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palavra do presidente

Pedro Joanir Zonta

Presidente da Apras

Caro leitor,

O setor supermercadista mantém números positivos de crescimento, mostrando como o segmento tem parcela importante na economia

brasileira. Segundo dados da Apras/Nielsen, no período que vai do dia 3 de janeiro a 22 de maio de 2011, a Grande Curitiba cresceu

1,6% em termos reais, comparado com o acumulado em 2010. O índice é excelente. Entretanto, vivemos profundas transformações em

nosso setor. O sucesso dos últimos anos, com crescimento real de, em média, 7,5% desde 2007, deve-se, sobretudo, ao fortalecimento

da economia, com distribuição de renda e pleno emprego, inclusive no Paraná, onde temos tido dificuldade nas contratações, ainda que

com salários 15% maiores nos últimos anos.

Estivemos navegando num mundo de turbulências financeiras que culminaram na maior crise bancária internacional desde a grande

recessão em 1929. Foram anos bons para nós brasileiros, em que o governo de esquerda focado no social, teve o mérito de distribuir

renda e melhorar os indicadores sociais do país. Atualmente, observamos a preocupação da indústria, sufocada pela taxa cambial e

pela concorrência dos produtos importados, de um comércio e algumas áreas do serviço que começam a apresentar problemas com

endividamento e margens, renegociando com as financeiras ou bancos, para terem acesso a um custo menor ou prazo mais longo.

Temos uma sociedade critica com a iniciativa privada, mas descrente e conformada com os serviços públicos de um estado que caminha

para arrecadar a metade da riqueza gerada pelo país (hoje 38% do PIB) e distribui tão pouco à sociedade com saúde, educação e

segurança. Vejamos o Paraná, reconhecido como um dos estados onde o empresário é mais cobrado. Na Região Sul, temos a Assembléia

Legislativa mais atuante – produziu mais de 503 leis e aprovou 70, enquanto o Rio Grande do Sul produziu 222 e aprovou 42, e Santa

Catarina, 248 e 46 –, muitos desses atos legislativos vinculados aos supermercados. Nossos municípios também são exímios legisladores.

Isto nos faz vivenciar grandes dilemas, influenciados pela tendência em busca de populismo, às vezes, esquecendo o verdadeiro

significado da Lei: melhores serviços aos consumidores. Relata-se que, como não existe tanto espaço para legislar, buscam-se setores que

atendam uma parcela maior da sociedade. Como presidente desta entidade, trago estas reflexões porque estou seriamente preocupado

com o pequeno e médio varejo, os que mais empregam neste país, e poderíamos assim estar saindo de um ciclo virtuoso de pleno

emprego.

Será que não estamos, inclusive, vivendo uma inversão de valores na sociedade, a partir do momento em que alteramos demasiadamente

o código penal. Justifico minha afirmação: há sete anos, pessoas de meu convívio foram abordadas por assaltantes armados e fizeram-nas

reféns para roubar 100 mil reais. Até hoje, o caso não foi julgado e os bandidos estão impunes. Entretanto, um único produto vencido

nas gôndolas, situação que ocorre em todos os supermercados do mundo, é suficiente para levar o gerente de uma loja a ser preso em

flagrante, com julgamento em dois anos, em média. Ambas as situações oferecem ameaças, mas por que apenas o gerente da loja é

punido?

Outro ponto de destaque nestes últimos dias tem sido a pretensa fusão do Carrefour e do Grupo Pão de Açúcar. Creio que não é saudável

para a livre concorrência uma empresa dominar 27% do mercado brasileiro. Os fornecedores serão pressionados a baixar preços e

não temos certeza de que serão repassados aos consumidores. Ou pior, no curto prazo se

repassa e inviabiliza a operação de muitos concorrentes e, na sequência, aumenta margens,

prejudicando exponencialmente o consumidor.

Para finalizar, o Brasil vai sediar dois eventos de repercussão mundial: a Copa do Mundo de

2014 e as Olimpíadas de 2016. São episódios que podem incluir de forma definitiva nosso

país no rol dos desenvolvidos, além de torná-lo um ótimo destino turístico. Ainda é tempo

dos Governos Federal e Estadual, dos empresários e dos trabalhadores unirem forças para

buscarem juntos, um País mais competitivo, com serviço público mais eficiente e socialmente

mais justo.

Reflitam sobre isso e bons negócios!

Boa Leitura!

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A EVOLUÇÃO DO VAREJOCHEGA TAMBÉM À LONDRINA

sumário

Tecnologia Vantagens da etiqueta eletrônica vão além dos benefícios ao consumidor

enTrevisTa Com otimismo, Shinyashiki destaca as características de um vencedor

calenDÁrio Novas tecnologias podem atrair as crianças para os brinquedos tradicionais

maTéria De capa A presença cada vez maior das mulheres em todas as áreas do mercado

vareJo Supermercadista precisa aprimorar o atendimento para agradar os emergentes

evenTos Supernorte quer repetir o sucesso da Mercosuper agora em Londrina

notíCias (08)

perfil (20)

índiCe de vendas (30)

artigos (32)

suporte jurídiCo (36)

aConteCeu Comigo (40)

aCademia apras (42)

espaço apras (48)

lançamentos (50)

16

24

22

26 28

14

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Caro Leitor

editorial

Posso até me incluir como exemplo da matéria de capa da edição 135 da

revista Supermix. Diria que é um tema muito relevante dado o cenário

atual: a primeira mulher eleita presidente no Brasil, multinacionais com

mulheres em cargos estratégicos anteriormente ocupados apenas

por homens, mulheres dirigindo táxis, ônibus, caminhões e, inclusive,

preenchendo os quadros nos canteiros de obras.

Parece-me que de alguma forma a sociedade está de fato evoluindo. Estou

até numa posição complicada para falar sobre as mulheres no mercado

de trabalho e devo cuidar para não me tornar um tanto quanto feminista

demais. A verdade é que, mesmo com todas as conquistas, não existe

explicação plausível para grandes diferenças salariais. Planos de cargos e

salários, pelo que sei, levam em conta a escolaridade, o desempenho, e

não gênero. Entretanto, não vou fazer análises e avaliações profundas sobre

sociologia, afinal, a revista traz muitas outras reportagens que merecem

atenção.

Os anseios das classes emergentes e como as lojas estão se preparando

para atendê-los. Será mesmo que os supermercados têm ambientes

adequados para receber este público? Em tecnologia, o advento das

etiquetas eletrônicas, suas vantagens e desafios. O autosserviço brasileiro

vai conseguir se adaptar? E os consumidores? Dia das Crianças se

aproximando e quais são as brincadeiras das novas gerações e como as

empresas têm trabalhado para manter vivos os brinquedos tradicionais.

Além do mais, uma reportagem vai tratar sobre mais esta edição da

Supernorte – Feira e Convenção Regional de Supermercados. Confira quem

será o palestrante deste evento e quais as novidades que Apras preparou

especialmente para seus visitantes.

Boa leitura para todos os gêneros!

Camila Manssour Tremea Coordenadora de Comunicação

PresidentePedro Joanir Zonta (Condor Supermercados)Primeiro Vice-PresidenteLuiz Mauricio K. Hyczy (Supermercados Superpão Ltda.)Vice-Presidente FinanceiroDaniel Kuzma (Kusma & Cia LTDA)Vice-Presidente de PatrimônioJoão Jacir Zonta (Comercial Alimentos Zonta)Vice-Presidente de CapacitaçãoMauricio Bendixen da Silva (Walmart Brasil.)Vice-Presidente de Relações PúblicasJosé Eduardo Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA)Vice-Presidente SegurançaLuiz Alberto Leão (Condor Supermercados)Vice-Presidente EventosEverton Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA.)Vice-Presidente ExpansãoAlceu Breda (Fadaleal Supermercado LTDA)Vice-Presidente de Segurança AlimentarNelvir Rickli Junior (Supermercado Rickli)Vice-Presidente Relações SindicaisAdemar Vedoato (Supermercados Viscardi)Vice-Presidente Adjunto Paulo Beal (Supermercado Beal)Vice-Presidente Adjunto Celso Luiz Stall (Supermercado Stall LTDA)Vice-Presidente Adjunto Silvio Koltun Alves (Mercantiba Supermercado LTDA.)Vice-Presidente Adjunto Alceu José Tissi (Supermercados Tissi LTDA)Vice -Presidente AdjuntoCezar Moro Tozetto (Tozetto & Cia LTDA)Conselho Fiscal EfetivoRodolfo PankratzHaroldo Antunes DeschkDercio Domingos de CostaConselho Fiscal SuplenteJoão Batista Moreira dos SantosEdson ZamprognaClaudia Maria DalmoraPresidente Regional Sul - Ponta GrossaSergio Jasinski (Supermercado Jasinski)Presidente Regional Norte - LondrinaValdeci dos Santos Galhardi (Irmãos Muffato & Cia LTDA)Presidente Regional Oeste - CascavelLuciano Fabian (Supermercado Fabian)Presidente Regional Sudoeste - Panto BrancoVinicius Lachman (Nestor Lachmann & Cia LTDA)Presidente Regional Noroeste - MaringáRoberto Burci (Supermercado Bom Dia Burci)Presidente Regional Norte Pioneiro - JacarezinhoLuiz Yoneo Ueda (Supermercado Ueda Bandeirantes)Presidente Regional - IratiPaulo César Ivasko (Supermercado Ivasko)Presidente Regional - GuarapuavaDaniel V. Hyczy (Supermercado Superpão)Conselho PermanenteEverton MuffatoPedro Joanir ZontaRuy SenffSidney SchnekembergEduardo Antonio DalmoraRomildo Ernesto ConteRoberto DemetercoSuperintendenteValmor Antônio RovarisDiretor ComercialWalde Renato Prochmann

Vice-Presidente de Relações PúblicasJosé Eduardo Muffato Diretor ComercialWalde Renato ProchmannConselho Editorial Camila Manssour Tremea, José Eduardo Nasser e Isabelle RockerDepartamento ComercialKhailany Cardoso e Walde Renato ProchmannFone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513E-mail: [email protected] Gráfico Zeh Henrique Rodrigues (Brainbox Design Estratégico)DiagramaçãoSamuel Rodrigues / Luís Junior RevisãoPaulo Roberto Maciel SantosFotosAlex SantosPré-Impressão (CtP) e ImpressãoMaxi Gráfica e Editora Ltda.Tiragem13.000 exemplaresDistribuição NacionalEnviada aos supermercados e atacadistas do Brasil.A revista Supermix é patrimônio da APRAS –Associação Paranaense de Supermercados – e também seuórgão oficial de divulgação.Avenida Souza Naves, 535 – CEP 80045-190Fone: (41) 3263-7000 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – [email protected] / www.apras.org.br/supermixOs artigos assinados são de total responsabilidade de seusautores e não refletem necessariamente a opinião da revista.Todos os direitos reservados.

DIRETORIA EXECUTIVA

TRIÊNIO 2009/2012

impressão

A Apras, consciente das questões ambientais e

sociais, utiliza papéis com certificação FSC ( Forest

Stewardship Council) na impressão deste material.

A certificação FSC garante que uma matéria-prima

florestal provém de um manejo considerado social,

ambiental e economicamente adequado. Impresso

na Maxi Gráfica e Editora Ltda. - certificada na cadeia

de custódia - FSC

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notíCias

Baixas temperaturas, vendas em alta

( Se por um lado o inverno é sinônimo de baixas

temperaturas no sul do Brasil, por outro lado, ele representa

a possibilidade de esquentar as vendas do segmento

de bebidas. É nesta época do ano que muitas empresas

aproveitam para lançar novos produtos que prometem

esquentar os termômetros, e conquistar os consumidores

em todas as estações.

O gerente nacional da Famiglia Zanlorenzi Grupo Vinícola,

Teodósio Piedrahita, confirma que a empresa trabalha

pautada pelos ciclos do inverno e do final de ano, quando

ocorre um aumento no consumo de bebidas, e nesta época

em especial, de vinhos. “Nossos investimentos em produção

e marketing se concentram nessas duas ondas”, diz. Para a

estação as apostas da empresa são o Campo Largo Vintage

e o Quentão Campo Largo. “O Vintage é um lançamento

efetuado em 2011 para comemorar os 70 anos da marca

Campo Largo e se trata de um vinho de mesa que segue

um conceito acolhido em todo o mundo para designar

produtos que marcam época. Já o Quentão é produzido à

base de vinho e pronto para o consumo, bastando apenas

esquentar”, destaca o gerente.

Para a Vinícola Aurora, o período de maio a dezembro

representa 80% do volume de vendas. Segundo a gerente

de marketing da empresa, Lourdes Conci da Silva, o inverno

sempre é um bom momento para o setor. “Este inverno é

especialmente bom, em função da melhora na economia,

do crescimento e consolidação do consumo nas classes

C e D, aliado ao inverno com frio continuo nas regiões

Sul e Sudeste”, comenta. Segundo Lourdes, a Aurora está

trabalhando com diversas novidades para a estação, tais

como, a campanha para os vinhos Marcus James, buscando

estabelecer uma relação com três pilares: a comunicação

tradicional, a interação com as mídias sociais e o ponto de

venda.

Quem também está apostando na estação mais frio do ano

para esquentar as vendas é a Pernod Ricard Brasil. A gerente

de off trade da empresa, Melissa França, afirma que, apesar

de não poder quantificar as expectativas de forma numérica,

a Pernod esta participando de feiras de inverno das maiores

redes supermercadistas, e também de festas populares de

São João, no Nordeste, o que leva a empresa a esperar um

consumo muito bom para as marcas de destilados e vinhos.

Entre as novidades estão o lançamento da edição especial

da Absolut Illusion – são apenas duas mil garrafas da vodka

que traz um diferencial multidimensional na sua embalagem

–, e a edição limitada do uísque escocês Passport, que

ganhou garrafas assinadas pelo artista urbano Flavio Samelo

– a arte está aplicada sobre toda a superfície da garrafa

através de uma película (sleeve) que conta ainda com

tecnologia de tinta que brilha quando exposta à luz negra.

Já a Diageo, apesar de não considerar tão expressiva a

comercialização das suas marcas no inverno – o maior

aquecimento na venda de destilados da marca é no final

do ano por conta do período de festas e férias – a empresa

apostou na realização de mais uma edição do Uísque

Festival. Segundo a gerente de comunicação da Diageo,

Maria Teresa Orlandi, a promoção foi realizada nos meses de

maio e junho em cinco capitais brasileiras como forma de

impulsionar as vendas no início da estação. “A programação

incluiu atrações musicais escocesas, cardápios especiais nos

principais bares, jantares harmonizados com uísque além de

uma forte visibilidade e comunicação nos pontos de venda”,

disse.

E para dar um toque mais “cremoso” ao inverno e agradar as

mulheres, a Campari do Brasil ampliou a linha Dreher com

o lançamento de um novo produto: o Dreher Cremoso,

um bebida encorpada com toque de chocolate e creme

irlandês. A gerente de marketing da empresa, Ana Maura

Martins, comenta que o produto foi desenvolvido a partir de

uma ampla pesquisa e vai agradar em todas as estações do

ano. “A partir de agora a consumidora passa a ter uma opção

mais atraente entre as bebidas alcoólicas mistas”, finaliza.

Fonte: Da Assessoria)

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Revista SUPERMIX 9

Walmart inaugura mais um supermercado no litoral do estado ( O Walmart Brasil inaugurou em Paranaguá mais um supermercado TodoDia, o segundo empreendimento da rede no litoral paranaense. A nova unidade gerou 50 empregos diretos para o município, com o quadro formado por moradores da região. O formato conhecido como “loja de vizinhança” prioriza a otimização de custos e repassa essa economia para o consumidor final. Com foco no crescimento do poder aquisitivo das classes C, D e E, as unidades TodoDia alcançam um diferencial de preços de 10% em relação ao praticado pela concorrência. “Queremos ser a melhor opção de compras para o cliente neste tipo de mercado. A classe C está crescendo bastante em todo o estado e no TodoDia este cliente encontrará a variedade completa para as necessidades do dia a dia”, afirma Flávio Rois, Diretor de Operações do TodoDia no Paraná.

Além das tradicionais seções como mercearia, laticínios, açougue, padaria, congelados, hortifruti, peixaria, perfumaria e limpeza, o supermercado conta com produtos de bazar e eletroeletrônicos, e caixa eletrônico bancário. Em breve, também terá a comodidade de uma Drogaria TodoDia

diretor do condor é homenageado pela

câmara municipal de curitiBa

( O diretor do Condor Super Center, Wanclei Said, recebeu a

Distinção Honorífica denominada “Mérito Operário Padrão”,

2010 e 2011, em uma Sessão Solene na Câmara Municipal

de Curitiba realizada no dia 30 de junho. A homenagem

foi proposta pelo vereador João Luiz Cordeiro. O título é

destinado às personalidades que se destacaram durante o

ano em trabalhos na indústria ou no comércio.

No cargo de diretor administrativo e financeiro desde 2000,

Said vem contribuindo para o crescimento e fortalecimento

da rede Condor. “Receber esta homenagem é muito

gratificante. Este reconhecimento é fruto de um trabalho

em conjunto com os sete mil colaboradores da rede e

pela confiança que recebo do nosso presidente, Pedro

Joanir Zonta, para desenvolver um trabalho com metas

concretas e que possibilita essa constante expansão”, diz.

“Tenho acompanhado o trabalho do Wanclei Said à frente

do Condor. Ele é um executivo de muitas qualidades,

uma pessoa que se destaca pelo profissionalismo e,

principalmente, pela humildade com que trata todas as

pessoas”, afirmou o vereador Cordeiro.

Para o presidente do Condor, Pedro Joanir Zonta, a rede é

privilegiada por contar com um diretor como Said. “A forma

com que Wanclei administra o Condor demonstra o seu

comprometimento com a empresa e este prêmio reconhece

a competência desse profissional que também se tornou um

amigo para todas as horas”, conclui.

Fonte: WBC Comunicação)

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10 Revista SUPERMIX

super muffato inaugura loja em toledo ( Toledo ganha mais um Super Muffato para realizar suas compras. O novo hipermercado fica em frente ao Parque Temático das Águas e se destaca pelo projeto arquitetônico arrojado, com inspiração europeia, que ocupa mais de 10 mil metros quadrados de área construída. Segundo Ederson Muffato, diretor do Grupo, o hipermercado foi concebido dentro do que há de mais moderno no processo de construção civil. “É uma inovação para Toledo. O objetivo foi trazer um diferencial para cidade, que tem comprovado um alto potencial no comércio”, diz.

De sua fachada até a decoração, a loja apresenta um design sofisticado que agrada pelo conforto e comodidade, oferecidos pelas 300 vagas rotativas de estacionamento, esteira rolante, além das práticas sustentáveis como sistema de ar condicionado e refrigeração que não prejudicam a camada de ozônio. Os consumidores também poderão contar com um centro comercial com 14 lojas, que oferece serviços indispensáveis em um só lugar. O diretor do grupo informou que a decisão de investir na nova loja levou em conta o sucesso da primeira unidade, que foi instalada há menos de três anos e obteve uma importante receptividade do consumidor toledano. “Essa nova loja representa o

assegurada validade de autuação do iBama contra supermercados Baianos ( A Advocacia Geral da União (AGU) garantiu, na Justiça, a validade das penalidades aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) contra supermercados baianos que comercializavam pescados, pneus e produtos de panificação sem autorização, oferecendo risco ao meio ambiente e aos consumidores.

Em outubro de 2010, os fiscais do Ibama autuaram o Bompreço Bahia Supermercados e G Barbosa porque estes estabelecimentos foram flagrados comercializando pescados, pneus, lubrificantes e produtos de panificação sem estarem inscritos no Cadastro Técnico Federal (CTF). Diante das irregularidades, os fiscais, além de aplicarem multa, apreenderam quase três toneladas de pescados, 386 unidades de óleo lubrificante e 169 pneus. Insatisfeitas, as empresas entraram com mandados de segurança alegando que o comércio dos produtos fiscalizados na operação do Ibama não está previsto na Lei nº 6.938/81, que estabelece as atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais. A Procuradoria Federal no Estado da Bahia (PF/BA) e da Procuradoria Federal Especializada (PFE) junto ao Ibama esclareceram, entretanto, que o Cadastro Técnico Federal, instituído pela Lei nº 6.938/81, abrange toda a cadeia de atos que envolvem desde a extração até a comercialização de produtos perigosos ao meio ambiente, além dos produtos e subprodutos da fauna e flora.

Segundo os procuradores federais, o comércio de lubrificantes e pneus deve ser registrado por tratarem-se, respectivamente, de produtos químicos, óleos vegetais e subprodutos confeccionados com borracha natural

dentro do prédio do supermercado. Esta é a segunda unidade TodoDia aberta em 2011, e a sétima loja da bandeira no Paraná. O novo supermercado faz parte do plano de investimento da rede para o Paraná em 2011, que já trouxe para o Estado um hipermercado BIG em Umuarama e um TodoDia em Araucária. O Walmart Brasil opera em 12 cidades paranaenses e somando as unidades abertas no país, este é o TodoDia número 135. Fonte: Da Assessoria)

propósito do Super Muffato de retribuir a confiança dos consumidores e o compromisso de gerar empregos e desenvolvimento nessa região que já faz parte da nossa história”, enfatizou Éderson.

Além de Toledo, mais quatro hipermercados serão inaugurados neste ano, contemplando as cidades de Cambé, Apucarana, Paranavaí e Cascavel. O investimento na segunda loja de Toledo faz parte da política proposta pela empresa, em investir cada vez mais no estado do Paraná. “O objetivo é contribuir para o desenvolvimento da cidade. Na nova loja de Toledo oferecemos mais de 300 empregos e a prioridade para contratação foi dos moradores da região”, informou Ederson Muffato. Fonte: Da Assessoria)

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Revista SUPERMIX 11

Índice nacional de crédito ao consumidor cresce 6,3% ( O Índice Nacional SCPC de Crédito ao Consumidor (INCC) – elaborado com base no movimento de consultas dos mais de 2200 SCPC’s e SPC’s de todas regiões do Brasil – atingiu 131,6 em maio, com crescimento de 6,3% em relação a igual mês do ano passado, e 11,2% sobre abril último, mostrando que continua positivo o desempenho do varejo neste ano, embora com taxa de expansão menor do que a observada em 2010. “A desaceleração da taxa de crescimento é explicada por diversos fatores, entre os quais se pode destacar o aumento da inflação, corroendo parcela maior da renda do consumidor; as medidas “macroprudenciais” adotadas pelo Banco Central no final do ano passado, e as sucessivas elevações da taxa SELIC, o aumento do IOF sobre operações financeiras promovido pelo Ministério da Fazenda, que encareceram o custo do crédito, e a menor expansão dos gastos públicos”, declara o economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo. Por região, o Nordeste foi a região que apresentou maior expansão, com 17,9%, seguido do Centro-Oeste, com 6,6% e pelo Sul com 6,4%. O Sudeste registrou aumento de 4,6%; e o Norte, de 4,2%.

O aumento do número dos registros negativos tem sido compensado parcialmente pela recuperação do crédito (registros cancelados) pelo que a inadimplência se acha

(derivado do látex da seringueira) ou de petróleo (quando o pneu é produzido com borracha sintética). A atividade panificação também deveria ser registrada no CFT, já que está prevista na lei federal sob a especificação de “fabricação de produtos alimentares”. Quanto à comercialização de pescados, a AGU lembrou que a Lei nº 11.959/2009, que trata da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca, estabeleceu expressamente o registro dessa atividade no Cadastro Técnico Federal, compreendidos os processos de pesca, exploração, cultivo, conservação, processamento, transporte, comercialização e pesquisa dos recursos pesqueiros.

Os procuradores também reforçaram que a atuação do Ibama neste caso foi amparada pela lei, não havendo motivos para que a Justiça anulasse as penalidades aplicadas aos supermercados. Os magistrados da Seção Judiciária da Bahia acolheram estes argumentos e mantiveram as autuações. Fonte: JusBrasil (14.06.11))

sob controle, embora em patamar superior ao do ano passado. “A expectativa para o segundo semestre ainda é de crescimento da economia, expansão do crédito e aumento das vendas, mas com taxas de expansão mais moderadas do que as observadas no segundo semestre de 2010 e primeiros meses deste ano”, comenta o economista.

De acordo com Solimeo, com relação à inadimplência, espera-se um aumento na segunda metade do ano – mas não explosivo, porque a principal causa do não pagamento dos débitos pelas pessoas físicas é o desemprego. “Como se espera que o mercado de trabalho continue forte no segundo semestre, esse fator não deverá ter forte impacto sobre a capacidade de solvência dos consumidores”, explica o especialista. Ainda segundo Solimeo, deve-se destacar que o consumidor parece começar a se preocupar com sua situação financeira, pois o Índice de Confiança do Consumidor IPSOS/ACSP mostrou queda em maio, embora ainda esteja em patamar superior ao de 2009, por ocasião da crise. Fonte: Tamer Comunicação Empresarial)

grupo muffato investe em comércio

eletrônico

( A cada dia cresce a procura pelas compras on-line através das ferramentas de comércio eletrônico. Atento a estes números, o Grupo Muffato entrou na rede com o site shopfato.com. Há dois meses no mercado, o site já tem mais de 15 mil produtos cadastrados e está preparado para atender uma alta demanda de pedidos por dia. Com 36 anos de atuação no mercado varejista, o Grupo aliou a experiência bem sucedida para se instalar no comércio eletrônico. “Nosso foco sempre foi atender à necessidade dos consumidores; por isso, investimos neste novo segmento, que visa atender um público diversificado que procura comodidade e segurança para realizar suas compras”, declarou o diretor Everton Muffato.

O Shopfato oferece uma grande variedade de produtos com todas as informações necessárias para que o consumidor possa realizar suas compras sem precisar sair de casa, garantindo toda segurança quanto à entrega. Outra vantagem do comércio eletrônico é a disponibilidade de compra 24h. No Shopfato o consumidor também encontra um canal de atendimento on-line e telefônico para tirar suas dúvidas. “Estes canais foram criados justamente para que o consumidor não tenha dificuldade em realizar suas compras e para auxiliar aqueles que não têm o hábito de comprar via internet”, comentou o gerente de marketing do Shopfato,

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12 Revista SUPERMIX

cooperativas de consumo se unem para ganhar força no varejo

“Quando investi em 1999, o grupo pão de

açúcar era um negócio medÍocre”

por Que o senhor veio ao Brasil?

há possiBilidade de acordo ou o senhor manterá posição contrária à fusão com carrefour?

( Acaba de ser criada a primeira Central de Cooperativas de Consumo do País – a Coopbrasil. O empreendimento foi formado inicialmente por sete cooperativas, que apresentaram faturamento de R$ 2,265 bilhões em 2010. Com a central, o grupo pretende ganhar força e buscar novos negócios, inclusive internacionais.

Além da Coop, de Santo André (SP), a maior cooperativa de consumo do país, que ocupa o 13º lugar no ranking de supermercados da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), a Central conta com as cooperativas Consul de Ipatinga (MG), Cooperouro de Ouro Preto (MG), Cooper de Blumenau (SC), CoopBanc de Araçatuba (SP), Coocerqui de Cerquilho (SP) e Coopercica de Jundiaí (SP). Segundo Marcio Valle, vice-presidente da Coop – e agora também presidente da Coopbrasil –, o objetivo é melhorar o poder de negociação com fornecedores por meio da maior escala da operação, desenvolver produtos de marca própria e produtos importados, além de ganhar estrutura logística no país. “Temos muito a desenvolver, a começar pelo número de filiadas, que precisa ganhar representatividade nacional e crescer no negócio de varejo de autosserviço”, ressalta. Para ele, a possibilidade de ganhar escala maior, por exemplo, oferece melhores oportunidades de negócios. A Central quer ainda aumentar a troca de experiência e informações, que já é feito hoje em menor intensidade.

Edivaldo Del Grande, presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), explica que a central permite ainda a integração de projetos de marketing e tecnologia. “O primeiro passo foi dado para buscar a redução de custos operacionais. Agora, a central pode avançar com o desenvolvimento de projetos tecnológicos

( Com expressão quase serena, que raramente denuncia o tom indignado que pontua sua descrição da estratégia do empresário Abilio Diniz para unir Pão de Açúcar e Carrefour no Brasil, Jean-Charles Naouri, diretor-presidente do Grupo Casino, não hesita em classificar o movimento de seu sócio brasileiro como uma ‘expropriação’ de sua empresa. Para Diniz, o sócio francês ‘falta com a verdade’. Palavras fortes como ‘traição’, ‘manipulação’ e ‘medíocre’ fluem naturalmente no discurso em que Naouri lembra que pagou caro pelo direito de assumir o controle do Pão de Açúcar, em 2012. Na empresa resultante da fusão com o Carrefour, que Naouri define como um ‘erro estratégico’, o Casino teria seu poder de decisão igualado ao de Diniz.

A entrevista ao Estado ocorreu um dia depois do encontro com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, no qual Naouri centrou sua argumentação no perigo de o governo brasileiro apoiar uma ação ilegal. Declara que seu sócio violou mais do que um acordo de acionistas e recorre ao Código Civil brasileiro para acusar Diniz de má-fé. Um sinal de que a disputa, que já está na segunda rodada de uma arbitragem internacional, pode terminar na Justiça.)

( Vim para encontrar o presidente do BNDES. Dei a ele uma

visão da situação e das minhas preocupações com um

projeto que parece ter sido elaborado em contradição com

os acordos (de acionistas) e que, em primeira análise, não

está no interesse social (do banco). Encaramos isso como

uma forma de expropriação do Casino, cujos direitos haviam

sido estabelecidos em contratos em 2005. O senhor Luciano

Coutinho manifestou a mesma posição do comunicado

(que condiciona o apoio do banco a um consenso entre os

sócios) que tinha feito há alguns dias. Saí muito satisfeito

desse encontro.)

( A posição formal do Casino será comunicada. Preciso

fazer algumas observações, já que eles negam o direito de

e também de marketing, o que pode inclusive padronizar a identidade visual da marca”, afirma. Fonte: Assessoria de Imprensa do Ocesp)

Marcelo Pitta. Ele ressaltou que a nova loja virtual do Grupo Muffato possuí uma estrutura tecnológica extremamente avançada, que garante a segurança das compras e agilidade na entrega.

O Grupo Muffato reflete a força da oitava maior rede varejista do Brasil, e entrou no mundo virtual com o objetivo de conquistar um grande público e posicionar-se entre as cinco maiores players de e-commerce do mercado nacional em pouco tempo. “Desde que iniciamos o projeto vimos a possibilidade de crescimento neste setor, investimos em um grande mix de produtos e a cada dia buscamos novas ferramentas que possam atender cada vez melhor os consumidores”, informou Pitta. Fonte: Da Assessoria)

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Revista SUPERMIX 13

assumir o controle é o seu principal

oBjetivo?

por Que o senhor não receBeu diniz em paris na semana passada? há a possiBilidade de encontro no Brasil?

o senhor foi procurado para rever o acordo Que prevê a transferência de controle para o casino?

Que contrapartidas diniz ofereceu para Que o casino desistisse do controle?

o senhor se arrepende de ter feito negócio com aBilio diniz?

fonte: reportagem editada do texto de marCos de paula/ae

( Não é um objetivo, é o contrato. O objetivo é fazer o Pão de Açúcar crescer de maneira proveitosa e rentável, em favor dos acionistas, dos clientes e dos fornecedores, com grande respeito pelo Brasil. Nos comprometemos que a gestão continuará brasileira. A reação do Casino foi muito contundente, inclusive recorrendo a arbitragem, sob acusação de negociação secreta. Mas Abilio Diniz nega ter havido descumprimento legal do acordo. A negociação secreta foi um ato ilegal. Naturalmente, não está em conformidade com as boas práticas e a ética nos negócios. Contradiz a seção 2.1.1 do acordo, que diz que os acionistas não podem tomar nenhuma ação que resultaria em mudança do controle. Também é contrária ao Código Civil brasileiro, que diz que se deve agir de boa fé, o que foi violado nessa negociação bilateral. Por isso pedimos a arbitragem.)

( Diniz deu uma visão deformada sobre sua visita a Paris. Eu o vi dezenas de vezes, muitas a pedido dele mesmo. Na última vez que o vi, em 15 de abril, surpreso com sua presença em Paris, perguntei se ele estava negociando alguma coisa e, em caso positivo, com quem. E ele me respondeu formalmente que não tinha nada a dizer. Entre esse dia e o vazamento da negociação, em 22 de maio, houve numerosas discussões. Nas semanas que se seguiram até antes do anúncio (da proposta de fusão), os assessores se falaram. Os meus pediram aos dele um encontro e os dele disseram que não tinham nada a dizer. Eu havia aceito, a pedido de Diniz, um encontro no dia 4 de julho. Havíamos acordado essa data em correspondência. Diniz alegou que não poderia ir a Paris antes porque estava muito estressado com as discussões, que precisava descansar. Eu soube que ele estava em Paris na segunda-feira (27/06) à noite para assistir à reunião do conselho do Carrefour aprovar essa negociação e entendi claramente que havia uma manipulação. Então disse que não era oportuno que nos encontrássemos na manhã seguinte, quando eu nem mesmo tinha conhecimento do projeto de negociação. Estou disposto a ver Diniz, mas na reunião formal do conselho.)

( Ele sempre evocou compensações e a ideia de comprar a nossa participação. Eu disse que essa proposta era insultante. Não somos um sócio financeiro. Somos uma empresa internacional de distribuição de alimentos, temos uma estratégia e queremos continuar com ela.)

( Há dois anos, Diniz disse que gostaria de renegociar o acordo. Respondi que, entre parceiros, tudo é possível de ser conversado. Ele indicou, sem ser muito preciso, que era uma questão de ‘manutenção de imagem’, que gostaria de manter o seu status, a posição elevada que havia conquistado no Brasil. Eu disse que, nesse campo, diria sim a tudo. Há um ano, Diniz me disse finalmente que gostaria que eu não tomasse o controle em 2012 e que ficássemos como está. Eu lhe disse que seria muito difícil aceitar, depois de ter investido US$ 2 bilhões, esperado 13 anos e pago duas vezes o prêmio de controle. Disse que não era possível, mas que estaria aberto para conversar sobre todo o resto. Houve em seguida muitas reuniões entre os assessores, mas ele insistia sempre repetitivamente: diga sim ou não. Senão, em tom de ameaça e sem ser mais preciso, disse que teria outras alternativas. Mantivemos nossa posição. O clima ficou difícil até a reunião em que pedi ao Diniz que dissesse com quem negociava. Ele se negou e disse que não tinha outra escolha a não ser brigar.)

( Não. Considero que fiz muito bem em investir em 1999,

quando o Brasil ainda não era o que é hoje em dia e o Grupo

Pão de Açúcar era um negócio medíocre, que saía de uma

quase falência. Quando Diniz procurou no mundo inteiro

investidores, eu fui aquele que aceitou. Fiz essa aposta e

estou muito contente com o desenvolvimento do Pão de

Açúcar e do Brasil..)

controle do Casino sobre as atividades. É uma negociação

muito complexa a ser feita e nos parece que está sendo

assentada numa base estratégica errada..)

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14 Revista SUPERMIX

eletrofrio exporta us$ 20 milhões para paÍses

da américa latina

consumo de saudáveis emBalados cresce 136%

em cinco anos no Brasil

( Consolidando a sua participação de mercado na América

Latina, a Eletrofrio Refrigeração continua ampliando

o fornecimento de equipamentos frigoríficos para

supermercados no exterior. Contratos na ordem de US$

20 milhões foram fechados com clientes de vários países

da América Latina, entre eles: Chile, Argentina, Venezuela,

Uruguai, Paraguai, Nova Guiné, República Dominicana, Peru

e Colômbia.

Com 65 anos de história e instalada em uma área de 90 mil

metros quadrados, a Eletrofrio é líder nacional no segmento

de refrigeração e está conquistando os países da América

Latina por desenvolver equipamentos apropriados para as

mais severas condições de uso, com qualidade e economia

de energia. A empresa investe fortemente em pesquisa e

desenvolvimento de produtos com tecnologia avançada e

de última geração. Uma equipe de engenharia é colocada a

disposição do empresário para desenvolver e implantar um

projeto inteligente e adequado para cada espaço e região.

Por disponibilizar soluções aprimoradas tanto na instalação

dos gabinetes refrigerados como na casa de máquinas, os

empresários de fora do Brasil também estão encontrando na

Eletrofrio a garantia e segurança de excelente desempenho.

O crescimento nas exportações é o resultado de um

trabalho realizado nestes últimos 10 anos em busca da

qualidade total. “Ser escolhido por países exigentes como o

Chile, onde fechamos um contrato para equipar as 24 lojas

do SDS – Supermercados Del Sur, que serão inauguradas

em 2011, mostra que as empresas brasileiras têm qualidade

e estão sendo reconhecidas no exterior”, relata o diretor de

vendas da Eletrofrio, Marco Antonio da Costa.

Outro diferencial da Eletrofrio que tem chamado a atenção

dos empresários é a preocupação com o meio ambiente.

A empresa tem lançado equipamentos ecologicamente

corretos que une economia de energia e preservação da

camada de ozônio. Uma das tecnologias aplicadas é a

utilização do glicol, capaz de reduzir em média 80% dos

gases poluentes.

Fonte: Da Assessoria)

( Com mais dinheiro no bolso e buscando opções mais

saudáveis – sem abrir mão de praticidade e sabor – o

brasileiro está consumindo mais alimentos saudáveis

em embalagens, categoria que expressa algum nível de

industrialização nos produtos.

O valor das vendas desse tipo de alimento (sem incluir

bebidas) no País passou de US$ 6,26 bilhões em 2005 para

US$ 14,8 bilhões em 2010, de acordo com um estudo do

Euromonitor. O estudo inclui alimentos embalados diet e

light; funcionais fortificados; orgânicos; os naturalmente

saudáveis; e os específicos para intolerância alimentar. O

Euromonitor ainda estima um mercado de US$ 21 bilhões

para esse segmento no Brasil até 2015.

Para efeito comparativo, o segmento de alimentos

embalados em geral cresceu apenas 44% neste mesmo

período: 2005 a 2010. Segundo o Euromonitor, um dos

fatores a impulsionar esse mercado é o fortalecimento

da classe média. Empresas que antes focavam alguns

consumidores no sul e no sudeste estão ampliando vendas

para outras regiões e oferecendo produtos de maior

valor agregado a uma população com maior poder de

compra. O espaço é crescente também para as FLV, mas os

industrializados ajudam a aproximar aqueles que querem

melhorar os hábitos alimentares, mas não podem ou não

querem sempre abrir mão da praticidade e de outras

características dos alimentos tradicionais considerados

menos saudáveis.

Fonte: Texto editado da Primeira Página - Assessoria de

Comunicação e Eventos)

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Page 16: Supermix 135

entrevista

Conhecer a si próprio, enfrentar obstáculos, vencer desafios,

acreditar na superação pessoal que cada um é capaz e

equilibrar todos os aspectos da vida. Muito resumidamente,

estas são algumas das principais mensagens de Eduardo

Shinyashiki, palestrante e consultor organizacional, escritor

e especialista em desenvolvimento das Competências

de Liderança e Preparação de Equipes. Presidente da

Sociedade Cre Ser Treinamentos, colabora periodicamente

com artigos e entrevistas para revistas e jornais. É autor dos

livros Viva como Você Quer Viver e A Vida é Um Milagre, e

concedeu a seguinte entrevista à revista Supermix.

Quais são as principais dificuldades Que a maioria das pessoas têm para superar suas “barreiras internas” de crescimento?

( Uma das principais dificuldades é superar a acomodação e os comportamentos no “piloto automático”, superar hábitos repetitivos de comportamento e também de pensamento. Sem tempo para prestar atenção no que estamos realmente fazendo, sentindo, querendo, sem tempo para se questionar e refletir se as nossas condutas automáticas e distraídas se tornaram uma constante na nossa vida, podemos nos encontrar prisioneiros dos nossos hábitos mecânicos e inconscientes e afetados negativamente em nossa saúde, família e realização. Outra dificuldade é acreditar no enorme poder pessoal que há dentro de cada um de nós e acreditar que a mudança seja realmente possível e assim persistir no que se quer e não desistir. )

Hoje em dia Há mais liberdade para falar de fraQuezas e buscar o crescimento?

( Infelizmente não. A dificuldade continua e hoje em dia muitas pessoas se escondem por trás de uma falsa arrogância, da insegurança e do medo. Não reconhecem os seus pontos fracos e não criam um verdadeiro comprometimento com as mudanças. Muitas pessoas não fazem a escolha de mudar, elas se encontram diante de uma situação que as obriga a mudar para continuar dentro do cenário, outras pessoas mesmo diante desta situação não mudam e colocam a culpa nos outros, no cenário econômico, político e não assumem a responsabilidade de criar o resultado a partir de uma atitude que precisa se iniciar dentro de cada um. Além das habilidades técnicas específicas, se conhecer melhor e fazer uso consciente das emoções são diferenciais para o sucesso. )

mesmo as pessoas tendo bastantes particularidades e sendo distintas entre si, podemos traçar diferenças claras entre Homens e mulHeres na forma como lidam com desafios?

( Sim, é preciso considerar as particularidades entre as pessoas e os fatores e paradigmas sociais e culturais. Podemos dizer em um sentido geral, que as mulheres lidam com os desafios de uma forma mais flexível, inovadora, compartilham mais as dificuldades e as dúvidas, criam cooperação, utilizam melhor a comunicação, a empatia e a mediação, entrando em acordos. Os homens, em geral, têm uma maior capacidade de atenção e foco, de avaliação

o poder do autoConheCimento e da superação na busCa do suCesso

além das habilidades téCniCas espeCífiCas, se ConheCer melhor e fazer uso ConsCiente das emoções são diferenCiais para o suCesso.

Page 17: Supermix 135

como buscar a superação e olHar para o futuro de forma positiva? ( É importante se “livrar” de velhos hábitos limitantes, manter a própria identidade, aprofundar o autoconhecimento e a inteligência emocional e ter claros os objetivos da sua carreira e prioridades pessoais, construindo as competências e a consciência das próprias potencialidades e habilidades. Precisamos reconhecer que nós, seres humanos, temos o privilégio de fazer escolhas e tomar decisões.)

Quais os riscos de focar somente no sucesso profissional?

(A vida é como uma grande balança, na qual os pesos e as medidas devem se equilibrar. Por algum motivo, separamos nossas vidas em âmbitos, setores independentes entre si, e não percebemos que são interligados ,e o que afeta uma das partes acaba por influenciar as outras também. Nossas vidas afetiva, social, profissional e espiritual estão conectadas, e ao sacrificar uma ou várias delas, prejudicamos o todo. As outras áreas da vida, além da profissional, dão significado ao trabalho e ao sucesso que, sem elas, perde significado e sentido. As pessoas com alto rendimento reconhecem e trabalham para atingir equilíbrio entre todos os aspectos da vida, como um recurso essencial para criar uma vida pessoal e profissional de sucesso.) Quando o otimismo ajuda e Quando atrapalHa? ( Albert Einstein dizia: “prefiro ser otimista e errar a ser

pessimista e acertar”. Quando sentimos segurança em nós mesmos e confiança no futuro, criamos um sentimento indispensável para agir e iniciar a realização de nossos objetivos: o otimismo. Podemos ter o carro e o destino de viagem, porém, precisamos de gasolina. O otimismo atrapalha quando se torna uma atitude ingênua e desconectada da realidade e que gera ilusões e o risco está em não cuidar dos pontos fracos.) dê um exemplo de comportamento de alguém Que você conHece ou conHeceu e Que age de forma eQuivocada para atingir seus objetivos. ( Um exemplo de comportamento inadequado para atingir os objetivos é manter o foco só nos problemas, nas dificuldades e nas adversidades. Isso cria um clima na empresa pesado e que pode afastar os talentos. ) dê um exemplo de comportamento de alguém Que você conHece ou conHeceu e Que age de forma correta para atingir seus objetivos. ( Um exemplo de comportamento adequado para atingir os objetivos é focar nas soluções. Isso permite pensar em alternativas de ação e incentiva o envolvimento das pessoas, criando equipes fortes e comprometidas com o resultado. Quem está focado nas soluções sabe: “que os pássaros da preocupação e tensão voem ao redor de sua cabeça, isso você não pode mudar. Que eles não façam ninhos em seus cabelos, isso você pode impedir”, diz um provérbio chinês.) para finalizar, Qual o segredo do sucesso? ( O segredo do sucesso nos dias de hoje com muitas pressões, exigências e incertezas é ter uma clara direção – o sonho; uma sólida bússola – os valores; e etapas no decorrer do caminho – os objetivos. Resumindo, viver de acordo com os próprios sonhos e aspirações e criar relacionamentos interpessoais verdadeiros e profundos.)

das situações concretas e de planejar e construir projetos, utilizando um pensamento mais ligado a estratégias e procedimentos.) Quais as características de um vencedor?

( Pessoas focadas em vencer e realizar criam uma mentalidade vencedora. Reconhecem o poder da atenção, usam a concentração focada como instrumento para direcionar a mente nos objetivos e intentos importantes, sem se distrair e agir de forma improdutiva. Concentrados no presente estão constantemente aprendendo com o passado e tendo a visão do futuro. As pessoas focadas em vencer desafios cultivam as qualidades de tenacidade, persistência, expandindo a capacidade de superar os obstáculos e de não sucumbir às dificuldades. Elas têm consciência que não bastam os dons naturais, os talentos e potenciais se não forem aperfeiçoados, direcionados e colocados a serviço de um objetivo.)

Revista SUPERMIX 17

Page 18: Supermix 135

A horA E A vE z dAS

A presença da mulher em todas as áreas do mercado de trabalho é incontestável e a tendência é que esta posição fique cada vez mais consolidada no futuro

MulheresHá um bom tempo já não é mais novidade que a participação da mulher no

mercado de trabalho é cada vez mais importante e cresce significativamente. Se no

Brasil a política ainda era um território menos desbravado, hoje vemos uma grande

representação feminina no governo central do país, em cargos do executivo,

legislativo e judiciário. Pouco a pouco, as mulheres estão passando a atuar nos

mais diferentes tipos de ocupação, influenciando o mercado de trabalho e a gestão

pública.

Segundo dados do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, sobre

o perfil social, racial e de gênero das 500 maiores empresas do Brasil, o quadro

executivo – que envolve diretorias, vice-presidências e presidências – apresentou

desde o início da pesquisa em 2001, aumento de 8% nessa participação. Naquele

ano, 6% dos executivos das organizações eram mulheres, e em 2010 este percentual

subiu para 14%. Em cargos de gerência, o índice é um pouco menor, subiu de

18% para 22%. Isto pode ser observado no Brasil e no mundo inteiro – até em

países com economias não desenvolvidas ou muito pobres. Para Marcelo Linguitte,

engenheiro civil e consultor da Terra Mater Empreendimentos Sustentáveis, de São

Paulo, o ponto importante é onde as mulheres têm se posicionado, “porque não

adianta colocar as mulheres em níveis hierárquicos maiores, mas em áreas que não

impactam o dia a dia da empresa” afirma.

Observando o papel das mulheres nas empresas, Linguitte constatou que as áreas

de negócios onde são gerados resultados, como vendas, por exemplo, onde que era

necessário fazer planejamento estratégico, desenvolver relação com fornecedores

e outras ações, ficavam nas mãos de homens. E nas áreas menos estratégicas, “era

aplicada a máxima do ‘a gente deixa nas mãos das mulheres’ e a divisão estava

feita”, enfatiza o consultor. Espaços antes ocupados e considerados marginais

estão sendo preenchidos pelas mulheres. Mas este avanço ainda é inferior àquele

na área da formação, onde as mulheres lideram em termos de educação formal.

Como a sociedade está mudando, está aceitando mais as mulheres que têm estas

características, a mudança vem ocorrendo também com os gestores e com os

processos de gestão.

matéria de Capa

Page 19: Supermix 135

preciso debater quais são as políticas públicas necessárias para que as mulheres possam entrar

e permanecer no mercado de trabalho. Saber qual é a proteção que homens e mulheres podem ter no trabalho para que suas tarefas pessoais, em

relação às suas famílias e sua vida pessoal, não constituam discriminação no trabalho.

[Solange Sanches do Padro]

Page 20: Supermix 135

20 Revista SUPERMIX

No Paraná Na avaliação do economista Sandro Silva, do Departamento

Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos

(Dieese), desde 1990 a participação das mulheres no Paraná

vem crescendo em relação aos empregos formais. O índice

era de 34,43% e em 2010 chegou a 43%. O fato de uma

economia que não cresceu somada a taxa de desemprego

forçou as mulheres a ingressarem no mercado de trabalho.

Houve também uma ampliação do número de mulheres

chefes de família, mães solteiras ou sozinhas. Segundo a

supervisora de Documentos e Disseminação de Informações,

do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

do Paraná, Yara Araújo Siqueira Ceccatto, o percentual

de mulheres chefes de família apresentou um aumento

significativo. Em 2001, era de 25% contra 75% de homens.

Em 2009, este número cresceu para 32% contra 68% de

homens.

Há uma diferença muito grande ainda em relação aos

salários, especialmente nos segmentos na área de alimento e

vestuário. Segundo o Dieese, o varejo apresenta baixa salarial

para as mulheres, em torno de 46%. Quanto mais aumenta o

grau de escolaridade, aumenta também a diferença salarial.

No Paraná este índice representa 18,63%. É em torno de 43%

o índice de empregos para as trabalhadoras com ensino

superior completo, o que cria uma dificuldade para que as

mulheres consigam avançar nas empresas.

No Brasil, a participação da mulher no mercado de trabalho

é de 48%, com uma diferença salarial de 16% a menos que

dos homens. O estudo do Dieese mostrou que no comércio

varejista de hiper e supermercados, a participação das

mulheres é 2% menor que a dos homens com relação aos

empregos formais no Brasil. Invertendo-se os números no

Paraná e com uma diferença de 8% a favor das mulheres

na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). As mulheres

recebem em média 16% a menos que os homens no Brasil e

no Paraná, e a diferença é ainda maior na RMC.

Trabalho e sociedade

MuLhErES dE SuCESSo

A presença das mulheres nos trabalhos fora de casa expôs

a questão da igualdade de oportunidades e de posição entre homens e mulheres na sociedade. Isto passou a ser debatido não só no mercado de trabalho, mas também em outras esferas da vida social e política. Para Solange Sanches do Prado, socióloga especialista em Trabalho e Gênero, da

Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Santiago, no Chile, “a mulher está fazendo parte das estruturas de comando da sociedade, o que traz o debate importante da vida pessoal, da vida privada e doméstica, para a cena

pública”. Solange diz que “é preciso debater quais são as

políticas públicas necessárias para que as mulheres possam

entrar e permanecer no mercado de trabalho. Saber qual é

a proteção que homens e mulheres podem ter no trabalho

para que suas tarefas pessoais, em relação às suas famílias e

sua vida pessoal, não constituam discriminação no trabalho”.

Todas estas questões foram e continuam sendo objeto de

discussão, de negociação coletiva e de regulamentação, para

proteger o direito das mulheres de ter seus filhos e dos filhos

de terem o cuidado de suas mães.

Cíntia Fernandes Leite coordenadora de Marketing (Rivoli)

Formei-me em Psicologia e no terceiro ano me interessei por comportamento do consumidor. Acabei a faculdade e fui fazer uma pós-graduação em marketing. Procurei emprego, mas esbarrava na questão da experiência. Iniciei, junto com a pós, o curso de Administração. Trabalhei na Exxon Mobil, na área de recursos humanos, mas visando a área de marketing. Saí para buscar o que eu queria, e a dificuldade novamente foi pela questão da experiência. Fui adquirindo experiência na área de analista de marketing. Os homens estão percebendo que as mulheres conseguiram demonstrar força no mercado de trabalho. Acho que em razão deste histórico de várias mulheres construindo carreiras de sucesso, nós estamos colhendo esses frutos.

Avani Tortato Slomp Rodrigues

empresária (Tecnotelas) Sempre acreditei no empreendedorismo e tenho plena consciência que esta é uma forma de contribuir com a área econômica e com o

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Revista SUPERMIX 21

Maria Cristina de Carvalho e Silva Diretora de RH do Grupo Bourbon

Iniciei a vida profissional em consultoria e já era formada em Psicologia. Trabalhei no Lembrasul por 16 anos. Fiz duas pós-graduações, tive dois filhos e conciliei bem a casa, filhos e trabalho. Depois disso, vim para a Rede Bourbon, onde estou há 10 anos. No hotel existem funções que antes eram exclusivas de homens e hoje já são ocupados por mulheres em iguais condições, salariais inclusive. Tenho pessoas na minha equipe que não têm marido, e conseguem conciliar as funções. Vejo que vem crescendo o número de mulheres chefes de família. Nenhuma mulher jamais se recusou a fazer um trabalho por ser considerado masculino. Mas já vi muito homem recusar por ser ‘serviço de mulher’.

Regiane Ferreira Bento

microempresária (Belara Stilo) Comecei como secretária e por incentivo do médico com quem eu trabalhava fui fazer o curso de instrumentadora cirúrgica, onde fiquei por sete anos. Casei aos 23 anos de idade e fui promotora de eventos por dois anos, engravidei e fiquei cinco anos cuidando do meu filho. Nesse meio-tempo, engravidei de novo. Meu filho tinha nove meses quando abri a loja de roupas e estou no ramo há dois anos. Nunca senti discriminação por parte dos homens, mas sim, por parte das próprias mulheres, por serem muito competitivas. Acredito que por ser inocente, no começo da carreira, fui assediada. Comecei muito nova, com apenas 14 anos.

crescimento do país. Aos 25 anos, abri a primeira empresa em sociedade com meu noivo, hoje meu marido. Formei-me em Psicologia, me especializei na área organizacional e fiz pós-graduação em Finanças. Hoje a maioria dos pequenos empreendimentos é dirigida por mulheres e isso é uma conquista. Quando os filhos vieram sempre tive a sorte de ter pessoas que me ajudaram. Mas sempre levava para a escola, era ‘mãetorista’. Mas não vi dificuldade, sou virginiana e a organização e planejamento estão em mim. Entreguei o cargo da Associação Comercial do Paraná em agosto e nunca deixei de trabalhar na empresa, que hoje são três lojas e uma indústria. Joy Lady Michels Rossi gosta de ser chamada de ‘trabalhadora’ (Infralux) Morava em Francisco Beltrão. Fui professora por três anos, passei mais três anos no Banco do Brasil e em seguida casei. Meu marido pediu para eu trabalhar com ele no financeiro da empresa e depois viemos para Curitiba, onde continuei no setor. Fiquei com ele até 2005. Comecei Zootecnia, mas parei. Acho que nos últimos 10 anos a mulher evoluiu muito e me parece que gosta mais de estudar que os homens. Entre minhas funcionárias, tenho várias mulheres chefes de família, e são elas que têm carregado a família nos ombros. A mulher tem muita coragem e, no Brasil, está concorrendo igualmente com os homens, pois a mulher tem tanto potencial como eles. Outro dia me perguntei o que mais gosto de fazer; pensei e cheguei à conclusão que é trabalhar. Fui presidente da Câmara da Mulher Empreendedora, ligada à Fecomércio e saí há um ano e meio.

Page 22: Supermix 135

perfil

SELMI: rECEItA dE trAdIção E proFISSIonALISMo UMA HISTóRIA DE 123 ANOS. O GRUPO SELMI, QUE COMEçOU SUA TRAJETóRIA EM 1887 COMO UMA PEQUENA FÁBRICA DE MASSAS VENDIDAS NAS RUAS DE CAMPINAS, É HOJE UM DOS PRINCIPAIS FABRICANTES DO PRODUTO NO PAÍS, COM DUAS UNIDADES FABRIS: UMA EM LONDRINA E OUTRA EM SUMARÉ. MAIS DE 20 PAÍSES COMPARTILHAM COM OS BRASILEIROS O SABOR DAS LINHAS SELMI, QUE ExPORTA POR ANO MAIS DE CINCO MIL TONELADAS DE MASSAS E BOLOS. RICARDO SELMI, PRESIDENTE ATUAL DO GRUPO E QUARTA GERAçãO DOS SELMI NO COMANDO DA EMPRESA, CREDITA ESTE SUCESSO AO EMPENHO PESSOAL DE CADA MEMBRO DA FAMÍLIA EM SUA ÉPOCA DE ATUAçãO. “CADA GERAçãO ABRAçOU A EMPRESA, TEVE UMA LIGAçãO FORTE COM O SEU DESENVOLVIMENTO”, DIZ ELE. UM DOS MAIORES PROPóSITOS DE RICARDO É A LONGEVIDADE DA MARCA E PARA ISTO APOSTA NA PROFISSIONALIZAçãO CONTÍNUA E NA BUSCA PERMANENTE POR MELHORIA E SUPERAçãO DE OBSTÁCULOS.

Ricardo construiu sua liderança na empresa a partir de muito trabalho cotidiano e de persistência em realizar o que se propunha a fazer. “Desde jovem me dedico muito a fazer as coisas acontecerem”, conta. A obstinação aliada à objetividade e planejamento, herdados da formação em engenharia mecânica, foram essenciais, segundo ele, para determinar sua forma de administrar. “A engenharia enfatiza o raciocínio lógico, poder de análise, e isto é essencial ao negócio”. Entre os aprendizados, lembra de uma experiência que teve em que divergiu muito do pai em uma questão, resistindo de forma incisiva em ceder aos seus argumentos. “Naquele episódio aprendi o valor da experiência. Com o decorrer do tempo observei que a posição dele acabou se confirmando. É preciso ouvir quem tem experiência e saber aliar com a vontade de fazer de quem está chegando”.

Entre os desafios que enfrentou foi o próprio cenário no qual a empresa estava inserida, na década de 90. O valor do trigo era determinado pelo governo, o que interferia

na rentabilidade do setor. “Era difícil pagar bons salários e conquistar talentos. Tive que colocar a ‘mão na massa’ para realizar o que queríamos e superar esta fase”. Há seis anos, a Selmi mudou a sua composição, inaugurando uma gestão compartilhada com um novo sócio. Da família, ficou o próprio Ricardo, que acompanha muito de perto todos os passos do empreendimento. “Estamos em crescimento. Entre janeiro e junho de 2010 e o mesmo período de 2011 crescemos 22%”, conta. Dando continuidade à postura empreendedora do pioneiro Afonso Selmi, Ricardo leva a cabo o seu objetivo de garantir o bom desempenho da produção e vendas e manter as bases para o futuro.

A marca Selmi oferece ao consumidor diversos tipos de massas, farinhas especiais, bolos, bolinhos, mistura para bolos, além de café, queijo ralado, azeite e biscoitos – por meio das marcas Renata e Galo. São centenas de toneladas de macarrão por dia, mantendo a receita da legítima massa italiana, que era seguida por Adolfo Selmi, o fundador da

Page 23: Supermix 135

Revista SUPERMIX 23

companhia. A empresa possui hoje maquinário e engenharia de produção de primeiro mundo – com a capacidade de expandir sua estrutura física, sem interromper a produção. São 51 mil metros quadrados de centros de distribuição, que recebem produtos diariamente.

linha do tempo: 1887 O italiano Adolfo Selmi desembarca no Brasil. Indo direto para Campinas, funda uma pequena fábrica de massas. Nesse início, a produção é de 4 a 9kg de macarrão produzidos manualmente e vendidos nas ruas da cidade pelo próprio Adolfo para outros imigrantes italianos.

1900 Adolfo estabelece sociedade com Hugo Gallo e vai para a Itália tratar de negócios. Na volta ao Brasil, Adolfo desfaz a sociedade. As massas são preparadas em marombas, movidas a tração animal e secadas ao sol ou em quartos de descanso, com o auxílio da queima de carvão. Todo o processo mantém o contato manual.

1911 Quando a energia elétrica chega a Campinas, a produção das massas passa a ser feita em masseiras: máquinas importadas da Itália semelhantes às usadas em padarias. A secagem, porém, continua sendo ao sol ou em quartos de descanso.

1944 A produção de macarrão ultrapassa uma tonelada por dia. Começa o processo semi-automático e a secagem passa a ser feita por meio de secadores elétricos. A manipulação da massa tem contato manual somente no empacotamento.

1961 É instalada uma nova unidade de produção em Londrina, o que facilita o abastecimento do sul do país. O Pastifício passa a ter reconhecimento internacional, a partir da participação em uma exposição sediada na Itália - ONAR.

1964 Com a inauguração do moinho é lançada a Farinha de Trigo Renata. Um ano mais tarde, a produção passa a ser realizado durante 24 horas ininterruptas, em um processo totalmente automatizado (nenhum contato manual) e contínuo.

1970 É lançado o Macarrão Renata. Três anos mais tarde, são implantadas as equipes de vendas. O Pastifício Selmi chega a 68 vendedores, distribuídos por Campinas e região, Belo Horizonte, Bauru, São Paulo e Londrina.

1989 Ganha troféu e diploma no xII Prêmio Internacional de Alimentos e Bebidas, na Alemanha (Düsseldorf ). É a consagração pública, local, nacional e internacional.

Década de 90 Inicia um grande processo de desenvolvimento, com investimentos em máquinas, equipamentos de última geração, treinamento de pessoal, pesquisa e tecnologia. Adota a política “investir para competir”. Com um investimento de cerca de US$ 12 milhões, prepara-se para concorrer com as empresas multinacionais, principalmente a indústria italiana presente no mercado nacional. Inicia a produção de bolo pronto da marca Renata, na moderna fábrica de Sumaré que, com uma área de 225.000 metros quadrados, é doze vezes maior que a anterior.

Anos 2000 Inicia a fabricação de massas na unidade de Sumaré, fábrica considerada a mais moderna da América do Sul, estando entre as mais modernas do mundo. A linha produção de espaguete instalada nessa fábrica produz 4.500kg/h. Começa a funcionar a maior máquina de talharins do mundo, com alta produtividade e qualidade incomparável. Também adquire a maior máquina de massa cortada da América do Sul, com produção de 4.500 kg/h, tempo de secagem de 3 horas e altíssima tecnologia, considerada uma das mais modernas do mundo. Instala uma nova máquina de macarrão instantâneo para atender o grande aumento de demanda. Com capacidade de 3.000 kg/h essa máquina apresenta um sistema de empacotamento dos mais automatizados em níveis mundiais.

O Pastifício Selmi completa 120 anos. Para comemorar, o grupo lança uma campanha nacional com nove filmes para TV e anúncios na Revista Caras, entre outras peças e ações de marketing. O mote: “Selmi 120 anos. A sua emoção é o nosso alimento” reflete a dedicação com a qual o pastifício desenvolve e produz os seus produtos.

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CLASSES EMErGEntES: CoMo vEndEr pArA ELASUma pesquisa elaborada pelas empresas Nielsen e Kantar

WorldPanel e divulgada no início deste ano mostra que o

consumo das classes D e E no varejo (renda familiar média

até R$ 680), em 2010, cresceu mais que o das classes C e

AB. Segundo o estudo, o consumo das classes D e E no ano

passado cresceu 16% em valores, enquanto as classes C e AB

permaneceram em 13%. A previsão do segmento é que em

2011 a alta continue vindo das faixas de renda mais baixas.

Em 2010, a alta no consumo de 139 categorias de produtos

(alimentos e bebidas, higiene, saúde e limpeza) veio das

classes C1 e C2 (renda familiar de R$ 962 a R$ 1.459). Em 2011,

virá da C2 e DE, enquanto em 2012 será basicamente da DE,

conforme aponta a pesquisa

“Mudanças no Mercado Brasileiro

2011”, também realizada pela

Nielsen.

O setor já vem percebendo

essa mudança e tem buscado

se adaptar. Grandes redes

de supermercados têm feito

transformações, como o grupo

Pão de Açúcar, que converteu

CompreBem e Sendas em Extra

Supermercado, que possui mais

variedade de produtos e serviços.

Já o Carrefour tem diversificado o

modelo de negócios como parte das estratégias para atender

esse público. No Brasil, a empresa tem em seu portfólio os

formatos Hiper, Bairro, E-commerce, Atacadão e Dia%.

Ainda assim, especialistas do setor consideram que os

supermercadistas precisam aprimorar o atendimento para

agradar o público emergente. De modo geral, o comércio

varejista não oferece bom atendimento aos consumidores

das classes C, D e E, de acordo com estudo da consultoria

Plano CDE. Segundo o levantamento, a deficiência é comum

para quase todas as classes, mas que, no caso da clientela

popular, a auto-estima do consumidor é influenciada ainda

mais, impactando diretamente a forma como ele se relaciona

com as lojas, e, consequentemente, potencializando o receio

de adquirir algo novo. O estudo aponta que até 25% dos

consumidores da classe C, D e E admitem falta de confiança

diante de uma compra. A principal queixa desses clientes é a

de que são mal recebidos por pertencerem a um grupo de

baixa renda. Essa percepção é de 50% e 51%, respectivamente,

entre os clientes C e D, e ultrapassa o índice de 56% entre os

consumidores E.

Durante a pesquisa realizada com 1,6 mil consumidores nas

cidades de São Paulo e Recife, os consumidores relataram

casos em que sentiram desconforto ao perceber, por

exemplo, que eram acompanhados

muito de perto por atendentes ou

seguranças em seções como bazar

e eletroeletrônicos. A pesquisa

aponta ainda em quais pontos

o setor varejista precisa ajustar

a forma de atendimento. Lojas

lotadas, com serviço lento e filas

enormes nos checkouts causam

grande descontentamento em 65%

da classe C, 61% da D e 59% da E.

A antropóloga responsável pelo

estudo, Luciana Aguiar, diz que

a tática de reduzir atendimento

e serviços, adotada por algumas redes interessadas em

baratear custos, pode prejudicar a avaliação deste público.

A pesquisadora lembra que muitos desses consumidores

trabalham em serviços pesados diariamente ou passam

a semana toda servindo outras pessoas e, na ida ao

supermercado querem ser bem atendidos. Para agradá-los, ela

afirma que alguns serviços básicos já bastam. Disponibilizar

empacotadores, prática cada vez menos comum, é um deles.

Outro exemplo é entregar as compras em casa. Boa parte

desse público não possui automóvel próprio.

MUITOS DESSES CONSUMIDORES

TRABALHAM EM SERVIçOS

PESADOS DIARIAMENTE OU

PASSAM A SEMANA TODA

SERVINDO OUTRAS PESSOAS

E, NA IDA AO SUPERMERCADO

QUEREM SER BEM ATENDIDOS.

[LUCIANA AGUIAR]

varejo

Page 25: Supermix 135

Revista SUPERMIX 25

Stella Kochen Susskind, presidente da consultora Shopper Experience, destaca outras falhas no atendimento, como a abordagem inexistente ou inadequada, a falta de proximidade no atendimento e a falta de interesse nas reais necessidades do cliente, gerando o “empurrômetro”. Para ela, é preciso “humanizar” o atendimento porque, muitas vezes, no momento mais crítico, o funcionário nem ao menos olha para o cliente. Ela considera que o grande diferencial é que estas classes querem saber com clareza o que estão comprando, quais implicações existem nos contratos e nos financiamentos. Ou seja, necessitam de atenção redobrada e transparência e muitas vezes os próprios funcionários não conhecem as condições dos contratos, nem mesmo os produtos. Isso gera insegurança nos clientes e, consequentemente, perda nas vendas. Stella ressalta que os empresários do setor precisam estar atentos à seleção e ao treinamento dos funcionários. A melhor estratégia, segundo ela, é contratar consultores especializados em varejo e, principalmente, adequado ao

público brasileiro. “A humanização nada mais é do que

evitar treinamentos enlatados e evitar a robotização dos

funcionários. Tem que haver naturalidade, boa vontade,

disponibilidade em atender e interesse no cliente”, explica.

Ainda pensado em agradar o público emergente, vale

lembrar quais os produtos mais consumidos por eles. De

acordo com a pesquisa da Nielsen e Kantar WorldPanel o

consumo de bebidas não-alcoólicas, que havia crescido 2%

em 2009, avançou 9,6% em 2010. Para bebidas alcoólicas,

o crescimento passou de 2,9%, em 2009, para 7,9% no ano

passado. Nos perecíveis, a alta foi de 9,3% em 2010 contra 4,6%

um ano antes. O estudo mostrou que a venda de produtos

de higiene e beleza também cresce mais nas classes D e E.

O volume médio comprado por essas duas classes em 2010

teve alta de 8% contra um crescimento de 7% nas classes C e

AB. Além disso, o número médio de vezes que o consumidor

vai ao supermercado por ano avançou de 106 em 2008 para

123 em 2010, o que representa uma média de três vezes por

semana. A pesquisa mostra ainda que 80% dos lares optam

por mais de três lojas diferentes para se abastecer. A pesquisa

foi realizada com uma amostra de 8,2 mil lares de todas as

classes sociais, em cidades acima de 10 mil habitantes. O

questionário foi aplicado em junho de 2010.

Crescimento nas vendas

Page 26: Supermix 135

iPad

Calendário

Telefones celulares, laptops, câmeras digitais e players de

MP3 estiveram entre os presentes de Natal mais procurados

em 2010 pelo público ainda em idade pré-escolar. Estas

informações dão o tom do que pode vir no Dias das Crianças de

2011. De laptops infantis a aparelhos eletrônicos sofisticados,

os passatempos da meninada de hoje em dia são cada vez

mais avançados tecnologicamente. Segundo fabricantes e

lojistas especializados em brinquedos, a intenção é suprir

consumidores mirins que querem imitar os pais.

Mas mesmo com a modernização e adaptação necessárias

para atender os anseios das crianças de hoje, certos

brinquedos nunca perdem o charme e a originalidade. Por

isso, os fabricantes continuam apostando neles, permitindo

que os pais brinquem com seus filhos com novas versões

de bonecos e jogos de tabuleiros de sua própria infância.

“Para entrar no mundo infantil não basta apenas agradar aos

pequenos, é preciso saber conquistar os pais, aqueles que, no

final, vão pagar a conta”, lembra o presidente da Associação

Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Synésio

Batista, que prevê um faturamento de R$ 3,5 bilhões em 2011

para o setor – com pelo menos 40% das vendas previstas para

o Dia das Crianças, principal data para o segmento.

Ícone nos anos 1980, o Playmobil ainda hoje permite que as

crianças montem os bonequinhos em diferentes paisagens e

situações, mas a Sunny apresenta agora versões com novos

dispositivos e tecnologias, como lançador de água, barquinhos

que flutuam e submarinos com motor à fricção. Na linha dos

tabuleiros, o Super Banco Imobiliário, da Estrela, agora conta

com cartões de débito no lugar das pequenas cédulas de

papel. Já no Banco Imobiliário Corinthians, os participantes

podem comprar, vender e trocar os jogadores do Timão

para garantir lucros e saírem vencedores. Outros brinquedos

clássicos da Estrela reaparecem com um dos principais

atributos atuais desta indústria: o licenciamento. O famoso

Crianças: presentes tradiCionais e do mundo digital

Page 27: Supermix 135

Revista SUPERMIX 27

burrinho Pinote, que dá coices à medida que os jogadores

tentam equilibrar objetos sobre ele, é agora o personagem

equivalente da premiada animação Shrek. O Pula-Shrek foi

adaptado do Pula-Pirata. A Estrela também trouxe de volta

o Ferrorama, totalmente remodelado, o produto inclui uma

locomotiva com farol, som característico e dois vagões

de passageiros. O Mr. Potato Head (Cabeça-de-Batata), da

Hasbro, é representado por conhecidos personagens como

Homem-Aranha e Darth Vader. Outro destaque da empresa

são as novas versões da boneca Moranguinho e nova linha

de produtos My Little Pony com DVDs domésticos, livros,

videogames e peças de decoração.

“Os pais já estão reconhecendo mais o valor do brinquedo

educativo e as crianças estão mais seduzidas por esses

produtos. Nossa prioridade é estimular o desenvolvimento

da criança com nosso produto. Queremos resgatar o valor do

brinquedo de madeira, da matéria simples que pode acalmar

e dar um prazer imenso à garotada”, diz o proprietário da Dicá,

fabricante de brinquedos educativos. Para ele, a era dos jogos

eletrônicos e do computador 24 horas por dia está acabando.

O proprietário da Dumbo – que vende exclusivamente

brinquedos educativos –, Henrique Heinrich, é defensor da

bagunça em suas lojas. Entre seus principais clientes estão os

pais de classe média alta que têm o costume de levar seus

filhos para as lojas e estimular neles a vontade de manusear

e de passar o tempo com um brinquedo diferente dos

tradicionais. “Nossa sala fica uma confusão. Os pequenos

tocam em todos os produtos e ficam deslumbrados com

tanta novidade”, completa.

Deixar a criança mexer em tudo e descobrir ali o prazer do

novo brinquedo são apenas algumas das armas de conquista.

“Fazemos oficinas com nossos brinquedos e já fizemos até um

festival de cinema infantil. Queremos tirar o melhor de cada

criança e fazer com elas descubram o prazer em pequenas

coisas”, contam Flávia Oliveira e Flávia Klinger, sócias do ateliê

Enfim Enfant, no Rio de Janeiro. Pião, marionete e fantoches

são algumas das atrações da loja, que trabalha basicamente

com produtos importados. “Muitas crianças que entram

aqui estranham no início. É um universo diferente, longe da

televisão e de todo o eletrônico que os cerca”, declara Flávia

Oliveira.

A PB Kids que vende desde brinquedos educativos até

eletrônicos também estimula que seus pequenos clientes

mexam e descubram os produtos expostos na prateleira.

“Temos materiais abertos para demonstração e nossos

funcionários são treinados para mostrar aos clientes como

funcionam. Muitas vezes são os pais que vêm aqui e compram

um presente para seus filhos”, comenta Maria José dos

Santos, gerente da PB Kids. Para ela, os brinquedos comuns

ainda têm mais saída que os educativos, principalmente

quando um super-herói está em ação nas telas de cinema. “É

impressionante ver como a garotada fica louca quando um

filme como Homem-Aranha ou Batman chega aos cinemas”,

comenta.

E para quem não quer abrir mão da tecnologia e mesmo assim

atrair os pais, a dica vem da gerente de serviços a marketing da

Faber Castell, Elaine Mandado. Em 2008, empresa desenvolveu

o Clubinho Faber. “Lidar com crianças é difícil. Elas são sinceras

e falam tudo o que têm na cabeça. É importante estar de bem

com a vida e fazer tudo com o coração”, atesta o presidente

da Abrinq que também faz uma ressalva: “todo brinquedo

deve ter a certificação do Instituto Brasileiro de Certificação e

Qualidade (IBCQ), órgão autorizado pelo Instituto Nacional de

Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro)”,

conclui.

Elaine Mandado

Page 28: Supermix 135

teCnologia

Imagine ir a um supermercado ou a uma loja de

departamentos sem precisar enfrentar filas no caixa. Imagine

pegar o carrinho de compras e ver em um monitor as

ofertas do dia, e mais, já calculando todos os produtos que

você está comprando sem a necessidade de passar tudo

pelo caixa. Isso é possível? Sim, e já está sendo testando

em países como Estados Unidos, Alemanha e Brasil. O

responsável por essa revolução é a tecnologia RFID (Radio-

Frequency Identification), que significa identificação por

frequência de ondas de rádio. A chamada etiqueta eletrônica

deverá substituir o código de barras, sistema que foi

implantado nos Estados Unidos na década de 1970, e no

Brasil dez anos mais tarde.

Mas as vantagens do RFID vão muito além dos benefícios

para o consumidor. Regiane Relva Romano, presidente da

Vip-Systems Informática, empresa de São Paulo que presta

consultoria e desenvolve sistemas para controle de acesso,

comenta que a tecnologia pode auxiliar no armazenamento

e leitura de dados como lotes, validade, localização dentro

da loja, estoques, logística, entre outras possibilidades.

“Ao contrário do código de barras, esse sistema via rádio

frequência não precisa ser visado, e é possível ler e escrever

dados nas etiquetas sem a necessidade de tirar os produtos

das embalagens. Além disso, dentro da fábrica, é possível

fazer inventário, rastrear o produto e até mesmo utilizar

informações para fazer campanhas promocionais de

produtos que estão vencendo”, comenta Regiane.

Redes mundiais de supermercados como o MetroGroup,

na Alemanha, e o Walmart, nos Estados Unidos, estão

investindo em pesquisas tecnológicas para substituir o

código de barras atual pela tecnologia RFID em todos os

departamentos das lojas. Segundo Regiane, o Walmart

já está usando o sistema na gestão de produtos têxteis

nos supermercados. Já o Metro criou, em 2008, uma loja

conceito para apresentar e testar todas as tecnologias

melhorando a gestão e a experiência de compra do

consumidor. Regiane adiantou que no Brasil existem várias

empresas atuando no desenvolvimento de etiquetas

eletrônicas, e que a Vip-Systems desenvolveu uma solução

de ponta a ponta que, inclusive, será implantada em uma

loja de roupas, que irá testar a ferramenta na área têxtil e, na

sequência, no setor de eletroeletrônicos.

Desafios Na avaliação de Regiane, o RFID ainda precisa vencer alguns

desafios para ser amplamente utilizado, pois a tecnologia

tem problemas quando entra em contato com a água e com

o metal – a água absorve as ondas de rádio e o metal reflete

as ondas de rádio. “O Brasil, desde 2009, vem investindo e

disponibilizando recursos públicos para o desenvolvimento

tECnoLoGIA ALIAdA Ao vArEjo

o SIStEMA podErá tEr rEFLExo dIrEto no CuSto BrASIL,

CoM A rAStrEABILIdAdE dE IMpoStoS, ALéM do IMpACto

nA Mão dE oBrA. ALGunS poStoS dE trABALho SuMIrão,

MAS outroS ExIGIrão MAIor prEpArAção, SEMELhAntE Ao quE AContECEu CoM A

AutoMAção BAnCárIA.

Page 29: Supermix 135

de pesquisas nesta área. Acredito que estamos em uma

fase semelhante ao que ocorreu com o código de barras

que no início não se aplicava a todos os produtos, mas essa

dificuldade foi superada”, avalia. Regiane acrescenta que hoje

em dia, com a tecnologia do RFID disponível, já é possível

aplicar a solução sem problemas em setores como têxtil,

eletro, bebidas e outros produtos de maior valor agregado

– como protetor solar – que acabam ficando fora da área de

compras e do alcance do consumidor.

Outro desafio importante para a disseminação da etiqueta

eletrônica, comenta a presidente da Vip-Systems, é a

necessidade de um processo de cooperação entre a

indústria e o varejo, pois os ganhos serão muito maiores e

os investimentos menores. “Nos Estados Unidos, o Walmart

chamou os principais fornecedores para que agilizassem

o processo de implantação para continuar atendendo as

lojas da rede. Já na Alemanha, o MetroGroup está dividindo

os custos com a indústria. Eu entendo que esse deve ser

mesmo o caminho, pois precisa ser um processo onde todos

ganham”, destaca. Segundo ela, “já passou da hora” do RFID

estar sendo utilizado, pois o sistema irá trazer inúmeras

vantagens, reduzindo inclusive problemas atuais que o País

enfrenta. “O sistema poderá ter reflexo direto no custo Brasil,

com a rastreabilidade de impostos, além do impacto na mão

de obra. Alguns postos de trabalho sumirão, mas outros

exigirão maior preparação, semelhante ao que aconteceu

com a automação bancária”, pondera.

Em relação aos rumores de que o sistema RFID poderia

ter influência direta na privacidade, já que com essa nova

etiquetagem, as informações obtidas pelo varejo são mais

eficazes e de maior controle, a partir do monitoramento feito

pelo dispositivo, a presidente da Vip-Systems afirma que a

informação não procede. Isso porque o chip utilizado no

sistema é passivo, ou seja, precisa de uma antena para ser

energizado. “A identificação que fica é a do produto e não a

do consumidor”, pondera. Segundo ela, as pessoas precisam

se preocupar com a violação de privacidade que ocorre nas

redes sociais quando os usuários expõem dados pessoais.

Assim como, na biometria facial das câmeras de vídeo. “Isso

sim é violação de privacidade, pois a biometria facial não

pede licença para rastrear”, destaca.

Page 30: Supermix 135

A EVOLUÇÃO DO VAREJOCHEGA TAMBÉM À LONDRINA

Fortalecimento. Essa é a palavra-chave do setor

supermercadista no panorama atual. O setor, que emprega

mais de um milhão de pessoas e que faturou no passado

cerca de R$ 200 bilhões, está otimista que para 2011 os

números podem ser ainda melhores. E é neste positivo

cenário que será realizada nos dias 18 e 19 de julho a

9ª edição da Supernorte (Feira e Convenção Regional

de Supermercados), que tem como sede o Centro de

Exposições e Eventos de Londrina.

O evento, promovido pela Associação Paranaense de

Supermercados (Apras), tem como proposta aproximar toda

a cadeia que abastece o varejo, principalmente, do pequeno

e médio empresário, além de proporcionar um ambiente

favorável para negócios e atualizações. Este ano é muito

especial para o evento. Com o aniversário de 40 anos da

entidade, as projeções se mantêm positivas para uma edição

de comemorações. De acordo com Pedro Joanir Zonta,

presidente da Apras, para manter uma entidade atuante e

fortalecida no Paraná, é preciso que as atividades estejam

consolidadas nas regionais. “Entre nossas prioridades como

representantes de classe sempre esteve a ampliação das

ações da Associação no interior do Estado, inclusive com

tudo pronto para a supernorte

cursos e treinamentos realizados por meio da Academia

Empresarial Apras, o que temos honrado com grande êxito”,

conclui.

O presidente da Regional Norte da Apras, Valdecir dos Santos

Galhardi, comenta que a feira supermercadista deve superar

todas as expectativas dos organizadores, e reunir nos dias

de feira um público superior a oito mil visitantes. “Estamos

bastante entusiasmados com os preparativos. Temos a

confirmação da participação de empresas de toda a cadeia,

o que certamente irá tornar a Supernorte mais atrativa e

mais profissional”, comenta.

O diretor comercial da Apras, Walde Renato Prochmann, confirma que todos os espaços da feira foram comercializados, e o evento deve reunir cerca de 90 empresas oriundas dos três estados do Sul do Brasil, e especialmente, da região Norte do Paraná. “Teremos a participação de muitas empresas que estarão pela primeira vez na feira, além de muitas novidades”, disse. Entre elas está o segmento de hortifruti, que por meio de uma parceria com instituições como o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), irá reunir diversas empresas de agricultores familiares.

eventos

Page 31: Supermix 135

Revista SUPERMIX 31

Patrocínio Realização

Agenda

A programação da Supernorte 2011

contará com a palestra “Vencendo

desafios e construindo o futuro”,

que será proferida no dia 19, às

14h00, por Eduardo Shinyashiki,

consultor organizacional, escritor e

especialista em desenvolvimento das

Competências de Liderança,. Autor

dos livros Viva como Você Quer Viver

e A Vida é um Milagre, Shinyashiki

irá propor aos participantes como

expandir a postura de criador de

contextos, elevando a autoconfiança,

fortalecendo a motivação e o

relacionamento, assim como,

transformar palavras em ações que

gerem resultados positivos.

Outra novidade nesta edição será a

Oficina do Conhecimento que dará

oportunidade aos participantes para

atualização em temas pertinentes

ao setor. No dia 18, às 18h00, está

programado o tema “SPED Fiscal

- Dúvidas e Sugestões”, que será

coordenado por Viniccius Feriato; e

às 19h00 será a vez do tema “Padaria

- diferencial de uma loja”, com David

Serviço9ª Supernorte – Feira e Convenção Regional de SupermercadosDias 18 e 19 de julho, das 14h00 às 23h00Local: Centro de Exposições e Eventos de LondrinaRodovia Mábio Gonçalves Palhano, 3333

dos Santos. Já no dia 19, às 18h00, o

tema SPED Fiscal volta a ser discutido

seguido da palestra “Gestão de

Pessoas”, com Cristiane Pasquinelli.

E como acontece em todos os anos,

o projeto Apras Mulher – braço de

responsabilidade social da entidade

–, em parceria com os expositores, irá

promover a arrecadação de doações

das vitrines de feira. O material

recolhido será repassado para

instituições beneficentes da região de

Londrina.

Page 32: Supermix 135

índiCe de vendas

LIMpEzA, MErCEArIA E BEBIdAS ForAM AS CEStAS quE CrESCErAM no pEríodo

Curitiba Interior do Paraná

Período de Análise – 25/04/2011 a 22/05/2011 Variação Nominal Variação Real**Variação Nominal

Variação Real**

PERÍODO 05 x PERÍODO 04 -13,0% -13,4% -10,6% -11,1%

PERÍODO 05 x MESMO PERÍODO DE 2010 4,9% -1,4% 6,0% -0,4%

ACUMULADO 2011 versus 2010 7,8% 1,6% 8,9% 2,7%

Na análise do acumulado 2011 versus 2010 (períodos 1 a 5),

Curitiba apresentou um crescimento nominal de 7,8%, inferior

à média Brasil de 8,9%. Considerando a inflação de 6,11% no

período, o crescimento real de Curitiba foi 1,7% e do Brasil

foi 2,7%. Ainda no acumulado, todas as cestas apresentaram

crescimento, com destaque para o consumo local (16,9%).

No comparativo do período 05 (entre 25 de abril e 22 de

maio) em relação ao período anterior (entre 28 de março e

24 de abril), as vendas do setor de autosserviço em Curitiba

apresentaram uma queda nominal de 13%, superior a queda da

média Brasil que foi de 10,6%. A cesta de Mercearia teve a maior

retração com variação nominal maior que no Brasil (-42,3% x

-33,1%), em função do retorno aos patamares normais, após os

efeitos de sazonalidade da Páscoa. Enquanto a cesta de Têxtil

*Números de Curitiba e Região Metropolitana com amostragem concentrada nas grandes redes. **Real – deflacionado desde janeiro de 2001 pelo IPCA do IBGE

MeTodoLogiA uTiLizAdA

apresentou o maior crescimento, devido às vendas mais altas

de roupas e calçados com a chegada do inverno.

A metodologia utilizada para coleta dos dados pela Nielsen é a chamada scantrack, que realiza a captura semanal de dados provenientes dos caixas de supermercados colaboradores (leitores ópticos do autosserviço). Possibilita uma análise detalhada das categorias de produtos, semana a semana. O ano scantrack é dividido em 13 períodos de quatro semanas cada. Isso significa que, na maioria das vezes, as informações não são referentes ao mês fechado.

Page 33: Supermix 135

Revista SUPERMIX 33

Importância Per - 28/03/11 a 27/04/11 Brasil Paraná

Período 5

25/04/11 a 22/05/11Variação em

relação ao

acumulado

anterior

(2011x2010)

Variação em

relação ao perío-

do anterior

(04x03)

Variação em

relação ao

mesmo

período do ano

anterior

(o4/11x04/10)

Variação em

relação ao

acumulado

anteior

(2011x2010)

Variação em rela-

ção ao período

anterior (04x03)

Variação em

relação ao mesmo

período do ano

anterior

(04/11x04/10)Curitiba Brasil

VeNdAS ToTAiS 100% 100% 7,8% -13,0% 4,9% 8,9% -10,6% 6,0%

BEBIDAS 31,5% 31,0% 8,6% -9,4% 10,5% 9,7% -13,5% 8,0%

CASA 21,0% 20,7% 8,4% 15,6% 7,8% 9,0% 19,4% 7,7%

CONSUMO LOCAL 9,8% 9,7% 16,9% -3,4% 17,4% 8,1% -4,3% 7,3%

ELETRONICOS 11,2% 10,7% 7,0% 5,4% -12,5% 9,8% 6,8% -5,5%

LIMPEZA 7,5% 7,8% 9,9% 3,4% 14,1% 8,6% 1,7% 10,5%

MERCADORIA GERAL 6,1% 4,0% 5,0% -3,7% 1,9% 9,9% -6,0% 6,3%

MERCEARIA 3,7% 5,7% 9,1% -42,3% 8,6% 7,9% -33,1% 6,2%

OUTROS 4,0% 4,0% 3,8% 2,5% 17,4% 73,1% -2,7% 92,7%

PERECIVEIS (FRESCOS) 4,3% 3,8% 7,8% -3,4% 6,6% 6,9% -6,4% 5,0%

PERFUMARIA 0,5% 2,3% 6,9% 2,9% 8,7% 7,4% 0,6% 8,2%

TExTIL 0,2% 0,2% 2,0% 37,0% -2,3% 5,3% 28,2% 3,2%

Page 34: Supermix 135

Andréa Luy é psicóloga formada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), pós-graduada em Gestão de Pessoas pela

Faculdade Estudos Sociais do Paraná (Fesp) e em Gestão Estratégica do Varejo pela USP/

Provar. É gerente de treinamentos da Academia Empresarial Apras.

A PROFISSãO QUE NãO TEM GêNEROAo analisar o comportamento da força de trabalho feminina no Brasil nos últimos 40 anos, o que chama a atenção é o vigor e a persistência do seu crescimento. A participação feminina no mercado de trabalho brasileiro foi uma das mais marcantes transformações ocorridas no país desde os anos setenta. O Ano Internacional da Mulher, decretado m 1975 pela ONU (Organização das Nações Unidas), dá um forte impulso à organização e aparecimento destes grupos.

Várias são as razões para explicar o ingresso acentuado das mulheres no mercado de trabalho a partir de então. A necessidade econômica, que se intensificou com a deterioração dos salários reais dos trabalhadores, obrigando-as a buscar uma complementação para a renda familiar, é um dos grandes fatores para a inclusão da mulher no mercado de trabalho. Outras causas também explicariam o novo comportamento feminino. Profundas transformações nos padrões de comportamento e nos valores relativos ao papel social da mulher, intensificadas pelo impacto dos movimentos feministas, pela presença feminina cada vez mais atuante nos espaço público e também a falta de profissionais no mercado de trabalho facilitaram a oferta de trabalhadoras.

As mulheres representam mais de 40% da força de trabalho no país, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, esta inserção ainda é preponderante nas ocupações e ofícios que guardam correlação direta com as funções que elas desempenham no espaço doméstico, tendo menor status social e demandando menor qualificação formal; conseqüentemente auferindo menor renda. Muitas são as barreiras, visíveis e invisíveis que mantém as mulheres mais distantes de cargos que até então foram denominados como sendo masculinos. Mas a necessidade e principalmente a luta feminina para conquistar seu espaço profissional têm levado as

mulheres a desempenhar funções diferenciadas muito bem. Muitos trabalhos já estão sendo feitos com grande qualidade e já não são mais vistos por consumidores e clientes como profissões masculinas.

Para podermos visualizar melhor o trabalho de mulheres em cargos até então ditos como masculinos, fomos ver de perto o trabalho de uma açougueira e uma auxiliar de pedreiro, ambas profissionais na cidade de Curitiba. Pedimos a elas que nos contassem brevemente sua história. Confira:

Auxiliar de pedreira

Sandra de Souza Silva de Jesus, 37 anos, tem dois filhos, é formada em magistério (nível médio) e é costureira, função esta que desempenhou por pouco tempo. Trabalha com o marido, José do Carmo de Jesus, há mais de 10 anos fazendo pintura, rejunte, quebra de paredes, preparando argamassa, usando ferramentas como martelos, alicates, pincéis, pás, enxadas, marretas, trenas e outros instrumentos da construção civil. Faz um excelente acabamento nas obras e tem um excelente reconhecimento no setor. Como o próprio marido disse:

artigos

Page 35: Supermix 135

Revista SUPERMIX 35

“Gosto do trabalho da minha mulher por ela ser mais delicada e paciente, tendo uma atenção melhor no que faz, é bem detalhista”.

Conte-nos sua história de como foi trabalhar como servente de pedreiro? [Sandra] Comecei ajudando meu marido em casa. Eu levava a janta para ele, que sempre trabalhou no período noturno na construção de prédios e sobrados. Interessei-me por ajudá-lo e dei início a um trabalho como auxiliar de pedreiro, trabalhando com ele à noite também.

Dizem que a mulher é mais frágil e vaidosa. Como fica isto diante da sua profissão? [Sandra] Acho que a mulher cresce tendo força de vontade, não vejo grandes empecilhos para ela quando deseja fazer alguma coisa.

Você já recebeu críticas ou ouviu piadinhas? [Sandra] Já me chamaram de “maluca” por ter que trabalhar no período noturno. Mas meu marido me incentiva e diz: “Gosto do trabalho da minha mulher por ela ser mais delicada e paciente, tendo uma atenção melhor no que faz, é bem detalhista”.

O que você sonha para um futuro próximo? [Sandra] Meu sonho é trabalhar em conjunto com alguns familiares, quem sabe uma sociedade entre nós, pois o pai do meu marido também é pedreiro.

Açougueira Berenice Rodrigues Januário, 30 anos, tem três filhos. Trabalha com desossa, abastece loja com bandejas de carne, atende muito bem os clientes, ajuda com pedidos e também faz toda a higienização do setor, usando instrumentos como facas, serra-fita, moedores e entre outros. Segundo seu líder de setor, Marcos da Silva, faz um excelente trabalho.

Conte-nos sua história de como foi trabalhar como açougueira? [Berenice] Iniciei no supermercado como zeladora e então vi uma vaga em aberto no setor. Perguntei ao líder se era difícil trabalhar em açougue e pedi uma oportunidade. Ele me disse que eu faria um teste durante uma semana treinando com os cortes de temperados. Passei nesta avaliação e então fui efetivada no setor, passando por treinamento.

Dizem que a mulher é frágil e vaidosa. Como fica isto

diante da sua profissão? [Berenice] Mulher também consegue fazer trabalhos mais difíceis, não é só homem que tem força para esta profissão e consegue carregar caixas com carnes. Pedem cortes especiais para mim, eles pedem pelo meu corte de carnes e dizem: “Berenice, faz daquele jeitinho que você sabe”.

Você já recebeu críticas ou ouviu piadinhas? [Berenice] Recebo críticas, inclusive de colegas homens. Escuto piadinhas como, por exemplo, “você não tem força para carregar uma carcaça”. Mas penso que não precisa carregar carcaça para ser uma boa açougueira.

O que você sonha para um futuro próximo? [Berenice] Meu sonho é crescer na empresa onde trabalho. Tenho uma relação muito boa com o meu líder e ele me incentiva a crescer e construir carreira.

Com dedicação e profissionalismo, a mulher tenta conquistar o padrão de perfeição no trabalho, em especial pela capacidade empreendedora e a seriedade com que enfrenta os desafios que se apresentam. A inserção feminina no mercado de trabalho tem sido competitiva, pois a sua presença frente a esse novo cenário contribui para o sucesso dos negócios dando um toque especial às organizações.

Referência Bibliográfica CABRAL, Márcia Regina; Trabalho de Monografia, O mercado de trabalho na década de 90. Um mundo em transformação. p. 63,1999,Itajaí-sc

Page 36: Supermix 135

36 Revista SUPERMIX

O ano das mulheres

*Bernt Entschev é fundador e presidente do Grupo De Bernt, colunista da Gazeta do Povo,

Revista Supermix e La Nación, comentarista nas rádios CBN Curitiba e 91 Rádio Rock, e

autor do livro Executivos, Alfaces & Morangos.

Pouco mais

de seis

meses

passados

da

presidente

Dilma ter

tomado

posse,

o que se percebe é a confiança nas

mulheres crescer vertiginosamente.

Além de ocupar o principal cargo

do País, Dilma Roussef escolheu dez

mulheres para ajudá-la a comandar

o Brasil nos quatro anos de seu

mandato, a última delas a integrar a

cúpula foi a curitibana Gleisi Hoffmann,

que assumiu a Casa Civil. Não à toa,

com todo o rebuliço que a posse da

presidente causou, não seria diferente

o comentário principal para as

mulheres, em 2011: “este será o ano das

mulheres”.

Engana-se quem pensa que elas

comandam apenas no Governo

Federal. As empresas têm buscado

cada vez mais mulheres para

ocuparem cargos estratégicos, de nível

gerencial para cima. Não é de hoje

que percebemos esse movimento.

Estudos já comprovaram que a mulher

tem conseguido nos últimos anos,

em média, um nível cultural mais

elevado que os homens. Além, é claro,

das múltiplas competências que elas,

naturalmente, possuem. O fato de

a mulher conseguir executar várias

tarefas simultaneamente, por exemplo,

faz com que ela consiga ter uma visão

holística das organizações, o que é

muito útil em cargos estratégicos.

Hoje em dia, um profissional precisa

dominar o negócio, entender a sua

essência, mas, principalmente, saber

lidar com diferentes conflitos ao

mesmo tempo – característica nata da

maioria das mulheres também.

Esse movimento que já vinha

acontecendo nos últimos anos se

fortalecerá ainda mais no Brasil com o

país sendo presidido por uma mulher.

Já podemos observar uma confiança

maior na capacidade das gestoras, por

parte das empresas que atendemos.

Porém, o que ainda preocupa é a

disparidade de salários entre homens e

mulheres. Mesmo elas sendo capazes

de fazer seu trabalho tão bem quanto,

ou melhor que, os homens, elas ainda

saem perdendo no quesito salário.

Entretanto, isso é apenas uma questão

de tempo. A abertura para as mulheres

em níveis de alto escalão já é um

grande passo. O próximo, certamente,

será equiparar as remunerações.

A mulher não precisa perder sua

feminilidade no mundo corporativo.

Mas, controlar suas emoções e evitar

levar as coisas para o lado pessoal serão

atitudes fundamentais para permiti-las

dominar o mercado de vez.

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Page 38: Supermix 135

CURITIBA FAZ PESQUISA INÉDITA PARA AVALIAR ADEQUAçãO à LEI SOBRE GLúTENAPRAS QUER APRIMORAR LEGISLAçãO ESTADUAL PARA EVITAR PERDAS AOS

SUPERMERCADOS E AO CONSUMIDOR

A Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Curitiba acaba de divulgar os resultados de uma pesquisa, inédita no Brasil, desenvolvida para avaliar a adequação dos supermercados à Lei Federal nº 10.674, de 16 de maio de 2003, que obriga os fabricantes de alimentos a incluir nos rótulos dos produtos as inscrições “contém glúten” ou “não contém glúten”. De acordo com a pesquisa, iniciada em setembro de 2009, dos 579 produtos analisados em 27 supermercados da capital, 63 (11%) apresentaram irregularidades. Outros 20 produtos (3,45%) poderiam causar problemas, caso fossem ingeridos, aos celíacos – portadores da doença caracterizada pela intolerância ao glúten.

Os resultados da pesquisa, coordenada pela nutricionista Sabrina Vianna Mendes, foram encaminhados à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e à Secretaria Estadual de Saúde, que determinou aos fabricantes dos produtos com

suporte jurídiCo

Sabrina Vianna

irregularidades o cumprimento da lei. Já os supermercados tinham até 19 de junho para retirar as mercadorias das prateleiras, sob pena de sofrerem as sanções legais, caso não cumpram a determinação. “O problema é dos dois. Se o supermercado compra produtos com irregularidades do fabricante, é co-responsável pela venda e pelas conseqüências que isto pode trazer ao

consumidor”, explica Sabrina.

Solução pelo diálogo

A pesquisa reacende o debate iniciado no ano passado com a entrada em vigor da Lei Estadual Nº 16.496/2010, que obriga os supermercados a terem espaço próprio para expor produtos alimentícios para pessoas com diabetes, intolerantes à lactose e com doença celíaca (leia quadro). Por enquanto, os técnicos da Vigilância Sanitária da Prefeitura de Curitiba e do Governo do Estado ainda não estão fiscalizando o seu cumprimento. “Nós estamos esperando a lei ser regulamentada”, explica a chefe do setor em Curitiba, Ana Valéria de Almeida. A Associação Paranaense dos Supermercados (Apras), contudo, já tem posição clara sobre o assunto. Respeita os portadores destas restrições alimentares e está decidida a encontrar uma solução de comum interesse para o impasse, mas defende um ajuste na lei para evitar prejuízos a todos os segmentos envolvidos no

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Ana Valéria de Almeida

debate. Com este objetivo, a Diretoria e o Departamento Jurídico da Apras estão dialogando com o Governo do Estado e, ao mesmo tempo, concluindo a preparação de uma minuta contendo propostas de adequações ao projeto original. O documento será encaminhado à Assembléia Legislativa.

“Não queremos briga. Só queremos prateleiras com produtos para celíacos”. Se depender da Associação dos Celíacos do Paraná (Acelpar) será possível a construção de um acordo com os supermercados e a Vigilância Sanitária do Paraná para garantir o cumprimento da lei sem prejuízos a nenhum dos segmentos envolvidos na questão. “Não queremos brigar com ninguém. Só queremos o cumprimento da lei”, esclarece a presidente da Acelpar, Solange Cristina do Nascimento. Ela não considera necessário que os supermercados construam grandes espaços físicos destinados aos portadores da doença. “Nós só queremos prateleiras que contenham uma identificação clara de que contêm produtos para os celíacos. Se existem prateleiras com produtos para diabéticos, por que não fazem o mesmo em relação a nós?”, questiona. Por este motivo, Solange avalia que a expressão “espaço único, específico e

de destaque”, contida na Lei Estadual Nº 16.496/2010, precisa ser regulamentada.

A presidente lembra que benefício semelhante já é oferecido por redes de supermercados como o Angeloni e o Hippo, em Florianópolis (SC), que possuem panificadoras específicas para celíacos. Solange também defende uma

Page 40: Supermix 135

40 Revista SUPERMIX

o Que dizem as leis Lei Estadual nº 16.496/2010 Art. 1º. Os mercados, supermercados,

hipermercados ou estabelecimentos

similares que mantenham mais de três

caixas registradoras para atendimento

aos consumidores deverão acomodar,

para exibição em espaço único, específico

e de destaque, produtos alimentícios

recomendados para pessoas com diabetes,

intolerantes à lactose e com doença celíaca.

Lei Federal nº 10.674/2003 Art. 1º. Todos os alimentos industrializados

deverão conter em seu rótulo e bula,

obrigatoriamente, as inscrições “contém

Glúten” ou “não contém Glúten”, conforme o

caso.

Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/

leis/2003/l10.674.htm

Quadro Doença afeta 45 mil no Paraná Não há estatísticas oficiais sobre o número de indivíduos que possuem a doença celíaca no Brasil, mas a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra) estima a existência de um portador para cada grupo de 214 habitantes. Isto equivale a cerca de um milhão de pessoas no Brasil e 45 mil no Paraná. Trata-se de uma intolerância permanente ao glúten (proteína encontrada no trigo, centeio, cevada, aveia e malte), que dificulta a absorção de nutrientes. O intestino delgado é o principal órgão afetado pela doença, que pode ou não apresentar sintomas. Entre eles, estão: diarréia crônica ou prisão de ventre, inchaço e flatulência, vômitos, irritabilidade, e pouco ganho de peso. Os pacientes podem apresentar ainda atraso de crescimento, anemia, osteoporose, esterilidade, abortos de repetição, erupção e coceira na pele ou complicações como o câncer de intestino.

Fonte: Acelpar

Solange

maior oferta de produtos para os portadores da doença, o que reduziria os custos das mercadorias. “A Schär (rede surgida na Itália há trinta anos, líder no mercado europeu) só fabrica produtos para celíacos. Pena que eles não atuem no Brasil”, conclui. A própria Apras, por meio de suas discussões e da revista Supermix, procura incentivar e, até mesmo, propor para a indústria que seja observada nas pessoas com doença celíaca uma oportunidade de mercado e, para os empresários, que se especializem ou passem a importar estes produtos para atender a este mercado.

Cliente pode pagar a conta

O superintendente da Apras, Valmor Rovaris, explica. “Para implantar a lei, nós teríamos que dobrar o espaço físico das lojas, o que implicaria em um aumento médio de 15% dos preços para os consumidores. Isto inviabilizaria o negócio na maioria das lojas, sobretudo as mais antigas e menores, que não têm condições de fazer a ampliação do espaço exigida pela lei”, afirma. “Isto talvez explique o motivo pelo qual o Paraná é o único Estado brasileiro onde existe uma lei como esta”. Rovaris afirma que, em média, 46% dos produtos vendidos nos supermercados não contêm glúten. “Isto significa que, se seguirmos rigorosamente a lei, teremos que construir uma loja própria para celíacos dentro da loja”, opina. Por isso, ele acredita que uma tendência é a criação de lojas especializadas para atender a estes públicos específicos. “Com o número de pessoas com doença celíaca, seriam necessários 12 supermercados pequenos no Paraná e quatro na Grande Curitiba para atender esta demanda”, conclui.

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Page 42: Supermix 135

aConteCeu Comigo

As confusões do troco de R$ 0,01

Em todo o país, pipocam reclamações

de consumidores que exigem receber

seu troco até o último centavo. É claro

que esse é um direito do consumidor,

afinal, com dinheiro não se brinca. Por

outro lado, dezenas de histórias de

intolerância mostram que o cliente

muitas vezes está mais estressado do

que o necessário.

O maior problema, sem dúvida, é

quando a empresa precisa entregar

ao cliente um troco de apenas R$

0,01. A moeda de um centavo está em

falta no mercado. Segundo o Banco

Central, o motivo de haver poucas

moedas circulando é que muitas

pessoas perdem ou guardam em casa

suas moedas. Há até empresas que

fazem estoques de moedas de um

centavo para evitar essas situações

constrangedoras. Mas, quando não

há moeda, o que fazer? Apelar para o

troco em balinhas? Não! A substituição

é totalmente desaconselhada pelo

PROCON e pelas delegacias de Direitos

dos Consumidores.

Então está posto o dilema. Os

PROCONs de todo o Brasil orientam

que, quando a empresa não tem um

centavo para dar de troco, deve dar

cinco centavos, assumindo o prejuízo,

ao invés de prejudicar o consumidor.

Mas o caso real que vamos relatar

a seguir demonstra que há clientes

que parecem mesmo querer causar

confusão.

PEDAGOGOS, PSICóLOGOS E EDUCADORES VIVEM DIZENDO QUE O SER HUMANO APRENDE MAIS COM ExEMPLOS DO QUE COM PALAVRAS. PENSANDO NISSO, DECIDIMOS REUNIR AQUI, NA REVISTA SUPERMIx, HISTóRIAS REAIS DE SITUAçõES DE VENDAS QUE, ACREDITAMOS, PODEM NOS ENSINAR MUITO SOBRE O QUE FAZER – E O QUE NãO FAZER – NO RELACIONAMENTO COM CLIENTES, FORNECEDORES, COLEGAS E CHEFES. COM ESTóRIAS NARRADAS POR ADRIANE WERNER, JORNALISTA E PALESTRANTE NA ÁREA DE COMUNICAçãO E RELACIONAMENTO COM O CLIENTE, A SEçãO ACONTECEU COMIGO É UMA FORMA DIVERTIDA DE APRENDER COM OS PRóPRIOS ERROS.

Page 43: Supermix 135

Revista SUPERMIX 43

Aconteceu em um varejo conhecido

de Curitiba. A atendente do caixa,

percebendo que não tinha uma moeda

de um centavo para dar ao cliente,

deu-lhe uma moeda de cinco centavos,

para evitar qualquer problema. No

entanto, a confusão estava apenas

começando. Por incrível que pareça, o

cliente sentiu-se humilhado ao receber

um troco maior do que o que teria

direito. E bradou: “Não quero esmola!

Quero apenas o meu troco de um

centavo!” E em seguida desfilou uma

série de insultos para a atendente,

chamando a atenção de todos os

clientes da loja. O gerente precisou

intervir para negociar um “deixa disso”.

Agora, passada a confusão, outro

questionamento se apresenta: Por que

as empresas insistem em anunciar

preços como R$ 1,99, ao invés de

fazerem preços redondos para facilitar

seus próprios trocos? O motivo é

simples: provocar no consumidor a

sensação de estar pagando menos. O

efeito psicológico faz o cliente achar

que paga “um real e pouco” e não

“quase dois reais”.

O que propomos aqui, então, é

um consenso entre Banco Central,

Comerciantes e Clientes. Se não há

moedas circulando, se não há previsão

de produção de novas moedas de

um centavo, e se o cliente tem todo

o direito de exigir seu troco, por que,

então, o elo dessa cadeia tem que ser

o maior prejudicado? Os comerciantes

são pressionados pelos órgãos de

defesa dos consumidores e pelos

próprios clientes, mas não têm de onde

tirar moedas. A única coisa que podem

fazer – com um pequeno risco de

prejuízo de marketing – é arredondar

seus preços. E os consumidores,

por sua vez, também devem ter a

consciência de colocar em circulação

as moedas que porventura estejam

guardadas.

Se você também viveu ou presenciou

uma história que pode ser um exemplo

para outras pessoas que trabalham no

varejo, compartilhe conosco! Escreva

para [email protected]

Page 44: Supermix 135

nEStA EdIção: Matemática Básica e Financeira. Veja como a educação corporativa pode ajudar sua loja a aplicá-lo ou melhorá-lo.

isto aConteCe na sua loja?Funcionários que:

• Demonstram muita dúvida quando

precisam fazer contas básicas;

• Têm formação deficitária em

matemática;

• Já demonstraram erros constantes

em situações que exigem raciocínio

matemático;

• São habilidosos, mas precisam de

estímulo.

Como a Academia empresarial Apras pode te ajudar

Formação Básica: Matemática Básica e Financeira

Entre os diversos cursos que a Academia

Empresarial Apras oferece nas diversas linhas

(Formação Básica, Formação Específica, Gestão

e Alta Gestão) está o de Matemática Básica e

Financeira. O curso tem o objetivo de fornecer

informações fundamentais sobre a firmeza em

cálculos, tornando o colaborador apto a executar,

com precisão, cálculos básicos de matemática

que auxiliem os serviços de loja. Ministrado em 12

horas.

Conteúdo Programático:

• Elementos básicos – multiplicação, divisão, soma,

subtração e porcentagem;

• Capitalização simples;

• Juros, taxas de juros, capital e montante;

• Descontos: racional, comercial, bancário, taxas

equivalentes, nominais e efetivas;

• Capitalização Composta;

• Juros, taxas de juros, capital, montante;

• Taxas equivalentes, taxas nominais e efetivas;

• Data focal;

• Capitais equivalentes;

• Valor do dinheiro no tempo;

• Anuidades;

• Sistemas de amortização;

• HP.

Público: Colaboradores e comunidade.

Mais informações pelo telefone: (41) 3263-7000.

aCademia empresarial apras

Page 45: Supermix 135

No último dia 15 de junho, os associados da Apras e

convidados do setor de varejo curitibano estiveram na sede

da entidade para ouvir palestra de Carlos Eduardo Santos,

diretor da Plastrom Sensormatic e executivo de varejo nas

áreas de Auditoria, Riscos e Prevenção de Perdas, e professor

de cursos de extensão de Prevenção de Perdas do Provar/

FIA e do MBA de Segurança Empresarial da FECAP/Brasiliano

& Associados. Ele falou sobre conceitos e modalidades de

perdas, estatísticas e o principal macro processo gerador de

perdas no recebimento, estoque, área de vendas e frente de

caixa. Estiveram presentes aproximadamente 60 pessoas,

entre empresários e profissionais da área de segurança, e

todos puderam tirar suas dúvidas logo após a exposição.

“a segurança das lojas e a redução das perdas”

“sped - sistema púBlico de escrituração digital, caminhos e soluções”

Page 46: Supermix 135

aCademia empresarial apras

No mês de junho, mais duas cidades puderam participar

da palestra informativa sobre o SPED Fiscal. Foz do Iguaçu

contou com a presença do professor e empresário Viniccius

Feriato, sócio-proprietário da Controlsul Consultoria

Empresarial. A Apras teve o apoio da Associação Comercial

de Foz do Iguaçu (ACIFI). A cidade de Guaratuba recebeu

o professor e empresário João Gelásio Weber, sócio-

proprietário da Trier Consultoria e Contabilidade e vice-

presidente da Câmara de Registro (contadores de Curitiba).

A palestra recebeu aproximadamente 60 empresários

e contadores da cidade e da região do litoral. A Apras

agradece também, em especial, à Câmara Municipal de

Guaratuba, na pessoa do presidente, Paulo Araújo, pela

recepção de nossos convidados e também à Associação

Comercial de Guaratuba, na pessoa do presidente, Fausto

André da Mota, pelo apoio e divulgação do evento.

A cidade de Irati recebeu, no dia 14 de junho, o empresário

e professor Christian Nogarotto, diretor da Câmara de

administração do capital de giro

curso gestão da informação (ti) – 40h/aula

curso formação gerencial no varejo – 200h/aula

gestão

Consultoria e Treinamento empresarial e consultor na área

de administração empresarial. Ele trouxe aos comerciantes

a palestra “Administração do Capital de Giro – A teoria na

prática”. Ele abordou o assunto sob enfoque da estrutura do

balanço, ciclo financeiro, fatores geradores da falta de capital

de giro, entre outros. Aproximadamente 40 empresários

estiveram presentes e puderam tirar suas dúvidas em meio

a uma palestra participativa junto com o professor. A Apras

agradece a Associação Comercial Industrial e Agropecuária

de Irati (ACIAI) na pessoa de sua presidente, Maria Fátima

Jenczmionki, por receber os convidados e também à Câmara

de mulheres de Irati e ao jornal Folha de Irati pela divulgação

e apoio. Os empresários, inclusive, pediram um curso para

melhores esclarecimentos do assunto e isto já está sendo

providenciado. Mais informações com Simone na ACIAI pelo

telefone (42) 3423-1091 ou com Andréa, na Apras, pelo (41)

3263-7000.

A Apras está lançando um novo curso na Academia: Gestão

da Informação. Um curso que visa capacitar profissionais

em organização interna das empresas, no controle de

produtos desde o momento de compra, entrada em loja,

estoque, venda e saída final do produto, levando em conta

a Tecnologia de Informação. Um trabalho que será feito para

auxiliar as empresas no funcionamento do SPED Fiscal. O

curso vai trabalhar com módulos na área econômica, fiscal,

gestão e controle operacional, contabilidade e controladoria,

classificação de produtos e precificação, e centro de

processamento de dados (CPD).

Novas turmas em julho e agosto nas cidades de Curitiba,

Cascavel, Londrina e Maringá.

A Apras de Maringá deu inicio à turma 36 e Londrina deu

início à turma 37 do curso de Formação Gerencial no Varejo,

com um grupo de aproximadamente 20 alunos. Eles estão

tendo a oportunidade de se profissionalizar e se requalificar

depois de alguns anos. Um curso que tem chamado a

atenção de gestores (gerentes e encarregados) e também de

Page 47: Supermix 135

curso de gestão técnico-operacional de loja – 80h/aula

curso Básico de cartazista – 08h/aula

formação especÍfica

empresários. A próxima turma terá início em Foz do Iguaçu e

novas turmas já estão abertas para inscrição no estado.

Novas turmas em julho e agosto nas cidades de Ponta

Grossa, Cascavel, Curitiba e Maringá.

A Academia Empresarial Apras está com as inscrições

abertas para o curso de Gestão Técnico-operacional de Loja.

O curso tem como objetivo desenvolver funcionários que já

atuam nas lojas, formando-os técnico e operacionalmente

para tornarem-se encarregados e líderes de setor. Conteúdo

programático: Visão Econômica do Varejo; Gestão

Operacional; Gestão Comercial; Gestão Administrativo-

financeiro; Gestão de Perecíveis; Gestão de Frente de Caixa; e

Gestão de Pessoas

Novas turmas em julho e agosto nas cidades de Curitiba,

Londrina, Pato Branco, Maringá e Ponta Grossa.

No dia 16 de junho foi ministrado mais um curso de

Comunicação Visual I: Básico em Cartazista. A nova turma de

cartazistas foi treinada pelo professor Anselmo dos Santos

Revista SUPERMIX 47

Page 48: Supermix 135

aCademia empresarial apras

Empresas varejistas estão buscando o trabalho da Academia

Empresarial Apras e pedindo cursos que sejam trabalhados

na modalidade in company. É um novo trabalho que

tem como objetivo proporcionar ações mais dirigidas

e atendendo as particularidades do empresário, com

datas, horários e locais programados, disponibilizando

seus profissionais em momento e tempo adequado à sua

agenda. A Casa China, empresa varejista, buscou um curso

da Apras que foi realizado exatamente nesta modalidade in

company – o curso de Atendimento ao Cliente, ministrado

pela empresária e professora Adriane Werner (especialista

nas áreas de comunicação, oratória, comunicação para

vendas e postura profissional). Os profissionais também

fizeram o curso Técnicas de Vendas, ministrado pelo

consultor e professor Nelson Guimarães (Liderança,

Administração e Marketing de Vendas). Ao todo, foram

treinados 53 alunos entre profissionais do setor operacional

e de gestão de loja. Os alunos saíram muito satisfeitos e a

empresa diz estar aplicando o curso em loja.

Procure a equipe da Apras para pedir os cursos que poderão

ser realizados na sua cidade e também na sua loja!

A sede da Apras de Londrina e seu laboratório de Padaria Tia

Ofélia estão programando novas turmas para formação em

Padaria e Confeitaria em diversos níveis. Informe-se sobre

as datas e inscrições. Público de colaboradores do setor de

padaria, confeitaria, comunidade e interessados que não

conhecem o setor.

soB medida

curso Básico de padaria e confeitaria – 20h/aula

varejo procura aulas adaptadas às necessidades do empresário

no dia 14 de junho. Os alunos aprenderam as técnicas de

confecção de cartazes utilizando um material de qualidade,

entre eles tintas da empresa Metiq e os cartazes da Casa do

Cartazista. Agradecemos a vocês pela parceria!

Novas turmas em julho nas cidades de Cascavel, Maringá,

Londrina e Curitiba.

Page 49: Supermix 135

A Academia Empresarial Apras tem buscado parcerias com

universidades e faculdades em Curitiba e em todo o Paraná

a fim de proporcionar ao associado varejista e fornecedor

cursos dirigidos, buscando atender suas necessidades

básicas. Algumas delas já estão solidificadas e outros

cursos estão sendo lançados no ano de 2011. A Apras vem

anunciando aos seus associados o curso do EAD – Educação

à Distância da Uninter. São cursos de qualidade oferecidos

nas modalidades presencial e semipresencial. A Uninter

tem uma excelente estrutura de Comunicação à Distância

e conta com uma forte equipe de professores. A academia

está elaborando novos cursos e também vem atendendo

às necessidades do varejo. Mais uma forma que a Apras

encontrou para atender os municípios do Estado que

precisam de educação e formação profissional sem tirá-

los de suas cidades. Participe de nossas reuniões e venha

conhecer melhor o EAD. O Corpo Docente será composto

por professores das universidades parceiras e professores

convidados especializados no setor supermercadista.

A Apras Curitiba teve sua reunião do comitê de RH no

dia 8 de junho. Neste encontro, estiveram reunidos

empresários, profissionais de RH e do Departamento

Pessoal, que representaram empresas supermercadistas.

A reunião contou com a presença de Dórian Bachmann,

sócio-proprietário do Centro de Pesquisas Bachmann &

Associados, que apresentou os índices de rotatividade de

2010 da classe supermercadista. O principal objetivo da

reunião foi trazer mais informações sobre a NR12, uma

normativa que teve alterações em dezembro de 2010 e que

pontua maiores cuidados com equipamentos utilizados nas

lojas de supermercados. A Apras contou com o auxílio de

parceria academia empresarial apras e faculdades do paraná

comitê de recursos humanos

Curitiba Tecnologia em Gestão Comercial - Universidade Positivo

Novo vestibular agendado até dia 24 de julho de 2011

Informações no Centro Tecnológico Positivo (41) 3322-8944

Se a sua empresa, fornecedor ou supermercadista, tem interesse em patrocinar a Academia Empresarial Apras, por favor entre em contato com o departamento comercial e informe-se sobre as modalidades de patrocínio. Em breve, a programação completa dos cursos da Academia Empresarial Apras estará disponível no site: www.academiaapras.com.br

Kleber de Souza Moura, técnico de Segurança no Trabalho,

e de Jefferson Krainer, advogado trabalhista. Foi feita

uma explanação da NR12, mostrando a todos os maiores

problemas com a manipulação de máquinas que causam

perigo ao trabalhador, bem como as ações jurídicas como

conseqüência da falta de cuidados com o colaborador.

A Apras agradece a todos os profissionais que trouxeram

informações neste momento!

Londrina

(43) 3323-7935

[email protected]

Maringá

(44) 3031-6622

[email protected]

Curitiba

(41) 3263-7000

[email protected]

Pato Branco

(46) 3224-5495

[email protected]

Ponta grossa

(42) 3236-3077

[email protected]

Foz do iguaçu

(45) 3223-9995

[email protected]

Cascavel

(45) 3223-9995

[email protected]

Revista SUPERMIX 49

Page 50: Supermix 135

espaço apras

LONDRINA PREPARA COSTELA EM FOGO DE CHãO “Churrasco, bom chimarrão, fandango, trago e mulher [...]”. Foi no ritmo gaudério da música “É disso que o velho gosta”, do

Gaúcho da Fronteira, que a regional da Apras em Londrina promoveu a Costela de Chão, no Clube de Tradição Gaúcha no

dia 26 de junho. Com salão lotado – aproximadamente 1100 pessoas participaram do almoço – e embalado pelos passos da

típica dança gaúcha, o Padre Silvio abençoou todos os presentes que saborearam deliciosas costelas de boi assadas em fogo

de chão. O almoço foi patrocinado por Casa Conti [refrigerantes]; Copacol [lingüiças defumadas]; Sadia [bacon]; Tio João

[arroz]; Itaipava [cerveja]; Nestlé [água mineral] e Yoki [farofa] e teve a degustação das seguintes empresas: Sávio [sorvetes];

Itamaraty [café]; Chá Mate 81 [chimarrão] e Cia. Melhoramentos [papel toalha]. A regional oferece um agradecimento espe-

cial aos diretores e companheiros que trabalharam no evento, desde a preparação até o final da festa!

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Lançamentos

rexona Women lança anti-transpirante refrescante

zaeli amplia linha de soBremesas e lança figo em caldas

turma da mônica apresenta linha para caBelos cacheados

seda lança linha com extratos de origem natural

A novidade chega para complementar a linha Intensamente Cremosa de Activia, lançada em novembro de 2010 para incentivar o consumo de produtos lácteos para além do café da manhã: o novo sabor Creme de Maracujá. A linha, que possui outros dois sabores – Papaya com Cassis e Torta de Limão – contém o exclusivo probiótico Dan Regularis, baixo teor calórico e estão disponíveis em bandeja de 200 gramas.

Alimentos Zaeli apresenta mais uma novidade no segmento de doces e festas, o Figo em Calda. Muito apreciado na culinária de diversos países, o figo é uma fruta energética, rica em fósforo, potássio e cálcio. Disponível na versão de 450g – com preço médio de R$ 8,35 – um dos diferenciais do produto é o sabor doce e agradável, além do tamanho pequeno e uniforme, o preferido pelos consumidores.

A Kimberly-Clark Brasil, multinacional do segmento de higiene pessoal e doméstica, criou sua linha de produtos Huggies Turma da Mônica Cacheados. O personagem Anjinho é o protagonista da linha composta por shampoo, condicionador e anti-frizz. Os produtos possuem ativos emolientes e hidratantes, que auxiliam na manutenção dos cachos e toda a linha possui fórmulas testadas dermatológica e oftalmologicamente.

Os benefícios cosméticos dos ingredientes naturais potencializados por uma moderna tecnologia no cuidado com os cabelos. Essa é a proposta da nova linha Seda Pro-Natural, que chega ao mercado em três variantes e fragrâncias inspiradas nos ativos naturais. Co-criados pelo expert internacional Jamal Hammadi, os produtos possuem em sua formulação micromoléculas que permitem melhor penetração dos nutrientes nos fios.

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53 Revista SUPERMIX

palmolive naturals Kids apresenta novas em-Balagens

activia intensamente cremoso agora no saBor creme de maracujá

nestlé traz Kit Kat para o Brasil

BomBril lança produto para acaBar com su-jeiras e manchas dos carpetes

A líder no segmento Kids para cuidados com os cabelos foi ouvir o que as crianças tinham a dizer para desenvolver as novas caras para as embalagens de suas linhas de shampoos, condicionadores e cremes para pentear. A opinião dos pequenos ajudou a criar frascos mais divertidos, com tampas coloridas e personagens mais humanizados em seus rótulos. A promoção é por tempo limitado.

Atenta à crescente demanda dos consumidores por alimentos completos e práticos, a Tirol apresenta ao mercado a linha de Leites Premiare em embalagens Tetra Pak com tampa de rosca. São três novos produtos - integral com adição de ferro e vitaminas; semidesnatado com baixo teor de lactose; e desnatado com cálcio - comercializados nos principais pontos de vendas na versão de um litro.

A Bombril acaba de incrementar sua cesta de limpeza com mais uma inovação na linha Vantage, reconhecida como aliada na retirada de manchas em diversos tecidos. Trata-se do Vantage Karpet, produto formulado para acabar com a sujeira dos carpetes e tapetes. Seus diferenciais são a eficiência em retirar as manchas mais difíceis, inclusive as secas, fácil aplicação e qualidade. Está disponível em embalagens de 500ml.

O chocolate da Nestlé mais vendido no mundo chegou ao Brasil. Atendendo aos pedidos dos consumidores, a Nestlé inicia a venda de Kit Kat no mercado brasileiro. Estará disponível inicialmente na versão “Four finger” (45g), formada por quatro pequenas barras, no tradicional sabor chocolate ao leite com wafer crocante. O preço médio sugerido de cada item será R$ 2,50.

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