sistematização dos grupos de trabalho

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SISTEMATIZAÇÕES DOS GRUPOS DE TRABALHO

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SISTEMATIZAÇÕES DOS GRUPOS DE TRABALHO

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Sistematizações dos Grupos deTrabalho

1 Material Didático.............................................................................................. 3

2 Monitoramento, Acompanhamento e Avaliação .............................................. 5

3 Regime de Colaboração.................................................................................. 8

4 Acesso e Permanência ................................................................................. 10

5 Formação de Professores ............................................................................. 12

6 Currículo Integrado........................................................................................ 14

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1 Material didático

Perguntas fundamentais.

− O que é? − Para que serve? − Como produzi-lo? − Recursos/materiais/estratégias

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES

Material didático é todo recurso que você utiliza para desenvolver a aprendizagem com finalidades específicas;

Pode ser impresso ou virtual;

Deve ser reconstruído durante todo período visando redes temáticas, numa proposta diferenciada do regime regular:deve ser pautado nas vivências dos alunos;

Pode estruturar-se em eixos temáticos e, ao término dos módulos, culminar com a sistematização coletiva e interdisciplinar com projeto integrador;

Faz-se necessário considerar o saber empírico dos alunos tendo em vista os fundamentos da disciplina que o aluno precisa desenvolver no curso, partindo-se de uma base sustentável para chegar aos níveis avançados de ensino visando recuperar-se os tempos negados e os espaços não supridos no ensino regular;

O que vai diferenciar material didático de recurso didático é o meio em que será utilizado e as intenções pedagógicas;

Estratégia didática é uma estratégia de ensino, a partir do material didático e dos recursos ofertados;

Os recursos vindos à construção do material são importantes e necessários e cada material deve atender às necessidades locais e ser construído coletivamente pelos professores do curso;

A construção do material didático precisa ser democratizada e fomentada em todos os Institutos Federais;

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Ao elaborar o material didático, o professor precisa ter clareza das suas concepções de ensino e aprendizagem; sua prática deve ser pautada pela democratização de ideias;

Deverá ser prevista hora remunerada aos professores das respectivas instâncias(federal, estadual e municipal) para a construção do material didático.

ENTRAVES

− Alocação de recursos; − Rotatividade do corpo docente; − Falta de carga horária remunerada para planejamento; − Contratos temporários; − Falta de tempo e espaço definidos para alunos e professores (políticas claras e definidas); − Carência de reuniões pedagógicas para a produção e a problematização de ideias; − Ausência de clareza no edital quanto à participação de todos os professores na construção do material; − Demora na informação sobre os recursos disponíveis. SUGESTÕES/POSSIBILIDADES

− Flexibilidade na locação de recursos; − Professores nomeados; − Participação dos professores na elaboração do material didático; − Formação continuada na carga horária dos professores; − Capacitação inicial dos professores antes do início das aulas do curso; − Remuneração dos professores coordenadores do PROEJA FIC ou diminuição da carga horária em sala de aula para garantir a qualidade e a eficiência do trabalho; − Formação conjunta de professores do ensino técnico e fundamental; − Concepção definida acerca do processo ensino aprendizagem; − Agilidade na veiculação dos recursos; − Construção do orçamento coletiva entre as parcerias;

MATERIAL DIDÁTICO

− Princípios para elaboração de material visando o público a ser atendido − Criação de jogos que atendam às demandas; − Possibilidade de compra de materiais pedagógicos para a sala de aula − Portfólios: excelentes subsídios para a posterior produção do material, podendo, inclusive, ser virtuais.

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2 Monitoramento, Acompanhamento e Avaliação

Apresentação dos participantes do grupo e relato de algumas experiências, citando as principais problemáticas que tem sido enfrentadas pelas instituições neste grupo representadas;

Quais ações de monitoramento estão sendo feitas em nossas instituições e quais as propostas?

1 - Necessidade de estabelecer definições claras perante as seguintes questões:

O que é monitoramento?

O que monitorar?

Como monitorar?

Quem realiza o monitoramento?

Qual a diferença entre Monitoramento e Avaliação?

GESTÃO

MONITORAMENTO

ACOMPANHAMENTO

PESQUISA MATERIAL

PEDAGÓGICO

FORMAÇÃO

CONTINUADA

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Monitorar é acompanhar sistematicamente por meio de indicadores o desenvolvimento das ações de um programa, medir seu andamento e registrar regularmente essas observações, com vistas a produzir informações estratégicas para a gestão do programa. O registro das informações geradas pelo monitoramento de programas normalmente é feito em relatórios, que orientam a tomada de decisões gerenciais, com vistas ao aperfeiçoamento do desenvolvimento das ações de um programa e sua revisão, para a geração dos resultados esperados

2 - Criação de um Fórum Nacional de monitoramento do PROEJA FIC, para construção coletiva de instrumentos de monitoramento, acompanhamento e avaliação:

2a Instituir um Grupo de Trabalho para formulação e formatação de instrumentos de Monitoramento, Avaliação e proposição de Ações, em nível Nacional para o PROEJA FIC, constituído de servidores dos institutos e das instituições parceiras;

2b. Criar o Fórum Virtual de Monitoramento do PROEJA FIC pela SETEC/MEC, constituído de servidores dos institutos e das instituições parceiras, como um espaço de trocas, estudo e reflexão de experiências e saberes entre os atores envolvidos no PROEJA FIC (Articulada com o GT);

3 – Constituição de ação de monitoramento, como pesquisa/investigação, articulada com as outras ações (Monitoramento e Pesquisa); Fomentar a

pesquisa em PROEJA FIC

3a Conhecer a realidade local, o campo de trabalho das qualificações profissionais do PROEJA;

3b Conhecer o perfil sócio-econômico dos jovens e adultos que ingressam no curso;

3c Conhecer o perfil dos estudantes que estão infreqüentes, dos que evadem e investigar os motivos da permanência dos que prosseguem no programa ;

4 - Formação continuada, prioritariamente antes e durante a implantação das turmas de PROEJA FIC, articulada com o processo de monitoramento, pesquisa e avaliação;

5 – Garantia de autonomia pedagógica, administrativa e financeira de cada Campus pelo seu projeto;

6 - Institucionalização do PROEJA FIC nos Institutos, nas Redes Estaduais e nas Municipais:

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6a Reconhecer que os cursos de PROEJA FIC são cursos regulares em nossas instituições;

6b Regulamentar a formação continuada e demais ações docentes no PROEJA FIC, tais como carga horária de ensino (hora aula), no sentido de incentivar e possibilitar tempo para planejamento e reuniões pedagógicas dos profissionais envolvidos no processo;

6c Regularizar a oferta dos cursos para dar conta da demanda de jovens e adultos que ainda não ingressaram e para os estudantes que não progrediram;

6d Implementar gerencia/coordenação do PROEJA nos Institutos, ou seja, institucionalização na reitoria e nos campi;

7 - Continuidade de oferta de PROEJA FIC com apoio financeiro da SETEC/MEC, para novas chamadas;

8 - Implementação de coordenações locais dos municípios parceiros (para profissionais do município, não somente dos Institutos), via edital da SETEC/MEC de PROEJA FIC;

9 - Fomento à Pesquisa com oferta de bolsa de pesquisa em PROEJA FIC, condicionada à ação do profissional nesta modalidade de ensino, sendo ele servidor federal, estadual ou municipal ;

10 - Integração entre a educação básica e a educação profissional desde o início do curso, e não posterior ao ensino fundamental ou após parte dele. Os componentes curriculares do Ensino Fundamental devem levar em conta os saberes da profissão em questão no curso;

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3 Regime de Colaboração

TEXTO DO EDITAL Termo de Parcerias (cooperação técnica; convênio) .

Atribuições do Município ou do Governo Estadual: 1.200 horas formação geral; transporte e alimentação conforme a necessidade; liberação dos professores para formação continuada e para elaboração/produção do material didático, com carga horária disponibilizada para estas atividades.

Considerar a atuação no PROEJA FIC dos professores na carga horária de cada professor, para que seja subsidiada a preparação das aulas, do material didático e, na formação, possibilitada a participação dos professores e das equipes gestoras, tendo como referência o mínimo dos 30% do Plano Nacional de Educação.

Liberação de um coordenador para o PROEJA FIC da rede federal e da prefeitura ou do governo estadual.

Possibilidade de previsão de recurso e liberação de crédito para bolsas a serem disponibilizadas para gestores/coordenadores de formação, de material didático e de monitoramento e pesquisa.

Limite de até 6 turmas por campus tendo 30 alunos como referência, com entrada semestral a partir de avaliações entre os parceiros. Limite de 100 km de distância de cada campus que sediará a formação. Quando o número de turmas ou a distância exceder ao proposto, dever-se-á justificar a proposta e o interesse dos parceiros.

Atribuição de peso maior em relação ao orçamento que os demais alunos do Instituto Federal, para cada aluno do PROEJA FIC e do PROEJA Médio, considerando-se as especificidades.

Previsão da possibilidade de continuidade de estudos no Campus, a partir de cursos do PROEJA Médio, com corpo docente próprio, podendo considerar as parcerias com os governos estaduais e municípios para esta oferta.

Indicação no termo de parceria, de pessoa/ coordenador responsável pelo IFs e pelo ente parceiro, para facilitar o contato.

Monitoramento das ações desenvolvidas ou previstas deve ser feito pelo gestor federal mais próximo ao ente parceiro; necessidade de um instrumento de acompanhamento para as prefeituras,além da rede federal.

Articulação SECAD-SETEC para a oferta de EJA e PROEJA e do Ministério da Justiça para a Educação Prisional.

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Integração com a pesquisa e extensão dos cursos do PROEJA FIC em nova previsão de edital CAPES/PROEJA.

Estabelecimento, junto ao MEC, do PROEJA como política pública de Estado.

Tratamento isonômico da EJA e PROEJA no FUNDEB.

Edição do edital, planejamento e início da formação dos professores no primeiro semestre, com início das aulas no segundo semestre.

Na manutenção de programas como o PROJOVEM Urbano, que suas ações ocorram na transversalidade dos programas com a EJA e o PROEJA.

Previsão das matrículas do PROEJA FIC dentro da assistência estudantil dos Institutos.

Possibilidade de formação de dois dias para esclarecimentos sobre o edital – com coordenador pedagógico e administrativo do PROEJA e demais campus interessados – indicativo mês de março.

Apoio à permanência da equipe gestora do PROEJA atualmente à frente da SETEC, para a continuidade do programa.

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4 Acesso e Permanência

Indicativos para acesso dos alunos no Programa PROEJA FIC

1. Divulgação:

a) Visita às escolas do município, associações de bairros, cooperativas e movimentos sociais, órgãos competentes e empresas afins;

b) Divulgação nos meios de comunicação (televisão, rádios, jornais, outdoor, internet, carro de som);

2. Inscrição:

a) No momento das inscrições o candidato deve receber orientações quanto ao processo de seleção;

3. Questionário:

a) Aplicação dos questionários em data específica, com recebimento de orientações de preenchimento;

b) O questionário deve abranger as condições sócio-economico-cultural (renda familiar, tempo de afastamento da escola, idade e outros);

Estratégias de Permanência

1. Promover ações de acolhimento estudantil – recepcionar, orientar o acesso às informações sobre serviços, recursos e direitos dos alunos;

2. Incluir os alunos no sistema acadêmico oficial – o aluno é inserido no contexto do Instituto, propiciando sua relação de pertencimento e identidade no programa;

3. Promover ações integradoras – oportunizando a participação dos alunos nas atividades do Instituto (incluindo as atividades extra-curriculares);

4. Realizar a Qualificação Social – inserção de um módulo introdutório à qualificação profissional, onde podem ser introduzidas as seguintes temáticas: Ética e Cidadania, Mundo do Trabalho, Noções de Saúde, Meio Ambiente e Segurança, Imagem Pessoal e Relações Interpessoais.

5. Estabelecer acompanhamento pedagógico e psicopedagógico individual e coletivo – palestras sobre temas de interesse;

6. Promover encontros entre os alunos para integração entre os pólos;

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7. Manter os programas de assistência ao estudante (transporte, auxílio estudantil, refeição, uniforme; material didático);

8. Realizar atividades de campo (culturais e outras); 9. Realizar atividades completares de extensão para os alunos (informática

básica, idiomas, e outros conforme interesse); 10. Construir os Currículos integrados, contextualizados, de forma coletiva,

com a participação das instituições envolvidas 11. Construir o material didático e pedagógico de forma coletiva (com

docentes e estudantes das instituições envolvidas); 12. Registrar a memória coletiva e individual; 13. Promover a formação continuada dos professores, em serviço; 14. Elaborar diagnósticos por meio de pesquisas para subsidiar as ações do

programa; 15. Estimular os itinerários formativos nas instituições, através de ações

afirmativas, com ingresso direto nos cursos do PROEJA e outros cursos dos Institutos.

16. Firmar, com o aluno ingressante, acordo pedagógico de conclusão para a seleção e permanência;

17. Buscar preferentemente, nos gestores do programa, a familiaridade com o PROEJA, conhecer seus possíveis parceiros e promover a sensibilização para a formação de equipe de professores comprometida com o Programa

18. Garantir estrutura para acesso e permanência de pessoas portadoras de necessidades especiais.

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5 Formação de Professores

“Não há Docência sem Discência. Quem ensina aprende ao ensinar

e quem aprende ensina ao aprender.” Paulo Freire

“ Que sejamos Sujeitos do nosso processo de Formação”

Paulo Freire

“ Ninguém ensina a ninguém Todos nós aprendemos juntos ”

Paulo Freire Dificuldades:

• Planejamento Integrado : professores da área profissional com os professores da Educação básica

• Falta de conhecimento da trajetória de vida dos alunos • Falta de conhecimento do programa do PROEJA: todos estão tendo

Formação? • Em alguns IFs os professores novos se interessam mais com o

PROEJA do que os mais antigos. • Distância entre os IFs e os municípios. Prefeituras alegam falta de

verba para deslocamento dos professores. • Professores da área técnica sem formação pedagógica. • Alguns IFs assumiram compromisso com muitos municípios e não

conseguem dar conta de todos. • Rotatividade de professores dificulta a Formação.

Sugestões:

• A importância de se trabalhar a “Afetividade” nas relações professor/aluno

• O conhecimento da trajetória de vida dos alunos pelo professor; • O desenvolvimento de um olhar sensível com relação ao aluno. • Formação para todos os professores dos IFs, para conhecer o programa

do PROEJA, enquanto Política Pública de inclusão. • Projetos integradores. Formações sistemáticas. • Escrita de memoriais de professores e de alunos do PROEJA • Conhecimento e participação efetiva dos gestores no processo de

implementação do programa. • Inclusão de um representante da área técnica para coordenar a

formação • Envio de professores pelos IFs para organizar e participar da formação

continuada na sede dos municípios parceiros.

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• Organização coletiva dos programas de formação continuada, envolvendo professores das redes municipal e federal;

• Oferta de oficinas para a confecção de materiais didáticos pedagógicos para todos os GTs nos próximos encontros.

• Bolsas para professores da rede municipal para participarem dos cursos de capacitação em suas localidades ou regiões.

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6 Currículo Integrado

1 - O currículo integrado do PROEJA – FIC é uma jornada da qual participam de forma comprometida estudantes, professores e gestores na busca de conhecimentos e experiências tendo por meta a qualificação humana e profissional.

2 – Esta jornada permite:

a – a mudança de perspectiva de vida b – a compreensão das relações que se estabelecem no mundo do qual fazemos parte c – a participação efetiva nos processos sociais d – o reconhecimento dos saberes trazidos pela experiência de vida dos agentes envolvidos e – o estudo das ciências e das tecnologias, das artes e das humanidades 3 – Para participar deste processo é imprescindível

a – a prática como ponto de partida, integrando técnico e básico b – a desconstrução de preconceitos c – a quebra do paradigma da fragmentação dos saberes e da disciplinaridade d – a representação do conhecimento como construção histórico-social e – o reconhecimento da incompletude dos sujeitos envolvidos para que a solidariedade possa se estabelecer f – a sensibilização dos professores por meio do contato com a realidade social do aluno em seu lugar de trabalho e de moradia g – o empenho e o comprometimento dos agentes envolvidos h – a identificação dos agentes com o PROEJA i – a busca de sentido para a escola e para o curso e que este traga vantagens e não apenas um certificado

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4 – A integração é sempre um ideal a ser atingido e pode ser realizada através de:

a – projetos integradores b – eixos temáticos c – temas geradores d – redes temáticas e – contrato pedagógico g – semanas temáticas Algumas atividades facilitadoras: Mini empreendimentos (mini-empresa, construção, motor, culinária) Participação de eventos Visita a museus, cinemas, exposições Estudos do meio ambiente

Reaproveitamento de sucata

Este pluralismo metodológico merece maiores estudos para avançar na perspectiva do currículo integrado, inclusive através da formação. 5 – Para a realização do currículo integrado do PROEJA FIC, é imprescindível que a formação se realize com tempo e espaço comum entre educação técnica e educação básica para acompanhamento e avaliação da prática, com caráter construtivo e não fiscalizatório. 6 – O currículo integrado do PROEJA FIC exige o comprometimento dos gestores tanto dos Institutos quanto das redes municipais e estaduais com o programa, no sentido de garantia de condições para que se efetive sua prática.

Porto Alegre, 7 e 8 de dezembro de 2010.