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Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 2
1- Introdução
Objetivo principal de uma empresa:
• maximizar o retorno do capital investido
Estoques:
• parte do capital que é como um lubrificante, para permitir
um bom funcionamento da relação produção/vendas
Otimização dos estoques ,permite que o capital investido
seja minimizado
Desafio:
• reduzir os estoques sem comprometer a produção ou as
vendas
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 3
Área comercial e de produção:
• relacionadas às atividades-fins da empresa; costumam ter
maior importância no gerenciamento geral
Problema:
• quem informa aos executivos o custo de uma parada na
produção ou perda de vendas por falta de produtos? E o custo
de estoques?
Adm. de Materiais:
• gerenciamento total da cadeia de suprimentos; quando o
transporte também é integrado, é chamado de Logística
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 4
Sistema Logístico Integrado
início término
Ambiente:
• realidade de mercado
• disposição de recursos financeiros
Planejamento das
necessidades de materiais
Colocação do produto
acabado no cliente final
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 5
Benefícios de Sistema Logístico Integrado
Mudança no foco da reposição dos estoques: do “quanto”
para o “quando” (o momento da reposição se torna mais
importante que a quantidade a ser comprada)
Melhora da capacidade de comunicação da empresa, tanto
no nível tático quanto no operacional
Capacidade de ajustamento às modificações do ambiente de
negócios
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 6
Sistema Logístico Ineficiente
Consumi- dores
Distribui- dores varejistas fabricantee
1. Queda no consumo de 5%
queda de 5% no
consumo
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 7
Sistema Logístico Ineficiente
Consumidores distribuidores varejistas fabricante
1. Queda no consumo de 5% 2. Os varejistas com a programação antiga até que sintam um
aumento dos estoques
estoques queda de 5% no
consumo
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 8
Sistema Logístico Ineficiente
Consumi-dores
distribuidores varejistas fabricante
1. Queda no consumo de 5% 2. Varejistas com a programação antiga até que sintam um substancial
aumento dos estoques 3. Novos pedidos aos distribuidores cairão em mais de 5%, pois além da
queda no consumo, terão que compensar o excesso de estoques
estoques Queda nos pedidos
maior que 5%
queda de 5% no
consumo
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Sistema Logístico Ineficiente
Consumi- dores
Distribui- dores varejistas fabricante
1. Queda no consumo de 5% 2. Varejistas com a programação antiga até que sintam uma alta dos
estoques 3. Novos pedidos aos distribuidores cairão em mais de 5%, além da queda no
consumo, terão que compensar o excesso de estoques 4. Distribuidores continuam com a programação antiga até que sintam um
aumento substancial dos estoques. Para compensar queda no consumo e excesso de estoques, seus pedidos ao fabricante terão queda maior
estoques Queda nos pedidos
maior que 5%
estoques Queda nos
pedidos ainda maior
queda de 5% no
consumo
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 10
Sistema Logístico Integrado
Coordenação das Atividades
previsão de vendas
planejamento da produção
produção
distribuição da produção
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Organização
Controle de estoques
Compras
Almoxarifado
Planejamento e Controle da Produção
Importação
Transportes e distribuição
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 12
Controle de Estoques
Os estoques permitem o bom funcionamento da relação
produção/vendas
Tipos de materiais em estoque: matéria-prima, produtos em
fabricação e produtos acabados
Controle dos níveis de estoque e do investimento financeiro
envolvido
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Compras
Preocupação especial com o estoque de matérias-primas e
demais insumos necessários à produção
Faz as cotações de preços dentro das especificações de
todos os itens que vêm de fora da empresa, sendo de
fundamental importância na minimização dos custos do
processo.
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Depósito/Armazém/Almoxarifado
Responsável pelo armazenamento e a guarda física dos
materiais
Planejamento e Controle da Produção/P.C.P
Programação e controle do processo produtivo
Pode estar subordinado à área de Produção ou de Materiais
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Importação/Exportação
Compras de fornecedores internacionais
Legislação extensa e complexa
Acompanha todo o processo de importação, incluindo o
desembaraço aduaneiro
Nas empresas, o exportador, normalmente é responsável
pelo processo legal/aduaneiro e administrativo das
exportações
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Transportes e Distribuição
Coletas e entregas das matérias-primas
Transporte e colocação do produto acabado para os
clientes
Administração da frota própria quando for o caso, e
contratação de transportadoras
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Organização do Departamento de Materiais
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Organização do Departamento de Materiais
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Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 1
2- Dimensionamento e Controle de Estoques
2.1-Objetivos da Administração de Estoque
1 - Realizar o efeito lubrificante na relação produção/vendas
Aumentos repentinos no consumo são absorvidos pelos
estoques, até que o ritmo de produção seja ajustado para suprir
o consumo maior
Sem estoques, ou com níveis de estoques baixos, um aumento
rápido do consumo pode não ser atendido plenamente
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 21
Objetivos da Adm. de Estoque
2. Minimizar o capital investido
Investimento exige retorno, e estoques isoladamente, não
geram retorno
Uma gestão eficiente de estoques aumenta o retorno da
empresa como um todo, pela redução do capital investido neles
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Conflitos Departamentais sobre Estoque
A área Financeira prefere estoques baixos, para reduzir custos com capital e armazenagem, e melhorar índices de retorno
A área de Compras, Comercial e Produção preferem estoques altos; permitem menores preços de compra, uma maior margem de manobra e folga na produção, e reduzem o risco de faltas
Finanças Produção Comercial
Estoques baixos
• Redução no capital investido
Estoques altos
• Maior folga na produção • Fabricação de grandes lotes
Estoques altos
• Menor risco de faltas • Entregas rápidas • Boa imagem
Compras
Estoques altos • Menos pedidos • Menores preços
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Administração de Estoque
Um departamento independente assume a Administração
dos Estoques, conciliando os conflitos descritos
anteriormente
Promove a integração das atividades aos estoques,
controlando-a através de sistemas adequados
Preocupa-se não só com o fluxo das compras e vendas, mas
também com as relações de cada integrante da cadeia de
produção e distribuição. A cadeia de suprimentos
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 24
Administração de Estoque
Alguns sintomas de deficiência no controle de estoques:
Grandes e frequentes dilatações dos prazos de entrega dos
produtos acabados e dos tempos de reposição para matéria-
prima
Quantidades maiores de estoque, com produção constante
Elevação dos cancelamentos de pedidos e devoluções de
produtos acabados
Variação excessiva da quantidade a ser produzida
Produção parada frequentemente por falta de material
Falta de espaço para armazenamento
Baixa rotação dos estoques, altos níveis de obsolescência
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Políticas de Estoque
Fundamentais na gestão dos estoques para um correto
equilíbrio financeiro empresarial
Exigem uma correta implantação, para que não “engesse” a
capacidade de resposta da empresa às circunstâncias de
mercado
Importância vital para empresas instaladas em países com
economias cíclicas, onde o consumo e a demanda tendem a
grandes variações, de excesso ou de baixa demanda
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 26
Políticas de Estoque
Algumas diretrizes das políticas de estoques:
Metas quanto ao tempo de entrega dos produtos aos
clientes
Definição do número de depósitos e da lista de materiais
a serem estocados neles
Até que nível deverão flutuar os estoques para atender a
uma alta ou baixa das vendas
Limites na especulação com estoques, em compras
antecipadas com preços mais baixos ou comprar
quantidades maiores para obtenção de desconto
Definição da rotatividade dos estoques
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 27
Políticas de Estoque
Grau de Atendimento
Indica a quantidade, em percentagem sobre a previsão de
vendas, que deverá ser fornecida de matéria-prima ou
produto acabado pelo depósito
Exemplo: Grau de atendimento: 95% Previsão de vendas mensais: 600 unid. Quantidade para fornecimento = 0,95 x 600 = 570
unid.
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Políticas de Estoque
Dimensionamento de Estoques
Custos
Consumo
Capital Investido
Disponibilidade de estoques
Conciliação desses
elementos
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Políticas de Estoque
Dimensionamento de Estoques – Foco Financeiro
Índice de retorno do capital:
capitalvendas
vendaslucro
capitallucroRC ×==
Rentabilidade das Vendas
Giro do Capital
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Políticas de Estoque
Dimensionamento de Estoques – Foco Financeiro
Redução dos Estoques
Aumento do giro do capital pela
redução do capital investido
Aumento do giro do capital pelo
reinvestimento da redução dos estoques em
vendas
Aumento do retorno sobre o capital investido
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 31
Controle de Estoques
Funções Principais: Determinar “o que” deve permanecer em estoque: número de
itens Determinar “quando” deve reabastecer os estoques:
periodicidade Determinar “quanto” de estoque é necessário para um período
predeterminado: quantidade de compra Acionar o Departamento de Compras para executar aquisição de
estoque: solicitação de compras Receber, armazenar e guardar os materiais de acordo com as
necessidades Controlar os estoques em termos de quantidade e valor: fornecer
informações sobre a posição do estoque Manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e o
estado dos materiais estocados Identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados
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Controle de Estoques
Tipos de Materiais em Estoque
Matérias-primas
Produtos em processo
Produtos acabados
Materiais auxiliares e de manutenção
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Controle de Estoques
Matérias-Primas
Todos os materiais agregados e complementares aos
produtos acabados
Consumo proporcional ao volume de produção
Nível dos estoques dependente de: Tempo de reposição Consumo Custo Características físicas
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Controle de Estoques
Produtos em Processo
Produtos em estágio intermediário de produção
Nível dos estoques dependente de:
Extensão do processo produtivo
Complexidade do processo produtivo
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Controle de Estoques
Produtos Acabados
É o produto final do processo produtivo que “aguarda” a
venda
Produção por encomenda: baixos níveis de estoques de
produtos acabados; as vendas são negociadas antes da
produção
Produção para estoque: altos níveis de estoques, a venda
ocorre após a produção. O volume de produção é
determinado pela previsão de vendas e custos de
fabricação
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 36
Controle de Estoques
Materiais Auxiliares e de Manutenção
Materiais que não são usados diretamente nos produtos
acabados, como ferramentas de manutenção,
equipamentos, entre outros auxiliares
São tão importantes quanto as matérias-primas ou os
produtos acabados, visto que podem causar interrupção da
produção
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 37
Controle de Estoques
Tipos de materiais no processo produtivo
Matérias-Primas Produtos em Processo Produtos Acabados
mat. aux. e de manut.
Processo de Produção
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 38
Previsão de Estoques
Características Básicas
Baseia-se na estimativa de demanda dos produtos
acabados, que é o ponto de partida do planejamento de
estoques
Não se trata de meta de vendas
A precisão da previsão deve ser compatível com o custo de
obtê-la
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2.2 -Previsão de Estoques
Tipos de Previsão de Demanda
1) Quantitativas
Evolução das vendas no passado Variáveis cuja evolução estão ligadas diretamente às
vendas. Exemplo: criação e vendas de produtos infantis, área licenciada de construções e vendas futuras de materiais de construção
Variáveis de fácil previsão, relativamente ligadas às
vendas (populações, renda, PIB) Influência da propaganda
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Previsão de Estoques
Tipos de Previsão de Demanda
2) Qualitativas
opinião e experiência dos gerentes
opinião dos vendedores e dos compradores
pesquisas de mercado
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Previsão de Estoques
Técnicas de Previsão da Demanda
Projeção: considera que a demanda futura terá o mesmo padrão
que aquele ocorrido no passado; essencialmente quantitativa.
Explicação: utiliza modelos que explicam o comportamento das
vendas como dependente de outras variáveis, técnicas de
regressão e correlação
Predileção: pessoas experientes estimam as vendas através de
análises qualitativas e quantitativas
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 42
Métodos de Previsão de Consumo
Método do Último Período
Método grosseiro e sem base matemática
Consiste em considerar como previsão de consumo para
um período futuro o consumo realizado no período
antecedente
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Métodos de Previsão de Consumo
Método da Média Móvel
É um aprimoramento do método anterior
Considera como previsão de consumo para um período
futuro, a média dos consumos realizados em períodos
anteriores
Para padrões de consumo crescentes, a previsão será
sempre menor que o consumo efetivo, e vice-versa
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 44
Métodos de Previsão de Consumo
Método da Média Móvel
= previsão de consumo C = consumo nos períodos anteriores n = número de períodos
C
nCCCCC n321 ++++
=
, onde
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Métodos de Previsão de Consumo
Método da Média Móvel Desvantagens :
as médias móveis podem gerar movimentos cíclicos, ou de outra
natureza não existente nos dados originais
as médias móveis são afetadas pelos valores extremos; isso pode ser superado utilizando-se a média móvel ponderada com pesos apropriados
as observações mais antigas têm o mesmo peso que as atuais, isto é,
1/n
exige a manutenção de um número muito grande de dados Vantagens:
simplicidade e facilidade de implantação admite processamento manual
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Métodos de Previsão de Consumo
Método da Média Móvel Ponderada
Variação do método anterior
Consumos nos períodos mais recentes recebem peso maior
∑=
−− ⋅=n
1iitit pCC
onde Ct-i = consumo efetivo no período t-i Pt-i = peso atribuído ao consumo no período t-i
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Métodos de Previsão de Consumo
Método da Média com Ponderação Exponencial
Método relativamente simples, precisa de três dados: Previsão do último período
Consumo efetivo no último período
Determinação do coeficiente de ajustamento
Prevê o consumo seguindo sua tendência geral e
eliminando variações aleatórias
Não deve ser usado com padrões de consumo de flutuações
aleatórias, com tendência crescente / decrescente ou
cíclicos
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 48
Métodos de Previsão de Consumo
Método da Média com Ponderação Exponencial
( ) 1t1tt C1CC −− ⋅α−+⋅α=
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Métodos de Previsão de Consumo
Método dos Mínimos Quadrados
Determina a equação da reta que melhor representa um
conjunto de dados
Y = a + b X
Resolver o seguinte sistema para a e b
∑ ∑⋅+⋅= XbaNY
( )∑ ∑ ∑⋅+⋅=⋅ 2XbXaYX
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2.3- Custos de Estoque
Principais Custos Relacionados aos Estoques
Custos de Capital: juros e depreciação
Custos com Pessoal: salários e encargos sociais
Custos com Edificação: aluguéis, impostos, energia e
conservação
Custos de Manutenção: deterioração, obsolescência e
equipamentos
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Custos de Estoque
Custos de Armazenagem
Calculados com base no estoque médio
Indicados como percentagem do valor em estoque
Proporcionais à quantidade em estoque e ao tempo de permanência de armazenagem
Determinados por meio de fórmulas e modelos matemáticos
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Custos de Estoque
Custos de Armazenagem – Fórmula Geral
onde:
Q = Quantidade de material em estoque no tempo considerado
P = Preço unitário do material I = Taxa de armazenamento, expressa geralmente em termos
de percentagem do custo unitário T = Tempo considerado de armazenagem
IPT2Q
⋅⋅⋅
Custo de Armazenagem =
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Custos de Estoque
Custos de Pedido
Principais despesas associadas ao custo de pedido:
Mão de obra
Materiais utilizados na confecção dos pedidos
Custos indiretos – telefone, energia, custos do departamento
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Custos de Estoque
Custos de Pedido
Custo Total dos Pedidos (CTP) = n x B , onde
n = número de pedidos no período
B = custo unitário do pedido
Apurando-se o CTP ao longo de 1 ano, por exemplo, podemos chegar ao custo unitário do pedido sendo:
B = CTP / n
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Custos de Estoque
Custo Total
Custo Total (CT) = Custo Total de Armazenagem + Custo
Total de Pedido
Objetivo da Adm. de Estoques: Determinar o Q (quantidade do lote de compra) que minimiza o Custo Total
IP2QB
QCCT ⋅⋅
+⋅
=
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2.4 -Níveis de Estoque
Modelo da Curva Dente de Serra
Premissas:
não existir alteração de consumo durante o tempo T
não ocorram falhas administrativas que provoquem um atraso ao solicitar compra
o fornecedor do material nunca atrasar sua entrega nenhuma entrega do fornecedor será rejeitada pelo
controle de qualidade
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Níveis de Estoque
Modelo da curva dente de serra - gráfico
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 58
Níveis de Estoque
Modelo da Curva Dente de Serra
As premissas citadas anteriormente, na prática, são muitas vezes quebradas, o que gera um risco considerável de falta de estoque
A gestão de estoque deve minimizar esse risco, utilizando métodos eficazes e que não incorram em aumentos substanciais nos níveis de estoque
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Níveis de Estoque
Estoque Mínimo
Uma das alternativas de redução do risco de falta de estoque, é a adoção de um estoque mínimo
O estoque de determinado item deve ser reabastecido ao atingir o nível mínimo
Essa quantidade será útil na ocorrência de imprevistos que atrasem a reposição, suprindo o consumo até a efetiva reposição
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 60
Níveis de Estoque
Estoque Mínimo -Dimensionamento
Conflito de dimensionamento do estoque mínimo
estoque mínimo pequeno
estoque mínimo grande
Baixos custos, mas alto risco de
falta
Pequeno risco de
falta, com altos custos
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Níveis de Estoque
Estoque Mínimo - gráfico
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 1
Níveis de Estoque Ponto de Pedido
É o nível de estoque que funciona como gatilho para solicitação de
pedido
Considera o tempo de reposição; é o tempo gasto desde o início
da emissão do pedido até que o material esteja entregue na fábrica.
Etapas do tempo de reposição: Emissão do pedido: emissão do pedido; recebimento pelo fornecedor Preparação do pedido: tempo para fabricação, separação, faturamento e despacho Transporte: saída do material do fornecedor até o recebimento do mesmo para consumo
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Níveis de Estoque
Ponto de Pedido - gráfico
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Níveis de Estoque
Estoque Disponível ou Virtual
Na avaliação do ponto de pedido, deve-se considerar o
estoque disponível, que é composto por: Estoque físico + Fornecimentos em atraso + Fornecimentos no prazo que serão recebidos
Os dois últimos itens somados representam o saldo de
fornecimento
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 65
Níveis de Estoque
Estoque Disponível ou Virtual
Deve-se considerar também o estoque em inspeção, quando
ocorrer inspeção do controle de qualidade no
recebimento de mercadorias, temos:
Estoque Virtual = Estoque Físico + Saldo de Fornecimento
Estoque Virtual = Estoque Físico + Saldo Fornec. + Estoque em Inspeção
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 66
Níveis de Estoque
Ponto de Pedido - Fórmula
O processo de reposição do estoque deve ser iniciado
quando o estoque virtual atingir um nível predeterminado,
que é o ponto de pedido (PP)
PP = C × TR + E.Mn , onde
C = Consumo Médio
TR = Tempo de Reposição
E.Mn = Estoque Mínimo
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 67
Níveis de Estoque
Ponto de Pedido - exemplo
Uma peça tem um consumo de 30 un./mês, e o tempo de
reposição é de dois meses. Qual será o ponto de pedido, uma vez que o estoque mínimo deve ser de um mês de consumo?
Resolução:
PP = (C. TR) + E.Mn PP = (30.2) + 30
PP = 90 unidades
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 68
Níveis de Estoque
Alguns Conceitos
Consumo médio mensal (CM): média aritmética dos
consumos realizados em determinado número de meses precedentes
onde C são os consumos mensais e n o número de meses considerado
nCCCC
CM n321 ++++=
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 69
Níveis de Estoque
Alguns Conceitos
Estoque Mínimo (E.Mn): quantidade de estoque que será
utilizada em exceção; definido estrategicamente Estoque Máximo (E.Mx): quantidade atingida quando o
ressuprimento entra no estoque; soma do estoque mínimo com o lote de compra (Q)
E.Mx = E.Mn + Q
Estoque médio (E.M): nível médio do estoque ao longo das operações
E.M = E.Mn + Q/2
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Níveis de Estoque
Alguns Conceitos
Intervalo de Ressuprimento: período de tempo entre dois
ressuprimentos consecutivos; pode ser fixado dentro de qualquer limite, dependendo das quantidades compradas
Ruptura do Estoque: esvaziamento completo do estoque,
de modo a não poder atender a pedidos internos da produção ou de clientes externos
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 71
Métodos de Determinação do Estoque Mínimo
Fórmula Simples
E.Mn = C x K , onde
C = consumo médio mensal K = fator de segurança contra risco de ruptura
O fator K é proporcional ao grau de atendimento desejado para o item em questão
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 72
Métodos de Determinação do Estoque Mínimo
Fórmula Simples
Exemplo Define-se um grau de atendimento de 90% de um determinado item. Seu consumo mensal é de 60 unidades. Logo:
E.Mn = 60 x 0,9 = 54 unidades
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 73
Métodos de Determinação do Estoque Mínimo
Método da Raiz Quadrada
Esse método considera que o tempo de reposição (TR) não
varia mais do que a raiz quadrada de seu valor Somente é recomendado, se:
o consumo durante o T.R for pequeno, menor que 20 unidades
o consumo do material for irregular a quant. requisitada ao almoxarifado seja igual a 1
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 74
Métodos de Determinação do Estoque Mínimo
Método da Raiz Quadrada
Exemplo Considerando C = 60 unidades e TR = 90 dias , teremos:
TRCMn.E ×=
unidades9ou48,9905,160Mn.E ==×=
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 75
Métodos de Determinação do Estoque Mínimo
Método da Percentagem do Consumo
Esse método considera os consumos passados, medidos em um gráfico de distribuição acumulativa
E.Mn = (C.Máx – C.Médio) x TR
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 76
Métodos de Determinação do Estoque Mínimo
Método da Percentagem do Consumo
Exemplo
O consumo diário do ano anterior de um material foi de 90,
80, 70, 65, 60, 50, 40, 30, 20 unidades e o número de dias em
que ocorreu esse consumo foi: 4, 8, 12, 28, 49, 80, 110, 44,
30, respectivamente
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 77
Métodos de Determinação do Estoque Mínimo
Método da Percentagem do Consumo
E.Mn = (70 – 55) x 10 = 15 x 10 = 150
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 78
Métodos de Determinação do Estoque Mínimo
Estoque Mínimo com Alteração de Consumo e Tempo de
Reposição
Com relação aos métodos anteriores, esse tem a vantagem de ser aplicado em situações de mudanças no consumo e tempo de reposição, o que é mais compatível com casos concretos
E.Mn = T1.(C2 – C1) + C2.T4
Se não houver atraso no tempo de reposição, a fórmula se reduz para
E.Mn = T1.(C2 – C1)
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 79
Métodos de Determinação do Estoque Mínimo
Estoque mínimo com alteração de consumo e tempo de
reposição
Descrição das variáveis
T1 = duração do estoque com o consumo inicial C1 = consumo inicial C2 = consumo alterado T4 = atraso no tempo de reposição
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 80
Métodos de Determinação do Estoque Mínimo
Estoque mínimo com alteração de consumo e tempo de
reposição
Exemplo Um produto tem consumo anual de 55 un. Qual será o
estoque mínimo se o consumo aumentar para 60 un., considerando o atraso no tempo de reposição de 20 dias e o tempo de reposição de 30 dias?
C1 = 55; C2 = 60; T1 = 1; T4 = 20 / 30 = 0,67
E.Mn = T1.(C2 – C1) + C2.T4 = 1.(60 – 55) + 60x0,67 = 46
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 81
Giro do Estoque
Permite comparar eficiência na administração dos
estoques entre empresas de um mesmo setor
As empresas definem a meta do giro de estoques e então
avaliam o desempenho real com a meta
materialdomédioestoquematerialdocustoprimamatériagiro =−
PAdemédioestoquevendasdascustoacabadoprodutogiro =
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 82
Giro do Estoque
Antigiro: é o inverso do giro, é uma medida do tempo que
um item permanece em média no estoque
consumomédioestoqueantigiro =
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 83
2.5 -Classificação ABC
Conceito
Importante ferramenta de gestão, permite classificar todos os itens de acordo com sua importância, e que tenham o tratamento adequado
É usada na administração de estoques, na definição de
políticas de vendas, na programação de produção e outras
aplicações
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 84
Classificação ABC
As classes da Curva ABC
Classe A: grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com uma atenção especial
Classe B: grupo de itens em situação intermediária de importância
Classe C: grupo de itens pouco importantes, que recebem menor atenção pelos gestores
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 85
Classificação ABC
As classes da Curva ABC
• Exemplo
O Dep. de Produção consome 9.000 itens diferentes e pretende redefinir a política de estoques.
Pelo elevado investimento, quer identificar os itens que precisarão de controles rígidos, bem como aqueles menos Importantes, que não merecem controle.
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 86
Classificação ABC
As classes da Curva ABC
A empresa obteve o seguinte resultado:
Classe A: 8% dos itens (720) corresponderão a 70% do valor
anual do consumo Classe B: 20% dos itens (1.800) corresponderão a 20% do
valor anual do consumo Classe C: 72% dos itens (6.480) corresponderão a 10% do
valor anual do consumo.
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 87
Classificação ABC
As classes da Curva ABC
Conclusão:
Para controlar 90% do valor de consumo, basta controlar 28% dos itens. A classe C, que possui 6.480 itens, corresponde a apenas 10% do valor de consumo
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 88
Classificação ABC
Aplicação e Montagem
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 89
Classificação ABC
Aplicação e Montagem
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 90
Classificação ABC
Aplicação e Montagem
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 91
Classificação ABC
Aplicação e Montagem
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 92
Classificação ABC
Diferenciação das Curvas
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 93
2.6 -Lote Econômico
Introdução
Fatores importantes nas decisões quanto aos estoques e
seus volumes:
É econômico estocar o item?
É vantajoso estocar um item a custos altos com o
objetivo de melhorar as relações com o(s) cliente(s)?
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 94
Lote Econômico
Introdução
Definir se é viável ou não estocar um item, é um problema
relativamente simples, pois basta analisar se os custos de
estocagem excedem os custos de compra ou de produção.
Podemos avaliar essa viabilidade, quando as necessidades
médias de consumo, tenham um excesso correspondente à
metade da quantidade econômica do pedido
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 95
Lote Econômico
Introdução
Avaliar se é vantajoso ou não assumir custos de estoque
para melhorar relações com clientes, é um problema mais
difícil, não é simples atribuir valor à satisfação dos clientes
Perder um cliente tem um custo alto, mas não é simples
estabelecer níveis de estoques que garantirão a plena
satisfação deles
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 96
Lote Econômico
Introdução
Pergunta-chave: Quanto deve ser comprado de cada vez?
Pouca quantidade comprada, os custos com estoque serão
baixos, porém terá maior número de pedidos, e os custos de emissão serão altos
Muita quantidade comprada os custos com pedidos serão baixos, porém os níveis de estoque serão altos, logo, também serão altos os custos de estoques
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 97
Lote Econômico
Curva do Custo Total
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 98
Lote Econômico
Custo Total – Fórmula Geral
CT = Custo Unitário do item (ano) + Custo de Pedido (ano) + Custo de Armazenagem (ano)
Pode ser expresso como
onde
P = Preço unitário de compra C = Consumo do item B = Custo de pedido Q = Quantidade do lote I = Custo de armazenagem
2QI
QCBCPCT ⋅+⋅+⋅=
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 99
Lote Econômico
Lote Econômico de Compra- Sem Faltas
Premissas:
o consumo mensal é determinístico e constante
a reposição é instantânea quando os estoques chegam ao nível
zero
O objetivo é determinar a quantidade ideal de compra que
minimiza o Custo Total de Armazenagem, sem que sejam
admitidas faltas do material
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 100
Lote Econômico
Lote Econômico de Compra -Sem Faltas
onde:
Q = quantidade do lote econômico C = taxa de consumo do item B = custo do pedido I = custo de armazenagem
ICB2Q ⋅⋅
=
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 101
Lote Econômico
Lote Econômico de Compra- sem faltas - EXEMPLO
O consumo de uma peça é 20.000 un./ano. O custo de
armazenagem por peça/ano é de $ 1,90; o custo de pedido é $
500,00. O preço unitário de compra é $ 2,00. Qual o lote
econômico de compra (Q) e o Custo Total (CT) associado a esse lote.
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 102
Lote Econômico
Lote Econômico de Compra- sem faltas - EXEMPLO
A quantidade a ser comprada que minimiza o custo total de estocagem é
Q = 3.245 unidades
O Custo Total anual associado ao lote econômico é $ 46.164,00
245.3315.526.1090,1
000.205002I
CB2Q ==××
=⋅⋅
=
anoao00,164.463082082.3000.40
2245.39,1
245.3000.20500000.202
2QI
QCBCPCT
=++=
=×+×+×=⋅+⋅+⋅=
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 103
Lote Econômico
Lote Econômico de Produção -sem faltas
Premissas:
o consumo mensal é determinístico e constante
a reposição é instantânea quando os estoques chegam ao nível
Zero
a quantidade produzida é finita e maior que o consumo
O objetivo é determinar o lote ideal de produção que minimiza o
Custo Total de estocagem, sem que sejam admitidas faltas do
material
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 104
Lote Econômico
Lote Econômico de Produção- sem faltas - gráfico
E.Mx = Estoque Máximo W = Taxa de Produção C = Consumo
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 105
Lote Econômico
Lote Econômico de Produção -sem faltas
onde:
• Q = quantidade do lote econômico de produção • C = taxa de consumo do item • W = taxa de produção do item • A = custo de preparação da produção • I = custo de armazenagem
−⋅
⋅⋅=
WC1I
CA2Q
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 106
Lote Econômico
Lote Econômico de Produção- sem faltas
Fórmula do Custo Total:
−⋅⋅+⋅+⋅=
WC1
2QI
QCACPCT
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 107
Lote Econômico
Lote Econômico de Produção- sem faltas - EXEMPLO
O consumo de uma peça é de 9.000 un./ano. A capacidade de
produção é1.500 un./mês. O custo de preparação é $
200,00;o custo de armazenagem/mês é $ 2,00, calcule o lote
econômico de produção e o custo total anual, sabendo-se que o custo
unitário de produção é de $ 4,00.
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 108
Lote Econômico
Lote Econômico de Produção- sem faltas - EXEMPLO
A quantidade a ser produzida que minimiza o Custo Total de estocagem é Q =
548 unidades
Portanto, o Custo Total anual associado ao lote econômico é $ 42.573,00
548000.300
12500.1000.91122
000.92002
WC1I
CA2Q ==
×−××
××=
−⋅
⋅⋅=
anoao00,573.42288.3285.3000.36
12500.1000.91
2548122
548000.9200000.94
WC1
2QI
QCBCPCT
=++=
=
×−⋅××+×+×=
−⋅⋅+⋅+⋅=
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 109
Lote Econômico
Lote Econômico de Compra- com faltas
Este modelo considera as mesmas premissas que o do Lote
Econômico Sem Faltas e também visa a determinar a
quantidade que minimiza o Custo Total, porém admite
faltas do material
Um novo custo é acrescentado, o Custo da Falta (CF)
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 110
Lote Econômico
Lote Econômico de Compra -com faltas - gráfico
INSERIR FIGURA 2.33
E.Mx = Estoque máximo C = Consumo F = Quantidade faltante T y = Tempo decorrido de falta T x = Tempo do consumo normal
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 111
Lote Econômico
Lote Econômico de Compra- com faltas
onde:
Q = quantidade do lote econômico de produção C = taxa de consumo do item B = custo do pedido I = custo de armazenagem CF = custo da falta
CFCFI
ICB2Q +⋅
⋅⋅=
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 112
Lote Econômico
Lote Econômico de Compra -com faltas
Fórmula para cálculo da quantidade de falta (F)
Fórmula do Custo Total:
( )
Q2FCF
Q2FQI
QCBCPCT
22 ⋅+
−⋅+⋅+⋅=
CFII
CFCB2F
+⋅
⋅⋅=
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 113
Lote Econômico
Lote Econômico de Compra -com faltas - EXEMPLO
O consumo de uma peça é de 20.000 un./ano. O custo de
armazenagem por peça/ano é de $ 1,90; o custo de pedido é
de $500,00. O preço unitário de compra é de $ 2,00 e o custo
anual da falta é $15,00 por unidade. Determine o
Lote econômico de compra (Q) e o Custo Total (CT) associado
a esse lote.
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 114
Lote Econômico
Lote Econômico de Compra -com faltas - EXEMPLO
A quantidade a ser comprada que minimiza o custo total de
estocagem é Q = 3.438 unidades
438.312,1315.526.10
15159,1
90,1000.205002
CFCFI
ICB2Q
=⋅=
=+
⋅××
=+
⋅⋅⋅
=
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 115
Lote Econômico
Lote Econômico de Compra -com faltas - EXEMPLO
Cálculo da quantidade da falta (F)
Cálculo do Custo Total
O Custo Total anual associado ao lote econômico é $ 45.807,00
387438.3159,1
9,1QCFIIF =×
+=⋅
+=
( )
00,807.45$327572.2908.2000.40
438.3238715
438.32387438.39,1
438.3000.20500000.202CT
22
=+++=
=×⋅
+×−
⋅+⋅+⋅=
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 116
Lote Econômico
Lote Econômico de Produção- com faltas
Este modelo considera as mesmas premissas que o do Lote
econômico sem faltas e também visa a determinar a
quantidade que minimiza o Custo Total, porém admite
faltas do material
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 117
Lote Econômico
Lote Econômico de Produção -com faltas - gráfico
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 118
Lote Econômico
Lote Econômico de Produção -com faltas
onde:
Q = quantidade do lote econômico de produção C = taxa de consumo do item A = custo de preparação da produção I = custo de armazenagem CF = custo da falta
CFCFI
WC1I
CA2Q +⋅
−⋅
⋅⋅=
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 119
Lote Econômico
Lote Econômico de Produção -com faltas
Fórmula para cálculo da quantidade de falta (F)
Fórmula do Custo Total:
WC1
1Q2FCF
WC1
1FWC1Q
Q2I
QCACPCT
22
−⋅
⋅+
−⋅
−
−⋅+⋅+⋅=
−⋅⋅
+=
WC1Q
CFIIF
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 120
Lote Econômico
Lote Econômico de Produção- com faltas - EXEMPLO
O consumo de uma peça é de 9.000 un./ano. A capacidade de
produção é de 1.500 un./mês. O custo de preparação é de $
200,00 , o custo de armazenagem/mês é de $ 2,00 e o custo de falta
anual de $30 por unidade, calcule o lote
econômico de produção e o custo total anual, sabendo-se que o custo
unitário de produção é de $ 4,00.
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 121
Lote Econômico
Lote Econômico de Produção -com faltas - EXEMPLO
Portanto, a quantidade a ser comprada que minimiza o custo total de
estocagem é Q = 740 unidades
7408,1000.300
3030122
12500.1000.91122
000.92002CF
CFI
WC1I
CA2Q
=⋅=
=+×
⋅
×−⋅×
××=
+⋅
−⋅
⋅⋅=
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 122
Lote Econômico
Lote Econômico de Produção- com faltas - EXEMPLO
Cálculo da quantidade da falta (F)
1655,07405424
12500.1000.91740
30122122
WC1Q
CFIIF
=⋅⋅=
=
×−⋅×
+××
=
−⋅⋅
+=
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 123
Lote Econômico
Lote Econômico de Produção -com faltas - EXEMPLO
Cálculo do Custo Total
O Custo Total anual associado ao lote econômico é $ 41.215,00
00,215.41$102.1681.1432.2000.36
12500.1000.91
1740216530
12500.1000.91
116512500.1
000.917407402122
740000.9200000.94CT
2
2
=+++=
×−
⋅×⋅
+
+
×−
⋅
−
×−⋅⋅
××
+⋅+⋅=
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 124
Lote Econômico
Lote Econômico com Restrição ao Investimento
Os modelos anteriores assumiam uma disponibilidade
ilimitada de recursos financeiros
Existe um modelo de cálculo do Lote Econômico
considerando restrição financeira, ou seja, quando não se
dispõe de verbas para comprar as quantidades econômicas
para um conjunto de itens
Nesse caso, quanto se deverá comprar de cada item?
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 125
Lote Econômico
Lote Econômico com Restrição ao Investimento
Para resolução do problema, é aplicada a metodologia dos
multiplicadores de Lagrange
Segue um exemplo de resolução
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 126
Lote Econômico
Lote Econômico com Restrição ao Investimento
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 127
2.7 - Sistemas de Controle de Estoques
Duas perguntas básicas na Administração de Estoques:
Quanto comprar?
Quando comprar?
As fórmulas de Lote Econômico procuram responder à
primeira pergunta, mas possuem importantes limitações:
Consideram os recursos ilimitados
Assumem que fatores cruciais e dinâmicos da composição dos
custos de estocagem permanecem constantes
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 128
Sistemas de Controle de Estoques
Mudança do foco do quanto comprar, para o quando
comprar
A primeira abordagem é o Ponto de Pedido, que define o
momento de comprar com base no nível de estoque, no
tempo de reposição e no consumo
Sistemas de gestão de estoques foram criados para dar um
tratamento mais elaborado e eficiente para o problema,
estando mais adaptados às situações concretas
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 129
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema duas Gavetas
Mais simples método de controle de estoques
Ideal para itens classe C
Bastante difundido em revendedores de autopeças e
comércio varejista de pequeno porte
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 130
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema duas Gavetas
Caixa A: capacidade para atender ao consumo durante o tempo
de reposição + estoque de segurança Q = (C.TR) + E.Mn
Caixa B: capacidade para atender ao consumo durante o período
entre compras
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 131
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema duas Gavetas
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 132
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema duas Gavetas
Ao receber uma compra, as duas caixas são cheias
A caixa B (maior)é utilizada até que se esvazie
O esvaziamento da caixa B é o aviso de que uma nova
compra deve ser feita
Até que se receba a nova compra, a caixa A (menor) supre
o consumo
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 133
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema duas Gavetas
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 134
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema dos Máximos-Mínimos
Como o consumo e o tempo de reposição normalmente
variam, criou-se o sistema de máximos-mínimos na
tentativa de uma melhor abordagem
O ponto de pedido e a quantidade de compra são fixos,
variando o período de reposição
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 135
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema dos Máximos-Mínimos
Características do sistema:
determinação dos consumos previstos para o item desejado
fixação do período de consumo previsto
cálculo do ponto de pedido em função do tempo de reposição do item pelo fornecedor
cálculos dos estoques mínimos e máximos
cálculo dos lotes de compra
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 136
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema dos Máximos-Mínimos - gráfico
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 137
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema das Revisões Periódicas
Neste sistema o material é reposto periodicamente, em
intervalos de tempo iguais e previamente programados
A quantidade pedida é a necessidade da demanda para o
próximo período
Dificuldade: determinação do intervalo entre reposições do
estoque
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 138
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema das Revisões Periódicas
Definição do intervalo entre reposições:
uma periodicidade alta entre as revisões acarreta um
estoque médio alto, e como consequência, um aumento no custo de estocagem
uma periodicidade baixa entre as revisões acarreta um
baixo estoque médio, e como consequência, um aumento no custo de pedido e risco de ruptura
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 139
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema das Revisões Periódicas
• Para minimizar os riscos relativos aos níveis de estoque,
revisões dos cálculos para cada item ou classe de itens
devem ser feitas, considerando os objetivos
operacionais e financeiros da empresa
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 140
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema das Revisões Periódicas
A escolha de um calendário para as revisões é importante para:
definir o volume dos materiais a comprar
listar os itens de uso comum para serem processados
simultaneamente
executar uma compra única
fazer compras e entregas programadas, optando pela
definição das periodicidades de entregas mais convenientes
das necessidades
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 141
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema das Revisões Periódicas - gráfico
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 142
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema dos Máximos-Mínimos
Como o consumo e o tempo de reposição normalmente
variam, criou-se o sistema de máximos-mínimos na
tentativa de uma melhor abordagem
O ponto de pedido e a quantidade de compra são fixos,
variando o período de reposição
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 143
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP - considerações preliminares
Condução dos negócios afetada significativamente pela
globalização nas duas últimas décadas
Exigências dos clientes: alto nível de serviço, frequentes
reposições de estoque, variedade de produtos em
conformidade com padrões estabelecidos
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 144
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP - considerações preliminares
O processo de produção deve se adequar a um maior
número de produtos com menores ciclos de vida
Pressões de custo e limitações da capacidade produtiva
exigem cada vez mais processos produtivos eficientes
Desafio: manutenção das margens de lucro em um
ambiente complexo, que exige respostas rápidas às
exigências do mercado
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 145
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP - considerações preliminares
Os sistemas de planejamento de materiais procuram o
mais correto dimensionamento dos estoques
A utilização eficiente de sistemas de gestão proporcionam
uma correta adequação dos estoques ao tamanho das
necessidades, o que reduz custos, e em consequência,
maximiza os lucros
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 146
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP - definição
MRP – Material Requirements Planning, podendo ser
traduzido como planejamento das necessidades de
materiais
Permite o planejamento do suprimento de peças e
componentes cujas demandas dependem de um ou mais
produtos finais
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 147
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP - definição
É um sistema que estabelece uma série de procedimentos
e regras de decisão, visando a atender às necessidades de
produção durante um período de tempo estruturado
logicamente
Ajusta as necessidades de materiais a cada alteração na
programação de produção, realização de inventários ou
composição de produtos
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 148
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP - definição
Objetivos:
garantir a disponibilidade de materiais,
componentes e produtos para o planejamento da produção e às entregas dos clientes
manter os inventários no nível mais baixo possível planejar atividade de manufatura, de suprimento e
de programação de entregas
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 149
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP - elementos
O processo se inicia com a informação de quantidades e
tempos da demanda pelos produtos finais
O MRP gera as informações de quantidade e tempo para
cada item componente dos produtos finais
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 150
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP - elementos
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 151
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP – elementos
Programa-mestre de produção
Baseia-se na carteira de pedidos dos clientes e nas
previsões de demanda
Conhecido também por MPS – Master Production
Schedule
Orienta todo o sistema MRP
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 152
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP – elementos
Lista de materiais
Relaciona todos os itens que fazem parte do
processo produtivo
Contêm as quantidades exatas, de matérias-primas, componentes e sub-rotinas utilizados na confecção dos produtos finais
Determinam o momento em que os materiais devem estar disponíveis e identificam suas relações de dependência
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 153
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP – elementos
Registros de Inventário
Informam as posições de estoque e pedidos em
aberto, podendo-se obter as necessidades líquidas
de materiais
Contém também informações sobre estoques de
segurança e lead-time
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 154
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP – elementos
Programa MRP
Baseia-se nas necessidades de produto final, especificadas
no programa-mestre de produção e nas informações da lista de materiais
Transforma a demanda pelo produto final em necessidades brutas de cada item componente do processo produtivo
Leva em conta as informações dos registros de inventário
para calcular as necessidades líquidas de materiais
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 155
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP – elementos
Relatórios e dados de saída
As saídas do sistema MRP, são úteis no
gerenciamento do processo logístico e de
manufatura
Exemplos: relatórios das necessidades de materiais
e relatórios de desempenho
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 156
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP - demanda dependente
Diz-se que um item tem demanda dependente quando o
mesmo compõe outro diretamente
Os itens resultantes são chamados de “pais” daqueles que
os compõe
Quando os itens “pais” não são claramente identificados,
ou não é possível determinar as quantidades através de
cálculos, diz-se que a demanda é independente
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 157
Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP - demanda dependente
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Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP - determinação do lote de compra
Deve-se levar em consideração no cálculo do lote de compra:
estrutura do produto com os níveis de fabricação
qualidade do lote de compra
tempo de reposição para cada item componente, seja ele
comprado ou fabricado internamente
necessidades das peças baseadas no programa-mestre
uso de cada peça, levando em consideração que ela pode ser
usada também em outros produtos
uso de cada peça, levando em consideração que ela pode ser
usada no mesmo produto, só que em diversos níveis
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Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP - determinação do lote de compra
Método da quantidade fixa: a quantidade é determinada
arbitrariamente, usado para peças com custo e tempo de
reposição elevados
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Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP - determinação do lote de compra
Método do lote econômico: calcula-se o lote econômico, que passa a ser a quantidade de compra em periodicidade que depende do consumo
Exemplo: uma peça tem custo de pedido de $10,00, custo de armazenagem de 20% ao ano, preço de $5,00 e consumo previsto de 200 unidades
64000.4502,01002002Q ==
×××
=
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Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP - aplicação
Consideremos uma empresa que monta canetas segundo a estrutura abaixo:
Nível 0 – Caneta montada
Nível 1 – Corpo Nível 2 – Carga Nível 3 – Rebite plástico Nível 4 – Tampa
A empresa recebe um pedido de 500 unidades com
entrega para 28 semanas
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Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP - aplicação
Posição de estoque físico e saldos de pedidos:
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Sistemas de Controle de Estoques Sistema MRP - aplicação
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Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP - aplicação
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Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP – vantagens e limitações
Vantagens:
níveis razoáveis de estoques de segurança e minimização de
inventários. possibilidade de identificação de problemas nos processos
programação de produção baseada na demanda real ou
previsão de vendas do produto final
coordenação das colocações de ordens entre os pontos do sistema logístico da empresa
adequação à produção por lotes ou processos de montagens
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Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP – vantagens e limitações
Limitações: softwares de difícil interferência quando em operação não avaliação dos custos de colocação de ordens e de
transportes que podem crescer na medida da redução dos inventários e tamanhos de lotes de compra
sistema não muito sensível às flutuações de curto prazo da demanda
em algumas situações, o sistema torna-se muito complexo
e não funciona como o esperado
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Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP II
O MRP II é uma extensão do MRP e permite a integração do planejamento financeiro com o operacional
Caracteriza-se por ser uma excelente ferramenta de planejamento estratégico em áreas como logística, manufatura, marketing e finanças
Útil nas análises de cenário e na definição dos fluxos e estratégias de estocagem
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Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP II - exemplo
• Para a fabricação de um produto X é necessário quatro horas de mão de obra de montagem e quatro horas de utilização de bancadas. Para cumprir ordem de 50 uns. dentro da semana prevista, necessita-se de 50 × 4 = 200 horas de montador e 50 × 4 = 200 horas de bancada de montagem. Considerando a semana de 40 horas, necessita-se de 200 ÷ 40 = 5 montadores e 5 bancadas
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Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP II - exemplo
• Sabendo das necessidades de recursos e conhecendo cada valor unitário, basta ao sistema multiplicá-los, para obter a necessidade de recursos de manufatura para a ordem em questão dentro do período calculado, considerando-se os tempos de ressuprimento. Com essa informação, é possível avaliar a viabilidade dos planos de produção em relação às restrições de recursos da empresa
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Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP II - exemplo
No exemplo dado, se não houver disponibilidade de cinco montadores e cinco bancadas, os planejadores poderão tomar decisões a respeito de renegociar prazos de entrega ou providenciar recursos adicionais.
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Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP II
Dois módulos foram agregados do MRP ao MRP II:
CRP – Capacity Requirements Planning
SFC – Shop Floor Control
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Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP II - CRP
O CRP permite uma avaliação inicial do programa-mestre da produção, com o objetivo de verificar se há insuficiência de recursos para o cumprimento do programa
Confirmando a viabilidade, o CRP calcula detalhadamente, especificando os períodos, e as necessidades da capacidade produtiva
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Sistemas de Controle de Estoques
Sistema MRP II - SFC
Coordena o nível da fábrica, estabelecendo sequências e
ordens por centro de produção, especificando os períodos
de aplicação
Implica em registros com grande volume de informações
É um módulo pesado, que pode ser substituído pela
aplicação dos cartões Kanban
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Sistemas de Controle de Estoques
Planejamento dos Recursos de Distribuição - DRP
É de uma lógica idêntica à do MRP; princípios de cálculo das
quantidades de componentes na fabricação de produtos,
são também utilizados para definir o fluxo dos produtos
finais para os mercados consumidores
Utiliza as informações de demanda, estabelecendo as
quantidades e os momentos da colocação dos produtos
finais para os consumidores
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Sistemas de Controle de Estoques
Just-in-time - introdução
Surgiu no Japão na década de 70, sendo aplicado
posteriormente no Ocidente a partir dos anos 80
A Toyota foi a primeira empresa a introduzir o Sistema em
suas linhas de montagem
Caracteriza-se por conciliar alta qualidade com preços
competitivos
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Sistemas de Controle de Estoques
Just-in-time - conceitos
Redução de desperdícios no processo de manufatura
Sistema em que a demanda puxa a produção, ao contrário
da comum abordagem, em que a produção empurra os
estoques
A produção é definida de acordo com a necessidade de
consumo, impedindo que se produza apenas para
aproveitar a capacidade
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Sistemas de Controle de Estoques
Just-in-time - conceito
Estimula o questionamento das normas estabelecidas
Procura a máxima eficiência no processo produtivo para
reduzir ao máximo os estoques
Não trabalha com a metodologia do Lote Econômico
Oferece a cada operário o poder de interferir no processo
produtivo, quando reconhece falhas, de modo a corrigi-las
o mais rápido possível
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Sistemas de Controle de Estoques
Just-in-time - conceito
Grande importância para a manutenção preventiva, feita
pelos próprios operários, de modo a diminuir as chances
de paradas na produção
Aplicação do conceito de melhoria contínua; as falhas são
utilizadas como fontes de informações
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Sistemas de Controle de Estoques
Just-in-time - objetivos
minimização dos prazos de fabricação dos produtos finais
redução contínua dos níveis de inventário
redução dos tempos de preparação de máquina
Redução do tamanho dos lotes fabricados, buscando
sempre o lote igual à unidade
liberação para a produção através do conceito de “puxar” estoques, ao invés de “empurrar”, em antecipação à demanda
flexibilidade da manufatura pela redução dos tamanhos dos lotes, tempos de preparação e tempo de processo
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Sistemas de Controle de Estoques
Just-in-time – comparação com abordagem tradicional
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Sistemas de Controle de Estoques
Just-in-time – coleta ordenada
INSERIR FIGURA 2.45
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Sistemas de Controle de Estoques
Just-in-time – vantagens
Eliminação de desperdícios
Redução nos tempos de preparação, movimentação e produção
Redução dos estoques
Altos níveis de qualidade e flexibilidade da produção
LIMITAÇÕES: restrição à faixa do sistema produtivo e à instabilidade da demanda; risco de ruptura devido à minimização dos níveis de estoque
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Sistemas de controle de Estoques
Just-in-time – Kanban
Técnica usada para aplicação do JIT
Pode substituir o sistema MRP
Dois tipos: duplo ou simples
Podem ser utilizados também nas fábricas dos
fornecedores
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Sistemas de Controle de Estoques
Just-in-time – Kanban duplo
Dois tipos de cartão: o de retirada e o de produção
O primeiro sinaliza a necessidade de retirada para o
próximo processo
O segundo informa a quantidade que deve ser produzida
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Sistemas de Controle de Estoques
Just-in-time – fluxo do Kanban duplo
Um usuário com necessidade de peças leva um contêiner vazio e seu cartão de retirada à área de produção
O usuário anexa seu cartão de retirada a um contêiner cheio, destacando o cartão de ordem de produção. O contêiner cheio e o cartão de retirada retornam à área do usuário para uso imediato
O cartão de ordem de produção, destacado do contêiner cheio, vai para dentro de uma caixa chamada caixa de despacho, onde aguardará, por ordem de chegada, a produção de mais um lote. O cartão é então anexado ao novo contêiner cheio
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Sistemas de Controle de Estoques
Just-in-time – fluxo do Kanban duplo
Regras básicas:
Nada é produzido sem que haja o respectivo cartão de produção
A quantidade no contêiner deve ser exatamente a determinada no cartão
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2.8 - Avaliação dos Estoques
Importante para fins contábeis, na apuração do custo dos
produtos/mercadorias vendidos
Toma-se por base o valor de custo ou de mercado,
preferindo-se normalmente o menor
Os 3 principais métodos para avaliação de estoques são:
custo médio, PEPS e UEPS
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Avaliação dos Estoques
Custo Médio
Método mais comumente utilizado
Age como um estabilizador, porque equilibra as flutuações
de preços
No longo prazo reflete os custos reais das compras de
material
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Avaliação dos Estoques
Custo Médio
EXEMPLO
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Avaliação dos Estoques
PEPS
PEPS – primeiro a entrar, primeiro a sair; sigla em inglês:
FIFO
Avaliação de acordo com a ordem cronológica da
movimentação do estoque
Método que valoriza os estoques, pois as saídas são
registradas aos preços mais antigos
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Avaliação dos Estoques
PEPS
EXEMPLO
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Avaliação dos Estoques
UEPS
UEPS – último a entrar, primeiro a sair; sigla em inglês:
LIFO
As saídas são avaliadas considerando-se os últimos preços
praticados
Método mais adequado para períodos inflacionários
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Avaliação dos Estoques
UEPS
EXEMPLO
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 194
Avaliação dos Estoques
Estudo Comparativo
• O método a ser utilizado depende do tipo de empresa,
pois a avaliação do estoque influencia os seus custos
que serão considerados nos relatórios contábeis
• As variações no valor do estoque decorrentes dos
diferentes métodos modificam os resultados contábeis
das empresas
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Avaliação dos Estoques
Custo Médio x PEPS
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Avaliação dos Estoques
Custo Médio x PEPS
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 197
Avaliação dos Estoques
Custo Médio x PEPS
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 198
Avaliação dos Estoques
PEPS x UEPS estoque em 10 de janeiro – 1 peça 3,00 entrada em 15 de janeiro – 1 peça 3,50 saída em 25 de janeiro – 1 peça – 8,00 saldo em 31 de janeiro – 1 peça -
Se a saída de 25 de janeiro foi entregue à produção e vendida a $ 8,00, em 28/1, o efeito sobre o lucro será:
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Avaliação dos Estoques
PEPS x UEPS
No PEPS, o aumento do custo da peça impacta no saldo do
estoque No UEPS, esse aumento impacta nos custos dos produtos,
reduzindo o lucro contábil
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 200
Avaliação dos Estoques
PEPS x UEPS x Custo Médio
Como calcular o custo dos estoques que saem do almoxarifado no dia 03/03?
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 201
Avaliação dos Estoques
PEPS x UEPS x Custo Médio No sistema FIFO: $ 2.000,00 (20 uns que entraram
no almoxarifado no dia 02/01 pelo preço unitário de $ 100,00)
No sistema LIFO: $ 2.500,00 (20 uns que entraram no almoxarifado no dia 01/03 pelo preço unitário de $ 125,00)
Pelo custo médio: $ 2.164,00 (o custo médio é a média dos preços de compra nos dias 02/01,0 1/02 e 01/03)
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 202
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 203
3 - Operações de Almoxarifado
O almoxarifado, ou armazém, ou depósito, é onde
ocorre a movimentação e o transporte interno de
cargas
Os sistemas para armazenagem das operações de
almoxarifado têm influência sobre os custos de
operação, qualidade dos produtos, ritmo e
acidentes de trabalho, desgaste de equipamentos e
problemas administrativos
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 204
Operações de Almoxarifado
A eficiência do sistema, e o capital necessário para
sua implantação dependem do tipo da escolha
Os problemas e características de um sistema de
almoxarifado, dependem do tipo e da quantidade
de material a ser armazenado e movimentado
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 205
Operações de Almoxarifado
Diferentes Tipos de Materiais
• Gases: se não forem utilizados em sistemas contínuos,
devem ser manipulados em contenedores adequados e
resistentes à pressão
• Líquidos: são armazenados e transportados em sistemas
adequados à condição física do produto
• Sólidos: tem uma maior variedade de métodos de
manuseio, sendo a escolha direcionada pelo tipo de
produção e características do produto
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 206
Operações de Almoxarifado
Diferentes Tipos de Materiais
Materiais não corrosivos e imunes à ação da luz e calor, por ex.,
são relativamente simples de manusear
Materiais mais complexos podem exigir ar condicionado,
controle de luz, temperatura, umidade, entre outras exigências
possíveis
A quantidade de material em estoque e seu giro pode ser um
fator determinante na escolha do sistema e dos equipamentos a
serem utilizados no almoxarifado
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 207
Operações de Almoxarifado
O capital disponível para implantação de um sistema de
armazenagem tem influência sobre a escolha de
equipamentos e eficiência dos fatores de produção, como
mão de obra, material e maquinários
A eliminação de manuseios desnecessários e uso de
equipamentos de grande capacidade reduzem o
investimento
Um alto investimento pode ser justificado por redução
nos custos operacionais, sempre precedido por análises
comparativas
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 208
Operações de Almoxarifado Vantagens do investimento em sistemas de
armazenagem
Redução na mão de obra: equipamentos eficientes e reformulação de layout reduzem a necessidade de
pessoal, o que reduz custo operacional
Melhor aproveitamento da matéria-prima: reduz perdas de material por acidentes de movimentação e manuseio,
além de reduzir extravios
Redução das despesas de supervisão: facilita o gerenciamento das atividades, elimina burocracia e
diminui as necessidades de pessoal
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 209
Operações de Almoxarifado
Tipos de Produção Produção em Série: exige processo contínuo e adequado aos
produtos e volumes movimentados; utilizam equipamentos especializados, com flexibilidade limitada
Produção por Processo: admite equipamentos de operação intermitente para cargas unitárias; pode utilizar processos
contínuos, com grande capacidade ociosa
Produção por Encomenda: tipo mais complexo, devido à grande diversificação e ritmo irregular de produção; exige
equipamentos com alto grau de flexibilidade
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Operações de Almoxarifado
Localização de Materiais
Sistema de Localização:
estabelece os princípios para rápida e precisa
identificação da localização dos materiais
Utiliza-se de códigos alfanuméricos para representação
de cada local de estocagem e suas subdivisões
O chefe do almoxarifado é normalmente o responsável
pelo sistema de localização
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 211
Operações de Almoxarifado
Localização de Materiais
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 212
Operações de Almoxarifado
Localização de Materiais
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 213
Operações de Almoxarifado
Critérios de Localização
Sistema de Estocagem Fixa: as áreas de estocagem são divididas para que cada parte abrigue apenas um tipo de
material; pode gerar desperdícios, com um tipo de material em excesso nos corredores e áreas para outros
materiais livres
Sistema de Estocagem Livre: não existem locais fixos para materiais específicos, a não ser para os que exijam
condições especiais; praticamente elimina desperdício de espaço, mas exige maior controle na localização de cada
item
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 214
Operações de Almoxarifado
Classificação e Codificação de Materiais
O objetivo é catalogar, simplificar, especificar,
padronizar e codificar todos os materiais que compõe
o estoque de uma empresa
Viabilizam um controle eficiente dos estoques,
procedimentos de armazenagem adequados e uma
correta operacionalização do armazém
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 215
Operações de Almoxarifado
Classificação e Codificação de Materiais
Classificar os materiais, é agrupá-los de acordo com suas
características, para a correta identificação de suas
especificações
Além de agrupados, os materiais devem ser ordenados,
de modo a garantir que materiais que possam
contaminar ou danificar outros, fiquem devidamente
separados
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 216
Operações de Almoxarifado
Classificação e Codificação de Materiais
• Codificar os materiais é representar todas as
informações relativas a cada material por meio de
números e/ou letras, considerando suas variações nas
especificações
• Tipos de sistemas de codificação: alfabético,
alfanumérico e numérico (ou decimal)
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 217
Operações de Almoxarifado
Sistema de Codificação Alfabético
Utiliza apenas letras na formação dos códigos
Pouco utilizado, devido suas limitações em
quantidade de geração de códigos.
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 218
Operações de Almoxarifado
Sistema de Codificação Alfanumérico
Combinação de letras e números na formação dos códigos
Maior capacidade de geração de códigos em relação ao alfabeto
A formação do código é dividida em grupos e classes
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 219
Operações de Almoxarifado
Sistema de Codificação Alfanumérico
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 220
Operações de Almoxarifado
Sistema de Codificação Decimal
Utiliza apenas números na formação dos códigos
Maior simplicidade, sendo o sistema mais utilizado atualmente
Formação do código é dividida em grupos e classes
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 221
Operações de Almoxarifado
Sistema de Codificação Decimal Exemplo de divisão por grupos (classificação geral)
01 – matéria-prima
02 – óleos, combustíveis e lubrificantes
03 – produtos em processo
04 – produtos acabados
05 – material de escritório
06 – material de limpeza
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 222
Operações de Almoxarifado
Sistema de Codificação Decimal Exemplo de subdivisão do grupo (classificação individualizada)
05 – material de escritório
01 – lápis
02 – canetas esferográficas
03 – blocos pautados
04 – papel-carta
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 223
Operações de Almoxarifado
Sistema de Codificação Decimal Exemplo de subdivisão da classe (classificação definidora)
05 – material de escritório (grupo)
02 – canetas esferográficas (classe)
01 – marca alfa, escrita fina, cor azul
02 – marca gama, escrita fina, cor preta
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 224
Operações de Almoxarifado
Sistema de Codificação Decimal
Item: caneta esferográfica da marca alfa, com escrita fina e cor azul
Código: 05-02-01 ou 050201
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 225
Operações de Almoxarifado
Sistema Federal Supply Classification
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 226
Operações de Almoxarifado
Inventário Físico
É a contagem física dos itens em estoque, com as seguintes verificações após a contagem:
discrepâncias (em $) entre o estoque físico e o
estoque contábil discrepâncias (em quantidades) entre registro
contábil e as quantidades reais nas prateleiras apuração do valor total do estoque para efeito de
balanços ou balancetes; o inventário é realizado próximo ao encerramento do ano fiscal
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 227
Operações de Almoxarifado
Inventário Físico – Tipos de Inventário Inventários Gerais:
realizados no término do exercício fiscal, com todos os itens do estoque; são demorados e com pouca margem para reconciliações; análises das discrepâncias e ajustes
Inventários rotativos:
as contagens vão ao longo do ano, focando cada contagem em uma parcela dos itens; dividem o trabalho, com um tratamento
mais preciso; itens da classe A são contados mais vezes
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 228
Operações de Almoxarifado
Inventário Físico – Preparação e Planejamento
folhas de convocação e serviços, definindo os convocados,
datas, horários e locais de trabalho
fornecimento de meios de registro de qualidade e quantidade adequada para uma correta contagem
análise e avaliação da arrumação física
método da tomada do inventário e treinamento
atualização e análise dos registros
cut-off para documentação e movimentação de materiais a serem inventariados
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 229
Operações de Almoxarifado
Inventário Físico – Convocação
Normalmente são organizadas duas equipes, uma
para a primeira contagem (reconhecedores) e outra
para a segunda contagem (revisores)
A lista de convocação deve ser distribuída com
antecedência para cada funcionário que participará do
inventário, com as instruções e esclarecimentos
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 230
Operações de Almoxarifado Inventário Físico – Cartão de Inventário
É onde são feitos os registros de inventário, com
partes destacáveis para as contagens e
recontagens
Podem ser impressos em cores distintas,
identificando diferentes tipos de materiais
São preenchidos antes da fixação nos lotes a
serem inventariados
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Operações de Almoxarifado
Inventário Físico – Cartão de Inventário MODELO
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Operações de Almoxarifado
Inventário Físico – Arrumação Física
As áreas e os itens de estoque devem ser arrumados e
organizados de forma conveniente, agrupando itens
do mesmo tipo
Corredores devem ficar livres e desimpedidos
Produtos que não serão inventariados devem ser
isolados
Equipamento de apoio deve ser providenciado, como
escadas, balanças e equipamentos de movimentação
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 233
Operações de Almoxarifado
Inventário Físico – Cut-Off
Procedimento fundamental no processo de inventário
Registro com todos os detalhes de saídas, entradas,
requisição e devolução de materiais
Recomendável que não haja movimentação de estoque
durante o inventário
Se houver movimentação de estoque durante o inventário, o
controle deve ser ainda mais rígido, para se evitar contagem
dobrada ou a não contagem
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 234
Operações de Almoxarifado
Inventário Físico – Contagem do Estoque
Os lotes devem ser devidamente identificados com
talas de identificação
Todo item sujeito ao inventário deverá ser contado duas vezes
Se a segunda contagem coincidir com a primeira, considera-se o inventário feito corretamente
Caso contrário, uma terceira contagem é feita por outra equipe
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 235
Operações de Almoxarifado
Inventário Físico – Reconciliações e Ajustes
• A equipe de controle de estoque deve justificar as variações
percebidas entre os registros contábeis e as contagens físicas • O inventário é consolidado no Controle das Diferenças de
Inventário, que mostra as diferenças por item e seu somatório • A política de estoques da empresa determina os limites
aceitáveis de variação • Sendo aprovado o ajuste das eventuais diferenças, é finalizado
o processo com a conciliação do registro contábil de acordo com a contagem física
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 236
Operações de Almoxarifado
Inventário Físico – Controle das Diferenças de Inventário MODELO
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 237
Embalagem Existem às vezes avarias com transporte; grande parte
dessas perdas poderia ser evitada com o uso de embalagens adequadas
O projeto e a fabricação das embalagens envolvem escolha
e teste das matérias-primas, testes de resistência, de
impacto, para que as utilizadas nas operações sejam
eficientes e de baixo custo
Objetivo das embalagens: proteger o produto, de acordo com a(s) modalidade(s) de transporte utilizada(s), ao
menor custo possível
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 238
Embalagem
Tipos de Embalagem – Caixa de Papelão
Embalagem de baixo custo, servindo como alternativa às caixas
de madeira ou compensado
O papelão ondulado é uma colagem de um papel ondulado
(miolo) a um papel liso (capa)
A ondulação pode ser alta (4,7 mm) ou baixa (3,0 mm), tendo a
alta maior capacidade de amortecimento
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 239
Embalagem
Tipos de Embalagem – Caixa de Papelão
Parede Simples
Parede Dupla
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Embalagem
Tipos de Embalagem – Caixa de Papelão
Caixa Armada
Caixa Desarmada
Operações de Almoxarifado
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Embalagem
Tipos de Embalagem – Caixa de Papelão
Divisão interna (ou colmeia)
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Embalagem
Tipos de Embalagem – Tambores
Aplicação abrangente: todo tipo de líquido, produtos pastosos,
granulados, entre outros
O revestimento interno é fundamental para a adequação do
tambor ao produto que será acondicionado, especialmente no
caso de alimentos e produtos químicos
Principais vantagens: capacidade de proteção, facilidade de
manipulação, armazenagem e transporte
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Embalagem
Tipos de Embalagem – Fardos
Ideal para produtos de baixa densidade, que ocupam grandes
volumes (quanto maior o volume, maior o custo do frete e de armazenagem)
O material é comprimido e preso com fitas, reduzindo seu volume e facilitando o manuseio do material nos processos de
carga/descarga e movimentação interna
Materiais comumente enfardados: fumo, alfafa, algodão, tecidos, resíduos de materiais (como bagaço de cana e aparas
de papel), entre outros
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Embalagem
Tipos de Embalagem – Recipientes Plásticos
Substitui as embalagens convencionais de vidro, madeira e metal
São fabricados com polietileno, material que permite grande flexibilidade nas formas e na capacidade
volumétrica
Polietileno: resina obtida do gás etileno, que por sua vez é derivado do petróleo ou do álcool etílico
São mais leves que as embalagens de vidro e metal e possuem grande resistência à corrosão, com uma
manutenção mais simples
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Embalagem
Tipos de Embalagem – Recipientes Plásticos
Exigem certos cuidados:
Produtos voláteis não devem ficar armazenados neles por muito tempo, devido sua permeabilidade
Normalmente são pintados de preto, para evitar o ataque dos raios ultravioletas, que os torna
quebradiços
Aqueles que são feitos com resinas de alta pressão não devem ser expostos a temperaturas superiores
a 70ºC
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Estocagem de Materiais
Carga Unitária
Carga constituída de embalagens de transporte, arranjada ou
acondicionada de modo que possibilite o manuseio, transporte e armazenagem por meios mecânicos, como uma unidade
É movimentada com a empilhadeira, possibilitando uma eficiência única nos processos de carga/descarga e
movimentação interna
O palete é o principal dispositivo para a formação de cargas unitárias
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Estocagem de Materiais
Carga Unitária – Palete
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Estocagem de Materiais
Carga Unitária - Palete
O palete é basicamente um estrado de madeira, metal ou fibra,
com dimensões variadas, de acordo com sua aplicação
No comércio internacional, foi adotada como medida padrão do
palete 1.100 mm x 1.100 mm
O Palete Padrão Brasileiro tem as medidas de 1.000mm x 1.200
mm
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Estocagem de Materiais
Carga Unitária - Palete
Tipos de palete: Quanto ao número de entradas
Palete de duas entradas
Palete de quatro entradas (permite cruzamento)
Quanto ao número de faces
Palete de uma face
Palete de duas faces (maior resistência)
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Estocagem de Materiais
Carga Unitária - Palete
Palete de duas entradas
Palete de quatro entradas
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Estocagem de Materiais
Carga Unitária - Palete
Palete de uma face e duas entradas
Palete de duas faces e duas entradas
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Estocagem de Materiais
Carga Unitária - Arranjo
Fatores que influenciam o arranjo:
Tamanho da Carga -as maneiras de paletizar uma carga podem ser diversas, dependendo sempre do
seu tamanho.
Peso do Material - o número de camadas está condicionado à resistência do palete e da
embalagem
Carga Unitária- o comprimento, a largura e, a altura da carga, tomada como um todo, devem ser
considerados
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Estocagem de Materiais
Carga Unitária - Arranjo
Perda de Espaço -alguns arranjos podem ter muitos “vazios” entre as unidades; além de perda de espaço, o peso é mal distribuído, possibilitando o desequilíbrio das pilhas
Compacidade -as unidades de um arranjo devem “se casar” para que haja o entrelaçamento de todo conjunto e o espaço ocupado seja minimizado
Métodos de Amarração conforme o tipo de fixação das unidades de carga, seja por colagem, arqueamento com fitas metálicas ou náilon, elas poderão ser paletizadas sem qualquer dificuldade.
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Estocagem de Materiais
Carga Unitária – exemplos de arranjos
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Estocagem de Materiais
Carga Unitária – Métodos de Amarração
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Estocagem de Materiais
Carga Unitária – outras opções
Caçambas: recipientes em madeira ou metal, para transporte de
cargas em formatos irregulares e a granel; possuem encaixes que permitem sua manipulação por máquinas
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Estocagem de Materiais
Carga Unitária – outras opções Racks: estruturas metálicas que permitem o acoplamento de
produtos montados, como por exemplo motores
Berços: estruturas metálicas adequadas à peças de grande comprimento, como barras, tubos e perfis, construídos de acordo
com a dimensão dos produtos que irão armazenar
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Estocagem de Materiais
Paletização
O emprego de paletes e empilhadeiras proporciona economia de até 80% no investimento em sistema de movimentação interna
Economia de tempo, espaço e mão de obra
Permitem a formação de grandes pilhas de material, protegem as embalagens e tornam operações de carga e descarga mais
rápidas
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Estocagem de Materiais
Paletização Fatores determinantes do tipo de palete a ser utilizado:
peso, resistência, tamanho, capacidade e custo
necessidade de manutenção
material empregado na sua construção
umidade (para os de madeira)
tamanho das entradas para os garfos
tipo de construção
tipo de carga de movimentação
capacidade de empilhamento
possibilidade de manipulação por transportador
viabilidade para operações de estiva
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Estocagem de Materiais
Técnicas de Estocagem
Caixas
Adequadas a itens de pequenas dimensões, que podem ser
fabricadas pela própria empresa ou adquiridas de fornecedores
especializados
Podem ser utilizadas na linha de produção
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 261
Estocagem de Materiais
Técnicas de Estocagem Prateleiras
Fabricadas com madeira ou perfis metálicos, adequadas
a peças grandes, servindo também como apoio para
gavetas ou caixas
As prateleiras de madeira têm a vantagem de absorver
melhor impactos; as de metal são mais flexíveis na
montagem e mais resistentes a impactos
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 262
Estocagem de Materiais
Técnicas de Estocagem
Empilhamento
Às vezes diminui e até elimina a necessidade de
prateleiras, devido a colocação dos paletes um em cima
do outro
Maximiza a ocupação do espaço vertical
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 263
Estocagem de Materiais
Técnicas de Estocagem – Matérias-Primas
Podem ser estocadas de forma centralizada ou descentralizada
Centralizada:
Facilita o planejamento da produção
Inventário é realizado em um único local
Melhor controle sobre peças defeituosas
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Estocagem de Materiais
Técnicas de Estocagem – Matéria-Prima
Descentralizada:
Torna o inventário mais rápido, pois a visualização de cada item é mais eficiente
Facilita a distribuição dos itens para os locais de produção
Melhor aproveitamento do espaço
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 265
Estocagem de Materiais
Técnicas de Estocagem – Produtos em Processo
Centralizada:
Maior necessidade de movimentação interna e de equipamentos transportadores
Descentralizada
Os materiais são armazenados em caixas e/ou paletes junto às áreas de produção
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 266
Estocagem de Materiais
Técnicas de Estocagem – Produtos Acabados
Para entrega imediata:
Local de armazenagem deve estar próximo à expedição
Por encomenda
Local de armazenagem se torna secundário
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Análise de Almoxarifado
Mercadorias
Itens de maior saída devem ser colocados o mais próximo
possível da expedição
Pilhas Devem respeitar uma distância mínima do teto do armazém
Altura recomendada de 5 pilhas
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 268
Análise de Almoxarifado
Corredores A quantidade de corredores depende da facilidade de acesso desejada
Itens de maior movimentação podem ser estocados em ilhas com grande número de pilhas; itens de menor movimentação em ilhas com menor
número de pilhas
A largura do corredor depende dos equipamentos de movimentação, especialmente das empilhadeiras
Corredores principais e de embarque devem permitir o trânsito de duas empilhadeiras
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 269
Análise de Almoxarifado
Portas
Devem permitir a passagem das empilhadeiras carregadas, com
altura mínima de 2,4 m
Piso Deve ser construído em concreto, para resistir ao peso das
pilhas e ao trânsito das empilhadeiras carregadas
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 270
Análise de Almoxarifado
Embarque
O número de docas para acostamento de veículos é calculado de
acordo com a quantidade diária de embarques e o tempo de
carga e descarga
Próximo à área de embarque deve ser reservado um espaço
para armazenagem temporária das mercadorias que serão
embarcadas, sendo organizadas por praça e cliente
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 271
Análise de Almoxarifado
Escritórios Normalmente estão localizados próximos dos locais de
embarque
Algumas empresas possuem instalações centrais, onde ficam os escritórios, salas de controle e manutenção
Outras Instalações
Equipamentos contra incêndio, roubos e furtos, para controle de
luz, umidade e temperatura, entre outros
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 272
Sistemas de Estocagem
Solução básica: empilhamento direto das mercadorias,
conhecido como blocagem
Aperfeiçoamento: empilhamento com paletes, que protegem a
mercadoria, aproveitam melhor o espaço e são eficientes em
conjunto com as empilhadeiras
Mercadorias frágeis ou de difícil paletização são estocadas
através de prateleiras estruturadas
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 273
Sistemas de Estocagem
Prateleiras em 45° permitem que as mesmas sejam 42% mais
compridas e facilitam a operação das empilhadeiras, que não
precisam fazer curvas de 90° para se alinharem aos paletes
estocados
Sistema drive - in: longarinas horizontais são eliminadas,
ficando ombreiras que servem de apoio para os paletes; os
paletes formam corredores, através dos quais as empilhadeiras
entram e saem de marcha ré
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 274
Sistemas de estocagem
Sistema drive-through: evolução do drive - in, em que as
empilhadeiras entram com os paletes por um lado e saem com
eles por outro; possui um custo de instalação maior, pois os
paletes não ficam apoiados em paredes, mas em armações
amarradas aos tetos, empilhadeiras especiais podem melhorar o
aproveitamento do sistema
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 275
4- Movimentação de Materiais
Finalidades dos Sistemas de Movimentação
1. Redução de custos
Redução de custos de mão de obra: substituição da mão de obra por meios mecânicos
Redução dos custos de materiais: com melhor acondicionamento e transporte mais racional, o custo de perdas e avarias durante a armazenagem e transporte, é
reduzido ao mínimo Redução de custos em despesas gerais: com melhores
processos de transporte e estoque, reduzem as despesas gerais, evitando também riscos de acidentes de pessoal e
sinistro
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 276
Movimentação de Materiais
Finalidades dos Sistemas de Movimentação
2. Aumento da capacidade produtiva
Aumento de produção: pela maior rapidez na chegada dos materiais até as linhas de produção
Aumento da capacidade de armazenagem: os empilhamentos exploram ao máximo a altura dos edifícios, aumentando a
capacidade de estocagem, e do espaço disponível Melhor distribuição de armazenagem: com a utilização de
dispositivos para formação de cargas unitárias, é possível montar um sistema de armazenagem mais organizado
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 277
Movimentação de Materiais
Finalidades dos Sistemas de Movimentação
3. Melhores condições de trabalho
Maior segurança: a adoção de cargas unitárias e equipamentos de movimentação, diminui o risco de acidentes nas operações,
obedecidos os critérios de segurança
Redução da fadiga/maior conforto para o pessoal: a força de trabalho é utilizada basicamente na operação dos
equipamentos, havendo substancial redução de trabalho manual
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 278
Movimentação de Materiais Finalidades dos Sistemas de Movimentação
4. Melhor distribuição
Melhoria na circulação: com a criação de corredores bem definidos com endereçamento e equipamentos eficientes; a integração da
produção com os centros de distribuição aumenta ainda a eficiência do sistema
Localização estratégica do armazém: criação de pontos de
armazenagem em locais distantes da fábrica e próximos aos pontos consumidores com à utilização de equipamentos de movimentação e
armazenagem, que reduzem os custos do processo
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 279
Movimentação de Materiais
Finalidades dos Sistemas de Movimentação
5 - Melhor distribuição
Melhoria dos serviços ao usuário: a proximidade dos centros de
distribuição e centros consumidores, reduz as perdas para entrega de produtos melhores e mais baratos aos consumidores
Maior disponibilidade: a eficiência gerada pelos sistemas de
movimentação permite uma distribuição mais abrangente, atingindo um público consumidor maior
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 280
Movimentação de Materiais
Sistemas de Movimentação
Indicadores da necessidade de revisão do sistema de
movimentação de materiais:
homens manipulam cargas maiores de 30 kg e mulheres carregam peso superior a 10 kg
materiais são desviados do caminho mais direto e natural no processo fabril, para fins de inspeção, conferência e
outras razões o pessoal da produção abandona seus postos para efetuar
operações de transporte cruzamentos frequentes de trajetórias de materiais em
movimento
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 281
Movimentação de Materiais
Sistemas de Movimentação
Indicadores da necessidade de revisão do sistema de
movimentação de materiais:
os trabalhadores da produção param até que sejam supridos de matéria-prima
os materiais vão e voltam na mesma direção por mais de uma vez no seu processo de transformação
cargas acima de 50 kg são levantadas mais de 1 metro sem ajuda mecânica
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 282
Movimentação de Materiais
Equipamentos de Movimentação
Transportadores: correias, correntes, fitas metálicas, roletes, rodízios, roscas e vibratórios
Guindastes, Talhas e Elevadores: guindastes fixos e móveis,
pontes rolantes, talhas, guinchos, monovias, elevadores etc.
Veículos Industriais: carrinhos de todos os tipos, tratores, trailers e veículos especiais para transporte a granel
Equipamentos de posicionamento, pesagem e controle:
plataformas fixas e móveis, rampas, equipamentos de transferência etc.;
Contêineres e Estruturas de Suporte: suportes e plataformas,
estrados, paletes, suportes para bobinas e equipamento auxiliar de embalagem
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 283
Movimentação de Materiais
Equipamentos de Movimentação
A escolha deve considerar fatores, como: características
dos produtos movimentados, quantidade, características
da edificação (espaço entre colunas, piso, desníveis,
portas...), área disponível, fontes de energia etc.
Outro fator importante é a flexibilidade desejada, de
acordo com possíveis mudanças nos produtos ou nos
métodos de produção
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 284
Movimentação de Materiais
Equipamentos de Movimentação
Transportadores exigem pouca supervisão, ao contrário de
tratores, empilhadeiras e outros veículos, que além do operador,
exigem manutenção mais intensa
A intensa movimentação justifica a utilização de equipamentos
automáticos ou semiautomáticos, bem como equipamentos mais
velozes (eles compensam pessoal inexperiente e altos níveis de
perdas)
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 285
Movimentação de Materiais
Equipamentos de Movimentação
Os equipamentos diferem também quanto à sua trajetória, que
possibilitam na movimentação dos materiais
Os transportadores, uma vez montados, têm sua
trajetória fixada sem margem de manobra
Os veículos, como empilhadeiras, permitem uma
flexibilidade muito grande nas definições das trajetórias
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 286
Movimentação de Materiais
Equipamentos de Movimentação – Transportadores Contínuos
São ideais para situações de movimentação constante entre dois pontos fixos
Podem ser transportadores de roletes, de rosca, oscilatórios ou de arraste
São muito utilizados na mineração, diversas indústrias, terminais de carga e descarga, e armazéns de granéis
Existem versões sofisticadas, informatizadas, que executam paradas em pontos fixos para determinadas operações
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 287
Movimentação de Materiais
Equipamentos de Movimentação – Transportadores Contínuos
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 288
Movimentação de Materiais
Equipamentos de Movimentação – Pontes Rolantes
• São equipamentos adequados a áreas restritas, como armazéns
e pequenos depósitos
• Transportam as cargas por elevação com uma viga suspensa e um trilho no alto, por onde se movimenta um carrinho
• Dependendo da movimentação e do peso do material, o ritmo de trabalho das pontes rolantes pode ser classificado como
ocasional, leve, moderado, constante e pesado
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 289
Movimentação de Materiais
Equipamentos de Movimentação – Pontes Rolantes
Possuem comandos elétricos, que são acionados da cabine ou do piso, por um sistema de botoeiras
São dotadas de sistemas de proteção para prevenção de acidentes
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 290
Movimentação de Materiais
Equipamentos de Movimentação – Pórticos
São compostos por uma viga elevada, autossustentável, com
rodas que se movimentam sobre trilhos
Utilizados em áreas externas, especialmente quando a utilização
de pontes rolantes é difícil
Apropriados para armazenamento em locais descobertos, carga
e descarga em áreas sem plataformas de embarque
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 291
Movimentação de Materiais
Equipamentos de Movimentação – Pórticos
• Uma variação do pórtico é o semipórtico, usado nos pátios das
construções; com apenas uma perna, e com a outra ponta
correndo sobre uma parede ou estrutura de sustentação
• O semipórtico pode trabalhar em conjunto com pontes rolantes
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 292
Movimentação de Materiais
Equipamentos de Movimentação – Stacker Crane
• É o sistema mais avançado para áreas restritas, com uma torre apoiada sobre um trilho inferior e guiada por um trilho superior; pela torre corre uma
cabina de comando com garfos acoplados que carregam os paletes
• Sua adoção permite um estreitamento dos corredores, visto que exigem um espaço muito menor que as manobras das empilhadeiras
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 293
Movimentação de Materiais
Equipamentos de Movimentação Sem Limites – Carrinhos
É o mais simples equipamento para movimentação sem limites
fixos
Princípio básico: plataforma sobre rodas com um timão
direcional
Existem diversos modelos, desde os usados em estradas de
ferro e fazendas até carrinhos projetados para atender a
necessidades específicas de determinadas indústrias
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 294
Movimentação de Materiais
Equipamentos de Movimentação Sem Limites – Carrinhos
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 295
Movimentação de Materiais
Equipamentos de Movimentação Sem Limites – Paleteiras
Mecanismo com braços metálicos em forma de garfo específicos
para o transporte de paletes
O modelo mais simples possui um pistão hidráulico que levanta a
carga e o deslocamento é acionado pelo operador
Para situações de longos deslocamentos utiliza-se as paleteiras
motorizadas
Podem operar em conjunto com tratores, carrinhos elétricos e
empilhadeiras, quando as cargas forem muito pesadas
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 296
Movimentação de Materiais
Equipamentos de Movimentação Sem Limites – Paleteiras
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 297
Movimentação de Materiais
Equipamentos de Movimentação Sem Limites – Empilhadeiras
Equipamento fundamental na movimentação, devido sua capacidade e
eficiência no empilhamento de cargas
São carros que elevam a carga com seus garfos, movem-se por motores e
cobrem distâncias consideráveis
Existem três tipos básicos quanto à forma: frontais de contrapeso,
frontais que equilibram o peso na própria base e laterais
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 298
Movimentação de Materiais
Equipamentos de Movimentação Sem Limites – Empilhadeiras
Modelos movidos a gasolina, GLP, diesel ou álcool devem ser
operados em áreas abertas, quando em áreas fechadas, deve
haver um sistema de ventilação eficiente
Em áreas de pouca ventilação ou com produtos sensíveis a
gases, devem ser utilizadas as empilhadeiras elétricas
Em pisos irregulares, as empilhadeiras com contrapeso são mais
adequadas, devido ao maior diâmetro das rodas
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 299
Movimentação de Materiais
Equipamentos de Movimentação Sem Limites – Empilhadeiras
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 300
Movimentação de Materiais
Equipamentos de Movimentação Sem Limites – Empilhadeiras
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 301
Movimentação de Materiais
Equipamentos de Movimentação Sem Limites – Empilhadeiras
Fatores para a escolha do tipo de empilhadeira:
Tipo e peso da carga Dimensões da carga
Ciclo de movimentação de cargas Tipo de terreno a ser percorrido
Desníveis no percurso Obstruções no percurso Largura dos corredores
Montagem do layout de produção e de armazenamento
Altura utilizada para a estocagem Características ambientais do depósito
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 302
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 303
4 - Administração de Compras
A Função Compra
Tem a função de suprir necessidades de materiais ou serviços, planejando
nas quantidades e períodos solicitados
Verifica o recebimento efetivo do que foi comprado e providencia o
armazenamento, quando necessário
Garantir que todos os materiais necessários ao processo produtivo
estejam disponíveis e repostos de forma a ter continuidade do processo
sem interrupções indesejadas
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 304
Administração de Compras
A Função Compra – Objetivos
obter um fluxo contínuo de suprimentos para atender aos
programas de produção
coordenar esse fluxo para que tenha um mínimo de investimento que afete a operacionalidade da empresa
comprar materiais e insumos aos menores preços, obedecendo a padrões de quantidade e qualidade definidos
procurar dentro de uma negociação justa as melhores condições para a empresa, e em bom termos de pagamento
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 305
Administração de Compras
Organização de Compras
Princípios básicos de organização:
autoridade para compra registro de compras registro de preços
registro de estoques e consumo registro de fornecedores arquivos e especificações arquivos de catálogos
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 306
Administração de Compras
Organização de Compras – Atividades Típicas
a) Pesquisa
estudo do mercado estudo dos materiais análise dos custos
investigação das fontes de fornecimento inspeção das fábricas dos fornecedores
desenvolvimento de fontes de fornecimento desenvolvimento de fontes alternativas de materiais
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 307
Administração de Compras
Organização de Compras – Atividades Típicas
Aquisição
conferência das requisições análise das cotações
decidir comprar por meio de contratos ou no mercado aberto
entrevistar vendedores negociar contratos
efetuar as encomendas de compras acompanhar o recebimento de materiais
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 308
Administração de Compras
Organização de Compras – Atividades Típicas
Administração
manutenção de estoques mínimos
transferências de materiais
evitar excessos e obsolescência de estoque
padronizar o que for possível
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 309
Administração de Compras
Organização de Compras – Atividades Típicas
Diversos
fazer estimativa de custo
dispor de materiais desnecessários, obsoletos ou excedentes
cuidar das relações comerciais recíprocas
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 310
Administração de Compras
Organização de Compras
Nas empresas que envolvem várias fábricas e grandes volumes de compras, um problema fundamental de compras é a definição
de um sistema centralizado ou descentralizado
É ainda possível um misto dos dois sistemas, havendo uma central de compras, mas com determinados itens sendo
comprados pelas fábricas, que devem contar com departamentos locais de compras
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 311
Administração de Compras
Organização de Compras – Sistema Descentralizado
Vantagens:
Menores distâncias geográficas, quando o fornecedor está
próximo ao local de compra
Menores prazos na aquisição dos materiais
Facilidade de diálogo
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 312
Administração de Compras
Organização de Compras – Sistema Centralizado
Vantagens:
Negociação de maiores volumes de materiais
Homogeneidade da qualidade e do fornecimento dos materiais comprados
Facilidade no controle de estoques
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 313
Administração de Compras
Organização de Compras – Exemplo de Organograma
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 314
Administração de Compras
Organização de Compras – A pesquisa
Elemento básico na operação das compras
Determinação e busca da qualidade certa, seleção de fornecedor adequado, estudo comparativo entre comprar ou fabricar
determinado item, estabelecimento de padrões
Acompanhamento dos novos desenvolvimentos e tecnologias, bem como da estrutura econômica dos fornecedores ativos da
empresa
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 315
Administração de Compras
Organização de Compras – A Pesquisa
Estudo dos Materiais: avaliação das necessidades para períodos que variam de um a dez anos, tendência a curto e longo prazos
de ofertas e demandas, melhorias tecnológicas, perspectivas para possíveis substitutos, desenvolvimento de padrões e
especificações
Análise Econômica: efeito dos ciclos econômicos sobre os materiais comprados em função das necessidades, tendências
dos preços gerais, influências sobre fornecedores e concorrentes
Análise de Fornecedores: qualificações de fornecedores ativos e em potencial, estudo das instalações dos fornecedores, avaliação
do seu desempenho, análise da condição financeira
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 316
Administração de Compras
Organização de Compras – A Pesquisa
Análise do Custo e do Preço: razões das variações dos preços, comparação de peças semelhantes, análise dos custos e
margens de lucro do fornecedor, investigações de métodos alternativos de fabricação e de especificações de materiais
Análise das Embalagens e Transportes: efeito das localizações
dos fornecedores sobre os custos, métodos alternativos de despachos, reclassificação dos artigos, introdução das melhorias
nas embalagens, melhorias na manipulação dos materiais
Análise Administrativa: controle dos formulários, simplificação do trabalho, emprego de softwares atualizados, preparação de
relatórios
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 317
Administração de Compras
Compras – Relações Interdepartamentais
Produção: deverá ser considerada do ponto de vista do objetivo comum, que é contribuir para o benefício geral da empresa. Há
uma excelente razão para que nem um nem outro predomine em suas funções
Engenharia: concentra-se nos assuntos relativos ao projeto, planejamento e especificações preliminares das exigências de
produção Contabilidade: cada compra efetuada representa um dispêndio
futuro e põe em ação uma série de operações de contabilidade
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 318
Administração de Compras
Vendas: manter informação quanto às cotas de vendas e suas
expectativas, que servem como um índice das prováveis quantidades de materiais necessários. Em algumas empresas,
esse relacionamento é transferido para o PCP
PCP: estreita e fundamental e que ambos se encontram combinados; o efeito desejado nessa colaboração é estender a responsabilidade pelos materiais, da aquisição até a entrega e
utilização
Controle de Qualidade: Compras deve adquirir materiais e produtos que satisfaçam às especificações; o controle de
qualidade faz testes de aceitação dos materiais comprados e deve informar a compras, que por sua vez informará o
fornecedor, sobre quais métodos de teste serão aplicados e qual o critério adotado para sua aceitabilidade
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Administração de Compras
Organização de Compras – A Pesquisa
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Administração de Compras
Organização de Compras – A Pesquisa
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 321
Administração de Compras
Compras – Os Cargos
Chefe de Compras: analisa as solicitações de compra de matérias-primas, máquinas e equipamentos em geral; analisa as necessidades e detalhes técnicos exigidos pelos requisitantes;
coordena pesquisa de fornecedores e coleta de preços; organiza concorrências e estuda seus resultados; solicita testes de
qualidade dos materiais adquiridas; assessora com informações e soluções técnicas; controla prazos de entrega; elabora
previsões de compras; examina cadastro geral dos fornecedores; mantém contatos com setores de produção;
elabora relatórios e estatísticas de controle geral
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Administração de Compras
Compras – Os Cargos
Comprador de Materiais Diversos: efetua e acompanha pequenas compras de materiais; pesquisa preços no cadastro de fornecedores; estuda preços e qualidades; mantém arquivo de
catálogos e fornecedores
Comprador Técnico: compras de materiais especiais de produção; classifica e analisa solicitações de compra; estuda e
analisa necessidades técnicas; pesquisa cadastro de fornecedores; prepara concorrência; analisa informações
recebidas; assessora outras seções com informações técnicas; acompanha e controla a entrega dos materiais
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 323
Administração de Compras
Compras – Os Cargos
Comprador de Matéria-Prima: compras de matérias-primas; classifica e analisa solicitações de compra remetidas por outros
setores; pesquisa cadastro de fornecedores e cotações dos produtos; organiza pequenas concorrências; providencia as
compras e acompanha as entregas das mesmas
Auxiliar de compras: controla o recebimento de solicitações de compras e conferência dos valores anotados; pesquisa arquivo de publicações técnicas; elabora relações de fornecedores para cada material; emite pedidos de compra; controla arquivo de
catálogos e documentos referentes às compras efetuadas
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 324
Administração de Compras
Compras – Os Cargos
Acompanhador de compras (follow-up): acompanha, documenta e fiscaliza as encomendas realizadas em observância aos respectivos prazos de entrega; informa ao comprador o resultado do acompanhamento; efetua cancelamentos,
modificações e pequenas compras conforme determinação da chefia
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 325
Administração de Compras
Qualificação de Compradores
Há algum tempo, os compradores iniciavam como almoxarifes e compravam apenas itens de menor importância, e cuidavam do recebimento das compras, inclusive das que não faziam; muitas
vezes não conheciam o produto que recebiam e só sabiam da compra no recebimento, pois quem pedia era normalmente um
gerente de produção
Hoje, o comprador é um profissional especializado, podendo se especializar inclusive em determinados áreas industriais ou tipos
de materiais
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 326
Administração de Compras
Qualificação de Compradores
Deve ser criterioso nas análises das ofertas dos vendedores
Postura com agressividade bem orientada e fundamentada, para negociar com os vendedores e melhorar os termos de um possível acordo
Deve se identificar com a política e os padrões éticos definidos pela empresa
Deve manter uma comunicação honesta com os fornecedores, no intuito de manter boas relações com os mesmos
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 327
Sistemas de Compras
Visão Geral
O sistema adotado por Compras deve se adequar à estrutura da
empresa e sua política
A área de compras vem sofrendo constantes mudanças, com o
objetivo de torná-la mais eficiente e melhorar as relações de
parceria com fornecedores
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 328
Sistemas de Compras
Visão Geral – Aspectos Básicos
Sistema a Três Cotações: estabelece número mínimo de cotações para elevar a competição; a pré-seleção dos
concorrentes qualificados evita o dispêndio de tempo com um grande número de fornecedores, dos quais boa parte inviáveis
Sistema de Preço Objetivo: o conhecimento prévio do preço justo embasa o comprador e permite melhor avaliação das
cotações; pode servir como parâmetro de competitividade para os fornecedores; embasa o comprador nas discussões de
aumentos de preço e de distribuição da porcentagem
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 329
Sistemas de Compras
Visão Geral – Aspectos Básicos
Duas ou mais aprovações: no mínimo duas pessoas estão
envolvidas em cada decisão de escolha do fornecedor, protegendo o comprador ao possibilitar revisão de uma decisão individual; tende a aumentar a eficiência, já que duas ou mais
pessoas estão envolvidas no processo
Documentação complementar: a documentação anexada ao pedido possibilita, no ato da segunda assinatura, o exame e
revisão de cada fase de negociação e estará sempre disponível; essa documentação, como pedido de compra, contratos, entre
outros, é normalmente digitalizada em um sistema informatizado de controle e acompanhamento
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 330
Sistemas de Compras
Solicitação de Compras
Documento que autoriza a execução da compra
Informa o que comprar, a quantidade, o prazo de entrega, local
de entrega, prováveis fornecedores e outras eventuais
informações mais específicas
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Sistemas de Compras
Solicitação de Compras - Modelo
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 332
Sistemas de Compras
Solicitação de Compras - Modelo
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Sistemas de Compras
Solicitação de Compras - Modelo
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 334
Sistemas de Compras
Cotação de Preços
Registro dos preços oferecidos pelos potenciais fornecedores de
um determinado item
Contém o preço, quantidade de referência e data da pesquisa,
sem rasuras
É utilizada por outros profissionais, além do comprador
As informações podem ser reunidas em mapas, para facilitar a
análise
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Sistemas de Compras
Cotação de Preços – Modelo de Mapa
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 336
Sistemas de Compras
Pedido de Compra
Contrato entre a empresa e o fornecedor que representa as
condições estabelecidas na negociação prévia, como
especificações de qualidade, prazos, transporte e recebimento,
entre outras
Eventuais alterações nas condições iniciais devem ser
devidamente discutidas e registradas
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 337
Sistemas de Compras
Pedido de Compra
Condições como indevida utilização de patentes e marcas
registradas devem ser explicitadas no pedido
Também condições de exclusividade de material, no caso de
peças e ferramentas desenvolvidos pelo comprador e que não
devem ser fornecidos para outras empresas, devem constar no
pedido
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 338
Sistemas de Compras
Pedido de Compra - Modelo
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 339
Sistemas de Compras
Pedido de Compra
Os prazos de entrega devem ser cuidadosamente monitorados e
é necessário um canal de comunicação rápido e eficiente com o
fornecedor para notificação dos atrasos, questionamentos e
avisos de alerta
Normalmente, o meio utilizado são os informes enviados por
correio eletrônico, destinados simultaneamente aos
profissionais envolvidos
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 340
Sistemas de Compras
Pedido de Compra
O material recebido dos fornecedores é verificado se
corresponde ao pedido, em termos de especificações técnicas,
quantidade, preço, avarias devido transporte e outras possíveis
divergências
Utiliza-se para isso um formulário que facilita a checagem e a
comunicação com o fornecedor
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 341
Sistemas de Compras
Pedido de Compra – Formulário Irregularidades
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 342
Sistemas de Compras
Acompanhamento de Compras
O comprador deve manter um registro de todas as fases do
processo de compra, incluindo variações de preço, quantidades
pedidas, condições de pagamento e de não conformidades
Importante ferramenta no gerenciamento das compras
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 343
Sistemas de Compras
Acompanhamento de Compras – Modelo
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 344
Qualidade Correta
Controle de Qualidade e Inspeção
Controlar a qualidade de um produto é, basicamente, comparar
suas características concretas com padrões pré estabelecidos
Os consumidores, em sua própria avaliação subjetiva, podem
considerar um determinado produto como sendo de alta
qualidade, mas esse mesmo produto pode estar em desacordo
com padrões técnicos e objetivos de qualidade
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 345
Qualidade Correta
Controle de Qualidade e Inspeção
O Controle de Qualidade (CQ) já não é mais um diferencial
competitivo, mas uma exigência do mercado
Para se ter um ganho competitivo com o CQ, deve-se buscar
uma redução nos custos totais com sua implantação, já que
quando mal implantado o CQ onera os custos de produção
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 346
Qualidade Correta
Controle de Qualidade e Inspeção
A empresa deve definir o nível de qualidade que deseja em seus
produtos e todas as especificações técnicas decorrentes desse
nível desejado
Os responsáveis pelo CQ devem ser profissionais especializados,
normalmente subordinados ao Diretor Industrial
Podemos dividir os fatores que influenciam a definição do nível
de qualidade em internos e externos
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 347
Qualidade Correta
Controle de Qualidade e Inspeção
Internos: as condições materiais, instalações, matéria- prima,
pessoal e os custos para atingir ou manter determinado nível de
qualidade. A medida de confiabilidade de um produto aceito como
de boa qualidade em relação às especificações do projeto e do
processo é a qualidade de fabricação
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 348
Qualidade Correta
Controle de Qualidade e Inspeção
Externos: quais os desejos dos consumidores? Existem
condições governamentais quanto à qualidade do produto
fabricado? Ocorrem exigências para determinado tipo de
mercado consumidor?
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 349
Qualidade Correta
Controle de Qualidade e Inspeção
O CQ deve trabalhar para a manutenção da qualidade dos
produtos ou serviços oferecidos pela empresa
Há conflitos do CQ com os diferentes setores de uma empresa,
pois a produção está interessada em reduzir prazos e custos,
compras em reduzir preços, gerência geral em lucratividade...
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 350
Qualidade Correta
Controle de Qualidade e Inspeção
Quanto maior for o nível de qualidade adotado, mais rigoroso é o
processo, exigindo inspeções em lotes de fabricação mais
frequentes e maior critério na escolha dos fornecedores
Portanto, não é viável simplesmente adotar elevados padrões de
qualidade; eles devem ser práticos, justificáveis e ter limites de
tolerância
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 351
Qualidade Correta
Controle de Qualidade e Inspeção
Funções do CQ:
estabelecimento de normas e especificações que determinarão os padrões de qualidade inspeção e registro de dados
aplicação de técnicas estatísticas de controle de qualidade definição de métodos de recuperação de produtos ou peças
defeituosas manutenção de equipamentos e ferramentas de inspeção prevenção das condições que prejudicam a qualidade
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 352
Qualidade Correta
Controle de Qualidade e Inspeção
A inspeção verifica se os padrões de qualidade estabelecidos
estão sendo respeitados
A inspeção preventiva permite identificar tendências dos valores
ou dos padrões estabelecidos, que podem servir de base na
escolha futura de especificações, métodos e políticas de
qualidade
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 353
Qualidade Correta
Controle de Qualidade e Inspeção
Inspeção de matéria-prima ou de recebimento: é realizada no
recebimento do material; o inspetor pode inclusive ir à fábrica do
fornecedor para fazer a inspeção, o que nem sempre é econômica
ou interessante; mas, deve sempre existir inspeção na recepção,
identificando os materiais recebidos, condições e quantidade
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 354
Qualidade Correta
Controle de Qualidade e Inspeção
Inspeção de Processo: o que se deve inspecionar, e com que
profundidade, depende de cada caso em particular. A inspeção
pode ser automática, pelo próprio operador ou por um inspetor
especializado
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 355
Qualidade Correta
Controle de Qualidade e Inspeção
Inspeção final: é a inspeção do produto acabado; pode ser feita por
um inspetor da fábrica ele deve sempre existir, não só por
selecionar os aprovados e rejeitar os defeituosos, mas também
porque pode indicar outros problemas existentes e apontar as
causas, com determinado fornecedor de matéria-prima
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 356
Qualidade Correta
Segurança da Qualidade
Quem define as diretrizes de qualidade dos itens utilizados pela
empresa são os usuários e a engenharia
Essas diretrizes podem ser simples ou complexas, mas devem ser
estabelecidas com base na praticidade e relevância
Qualidade correta não significa a melhor qualidade possível, mas
sim a qualidade que satisfaz as exigências necessárias ao menor
custo possível
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 357
Qualidade Correta
Segurança da Qualidade A definição da qualidade deve atender a certos requisitos:
o comprador deve saber exatamente o que deseja
o pedido de compra deve ser emitido com a descrição adequada das especificações
o fornecedor deve ser devidamente informado das exigências de qualidade
devem existir meios de inspeção e de testes, para verificação do atendimento aos padrões definidos
os materiais entregues devem estar de acordo com as especificações de qualidades estabelecidas pelo comprador
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 358
Preço-Custo
Custos
O comprador deve conhecer a análise preço-custo e dos
sistemas de custos, especialmente na formação dos preços e
impacto dos impostos
Preço: exigência financeira do fornecedor na venda de um
produto ou serviço
Custo: esforços financeiros aplicados pelo fornecedor nos
produtos ou serviços vendidos
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 359
Preço-Custo
Custos
Perguntas básicas que o comprador deve se fazer:
Como o fornecedor estabelece seu preço?
Qual é a reação do mercado?
Qual a reação do mercado com produtos dos concorrentes?
Qual o grau de confiabilidade nas estimativas do fornecedor?
Qual deve ser a margem em que atua o fornecedor?
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 360
Preço-Custo
Custos O termo custo é vago e tem aplicação abrangente, havendo
diversos tipos de especificações
Custo fixo ou variável; custo de produção, de distribuição ou de
venda; custo médio ou de reposição, entre outras classificações
Conforme o tipo da empresa e processo de fabricação, podemos
ter três sistemas de custos: por ordem de produção, por processo
de fabricação ou custo-padrão
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 361
Preço-Custo
Custos
Custo por ordem de produção: mais utilizado para empresa de
produção sob encomenda, que atende aos pedidos de clientes,
por unidade ou por lotes, em função de uma venda efetivada
Custo por processo de fabricação: é usado na produção
contínua, em empresas que produzem para estoque
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 362
Preço-Custo
Custos
Custo-padrão ou standard: é o custo predeterminado, considerando as condições normais e aceitáveis de operação.
Podem ter dois significados:
como modelo ou meta a ser atingida, em determinada condição ou período
como medida fixa, usado para comparações. É um meio de controle inatingível em uma política de preços,
inflacionária, ou deflacionária
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 363
Preço-Custo
Custos
Custos Fixos: não possuem relação direta com o volume de
produção, variações no volume de produção não provocam
alterações significativas nesses custos. Ex: aluguel de armazém,
seguros, despesas administrativas
Custos Variáveis: possuem uma relação direta com o volume de
produção, esses custos acompanham o volume de produção. Ex:
matérias-primas, horas-extras, despesas de vendas
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 364
Preço-Custo
Custos – Mecanismos de Apuração
Acumulação: inventários, controle de mão de obra, despesas
históricas e previsões
Classificação: contabilidade geral e analítica, ou uma contabilidade de custo integrada na contabilidade geral da
empresa. Os custos podem ser classificados por natureza, em relação ao tempo, ou volume de produção, ou por áreas de
responsabilidade
Distribuição: consiste em distribuir os elementos de custo aos setores, departamentos, centros de custo ou linha de produtos
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 365
Preço-Custo
Custos – Mecanismos de Apuração
Apropriação: é a distribuição das despesas entre os produtos fabricados. O método deve ser bem selecionado, pois terá
reflexos na política de preços, nas decisões à diversificação de produtos, na avaliação dos estoques e no lucro do período. A
apropriação dos custos nos produtos geralmente é feita com base em um coeficiente como unidades produzidas, máquinas-hora,
homens-hora, custo primário etc.
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 366
Preço-Custo
Redução de Custos
Produto Novo: sempre que negociada a compra, a diferença entre o preço objetivo estimado e o preço pago será considerada como
economia ou perda.
Variações Econômicas: reajustes solicitados são analisados de acordo com os fatores econômicos que influem no preço; a negociação final, dará como um resultado que, diferente do
solicitado, será computado como diferencial obtido; toma-se como base índices de correção monetária
Negociação Pura: sempre que se conseguir reduzir um preço
através de qualquer negociação, será computada a economia obtida
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 367
Preço-Custo
Redução de Custos
Alteração da data de validade: os reajustes solicitados pelos fornecedores podem ser adiados ou parcelados; o material
entregue no período anterior ao aumento integral é considerado como economia
Aumento devido a alteração de produto: qualquer modificação de
desenho ou especificação será objeto de uma estimativa de alteração de preço. Qualquer diferença do preço efetivamente
pago é computada como economia negociada
Alteração de programação: produtos adquiridos em grande volume de dois ou mais fornecedores podem ser objeto de negociações favoráveis, com a alteração do peso de cada
fornecedor no volume total
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 368
Preço-Custo
Redução de Custos
Condições de pagamento: qualquer aumento do prazo de pagamento sem juros adicionais é computado também como
economia negociada; para o cálculo, considera-se a taxa de juros vigente no período em que foi realizado
Adiantamento de entregas: o conhecimento antecipado de um
aumento nos preços permite que se estude uma antecipação no recebimento de produtos ao preço em vigor, sem o reajuste.
Pode-se ainda negociar a antecipação de entregas com a ressalva de que os vencimentos dos pagamentos continuam os mesmos do
sistema de entregas anterior
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 369
Preço-Custo
Redução de Custos Fatores que podem trazer reduções de custos nas compras
Negociação que reduza o preço que vem sendo
Pago
Nova fonte fornecedora para o mesmo material por melhor preço
Dilatação dos prazos de pagamento sem juros
Variação de materiais de marcas diferentes e de tipos
similares
Negociação das condições de entrega
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 370
Condições de Compra
Prazos
Os prazos para recebimento da mercadoria são fixados de acordo
com as necessidades da produção, definidos pela Produção
Embora Compras não defina esses prazos, deve trabalhar para
que os mesmos sejam cumpridos pelos fornecedores, pois o não
cumprimento desses prazos normalmente implicam em custos
adicionais
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 371
Condições de Compra
Frete
Com maior abrangência geográfica dos negócios, o frete
representa uma parcela muito maior do custo dos produtos.
Tipos de custos:
FOB (free on board): custo exclusivo do produto, frete do
comprador
CIF (cost., Insurance & freight): custo do produto, mais
transporte mais seguros
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 372
Condições de Compra
Embalagens
O comprador deve sempre ficar atento ao peso do custo da
embalagem de transporte (não a individual) no custo total do
produto
Tipos de embalagens: retornáveis e não retornáveis
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 373
Condições de Compra
Embalagens
Embalagens Retornáveis (cestos metálicos, caixas e engradados de madeira, contentores de aço ou de plásticos): quando
planejadas adequadamente têm longa vida de uso, levam a marca do fornecedor e no caso de não retorno ou avaria o valor da
embalagem é debitado do comprador
Não Retornáveis (caixas de madeira, papelão ondulado ou plástico ondulado, sacos multifolhados de papel, tambores de fibra): normalmente estão inclusas no preço do produto e qualquer
modificação desejada é acrescentada ao preço
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 374
Condições de Compra
Condições de pagamento e Descontos
O comprador procura sempre melhorar a condição de
pagamento ou obter descontos no preço sem que outras
condições sejam afetadas
É fundamental a avaliação das diferenças entre os preços à vista
e os preços a prazo; avaliação conjunta com o departamento
financeiro
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 375
Condições de Compra
Condições de Pagamento e Descontos
No caso de descontos em função da quantidade, a análise é vital,
pois é preciso determinar se a redução no preço, compensa os
custos operacionais devido a maiores níveis de estoques
Nesse caso, a Produção avaliará se os custos de estoque serão
compensados pela redução do preço
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 376
Negociação
Não se trata de uma disputa em que uma parte ganha e a outra
perde; a boa negociação é vantajosa para todas as partes
envolvidas
As habilidades e técnicas de negociação devem ser
desenvolvidas através de dedicação e treinamento especializado
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 377
Negociação
Há uma corrente de pensamento que considera impossível uma
pessoa reunir todas as habilidades e qualidades necessárias a
um bom negociador, de modo que defendem a formação de
equipes de negociadores
As deficiências são compensadas, e especialistas em diversos
assuntos são reunidos, aumentando a abrangência das
competências
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 378
Negociação
Etapas Básicas
Preparação: é quando são estabelecidos os objetivos ideais e os possíveis; é feita uma leitura do comportamento, das intenções e das impressões do(s) outro(s) negociador(es); importante ter
e transmitir uma expectativa positiva
Abertura: serve para reduzir a tensão, consolidar os objetivos, e criar um clima de aceitação; uma conversa descontraída ajuda. Deve-se esclarecer que se está ali para resolver um problema,
preparando o outro para que seja receptivo e prestativo. É preciso ainda destacar os benefícios que serão obtidos no
trabalho conjunto
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 379
Negociação
Etapas Básicas
Exploração: verifica se a necessidade levantada durante a preparação é verdadeira; isso estabelece uma reciprocidade, em que as pessoas tendem a tratar os outros como são tratadas por
eles; essa fase é muito importante, pois, uma vez obtida a anuência do outro, antes de detalharmos nossas ideias, teremos alcançado 50% da ação final. Se não houver concordância, ou o que tivermos para oferecer não for útil, a negociação não deverá
prosseguir, deixando a porta aberta para nova oportunidade
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 380
Negociação
Etapas Básicas
Apresentação: é feita a avaliação dos objetivos e expectativas iniciais com as necessidades da outra parte. Quanto mais
fornecermos condições para que o outro faça a ligação entre proposição, sentimento e necessidade, mais proveitosa será essa
etapa
Clarificação: as objeções levantadas devem servir como oportunidades para fornecimento de mais informações; consiste em ouvir atentamente as objeções, aceitando não a objeção em
si, mas o sentimento ou a lógica existente por detrás dela, mostrando ao outro que a entendemos
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 381
Negociação
Etapas Básicas
6. Ação final: é a procura de um acordo ou decisão; as pessoas compram um produto ou uma ideia com ajuda, e não com
empurrão, mas isso não quer dizer que elas tomem a decisão sozinhas; o negociador que faz isso geralmente fracassa
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 382
Negociação
Características do Negociador
vê a negociação como um processo contínuo e dinâmico, mesmo após o acordo final e a assinatura do contrato
tem a mente aberta é atento às necessidades pessoais e do negócio e não
descuida das necessidades de seu oponente é flexível e rápido na definição de metas e interesses
mútuos não contraria o ponto de vista do oponente
oferece alternativas criativas que vão ao encontro das necessidades de seu oponente
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 383
Negociação
Características do Negociador
é cooperativo; cria um clima propício para a solução de problemas em harmonia
é competitivo; estimula a eficiência na realização dos benefícios mútuos desejados
compreende que a manipulação de pessoas é incompatível com as metas de harmonia resultantes da cooperação e
competição atinge os próprios objetivos e faz contribuições significativas para o alcance das metas da organização
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 384
Negociação
Estilos de Negociador
Catalisador: criativo e entusiasta dos grandes empreendimentos, às vezes é considerado superficial e irreal;
para causar impacto é preciso apelar para aspectos de novidade, singularidade, liderança e disponibilidade
Apoiador: prioriza as pessoas e a equipe, agrada aos outros,
faz novos amigos; às vezes é considerado incapaz de cumprir prazos, liderar projetos, visto mais como missionário que como
executivo e, para causar-lhe impressão, deve-se mencionar harmonia, garantia de satisfação e realização a quatro mãos
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 385
Negociação
Estilos de Negociador
Controlador: toma decisões rápidas, organizado, conciso, objetivo, com sentido de urgência e muitas vezes é
considerado insensível. Como argumento de negociação, usa tudo que se relacionar a metas, resultados e ganhos de
tempo e dinheiro
Analítico: gosta de fazer perguntas, coletar dados, é perfeccionista e detalhista. Fornecer dados disponíveis, alternativas para análise, decisões seguras e pesquisas
ajudará bastante na negociação
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 386
Fontes de Fornecimento
Classificação de Fornecedores
Classificação quanto à natureza do que é fornecido
Matéria-prima
Serviços
Mão de obra
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 387
Fontes de Fornecimento
Classificação de Fornecedores
Classificação quanto ao tipo de fornecedor
Fornecedores monopolistas
Fornecedores habituais
Fornecedores especiais
Administração de Materiais – Princípios, Conceitos e Gestão Marco Aurélio P. Dias 388
Fontes de Fornecimento
Classificação de Fornecedores
Fornecedores monopolistas
O fornecedor é o único no mercado
Grau de atendimento e relacionamento dependem do volume de compra
O interesse na negociação parte do comprador
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Fontes de Fornecimento
Classificação de Fornecedores
Fornecedores habituais
Fornecedores tradicionais consultados nas cotações
Linha de produtos padronizada e comercial
Interessados na negociação, em função da concorrência
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Fontes de Fornecimento
Classificação de Fornecedores
Fornecedores especiais
Para negócios ocasionais
Utilizam equipamentos e/ou processos muito especializados
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Fontes de Fornecimento
Os compradores devem procurar sempre mais de uma fonte de
fornecimento, a não ser no caso dos monopolistas, para obter:
Maior segurança na reposição
Maior liberdade de negociação e maior potencial de
redução de custos
Maior oportunidade de melhoria da qualidade do que é
fornecido
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Fontes de Fornecimento
Cadastro de Fornecedor
Os compradores devem manter um cadastro de fornecedor e de
materiais
É fundamental para a seleção dos melhores fornecedores
O cadastro permite o acompanhamento das entregas e avaliação
da performance
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Fontes de Fornecimento
Cadastro de Fornecedor - Modelo