supermix edição 126

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Varejo Supermercado APRAS

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PresidentePedro Joanir Zonta (Condor Supermercados)Primeiro Vice-PresidenteLuiz Mauricio K. Hyczy (Supermercados Superpão Ltda.)Vice-Presidente FinanceiroDaniel Kuzma (Kusma & Cia LTDA)Vice-Presidente de PatrimônioJoão Jacir Zonta (Comercial Alimentos Zonta)Vice-Presidente de CapacitaçãoMauricio Bendixen da Silva (A. Angeloni & Cia LTDA.)Vice-Presidente de Relações PúblicasJosé Eduardo Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA)Vice-Presidente SegurançaLuiz Alberto Leão (Condor Supermercados)Vice-Presidente EventosEverton Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA.)Vice-Presidente ExpansãoAlceu Breda (Fadaleal Supermercado LTDA)Vice-Presidente de Segurança AlimentarNelvir Rickli Junior (Supermercado Rickli)Vice-Presidente Relações SindicaisAdemar Vedoato (Supermercados Viscardi)Vice-Presidente Adjunto Paulo Beal (Supermercado Beal)Vice-Presidente Adjunto Celso Luiz Stall (Supermercado Stall LTDA)Vice-Presidente Adjunto Silvio Koltun Alves (Mercantiba Supermercado LTDA.)Vice-Presidente Adjunto Alceu José Tissi (Supermercados Tissi LTDA)Vice -Presidente AdjuntoCezar Moro Tozetto (Tozetto & Cia LTDA)Conselho Fiscal EfetivoRodolfo PankratzHaroldo Antunes DeschkDercio Domingos de CostaConselho Fiscal SuplenteJoão Batista Moreira dos SantosEdson ZamprognaClaudia Maria DalmoraPresidente Regional Sul - Ponta GrossaSergio Jasinski (Supermercado Jasinski)Presidente Regional Norte - LondrinaValdeci dos Santos Galhardi (Irmãos Muffato & Cia LTDA)Presidente Regional Oeste - CascavelLuciano Fabian (Supermercado Fabian)Presidente Regional Sudoeste - Panto BrancoVinicius Lachman (Nestor Lachmann & Cia LTDA)Presidente Regional Noroeste - MaringáRoberto Burci (Supermercado Bom Dia Burci)Presidente Regional Norte Pioneiro - JacarezinhoLuiz Yoneo Ueda (Supermercado Ueda Bandeirantes)Presidente Regional - CuritibaIrineu Ferrari (Ferrari & Cia LTDA)Presidente Regional - IratiPaulo César Ivasko (Supermercado Ivasko)Presidente Regional - GuarapuavaDaniel V. Hyczy (Supermercado Superpão)Conselho PermanenteEverton MuffatoPedro Joanir ZontaRuy SenffSidney SchnekembergEduardo Antonio DalmoraRomildo Ernesto ConteRoberto DemetercoSuperintendenteValmor Antônio RovarisDiretor ComercialWalde Renato Prochmann

Vice-Presidente de Relações PúblicasJosé Eduardo Muffato Diretor ComercialWalde Renato ProchmannJornalistaCamila Manssour TremeaRedaçãoFabio Pinheiro Departamento ComercialPatrícia Bernardi e Rosicléia JonasFone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513E-mail: [email protected]çãoSamuel RodriguesRevisãoPaulo Roberto Maciel SantosFotosAlex SantosPré-Impressão (CtP) e ImpressãoMaxi Gráfica e Editora Ltda.Tiragem13.000 exemplaresDistribuição NacionalEnviada aos supermercados e atacadistas do Brasil.A revista Supermix pertence ao patrimônio da APRAS –Associação Paranaense de Supermercados – e é o seuórgão oficial de divulgação.Avenida Souza Naves, 535 – CEP 80050-040Fone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – [email protected] / www.apras.org.brOs artigos assinados são de total responsabilidade de seusautores e não refletem necessariamente a opinião da revista.Todos os direitos reservados.

DIRETORIA EXECUTIVA

TRIÊNIO 2009/2012

0506081620

2328374550

Palavra do Presidente

Calendário

Perfil

E-commerce

Editorial

Jurídico

News Artigos

Espaço Iespar

Plataforma

sumário

31

18

24

14

Economia Ano Novo chega com otimismo para o setor

supermercadista

Responsabilidade Social - Desrespeito às vagas especiais pode resultar em punição aos motoristas

Marketing Empresas devem investir para manter suas marcas entre as mais lembradas

Boas Práticas Verão exige

maior cuidado na conservação dos

alimentos

matéria de capa

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Palavra do presidente

Caro leitor,

Quando chegamos ao final de 2008 e início de 2009, as incertezas eram grandes: o que iríamos enfrentar em razão da crise que se originou nos Es-tados Unidos. Era uma crise puramente financeira, mas que afetou toda a economia ameri-cana, principalmente, a bolsa de valores, o valor do dólar e o mercado imobiliário. Rapi-damente, ela se espalhou pelo mundo, afetando países desen-volvidos da Europa, o Japão e a China. No Brasil, não foi diferente: ela chegou rápido, derrubou as bolsas de valores, reduziu as exportações e a en-trada de dólares no mercado econômico brasileiro, con-sequentemente, aumentou o valor da moeda americana e o índice de desemprego, diminu-iu as atividades industriais e o volume de crédito para os con-sumidores. Assim, a economia ficou num momento de espera e grandes incertezas.

A partir do final do primeiro trimestre de 2009, momento em que a economia do Bra-sil começou a apresentar um pequeno crescimento, em razão de vários incentivos cria-dos pelos Governos Federais, Estaduais e pelo Banco Cen-tral, podemos constatar que efetivamente que foi a partir do segundo semestre que o des-emprego reduziu novamente, aumentando assim a confiança

Pedro Joanir Zonta Presidente da Apras

dos consumidores, com os in-centivos as indústrias aumenta-ram suas atividades, os inves-timentos externos retornaram, as exportações voltaram aos seus volumes anteriores, o dó-lar e as taxas de juros reduzi-ram nesse período. Assim ao chegarmos ao final do ano, e constatamos que os nossos resultados foram bons. No acumulado dos dez primei-ros meses do ano, o setor su-permercadista registrou um crescimento real de vendas de 5,57%.

Ao iniciarmos 2010, nossas expectativas são excelentes, pois a economia, o crédito e o consumo tendem a crescer, en-quanto o dólar e o desemprego devem baixar. Não podemos esquecer também que o Gov-erno Federal autorizou o au-mento do salário mínimo e dos aposentados de R$ 465,00 para R$ 510,00 - o que significa in-jetar no mercado econômico e de consumo bilhões de reais. Com o aquecimento dos sa-lários e a redução das taxas de desemprego, há uma boa pro-jeção para o aumento nas ven-das no período que antecede a Páscoa, que este ano vem an-tecipada no dia 04 de abril.

Além de o setor estar otim-ista para este ano, a Apras – Associação Paranaense de Su-permercados vai trazer muitas novidades para o leitor associa-do. Nossos cursos e treinamen-

tos devem ganhar reforço a par-tir de março, com o lançamento de novos programas e parcerias que deverão fazer do Iespar – Instituto Escola Paranaense de Supermercados, uma referên-cia no ensino do varejo no Sul do país. Na próxima edição, a revista Supermix vem de cara nova, com muito mais conteú-do e mais atraente para aqueles que querem aproveitar o es-paço para vender seus serviços e produtos. Os comitês devem conquistar mais espaço no in-terior do Estado, com reuniões freqüentes e profissionais quali-ficados como convidados. E as feiras já estão com ótimas per-spectivas para este ano. Vocês não podem deixar de participar da Mercosuper, em Curitiba, da Supernorte, em Londrina e da Superoeste, em Cascavel.

Além do mais, convido o colega leitor para estar atuan-do sempre junto a Apras para conquistarmos cada vez mais representatividade junto aos órgãos públicos.

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Editorial

A livre concorrência existe, não se pode negar. No entanto, permanecer na lembrança dos consumidores como o concorrente mais lembrado não tem sido tarefa fácil para as empresas. Por isso, a edição 126 da Revista Supermix está imperdível. Com o tema de capa “Quanto vale a sua marca?”, vamos saber o que alguns especialistas em marketing dizem sobre a importância de atender melhor às necessidades dos consumidores do que a concorrência.

Nas demais páginas da revista, o leitor poderá acompanhar também quais são as expectativas para o comércio, a indústria e o varejo em 2010 pela análise de alguns presidentes de federações e associações de classe. O ano de e-commerce: o número de consumidores virtuais no Brasil já alcança a marca dos 17 milhões e como os supermercadistas têm se adaptado a essa nova tendência. Apesar das freqüentes chuvas, quais devem ser os cuidados no armazenamento de alimentos perecíveis nas lojas de supermercados.

E, é claro, além de toda gama de conteúdo desta primeira edição de 2010, nossa equipe também está desenvolvendo estratégias para vencer a concorrência. Prezado leitor, prepare-se para a edição março-abril da Revista Supermix, que vai estar de cara nova e muito mais robusta. Inovadora não apenas na aparência, mas também em conteúdo.

Boa leitura!

Camila Manssour TremeaCoordenadora de Comunicação

Caro Leitor

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Comercial bom nem sempre gera vendas

Super Muffato inaugura mais duas lojas no Paraná

Um grande comercial não significa automaticamente

a compra de um produto. É o que comprova uma pesquisa realizada nos Estados Unidos que descobriu que metade dos consumidores não se inspira a fazer compras em uma rede va-rejista que tenha feito o comer-cial que eles mais gostaram.

Dos entrevistados, 17% afir-maram que o comercial favori-to as incitou a fazer compras naquele lugar, enquanto 50% disseram que não. Um terço disse ainda que o comercial favorito não causou impacto porque eles já compravam em determinada rede. Quando

A rede de supermercados Super Muffato inaugurou,

em dezembro de 2009, mais duas lojas: um supermercado em Foz do Iguaçu, anexo ao Cataratas JL Shopping e um

questionados pela Associação de Marketing de Varejo sobre qual era o comercial favorito para o fim de ano, 26% respon-deram o Walmart. Nos últimos três anos, os filmes favoritos eram os da rede Target, que neste ano ficou só com 16%. A empresa causou polêmica por causa de um comercial que co-locava em dúvida a existência do Papai Noel.

Na esfera digital, o Walmart também lidera com a mel-hor campanha, com 20% da preferência dos consumidores. Pouco atrás, com 18%, está a Amazon. Da mesma forma, as ações online tiveram dificul-

dades para gerar compras, já que somente 22% afirmam que a promoção na internet os con-venceu a ir à loja e comprar. O estudo descobriu também que no fim de ano a cuponagem surge como mídia mais influ-ente, com 45% das citações dos clientes. O boca-a-boca ficou em segundo, com 27%, seguido por encartes em jornais e revis-tas, com 27% também, televisão com 23% e jornais com 22%. Fonte: www.mmonline.com.br

hipermercado na região leste de Londrina.

A loja de Foz do Iguaçu mar-ca o quinto empreendimento do grupo na cidade. Um su-permercado completo com

grande variedade de produtos em todos os departamentos. A obra, com cinco mil metros quadrados de área construída, está gerando na região 200 no-vos empregos diretos e mais

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News

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100 indiretos. “O shopping center é um local que oferece comodidade para toda a família, as pessoas vão poder fazer as compras e aproveitar o espaço que oferece vários serviços e lazer, atendendo assim as ne-cessidades dos nossos consum-idores”, afirma Ederson Muffa-to, diretor do Super Muffato.

O grupo emprega mais de mil colaboradores em Foz do Iguaçu e, com essa nova filial, a rede se torna o maior emprega-dor privado da cidade, chegan-do a sete mil funcionários, sem contar com os colaboradores indiretos. “É nosso compromis-so investir no estado e valorizar nossa população”, diz Ederson.

Já a cidade de Londrina ganhou um hipermercado de novíssima geração com 13 mil metros quadrados de área construída. Uma obra com ar-quitetura moderna seguindo os padrões de qualidade Su-per Muffato. Esta é uma loja de conceito sustentável: o gás usa-do no sistema de refrigeração não contamina a camada de ozônio e a planta térmica reduz o uso de energia elétrica em até 30%. Assim como Foz do Igua-çu, o empreendimento contri-bui diretamente na geração de empregos, acompanhando o crescimento do município. Ao todo, o grupo conta com três mil colaboradores só na região

de Londrina. A modernidade no autosser-

viço é o cartão de visita da nova loja. “Trouxemos para a filial o que há de mais completo e avançado em autosserviço no mundo. Esse será um espaço que vai proporcionar comodi-dade e bem estar aos nossos clientes, passando a fazer parte do dia-a-dia da população da região”, afirma Everton Muffato, diretor do grupo Super Muffato.

As novas lojas completam a 34ª unidade da empresa que está presente em 11 cidades do Paraná e em Presidente Pruden-te, no interior de São Paulo.Fonte: Da Assessoria

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News

Ninfa Alimentos inaugura indústria de massas

Café Lontrinha é eleita marca preferência do paranaense segundo Ibope

Também no mês de dezem-bro de 2009, a Ninfa Ali-

mentos celebrou a inauguração das instalações da nova uni-dade de massa seca e macarrão instantâneo. Um momento im-portante não apenas para a Nin-fa, mas também para Medianei-ra e região, já que impulsionará a economia do Estado através da expansão de mercados.

O ano de 2009 foi de grandes conquistas para

o Café Lontrinha, que em 2008 havia comemorado 50 anos e viu suas vendas crescerem como resultado do trabalho de distribuição, relacionamento estreito com os lojistas e de ações promocionais no ponto de venda.

Essa notoriedade pôde ser constatada em várias pesquisas e premiações no decorrer do ano, a primeira delas, tendo a empresa como finalista do prê-mio Top de Categoria, sendo um dos melhores fornecedores segundo a Apras – Associação Paranaense de Supermerca-dos. Recentemente, recebeu a medalha de prata como marca de preferência entre os con-sumidores do Centro-Sul do Paraná – que engloba Região

Com equipamentos de última geração fabricados no Brasil, mas com tecnologia italiana, a nova unidade faz da Ninfa a indústria de massa seca mais moderna do país. Com três linhas de produção, sua capa-cidade atinge 7 mil kg/hora, o que corresponde a cinco carre-tas cheias de massa por dia, e 150 por mês. A festa de inau-

guração fez parte também das festividades de comemoração aos 30 anos da empresa e foi re-alizada para enfatizar o compro-metimento da Ninfa Alimentos em investir na capacitação de seus profissionais, ampliação do pólo industrial e aquisição de equipamentos com tecnolo-gia de ponta.Fonte: Da Assessoria

Metropolitana de Curitiba, lito-ral, Campos Gerais, Guarapua-va e região –, prêmio concedi-do pelo projeto Impar da Rede Independência de Comunica-ção em parceria com o Ibope.

Segundo Lúcio Pereira de Oliveira, estes foram os re-sultados de um trabalho que começou em 1958 e que cul-minou nos últimos anos com o forte trabalho de marketing re-alizado. Além disso, foram fei-tos também investimentos de

melhoria no processo de fabri-cação: a torra, que agora utiliza gás natural como combustível, é feita com uma redução drásti-ca da emissão de poluentes, melhorando a qualidade do café, já que elimina os resíduos da queima que antes era feita com querosene. Para 2010, o Café Lontrinha está planejando várias ações, todas com o obje-tivo de melhorar ainda mais os resultados.

Fonte: Da Assessoria10 | supermix 126

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RP Informática recebe o prêmio “Partnership Award 2009”

Pesquisa mostra que baixa renda não tem o hábito de consumir marcas conhecidas

A empresa Seiko Epson realizou no México o

evento “Epson Estrategic Part-ners Conference – Partnership Award 2009”. O evento anual reúne seus maiores parceiros de países como: México, Costa Rica, Peru, Chile. Colômbia, Venezuela, Brasil e Argentina.

A empresa RP Informática Ltda., representando o Brasil, recebeu o prêmio de “Melhor Parceira de Negócios” pelo fato de seus sistemas serem consid-

Uma pesquisa inédita da Associação Comercial de

São Paulo apontou que 50,2% dos entrevistados não se preo-cupam em consumir marcas conhecidas. Dentre as classes sociais, os consumidores A e B são os mais preocupados em consumir marcas conhecidas (40%).

A superintendente de Mar-keting da Associação, San-dra Turchi, acrescenta que as classes D e E apresentam a percepção inversa, com 21% preocupados em obter produ-tos de marcas conhecidas. “O consumidor da baixa renda está em busca de custo-benefício,

erados de grande qualidade e também pelo número expres-sivo de licenças instaladas em supermercados com impres-soras Epson. Segundo Gilberto Dutra, diretor comercial que recebeu o prêmio das mãos do presidente da Epson América, John Lang, o prêmio representa o reconhecimento do trabalho em equipe realizado na empre-sa, colocando-a em destaque no cenário internacional.Fonte: Da Assessoria

o que reflete em procurar nas marcas mais baratas aquilo que ele geralmente encontra nas mais caras. Entretanto, vale sa-lientar que esse público apre-senta uma fidelidade maior às marcas que consome”, aponta a especialista. Sandra acrescenta que, dentro da amostragem de 800 pessoas, 82,8% dos entrev-istados concordam que marcas com melhor qualidade são mais caras.

Ainda segundo dados da As-sociação Comercial de São Pau-lo, a média diária de consultas das vendas a crédito na primei-ra quinzena de novembro cres-ceu 2% sobre igual período em

outubro passado. As consultas ao SCPC/Cheque (vendas à vis-ta) cresceram 3,2% na quinzena (comparado com igual período no mês anterior), e os registros de inadimplência, na primeira quinzena de novembro, caíram 12,6% em comparação igual período em 2008. “Além da percepção das marcas, também constatamos que o volume de crédito no país está retomando. Isso mostra que ciclo de com-pras e a percepção estão mel-horando gradativamente”, ex-plica.Fonte: Tamer Comunicação Empresarial

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News

Dois tradicionais supermercados do Paraná celebram memorando de entendimentos para futura aliança

FEMSA fecha intercâmbio estratégico por participação na Heineken

As redes de supermerca-dos Cidade Canção e São

Francisco, de Maringá, anun-ciaram em janeiro uma aliança que tem como meta posicio-nar o grupo entre as 25 maio-res empresas do país no setor. Ambos os supermercados têm mais de 30 anos de tradição no mercado, somando 28 lojas e mais de três mil colaborador-es, atuando em dois estados e onze cidades.

A empresa contratada para conduzir o processo foi a PricewaterhouseCoopers, uma consultoria de renome inter-nacional e que está entre as

A FEMSA, maior companhia de bebidas da América La-

tina, comunicou ainda no mês de janeiro que seu Conselho de Administração aprovou de forma unânime um acordo definitivo para a realização de operação estratégica com a Heineken, ao transformar as operações da companhia em uma participação econômica de 20% de Heineken, uma das cervejeiras líderes mundiais.

quatro maiores do mundo. Ela irá assessorar os controla-dores nas análises em profun-didade que definirão o formato de uma aliança estratégica. Os princípios adotados para este processo já foram definidos: a gestão será compartilhada entre as duas empresas de maneira idêntica; a sinergia alcançada criará a musculatura necessária para que o grupo se posicione entre as 25 maiores empresas do país no setor; a expansão do grupo será acelerada e trará um conseqüente aumento no número dos postos de trabalho.

Durante a coletiva de imp-

rensa realizada para anunciar a aliança, uma das questões res-saltadas foi a dos ganhos que se traduzirão em benefícios para todos os setores da comuni-dade, tendo em vista a geração de empregos, renda e de rique-zas que circularão na cidade e região. Na coletiva, os dire-tores das duas redes ressalta-ram que durante o processo de análise que será conduzido pela PricewaterhouseCoopers nada mudará na rotina das empresas. Fonte: RG Comunicação

Espera-se que as ações atribuídas sejam adquiridas pela Heineken no mercado secundário e que sejam entreg-ues à FEMSA durante um perío-do que não exceda cinco anos. A Heineken também assumirá US$ 2,1 bilhões de dívidas. A transação total está avaliada em aproximadamente US$ 7,3 bilhões. José Antonio Fernán-dez Carbajal, diretor-geral de FEMSA fará parte do Conselho

de Administração de Heinek-en como vice-presidente. “Fi-camos entusiasmados com esta transação, que transforma as operações da FEMSA em uma parte integral da plataforma mundial e de grande liderança de Heineken. Ela representa a oportunidade mais atrativa para transformar nosso ativo cerve-jeiro, nos permitindo perceber o valor que temos construído ao longo da última década. A

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Venda sazonal para o verão explode nas redesConsiderado recorde por

alguns varejistas e com uma alta de 35%, em média, nas vendas de produtos sa-zonais para o verão deste ano, redes como Grupo Pão de Açú-car, Walmart Brasil e Carrefour comemoram o desempenho do período, ante a projeção ante-rior de crescimento de 20% nas vendas em relação à igual épo-ca do ano passado.

Para a diretora comercial do Walmart, Sandra Haddad, o re-sultado da comercialização dos produtos da categoria foi sur-preendente, e pode obrigar a empresa a fazer novos pedidos junto aos fornecedores antes do fim da estação, que vai até março. “Se as vendas continu-arem do jeito que estão tere-

transação nos permite oferecer aos nossos acionistas a opor-tunidade de participar na cria-ção do valor que esperamos que seja gerado ao integrar ambas. Ao mesmo tempo, au-menta a flexibilidade operacio-nal e financeira da FEMSA, nos permitindo focar nossa atenção e recursos nas oportunidades de crescimento”, comentou Fernández.

Jean-François Van Boxmeer, presidente do Conselho de Ad-ministração de Heineken, diz que este é um acontecimento muito relevante e significativo

para a Heineken. “Transforma nosso futuro nas Américas e marca uma nova etapa nesta sólida parceria. Mediante esta operação, nos transformamos em um jogador muito mais forte e competitivo na América Latina, um dos mercados cer-vejeiros mais rentáveis e de maior crescimento no mundo. A transação fortalece consider-avelmente nossa posição den-tro do mercado global de cerve-jas, expande nosso portfólio de marcas internacionais líderes, e reforça nossa posição de lider-ança no mercado de cervejas

importadas nos Estados Unidos. Acredito que esta transação gerará considerável valor para os acionistas de ambas as em-presas no futuro. Fico feliz em dar as boas-vindas a todos os novos e talentosos colegas da FEMSA Cerveja. Tenho certeza que nos beneficiaremos de suas habilidades, experiência e idé-ias”, afirma o executivo.

Fonte: S2 Comunicação Inte-grada

mos recorde, neste ano”, con-ta. Segundo a rede o destaque vai para preços competitivos, como chamariz às vendas. “A rede manteve alguns produtos com o preço do ano passado e outros tiveram reduções devido às negociações que fazemos com a indústria”, diz.

De acordo com o Grupo Pão de Açúcar, a previsão é aumen-to de 15% na comercialização de artigos para a estação de calor. A venda de águas deve crescer 15% e a de sucos e isotônicos 10%, com destaque para os produtos de marcas próprias. Para a diretora executiva do Ex-tra, Sylvia Leão, eventos como o Carnaval e Copa do Mundo serão os puxadores de vendas da rede no primeiro semestre.

“As promoções estão em linha com a proposta da empresa, de oferecer itens de qualidade, oportunidades de pagamento e preços competitivos”, comenta.

Já no Carrefour, as vendas sa-zonais são a aposta para os me-ses de janeiro e fevereiro, prin-cipalmente no setor de Bazar, que terá variedades de itens para as férias. Para conquistar o cliente, a varejista promete facilitar o pagamento, com par-celamentos em até 10 vezes, sem juros no cartão Carrefour e descontos de até 50% em toda a linha de malas de viagem. Fonte: DCI

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O calor do verão exige uma série de cuidados por par-

te do setor supermercadista. As altas temperaturas têm influên-cia direta na qualidade de diver-sos tipos de itens. Para oferecer produtos em boas condições neste período, os supermerca-dos adotam medidas visando melhorar a conservação dos perecíveis, que representam 60% das vendas totais, em mé-dia, dos setores de açougue, padaria, confeitaria, fiambreria, laticínios e hortifrutigranjeiros, segundo fontes entrevistadas para esta matéria.

De acordo com consultores da área, os alimentos perecíveis por si só são sensíveis à deterio-ração biológica, física ou quími-ca, o que pode prejudicar sua qualidade para consumo. Para assegurar a conservação destes produtos, especialistas reco-mendam uma análise adequada das condições e restrições para o recebimento, preservação, utilização de embalagens e ar-mazenamento dos alimentos. Os cuidados devem levar em

Boas Práticas

A mudança de rotina para o verãoEstação exige mais cuidado com a conservação dos alimentos

consideração especialmente os produtos que dependem de baixas temperaturas para serem conservados. O controle de temperatura deve ser rigoroso, pois qualquer alteração no es-tado do produto é acumulativa e não pode ser recuperada.

Nas sete lojas da rede Jaco-mar – três em Curitiba, três em São José dos Pinhais e uma em Piraquara –, a rotina de trabal-ho dos repositores e chefes de setor ficou mais intensa já em novembro de 2009, como ex-plica o gerente Darby Gomes. As temperaturas das câmaras frias nos estabelecimentos do grupo foram ajustadas para en-frentar o calor e os termômet-ros passaram a ser monitorados com mais frequência. “Com os picos de calor já registrados, nós intensificamos a fiscaliza-ção. Temos que estar atentos se as geladeiras e freezers es-tão funcionando corretamente porque no verão estes produtos ficam muitos suscetíveis se a re-frigeração das câmeras abertas estiver desregulada”, exempli-

fica. Levando em consideração a circulação dos clientes, os su-permercados do grupo repro-gramam o tempo de abertura das portas dos refrigeradores e do degelo dos equipamentos que passa a acontecer no perío-do da noite, para garantir uma maior conservação dos produ-tos congelados e refrigerados.

Também durante o verão, os estabelecimentos são mais rig-orosos em relação à política de receber perecíveis entre sete e 10 horas. Gomes lembra que pela manhã o calor ainda não é tão intenso e a conferência do estoque neste período ga-rante mais resistência a esses produtos. A maior procura por cervejas e refrigerantes gelados faz ainda com que a atenção dos repositores seja redobrada no setor de bebidas. O trabalho desses funcionários também é grande nos hortifrutigranjeiros. Com as altas temperaturas, as frutas, verduras e legumes amadurecem mais rapidamente e os supermercados acabam optando por disponibilizar me-

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Altas temperaturas também significam maior gasto com en-ergia elétrica para manter a ofer-ta de produtos com qualidade. A solução que a rede Jacomar encontrou foi a de ingressar num programa de benefícios da Companhia Paranaense de Energia (Copel) para adquirir um gerador próprio. O grupo Kusma apostou na política do horário de verão para aproveit-ar a luz natural e garantir um abastecimento extra às lojas da rede. A aposta deu certo. A medida será adotada também no novo supermercado que já começou a ser construído no bairro Capão Raso, em Curi-tiba. A loja atual, que fica no mesmo bairro, será demolida para dar espaço a um estab-elecimento maior. “Estamos aplicando todas as medidas ne-cessárias para que o meio ambi-ente seja preservado o máximo possível”, diz Marlos Kusma.

Para colaborar na melho-ria da qualidade operacional de produtos perecíveis, Clóvis Polese, supermercadista e con-sultor há mais de 30 anos, es-creveu o Manual dos Perecíveis em Supermercados. Lançado pela editora Nova Prova, o liv-ro, traz 14 capítulos de orien-tações simples e práticas sobre recrutamento, seleção e trein-amento de pessoal para trabal-har no setor, a importância dos equipamentos de refrigeração, higiene e limpeza, congelados, peixaria, rotisseria, plantas e flores.

De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do In-stituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a previsão

Mais Energia

Previsão

Manual

nos produtos nas gôndolas. De acordo com Gomes, os horti-frutigranjeiros ficam estocados nas salas de preparo, onde a temperatura é condicionada, o que permite que o tempo de conservação destes alimentos seja prolongado. “No final do dia, os produtos são recolhidos da área de venda para serem ar-mazenados nesta sala”, conta.

O maior cuidado com esto-cagem e logística também estão em ação nas sete lojas que o grupo Kusma mantém em Cu-ritiba, Campo Largo, Campina Grande do Sul, Colombo, Pin-hais e São José dos Pinhais. Uma das alterações providen-ciadas foi a colocação de parte do mix de perecíveis nas ge-ladeiras e ilhas refrigeradas. O analista de marketing do grupo, Marlos Kusma, explica que os supermercados precisam man-ter o estoque desses itens o mais enxuto possível. “Uma es-tocagem a mais ou uma com-pra exagerada pode sobrecar-regar o maquinário e aumentar a quebra dos equipamentos”, diz. Segundo ele, essa medi-da, necessária com a chegada do calor, modifica a rotina em relação aos compradores tam-bém. “Temos que fazer um maior número de compras e em menor quantidade”, com-pleta. A mesma estratégia é uti-lizada também no setor de hor-tifrutigranjeiros. A busca desses alimentos junto ao fornecedor cresce neste período do ano. Alguns produtos também pas-

climática para este começo de 2010 continua apontando para a ocorrência de chuvas varian-do de normal a acima da nor-mal na maior parte da Região Sul do país. Ainda de acordo com o CPTEC, mesmo com a presença do fenômeno El Niño na região equatorial do Pací-fico, o verão registrará valores de temperatura do ar entre nor-mal e abaixo da normal clima-tológica. A estação tem como característica dias progressiva-mente mais longos e quentes. Em Curitiba, o dia mais quente de 2009 foi registrado ainda na primavera. Em 4 de setembro, de acordo com o Instituto Tec-nológico Simepar, às 16h30, os termômetros marcaram 33,5 graus na capital paranaense. O recorde anterior foi de 32,8 graus, que tinha sido alcançado no dia 5 de janeiro.

sam a ser refrigerados e em alguns casos recebem até em-balagens especiais. “O menor descuido com os hortifrutigran-jeiros pode trazer surpresas de-sagradáveis”, comenta Marlos.

janeiro - fevereiro 2010

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Perfil

Vidas pessoal e empresarial caminham juntas

Quis o destino que a trajetória dos Supermercados Fabian e de Luciano Marcio Fabian seguis-sem o mesmo caminho. Há exatos 32 anos, os pais de Luci-ano comemoravam duas alegri-as: a fundação da empresa e o nascimento do filho, que hoje é diretor administrativo das duas lojas Fabian, uma em Cascavel e outra em Cantagalo, no Oeste paranaense.

Graduado em Administração de Empresas, Fabian cresceu na loja da família. Viu de perto o esforço e a dedicação da família para erguer o negócio. Nasceu aí sua paixão pelo comércio, que o levou a passar por todos os cargos na empresa, cumprin-do à risca a cartilha da ascen-são dentro da empresa familiar. “Não consigo me imaginar ex-ercendo outra atividade”, ad-mite.

Casado com Josiane, Fabi-an procura equilibrar a rotina puxada nas duas lojas com a vida familiar e social, que é bem agitada, devido às responsabili-dades à frente da regional Oeste da Apras. Procura organizar seu tempo para, nos finais de sema-na, jogar uma partida de futebol com os amigos. O tempo que sobra ele dedica à leitura de liv-ros como O Caçador de Pipas

e Casais Inteligentes Crescem Juntos. Assiste a filmes e gosta de relaxar curtindo boa música sertaneja e MPB.

Determinação e caráter são dois requisitos básicos para Fa-bian selecionar os novos co-laboradores. Ele acredita que as altas cargas tributárias são o principal problema enfrentado pelo setor, mas que o fim da inflação é uma conquista espe-tacular não só para o setor, mas para toda a sociedade. Olhando para o passado, o empresário acredita que o ramo supermer-cadista avançou muito, sobre-tudo com o crescimento e pro-fissionalização das empresas familiares.

Maior virtude? “Ser amigo das pessoas.” E o maior defeito? “Acreditar demais no ser hu-mano”. Entre os sonhos, o em-presário aposta na construção de uma família e no crescimen-to do negócio aprendido com o trabalho dos pais. “Acredito que todos têm seu lugar, seu espa-ço. A moral está no coletivo, pois ela busca o equilíbrio entre as pessoas e sua convivência pacífica, não apenas entre eu e o outro, mas entre eu e muitos”.

“A moral está no co-letivo, pois ela busca o equilíbrio entre as pessoas e sua con-

vivência pacífica, não apenas entre eu e o

outro, mas entre eu e muitos”.

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Responsabilidade Social

Desrespeito às vagas especiais pode resultar em multa e remoção do veículo

em Curitiba

De acordo com a lei, 5% do total de vagas de estacionamento privado ou reg-ulamentado devem ser destinadas a idosos e 2% a portadores de deficiência

O respeito às vagas especi-ais de estacionamento em su-permercados ganhou um aliado em Curitiba: desde dezembro de 2009, estacionar sem cre-dencial em vaga exclusiva para idosos, portadores de deficiên-cia e pessoas com dificuldade de locomoção é passível de pe-nalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro – multa de R$ 53,20, três pontos na Carteira Nacional de Habilita-ção e remoção do veículo.

O uso da credencial é ob-rigatório tanto em áreas privadas – como supermercados, hospi-tais, shoppings e universidades, por exemplo – quanto em va-gas exclusivas do EstaR – Es-tacionamento Regulamentado. Ao todo, Curitiba terá, a partir de dezembro, 409 vagas para idosos e 164 vagas para porta-dores de deficiência. No total, a cidade tem cerca de oito mil vagas de EstaR. A vaga especial

é um direito assegurado por lei federal com uso regulamentado por resolução do Contran – Conselho Nacional de Trânsito – que determina que 5% do to-tal de vagas de estacionamento privado ou regulamentado se-jam destinadas a idosos e 2% a portadores de deficiência. Segundo a assessoria de imp-rensa da Urbs – Urbanização de Curitiba S/A – o gerenciamento do cumprimento da lei varia de acordo com o município do Es-tado, podendo estar a cargo de órgão específico de cada prefei-tura ou do Detran.

Em Curitiba, a Urbs imple-mentou uma etapa inicial, com a abertura de credenciamento para que os beneficiados ten-ham o documento que com-prova a necessidade de uti-lização da vaga – a credencial precisa ficar exposta junto ao vidro do carro estacionado. A partir de agora, o órgão passa

a aplicar as penalidades aos veículos estacionados nas vagas exclusivas sem a credencial. “É muito importante que haja fis-calização para que as pessoas imprudentes sejam multadas e o comportamento mude. Ob-servamos com muita, mas mui-ta freqüência, o desrespeito na utilização das vagas para defi-cientes. As pessoas acham que podem ocupá-la, mesmo que por pouco tempo. Isto preju-dica bastante o sentimento de acolhimento para a locomoção daqueles que precisam de facili-dades especiais”, alerta o presi-dente da Associação dos Defici-entes Físicos do Paraná, Mauro Vicenzo.

Mauro ainda reforça a seguinte questão: respeitar as vagas para públicos específicos é uma questão de responsabi-lidade civil, de atuação como cidadão. “As pessoas não po-dem achar que é um gesto de

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De acordo com a lei, 5% do total de vagas de es-tacionamento privado ou regulamentado devem ser destinadas a idosos e 2% a portadores de deficiência

O credenciamento para uso das vagas especiais está sendo feito pela Urbs e já atingiu 1,2 mil pessoas. Podem fazer o cre-denciamento pessoas que já tenham completado 60 anos de idade, que sejam portadoras de necessidades especiais ou ten-ham dificuldade de locomoção e que residam em Curitiba. Também podem se credenciar motoristas que conduzem ido-sos ou portadores de deficiên-cia.

Ao usar uma vaga especial, o motorista deve deixar a creden-cial fornecida pela Urbs no pai-nel do carro, com a frente volta-da para cima. Ela também deve ser apresentada sempre que solicitado pela fiscalização. No caso do estacionamento regula-mentado a credencial garante a vaga, mas não exime o usuário do pagamento. Assim, nessas vagas será necessário deixar no painel, além da credencial, o cartão do EstaR que custa R$ 1,00 a hora. A utilização indevi-da do cartão, como empréstimo a terceiros, cópia, rasuras ou falsificação, implicará no can-celamento do mesmo e penali-dades previstas em lei.

A obrigatoriedade de apre-

responsabilidade social, em que se opta por agir desta forma ou não. Está na lei”, complementa.

sentar a credencial está sen-do bem recebida por pessoas que precisam dessas vagas. É o caso do aposentado Marcio Zeni, que considera a iniciativa importante. “É muito bom, era preciso mesmo uma medida como essa. Acho que vai aju-dar muito e é importante que todos respeitem essas vagas”, diz ele que já se cadastrou pela internet para fazer a credencial. O cadastro para o credencia-mento deve ser feito pelo site da Urbs (ver box). Uma vez preenchido é agendada, por e-mail ou pelo próprio site, a data em que o idoso ou portador de deficiência deverá comparecer para autenticar a documentação e retirar a credencial.

Devem ser apresentados a Carteira Nacional de Habilitação – caso o credenciado for o mo-torista –, carteira de identidade e comprovante de residência (fatura de luz, telefone, carnê

do IPTU, entre outros que con-tenha o CEP da rua). Portado-res de deficiência que sejam motoristas devem apresentar também um laudo médico do Detran ou declaração médica atualizada constando o grau de deficiência.

O credenciamento para uso das vagas especiais está sendo feito pela Urbs e já atingiu 1,2 mil pessoas.

Serviços:

Urbs - Urbanização de Curitiba S/A

Av. Presidente Affonso Camargo, 330 (prédio central

da Rodoferroviária)das 8h30 às 12h00 e das 13h30

às 17h00

Cadastro para credenciamento

www.urbs.curitiba.pr.gov.br

Denúncias de veículos irregularesDisque 156

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E-commerce

Vendas online: redes mantêm a apostaO número de consumidores virtuais no Bra-sil está próximo dos 17 milhões de pessoas

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Por ser um mercado dinâmico

e competitivo, o comércio

eletrônico permite ao consumidor

comparar preços e optar pelas melhores

ofertas.

A projeção de fechamento de 2009 para o comércio eletrônico indicou, de uma forma geral, um crescimento nominal de 28% em relação a 2008, segundo projeção feita pela E-bit, empresa que au-dita o e-commerce no país. A expectativa é que o número de consumidores “virtuais” chegue à marca de 17 milhões pes-soas. Mesmo que a previsão não se confirme, a venda pela internet vem se consolidando cada vez mais no Brasil. De acordo com o Relatório Web-shoppers, também elaborado pela E-bit em parceria com a Câmara Brasileira de Comér-cio Eletrônico e divulgado em agosto de 2009, mais de 86% dos consumidores estão satis-feitos com o comércio virtual. O número aproxima o país da média de satisfação verificada no mercado norte-americano.

Os bons resultados do e-commerce brasileiro desper-taram o interesse de executivos da rede Walmart em países como China e Canadá, que vieram ao Brasil para entender como funcionam as vendas on-line no país. O endereço www.walmart.com.br completou um ano, alcançando um volume de vendas 2,5 vezes maior do que o esperado para o período. A loja virtual, que começou com apenas onze categorias de produtos, oferece hoje em dia 17 modalidades diferentes para compra. “Para o Walmart Brasil, o e-commerce não é ap-

enas mais uma loja e sim uma unidade de negócios com o trabalho de uma equipe espe-cialmente focada em atender o consumidor on-line. Hoje te-mos resultados surpreendentes e já antecipamos nossos planos iniciais em dois anos”, afirma Héctor Núñez, presidente do grupo.

O portal atrai cerca de 200 mil visitantes por dia e possui mais de um milhão de clien-tes cadastrados que aceitam receber informações do site. Para 2010, a rede aposta em um cresci-mento de 100% em suas vendas on-line em comparação com 2009 e estuda o ini-cio do funcionamen-to de uma farmácia on-line, por meio do e-commerce. Atual-mente, depois dos livros, que sempre lideram as vendas pela web com 17% de participação, os produtos de saúde, beleza e medica-mentos são os mais vendidos.

O e-commerce esquentou a concor-rência entre as redes e acabou sendo uma ferramenta im-portante durante a crise. Em dezembro de 2008, o número de brasileiros que já havia feito compras pela web ao menos uma vez, somou 13 milhões – uma alta de 39% em relação

ao ano anterior. Grande parte do crescimento é creditada à popularização dessa mo-dalidade de compra entre as classes de menor poder aquisi-tivo, especialmente a classe C. De acordo com o estudo Web-shoppers, representantes desse estrato social responderam por 42% das vendas pela internet. Por ser um mercado dinâmico e competitivo, o comércio ele-trônico permite ao consumidor comparar preços e optar pelas melhores ofertas. Descontando

os valores que muitas vezes são mais em conta que em uma loja tradicional, os por-tais têm investido em recursos diferenciados para atrair o pú-blico como, por exemplo, frete grátis, parcelamentos sem juros no cartão de crédito e até a

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E-commerce

divisão do valor da compra em mais de um cartão de crédito. Os benefícios para o bolso são os que mais seduzem os clien-tes em tempos de crise.

O Grupo Pão de Açúcar foi a primeira rede supermercadista a apostar na experiência da venda de produtos pela Inter-net com o lançamento do Pão de Açúcar Delivery, em 1995. Desde então, mantém opera-ções de comércio eletrônico e, em 2008, criou o “Entrega Extra Rápida” no seu site Extra.com.br, braço do grupo para vendas de não-alimentos. A ideia foi de oferecer en-trega com maior rapidez do que outras empresas virtuais. Para seu lançamento, a rede fez várias pesquisas junto aos seus consumidores e constatou que o tempo de entrega era um dos atributos mais citados pelos entrevistados que opta-vam pela compra pela Internet. A estratégia de implantar a entrega mais rápida da inter-net desencadeou um plano de ação que envolveu mudanças de processos e inovações em várias áreas da companhia: comercial, tecnologia, market-ing e logística, que passaram a atuar de maneira dedicada ao canal. A previsão é de que companhia invista R$ 40 mil-hões na área de e-commerce em 2010. Para isso, desde o início de 2006 vem fortalecen-do as parcerias com fornece-dores de produtos e serviços garantindo a ampliação de seu

mix – que passou de quatro mil para 20 mil em três anos, inclu-indo categorias como móveis, games e acessórios.

Em geral, no setor supermer-cadista, a participação das cat-egorias de alimentos e bebidas no volume total de transações on-line ainda é irrisória. Segun-do o E-bit, esse número não ultrapassa 1%, sem apresentar grandes mudanças nos últimos anos. Segundo especialistas, o setor tem potencial, mas é preciso incentivar esse tipo de compra. Um dos públicos a ser explorado é o dos consumi-dores que recorrem ao comér-cio virtual para fugir das idas aos supermercados para fazer as compras do mês. A maior dificuldade está no fato de que ainda não se desenvolveu o hábito de compra de produ-tos alimentícios pela internet. Aprimorar o nível deste tipo de serviço e ajustar a oferta às demandas específicas pode ser o mote para conquistar os consumidores. A maioria dos consumidores quando vai ao supermercado, geralmente compra mais itens do que havia planejado. Na Internet, o layout da loja é substituído pela interface do site, que da mesma forma, deve orientar e estimular o processo de com-pra.

Monitorar o perfil do cliente também ajuda na fidelização. Ao receber um atendimento personalizado, o consumidor passa a confiar cada vez mais no serviço e volta a utilizar o site. Para tanto, é preciso que o site possua uma navegação

fácil e não apresente dificul-dades que levem o consumidor a abandoná-lo. Além disso, o e-commerce bem estruturado e com um programa de relac-ionamento eficiente diminui, significativamente, o custo com publicidade.

No site do Walmart, por exemplo, o consumidor tem contato com diversos recursos de Web 2.0 que permite uma navegação mais interativa e de colaboração entre os usuários. A ferramenta possibilita tam-bém que o cliente tenha in-formações sobre o que outros consumidores estão vendo, comprando ou buscando no site. “Nele, o cliente pode per-sonalizar sua página, consultar não só os preços e detalhes dos produtos como também a opinião de outros compradores sobre os mesmos, além da opinião de especialistas, pois temos parceria com a Editora Abril, que publica conteúdos referentes aos produtos dis-poníveis”, conta Nuñez.

No Paraná, a rede Super Muffato Delivery foi pioneira ao oferecer o serviço de e-commerce e home delivery que, até então, não tinha concorrência no mercado paranaense. Hoje, além dela, do Walmart e do grupo Pão de Açúcar também possuem ven-das online as redes Angeloni e Carrefour.

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A contabilidade gerencial e assessoria jurídica serão as ferramentas fundamentais para que o setor supermercadista tenha sucesso na utiliza-ção do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). Essa é a avaliação do advogado e con-sultor de Direito Tributário, Edson Garcia Júnior em palestra ministrada no final de 2009 na sede da Apras – Associação Paranaense de Supermer-cados. Proprietários, gerentes e funcionários do setor administrativo-financeiro puderam conhec-er um pouco mais sobre o Sped, sistema insti-tuído em 2007 que unifica as informações sobre as atividades de recepção, validação, armaze-namento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração comercial e fiscal das empresas.

Pelas regras impostas pelo novo sistema, a par-tir de 2009 todas as empresas sujeitas à tributa-ção do Imposto de Renda com base no Lucro Real serão obrigadas a entregar suas informa-ções através da Escrituração Fiscal Digital (EFD) ou “Sped Contábil”. O que significa, de maneira bastante simplificada, substituir os livros da es-crituração mercantil pelos seus equivalentes digi-tais. Os empresários terão até o último dia útil de junho de 2010 para realizar a entrega. Se o relatório digital for mandado fora do prazo, a em-presa pagará uma multa no valor de R$ 5 mil para cada mês de atraso.

De acordo com Garcia, o desafio dos supermer-cados frente ao novo sistema está na precisão das informações que serão geradas para o relatório digital. Segundo ele, nenhuma regra contábil será alterada pelo Sped, mas é preciso estar atendo à ferramenta que será utilizada para controlar a en-trada e saída do produto e verificar se a legisla-ção tributária está sendo aplicada corretamente. “Problemas de estoque e erros de alíquota terão que ser corrigidos e, neste último caso, a figura do contador é fundamental”, explica.

Além disso, vale lembrar que o sistema não aceita histórico padrão e que a estrutura do plano de conta também precisa ser compatível com o

do Sped Contábil, para evitar erros. Em relação aos tributos, o consultor explica também que o ICMS pode ser uma complexidade a mais para as redes que atuam fora do Paraná, por causa das alíquotas que variam de estado para estado e por isso merecem atenção redobrada.

Segundo ele, no primeiro ano do sistema foram registradas 150 milhões de inconsistências de in-formação. Isso porque o Sped também recebe in-formações através da emissão de Nota Fiscal Ele-trônica (NF-e). Mesmo que a rede varejista ainda não seja obrigada a emitir a NF-e, as informações chegam ao sistema através de seus fornecedores e o governo passa a ter a informação da empresa que está vendendo e da que está comprando e ainda o valor dos produtos. Em 2010, 100% do setor atacadista e industrial estarão trabalhando com a nota eletrônica. “Por isso, o controle de estoque merece toda a atenção”, ressalta Garcia. Desta forma, o documento eletrônico serve de suporte aos projetos de escrituração eletrônica contábil e fiscal da Receita Federal e demais Sec-retarias de Fazendas Estaduais.

Uma das grandes preocupações do setor va-rejista diz respeito aos possíveis gastos que o sistema vai trazer. Garcia pondera que a situação de muitas empresas pequenas melhorou com a nova forma de escrituração. “As distorções foram corrigidas, o negócio ficou mais ágil e empre-sas começaram a crescer”, conta. O advogado informou ainda que, em alguns casos, os su-permercadistas preferiram levar o contador e o assessor jurídico para dentro das lojas. Mas con-sidera que isso não é fundamental. Segundo ele, mesmo quem manteve as consultorias externas conseguiu realizar a escrituração digital sem er-ros. “O site do Sped da Receita Federal é fácil de acessar. A partir do momento que o empresário começar a conhecer o sistema vai fazer com ele trabalhe a seu favor. Mas é preciso ter uma boa ferramenta e uma assessoria com qualificação técnica”, comenta.

Jurídico

Em 2010, Sped Contábil será obrigatório para empresas tributadas pelo lucro real

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Marketing - matéria de capa

Consumidores com acesso à informação e muitas possibilidades são o grande de-

safio do mercadoA marca é, e continuará sen-

do, um importante aliado para o sucesso das organizações que pretendem conquistar um disputado espaço na cabeça dos consumidores. No entan-to, para se ter uma marca sól-ida, respeitável, é preciso uma boa estratégia, planejamento e transparência, principalmente nos dias de hoje, quando os consumidores possuem mais acesso à informação e muitas possibilidades de escolhas. Por isso, está enganado quem pensa que a migração de um simples “nome de loja” para a condição de “marca” é uma tarefa fácil. Este fato torna-se ainda mais complicado para o varejo, que vive o dilema de investir, em longo prazo, na construção de

uma marca e, em curto prazo, no estímulo às vendas.

Para o gestor de projetos de varejo do SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná –, Lean-dro Krug Batista, o primeiro passo para se construir uma marca é ter oferta de valor, ou seja, apresentar ao consumidor o que ele quer comprar. “Isso parece óbvio, mas muitas em-presas acabam deixando o ób-vio de lado e não investem na comunicação certa”, afirma, acrescentando que “quando o consumidor tiver sua necessi-dade atendida, a empresa estará caminhando para conquistar sua credibilidade, e ela é que tem valor”.

Eloi Zanetti, consultor em

marketing e comunicação cor-porativa, destaca que a con-strução da marca passa pela relação com o público, que consiste na empresa estabel-ecer valores e propósitos que serão identificados pelo con-sumidor. “É construir uma história, com coisas pertinentes à marca, que as pessoas recon-hecem de imediato”, afirma. Mas, para isso, destaca que é preciso ter coerência entre as palavras e ações, mostrando de forma clara qual o posiciona-mento que a empresa quer ter no mercado. “Muitas pessoas se enganam achando que só com comunicação ou ação de mí-dia se constrói uma marca”, diz Zanetti.

Os dois profissionais con-

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Um dos grandes dilemas dos empresários, principalmente no setor do varejo, é investir na construção de uma marca em longo prazo, ou estimular ven-das em curto prazo. Segundo o consultor do SEBRAE, essa é mesmo uma decisão difícil, pois muitas vezes “para construir uma marca é preciso desapego de um lucro em curto prazo”. No entanto, é possível ter uma marca forte junto a um público alvo, sem a preocupação de ser conhecido pela massa consum-idora. “Se o estabelecimento está localizado em um deter-minado bairro, é possível fazer um trabalho diferenciado para aquele público consumidor, atendendo suas necessidades e expectativas, e oferecendo vantagens atrativas que fideli-zem o cliente. Com isso não será preciso fazer comunicação de massa porque a marca ficará conhecida junto ao público que interessa”, comentou.

Essa tem sido uma ferra-menta eficiente adotada pelos pequenos e médios varejistas. O diretor comercial dos Su-permercados Ueda, Luiz Yoneo Ueda, afirmou que além do in-vestimento em mídia conven-cional, a empresa aposta em parcerias sociais que envolvem

Onde investir

a comunidade, por meio de cursos de culinária, a prepara-ção e contratação de mão-de-obra pelo CIEE – Centro de In-tegração Empresa Escola. Já a rede de supermercados Festval procura surpreender seus clien-tes com promoções. O diretor Carlos Beal comenta que eles realizam com frequência den-tro das lojas a degustação de produtos diferenciados, como ostra e bacalhau.

Outro desafio para que a marca sobreviva e cresça de forma saudável é saber onde investir. De acordo com os es-pecialistas, grande parte dos re-cursos publicitários no Brasil é injetada em mídias tradicionais como televisão, revistas e jor-nais. Mas Leandro Batista res-salta que o país atravessa uma nova fase, “pois no último ano se vendeu no Brasil mais com-putadores do que aparelhos de televisão”. Um levantamento realizado pela consultoria Mill-ward Brown, especializada em pesquisas de mercado, revela que a marca mais valiosa do mundo é o Google, com um valor de mercado estimado em US$ 86 bilhões. No entanto, a empresa não investe em cam-panhas publicitárias convencio-nais.

A ligação da marca com al-guma pessoa famosa da mídia também precisa ser adotada com critério, avaliam os espe-cialistas. Eloi Zanetti entende que atores não transferem sua personalidade para os produtos

cordam que o vínculo afetivo com o consumidor é primordial para a consolidação da marca, e que saber administrar as cri-ses é fundamental para manter o nome e posição no mercado. O consultor do SEBRAE usou como exemplo o caso da com-panhia aérea Varig, que chegou a ser a maior empresa do setor no Brasil e na América Latina, e após a crise financeira que se arrastou por diversos anos, aca-bou sendo comprada pela Gol. “A empresa perdeu credibili-dade e, em conseqüência, sua marca”, falou.

O diretor comercial dos Su-permercados Ivasko, Paulo Ivasko, afirma ter consciência de que todas as ações publici-tárias da marca são compara-das pelos consumidores com a prática adotada dentro das lo-jas. “Não podemos divulgar car-acterísticas da marca sem que isso tenha uma consistência ao longo do tempo. Se quere-mos divulgar que nossa marca tem certas características, então faremos isso sempre”, afirmou. Ouvir o consumidor também é uma estratégia acertada no for-talecimento da marca.

O gerente comercial do Café Damasco, Mario Luiz Brognoli, afirma que isso pode ser com-provado por meio do prêmio Top Of Mind, promovido pela Revista Amanhã e pelo Institu-to Bonilha. “Nas quinze edições do prêmio, o Café Damasco foi a marca mais lembrada pelos consumidores do Paraná. Isso

é resultado de um trabalho em longo prazo, que inclui investi-mentos em tecnologia, pessoal e no próprio consumidor”, disse.

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Marketing _matéria de capa

e, muitas vezes, o investimento acaba sendo um desperdício para o empresário. Na avaliação de Leandro Batista é preciso ter cuidado para os atores não per-sonificarem a marca. Um caso típico é o garoto Bom Bril, in-terpretado por Carlinhos More-no, que chegou até a ganhar de-staque no Livro dos Recordes como o garoto propaganda que mais fez filmes para uma mes-ma marca. “O importante é não ter medo de ousar”, falou.

Outro investimento que pode trazer resultados positivos em curto prazo e, principalmente, em longo prazo é a participação em feiras e eventos. Segundo o diretor comercial da Associação Paranaense de Supermercados, as feiras são uma oportunidade para os empresários alavanca-rem as vendas em todo o país gastando pouco. “Enxergamos as feiras e eventos como uma excelente oportunidade para os expositores apresentarem seus serviços e produtos com exclu-sividade para milhares de visi-tantes que circulam diariamente pelos estandes, além de possi-bilitar que eles façam contato direto com os decisores e prin-cipais compradores do varejo”, afirma.

Durante o auge da crise econômica mundial acertou o empresário que não deixou de investir na sua marca, “pois quando a crise passa as pessoas voltam a consumir e a marca tem que estar na cabeça dos consumidores”, disse Leandro Batista. A mesma regra vale para

Na meta de se construir uma marca, muitos empresários acr-editam que o grande segredo é entender a relação dela com o público externo. No entanto, acabam pecando quando o as-sunto é o reforço interno – os funcionários e colaboradores também são consumidores. Por isso, o endomarketing – ações de marketing para o público interno – é uma ferramenta im-portante para o fortalecimento da marca. A grande sacada do

ações promocionais ao longo do ano, e não apenas em perío-dos sazonais. “Os supermerca-dos abrem o ano todo. Então é importante entender e atender a necessidade do cliente em to-dos os períodos, criando ações criativas para períodos como o de volta às aulas, viagens de férias ou nos longos períodos de estiagem”, comentou o con-sultor do SEBRAE.

Segundo Luiz Ueda, a crise financeira obrigou alguns em-presários do varejo a reverem seus investimentos em mar-keting. “Foi preciso se adaptar e, com verbas promocionais menores, reduzir o tempo de utilização na mídia, adotando ações rápidas e objetivas”, co-mentou.

Paulo Ivasko confirmou uma pequena desaceleração no con-sumo, porém garante que não alterou seus investimentos.

A marca também se faz internamente

O primeiro passo

para se construir

uma marca é ter

oferta de valor, ou

seja, apresentar ao

consumidor o que

ele quer comprar.

Quando o consumidor

tiver sua necessidade

atendida, a empresa

estará caminhando

para conquistar sua

credibilidade, e ela é

que tem valor.(Leandro Krug Batista)

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endomarketing é proporcionar aos empregados uma condição de aplicação de valores como transparência, empatia, afe-tividade, comprometimento e cooperação, transformando es-ses valores em crescimento e desenvolvimento dos colabora-dores, e por conseqüência, em ganhos de produtividade.

O gestor de projetos de vare-jo do SEBRAE Paraná, Leandro Krug Batista, afirmou que é co-mum as empresas acreditarem que o endomarketing substitui a gestão de pessoas. “São dois segmentos distintos, já que as ações para o público interno não substituem recompensas financeiras ou de ascensão pro-fissional”, falou. Segundo ele,

é preciso fazer com que os co-laboradores sejam espelhos da marca e, para isso, precisam acreditar e absorver os valores da empresa. “É necessário criar ações nas quais os colabora-dores tenham a consciência da importância do seu papel junto ao cliente. E isso se consegue com valorização, treinamento, qualificação e uma comunica-ção eficiente”, comentou.

Para o consultor Eloi Zanet-ti, muitas empresas ainda não descobriram o poder do mar-keting interno, que vai além da aceitação de produtos. “Fun-cionários insatisfeitos com as condições de trabalho e com os produtos da própria empresa apresentarão feedbacks nega-

tivos no mercado, enquanto colaboradores satisfeitos irão ‘vender’ os produtos e a ima-gem da empresa para os clien-tes externos de uma forma pos-itiva”, disse. Mas, para que se atinja esse patamar, ele afirma ser necessário saber ouvir e dar liberdade de expressão aos em-pregados.

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Calendário

Volta às aulas movimenta varejo em

janeiro

Fecomércio estima um crescimento no faturamento dos setores de materiais escolares em torno de 6%.

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A partir de fevereiro, cerca de dois milhões de alunos da rede pública e privada de ensino do Paraná dão início ao ano letivo de 2010. As aulas começam uma semana antes em relação aos anos anteriores, por causa da suspensão das atividades em julho de 2009 devido aos ca-sos de gripe H1N1. O processo de volta às aulas já começou a movimentar o comércio desde janeiro, com a oferta de ma-teriais escolares, uniformes e equipamentos. A estimativa da Fecomércio – Federação do Comércio do Estado – é de um crescimento no faturamento dos setores que trabalham com esses produtos em torno de 6%.

Esse índice, avalia o econo-mista e professor da Universi-dade Federal do Paraná, Vam-berto Santana, está relacionado à inflação do período e aumen-to de custos operacionais de al-guns segmentos, como editoras e patentes. Aliado a isso, está a

volta do consumo, que estava retraído no mesmo período de 2008 em função da crise econômica mundial. “O impac-to da crise trouxe muita incerte-za, principalmente em relação à manutenção dos empregos. Isso fez com que os consumi-dores adiassem as compras”, ponderou. O economista ressal-tou ainda que a volta às aulas, além de movimentar os setores de livraria e papelaria, também sinaliza de forma positiva para a venda de produtos de infor-mática. “Muita gente aproveita o período para a compra ou tro-ca de equipamentos”, afirmou. Segundo Santana, a queda do dólar e as taxas de juros meno-res devem estimular a venda desses produtos. “No início de 2009 o dólar era cotado em R$ 2,18 e agora está na casa dos R$ 1,71, o que indica um mo-mento bem mais favorável para a compra de equipamentos de informática”, disse.

E, para atender a demanda desses consumidores, os fab-ricantes e varejistas antecipa-ram suas negociações e prom-etem muitos lançamentos com preços competitivos. O presi-dente da rede Condor, Pedro Joanir Zonta, afirmou que os itens para a volta às aulas repre-sentam 23% da seção de bazar das lojas, e que a expectativa para esse ano é atingir 25% de aumento nas vendas. Para isso, desde dezembro grande par-te dos produtos já estava dis-ponível nas lojas, servindo até de sugestão para presentes de final de ano. A partir de agora, a rede irá trabalhar com tablóides dedicados aos materiais esco-lares, além de exposições tem-atizadas nas lojas.

Os gerentes dos hipermerca-dos Extra, em Curitiba, Carlos Mundel e Antonio Carlos Maz-zo, confirmaram que as com-pras de produtos para a volta às aulas ocorreram de forma ante-

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Personagens de sucesso dos filmes e desenhos animados, e produtos com design e cores arrojadas estão entre as apostas dos fabricantes para conquistar os consumidores. O gerente de trade marketing da BIC Brasil, Leandro Menezes, afirmou que a distribuição de produtos para a volta às aulas teve início em agosto, e que as comercializa-ções com os varejistas estão praticamente fechadas. A em-presa terá como lançamentos a BIC Quatro Cores Fashion, a BIC Cristal Bold, além de produtos para o público infan-til, com personagens como o Homem de Ferro, Wolverine e Jonas Brothers.

A Foroni, na região de Cu-ritiba, também antecipou suas negociações. O representante comercial da empresa, Luciano Albuquerque, revelou que as vendas começaram em setem-bro, logo após a Paper Brasil Escolar – Feira Internacional de Produtos, Serviços e Tecno-logia para Escolas, Escritórios e Papelarias que acontece em São Paulo –, e que os produtos chegaram aos pontos de vendas

na primeira quinzena de dezem-bro. Segundo Albuquerque, a Foroni está apostando no licen-ciamento dos personagens da televisão e cinema, e com isso estima um crescimento de 37% nas vendas para 2010. Entre os lançamentos estão os cadernos do Littlest Pet Shop e da Era do Gelo 3, e agendas da Barbie e Hot Wheels.

A antecipação em uma se-mana do início do ano letivo

Lançamentos

cipada pela rede, e que a partir do mês de janeiro os produtos já estariam expostos nas lojas. Segundo eles, os materiais es-colares são itens ofertados o ano todo pela rede, mas nesse período as vendas aumentam entre 6% a 7%.

no Paraná fez com que a Labra alterasse sua produção. “Com esta antecipação, a Labra con-centrou esforços na produção para os meses de novembro e dezembro de 2009 e janeiro de 2010, diminuindo o período da venda de lápis que normal-mente seria até março”, afirmou o gerente industrial, Gabriel Fer-rarini. Apesar disso, a empresa está otimista, e espera superar as vendas. Por isso, apostou em novos produtos e embalagens de linhas que são tradicionais da Labra, como as caixas de lápis de 12 cores, lápis para a escrita e lápis borracha.

Já a 3M está lançando um novo modelo de dispensa-dor para a fita adesiva mágica Scotch. O produto em formato de donut pode ser encontrado em cores vibrantes de verde e rosa e pretende atingir crianças e pré-adolescentes.

A Tilibra também está in-vestindo nos personagens da televisão para atrair os consum-idores. As capas de seus cader-nos e agendas virão estampadas com imagens de desenhos que são sucesso nos Estados Unidos e Japão, como os Skelanimals e Domo, além dos conhecidos ir-mãos Charlie e Lola e da turma brasileira do Cocoricó.

O período de volta às aulas não movi-menta apenas os setores de livraria

e papelaria. Ele também sinaliza de forma positiva para a venda de produ-tos de informática, já que a queda do dólar e as taxas

de juros menores devem estimular a demanda por estes

produtos.

Calendário

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Economia

A expectativa é de crescimento, depois de um 2009 superado no segmento supermercadista

Agora que 2009 passou, o varejo supermercadista pode constatar que a prudência re-comendada por consultores no final de 2008 sobre as ameaças da “maior crise depois de 1929” fazia sentido. O clima de ca-tástrofe anunciada felizmente foi dissipado por fatos que se seguiram e pelo fechamento do ano. Não foi um período fácil. O segmento não passou ileso, mas mostrou mais uma vez que está consolidado e possui uma vantagem em função do grau prioritário que exerce na

vida da população. “Apesar das crises setoriais, com queda de margens e com o segmento ex-portador passando por dificul-dades, o setor supermercadista brasileiro registrou um cresci-mento em vendas superior a 6% em 2009”, afirma o presidente da Apras, Pedro Joanir Zonta. “Com a previsão de PIB acima de 5% para 2010, eleições e Copa do Mundo, a expectativa é de um quadro muito favoráv-el, com crescimento estimado em cerca de 8%”, destaca. Ain-da de acordo com o presidente,

2009 foi um ano marcado por grandes conquistas no setor su-permercadista, com a redução de tributos e repasse da queda de preços aos consumidores.

Mesmo diante da oposição de vários segmentos da sociedade, em abril de 2009 o Governo do Paraná aprovou a minirre-forma tributária. Após todo o esforço da diretoria da Apras – Associação Paranaense de Su-permercados, que participou de inúmeras audiências públicas para reduzir o ICMS de mais de 95 mil itens, parte deles comer-

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Economia

“Com a previsão de PIB acima de 5% para 2010, eleições e Copa

do Mundo, a expectativa é de um quadro muito favorável, com cresci-

mento estimado me cerca de 8%”.

(Pedro Joanir Zonta, presidente da Apras)

cializados em supermercados, o estado registrou a menor varia-ção de preços no acumulado do ano. Um dos principais ar-gumentos apresentados para a não aprovação da minirreforma foi de que os supermercados não repassariam para o preço a redução dos impostos. Mas de acordo com os dados divulga-dos pela Nielsen, o Paraná foi o estado da Região Sul com a maior redução de preços. Ape-sar de ter o desempenho menor em relação ao faturamento no setor supermercadista, o estado apresentou também a maior variação em volume de ven-das, ou seja, a população, de um modo geral, consumiu mais produtos.

Conforme os números apre-sentados e que seguem no grá-fico, no acumulado de outubro de 2009 em relação ao mesmo

período de 2008, o crescimen-to do faturamento nas princi-pais redes de supermercados brasileiros foi de 2,2%, o vol-ume de vendas subiu 1,7% e os preços 0,5%. Pelos números di-vulgados no Índice Nacional de Volume, pesquisa bimestral da Abras, o volume de vendas nos supermercados do país regis-trou um crescimento de 2,4%. Isso se deve ao fato de que o índice da Abras está baseada numa amostragem total cestas de 160 categorias – incluindo cerveja, que não consta na outra pesquisa, mas que impul-siona os números. Já a pesquisa realizada pela Nielsen avaliou um total cestas de 146 catego-rias – exceto cerveja, refrigeran-te, chá líquido e bebidas.

Na Região Sul, os números registraram um faturamento negativo de 0,5%, o volume re-

O Índice Nacional de Volume divulgado pela Abras baseia-se numa

amostragem total cestas de 160 categorias – incluindo cerveja, fator

determinante para impulsionar os números – enquanto aquela divul-

gada pela Nielsen a pedido da Apras avaliou um total de 146 catego-

rias – exceto cerveja, refrigerante, chá líquido e bebidas.

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“Há um cenário indi-cando que 2010 será

um ano favorável para o crescimento das ven-das no comércio. Como dizem os especialistas,

podemos trabalhar com uma margem não tão

grande, mas segura, de crescimento”.

(Avani Tortato Slomp Rodrigues, presidente da

ACP)

duziu em 0,6% e os preços subi-ram 0,1%, enquanto no Paraná, o crescimento de faturamento atingiu a marca de 0,1%, o vol-ume ficou em 2,1% e redução de preços fechou o acumulado na ordem de 1,9%.

Para o presidente da Feco-mércio – Federação do Comér-cio do Paraná –, Darci Piana, a atividade do comércio no Es-tado nos primeiros três meses de 2009 foi inferior ao mesmo período de 2008, mas o se-gundo trimestre do ano teve uma recuperação e cresceu. De acordo com dados preliminares do levantamento da entidade, que tem cerca de duas mil em-presas afiliadas, o crescimento projetado para o comércio em geral ficou em torno de 4,5%, enquanto no setor supermer-cadista é, em média, de 6%. A expectativa para 2010 é de mel-hor desempenho que o registra-do este ano. A Fecomércio pro-jeta um crescimento entre 8% e 10% para o comércio. Da mes-ma forma, Piana ressalta que o ano de eleições e de Copa do Mundo é favorável para o aquecimento do mercado, as-sim como a inflação controlada beneficia o segmento do varejo.

A presidente da ACP – As-sociação Comercial do Paraná –, Avani Tortato Slomp Ro-drigues, avalia que, de uma forma geral, mesmo com res-caldos da crise financeira, o comércio paranaense teve um bom desempenho neste ano. Segundo ela, houve uma série

de fatores, desde o crescimento paulatino do índice de confian-ça do consumidor até a minirre-forma tributária do governo do Estado, que estimulou a venda de centenas de produtos. “Há um cenário indicando que 2010 será um ano favorável para o crescimento de vendas no co-mércio. Para tanto, contribuem a oferta de crédito, os juros mais baixos, o controle da inad-implência e da inflação, a con-juntura econômica como um todo, a disposição do consumi-dor em contrair dívidas e, inclu-sive, a retomada da economia em grandes países do mundo, o que influencia o clima geral de otimismo. Acho que, como dizem os especialistas, podem-os trabalhar com uma margem não tão grande, mas segura, de crescimento”, finaliza.

Na análise do professor Gil-mar Lourenço, coordenador do curso de Ciências Econômicas da FAE, o desempenho da eco-nomia brasileira em 2009 foi bem melhor do que o esperado. Para ele, em 2008 houve uma supervalorização dos efeitos da crise e era preciso cautela. “O governo brasileiro adotou me-didas positivas para conter os principais impactos, aumentan-do o crédito e reduzindo juros, o que favoreceu o comércio”, acrescenta. De acordo com Lourenço, as características do negócio supermercadista ben-eficiam o setor, já que a com-ercialização é de bens de con-sumo imediato e de primeira

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Economia

“Após um ano de crise, o empresário industrial aposta numa melhora

em 2010, decorrente da situação econômica que

mostra sinais fortes de recuperação”.

(Rodrigo Rocha Loures, presidente da FIEP)

Segundo os Indicadores Con-junturais da Indústria, publicado mensalmente pela FIEP – Fed-eração das Indústrias do Estado do Paraná –, a indústria pa-ranaense ainda não conseguiu se recuperar, fechados os dez primeiros meses de 2009. Quinze dos 18 gêneros indus-triais pesquisados apresentaram resultados negativos. De acor-do com Rodrigo Rocha Loures, presidente da FIEP, a estrutura industrial do Estado, com alta preponderância no agronegó-cio, não permitiu que a redução fosse maior, pois os alimentos, bens de consumo corrente, são os últimos a serem afetados nas crises.

Este desempenho é decor-rente da crise financeira ins-taurada em setembro de 2008,

A indústria busca recuperação

que afetou principalmente as exportações de Madeira e de Material de Transportes. A in-dústria paranaense é altamente integrada no comércio global, portanto, também suscetível às crises. Desta forma, e com o real apreciado, torna-se cada vez mais complexa a tarefa de extrair resultados positivos nas operações de exportação para a maioria dos países, exceção feita àqueles que tenham os-cilações de câmbio em níveis similares ou próximos às do Brasil. Ao prevalecerem tais condições, a produção em out-ras regiões do mundo pode vir a substituir a que se realiza em território paranaense, atraindo para elas a possibilidade de ge-ração de mais renda e emprego.

Os resultados acumula-dos nos primeiros dez meses mostram-se positivos para as vendas no Paraná (+2,78%) e negativos para outros Estados do País ( 8,46%) e para o ex-terior (-20,65%). Essa diferen-ça mostra que a indústria está destinando maior parte da sua produção para o mercado do-méstico. O resultado positivo das vendas acumuladas dentro do Paraná evidencia que a de-manda no Estado está em mel-hor situação que a de outras unidades da Federação, influ-enciada pelo gênero de alimen-tos e bebidas, cujas vendas se expandiram 28% neste período. O Paraná é o destino de quase 40% do total das vendas deste gênero. Também, segundo o

relatório de Comércio Exterior da FIEP, a indústria paranaense tem procurado abrir novos mercados, principalmente para aqueles países que não foram muito afetados pela crise.

necessidade e, além disso, a inflação controlada possibilitou a manutenção dos preços, tam-bém favorecendo o segmento. Como os níveis de salário se mantiveram no país, mesmo ha-vendo uma queda no emprego, que já se recupera, o impacto foi menor. Segundo ele, as ex-pectativas para 2010 são otimis-tas, não acontecendo nenhuma “catástrofe internacional”. Nat-uralmente, o Brasil está muito atrelado à economia mundial, mas cada vez mais vem fortal-ecendo o mercado interno.

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Para o presidente do Ocepar – Sistema e Or-ganização das Cooperativas do Estado do Paraná –, João Paulo Koslovski, apesar da crise mundial que influenciou a economia brasileira, o sistema cooperativista paranaense encerra 2009 com uma estimativa de movimentação econômica de R$ 25 bilhões, praticamente o mesmo faturamento do ano anterior. Este resultado significa que as cooperativas não se abateram pelas notícias da crise e optaram em continuar investindo, com aplicação de um bilhão de reais em infraestrutura e agroindústrias. Já o número de cooperados au-mentou, atingindo 535 mil, 35 mil novos sócios, o que demonstra a credibilidade e a importância do sistema num momento de dificuldades.

Segundo Koslovski, foi alcançada a marca de 1,2 milhões de oportunidades de trabalho nos diversos ramos. Com apoio do Sescoop – Ser-viço Nacional de Aprendizagem do Cooperativ-ismo –, mais de 103 mil pessoas foram capacita-das. Além disso, o ramo agropecuário encerra o ano com a expressiva marca de US$ 1,5 bil-

Cooperativas paranaenses inve-stiram em 2009

O Índice de Confiança do Empresário Indus-trial Paranaense (ICEI-PR), da FIEP, mostra que a confiança do empresário industrial paranaense apresentou aumento de 64,3 pontos, confirman-do o aumento do nível de confiança em relação a 2008. Já o Índice de Expectativas subiu para 67,8 (contra 60,4 do trimestre anterior), devido à melhoria das expectativas da economia, que passou de 55,7 para 66,1, evidenciando uma perspectiva de melhoria das condições futuras na comparação com o trimestre anterior. “Após um ano de crise, o empresário industrial aposta numa melhora em 2010, decorrente da situação econômica, que está mostrando sinais fortes de recuperação, pois a demanda interna está em ex-pansão por conta do aumento do emprego, da renda e da recuperação do crédito”, afirma Ro-cha Loures.

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Economia

hão em exportações, números que levaram as cooperativas paranaenses a liderar o ranking nacional do setor. Existem hoje dez cooperativas no Paraná, com movimentação econômica anual superior a um bilhão de reais, força da participação ativa na interiorização da economia e o comprometimento do coop-erativismo com o desenvolvim-ento das pessoas e do Estado. “A expectativa para 2010 é pos-itiva. Temos fé de que a safra de verão não terá os mesmos percalços do ano que passou, quando o Paraná perdeu cerca de nove milhões de toneladas de grãos de produtos como fei-jão, milho soja e trigo por causa de adversidades climáticas”, afirma. Para Koslovski, neste ano as cooperativas poderão crescer 10% em movimenta-ção econômica e repetir o nível de investimento efetivado em 2009, que foi de R$ 1 bilhão, especialmente em infraestru-tura e agroindústrias. Aquele destinado à profissionalização deverá ter continuidade e a pre-visão é treinar mais de 110 mil pessoas por meio do Sescoop Paraná.

“Temos fé que a safra de verão não terá os per-calços do ano que pas-sou, quando o Paraná

perdeu nove milhões de toneladas de grãos de

feijão, milho soja e trigo por causa de adversi-

dades climáticas”.(João Paulo Koslovski, presidente da Ocepar)

Agropecuária: clima influenciou mais que a economia

Para o presidente da FAEP – Federação da Agricultura do Estado do Paraná –, Ágide Meneguete, o ano de 2009 foi muito difícil para a agropecuária

não só do Paraná, mas do Bra-sil. Em 2008, quando a safra já estava plantada, o sul do país e o Paraná, em particular, foram assolados por uma terrível seca,

a quarta em apenas seis anos, que frustrou uma boa percent-agem da produção da safra de verão. A quebra foi de 20%, com um prejuízo na ordem de R$ 3,8 bilhões para os produ-tores. “A crise mundial não teve um impacto tão devastador na produção agropecuária, afinal de contas todo mundo precisa comer. Seca, chuva e o real so-brevalorizado foram muito pio-res. O que acontece a partir da crise é uma redução na deman-da mundial, em certo momen-to. Mas, mesmo esta redução tem um limite. Uma família pode adiar a compra do carro, do computador, uma viagem. Mas não pode adiar o almoço e o jantar”, afirma.

Para 2010, a expectativa da entidade é de que o clima não atrapalhe a produção, o que provavelmente significará safra recorde. Com a redução nos preços dos insumos, altos em 2008, o produtor terá mel-hores condições de produção. “O nosso receio é de que o real continue sobrevalorizado de-mais e, desta forma, os preços caiam a níveis muitos baixos e acabem em prejuízo para os produtores”, analisa Ágide. Além disso, como o mundo in-teiro espera grandes produções de soja, trigo e milho e como há uma pequena retração na demanda por carnes, tudo isso pode afetar os preços pagos aos produtores rurais, o que não é positivo. Em todo caso, a situ-ação pode mudar no início de 2010 e a expectativa pode ser outra.

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Artigos

O marketing não sobrevive sem endomarketing

Atualmente, os empresários têm vivido dentro de um cenário competitivo e de grandes co-branças. É a concorrência acir-rada, o cliente exigente, a crise, a falta de profissionais capacita-dos, entre outros fatores. Com base nisso, as empresas têm investido em várias estratégias e elementos do marketing tradi-cional, normalmente utilizadas no meio externo às empresas.

Por Andrea Luy*

Outro ponto importante e também conhecido de todos, são as dificuldades enfrentadas pelas empresas para oferecer-em um serviço de excelência com colaboradores desmoti-vados e insatisfeitos. Como ter sucesso enfrentando prob-lemas desse porte? Uma impor-tante ferramenta para inverter esta situação recebeu o título de Endomarketing. Este termo

foi definido por Saul Bekin em 1995 e significa “marketing In-terno das organizações”. Serve para criar estratégias que irão unir empresas e seus colabora-dores com o objetivo de mo-tivar, informar, interagir e en-sinar.

Muitos já ouviram falar que antes de vender um produto ao cliente as empresas pre-cisam convencer seus colab-

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Artigos

oradores a comprá-lo. Vender um produto e o serviço da em-presa para o funcionário signifi-ca torná-lo aliado ao negócio, preocupando-se também com o crescimento deste. As empre-sas fazem uma prospecção de vendas, algumas até têm metas definidas, mas são informações que permanecem apenas entre os seus líderes. Ao funcionário é exigido comprometimento com as vendas, mas ele é orien-tado apenas em como manter tudo no lugar, sorrir ao cliente, e nada mais. O canal de comu-nicação, neste momento, entre os líderes e toda a equipe de vendas, passa a ser fundamen-tal para o sucesso de todo o negócio, e não poderá ficar em segundo plano. Do contrário, quem acaba perdendo é o con-sumidor final, que será atendido por funcionários desinformados e descomprometidos.

A opinião do colaborador, que podemos chamar de clien-te interno, tem também grande influência na opinião dos cli-entes externos. Partindo desse princípio, é importante que as empresas invistam no market-ing interno como uma estraté-gia de Recursos Humanos, ten-do como objetivo fundamental atrair e reter o colaborador, fato que consequentemente atrairá seus consumidores, obtendo excelentes resultados.

Trabalhar com endomarket-ing envolve tratar o cliente in-terno como participante direto das ações implantadas. Preparar a todos com uma comunicação diferenciada, abrindo um es-

paço em que os colaboradores possam trocar idéias, sugestões de aprimoramento, além de um local onde possa reclamar e ser ouvido. Neste caso, o empresário deverá tomar um grande cuidado: o funcionário que fala, espera receber um re-torno.

Para que o colaborador seja participante direto, primeira-mente é importante que ele conheça melhor a empresa onde trabalha. Saber qual é a sua visão e missão, entendendo os objetivos do empresário e se nestes objetivos há lugar para ele num futuro bem próximo. Afinal, temos na geração atual um exemplo clássico de jovens que não trabalham sem moti-vo e que aguardam a empresa compartilhar suas metas com eles. Pode-se dizer com certeza que eles só se comprometem com aquilo que ajudam a con-struir.

As estratégias de marketing são muitas, mas podem não dar resultados satisfatórios se as empresas não prepararem as pessoas para conduzi-los. O marketing pessoal é o início de tudo e deve ser tratado como uma ferramenta que vai ser usada no decorrer da vida e da carreira do colaborador, inde-pendentemente da empresa em que ele trabalhe. São valores que devem ser agregados para sempre aos seres humanos.

O marketing interno e, mais especificamente, o marketing pessoal poderão ensinar ao co-laborador características profis-sionais como a ética, o compro-

misso com a sociedade, com o meio ambiente, com os colegas e líderes da empresa.

Assim, com estes valores agregados, poderão agir como verdadeiros profissionais de qualidade, além de verdadeiros seres humanos. Qualquer em-presa que trate bem e valorize seus funcionários consegue ob-ter um comprometimento dife-renciado, tendo como um dos resultados o aumento da produ-tividade.

*Andréa Luy é psicóloga e coordenadora de treinamen-

tos do Iespar.

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janeiro - fevereiro 2010

Artigos

As apostas para 2010 Por João Carlos Lazzarini*

A crise ocupou boa parte das agendas deste ano. O “crisômetro” ia do inferno ao céu...

Sem entrar em grandes discussões conceituais, a melhor versão dos fatos, pelo menos no caso do Brasil, tende a ser de resultados mais positi-vos que o esperado. Vejamos alguns indicadores econômicos importantes:

– Desde março, o índice de desemprego vem diminuindo, de 9,0% para 7,5% em outubro (IBGE);

– O rendimento médio real cresce em tor-no de 2% de junho a outubro (IBGE);

– O UCI (Utilização de Capacidade Insta-lada) já superou os 80% nos meses de setembro e outubro e evidencia a retomada de investimen-tos.

Ao orientar a análise em direção ao setor de bens de consumo, o resultado não foi menos positivo:

– As vendas do setor supermercadista acu-mularam um crescimento real até outubro de mais de 5%, comparadas a 2008. Desde janeiro de 2009, segundo a Abras – Associação Brasilei-ra de Supermercados –, apenas o mês de março apresentou vendas inferiores a 2008. Detalhe: naquele ano a Páscoa caiu em março;

– Todas as cestas de Produtos Nielsen apresentaram crescimento de volume em 2009. De acordo com os dados, onde avaliamos mais de 160 categorias de produtos dos setores de Alimentos, Higiene Pessoal, Limpeza Caseira e Bebidas, o ano de 2009 deverá apresentar vol-umes superiores em quase 2% aos registrados no ano anterior. Serão destaques os setores de Perecíveis e Limpeza Caseira, que cresceram até outubro respectivamente 5,7% e 3,2%.

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Artigos

Fica demonstrado que, mais do que crise, o que tivemos no Brasil foi uma desaceleração no crescimento, gerada pela incerteza. Mas ficam perguntas que não querem calar: “Como será 2010? Que elementos devem ser considerados como importantes para o sucesso?”. Sem apre-sentar grandes receitas, destacamos dois blocos de tendências que certamente orientarão de-cisões para o novo ano:

1. As grandes tendências em termos do “Mundo do Mais”, sob a ótica do Consumidor (mais con-veniência, mais praticidade, mais quali-dade de vida, mais informação, mais afluência econômica das classes baixas, mais segmentação por estilo de vida) di-rigirão “ainda mais” o desenvolvimento de produtos, serviços, soluções e canais de distribuição.

Isso significa dizer que será fator críti-co de sucesso entender claramente o que o seu público-alvo considera como atributo importante e decisivo na sua equação de

valor. Notem: não falamos de Preço e sim de Valor. Poder agrupar diferentes estilos de vida de seus shoppers e consumidores, será deci-sivo para entregar-lhes esse valor por meio de sortimento, preço, exposição e promoções ad-equados. Tomemos como exemplo dois grupos comumente estudados pela Nielsen e que rep-resentam o maior percentual dos domicílios do Brasil e da grande Curitiba, os conscientes (40%) e os batalhadores (36%):

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A partir de estudos como o Nielsen Shopper Vi-sions ©, compreendemos que enquanto consci-entes compram aos fins de semana com a famí-lia, fazem mais compras de abastecimento que de reposição, importam-se com a variedade de produtos e marcas, escolhendo estas principal-mente pela relação qualidade/preço, o grupo de shoppers batalhadores faz as compras sozinho, pela manhã, nos dias de semana, em lojas próxi-mas ao local onde reside, percorre as lojas em busca de promoções e escolhe as marcas princi-palmente por preço e promoção. Na verdade, é a combinação dos estilos com o posicionamento de cada supermercadista que vai ajudar a definir as melhores táticas de marketing a serem adota-das, bem como os formatos de lojas que melhor respondem às necessidades de cada grupo-alvo.

2. O “Mundo do Mais do Varejo” (mais concent-ração de vendas, mais pontos de vendas no mer-cado, mais itens lançados que desaparecem cada vez mais cedo, mais sobreposição de segmentos de produtos negociados por diferentes canais, mais formatos de lojas) implicará numa dificuldade cada vez maior em manter uma identidade de destaque com relação aos competidores.

Hoje, existem no Brasil perto de um milhão de pontos de vendas, segundo dados da Nielsen. Além disso, nos últimos 10 anos, o número de habitantes por lojas caiu pela metade. Quase 18 mil itens novos foram lançados no ano passado, e uma mortalidade histórica não inferior a 70%. Nesse sentido, é mandatório para a empresa ter sua percepção de valor, ou seja, o posiciona-mento reconhecido por seus clientes. Qual é a proposta de valor pela qual sua empresa será re-conhecida, diferenciada e fará lucro? Praticidade? Multiformatos? Multicanal? Variedade? Preço? O grande desafio do varejo nos próximos anos será o de “fugir do buraco negro do meio”. A Figura 3 permite entender perfeitamente essa metáfo-ra. Imagine três empresas e a percepção que a grande maioria de seus respectivos clientes tem, em termos dos atributos descritos nos dois eixos.

As propostas de valor das cadeias A e B são muito claras, segundo seus respectivos clientes A: preço baixo, nível de serviços e experiência de compras baixa, e B: alto nível de serviços e experiência de compras. E na cadeia C? Tudo é percebido como “médio”. Lembrando a época escolar, seria como tirar a nota cinco, mínima para passar (infelizmente, o que a prática nos mostra é que a maioria das organizações se en-contra nessa posição do meio). Neste sentido, entender o ambiente onde se está inserido, como atua a concorrência, quais as dinâmicas de dife-rentes segmentos de mercado, que categorias, fabricantes e marcas vão ajudar na composição da sua proposta de valor será tão crítico em 2010 quanto ter as negociações orientadas por infor-mações objetivas, claras e comuns entre varejis-tas e fabricantes.

Ao concluir, faltaria adicionar uma espécie de cola que unirá estes dois aspectos acima exp-ostos. Serão os processos colaborativos entre varejo e indústria, condições cada vez mais im-portantes para que ambos conquistem um con-sumidor cada vez mais exigente e cercado de diferentes alternativas de satisfação de suas ex-pectativas de consumo.

*João Carlos Lazzarini é Diretor de Retail Servic-es da Nielsen Brasil

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Artigos

Defina seus alvos...

Por Professor Menegatti*

No início de cada ano, muitos gastam boa parte do seu tempo elaborando uma lista de mudanças, alvos a serem atingidos para o ano que está por vir. Com a motivação renovada, planejam e sonham com entusiasmo, antevendo a vitória financeira, o sucesso na carreira e na vida pessoal. Planos do tipo:

• Vou fazer um curso de inglês;• Vou fazer faculdade ou uma pós-graduação;• Vou começar um regime e emagrecer;• Vou trocar de emprego, de carro;• Vou ampliar meu negócio;• Vou dar mais empregos.

Entretanto, para muitos esse entusiasmo di-minui com o passar do tempo e para outros ele até se dilui totalmente após algumas semanas. Uma enquete recente revelou que metade de-

siste antes mesmo de começar e outros 40% são bons de largada, mas se sentem desanimados antes mesmo de chegar à metade do percurso. O que concluímos com essa pesquisa? Em todo tipo de mudança ou de busca por novos objeti-vos, existem três tipos de pessoas:

1. As que não sabem o que fazer e nem como fazer para conseguirem o que querem. São até cheias de boa vontade.

2. As que sabem o que fazer, mas não fazem. Que desperdício! Tantas pessoas talentosas es-tão ancoradas por ai numa inércia total.

3. Somente 10% sabem o que fazer, entram em ação e alcançam seus objetivos.

Infelizmente, muitos que não estabelecem planos, e por isso mesmo nem ousam entrar em ação, pensam que as pessoas desta faixa de apenas 10%, não passam de uns poucos “sor-

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tudos”. O fato é que, “sortudos” ou não, estas pessoas apresentam-se mais positivas, assertivas e – por que não dizer – mais otimistas em rela-ção aos seus objetivos, e por isso vencem.

E como pensam os otimistas?• Todo otimista é persistente: muitas

pessoas passam a vida sonhando com alguma coisa, mas não tem a atitude de dar o primeiro passo. Não arriscam fazer o inusitado. Crie diferentes formas de conseguir o que quer. Algumas podem parecer estranhas ou ousadas demais, outras não darão o resultado esperado, mas o tornarão mais persistente em querer faz-er. Entre erros e acertos, o efeito “médio” sobre várias tentativas será surpreendente e compen-sador.

• Todo otimista sempre tem planos de ação: uma meta sem um prazo de realização não passa de uma boa intenção. Sem data mar-cada, os objetivos podem levar meses, ou até anos para se realizarem. Com a data definida, relacione o que você já fez e o que você ainda tem a fazer. Isso ajuda a perceber que você está progredindo a cada dia.

• Todo otimista não se deixa abater: nunca perca de vista o lado positivo de uma experiên-

cia negativa. Se você reparar, “ao tecer uma bela tapeçaria os fios escuros são necessários para realçar toda a beleza do desenho formado pelos fios mais claros”. As dificuldades fazem parte da caminhada, os erros fazem parte do aprendizado que tanto buscamos. Focalize no seu sucesso e não no que pode lhe impedir.

Todo dia, durante este novo ano, ao acordar você terá duas escolhas: ser uma pessoa otimista ou ser uma pessoa pessimista. Sempre existirão obstáculos e você poderá escolher entre desistir e ficar lamentando ou aprender com as dificul-dades e criar novas saídas. A escolha é sua!

Ótimo 2010 pra você.*Professor Menegatti é palestrante de vendas,

motivação e liderança.

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Artigos

Atuação estratégica para empresas em um ambiente competitivo

Saber trabalhar em equipe nos diversos espaços é um de-safio cotidiano. Muitos fatores interagem e também interferem nos mecanismos das organiza-ções. Cada qual estabelece sua rotina e sua cultura organiza-cional, dando visibilidade ao que efetivamente se constrói de conhecimento sobre os outros e sobre as ações dos grupos. No entanto, é o planejamento, em curto e longo prazo, que vai nortear o gestor em sua capaci-dade de tomar decisões com a mínima margem de erros.

No mundo globalizado em que vivemos, com a constante evolução das tecnologias de informação e de comunicação, nem sempre é possível saber se estamos colocando a compan-hia em risco com certas ações. Por essa razão, cada vez mais as empresas vêm se conscienti-zando da importância da segu-rança da informação.

Destaco como uma das fer-ramentas da gestão o planeja-mento, pois possibilita que os diferentes níveis da organização

Por Cláudio Shimoyama*

se comuniquem e tomem con-hecimento do trabalho de out-ros grupos, possibilitando uma maior e melhor comunicação interna, gerando uma área de convivência menos conflituosa e garantindo informações mais seguras.

Na prática, podemos dizer que um bom sistema de in-teligência de informações, que é também uma forma de comu-nicação e fonte mais profission-al e segura, pode ajudar não só as grandes corporações, mas também pequenas e micros a tornarem-se mais competitivas e garantir vida longa no mer-cado.

Atualmente, a gestão focada nas pessoas, na atenção, na análise conjunta ao contexto interno e externo, ao tempo e aos processos, torna-se refer-encial para uma tomada de de-cisão mais segura. É claro que não há regra, nem receita, há sim indicadores que devem ser constantemente avaliados para que o gestor não tome atitudes sem referenciais, sem apoio e

equilíbrio da situação desejada. A burocracia é um fator impedi-tivo, em meu ponto de vista, de tomada de decisão, pois gera um obstáculo que, nos dias de hoje, é substancial aos proces-sos de gestão: o fator tempo. Não podemos perdê-lo, de-vemos aprimorá-lo.

Pense nisso!

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Espaço IESPAR

Palestras

Curso de Designer e Dec-oração de Loja

No dia 19 de novembro de 2009, mais de 170 pessoas do setor supermercadista do município de Bandeirantes e região participaram da palestra promovida pelo Iespar – Instituto Escola de Su-permercados –, com o apoio da Apras – Regional Norte Pioneiro, que tem como presidente o em-presário Luiz Yoneo Ueda. A palestra foi desen-volvida com o tema “Atendimento Personalizado ao Cliente”, pelo professor Caio Blanco, que de-stacou tópicos sobre público alvo do segmento, motivação pessoal e profissional das equipes de trabalho.

A Apras – Regional Irati também recebeu no dia 30 de novembro de 2009 os colaboradores de loja, preparando-os para as vendas de final de ano com a palestra “Encante seu Cliente Desli-gando o Bip”, com a consultora de Cibele Regis de Paula, da empresa Priorize.

As regionais de Ponta Grossa e Curitiba tam-bém tiveram o prazer de contar com a presença de empresários supermercadistas, gerentes de lojas e administradores nas palestras “Administ-ração de Capital de Giro – a teoria na prática”, ministradas pelos Consultores Milton Rui Jawor-ski e Christian Nogarotto, dias 30 de novembro de 2009, em Ponta Grossa, e 10 de dezembro de 2009, em Paranaguá. A palestra abordou estraté-gias básicas de administração de capital de giro em empresas supermercadistas.

No dia 25 de novembro de 2009, as regionais de Curitiba e Londrina promoveram a realização de palestras sobre Nota Fiscal Eletrônica, com o Dr. Edson Garcia Júnior, advogado e consul-tor, ministrando em Curitiba e o professor Eu-clides Nandes Correia em Londrina. As palestras tiveram como objetivo informar aos empresários supermercadistas, gerentes de loja e contadores, as justificativas, benefícios e procedimentos para emissão das notas fiscais eletrônicas.

Novas turmas foram treinadas na Apras – Re-gional Curitiba e Ponta Grossa preparando os co-laboradores para a trabalharem com a comunica-ção de loja no final do ano.

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A conclusão informada e salientada pelos pro-fessores é sobre a importância de conhecer as pessoas que fazem parte desta geração (com idade inferior a 30 anos) e de saber trabalhar de forma eficaz com elas que, aliás, são a maioria dos colaboradores nas empresas supermercadis-tas e também representam o futuro da nação brasileira. Outros fatores essenciais sugeridos são: alinhar as competências humanas às estraté-gias do negócio e objetivos da empresa; e como trabalhar atualmente com quatro gerações dis-tintas na organização.

Além do tema trabalhado, contamos com a apresentação da pesquisa realizada em 2007, pelo Datacenso – Instituto de Pesquisas, com o foco “Por que meu funcionário vai embora?”, sendo informado aos participantes que a nova pesquisa será realizada entre os períodos de novembro de 2009 e julho de 2010, com o questionário da pes-quisa podendo ser entregue até o dia 30 de julho deste ano. O objetivo é conhecer os motivos pe-los quais o funcionário pede o seu desligamento da empresa. As interessadas em participar podem solicitar o questionário via e-mail para andréa.

muito bem trabalhado pelos professores Nelson Almeida Guimarães, Tais Andrade Targa, Sandra Catarina Alves e Andréa Luy, cada um contri-buindo com suas respectivas regiões. Durante a reunião, os professores colocaram uma questão de extrema relevância para reflexão: Você e a sua empresa estão preparadas para contratar, ad-ministrar e liderar esta geração?

Espaço IESPAR

Curso de Cartazista

Curso de Manipulação de Alimentos

Curso de Líderes

Comitê de Recursos Hu-manos Apras

Na regional Maringá, foram formados 10 no-vos cartazistas no dia 19 de novembro de 2009 e na regional Londrina foram formados 29 novos cartazistas nos dias 20 e 23 de novembro. Tam-bém no mesmo mês, a regional Curitiba formou 36 novos cartazistas.

No mês de novembro, a Apras – Associação Paranaense de Supermercados – promoveu, por meio do Iespar, a III Reunião do Comitê de Recursos Humanos nas cidades de Curitiba, Maringá, Londrina e Cascavel. Um dos temas abordados na última reunião do ano de 2009 foi sobre a “Geração Y”. Esse assunto despertou o interesse dos participantes, entre eles empresári-os supermercadistas, psicólogos, profissionais de RH e professores universitários. O assunto foi

Nos dias 02 e 07 de dezembro de 2009, forma-ram-se novos líderes na cidade de Guaratuba. A turma foi in company no Supermercado Solimar. Parabéns!

A regional Curitiba formou duas novas turmas do curso Manipulação de Alimentos no dia 24 de novembro de 2009, em Curitiba e dia 08 de dezembro de 2009, em Guaratuba.

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[email protected] ou [email protected]. Lembramos que o sigilo das respostas das pes-quisas com as empresas participantes será man-tido pela Apras e pelo Iespar.

É com grande alegria que o Iespar parabeniza aos alunos formados em 2009 pelo curso de For-mação Gerencial no Varejo – turmas 19 e 21, em Curitiba, e turma 20, em Londrina (in company pela Rede de Supermercados Viscardi). Ainda em 2009, começaram quatro novas turmas do curso Formação Gerencial no Varejo, no mês de maio em Ponta Grossa, turma 22; e no mês de outubro no Litoral, turma 25; em Cascavel; tur-ma 26, e em Maringá, turma 27. O cronograma das aulas para o ano de 2010 será informado por

Curso de Formação Ger-encial no Varejo

Programação de cursos (em Curitiba e

também no Estado) pode ser vista no site

www.apras.org.br/iespar

telefone e e-mail aos alunos. Desejamos a todos os alunos boas férias e boas festas!

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Espaço APRAS

Festas de Final de Ano movimen-tam as regionais Apras

Cascavel, 21 de novembro de 2009

Curitiba, 05 de dezembro de 2009

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Final de ano é o melhor momento para reunir os amigos, comemorar as conquistas e restabelecer as energias para começar o ano novo bem. A Apras – Associação Paranaense de Supermercados – já tem em seu calendário a tradição de realizar sempre grandes eventos. São jantares que reúnem centenas de fornecedores e supermercadistas para reforçar os laços de amizade e – por que não? – conhecer novos amigos e quem sabe, futuros parceiros.

Realizado na Associação Atlética Coopavel, o jantar teve o patrocínio das seguintes empresas: Parmíssimo, Unilever, Líder Alimentos, Isabela - Distribuidor Regional Mega Mix, Dialli Distri-buidora, Coopavel, Vinícola Aurora, Coca-Cola e Cerveja Sol, Passa Tempo Representações: Café Tirol, Açúcar Estrela e Granja Pinhalovo. O deputado Alfredo Kaefer e o presidente da Câ-mara de Vereadores, Marcos Damasceno, esti-veram presentes ao evento. Mais de 900 pessoas estiveram presentes, entre associados supermer-cadistas, fornecedores e convidados.

Realizado no Estação Embratel Convention Center, o jantar contou com o patrocínio das empresas: Ambev, Brasil Foods, Arroz Buriti, Copacol, Café Damasco, Kraft Foods, Frime-sa, Isabela, Nestlé, Santher e Vilma Alimentos, e também o apoio de Aurora Alimentos, Bom Gosto, Líder, La Valle, Melitta, Ninfa, Ouro Fino, Personalize Turismo, Pernod Ricard, Porto a Porto, Promocenter, Quiboa, RP Informática e Sadia. Autoridades como o vice-governador do Estado do Paraná, Orlando Pessuti, e o senador Álvaro Dias, entre outras, prestigiaram o evento que reuniu cerca de 1,4 mil pessoas.

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Ponta Grossa, 14 de novembro de 2009

Londrina, 21 de novembro de 2009

Maringá, 28 de novembro de 2009 Pato Branco, 16 de dezembro de 2009

janeiro - fevereiro 2010

Realizado no Centro de Convenções do Shopping Palladium, o jantar de Final de Ano das regionais Ponta Grossa e Irati reuniu, aproximadamente, 740 pessoas e contou com o patrocínio das seguintes empresas: Café Lon-trinha, Spaipa, Arroz Copagro, Feijão Pontarolo, Scheffer – Sistemas de Arquivamento, Isabela, Anaconda, Cargill Alimentos, Selmi, Alimentos Wilson, Alimentos Zaeli e Carbonar – Comu-nicação Visual. Como apoiadores, o evento teve as empresas: Vassouras São Francisco, SG Sistemas de Automação Comercial, N&E Infor-mática e Faceda Representações.

Realizado no Londrina Country Club, o jan-tar de Final de Ano da regional de Londrina re-uniu 840 pessoas e teve o patrocínio das em-presas: Spaipa, Parati, Armarinhos Paraná Santa Catarina, Sadia, Fattoria Frios, Cocamar, M. M. Batatas, Toaschibra Luzes, Savio Sorvetes, Café Corol, Supermercados Almeida, Supermercados Santarém, Supermercados 88, Pão Pullmann, Diageo, Vinhos Guaravera, Rádio Globo; e tam-bém o apoio de: Chá Prenda, Cerealista Feijão de Ouro, Unilever, Irmãos Muffato, Café Ode-brecht, Pão de Queijo Gina, Naturre, Biscoito Capela, Agropecuária Petrópolis – Leite Piá, Per-digão, Produtos de Limpeza Girandosol, Moinho Globo, Bono Constantino, Dialli, Confeitaria Su-issa, Frimesa, Cia Leco de Prod. Alimentícios, Savon, Arroz Tio João e Supra Soy, Vale Fértil, Nutrimental, La Violetera, Crivialli e Colgate.

Realizado no Clube Olímpico Maringá, o jantar dançante de Final de Ano da regional Noroeste recebeu, aproximadamente, 500 convidados e contou com a contribuição dos seguintes patro-cinadores: Spaipa, Cocamar, Líder Alimentos, Crivialli Brasil, Naturytha Cosméticos, Frimesa, SG Sistemas e TGMaq. O jantar teve a animação da Banda New Sound.

O jantar de Final de Ano da regional Su-doeste da Apras contou com o patrocínio das seguintes empresas: Anaconda, Cantu. Parati, Frimesa, Nutrimental, Vila Nova - Comércio de Bebidas e reuniu cerca de 150 convidados.

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Apti Alimentos lança linha de produtos Senninha

Leão lança mate sustentável

Da alta gastronomia aos pratos do dia a dia

Desoflor acredita no poder das flores

Novo suporte para coador de papel Melitta

Platoforma

A Apti Alimentos lançou, em parceria com o Instituto Ayrton Senna, uma linha de produtos com a marca Senninha. A nova linha inclui produtos como milk shake, sorvete, gelatina, refresco, flan, mistura para bolo, pudim, maria mole, achocolatado, fermento e caldos para tempero.

A mais tradicional mostarda do mundo, a Colman’s, ganha espaço na mesa dos brasileiros. São oferecidas em embalagens de vidro e na versão squeeze. Para adquirir os produtos, é preciso entrar em contato com a importadora Gourmand Ali-mentos pelo telefone (11) 3842-5050.

A Desoflor foi buscar as fragrâncias florais mais perfumadas para lançar o novo líquido limpador sanitário com o frescor e perfume das flores do cam-po. A cada ação, ele limpa e perfuma de uma só vez. A linha possui quatro fragrâncias: Ocean fresh, Lavander, Sil-vestre e Frutal.

A Melitta lança o novo suporte para coador de papel Melit-ta Cores. Composta por nove opções de cores, o produto tem uma abertura na parte inferior para o consumidor ver o café passando. Possui ainda base plana, que se adapta em diversos recipientes, e cavi-dades superiores que ajudam na retirada do coador usado.

A Leão lançou no mercado brasileiro o primeiro chá mate orgânico. O produto, que vem em embalagens de 100g, combina tradição e inovação em um chá saboroso, feito a partir de erva-mate orgânica, sem uso de defensivos agrí-colas ou adubos químicos. As embalagens são feitas com papel 100% reciclado.

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