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Síndrome Metabólica em Pacientes Infectados pelo HIV de uma População Urbana de Pacientes do Meio-Oeste dos EEUU Melissa Falcão [email protected]

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Page 1: Síndrome Metabólica em Pacientes Infectados pelo HIV de

Síndrome Metabólica em Pacientes Infectados

pelo HIV de uma População Urbana de Pacientes do Meio-

Oeste dos EEUU

Melissa Falcão

[email protected]

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Background

• A associação entre o uso de terapia antiretroviral altamente ativa e um risco aumentado de Síndrome Metabólica e de doenças cardiovasculares permanece incerto.

• Terapias anti-retrovirais específicas já foram associadas a um efeito pró-aterogênico dos níveis de lipídios e ao desenvolvimento de resistência insulínica e aumento do acúmulo de gordura visceral.

• Os inibidores de protease, em particular, tem sido associados com o aumento do risco de doença cardiovascular, possivelmente devido ao seu efeito negativo nos lipídios. Estudos recentes em infectados pelo HIV revelaram uma alta prevalência de síndrome metabólica entre pacientes

recebendo HAART.

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• Neste estudo pacientes infectados pelo HIV foram revisados para se obter fatores de risco de doença cardiovascular e dados laboratoriais para:

1. Determinar a prevalência de síndrome metabólica entre um diverso universo de pacientes HIV positivos.

2. Comparar a prevalência de síndrome metabólica e diabetes com uma coorte estado-unidense de pacientes não infectados que foram pareados de acordo com sexo, idade, etnia e uso de tabaco.

3. Determinar os fatores de risco para o desenvolvimento de síndrome metabólica que são exclusivos dos pacientes infectados pelo HIV.

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• Estudo prospectivo, trans-seccional, dos fatores de risco associados com a síndrome metabólica e doença cardiovascular entre pacientes da clínica de HIV da Universidade de Washington. tais pacientes completaram uma pesquisa que incluía além dos fatores de risco tradicionais de doença cardiovascular, fatores relacionados a infecção pelo HIV (duração da infecção e do HAART, medicamentos em uso e dosagem de CD4), condições comorbidades e uso de medicações para hipertensão e dislipidemia. Foram também coletadas medidas de circunferência abdominal, glicemia e lipídeos de jejum, peso, altura e pressão arterial.

Métodos

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Os dados coletados foram comparados com os dados de uma coorte da Pesquisa Nacional de Saúde e exame Nutricional (NHANES 2001-2002) de pessoas não infectadas pelo vírus pareados de acordo com sexo, idade, etnia e uso de tabaco.

Uso de HAART foi definido como o uso de 2 nucleosídeos (NTRIs) e um inibidor da transcriptase reversa não nucleosídeo (NNRTI); ou 2 NRTIs e um inibidor de protease (PI); ou 1 NNRTI e um PI.

A definição de Síndrome Metabólica utilizada foi a do NCEP ATPIII.

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Resultados

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Preditores significativos de SM nos pacientes HIV positivos foram: idade mais elevada, maior dosagem de CD4+, raça branca e IMC (BMI)

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A comparação de pacientes com e sem síndrome metabólica não revelou diferenças significativas com relação ao uso do HAART ou do tipo de HAART.

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Em uma análise separada na coorte de HIV positivos para identificar a contribuição de cada critério do NCEP no diagnóstico de SM a presença de uma elevada glicemia de jejum e de hipertensão foram o critérios que contribuíram mais fortemente para o diagnóstico.

Uma contagem elevada de CD4+ foi um forte preditor de dois critérios do NCEP: aumento dos níveis de triglicerídeos e glicemia de jejum, relacionando-se com um número aumentado de critérios de SM e IMC.

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Comparação entre Coortes

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DiscussãoApesar da prevalência de SM ser alta entre os

indivíduos HIV+, ela não é mais alta do que a prevalência entre os não infectados.

Entre os fatores relacionados ao HIV, apesar da contagem de CD4+ ter sido um fator importante para o desenvolvimento de síndrome metabólica, um IMC elevado foi parte importante do risco atribuível ao CD4+.

Os achados são consistentes com o esperado aumento de peso e melhora do status nutricional e imunológico que ocorrem com uma terapia antiretroviral efetiva e um aumento da sobrevida.

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CríticasO uso de antiretrovirais específicos por um longo período de

tempo pode ter causdo efeitos metabólicos duradouros e irreversíveis que não foram capturados nesta análise.

Dado o grande número de pacientes em nossa casuística, era difícil obter dados completos sobre a história de uso anti-retrovirais no que diz respeito à duração da utilização de cada anti-retroviral. Além disso, a utilização do nível de glicose em jejum para sozinho diagnosticar intolerância à glicose provavelmente subestimou a prevalência de resistência à insulina, não só entre os pacientes da coorte de infectados pelo HIV, mas também entre os indivíduos da coorte NHANES. Atualmente, o teste oral de tolerância à glicose não é rotina de cuidados padrão para a infecção pelo HIV e pode ser difícil de se obter, até mesmo para pacientes com risco de diabetes.

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Finalmente,uma suposição foi feita de que pessoas infectadas pelo HIV com síndrome metabólica têm um risco cardiovascular semelhante,em comparação com pessoas não infectadas pelo HIV com síndrome metabólica, mas o fenótipo difere entre estas duas populações.

Em particular, pessoas infectadas pelo HIV podem ter uma lipoatrofia periférica significativa o que contribui para a resistência insulínica e uma relação cintura-quadril elevada.

Concluindo, embora tenhamos encontrado uma alta prevalência de síndrome metabólica entre pacientes infectados pelo HIV, o diagnóstico foi fortemente associado a fatores de risco cardiovascular tradicionais em vez de efeitos relacionados com HAART. Estudos longitudinais adicionais são necessários para determinar se a síndrome metabólica é tão preditora de diabetes e doença cardiovascular futura em HIV+ quanto

em pessoas não infectadas pelo HIV.