revista supermix | edição 136

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palavra do presidente

Pedro Joanir Zonta

Presidente da Apras

Caros amigos supermercadistas,

Reservo esta edição para falar de uma questão muito importante e que afeta diretamente nossos negócios, fazendo eco

às palavras do presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, na revista SuperHiper.

Recentemente, tivemos alterações que julgo pouco eficientes do Código de Processo Penal. Se antes um delegado podia

estabelecer fiança quando um empresário ou funcionário fosse preso por irregularidades na loja, hoje é preciso que eles

aguardem a decisão do juiz, o que pode levar vários dias de detenção na delegacia. Creio plenamente que estamos vivendo

uma enorme inversão de valores em nossa sociedade.

Tenho um exemplo vivenciado por mim recentemente e que justifica tamanha indignação: há alguns anos, pessoas de meu

convívio foram abordadas por assaltantes armados que as fizeram reféns para roubar uma grande quantia em dinheiro. Até

hoje, o caso não foi julgado e, ainda que identificados, os bandidos estão impunes e continuam ameaçando a integridade

da sociedade. No entanto, meus colegas, um único produto vencido nas gôndolas de nossas lojas – situação que ocorre não

apenas no Brasil, mas nos supermercados de todo o mundo – é suficiente para levar empresário e funcionários presos em

flagrante até que o delegado estabeleça a fiança.

Até aqui, nada diferente do que o setor está acostumado a vivenciar. Porém, com a Lei 12.403/11 que altera o Código de

Processo Penal anunciado recentemente, apenas o juiz tem a prerrogativa de estabelecer fiança, gerando uma situação nova

e um tanto desconfortável para o setor. Isso já aconteceu em São Paulo e Minas Gerais e, por isso, trago hoje esta reflexão

para os senhores: um empresário e seus funcionários presos devem aguardar na delegacia a disponibilidade e decisão do

juiz, o que pode levar dias até que se resolva o caso. Agora, imaginem os senhores, trabalhadores que acordam diariamente

para lutar pelo pão de cada dia, na companhia de assassinos e assaltantes numa cela de delegacia ou presídios por um, dois

ou mais dias. Situação um tanto constrangedora e ameaçadora, não é mesmo? Admito que ambas as situações possam

oferecer riscos – seja um produto vencido nas gôndolas causando riscos à saúde, seja um violento bandido solto nas ruas

que ameaça a segurança pública. Mas o empresário e gerente de loja estão trabalhando, recebem o fiscal na porta e o levam

para visitar a loja acabam presos em flagrante, enquanto os membros das quadrilhas que fogem pelos fundos ficam soltos,

pois não pode ser considerado o flagrante. Precisamos, mais do que nunca, refletir seriamente sobre estes assuntos para

garantir que a nossa integridade e de nossos profissionais seja mantida. Como empresários de um setor que pode oferecer

até 50 mil itens numa loja, sabemos e lutamos diariamente contra os erros cometidos, passíveis a qualquer cidadão.

Por isso, na tentativa de retornar à situação anterior ao novo Código de Processo

Penal, a Abras, por meio de seu Comitê Jurídico, juntamente com nossa entidade,

está trabalhando firmemente para mudar esta realidade.

Precisamos trabalhar unidos!

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sumário

tendências Preocupados com a natureza e a saúde, vegetarianos crescem no varejo

segurança O inimigo (oculto) mora ao lado: o que dizem os especialistas sobre o assunto

caLendÁriO Fatores sazonais podem impulsionar ainda mais as vendas neste final de ano

matéria de capa Cesta de Higiene e Beleza figura entre as favoritas do brasileiro

meiO ambiente Apesar de polêmica, sacola plástica pode ser a melhor e mais higiênica opção

eVentOs Superoeste pretende manter o sucesso em Londrina no oeste do Paraná

notíCias (08)

entrevista (14)

perfil (26)

índiCe de vendas (42)

artigos (44)

suporte jurídiCo (50)

aCademia apras (54)

aConteCeu Comigo (60)

espaço apras (64)

lançamentos (66)

18

32

28

38 62

34

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Caro Leitor

editorial

Ainda que estejamos abordando assuntos diferentes, observo que as

mulheres continuam tendo um papel fundamental, no aspecto mercado

de trabalho, consumo – mesmo com crescente aumento da preocupação

dos homens com o tema de capa desta edição. Estou muito satisfeita com

o resultado deste número da revista Supermix, pois traz assuntos que

considero de grande relevância para o setor de autosserviço em geral.

Primeiro, gostaria de comentar a matéria de capa: num país

grandiosamente preocupado com a higiene e beleza como o nosso, os

produtos destinados a estas categorias assumem um posicionamento que

demonstra respeito e cuidado com o corpo, por isso, tem conquistado

crescimento significativo. Eles estão acompanhando as necessidades

do mundo moderno, estressado e, demasiadamente acelerado em que

estamos vivendo, aliado ainda com o aumento da expectativa de vida e

os avanços em termos de saúde. Cada um destes produtos assume uma

função muito específica e, portanto, conquistam a atenção, principalmente,

da nova classe C, que tem podido experimentar todas essas inovações.

Não menos importante que o assunto da matéria de capa, trazemos

nesta edição uma reportagem sobre as polêmicas que envolvem as tão

conhecidas “sacolinhas plásticas”, juntamente com algumas opiniões de

especialistas e pessoas envolvidas com as questões ambientais.

Investimento ou perda de tempo? Gastar dinheiro com equipamentos

de segurança pode trazer vantagens incontáveis para os empresários

supermercadistas. Uma reportagem sobre segurança no setor mostra que

deixar de investir nesta área resulta em até uma loja de supermercado de

perdas.

No mais, não deixem de ler as matérias sobre tendências, acompanhar

as novidades sobre a Superoeste (Feira e Convenção Regional de

Supermercados) promovida pela Apras e como estão começando os

preparativos para as festas de final de ano. As demais matérias também

merecem sua atenção e foram preparadas com afinco para nosso leitor.

Boa leitura!

Camila Manssour Tremea Coordenadora de Comunicação

PresidentePedro Joanir Zonta (Condor Supermercados)Primeiro Vice-PresidenteLuiz Mauricio K. Hyczy (Supermercados Superpão Ltda.)Vice-Presidente FinanceiroDaniel Kuzma (Kusma & Cia LTDA)Vice-Presidente de PatrimônioJoão Jacir Zonta (Comercial Alimentos Zonta)Vice-Presidente de CapacitaçãoMauricio Bendixen da Silva (Walmart Brasil.)Vice-Presidente de Relações PúblicasJosé Eduardo Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA)Vice-Presidente SegurançaLuiz Alberto Leão (Condor Supermercados)Vice-Presidente EventosEverton Muffato (Irmãos Muffato & CIA LTDA.)Vice-Presidente ExpansãoAlceu Breda (Fadaleal Supermercado LTDA)Vice-Presidente de Segurança AlimentarNelvir Rickli Junior (Supermercado Rickli)Vice-Presidente Relações SindicaisAdemar Vedoato (Supermercados Viscardi)Vice-Presidente Adjunto Paulo Beal (Supermercado Beal)Vice-Presidente Adjunto Celso Luiz Stall (Supermercado Stall LTDA)Vice-Presidente Adjunto Silvio Koltun Alves (Mercantiba Supermercado LTDA.)Vice-Presidente Adjunto Alceu José Tissi (Supermercados Tissi LTDA)Vice -Presidente AdjuntoCezar Moro Tozetto (Tozetto & Cia LTDA)Conselho Fiscal EfetivoRodolfo PankratzHaroldo Antunes DeschkDercio Domingos de CostaConselho Fiscal SuplenteJoão Batista Moreira dos SantosEdson ZamprognaClaudia Maria DalmoraPresidente Regional Sul - Ponta GrossaSergio Jasinski (Supermercado Jasinski)Presidente Regional Norte - LondrinaValdeci dos Santos Galhardi (Irmãos Muffato & Cia LTDA)Presidente Regional Oeste - CascavelLuciano Fabian (Supermercado Fabian)Presidente Regional Sudoeste - Panto BrancoVinicius Lachman (Nestor Lachmann & Cia LTDA)Presidente Regional Noroeste - MaringáRoberto Burci (Supermercado Bom Dia Burci)Presidente Regional Norte Pioneiro - JacarezinhoLuiz Yoneo Ueda (Supermercado Ueda Bandeirantes)Presidente Regional - IratiPaulo César Ivasko (Supermercado Ivasko)Presidente Regional - GuarapuavaDaniel V. Hyczy (Supermercado Superpão)Conselho PermanenteEverton MuffatoPedro Joanir ZontaRuy SenffSidney SchnekembergEduardo Antonio DalmoraRomildo Ernesto ConteRoberto DemetercoSuperintendenteValmor Antônio RovarisDiretor ComercialWalde Renato Prochmann

Vice-Presidente de Relações PúblicasJosé Eduardo Muffato Diretor ComercialWalde Renato ProchmannConselho Editorial Camila Manssour Tremea, José Eduardo Nasser e Isabelle RockerDepartamento ComercialKhailany Cardoso e Walde Renato ProchmannFone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513E-mail: [email protected] Gráfico Zeh Henrique Rodrigues (Brainbox Design Estratégico)DiagramaçãoSamuel Rodrigues / Luís Junior RevisãoPaulo Roberto Maciel SantosFotosAlex SantosPré-Impressão (CtP) e ImpressãoMaxi Gráfica e Editora Ltda.Tiragem13.000 exemplaresDistribuição NacionalEnviada aos supermercados e atacadistas do Brasil.A revista Supermix é patrimônio da APRAS –Associação Paranaense de Supermercados – e também seuórgão oficial de divulgação.Avenida Souza Naves, 535 – CEP 80045-190Fone: (41) 3263-7000 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – [email protected] / www.apras.org.br/supermixOs artigos assinados são de total responsabilidade de seusautores e não refletem necessariamente a opinião da revista.Todos os direitos reservados.

DIRETORIA EXECUTIVA

TRIÊNIO 2009/2012

impressão

A Apras, consciente das questões ambientais e

sociais, utiliza papéis com certificação FSC ( Forest

Stewardship Council) na impressão deste material.

A certificação FSC garante que uma matéria-prima

florestal provém de um manejo considerado social,

ambiental e economicamente adequado. Impresso

na Maxi Gráfica e Editora Ltda. - certificada na cadeia

de custódia - FSC

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notíCias

Governo assina convênio para abertura de

crédito à panificação

( O governador em exercício, Flávio Arns, assinou em agosto

um convênio com o Sindicato da Indústria de Panificação

e Confeitaria no Estado do Paraná (SIPCEP) que abre uma

linha de crédito aos empresários do setor para a troca de

maquinário prevista pela Norma Regulamentadora NR-12,

que visa diminuir os acidentes de trabalho.

O Paraná conta com 4,2 mil padarias e confeitarias que

deverão gastar juntas aproximadamente R$ 200 milhões

para adequação à norma. A abertura de crédito é por meio

da Agência de Fomento do Paraná S.A e vai viabilizar a

troca de amassadeiras, batedeiras, modeladoras e cilindros,

o que pode praticamente zerar os acidentes. Os prazos

de adequação à norma variam conforme o número de

funcionários de cada estabelecimento. O valor total da

linha de crédito é de R$ 15 milhões, podendo ser ampliado

se houver necessidade e o limite por padaria é de R$ 300

mil, com parcelamento em até 60 vezes, dependendo da

capacidade e necessidade de cada estabelecimento.

A NR-12 também determina que os profissionais

façam cursos de capacitação à norma e vai sujeitar os

estabelecimentos a modificações no ambiente de trabalho.

Para o presidente do SIPCEP, Vilson Felipe Borgmann, é

importante que as padarias e confeitarias saibam que

a adequação à NR-12 é uma forma de todo o setor se

modernizar e acabar com os riscos de acidentes no

trabalho. “As exigências da norma serão responsáveis por

uma melhoria de todo o processo de fabricação de pães.

Sem dúvida, a qualidade de vida dos trabalhadores e a

qualidade dos produtos só tende a melhorar”, destaca

Borgmann. O governador destacou a importância do setor,

por gerar empregos, renda e bem-estar aos clientes. “O

governo, através da Agência de Fomento, quer estar ao

lado do sindicato para atender a demanda desse setor, que

é tão importante para a economia do Paraná. Essa linha de

crédito vai contribuir para aumentar ainda mais a geração de

emprego, renda e a segurança dos funcionários”.

Segundo o presidente da Agência de Fomento, Juraci

Barbosa Sobrinho, o Estado tem o dever de atender e

colaborar com a economia. “Vimos a necessidade que o

setor de panificação tinha para se adequar à NR-12 e com a

abertura de crédito esperamos que até o final de ano todas

as padarias estejam dentro da norma”. Os estabelecimentos

que não se adequarem à norma receberão um prazo do

fiscal do Ministério do Trabalho para se regularizar, caso isso

não ocorra, poderão ser multados e interditados.

Fonte: WBC Comunicação. )

Segundo a pesquisa, a quantidade de consumidores latino-

americanos que usam duas ou mais tecnologias como

website, dispositivo móvel ou quiosque na loja é a maior do

mundo, superando até a China. Cerca de 70% dos brasileiros

possuem algum dispositivo, comparado a 62% na China e

apenas 48% nos Estados Unidos. “Podemos concluir que

existe uma variedade enorme de tecnologias disponíveis

para os varejistas ampliarem as oportunidades de compras

para os consumidores da América Latina, principalmente

por meio de websites e tecnologias remotas”, afirma

Alejandro Padron, consultor de varejo da IBM. “Um exemplo

dos mercados maduros que funcionaria bem na América

Latina é a televisão personalizada. Com o controle remoto, o

consumidor pode pedir os mais recentes itens de varejo sem

sair de casa. É tão simples quanto como nossas crianças hoje

fazem download de jogos em seus consoles de videogame”,

completa.

O estudo revela também que o perfil do comprador latino-

americano é predominantemente de homens dispostos a

gastar dinheiro com itens para se satisfazer, otimista sobre

consumidores brasileiros buscam novas

tecnoloGias para compras

( Uma pesquisa global da IBM envolvendo cerca de 30

mil pessoas, sendo 2,2 mil no Brasil, apontou que os

compradores da América Latina estão à frente dos demais

consumidores do mundo quando o assunto é a velocidade

na adoção de novas tecnologias. Neste cenário, o Brasil se

destaca dos demais países latino-americanos, com 83% de

seus consumidores fazendo compras online.

Argentina Brasil Chile Colômbia México

Móvel 26% 38% 37% 39% 37%

Web Site 77% 83% 80% 69% 71%

Televisão 24% 44% 37% 34% 10%

Quiosque 41% 57% 43% 45% 47%

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Revista SUPERMIX 9

super muffato inauGura loja em apucarana

( Somando 15 mil metros quadros de área construída, o

novo hipermercado Super Muffato de Apucarana está entre

as maiores unidades da rede. A loja conta com 950 vagas

rotativas de estacionamento e com itens de conforto e

bem estar como amplos espaços na área de vendas e uma

proposta arrojada de comunicação visual, e ainda utiliza

práticas sustentáveis, como sistema de ar condicionado que

não prejudica a camada de ozônio, estação de reciclagem

para a coleta seletiva de lixo à disposição dos clientes,

melhor aproveitamento da luz natural, entre outros.

Segundo Everton Muffato, a chegada a Apucarana reflete

o objetivo do grupo de estar presente nos principais

centros comerciais do Estado. “Apucarana tem importância

estratégica para a nossa rede pela sua localização

privilegiada e como pólo de uma região que tem um

excelente potencial de consumo e crescimento”. Everton

ainda ressalta que “a inovação que estamos trazendo à

cidade nos deixa muito orgulhosos, pois somos a primeira

rede a abrir aos domingos, o que proporcionará a Apucarana

se fortalecer como cidade pólo, pois dará a opção de escolha

a clientes das cidades vizinhas virem até aqui e fazer suas

compras neste dia em que a cidade permanecia fechada e

também dar aos Apucaranenses a opção de escolha de fazer

suas compras num dia que for mais tranqüilo para eles, além

de melhorarmos a sinalização em um ponto que estava bem

critico para a população”.

Seguindo o conceito de evolução que permeia os

empreendimentos da rede, o novo ponto de venda vem

seus rendimentos e influenciado pela opinião de amigos,

familiares e estranhos. Além disso, este consumidor tem

muito pouco tempo e exige mais conveniência. Outro

dado revelado pela pesquisa mostra que os consumidores

estão em busca de compras personalizadas, irão gastar

mais e serão leais com varejistas que lhe oferecerem

atendimento de qualidade e promoções em itens que eles

compram regularmente. Também querem comprar de

forma homogênea nos vários canais, verificar os preços dos

produtos onde quer que esteja, obter promoções com base

nos itens que eles examinam e usar um dispositivo remoto

pessoal para evitar a fila do caixa.

Fonte: Da Assessoria )

trazer ao consumidor da região a possibilidade de encontrar

um mix diversificado que inclui amplas seções de eletro e

eletrônicos, bazar, conservadores para bebida gelada em

grande quantidade, adega, produtos orgânicos, a praticidade

da comida pronta, além de panificadora, açougue, dentre

outros.

Além disto, o empreendimento conta com uma galeria

comercial de sete lojas distribuídas em dois pavimentos,

com um mix completo de serviços e produtos, trazendo

mais conveniência para o consumidor. O Super Muffato

também terá praça de alimentação, esteiras rolantes e,

de acordo com Volnei Tortelli, gerente do hipermercado,

Apucarana terá um hipermercado completo para atender as

necessidades da população. “O objetivo principal do Super

Muffato é oferecer aos moradores da cidade os melhores

preços, produtos diferenciados, além de um centro de

compras com serviços essenciais, para que o nosso cliente

possa fazer tudo num mesmo local com comodidade e

segurança, além de gerar emprego e renda aos moradores

da Cidade”.

Fonte: Da Assessoria)

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10 Revista SUPERMIX

inauGurada a primeira loja da américa latina

com tecnoloGia rfid

( Presente na implantação da primeira loja inteligente da

América Latina, a Billabong Store do Shopping Iguatemi

Alphaville, A RR Etiquetas apresentou a tecnologia RFID.

Os objetivos principais dessa implantação são obter

diferenciação no mercado em um shopping recentemente

inaugurado e estar à frente no mercado, com a utilização de

uma tecnologia que permite interatividade com o cliente,

melhor gestão e otimização de processos, reduz perdas e

proporciona uma experiência de compra diferenciada, tudo

integrado em um único ambiente.

As principais vantagens para a Billabong incluem gestão

mais rápida e confiável dos inventários, no recebimento e na

expedição das mercadorias. Também a contagem das peças

expostas na loja fica mais rápida, com a arara inteligente,

que permite consultar os produtos disponíveis em uma

área e fazer seu inventário constante, permitindo saber

quantas peças estão na arara e quais estão colocadas em

locais errados. E, pensando na interatividade com os clientes

e na venda cruzada de produtos dentro do provador, foi

desenvolvido um provador inteligente. Quando o cliente

entra nesse provador, as peças que se encontram com ele

são automaticamente identificadas através da etiqueta

RFID RR e exibidas em um monitor touchscreen. O sistema

sugere produtos relacionados, permite a consulta de cores,

tamanhos, detalhes do produto, consulta aos estoques e

preços. Se o cliente precisar da presença de um vendedor,

com um simples toque na tela será disparado um SMS

para o celular do vendedor, que poderá, ainda, receber

informações sobre a solicitação do cliente de novas peças

com cores e tamanhos diferenciados.

A prevenção de perdas também fica garantida com a

tecnologia RFID. Todos os produtos com a etiqueta RFID

RR, ao passarem pelo PDV, terão gravadas informações

sobre o pagamento nas próprias etiquetas, que não

precisarão ser removidas. Ao serem registradas pelo caixa,

as etiquetas serão detectadas pelas antenas do sistema de

antifurto, com as informações de pagamento registradas

e não emitirão nenhum sinal. Se algum produto passar

pelas antenas antifurto antes de ter registrado pelo PDV,

as antenas emitirão um sinal de alerta e o aplicativo irá

informar qual produto está saindo da loja de forma irregular.

As etiquetas RFID foram produzidas pelas RR Etiquetas e o

desenvolvimento do projeto ficou a cargo da Vip-System

Informática & Consultoria.

Fonte: Da Assessoria)

compras com cartão mudam a face do varejo

brasileiro

( Até 2021, segundo estimativas da Boanerges & Cia., as

compras pagas com cartões no varejo brasileiro vão superar,

em valor, as pagas com dinheiro. Esse fenômeno traz em si

o poder de mudar a face do varejo brasileiro, uma vez que

insere definitivamente na vida de consumidores um meio

de pagamento com muito mais inteligência embarcada

do que uma simples nota de dinheiro. “Em 2021, 46% do

consumo privado será pago com cartões de crédito, débito,

loja ou rede, um índice que, em 2011, deverá alcançar 27%.

Essa quase duplicação relativa dos recursos movimentados

por esses meios de pagamento vai influenciar a vida de

todos que vivenciam este mercado. Esse crescimento já

vem gerando uma pressão maior pelo aperfeiçoamento

do setor, e a regulamentação, quer seja imposta pelo

governo ou partindo dos próprios players atuantes, tem

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Revista SUPERMIX 11

um papel fundamental tanto na garantia da evolução

quanto na manutenção do equilíbrio entre os diversos

envolvidos, incluindo consumidores, varejistas, emissores,

credenciadores, bandeiras, entre outros”, assinala Boanerges

Ramos Freire, presidente da consultoria especializada em

varejo financeiro.

No Brasil, 2011 deve fechar com 648 milhões de plásticos em

circulação, incluindo cartões de rede, loja, débito e crédito,

com um volume de transações estimado em 8,5 bilhões para

este ano e um valor ao redor de R$ 680 bilhões, com cerca

de 87% movimentados por cartões de crédito e débito. O

varejo financeiro no Brasil, explica Boanerges, é ainda mais

dinâmico do que nos Estados Unidos e vem despertando

o interesse de novos concorrentes, inclusive estrangeiros:

“O crescimento desse mercado vem promovendo altos

ganhos, especialmente para empresas emissoras de

cartões e as credenciadoras, que cuidam da relação com os

estabelecimentos. Com essa crescente penetração desses

meios de pagamento veremos pressões cada vez maiores

por uma regulamentação do setor, bem como ações de

autorregulamentação promovidas pelo próprio mercado”,

prevê Freire.

Enquanto os varejistas vêem mais opções de credenciadoras

no mercado, com a consequente redução dos custos

inerentes à aceitação desse tipo de pagamento, para os

consumidores o impacto positivo do avanço dos cartões

como meio de pagamento será a ampliação da rede

de aceitação e uma possível redução nas taxas de juros

praticadas atualmente: “Com o aumento da concorrência, os

credenciadores já vêm ampliando sua atuação para regiões

e segmentos do varejo considerados pouco atrativos no

passado. Já os bancos emissores estão cientes que as taxas

de juros estão na mira dos reguladores, e devem se antecipar

para não sofrerem uma intervenção como os credenciadores

vivenciaram com a quebra na exclusividade das bandeiras”,

estima Freire.

O avanço dos cartões de crédito já provoca mudanças no

cenário brasileiro de meios de pagamento. Segundo Freire,

as transações com cheques, por exemplo, que eram de 34%

em 2001, não chega hoje a 5% e devem cair para 2% em

2021, rumando para uma sobrevivência marginal. “O cheque

desfile cívico-militar abre comemorações da

independência do brasil

( Uma grande festa foi realizada em agosto para abrir as

comemorações da Independência do Brasil contando com

um desfile Cívico-Militar, organizado pela Associação do

Comércio da Macro-Região do Pinheirinho (ASCOMARP) e a

Prefeitura Municipal de Curitiba, e teve como patrocinador

o Condor Super Center. Neste ano, o desfile contou com a

participação recorde de oito mil integrantes e cerca de 35

mil pessoas prestigiando o evento.

Com o tema “Curitiba: sou apaixonado por esta cidade”, o

desfile teve também a participação de alunos de escolas

públicas e privadas, servidores municipais, escoteiros,

integrantes de grupos de terceira idade, militares de diversas

corporações, diretores e funcionários de lojas do varejo, ao

som de 17 bandas e fanfarras. O ponto de partida do desfile

foi na Rua da Cidadania do Pinheirinho, passando por toda

a Avenida Winston Churchill e seguindo até a Linha Verde.

“Este desfile Cívico-Militar é uma brilhante iniciativa para

incentivar o patriotismo e unir a comunidade. É bom ver

milhares de pessoas envolvidas para mostrar o orgulho por

nossa pátria”, disse o presidente do Condor, Pedro Joanir

Zonta. Para o presidente da ASCOMARP, Irineu Christofolli,

chegar ao 12º desfile é motivo de muita satisfação e salienta

que a participação de empresas da região, como o Condor, é

fundamental para o sucesso do evento.

O desfile contou com a participação de personalidades

como o Governador em exercício, Flávio Arns, o prefeito

de Curitiba, Luciano Ducci, e vários vereadores, como Tico

Kuzma, João do Suco e Roberto Hinça.

Fonte: WBC Comunicação )

pré-datado, uma invenção tipicamente brasileira, já foi

praticamente substituído pelo parcelamento sem juros no

cartão de crédito”, ressalta Freire.

Fonte: e-Press Comunicação. )

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12 Revista SUPERMIX

Walmart inauGura mais um supermercado em

ponta Grossa

( O Walmart Brasil inaugurou em Ponta Grossa, o segundo

supermercado Todo Dia localizado nos Campos Gerais, e o

oitavo empreendimento desta bandeira no Paraná. A nova

unidade faz parte do plano de investimento da rede para o

estado em 2011 e gerou mais cerca de 50 empregos diretos

para o município, com o quadro formado por moradores

da região. Com esta, já são 138 ‘lojas de vizinhança’ abertas

no Brasil, todas focadas na camada da população que está

tendo maior acesso ao consumo.

O formato prioriza a otimização de custos e repassa

essa economia para o consumidor final, alcançando

um diferencial de preços em relação ao praticado pela

concorrência. Esta nova unidade abre com forte expectativa,

principalmente devido aos bons resultados da outra

unidade aberta na cidade em dezembro de 2010. “O bom

desempenho da unidade já em funcionamento representou

oportunidade de carreira para os funcionários, pois alguns

assumiram novas funções na loja que abre hoje. Instalamos

o primeiro TodoDia no município há cerca de sete meses

e superamos nossas expectativas iniciais, que já eram

positivas. Sendo assim, ficou claro para a rede que o formato

está agradando a população seja pela economia, pelo

desenvolvimento que representa nas comunidades, seja pela

praticidade de uma loja menor”, afirma Flávio Rois, Diretor de

Operações do TodoDia no Paraná.

Além das tradicionais seções, o supermercado conta com

produtos de bazar e eletroeletrônicos, e caixa eletrônico

bancário. Em breve, também terá a comodidade de uma

Drogaria TodoDia dentro do prédio do supermercado.

Fonte: Da Assessoria)

frimesa amplia linha de ioGurtes

( A linha de iogurtes da Frimesa está totalmente repaginada.

As novidades começam pelo visual das embalagens com

novos elementos gráficos que exploram a ilustração,

modernizando o produto e ao mesmo tempo informando

o sabor das frutas. Outra mudança está no agrupamento

dos produtos por família – tradicionais, tradicionais light,

funcionais e funcionais light. As novidades reforçam ainda

mais a presença da marca Frimesa nas ilhas de refrigerados

do varejo. São 54 produtos diferentes, sendo nas versões

garrafa (porção família 850g e individual 170g) copo com

165g, bandeja com oito unidades sendo 540g e pacote

nos mais variados sabores. Os lançamentos tratam-se de

mais um importante passo da cooperativa para valorizar

a produção dos pecuaristas integrados e a diversificação

é um ganho trazido pelos investimentos destinados a

industrialização de produtos de valor agregado. “Quando

definimos pela construção de uma planta de refrigerados

avançamos na estratégia de oferecer produtos lácteos de

qualidade, menos sensíveis as oscilações de mercado como

os prontos para o consumo que vão direto à prateleira”,

justifica o presidente da empresa, Valter Vanzella, fazendo

referência aos quase dez milhões aplicados na indústria

em Matelândia que além dos iogurtes produz as linhas de

bebidas lácteas, leite pasteurizado, creme de leite fresco e

petit suisse. Os investimentos ampliaram a capacidade de

produção diária de iogurtes Frimesa que passou de 40 mil

para 70 mil quilos com duas linhas de envase dos iogurtes

copo, duas máquinas para o garrafa, uma linha para bandeja

e uma para o pacote. “Já adquirimos mais uma máquina

de iogurte bandeja que a partir de dezembro estará

funcionando, duplicando a produção desse item”, completa.

Fonte: Da Assessoria)

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entrevista

o vinho Com vez no país da Cerveja

Entre os países com consumo relevante

de vinho no mundo, o Brasil já figura

como um dos mais importantes

mercados da bebida. Mesmo ainda não

estando no mesmo nível de consumo

do produto que os países europeus,

Estados Unidos, Austrália, Rússia e

vizinhos latinos, Argentina e Chile,

apresentam, o ramo dos fermentados

de uva encontra-se hoje em franco

desenvolvimento entre consumidores

brasileiros, habituais apreciadores de

cerveja. Em 2011, a importação de

vinhos tenha caiu 13% no primeiro

trimestre do ano em relação ao mesmo

período de 2010 – dados do Ministério

do Desenvolvimento indicam que o

Brasil comprou 9,6 milhões de litros da

bebida, num total de R$ 59 milhões

durante estes meses – de acordo com

o Instituto Brasileiro do Vinho, isso se

deveu o anúncio da Receita Federal

de que implantaria o selo fiscal para

controlar a atividade que fez com que

importadores estocassem o produto

no ano passado. De 2009 para 2010,

o crescimento das importações de

vinho fino foi de 19%. Por outro lado,

produtores nacionais investem na

elaboração do produto no país, que

apresenta regiões com clima e solo

propícios, especialmente no Sul.

Com 100 anos de história e sendo

100% brasileira, a vinícola Salton,

líder no mercado de espumantes no

Brasil há quatro anos, é administrada

hoje pela terceira geração da família

Salton. Dedicada à produção de

vinhos, espumantes e sucos saudáveis

e com unidade em São Paulo, em

2004, inaugurou uma nova sede em

Bento Gonçalves, na serra gaúcha.

Além de ser matriz da Salton é um

ponto de referência turística no Rio

Grande do Sul. Daniel Salton, 56 anos,

diretor-presidente da vinícola é neto

de Paulo, um dos fundadores da

empresa. Formado em Administração

de Empresas, Daniel começou a

trabalhar na vinícola muito jovem,

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O cOnsumO de vinhO e espumantes hOje é mais divulgadO entre Os brasileirOs, tradiciOnais apreciadOres de cerveja. pOr que este cenáriO está mudandO? ( Acreditamos que estas mudanças de consumo se devem a três fatores: a cultura do brasileiro, que tem se tornado cada vez mais aberta às novas experiências e hábitos de consumo; o aumento do poder aquisitivo da população, que passou a ter condições de adquirir produtos com maior valor agregado; e o clima do país, em suas diferentes regiões, propício para o consumo de espumantes e frisantes em

como carregador de caixas de uvas. Dedicado às atividades

que realizava, aos poucos foi se interessando por outros

setores e, assim, buscando o aperfeiçoamento. Hoje, Daniel

Salton é um executivo respeitado no meio, com experiência

em todos os setores da empresa e atuação focada em

resultados. Essa postura foi determinante para que a Salton

obtivesse, em 2010, um faturamento recorde de R$ 238

milhões. Em entrevista exclusiva à revista Supermix, Daniel

comenta sobre o crescimento do mercado brasileiro de

vinhos.

locais quentes e vinhos em estados mais frios, como é o caso do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.)

quais Os tipOs de vinhOs de preferência dO cOnsumidOr brasileirO?

( Os vinhos tintos, frisantes e espumantes têm sido os produtos mais consumidos pelos brasileiros, devido à sua combinação perfeita com o clima do país. No caso de espumantes e frisantes, servidos gelados, podem acompanhar os consumidores em happy hours, finais de semana na piscina e na praia ou em danceterias. Já os vinhos tintos combinam bem com o clima frio das regiões da Serra e com a sua tradição culinária, baseada em pratos mais estruturados e “quentes”. ) vinhOs e similares ainda estãO restritOs às classes a e b? a classe c já se cOnsOlidOu cOmO públicO deste tipO de prOdutO? ( Os vinhos e similares têm sido consumidos por todas as classes, sem restrição. Um dos motivos para isso é a preocupação das empresas em ter produtos específicos para atender as diferentes classes. Hoje em dia, os grandes

Revista SUPERMIX 17

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consumidores pertencem à classe C, com produtos na faixa de 10 a 15 reais.) cOmO a saltOn se pOsiciOna? que tipO de vinhO Oferece aO mercadO naciOnal? ( A Salton busca atender a todos os públicos sempre, mas o foco no mercado de maior poder aquisitivo é forte. Os produtos oferecidos ao mercado nacional são os mais variados e nos mais diferentes valores, pois temos vinhos, espumantes, frisantes, sucos e outros em diferentes faixas de valor. ) O maiOr cOnsumO da marca é nO mercadO naciOnal Ou internaciOnal? ( O maior consumo é no mercado nacional, que responde por 99% de nosso faturamento. As exportações servem apenas como vitrine, para que nossos consumidores possam comprovar que o produto tem qualidade, inclusive reconhecida internacionalmente.) qual a linha Ou prOdutO da marca de maiOr destaque e quais suas características (apelO, preçO, etc.)? ( Os produtos de maior destaque são os vinhos da Linha Salton Classic e os espumantes finos, Salton Brut e Salton Moscatel. Em ambos os casos, nosso maior reconhecimento é em relação ao custo x benefício dos produtos oferecidos.) de que fOrma Os supermercadOs pOdem explOrar Os prOdutOs relaciOnadOs aO vinhO, para levantar as vendas? ( Para elevar suas vendas faz-se necessária a boa exposição dos produtos, além do treinamento da equipe que terá contato com os consumidores para que haja uma melhor orientação no momento da escolha e da compra dos produtos.) na sua avaliaçãO, Os supermercadOs têm evOluídO na atençãO e apresentaçãO dOs prOdutOs? ( A evolução é evidente. Muito tem se observado em relação à qualificação de equipes, novos e melhores espaços para exposição dos produtos, inclusive com a inclusão de adegas, além de profissionais (sommeliers e enólogos) presentes em tempo integral nas lojas para orientação dos clientes.)

herança dos imigrantes italianos

a vinícola salton foi formalmente constituída em 1910, quando os irmãos paulo, Ângelo, joão, Cezar, luiz e antônio salton deram cunho empresarial aos negócios do pai, o imigrante antônio domenico salton, que produzia vinhos informalmente, como a maioria dos imigrantes italianos. os irmãos passaram a se dedicar à cultura de uvas e à elaboração de vinhos, espumantes e vermutes, com o nome de paulo salton & irmãos, em Bento gonçalves (rs).

entrevista

O quantO é precisO cOnhecer sObre vinhOs para uma bOa apreciaçãO? cOmO acertar na cOmpra? ( O conhecimento é uma conseqüência natural, que vem da experimentação e de provar vinhos e espumantes de diferentes produtores e regiões. Isso lhes permitirá saber o que agrada ou não, o que se pode voltar a consumir ou não. Além disso, há cursos de degustação sendo oferecidos pelas vinícolas e pelas próprias lojas, que auxiliam os consumidores, fornecendo informações básicas como temperatura de serviço, taças, formas de conservação, entre outros.)

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Oportunidade em higiene e beleza

beneficia autosserviçoJá dizia o poeta Vinicius de Moraes: “As muito feias que me perdoem, mas a beleza é fundamental”. E embalado ao som da música “Garota de Ipanema” que o Brasil reforçou a fama de paraíso privilegiado pela beleza de suas mulheres, realidade hoje pontuada pelo grande sucesso de suas modelos, reconhecidas internacionalmente como ícones de sucesso que espelham o ideal de beleza que as brasileiras sonham alcançar.

As novelas, que fazem parte do dia a dia da maior parte das famílias brasileiras, exercem um papel muito importante na indústria da moda e beleza no Brasil. Diante da tela, de acordo com as protagonistas, a maioria das mulheres se inspira para escolher o que vai vestir, inclusive nos detalhes como a cor e corte dos cabelos, o tom do esmalte e do batom, entre outros. Ancoradas neste sonho de alcançar o cabelo brilhante, a pele perfeita e o sorriso branco das celebridades, as brasileiras lotam seus armários de produtos. Isso porque, a beleza exerce um papel maior do que simplesmente um símbolo de status, significa cuidado e respeito pelo próprio corpo e influencia diretamente a autoconfiança da nossa população, em especial das mulheres. Prova disso, é que o Brasil se destaca no topo da lista do ranking dos países em número de cirurgias plásticas realizadas nos últimos anos. Conseqüência disso é o atual patamar de terceiro maior mercado de cosméticos do mundo e que ainda tem muito potencial pra crescer.

Além de questões culturais específicas do Brasil, vivemos também um movimento global de aumento da expectativa de vida e, por conseqüência, uma maior preocupação com a saúde e qualidade de vida. Este número já chega aos 73,1 anos, com um aumento, em média, de quatro anos para o sexo feminino. Não por acaso é o sexo que mais se preocupa

matéria de Capa

Por Samanta Puglia com apoio de Mariana Nani

em cuidar da saúde.

Cesta de higiene e beleza e perspectivas de futuro

Historicamente, a cesta de higiene e beleza é conhecida por não sofrer grandes impactos em tempos de crise. Com o momento econômico favorável e o aumento de renda das famílias, a demanda antes reprimida refletiu no aumento de penetração de todo tipo de categoria de produto e esta cesta, que já figurava entre as favoritas da brasileira, está sendo privilegiada pelo momento.

Num estudo global, onde se perguntou às mulheres sobre em que gastariam um eventual dinheiro extra nos próximos cinco anos, os itens de saúde e beleza se destacaram entre as principais opções e isso aparece com maior intensidade nos países emergentes, com 53% versus 29% das mulheres dos países desenvolvidos.

Para aproveitar as oportunidades que estão sendo criadas, é preciso entender alguns movimentos. O primeiro é o reflexo da economia nas categorias de produto que crescem por aumento de penetração, em função da entrada de novos consumidores que vivem pela primeira vez a experiência de compra de determinados produtos e também pelo aumento do gasto médio de consumidores que sofisticaram o consumo. O segundo, e não menos importante, é o que acontece com a dinâmica dos canais que comercializam higiene e beleza no Brasil, que estão passando por transformações que vão impactar diretamente no crescimento do setor.

Crescimento das categorias

Pode-se dividir o crescimento das categorias em três etapas: a primeira, da experimentação, na qual se encontra boa

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Revista SUPERMIX 21

variação em valor (em %)

Acumulado 2010 x 2011 (até abril)Fonte: Nielsen | Retail IndexEssas sete categorias contribuem com 95% do faturamento.

parte dos novos consumidores, nesse momento já mais concentrado nas classes C2 e D, com um crescimento devido ao aumento da penetração da categoria nos lares. A segunda, da aceitação, com a ampliação do volume de compra cujo consumidor já experimentou e aprovou a categoria, e passa a aumentar o consumo, muitas vezes incentivado pela redução do preço médio proporcionado por embalagens maiores. Nesse estágio, boa parte do crescimento é impulsionado pela classe C1. Um exemplo é o crescimento das fraldas descartáveis com as embalagens mega pacote. E a terceira, a sofisticação, cuja categoria já foi incorporada à cesta de compras e o consumidor que já entende um pouco mais sobre ela passa a experimentar novas variedades e sofisticar o consumo.

Categorias em destaque

Protetor solar se destaca entre os maiores crescimentos da cesta. Durante muito tempo considerado apenas uma categoria sazonal, lembrada em ocasiões de férias, mar e piscinas, com sua imagem ligada mais fortemente ao bronzeamento do que a proteção, hoje é um item que passou a integrar a rotina diária das pessoas, com intuito de proteger do câncer de pele e do envelhecimento precoce.

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22 Revista SUPERMIX

Já categorias básicas, como sabonetes, por exemplo, ganharam força através de inovações que geraram novas necessidades, em que antes apenas o sabonete em barra entrava na lista de compras da família. Aos poucos a categoria foi se reinventando e criando segmentações: versões com propriedades antibactericidas, hidratantes, para diferentes momentos do dia, para higiene íntima adulta e infantil, enfim, uma enorme quantidade de itens, gerou um aumento no volume e valor agregado do produto.

Mulher moderna: tempo e praticidade

Não podemos esquecer o fator praticidade, assunto que já foi amplamente discutido e explorado, mas que ainda permite muitas ações para facilitar o dia a dia das pessoas. O estudo global realizado recentemente pela Nielsen, intitulado “Mulheres do Amanhã”, identificou que as mulheres sentem-se cada vez mais exigidas, sobrecarregadas e estressadas. Entretanto, as mulheres dos países emergentes sentem a pressão de maneira ainda mais intensa do que nas economias mais desenvolvidas.

Se traçarmos um paralelo com a realidade do Brasil, podemos imaginar que o estresse das mulheres das classes sociais emergentes é ainda maior do que nas classes altas. As mulheres esperam a tradução dessa necessidade em produtos que entendam suas aspirações e tragam cada vez mais benefícios em apenas um produto.

Nos rituais de beleza, os produtos devem cumprir diversas funções em poucas etapas. Pensem nos hidratantes com função de proteção solar; tratamento e base num único produto e aplicação; barrinhas de cereais para uma alimentação saudável e prática e que contenham vitaminas e poderes embelezadores; balas que tratem e previnam a flacidez e o envelhecimento. Enfim, tudo rápido, prático e de preferência, milagroso.

O Império do Efêmero

O Império do Efêmero é o título de um livro que trata sobre a moda e seus destinos na sociedade. Mas o que isso tem a ver com supermercados? Para quem quer atuar no segmento de higiene e beleza é importante entender que esse setor se confunde cada vez mais com a moda e seus caprichos. O trabalho constante para despertar novos desejos e acelerar o consumo já migrou rapidamente para o segmento de beleza.

Que o consumidor gosta de novidades, em especial as mulheres, todo mundo já imaginava. Movidos pela necessidade de sobrevivência e a ânsia para abocanhar uma fatia desse mercado, a indústria investe cada vez mais em

lançamentos e inovações para encantar o consumidor. As linhas de produtos são cada vez maiores e mais segmentadas. Só para tentarmos visualizar um pouco a imensidão de alternativas, tente se imaginar diante de uma gôndola de desodorantes e todas as suas variações, desde formatos de embalagem, fragrâncias, até os itens específicos para diferentes tons e tipos de pele e funções específicas de tratamento.

Como fazer a melhor exposição de forma que o cliente consiga encontrar o desodorante que ele precisa de forma rápida? Uma exposição que favoreça a velocidade para localização de um produto é um diferencial especialmente importante para um mundo de pessoas estressadas e sem tempo.

O desafio do sortimento ideal

Até abril de 2011, a cesta de higiene e beleza cresceu 9,5%, acompanhando a média de crescimento das cestas. Boa parte do crescimento total das cestas foi impulsionado por lançamentos.

Justamente a cesta de higiene e beleza é a responsável

Impulsionado, principalmente,Por Higiene e Beleza (17,7%)

15.813lançamentos

12.140mortalidade

+ 3.673SKUs

+ 649SKUs

4.070lançamentos

3.421mortalidade

pela maior quantidade de lançamentos em 2010. Em contrapartida, corresponde também ao alto número de mortalidade de itens. De todos os produtos que nasceram e morreram, 17,7% pertencem à cesta de higiene e beleza.

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24 Revista SUPERMIX

Estudo realizado pela Nielsen com consumidores identificou também que é na cesta de higiene e beleza onde se localiza o maior risco de perder shoppers para outra loja, pois é nesse setor onde o consumidor está mais disposto a trocar de loja caso não encontre a marca desejada.

A gestão de rupturas é um dos fatores que determinam o sucesso dessa cesta no varejo. Do outro lado do balcão, o varejo está cada vez mais pressionado para lidar rapidamente com as novidades do mercado e adequar o espaço das gôndolas com a grande quantidade de segmentos e itens dentro de uma mesma categoria. Para isso é fundamental que o supermercado tenha um posicionamento claro e estratégia adequada, que acompanhe de perto as tendências e lançamentos do mercado e, principalmente, saiba quem é o consumidor que deseja atingir e dedique-se a atendê-lo com qualidade.

Características

O varejo de higiene e beleza no Brasil tem como característica a ausência das lojas de departamento que atuam fortemente nesse setor em outros países, assim como o desenvolvimento pouco expressivo das perfumarias especializadas, o que abre oportunidade para que autosserviço, farmácias e a venda “porta a porta” disputem esse espaço no bolso do consumidor.

Analisando as vendas de higiene e beleza somente nos canais de autosserviço e farmácias, os supermercados ocupam a liderança com uma parcela de 61% das vendas da cesta. Com um crescimento de 5,2% de 2009 para 2010 e de 8,4% até abril de 2011, o autosserviço mantém o crescimento na cesta, porém no canal Farma este aumento vem acontecendo de forma mais rápida e, aos poucos, “roubam” participação com um crescimento de 30,2% e 11,9%, nos respectivos períodos. Nessa disputa entram diversos fatores como perfil do canal, conveniência, sortimento, exposição, atendimento, espaço, giro, entre outros.

+30,2 +11,9

% Importância e Variação Nominal

% Importância em valor - 2011 (até abril)

% Contribuição em Valor - 2011 (até abril)

ACUM 2011 \ Fonte: The Nielsen CompanyAS ASFARMA FARMA

2009 2010 ACUM2010 ACUM2011

+8,4

62,3 61,5

67,3 37,6 37,7 38,5

20,8

19,1

15,6

12

7,8

19,1

20,5

15,3

7,1

11,9

18,718,9

7,7

GO+DF

SUL

SUL

INT SP

INT SP

GDE SP

GDE SP

GDE RJ

GDE RJ

MG+ES

MG+ES

NE

NE

5,5

+5,2

67,3 62,4

A farmácia se beneficia da conveniência, de um ambiente mais acolhedor e um mix mais diferenciado. Dentro de um espaço, em geral muito menor do que o dedicado pelos supermercados para a cesta de higiene e beleza, a farmácia se diferencia com mais opções de produtos diferenciados e, muitas vezes, com uma prestação de serviços de consultoria, o que não faz parte da rotina do autosserviço.

É fato que com uma quantidade de cestas muito menor para administrar, as farmácias estão com um olhar muito mais focado no segmento de beleza e algumas já assumiram o seu papel de perfumaria que também vende medicamentos. Em contrapartida, o autosserviço se beneficia do espaço disponível para crescer com embalagens grandes como os mega pacotes de fraldas descartáveis, que impulsionaram fortemente o volume da cesta no último ano. Entre as regiões de destaque estão o Nordeste, Interior de São Paulo e Sul, como principais regiões para o faturamento de higiene e beleza nos supermercados. Entre as grandes responsáveis pelo crescimento estão as regiões Nordeste, Sul e Minas Gerais mais Espírito Santo, contribuindo com 20,8%, 19,1% e 19,1%, respectivamente.

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Revista SUPERMIX 25

AUTOSERVIÇO - 42,5% FARMA - 45,5

18,1

13 13

10,9

11,811,2

9,9

9,7

30,2

1,8

12,9

-5,3

-26,1

-2,2

-11,2

-55,3

7,3

45,9

DESODORANTE

SHAMPOO CREME DENTAL

PÓS-SHAMPOO PROTETOR SOLAR

SHAMPOO

501 OU MAISTO

TAL

ALI

MEN

TAR

401 A 500ML

301 A 400ML

201 A 300ML

101 A 200ML

% crescimento nominal em faturamento – acumulado de 2011 até abril versus o mesmo período do ano anterior

FRALDA DESCARTAVEL

TINTURA P/ CABELO

O Brasil é um país com uma forte regionalidade. Cada região tem a sua cultura e, por isso, se torna peculiar. Os hábitos de consumo são diferentes, a forma como atender, o sortimento e a renda influenciam diretamente indústrias e varejistas que atuam de maneira nacional.

O Sul do país é a segunda região de maior importância para o faturamento e crescimento da cesta e é importante ressaltar que o estado do Paraná realizou a substituição tributária atingindo também produtos de higiene pessoal, reduzindo o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e, conseqüentemente, os preços ao consumidor, o que alavancou o consumo. Entre os principais crescimentos do autosserviço no Paraná, quatro categorias se destacam, entre elas: desodorante, xampu, pós-xampu e creme dental, que somadas fazem 42,5% do faturamento da cesta. As quatro categorias destaque da farmácia na região fazem 45,5% do faturamento do canal, entre as categorias: protetor solar, xampu, fralda descartável e tintura para cabelo.

As farmácias possuem um sortimento mais sofisticado, o que impulsiona categorias como protetor solar, creme para pele e até tintura para os cabelos, com uma maior variedade de cores e marcas. O autosserviço é impulsionado por categorias mais básicas que vêm ganhando relevância dentro de alguns lares. Das 28 categorias auditadas pela Nielsen, de higiene e beleza, os supermercados do Paraná perdem participação em 14 delas. Mas apresentam queda em apenas três (preservativo, sabonete e absorvente higiênico), ou seja, o canal cresce menos que canais concorrentes. Essa perda acarretada pelas 14 categorias representa 4,8 milhões de reais para o canal.

As três categorias que apresentam as maiores oportunidades representam atualmente 36,4% do faturamento, são elas: sabonete, xampu e fralda descartável que juntas são responsáveis por 68% da perda total. No caso da categoria de sabonetes, a versão líquida surgiu agregando valor ao produto. Os supermercados acompanharam o crescimento do segmento líquido, mantendo-se líder. No entanto, na versão sólida houve uma perda de 5%, ou seja, 2,5 milhões de reais. Esse movimento se deve justamente aos lançamentos de sabonetes mais sofisticados que muitas vezes não fazem parte do sortimento dos supermercados, ou não recebem uma exposição atraente aos consumidores.

Depois de sabonetes, a maior oportunidade está na categoria de xampu, que cresce por três vertentes: as embalagens econômicas, pacotes promocionais e embalagens portáteis. Os supermercados têm vantagem nas embalagens grandes e promocionais, pois dispõem de maior espaço físico. No entanto, o autosserviço retrai nas embalagens maiores enquanto os outros canais crescem, já nas embalagens menores o autosserviço vem buscando posição.

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26 Revista SUPERMIX

A terceira categoria com a maior oportunidade faz parte da

sub-cesta de produtos para bebês, que se apresenta como

uma grande oportunidade para o autosserviço, pois no

momento da chegada de um bebê as famílias aumentam

muito os gastos com diversas categorias e mudam seu perfil

de consumo.

Em geral, os supermercados possuem as principais categorias

em seu sortimento, como: fórmulas e leites infantis, papinhas

prontas, mamadeiras, chupetas, lenços umedecidos, creme

para assadura entre outros. Mas o canal não possui um

mix bem trabalhado, direcionando seus esforços apenas

na categoria de fraldas descartáveis e com foco em preço,

deixando de aproveitar melhor a shopper que já está dentro

da loja e disposto a gastar com todo tipo de categorias que

facilitem sua vida em mais esse papel.

Apesar do canal alimentar apresentar mais da metade das

vendas de fraldas descartáveis nas embalagens de até 41

unidades, perde participação para outros canais. Isso ocorreu,

provavelmente, por aumentar a exposição de embalagens

de 70 unidades ou mais, que tomou espaço de embalagens

menores.

Observações finais

De forma geral, na cesta de higiene e beleza, o autosserviço

se destaca com categorias básicas, de abastecimento, e

cresce com o impulso da cesta nos últimos anos. No entanto,

perdem em categorias mais sofisticadas, alguns formatos de

embalagens e versões de produtos.

Para alavancar as vendas nesta cesta, muitos supermercados

adotaram a estratégia de abrir farmácias com o mesmo

nome da rede para não perder sua participação no bolso do

consumidor, num esforço para garantir que os crescentes

gastos com farmácia permaneçam nos seus domínios. Outras

oportunidades são a ambientação dos espaços destinados

a produtos de beleza: corredores e gôndolas mais claros,

iluminados, mais espaçados e até com layout diferenciado.

Dessa forma, o consumidor sente mais conforto de comprar

certas categorias ligadas à higiene em um ambiente que

transmite a sensação de limpeza, transparência e claridade.

Conhecer o papel das categorias na loja e gerenciá-las com

cuidado facilitará a vida dos consumidores e certamente

influenciarão a sua decisão de compra. O autosserviço possui

em suas mãos algo extremamente valioso e que se bem

trabalhado pode virar qualquer jogo ao seu favor: a maior

penetração e freqüência de compra. Aproveitar a ida do

consumidor ao ponto de venda, tornando sua experiência

de compra cada vez mais agradável é a melhor alternativa

de estimular a compra por impulso, reposição e até gerar a

experimentação de novos produtos e versões.

39,6

29,5

36,5

40,9

51

53,654,6

56,9

ATÉ 20 UNIDADES

21 1 41 UNIDADES

42 A 69 UNIDADES

70 OU MAIS

% Participação em valor do canal alimentar no Paraná

ACUM 2010 ACUM 2011

O autosserviço possui em suas

mãos algo extremamente valioso

e que se bem trabalhado pode

virar qualquer jogo ao seu favor: a

maior penetração e freqüência de

compra.

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perfil

beal: comprar com prazer “Foco cada vez mais especializado

em alimentos e em tornar o ato de

comprar um prazer”. Esta é a diretriz

para as lojas da empresa Beal, que

reúne as marcas Festval, em Curitiba,

e Beal, em Cascavel. Um dos filhos de

Severino e Lídia Beal, fundadores da

emp resa na década de 1970, Carlos

Beal, resume assim como são regidas

as unidades do grupo. Com origem

e constituição familiar, a empresa

Beal tem uma história de expansão e

atuação especializada.

Administrada por cinco irmãos – três

que ficam em Cascavel e dois em

Curitiba, o empreendimento busca

o profissionalismo em família. Na

opinião de Beal, a grande maioria

das empresas no Brasil atualmente é

familiar, “pois o começo de tudo está

na família”. No entanto, ele avalia que

as administrações estão cada vez mais

estruturadas e profissionais. E esse

é o mesmo processo que o grupo

vem atravessando no Paraná. Carlos

acrescenta que a gestão é voltada

para o presente e para o futuro, com a

estruturação da empresa, reformulação

de processos e estatuto para dar

longevidade ao negócio e preparando

a empresa para a terceira geração.

“Esse precisa ser um processo natural

de todas as empresas familiares, pois

acredito que esse formato de negócio,

o familiar, tem tudo para continuar

dando certo no Brasil, basta saber

profissionalizar”, pondera.

As lojas Beal têm um modelo de varejo

voltado para todos os públicos. Já

o Festval buscou um mercado mais

diferenciado com lojas voltadas para os

públicos A e B, que focam em produtos

e serviços. No entanto, em todas as

lojas, Carlos afirma que é mantida a

máxima “foco em ser especialista em

alimentos e tornar o ato de comprar

um prazer”.

No Festval, mais de 10% do mix

é formado por importados, uma

exigência, que segundo Carlos, é do

próprio público consumidor da rede,

“que possui uma renda mais elevada,

viaja constantemente e busca em

nossa rede os mesmos produtos de

qualidade que encontra lá fora”. Já

no Beal os importados representam

cerca de 3% do mix. Nas duas redes,

este percentual vem crescendo

gradativamente.

Em setembro de 2011, a empresa

inaugura mais uma loja, em Cascavel.

Será a maior do grupo, com 15,6 mil

metros quadrados. Terá uma praça de

alimentação atendida por franquias,

fila única de checkout e produtos

diferenciados. Para 2012, o grupo

planeja abrir uma nova loja Festval no

bairro Ecoville, em Curitiba, e outra Beal

em Cascavel.

Sobre o setor supermercadista, Carlos

afirma que “é altamente competitivo

e profissionalizado e que todas as

empresas tem condições e sabedoria

para projetar crescimento. A palavra

crise deve ser contraposta com

trabalho”. Carlos se diz otimista com

os resultados do final do ano para o

varejo.

Como tudo começou e evoluiu

A empresa Beal iniciou suas atividades

em 1972 em Cascavel, no Oeste do

Paraná, com o empreendedorismo de

Severino Beal e Lídia Beal. O casal vinha

da cidade gaúcha de São Valentin,

com pouca bagagem e cinco filhos.

Trabalhando inicialmente como

vendedor ambulante de armarinhos,

Severino abriu em seguida um

Page 29: Revista Supermix | Edição 136

Revista SUPERMIX 29

pequeno mercado chamado Vitória,

uma homenagem à senhora Vitória

Sarolli, mãe de sua esposa, que apoiava

muito o casal. O Vitória prosperou e

com o surgimento do bairro Faculdade,

escolhido para ser sede da Faculdade

Municipal de Ciências e Letras (hoje

Unioeste), foi transferido para lá em

busca de mais clientes. Em 1987, o

supermercado Vitória já inaugurava

sua sede própria. Em 1994, a família

vê a chance de expandir o negócio e

assume a filial de um supermercado no

centro da cidade. Em 1997, incorpora

outra filial, sendo esta a maior loja do

Vitória.

Em sintonia com um mundo cada vez

mais competitivo, em 1998 a empresa

alterou seu nome fantasia para Super

Beal, em uma atitude de preparação

para novas expansões. Em março de

2000, o Super Beal inaugura sua quarta

loja, localizada em uma área nobre

da cidade de Cascavel. Dois anos

depois, a loja do centro foi ampliada

e modernizada, dobrando a área de

atendimento. Em 2003 foi a vez de

mais uma loja passar por reformas,

proporcionando conforto e praticidade

aos clientes. Em 2011, o Super Beal

inaugurou sua quinta loja em Cascavel.

Já o supermercado Festval iniciou suas

atividades com a família Breda em

1995, no bairro Mercês, em Curitiba.

Ocorreu então uma seqüência de

expansão: em 1997 foi aberto o

segundo supermercado Festval, no

bairro Cajuru, e em 1999 o terceiro,

no bairro Água Verde. Em outubro

de 2000, 60% da empresa passou a

fazer parte da LMF Participações e no

mesmo ano foi inaugurada uma quarta

loja, no Alto da XV. Em janeiro de 2002

houve uma cisão entre os sócios Breda

e LMF Participações, ficando a família

Breda com as lojas Cajuru e XV de

Novembro e a LMF Participações com

as lojas Brigadeiro Franco e Água Verde.

As duas últimas passaram a utilizar

a bandeira Festval e as lojas Cajuru

e XV de novembro deveriam utilizar

outra marca. Neste período, a LMF

participações inaugurou sua terceira

loja em Curitiba. Em 2003 as lojas do

supermercado Festval foram adquiridas

pela família Beal de Cascavel, sendo

incorporada no mesmo ano à empresa

Beal. Em 2004, a família Beal assume as

instalações do Super Pão, reformando

a estrutura de loja e transferindo a

loja Festval Manoel Ribas para o novo

endereço com inauguração do Festval

Mercês.

A empresa Beal conta hoje com dez

unidades, sendo cinco lojas com a

bandeira Super Beal em Cascavel,

quatro lojas com a bandeira Festval

e uma central de distribuição

em Curitiba. No total, são 1,3 mil

colaboradores em todo o Estado e

o foco principal é a satisfação dos

clientes, com qualidade dos produtos e

no bom atendimento.

números do Beal

• Cinco lojas Super Beal em Cascavel;

• Inauguração de mais uma loja Super Beal - Cascavel (20 setembro de 2011);

• Quatro lojas Festval em Curitiba;

• Uma Central de Distribuição em Curitiba;

• 1,3 mil colaboradores;

• 133 checkouts;

• Média de 14 checkouts por loja.

Page 30: Revista Supermix | Edição 136

enquantO as sacOlas tradiciOnais cOntêm 2,5% de plásticO em sua cOmpOsiçãO, utilizar sacOs de lixO cOnvenciOnal pOde representar 10 vezes mais plásticO para ser descartadO nO meiO ambiente

meio amBiente

ApESAr DE poLêMICA, USo DA SACoLA pLáStICA poDE SEr A MELhor opção

As “sacolinhas” plásticas utilizadas nos

supermercados são um verdadeiro

símbolo das questões ambientais,

já que são utilizadas por todos os

consumidores, independentemente

de classe social, a região onde mora,

entre tantos outros fatores. Muito

presentes na vida das pessoas, as

sacolas plásticas permitem aquilo que

pode ser chamado “zona de conforto”,

pois possibilitam que os consumidores

façam o fácil e seguro transporte

das compras e, ainda, sirvam como

repositórios de lixo em suas residências.

Por esses e outros motivos, aparecem

com freqüência na mídia como

grandes poluidoras do meio ambiente.

Entretanto, o que é possível notar

em relação ao uso das “sacolinhas”

é não apenas a falta de um sistema

eficaz de coleta de lixo nas cidades

brasileiras – sem contar o despreparo

de parcela da população que, alheia

às questões ambientais, acabam

por descartar inadequadamente as

sacolas plásticas –, mas também a

falta de informação sobre o ciclo de

vida das sacolas que, de acordo com

o presidente do Instituto Akatu de

Consumo Consciente, Hélio Matar, “são

insuficientes tanto no Brasil quanto

em outros países”. Um tema polêmico,

de longos debates e que está apenas

começando.

No Paraná, a discussão sobre as sacolas

plásticas está em pauta há pelo menos

10 anos e algumas providências

foram propostas para tentar diminuir

o impacto provocado pelo uso das

mesmas. Como alternativa, após

inúmeros debates, a Secretária de

Meio Ambiente (Sema) passou a

recomendar a utilização de sacolas

oxibiodegradáveis, cujo tempo de

degradação é menor – em média

de 18 meses. No entanto, segundo

Cris Baluta, gestora ambiental,

analisando o processo produtivo

das sacolas plásticas comuns e das

oxibiodegradáveis, observa-se que

ambas geram impactos ao meio

ambiente. “A sacola oxibiodegradável

tem a vantagem de ter sua degradação

muito mais acelerada que a sacola

de plástico comum. Por outro lado, o

plástico oxibiodegradável, devido o

envolvimento de agentes primários em

sua produção, torna a sua reciclagem

mais difícil”, aponta. Resumindo, tanto

uma como a outra causam impactos ao

meio ambiente, sejam eles diretos ou

indiretos, para o solo, a água e o ar. Um

estudo encomendado pelo governo

britânico sobre o impacto ambiental

de diversos tipos de sacolas mostrou

que a plástica ainda tem o melhor desempenho. Ela apresenta a menor geração de gás carbônico em seu processo produtivo e consome menos matéria-prima.

O debate sobre as “sacolinhas” é certamente muito mais amplo e outras questões também prejudiciais ao meio ambiente devem ser colocadas na agenda. Na realidade, devemos pensar sobre quem são realmente os grandes poluidores? Seriam os automóveis? Ou o ruminar do gado nas pastagens? Agrotóxicos? Lixo hospitalar? Observa-se que mais de 60% de todo o lixo gerado pelos brasileiros é composto por material orgânico. Mas por serem mais leves, as sacolas plásticas acabam flutuando quando em contato com a água, enquanto que os demais

afundam por serem mais pesados,

ficando em destaque o plástico. Vale

lembrar que, mesmo em contato

com a água, as sacolas são inertes e

atóxicas, não causando nenhum tipo

de contaminação.

Page 31: Revista Supermix | Edição 136

Uma alternativa higiênica para a

dona-de-casa

Quanto à saúde, as “sacolinhas” ainda

são a melhor opção. Embalar alimentos

e lixo orgânico em sacolas plásticas

ainda é uma solução para evitar

contaminação, dizem os órgãos de

saúde. A pesquisa quantitativa “Sacola

plástica: hábitos e atitudes” realizada

pelo IBOPE Inteligência junto a 600

consumidoras da Grande São Paulo

constatou que 100% das entrevistadas

reutilizam as sacolas plásticas nas suas

casas para armazenar o lixo. Além de

econômicas e resistentes, também

são práticas e higiênicas, podendo ser

reutilizadas e recicladas.

Retirá-las dos supermercados deverá

apenas transferir o problema para os

sacos de lixo convencionais, muito mais

A substituição das sacolas plásticas

pelas chamadas retornáveis é uma

prática que cada vez mais se consolida

no varejo e que está sendo incorporada

pela população. Entretanto, nos casos

em que as “sacolinhas” são utilizadas,

Cheida defende mecanismos que

possibilitem a identificação do

fornecedor das sacolas e sacos plásticos, por meio de códigos de barras. “As sacolinhas plásticas utilizadas pelas redes de varejo em geral já são identificadas; há uma dificuldade em identificar o distribuidor das sacolas de estabelecimentos menores ou informais”, aponta. Essa rastreabilidade se faz necessária para viabilizar a chamada logística reversa, ou seja, fazer com que o fornecedor do produto seja co-responsável pela sua recolha do meio ambiente e pela destinação

adequada.

Proibição das sacolas plásticas

Cidades como São Paulo, Belo

Horizonte e alguns municípios no

interior do Paraná estão tentando

abolir completamente o uso de sacolas

plásticas, mas estão tendo revezes na

justiça. De acordo com o deputado

estadual Luiz Eduardo Cheida, “não

é proibição pela proibição que

causa efeito imediato” às condições

ambientais. Ele afirma que é preciso

somar medidas que estabeleçam

regras a serem incorporadas aos

hábitos e às práticas dos consumidores,

por isso, defende que a redução dos

impactos ao meio ambiente deva

ser iniciada com a conscientização.

“A mudança dos hábitos e atitudes

é que leva à redução dos impactos

ambientais”, afirma.

Revista SUPERMIX 31

Page 32: Revista Supermix | Edição 136

poluente. Estima-se que 2,5% de todo

o plástico transformado no Brasil serve

para a produção de sacolas plásticas e

que destes, apenas 40% é usado nas

sacolas de supermercados. Logo, as

sacolas de supermercados respondem

por apenas 1% de todo plástico

transformado e, até agora, somente

os supermercados responderam pelo

uso de sacolas. Se neste momento

adotássemos o saco de lixo, conforme

previsto pela ABNT, em substituição às

sacolas plásticas, passaríamos a utilizar

cinco vezes mais plástico, fazendo

com que o consumo de plástico

transformado cresça em torno de 10%.

Impasse quanto aos custos

Outra questão a ser discutida tem a

ver com o custo da substituição das

sacolas feitas de plástico comum para

o consumidor, principalmente, o de

baixa renda, pois a adoção de sacolas

biodegradáveis e compostáveis vão

agregar até 6,5% nos preços dos

produtos ao consumidor final. Hoje,

os gastos com as sacolas respondem

por aproximadamente 0,5% do

preço dos produtos vendidos nos

supermercados. A sacola tradicional e

a oxibiodegradável custam em média

R$ 0,035 a unidade. Outra opção seria

a sacola com 100% de resina orgânica,

principalmente derivada de milho, que

custa R$ 0,44 por unidade. Na Itália,

por exemplo, a legislação obriga o

uso de sacolas com resina orgânica,

sendo indispensável o consumidor

pagar pelas sacolas. Uma alternativa de

sacolas biodegradáveis e compostáveis

que vem sendo usada no Brasil é uma

mistura que utiliza resina de polietileno

e resina orgânica, entretanto seus

resultados e eficiência ainda não foram

comprovados.

Segundo o presidente da Associação

Paranaense de Supermercados (Apras),

Pedro Joanir Zonta, este é um dos

impactos que as alternativas podem

gerar ao consumidor, independente

se o valor das “sacolinhas” estiver

embutido no preço da compra ou

se forem cobradas separadamente.

“O setor supermercadista é muito

competitivo, com margens apertadas

e, necessariamente, repassa ao preço.

Porém, se a decisão da sociedade

for pelas sacolas biodegradáveis e

compostáveis, entendemos que não é

justo embutir este valor na compra do

consumidor”, aponta.

O futuro do meio ambiente

Observa-se um grande aumento na

procura por produtos ecologicamente

corretos; todavia, apesar de ser um

mercado potencial, o consumidor

final ainda não está maduro para a

aquisição em massa deste tipo de

produto. É preciso cada vez mais

desenvolver a educação ambiental

em todos os níveis, pois somente

assim a sociedade pode ficar mais

consciente e preparada para este

tipo de consumo. A própria indústria

também deve se preparar para

atender a essa demanda, buscando

sempre o uso de tecnologias mais

limpas, renováveis e energeticamente

eficientes, visando assim contribuir

para um desenvolvimento sustentável

e fornecendo aos mercados potenciais

produtos mais benéficos ao meio

ambiente e à saúde.

O que vem sendo feito

Diante deste cenário, Zonta afirma

que os supermercados pretendem

contribuir incentivando os

consumidores a diminuir drasticamente

o uso das sacolas plásticas, entretanto,

sem proibi-las totalmente, já que isso

depende exclusivamente de uma

legislação em âmbito federal. Para que

este projeto seja realidade no Paraná,

a Apras e os supermercados do Estado

estão analisando a possibilidade de

eliminar a distribuição de sacolas

gratuitas.

O que se observa ainda é que as

sacolas vêm sendo usadas para gerar

gancho na mídia com questões

ambientais. Como fato positivo,

todo este debate fez nascer uma

nova consciência ambiental, frutos

dos acertos e erros da sociedade.

Zonta ainda afirma que, neste

momento, é preciso buscar soluções

em conjunto e que passem

necessariamente pela conscientização

da sociedade, por meio de campanhas

para a educação ambiental e

sustentabilidade. “Os supermercados,

por meio da Associação Brasileira

de Supermercados (Abras), já estão

trabalhando em Brasília, nas comissões

criadas para implantar a nova Política

Nacional de Resíduos Sólidos. No

Paraná, pretendemos construir, junto

às autoridades, alternativas para

nos conduzir a uma sociedade mais

sustentável”, completa.

meio amBiente

Page 33: Revista Supermix | Edição 136
Page 34: Revista Supermix | Edição 136

Calendário

O final do ano é considerado o “divisor de águas” do varejo. Isso porque, tradicionalmente, o desempenho das ven-das apresenta o melhor resultado na comparação com outros períodos. Em 2011 não deverá ser diferente, e os empresários ainda poderão contar com alguns fatores sa-zonais, como a queda do dólar e uma nova crise econômi-ca mundial, que poderão refletir no consumo interno.

O desempenho positivo do varejo já vem sendo observado ao longo do ano, e deve se manter. De acordo com a Pes-quisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os resultados trimestrais – referentes aos meses de abril a junho – apon-tam para um crescimento de 7,8% no volume de vendas do varejo, uma aceleração frente ao crescimento de 6,8% dos primeiros três meses do ano, em comparação com igual período do ano passado. De acordo com o Carlos Magno Bittencourt, economista do Conselho Regional de Economia do Paraná e professor de Economia da Pontifícia Universidade Católica (PUCPR), o setor supermercadista deve fechar o ano com um cresci-mento superior a 5%. No entanto, esses resultados podem ser ainda melhores nos meses de novembro e dezembro em função da injeção de recursos no mercado como décimo terceiro salário e férias. “O setor supermercadista tem uma especificidade que nenhum outro possui, pois independentemente de condições econômicas adversas, a população continuará consumindo alimentos”, pondera. Segundo ele, a crise econômica que vem se estabelecendo em alguns países pode provocar um efeito psicológico na população brasileira, no entanto, não deverá ter um efeito tão forte no consumo. “As pessoas acabam freando um pouco os gastos em função da incerteza com o futuro, mas isso não deverá ser sentido tão fortemente no varejo supermercadista do Brasil, que deve mais uma vez, passar ileso pela crise mundial”, disse.

OtimismoSe por um lado as estatísticas apontam para um bom mo-mento neste final de ano, os empresários comungam do mesmo otimismo. O gerente comercial da filial sul da Au-rora Alimentos, Ricardo Danilo Bruggemann, afirma que a expectativa de vendas para o período é de um crescimen-to de 30%, em comparação com 2010. “Para a Aurora os resultados de venda no período sempre foram excelentes.

Boas expectativas para o final do ano o período, que tradicionalmente é bom para o varejo, esse ano deve contar com fatores sazonais que podem impulsionar ainda mais as vendas

“O setor supermercadista tem uma espe-cificidade que nenhum outro possui, pois independentemente de condições econômi-cas adversas, a população continuará consumindo alimentos”. [Carlos Magno Bittencourt]

Acredito que este ano será melhor ainda, pois aprimora-mos nossos serviços e crescemos além das expectativas, e isso nos garante um bom resultado”, acrescenta. Apesar de não poder dar números ao crescimento qualita-tivo em 2011, Pedro Corrêa de Oliveira, diretor da importa-dora Porto a Porto, afirma que a empresa já registra um crescimento de 27% sobre o ano passado. Segundo ele, o consumidor brasileiro realizou um verdadeiro “upgrade” nas suas compras de produtos gastronômicos, e “este consumi-dor mais moderno e exigente não se importa em pagar

Page 35: Revista Supermix | Edição 136

Revista SUPERMIX 35

um pouco mais caro por produtos (e serviços) de melhor qualidade”. Oliveira aposta que no final do ano o varejista que souber entender as mudanças de necessidades do consumidor, através da apresentação de mercadorias mais

prazerosas e de maior valor agregado, conseguirá mel-hores resultados diante da concorrência.O gerente nacional da Campari do Brasil, Heitor Cavalheiro, afirma que a expectativa de vendas da empresa para o final do ano varia entre 10% a 15% maiores que no mesmo período do ano passado. “É um período de festas onde as pessoas saem mais para celebrar e acabam consumindo um pouco mais que nos demais meses do ano”, diz. Caval-heiro destaca que as marcas com as quais a empresa atua são fortes e ajudarão a alavancar esse resultado. Aliado a isso, a empresa aposta em lançamentos, como o Dreher

Cremoso, e a aquisição da marca Sagatiba pelo Gruppo Campari como um reforço para o bom fechamento de ano.

O presidente da Frimesa, Valter Vanzella, afirma que historicamente o período é bom para as vendas, princi-palmente para os produtos típicos da época, como a linha festa composta por carnes especiais e tender. “Nós dever-emos manter o mesmo desempenho dos anos anteriores com uma média de crescimento entre 8% a 10%”, afirma. Segundo ele, a empresa também aposta no crescimento do consumo da carne suína, e por isso vem mantendo um planejamento de abate e integração com o produtor para atender a demanda do período.

Quem também está otimista é a Tyson. O diretor comercial da empresa no Brasil, Raphael Martins, afirma que de ma-neira geral, assim como para o varejo, o mercado de frango conquista bons resultados nos períodos de festas, em especial, no final de ano. “Estamos bastante otimistas de que dobraremos os números conquistados em 2010. Além de termos ampliado nossa base de clientes, possuímos um produto de alta qualidade, com preço competitivo. O custo benefício é ótimo e queremos auxiliar nosso cliente a oferecer uma excelente alternativa aos consumidores das regiões onde atuamos”, disse.

Panorama Com o real valorizado e o dólar em queda, o cenário para o varejo também poderá sofrer alguns alterações na hora das compras. O economista Carlos Magno Bittencourt destaca que esse cenário poderá favorecer a oferta de produtos importados, que chegarão com preços competitivos as gôndolas. Pedro Corrêa de Oliveira, da Porto a Porto, também comunga desse pensamento. “Esse momento cambial foi excelente para o aumento da oferta de diversas categorias de produtos que necessitam de complementos de produtos importados”, diz. No entanto, ele pondera que os varejistas e as indústrias nacionais precisam ficar atentos para melhorar a qualidade do atendimento de ofertas de produtos.

Mais ponderado em sua análise, o gerente da Aurora Alimentos, Ricardo Danilo Bruggemann, não acredita em grandes mudanças no varejo em função da instabilidade da moeda estrangeira. “Ainda é cedo para definir se haverá influência, pois o mercado de commodities é muito dinâmico. No entanto, não acredito que será muito dife-rente do ano passado”, pondera. O presidente da Frimesa, Valter Vanzella, disse que o dólar provocou uma oferta maior de carne suína no mercado em função da redução nas exportações, provocando uma disputa maior no mer-cado. Para a empresa, no entanto, esse diferencial ainda não foi sentido fortemente, pois apenas 5% da produção da Frimesa são destinados às exportações, em especial para o Uruguai e China.

Page 36: Revista Supermix | Edição 136

segurançasegurança

o InIMIGo (oCULto) MorA Ao LADoaumentO da criminalidade exige mais e melhOres medidas de segurança nOs supermercadOs

Por Aurélio Munhoz

Um inimigo oculto, mas perigoso

e sorrateiro, ronda os corredores e

estacionamentos dos supermercados:

os criminosos. Não há estatísticas con-

fiáveis dimensionando a quantidade

de roubos e fraudes. Mas o prob-

lema preocupa os especialistas no

tema, que advertem: os empresários

do setor precisam investir mais em

segurança, sobretudo nos aspectos

relacionados à prevenção.

Os roubos e fraudes são responsáveis

pelo fechamento de várias empresas

no Brasil. E não afetam significativa-

mente apenas os pequenos; causam

grandes prejuízos mesmo aos gigan-

tes do setor. “Uma grande rede que

atua no País perdeu o equivalente a

um supermercado inteiro, em um ano,

por causa das fraudes e roubos”, conta

o especialista em segurança pública,

conferencista e escritor Jorge Lordello.

Na base de tudo, a prevenção

O diretor de segurança da Associa-

ção Paranaense de Supermercados

(Apras), Luiz Alberto Leão, é taxativo

quanto à importância da prevenção,

principalmente diante do cenário de

criminalidade crescente no Brasil. “A

criminalidade afeta principalmente

o pequeno comerciante, que é mais

vulnerável. Mas todos devem fazer

investimentos permanentes em segu-

rança. A prevenção não resolve todos

os problemas, mas minimiza os riscos

de que ocorram”, avalia. Leão baseia

suas afirmações nos dados. “Nós esti-

mamos que 98% das perdas aconte-

cem por falta de medidas preventivas

do supermercado, ou seja, pelo fato

de o empresário não ter treinado e

investido nas pessoas, na compra de

equipamentos de segurança e nos

processos de controle”. Preocupada

com o tema, a Apras vai promover o

primeiro curso de Formação de Fiscais

de Loja e de Prevenção de Perdas.

Inimigo invisível

Delegado de polícia por vinte anos,

Jorge Lordello diz que os roubos são

um problema muitas vezes invisível,

que o empresário não percebe,

sobretudo quando não dispõe

de ferramentas de preven-

ção e de controle. “Nestes

casos, quando percebe o que

aconteceu, o dono do negócio

fica irritado, mas aí já é tarde

demais. Ele já foi roubado e,

porque não tinha as ferramen-

tas necessárias, nunca vai saber

quanto perdeu”.

O problema, segundo

Lordello, é que muitos ex-

ecutivos do setor só tomam

providências depois que suas

empresas ou clientes já foram

assaltados. “É meio da cultura do

brasileiro agir assim. Muitas empresas

se esquecem de dar o devido valor

às questões de segurança porque

enxergam a segurança como despesa

e não como investimento”. Um pro-

cesso diferente ocorre na Europa e

nos Estados Unidos, onde a cultura da

prevenção está enraizada. “Nos países

desenvolvidos, os empresários não só

pensam, como

gostam, de

tratar deste

tema”, diz o

consultor.

Problemas e

soluções

Luiz Alberto

Page 37: Revista Supermix | Edição 136

Leão lista os problemas mais comuns,

em relação aos quais os empresários

devem ficar atentos. Dentro da loja, o

furto de mercadorias (por cliente ou

funcionário), a tentativa do consumi-

dor de passar a mercadoria pelo caixa

sem registrá-la e ainda a troca das

etiquetas de preços. Fora da loja, o

furto de veículos, de acessórios de au-

tomóveis e do próprio cliente.

Há ainda o roubo de cargas,

cometido por quadrilhas

especializadas. O diretor

de segurança da Apras também cita

algumas medidas de segurança fun-

damentais: além dos equipamentos

eletrônicos (ver quadro), a instalação

de cancelas nos estacionamentos, o

transporte adequado de valores (com

a mudança de horários e de rotina

nesta operação) e a adoção de uma

arquitetura no prédio que facilite a

visualização

das pessoas

e a disposição das mercadorias nas

prateleiras e gôndolas.

Empresas podem ser condenadas

por roubos a clientes

Outro grande problema relacionado

à criminalidade nos supermercados

é a responsabilidade pelos roubos

cometidos contra clientes nas lojas.

Para ter direito a uma eventual indeni-

zação, o cliente precisa provar que

foi assaltado nas dependên-

Revista SUPERMIX 37

Page 38: Revista Supermix | Edição 136

cias do supermercado. O problema é

que já houve várias decisões judiciais

condenando as empresas. “A tendên-

cia é que isto aconteça, inclusive

porque cabe ao supermercado oferec-

er o aparato de segurança para que os

clientes não sejam roubados”, adverte

Jorge Lordello. O especialista cita um

caso ocorrido em uma rede de su-

permercados do Brasil, há cerca de dez

anos, que exemplifica bem o risco ao

quais as empresas estão submetidas.

“Uma moça foi seqüestrada, estuprada

e ainda teve seu carro roubado no

estacionamento de um supermercado.

Ela entrou com uma ação indeniza-

tória com valor alto contra a empresa

e ganhou”, conta. Por isso, na avaliação

de Lordello, os empresários do setor

devem ser proativos: agir antes que o

roubo aconteça.

Chame a polícia

Luiz Alberto Leão diz que outras duas

providências simples evitariam prob-

lemas maiores: avisar a polícia sempre

que há um roubo e manter a maior

aproximação possível com os órgãos

de segurança pública. “Eles podem

atuar tanto na prevenção quanto na

investigação. Aliás, a nossa linha de

atuação na Apras busca justamente

fortalecer esta interação do setor

varejista com o setor policial”, explica.

Lordello reforça a importância da par-

ceira com as forças policiais com um

bom argumento: a importância de não

dar margem à impunidade. “Quando

se perdoa um pequeno delito, a pes-

soa volta a cometer o crime”, afirma o

consultor.

Custo alto é mito

A ideia de que os investimentos em

segurança são altos não passa de um

mito. Os dois especialistas consul-

tados pela Supermix afirmam que

os preços diminuíram bastante nos

últimos tempos e já são acessíveis

a todos – inclusive aos pequenos

empresários. E o benefício é garan-

Uma grande rede perdeu um

supermercado inteiro, em um ano, por causa

dos roubos.

Jorge Lordello

segurança

tido: quem investe em tecnologia de

segurança obtém de 15% a 20% de

retorno já nos três ou quatro primeiros

meses. “Hoje, é possível até alugar eq-

uipamentos, pagando em torno de R$

100 por mês”, diz Jorge Lordello. “E há

até linhas de financiamento para isso,

como a oferecida pelo Banco Nacional

do Desenvolvimento (BNDES), por

exemplo”, afirma Luiz Alberto Leão.

Os equipamentos de vigilância (como

as câmeras e cancelas) são peças im-

portantes neste processo. “Mas nada

disso adianta se o supermercado não

tiver uma sala de monitoramento, que

precisa ter porta blindada, para moni-

torar as câmeras e verificar alguma

situação suspeita”, explica Lordello,

que também defende a necessidade

de os empresários do setor contrata-

rem especialistas no assunto para ori-

entá-los quanto às ferramentas de que

precisam. Igualmente, é importante a

automatização do processo de venda,

como ocorre nos Estados Unidos e na

Europa, onde os caixas estão sendo

abolidos porque os produtos recebem

sistemas de alarmes e códigos de

barras que facilitam o pagamento e

o controle da saída da mercadoria da

loja.

A importância do ser humano

Mas equipamentos, sozinhos, não bas-

tam; para darem o resultado desejado,

precisam ser operados por fun-

cionários bem treinados. Da mesma

forma, é essencial que os funcionários

sejam bem preparados para agir com

os clientes. “O recrutamento é funda-

mental”, diz Leão. Pensando nisso, há

cerca de cinco anos, grandes empre-

sas nacionais passaram a contar até

com gerentes na área de segurança.

Page 39: Revista Supermix | Edição 136

Noventa e oito por cento das perdas acontecem por falta de medidas preventivas dos empresários.

Coronel Leão

Academia Empresarial Apras

Formação Básica I: Segurança

de Loja (08h/aula)

Público: para fiscais de loja e

demais interessados.

Instrutor: Coronel Leão

(graduado no curso superior

da Polícia Militar de São

Paulo e em Sociologia

pelo Centro de Estudos

Superiores de Londrina; pós-

graduado em Criminologia

pela Universidade Estadual

de Londrina e formado nos

cursos de Aperfeiçoamento

de Oficiais da Polícia Militar

do Paraná e no curso de

Formação de Oficiais da

Academia Policial Militar do

Guatupê). Investimento: R$

150 (associados) e R$ 210

(não-associados)

“O empresário precisa entender que, assim como precisa

investir na aparência do seu negócio, também tem que or-

çar o mínimo necessário para dar mais segurança aos seus

clientes e funcionários”, afirma Lordello. “O investimento

não é necessariamente alto. Depende de cada realidade”,

completa.

Page 40: Revista Supermix | Edição 136

tendênCias

Eles já correspondem a 9% da população

brasileira, segundo pesquisa divulgada

em março deste ano pelo IBOPE – e

não param de crescer. Antes relegados

ao setor de hortifrutigranjeiros, os

vegetarianos recebem cada vez

mais espaço nos supermercados e

se tornaram um lucrativo filão para

as empresas da cadeia produtiva de

alimentos voltados a este público.

Mix vegetariano já ocupa posição nos supermercados e aumenta a cada ano

Por Aurélio Munhoz

produtos vegetarianos: pequenos em fase de CresCimento

Não sem motivos. Além de defender

uma causa nobre, a onda vegetariana

– escorada na preocupação com a

saúde – cresce em média 15% ao ano

no Brasil, nas contas da antropóloga

Gisela Black Taschner, especialista em

tendências de consumo da Fundação

Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo.

Não há dados precisos sobre o universo

de vegetarianos no Paraná. Mantida a

média nacional, porém, o grupo ronda

a casa de um milhão de paranaenses.

Tendência mundial

O fenômeno, na realidade, é mundial.

O banco Credit Suisse encomendou

pesquisa, na qual foram entrevistadas

13 mil pessoas com renda superior

a US$ 2 mil por mês (cerca de R$ 3,5

mil), e constatou o mesmo em sete

Page 41: Revista Supermix | Edição 136

Revista SUPERMIX 41

“As pessoas estão mudando

seu comportamento.

Os empresários do setor

alimentício precisam estar

atentos a este cenário. Se não

fizerem isso, vão deixar de

ganhar dinheiro”.

economias emergentes – Brasil, China,

Índia, Rússia, Egito, Indonésia e Arábia

Saudita. De acordo com a sondagem, os

brasileiros seguem a mesma tendência

dos consumidores do outro lado do

planeta no quesito consumo: querem

menos (ou nenhuma) carne na mesa.

Este crescimento não se deve apenas

ao fato de haver aumento no número

de adeptos do vegetarianismo “puro”,

mas também ao florescimento do que

a especialista em Marketing, Fernanda

Oruê, chama de “hábitos vegetarianos”,

ou seja, a tendência de muitas pessoas

evitarem a carne, especialmente

a vermelha, por não a consideram

saudável, e de preferirem os produtos

feitos à base de soja.

Laelia Tonhozi Orgânicos seguem tendência

A venda de produtos orgânicos

também registra aumento de consumo,

como explica a professora-doutora

e pesquisadora, Sônia Stertz, da

Universidade Federal do Paraná (UFPR),

especializada em ciência e tecnologia

de alimentos. Os alimentos produzidos

com base neste sistema, sustentável,

que privilegia a preservação ambiental,

crescem de 20 a 40% ao ano no Brasil.

A média mundial de crescimento oscila

entre 10 e 20%.

Isto faz do Brasil um dos mercados

mais promissores do planeta. O

faturamento anual se situa na faixa

dos US$ 40 bilhões. Mesmo sendo o

maior produtor mundial de alimentos,

porém, o país é o sexto em hectares

plantados de orgânicos. Segundo

Sônia, o Paraná é um dos pioneiros na

pesquisa, produção e processamento

de alimentos do gênero. “Atualmente,

o estado conta com cerca de 4,8 mil

produtores (o maior do Brasil) e produz

por ano cerca de 150 mil toneladas,

atrás apenas de São Paulo”, afirma

a pesquisadora. O Paraná produz

principalmente soja, açúcar mascavo,

café, erva-mate e hortaliças orgânicas.

Pedro Junior da Silva, com mestrado

em Ruralidades e Meio Ambiente pela

UFPR, também pesquisou o assunto na

sua dissertação, intitulada “Um passeio

pelas gôndolas”. Constatou que, em

Curitiba, a principal razão alegada por

quem escolhe o alimento orgânico é a

preocupação com a saúde. “Em seguida,

o intuito de conservar o meio ambiente”,

diz o pesquisador.

Consumidor pede ainda mais

atenção

Mesmo com o aumento do consumo de

Entenda a diferença entre alimentos vegetarianos e

orgânicos.

O alimento vegetariano se caracteriza pela ausência

de proteína animal. Porém, pessoas vegetarianas menos

radicais consomem carnes “brancas” (como peixes e

aves) e laticínios.

O alimento orgânico é aquele produzido sem

a utilização de insumos industrializados tais como

pesticidas, fertilizantes e rações. Portanto, a produção

de frangos e derivados, ovinos e bovinos sem a

utilização de rações pode ser considerada “orgânica”

produtos vegetarianos, muitas redes de

supermercados ainda não oferecem um

mix bem variado de opções aos clientes.

Vegetariana há cerca de vinte anos, a

educadora ambiental, coordenadora

de Projetos da ONG SOS Bicho e ativista

dos direitos dos animais em Curitiba,

Laelia Tonhozi conta que tem certa

dificuldade para achar produtos do

gênero em muitos supermercados.

A ativista reconhece, porém, que o

quadro melhorou e que há grande

variedade de frutas, verduras e legumes

nos supermercados. “É legal o fato

de empresas que tradicionalmente

fabricam produtos de origem animal,

como a Perdigão e a Sadia, terem uma

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Revista SUPERMIX 43

Alimentos utilizados

Tipo de dietas Carnes Ovos Leite e derivados Cereais Leguminosos Oleaginosas Tubérculos Frutas Legumes Verduras

Ovo-lacto-vegetariano Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Lacto-vegetariano Não Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Ovo-vegetariano Não Sim Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Vegano Não Não Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Semivegetariano Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Onívoro Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Fonte: Socidade Vegetariana Brasileira

linha de produtos vegetarianos. Mas ainda temos carências

na oferta de produtos vegetarianos industrializados, como o

hambúrguer de soja e de milho”, pondera.

Laelia considera fundamental investir neste setor porque o

perfil do público está se alinhando, ao longo do tempo, em

direção a um maior consumo de produtos vegetarianos. “As

pessoas estão mudando seu comportamento. Os empresários

do setor alimentício precisam estar atentos a este cenário. Se

não fizerem isso, vão deixar de ganhar dinheiro”. Ela conta

que, antes, eram promovidos eventos para angariar recursos

para a proteção dos animais por meio de churrascadas e

feijoadas, mas isso criava constrangimentos entre os ativistas.

“Hoje, estes eventos privilegiam a alimentação vegetariana,

até porque as pessoas percebem que não perdem nada em

termos nutricionais por consumir este tipo de produto. E nós

constatamos que não houve perda de público”, afirma.

Dados são imprecisos

O mercado de produtos vegetarianos é suficientemente

forte para justificar um aumento cada vez maior do mix de

produtos nas prateleiras dos supermercados. O problema, de

acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras),

é que não há dados precisos sobre a participação desta linha

nas empresas do setor. Nem há redes de supermercados

especializadas em vegetarianos. Processo diferente ocorre

na Europa. O grupo Vegilicious abriu uma loja, em fevereiro

deste ano, com mais de 100 metros quadrados e 1,5 mil itens.

E isto em Dortmund, na Alemanha, a terra da salsicha. Lá, há

de tudo, desde imitação de atum até comida para animais de

estimação.

Seguindo esta tendência, porém, as indústrias brasileiras

se voltam a este mercado. Já há até fábricas especializadas

para os vegetarianos, como a paulista Lafayette Hohagen

Filtro 18 anos ou mais Amostratotal Homem Mulher

E Importante manter a forma física 79% 78% 80%

Eu pagaria qualquer preço por minha saúde

78% 77% 79%

Estou de acordo com as restrições aos fumantes

70% 67% 72%

Em algumas ocasiões medo ou prazer de ingerir comidas que não

são boas para a saúde62% 59% 65%

Eu me informo bem antes de com-prar novos produtos alimentícios

60% 55% 65%

tenho que estar realmente doente para ir ao médico

62% 64% 59%

Confio na medicina homeopática/ medicina caseira

53% 49% 56%

Eu procuro ter uma dieta bem balanceada

52% 47% 56%

Devido à minha vida pessoal tão agitada, não me cuido como deveria

53% 52% 53%

Uso preservativos em todo novo relacionamento

52% 55% 49%

Só utilizo serviços públicos de saúde 45% 43% 47%

Eu sempre escolho meu médico por indicação

42% 37% 46%

Quase sempre estou tratando de perder quilos

35% 29% 40%

Sempre verifico o conteúdo nutri-cional dos alimentos

34% 29% 39%

Eu não tenho tempo para preparar refeições saudáveis

37% 40% 35%

Eu pratico esportes ou exercícios pelo menos uma vez por semana

38% 43% 34%

Sempre procuro as versões diet/light dos alimentos e bebidas

23% 20% 26%

Sou vegetariano 9% 10% 9%

– empresa que só produz carne, hambúrguer, picadinho

e medalhão à base de soja. Mesmo os grandes – como a

Sadia, a Perdigão e a Superbom – não se esqueceram deste

segmento e lançam ao mercado, todo ano, uma variedade

significativa de mercadorias do gênero.

Page 44: Revista Supermix | Edição 136

índiCe de vendas

ConSUMo LoCAL, MErCEArIA E LIMpEzA ForAM AS CEStAS QUE MAIS CrESCErAM no pEríoDo

Curitiba Brasilvariações

Período de Análise - 18/07/2011 a 14/08/2011Variação Nominal Variação Real**

Variação Nominal

Variação Real** (IPCA / IBGE)

PERÍODO 08 x PERÍODO 07 1,5% 1,4% 2,8% 2,7%

PERÍODO 08 x MESMO PERÍODO DE 2010 9,1% 2,3% 9,8% 2,9%

ACUMULADO 2011 versus 2010 8,6% 2,2% 8,8% 2,4%

Na análise do acumulado 2011 versus 2010 (períodos 1 a 8), A

Região Metropolitana de Curitiba apresentou um crescimento

nominal de 8,6% - próximo à média Brasil, que foi de 8,8%.

Considerando a inflação de 6,25% no período, o crescimento

real de Curitba foi 2,2% contra 2,4% do Brasil. Três das onze

cestas apresentaram crescimento de dois dígitos, sendo

Consumo Local a cesta de maior destaque. No comparativo

do período 8 (avaliado entre os dias 18 de julho e 14 de agosto

de 2011) em relação ao período anterior (avaliado entre os

dias 20 de junho e 17 de julho de 2011), as vendas do setor

de autosserviço em Curitiba apresentaram um crescimento

nominal de 1,5% - inferior à média Brasil, que foi 2,8%. A cesta

“Outros” foi a de maior destaque com crescimento nominal

maior que no Brasil (7,7% versus 4,4%). Enquanto a cesta de

*Números de Curitiba e Região Metropolitana com amostragem concentrada nas grandes redes. **Real – deflacionado desde janeiro de 2001 pelo IPCA do IBGE

METODOLOgIA UTILIzADA

Têxtil apresentou a maior retração, devido às vendas mais baixas

em todas as famílias que a compõe.

A metodologia utilizada para coleta dos dados, pela Nielsen é a chamada scantrack, que realiza a captura semanal de dados provenientes dos caixas de supermercados colaboradores (leitores ópticos do autosserviço). Possibilita uma análise detalhada das categorias de produtos, semana a semana. O ano scantrack é dividido em 13 períodos de quatro semanas cada. Isso significa que, na grande maioria das vezes, as informações não se referem ao mês do calendário.

Page 45: Revista Supermix | Edição 136

Revista SUPERMIX 45

Importância Per - 18/07/11 a 14/08/11 Brasil Curitiba

Brasil Curitiba

Variação em

relação ao

acumulado

anterior

2011x2010

Variação em

relação ao

período

anterior

08x07

Variação em

relação ao

mesmo período

do ano

anterior

08/11x08/10

Variação em

relação ao

acumulado

anterior

2011x2010

Variação em

relação ao

período

anterior

08/07

Variação em

relação ao mesmo

período do ano

anterior

08/11x08/10

VENDAS TOTAIS 100% 100% 8,8% 2,8% 9,8% 8,6% 1,5% 9,1%

PERECIVEIS (FRESCOS) 30,7% 31,4% 7,1% 2,7% 8,6% 9,1% 3,3% 12,2%

MERCEARIA 21,7% 22,4% 8,3% 2,8% 10,5% 10,7% 2,3% 13,4%

BEBIDAS 10,0% 9,9% 9,6% 1,4% 14,6% 9,4% 1,4% 13,6%

ELETRONICOS 10,2% 11,1% 7,0% 6,0% 5,9% 5,9% -2,3% 1,7%

PERFUMARIA 7,8% 7,4% 7,4% 3,6% 8,4% 7,2% 3,9% 7,8%

LIMPEZA 5,5% 5,8% 8,6% 4,0% 9,3% 9,9% 3,1% 9,4%

MERCADORIA GERAL 4,5% 4,1% 8,8% 6,1% 5,0% 4,7% 4,6% 0,5%

CASA 3,6% 3,7% 8,3% 6,2% 4,4% 7,8% 3,2% 0,4%

TEXTIL 3,4% 3,6% 4,7% -11,2% -1,8% 2,6% -15,1% -7,3%

OUTROS 2,4% 0,6% 83,5% 4,4% 103,0% 11,3% 7,7% 28,4%

CONSUMO LOCAL 0,2% 0,2% 8,0% -0,7% 4,3% 16,0% -0,7% 7,9%

*Números de Curitiba e Região Metropolitana com amostragem concentrada nas grandes redes. **Total Store – Performance Geral (fonte: dados scanning das cadeias colaboradoras com 5 ou mais checkout)

Page 46: Revista Supermix | Edição 136

Adriane Werner é jornalista, mestre em Administração e ministra treinamentos em

comunicação. Escreve neste espaço sobre comportamento profissional e é também

professora da Academia Empresarial Apras.

PARA QUE SERVE A ETIQUETA?CUIDAR DO COMPORTAMENTO FAZ TODA A DIFERENçA NOS AMBIENTES EM QUE AS PESSOAS INTERAGEM

Muita gente afirma que Etiqueta é coisa “de

gente rica”, “de madame”, ou que é “uma

frescura”. Infelizmente, para muita gente que

só olha o lado superficial da questão, é mesmo tudo isso.

Isso acontece porque muitas pessoas usam as regras da

chamada etiqueta social para segregar grupos, afastar

pessoas ou para diferenciar “quem tem classe” de quem,

supostamente, não tem. Mas o propósito da etiqueta

é exatamente o contrário dessa ideia de elitização e

segregação. As regras de convívio social foram criadas

para proporcionar harmonia nos ambientes em que

muitas pessoas convivem, e não para que algumas

menosprezem outras.

A etiqueta, portanto, deve servir para aproximar as

pessoas, e não para afastá-las. Pensemos em alguns

exemplos práticos... Por que devemos usar o traje

sugerido em um convite de casamento, 15 anos ou outra

festa? Para que não destoemos do restante do grupo.

Imagine alguém de biquíni em um casamento, ou de

fantasia de bruxinha em uma festa de gala... O mesmo

se aplica aos ambientes profissionais, mesmo que ali as

regras muitas vezes não sejam tão explícitas. Devemos

ter o bom senso de saber observar e perceber o grau de

formalidade do local em que vamos conviver com outras

pessoas. Se o ambiente é formal, não podemos exagerar

na informalidade, para não destoar. E se o clima for

descontraído, não devemos ser demasiado formais, pois

isso criaria uma barreira para a aproximação dos colegas.

Podemos ampliar esse raciocínio para todas as áreas em

que se faz necessário ter uma etiqueta, uma norma de

comportamento. É o caso do comportamento adequado

no uso das novas tecnologias, nas redes sociais, nas

festas de confraternização, nas reuniões de trabalho e

em tantas outras situações. Cuidar do comportamento

é respeitar as pessoas que convivem conosco, fazendo

com que nossa presença seja agradável e desejada.

artigos

Page 47: Revista Supermix | Edição 136
Page 48: Revista Supermix | Edição 136

*Bernt Entschev é fundador e presidente do Grupo De Bernt, colunista da Gazeta do Povo,

Revista Supermix e La Nación, comentarista nas rádios CBN Curitiba e 91 Rádio Rock, e

autor do livro Executivos, Alfaces & Morangos.

artigos

TRANSPARêNCIA CORPORATIVAO caminho traçado pelas

companhias atuais não nega:

quanto mais os colaboradores de

uma empresa têm acesso a dados

estratégicos, melhor eles fazem seu

trabalho. É muito comum que alguns

profissionais cometam erros em seu

dia a dia e grande parte desses erros

ocorre por pura falta de informação.

E não me refiro apenas às notícias

de jornais. Falo também sobre as

informações internas.

O que tem de gente

alienada no meio

corporativo não é

brincadeira. Pessoas

que não enxergam a

importância de saber

tudo o que diz respeito

à própria empresa onde

trabalham.

Se considerarmos a

quantidade de coisas

que acontecem

num dia de trabalho

e a variedade de

informações que são

geradas a partir desses

acontecimentos,

certamente teremos

valiosos dados em

mãos que podem se

converter em negócios.

Antes de continuar,

vamos fazer uma

diferenciação básica:

as informações a que

me refiro são os dados estratégicos

de interesse comum a todos da

empresa. Não cito, de forma alguma,

as fofocas de corredor. Por outro

lado, convenhamos, há algumas

informações que são aparentemente

simples para uns, mas quando

expostas numa mesa podem fazer

algum sentido para outros. Já vi

muitos negócios acontecerem a

partir de comentários aparentemente

banais. Aliás, boas ideias surgem

de situações e informações, muitas

vezes, simples.

É daí que vem a importância de uma

comunicação fluida entre setores e

unidades de negócio, de reuniões

bem estruturadas e da transparência

da empresa para com seus

funcionários. Um exemplo clássico

é o corte de custos. Quando algo

vai mal, é comum que a diretoria da

empresa coloque ordens de redução

de custos como impressão, papéis,

energia, cafezinho, e por aí vai

uma infinidade de outras coisas.

A desculpa é sempre a mesma:

as coisas não vão bem e, por

isso, precisaremos que todos se

comprometam em ajudar com

os cortes de custos. Porém, dizer

que as coisas não vão bem pode

soar vago para muita gente. Já

diferente é quando a empresa ao

invés de deixar no ar o quão mal

vai a coisa, mostra em números

a real situação da organização.

Mostrando o cenário da

companhia é mais fácil conseguir

que os funcionários entendam

as necessidades de corte que a

empresa tem.

Transparência é algo que deve

permear a cultura organizacional.

Visão, missão e valores precisam

ser difundidos entre os

funcionários, fazendo com que

cada um compre os ideais do

cenário em que estão inseridos.

De nada adianta, por exemplo, a

trAnSpArênCIA

é ALGo QUE DEvE

pErMEAr A CULtUrA

orGAnIzACIonAL.

vISão, MISSão E

vALorES prECISAM

SEr DIFUnDIDoS EntrE

oS FUnCIonárIoS,

FAzEnDo CoM QUE

CADA UM CoMprE oS

IDEAIS Do CEnárIo EM

QUE EStão InSErIDoS.

Page 49: Revista Supermix | Edição 136

empresa querer exigir que seus funcionários vistam-se

ou comportem-se de tal maneira sem que seja dito a

eles como se vestir ou se comportar. As regras devem ser

colocadas na mesa para que todos saibam exatamente

onde estão pisando. Regras veladas são ruins, pois não

fica claro para ninguém o que pode e o que não pode.

Quando o funcionário entende claramente aonde a

empresa quer chegar (visão), de que forma chegarão

(missão) e os valores que o sustentarão para seguir

adiante, fica infinitamente mais fácil conseguir que

a equipe trabalhe de forma homogênea, atendendo

as expectativas da organização. É por isso, inclusive,

que muitas empresas abrem seus números a seus

funcionários. Para que eles entendam o momento pelo

qual a empresa passa e, com isso, saibam até onde

podem ir ou esperar da companhia.

Costumo dizer a meus funcionários que meu

computador está à disposição de todos na empresa, pois

não tenho nada a esconder de ninguém. Procuro ser o

mais transparente possível com todos eles, pois acredito

que esse é o melhor caminho. Afinal, existe coisa pior

que profissional que não sabe nem mesmo como são

realizados os serviços que a empresa oferece ou, até

mesmo, para que servem seus produtos vendidos? Não

existe essa de “eu sou da área operacional, não preciso

entender das finanças da companhia” ou “sou do TI,

não preciso saber como o marketing tem posicionado

a marca diante do mercado”. Nada disso! Todas as áreas

precisam conversar entre si e se complementarem. Caso

contrário, dificilmente a empresa obterá êxito. E do que

são feitas as empresas? De pessoas, ora! Se a empresa

não progride, seus funcionários também permanecem

estagnados.

O ideal é pensar sistematicamente. Os profissionais que

já entenderam a importância disso alcançam cada vez

mais seus lugares de destaques nas organizações.

Page 50: Revista Supermix | Edição 136

Fernanda Lara é psicóloga, com pós-graduação em Administração e Gestão de Pessoas pela UFPR; é também pós-graduanda em Gestão

e Liderança Educacional pela FAE – Centro Universitário. Atualmente, é coordenadora de

treinamentos da Academia Empresarial Apras.

artigos

LIDERANçA COM INTELIGêNCIA EMOCIONAL, VOCê FAZ USO?O que é inteligência emocional? Afinal, não recordamos de

ter aprendido sobre o assunto ou então, nem aprendemos.

O psicólogo Daniel Goleman foi quem deu origem a esse

termo em 1994, descrito como “capacidade de identificar

nossos próprios sentimentos e dos outros, de motivar a nós

mesmos e gerenciar bem as emoções dentro de nós e de

nossos relacionamentos”.

Muitas pessoas, ao adentrarem numa organização, desejam

construir sua carreira para assumir cargos estratégicos

de liderança na empresa. Conquistada a tão sonhada

promoção, pensam: “Tenho novas responsabilidades e

poder de decisão”. Porém, saímos do ambiente acadêmico

pensando que liderar pessoas é um processo simples.

Na prática, não é. Sabemos da escassez de mão de obra

no Brasil, a falta de líderes no mercado de trabalho com

formação acadêmica e experiência profissional; logo, se faz

necessário que a organização tome uma decisão imediata

de promover um funcionário para assumir a gestão. A

princípio, essa decisão é sensata, pois conscientiza e cativa

os funcionários que existe a possibilidade de crescer na

organização. Mas o problema continua: promovem um novo

líder e esquecem de prepará-lo e desenvolvê-lo para assumir

a função. Este novo líder é, literalmente, “jogado na fogueira”,

tendo que buscar resultados financeiros e soluções para

organização. Com alegria, pode ser que este colaborador

seja bem sucedido, aprenda com os erros e até faça uma

gestão boa. Entretanto, sua trajetória será desgastante e

sem suporte da empresa. Ou, com um final mais triste, sua

imagem como um excelente profissional técnico pode ser

“queimada”, afinal tanto o novo líder como a organização

não desenvolveram competências necessárias para que ele

pudesse assumir a sua nova função, e o mesmo pode acabar

sendo desligado da empresa.

Pensando nas dificuldades dos novos líderes e nos

gestores que atuam há mais tempo e também não tiveram

preparo para assumir tal responsabilidade, podemos dizer

que liderança atrelada à inteligência emocional ajuda

muito. Mas como? A liderança constituída de inteligência

emocional pode propiciar um bom clima de trabalho e,

consequentemente, maior satisfação dos funcionários,

maior produtividade e lucratividade para a organização. A

percepção é excelente ferramenta para o líder observar as

emoções que surgem no contexto e nas pessoas que fazem

parte da organização, e fornece informações valiosas. Desta

forma, tornam-se dados importantes para a tomada de

Page 51: Revista Supermix | Edição 136

Revista SUPERMIX 51

decisões de acordo com os objetivos organizacionais.

Compreende-se que o líder é chave-mestra, sendo

responsável por influenciar pessoas a atingir metas

organizacionais. Para entender melhor, vamos saber como

fazer o uso da inteligência emocional atrelada à liderança,

utilizando: Autoconsciência e Autogestão com autodomínio,

transparência, capacidade de iniciativa, realização e

otimismo; Consciência Social caracterizada por empatia,

espírito de serviço, consciência organizacional; Habilidade

Social, que é a liderança com influência, capacidade de

desenvolver os outros, catalizador de mudança, gestão

de conflitos, o espírito de equipe. Estes três domínios da

inteligência emocional são os ingredientes básicos para uma

liderança eficaz.

É necessário que o líder nunca se esqueça disto, pois

não é possível trabalhar de forma igual com todos os

colaboradores, mas entendê-los de acordo com suas

singularidades e de forma justa com os demais. Ainda,

vamos lembrar que com humildade, ética e vontade de

aprender sempre, podemos praticar habitualmente os

conceitos de liderança, e sermos formados líderes!

O sucesso da nossa empresa depende do uso da nossa inteligência emocional!

A pErCEpção é ExCELEntE

FErrAMEntA pArA o LíDEr

oBSErvAr AS EMoçõES

QUE SUrGEM no ContExto

E nAS pESSoAS QUE FAzEM

pArtE DA orGAnIzAção,

E FornECE InForMAçõES

vALIoSAS.

Page 52: Revista Supermix | Edição 136

APRAS PEDE DOIS ANOS PARA ADEQUAçãO à LEI SOBRE PREçOS POR UNIDADE DE MEDIDASupermercados também sugerem regras mais claras para a legislação sobre o tema

Regras claras

A diretoria da Associação Paranaense de Supermercados

(Apras) apresentou minuta de decreto ao Governo do Estado

sugerindo dois anos de prazo para que os supermercados e

o comércio de autosserviço tenham tempo de se adequar

à exigência legal de que fixem o “preço por unidade de

medida” nas etiquetas dos produtos. A Apras também

propôs a adoção de regras mais claras a respeito do tema,

evitando confusões e prejuízos tanto às empresas quanto

aos consumidores.

Como a Lei Estadual nº 16.723, publicada no Diário Oficial

do Estado em 23 de dezembro de 2010, ainda depende de

regulamentação, os supermercados poderiam aguardar para

tomar quaisquer providências. Entretanto, uma parte das

lojas já está trabalhando para implantá-la. A Lei Municipal

de Curitiba nº 13.590 foi promulgada pelo presidente da

Câmara Municipal, João Claudio Derosso, em 9 de setembro

de 2010. O problema é que os supermercados não tiveram

tempo suficiente para se adequar à legislação. É um

processo bem diferente do que ocorreu no Estado do Rio

de Janeiro, onde um Termo de Ajustamento de Conduta

proposto pelo Ministério Público Estadual garantiu às

empresas dois anos de prazo para se enquadrar à lei. Já em

Santa Catarina, a lei foi aprovada no final de 2009, mas os

suporte jurídiCo

supermercados ganharam ma prazo até o último dia 12 de

julho de 2011 para se adequar às normas.

Para o presidente da Apras, Pedro Joanir Zonta, as empresas precisam de mais tempo porque a adequação à lei é um processo complexo, que exige a mudança de cultura dos cidadãos e a adoção de critérios claros para que a legislação seja cumprida. É o que deve fazer a regulamentação, pois somente no Paraná, alguns critérios de apresentação do preço por unidade de medida estão sendo contestados e fiscalizados. Mais uma vez, os supermercados estão pagando pelo pioneirismo, pois mesmo que a legislação se estenda a outros setores do comércio de autosserviço, ainda não se notou nenhuma iniciativa por parte deles. “A lei exige uma mudança do padrão de conduta das pessoas, que não estão acostumadas a comparar os preços desta forma. E não é fácil operacionalizá-la. As grandes redes de supermercados já estão fazendo isto usando critérios usados em outros estados, mesmo que ainda com alguns erros operacionais, porém os pequenos ainda nem sabem por onde começar”, explica.

Um dos problemas que mais preocupa os empresários é

a inexistência de regras claras nas leis. De acordo com a

legislação, os preços a serem fixados nas etiquetas devem

Page 53: Revista Supermix | Edição 136
Page 54: Revista Supermix | Edição 136

54 Revista SUPERMIX

tomar como base três unidades de medida: quilo, litro e

metro, sendo esta também a interpretação do órgão de proteção ao consumidor (PROCON). No entanto, de acordo com o superintendente da Apras, Valmor Rovaris, “as leis também falam em ‘outra unidade de medida’, conforme o caso, mas não dizem quais são estas unidades. Não há uniformidade em relação à interpretação da norma”, pondera Rovaris. Ele cita um exemplo para mostrar a confusão que está sendo criada por causa de diferentes interpretações: um pacote contendo quatro rolos de papel higiênico com 60 metros cada um, no total de 240 metros, custa 3,03 reais. Isto significa que cada metro custa R$ 0,012625. Mas, existem dúvidas e dificuldades operacionais em utilizar tantas casas decimais, até para entendimento de consumidores menos esclarecidos. O padrão de preços orienta os empresários a só usar duas casas decimais depois da vírgula nas etiquetas dos produtos. “Situações de arredondamento de casas decimais estão sendo tratadas como erro de informação. É um fato com o qual não podermos concordar”.

A Lei também não estabelece regras claras a respeito de

produtos vendidos com unidades de medidas diferentes

como, por exemplo, o creme dental – comercializado

em gramas e em mililitros. Por isso, na minuta de decreto

enviada ao Governo, a Apras sugeriu que os fornecedores

elejam o parâmetro a ser utilizado em cada produto, desde

que seja possível proporcionar ao consumidor a comparação

entre produtos iguais ou semelhantes, contudo dispares em

peso, medida e volume.

Mais uma dificuldade encontrada no momento de interpretar a Lei diz respeito às demais unidades de medidas que podem ser encontradas nas gôndolas dos supermercados. O TAC original, assinado no Rio de Janeiro, contempla a possibilidade de o comerciante utilizar, além das unidades de medidas básicas, seus múltiplos e submúltiplos. Tanto a Lei Estadual, baseada na legislação catarinense, que também permite o uso de unidades que não as básicas, quanto a Lei Municipal deixam dúvidas em relação à interpretação. Segundo o artigo 1º da Lei Municipal, um frasco de esmalte (8ml), cujo conteúdo é medido em volume, precisa trazer a comparação de seu preço por unidade de medida em litro. Fazendo as contas, um esmalte que custa 3,39 reais pode equivaler R$ 423, 75 o litro.

Padrões de comparação nem sempre fazem parte da

percepção de preço do consumidor mas podem, inclusive,

interferir no poder de compra. Para resolver este problema,

basta que seja considerada a própria Lei, que traz no inciso

§2º a seguinte descrição: “Excepcionalmente, caso a hipótese

singular o aconselhe, o comerciante poderá fornecer a

informação com a utilização de referência diversa daquela

exposta nos incisos do caput do artigo 1° com a finalidade

que se torne mais hábil a proporcionar ao consumidor a

comparação entre produtos iguais ou semelhantes, contudo

díspares no peso, medida e volume”, ou seja, nada impede

os empresários de fazerem comparações entre gramas,

centímetros ou mililitros.

LEI 16.723 dE 23 dE dEzEMBRO dE 2010

Art. 1°. Os supermercados, hipermercados, autosserviços e mercearias, onde o consumidor tenha acesso direto ao produto, sem intervenção do comerciante, ficam obrigados a expor o preço por unidade de medida.

Parágrafo único. Considera-se preço por unidade de medida, reais por quilo, litro, metro ou outra unidade conforme o caso.

Art. 2°. O preço por unidade de medida deve ser exposto onde esteja registrado o valor do produto, e ocupar espaço não inferior a 50% (cinquenta por cento).

LEI ORdINáRIA Nº 13.590, dE 9 dE SETEMBRO dE 2010

Art. 1°. Os mercados, panificadoras, farmácias, açougues e similares farão constar no preço de cada produto ofertado, a informação do valor equivalente da mercadoria, em relação as seguintes medidas:

I - 01 (um) quilo, quando a quantidade do produto for medida por massa;

II - 01 (um) metro, quando a quantidade do produto for medida por comprimento;

III - 01 (um) litro, quando a quantidade do produto for medida por volume;

Page 55: Revista Supermix | Edição 136

Revista SUPERMIX 55

O assessor jurídico da rede de supermercados Condor,

Maurício França Lima, defende a padronização das

medidas. Na sua avaliação, esta seria a saída para viabilizar o

cumprimento da lei pelas empresas, evitar erros na fixação

dos preços nas etiquetas e, ao mesmo tempo, garantir

os direitos dos consumidores. “Sem a padronização, os

supermercados correm o risco de cometer erros”, explica.

Lima cita como exemplo deste problema os computadores

pessoais. “Do jeito que a lei está, os computadores não

poderão ser comercializados porque são vendidos em

unidades diferentes – gigabyte, megabyte e terabyte”, avalia

o advogado.

Lima também lamenta o fato de as empresas não terem

tido mais tempo para se adequar à lei. “No Rio de Janeiro,

os supermercados tiveram dois anos para se enquadrar

à legislação. Nós respeitamos o Código de Defesa do

Consumidor e as leis, mas não podemos fazer estas

mudanças de uma hora para outra, inclusive porque não

podemos cometer erros”, explica o assessor jurídico do

Condor. O advogado também defende a adoção de um

trabalho de esclarecimento do consumidor a respeito da

existência da lei. “Do contrário, a legislação se tornará inócua.

Nós afirmamos isso com base na experiência do Rio de

Janeiro, onde nem os consumidores da classe A costumam

comparar os preços dos produtos. Se nem as pessoas

Advogado defende padronização da classe A fazem isso, imagine os consumidores menos

esclarecidos”, diz.

Leis não detalham medidas

A legislação pertinente ao tema – a Lei Estadual nº

16.723/2010 e a Lei Municipal de Curitiba nº 13.590 –

estabelecem a obrigação de os supermercados fixarem

os preços nas etiquetas por unidade de medida, mas não

detalham volumes menores diferentes do litro, do metro e da grama. Leia abaixo, em

destaque, os principais pontos das leis.

IV - 01 (um) metro quadrado, quando a quantidade do produto for medida por área;

V - 01 (uma) unidade, quando a quantidade do produto não for medida em nenhuma das grandezas acima.

§ 1°. A obrigação do caput deve se dar em relação a todos os produtos ofertados, com exceção dos têxteis, eletro-eletrônicos e auto-peças.

§ 2°. Excepcionalmente, caso a hipótese singular o aconselhe, o comerciante poderá fornecer a informação com a utilização de referência diversa daquela exposta nos incisos do caput do artigo 1° com a finalidade que se torne mais hábil a proporcionar ao consumidor a comparação entre produtos iguais ou semelhantes, contudo díspares no peso, medida e volume.

§ 3°. A informação referida no caput deste artigo deve aparecer na etiqueta fixada no produto ou na gôndola, no tamanho correspondente a 50% do preço do produto, logo abaixo deste.

§ 4°. Quando o produto for ofertado nas quantidades expostas nos incisos do caput, a informação não precisará aparecer.

Art. 3°. Os mercados, panificadoras, farmácias, açougues e similares têm o prazo de 120 (cento e vinte) dias para adequar-se a presente Lei, a contar de sua publicação.

Page 56: Revista Supermix | Edição 136

aCademia empresarial apras

nesta edição: isto acontece na sua loja?

Como a academia empresarial apras pode te ajudar

Comunicação Visual I: Básico Cartazista. Veja como a educação corporativa pode ajudar sua loja a

aplicá-lo ou melhorá-lo.

Funcionários que:

• Elaboram cartazes (de vendas ou informações gerais) com baixa qualidade;

• Desconhecem as normas sobre exposição de cartazes;

• Têm dúvidas sobre o tipo de papel, cor ideal, tamanho de letra e texto;

• Sabem produzir cartazes, mas ainda não têm padrão;

• Não sabem elaborar cartazes.

Formação Específica - Comunicação Visual I: Básico Cartazista

Entre os diversos cursos que a Academia Empresarial Apras oferece nas diversas linhas (Formação Básica, Formação Específica, Gestão e Alta Gestão) está o de Comunicação Visual I: Básico Cartazista. O curso tem o objetivo de formar colaboradores para trabalhar com comunicação visual básica, dentro e fora do supermercado, focando o marketing do negócio. É ministrado em oito horas. Público: Colaboradores e comunidade.

Conteúdo Programático:

• Conhecimento de leis de exposição de cartazes;

• Diagramação de texto;

• Conhecimento técnico do material utilizado (papéis, tintas, entre outros);

• Confecção de cartazes básicos;

• Confecção de cartazes sazonais e de eventos de loja.

mais informações: telefone (41) 3263-7000. [email protected] www.academiaapras.com.br

Page 57: Revista Supermix | Edição 136

Revista SUPERMIX 57

Uma nova iniciativa da Academia Empresarial Apras foi

lançada em julho durante a 9ª Feira e Convenção Regional

de Supermercados, em Londrina. O objetivo é tratar de

forma rápida e dinâmica temas técnicos do varejo, com

profissionais que possam agregar ainda mais conhecimento

aos participantes.

No último dia 17 de agosto, a Associação Brasileira

de Supermercados (Abras) transmitiu ao vivo para

as Associações Estaduais o Supermeeting: Perdas e

Lucratividade 2011. No palco foram apresentadas as grandes

preocupações do setor, o índice das perdas e lucratividade

nos supermercados abordados por meio de uma peça

teatral. Assuntos como quebras operacionais, furtos interno

e externo e controle administrativo foram apresentados

de forma lúdica e via satélite. A Associação Paranaense

de Supermercados (Apras) contou com a presença de

aproximadamente 25 pessoas no evento.

A Apras, por meio de sua regional em Ponta Grossa, realizou

o encerramento do curso de Formação Gerencial no

Varejo - turma 31, com um grupo de aproximadamente 20

alunos. Eles tiveram a oportunidade de assistir as aulas com

grandes professores do setor de supermercado e varejo.

Uma turma que contou com alunos de alguns municípios

próximos como Irati, Castro, Palmeira, Imbituva, Guamiranga,

Prudentópolis e Ponta Grossa.

Para tratar de Sistema de Escrituração Digital, os participantes contaram com a presença do professor e empresário Viniccius Feriato, sócio-proprietário da Controlsul Consultoria Empresarial, e do profissional Volnei Alves Galvagni, da RP Informática. Foi realizado no dia 19 de julho às 19h00 e contou com a participação de aproximadamente 100 pessoas, entre elas proprietários, contadores, compradores e demais interessados. gestão de Pessoas Para falar sobre Gestão de Pessoas, os participantes contaram com a presença da professora Cristiane Carvalho Pasquinelli, diretora da Dinamica Corporis Consultoria, empresa que desenvolve treinamentos nas áreas de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas, Atendimento e Vendas, Relacionamento, Endomarketing e Comunicação há quase dez anos. Também foi realizado no dia 19 de julho, às 18h00, e contou com a participação de aproximadamente 40 pessoas, entre elas proprietários, gerentes e gestores do setor de Recursos Humanos no varejo e Indústria. A professora Cristiane deu oportunidade para que os gestores presentes trocassem idéias sobre diversas estratégias de como têm conseguido reter os colaboradores.

SPED Fiscal

oficina do Conhecimento estréia na supernorte em londrina

supermeeting: perdas e lucratividade 2011

formação gerencial no varejo

gestão

Page 58: Revista Supermix | Edição 136

aCademia empresarial apras

Novas turmas com início no mês de setembro nas regionais

de Ponta Grossa, Foz do Iguaçu e Curitiba.

Foi lançado um novo curso na Academia Empresarial Apras: Gestão da Informação. O curso visa preparar os profissionais na organização interna das empresas, no controle de produtos desde o momento de compra, entrada em loja, estoque, venda e saída final do produto, levando em conta a tecnologia da informação interna. Um trabalho que está sendo feito para auxiliar as empresas no funcionamento do SPED Fiscal. O curso vai trabalhar com módulos nas áreas: econômica, fiscal, gestão e controle operacional, contabilidade e controladoria, classificação de produtos e precificação, e centro de processamento de dados (CPD). A primeira turma teve início no dia 12 de julho, com o professor Maurício Bendixen, que ministrou a aula introdutória. A turma demonstrou muito interesse e tem feito grandes elogios, dizendo que o curso tem auxiliado na operacionalização do SPED Fiscal, tirando dúvidas sobre o funcionamento deste programa. Novas turmas terão início em setembro por todo o Estado. Novas turmas com início no mês de setembro nas regionais de Ponta Grossa, Cascavel, Londrina e Maringá.

A Academia Empresarial Apras, por meio de sua regional em

Londrina, concluiu mais um curso de Gestão de Recursos

Humanos e Departamento Pessoal, que teve inicio no dia 13

de maio com mais de 10 alunos. O curso foi ministrado pelo

professor Douglas Camilo e teve o objetivo de proporcionar

aos participantes conhecimentos teóricos e práticos

necessários para o desempenho de rotinas trabalhistas,

previdenciárias e de admissão, demissão, permanência,

envolvendo a participação dos líderes de loja.

Nova turma com início no mês de setembro em Curitiba.

A Academia Empresarial Apras está com as inscrições

abertas para o curso de Gestão Técnico-operacional de Loja.

Este curso tem como objetivo desenvolver funcionários que

já atuam nas lojas, formando-os técnica e operacionalmente

para tornarem-se encarregados e líderes de setor. No

conteúdo programático constam matérias como Visão

Econômica do Varejo, Gestão Operacional, Gestão Comercial,

Gestão Administrativo-financeiro, Gestão de Perecíveis,

Gestão de Frente de Caixa e Gestão de Pessoas. Faça sua

inscrição na regional mais próxima!

O curso de formação de Cartazistas é um sucesso na

Academia Empresarial Apras em todo o Estado. Mais cinco

gestão da informação (ti)

gestão de recursos humanos e departamento pessoal

gestão técnico-operacional de loja

Comunicação visual i: Básico de Cartazista

formação espeCífiCa

Page 59: Revista Supermix | Edição 136

perecíveis i: Básico de Carnes (08h/aula)

Básico de padaria e Confeitaria

turmas foram formadas no mês de agosto. O professor

Anselmo dos Santos ministrou o curso de Comunicação

Visual I: Básico em Cartazista nas cidades de Cascavel, Foz

do Iguaçu, Londrina e Curitiba. Os alunos aprenderam as

técnicas de cartazeamento utilizando materiais dos parceiros

Tintas Metiq, Casa do Cartazista e Gráfica Lizotti.

A regional de Cascavel formou mais duas turmas no curso

de Perecíveis I: Básico em Carnes. Um curso ministrado

pelo professor Rodrigo Bertol (médico veterinário, líder

da fiscalização em supermercados de Pato Branco e

multiplicador da ENS). As aulas aconteceram na sede da

Apras em Cascavel com a presença de 23 alunos, e também

na cidade de Foz do Iguaçu com sete participantes. Os

alunos conquistaram uma visão melhor sobre os cuidados

com o setor de carnes e receberam grandes dicas nos

cuidados e aumento das vendas.

As sedes da Apras em Curitiba e Londrina estão promovendo

os cursos de Padaria e Confeitaria com início no mês de

setembro. Em Londrina, a regional recebe grande apoio do

Laboratório de Padaria Tia Ofélia, situado na própria sede

com estrutura completa para o curso. Informe-se sobre as

datas e inscrições com a equipe da Academia Empresarial

Apras. Para colaboradores do setor de padaria, confeitaria,

comunidade e interessados que não conhecem o setor.

Novas turmas com início no mês de setembro nas cidades

de Curitiba e Londrina.

Revista SUPERMIX 59

Page 60: Revista Supermix | Edição 136

60 Revista SUPERMIX

soB medida

Comitês

Empresas varejistas estão buscando o trabalho da Academia

Empresarial Apras e pedindo para que sejam trabalhadas

as aulas dos cursos in company. É uma nova modalidade

que tem como objetivo proporcionar um trabalho mais

dirigido e atendendo as particularidades do empresário

com datas, horários e locais programados, disponibilizando

seus profissionais em momento e tempo adequado à sua

disponibilidade.

A Central de Distribuição Superama da cidade de Céu

Azul (regional Cascavel) programou três cursos no mês

de julho com a Academia Empresarial Apras para os seus

associados. Participaram em torno de 18 pessoas entre

empresários e líderes nos três diferentes cursos: Gestão e

Controle Operacional com o professor Christian Nogarotto;

Gestão do Líder no Varejo com a professora Cristiane

Carvalho Pasquinelli e também o curso de Gestão do Custo

Operacional de Loja com o professor Alberi Daubermann.

A Casa China é mais um exemplo de empresa que investe

nos funcionários. No mês de agosto realizaram o curso de

Vendas II: Layout de Loja que foi ministrado pelo professor

Ticiano Raphael Mattos. Ele trabalhou na prática o layout da

loja com 20 alunos. Parabéns às empresas que investem em

educação profissional.

Procure a equipe da Apras para pedir uma proposta de

curso. Nós iremos visitá-lo e focar os trabalhos de acordo

com a sua necessidade. Um trabalho que poderá ser

realizado na sua cidade e dentro da sua loja.

O Comitê de Segurança da Apras levou para Cascavel,

através do diretor de segurança da Apras Cel. Luiz Alberto

Leão, o primeiro encontro do Comitê de Segurança cujo

objetivo é “discutir com os empresários, responsáveis pela

gestão de segurança de loja e gestão de desperdícios

e perdas, as dificuldades e os problemas de grande

relevância no setor de segurança nos supermercados”.

A regional Cascavel recebeu 26 participantes no dia

21 de julho com a palestra: “A Falta de Segurança nos

Supermercados”, ministrada pelo Capitão Wagner Blum,

do 6º Batalhão da Polícia Militar de Cascavel. O capitão

levou sugestões do próprio batalhão e da experiência

que tem em supermercado para auxiliar na segurança dos

supermercados ali representados.

segurança é discutida em Cascavel

Page 61: Revista Supermix | Edição 136

A sede da Apras em Curitiba organizou seu VII Workshop

de Recursos Humanos com o auxílio do Comitê de RH. O

encontro abordou o tema “Proteção para os colaboradores:

Porque investir?”. Os convidados falaram sobre o cenário

nacional de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais,

casos de acidentes de trabalho em supermercados,

legislação aplicável e fator acidentário previdenciário. A

Apras agradece aos convidados Dr. Marcelo Jorge Brandalizi

(médico do trabalho), Dr. Marcelo Luiz Dreher (advogado

trabalhista da rede Angeloni), Waldir de Paula Crus Junior

(técnico em Ergonomia) e o empresário Dórian Bachamann

que nos trouxe resultados de novas pesquisas.

Se a sua empresa, fornecedor ou supermercadista, tem interesse em patrocinar a Academia Empresarial Apras, por favor, entre em contato com o departamento comercial e informe-se sobre as modalidades de patrocínio. Em breve, a programação completa dos cursos da Academia Empresarial Apras estará disponível no site: www.academiaapras.com.br

Universidade Positivo (Curitiba) (41) 3322-8944.

A Academia Empresarial Apras mantém parcerias com universidades em Curitiba e no resto do Paraná, a fim de proporcionar aos associados varejistas e fornecedores cursos

vii Workshop de recursos humanos

parceria academia empresarial apras e faculdades do paraná

Curso superior de tecnologia em gestão Comercial

dirigidos, buscando atender suas necessidades básicas. Algumas parcerias já foram solidificadas e alguns cursos estão sendo lançados no decorrer do ano de 2011.

Page 62: Revista Supermix | Edição 136

Pedagogos, psicólogos e educadores vivem dizendo que o ser humano aprende mais com exemplos do que com palavras. Pensando nisso, decidimos reunir aqui, na revista Supermix, histórias reais de situações de vendas que, acreditamos, podem nos ensinar muito sobre o que fazer – e o que não fazer – no relacionamento com clientes, fornecedores, colegas e chefes. Com estórias narradas por Adriane Werner, jornalista e palestrante na área de Comunicação e Relacionamento com o Cliente, a seção Aconteceu comigo é uma forma divertida de aprender com os próprios erros.

COSTUME DE CASA VAI à PRAÇA- Estou procurando uma calça jeans número 42, num

modelo bem tradicional, com cós alto, sem muitos

bordados ou enfeites... Você tem?

- Pior é que tenho!

Pasme, mas o diálogo retratado acima é rigorosamente fiel

ao que foi constatado dia desses, em uma loja conhecida. A

vendedora não tem ainda grande experiência, está no início

da carreira, mas já foi treinada para a função. No fundo, ela

não quis dizer que lamentava pelo fato de ter exatamente

o que a cliente estava procurando. Mas, como estava

acostumada a usar a expressão “pior é que...”, deixou escapar

essa resposta.

O exemplo é simples, mas alerta para o cuidado que

devemos ter na comunicação com o cliente. Vícios de

linguagem, erros de português, brincadeiras mal colocadas

ou pequenas gafes, mesmo quando parecem inofensivas,

podem colocar em risco o fechamento do negócio.

Expressões que demonstrem descontentamento, descaso,

pressa ou falta de atenção com o cliente devem ser evitadas.

A relação com o cliente é muito delicada. Se não há como

prever o que o agrada e o que o desagrada, é preciso tomar

cuidado nos detalhes para não errar e por tudo a perder.

Portanto, correr riscos com uma simples frase chega a ser

inadmissível.

Todos estão sujeitos a cometer uma ou outra gafe. Quem,

por exemplo, nunca perguntou “pra quando é o bebê” para

uma mulher que somente estava alguns quilos acima do

normal? Mas, para evitar constrangimentos desse tipo, que

são especialmente horríveis quando o assunto é venda,

devemos pensar duas vezes antes de agir por impulso.

às vezes, o melhor comentário é um simples sorrisinho

simpático, ou uma resposta simples e mais neutra. Para

a pergunta da cliente citada no comecinho deste artigo,

bastava que a vendedora sorrisse e dissesse: “Tenho, sim.” Ou,

melhor ainda: “Tenho exatamente a calça que a senhora está

procurando!”.

Há um provérbio indiano do qual gosto muito e que cai

bem para esta situação: “Quando falares, cuida para que tuas

palavras sejam melhores que o silêncio”.

Se você também viveu ou presenciou uma história que

pode ser um exemplo para outras pessoas que trabalham no

varejo, compartilhe conosco! Escreva para

[email protected]

aConteCeu Comigo

Page 63: Revista Supermix | Edição 136
Page 64: Revista Supermix | Edição 136

eventos

Uma economia impulsionada pelo

notável crescimento do poder aquisitivo

dos habitantes da região. Aos poucos,

o oeste do Paraná vem mostrando sua

potência e importância, com um novo

perfil de consumidores, mais jovem e

sofisticado. Diante destes fatores, o varejo

supermercadista tem percebido que fazer as

mesmas coisas já não traz bons resultados.

Neste cenário de desafios, a Associação

Paranaense de Supermercados (Apras)

promove anualmente a Feira e Convenção

Regional de Supermercados, conhecida

também como Superoeste. Nos dias 19 e 20

de setembro, empresas do oeste do Paraná

e de todos os cantos do Brasil deverão

apresentar aos empresários supermercadistas

da região seus mais inovadores lançamentos

em produtos e serviços para o varejo. Uma

oportunidade única para reunir a cadeia que

abastece as lojas de supermercados e fazer

bons negócios.

Para o presidente regional da Apras, Luciano

Fabian, a feira, que este ano será realizada

em apenas dois dias, deverá ser muito

movimentada. “A cada feira, a geração de

negócios supera as expectativas de anos

anteriores”, afirma. Fabian acredita que isto

se deve ao crescimento desenfreado, mas

satisfatório da região, que tem atraído muitas

empresas que visam investir no Oeste, com

a instalação de lojas de supermercados,

CASCAVEL VAI SEDIAR MAIS UMA EDIçãO DA FEIRA VOLTADA A SUPERMERCADOSO evento vai reunir indústria e varejo para a promoção de negócios na região

“Mesmo que não possam comparecer nas demais feiras estaduais, procura-

mos levar aos empresários as melhores condições apresentadas nestes even-

tos. Iniciam-se parcerias e se fortal-ecem laços que podem fazer diferença

para os consumidores”.

Page 65: Revista Supermix | Edição 136

atacados e ainda, os atacarejos. “O que eles percebem é que

a procura está cada vez maior. Além disso, o cliente busca

muito mais do que somente preço, fazendo com que muitos

apostem em diferenciais”, completa.

Esta edição da feira tem uma motivação ainda mais especial:

em 2011, a Apras está completando 40 anos de atuação

na defesa do setor. Com 100% do pavilhão ocupado há

algumas edições, a promotora do evento acredita que neste

ano o número de visitantes pode chegar a oito mil pessoas.

A expectativa de negócios se mantém na ordem de R$ 60

milhões, com o encontro da indústria, além de atacadistas,

distribuidores e supermercadistas. Segundo o diretor

comercial da Apras, Walde Renato Prochmann, a entidade

está concentrada em qualificar cada vez mais o evento,

com pessoas que tenham realmente influencia para assinar

contratos e fechar negócios. “Queremos um público seleto

para comercializar produtos aqui na feira mesmo”, diz.

Para o presidente da Apras, Pedro Joanir Zonta, as feiras

regionais são oportunidades que o empresário local não

pode perder. “Mesmo que não possam comparecer nas

demais feiras estaduais, procuramos levar aos empresários as

melhores condições apresentadas nestes eventos. Iniciam-se

parcerias e se fortalecem laços que podem fazer diferença

para os consumidores”, afirma.

Além da exposição, a programação da convenção traz uma

palestra com o escritor e consultor Eduardo Shinyashiki.

Com o tema “Estratégias vencedoras”, o palestrante vai falar

sobre atitudes e ações que transformam os desafios em

conquistas, com o objetivo de desenvolver nos participantes

as atitudes que elevem a autoconfiança, ampliando a

capacidade de liderança e a motivação de superar os

obstáculos e transformá-los em oportunidades que tragam

resultados eficientes. A novidade – lançada no mês de

julho na feira em Londrina – fica por conta da Oficina do

Conhecimento, uma iniciativa da Academia Empresarial

Apras que aborda de forma rápida e prática assuntos que

são recorrentes no setor supermercadista como o SPED

Fiscal e a Gestão de Pessoas. Para encerrar as atividades do

evento, o projeto de responsabilidade social da entidade,

também chamado de Apras Mulher, vai arrecadar junto

com os voluntários, os produtos das vitrines dos expositores

que deverão ser doadas a duas instituições beneficentes da

região.

Page 66: Revista Supermix | Edição 136

espaço apras

A Logus – empresa especializada no desenvolvimento de softwares exclusivos para supermercados e associações de com-

pra – foi a patrocinadora do jantar Espaço do Fornecedor do mês de agosto.

Aliando capital humano com tecnologia Logus, a Amorim tem oferecido consultoria em varejo, com uma gestão de proces-

sos altamente eficaz que gera organização, controle e aumento significativo da rentabilidade para os negócios. Presente em

10 estados brasileiros, o sistema Logus é preparado para atender empresas de pequeno, médio e grande porte.

Sobre o jantar

O jantar Espaço do Fornecedor é uma iniciativa da Associação Paranaense de Supermercados (Apras) e tem como objetivo

promover a integração de associados supermercadistas e a indústria. Com a aquisição de uma cota de patrocínio, a empresa

tem uma oportunidade única e exclusiva para apresentar seus produtos, inovações ou serviços.

Com muito yakisoba no cardápio, a Apras, por meio de sua regional em Londrina, organizou no mês de julho um jantar ori-

ental no salão de festas da Paróquia Nossa Senhora Rainha do Universo, no Parque Alvorada. O jantar contou com a presença

de 300 pessoas e patrocínio da Nissin Ajinomoto Alimentos, Sorvetes Geloni, Casa di Conti, Café Itamaraty e Frimesa.

CONFIRA A COBERTURA DE MAIS UM JANTAR ESPAçO DO FORNECEDOR

REGIONAL LONDRINA PROMOVE JANTAR ORIENTAL

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Lançamentos

rexona men lança a proteção dos super-heróis

danone reforça iniciativas sustentáveis com adoção do plástico verde

Kleenex lança novos lenços na linha aromaterapia

fleischmann amplia sua linha e lança produto em sabor chocolate

Para oferecer aos homens a performance antitranspirante necessária aos super-heróis, Rexona Men lança Superhero, representado por quem realmente entende de esforço físico e transpiração. A embalagem tem cores azul, vermelha e branca, com layout que remete ao uniforme de super-heróis. Com uma fórmula que entrega máxima proteção por ser testado sob condições extremas, pode ser encontrado nas versões aerosol e roll-on.

Líder de mercado na categoria de produtos lácteos frescos, a Danone aposta no plástico verde como mais uma inovação que deve contribuir com o cumprimento de seu sólido compromisso com o desenvolvimento sustentável.

O produto Activia 150g chega às gôndolas do Brasil em embalagens desenvolvidas a partir do Polietileno Verde I’m greenTM, um bioplástico derivado da cana-de-açúcar com certificação ambiental internacional.

A Kleenex apresenta novos produtos com benefícios múltiplos. A linha Aromaterapia, tem agora em duas versões: Aromas Milenares proporciona sensação de bem-estar e relaxamento inspirada em ervas orientais; e Jardins Místicos com a sensação de equilíbrio e tranqüilidade. A embalagem traz uma novidade: um sistema para identificar os aromas mesmo com a caixa fechada.

O Creme Tipo Chantilly Sabor Chocolate é mais uma opção inovadora, prática e saudável ao consumidor dos produtos Fleischmann. Apresentada em embalagens assépticas tipo “longa vida” de 200ml, a nova versão é livre de colesterol, gordura trans e lactose. O novo produto é recomendado para “quituteiras”, pois garante facilidade na hora de preparar qualquer receita.

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69 Revista SUPERMIX

seda lança spray para pentear com textura leve e aplicador profissional

dove men + care lança antitranspirante

nestlé health science lança produto de-senvolvido para população idosa

surf lança linha de deterGente em pó com no-vas fraGrâncias

Para facilitar a vida de quem tem pressa, mas não abre mão de se sentir confiante, Seda completa seu portfólio com o lançamento da linha de Spray para Pentear. Chega ao mercado com quatro variantes que além de deixar o cabelo fácil de desembaraçar, possui fórmula leve que hidrata o cabelo. O aplicador profissional garante uma ampla micro-vaporização do produto em todo o cabelo e rápida absorção.

O novo antitranspirante foi desenvolvido para homens reais, que buscam proteção ao longo do dia e cuidado com a pele. Energy Dry oferece um toque seco, proteção total contra a transpiração por 48 horas devido a ingredientes antitranspirantes altamente eficientes, além do creme hidratante característico dos produtos da marca. O novo antitranspirante também traz uma fragrância mais exótica que o resto da linha.

No Brasil, 60% das donas de casa gostariam que o perfume do sabão em pó durasse mais tempo nas roupas. Essa constatação resultou na reformulação de toda a linha da marca Surf. O produto, que acaba de chegar às prateleiras, passa a oferecer fragrâncias que duram o dia inteiro nas roupas. São três variantes com aromas inspirados nos perfumes da natureza e uma fórmula inovadora que traz óleos essenciais extraídos de fontes naturais.

A Nestlé Health Science apresenta ao mercado brasileiro o Nutren Senior, suplemento alimentar pronto para beber, desenvolvido especialmente para suprir as necessidades nutricionais únicas dos idosos. O lançamento vem atender a crescente demanda por produtos e serviços que contribuam para a saúde e bem-estar da população nesta faixa etária.

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esPaço Do LeItoR

Prezado leitor,Mande suas dúvidas e críticas. Para a equipe da revista Supermix é muito importante ouvi-lo.

Envie sua correspondência para:Av. Senador Souza Naves, 535 – Cristo ReiCuritiba/PR – CEP 80045-190E-mail: comunicaçã[email protected]

O que você gostaria de ver na revista Supermix?Nossa equipe quer saber sobre quais temas você gostaria de ler a respeito nas páginas da revista. Participe, enviando sua sugestão para o [email protected]

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