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--- Experiência no ponto de venda: Como a tecnologia pode transformar o ato da compra.

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sumário

InstItucIonal Série de reportagens: como se diz, quem não se comunica...

MatérIa de capaInteratividade: a experiência de consumo no ponto de venda

eVentos Supernorte leva mais negócios ao Norte do Paraná

calendárIo Dia das Crianças: ações de marketing precisam conquistar os pais

VareJoEmpresário deve estar atento aos novos anseios do consumidor

perFIl“A vida é feita de escolhas”, afirma José Luiz Pauluci

NoTíCiAs (08)

ENTrEVisTA (20)

rEsp.soCiAl (36)

DEsiGNNopDV (38)

ArTiGos (40)

suporTEJuríDiCo (44)

ACADEmiAEmprEsAriAl (50)

EspAçoAprAs (58)

lANçAmENTos (60)

EspAçoDolEiTor (62)

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48 28

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pAlAVrADoprEsiDENTE

Pedro Joanir Zonta

Presidente da Apras

Sempre foi uma preocupação do setor supermercadista

atender bem aos seus consumidores e lhes oferecer

produtos de qualidade – sejam eles perecíveis ou não –

num ambiente organizado, limpo, de fácil acesso, preços

competitivos e bom atendimento. A evolução de nossos

supermercados, em termos de lojas, equipamentos e

procedimentos de segurança é comparável aos países mais

desenvolvidos. Somos o primeiro setor em atendimento

direto ao consumidor, com emissão, só no Paraná, de 30

milhões de cupons fiscais por mês e o quinto setor em

reclamações junto ao Departamento de Proteção e Defesa

do Consumidor (DPDC). Nos últimos 15 anos, fomos

responsáveis, juntamente com nossos fornecedores, por

uma produtividade contínua, que nos permitiu oferecer um

produto com preço médio ao consumidor, com correção de

apenas 50% da inflação média (IPC/FGV) deste período.

Apesar de todos estes esforços, os supermercadistas travam

diariamente verdadeiras batalhas para se adequarem às

inúmeras exigências impostas pelo poder público e por

setores organizados dos consumidores. Politicamente, é

interessante legislar sobre o setor e, por isso, presenciamos

uma grande quantidade de exigências, leis e regulamentos,

que tramitam no Legislativo, Executivo, Ministério Público e

Judiciário. São mais de mil leis tramitando, que de alguma

forma atingem o setor supermercadista. Muitas delas

trazem custos de operação agregados e nem sempre

trazem vantagens ao consumidor, acabando por onerar

ou representar um acréscimo de custo para eles e, ainda,

muitas delas são inviáveis na sua aplicação ou não têm uma

avaliação mais precisa sobre a relação custo/beneficio.

Consideramos totalmente pertinente todo e qualquer

esforço no sentido de oferecer um melhor atendimento

ou serviço prestado aos consumidores e esta é também

nossa constante e maior preocupação. Como presidente

desta entidade, posso afirmar que inúmeros são os

trabalhos realizados pela Apras – Associação Paranaense

de Supermercados –, na tentativa de profissionalizar os

colaboradores que trabalham no setor, melhorar processos e

formas de gestão. A própria revista Supermix é um exemplo

de nossa preocupação em levar aos associados informações

que possam ser aplicadas no dia-a-dia e transformar o varejo

num celeiro de qualidade e excelência na prestação de

serviços.

O recente projeto de educação corporativa lançado pela

entidade, a Academia Empresarial Apras, é também exemplo

da dedicação de todo o setor na busca por oferecer o

melhor para os consumidores. E o nosso trabalho não

pára por aqui. Estaremos sempre procurando maneiras

de agregar qualidade aos nossos serviços. Diante disto,

consideramos que o segmento deve estar ainda mais

unido para buscar um maior equilíbrio para setor e sua

participação, caro supermercadista, é de fundamental

importância, para termos mais chances de mostrar

esta realidade aos governantes e a sociedade. Seja um

multiplicador você também destas ideias.

Uma ótima leitura.

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Caro Leitor

EDiToriAl

Você deve concordar que ser consumidor nos dias de hoje não é tarefa muito fácil. Basta observarmos a quantidade de produtos que são lançados pela indústria diariamente. Comprar pão é praticamente impossível se você não pensar em detalhes como: quantos grãos, integral, centeio, leite, água, manteiga, broa, fatiado, italiano, entre tantos outros. Considerando o tempo como fator determinante na hora de escolher qual produto levar, certamente, aquele que não estiver bem posicionado na gôndola e distante da necessidade do consumidor vai sair perdendo para a concorrência.

Digo isso porque hoje comprar não é mais apenas uma ação – transformou-se em uma experiência. Caso o consumidor não perceba esse valor agregado no seu ponto de venda, ele vai certamente optar por um lugar que ofereça essa experiência. Por isso, nossa matéria de capa desta edição fala sobre a “Experiência de Consumo no Ponto de Venda”. Nossa equipe ouviu grandes profissionais da área de tecnologia, marketing e design para trazer aos leitores ideias de como tornar a loja um ambiente de interação e, principalmente, decisão para o consumidor.

No mais, temos procurado manter o padrão das informações divulgadas na revista, sempre ouvindo especialistas de áreas de fundamental importância para o varejo. Além disso, exemplos e casos de sucesso compõem o conteúdo editorial da Supermix, de maneira a tornar sua leitura mais agradável e de fácil compreensão. Assim como promovemos a integração no ponto de venda, convidamos você a ter uma excelente experiência de leitura nas próximas páginas.

Aproveito a oportunidade para convidar o leitor a participar da revista com sua opinião, críticas e sugestões.

Boa leitura! Camila Manssour Tremea Coordenadora de Comunicação

PresidentePedro Joanir Zonta (Condor Supermercados)Primeiro Vice-PresidenteLuiz Mauricio K. Hyczy (Supermercados Superpão Ltda.)Vice-Presidente FinanceiroDaniel Kuzma (Kusma & Cia LTDA)Vice-Presidente de PatrimônioJoão Jacir Zonta (Comercial Alimentos Zonta)Vice-Presidente de CapacitaçãoMauricio Bendixen da Silva (Walmart Brasil.)Vice-Presidente de Relações PúblicasJosé Eduardo Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA)Vice-Presidente SegurançaLuiz Alberto Leão (Condor Supermercados)Vice-Presidente EventosEverton Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA.)Vice-Presidente ExpansãoAlceu Breda (Fadaleal Supermercado LTDA)Vice-Presidente de Segurança AlimentarNelvir Rickli Junior (Supermercado Rickli)Vice-Presidente Relações SindicaisAdemar Vedoato (Supermercados Viscardi)Vice-Presidente Adjunto Paulo Beal (Supermercado Beal)Vice-Presidente Adjunto Celso Luiz Stall (Supermercado Stall LTDA)Vice-Presidente Adjunto Silvio Koltun Alves (Mercantiba Supermercado LTDA.)Vice-Presidente Adjunto Alceu José Tissi (Supermercados Tissi LTDA)Vice -Presidente AdjuntoCezar Moro Tozetto (Tozetto & Cia LTDA)Conselho Fiscal EfetivoRodolfo PankratzHaroldo Antunes DeschkDercio Domingos de CostaConselho Fiscal SuplenteJoão Batista Moreira dos SantosEdson ZamprognaClaudia Maria DalmoraPresidente Regional Sul - Ponta GrossaSergio Jasinski (Supermercado Jasinski)Presidente Regional Norte - LondrinaValdeci dos Santos Galhardi (Irmãos Muffato & Cia LTDA)Presidente Regional Oeste - CascavelLuciano Fabian (Supermercado Fabian)Presidente Regional Sudoeste - Panto BrancoVinicius Lachman (Nestor Lachmann & Cia LTDA)Presidente Regional Noroeste - MaringáRoberto Burci (Supermercado Bom Dia Burci)Presidente Regional Norte Pioneiro - JacarezinhoLuiz Yoneo Ueda (Supermercado Ueda Bandeirantes)Presidente Regional - IratiPaulo César Ivasko (Supermercado Ivasko)Presidente Regional - GuarapuavaDaniel V. Hyczy (Supermercado Superpão)Conselho PermanenteEverton MuffatoPedro Joanir ZontaRuy SenffSidney SchnekembergEduardo Antonio DalmoraRomildo Ernesto ConteRoberto DemetercoSuperintendenteValmor Antônio RovarisDiretor ComercialWalde Renato Prochmann

Vice-Presidente de Relações PúblicasJosé Eduardo Muffato Diretor ComercialWalde Renato ProchmannConselho Editorial Camila Manssour Tremea e José Eduardo NasserRedaçãoFabio Pinheiro Departamento ComercialPatrícia Bernardi e Rosicléia JonasFone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513E-mail: [email protected] Gráfico Zeh Henrique Rodrigues (Brainbox Design Estratégico)DiagramaçãoSamuel RodriguesRevisãoPaulo Roberto Maciel SantosFotosAlex SantosPré-Impressão (CtP) e ImpressãoMaxi Gráfica e Editora Ltda.Tiragem13.000 exemplaresDistribuição NacionalEnviada aos supermercados e atacadistas do Brasil.A revista Supermix é patrimônio da APRAS –Associação Paranaense de Supermercados – e também seuórgão oficial de divulgação.Avenida Souza Naves, 535 – CEP 80050-040Fone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – [email protected] / www.apras.org.brOs artigos assinados são de total responsabilidade de seusautores e não refletem necessariamente a opinião da revista.Todos os direitos reservados.

DIRETORIA EXECUTIVA

TRIÊNIO 2009/2012

imprEssãoA Apras, consciente das questões ambientais e

sociais, utiliza papéis com certificação FSC ( Forest

Stewardship Council) na impressão deste material.

A certificação FSC garante que uma matéria-prima

florestal provém de um manejo considerado social,

ambiental e economicamente adequado. Impresso

na Maxi Gráfica e Editora Ltda. - certificada na cadeia

de custódia - FSC

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NoTíCiAs

Dia Dos Pais: hora De lucrar mais ( Comemorado no segundo domingo do mês de agosto, o Dia dos Pais é, para o varejo, a data que está em quarto lugar em maior movimento. Em 2009, foi registrado incremento na ordem de 5% nas vendas, mesmo com o país ainda se recuperando da crise mundial. Para 2010, a expectativa também é positiva. Apesar dos supermercados não serem a opção mais procurada para compras de presentes, algumas iniciativas podem ajudar a estimular os negócios.

De acordo com pesquisa da Associação Comercial de São Paulo, liderando o ranking dos presentes mais procurados pelos consumidores está o setor de vestuário e calçados (56%), seguido por perfumes e cosméticos (8%) e relógios (5%). Mas os especialistas lembram que os supermercadistas podem reverter o quadro focando as campanhas promocionais nas esposas e filhas e definindo linhas de presentes com kits de produtos. A idéia é oferecer grupos de produtos voltados a cada perfil de pai (cozinheiro, esportista, churrasqueiro). Cada kit deverá também trazer um produto mais caro, que funcionará como presente. Nesta linha, as bebidas são ótimas opções. Um vinho pode ser oferecido junto com queijos e acessórios como saca-rolhas, taças e suporte. Algumas sugestões são no sentido de dispor uma ilha com kits na entrada da loja, associar a seção a cada tipo de pai, para facilitar o entendimento e ainda trabalhar a campanha também no tablóide semanal, com fotos alusivas aos tipos de pai ao lado de produtos associados.

Aparelhos eletrônicos também podem representar boas opções de vendas. As novidades lançadas durante a Copa do Mundo podem se transformar num chamariz. Uma estratégia de venda do produto com maior valor agregado é a parceria com fornecedores. A Vivo, por exemplo, estará disponibilizando produtos e aparelhos no Paraná em redes como Angeloni, Big e Walmart, ou em quiosques na rede Super Dip. )

comércio eletrônico gira us$ 8,7 bilhões ( Comemorado no segundo domingo do mês de agosto, o DUm estudo divulgado pela consultoria Everis mostra o Brasil na ponta em vendas no comércio eletrônico (e-commerce) em comparação com outros países da América Latina, prova da maturação dos negócios via internet no País.

Com base na pesquisa realizada em 41 países, o mercado brasileiro alcançou a marca de US$ 8,7 bilhões em transações nas vendas on-line. A cifra representa um aumento de 10,3% perante o registrado em 2008. No ranking geral de vendas, o primeiro lugar é ocupado pelos Estados Unidos, com um movimento anual de US$ 134,9 bilhões, seguidos pelo Japão, com US$ 51,2 bilhões, e pela China, com US$ 36,9 bilhões. O relatório aponta ainda que em 2009 as vendas eletrônicas alcançaram, em todo o mundo, a marca de US$ 502,1 bilhões, um aumento de 4,5% em relação às de 2008, o dobro do valor apresentado em 2004. Deste total de vendas, 82,3% se concentraram nos países desenvolvidos. A média proporcional geral entre o volume de vendas eletrônicas e o PIB foi de 0,88%. Dos 41 países analisados, 16 superam a proporção de 1%: Coreia (1,63%), Hong Kong (1,45%) e Hungria (1,39%) são os três países com índice mais elevado.

“O comércio eletrônico está em rápida expansão em todo o mundo. Mesmo com a forte crise financeira internacional ocorrida no ano passado, o crescimento das vendas eletrônicas não sofreu diminuição. Ao contrário, as vendas mundiais, em dólares, aumentaram 4,5%, com destaque para os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), onde o aumento foi de 15,8%, e para a América Latina, que registrou um aumento de 10%”, analisa o presidente da Everis Brasil, Teodoro López. Fonte: DCI )

comércio Do Paraná é o que mais emPrega e fatura no sul ( No ano em que a economia foi atingida pela maior crise das últimas décadas, o comércio paranaense apresentou desempenho invejável. Além de formarem o terceiro maior pólo comercial do país em receita bruta (atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais), as empresas no Paraná passaram em 2008 a ser também as que mais empregam na Região Sul. Naquele ano, os 118,5 mil varejistas e atacadistas paranaenses empregaram 621,5 mil pessoas e faturaram R$ 126,6 bilhões. Com isso, responderam por 38,6% de toda a movimentação financeira do comércio sulista. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O principal motor do Paraná esteve no varejo e, mais

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especificamente, nas pequenas lojas. Enquanto no Brasil se destacam os números do segmento de veículos, no estado foram as áreas de vestuário e alimentos. “O comércio de menor porte vem crescendo já há algum tempo na esteira de benefícios fiscais, como o regime de tributação Simples”, cita o assessor econômico da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio-PR), Vamberto Santana. Hipermercados e supermercados, segmento específico que é o maior empregador do comércio, também aumentou seus quadros de funcionários, mas num ritmo menor: 1,9%, para 63,8 mil pessoas.

“O comércio do Paraná segue de perto a distribuição verificada nacionalmente, com o atacado se destacando em receita e o varejo em número de empresas pessoal

alimentos PerDem esPaço no orçamento Das famílias ( Os alimentos perderam espaço no orçamento das famílias, segundo levantamento divulgado também pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 1974/1975, essas despesas representavam 33,9% dos gastos de consumo das famílias. Em 2008/2009, essa proporção caíra para 19,8%.

No mesmo período, ganharam espaço, principalmente, os gastos com habitação, que passaram de 30,4% para 35,9%; e transporte, de 11,2% para 19,6%. A diferença é ainda maior na área rural: nesses locais, a participação dos alimentos nos gastos de consumo das famílias caiu de 53,2% em 1974/1975 para 37,6% em 2008/2009. Nessas regiões, os gastos com transporte, por sua vez, cresceram de 7,5% para 20,6% no mesmo período.

Em 2008/2009, a despesa média mensal familiar com alimentação foi de R$ 421,72. A despesa total com

alimentação das famílias de renda mais alta (acima de R$ 10.375) foi quase seis vezes maior do que nas de renda mais baixa (até R$ 830).

Na última pesquisa, 64,5% das famílias declararam ter alimentos suficientes para chegar ao fim do mês – acima da porcentagem de 53% verificada em 2002/2003. Ainda no levantamento mais recente, 75% das famílias declararam ter algum grau de dificuldade para chegar ao fim do mês com seus rendimentos.

Rendimento e despesa

Em 2008/2009, o rendimento médio mensal familiar no Brasil era de R$ 2.641,63. Os 40% de famílias de menor renda possuíam despesa per capita de R$ 296,35, enquanto os 10% com maior renda tinham despesa de R$ 2.844,56 – uma diferença média de 9,6 vezes. Em média, a família brasileira gasta R$ 2.626,31 por mês. O maior gasto é o das famílias do Sudeste, de R$ 3.135,80, quase o dobro do que gastam as do Nordeste, que têm a menor despesa, de R$ 1.700,26. Fonte: G1(em São Paulo) )

empregado”, afirma Fábio Carvalho, técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. Esta pesquisa tem caráter estrutural. “Há menos análise dos números porque sua função é apresentar os dados gerais do setor”, explica. No Paraná, o comércio é altamente concentrado no atacado. No Brasil, 44,6% da receita setor está nas mãos dos atacadistas. No Paraná, essa fatia é de 49,4%, enquanto em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, ela fica em torno dos 40%. Uma das explicações estaria na localização geográfica do estado, que propicia a instalação de centros de distribuição de produtos para outros estados. Texto editado e extraído do jornal Gazeta do Povo )

Foto: Editoria de Arte/G1

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nestlé monta suPermercaDo flutuante na amazônia ( Flutuar para conquistar novos clientes. A ideia foi adotada primeiramente pelo Banco Bradesco, que criou no ano passado uma agência fluvial. A Caixa Econômica Federal também já abriu licitação para contratar um barco. Em junho, a Nestlé, maior empresa de alimentos do mundo, inaugurou um “supermercado flutuante” para atender as comunidades ribeirinhas da Amazônia. Um barco todo envelopado com a logomarca da companhia deixou o porto de Belém com destino a outras 18 cidades do Pará. Nas prateleiras, apenas produtos Nestlé – de papinha para crianças e sorvetes a ração para cães.

A empresa investiu cerca de R$ 1 milhão neste projeto e espera que em torno de 800 mil pessoas por mês passem pelo “supermercado”. O barco vai navegar pelo Rio Pará passando por 18 cidades diferentes. Ele vai ficar parado um dia em cada uma delas. A iniciativa faz parte do programa “Nestlé até você” e tem como objetivo atingir um público de classes C, D e E. “Queremos entender e ter mais contato com o consumidor de baixa renda, com produtos diversificados e canais diferentes de venda”, disse Alexandre Costa, diretor de regionalização da Nestlé Brasil. Fonte: Agência Estado )

orgânicos conquistam os suPermercaDos ( A preocupação do grande varejo em aliar consciência social e ambiental a uma melhor qualidade de vida para o consumidor tem estimulado o investimento em marcas próprias e na divulgação dos benefícios dos alimentos orgânicos, dando visibilidade a produtores de frutas e hortaliças nas gôndolas de supermercados.

O fornecimento direto para o varejo é feito, normalmente, por meio de parcerias com distribuidoras certificadas. “A

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distribuidora dá assistência técnica, acompanha o cultivo e responsabiliza-se pela compra de 100% da colheita. O agricultor sabe para quem vender”, afirma Marco Giotto, sócio da Rio de Una Alimentos, em São José dos Pinhais (PR). Ele diz ainda que os supermercados são o principal canal de comercialização. “As feirinhas orgânicas ainda são pouco representativas do ponto de vista do escoamento da produção”, avalia. A venda via distribuidora, normalmente é consignada e o comprador é exigente. “Não é porque o produto não recebeu agrotóxico que o agricultor pode entregar salada com bicho. Eles cobram qualidade”. A logística é outro desafio. “Entregamos de loja em loja, três vezes por semana. Para o produto chegar fresco à gôndola há um esforço logístico tremendo”, completa.

No Brasil, 90% do consumo é por meio do varejo, diz o produtor Fernando Ataliba, do Sítio Catavento, em Indaiatuba (SP). O sítio escoa 200 toneladas por ano via distribuidora, que embala com a marca do varejista e distribui nas lojas. “Varia, mas o produtor fica, em média, com 10% do valor com que o produto chega ao consumidor”. Sem o intermédio de uma distribuidora, o agricultor Joaquim Pires Bueno, de Tietê (SP), negocia diretamente com uma grande rede de supermercados. “Entrego tudo para o supermercado”. Ele investiu no sítio para se ajustar às exigências do comprador. “O cultivo deve seguir uma cartilha de boas práticas de produção. A colheita de hortaliças, por exemplo, deve ser feita no horário certo para garantir a qualidade do produto até o consumidor”. Texto editado e extraído do jornal O Estado de S. Paulo )

ProDuto Doce D’ocê recebeu Prêmio cni De inovação ( É fundamental em todos os mercados inovar. A Doce D’ocê, indústria de Chopinzinho, interior do Paraná, teve o reconhecimento da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) ao ousar e criar uma massa de bolo ultra congelada

zonta recebe título PersonaliDaDe aecic ( O evento realizado dia 05 de julho, no Graciosa Country Club, que concedeu o título de “Personalidade AECIC 2010” ao presidente do Condor Super Center, Pedro Joanir Zonta, foi um sucesso. Grandes nomes que fazem parte do estado estiveram presentes para homenagear o empreendedor, que ao longo de 36 anos conquistou um legado pautado em muito trabalho e humildade. Para marcar a história de sucesso do empresário, os Correios criaram um selo oficial em sua homenagem que também foi entregue no evento.

Hoje, o Condor é a 11ª maior rede supermercadista do Brasil, conta com 29 super e hipermercados localizados em 11 cidades do Paraná. Fechou 2009 com um faturamento de R$ 1.438 bilhão e ainda para este ano vai reinaugurar o Condor Nilo Peçanha, que passou por uma revitalização, além de inaugurar mais duas lojas em Curitiba e transformar um super em hiper, na região metropolitana. Segundo o presidente da AECIC – Associação das Empresas da Cidade Industrial de Curitiba, Marino Garofani, a cada ano é selecionada uma personalidade para receber a homenagem e Pedro Joanir Zonta foi escolhido por ser um grande

para facilitar a vida dos clientes. Estão impregnadas no dia a dia dos colaboradores da Doce D’ocê, a eficiência e a prática de boas idéias, que as levaram ao “Oscar da Indústria Nacional”, o Prêmio de Inovação da CNI 2009. “É um orgulho para nós recebermos este prêmio. Somos do interior do Paraná e pela primeira vez a região consegue este reconhecimento. Comprovamos que uma indústria do interior pode inovar e conquistar mercados, superar barreiras geográficas e competir de igual para igual com indústrias das grandes cidades”, afirma o proprietário da empresa Carlos Bazanella.

A massa de bolo inglês ultracongelada facilita o preparo de bolos para as panificadoras, confeitarias e supermercados, e principalmente, ajuda o consumidor final, que tem acesso ao produto com mais economia. O SENAI/PR teve grande participação no projeto na criação da massa ultracongelada e no redesign da marca. A Doce D’ocê, está há 17 anos no mercado, sendo pioneira no Paraná com ultracongelamento de produtos de panificação. Com um mix de 300 itens, entre biscoitos, bolos, tortas, rocamboles, doces, salgados, pães e diversas opções para confeitaria e panificação. A inovação na empresa é contínua. Agora com uma nova marca, Panutti, oferece salgadinhos do tipo aperitivo para fritar, em porções de 300g e outros produtos que facilitam a vida de supermercados, lojas de conveniências e lanches rápidos. Com o foco na funcionalidade do revendedor, praticidade do consumidor final, qualidade e sabor em seus produtos, a Doce D’ocê se transformou em sinônimo de sucesso e referência em alimentos no Paraná. )

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empresário que contribui para o crescimento econômico e social do país. “Foi o empreendedor que mais se destacou, que mesmo em um ano de crise conseguiu aumentar o faturamento e subir no ranking nacional”, disse Garofani.

Também presente no evento, o governador do Estado Paraná, Orlando Pessuti, enalteceu a escolha feita pela AECIC e destacou que o presidente do Condor é uma pessoa respeitada pela garra e coragem. “Zonta é um grande empreendedor e está sempre presente nas decisões importantes do setor”, destacou o governador. Para Zonta, o prêmio vem coroar uma história de luta e dedicação. “Estou muito feliz com esta homenagem que reconhece e valoriza um trabalho de 36 anos desenvolvido à frente do Condor Super Center. Temos orgulho de ser uma rede genuinamente paranaense e ajudar no desenvolvimento, gerando renda e riqueza no Estado”, afirmou Zonta.

O título “Personalidade AECIC” é concedido anualmente a empresários, políticos ou pessoas que prestaram relevantes serviços para o engrandecimento e desenvolvimento da indústria, comércio e serviços do país. Fonte: Da assessoria )

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mulheres já são resPonsáveis Por 66% Do consumo nacional ( Dos R$ 1,972 trilhão gastos anualmente com bens e serviços no Brasil, R$ 1,3 trilhão são decididos pelas mulheres. No mundo, as mulheres consomem por ano U$ 20 trilhões. Os dados fazem parte de uma pesquisa realizada com 1.917 mulheres das cinco regiões do País pela Shopia Mind, empresa de pesquisa e inteligência de mercado do grupo Bolsa de Mulher. “Administrando um montante superior à sua massa salarial, as brasileiras não apenas decidem e compram diretamente, mas também influenciam e controlam os gastos masculinos. E, mais do que a própria renda, elas gerenciam o orçamento familiar como um todo”, afirma Andiara Petterle, CEO do Grupo Bolsa de Mulher.

O estudo identificou que os gastos decididos diretamente pelas mulheres e os que são somente influenciados por elas somam 79% do consumo total das famílias, os outros 21% referem-se a gastos que não implicam decisão de compra, como impostos e contas de serviços públicos (luz, gás e água). Alimentação, vestuário, beleza, cuidados pessoais, produtos de limpeza, decoração, além de bens e serviços ligados à educação dos filhos têm o percentual mais alto da decisão das mulheres: 83%. Desse total, o controle feminino

chega a 93% em gastos nos salões de beleza, 82% na alimentação familiar e 73% na educação dos filhos.

Já com lazer, entretenimento, saúde, telefonia e internet, além de gastos de maior valor como reforma da casa e compra de eletrodomésticos, as mulheres são responsáveis por 67% das decisões (diretas ou indiretamente). Despesas com restaurantes dependem de 66% das mulheres. Elas também são responsáveis pela decisão quanto a planos de saúde e de telefonia celular em 63% das vezes. Mesmo no ramo de serviços bancários e na compra de aparelhos eletrônicos, elas já dominam 53%. As mulheres se destacam também em mercados antes controlados pelos homens, como o automobilístico. Hoje, 53% das brasileiras já influenciam a compra de carros.

O levantamento também revela que as mulheres se sentem insatisfeitas com os produtos e serviços destinados a elas: 89,25% delas se queixaram de pelo menos um segmento de produto. No ranking dos piores serviços estão: planos de saúde (38%), fitness (29%) e serviços (28%). As queixas se referem a falta de horários flexíveis, de uma comunicação mais eficiente e personalizada. Fonte: Sophia Mind )

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PrePare sua camPanha Para a volta às aulas ( Julho é o mês das férias, mas os varejistas já estão pensando na volta às aulas. Todos os anos, vemos o volume da procura por livros e materiais didáticos crescer muito no início e no meio do ano. Esse dado aliado ao fato de os livros fazerem parte da categoria mais vendida pelo e-commerce brasileiro (livros, assinaturas de revistas e jornais, *dados do ebit – Webshoppers 2009) faz com que, em fevereiro e agosto, os varejistas aproveitem a onda dos estudantes preparando suas bibliotecas para o início do período letivo. Especialmente, os livros universitários têm uma tendência muito forte de buscas. De 2006 para cá, contabilizamos um crescimento de quatro vezes no volume de buscas por palavras chave da categoria.

Prepare sua lista de palavras-chave com antecedência! Uma dica é elaborá-las com base nas listas de livros pedidos pelas maiores universidades da região em que seu negócio atua. Outra sugestão é aproveitar o volume e a amplitude da Google Display Network. Temos uma grande gama de sites de educação e de conteúdo relacionado às áreas dos cursos universitários como medicina, direito e engenharia que se adequam às campanhas de Livraria Universitária. Planeje suas campanhas agora mesmo e boas vendas. Fonte: Mayra Ebenau – Gerente de Contas do Google Brasil. )

mesmo sem exclusiviDaDe, taxas sobre venDas com cartão não caem ( Oito dias depois de encerrada as exclusividades no credenciamento das operadoras de cartão de crédito, varejistas ganharam força na hora de negociar o aluguel das máquinas. Cielo e Redecard têm concedido descontos de 30% para conquistar clientes. Há registros de empresários que obtiveram até isenção total da mensalidade. No entanto, a história muda quando a tentativa é de reduzir o percentual pago sobre o valor de cada venda, quesito que representa o maior desembolso para o varejista.

Conforme relato de comerciantes, as credenciadoras estão irredutíveis quando questionadas sobre a possibilidade de reduzir as taxas de desconto. Para Álvaro Musa, presidente da consultoria financeira Partner Consult, a taxa cobrada nas operações com cartão de crédito não deve cair para menos de 1,8%, mesmo com o fim da exclusividade no credenciamento de comerciantes. Segundo o especialista, esse é o percentual fixo que o credenciador precisa pagar para a bandeira e para o emissor. “Sobre isso ele ainda

jogos Do brasil afetaram ProDução De 85% Das emPresas, Diz Pesquisa ( Os jogos do Brasil na Copa provocaram perda de produtividade às empresas, segundo pesquisa realizada pela Curriculum.com.br, que armazena e administra currículos na internet. Das 659 empresas ouvidas no estudo, 85% afirmaram que houve queda no ritmo de trabalho dos funcionários nos dias em que a seleção brasileira jogou. Entre as empresas que afirmaram ter ocorrido a redução da produtividade, 45,5% responderam que houve muita perda e 40,1% que houve pouca perda. A diminuição do nível de trabalho, porém, já era esperada: 67,4% das empresas consideraram a baixa de produtividade normal para o dia e parcela menor, 32,6%, afirmou achar a queda superior ao esperado.

Outros jogos

Durante os demais jogos do mundial, 44,8% das companhias disseram que houve perda de produtividade. O questionário também mostrou que 68,3% dos empregadores liberaram os funcionários para assistir às partidas fora da empresa, enquanto 31,7% providenciaram que elas fossem vistas dentro do ambiente de trabalho. Quando questionadas se pensam em mudar sua estratégia e não liberar os funcionários na próxima Copa do Mundo ou em algum outro evento importante, 84,9% responderam que não. Fonte: Do G1, em São Paulo )

brasil tem sete emPresas entre 500 maiores Do munDo ( A gigante varejista americana Walmart é a maior empresa do mundo, segundo o ranking da revista Fortune, que usa a receita bruta como critério. Sete empresas brasileiras aparecem na lista, que classifica as 500 maiores empresas globais. A Petrobras ficou na 54ª posição e foi a companhia nacional mais bem colocada. No entanto, a colocação representa uma queda de 20 posições perante o lugar que

tem que colocar seus custos operacionais e margem de lucro”, explica. Desde 1º de julho o comércio conta com a possibilidade de utilizar um só terminal para receber pagamentos por cartão de débito ou crédito de todas as bandeiras. A CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) estima que a medida traga ao varejo economia de R$ 1,2 bilhão em aluguel de máquinas. Fonte: Brasil Econômico )

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serviços levam inflação a suPerar centro Da meta ( A inflação de serviços – como alimentação fora de casa, empregado doméstico, cabeleireiro, entre outros – é o fator que ganhou maior relevância para explicar o comportamento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos últimos anos. Essa é a conclusão de levantamento obtido pelo Grupo Estado, elaborado por economistas do governo e que analisa o comportamento do índice oficial de inflação desde 2000. O estudo está sendo usado dentro do governo para mostrar que a política de juros pode não ser tão eficiente para combater a inflação porque sua principal determinante estaria mais sujeita a fatores alheios à taxa Selic, como a política de elevação do salário mínimo.

O material constata que os preços administrados e monitorados (como energia e telefonia) e os bens comercializáveis (como roupas e alimentos) que no início da década eram os principais motores da inflação brasileira, nos últimos quatro anos têm rodado em média abaixo do IPCA cheio e da meta de 4,5%. Enquanto isso, os serviços – chamados no jargão de “não comercializáveis” – têm oscilado

a estatal brasileira ocupava no ano passado (34ª posição). Além da Petrobras, a Itaúsa (117ª), o Bradesco (135ª), o Banco do Brasil (148ª), a Vale (363ª), a Ultrapar (471ª) e a JBS (496ª) também figuraram entre as grandes empresas do mundo. O ranking do ano passado apresentava apenas seis companhias brasileiras.

No cômputo geral, a rede Walmart ultrapassou as cinco petroleiras presentes nos primeiros dez lugares da lista. Com receita de US$ 408,2 bilhões e lucro de US$ 14,3 bilhões, a varejista ficou na frente da holandesa Royal Dutch Shell, da americana Exxon Mobil e da britânica BP, que ocuparam do segundo ao quarto lugar da lista, respectivamente. “Apesar da recessão mundial, os preços do Walmart atraíram clientes em todo o mundo”, afirmaram os responsáveis pela lista, que destacaram o crescimento da empresa em regiões como a América Latina e a Ásia. O ranking chama atenção também por classificar três empresas chinesas dentre as dez maiores. A estatal China Petrochemical Cooperation (Sinopec) ficou em sétimo lugar, enquanto a State Grid Corporation of China (que faz transmissão e distribuição de energia) ficou em oitavo lugar. A China National Petroleum, por sua vez, ficou em décimo lugar. Fonte: Valor Online .)

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a maior parte do tempo acima de 6%, nível superior ao IPCA e à meta. Olhando-se apenas a inflação dos últimos 12 meses encerrados em maio, o estudo destaca que os três principais itens que levaram o IPCA para níveis além da meta foram restaurantes e bares, despesas pessoais e educação. Nesse período, o índice oficial acumulou alta de 5,23%, acima, portanto, do centro da meta. Os três itens do segmento de não comercializáveis responderam, juntos, por 76,8% do desvio da inflação da meta. Em junho (o IPCA foi divulgado depois que o estudo estava pronto), o quadro não muda. Com a inflação zero no mês, o resultado em 12 meses ficou em 4,84%. O item alimentação fora de casa, por exemplo, teve, no período, alta de 9,53%. Segundo fonte que elaborou o estudo, se esse item tivesse subido 4,5%, o IPCA em 12 meses teria sido de 4,35%. Fonte: Agência Estado )

Pesquisa DesvenDa o que é o luxo Para a classe méDia ( O que é luxo para você? A APPM – Análise, Pesquisa e Planejamento de Mercado – realizou no mês de abril de 2010, uma pesquisa com os paulistanos da classe média alta para saber a resposta. Foram dois grupos qualitativos com homens e mulheres de 20 a 28 anos e de 30 a 50 anos de idade e 100 entrevistas quantitativas na Cidade de São Paulo, com pessoas com renda acima de dez salários mínimos. Diversas possibilidades foram levantadas pelos entrevistados. Pelos resultados, o luxo pode ser analisado sob duas vertentes. Uma delas, mais explícita, mostra que o luxo está diretamente relacionado a gastos, custos altos e altos valores para comprar produtos e serviços. Outra vertente, mais subjetiva e filosófica, aposta em atitudes e escolhas, em estilo de vida. Em ambos os casos, luxo é ter liberdade de fazer o que quiser e ter acesso ao que se almeja. “Pessoalmente, cada participante se referiu a um aspecto que considera seu luxo, variando desde usar um cosmético importado de determinada marca ou gastar com massagens até assistir um show no exterior, ir a um restaurante caro, fazer uma viagem para um lugar exótico ou ter condições de estudar com o apoio dos pais”, afirma Rodrigo de Souza Queiroz, diretor de Comunicação e Marketing da APPM.

O conceito de luxo é variável – o que é luxo para uns não é para outros, e depende de desejos e desígnios, oportunidades e escolhas, o que não impede que ícones e símbolos de luxo sejam reconhecidos por todos. Como

representantes inequívocos do que todos consideraram luxo, os participantes citaram carros importados, jóias, roupas, perfumes e algumas viagens. Carros importados das marcas Ferrari, BMW, Porsche e Mercedes foram consideradas objetos de desejo. Destaque para Mercedes-Benz, que representou 24%, seguida pela Ferrari, com 19%. Para as mulheres, perfumes e maquiagens são objetos cobiçados; muitas apontaram os gastos com produtos importados como seu luxo, afinal, elas preferem marcas de grife, alto valor e reconhecimento internacional. São cremes Lancôme, maquiagens Mac e Chanel e perfumes Chanel (19%), Giorgio Armani (6%) e Dolce & Gabbana (5%) os mais desejados.

Representantes do luxo, as marcas Louis Vuiton, Prada, Calvin Klein, Armani, Diesel, Dior e Lacoste foram as mais citadas pelos adultos. Já os jovens também citaram Zoomp, Cavaleira, Zara e algumas marcas alternativas da Rua Benedito Calixto, em São Paulo (SP). De maneira geral, entre as marcas mais lembradas pelos entrevistados estão Chanel, com 16%, Giorgio Armani, com 10%, e Prada, com 7%. Sapatos e tênis foram citados como desejos constantes; especificamente para as mulheres, a quantidade de sapatos e bolsas vale mais do que exibir determinada marca. As etiquetas de sapatos mais luxuosas foram Prada e Gucci, com 5% cada. Já os tênis Nike, com 44%, são considerados os de marca mais luxuosa. Por outro lado, as jóias não

O luxo pode ser analisado sob duas

vertentes. Uma delas, mais explícita,

mostra que o luxo está diretamente

relacionado a gastos, custos altos e

altos valores para comprar produtos

e serviços. Outra vertente, mais

subjetiva e filosófica, aposta em

atitudes e escolhas, em estilo de

vida. Em ambos os casos, luxo é ter

liberdade de fazer o que quiser e ter

acesso ao que se almeja.

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despertam o interesse das mulheres, apesar de serem reconhecidas como itens de luxo.

Em relação às compras de roupas de grife, a frase que mais se encaixa no pensamento dos paulistanos é “Não deixo de fazer compras no Brasil, mas aproveito para comprar em maior quantidade quando viajo para o exterior”, pelo menos para 63% dos entrevistados. As viagens se destacam no Mundo do Luxo. Escolher lugares menos convencionais, fazer passeios diferentes e ter tempo e dinheiro para gastar fora do País são prioridades para os entrevistados. Lugares como Ilhas Fidji, Taiti, Indonésia, Dubai, Riviera Francesa, Ilhas Gregas e Escandinávia são cobiçados. Para todos, o mais importante é a possibilidade de fazer uma viagem interessante e viver novas experiências. Para os mais jovens, viajar no estilo “mochilão” foi considerado tão luxuoso quanto viajar de maneira mais convencional, pois significa uma escolha pela aventura. Nos últimos 12 meses, 68% dos entrevistados viajaram para o exterior. Os destinos mais escolhidos pelos entrevistados foram Estados Unidos e Buenos Aires, com 13% cada.

A boa gastronomia foi considerada tão simbólica quanto uma viagem. É luxo poder freqüentar bons restaurantes, como Dom, Jun, Antiquárius, Fasano, Sky, Fogo de Chão, Figueira Rubayat, Gero, Alfama e os da Rua Amauri. Questionados sobre a Cidade de São Paulo, os entrevistados a compararam a Nova York: um lugar onde se encontra tudo, em qualquer horário – uma cidade onde a diversidade é a marca registrada! Para os dois grupos, São Paulo é uma cidade onde o luxo está atrelado ao poder financeiro, tanto quanto às oportunidades existentes quanto às possibilidades advindas da sua diversidade. Para a pergunta “Na sua opinião, o que São Paulo possui de bom e que é comparável às cidades mais chiques do mundo em primeiro, segundo e terceiro lugar?”, 69% responderam que são os restaurantes/gastronomia gastronomia e 21% o comércio. Fonte: Ana Paula Ruiz )

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ENTrEVisTA

A novA rEvoLução InduStrIALJuntos, indústria e varejo investem na relação ganha-ganha

Não importa o porte, nem a localização. Qualquer negociação envolvendo a indústria e o varejo, atualmente, subentende uma relação na qual um dos lados sai perdendo. Esta é a visão de Miguel Abuhab, um engenheiro mecânico graduado pelo ITA – Instituto de Tecnologia da Aeronáutica – que, apostando no empreendedorismo, fundou a Datasul, que viria a ser a maior empresa de softwares de ERP do Brasil. Em 2008, Abuhab protagonizou a maior fusão do segmento de TI na América Latina, formando a 7ª maior empresa de ERP do mundo, com oito mil funcionários e 21 mil clientes. Ainda em 2008, a NeoGrid, também fundada por Abuhab, em 1999, assumiu o controle da norte-americana Agentrics, tendo como sócios as maiores redes de varejo do mundo, criando assim, uma rede de conhecimento do varejo mundial.

Em entrevista exclusiva para a revista Supermix, Miguel Abuhab fala sobre a concepção do ganha-ganha e revela que a indústria deve repensar sua forma de administrar as gôndolas nos supermercados, para que não exista ruptura e o empresário varejista enxergue a rentabilidade que aquela marca oferece para aquele espaço na prateleira e defende que esta relação pode ser melhorada bastante, mas, para tanto, supermercadistas e seus fornecedores precisam entender que enquanto o consumidor final não comprar, ninguém vendeu.

Miguel é o atual presidente do Conselho de Administração da NeoGrid e Agentrics, presentes em mais de 30 países em cinco continentes, com uma base de clientes que abriga 7 das 10 maiores redes varejistas do mundo.

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Quando um lado Quer comprar e outro Quer vender, é natural Que existam conflitos, uma vez Que se trata de interesses divergentes. no entanto, indústria e varejo dependem muito um do outro. como o senhor avalia o atual estado das relações entre supermercados e seus fornecedores?

( Na realidade, os interesses não são divergentes. O modelo mental do negócio é que está estruturado de uma maneira que faz parecer que sejam. Ambos, indústria e varejo, desejam potencializar seus ganhos, aumentando o retorno sobre investimento (ROI) de suas operações. O conflito não está no objetivo, que na verdade é comum, mas na forma como as negociações são conduzidas. A negociação atual está baseada numa disputa de preços, ou seja, para um ganhar o outro tem que perder. Esta relação pode ser em muito melhorada desde que todos entendam que “enquanto o consumidor final não comprar, ninguém vendeu”.)

um das reclamações mais comuns entre as indústrias é a dificuldade para conseguir espaço para lançamentos nas grandes redes. como é possível resolver isso?

( Isto se resolve da seguinte forma: o fornecedor deve ser responsável por um espaço definido para expor seus produtos e trazer ao varejo o melhor retorno sobre aquele espaço de prateleira. A indústria não tem que ficar “brigando” por mais espaço. O aumento do espaço é conquistado a partir do instante em que o varejo percebe um incremento significativo no ganho que passa a ter, sem que tenha sido concedido qualquer aumento físico no espaço daquele fornecedor. Quando isto acontece é o próprio varejista quem propõe o aumento do espaço, intensificando a relação ganha-ganha . ) por outro lado, peQuenos supermercados reclamam Que não têm as mesmas condições de preço das grandes redes. em sua opinião, esses peQuenos estabelecimentos deveriam ter as mesmas condições das grandes? ( O pequeno supermercadista não terá como competir em preço com as grandes redes de supermercados, principalmente se quiser operar com lojas grandes e no centro das cidades, mas existem alternativas e espaço para os pequenos supermercadistas. As grandes redes de

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varejo, em virtude do tamanho de suas lojas, acabam se situando distantes dos consumidores, fazendo com que eles tenham que se deslocar de automóvel até os grandes supermercados para efetuar suas compras. Os pequenos supermercados devem se concentrar nos bairros populares, trabalhando com os itens de necessidade básica, talvez entre dois e três mil itens, enquanto que uma grande rede de varejo chega a trabalhar com 80 mil. Ele deve aproveitar este nicho de mercado, dando possibilidade para que a população possa fazer suas compras diárias com maior comodidade, ou ainda, explorar como lojas de conveniência operando com produtos de nicho e em algumas situações atendendo 24 horas. ) Qual o impacto a curto e longo prazo da concentração na indústria, resultante de fusões e aQuisições? (Atualmente, os bancos de investimentos fomentam fusões e aquisições entre empresas, entrando com a maior parte do capital, para que elas possam ser mais lucrativas reduzindo as despesas operacionais. Além de aumentar o ganho pela escala, as fusões eliminam um concorrente na disputa pela fatia de mercado (market share). O impacto destas fusões será a maior força que o fornecedor passa a ter nas negociações a curto e longo prazo. ) e para a indústria, o Que significa a concentração no setor varejista, Que no brasil ainda é menor Que em outros países? ( Assim como a indústria acredita na economia de escala, o varejo também acredita que, ao comprarem volumes maiores, poderão comprar cada vez mais barato. As fusões e aquisições entre concorrentes históricos, como Pão de Açúcar e Casas Bahia, Ricardo Eletro e Insinuante, sugerem uma resposta ao movimento de concentração das indústrias.) o Que vem a ser negociação ganha-ganha? como ela se traduz na prática? (Após a negociação de preços, que atualmente é um relacionamento no qual para que um ganhe o outro tem que perder, o fornecedor se preocupa apenas com o próximo elo da cadeia, ou seja, entregar os produtos comprados nos preços e quantidades acertadas. No entanto, enquanto o consumidor final não comprar ninguém ganhou. Foi ilusório achar que alguém ganhou na negociação de preços. Se um produto, embora comprado

com um bom desconto, não tiver o giro adequado, o varejo perdeu e o fornecedor também perdeu, porque não irá repor este produto. Por outro lado, se o produto for de alto giro irão faltar produtos na gôndola e o varejo terá a perda de venda (ruptura) bem como o fornecedor perderá vendas e comprometerá a fidelização de sua marca. Em ambos os casos, vimos uma relação perde-perde.

A relação ganha-ganha se dá quando o fornecedor passa a gerir o seu espaço de prateleira no varejo, fazendo reposições freqüentes e automáticas e administrando o seu mix de produtos, proporcionando ao varejista a máxima rentabilidade por aquele espaço de prateleira. Certamente, à medida que o varejo passa a ganhar mais por aquele espaço de prateleira, passa, também, a aumentar espontaneamente o espaço daquele fornecedor, estabelecendo-se, assim, uma relação ganha-ganha. ) a maioria dos problemas Que surgem nas relações entre varejo e indústria é de ordem comercial, referente a preço de produtos? ou há outros fatores Que podem gerar conflitos? ( Dependendo da categoria de produtos os problemas podem ser distintos: se tratamos de produtos perecíveis, haverá uma disputa sobre as perdas, porém é muito mais grave quando falamos de categorias de moda ou produtos de curta vida de duração, como é o caso dos eletrônicos. Normalmente, a indústria, com intuito de ganhar mais, empurra produtos para desovar seus estoques e muitas vezes os varejistas são surpreendidos na semana seguinte com anúncios na televisão de lançamentos de novos modelos tornando obsoleto o seu recém comprado estoque. ) pode-se afirmar Que o gerenciamento de categorias proposto e coordenado pela indústria é uma solução inteligente para as relações entre varejo e fornecedores? como a tecnologia está auxiliando a relação entre comércio e indústria? ( Toda vez que uma nova tecnologia é lançada, deve trazer consigo novas regras de negócio. Se houver uma nova tecnologia que não tenha mudado as regras de negócios pré-existentes, de nada valeu a nova tecnologia. No passado,

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quando não tínhamos tecnologia, criamos regras de negócio como o pedido de compra e o representante comercial coletando estes pedidos. Evoluímos para os pedidos através de handhelds ou pedidos via web, portais, mas isto não mudou as regras dos negócios.

A tecnologia existente hoje permite que o fornecedor saiba o estoque existente em cada loja do varejo e as quantidades vendidas diariamente em cada loja; portanto, não faz sentido o pedido e muito menos a digitação do pedido nos seus mais variados formatos. A minha proposta, como nova regra, seria um contrato a preço unitário válido entre um e três meses, dependo o tipo do produto, onde a reposição passa a ser automática em função das informações de estoque serem recebidas diariamente do varejo, utilizando assim a nova tecnologia com novas regras de negócio, reduzindo os estoques no varejo, suas rupturas, melhorando o mix de produtos, aumentando as vendas e melhorando o retorno sobre investimento para indústria e varejo. ) com todas as facilidades modernas de comunicação, perdeu-se espaço para as relações humanas, a conversa olho no olho, o cafezinho e aQuele modelo de relacionamento tão conhecido, Que envolvia a visita semanal do vendedor ao armazém de secos e molhados. este modelo se perdeu ou se transformou? ( Este modelo ainda continua vivo, mas ele vem se transformando. A visita deve continuar e o cafezinho sempre será bem-vindo e muito importante na relação, porém o objetivo muda, pois agora, a missão é identificar junto aos varejistas novas formas de aumentar as vendas ao consumidor final, pois os processos de compras repetitivos estarão automatizados pela tecnologia, além do que, a minha recomendação para os fornecedores é que as comissões aos vendedores sejam pagas pela quantidade que o varejo vendeu (sell-out) e não pela quantidade empurrada pelo vendedor ao varejo (sell-in). É assim que se pode aperfeiçoar este modelo tornando-o cada vez melhor.)

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A experiência de consumo no ponto de venda

“o desafio está em atender o mesmo cliente, mas com

métodos novos”.[José Eduardo nasser]

mATériADECApA

Chega ser quase um consenso entre redes varejistas, fabricantes e alguns institutos de pesquisa, que 60% a 70% das decisões de compra no varejo são tomadas no ponto de venda. No entanto, um estudo feito no ano passado pelo professor de marketing David Bell, da Wharton Business School, apontou que apenas 20% das compras são feitas de forma não planejada ou por impulso. A pesquisa revelou ainda que certas características dos consumidores como idade, renda e estilo de compra, teriam um efeito muito maior sobre as compras não planejadas do que os estímulos do ambiente da loja.

O estudo do professor Bell não afirma que as ações de marketing no ponto de venda são pouco importantes, porém, os varejistas e produtores precisariam rever algumas premissas que têm norteado suas estratégias de comunicação. Esse

estudo veio reforçar uma tendência que muitos especialistas brasileiros estão defendendo: o consumidor mudou e precisa ser conquistado. De acordo com o presidente da Arbache Consultoria e professor da Fundação Getúlio Vargas, Fernando Arbache, a principal mudança é na renda. Nas classes sociais C e D isso é mais evidente. A classe C representa hoje 13% da população, mas em 2030 atingirá 23%. Já a classe B, que hoje é formada por 5,2% da população, em 2030 compreenderá 11,6%. “Muita gente que não comprava anteriormente hoje sente prazer em comprar”, disse. No entanto, não basta a simples oferta, afirma Arbache. “O cliente está cada vez mais crítico. Se não tem a opção que ele procura ou ele não ficou satisfeito, vai mudar o local da compra”, comenta.

O uso de novas tecnologias deve ser visto como um aliado do varejista. “É

Reynaldo Saad, sócio-líder da Deloitte Consultoria

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preciso entender a tecnologia como um meio e não um fim”, alerta Arbache. Segundo ele, a internet é uma das grandes concorrentes do varejista. Hoje as compras virtuais representam 3% das vendas nos supermercados, mas em até cinco anos devem chegar a 20%. Isso demonstra, segundo o especialista, que o meio virtual pode se tornar um grande aliado, em especial, para atingir a geração Y – aquela que faz tudo via computador. De acordo com Fernando Arbache, a geração Y tem conceito de utilidade e não aceita imposições.

E no mesmo rumo da tecnologia, existem outras tendências que estão se consolidando. O multicanal, por exemplo, atua não só com o varejo físico, mas com a internet e venda direta, assim como novas mídias e redes sociais, como Facebook e

Twitter, que podem ser uma forma de obter mais informações dos clientes e trabalhar com a divulgação de produtos e marcas. O mesmo vale para o multiformato, através dos quiosques, lojas conceitos, entre outros. A pesquisa “Os poderosos do varejo global”, feita pela Deloitte Consultoria e divulgada no ano passado, aponta que hoje no varejo brasileiro 32% utilizam apenas um canal de vendas, 24% utilizam dois canais e 44% possuem três ou mais canais de comercialização. A integração dos canais (convencional, multicanal e multiformato) traz como vantagens a otimização das ações de marketing, fortalecimento da marca, redução de custos e possibilidade de troca entre os canais.

De acordo com o sócio-diretor da Ecorporativa e membro consultor da FGV, José Eduardo Nasser, hoje

existem novos consumidores e novos comportamentos, e é importante que o varejista entenda que a experiência no ponto de venda tem peso na compra. “Por isso, o desafio está em atender o mesmo cliente, mas com métodos novos”, disse. Segundo ele, o Brasil vai ser a quinta economia em dez anos, e o varejo deverá estar preparado para atender esse consumidor, que assim como a sociedade, está em permanente transformação.

Interatividade

A grande verdade é que o consumidor quer ser surpreendido, já que as ofertas são muitas e as diferenças entre elas são mínimas. De acordo com a designer de interação, Mayra Laska, a grande maioria dos consumidores já chega ao ponto de venda (PDV) com as informações sobre o produto que está buscando, e têm peso na

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decisão da compra as diferenças que proporcionem encantamento. “As pessoas querem se apaixonar pelos produtos que compram. Painéis luminosos de controle, o uso de display, diferentes cores de acabamento, customização, formas e features que se enquadrem melhor ao estilo de vida das pessoas. Tudo isso precisa ser bem trabalhado para não passar despercebido no PDV”, afirma Mayra.

Nesse sentido, o uso de tecnologias e interatividade são ferramentas importantes para conduzir a experiência de compra. Mayra Laska cita como exemplo a projeção 3D (virtual) em tamanho real, que simula a cozinha do consumidor no PDV, onde ele escolhe qual eletrodoméstico combina mais com o seu gosto e estilo. “Ações como esta funcionam como um convite à interação no PDV, impulsionadas pelo uso da tecnologia”, comenta. Isso se aplica a todas as classes sociais, cujas diferenças estão cada vez mais sutis. “A tecnologia tem o poder de aproximar as pessoas, não só no que diz respeito às redes sociais, mas principalmente no aspecto de prover acesso à informação de massa. Isso faz com que, cada vez mais, a diferença que existe entre o comportamento das classes sociais e categorias de consumidores esteja vinculada apenas ao poder de compra, e menos aos anseios e desejos das pessoas de maneira geral”, pondera.

Isso ficou bastante evidente com produtos como tocadores de MP3 e celulares. “A Apple trabalhou este conceito fortemente com a popularização do iPod, porém não só os produtos da marca deslancharam como também seus similares.”

A possibilidade de oferecer ao consumidor já no PDV uma experiência

“A interação pode fazer toda a diferença na hora da compra. A experiência proporcionada gera emoção suficiente para conduzir à decisão de que produto o consumidor deve adquirir”. [Mayra Lasca]

de interação com o produto o ajuda a entender melhor se suas expectativas serão satisfeitas. “Isso possibilita que o consumidor se envolva com o produto como se este estivesse na sua casa, percebendo detalhes que, supostamente, ele só descobriria depois de usar a primeira vez depois da compra”, disse a designer da interação. Um exemplo comum dessa “degustação” são as vendas de TVs, DVDs e Home Theater, onde o cliente

pode sentar em um sofá – como se estivesse em casa –, e ver o filme ou show de música preferido. “Esse tipo de interação pode fazer toda a diferença na hora da compra. A experiência proporcionada gera emoção suficiente para conduzir a decisão de que produto o consumidor deve adquirir”, completa.

Criar uma loja conceito no segmento de supermercados para testar tecnologias, aliado a um mix de produtos diferenciados. Essa é a proposta da rede Pão de Açúcar que

inaugurou, em agosto de 2007, um espaço com 940m² de venda no Shopping Iguatemi, em São Paulo. O projeto recebeu recursos na ordem de R$ 8 milhões, metade investida por parceiros tecnológicos envolvidos no projeto de criar a loja com o uso de tecnologias, como a identificação por radiofreqüência, etiquetas eletrônicas de preços e Wi-Fi.

AltA tecnOlOgIA em lOjA cOnceItO

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Alexandre Vasconcelos, diretor de TI do Grupo Pão de Açúcar.

Nos corredores da loja há totens que permitem aos clientes

buscar e imprimir receitas de pratos, além de todas as

informações possíveis sobre os vinhos disponíveis nas

prateleiras. Há também o atendimento pelo “Personal

Shop”, profissional que dá aos clientes do programa de

relacionamento Mais a opção de registrar as compras em

um coletor de dados e receber tudo em casa. “Com a ajuda

deste coletor, capaz de armazenar em sua memória as listas

habituais dos clientes Mais, é possível economizar tempo no

supermercado e fazer compras ainda mais personalizadas”,

explica o diretor de TI do Grupo Pão de Açúcar, Alexandre

Vasconcelos. “Entre as vantagens para o cliente estão o de

mostrar o valor total da compra dos itens selecionados sem

precisar passar pelo caixa; a opção de levar os produtos

pessoalmente ou recebê-los em casa, sendo que nestes

casos o cliente pode dispensar o carrinho de compras e

armazenar sua lista somente no equipamento”, completa. O

sistema permite ainda a criação de listas de acordo com o

perfil do consumidor e oferece sugestões de ofertas, receitas

e dicas.

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pErFil

“A vida é feita de escolhas”

Para José Luiz Pauluci, falar de trabalho é falar de uma atividade que proporciona satisfação. “Quando a pessoa trabalha com o que gosta, tudo fica mais rico e agradável. O trabalho então é

feito com mais disposição e vontade e ainda por cima a pessoa é remunerada para isso”, afirma. Esta disposição para fazer do

trabalho uma atividade prazerosa é uma das marcas registradas deste paulistano de 47 anos, diretor regional de Vendas Sul da

Cia. Cacique Café Solúvel.

Sua trajetória profissional começou em 1977, como office-boy na Danone, em São Paulo. Foi galgando postos na companhia, onde permaneceu por 11 anos. Saiu de lá como supervisor administrativo de vendas para trabalhar na Cia. Cacique como chefe administrativo de vendas. Está na empresa há 22 anos. Neste período, ajudou a construir o crescimento da companhia, que desde 1959 atua na industrialização e comercialização de derivados de café – torrado e moído, óleo, extrato e misturas para preparo de cappuccino. A Cacique, que exporta para dezenas de países, conta com três unidades industriais e emprega mais de 1,2 mil colaboradores.

Pauluci é formado em Administração de Empresas, com duas especializações, uma em Administração e outra em Marketing. Aproveita seu tempo livre com um bom livro, um filme, uma peça de teatro. Gosta de permanecer em casa com a esposa Sigride, os filhos Pedro e Gabriel, e a enteada Caroline. Sempre que possível, a família unida pega a estrada rumo ao litoral e a serra. Entre os livros de cabeceira de Pauluci estão O Monge e o Executivo, de James

Hunter, O Código da Inteligência, de Augusto Cury e Heróis de Verdade, de Roberto Shinyashiki. No momento, está lendo O Líder Criador de Líderes, de Ram Charan e O Verdadeiro Poder, de Vicente Falconi. Gosta muito dos filmes O Poderoso Chefão, O Último Samurai, Dança com Lobos e Coração Valente. Curte o som do Queen, Skank, RPM, U2, A-HA e Bee Gees. Entre as vozes que mais gosta estão Rod Stewart, Fábio Junior, Madonna, Enya, Rita Lee, Zeca Pagodinho, Yanni e Sara Brightman.

O executivo nutre uma admiração especial pelos seus pais, já falecidos e por Jesus Cristo. “Mas podemos admirar várias pessoas que são importantes em diferentes momentos de nossa vida, como um escritor, um artista, um líder e um empresário”. Pauluci cultiva dois grandes sonhos: cursar um mestrado, o que abrirá uma nova frente de atuação em cursos e palestras e fazer uma viagem especial, uma aventura por vários países. “Por algum motivo, estou adiando estes sonhos, mas sei que um dia eles vão se tornar realidade”, comenta.

Pauluci não tem um momento especial em sua vida, mas vários.

Lembra com carinho especial do nascimento dos filhos Pedro e Gabriel e do instante em que abriu os olhos após uma cirurgia de grande risco a que foi submetido, há quatro anos. Ele contabiliza como sua maior virtude a de formar e desenvolver pessoas. “É muito gratificante quando você vê uma pessoa crescendo na carreira e na vida e que foi formada em algum momento por você”. Já o seu maior defeito, admite, foi ter acreditado demais em algumas pessoas, o que lhe trouxe uma preciosa lição. “Aprendi que se você quer ser um líder, uma pessoa que festeja e brinda as vitórias, vai ter que começar a entender e assumir as derrotas como algo inerente a você”, completa.

Um dia típico de trabalho de Pauluci envolve um intenso trabalho junto aos clientes, acompanhando as equipes de vendas. Permanece mais tempo visitando os clientes da Cacique nos três estados do Sul do que em seu escritório. “Com todo suporte de informação e comunicação através do e-mail e do celular, o profissional de vendas tem que viver boa parte do seu tempo no campo visitando clientes e

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Revista SUPERMIX 29

lojas, pois é lá que as coisas acontecem e é lá que você desenvolve e treina a sua equipe”.

Tamanha correria e tantos deslocamentos ensinaram Pauluci a administrar de forma bastante realista o tempo. “É impossível estar em dois lugares ao mesmo tempo, daí a importância de saber lidar com perdas e frustração. É necessário saber separar as prioridades e os resultados das escolhas. Quando dedicar o seu tempo para alguma atividade ou pessoa, independente da quantidade de tempo disponível, dedique com qualidade e atenção”, ensina. Como a atividade de vendas lida essencialmente com o ser humano, ele acredita que a escolha do colaborador com o perfil adequado a esta tarefa é essencial para qualquer organização. “Para trabalhar em vendas tem que gostar de gente, para liderar uma equipe de vendas tem que gostar de

gente, para obter resultado com essa equipe de vendas tem que treinar, motivar e desenvolver”. De acordo com o executivo, ao contratar ou promover é importante não pensar apenas no que a pessoa já fez ou está fazendo. “Devemos olhar adiante, ver o que o candidato poderá fazer, se ele realmente se encaixa no perfil do cargo ou se será preciso fazer alguns ajustes, e neste caso dedicar tempo para treinar e desenvolve-la”.

Acompanhando de perto o desenvolvimento do varejo nas últimas décadas, Pauluci percebe que o uso intensivo da tecnologia é um dos aspectos que mais mudou o perfil do varejo. De acordo com ele, a tecnologia e a informatização trouxeram muitos ganhos em vendas tanto para quem fornece quanto para quem vende. Outro ponto que mudou muito é o relacionamento com o cliente. “É preciso entender hoje que

não se vendem apenas produtos ou mercadorias, mas serviços agregados aos produtos”. Outro aspecto que chama a atenção do executivo é a mudança no perfil do consumidor. “Ele está mais atento aos seus direitos, compra onde encontra a combinação de preço mais barato com melhor serviço, quer variedade, sortimento, zero ruptura dos produtos que costuma comprar e exige interação humana nas suas necessidades dentro da loja”, afirma.

Para aqueles momentos da vida em que tudo parece complicado demais, Pauluci prefere encará-los sob uma perspectiva otimista. “Não existem problemas, só oportunidades, que são desafios. Não existe vitória sem luta e sem desafios. Ás vezes você precisa aceitar receber vaias quando perde para receber aplausos quando vence. Não é gostar de perder, é saber perder e aprender com a derrota”.

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VArEJo

de olho no cliente, sempre.Adaptar operações, lojas e produtos para atender melhor o seu público alvo. Esse tem sido o comportamento de muitos varejistas no Brasil que estão optando pela segmentação como forma de se diferenciar no mercado. Mas essa mudança depende de muito estudo e foco, pois os segmentos de públicos são tantos e tão heterogêneos que exigem do empresariado atenção em relação ao gosto e desejos do cliente, além de estratégias bem definidas em relação a canais de distribuição e seus formatos.

“O consumidor brasileiro está cada vez mais exigente. Com isso, o varejista precisa estar atento aos novos anseios e traduzi-los nas suas operações. As oportunidades são muitas e não podem ser perdidas neste momento”, analisa Reynaldo Saad, responsável pela área da indústria de varejo e bens de consumo da Deloitte Consultoria. Segundo ele, a decisão da compra, na maioria das vezes, está associada à necessidade, tempo e desejo. Por isso, os varejistas precisam conhecer muito bem seu consumidor, para então, definir suas estratégias. Segundo Saad, isso é imprescindível no varejo competitivo de hoje. “O consumidor está muito seletivo e exigente, e ele migra com facilidade para outra rede se não encontrar o que deseja e como deseja”, ponderou.

Com base na localização, perfil do consumidor e tamanho das lojas, o Supermercado Festval, de Curitiba, vem focando sua atuação nos públicos das classes A e B. Isso se fez necessário, afirma o diretor do Festval, Carlos Beal, por uma cobrança dos próprios clientes que buscavam um diferencial na hora da compra. “Nós optamos em ser mais especialista em alimentos e não oferecer bazar. Temos uma grande variedade de importados para atender nossos clientes que viajam e têm acesso a esses produtos lá fora”, comentou. Além disso, primam pela sanidade e aspecto das lojas, possuem um bom mix na adega de vinhos e no setor de perecíveis. O diretor ressalta ainda que iniciativas como a contratação de portadores de necessidades especiais e checkouts ecológicos são ações que a clientela se identifica e aprova. Beal afirma também que os resultados dessa postura diferenciada do Festval estão sendo bastante gratificantes, “mas temos que ficar atentos, pois somos cobrados constantemente”.

Proposta de valor

Apesar da segmentação estar crescendo entre muitos grupos varejistas, ela não precisa, necessariamente, ser a única saída para quem pretende inovar. Segundo Beatriz Guimarães, diretora de estratégia da FutureBrand, o varejista precisa identificar quem ele pretende ser e quem quer atender, para então criar uma proposta de valor. “E isso não significa necessariamente que ele precisa optar por atender apenas um determinado público”, disse. Ela citou

como exemplo o grupo Pão de Açúcar, que tem uma proposta clara de ser um mercado de vizinhança, acolhedor e com bom serviço. Já o Extra possui uma versão mais democrática, cuja proposta de valor está focada em ofertas.

Outro grupo que possui uma proposta de valor clara, afirma Beatriz Guimarães, é a Casa Santa Luzia, de São Paulo. “Em meio a um mercado competitivo e de aquisições de grupos, eles continuam inabaláveis. Apostam em embalagens, importações, produtos diferenciados e sabem claramente quem é o seu cliente”, comentou. Nos Estados Unidos, a rede Trader Joe’s, que conta com mais de 200 lojas em diversos estados, também conseguiu desenvolver uma proposta de valor da sua marca e uma forma de atuação bastante diferenciada.

O TJ, como é conhecida a rede, trabalha com sortimento limitado, posicionamento de preços baixos, produtos de valor agregado e marcas próprias. Este formato os insere em uma nova categoria de varejo, algo como uma operação ‘Gourmet de Desconto’. Outros fatores de sucesso do TJ são a freqüente revitalização do mix e as contínuas liquidações, que transformam as compras no lugar em uma espécie de caça ao tesouro. A forma descontraída com que trabalha sua comunicação interna e externa é outro fator que chama a atenção. Segundo a diretora da FutureBrand, a proposta do Trader Joe’s é de ser um mercado de bairro, pequeno, cheio de humor e oferecer produtos com cara de caseiros. A rede também ganhou mais adeptos depois de anunciar que não venderia mais produtos que usavam matéria prima geneticamente modificada, gordura trans e animais capturados de forma agressiva.

Loja da Trader Joe’s, no Estados Unidos. Eles se descrevem como “o supermercado da vizinhança” ou “sua única

mercearia”.

Foto: David Shankbone

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CAlENDário

dIA dAS CrIAnçAS: CrIAtIvIdAdE E EnvoLvIMEnto do CLIEntE

O cenário é de fazenda, mas é a pequena rede de supermercados Stew Leonard’s. Localizada nos Estados Unidos e com quatro lojas, todas com características bem originais, a empresa se diferencia dos demais supermercados concorrentes e garante um ambiente familiar e aconchegante aos clientes. Definida como a “Disneylândia dos Laticínios” pelo jornal The New York Times, a empresa conseguiu transformar o supermercado em um lugar onde as pessoas se divertem comprando. A inovação da rede familiar, que começou há 41 anos, garante um faturamento de US$ 350 milhões, um movimento semanal de 400 mil clientes e consegue no dia-a-dia o que todo varejista sonha: consumidores apaixonados e fiéis.

A bem sucedida experiência da Stew Leonard’s serve de inspiração para uma das campanhas promocionais mais movimentadas do segundo semestre: o Dia das Crianças. A ideia atende a pelo menos três sugestões do sócio-diretor de planejamento da agência de promoções e eventos Plano 1, Maurício Prado. De acordo com ele, o varejista deve reinventar todas as ações, fugindo do lugar comum e não utilizando campanhas de anos anteriores para poupar tempo e criatividade. Outra dica é expor os produtos de maneira a fazer com que o cliente lembre-se das coisas boas da data comemorada e ainda trocar os brindes por experiências que o cliente possam usufruir.

Vale lembrar que, no Dia das Crianças, não só os baixinhos precisam ser

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Revista SUPERMIX 33

convencidos. As ações também precisam conquistar os pais. E nesse sentido, os supermercados podem oferecer algumas atividades que são fáceis de colocar em prática, como um espaço no estacionamento ou mesmo dentro da loja onde as crianças possam brincar. A proposta pode incluir uma oficina de desenho, de pintura ou ainda espaço onde sejam disponibilizados brinquedos lúdicos, sempre sob a supervisão de monitores.

Uma alternativa voltada mais para o estímulo direto da compra é criar um espaço onde alguns brinquedos que estão à venda possam ser utilizados pelas crianças. A preferência na hora de escolher o estoque é apostar em lançamentos. Líder na América Latina, a Brinquedos Bandeirante preparou mais de 40 novos produtos para 2010, com estratégia de preços voltada para todas as classes sociais. Com 58 anos de existência, a empresa, que é referência no mercado nacional e de exportação, oferece os tradicionais triciclos e veículos de pedal, as bicicletas com novo design e amortecedor, além dos veículos elétricos. Os bonecos de personagens de desenhos animados também fazem enorme sucesso entre os pequenos, destacando-se este ano as coleções Ben 10, Shrek, Toy Story e Looney Tunes.

Valter Castilho, da Brinquedos Bandeirantes: experiência no ponto de venda é estímulo também para as crianças.

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EVENTos

Supernorte leva mais negócios ao norte do Paraná

“nossas feiras regionais devem continuar crescendo para fortal-

ecer as empresas locais”.[Pedro Joanir Zonta]

“nós estaremos com 100% dos es-paços ocupados. Isso demonstra a

importância e repercussão posi-tiva do evento para nossa região”.

[valdeci dos Santos Galhardi]

A cidade de Londrina vai sediar nos

dias 18, 19 e 20 de julho a 16ª edição

da Supernorte, uma das maiores

feiras e convenção regionais de

supermercadistas. O evento, realizado

no Centro de Exposições e Eventos

da cidade, reunirá cerca de 100

expositores e a expectativa é que

mais de oito mil pessoas passem pela

feira durante os três dias do evento.

A Supernorte é realizada anualmente

pela Apras – Associação Paranaense

de Supermercados –, por meio de sua

regional, e visa aproximar toda a cadeia

que abastece o varejo, principalmente

o pequeno e médio empresário.

Na última edição, em 2009, a

Supernorte reuniu 93 expositores e os

negócios na feira atingiram a marca dos

milhões. Neste ano, a expectativa dos

organizadores é superar esses números.

O presidente da Apras Regional de

Londrina, Valdeci dos Santos Galhardi,

diz que a procura e negociação por

espaços na feira foi grande e feita de

forma antecipada. “Nós estaremos

com 100% dos espaços ocupados.

Isso demonstra a importância e

repercussão positiva do evento para

nossa região”, afirma. Galhardi não

descarta a possibilidade de em 2011

levar a Supernorte para outro local. “Em

um espaço maior teremos condições

de ampliar o número de expositores e

participantes”, comenta. O presidente

da Apras, Pedro Joanir Zonta, apóia a

idéia de ampliar

a atuação da

entidade no

interior do

Estado através de

eventos como

a Supernorte.

“Nossas feiras

regionais devem

continuar

crescendo para

fortalecer as

empresas locais”,

afirma.

Pensamento semelhante tem a

empresa Refriko – Indústria e Comércio

de Refrigerantes –, que irá patrocinar

a feira pela primeira vez. O gerente

comercial da

empresa, Márcio

Dellovo, aposta

no potencial

e visibilidade

do evento.

“Optamos em

reforçar esta

parceria e

assinarmos como

patrocinador.

A Supernorte

é a única

oportunidade

em nossa região que temos

para fortalecer e ampliar nosso

relacionamento e oferecer novas

opções aos nossos parceiros”, disse.

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Outro parceiro constante da feira é a Companhia Cacique

de Café Solúvel, cuja empresa tem sede em Londrina. O

diretor regional de vendas na região Sul, José Luiz Pauluci

destaca que a feira servirá de vitrine para a empresa

apresentar o portfólio dos seus vinte produtos e, também,

para lançar na região o refil do Café Pelé Solúvel 100g, e

fechar muitos negócios. “Nossa postura na feira será bastante

agressiva, pois estamos indo para a Supernorte para fazer

negócios”, afirma. Quem também está apostando na feira

para apresentar novidades é a SEPAC, outra patrocinadora

do evento. Ela irá levar a nova campanha do Duetto, papel

higiênico folha dupla que foi reposicionado na categoria

Premium e agora aparece com logomarca modernizada

e novas embalagens. Segundo a gerente comercial, Sonia

Mabile, a empresa conquistou posições importantes na área

de vendas na região Sul, e com a nova campanha querem

conquistar ainda mais espaço.

Programação

Além da feira, os participantes da 16ª Supernorte também

vão contar com uma programação de atividades voltadas

para o setor supermercadista. No dia 19 de julho, às 15 horas,

Bernt Entschev, um dos melhores headhunters do Brasil, vai

ministrar uma palestra sobre desenvolvimento profissional.

No dia 20 de julho, também às 15 horas, Professor Liévore,

profissional especialista em Marketing apresenta a palestra

“Estratégias de Marketing e Vendas para um Varejo de

Sucesso”.

Os participantes poderão conhecer ainda o projeto de

educação corporativa lançado no mês de abril durante a

Mercosuper 2010, conhecido como Academia Empresarial

Apras. E; no âmbito da responsabilidade social, o projeto

Apras Mulher, em parceria com os expositores, promoverá

novamente a doação das vitrines da feira para entidades

beneficentes da região de Londrina. Todos os produtos de

material de higiene, limpeza e alimentos serão doados para

a Associação de Pais e Amigos de Portadores de Síndrome

de Down e para a Toca de Assis, ambas em Londrina.

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rEspoNsAbiliDADEsoCiAl

Supernorte leva mais negócios ao norte do Paraná

A Associação de Pais e Amigos de Portadores da Síndrome de Down – APSDown –, de Londrina, será a próxima entidade beneficiada pelo projeto de responsabilidade social da Associação Paranaense de Supermercados, o Apras Mulher. Assistencial e de cunho filantrópico, a APS Down atende atualmente 132 pessoas e vai receber os produtos excedentes da 16º Supernorte – Feira e Convenção Regional de Supermercados.

A associação nasceu de um projeto de extensão universitária desenvolvida pelo departamento de psicologia da Universidade Estadual de Londrina – UEL. Durante quatro anos, o projeto ofereceu atendimento às pessoas com a síndrome de Down nas áreas de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Psicologia. Ao longo do trabalho, os pais das crianças

atendidas sentiram a necessidade de se organizar e criar uma associação com o objetivo de lutar por melhores condições de vida, educação e integração social para seus filhos.

Funcionando atualmente no Jardim do Sol, em sede emprestada pelo grupo de voluntárias “Senhoras Rotarianas”, representantes do Rotary Club de Londrina, a entidade mantém o Centro de Educação Especial Crescer. A escola é especializada em ofertar atendimento pedagógico e terapêutico para 132 adultos e crianças de zero a 64 anos. Tudo é realizado com o objetivo de promover a inclusão social e escolar. Os alunos são acompanhados e as escolas recebem orientações para a adaptação de móveis, alimentação e currículo. Pais e professores também recebem informações através de palestras. Tendo fixado suas

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Revista SUPERMIX 37

atividades neste último endereço, a APS-DOWN cumpriu com a condição de recolocar em funcionamento uma antiga creche já estabelecida no local.

A entidade é mantenedora do Centro de Educação Infantil Haydee Colli Monteiro. São 52 crianças de zero a três anos atendidas pelo centro de apoio especializado, numa iniciativa única no Brasil. Além de oferecer a assistência nas áreas que o projeto universitário desenvolvia, a entidade hoje oferece também terapia ocupacional, apoio pedagógico, artes, expressão corporal, serviço social, educação física e profissional e passeios turísticos.

A Síndrome de Down é decorrente de uma alteração genética ocorrida durante ou imediatamente após a concepção. A alteração genética se caracteriza pela presença a mais do autossomo 21, ou seja, ao invés do indivíduo apresentar dois cromossomos 21, possui três, o que caracteriza a denominação trissomia simples. As alterações interferem no desenvolvimento, na maturação do organismo e no processo de cognição do indivíduo. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a cada ano, nascem cerca de oito mil bebês portadores da síndrome de Down.

Na última edição, em 2009, a Supernorte reuniu 93 expositores e os negócios na feira atingiram a marca dos

serviçoos interessados em colaborar com a entidade podem entrar em contato:

aPs-DoWn(43) [email protected] [email protected]

Para conhecer mais sobre o projeto acessewww.apsdown.com.br

milhões. Neste ano, a expectativa dos organizadores é superar esses números. O presidente da Apras Regional de Londrina, Valdeci dos Santos Galhardi, diz que a procura e negociação por espaços na feira foi grande e feita de forma antecipada. “Nós estaremos com 100% dos espaços ocupados. Isso demonstra a importância e repercussão positiva do evento para nossa região”, afirma. Galhardi não descarta a possibilidade de em 2011 levar a Supernorte para outro local. “Em um espaço maior teremos condições de ampliar o número de expositores e participantes”, comenta. O presidente da Apras, Pedro Joanir Zonta, apóia a

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DEsiGNNopDV

os paradigmas do varejo

Síndrome de depósito

Há 50 anos, não existia um conceito de ambiente de compras voltado às necessidades do consumidor. Os pontos de venda eram projetados como depósitos, onde os produtos não eram expostos, mas dispostos. Prateleiras altas, pouca iluminação, corredores apertados e entulhados eram as características comuns dos varejos. Mas isso, no fundo, não importava. Numa época com pouca oferta e muita demanda, qualquer portinhola atraía o consumidor. Hoje, sabemos que é muito diferente. Os varejos precisam perceber que não vendem mais produtos, vendem serviços. E estes serviços estão em vários pontos, inclusive numa excelente apresentação da loja.

Ambiente agradável vende mais

Sabemos que quanto mais tempo o consumidor passa dentro da loja, mais ele compra. Sabemos também que mulheres permanecem, em média, 25% mais tempo comprando do que os homens. Outra informação relevante é a elevação da expectativa de vida dos brasileiros. Por que tantos dados? Para mostrar que dispor os produtos e gôndolas como depósito vai contra as estatísticas. Mulheres gostam de espaço. Idosos gostam de ambientes iluminados. O ser humano gosta de locais amplos e organizados. Quanto mais espremida for a loja, menos prazer de comprar o cliente terá. Os varejistas mais tradicionais não acreditam que loja agradável possa aumentar os lucros. Preço e oferta, na mente deles, são mais relevantes.

Paradigma em ação. Pense num PDV como uma casa. Cômodos amplos, bem iluminados, com boa área de circulação, banheiros limpos e bem posicionados, pé direito alto, arejado. Quem não gostaria de ter um lar assim? Esses atributos devem ser transportados para as lojas para que o consumidor sinta-se em casa. Um bom serviço prestado começa em saber valorizar seu próprio espaço.

Ambiente pequeno, mix pequeno

É muito comum vermos mercados com 600m2 com um mix de 10 mil itens. Não existe boa arrumação que transforme esse lugar num bom PDV. Sempre parecerá um depósito. Eis mais um paradigma: oferecer muitos produtos vende mais. Não é assim que funciona. A rede alemã de supermercados ALDI é um ótimo exemplo disso. Suas lojas são grandes e expõem apenas 700 itens. Sim, isso mesmo! Eles apostaram num mix reduzido, com produtos de qualidade e preços excelentes. O resultado, ao contrário do que muitos empresários brasileiros poderiam presumir, é estupendo. A ALDI é uma das maiores redes de supermercados do mundo.

Uma das leis fundamentais do marketing é o foco. Não adianta oferecer tudo sem qualidade. Escolha bem o mix, selecione o que é fundamental e diferencie os tipos de produto de acordo com o público para gerar fidelidade (ex.: pessoas idosas, pessoas alérgicas, orgânicos, diet, produtos locais, etc.). Pense novamente em serviço em não em commodities.

Vimos que não importa a classe social ou o nível de escolaridade. Quando falamos de experiência de compras, o consumidor privilegia espaços agradáveis, bonitos, limpos e cheirosos. Preço é conseqüência e, nessas condições, até irrelevante.

Até o próximo paradigma.

Na edição passada, iniciei uma série de artigos sobre os paradigmas que congelam a mente de muitos varejistas, em especial os supermercadistas. O assunto da vez é a terrível aparência de armazéns de muitos supermercados.

Parte 2

Zeh Henrique Rodrigues é designer gráfico, especialista em marketing e diretor da Brainbox Design Estratégico, empresa

especializada em branding, embalagem e design para varejo e PDV. É também professor

da Academia Empresarial Apras.

algumas regras básicas para ambiente de loja: • pé direito alto faz o consumidor ficar mais tempo na loja;• na impossibilidade de aumentar o pé direito, baixe as gôndolas;• valorize os corredores, nada de encher de ilhas e pontos extras em passagens estreitas;• chão não é local de exposição de produto;• crie zonas de “respiro” dentro da loja, com bancadas mais baixas e dispostas em ângulos;• ofereça local adequado para descanso;• faça do seu banheiro um exemplo de limpeza e acessibilidade;(Dica: nada de retirar a chave no balcão) • iluminação é fundamental, mesmo que não seja com luz natural.

(Dica: contrate um arquiteto para fazer o plano de iluminação)

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artigo Adriane Werner é jornalista, mestre em

Administração e ministra treinamentos em comunicação. Escreve neste espaço sobre comportamento profissional e é também

professora da Academia Empresarial Apras.

voCê não tEM noção, tá entendendo?

vícios de linguagem que tomam conta do nosso vocabulário podem ser nocivos aos relacionamentos profissionais e pessoais – é bom tomar cuidado com eles!

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Revista SUPERMIX 41

Não se sabe o que nos leva a desenvolver gírias, vícios de linguagem e outros costumes que tornam nossa fala coloquial e descontraída. Mas é provável que, desde que o ser humano começou a falar, tenha criado também o distanciamento entre a língua formal e as alternativas informais de se falar com os mais íntimos.

O problema surge quando essas expressões descontraídas começam a prejudicar nossos relacionamentos. É o caso dos vícios de linguagem muito perceptíveis. Por exemplo: se você fala “né” ao final de uma frase, de vez em quando, isso não chega a comprometer a qualidade de sua fala. Mas se o costume se instala e você começa a colocar “né” ao final de cada frase, ou a cada intervalo para respiração, todo mundo passa a perceber o caco como um vício

de linguagem presente em sua fala. O impacto de sua fala junto ao interlocutor passa a ser negativo.

Pior ainda é quando a expressão que se instala como costume em nossa fala tem alguma conotação autoritária ou de desdém em relação ao outro. Os exemplos mais comuns, nas conversas atuais, são o “entendeu?”, o “tá entendendo?” e o “você não tem noção!”. São expressões agressivas, que podem fazer com que o interlocutor se sinta realmente confrontado. (“Por que ele pensa que eu não entendi?”, “Será que me acha burro?”, “Eu não tenho noção? Tenho, sim!”... Pensamentos como esses são comuns entre as pessoas que convivem com quem tem o costume de usar as expressões agressivas e autoritárias acima.

Se costumes como esses são prejudiciais nos relacionamentos

comuns, imagine, então, em relações profissionais, comerciais e de negociação. Podem, sem sombra de dúvidas, por tudo a perder. É claro que as relações profissionais têm ficado cada vez mais informais, e isso é até positivo, pois aproxima mais as pessoas. Mas a informalidade não pode ser justificativa para esse tipo de escorregão. Pense nisso!

o ProbLEMA SurGE quAndo

ESSAS ExPrESSõES dESContrAídAS

CoMEçAM A PrEJudICAr noSSoS rELACIonAMEntoS. É o CASo doS víCIoS

dE LInGuAGEM MuIto PErCEPtívEIS.

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artigo Bernt Entschev é fundador e presidente do

Grupo De Bernt, colunista na Gazeta do Povo, Revista Supermix e La Nación, comentarista

nas rádios CBN Curitiba e 91 Rádio Rock e autor do livro Executivos, Alfaces & Morangos.

SuPErE SEuS MEdoSTrabalho na seleção e recrutamento de executivos e um dos maiores prazeres da atividade que exerço é ver os profissionais satisfeitos por terem sido escolhidos para as melhores vagas do mercado. É, realmente, bonito de se ver. Melhor ainda, aliás, ver a satisfação de nossos clientes em saber que enfim terão os profissionais por quem tanto esperavam. Porém, o contraponto dessa felicidade é, justamente, os nossos outros clientes, os assessorados de outplacement (recolocação) que, infelizmente, acabaram de ser desligados das empresas onde

trabalhavam e precisarão enfrentar todo o processo de prospecção de uma nova colocação no mercado de trabalho.

As pessoas costumam ter tanto medo da demissão que não conseguem nem se imaginar recebendo tal notícia. E, muitas vezes, ninguém lembra que todos os contratos são bilaterais e podem ser rescindidos a qualquer hora por qualquer uma das partes, basta haver um motivo para isso.

O grande problema, na maioria dos casos, é reação da família perante a situação. Muitos profissionais,

inclusive, postergam o quanto podem o anúncio aos familiares na expectativa de conseguirem resolver o problema sem ter que passar por isso. É como se a ficha demorasse a cair, como se fosse possível reverter de alguma maneira, o que não é verdade. Conheço casos, inclusive, de profissionais que continuavam suas rotinas, saindo e voltando pra casa nos horários habituais para que ninguém percebesse as mudanças. A diferença é que iam para qualquer lugar, cinema, cyber café ou qualquer outro espaço onde pudessem esperar o tempo passar.

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Aliás, quanto mais a pessoa tiver baixa autoestima, mais dificuldade em enfrentar o problema. Essas pessoas não acreditam serem capazes de arrostar [encarar] o mercado de trabalho, pois não se consideram boas o suficiente para concorrer a uma nova vaga de trabalho. Isso não é verdade! Há vagas boas espalhadas por aí e, certamente, haverá um espaço para cada um. Relembro, apenas, as questões que sempre cito: é preciso estar à altura dessas vagas, pois elas existem, o que falta são profissionais capacitados. Então, ao invés de ficar se lamentando em casa por ter perdido o emprego, bola pra frente e vá em busca de sua melhoria como profissional.

A angústia é grande, concordo, pois o sentimento dos profissionais desligados é de impotência. Agem como se nada pudessem fazer diante da situação. Não sabem ao certo como lidar com as finanças dali pra frente e, por isso, muitas vezes, acabam metendo os pés pelas mãos, endividando-se antes da hora. Concordo que não é uma situação simples. Porém, chamo a atenção para a importância em manter a calma, caso contrário coisas erradas serão feitas, realmente.

O medo da demissão é um vilão contra o bom desempenho. No ano passado, por exemplo, quando tivemos várias demissões e reajustes nos quadros funcionais de muitas empresas, esse receio foi algo que povoou a cabeça de muitos profissionais. Enquanto viam seus colegas serem desligados, um a um, ficavam imaginando se seriam os próximos a receber a notícia. Ao invés de trabalhar ainda mais para mostrar resultados, envolviam-se em fofocas, perdiam horas planejando suas vidas (caso isso acontecesse) e deixavam de lado suas tarefas. O resultado? Drástica baixa na produção e conseqüente demissão.

Ora, o medo é um sentimento que faz parte de nossas vidas. É como o medo da morte, se deixarmos que ele nos corroa, deixaremos de viver. O mesmo vale para o medo da demissão, se deixarmos que ele tome conta de nossos pensamentos, não trabalharemos a contento, o que jogará contra nós mesmos. Vejo diariamente pessoas passando por desligamentos e realmente não é fácil. Mas esses incidentes da vida muitas vezes não são possíveis de se prever. À medida que eles acontecem é preciso entender e aceitar a situação. Quanto mais negarmos o que a vida nos impõe, pior.

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Suporte Jurídico

SEGurAnçA ALIMEntAr É tEMA dE dEbAtE nA APrASOs supermercados são responsáveis por 85% das vendas de alimentos no Paraná e 40% de frutas, legumes e verduras (FLV). Entre as principais preocupações do setor, manter-se atento à necessidade de oferecer FLV com mais qualidade ao consumidor já é trabalho que vem sendo realizado pela Apras – Associação Paranaense de Supermercados – há pelo menos sete anos. No entanto, esta preocupação vem esbarrando em diversas dificuldades, que passam pela falta de fiscalização e, até mesmo, pela falta de vontade política em promover ações voltadas a essa realidade.

A entidade vem trabalhando desde 2003 para que os seus associados cumpram a legislação pautada na Instrução Normativa Conjunta nº 09/2002 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Secretaria de Apoio Rural e Cooperativismo (Sarc), que trata da rotulagem, embalagem e classificação dos produtos vendidos in natura, no entanto, não há um trabalho efetivo de controle no uso de agrotóxicos no campo. De acordo com o presidente da Apras, Pedro Joanir Zonta, este é mais um desafio que nos motiva a trabalhar para oferecer o que há de melhor ao consumidor. Porém, a questão ainda é preocupante, tendo em vista as mais de 40 reuniões que

a Apras já realizou para discutir o assunto em todo o Estado. “Ao que tudo indica, quem vai pagar esta conta são os supermercadistas, atacadistas e produtores de FLV; afinal, são eles que, neste momento, respondem por inquéritos criminais em andamento”, diz. Atualmente, apenas 20% das FLV comercializadas constituem amostras do PARA (Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos), representada principalmente por hipermercados

de Curitiba. Visando dar continuidade ao tema e buscar junto aos órgãos competentes soluções eficazes ao invés de culpados, a Apras promoveu no dia 24 de junho, em sua sede na cidade de Curitiba, o fórum “Como oferecer um FLV de mais qualidade ao Consumidor – Rastreabilidade e Resíduos”.

Segundo o superintendente da Apras, Valmor Rovaris, desde 2003 a entidade trabalha na realização de reuniões, propostas de campanhas

e treinamento de colaboradores de supermercados, para que todas as ações do setor estejam alinhadas no cumprimento da legislação. No entanto, ele também afirma que é necessário um trabalho efetivo de controle no uso de agrotóxicos no campo. Nos últimos quatro anos, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, por meio do seu departamento de fiscalização, vem visitando propriedades agrícolas e, apenas em 2009, das 477 propriedades

fiscalizadas, 139 foram notificadas e 133 receberam autos de infração. O trabalho parece ter evoluído, mas ainda há muito a ser feito para torná-lo realmente efetivo. “Entendemos que, para oferecer um alimento com mais qualidade ao consumidor, é preciso seguir um único caminho: o da rastreabilidade e controle de resíduos no campo”, afirma Rovaris.

Acompanhamento

O coordenador do PARA, da gerência geral de toxicologia

da Anvisa, Carlos Alexandre Oliveira Gomes afirma que o programa vem crescendo em todo o País. Em 2009, foram analisados 3,3 mil itens, dos quais, 30% apresentaram problemas com LMR (limite de resíduos máximo). Em muitos produtos foram encontrados agrotóxicos que estão sendo reavaliados pela Anvisa. De acordo com o representante da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef ), Luis Carlos Ribeiro, existem entre 20 a 25 novas moléculas para

A EntIdAdE vEM trAbALhAndo dESdE 2003 PArA quE oS SEuS ASSoCIAdoS CuMPrAM A LEGISLAção, no EntAnto, não há uM trAbALho EFEtIvo dE ControLE no uSo dE AGrotóxICoS no CAMPo.[PEdro JoAnIr ZontA]

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serem analisadas pela agência, mas a prioridade do Governo Federal tem sido a avaliação de moléculas antigas ou que vêm de fora do País – 14 estão nessa fila. A lei estabelece o prazo de 120 dias para análise e aprovação de um registro, porém os órgãos têm demorado entre dois e três anos para conceder o parecer.

É dever dos estados legislarem sobre o uso, produção, consumo, comércio e armazenamento de agrotóxicos, assim como fiscalizar seu uso. Segundo João Miguel Tosato, chefe de Fiscalização de Agrotóxicos e Afins da Secretaria de Agricultura do Paraná, o Estado conta apenas com 30 fiscais. Para ele, a ampliação do trabalho depende da contração de pessoal. Elisangeles Batista de Souza, representante da Federação da Agricultura do Paraná (FAEP), entende que a rastreabilidade deve ser responsabilidade de toda a cadeia. Para isso, defende a ampliação de ações educativas, tanto para o produtor como para o supermercadista, assim como apoiar e ampliar o sistema de produção integrada, que consiste de um monitoramento, desde o tipo de solo até a colheita e pós-colheita, e certifica aqueles produtores que estão de acordo com as normas pré-estabelecidas pelo programa.

O delegado da Delegacia do Consumidor, Vilson Alves de Toledo também defende mais ações voltadas para a educação, bem como a divulgação de informações para os consumidores sobre os produtos que estão levando para casa. Para ele, falta articulação entre os órgãos envolvidos no assunto e ampliação das ações do PARA. O promotor de Justiça de Defesa do Consumidor, Maximiliano Deliberador, afirmou que Ministério Público vem acompanhando esse assunto e, antes de exercer seu papel

de fiscalizador, tem como objetivo ser parceiro das entidades envolvidas para equacionar a questão.

Ações da entidade

Desde o começo do trabalho em prol de produtos com mais qualidade ao consumidor, a Apras – Associação Paranaense de Supermercados – já promoveu diversas ações de orientação aos supermercadistas associados para que identifique nas gôndolas a origem dos produtos, que se informe ao consumidor sobre as diferenças entre produtos orgânicos, hidropônicos e sistema de produção integrada, assim como eventuais produtores que reincidiram em amostras contaminadas e oficialmente notificadas pela Anvisa. Além disso, prepara cursos sobre rotulagem e boas práticas de manipulação para frutas, legumes e verduras e estudar a possibilidade de estender para o Paraná o

trabalho de rastreabilidade promovido pela Abras – Associação Brasileira de Supermercados –, com projeto piloto no Grupo Pão de Açúcar.

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Acompanhe o desdobramento da reunião realizada no dia 17/03/2010 com a presença de representantes dos Ministérios Público do Meio Ambiente e do Consumidor, das delegacias do Meio Ambiente e do Consumidor, das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde, da Centrais de Abastecimento (Ceasa) e Associação Paranaense de Supermercados (Apras): A respeito da fiscalização dos hortifrutigranjeiros, no que diz respeito aos agrotóxicos, é possível observar que a responsabilização dos produtores, intermediários e/ou comerciantes acontece de maneira mais demorada e menos eficaz, já que para instaurar qualquer procedimento é necessária a realização de perícia em laboratório. Por outro lado, o Promotor de Justiça ressaltou que, sob a perspectiva do direito do consumidor, a fiscalização pode ser mais rápida e efetiva, já que se o produto não estiver devidamente identificado na gôndola dos supermercados, impossibilitando a rastreabilidade dos alimentos, o Ministério Público entende que tanto a responsabilidade civil como a criminal recaem sobre o supermercado. Já se produto estiver identificado de maneira a viabilizar a sua rastreabilidade, o supermercado continua sendo responsável civilmente. Criminalmente, poderá ser citado e até ser indiciado no processo, porém com grandes chances de ser inocentado.

No entendimento da Vigilância Sanitária Municipal, as ações de fiscalização não devem contemplar apenas as quatro maiores redes de supermercados, mas serem feitas em todos eles. Nos últimos dois anos, a Secretaria Municipal da saúde identificou, nas fiscalizações de rotina realizadas, mais de 120 produtos com irregularidades, ou seja, com agrotóxicos em níveis proibidos. A partir desta informação, os promotores do Meio Ambiente e Consumidor solicitaram o envio dos laudos para que os respectivos inquéritos civis fossem abertos.

A questão que a Apras busca resolver com as ações promovidas e que já somam 42 reuniões, inclusive com o fórum realizado no dia 24 de junho, é justamente esta: se as amostras recolhidas apresentaram problemas com o uso de agrotóxicos em níveis proibidos, por que os supermercados devem responder criminalmente pela exposição destes produtos? No entendimento do setor, os supermercados não são capazes de avaliar diariamente se os produtos expostos apresentam ou não níveis permitidos de agrotóxicos.

Quem tem o poder de fiscalizar e punir é o Estado. A tentativa da Apras – Associação Paranaense de Supermercados – é criar condições para que toda a cadeia de FLV evolua em benefício de um produto de mais qualidade ao consumidor.

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iNStitucioNaL

CoMo SE dIZ: quEM não SE CoMunICA...

rEvIStA SuPErMIx

PortAL APrAS

E- nEwS

Imagine os associados, o setor e a Apras – Associação Paranaense de Supermercados. O que os une e os faz estarem próximos? Certamente, sua resposta deve ter sido: a comunicação entre eles. Para que os associados e os demais participantes do segmento estejam por dentro do mercado varejista e para que a própria associação esteja perto das necessidades do empresário supermercadista, são necessários canais de interação. Todos precisam falar, todos precisam demonstrar o que ocorre no presente para melhorá-lo e, ainda mais, para melhorar para o futuro. Além de dispor de ferramentas para facilitar e organizar esta comunicação, a Apras tem uma política de abertura diante dos diversos públicos que compõe o setor. Os eventos promovidos pela entidade complementam este cenário, facilitando o encontro e relacionamento interpessoal. Para o presidente da entidade, Pedro Joanir Zonta, todas as formas de comunicação que a Apras promove com seus associados e com a imprensa são imprescindíveis para a realização de um trabalho consistente. “O setor supermercadista está em contato direto com o consumidor e deve unir forças na busca de informações e comunicá-las eficientemente a cadeia visando o aprimoramento do setor e das relações de consumo”, diz Zonta.

De acordo com o diretor comercial da Apras, Walde Renato Prochmann, cada canal de comunicação, com objetivos específicos, procura contribuir para os negócios de cada associado. “Nos interessa o que faz o empresário aprimorar o senso em relação ao mercado, ajudando nas ações que toma no dia-a-dia”. A coordenadora de comunicação da entidade, Camila Tremea, reforça o fato de que a comunicação envolve interatividade entre o emissor e receptor. Isso pressupõe que quem recebe a mensagem exerce certa influência sobre o conteúdo comunicado. “Por isso, é importante que os associados entendam que eles também devem participar deste processo, para que a comunicação realmente seja eficiente”, afirma. Ações de comunicação promovidas pela entidade devem ser utilizadas, representando importantes ferramentas para a entidade manter-se forte, defendendo os interesses do setor.

Os canais de comunicação da Apras:

A revista Supermix é o principal veículo de divulgação da Apras, editada exclusivamente para atender toda a cadeia que abastece o varejo. A cada edição, publica pesquisas de perfil e de opinião, além de identificar e analisar tendências que podem servir de referência para ajustar a direção dos negócios. Com índice de fácil leitura, possibilita dinâmica e agilidade na hora de consultar assuntos de interesse do leitor. A Supermix é a revista que fala a língua dos negócios no varejo.

O portal online da entidade é o universo dos supermercados paranaenses na internet. Além de oferecer um canal direto de comunicação com a associação em que os internautas podem tirar suas dúvidas, o portal traz ainda notícias, informes, eventos e serviços, todos atualizados em tempo real. As facilidades da internet ainda possibilitam que a Apras esteja conectada nas principais redes de relacionamento como twitter, youtube, flicker e slideshare.

É sempre importante estar bem informado. O boletim informativo da Apras, que hoje é grande referência no setor, surgiu da idéia de manter os associados atualizados sobre assuntos pertinentes ao autosserviço. Diariamente,

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InForMES

ASSESSorIA dE IMPrEnSA

os associados à Apras recebem, via e-mail, informações selecionadas dos principais veículos de comunicação do Brasil e também do mundo. Classificados por assunto, os leitores podem escolher fácil e rapidamente quais são suas áreas de interesse.

Por se tratar de um segmento ligado diretamente ao consumidor e pela importância da Associação na representação do setor e de seus relacionamentos, a Apras tem um departamento de Assessoria de Imprensa com a função de mediar o contato entre as mídias local, estadual e nacional e a entidade e seus representantes, em todos os assuntos que sejam pertinentes ao varejo supermercadista.

Para facilitar o entendimento dos trâmites legais pelos associados, a Apras conta com os informes que atualizam os empresários sobre alterações e mudanças legais, esclarecimentos sobre portarias, regulamentos e leis.

“OS SUPERMERCADOS ESTãO EM CONTATO DIRETO COM O CONSUMIDOR

E DEVEM UNIR FORçAS NA BUSCA DE INFORMAçõES E COMUNICÁ-LAS EFICIENTEMENTE À CADEIA VISANDO

O APRIMORAMENTO DO SETOR E DAS RELAçõES DE CONSUMO”.

[PEDRO JOANIR ZONTA]

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acadeMia eMpreSariaL

A PARTIR DESTA EDIçãO DA REVISTA SUPERMIx, VOCê VAI ACOMPANHAR SITUAçõES

QUE OCORREM DENTRO DAS LOJAS DE SUPERMERCADOS E DE QUE FORMA A

ACADEMIA EMPRESARIAL APRAS PODE CONTRIBUIR PARA EVITÁ-LAS, POR MEIO DO

CONHECIMENTO ADQUIRIDO COM UM PROJETO DE EDUCAçãO CORPORATIVA.

ISTO ACONTECE NA SUA LOJA?

COMO A ACADEMIA EMPRESARIAL

APRAS PODE TE AJUDAR

Funcionários que:

• Trabalham com dedicação ao cliente, mas poderiam melhorar a forma de agir;

• Já tiveram atitudes corretas no passado, mas hoje relaxaram ou oscilam;

• Entendem a hierarquia, só que não conseguem diálogo aberto e colaborativo;

• Sabem dos objetivos da empresa pelo que os superiores falam, mas não foram informados claramente sobre as metas e como alcançá-las;

• Não reconhecem ou não conseguem apontar clientes antigos;

• Desconhecem os tipos diferentes de clientes que freqüentam a loja;

• São indiferentes, não olham no olho do cliente e não sorriem;

• Desinformados sobre a loja, os produtos e o papel de cada colega;

• Ficam aborrecidos ou se inquietam com reclamações de clientes;

• Atendem ao telefone como se estivessem em casa;

curso de Atendimento ao cliente

Entre os diversos cursos que a Academia Empresarial Apras

oferece nas diversas linhas (Formação Básica, Formação Específica, Gestão e Alta Gestão), está o de Atendimento ao cliente, enquadrado como curso de Formação Básica. É destinado para o aperfeiçoamento dos conhecimentos, visando à melhoria da qualidade no desempenho das funções e na prestação de serviços. Ministrado em 8 horas, o curso apresenta ao aluno aspectos essenciais para o bom atendimento ao cliente:

• Atendimento operacional personalizado;

• Análise do Perfil de Clientes;

• Técnicas de atendimento;

• Estilos de clientes;

• Aprendendo com as reclamações dos clientes;

• Aprimoramento contínuo;

• Comunicação verbal e corporal;

• Atendimento telefônico;

• Vendas por telefone e on-line;

• Ética Profissional.

Com o objetivo de aperfeiçoar seus profissionais, a rede Viscardi, com nove lojas em Londrina, duas em Ibiporã e uma em Cambé, tem investido na educação corporativa. Segundo Virginia Landi Simas, gerente de Recursos Humanos da empresa, promover a evolução daqueles que fazem o dia a dia das lojas está sendo fundamental para a melhoria da performance dos colaboradores, especialmente no momento em que a rede vive, de expansão. Em 2009, a Viscardi investiu na capacitação de seu corpo gerencial, profissionalizando as lideranças. “Em 2010, vamos capacitar os supervisores. Adotamos o modelo in company, com cursos dentro da própria loja em uma escala de horário que estimula a participação”, conta ela.

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A QUALIDADE DO SERVIçO INTERNO QUE GERA A LEALDADE DO CLIENTE ExTERNO

ETIQUETA CORPORATIVA

NOVAS TURMAS DE GESTãO TÉCNICO-OPERACIONAL DE LOJA

A Academia Empresarial Apras teve o privilégio de receber seus associados no dia 22 de junho para assistir palestras com os professores e empresários Dante Ricardo Quadros e José Eduardo Nasser. Com grande atuação no mercado, eles conquistaram os associados da Apras – Associação Paranaense de Supermercados – com um tema novo e de relevante importância. Os palestrantes falaram do engajamento que gera valor, da retenção do cliente interno, o valor superior para o cliente externo e lealdade do cliente externo. Em resumo, a cadeia que gera lealdade e lucro ao empresário.

Adriane Werner, empresária e professora da Academia Empresarial Apras, esteve ministrando, no mês de junho em Curitiba, Londrina e Ponta Grossa, a palestra Etiqueta Corporativa. Ela trabalhou com os associados como se portarem em ambientes profissionais. Uma forma de conquistar clientes externos e também clientes internos. Obrigada, professora, pelo seu auxílio!

A regional de Londrina deu início no dia 9 de junho, com mais de 20 alunos, à primeira turma do curso de Gestão Técnico-operacional de Loja. O curso tem como finalidade o desenvolvimento generalista técnico-operacional dos líderes, encarregados de setor, trainee que atuam no varejo e nas seguintes áreas de gestão: operacional, comercial, administrativo-financeira, perecíveis, frente de caixa e gestão de pessoas, capacitando-os operacionalmente para trabalhar diretamente com o gerente e empresário de forma efetiva.

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CURSO TÉCNICO-OPERACIONAL EM PADARIA E CONFEITARIA

APRAS – CURITIBA Fernanda

(41) 3263-7000 [email protected]

APRAS – LONDRINAPriscila

(43) 3323-7935 [email protected]

A Apras, em parceria com a Perfecta, vai dar início à formação de novos confeiteiros em Curitiba, a partir do dia 21 de julho. O curso é prático e tem uma carga horária de 40 horas e as aulas serão ministradas no horário das 12h30 às 17h30, com uma turma de 20 participantes. Apresse-se em fazer sua inscrição!

Em Londrina, no último dia 17 de junho, foi inaugurada, na nova sede da Apras, a Padaria Tia Ofélia. Uma parceria entre a Apras e LCA com o objetivo de formar novos profissionais de Padaria e Confeitaria para os supermercadistas da região. Seus trabalhos estarão dando início no mês de agosto.

Os interessados em participar dos cursos poderão entrar em contato nos telefones que seguem abaixo e solicitar sua ficha de inscrição:

NOVAS TURMAS DO CURSO DE FORMAçãO GERENCIAL NO VAREJO

CURSO TÉCNICO-OPERACIONAL EM CARNES

cuRItIbA dARá InícIO à PRóxImA tuRmA nO dIA 29 de julhO.

Faça sua inscrição!

Faça você também a diferença na sua empresa, através do seu desenvolvimento. Construa a sua história participando das primeiras turmas.

Os associados Apras estão aguardando o início das novas turmas do curso de Formação Gerencial nas cidades de Curitiba, Londrina, Bandeirantes, Foz do Iguaçu, Arapongas, Pato Branco e litoral do Paraná. A Academia Apras está chegando à sua cidade, não perca a oportunidade. Se você quer levar o curso para a sua cidade, entre em contato com a regional mais próxima.

A Academia Apras, em parceria com a Associação Paranaense de Suinocultura – APS –, vai realizar o curso prático de Cortes de Carne Suína no mês de agosto. O curso tem como objetivo ensinar auxiliares de açougue e trainees do setor de perecíveis em geral a trabalhar com a carne suína de forma a realizar os cortes com qualidade e aumentar as vendas do produto em loja. O curso terá uma carga horária de 16 horas e será realizado no laboratório do Mercado Municipal de Curitiba. Faça sua inscrição o mais cedo possível, pois as vagas são limitadas!

( OBS: ) Os interessados deverão ter o certificado do curso de Manipulação de Alimentos ou poderão requisitar junto à Academia a realização de uma nova turma do curso de Manipulação.

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CURSO BÁSICO DE CARTAZISTA

CURSO BÁSICO DE MANIPULAçãO DE ALIMENTOS

CURSO BÁSICO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE

Curitiba forma mais uma turma de novos cartazistas. Uma grande equipe que pôde aprender as técnicas de confecção de cartazes. A Academia Apras agradece à Metic e à Casa do Cartazista pela parceria nos trabalhos de Educação Corporativa.

Parabéns, aos novos Cartazistas!

Curitiba e as regionais da Apras têm feito com freqüência o curso de Manipulação de Alimentos. Um curso que vem auxiliar o empresário na preparação de profissionais para

Com o objetivo de aperfeiçoar os conhecimentos dos colaboradores visando uma melhoria da qualidade no desempenho das funções e na prestação de serviços, a Regional Cascavel organizou o curso de Atendimento ao Cliente, com o professor Nelson Guimarães, que reunirá 17 funcionários de supermercados da região e também de Toledo.

Manipular os Alimentos segundo a resolução RDC n° 216, de 15 de setembro de 2004. Prepare melhor sua equipe para o trabalho de manipulação. Peça novas turmas. A Apras está à sua disposição.

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APRAS OFERECE CURSOS SOB MEDIDA PARA ASSOCIADOS

COMITê DE RECURSOS HUMANOS

CASCAVEL PROMOVE TREINAMENTO EM DEGUSTAçãO DE VINHOS

Empresas de todo o Paraná têm buscado junto à Apras os cursos in company. É um novo trabalho que tem como objetivo proporcionar ações mais dirigidas e que atendam às particularidades do empresário nas datas, horários e locais em que seus profissionais têm maior disponibilidade. Procure a equipe da Apras para pedir os cursos que poderão ser realizados na sua cidade e também na sua loja.

A Apras realizou na matriz e nas regionais a segunda reunião do comitê do ano de 2010. Um trabalho que está chamando a atenção dos empresários, e no qual estão participando profissionais do varejo e também do atacado. Problemas semelhantes estão sendo enfrentados nos departamentos de Recursos Humanos das empresas. Pudemos ouvir o professor e empresário Douglas Camilo, em Londrina no dia 18 de junho, que falou sobre Banco de Horas: Regulamentação e Procedimentos. Muitas dúvidas foram esclarecidas e a participação foi intensa.

As reuniões também aconteceram em Cascavel e Ponta Grossa, onde pudemos contar com o auxílio do professor e também empresário, Marcos Rogério Dombrowski, que apresentou o tema “Mudanças organizacionais”. O trabalho do comitê funciona com a participação do associado empresário ou dos profissionais de RH e Departamento Pessoal. São reuniões trimestrais que estão sendo sempre anunciadas a todos. Participe conosco, pois compartilhar as dificuldades e buscar soluções conjuntas fortalece a todos.

Sempre inovando no que diz respeito aos eventos promovidos pela entidade, inusitadamente a Regional Cascavel promoveu em no dia 27 de maio – aproveitando o quase início do inverno – o treinamento em Degustação de Vinhos. Na foto: o supervisor da Vinícola Aurora, Leonardo

Batalha, o enólogo Max Schumaquer, o presidente da Apras Cascavel, Luciano Fabian e o representante da Vinícola Aurora, César Côrtes.

AgRAdecImentOS A cada dia, mais empresas têm buscado parceria com a Academia Empresarial Apras.

Agradecemos com grande alegria, a parceria com empresa LCA (Tia Ofélia) no apoio ao desenvolvimento do Laboratório de Padaria e Confeitaria na regional de Londrina, a qual possibilitará um espaço de aprendizado e formação de novos padeiros e confeiteiros para o varejo e comunidade.

Se a sua empresa, fornecedor ou supermercadista, tem interesse patrocinar a Academia Empresarial Apras, por favor, entre em contato com o departamento comercial da Apras e informe-se sobre as modalidades de patrocínio. Em breve, a programação completa dos cursos da Academia Empresarial Apras estará disponível no site: www.academiaapras.com.br

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Regionais Londrina e Cascavel organizam jantar em comemoração ao Dia das Mães

camPos gerais realiza jantar mensal com 200 ParticiPantes

Seguindo a tradição, a Regional Apras Ponta Grossa realizou no dia 19 de junho um jantar dançante que reuniu mais de 200 supermercadistas na Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Ponta Grossa. Não deixe de conferir as fotos desse grande evento.

eSpaço apraS

Uma grande homenagem às mães foi organizada pelas Regionais Apras no norte e oeste do Estado. Em Londrina, o jantar foi realizado no Centro de Eventos e Exposições no dia 15 de maio e teve a apresentação da banda RG e um grupo de patinação. Os patrocinadores foram: Bombril, Nestlé, Dori, Kimberly Clark, Melhoramentos, Pura Massa, Savio Sorvetes, Big Frango, Café Melita, Vinhos Guaravera, Spaipa, BRF Brasil Foods, Santher, Ninfa e Bom Sabor. A Agrícola Jandelle homenageou as mulheres presentes no jantar com rosas. Já em Cascavel, um jantar dançante foi realizado no salão do Buffet Palacius no dia 29 de maio, com a participação de mais de 900 pessoas, entre supermercadistas e fornecedores. O evento teve patrocínio das empresas: Coamo, Sepac, Líder, Bauducco, Vinícola Aurora, Dellarroz, Coca-cola e Cerveja Sol.

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LaNçaMeNtoS

bombril lança gel higieniza-Dor Para as mãos

seara lança segmento e Passa a oferecer Piz-zas congelaDas

aqueça suas venDas neste inverno

PraticiDaDe cremosa

Os consumidores estão cada vez mais preocupados com a higiene pessoal e um produto que segue com forte tendência de consumo é o gel higienizador antisséptico para as mãos. Diante dessa movimentação de mercado, a Bombril diversificou sua linha de cuidados pessoais ao lançar Lysoform Primo Gel Higienizador. Com secagem rápida, elimina vírus, germes e bactérias inibindo a sua proliferação na pele. Além disso, não resseca as mãos, deixando-as com sensação de frescor.

Uma nova linha de produtos composta por pizzas congeladas ampliará o portfólio da Seara Alimentos, do Grupo Marfrig. Além dos sabores tradicionais, como calabresa, mussarela e frango com queijo, outra opção será o exclusivo sabor fugazzeta, com cebola e queijos. O processo de fabricação diferenciado garante uma massa mais crocante e mais recheada do que as pizzas congeladas tradicionais.

A Ninfa Alimentos aposta na reformulação das embalagens da sua linha de massas para surpreender o mercado. Design moderno e atraente que irá fazer a diferença no ponto-de-venda, transmitindo a qualidade do produto. A nova identidade visual marca também o lançamento dos novos cortes da linha, que a cada dia traz mais diversidade para o consumidor. Você vai vender muito neste inverno com a linha de massas Ninfa.

A Stival Alimentos inova mais uma vez e apresenta ao mercado uma linha exclusiva de misturas prontas para polentas cremosas, que oferece ao consumidor novas opções para este alimento tradicional. Comercializada em cinco sabores, proporciona uma refeição de fácil preparo e preço justo. Cada embalagem de 300g serve até quatro pessoas e fica pronta para consumo em apenas 10 minutos.

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Doce D’oce lança novos sabores De salgaDin-hos

chega ao mercaDo o novo sonho De valsa trufa branca e Preta

água sanitária suPer clean evolution

brf investe milhões no relançamento Dos leites fermentaDos batavito

Contando com uma completa e variada linha de pães, tortas, doces e salgados, a Doce D’ocê lançou seis novos sabores de salgadinhos para fritar (caixas em porções de 300g) com sua nova marca Panutti. Croquete e coxinha de frango, polentinha com queijo, quibe tradicional, risóles de carne e pérolas de queijo destacam a qualidade das massas, volume do recheio e, principalmente, requinte em sabor e tempero.

Sonho de Valsa lança a edição especial com recheio de chocolate trufado, meio trufa branca, meio trufa preta, waffer e uma camada externa de chocolate ao leite. A novidade promete resultados ainda melhores que a primeira versão, lançada em 2007. A nova edição está disponível no mercado ao preço unitário sugerido de R$ 0,60 e na opção de embalagem no formato de caixa, ideal para presentear, a R$ 10,99.

Com investimentos em torno de oito milhões de reais, Batavito será a primeira linha de alimentos do Brasil especialmente desenvolvida para atender aos anseios dos pré-adolescentes. O projeto de relançamento inclui a criação da versão Batavito Mega, nos sabores Tradicional, Morango, Uva e Tangerina, lançamento exclusivo da marca. A Batavito será a única linha de leites fermentados do País a contar com produtos em embalagem cartonada de 160g.

De olho nas necessidades do mercado, a Super Clean Evolution lança a Água Sanitária em embalagem econômica de 5 litros. Comprovadamente eficaz no asseio, limpeza e desinfecção, a Água Sanitária Super Clean Evolution também demonstrou grande eficácia no combate às larvas do mosquito da dengue, tornando-se grande aliada na sua prevenção. O consumidor pediu e a Super Clean Evolution atendeu, Água Sanitária de 5 litros embalagem econômica. Tenha você também em sua loja.

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eSpaço do Leitor

Prezado leitor,Mande suas dúvidas e críticas. Para a equipe da revista Supermix é muito importante ouvi-lo.

Envie sua correspondência para:Av. Senador Souza Naves, 535 – Cristo ReiCuritiba/PR – CEP 80045-190E-mail: comunicaçã[email protected]

O que você gostaria de ver na revista Supermix?Nossa equipe quer saber sobre quais temas você gostaria de ler a respeito nas páginas da revista. Participe, enviando sua sugestão para o [email protected]

erramosNa edição 128 (maio/junho), a seção Design no PDV “Os paradigmas do varejo” é um artigo assinado por Zeh Hen-rique Rodrigues, designer gráfico, especialista em mar-keting e diretor da Brainbox Design Estratégico, empresa especializada em branding, embalagem e design para varejo e PDV. É também professor da Academia Empresarial Apras.

Índice de VendasEm virtude de problemas no recebimento de dados que compõe o Índice de Vendas Apras/Nielsen, a Nielsen preci-sou reprocessá-los, o que gerou atraso na entrega impos-sibilitando a publicação do mesmo nessa edição da revista. Pedimos desculpas pelo transtorno e informamos que o Índice de Vendas estará disponível no site da revista (www.apras.org.br/supermix) a partir do dia 19 de julho de 2010. Grato pela compreensão.

João Carlos LazzariniDiretor de atendimento da Nielsen Brasil

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