado Permanente de Produtos Orgânicos do País dá uma idéia da força do setor. Com investimentos de R$ 2,5 milhões e parcerias com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e a Prefeitura Municipal de Curitiba, este é o primeiro espaço público no Brasil construído especialmente para comercialização de produtos orgânicos. Integrado ao Mercado Municipal de Curitiba, conta com 22 espaços de comercialização, restaurante, mercearias, açougue, lanchonetes, lojas de artesanato, cosméticos, confecção e 12 bancas de hortifrutigranjeiros, sendo que quatro serão utilizadas pela Coopafi – Cooperativa de Comercialização da Agricultura Familiar Integrada. A produção de orgânicos no Paraná é forte nos cinturões metropolitanos, nos quais se destaca a produção de hortifrutigranjeiros, além da soja, café, frutas, cachaça, açúcar mascavo e erva-mate.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário tem desenvolvido ações de fomento à produção e

“É preciso discutir amplamente o incentivo à produção orgânica com

foco estratégico no consumidor, criando oportunidades para viabilizar

a construção de novo modelo de agronegócio, com comércio justo e

consumo consciente. É preciso assumir nossa vocação como plataforma integradora de conhecimento e

formulação de estratégias sustentáveis para a ocupação do espaço nos

mercados nacional e internacional de orgânicos proporcional à importância do agronegócio brasileiro no cenário

mundial”.(Lutero Couto - Presidente da Orgânica)

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consumo de produtos orgânicos e oriundos de sistemas produtivos de base ecológica nos últimos seis anos. As principais medidas adotadas são: a participação efetiva na construção do marco legal brasileiro, por meio do apoio aos segmentos da agricultura familiar; capacitação de mais de 100 mil técnicos e agricultores; pesquisa e desenvolvimento tecnológico; crédito produtivo e melhoria da infra-estrutura de produção e comercialização; Programa de Aquisição de Alimentos (PAA); apoio à certificação de 250 grupos de agricultores familiares e apoio na participação de feiras de negócio nacionais e internacionais, como a BioFach. O investimento já chega a U$ 100 milhões.

Para sa

ber mais.

.. -

Orgânicos são produtos

cultivados ou criados sem o uso de fertilizantes,

controladores de pragas ou doenças, hormônio e transgênicos.

A agricultura orgânica preserva o ecossistema e utiliza os recursos da natureza de forma sustentável;- Os orgânicos custam mais caro porque a produção é realizada em menor escala e o cultivo é especializado. Os custos envolvem ainda o respeito ao solo e a remuneração mais justa dos agricultores;- A produção de orgânicos não envolve a utilização de produtos químicos que podem ser prejudiciais à saúde. Por isso, preservam melhor suas qualidades nutricionais;- Não só alimentos utilizam a filosofia orgânica. Os cosméticos também. Para um produto de beleza receber o selo de orgânico, 95% dos ingredientes precisam ter sido cultivados dessa forma. Os 5% restantes devem ser substâncias de origem natural – sem componentes químicos que se originem do petróleo ou de procedência animal.

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Calendário

Dia das Mães aguardado com otimismoImportante data no calendário comercial, a comemoração impulsiona as vendas pensadas no agrado às mães, mas o movimento também cria oportunidades para potencializar outros desejos de compra

Uma das melhores datas comemorativas com reflexos no comércio, o Dia das Mães do “ano da crise” desperta o otimismo de varejistas e distribuidores. As fontes entrevistadas para esta matéria aguardam um incremento nas vendas entre 9% e 20%, apostando nas vendas de itens para o universo feminino e também aqueles destinados às refeições e festas. A variedade de ofertas, cobrindo diferentes perfis de mães, e ações de estímulo às vendas continuam sendo destaques no posicionamento para rentabilizar a data. Esta estratégia é unânime ao se falar das iniciativas para aproveitar a oportunidade de comércio na data.

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“Depois do Natal, o Dia das Mães é a segunda melhor data para as vendas nas seções de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, bazar e têxtil nas lojas da rede Wal-Mart. Este ano, nossa expectativa de aumento de vendas, em comparação à mesma data de 2008, é de 15%. Para alcançar este percentual, vamos apostar em lançamentos e em preços extremamente atraentes, fruto da negociação em grandes volumes com fornecedores e importações diretas. Além disso, iremos organizar espaços diferenciados de exposição de produtos na área de vendas e ações especiais de marketing. Dentro de nossa gama, estão, entre os produtos preferidos dos filhos para presentear, a linha de eletroportáteis para cuidados pessoais, como secadores, pranchas para cabelo e depiladores, e peças de moda íntima. Tradicionalmente, também têm grande saída artigos de cozinha e louças”, adianta Alan Gomes, gerente comercial do Wal-Mart Brasil para a área não alimentar.

A rede Super Muffato está preparada para a sazonalidade do Dia das Mães com uma grande variedade de produtos nacionais e importados. As opções incluem porcelanas, têxteis, alumínios e inox, além dos eletroeletrônicos, atendendo todas as faixas etárias, da mãe jovem às vovós. Segundo a assessoria de imprensa da rede, mesmo neste período em que todos falam de crise, o Super Muffato tem uma avaliação positiva em relação à data, com expectativa de aumentar as vendas em 20%, comparado com o ano passado. Um diferencial na rede Super Muffato são os produtos importados. Além de serem itens diferentes e atrativos, os preços são menores que os dos nacionais. A partir da segunda quinzena de abril, o Super Muffato já inicia as campanhas e promoções para o período do Dia das Mães. Todas as compras no setor de bazar poderão ser parceladas em até seis vezes sem juros.

O otimismo também está em uma empresa da área de distribuição, a Armarinhos Paraná Santa Catarina, especializado em perfumaria.

“Esta data comemorativa representa um estímulo para o consumidor de

todas as categorias de produtos, mesmo aqueles que não significam necessariamente um presente. Isto

ocorre porque aquele que deseja presentear, quando vai ao ponto de

venda também compra outros itens. As compras não programadas são

muito valiosas nestas ocasiões”.(Lafayette Nobre do Santos –

Armarinhos Paraná Santa Catarina)

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Há mais de 42 anos no mercado, a Armarinhos atua no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, interior de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Entre seus 75 parceiros e fornecedores, estão a Johnson & Johnson, Skala, Adidas, Gillette, Niasi e Niely Gold. Lafayette Nobre dos Santos, Administrativo de Vendas e Trade Marketing da empresa, avalia com boas expectativas o Dia das Mães deste ano. “Esta data comemorativa representa um estímulo para o consumidor de todas as categorias de produtos, mesmo aqueles que não significam necessariamente um presente. Isto ocorre porque aquele que deseja presentear, quando vai ao ponto de venda, também compra outros itens. As compras não programadas são muito valiosas nestas ocasiões”, avalia Lafayette.

O Dias das Mães representa uma oportunidade para venda de perfumaria, produtos de higiene e beleza que são opções que agradam e têm excelente relação custo-beneficio, tais como kit de hidratantes corpo e rosto, kit de sabonetes, batons e outros. Lafayette ressalta que um bom resultado de vendas depende de uma sensibilidade muito grande da área de compras que, em conjunto com seus fornecedores, deve buscar atender não somente as necessidades, mas especialmente os desejos dos consumidores. Para isto, é necessário um planejamento específico para as vendas neste período, com ações de Trade Marketing, com o apoio de promotores, ações com demonstradoras, ampla e correta utilização dos materiais de merchandising, orientação quanto ao mix de produtos, preços e posicionamento, adequando ao perfil do público consumidor. Com relação à performance, a Armarinhos Paraná Santa Catarina estima um crescimento que pode chegar a casa dos 9%, comparando com o ano anterior.

A origem da data...O que hoje é uma data importante no calendário comercial teve um início bastante singelo há cerca

de 100 anos. O Dia das Mães tem a sua origem no princípio do

século XX, quando uma jovem americana, Anna Jarvis, perdeu sua mãe e entrou em completa

depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram

a idéia de perpetuar a memória da mãe de Annie com uma festa.

Annie quis que a homenagem fosse estendida a todas as mães. Em pouco tempo, a comemoração e,

conseqüentemente, o Dia das Mães, se alastrou pelos Estados Unidos e, em 1914, foi oficializada pelo

presidente Woodrow Wilson: dia 9 de maio. Em Portugal, o Dia das Mães é celebrado no primeiro domingo de maio. Já no Brasil, é celebrado

no segundo domingo de maio, conforme decreto assinado em 1932 pelo presidente Getúlio Vargas. Em Israel, o Dia das Mães deixou de ser celebrado, passando a existir o Dia

da Família, em fevereiro.

Março - Abril 2009

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Artigos

Como você está negociando?

Uma das questões mais delicadas no mundo corporativo é, seguramente, a necessidade de negociar bem. Neste campo, há que se ter informação,

conhecimento e muita, mas muita habilidade.

Por Professor Menegatti

Segundo Tom Hopkins, mestre na arte de vender e negociar, uma regra ideal para negociação e que todos deveriam recorrer vem dos relacionamentos entre marido e mulher. Negociando detalhes banais como quem será o primeiro a tomar banho de manhã ou mais importantes como onde a família passará as férias, os casais manobram, cedem e firmam o pé de maneira natural e muitas vezes sem precisar de palavras. Talvez a relação conjugal represente a forma mais eficiente de transação de negócios existente no mundo.

Considerando esta observação, listei algumas razões de como essa relação pode nos ensinar dicas valiosas para fazer da negociação um fator de excelência em nossas empresas.

1ª. Casais se vêem todos os dias: não importa quão acalorado seja o debate, um casal sabe que terá de se enfrentar, cara a cara, quando for se deitar à noite. Esse simples fato ameniza suas posições, por mais extremas e firmes que tenham sido. Quando as pessoas sabem que no futuro precisarão realizar novos negócios com alguém, tendem a ser mais agradáveis e menos dispostas a iniciar uma briga. A eliminação desse tipo de combatividade é positiva para toda a negociação.

2ª. Casais se beneficiam mutuamente: digamos que um casal esteja comprando um carro novo. Antes de discutirem o assunto com o vendedor, precisam negociar entre si qual será a marca, o modelo e a cor que desejam. A esposa prefere

um carro do tipo perua, por exemplo, para levar as crianças por toda a parte; o marido gostaria de um tipo esportivo, mas que também lhe servisse para ir ao trabalho. Enfim, o carro tem de satisfazer a ambos. Se a esposa fizer valer a sua vontade, o marido ficará sempre resmungando.

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Em pouco tempo, o veículo será chamado de “o carro dela”. Também não demorará muito para o marido encontrar um motivo para comprar o “carro dele” e talvez o casal gaste mais do que pode com automóveis.

3ª. Casais respeitam os espaços um do outro: em todos os casamentos existem zonas em que é “proibida a entrada”. Pode ser algum assunto delicado que perturba o marido ou uma área restrita da esposa. Com isso os casais conhecem e delimitam essas áreas por instinto, ou seja, sabem quais linhas podem ou não ultrapassar. Em uma negociação, o mais difícil é despertar esse tipo de sensibilidade. Afinal, você provavelmente não conheça o outro lado como conhece sua esposa! Contudo, um pouco de trabalho de análise servirá para lhe informar o que eles consideram um território proibido.

Caso você não tenha se identificado com este tipo de situação de negociação e, sobretudo, entendendo que ela assume papel fundamental na construção dos resultados finais da empresa, listei mais algumas táticas de negociação, que são importantes para a sua organização. São elas:

1. Controle o local: Praticamente toda a negociação se desenvolveria mais facilmente sem uma mesa. A presença dela numa sala representa um poderoso símbolo, e nenhum simbolismo é bom. Ao colocar as pessoas em lados opostos, literalmente se estabelece uma barreira divisória que formaliza o processo, deixando as pessoas tensas e as lembra que devem usar sua “cara de negociador”. O controle do ambiente é uma das táticas utilizadas em negociação, e pode ajudar a aumentar a dramaticidade e reduzir as ofertas. Sempre que possível, tente levar os compradores a um local neutro, mas atraente. Em negociações muito importantes, verificamos o quanto é vantajoso tirar os compradores de seus escritórios, afastá-los dos telefones, dos chefes que poderão distraí-los ou fazê-los perder o entusiasmo pelo seu produto. Se você forçar as pessoas a viajarem para longe, a própria viagem será um grande investimento de tempo que intensifica seu comprometimento. Se elas forem

levadas a um lugar bonito e relaxante, a ocasião se transforma num período de férias e todos nós sabemos que as pessoas em férias tendem a gastar mais.

2. Agregue valor: Como uma regra geral, quanto mais específicas forem as exigências de seu cliente, mais hipotético você deve se mostrar. Então, se eles querem um desconto, a sua resposta pode ser: “Por que não mantemos valor e agregamos uma série de elementos adicionais?”. Um vendedor que conhece seus clientes e pode lhes oferecer vantagens que não custarão nenhum centavo sempre consegue o preço que estabeleceu.

3. Não diga não: Naturalmente, a mais importante rejeição num negócio é a que deixa a porta um tanto aberta. É o “não” que realmente significa “talvez”. Quando o outro lado faz uma oferta inaceitável, deve-se evitar uma reação instantânea. Um “não” dito rapidamente é quase sempre emocional e sai como definitivo, como se eles tivessem ofendido sua inteligência. Isso cria uma distância pessoal que geralmente o dinheiro não consegue aproximar, afinal, nunca se sabe como o outro lado reagirá.

4. Tenha paciência: Acima de tudo, acredito que a paciência é a habilidade mais importante para os negócios e sua ausência é o pior erro em negociações. Já vi muitas delas se degenerarem em meio a uma grande confusão, ou se romperem de vez, devido à impaciência. Mas não me lembro de nenhuma negociação que tenha chegado a um final infeliz por culpa de uma paciência calculada. Existem muitas formas de paciência. Saber que forçar demais a solução de um item do negócio poderá afastar o outro lado; perdê-la ou ceder apressadamente num item menor, sem pensar bem no assunto poderá transformá-lo mais tarde num item maior; afastar-se da negociação até que o outro lado se acalme. Porém, acima de tudo, ter paciência em uma negociação não é não fazer nada. Naturalmente, a chave do problema está em reconhecer as situações nas quais não há nada a ser feito e fazê-lo de maneira brilhante.

5. Elimine os impasses: Imagine quantas

Artigos

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Na sua próxima negociação, lembre-se de apli-car essas dicas e colha os melhores resultados.

Professor Menegatti é conferencista em Ven-das, Motivação, Liderança e Mudança. Seu novo livro Talento é fazer coisas comuns de

forma extraordinária – Prefácio com Prof. Gretz e Contracapa com Max Gehringer – vendeu mais de 10 mil exemplares em noventa dias.

Contatos: www.menegatti.srv.br ou (41) 3342-9562//9942-5550.

negociações, no dia a dia e em qualquer empresa, nunca se completam porque vendedor e comprador chegam a um impasse e não sabem como sair dele. Imagine quantos negócios são perdidos porque, com posições teimosas e egos empacados, os combatentes não têm a habilidade que os faça se mover um em direção ao outro. Às vezes, o impasse surge devido à falta de uma “combinação” entre as partes. Muitas vezes não são os termos do negócio que emperram os trabalhos, e sim os negociadores. Às vezes, os dois lados não se toleram mais, mas teimam em continuar o processo. Uma boa saída nestes casos é adotar a técnica da substituição. Como nos esportes, quando um jogador é muito “marcado” pelo outro lado, o treinador põe outro atleta em seu lugar, geralmente um que joga de outro modo ou tem tipos diferentes de jogada. Na negociação, o melhor seria substituir por um vendedor mais adequado.

6. Nunca revele a quantia decisiva: Toda negociação envolve uma quantia mínima, que são os termos mais básicos que você aceitará para completar uma transação. Não anuncie esse número. Se a negociação se desenrolar num clima hostil, e o outro lado souber qual é a sua quantia decisiva, por que razão iria oferecer mais? Numa situação de venda, ao invés de estabelecer o mínimo absoluto, considero mais eficaz determinar o máximo aceitável. A maioria das pessoas teme encarar a questão de quanto dinheiro estão ganhando. Se você for justo com as pessoas, elas acabarão por surpreendê-lo, pagando o que você merece.

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Artigos

VarejoSolidário

Nos últimos anos, especialmente a partir da década de 1990, as organizações brasileiras têm dado grande atenção às questões sociais e ambientais. Conforme se pode observar com freqüência nos meios de comunicação, textos acadêmicos e até mesmo nas missões declaradas das empresas, muitas elegem como prioridade atender às demandas de públicos menos favore-cidos, desenvolvendo esforços específicos para essas comunidades e em relação ao ambiente em que estão inseridas.

No ambiente varejista, este é um assunto re-cente e muito discutido. Alguns trabalhos deram início ás discussões sobre o tema no final da dé-cada passada: o 1º Fórum Brasileiro de Tendên-cias e Responsabilidade Social no Varejo, re-alizado em agosto de 2000. O evento ficou na história e dele passaram a surgir multiplicadores de uma nova consciência empresarial, dispostos a desenvolver inúmeras ações voltadas para o consumidor e para a comunidade e em outros setores de atuação.

A partir de então, medidas passam ser tomadas, novas atitudes como a conscientização dos vare-jistas em relação à realidade sócio-econômica do país; o poder de transformação que tem o varejo para modificar a situação vigente; a articulação de parcerias entre varejistas e fornecedores para juntos colocarem em prática a responsabilidade sócio-ambiental; o reconhecimento do potencial humano, educando seu colaborador para o tra-balho profissionalizado e a responsabilidade jun-to ao consumidor, cuidando da cadeia de supri-mentos.

Muitas leis e decretos sobre o tema já tinham sido criados no Brasil, e prêmios foram instituídos para incentivar a prática pelos empresários. Um deles é o prêmio de ‘Responsabilidade Social no Varejo’, criado em 2001 pelo Centro de Excelên-cia em Varejo da Fundação Getúlio Vargas, com o objetivo de “Mobilizar, capacitar, reconhecer e disseminar as práticas de responsabilidade social de empresas e entidades varejistas de todas as partes, setores e regiões do país”.

Poucas empresas concorreram ao prêmio e, em 2004, uma experiência muito interessante da franquia do McDonald’s, em Jundiaí (SP), através do Projeto Sorriso Contente Adote um Adoles-cente, recebeu o 2º Prêmio FGV-EAESP de Re-sponsabilidade Social no Varejo. O projeto foi criado com o objetivo de inserir no mercado de trabalho adolescentes em situação de risco so-cial que viviam nas ruas centrais da cidade guar-dando carros, pedindo esmolas e afugentando os clientes. O McDonald’s discutiu o assunto junta-mente com o Ministério do Trabalho e, a pedido do poder público, a empresa aderiu ao programa para dar emprego aos adolescentes. O programa prevê a ocupação do tempo integral do jovem e já conta com a adesão de 120 outras empresas.

O Projeto Menor Aprendiz, de 2000, é uma Lei de Aprendizagem aprovada pelo decreto lei 5452 de 01/05/1943 e tem sido aderida pelos varejistas a cada ano. As ações de responsabili-dade social crescem no setor supermercadista e, hoje, já existe uma maior consciência sobre a im-portância desses projetos. As dúvidas ainda são comuns e muitos têm buscado se informar para esclarecê-las.

Levando em conta a lei nº 10.097/2000 – ar-tigo 429 para o desenvolvimento de programa de aprendizagem para adolescentes e jovens –, a Apras – Associação Paranaense de Supermerca-dos, e o Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados, têm feito parceiras com o Senac de Maringá e ABEC – Centro Social Marista na Formação de Jovens para Trabalhos em Super-mercados. Além deste, mais um trabalho tem auxiliado na qualificação de pessoas desempr-

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Como contratar um aprendiz? Como trabalhar com ele?

- Primeiramente, o empresário deverá procurar uma organização que tenha Programa de Aprendizagem (Sistema S, ONGs, ou Etes). Caso os programas não ofereçam o curso necessário, solicitar junto a uma Organização Não-Governamental um programa de aprendizagem que atenda às suas necessidades;

- Envolver os funcionários da empresa na integração e prestar auxílio ao aprendiz;

- Priorizar os estudos e não a produção;- Incentivar que o adolescente acabe

o Ensino Médio e dê continuidade à sua formação;

- Mantê-lo na empresa no longo prazo e dar oportunidades para o crescimento profissional;

- Não pode fazer hora extra;- O contrato de aprendizagem é de dois

anos;- Se estiver cursando ensino fundamental,

o contrato é de seis horas diárias.Veja onde encontrar um Profissional

Especial, como contratá-lo e algumas mudanças que precisam ser feitas:

- Ter uma estrutura de recrutamento, com métodos de seleção e entrevista especial;

- Buscar contato com organizações que capacitem deficientes, comunidades locais que trabalham com deficientes como, por exemplo, igrejas e colégios (ex: deficientes auditivos);

- Ter uma estrutura na empresa para receber estes trabalhadores (espaço físico e de integração).

Veja algumas sugestões de

como contratar um aprendiz

e como trabalhar com ele:

Andréa LuyGerente de Treinamento da IESPAR

(Instituto Escola Paranense de Supermercados)

egadas. O SENAC, através do FAT, vai realizar um projeto com o objetivo de formar Operadoras de Caixa. Estas também estarão sendo formadas com o auxílio da Apras/Iespar e, posteriormente, deverão ser encaminhadas para os supermerca-distas para possível contratação.

A responsabilidade social também pode ser vista de maneira grandiosa ao se ver profission-ais com necessidades especiais trabalhando. O Decreto nº 3298 de 20 de dezembro de 1999 é pouco conhecido em sua inteireza. Devemos lembrar que toda a empresa que emprega mais de 100 pessoas é obrigada a aplicá-la, tendo 2% de seu quadro com colaboradores portadores de deficiência física. Acima de 200 empregados, com 3% do quadro, e com mais de mil emprega-dos, com 5% do seu quadro de pessoal portador de deficiência física.

Responsabilidade sócio-ambiental é outro tema fortemente presente nos projetos das lojas e na operacionalização dos trabalhos. Um bom ex-emplo é a forma como os varejistas têm testado diferentes maneiras de economiza água e energia elétrica. Os colaboradores também têm partici-pado diretamente do processo, e freqüentemente recebem treinamentos para aplicar o uso correto de equipamentos e matéria-prima, manipulação dos alimentos e corte de desperdícios como um todo. Os resultados já podem ser vistos com a profissionalização dos recursos humanos.

Muitos outros exemplos poderiam ser citados e eles nos servem de incentivo, pois o Brasil é um país de pessoas solidárias. Desenvolver a responsabilidade social no varejo é uma forma de estabelecer relações transparentes que vão desde a fabricação de um produto ou criação de um serviço. “Se você quiser colher flores, é necessário ajudar a cuidar do jardim. Em outras palavras, a cidadania é a oportunidade de fazer a diferença no lugar ao qual você pertence. É essa força que as organizações devem encontrar”. (Charles Handy).

Março - Abril 2009

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Artigos

A importância da pesquisa de mercado para o varejo

Além de informações sobre os concorrentes, os profissionais necessitam de estudos formais sobre situações específicas como a elaboração, coleta, análise e edição de relatórios com dados relevantes. As pesquisas proporcionam aos profissionais uma grande variedade de atividades que vão de estudos sobre o potencial e a participação de mercado até as avaliações da satisfação, comportamento de compra e estudos sobre preços, produto, distribuição, atividades promocionais e decisão de localização.

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Cláudio Shimoyama é economista

e doutor em Gestão de Negócios.

Atualmente, é diretor executivo do

Instituto Datacenso.

Os varejistas operam em um ambiente agressivo e de rápida mutação que oferece ameaças, mas também oportunidades. Demografia, estilos de vida e modelos de compra dos consumidores estão mudando rapidamente, do mesmo modo que as tecnologias de varejo. Portanto, para serem bem-sucedidos os varejistas escolherão cuidadosamente seus segmentos-alvos e se posicionarão fortemente. Deverão levar em conta os seguintes desenvolvimentos do varejo ao planejar e executar suas estratégias competitivas como, por exemplo, apresentar marcas exclusivas que não estejam disponíveis em varejistas concorrentes, apresentar mercadorias de marcas próprias, realizar eventos de impacto para promover produtos especiais, mudar o mostruário regular ou repentinamente, entre outros.

Buscar novas tendências, formatos e cores, pesquisando junto aos clientes e entendendo suas necessidades é uma forma de pesquisa de mercado que serve para identificar clientes potenciais e preferenciais. O pressuposto é que as pesquisas demográficas e estatísticas não flagram as preferências de estilos dos clientes. Práticas de segmentação por idade, classe social e sexo também estariam superadas. É preciso entender que o consumidor hoje escolhe quem ele quer ser. A grande sacada de um varejista, portanto, é descobrir que perfil de pessoa está servindo e selecionar entre estilos de vida, ao invés de ambicionar ser tudo para todos. Essa é uma informação valiosa para os varejistas. Fazer pesquisas com potenciais consumidores mostra que eles se distinguem por estilos diferentes. Há muitos estilos de vida para serem explorados e jamais o consumidor teve tantas opções de produtos e preços.

Hoje, cada vez mais as companhias deixam as pesquisas formais de lado e fazem executivos mergulhar no mundo real dos consumidores. Mais do que modismo, sair do escritório para conviver, observar e conversar com consumidores, estejam

eles onde estiverem, tornou-se indispensável para os varejistas que querem vencer a corrida da inovação. As tradicionais pesquisas de mercado, aquelas pilhas de papel e números sobre as mesas de executivos e empresários ajudam, mas já não são suficientes para desvendar as necessidades e o comportamento do consumidor. Ao ir para as ruas, os profissionais saem do universo das estatísticas e se aproximam rapidamente do cliente. É no contato olho no olho que os varejistas obtêm informações capazes de diferenciá-los no mercado. Batizado de marketing etnográfico, esse método de pesquisa se inspira em conceitos da antropologia, a disciplina que estuda o comportamento do indivíduo em seu meio. Trata-se de um exercício complexo, que poucos homens de negócios estão dispostos a fazer. Já foi comprovado que este tipo de pesquisa registra informações e dados que as pesquisas convencionais não revelam. E são informações fundamentais na hora das tomadas de decisões.

Março - Abril 2009

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Espaço Apras

Jantar de Final de Ano da Apras – Regional Curitiba

O jantar de final de ano da Apras – Associação Paranaense de Supermercados – já é tradicional no calendário de supermercadistas e fornecedores. Sempre como uma grande festa – em média 1,5 mil convidados –, o evento reúne empresários do varejo, seus dirigentes, tomadores de decisões de compras e fornecedores para uma confraternização que comemora a conquista dos negócios no ano.

Em 2008, a festa realizada no dia 6 de dezembro no Estação Convention Center contou com a presença de personalidades ilustres políticas do Estado, além de reunir associados e parceiros numa celebração animada pela banda show Nega Fulô – com quem iremos fechar contrato mais este ano – e que contou ainda com sorteio de diversos prêmios e brindes.

Já anotou em sua agenda? Dia 5 de dezembro de 2009, também no Estação Convention Center, a partir das 21 horas. E, se você faz parte da classe de fornecedores e gostaria de patrocinar esse grandioso evento, 15 cotas de patrocínio e 8 de apoio estão à disposição para negociações que vão dar oportunidades para sua empresa expor a marca e os produtos a todos os presentes.

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Espaço Apras

Confraternização em Londrina

Ainda no embalo das confraternizações, a Apras – Regional Londrina promoveu no dia 8 de novembro de 2008, o tradicional jantar dançante em comemoração ao encerramento do ano. Mais de 900 pessoas estiveram presentes no Londrina Country Club, inclusive membros da diretoria da Regional Curitiba.

Uma retrospectiva marcou a trajetória de Ademar Veodato, que dedicou 35 anos de trabalho à Apras. Em 1973, esteve presente na fundação da Regional Londrina e assumiu o cargo de diretor-tesoureiro. Em 1994 quando, por motivo de saúde, o presidente Carlos Machado renunciou, Ademar Veodato tomou posse como presidente.

Para encerrar a festa, os convidados participaram de sorteios de brindes embalados pela banda Madry in Concert.

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No dia 11 de março, em Irati, e no dia 26 de março, em Curitiba, Nelson Guimarães, professor do Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados e Consultor na Área Varejista, ministrou o Curso de Atendimento ao Cliente. Já passou o tempo em que bastava fazer um produto ou serviço e colocá-lo no mercado para que os clientes aparecessem. De uma concepção baseada no produto, passou-se a uma orientação para o cliente. Saber o que querem os clientes a qualquer hora, quais as suas preferências e os seus gostos são questões fundamentais para um administrador. Atender bem ao cliente não é mais simplesmente recepcioná-lo dentro do estabelecimento, ser cordial ao telefone, ou responder de imediato o seu e-mail. Atender bem ao cliente é poder antecipar-se às suas necessidades. Com o objetivo de atender cada vez melhor seus clientes, os empresários supermercadistas têm investido em treinar seus colaboradores por meio do Iespar. Nestes cursos, foram treinados 30 colaboradores de vários supermercados associados à Apras.

Regional Ponta GrossaNos dias 17 e 18 de março, na Regional Ponta

Grossa, João Gelásio Weber, professor do Iespar e Contador na Área de Varejo, ministrou o curso de Atualização ICMS/PR e Formação do Preço de Venda. Neste curso, foram treinadas 37 pessoas, entre proprietários, gerentes e colaboradores da área contábil e administrativa de vários supermercados associados à Apras Ponta Grossa.

No dia 17 de março, na Regional Cascavel, Andréa Luy, gerente de treinamentos e professora do Iespar, ministrou o Curso de Requalificação em Carnes. Neste curso, foram treinados 21 colaboradores, de vários supermercados associados à Apras Cascavel.

Curso de Atendimento ao Cliente Irati e Curitiba

Curso de Formação Gerencial no Varejo - 2009

Turma 22º – MaringáInício do curso: 16/04/2009Contato: IedaFone: (45) 3223-9995

Turma 23º – CascavelInício do curso: abril/2009Contato: MarcelaFone: (45) 3223-9995

Turma 24º – Ponta GrossaInício do curso: 13/05/2009Contato: AnitaFone: (42) 3236-3077

Confira a programação completa dos cursos no www.apras.org.br/iespar

ou pelo one (41) 3362-1212

Curso de Atualização ICMS/PR e Formação do Preço de Venda

Curso de Requalificação em Carnes Regional Cascavel

Cursos 2009

Espaço Iespar

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No dia 6 de março, no auditório da Apras, o projeto Apras Mulher – braço de responsabilidade social da Associação – em parceria com o Iespar e Werner&Bara – Consultoria e Treinamentos em Comunicação –, promoveram a palestra “A mulher e o Mercado de trabalho”, com psicóloga Joslaine Paintinger, em comemoração do dia Internacional da Mulher. A palestra teve a participação de várias mulheres supermercadistas associadas à Apras e representantes do Hospital Pequeno Príncipe, Asilo São Vicente, Hospital Evangélico e Amigas da Mama. Visite nosso site: www.apras.org.br/aprasmulher

Projeto Apras Mulher

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Plataforma

A marca líder da Unilever em bebidas à base de soja está lançando no Brasil uma linha especialmente desenvolvida para as crianças. Os novos produtos são enriquecidos com nutrientes que trazem três benefícios importantes para as crianças: vitaminas e zinco, que ajudam a manter as defesas naturais do corpo; cálcio, que é fundamental para construir e fortalecer os ossos; e ferro, mineral importante no desenvolvimento mental. Além disso, a linha não contém conservantes nem corantes artificiais. Para facilitar o consumo dentro e fora de casa, o Ades Nutrikids poderá ser encontrado embalagens de 200ml e de um litro nos sabores uva e laranja, chocolate e morango.

O sabor intenso e marcante, combinado à cremosidade e derretimento na boca é a principal característica da nova linha Lacta Dark & Soft, composta por três sabores de tabletes com 50% de teor de cacau: Amêndoas, Crocante e Tradicional. Os novos tabletes de 100g já chegaram às gôndolas das lojas do país, a um preço competitivo de R$ 4,99. A novidade promete agradar inclusive aos consumidores adeptos do tradicional chocolate ao leite. “O mercado de chocolates no Brasil cresceu nos últimos anos e no segmento de amargos, isso não

Em 2009, Rexona aposta no lançamento de um novo produto para sua linha masculina: Rexona Energizing Body Spray. Trata-se de um desodorante desenvolvido para aplicação em todo o corpo. “Hoje, Rexona é líder de mercado, com 43,9% de participação”, diz Guilherme Mortensen, gerente de marketing da marca. O objetivo é desenvolver produtos que atendam as necessidades específicas dos consumidores. Com embalagem diferenciada, menor e em cor azul vibrante, o produto tem como característica dar uma sensação energizante para o homem que quer se sentir recarregado durante o dia.

Ades lança linha infantil

Chega ao mercado Rexona Energizing Body Spray

Lacta inova no segmento com alto teor de cacau

Toda a campanha será voltada para momentos de extrema adrenalina. A nova linha, encontrada em três fragrâncias e em embalagens de 160ml, será comercializada em todo o Brasil.

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A Cervejaria Spoller apresenta o que há de melhor em matéria de cerveja: a Spoller Puro Malte, produzida com base na lei da pureza alemã, que instituía que a cerveja deveria ser fabricada apenas com água, lúpulo, fermento e o puro malte da cevada, resultando numa bebida muito mais saborosa. A Spoller Puro Malte compartilha do mesmo ideal de pureza promovendo uma cerveja de qualidade indiscutível. Disponível em garrafas de vidro 600ml retornável e em latas de alumínio de 350ml.

A nova embalagem de Comfort Concentrado chega aos pontos-de-venda mais sofisticada e moderna. Esse é o primeiro amaciante concentrado do mercado, que traz vários benefícios ao meio ambiente e ao consumidor. Outro diferencial é o logotipo, que resgata o coração, um dos ícones da marca. “A embalagem, que contém 500ml, foi desenvolvida dentro de uma plataforma de sustentabilidade, atendendo três pilares: social, econômico e ambiental”, explica a diretora de marketing

Spoller lança no mercado a Spoller Puro Malte

Unilever inova comunicação visual do Comfort Concentrado

é diferente”, revela Eduardo Nigro, diretor de marketing de chocolates da Kraft Foods Brasil. A linha Lacta Dark & Soft deve aquecer as vendas dentro do segmento de chocolate amargo, que cresceu 22% entre 2007 e 2008, segundo o Instituto Nielsen. Atualmente, esse segmento já responde por 8% das vendas no mercado total de chocolates, que movimenta 42 mil toneladas por ano.

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Plataforma

A BIC lança uma promoção especial em parceria com a Santher unindo produtos úteis e práticos que integram o universo de higiene íntima feminina. As empresas encontraram similaridade entre os seus produtos – qualidade, praticidade e modernidade – e decidiram desenvolver um kit útil para o dia-a-dia das consumidoras. A promoção acontecerá entre abril e junho e disponibilizará 720 mil kits promocionais em todo mercado brasileiro. As empresas se uniram

A Dove acaba de desenvolver um produto que vai auxiliar as mulheres brasileiras no cuidado com as axilas e a depilação. Dove HairMinimising Redutor de Pelos é uma verdadeira revolução no mundo da beleza. O objetivo é entregar a elas um antitranspirante que agregue praticidade e um verdadeiro tratamento de beleza para a pele. Dove HairMinimising Redutor de Pelos contém ingredientes exclusivos com extratos naturais que suavizam as axilas e tornam os pelos mais finos e visivelmente reduzidos. O produto foi dermatologicamente testado e desenvolvido para funcionar sobre a superfície da pele de forma que seu efeito é temporário e cosmético. Com o uso contínuo, ele oferece a sensação de axilas recém-depiladas por mais tempo.

BIC E SANTHER lançam promoção especial para mulheres

Chega ao Brasil Dove HairMinimising Redutor de Pelos

e criaram essa promoção pensando nas mulheres contemporâneas que buscam independência e segurança, com base nas pesquisas realizadas pela Research Internacional, com 900 mulheres, em julho de 2008, que constatou que a maioria das consumidoras de absorventes externos também consome depiladores descartáveis.

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da área de Higiene e Limpeza da Unilever. O Comfort Concentrado é distribuído nos mercados das regiões Sul e Sudeste com preço sugerido ao consumidor de R$ 4,90.

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É um novo conceito para proteção e transporte dos artigos de higiene bucal. O produto traz rótulos desenhados para diferentes públicos e tem como novidade o fio dental acoplado na tampa, com alta qualidade, resistente, entrelaçado a ar e acentuado sabor de menta. Pensando no varejista, a Gift projetou caixa display para a exposição no ponto de venda, explorando a diversidade de cores, e ocupando pouco espaço.

Estojo Gift Floss com Fio dental na tampa

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