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A Estrela, um conto de Vergílio Ferreira “Um dia, à meia-noite, ele viu-a.”

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Page 1: A estrela sistematização

A Estrela, um conto de Vergílio Ferreira

“Um dia, à meia-noite, ele viu-a.”

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AS PERSONAGENS / O NARRADOR

As personagens do conto são Pedro (protagonista);a mãe e o pai; o velho, o Cigarra, o sr. Governo

(personagens secundárias)e os habitantes da aldeia (o Rui, o Roda Vinte e Seis,

o Pingo de Cera, a Raque-Traque, a Pitapota e o Pananão (figurantes).

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O protagonistaO Pedro é o protagonista, porque é a partir do roubo da

estrela, de que ele é o autor, que se desenvolve toda a história.

O Pedro é parecido com tantas outras crianças da sua idade porque gostava de subir às oliveiras para ver os passarinhos nos ninhos e gostava de aventuras. Além disso era teimoso, como a maioria das crianças. Queria a estrela, nem sabia para quê, e não descansou enquanto não a teve.

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O Pedro é especial porque é determinado e corajoso. Quis a estrela e foi buscá-la, o que implicou muito esforço e aventurar-se por caminhos difíceis. Mas, sobretudo, implicou muita coragem. Teve de vencer o medo da noite, o medo do escuro assustador da torre, o medo da altura e do perigo de cair.

Parece que nada o fazia desistir do seu sonho, daquilo que desejava obter.

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PERSONAGENS SECUNDÁRIAS

A mãe do Pedro surpreende-o com a estrela na mão, quando repara que há uma luz estranha no quarto. De surpreendida passou a furiosa, quis bater-lhe, mas queimou-se na estrela. Ficou nervosa porque se preocupava com as opiniões dos habitantes da aldeia.

O pai quando viu que o filho tinha sido o autor do roubo, não lhe bateu, mas obrigou-o a corrigir o mal feito, porque estava preocupado com a opinião dos aldeãos.

Page 6: A estrela sistematização

Personagens secundárias

O velho, como passava parte da noite acordado, deu pela falta da estrela no céu e comunicou-o ao Cigarra que, por sua vez, o fez saber a toda a aldeia.

O senhor Governo primeiro achou que uma estrela a mais ou a menos não tinha qualquer importância, mas depois quis mostrar-se prestável e mandou buscar umas escadas muito altas para se chegar melhor ao cimo da torre. Quis até que fosse o seu filho a colocar a estrela no céu, mas este, mal lhe pegou, queimou-se.

Page 7: A estrela sistematização

O narradorO narrador é não participante porque não está presente

na narrativa, como se comprova pelo uso de verbos e pronomes na 3ª pessoa.

“Nessa noite não aguentou. Meteu-se na cama …, a mãe levou a luz, mas ele não dormiu.”

O narrador é subjetivo porque, embora não faça parte da história, dá as suas opiniões, os seus pontos de vista.

“O medo vinha também a correr atrás dele. Mas como vinha descalço, ele corria mais.”

Page 8: A estrela sistematização

O narrador

O narrador é omnisciente porque sabe tudo, incluindo os pensamentos das personagens.

“... tão contente ficou de a porta estar aberta, que só depois se lembrou de a ter ouvido ranger. E então assustou-se.”

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A açãoA ação decorre à meia-noite porque é só à meia-noite

que a estrela passa sobre a torre e só à noite as estrelas são visíveis.

Pedro desejava ter a estrela, pelo que planeou empalmá-la.

Problema inicial

Page 10: A estrela sistematização

O tempoSão marcas de tempo as seguintes expressões:“Um dia, à meia-noite”;“a essa hora”;“nessa noite”;“No dia seguinte”; “Mas no dia seguinte”;“Aconteceu então que no dia seguinte”;“Ora certa noite”;“um ano inteiro”;“hoje”;“Já passaram muitos anos”.

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O espaçoOs diferentes lugares onde decorre a ação são o

quarto do Pedro, as ruas da aldeia, a torre da igreja e o adro.

O espaço físico mais importante é a torre porque é a partir dela que Pedro chega à estrela, é a partir dela que a colocará de volta e também será ao escorregar dela que morrerá e o seu sonho terminará.

Page 12: A estrela sistematização

Episódios principaisPedro saiu de casa e dirigiu-se à igreja;Subiu até ao campanário e agarrou a estrela;Já em casa, antes de se deitar, guardou-a numa caixa;Ao acordar, pensou que lhe tinham trocado a estrela e,

por isso, ficou transtornado; Os pais recearam que Pedro estivesse metido em

sarilhos;O velho descobriu o roubo e a aldeia ficou em alvoroço;

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Episódios principais (continuação)

Os habitantes da aldeia tomaram partido a favor de Cigarra contra o sr. Governo;

Os pais de Pedro descobriram a verdade; O pai de Pedro denunciou o filho e impôs que este

fosse repor a estrela no seu lugar;Pedro caiu do alto da torre e morreu;Toda a gente da aldeia chorou a sua morte e durante

muito tempo lamentou o sucedido.

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A história

Foi difícil ao Pedro concretizar o seu sonho porque não só o caminho era arriscado e difícil, como também encontrou a oposição de toda a gente.

Pedro é uma criança que acredita no sonho, na capacidade da imaginação, ao contrário dos adultos que vivem presos à realidade. Daí Pedro não se queimar com a estrela.

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Simbolismo da estrelaA posse da estrela significa:crescimento, busca da própria identidade; nascimento para uma outra vida;desejo de conhecimento do mundo;ânsia de liberdade;vitória sobre o medo;coragem.

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INTERPRETAÇÕES POSSÍVEIS PARA ESTE CONTOO Pedro morreu porque o seu sonho era demasiado

ambicioso.O Pedro cometeu uma falta grave e por isso foi

castigado.A maioria dos adultos perdeu a capacidade de sonhar e

a sua incompreensão matou o Pedro.O Pedro não estava interessado em viver num mundo

onde não havia lugar para o sonho.O Pedro não morreu. Morreu a criança cheia de sonhos

e fantasias; circunstâncias da vida obrigaram o Pedro-criança a tornar-se adulto, sem tempo ou vontade de sonhar.

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Léxico próprio de um meio rural

“empalmar”; “tramar”, “gramar”; “escachar”“sacana”; retoiço; malhoada; “punha-lhe o comer”; “fizera uma das dele”;“tivera mesmo uma ponta de cagaço”; “malhar com o coirão na cadeia”;“se o pai ou a mãe descobrissem estava cosido”“não fosse o diabo tecê-las”;“apanhá-lo com a boca na botija”;“que lhe cultivava umas sortes”.

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