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Legislação Específica

Professor Giuliano Tamagno

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Legislação Específica

LEI COMPLEMENTAR Nº 100, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2007

Dispõe sobre o Código de Organização Judiciá-ria do Estado de Pernambuco, e dá outras pro-vidências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE PERNAMBUCO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decre-tou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

CÓDIGO DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

LIVRO I

Da Divisão Judiciária

Art. 1º O território do Estado de Pernambuco, para os fins da administração do Poder Judici-ário Estadual, divide-se em regiões, circunscri-ções, comarcas, comarcas integradas, termos e distritos judiciários. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

Art. 2º A circunscrição judiciária constitui-se da reunião de comarcas, uma das quais será sua sede.

Art. 3º Todo município será sede de comarca.

§ 1º O município que ainda não seja sede de comarca constitui termo judiciário.

§ 2º O Tribunal de Justiça, atendendo à con-veniência administrativa, ao interesse públi-co e aos requisitos objetivos, poderá dotar uma unidade jurisdicional de relevância judiciária ou não, segundo hierarquia apro-priada, conforme dispuser esta Lei Comple-mentar e o seu Regimento Interno.

Art. 4º A relação das circunscrições e suas res-pectivas sedes, bem como as comarcas e os ter-mos judiciários que as integram, é a constante do Anexo I desta Lei.

Art. 5º São requisitos para a criação de comar-cas:

I – população mínima de vinte mil habitan-tes, com seis mil eleitores na área prevista para a comarca;

II – mínimo de trezentos feitos judiciais dis-tribuídos na comarca de origem, no ano an-terior, referente aos municípios ou distritos que venham a compor a comarca;

III – receita tributária mínima igual à exigida para a criação de municípios no Estado.

Parágrafo único. O desdobramento de juí-zos, ou a criação de novas varas, poderá ser feito por proposta do Tribunal de Justiça, quando superior a seiscentos o número de processos ajuizados anualmente.

Art. 6º O Tribunal de Justiça, para efeito de co-municação de atos processuais, realização de di-ligências e atos probatórios, poderá reunir, me-diante Resolução, duas ou mais comarcas para que constituam uma comarca integrada, desde que próximas às sedes municipais, fáceis as vias de comunicação e intensa a movimentação po-pulacional entre as comarcas contíguas.

Art. 7º As comarcas poderão subdividir-se em duas ou mais varas e em distritos judiciários.

§ 1º As varas poderão, excepcionalmente, em caso de acúmulo ou volume excessivo de serviços, ser subdivididas em seções, conforme dispuser o regulamento especí-fico.

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§ 1º As varas poderão ser subdivididas em seções, conforme dispuser o regulamento específico. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

§ 2º Os distritos judiciários, delimitados por Resolução do Tribunal de Justiça, não exce-derão, em número, os distritos administrati-vos fixados pelo município, podendo abran-ger mais de um.

Art. 8º O Distrito Estadual de Fernando de No-ronha constitui Distrito Judiciário Especial da Comarca da Capital.

Parágrafo único. O Presidente do Tribunal de Justiça designará, dentre os integrantes da primeira quinta parte da lista de antigui-dade da mais elevada entrância, pelo prazo improrrogável de um ano, o Juiz que terá jurisdição plena sobre a área territorial do Arquipélago de Fernando de Noronha." (Re-dação alterada pelo art. 1º da Lei Comple-mentar nº 138, de 6 de janeiro de 2009.)

(Vide o art. 4º da Lei nº 14.247, de 17 de dezem-bro de 2010 – criação de função gratificada.)

Art. 9º Criado um novo município, o Tribunal de Justiça, mediante Resolução, definirá a comarca a que passa integrar como termo judiciário.

Parágrafo único. Enquanto não for publica-da a respectiva Resolução, o novo município continuará integrado, para os efeitos da or-ganização judiciária, à comarca da qual foi desmembrado.

Art. 10. As comarcas são classificadas em três entrâncias.

Parágrafo único. A classificação das comar-cas do Estado, com as varas que as inte-gram, é a constante do Anexo II desta Lei.

Art. 11. Na reclassificação das comarcas, consi-derar-se-ão a população, o número de eleitores, a área geográfica, a receita tributária e o movi-mento forense, atendidos os seguintes índices mínimos:

I – 2ª entrância: 5.000 (cinco mil);

II – 3ª entrância: 25.000 (vinte e cinco mil).

Parágrafo único. Os índices a que alude o caput resultarão da soma dos coeficientes na proporção seguinte:

I – 1 (um) por 5.000 (cinco mil) habitantes;

II – 1 (um) por 1.000 (um mil) eleitores;

III – 1 (um) por 1.000 km2 (um mil quilôme-tros quadrados) de área;

IV – 1 (um) pelo equivalente, na receita or-çamentária efetivamente arrecadada pelo município sede da comarca, a cem vezes o maior salário mínimo vigente no Estado;

V – 2 (dois) por dezena de processos judi-ciais ajuizados anualmente.

Art. 12. A instalação de comarcas ou varas de-penderá da conveniência administrativa do Tri-bunal de Justiça.

Art. 13. A mudança da sede da comarca e a sua reclassificação dependerão de lei de iniciativa do Tribunal de Justiça.

LIVRO II

Da Organização Judiciária

TÍTULO I

Dos Órgãos da Administração Judiciária

Art. 14. São órgãos do Poder Judiciário do Esta-do de Pernambuco:

I – O Tribunal de Justiça;

II – Os Tribunais do Júri;

III – Os Conselhos de Justiça Militar;

IV – Os Juizados Especiais;

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V – Os Juízes Estaduais.

Art. 15. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamen-tadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determina-dos atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a pre-servação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.

Art. 16. Todas as decisões administrativas do Tribunal de Justiça serão motivadas, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria ab-soluta de seus membros.

CAPÍTULO IDO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Seção IDA JURISDIÇÃO E DA COMPOSIÇÃO

Art. 17. O Tribunal de Justiça, com sede na Co-marca da Capital e jurisdição em todo o terri-tório estadual, compõe-se de 52 (cinquenta e dois) Desembargadores. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

(Vide o art. 2º e os Anexos I, II e III da Lei Com-plementar nº 202, de 3 de abril de 2012 – cria-ção de cargos e funções gratificadas.)

(Vide o art. 3º e Anexos II e III da Lei Comple-mentar nº 232, de 11 de junho de 2013 – cria-ção de cargos e funções gratificadas quando ne-cessário, a partir de 1º/01/2014.)

(Vide o art. 2º e Anexos I, II e III da Lei Comple-mentar nº 235, de 3 de setembro de 2013 – criação de cargos e funções gratificadas quando necessário, a partir de 1º/01/2014.)

Art. 18. O acesso ao cargo de Desembargador far-se-á por antiguidade e merecimento, alter-nadamente, apurados na última entrância, em sessão pública, com votação nominal, aberta e fundamentada.

§ 1º No acesso pelo critério de merecimen-to, o Tribunal de Justiça observará o dispos-to na Constituição Federal, na Lei Orgânica da Magistratura Nacional, nesta Lei e em Resolução editada especificamente para esse fim.

§ 2º O Juiz mais antigo somente poderá ser recusado pelo voto nominal, aberto e fun-damentado de dois terços dos integrantes do Tribunal de Justiça, conforme procedi-mento próprio, e assegurada ampla defesa.

Art. 19. Um quinto dos lugares do Tribunal de Justiça será composto, alternadamente, de membros do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indi-cados em lista sêxtupla pelos órgãos de repre-sentação das respectivas classes.

§ 1º Quando for ímpar o número de vagas destinadas ao quinto constitucional, uma delas será, alternada e sucessivamente, preenchida por membro do Ministério Pú-blico e por advogado, de forma que, tam-bém sucessiva e alternadamente, os repre-sentantes de uma dessas classes superem os da outra em uma unidade.

§ 2º Recebida a indicação, o Tribunal de Justiça formará lista tríplice, enviando-a ao Governador do Estado, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um dos seus inte-grantes para nomeação.

Seção IIDA ESTRUTURA E

DO FUNCIONAMENTO

(Vide o art. 2º da Lei Complementar nº 252, de 11 de dezembro de 2013.)

Art. 20. Os órgãos do Tribunal de Justiça são os definidos no seu Regimento Interno, que esta-belecerá a sua estrutura e funcionamento.

Art. 21. Nas sessões de julgamento, será obriga-tório o uso das vestes talares.

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Art. 22. O Tribunal de Justiça funcionará descen-tralizadamente, por meio de Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicio-nado à justiça em todas as fases do processo, conforme dispuser o seu Regimento Interno. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Comple-mentar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

Parágrafo único. A sede, o território de ju-risdição, a competência e a forma de funcio-namento das Câmaras regionais serão defi-nidos no Regimento Interno do Tribunal de Justiça. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

Art. 23. O Tribunal de Justiça poderá, em caráter excepcional e quando o acúmulo de processos o exigir, instituir Câmaras Extraordinárias, integra-das por Desembargadores, no exercício cumula-tivo das suas regulares funções, conforme dis-puser o Regimento Interno. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

Art. 24. Em caso de vaga, licença ou afastamen-to de qualquer de seus membros, por prazo superior a trinta dias, ou, ainda, na impossibi-lidade de compor quórum, poderão ser convo-cados, em substituição, Juízes singulares da ent-rância mais elevada, segundo critérios objetivos em Resolução do Tribunal de Justiça. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

Art. 25. No Tribunal de Justiça, não poderão ter assento no mesmo Grupo, Seção ou Câmara, cônjuges ou companheiros e parentes consan-güíneos ou afins em linha reta, bem como em linha colateral até o terceiro grau, inclusive.

Parágrafo único. Nas sessões de julgamen-to, o primeiro dos membros mutuamente impedido que votar, excluirá a participação do outro no julgamento.

Seção IIIDA COMPETÊNCIA

Art. 26. Compete ao Tribunal de Justiça:

I – processar e julgar originariamente:

a) o Vice-Governador, os Secretários de Es-tado, os Prefeitos, os Juízes Estaduais e os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça da União;

b) os Deputados Estaduais, nos crimes co-muns, ressalvada a competência da Justiça da União;

c) os conflitos de competência entre órgãos da Justiça Estadual, inclusive entre órgãos do próprio Tribunal;

d) os conflitos de atribuições entre autori-dades judiciárias e administrativas, quando forem interessados o Governador, o Prefei-to da Capital, a Mesa da Assembléia Legis-lativa, o Tribunal de Contas e o Procurador--Geral da Justiça;

e) os conflitos de atribuições entre autori-dades administrativas do Estado e dos Mu-nicípios, não compreendidos na alínea ante-rior;

f) os mandados de segurança e os habeas data contra atos do próprio Tribunal, in-clusive do seu Presidente, do Conselho da Magistratura, do Corregedor Geral da Justi-ça, do Governador, da Mesa da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Contas, inclusive do seu Presidente, do Procurador-Geral da Justiça, do Conselho Superior do Ministério Público, do Prefeito e da Mesa da Câmara de Vereadores da Capital;

g) os mandados de segurança e os habeas data contra atos dos Secretários de Estado, do Chefe da Polícia Civil, dos Comandantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, dos Juízes de Direito e do Conselho da Justiça Militar;

h) o mandado de injunção, quando a elabo-ração de norma regulamentadora for atri-buição do Poder Legislativo ou Executivo, estadual ou municipal, do Tribunal de Con-tas ou do próprio Tribunal de Justiça, des-de que a falta dessa norma torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitu-

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cionais e das prerrogativas inerentes à na-cionalidade e à cidadania;

i) o habeas corpus, quando o coator ou o paciente for autoridade, inclusive judiciária, cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Tribunal, ou quando se trate de crime sujeito originariamente à sua juris-dição;

j) a representação para assegurar a obser-vância dos princípios na Constituição Esta-dual, e que sejam compatíveis com os da Constituição Federal;

l) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal, em face da Constituição Estadual, ou de lei ou ato normativo municipal em face da Lei Orgânica respectiva;

m) a reclamação para preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;

n) a representação para garantia do li-vre exercício do Poder Judiciário estadual, quando este se achar impedido ou coato, encaminhando a requisição ao Supremo Tri-bunal Federal para fins de intervenção da União;

o) os pedidos de revisão e reabilitação, re-lativamente às condenações que houver proferido em processos de sua competência originária;

p) as ações rescisórias de seus julgados ou de Juízes sujeitos à sua jurisdição;

q) a execução de sentença proferida nas ações de sua competência originária, facul-tada a delegação de atos do processo a Juiz de primeiro grau;

r) as argüições de suspeição e impedimen-to opostas aos magistrados e ao Procura-dor- Geral de Justiça;

s) a exceção da verdade nos casos de crime contra a honra em que o querelante tenha direito a foro por prerrogativa da função;

t) o incidente de falsidade e o de insanida-de mental do acusado nos processos de sua competência;

II – julgar os recursos e remessas de ofício relativos às ações decididas pelos Juízes es-taduais;

III – julgar os recursos das decisões dos membros do Tribunal e de seus órgãos nos casos previstos em lei e no Regimento Inter-no;

IV – eleger o Presidente e os 1º e 2º Vice--Presidentes do Tribunal, o Corregedor Ge-ral da Justiça, os membros do Conselho da Magistratura e do Conselho de Administra-ção da Justiça Estadual, com os respectivos suplentes, os membros das Comissões Per-manentes e das demais que forem consti-tuídas; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 232, de 11 de junho de 2013.)

V – dar posse, em sessão solene, ao Presi-dente, ao 1º Vice-Presidente, ao 2º Vice- Presidente, ao Corregedor Geral da Justiça, aos membros do Conselho da Magistratura, do Conselho de Administração da Justiça Es-tadual, das Comissões Permanentes e seus suplentes, e aos novos Desembargadores; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 232, de 11 de junho de 2013.)

VI – elaborar, em sessão pública e escrutínio aberto, lista tríplice para o preenchimento das vagas correspondentes ao quinto reser-vado aos advogados e membros do Minis-tério Público, bem como para a escolha dos advogados que devem integrar o Tribunal Regional Eleitoral;

VII – (REVOGADO) (Revogado pelo art. 8º da Lei Complementar nº 228, de 19 de abril de 2013.)

VIII – eleger, em sessão publica e escrutí-nio secreto, dois de seus membros e dois Juízes de Direito, bem como os respectivos suplentes, para integrarem o Tribunal Re-gional Eleitoral. (Redação alterada pelo art.

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1º da Lei Complementar nº 138, de 6 de ja-neiro de 2009.)

IX – escolher, em sessão pública e escrutí-nio aberto, pelo voto da maioria absoluta, Juízes de Direito ou substituto da mais ele-vada entrância para substituírem, nos impe-dimentos ocasionais, férias ou licenças, os Desembargadores; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

X – indicar ao Presidente do Tribunal o Juiz que deva ser promovido e removido por an-tiguidade e merecimento;

XI – decidir sobre permuta de magistrados;

XII – decidir sobre a remoção voluntária de Juízes;

XIII – escolher, em sessão pública e escrutí-nio aberto, os Juízes que devem compor os Colégios Recursais;

XIV – autorizar a designação de Juízes de Di-reito da mais elevada entrância para auxiliar o Presidente, o 1º Vice-Presidente, o 2º Vi-ce-Presidente e o Corregedor Geral da Jus-tiça, permitindo uma recondução; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 232, de 11 de junho de 2013.)

XV – declarar a vacância do cargo por aban-dono ou renúncia de magistrado;

XVI – aplicar as sanções disciplinares aos magistrados, nos casos e pela forma previs-tos em lei;

XVII – avaliar, para fins de vitaliciamento, a atuação dos Juízes Substitutos, pelo voto da maioria absoluta dos seus membros, por ocasião do último trimestre do biênio;

XVIII – promover a aposentadoria compul-sória de magistrado, por implemento de idade ou por invalidez comprovada;

XIX – propor à Assembléia Legislativa:

a) a alteração da organização e da divisão judiciária;

b) a criação ou a extinção de cargos e a fi-xação da respectiva remuneração;

c) o regime de custas das Serventias Judi-ciais e dos Serviços Notariais e de Registro;

XX – organizar os serviços auxiliares, pro-vendo os cargos, na forma da lei;

XXI – decidir sobre matéria administrativa pertinente à organização e ao funciona-mento da Justiça Estadual;

XXII – organizar e realizar os concursos pú-blicos para o ingresso na magistratura esta-dual;

XXIII – organizar e realizar concursos públi-cos para provimento dos cargos do quadro de servidores do Poder Judiciário estadual;

XXIV – organizar e realizar concursos públi-cos para o exercício da atividade notarial e de registro;

XXV – autorizar, por solicitação do Presiden-te do Tribunal, a alienação, a qualquer títu-lo, de bem próprio do Poder Judiciário, ou qualquer ato que implique perda de posse que detenha sobre imóvel, inclusive para efeito de simples devolução ao Poder Exe-cutivo;

XXVI – autorizar, por solicitação do Presi-dente do Tribunal de Justiça, a aquisição de bem imóvel;

XXVII – aprovar a proposta do orçamento do Poder Judiciário;

XXVIII – representar à Assembléia Legislati-va sobre a suspensão da execução, no todo ou em parte, de lei ou ato normativo, cuja inconstitucionalidade tenha sido declarada por decisão definitiva;

XXIX – solicitar intervenção federal nos ter-mos da Constituição da República;

XXX – aprovar as súmulas de sua jurispru-dência predominante;

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XXXI – decidir sobre a perda de posto e da patente dos oficiais e da graduação de pra-ças;

XXXII – elaborar o seu Regimento Interno;

XXXIII – autorizar a convocação de Juízes do quadro de substitutos do Tribunal de Justiça para, por período determinado e improrro-gável, juntamente com o Desembargador do gabinete onde houver acúmulo de pro-cessos, agilizá-los, mediante prévia redistri-buição;

XXXIV – aprovar o Plano Bienal e Plurianual de Gestão, bem como a prestação de contas do Presidente do Tribunal de Justiça.

Seção IVDOS ÓRGÃOS DE DIREÇÃO

Art. 27. São cargos de direção o de Presidente, o de 1º Vice-Presidente, o de 2º Vice- Presidente e o de Corregedor Geral da Justiça. (Redação al-terada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 232, de 11 de junho de 2013.)

Art. 28. A chefia e a representação do Poder Ju-diciário estadual competem ao Presidente do Tribunal de Justiça.

Art. 29. O Presidente, o 1º Vice-Presidente, o 2º Vice-Presidente e o Corregedor Geral da Justi-ça, serão eleitos pela maioria dos membros do Tribunal de Justiça, em votação secreta, para mandato de dois anos, em sessão ordinária do Tribunal Pleno, realizada, no mínimo, com 60 (sessenta), e, no máximo, 90 (noventa) dias an-tes do término do mandato dos seus antecesso-res, proibida a reeleição. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 241, de 8 de ou-tubro de 2013.)

§ 1º É obrigatória a aceitação do cargo, sal-vo recusa manifestada antes da eleição.

§ 2º O Desembargador que tiver exercido cargo de direção por quatro anos, conse-cutivos ou não, ficará inelegível até que se esgotem todos os nomes na ordem de an-tiguidade.

§ 3º Havendo renúncia de cargo ou assun-ção não eventual do titular a outro cargo de direção no curso do mandato, considerar--se-ão, para todos os efeitos, como comple-tados os mandatos para os quais foi eleito o Desembargador.

Art. 30. A vacância dos cargos de direção, no curso do biênio, importa na eleição do sucessor, dentro de dez dias, para completar o mandato.

Parágrafo único. A vedação da reeleição não se aplica ao Desembargador eleito para completar período de mandato inferior a um ano.

Art. 31. O Presidente, o 1º Vice-Presidente, o 2º Vice-Presidente e o Corregedor Geral da Justi-ça não poderão participar de Tribunal Eleitoral. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Comple-mentar nº 232, de 11 de junho de 2013.)

Seção VDOS ÓRGÃOS DE

CONTROLE INTERNO

Subseção IDO CONSELHO DA MAGISTRATURA

Art. 32. O Conselho da Magistratura, órgão de orientação, disciplina e fiscalização da primei-ra instância do Poder Judiciário estadual, com sede na Capital do Estado e jurisdição em todo seu território, tem como órgão superior o Tribu-nal de Justiça.

Art. 33. O Conselho da Magistratura será com-posto pelos quatro membros da Mesa Diretora e Pelo Decano do Tribunal, como membros na-tos, e por quatro Desembargadores, eleitos na forma do Regimento Interno, para um mandato de 02 (dois) anos, admitida a reeleição para um único período subsequente. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 252, de 11 de dezembro de 2013.)

Parágrafo único. Com os titulares, serão eleitos os respectivos suplentes, que os substituirão em suas faltas, licenças ou im-pedimentos.

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Art. 34. Em caso de acúmulo ou volume exces-sivo de serviços, poderá o Conselho declarar qualquer comarca ou vara em regime especial, por tempo determinado, designando um ou mais Juízes para exercerem, cumulativamente com o titular, a jurisdição da comarca ou vara.

§ 1º Os processos acumulados serão redis-tribuídos de conformidade com o que de-terminar o Regulamento do Regime Espe-cial.

§ 2º Nas comarcas providas de mais de uma vara, o Conselho da Magistratura poderá determinar a temporária sustação, total ou parcial, da distribuição de novos processos a varas em regime especial.

§ 3º Findo o regime especial, será apresen-tado pela Corregedoria Geral da Justiça re-latório circunstanciado ao Conselho da Ma-gistratura, que, se comprovar a desídia do Juiz da comarca ou vara, encaminhará a ma-téria ao Tribunal, para fins de instauração de procedimento administrativo disciplinar.

Subseção IIDA CORREGEDORIA GERAL

DA JUSTIÇA

(Vide a Lei nº 13.742, de 7 de abril de 2009 – alteração da estrutura organizacional interna da Corregedoria Geral da Justiça.)

(Vide a Lei nº 14.157, de 8 de setembro de 2010 – criação da Auditoria de Inspeção da Correge-doria Geral da Justiça.)

Art. 35. A Corregedoria Geral da Justiça, dirigi-da pelo Corregedor Geral e auxiliada por Juízes Corregedores e por quadro próprio de audito-res, é órgão de fiscalização, controle, orientação forense e disciplina dos magistrados da primeira instância, dos serviços auxiliares da justiça das primeiras e segundas instâncias, dos Juizados Especiais e dos serviços públicos delegados. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Comple-mentar nº 252, de 11 de dezembro de 2013.)

§ 1º Os Juízes Corregedores Auxiliares e os Juízes Membros da Comissão Estadual Ju-

diciária de Adoção serão obrigatoriamente Juízes de Direito da mais elevada entrância, indicados pelo Corregedor Geral da Justiça, ouvido o Tribunal de Justiça.

§ 2º A designação dos Juízes Corregedores considerar-se-á finda com o término do mandato do Corregedor Geral, permitida a recondução.

§ 3º Os auditores, integrantes do quadro de carreira do Poder Judiciário, auxiliarão os Juízes Corregedores e, quando necessário, a Comissão Estadual Judiciária de Adoção, nos trabalhos de correição e fiscalização dos serviços judiciais e extrajudiciais.

Art. 36. Compete à Comissão Judiciária de Ado-ção – CEJA, órgão vinculado à estrutura da Cor-regedoria Geral da Justiça, cuja composição, regulamento e atribuições serão definidos por Resolução do Tribunal de Justiça, promover o estudo prévio e a análise de pedido de adoção internacional, fornecer o respectivo laudo de habilitação, a fim de instruir o processo compe-tente, e manter banco de dados centralizado de todos os interessados e de adoções, nacionais e internacionais, realizadas no Estado de Pernam-buco.

Art. 37. O Corregedor Geral da Justiça poderá requisitar, de qualquer repartição pública ou au-toridades, informações e garantias necessárias ao desempenho de suas atribuições.

Art. 38. O Corregedor Geral da Justiça poderá requisitar qualquer processo aos juízes de pri-meiro grau de jurisdição, tomando ou expedin-do nos próprios autos, ou em provimento, as providências ou instruções que entender neces-sárias ao andamento dos serviços.

Art. 39. No exercício de suas atribuições, pode-rão os Juízes Corregedores, em qualquer tempo e a seu juízo, dirigir-se para qualquer unidade jurisdicional do Estado de Pernambuco, em que devam apurar fatos que atentem contra a con-duta funcional ou moral de Juízes, servidores, notários e oficiais de registro, ou a prática de abusos que comprometam a administração da Justiça.

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Art. 40. A Corregedoria Geral da Justiça fará inspeções anuais em todas as circunscrições e promoverá correições gerais quando entender necessário. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 138, de 6 de janeiro de 2009.)

§ 1º As unidades judiciárias deverão, no de-correr do biênio administrativo do Correge-dor Geral da Justiça, ser inspecionadas de forma individualizada, conforme o acervo de processos e a estrutura administrativa existentes, em cuja diligência serão asse-guradas as presenças de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil e do Minis-tério Público Estadual.

§ 2º A Corregedoria Geral da Justiça cien-tificará da correição, com antecedência de quinze (15) dias, aos organismos citados no §1º deste artigo, nas pessoas dos seus re-presentantes legais, indicando o horário, as datas de início e final da correição de cada unidade judiciária, e o local da diligência.

Art. 41. A correição terá início com a audiência geral de abertura, sobre a qual será dada prévia e ampla publicidade, inclusive através do órgão oficial, podendo, os que se sentirem agravados pelas autoridades judiciárias ou pelos servido-res e agentes públicos delegados do Poder Ju-diciário estadual, apresentar suas queixas e re-clamações.

Art. 42. Resolução do Tribunal de Justiça disporá sobre o Regimento Interno da Corregedoria Ge-ral da Justiça.

Art. 43. O Tribunal de Justiça proverá os meios necessários à Corregedoria Geral da Justiça para consecução de seus fins institucionais, median-te dotação orçamentária própria.

Subseção IIIDA OUVIDORIA GERAL DA JUSTIÇA

Art. 44. A Ouvidoria Geral da Justiça tem como objeto tornar a Justiça mais próxima do cida-dão, ouvindo sua opinião acerca dos serviços prestados pelo Tribunal de Justiça, colaborando para elevar o nível de excelência das atividades

necessárias à prestação jurisdicional, sugerindo medidas de aprimoramento e buscando solu-ções para os problemas apontados.

§ 1º Compete ao Presidente do Tribunal de Justiça a designação do Ouvidor Geral e do Vice-Ouvidor Geral da Justiça.

§ 2º O Tribunal de Justiça proverá os meios necessários à Ouvidoria Geral da Justiça para consecução de seus fins institucionais, mediante dotação orçamentária própria.

Subseção IVDO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

DA JUSTIÇA ESTADUAL

Art. 45. O Conselho de Administração da Justiça Estadual funcionará junto ao Tribunal de Justiça e sob sua direção, cabendo-lhe exercer, na forma que dispuser o Regimento Interno, a supervisão administrativa e orçamentária do Poder Judiciário, como órgão central do sistema e com poderes cor-recionais, cujas decisões terão caráter vinculante.

Seção VIDO CENTRO DE

ESTUDOS JUDICIÁRIOS

Art. 46. O Centro de Estudos Judiciários funcio-nará junto ao Tribunal de Justiça e sob sua di-reção, competindo-lhe promover estudos e pes-quisas de interesse da Administração Judiciária, especialmente:

I – o planejamento e a promoção sistemá-tica de estudos e pesquisas voltados à mo-dernização e aperfeiçoamento dos serviços judiciários;

II – o planejamento e a coordenação de es-tudos e projetos para subsidiar o Tribunal de Justiça na formulação de políticas e pla-nos de ações institucionais.

Parágrafo único. O Tribunal de Justiça pro-verá os meios necessários ao Centro de Es-tudos Judiciários para consecução de seus fins institucionais, mediante dotação orça-mentária própria.

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Seção VI-ADA ESCOLA JUDICIAL

(Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 228, de 19 de abril de 2013.)

Art. 46-A. Fica criada a Escola Judicial do Tribu-nal de Justiça do Estado de Pernambuco. (Acres-cido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 228, de 19 de abril de 2013.)

§ 1º A Escola Judicial tem como finalidade a realização de cursos oficiais para o ingresso, a formação inicial e o aperfeiçoamento de magistrados e servidores do Poder Judiciá-rio Estadual, além de cursos de Pós-Gradua-ção abertos a operadores do Direito, dentre outros cursos, simpósios e palestras, obser-vando-se a orientação da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Ma-gistrados – ENFAM – a teor do que dispõe o art. 93, incisos II, letra “c” e IV da Cons-tituição da República Federativa do Brasil e orientação do Conselho Nacional de Justiça. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complemen-tar nº 228, de 19 de abril de 2013.)

§ 2º A Escola Judicial constituir-se-á como unidade gestora responsável por conceito equivalente ao orçamento autorizado pelo Estado para os fins de capacitação – forma-ção e aperfeiçoamento – dos magistrados e servidores, com competência para ordena-ção de despesa, devendo a execução do res-pectivo orçamento ficar a seu cargo. (Acres-cido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 228, de 19 de abril de 2013.)

§ 3º O Diretor Geral e o Vice-Diretor Geral da Escola Judicial serão escolhidos, dentre os desembargadores, pelo Presidente do Tribunal para mandatos coincidentes com o da Mesa Diretora do Tribunal eleita no mesmo período. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 228, de 19 de abril de 2013.)

§ 4º As atribuições dos órgãos diretivos e funcionamento da Escola Judicial serão es-tabelecidos em seu regimento interno a ser aprovado pela Corte Especial do Tribunal de

Justiça. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 228, de 19 de abril de 2013.)

§ 5º O Supervisor da Escola Judicial será designado pelo Diretor Geral da Escola Ju-dicial dentre os Juízes de Direito da Capital. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complemen-tar nº 228, de 19 de abril de 2013.)

§ 6º A Escola Judicial poderá celebrar convê-nios com outras Escolas Judiciais, bem como com instituições de ensino, no Brasil e outros países, para o cumprimento dos seus fins ins-titucionais. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 228, de 19 de abril de 2013.)

§ 7º A Escola Judicial poderá estabelecer, em edital específico, percentual, sobre as vagas ofertadas aos cursos destinados aos operadores do Direito em geral, correspon-dente à cota social, com o objetivo de pro-porcionar aos comprovadamente carentes, nos termos da legislação vigente, a partici-pação nos cursos da Escola. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 228, de 19 de abril de 2013.)

§ 8º Fica instituída a taxa de serviços edu-cacionais para fazer face às despesas refe-rentes aos cursos da Escola Judicial que fo-rem oferecidos a outras instituições através de convênios ou a operadores do direito. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complemen-tar nº 228, de 19 de abril de 2013.)

§ 9º A taxa referida no parágrafo anterior será calculada pelo valor do curso dividido pelo número de participantes. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 228, de 19 de abril de 2013.)

Seção VIIDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 47. O Regimento Interno do Tribunal de Jus-tiça disporá sobre a organização, a competência, as atribuições e o funcionamento dos órgãos de direção e de controle interno de que trata este capítulo, observado o disposto nas Constitui-ções Federal e Estadual, na Lei Orgânica da Ma-gistratura Nacional e nesta Lei.

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CAPÍTULO IIDO TRIBUNAL DO JÚRI

Art. 48. Em cada comarca, haverá, pelo menos, um Tribunal do Júri, com organização, composi-ção e competência estabelecidas na legislação federal.

Art. 49. O Tribunal do Júri funcionará na sede da comarca.

Parágrafo único. O Presidente do Tribunal do Júri poderá realizar sessão de julgamen-to no termo judiciário, em relação aos cri-mes praticados no respectivo município.

Art. 50. A Presidência do Tribunal do Júri, nas comarcas com mais de uma vara criminal, será exercida pelo Juiz da 1a Vara Criminal.

Art. 50-A. O Tribunal do Júri, em reuniões or-dinárias, reunir-se-á: (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 162, de 2 de setembro de 2010.)

I – na Comarca do Recife, mensalmente, de janeiro a dezembro; (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 162, de 2 de se-tembro de 2010.)

II – nas demais comarcas, em meses alter-nados. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 162, de 2 de setembro de 2010.)

Parágrafo único. Quando, por motivo de força maior, não for convocado o Júri, de-verá ser apresentada justificativa à Correge-doria Geral da Justiça. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 162, de 2 de se-tembro de 2010.)

Art. 50-B. As reuniões extraordinárias do Tribu-nal do Júri serão realizadas: (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 162, de 2 de setem-bro de 2010.)

I – por iniciativa do Juiz de Direito, de ofício ou por provocação do interessado; (Acresci-do pelo art. 1º da Lei Complementar nº 162, de 2 de setembro de 2010.)

II – por determinação do Tribunal de Justiça, de ofício ou por provocação do interessado; (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complemen-tar nº 162, de 2 de setembro de 2010.)

III – na hipótese de haver cinco ou mais pro-cessos em condições de inclusão em pauta de julgamento. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 162, de 2 de setem-bro de 2010.)

CAPÍTULO IIIDA JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL

Art. 51. A Justiça Militar estadual, com sede na Capital e jurisdição em todo o Estado de Per-nambuco, é exercida:

§ 1º Em primeiro grau:

I – pelo Juiz de Direito, investido na função de Juiz Auditor Militar;

II – pelos Conselhos de Justiça Militar;

§ 2º Em segundo grau, pelo Tribunal de Jus-tiça.

Art. 52. Compete ao Juízo da Vara da Justiça Mi-litar processar e julgar:

I – os policiais militares e bombeiros milita-res nos crimes definidos em lei, ressalvada a competência do Tribunal do Júri quando a vítima for civil;

II – as ações judiciais contra atos disciplina-res militares.

Art. 53. O cargo de Juiz de Direito da Vara da Jus-tiça Militar será provido da mesma forma que os demais cargos da carreira da magistratura.

Art. 54. Ao Juiz de Direito, respeitadas a com-petência definida na Legislação Militar e as atri-buições previstas neste Código, compete, ainda:

I – presidir os Conselhos de Justiça;

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II – expedir todos os atos necessários ao cumprimento das suas decisões e das deci-sões dos Conselhos;

III – processar e julgar, monocraticamente:

a) os crimes militares cometidos contra ci-vis e seus incidentes;

b) as ações judiciais contra atos disciplina-res militares.

Art. 55. A composição e a competência dos Con-selhos de Justiça Militar serão definidas pela le-gislação específica.

CAPÍTULO IVDOS JUIZADOS ESPECIAIS

Art. 56. Integram o Sistema de Juizados Espe-ciais:

I – A Coordenadoria Geral dos Juizados Es-peciais; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 143, de 18 de setem-bro de 2009.)

II – a Turma Estadual de Uniformização de Jurisprudência; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

III – os Colégios Recursais; (Redação altera-da pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

IV – as Turmas Recursais; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

V – os Juizados Especiais; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

§ 1º A Coordenadoria Geral é o órgão cen-tral de supervisão e coordenação adminis-trativa do Sistema de Juizados Especiais no Estado de Pernambuco, vinculada à Presi-dência do Tribunal de Justiça. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

§ 2º A Turma Estadual de Uniformização de Jurisprudência, com competência para processar e julgar os pedidos de uniformiza-ção de interpretação de lei, quando houver divergência entre decisões proferidas por Colégios ou Turmas Recursais em questões de direito material e demais competências fixadas em Resolução do Tribunal, é inte-grada por todos os Presidentes das Turmas Recursais em funcionamento no Estado de Pernambuco, sob a Presidência e Vice-Pre-sidência de dois Desembargadores, escolhi-dos pelo Órgão Especial, e possuirá sede e secretaria próprias. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 366, de 10 de agosto de 2017.)

§ 3º A Turma Estadual de Uniformização de Jurisprudência poderá, na forma prevista no seu regimento interno, processar e julgar divergências em questões de direito pro-cessual, sem efeito vinculante, editando-se a respectiva súmula. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de de-zembro de 2010.)

§ 4º Os Colégios Recusais são agrupamen-tos de Turmas Recursais de uma ou mais comarcas contíguas ou integradas, as quais partilham da mesma sede e serviço auxiliar. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complemen-tar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

§ 5º Os Colégios e Turmas Recursais cons-tituem a única e última instância em maté-ria de recurso contra as decisões proferidas pelos juízes dos Juizados Especiais, com competência, inclusive, para processar e jul-gar os mandados de segurança e os habe-as corpus contra as suas próprias decisões. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complemen-tar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

Art. 57. Os Colégios e Turmas Recursais serão instituídos por resolução do Tribunal de Justi-ça, que definirá a sua composição e jurisdição, podendo abranger mais de uma comarca ou circunscrição judiciária. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

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§ 1º A Turma Recursal é composta por, no mínimo, três Juízes de Direito em exercício no primeiro grau de jurisdição, com manda-to de 2 (dois) anos, integrada, preferencial-mente, por juízes do Sistema dos Juizados Especiais e presidida pelo Juiz mais antigo na Turma e, em caso de empate, o mais an-tigo na entrância. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

§ 2º A designação dos Juízes da Turma Re-cursal obedecerá aos critérios de antiguida-de e merecimento. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

§ 3º É vedada a recondução, salvo quando não houver outro Juiz na área de competên-cia da Turma Recursal. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

§ 4º Na instituição dos Colégios Recursais, serão criadas, respectivamente, as suas se-cretarias e definidas suas sedes. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 366, de 10 de agosto de 2017.)

Art. 58. Os Juizados Especiais, Cíveis e das Re-lações Consumo, Fazendários e Criminais, cons-tituem uma unidade jurisdicional, vinculados à entrância da comarca em que se situam e serão providos da mesma forma que as varas judiciais. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Comple-mentar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

§ 1º Os Juizados Especiais poderão ser au-xiliados por Juizados Especiais Adjuntos, Temporários, Itinerantes e Universitários, que funcionarão como extensões das res-pectivas unidades judiciárias das quais se desmembraram, no âmbito da mesma juris-dição, podendo o Presidente do Tribunal de Justiça designar outros juízes e servidores para auxílio. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

§ 2º Os Juizados Especiais Adjuntos, Tem-porários, Itinerantes e Universitários, como

serviços jurisdicionais auxiliares do Sistema de Juizados Especiais, não são unidades ju-risdicionais providas por nomeação, remo-ção ou promoção, mas por designação do Presidente do Tribunal de Justiça. (Acresci-do pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

Art. 59. A criação e a extinção de Juizados Espe-ciais dependem de lei de iniciativa do Tribunal de Justiça.

§ 1º Os Juizados Especiais Adjuntos, Tem-porários, Itinerantes e Universitários pode-rão ser criados por resolução do Tribunal de Justiça. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

§ 2º Os Juizados Especiais serão instalados por ato do Presidente do Tribunal de Justiça. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complemen-tar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

Art. 60. Os Juizados Especiais Cíveis e das Rela-ções Consumo, Fazendários e Criminais são os constantes do Anexo II desta Lei. (Redação alte-rada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

Art. 61. Os Juizados Especiais poderão funcio-nar em horário noturno, bem como aos sába-dos, domingos e feriados.

Art. 62. Em cada Juizado Especial, o Juiz de Di-reito poderá ser auxiliado por juízes leigos e conciliadores ou mediadores.

§ 1º As atividades de juiz leigo, conciliador e mediador poderão ser prestadas por ser-vidores efetivos e por voluntários. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

§ 2º A efetiva atuação dos juízes leigos, con-ciliadores e mediadores, pelo prazo mínimo de um ano, será considerada serviço públi-co relevante e, ainda, título em concurso público para provimento de cargos do Po-der Judiciário.

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§ 3º Os juízes leigos, conciliadores e me-diadores voluntários serão recrutados por seleção pública simplificada ou de provas, conforme dispuser resolução do Tribunal de Justiça. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

Art. 63. A Coordenação Geral, as Coordenações dos Juizados Especiais, as Presidências e, na Ca-pital, a Vice-Presidência, dos Colégios Recursais serão exercidas por Juízes designados pelo Pre-sidente do Tribunal de Justiça. (Redação altera-da pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de dezembro de 2015.)

§ 1º A designação dos Presidentes dos Co-légios Recursais recairá sobre Juízes que os componham. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de dezembro de 2015.)

§ 2º Na Capital, o Presidente do Colégio Re-cursal integrará apenas a Turma Estadual de Uniformização de Jurisprudência, ficando dispensado da composição da Turma Re-cursal isolada. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de dezembro de 2015.)

§ 3º A vaga decorrente da designação do Juiz integrante de Turma Recursal para a Presidência do Colégio Recursal da Capital será preenchida por um dos Juízes suplen-tes da Turma, observada a ordem de anti-guidade. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Com-plementar nº 310, de 9 de dezembro de 2015.)

Art. 64. Resolução do Tribunal de Justiça disporá sobre a organização, as atribuições e o funcio-namento dos órgãos integrantes do Sistema de Juizados Especiais.

Art. 65. Nas comarcas onde não forem instala-dos Juizados Especiais, os Juízes poderão aplicar o procedimento estabelecido na lei federal para as causas cíveis de menor complexidade e para as infrações penais de menor potencial ofensi-vo, na forma que dispuser Resolução do Tribu-nal de Justiça.

CAPÍTULO V DOS JUÍZES ESTADUAIS

Seção IDA ADMINISTRAÇÃO DO FORO JUDICIAL

Art. 66. A administração do foro judicial, no âm-bito de cada comarca, compete ao Diretor do Foro.

Art. 67. A Diretoria do Foro é órgão auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça na direção das atividades administrativas da comarca.

§ 1º A Presidência do Tribunal de Justiça proverá os meios necessários para a conse-cução dos seus objetivos institucionais.

§ 2º Onde não houver serviço administrati-vo próprio, o Diretor do Foro será assistido pela Secretaria de sua comarca ou vara.

§ 3º A Diretoria do Foro participará da ela-boração do orçamento do Poder Judiciário. Art. 68. O Juiz titular da comarca, ou quem responder por ela, será o Diretor do Foro. Art. 69. Nas comarcas com mais de uma vara, o Diretor do Foro será designado pelo Presidente do Tribunal de Justiça, podendo ser autorizado a afastar-se da atividade ju-dicante na Comarca da Capital e nas comar-cas com quinze ou mais varas.

Art. 70. O Tribunal de Justiça, através de Resolu-ção, definirá as atribuições da Diretoria do Foro e de seus serviços administrativos e judiciais.

Art. 71. Aos demais Juízes, compete adminis-trar, orientar e fiscalizar os serviços auxiliares que lhes são diretamente subordinados.

Seção IIDAS UNIDADES JURISDICIONAIS

ESPECIAIS

Art. 72. O Tribunal de Justiça poderá criar, por lei de sua iniciativa:

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I – varas distritais, com jurisdição sobre o território de distrito judiciário;

II – varas regionais, com competência espe-cializada e jurisdição sobre o território de mais de uma comarca ou circunscrição judi-ciária;

III – varas estaduais, com competência es-pecializada e jurisdição sobre todo o territó-rio do Estado;

§ 1º O Tribunal Justiça proporá a criação de:

I – varas agrárias, com competência exclusi-va para dirimir conflitos fundiários;

II – Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 209, de 1º de outubro de 2012.)

III – Juizados Especiais Cíveis e das Rela-ções de Consumo e Criminais do Torcedor. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complemen-tar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

IV – Juizados Especiais da Fazenda Pública. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complemen-tar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

§ 2º As unidades jurisdicionais previstas neste artigo serão providas da mesma for-ma que as varas judiciais. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

Art. 73. O Tribunal de Justiça poderá criar cen-trais jurisdicionais, como órgãos auxiliares e vinculados às varas ou juizados de uma mesma jurisdição, com atribuições e competência res-tritas à instrução, ao julgamento ou à execução de atos ou procedimentos que lhes forem co-muns, a fim de garantir a plena eficácia e efici-ência dos atos judiciais.

Parágrafo único. As centrais serão coorde-nadas e compostas por juízes de qualquer entrância, designados pelo Presidente do Tribunal de Justiça, que atuarão, preferen-cialmente, no exercício cumulativo das suas funções regulares. (Redação alterada pelo

art. 1º da Lei Complementar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

Art. 74. Poderão ser criadas as seguintes cen-trais jurisdicionais, dentre outras:

I – as de cartas de ordem, precatória e ro-gatória, competentes para cumprir todas as cartas com essas finalidades, cíveis ou criminais, inclusive conhecer das ações que lhes são acessórias e seus incidentes;

II – (REVOGADO) (Revogado pelo art. 14 da Lei Complementar nº 353, de 23 de março de 2017.)

III – as de Combate ao Crime Organizado, com jurisdição regional ou estadual, compe-tentes para:

a) processar, julgar e executar, privativa-mente, as ações penais relativamente aos crimes organizados;

b) decretar medidas assecuratórias, bem como outros provimentos relacionados com a repressão penal, como prisões temporá-rias ou preventivas e medidas cautelares antecipatórias ou preparatórias;

c) deprecar ou delegar a qualquer juízo a prática de atos de instrução ou execução de sua competência, ou dele receber depreca-ção ou delegação, desde que não importe em prejuízo ao sigilo, à celeridade ou à efi-cácia das diligências.

IV – as de agilização processual, com com-petência e jurisdição plena, em regime de mutirão, para demandas especiais ou re-lacionadas ao cumprimento de Metas do Poder Judiciário, na forma de Resolução do Tribunal de Justiça. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

V – as de flagrantes, com competência ex-clusiva e jurisdição plena, na forma de Re-solução do Tribunal de Justiça, para realizar audiências de custódia das pessoas presas em flagrante delito, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas da prisão, e analisar os res-

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pectivos autos de prisão em flagrante, de-cidindo quanto ao relaxamento da prisão, à concessão de liberdade provisória, com ou sem fiança, à substituição da prisão em fla-grante por medidas cautelares diversas ou à conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de dezembro de 2015.)

Parágrafo único. O Tribunal de Justiça asse-gurará o exercício plúrimo de magistrados e servidores na Central de Combate ao Crime Organizado, bem como a estrutura mate-rial compatível com o desempenho de suas atividades, a fim de garantir a segurança e a proteção para o exercício de suas atribui-ções.

Art. 75. A organização, a atribuição e o funcio-namento das centrais e das varas regionais e distritais serão definidos em Resolução do Tri-bunal de Justiça.

Subseção ÚnicaDO NÚCLEO PERMANENTE DE MÉTODOS CONSENSUAIS DE

SOLUÇÃO DE CONFLITOS – NUPEMEC(Acrescida pelo art. 2º da Lei Complementar

nº 353, de 23 de março de 2017.)

Art. 75-A. O Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos é integra-do por órgãos de gestão, unidades jurisdicio-nais e unidades conveniadas, públicas ou priva-das, assim definidas: (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 353, de 23 de março de 2017.)

I – Fórum Estadual de Coordenadores de Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania – FOCEJUS; (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 353, de 23 de março de 2017.)

II – Centros Judiciários de Solução de Con-flitos e Cidadania – CEJUSC; (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 353, de 23 de março de 2017.)

III – Câmaras Privadas de Conciliação e Me-diação – CPCM; (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 353, de 23 de março de 2017.)

IV – Casas de Justiça e Cidadania. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 353, de 23 de março de 2017.)

§ 1º O FOCEJUS é o órgão colegiado do NU-PEMEC, com organização e funcionamento definidos no respectivo regimento interno. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complemen-tar nº 353, de 23 de março de 2017.)

§ 2º O NUPEMEC é o órgão de gestão e fis-calização das unidades integrantes do siste-ma e será dirigido por um Coordenador Ge-ral, um Coordenador-Geral Adjunto e mais 03 (três) membros, na forma que dispuser o Tribunal por meio de Resolução. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 353, de 23 de março de 2017.)

§ 3º Os CEJUSCs são unidades jurisdicionais auxiliares vinculadas a todas as varas ou jui-zados especiais de uma mesma jurisdição, com atribuições para: (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 353, de 23 de março de 2017.)

I – atender e orientar os cidadãos sobre os seus direitos, deveres e garantias, a fim de facilitar o acesso à Justiça e à solução pací-fica dos conflitos; (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 353, de 23 de março de 2017.)

II – promover, mediante a adoção de técnica apropriada, a solução consensual de confli-tos de natureza cível, fazendária, previden-ciária, familiar e outras em que a lei admita acordo ou transação; (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 353, de 23 de mar-ço de 2017.)

III – participar de outras atividades de de-senvolvimento da cidadania, da justiça e da cultura de pacificação social, a critério do Tribunal de Justiça. (Acrescido pelo art. 2º

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da Lei Complementar nº 353, de 23 de mar-ço de 2017.)

§ 4º Os CEJUSC serão dirigidos por juízes co-ordenadores, designados pelo presidente do Tribunal de Justiça, para gerir todas as atividades da unidade, inclusive com com-petência para homologar, por sentença, os termos de acordo de conciliação ou media-ção celebrados no âmbito do NUPEMEC. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complemen-tar nº 353, de 23 de março de 2017.)

§ 5º As Câmaras Privadas de Conciliação e Mediação são unidades instituídas e man-tidas, mediante convênio, por entidades públicas ou privadas, com as atribuições previstas no § 3º e vinculadas ao CEJUSC da Comarca, onde houver, ou a um juiz coor-denador com as competências definidas no § 4º. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Comple-mentar nº 353, de 23 de março de 2017.)

§ 6º As Casas de Justiça e Cidadania são uni-dades integrantes do Poder Judiciário, insti-tuídas por ato da presidência do Tribunal de Justiça, ou mediante convênio com entida-des públicas ou privadas, com a finalidade de promover ações de pacificação social e de desenvolvimento da cidadania, além de dar apoio logístico aos agentes e ao progra-ma de justiça comunitária, sob a direção ou supervisão do NUPEMEC. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 353, de 23 de março de 2017.)

§ 7º As Câmaras Privadas de Conciliação e Mediação podem funcionar nas mesmas instalações das Casas de Justiça e Cidada-nia. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Comple-mentar nº 353, de 23 de março de 2017.)

§ 8º O juiz coordenador do CEJUSC, a par-tir da designação, passa à condição de juiz auxiliar de todas as unidades jurisdicionais da respectiva jurisdição a que se vincular o Centro ou a Câmara Privada de Conciliação e Mediação, investindo-se da competência prevista no § 4º deste artigo. (Acrescido

pelo art. 2º da Lei Complementar nº 353, de 23 de março de 2017.)

§ 9º Os magistrados membros do NUPE-MEC, Coordenadores dos CEJUSC e do Jui-zado Informal de Família exercerão a fun-ção em regime de acumulação, nos termos deste Código de Organização Judiciária e da LOMAN; (Acrescido pelo art. 2º da Lei Com-plementar nº 353, de 23 de março de 2017.)

§ 10. A organização, a atribuição e o funcio-namento dos juizados informais de família serão definidos em Resolução do Tribunal de Justiça. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 353, de 23 de março de 2017.)

Art. 75-B. O Tribunal de Justiça poderá firmar convênios ou outro instrumento de parceria, com instituições públicas ou privadas, a fim de implementar a instituição, instalação, manu-tenção e funcionamento de Centros e Câmaras Privadas de Conciliação e Mediação, bem como de Casas de Justiça e Cidadania, vinculados ao NUPEMEC, em todo o território do Estado de Pernambuco, conforme organização definida em resolução do Tribunal. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 353, de 23 de março de 2017.)

§ 1º As Câmaras de Conciliação e Mediação e as Casas de Justiça e Cidadania, vinculadas a entidades públicas ou privadas, manterão conciliadores e mediadores com recursos próprios ou, excepcionalmente, com o qua-dro próprio de conciliadores judiciais do Tri-bunal de Justiça, sendo condição para a per-manência do convênio e da vinculação ao NUPEMEC, a gratuidade do atendimento, da orientação à cidadania, da mediação, da conciliação ou de outras ações sociais em favor de seus usuários, independentemen-te da condição socioeconômica das partes. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complemen-tar nº 353, de 23 de março de 2017.)

§ 2º As Câmaras de Conciliação e Mediação ou órgãos semelhantes, bem como, seus mediadores e conciliadores, para que pos-

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sam realizar sessões de mediação ou con-ciliação relacionadas a processo judicial, devem ser cadastradas no Tribunal de Jus-tiça de Pernambuco, através do NUPEMEC. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complemen-tar nº 353, de 23 de março de 2017.)

§ 3º As Câmaras Privadas de Conciliação e Mediação, não conveniadas com o Tribunal de Justiça, que funcionem nos termos do art. 167 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), bem como os mediadores e conciliadores que as integrem, para que possam realizar sessões de mediação ou conciliação relacionadas a processo judicial, terão estar cadastrados previamente no NUPEMEC, na forma pre-vista em normativa editada pelo Tribunal de Justiça e pelo Conselho Nacional de Justiça. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complemen-tar nº 353, de 23 de março de 2017.)

Art. 75-C. Compete a Escola Judicial, em parce-ria com o NUPEMEC, promover cursos de capa-citação, treinamento e atualização de magistra-dos, servidores, conciliadores e mediadores, nos métodos consensuais de resolução de conflitos, a fim de atender os preceitos da Resolução nº 125, de 29 de novembro de 2010, do Conselho Nacional de Justiça e da presente Lei Comple-mentar. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Comple-mentar nº 353, de 23 de março de 2017.)

§ 1º As diretrizes curriculares previstas na Resolução nº 125, de 29 de novembro de 2010, do Conselho Nacional de Justiça, deverão ser observados pelo NUPEMEC. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complemen-tar nº 353, de 23 de março de 2017.)

§ 2º A atribuição conferida neste artigo à Escola Judicial não exclui a realização de capacitação por outras entidades públicas e privadas habilitadas, cujo credenciamen-to deverá ser conferido pela Escola Judi-cial, nos termos da Resolução nº 6 de 21 de novembro de 2016, do ENFAM. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 353, de 23 de março de 2017.)

Seção IIIDA COMPETÊNCIA EM GERAL

Subseção IDO CRITÉRIO GERAL DE

FIXAÇÃO DE COMPETÊNCIA

Art. 76. A fixação da competência será por dis-tribuição eqüitativa entre seus Juízes, respeita-da a especialização de cada vara, a definir-se de acordo com as regras gerais constantes das se-ções seguintes, autorizados eventuais desmem-bramentos ou cumulações de competências.

§ 1º As varas por distribuição, com compe-tência comum, e as especializadas, por dis-tribuição ou não, em cada unidade judiciá-ria do Estado, são as constantes do Anexo II desta Lei.

§ 2º A competência em matéria administra-tiva poderá ser regulamentada por Resolu-ção do Tribunal de Justiça, a fim de melhor distribuí-la entre varas de mesma jurisdição.

Art. 77. Nas comarcas, ressalvadas as varas especializadas, a competência será comum e cumulativa, observando-se, ainda, o seguinte:

I – comarcas com duas varas: competirá à 1ª Vara processar e julgar as ações da compe-tência do Juízo de Vara do Tribunal do Júri e seus incidentes, bem como o registro civil das pessoas naturais e casamentos na sede da comarca, e à 2ª Vara, competirá o Juízo de Vara da Infância e Juventude e o registro civil das pessoas naturais e casamentos fora da sede da comarca;

II – comarcas com três ou mais varas: com-petirá à 1ª Vara processar e julgar as ações da competência do Juízo de Vara do Tribu-nal do Júri e seus incidentes; à 2ª Vara, com-petirá o registro civil das pessoas naturais e casamentos e à 3ª Vara, competirá o Juízo de Vara da Infância e Juventude.

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Subseção IIDA COMPETÊNCIA DE VARAS CÍVEIS

Art. 78. Compete ao Juízo de Vara Cível proces-sar e julgar as ações de natureza cível, salvo as de competência de varas especializadas.

Art. 78-A. Compete às Varas de Execução de Tí-tulos Extrajudiciais: (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

I – processar e julgar as ações de execução de títulos extrajudiciais de natureza cível, salvo as de competência de varas especia-lizadas; (Acrescido pelo art. 2º da Lei Com-plementar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

II – processar e julgar os embargos do de-vedor, embargos de terceiro, cautelares, processos incidentes e incidentes processu-ais relacionados às execuções de títulos ex-trajudiciais de sua competência. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

Art. 79. Compete ao Juízo de Vara da Fazenda Pública:

I – processar, julgar e executar as ações, contenciosas ou não, principais, acessórias e seus incidentes, em que o Estado Federa-do ou o Município, respectivas autarquias, empresas públicas e fundações instituídas ou mantidas pelo poder público forem in-teressados na condição de autor, réu, as-sistente ou opoente, excetuadas as de fa-lências e recuperação de empresas e as de acidentes do trabalho;

II – processar e julgar os mandados de se-gurança, os habeas data, os mandados de injunção e ações populares contra autori-dades estaduais e municipais, respeitada a competência originária do Tribunal de Jus-tiça;

III – conhecer e decidir as justificações des-tinadas a servir de prova junto ao Estado Federado ou ao Município, respectivas au-tarquias, empresas públicas e fundações instituídas ou mantidas pelo poder público.

Art. 80. Compete ao Juízo de Vara de Executivos Fiscais processar os executivos fiscais, seus inci-dentes e ações acessórias.

Art. 81. Compete ao Juízo de Vara de Família e Registro Civil:

I – quanto à jurisdição de família, processar e julgar:

a) as ações de nulidade e anulação de ca-samento, separação judicial e divórcio, bem como as relativas a impedimentos matrimo-niais e a separação de corpos;

b) os pedidos de emancipação e suprimen-to de consentimento dos pais e tutores;

c) as ações relativas às uniões estáveis e sua dissolução, bem como às relações de parentesco e de entidade familiar;

d) as ações relativas à tutela, à curatela dos interditos e aos seus incidentes processuais;

e) as ações relativas a direitos e deveres de cônjuges ou companheiros e de pais, tuto-res ou curadores para com seus filhos, tute-lados ou curatelados, respectivamente;

f) as ações de investigação de paternidade ou de maternidade, cumuladas ou não com petição de herança ou alimentos, ou com a de nulidade de testamento, e bem assim as ordinárias de reconhecimento de filiação paterna ou materna;

g) as ações concernentes ao regime de bens entre cônjuges e companheiros, pac-to antenupcial, usufruto e administração de bens de filhos menores e bem de família;

h) as ações relativas a alimentos;

i) as ações de adoção de maiores de dezoi-to anos;

j) as ações relativas ao estado civil e à ca-pacidade das pessoas;

l) o pedido de autorização para venda, ar-rendamento e hipoteca de bens de incapa-zes;

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m) os pedidos de especialização de hipote-ca legal.

II – quanto à jurisdição administrativa:

a) presidir a celebração de casamentos;

b) decidir em todos os processos adminis-trativos que tenham por finalidade a prote-ção dos bens das pessoas sujeitas à tutela ou curatela;

c) nomear tutores e curadores, destituí-los e arbitrar a remuneração a que tiverem di-reito, tomando-lhes as contas.

III – quanto à jurisdição de registro civil, processar e julgar:

a) as justificações, retificações, anotações, averbações, cancelamentos e restabeleci-mentos dos assentos de casamento, nasci-mento e óbito;

b) o pedido de registro de nascimento ou de óbito não efetuado no prazo legal.

Art. 82. Compete ao Juízo de Vara de Sucessões e Registros Públicos:

I – quanto à jurisdição de sucessões, proces-sar e julgar:

a) os inventários, arrolamentos e partilhas, divisão geodésica das terras partilhadas e demarcação dos quinhões;

b) as ações de nulidade, de anulação de testamentos e legados, assim como as per-tinentes à execução de testamento;

c) as ações relativas à sucessão mortis cau-sa, inclusive fideicomisso e usufruto, can-celamentos, inscrições e sub-rogações de cláusulas ou gravames, ainda que decorren-tes de atos entre vivos;

d) as ações de petição de herança quando não cumuladas com as de investigação de paternidade;

e) as declarações de ausência e abertura de sucessão provisória e definitiva, e as ações

que envolvam bens vagos ou de ausentes, e a herança jacente e seus acessórios;

f) os pedidos de alvarás relativos a bens de espólio.

II – quanto à jurisdição de registros públi-cos, processar e julgar:

a) as questões contenciosas e administrati-vas que se refiram diretamente a atos nota-riais e de registros públicos em si mesmos, ressalvado o registro civil de pessoas natu-rais e casamentos;

b) as ações especiais definidas na legisla-ção federal imobiliária, como remição do imóvel hipotecado e o registro de torrens.

III – quanto à jurisdição administrativa:

a) mandar registrar e cumprir os testamen-tos; decidir sobre a sua confirmação judi-cial, quando particular; nomear testamen-teiro e destituí-lo; arbitrar a vintena e tomar e julgar as contas da testamentária;

b) conceder prorrogação de prazo para o encerramento de inventários;

c) proceder à liquidação de firmas indivi-duais, em caso de falecimento de comer-ciante, e apuração de haveres do inventaria-do, em sociedade de que tenha participado;

d) funcionar em todos os processos admi-nistrativos que tenham por fim a proteção dos bens de ausentes;

e) decidir as dúvidas suscitadas por oficiais de registros públicos, excetuadas as oriun-das do registro civil de pessoas naturais e casamentos ou decorrentes da execução de sentença proferida por outro Juiz.

Art. 83. Compete ao Juízo de Vara de Infância e Juventude:

I – conhecer de representações promovidas pelo Ministério Público para apuração de ato infracional atribuído a adolescente, apli-cando as medidas cabíveis;

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II – conceder a remissão, como forma de suspensão ou extinção do processo;

III – conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes;

IV – conhecer de ações civis fundadas em interesses individuais, difusos ou coletivos afetos à criança e ao adolescente;

V – conhecer de ações decorrentes de irre-gularidades em entidades de atendimento, aplicando as medidas cabíveis;

VI – aplicar penalidades administrativas nos casos de infrações contra norma de prote-ção à criança ou adolescente;

VII – conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, aplicando as medidas ca-bíveis.

§ 1º Quando se tratar de criança ou ado-lescente, nas hipóteses do art. 98 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, é também competente o Juízo de Vara de Infância e Ju-ventude para o fim de:

I – conhecer de pedidos de guarda e tutela;

II – conhecer de ações de destituição do po-der familiar, perda ou modificação da tutela ou guarda;

III – suprir a capacidade ou o consentimen-to para o casamento;

IV – conhecer de pedidos baseados em dis-cordância paterna ou materna, em relação ao exercício do poder familiar;

V – conceder a emancipação, nos termos da lei civil, quando faltarem os pais;

VI – designar curador especial em casos de apresentação de queixa ou representação ou de outros procedimentos judiciais ou ex-trajudiciais em que haja interesses de crian-ça ou adolescente;

VII – conhecer de ações de alimentos;

VIII – determinar o cancelamento, a retifica-ção e o suprimento dos registros de nasci-mento e óbito.

§ 2º Compete, ainda, ao Juízo de Vara de In-fância e Juventude o poder normativo pre-visto no art. 149, da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, especialmente para conce-der autorização a menores de dezoito anos para quaisquer atos ou atividades em que ela seja exigida.

Art. 84. Compete ao Juízo de Vara de Acidente do Trabalho processar e julgar todas as ações relativas aos acidentes do trabalho e as adminis-trativas e contenciosas deles originárias, ainda que interessada a Fazenda Pública ou quaisquer autarquias e entidades paraestatais.

Subseção IIIDA COMPETÊNCIA DE

VARAS CRIMINAIS

Art. 85. Compete ao Juízo de Vara Criminal pro-cessar e julgar as ações penais, seus incidentes e o habeas corpus, salvo as de competência de varas especializadas.

Art. 86. Compete ao Juízo de Vara de Crimes contra a Criança e o Adolescente:

I – processar e julgar as ações penais dos cri-mes em que figurem como vítimas, ou den-tre as vítimas, a criança ou o adolescente. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 138, de 6 de janeiro de 2009.)

II – processar e julgar as ações penais dos crimes previstos na legislação federal de proteção à criança e ao adolescente.

Parágrafo único. Na distribuição dos feitos de natureza criminal para essa Vara Especia-lizada, ficarão excluídos os feitos de compe-tência do Tribunal do Júri. (Redação altera-da pelo art. 1º da Lei Complementar nº 138, de 6 de janeiro de 2009.)

Art. 87. Compete ao Juízo de Vara do Tribunal do Júri:

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I – processar as ações penais da competên-cia do Tribunal do Júri, ainda que anteriores à propositura da ação penal, até a pronún-cia, inclusive;

II – preparar as ações para julgamento, co-nhecendo e decidindo os incidentes poste-riores à pronúncia;

III – presidir o Tribunal do Júri.

Parágrafo único. Nas comarcas em que não haja vara especializada do Tribunal do Júri, compete a Vara Criminal ou a 1ª Vara Cri-minal processar as ações penais dos crimes dolosos contra a vida até a pronúncia, inclu-sive.

Art. 88. O Juízo da Vara de Execuções Penais e a Corregedoria dos estabelecimentos prisionais, respeitadas as disposições pertinentes na legis-lação federal, serão exercidos:

I – para os presos provisórios recolhidos em cadeias públicas em todas as comarcas do Estado, pelo Juízo da comarca sede do res-pectivo estabelecimento prisional; (Reda-ção alterada pelo art. 1º da Lei Complemen-tar nº 237, de 6 de setembro de 2013.)

I-A – para os presos em penitenciárias, co-lônias penais, presídios e hospitais de cus-tódia e tratamento psiquiátrico, localizados na Comarca do Recife, pelo Juízo da Vara de Execução Penal da Capital; (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de dezembro de 2015.)

II – para os presos em penitenciárias, colô-nias penais, presídios e hospitais de custó-dia e tratamento psiquiátrico, localizados nas demais Comarcas das 1ª Circunscrição Judiciária e nas 2ª e 3ª Circunscrições Ju-diciárias, pelo Juízo da 1ª Vara Regional de Execução Penal, com sede na Comarca da Capital; (Redação alterada pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de dezem-bro de 2015.)

III – para os presos em penitenciárias, co-lônias penais, presídios e hospitais de cus-

tódia e tratamento psiquiátrico, localizados nas 4ª, 5ª e 6ª Circunscrições Judiciárias, pelo Juízo da 2ª Vara Regional de Execução Penal, com sede na Comarca da Capital; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 168, de 6 de maio de 2011.)

IV – para as pessoas sujeitas ao cumprimen-to de penas restritivas de direitos ou medi-das alternativas nas comarcas não integran-tes das 1ª, 2ª e 3ª Circunscrições Judiciárias, pelos Juízos competentes no âmbito das respectivas jurisdições; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 168, de 6 de maio de 2011.)

V – para as pessoas sujeitas ao cumprimen-to de penas restritivas de direitos, nas co-marcas integrantes das 1ª, 2ª e 3ª Circuns-crições Judiciárias, inclusive em relação àquelas condenadas em outras comarcas, que passarem a ter domicílio na respectiva jurisdição, pelo Juízo da Vara Regional de Execução de Penas Alternativas, com sede na Comarca da Capital; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 168, de 6 de maio de 2011.)

VI – para os presos em penitenciárias, co-lônias penais, presídios e hospitais de cus-tódia e tratamento psiquiátrico, localizados nas 7ª, 8ª, 9ª, 10ª, 11ª e 12ª Circunscrições Judiciárias, pelo Juízo da 3ª Vara Regional de Execução Penal, com sede na Comarca de Caruaru; (Acrescido pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 168, de 6 de maio de 2011.)

VII – para os presos em penitenciárias, co-lônias penais, presídios e hospitais de cus-tódia e tratamento psiquiátrico, localizados nas 13ª, 14ª, 15ª, 16ª, 17ª e 18ª Circunscri-ções Judiciárias, pelo Juízo da 4ª Vara Re-gional de Execução Penal, com sede na Co-marca de Petrolina. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 237, de 6 de setembro de 2013.)

§ 1º Compete, ainda, ao Juízo da Vara de Execução de Penas Alternativas:

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I – promover a execução e fiscalização do condenado sujeito à suspensão condicio-nal da pena (SURSIS), podendo, inclusive, revogá-la, encaminhando os autos ao Juízo competente, e declarar extinta a punibili-dade em razão da expiração do prazo sem revogação;

II – (REVOGADO) (Revogado pelo art. 13 da Lei Complementar nº 359, de 8 de junho de 2017.)

III – cadastrar e credenciar entidades públi-cas ou com elas conveniar sobre programas comunitários, com vista à aplicação da pena restritiva de direitos de prestação de servi-ços à comunidade ou a entidades públicas;

IV – instituir e supervisionar programas co-munitários para os fins previstos no inciso anterior;

V – acompanhar pessoalmente, quando ne-cessário, a execução dos trabalhos.

§ 2º Haverá mudança de competência sem-pre que o preso for transferido para cumpri-mento de pena em estabelecimento prisio-nal, localizado em outra jurisdição, devendo o Juízo que recebeu o preso concordar, ex-pressamente, sobre a conveniência da re-moção.

§ 3º Nas comarcas onde existir mais de uma vara com competência criminal, privativa ou por distribuição, a competência para a execução das penas e a corregedoria do estabelecimento prisional serão exercidas pelo Juízo da 2ª Vara ou da 2ª Vara Criminal. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 168, de 6 de maio de 2011.)

§ 4º Compete ao Juízo de Vara de Execuções das Penas em Meio Aberto: (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 359, de 8 de junho de 2017.)

I – a execução de penas privativas de liber-dade em regime aberto provenientes de sentença penal condenatória, da suspensão condicional da pena e o regime aberto em

prisão domiciliar e livramento condicional; (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complemen-tar nº 359, de 8 de junho de 2017.)

II – fixar as condições do regime aberto em prisão domiciliar; (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 359, de 8 de junho de 2017.)

III – colaborar com a Vara de Execuções Pe-nais na descentralização de suas atividades; (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complemen-tar nº 359, de 8 de junho de 2017.)

IV – inspecionar os estabelecimentos onde se efetive o cumprimento de penas restriti-vas de liberdade em regime aberto prove-nientes de sentença penal condenatória; (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complemen-tar nº 359, de 8 de junho de 2017.)

V – executar e fiscalizar, no período de pro-va, o cumprimento das condições impostas ao acusado sujeito à suspensão condicional do processo, podendo, inclusive, revogá-las, encaminhando os autos ao juízo competen-te, e declarar extinta a punibilidade em ra-zão da expiração do prazo sem revogação. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complemen-tar nº 359, de 8 de junho de 2017.)

Art. 89. Compete ao Juízo de Vara de Crimes contra a Administração Pública e a Ordem Tri-butária processar e julgar os crimes contra a Ad-ministração Pública e a Ordem Tributária no âm-bito da Capital, ressalvada a competência dos Juizados Especiais Criminais, ou quando houver conexão ou continência com delitos de maior gravidade, cuja competência pertença a outro juízo. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 359, de 8 de junho de 2017.)

Art. 90. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 13 da Lei Complementar nº 359, de 8 de junho de 2017.)

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Subseção IVDA COMPETÊNCIA

DOS JUIZADOS ESPECIAIS(Acrescida pelo art. 2º da Lei Complementar

nº 143, de 18 de setembro de 2009.)

Art. 90-A. Compete aos Juizados Especiais Cíveis e das Relações de Consumo conciliar, processar, julgar e executar as causas cíveis de menor com-plexidade, incluídas as fundadas em conflitos decorrentes das relações de consumo, observa-do o disposto na Lei Fderal nº 9.099, de 26 de setembro de 1995. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de de-zembro de 2010.)

Art. 90-B. Compete aos Juizados Especiais Cri-minais, conciliar, processar, julgar e executar as infrações penais de menor potencial ofensivo, assim definidas pela Legislação Federal. (Reda-ção alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 145, de 11 de novembro de 2009.)

Art. 90-C. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 7º da Lei Complementar nº 366, de 10 de agosto de 2017.)

Art. 90-D. Compete ao Juizado Especial Criminal do Idoso conciliar, processar e julgar os delitos de menor potencial ofensivo, assim definidos pela legislação federal, que tenham por vítimas as pessoas com idade igual ou superior a ses-senta anos. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Com-plementar nº 143, de 18 de setembro de 2009.)

Art. 90-E. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezem-bro de 2010.)

I – (REVOGADO) (Revogado pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezem-bro de 2010.)

II – (REVOGADO) (Revogado pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezem-bro de 2010.)

Art. 90-F. Compete ao Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo e Criminal do Torce-dor conciliar, processar, julgar e executar as cau-sas cíveis e criminais decorrentes das atividades

reguladas pela lei Federal nº 10.671, de 15 de maio de 2003 (Estatuto do Torcedor). (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

Parágrafo único. Compete-lhe, ainda, con-ciliar, processar, julgar e executar as infra-ções peais de menor potencial ofensivo, as-sim definidas pela Legislação Federal, com a devida compensação das causas cíveis e criminais decorrentes das atividades regu-ladas pela Lei Federal nº 10.671, de 15 de maio de 2003. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

Art. 90-G. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezem-bro de 2010.)

Art. 90-H. Compete ao Juizado Especial da Fa-zenda Pública processar, conciliar, julgar e exe-cutar as causas cíveis de interesse do Estado e dos Municípios, das autarquias, fundações e empresas públicas a eles vinculadas, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos, respeitadas as exceções proibitivas e o limite estabelecido pelos §§ 1º e 2º do art. 2º, da Lei nº 12.153, de 22 de dezembro de 2009. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezem-bro de 2010.)

Parágrafo único. No foro onde estiver ins-talado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua competência passa a ser absoluta em relação a todas as outras unidades jurisdi-cionais, inclusive especializadas. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

Art. 90-I. Compete ao Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo e Criminal conciliar, processar, julgar e executar as causas cíveis e criminais previstas na Lei Federal nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, incluídas as fundadas em conflitos decorrentes das relações de consu-mo. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complemen-tar nº 366, de 10 de agosto de 2017.)

Art. 90-J. Os atos processuais em geral, nos Jui-zados Especiais, serão praticados por meio ele-

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trônico, observado o disposto na Lei Federal nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

Parágrafo único. As audiências serão grava-das em áudio e vídeo. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

Seção IV DAS SUBSTITUIÇÕES

Art. 91. A substituição do Juízo processar-se-á automaticamente, atendendo à ordem estabe-lecida na Tabela de Substituição editada por Re-solução do Tribunal de Justiça.

Parágrafo único. Para atender à necessida-de do serviço, o Presidente do Tribunal de Justiça poderá designar substituto, observa-dos os princípios que regem a Administra-ção Pública e os critérios objetivos definidos em Resolução do Tribunal de Justiça.

Art. 92. O Juiz a ser substituído comunicará o seu afastamento ao substituto, ao Presidente do Tribunal e ao Corregedor Geral da Justiça, salvo nos afastamentos eventuais.

Seção VDOS AUXILIARES E DOS ASSESSORES

Art. 93. Os Juízes estaduais poderão ser auxilia-dos diretamente por conciliadores ou mediado-res, na forma que dispuser Resolução do Tribu-nal de Justiça.

(Vide a Lei nº 14.247, de 17 de dezembro de 2010 – criação de funções gratificadas.)

TÍTULO II

Dos Feriados Forenses e Dos Plantões Judiciários

Art. 94. Além dos fixados em Lei, são feriados no âmbito da Justiça Estadual, os dias 23, 25, 26, 27, 28, 29 e 30 de junho; 11 de agosto; 24, 26,

27, 28, 29, 30 e 31 de dezembro. (Redação alte-rada pelo art. 2º da Lei Complementar nº 145, de 11 de novembro de 2009.)

Art. 95. O Tribunal de Justiça, mediante Resolu-ção, organizará plantões judiciários para os dias em que não houver expediente normal no foro.

Parágrafo único. As pessoas atingidas pela hipótese de remarcação de audiência, re-sultantes de feriados não previstos em lei, antecipações e inversões de expedientes fo-renses, cuja adoção deverá ser comunicada com antecedência de trinta (30) dias ao pú-blico, ressalvados os casos extraordinários e imprevisíveis, terão prioridade de data, in-clusive em ajuste de horário distinto àquele, cuja audiência foi anteriormente marcada.

LIVRO III

Dos Magistrados

TÍTULO I

Das Disposições Gerais

Art. 96. São magistrados os Desembargadores, os Juízes de Direito, os Juízes de Direito Substi-tutos e os Juízes Substitutos.

Parágrafo único. O magistrado aposentado perderá o tratamento correspondente ao cargo se:

I – inscrever-se nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil;

II – dedicar-se a atividades político-partidá-rias.

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TÍTULO II

Do Ingresso Na Magistratura

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 97. O ingresso na magistratura estadual dar-se-á em cargo de Juiz Substituto, vinculado à circunscrição judiciária, mediante nomeação e designação pelo Presidente do Tribunal de Justi-ça, segundo a ordem de classificação do concur-so público de provas e títulos.

Art. 98. O candidato ao cargo de Juiz Substituto deverá preencher os seguintes requisitos, den-tre outros estabelecidos no edital do concurso:

I – ser brasileiro no gozo de seus direitos ci-vis e políticos;

II – estar quite com o serviço militar;

III – ser bacharel em Direito, graduado em instituição oficial ou reconhecida;

IV – ter exercido durante três anos, no míni-mo, no último qüinqüênio, atividade jurídi-ca, segundo definição em lei federal;

V – ser portador de reconhecida idoneida-de moral e de respeitável conduta pessoal e social, de forma a caracterizar reputação ilibada;

VI – gozar de saúde físico-mental e equilí-brio psico-emocional que o habilite ao exer-cício do cargo.

§ 1º Os candidatos serão submetidos à inves-tigação relativa à apuração de sua reputação pela própria comissão examinadora, com au-xílio da Corregedoria Geral da Justiça, poden-do contratar entidade externa com essa es-pecialização, resguardados o sigilo da fonte e os dados pessoais dos interessados.

§ 2º A saúde físico-mental e o equilíbrio psico-emocional dos candidatos serão apu-rados por junta composta por médicos e psicólogos.

CAPÍTULO IIDO CONCURSO PÚBLICO

Art. 99. O concurso será aberto após a existên-cia de vagas e insuficiência de candidatos rema-nescentes aprovados em concurso anterior.

Art. 100. O Tribunal de Justiça constituirá a Co-missão Examinadora do Concurso, a quem com-pete elaborar o edital, observadas as seguintes normas gerais:

I – o edital de abertura do concurso conterá o quantitativo dos cargos de Juízes Substitu-tos vagos na primeira entrância, o subsídio inicial da carreira, as datas de início e térmi-no de cada fase até a homologação, e fixará, para a inscrição, prazo não inferior a trinta dias;

II – a Comissão Examinadora poderá dele-gar a elaboração, a aplicação e/ou a corre-ção das provas a instituições especializadas, de notório conceito técnico e de idoneidade reconhecida;

III – todas as provas serão eliminatórias, ex-ceto a de títulos;

IV – o prazo de validade do concurso será de dois anos, contado a partir da data da res-pectiva homologação, prorrogável uma úni-ca vez por igual período, por deliberação do Tribunal de Justiça;

V – a Comissão Examinadora, soberana em suas avaliações e decisões, assegurará o si-gilo das provas escritas até a identificação da autoria e dos resultados em sessão pú-blica;

VI – (REVOGADO) (Revogado pelo art. 1º da Lei Complementar nº 237, de 6 de setem-bro de 2013.)

VII – não haverá, em nenhuma hipótese, re-visão administrativa de prova e arredonda-mento de qualquer nota.

Art. 101. A Comissão Examinadora compor-se--á de quatro membros, sendo três desembar-gadores e um representante da Ordem dos Ad-

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vogados do Brasil, Secção de Pernambuco, sob a presidência de Desembargador indicado pelo Presidente do Tribunal de Justiça.

§ 1º A Comissão apreciará a idoneidade moral e a conduta pessoal e social do can-didato, assegurando a ele conhecer dos fundamentos da decisão que lhe restringir direitos, para os fins de recurso.

§ 2º (REVOGADO) (Revogado pelo art. 1º da Lei Complementar nº 237, de 6 de setem-bro de 2013.)

§ 3º O certificado de habilitação em curso oficial ou reconhecido de preparação à ma-gistratura, atendida a carga horária mínima exigida no edital, servirá como título para o concurso de ingresso na magistratura.

CAPÍTULO IIIDA NOMEAÇÃO, DA POSSE

E DO EXERCÍCIO

Art. 102. A nomeação será feita pelo Presidente do Tribunal de Justiça, obedecendo à ordem de classificação no concurso.

§ 1º Antes da nomeação, deverá o Presiden-te do Tribunal de Justiça divulgar a relação de todas as unidades judiciárias disponíveis, com a indicação da respectiva circunscrição, para a escolha dos candidatos.

§ 2º Ao candidato aprovado, será assegura-do o direito a:

I – renunciar antecipadamente à ordem de classificação para efeito de nomeação, caso em que será deslocado para o último lugar na lista dos classificados;

II – escolher a circunscrição, onde houver cargo disponível na ocasião, e, dentro des-ta, a unidade judiciária de sua preferência, obedecendo à ordem de classificação.

§ 3º A nomeação ficará automaticamente sem efeito, se o magistrado não entrar em

exercício dentro do prazo de trinta dias, prorrogável por igual período, a requeri-mento do interessado.

Art. 103. O nomeado tomará posse junto à Presidência do Tribunal de Justiça e entrará no exercício após deslocar-se à unidade judiciária que se vincular, dando ciência deste ato imedia-tamente ao Presidente do Tribunal de Justiça e ao Corregedor Geral da Justiça.

Art. 104. Os magistrados, no ato da posse, apre-sentarão declaração pormenorizada de seus bens e direitos, inclusive os que estiverem em nome de seus dependentes, e prestará o com-promisso de desempenhar com retidão as fun-ções do cargo, cumprindo as Constituições Fe-deral e Estadual e as leis.

Art. 105. Nas hipóteses de promoção, remoção ou permuta, o magistrado deverá entrar em exercício dentro de vinte dias, contados da pu-blicação do ato, sem prejuízo da antiguidade.

TÍTULO III

Da Movimentação Na Carreira

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 106. O acesso ao Tribunal de Justiça, a pro-moção, a remoção e a permuta de Juízes ocorre-rão em sessão pública, votação nominal, aberta e fundamentada.

Art. 107. O acesso, a promoção e a remoção far--se-ão por antiguidade e merecimento, alterna-damente, apurados na respectiva entrância.

§ 1º No caso de antiguidade, o Tribunal de Justiça somente poderá recusar o Juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois ter-ços de seus membros, conforme procedi-mento próprio e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indica-ção.

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§ 2º Tratando-se de vaga a ser provida pelo critério de merecimento, o acesso, a pro-moção ou a remoção recairá no Juiz que for incluído na lista tríplice organizada pelo Tribunal de Justiça e com o maior número de votos, sem prejuízo dos remanescentes mantidos em lista e observado o dispos-to no art. 93, II, letras "a", "b", "c" e "e" da Constituição Federal.

§ 3º Havendo empate durante os trabalhos de composição da lista tríplice, processar--se-á a novo escrutínio, repetindo-se a vo-tação quantas vezes forem necessárias apenas entre aqueles que obtiverem igual número de votos.

Art. 108. É vedada a promoção, a remoção e a permuta de Juiz Substituto não vitaliciado, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 303, de 1º de julho de 2015.)

Art. 109. O Tribunal de Justiça regulamentará, por Resolução, os critérios para a apuração do merecimento e o julgamento dos editais.

Art. 110. Havendo renúncia do indicado ao acesso, à promoção ou à remoção, o edital res-pectivo será reapreciado na primeira sessão que se seguir a essa manifestação, salvo se não hou-ver candidatos habilitados, hipótese em que se publicará novo edital.

Art. 111. Não será promovido ou removido por merecimento o Juiz:

I – em disponibilidade, ou que tenha sido removido compulsoriamente antes do seu provimento em outra comarca, nos últimos dois anos;

II – punido, no último ano, com pena de censura;

III – que não residir na sede da respectiva comarca, salvo por autorização do Tribunal de Justiça;

IV – que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal.

§ 1º Serão nulos os votos atribuídos a Juiz nas condições previstas neste artigo.

§ 2º O disposto nos incisos III e IV será apu-rado em processo disciplinar onde se facul-te ampla defesa ao imputado.

Art. 112. Elevada a Comarca, o Juiz titular per-manecerá vinculado à entrância originária, man-tida a respectiva jurisdição até a sua promoção ou remoção.

Seção IDO ACESSO E DA PROMOÇÃO

Art. 113. O acesso dar-se-á para o Tribunal de Justiça, e a promoção, de entrância para entrân-cia.

Art. 114. O acesso e a promoção por mereci-mento pressupõem dois anos de efetivo exer-cício na respectiva entrância e integrar o Juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver concorrente com tais requisitos.

Art. 115. A primeira quinta parte da lista de an-tiguidade será integrada pela quinta parte dos Juízes mais antigos da respectiva entrância, em efetivo exercício no cargo, não se computando os cargos vagos.

Art. 116. A primeira quinta parte será apurada na data da vacância do cargo ou, no caso do pri-meiro provimento, será apurada de acordo com a lista de antiguidade da respectiva entrância, vigente em janeiro do ano em que ocorrer a in-dicação para esse fim.

Art. 117. É obrigatório o acesso e a promoção do Juiz que figure por três vezes consecutivas, ou cinco alternadas, em lista de merecimento.

Seção IIDA REMOÇÃO E DA PERMUTA

Art. 118. A remoção voluntária e a permuta pressupõem dois anos de efetivo exercício na entrância e seis meses na comarca ou circuns-crição, salvo se não houver concorrente com tais requisitos para a remoção.

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Art. 119. A remoção precederá a qualquer outra forma de provimento.

Parágrafo único. Na primeira entrância, ine-xistindo pretendente à remoção, o cargo será declarado vago para nomeação.

Art. 120. A remoção será voluntária ou compul-sória.

Art. 121. A permuta ocorrerá entre cargos da mesma entrância ou categoria da mesma carrei-ra, vedada a permuta entre Juiz Titular e Substi-tuto.

Art. 122. O Tribunal de Justiça decidirá sobre a conveniência da permuta.

Art. 123. Não será permutado o Juiz:

I – que não atender aos requisitos previstos para a promoção e a remoção;

II – que estiver licenciado ou em disponibi-lidade;

III – que já houver sido permutado na ent-rância.

Parágrafo único. Os pedidos de permuta que não preencherem os requisitos previs-tos neste artigo serão indeferidos de plano pelo Presidente do Tribunal de Justiça.

Art. 124. O Regimento Interno do Tribunal de Justiça disporá sobre a remoção e a permuta de Desembargador.

CAPÍTULO II DO PROCESSO

Seção I DA INSCRIÇÃO

Art. 125. Os editais serão numerados, publica-dos e julgados na ordem de vacância.

Art. 126. A alternância dos critérios de mereci-mento e antiguidade dar-se-á em razão da or-dem seqüencial da vacância, na respectiva ent-rância, e por modalidade de provimento.

Art. 127. A desistência do pedido de inscrição será irrevogável e irretratável.

Art. 128. O Tribunal de Justiça instruirá os edi-tais de merecimento e apresentará a cada vo-tante, antes da sessão, a lista de magistrados inscritos, contendo os elementos necessários para a respectiva aferição.

Seção IIDA APURAÇÃO DA ANTIGUIDADE

Art. 129. A antiguidade dos Juízes apurar-se-á na entrância:

I – pelo efetivo exercício;

II – pela data da posse;

III – pela data da nomeação;

IV – pela colocação anterior na classe ou ca-tegoria da carreira em que se deu a promo-ção;

V – pelo tempo de serviço público efetivo;

VI – pela idade, prevalecendo o mais idoso.

Parágrafo único. Regular-se-á a antiguidade dos Desembargadores, independentemen-te das respectivas origens:

I – pela data em que se iniciou o exercício no Tribunal;

II – pela data da posse, se os exercícios tive-rem tido início na mesma data;

III – pela data da nomeação, se os exercícios tiverem tido início na mesma data;

IV – pela idade, quando coincidirem as da-tas mencionadas nos incisos anteriores.

Art. 130. O Presidente do Tribunal de Justiça fará publicar, em janeiro de cada ano, lista de antiguidade dos magistrados, para conhecimen-to e reclamação dos interessados, no prazo de dez dias.

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Seção IIIDA APURAÇÃO DO MERECIMENTO

Art. 131. A apuração dos pressupostos, bem como do desempenho e dos critérios objetivos de produtividade e presteza dos candidatos ins-critos, far-se-á após o encerramento do prazo de inscrição do edital, não se admitindo o inde-ferimento de plano de suas inscrições.

Subseção ÚnicaDOS CURSOS OFICIAIS PARA

PROMOÇÃO POR MERECIMENTO

Art. 132. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 8º da Lei Complementar nº 228, de 19 de abril de 2013.)

TÍTULO IV

Da Formação do Magistrado

Art. 133. A formação dos magistrados será rea-lizada em Cursos Oficiais de Preparação e Aper-feiçoamento de Magistrados, regulados ou re-conhecidos pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados.

Parágrafo único. Para cumprimento do dis-posto neste artigo, o Tribunal de Justiça po-derá firmar convênios com entidades de en-sino, inclusive internacionais.

TÍTULO V

Das Garantias da Magistratura

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 134. São garantias da magistratura, nos termos da Constituição da República, a vitalicie-dade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de vencimentos.

CAPÍTULO IIDO VITALICIAMENTO

Art. 135. São vitalícios os Desembargadores, os Juízes de Direito, os Juízes de Direito Substitu-tos e, após o prazo de vitaliciamento, os Juízes Substitutos.

Art. 136. Os Juízes Substitutos, após dois anos de exercício no cargo, tornar-se-ão vitalícios.

Art. 137. Após a nomeação para o cargo de Juiz Substituto, seguir-se-á o período bienal para aquisição da vitaliciedade, procedendo-se, en-tão, à avaliação do desempenho e aos exames de adaptação psicológica ao cargo e às funções.

§ 1º Compete à Corregedoria Geral da Jus-tiça avaliar o desempenho funcional do Juiz Substituto, remetendo, com sugestões e laudos, os processos individuais ao Conse-lho da Magistratura, até cento e vinte dias antes de findar o biênio.

§ 2º O Conselho da Magistratura, no prazo de até trinta dias, submeterá à decisão do Tribunal de Justiça parecer sobre a idonei-dade moral, conduta social, capacidade in-telectual, adaptação ao cargo e às funções, revelada pelo Juiz Substituto, com valoração de sua atividade jurisdicional no período de exercício no cargo, e os laudos dos exames, opinando quanto à aquisição ou não da vi-taliciedade.

§ 3º Se o parecer do Conselho da Magis-tratura for contrário à confirmação do Juiz Substituto, ser-lhe-á concedida oportunida-de de defesa, conforme dispuser Resolução do Tribunal de Justiça.

§ 4º O Tribunal de Justiça declarará que o Juiz Substituto preenche as condições para aquisição da vitaliciedade ou, pelo voto de dois terços dos seus membros, negar-lhe-á confirmação na carreira.

§ 5º O nome do Juiz Substituto não confirma-do será, antes de findo o biênio, comunicado ao Presidente do Tribunal de Justiça para que seja expedido o ato de exoneração.

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CAPÍTULO IIIDA INAMOVIBILIDADE

Art. 138. A inamovibilidade é garantia da inde-pendência e imparcialidade de todo magistra-do, pressuposto do juiz natural e constitui direi-to subjetivo da sociedade e do titular do cargo, implicando a sua violação sanções previstas em lei.

Art. 139. O Juiz, respondendo por comarca ou vara na condição de titular provisório, não po-derá ter o seu exercício interrompido enquanto não provida a vaga por remoção ou promoção, salvo motivo de interesse público.

§ 1º A mesma regra deste artigo aplica-se ao Juiz designado na condição de substitu-to, enquanto não desaparecidas as causas que motivaram o seu exercício.

§ 2º A garantia prevista neste artigo esten-de-se também ao Juiz que substituir provi-soriamente o substituto, nos limites da sua substituição.

§ 3º A garantia prevista neste artigo não se estende aos Juizados Especiais enquanto não providos por efeito de remoção e pro-moção.

TÍTULO VI

Da Remuneração

CAPÍTULO IDO TETO REMUNERATÓRIO

Art. 140. No âmbito do Poder Judiciário do Es-tado de Pernambuco, o valor do teto remu-neratório, nos termos do art. 37, inciso XI, da Constituição Federal, combinado com o seu art. 93, inciso V, é o subsídio de Desembargador do Tribunal de Justiça, que corresponde a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal do Ministro do Supremo Tribu-nal Federal.

Art. 141. Está sujeita ao teto remuneratório a percepção cumulativa de subsídio, remunera-ção, proventos e pensões, de qualquer origem, nos termos do inciso XI do art. 37 da Constitui-ção Federal.

CAPÍTULO II DO SUBSÍDIO

Art. 142. O subsídio mensal dos magistrados constitui-se exclusivamente de parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representa-ção ou outra espécie remuneratória, de qual-quer origem.

Art. 143. O valor do subsídio mensal dos Juízes de terceira entrância corresponderá a noventa por cento do subsídio de Desembargador, obser-vando-se, quanto aos demais magistrados de pri-meira instância, escalonamento, de uma para ou-tra das categorias da carreira, de dez por cento.

CAPÍTULO IIIDAS VERBAS REMUNERATÓRIAS

E INDENIZATÓRIAS

Art. 144. Não estão abrangidas pelo subsídio as seguintes verbas:

I – adiantamento de férias;

II – décimo terceiro salário;

III – terço constitucional de férias;

IV – retribuição pelo exercício, enquanto este perdurar, em comarca de difícil provi-mento;

(Vide o art. 7º da Lei nº 13.550, de 15 de setem-bro de 2008 – parâmetros a serem observados para fins de cálculo do décimo terceiro salário.)

V – exercício da Presidência do Tribunal de Justiça e do Conselho da Magistratura, da 1ª Vice-Presidência do Tribunal de Justiça, da

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2ª Vice-Presidência do Tribunal de Justiça e da Corregedoria Geral da Justiça; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 232, de 11 de junho de 2013.)

VI – investidura como Diretor do Foro;

(Vide o art. 7º da Lei nº 13.550, de 15 de setem-bro de 2008 – parâmetros a serem observados para fins de cálculo do décimo terceiro salário.)

VII – exercício cumulativo;

(Vide o art. 7º da Lei nº 13.550, de 15 de setem-bro de 2008 – parâmetros a serem observados para fins de cálculo do décimo terceiro salário.)

VIII – substituições administrativas;

(Vide o art. 7º da Lei nº 13.550, de 15 de setem-bro de 2008 – parâmetros a serem observados para fins de cálculo do décimo terceiro salário.)

IX – diferença de entrância e instância;

(Vide o art. 7º da Lei nº 13.550, de 15 de setem-bro de 2008 – parâmetros a serem observados para fins de cálculo do décimo terceiro salário.)

X – exercício de presidência de turmas jul-gadoras e efetiva participação em comis-sões permanentes no âmbito do Tribunal de Justiça, do Conselho da Magistratura e do Conselho de Administração da Justiça Esta-dual;

(Vide o art. 7º da Lei nº 13.550, de 15 de setem-bro de 2008 – parâmetros a serem observados para fins de cálculo do décimo terceiro salário.)

XI – exercício de função de Diretor Geral, Vi-ce-Diretor Geral e Juiz Supervisor da Escola Judicial e de direção do Centro de Estudos Judiciários; (Redação alterada pelo art. 2º da Lei Complementar nº 228, de 19 de abril de 2013.)

(Vide o art. 7º da Lei nº 13.550, de 15 de setem-bro de 2008 – parâmetros a serem observados para fins de cálculo do décimo terceiro salário.)

XII – exercício da função de Ouvidor Judici-ário;

(Vide o art. 7º da Lei nº 13.550, de 15 de setem-bro de 2008 – parâmetros a serem observados para fins de cálculo do décimo terceiro salário.)

XIII – exercício como Juiz Auxiliar na Presi-dência, na Vice-Presidência do Tribunal de Justiça e na Corregedoria Geral da Justiça;

(Vide o art. 7º da Lei nº 13.550, de 15 de setem-bro de 2008 – parâmetros a serem observados para fins de cálculo do décimo terceiro salário.)

XIV – coordenação geral e regional de ser-viços especializados, como Infância e Juven-tude, voluntariado e Juizados Especiais, ou pela participação em Turma Recursal;

(Vide o art. 7º da Lei nº 13.550, de 15 de setem-bro de 2008 – parâmetros a serem observados para fins de cálculo do décimo terceiro salário.)

XV – verbas remuneratórias devidas em de-corrência de decisão administrativa ou ju-dicial; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 138, de 6 de janeiro de 2009.)

XVI – ajuda de custo para mudança e trans-porte;

XVII – auxílio-moradia;

XVIII – diárias;

XIX – auxílio-funeral;

XX – indenização de transporte;

XXI – remuneração ou provento decorrente do exercício do magistério, nos termos do art. 95, parágrafo único, inciso I, da Consti-tuição Federal;

XXII – benefícios percebidos de planos de previdência instituídos por entidades fecha-das, ainda que extintas;

XXIII – devolução de valores tributários e/ou contribuições previdenciárias indevida-mente recolhidos;

XXIV – bolsa de estudo que tenha caráter remuneratório;

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(Vide o art. 7º da Lei nº 13.550, de 15 de setem-bro de 2008 – parâmetros a serem observados para fins de cálculo do décimo terceiro salário.)

XXV – abono de permanência em serviço, no mesmo valor da contribuição previden-ciária, conforme previsto no art. 40, §19, da Constituição Federal;

(Vide o art. 7º da Lei nº 13.550, de 15 de setem-bro de 2008 – parâmetros a serem observados para fins de cálculo do décimo terceiro salário.)

XXVI – auxílio alimentação; (Redação altera-da pelo art. 1º da Lei Complementar nº 353, de 23 de março de 2017.)

XXVII – demais verbas excluídas por Lei. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complemen-tar nº 353, de 23 de março de 2017.)

§ 1º As verbas de que tratam os incisos I, II e III não podem exceder o valor do teto remu-neratório do Ministro do Supremo Tribunal Federal, embora não se somem entre si e nem com o subsídio do mês em que se der o pagamento.

§ 2º As verbas de que tratam os incisos IV, V, VI, VII, VIII, X, XI, XII, XIII, XIV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXIII e XXVI têm natureza indeniza-tória, não se incorporando, a qualquer títu-lo, dado o seu caráter excepcional e tempo-rário ou transitório, ao subsídio mensal do magistrado. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 353, de 23 de mar-ço de 2017.)

§ 3º Ficam excluídas da incidência do teto remuneratório constitucional as verbas de que tratam os incisos IV, V, VI, VII, VIII, X, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXIII e XXVI. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 353, de 23 de março de 2017.)

§ 4º No caso do inciso V, o exercício subs-titutivo temporário, por qualquer período, importará no pagamento pro rata tempore. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complemen-tar nº 209, de 1º de outubro de 2012.)

Art. 145. Está sujeita ao teto remuneratório a percepção cumulativa de subsídio, remunera-ção, proventos e pensões, de qualquer origem, nos termos do inciso XI do art. 37 da Constitui-ção Federal, ressalvado o disposto no artigo an-terior.

CAPÍTULO IVDOS PERCENTUAIS E

VALORES DAS VERBAS

Art. 146. Os percentuais e os valores das verbas remuneratórias e indenizatórias de que trata o capítulo anterior são os seguintes, desde que não conflitantes com os previstos na Lei Orgâni-ca da Magistratura Nacional:

I – No caso do inciso IV, no percentual de dez por cento a vinte por cento do subsídio correspondente à classe ou categoria da carreira, a ser definido, até o dia 15 de maio de cada ano, para o ano seguinte, por ato do Presidente do Tribunal de Justiça, apro-vado pelo Conselho da Magistratura;

II – No caso do inciso V, os percentuais são:

a) trinta e cinco por cento do subsídio de Desembargador, para o cargo de Presidente do Tribunal de Justiça;

b) vinte e cinco por cento do subsídio de Desembargador, para os cargos de 1º e 2º Vice-Presidentes do Tribunal de Justiça; (Re-dação alterada pelo art. 1º da Lei Comple-mentar nº 232, de 11 de junho de 2013.)

c) vinte por cento do subsídio de Desem-bargador, para o cargo de Corregedor Geral da Justiça.

III – No caso do inciso VI, os percentuais serão de dez por cento para a Comarca da Capital e cinco por cento para as comarcas de 2ª entrância, excetuadas aquelas com até três varas, do subsídio correspondente à classe ou categoria da carreira;

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IV – No caso dos incisos VII, VIII e IX, no per-centual de dez por cento do subsídio corres-pondente à classe ou categoria da carreira, se houver acumulação, por qualquer perí-odo, não podendo exceder de duas e não acumulável com diárias; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 209, de 1º de outubro de 2012.)

V – Nos casos dos incisos X, XI, XII e XIII, no percentual de dez por cento do subsídio correspondente à classe ou categoria da carreira;

VI – No caso do inciso XIV, no percentual de dez por cento do subsídio correspondente à classe ou categoria da carreira; (Redação al-terada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 204, de 22 de maio de 2012.)

VII – No caso do inciso XVI, no percentual de até cem por cento do subsídio corres-pondente à classe ou categoria da carrei-ra, para atender às despesas efetivamente realizadas e comprovadas, decorrentes de remoção ou promoção, com mudança de residência de uma para outra comarca ou circunscrição, devidamente constatada pela Corregedoria Geral da Justiça;

VIII – No caso do inciso XVII, para atender a despesa com moradia, a verba indenizató-ria, pelo efetivo exercício em comarca onde não haja residência oficial à disposição do magistrado, o valor será definido em Reso-lução do Tribunal de Justiça; (Redação alte-rada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 353, de 23 de março de 2017.)

IX – No caso dos incisos XVIII, XX e XXVI, os valores serão definidos em Resolução do Tribunal de Justiça; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 353, de 23 de março de 2017.)

X – No caso do inciso XIX, o valor será igual ao do subsídio do falecido, no mês do faleci-mento, a ser pago ao cônjuge sobrevivente ou companheiro e, em sua falta, aos herdei-ros e dependentes daquele, ainda que apo-sentado ou em disponibilidade.

LIVRO IV

Dos Serviços Auxiliares da Justiça

TÍTULO ÚNICO

Das Normas Gerais de Organização

Art. 147. Os Serviços Auxiliares da Justiça serão disciplinados por lei, Regimentos Internos dos órgãos do Poder Judiciário ou Resolução do Tri-bunal de Justiça.

Parágrafo único. O Estatuto dos Servidores do Poder Judiciário definirá o seu regime ju-rídico, formas de investidura, remuneração e regime disciplinar, de modo a assegurar a boa prestação jurisdicional, respeitadas as normas desta Lei.

Art. 148. Os Serviços Auxiliares da Justiça serão executados:

I – diretamente, pelos servidores do Poder Judiciário estadual;

II – indiretamente, pela colaboração popu-lar, voluntária ou não, e por entidades pú-blicas ou privadas.

§ 1º Os Serviços Auxiliares poderão ser de-legados a entidades públicas ou privadas, na forma da lei.

§ 2º Resolução do Tribunal de Justiça regu-lamentará a prestação de serviços voluntá-rios ao Poder Judiciário.

§ 3º As funções previstas no caput deste ar-tigo, onde não houver serviço auxiliar pró-prio, serão confiadas a pessoas físicas idô-neas e, quando possível, com especialização técnica, observadas as cautelas das leis pro-cessuais, de forma que não haja a interrup-ção da prestação jurisdicional.

§ 4º Na hipótese prevista no parágrafo an-terior, as partes custearão os honorários fixados em favor do nomeado ou, se bene-ficiárias pela gratuidade, o próprio Poder

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Judiciário o fará com recursos próprios, nos termos e limites fixados em Resolução do Tribunal de Justiça.

Art. 149. As funções de confiança do Juízo e do Foro Judicial, bem assim as suas substituições, serão preenchidas por designação do Presiden-te do Tribunal de Justiça, após indicação do Juiz Titular e do Diretor do Foro, respectivamente.

§ 1º A escolha far-se-á dentre os servidores do Poder Judiciário habilitados, na forma da lei, ao exercício da função.

§ 2º Não se aplicam as disposições deste ar-tigo em relação às funções de confiança que a lei dispuser como de indicação privativa do Presidente do Tribunal.

Art. 150. Os magistrados de primeira instância serão assessorados, nos termos da lei, por servi-dores do Poder Judiciário.

§ 1º Só poderá funcionar, na assessoria do Juiz, o servidor bacharel ou acadêmico em Direito, atendidos os requisitos previstos em Resolução do Tribunal de Justiça.

§ 2º Ao assessor do magistrado, será atribu-ída gratificação definida em lei.

Art. 151. O número de secretarias não excederá ao de varas e Juizados. (Redação alterada pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de de-zembro de 2015.)

Parágrafo único. O Tribunal de Justiça po-derá, mediante Resolução: (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de dezembro de 2015.)

I – vincular uma Secretaria a mais de um Ju-ízo; (Acrescido pelo art. 2º da Lei Comple-mentar nº 310, de 9 de dezembro de 2015.)

II – atribuir estrutura diferenciada às Secre-tarias nas quais o exigirem a competência e/ou o volume de distribuição do Juízo a que estejam vinculadas; (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de de-zembro de 2015.)

III – instituir Diretorias Processuais de 1º Grau, vinculadas a grupos definidos de va-ras ou juizados, para fins de planejamento, organização, direção, controle e execução das atividades cartorárias; (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de dezembro de 2015.)

IV – instituir Secretarias ou Diretorias de Processamento Remoto para planejamento, organização, direção, controle e execução das atividades cartorárias nos processos ju-diciais eletrônicos. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de de-zembro de 2015.)

Art. 152. O Oficial de Justiça vincula-se, jurisdi-cionalmente, ao juiz ou relator responsável pela expedição da ordem a ser cumprida e, adminis-trativamente, à Diretoria do Foro ou à Secreta-ria Judiciária do Tribunal de Justiça, onde terá lotação.

LIVRO V

Dos Serviços Notariais e De Registro

TÍTULO I

Da Organização e Do Funcionamento

Art. 153. Os Serviços Notariais e de Registro, organizados técnica e administrativamente no território estadual para garantir a publicidade, a autenticidade, a segurança e a eficácia dos atos jurídicos, são exercidos em caráter privado por delegação do Poder Judiciário do Estado de Per-nambuco, conforme estabelecido em lei espe-cial de iniciativa do Tribunal de Justiça.

Art. 154. Os Serviços Notariais e de Registro se-rão instituídos por Resolução do Tribunal de Jus-tiça, de iniciativa de seu Presidente, fundada em estudo da viabilidade econômica e do interesse público.

Art. 155. A Corregedoria Geral da Justiça edita-rá provimento estabelecendo dias e horários de

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funcionamento dos Serviços Extrajudiciais e re-gulamentará o regime de plantão nos sábados, domingos e feriados.

Parágrafo único. Sem prejuízo no disposto neste artigo, o titular da respectiva serven-tia poderá definir outro horário de funcio-namento, inclusive aos sábados, domingos e feriados, desde que seja comunicado pre-viamente à Corregedoria Geral da Justiça.

Art. 156. Os Serviços Notariais e de Registro Pú-blico poderão ser anexados nos Municípios que não comportarem, em razão do volume dos ser-viços ou da receita, conforme aferido em estudo de viabilidade econômica, a instalação de mais de um dos serviços, por decisão da Corte Espe-cial.

Parágrafo único. Por decisão da Corte Es-pecial poderão ser desanexados os serviços notariais e de registro público exercidos, cumulativamente, por um só ofício, quan-do, em razão do volume dos serviços, o in-teresse público recomendar, respeitados os direitos adquiridos.

TÍTULO II

Do Ingresso na Atividade Notarial e De Registro

Art. 157. A delegação para a atividade de Ser-viço Notarial e de Registro observará concurso público de provas e títulos.

Parágrafo único. As vagas serão preenchi-das alternadamente, duas terças partes por concurso público de provas e títulos e uma terça parte por meio de remoção, mediante concurso de títulos, não se permitindo que qualquer Serventia Notarial ou de Registro fique vaga, sem abertura de concurso de provimento inicial ou de remoção, por mais de seis meses.

Art. 158. Verificada a absoluta impossibilidade de se prover, através de concurso público, a ti-tularidade de Serviço Notarial ou de Registro,

por desinteresse ou inexistência de candidatos, o Tribunal de Justiça promoverá a extinção do Serviço e a anexação de suas atribuições ao Ser-viço da mesma natureza mais próximo ou àque-le localizado na sede do respectivo Município ou de Município contíguo.

TÍTULO III

Da Fiscalização e Da Disciplina

Art. 159. A Corregedoria Geral da Justiça terá atribuições para fiscalizar, processar e julgar as infrações administrativas praticadas no âmbito do Serviço Notarial e de Registro, nos termos da lei.

Art. 160. Na hipótese de pena de extinção da delegação a Notário ou a Oficial de Registro, o Presidente do Tribunal de Justiça declarará vago o respectivo Serviço, designará o substituto mais antigo para responder pelo expediente e abrirá concurso.

LIVRO VI

Das Disposições Finais e Transitórias

TÍTULO I

Das Disposições Finais

Art. 161. As casas oficiais serão ocupadas pelos Juízes, respeitada a ordem de antiguidade na respectiva comarca e na forma que dispuser Re-solução do Tribunal de Justiça.

Art. 162. Os magistrados, anualmente, enviarão ao Tribunal de Justiça a declaração pormenori-zada de seus bens e direitos, inclusive os que es-tiverem em nome de seus dependentes.

Art. 163. A fim de preservar a sistemática e a unidade deste Código, toda lei que tratar de di-visão, organização judiciária e serviços judiciais e delegados do Poder Judiciário estadual deve-rá manter a uniformidade da classificação e das

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denominações das unidades judiciárias, atuali-zados os seus respectivos anexos.

Art. 164. A convocação de Juízes para servirem como auxiliares ou assessores do Tribunal de Justiça não poderá ser renovada por mais de um período consecutivo.

Art. 165. Os cargos de magistrados e a respecti-va jurisdição a que se vinculam são os constan-tes do Anexo III desta Lei.

Art. 166. As varas por distribuição ou varas cí-veis e por distribuição, ou especializadas por distribuição, entre si, excetuadas as Varas de In-fância e Juventude, terão competência comum e concorrente a partir da vigência deste Código, salvo em relação às exceções previstas neste Código e aos processos anteriormente distribu-ídos.

Art. 166-A. Na Comarca da Capital, as Varas Cí-veis e as Varas de Execução de Títulos Extrajudi-ciais subdividir-se-ão em duas seções, denomi-nadas de Seção A e Seção B. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 359, de 8 de junho de 2017.)

§ 1º As Seções A e B funcionarão vinculadas a Secretaria única. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

§ 2º Cada Seção contará com um juiz titular e com equipes de apoio administrativo e de assessoramento próprias. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

§ 3º A coordenação administrativa da Vara será exercida pelo juiz mais antigo na unida-de ou, havendo empate, pelo juiz mais an-tigo na entrância, salvo indicação contrária do Presidente do Tribunal. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

§ 4º A Seção A funcionará das 07 às 13 ho-ras e a Seção B das 13 às 19 horas, garantido o atendimento aos advogados, às partes e ao público em dois turnos ininterruptamen-

te e em relação aos processos vinculados a ambas as seções. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

Art. 167. O Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Pernambuco aplica-se aos servido-res do Poder Judiciário supletivamente e, tam-bém, no que couber, à magistratura estadual.

Art. 168. Ficam oficializados os cursos mantidos pela Escola Superior da Magistratura de Per-nambuco – ESMAPE.

Art. 169. Os concursos públicos e os processos seletivos para provimento de cargos, empregos e funções públicas, no âmbito do Poder Judiciá-rio do Estado de Pernambuco, reger- se-ão pe-los respectivos regulamentos editados pelo Tri-bunal de Justiça, respeitadas as normas gerais constantes da legislação federal e desta Lei.

TÍTULO II

Das Disposições Transitórias

(Vide o art. 3º da Lei Complementar nº 143, de 18 de setembro de 2009 – extinção de cargos.)

Art. 170. Compete ao Tribunal de Justiça, en-quanto não o fizer a Escola Nacional de Forma-ção e Aperfeiçoamento de Magistrados, regu-lamentar e reconhecer os cursos de formação, aperfeiçoamento, vitaliciamento e promoção de magistrados.

Art. 171. Passam a integrar a Segunda Entrância as Comarcas de Afogados da Ingazeira, Araripi-na, Itamaracá, Ouricuri e Salgueiro.

Parágrafo único. Quando da vacância, ficam transformados os cargos de Juiz de Direito de 1ª Entrância, vinculados às Comarcas in-dicadas no caput, em cargos de Juiz de Di-reito de 2ª Entrância.

Art. 172. Passam a integrar a Primeira Entrância as Comarcas de Bom Conselho, Bom Jardim, Ca-nhotinho, Catende, Glória do Goitá, São Bento do Una, São Caetano e Vertentes.

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Parágrafo único. Quando da vacância, ficam transformados os cargos de Juiz de Direito de 2ª Entrância, vinculados às Comarcas in-dicadas no caput, em cargos de Juiz de Di-reito de 1ª Entrância.

Art. 173. Ficam criados, com lotação exclusiva na Corregedoria Geral da Justiça, vinte e cinco cargos, de provimento efetivo, de Analista Judi-ciário, da função Apoio Especializado, Simbolo-gia APJ, cujas atribuições e requisitos de ingres-so são os constantes do Anexo IV desta Lei.

(Vide o art. 2º da Lei Complementar nº 138, de 6 de janeiro de 2009 – transformação de cargos com requisitos de provimento e atribuições.)

(Vide a Lei nº 14.157, de 8 de setembro de 2010 – criação da Auditoria de Inspeção da Correge-doria Geral da Justiça.)

Art. 174. Fica transformado o cargo isolado de Auditor da Justiça Militar do Estado no cargo de carreira de Juiz de Direito de 3ª Entrância.

Art. 175. Ficam transformados: (Redação altera-da pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

I – Na Comarca de Abreu e Lima, o Juizado Especial Cível no Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

II – Na Comarca de Afogados da Ingazeira, as 1ª e 2ª Varas em 1ª e 2ª Varas Cíveis, res-pectivamente; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

III – Na Comarca de Araripina, o Juizado Es-pecial Cível no Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

IV – Na Comarca de Arcoverde, o Juizado Es-pecial Cível no Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

V – Na Comarca de Belo Jardim, o Juizado Especial Cível no Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

VI – Na Comarca de Bezerros, o Juizado Es-pecial Cível no Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

VII – na Comarca de Buíque, a Vara única em 1ª Vara; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de de-zembro de 2010.)

VIII – Na Comarca do Cabo, o Juizado Espe-cial Cível no Juizado Especial Cível e das Re-lações de Consumo; (Redação alterada pelo art.1º da Lei Complmentar nº 204, de 22 de maio de 2012.)

IX – na Comarca de Camaragibe: (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

a) as 1ª, 2ª e 3ª Varas em 1ª, 2ª e 3ª Va-ras Cíveis, respectivamente; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

b) a 4ª Vara em 1ª Vara Criminal; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

c) o Juizado Especial Cível em Juizado Es-pecial Cível e das Relações de Consumo; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

X – na Comarca de Carpina: (Redação alte-rada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

a) a Vara de Assistência Judiciária em 3ª Vara; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

b) o Juizado Especial Cível no Juizado Es-pecial Cível e das Relações de Consumo;

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(Redação alterada pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XI – na Comarca de Caruaru: (Redação al-terada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

a) a Vara de Assistência Judiciária em 3ª Vara; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Comple-mentar º 163, de 17 de dezembro de 2010.)

b) o Juizado Especial Cível em Juizado Es-pecial Cível e das Relações de Consumo; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar º 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XII – na Comarca de Escada, as duas varas existentes em 1ª e 2ª Varas; (Redação al-terada pelo art. 1º da Lei Complementar º 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XIII – na Comarca de Floresta, a Vara única em 1ª Vara; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar º 163, de 17 de de-zembro de 2010.)

XIV – na Comarca de Garanhuns: (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar º 163, de 17 de dezembro de 2010.)

a) Vara de Assistência Judiciária em 3ª Vara Cível; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Comple-mentar º 163, de 17 de dezembro de 2010.)

b) o Juizado Especial Cível em Juizado Es-pecial Cível e das Relações de Consumo; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XV – na Comarca de Goiana, o Juizado Es-pecial Cível em Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo e Criminal; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 366, de 10 de agosto de 2017.)

XVI – na Comarca de Gravatá, o Juizado Es-pecial Cível no Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XVII – na Comarca de Igarassu, o Juizado Es-pecial Cível no Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XVIII – Na Comarca de Ipojuca, o Juizado Es-pecial Cível no Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo; (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XIX – Na Comarca de Jaboatão dos Guara-rapes: (Acrescido pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

a) as 4ª, 6ª, 7ª e 8ª Varas Cíveis em 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Varas de Família e Registro Civil, res-pectivamente; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

b) a 9ª Vara Cível em Vara de Sucessões e Registros Públicos; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de de-zembro de 2010.)

c) a 3ª Vara Cível em Vara da Infância e Ju-ventude; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

d) a 5ª Vara Cível em 3ª Vara Cível; (Acresci-da pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

e) os 1º, 2º e 3º Juizados Especiais Cíveis nos 1º, 2º e 3º Juizados Especiais Cíveis e das Relações de Consumo, respectivamente; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

f) a 2ª Vara da Fazenda Pública em Vara dos Executivos Fiscais; (Acrescida pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de de-zembro de 2015.)

g) a 3ª Vara da Fazenda Pública em 2ª Vara da Fazenda Pública; (Acrescida pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de de-zembro de 2015.)

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XX – na Comarca de Limoeiro, o Juizado Es-pecial Cível em Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo; (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XXI – Na Comarca de Nazaré da Mata, a Vara única em 1ª Vara; (Acrescido pelo art.

§ 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XXII – Na Comarca de Olinda: (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

a) a 6ª Vara Cível em 2ª Vara da Fazenda Pública, ficando a atual Vara da Fazenda Pú-blica transformada em 1ª Vara da Fazenda Pública; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

b) as 7ª, 8ª e 9ª Varas Cíveis em 1ª, 2ª e 3ª Varas de Família e Registro Civil, respectiva-mente; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

c) a 10ª Vara Cível em Vara de Sucessões e Registros Públicos; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de de-zembro de 2010.)

d) os 1º, 2º e 3º Juizados Especiais Cíveis nos 1º, 2º e 3º Juizados Especiais Cíveis e das Relações de Consumo, respectiva-mente; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XXIII – Na Comarca de Ouricuri, o Juizado Especial Cível no Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo; (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XXIV – na Comarca de Palmares, o Juizado Especial Cível em Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo; (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XXV – Na Comarca de Paulista: (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

a) as 4ª e 5ª Varas Cíveis em 1ª e 2ª Varas de Família e Registro Civil, respectivamente; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

b) os 1º e 2º Juizados Especiais Cíveis nos 1º e 2º Juizados Especiais Cíveis e das Rela-ções de Consumo, respectivamente; (Acres-cida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XXVI – Na Comarca de Pesqueira, o Juizado Especial Cível no Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo; (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XXVII – na Comarca de Petrolina: (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

a) a Vara de Assistência Judiciária em 5ª Vara Cível; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Comple-mentar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

b) o Juizado Especial Cível em Juizado Es-pecial Cível e das Relações de Consumo; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

c) a Central de Carta de Ordem, Precatória e Rogatória na Central de Agilização Proces-sual, com jurisdição no interior do Estado de Pernambuco, conforme dispuser regula-mento. (Acrescida pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

d) o Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo em 1º Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo. (Acrescida pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de dezembro de 2015.)

XXVIII – Na Comarca de Salgueiro, o Juizado Especial Cível no Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo; (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

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XXIX – Na Comarca de Santa Cruz do Capi-baribe: (Redação alterada pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de dezembro de 2015.)

a) o Juizado Especial Cível no Juizado Es-pecial Cível e das Relações de Consumo; (Acrescida pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de dezembro de 2015.)

b) a 3ª Vara Cível em Vara Regional da In-fância e Juventude. (Acrescida pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de de-zembro de 2015.)

XXX – Na Comarca de São Lourenço da Mata, o Juizado Especial Cível no Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo; (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complemen-tar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XXXI – Na Comarca de Serra Talhada: (Reda-ção alterada pelo art. 2º da Lei Complemen-tar nº 310, de 9 de dezembro de 2015.)

a) o Juizado Especial Cível no Juizado Es-pecial Cível e das Relações de Consumo; (Acrescida pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de dezembro de 2015.)

b) a 3ª Vara Cível em Vara Regional da In-fância e Juventude. (Acrescida pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de de-zembro de 2015.)

XXXII – Na Comarca de Surubim, o Juizado Especial Cível no Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo; (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XXXIII – na Comarca de Timbaúba, o Juizado Especial Cível no Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo; (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XXXIV – Na Comarca de Vitória de Santo An-tônio, o Juizado Especial Cível em Juizados Especial Cível e das Relações de Consumo. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complemen-tar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XXXV – Na Comarca da Capital: (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

a) as 1ª e 2ª Varas de Órfãos, Interditos e Ausentes em 4ª e 5ª Varas de Sucessões e Registros Públicos, respectivamente; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

b) A Auditoria da Justiça Militar em Vara da Justiça Militar; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

c) os 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10º, 11º, 12º, 13º, 14º, 15º, 16º, 17º, 18º, 19º e 20º Juizados Especiais Cíveis nos 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10º, 11º, 12º, 13º, 14º, 15º, 16º, 17º, 18º, 19º e 20º Juizados Especiais Cíveis e das Relações de Consumo, respectivamente; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

d) os 1º, 2º, 3º e 4º Juizados Especiais das Relações de Consumo nos 21º, 22º, 23º e 24º Juizados Especiais Cíveis e das Relações de Consumo, respectivamente; (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

e) o Juizado Especial Cível do Idoso no Jui-zado Especial Cível e das Relações de Con-sumo do Idoso; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezem-bro de 2010.)

f) o Juizado Especial Cível e Criminal do Torcedor no Juizado Especial Cível e das Re-lações de Consumo e Criminal do Torcedor; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

g) os 1º, 2º, 3º e 4º Juizados Especiais Cí-veis nos 1º, 2º, 3º e 4º Juizados Especiais Cíveis e das Relações de Consumo, respecti-vamente; (Acrescida pelo art.1º da Lei Com-plementar nº 204, de 22 de maio de 2012.)

h) a 9ª e a 14ª Varas Criminais, respectiva-mente, na 3ª e na 4ª Varas de Entorpecen-tes. (Acrescida pelo art.1º da Lei Comple-mentar nº 204, de 22 de maio de 2012.)

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(Vide o art. 2º da Lei Complementar nº 204, de 22 de maio de 2012 – transformação de Comar-cas.)

i) a 15ª e 16ª Varas de Família e Registro Civil em 1ª e 2ª Varas de Execução de Títu-los Extrajudiciais; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 298, de 10 de março de 2015.)

j) O Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo do Idoso no 25º Juizado Es-pecial Cível e das Relações de Consumo. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complemen-tar nº 298, de 10 de março de 2015.)

k) a 1ª Vara dos Executivos Fiscais Munici-pais em 3ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; (Acrescida pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de dezembro de 2015.)

l) a atual 2ª Vara dos Executivos Fiscais Municipais em Vara dos Executivos Fiscais Municipais. (Acrescida pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de dezembro de 2015.)

Parágrafo único. As transformações de que tratam os incisos VII, XIII e XXI do caput des-te artigo somente produzirão efeitos a par-tir da instalação, na respectiva jurisdição, das varas criadas por esta Lei. (Redação al-terada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

Art. 176. Fica transformada em Vara Regional da Infância e Juventude da 1ª Circunscrição Judiciá-ria, a 3ª Vara da Infância e Juventude da Comar-ca da Capital.

Art. 177. Ficam transformadas em Varas Regio-nais da Infância e Juventude, da respectiva cir-cunscrição:

I – a Vara da Infância e Juventude da Comar-ca de Cabo de Santo Agostinho;

II – a Vara da Infância e Juventude da Co-marca de Caruaru;

III – a Vara da Infância e Juventude da Co-marca de Garanhuns;

IV – a Vara da Infância e Juventude da Co-marca de Petrolina.

Parágrafo único. As Varas de que tratam os incisos do caput deste artigo permanecerão com a competência plena de Juízo de Vara de Infância e Juventude na comarca sede e, no âmbito da respectiva jurisdição regional; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Comple-mentar nº 252, de 11 de dezembro de 2013.)

I – terão a mesma competência do Juízo da Vara Regional da 1ª Circunscrição Judi-ciárias; (Acrescido pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 252, de 11 de dezembro de 2013.)

II – terão competência para julgar as ações de adoção oriundas do Cadastro Nacional de Adoção, com a consequente alimentação deste. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 252, de 11 de dezembro de 2013.)

Art. 178. Ficam criadas, nas sedes das 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 8ª, 9ª, 11ª, 12ª, 13ª 14ª, 15ª, 16ª e 17ª Circunscrições Judiciárias, Varas Regionais da Infância e Juventude, com as respectivas Secre-tarias.

Parágrafo único. As Varas de que trata o ca-put deste artigo terão competência plena de Juízo de Vara de Infância e Juventude na comarca sede e, no âmbito da respectiva ju-risdição regional: (Redação alterada pela Lei Complementar nº 252, de 11 de dezembro de 2013.)

I – terão a mesma competência do Juízo da Vara Regional da 1ª Circunscrição Judiciá-rias; (Acrescido pela Lei Complementar nº 252, de 11 de dezembro de 2013.)

II – terão para julgar as ações de adoção oriundas do Cadastro Nacional de Adoção, com a consequente alimentação deste. (Acrescido pela Lei Complementar nº 252, de 11 de dezembro de 2013.)

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Art. 179. Ficam extintas as Varas Regionais cria-das pela Lei Estadual nº 11.376, de 13 de agosto de 1996.

Art. 180. Ficam criados, com as respectivas Se-cretarias, na Comarca da Capital: (Redação alte-rada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

I – as 6ª e 7ª Varas de Sucessões e Registros Públicos;

II – a 2ª Vara de Crimes contra a Criança e o Adolescente, ficando, com a sua instalação, transformada a atual Vara de Crimes contra a Criança e o Adolescente em 1ª Vara de Cri-mes contra a Criança e o Adolescente;

III – as 13ª, 14ª, 15ª e 16ª Varas de Família e Registro Civil;

IV – a 3ª e a 4ª Varas da Infância e Juven-tude, com competência para processar e julgar as representações promovidas pelo Ministério Público para apuração de ato in-fracional atribuído a adolescente;

V – a 2ª Vara de Acidente do Trabalho, fi-cando, com a sua instalação, a atual Vara de Acidente do Trabalho transformada em 1ª Vara de Acidente do Trabalho;

VI – os 1º, 2º, 3º e 4º Juizados Especiais da Fazenda Pública; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

VII – os 3º e 4º Juizados Especiais Criminais; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 143, de 18 de setembro de 2009.)

VIII – o 2º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a mulher, ficando, com a sua instalação, o atual Juizado de Violência Do-méstica e Familiar contra a Mulher, transfor-mado em 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, com competência definida no §1º, do art. 1º, da Lei Federal nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), excluídos os feitos de natureza criminal de competência do Tribunal do Júri,

aplicando-se-lhes as normas da legislação processual e específica relativa à criança, ao adolescente e ao idoso que não conflitarem com o estabelecido na referida Lei Federal; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Comple-mentar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

IX – o Juizado Especial do idoso; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

X – a Central de Cartas de Ordem, Precató-ria e Rogatória; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XI – a Central de Conciliação, Mediação e Arbitragem; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de de-zembro de 2010.)

XII – a Central de Combate ao Crime Organi-zado, com jurisdição em todo o território do Estado de Pernambuco; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XIII – (SUPRIMIDO) (Suprimido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de de-zembro de 2010.)

XIV – (SUPRIMIDO) (Suprimido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de de-zembro de 2010.)

XV – a Central de Agilização Processual, com jurisdição em todo o território do Re-cife e da Região Metropolitana. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

XVI – a Central de Flagrantes; (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de dezembro de 2015.)

XVII – a Vara de Execução Penal. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de dezembro de 2015.)

XVIII – A Vara de Execuções das Penas em Meio Aberto. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 359, de 8 de junho de 2017.)

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Parágrafo único. A competência das 3ª e 4ª Varas da Infância e Juventude, até a sua instalação, será exercida pela Vara Regional da Infância e Juventude da 1ª Circunscrição Judiciária. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezem-bro de 2010.)

Art. 181. Ficam criados, na segunda entrância, com as respectivas Secretarias: (Redação altera-da pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

I – na Comarca de Abreu e Lima:

a) a Vara Criminal, ficando, com a sua insta-lação, as atuais 1ª, 2ª e 3ª Varas transforma-das em 1ª, 2ª e 3ª Varas Cíveis, respectiva-mente;

b) o Juizado Especial Criminal; (Redação al-terada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

II – na Comarca de Araripina: (Redação al-terada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 143, de 18 de setembro de 2009.)

a) a 3ª Vara Cível, ficando, com a sua insta-lação, as atuais 1ª e 2ª Varas transformadas em 1ª e 2ª Varas Cíveis, respectivamente;

b) a Vara Criminal;

c) o Juizado Especial Cível; (Redação altera-da pelo art. 1º da Lei Complementar nº 143, de 18 de setembro de 2009.)

III – na Comarca de Arcoverde: (Redação al-terada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 143, de 18 de setembro de 2009.)

a) a Vara da Fazenda Pública;

b) a Vara Criminal, ficando, com a sua insta-lação, as atuais 1ª e 2ª Varas transformadas em 1ª e 2ª Varas Cíveis, respectivamente;

c) o Juizado Especial Cível; (Redação altera-da pelo art. 1º da Lei Complementar nº 143, de 18 de setembro de 2009.)

IV – na Comarca de Barreiros, a 2ª Vara, fi-cando, com a sua instalação, a atual Vara única transformada em 1ª Vara;

V – na Comarca de Belo Jardim, a Vara Cri-minal, ficando, com a sua instalação, as atu-ais 1ª e 2ª Varas transformadas em 1ª e 2ª Varas Cíveis, respectivamente; (Redação al-terada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

VI – na Comarca de Bezerros, a Vara Crimi-nal, ficando, com a sua instalação, as atuais 1ª e 2ª Varas transformadas em 1ª e 2ª Va-ras Cíveis, respectivamente; (Redação alte-rada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

VII – na Comarca de Bonito, a 2ª Vara, fican-do, com a sua instalação, a atual Vara única transformada em 1ª Vara;

VIII – na Comarca do Cabo de Santo Agos-tinho: (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 143, de 18 de setembro de 2009.)

a) as 1ª e 2ª Varas de Família e Registro Ci-vil;

b) a 3ª Vara Criminal;

c) a 2ª Vara da Fazenda Pública, ficando, com a sua instalação, a atual Vara da Fazen-da Pública transformada em 1ª Vara da Fa-zenda Pública;

d) o Juizado Especial Criminal;

e) o Juizado de Violência Doméstica e Fa-miliar contra a Mulher, com competência definida no §1º, do Art. 1º, da Lei Federal nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), excluídos os feitos de natureza criminal de competência do Tribunal de Júri, aplicando-se-lhe as normas da legislação processual e específica relativa à criança, ao adolescente e ao idoso que não conflitarem com o estabelecido na referida Lei Federal, e jurisdição especial nos territórios dos Mu-nicípios do Cabo de Santo Agostinho e Ipo-juca; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei

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Complementar nº 143, de 18 de setembro de 2009.)

f) a Central de Cartas de Ordem, Precatória e Rogatória; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 143, de 18 de se-tembro de 2009.)

g) a Central de Conciliação, Mediação e Arbitragem; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 143, de 18 de setembro de 2009.)

IX – na Comarca de Camaragibe: (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 143, de 18 de setembro de 2009.)

a) a 2ª Vara Criminal;

b) o Juizado Especial Criminal;

c) o Juizado de Violência Doméstica e Fa-miliar contra a Mulher, com competência definida no § 1º, do Art. 1º, da Lei Federal nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Ma-ria da Penha), excluídos os feitos de nature-za criminal de competência do Tribunal de Júri, aplicando-se as normas da legislação processual e específica relativa à criança, ao adolescente e ao idoso que não conflitarem com o estabelecido na referida Lei Federal, e jurisdição especial nos territórios dos Mu-nicípios de Camaragibe e São Lourenço da Mata; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 143, de 18 de setembro de 2009.)

X – na Comarca de Carpina, a Vara Crimi-nal, ficando, com a sua instalação, as atuais 1ª, 2ª e 3º Varas Cíveis, respectivamente; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XI – na Comarca de Caruaru:

a) a 2ª Vara de Família e Registro Civil;

b) a 4ª Vara Criminal;

c) a 2ª Vara da Fazenda Pública, ficando a atual Vara da Fazenda Pública transformada em 1º Vara da Fazenda Pública;

d) o Juizado Especial Criminal;

e) a 3ª Vara Regional de Execução Penal; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 168, de 6 de maio de 2011.)

f) o Juizado Especial Criminal; (Redação al-terada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 168, de 6 de maio de 2011.)

g) a Central de Cartas de Ordem, Precató-ria e Rogatória; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 168, de 6 de maio de 2011.)

h) a Central de Conciliação, Mediação e Arbitragem. (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 168, de 6 de maio de 2011.)

i) a Central de Agilização Processual, com jurisdição no interior do Estado de Per-nambuco, conforme dispuser regulamento. (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

j) a Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 298, de 10 de março de 2015.)

XII – na Comarca de Garanhuns, as 1ª e 2ª Varas de Família e Registro Civil;

XIII – na Comarca de Goiana, a Vara Crimi-nal, ficando, com a sua instalação, as atuais 1ª e 2ª Varas transformadas em 1ª e 2ª Va-ras Cíveis, respectivamente;

XIV – na Comarca de Gravatá: (Redação al-terada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 143, de 18 de setembro de 2009.)

a) a 3ª Vara Cível, ficando, com a sua insta-lação, as atuais 1ª e 2ª Varas transformadas em 1ª e 2ª Varas Cíveis, respectivamente;

b) a Vara Criminal;

c) o Juizado Especial Cível; (Redação altera-da pelo art. 1º da Lei Complementar nº 143, de 18 de setembro de 2009.)

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XV – na Comarca de Igarassu: (Redação al-terada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 143, de 18 de setembro de 2009.)

a) as 3ª e 4ª Varas Cíveis;

b) a 2ª Vara Criminal, ficando, com a sua instalação, a atual Vara Criminal transfor-mada em 1ª Vara Criminal;

c) o Juizado Especial Criminal; (Redação al-terada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

d) o Juizado de Violência Doméstica e Fa-miliar contra a Mulher, com competência definida no § 1º, do Art. 1º, da Lei Federal nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Ma-ria da Penha), excluídos os feitos de nature-za criminal de competência do Tribunal de Júri, aplicando-se as normas da legislação processual e específica relativa à criança, ao adolescente e ao idoso que não conflitarem com o estabelecido na referida Lei Federal, e jurisdição especial nos territórios dos Mu-nicípios de Igarassu, Abreu e Lima, Itapis-suma, Itamaracá e Araçoiaba; (Redação al-terada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XVI – na Comarca de Ipojuca: (Redação al-terada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

a) a 2ª Vara Cível, ficando, com a sua insta-lação, a atual Vara Cível transformada em 1ª Vara Cível; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezem-bro de 2010.)

b) o Juizado Especial Criminal; (Redação al-terada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XVII – na Comarca de Itamaracá, a 2ª Vara, ficando, com a sua instalação, a atual Vara única transformada em 1ª Vara;

XVIII – na Comarca de Jaboatão dos Guara-rapes: (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 143, de 18 de setembro de 2009.)

a) 2ª Vara do Tribunal do Júri, ficando, com a sua instalação, a atual Vara Única do Tri-bunal do Júri transformada em 1ª Vara do Tribunal do Júri; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

b) a 4ª e 5ª da Fazenda Pública; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

c) a 3ª Vara da Fazenda Pública; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

d) o Juizado de Violência Doméstica e Fa-miliar contra a Mulher, com competência definida no §1º, do art. 1º, da Lei Federal nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), excluídos os feitos de nature-za criminal de competência do Tribunal do Júri, aplicando-se-lhe as normas da legisla-ção processual e específica relativa à crian-ça, ao adolescente e ao idoso que não con-flitarem com o estabelecido na referida Lei Federal, e jurisdição especial nos territórios dos Municípios de Jaboatão dos Guararapes e Moreno; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezem-bro de 2010.)

e) a Central de Cartas de Ordem, Precató-rio e Rogatória; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

f) a Central de Conciliação, Mediação e Ar-bitragem (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezem-bro de 2010.)

XIX – na Comarca de Limoeiro, a Vara Crimi-nal, ficando, com a sua instalação, as atuais 1ª e 2ª Varas transformadas em 1ª e 2ª Va-ras Cíveis, respectivamente;

XX – na Comarca de Moreno:

a) a 2ª Vara Cível, ficando, com a sua insta-lação, a atual Vara única transformada em 1ª Vara Cível;

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b) a Vara Criminal;

XXI – na Comarca de Olinda: (Redação al-terada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 143, de 18 de setembro de 2009.)

a) o Juizado Especial Criminal; (Redação al-terada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

b) o Juizado de Violência Doméstica e Fa-miliar contra a Mulher, com competência definida no § 1º, do art. 1º, da Lei Federal nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Ma-ria da Penha), excluídos os feitos de nature-za criminal de competência do Tribunal do Júri, aplicando-se-lhe as normas da legisla-ção processual e específica relativa à crian-ça, ao adolescente e ao idoso que não con-flitarem com o estabelecido na referida Lei Federal, e jurisdição especial nos territórios dos Municípios de Olinda e Paulista; (Reda-ção alterada pelo art. 1º da Lei Complemen-tar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

c) a Central de Cartas de Ordem, Precatória e Rogatória; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de de-zembro de 2010.)

d) Central de Conciliação, Mediação e Ar-bitragem; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezem-bro de 2010.)

XXII – na Comarca de Ouricuri, a Vara Cri-minal, ficando, com a sua instalação, as atu-ais 1ª e 2ª Varas transformadas em 1ª e 2ª Varas Cíveis, respectivamente; (Redação al-terada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XXIII – na Comarca de Palmares, a 3ª Vara Cível;

XXIV – na Comarca de Paudalho, a 2ª Vara, ficando, com a sua instalação, a atual Vara única transformada em 1ª Vara;

XXV – na Comarca de Paulista: (Redação al-terada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 143, de 18 de setembro de 2009.)

a) a Vara do Tribunal do Júri;

b) a 4ª e a 5ª Varas Cíveis;

c) a Vara da Infância e Juventude;

d) a 2ª Vara da Fazenda Pública, ficando, com a sua instalação, a atual Vara da Fazen-da Pública transformada em 1ª Vara Fazen-da Pública;

e) a 3ª e a 4ª Varas Criminais;

f) o Juizado Especial Criminal; (Redação al-terada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

g) a Central de Cartas de Ordem, Precatória e Rogatória; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de de-zembro de 2010.)

h) a Central de Conciliação, Mediação e Ar-bitragem; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezem-bro de 2010.)

XXVI – na Comarca de Pesqueira, a Vara Criminal, ficando, com a sua instalação, as atuais 1ª e 2ª Varas transformadas em 1ª e 2ª Varas Cíveis, respectivamente; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XXVII – na Comarca de Petrolina:

a) as 1ª e 2ª Varas de Família e Registro Ci-vil;

b) a Vara do Tribunal do Júri;

c) a 3ª Vara Criminal;

d) o Juizado Especial Criminal;

e) a Central de Cartas de Ordem, Precatória e Rogatória;

f) a Central de Conciliação, Mediação e Ar-bitragem;

g) a 4ª Vara Regional de Execução Penal. (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 237, de 6 de setembro de 2013.)

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h) a Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 298, de 10 de março de 2015.)

i) o 2º Juizado Especial Cível e das Rela-ções de Consumo. (Acrescida pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de dezem-bro de 2015.)

XXVIII – na Comarca de Ribeirão, a 2ª Vara, ficando, com a sua instalação, a atual Vara única transformada em 1ª Vara;

XXIX – na Comarca de Salgueiro, a Vara Cri-minal, ficando, com a sua instalação, as atu-ais 1ª e 2ª Varas transformadas em 1ª e 2ª Varas Cíveis, respectivamente; (Redação al-terada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

a) (SUPRIMIDA) (Suprimida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezem-bro de 2010.)

b) (SUPRIMIDA) (Suprimida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezem-bro de 2010.)

c) (REVOGADA) (Revogada pelo art. 5º da Lei Complementar nº 237, de 6 de setem-bro de 2013.)

XXX – na Comarca de Santa Cruz do Capi-baribe: (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 143, de 18 de setembro de 2009.)

a) a Vara da Fazenda Pública;

b) a Vara Criminal, ficando, com a sua insta-lação, as atuais 1ª, 2ª e 3ª Varas transforma-das em 1ª, 2ª e 3ª Varas Cíveis, respectiva-mente;

c) o Juizado Especial Cível; (Redação altera-da pelo art. 1º da Lei Complementar nº 143, de 18 de setembro de 2009.)

XXXI – na Comarca de São José do Egito, a 2ª Vara, ficando, com a sua instalação, a atual Vara única transformada em 1ª Vara;

XXXII – na Comarca de São Lourenço da Mata, a 3ª Vara Cível; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XXXIII – na Comarca de Serra Talhada, a 3ª Vara Cível; (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezem-bro de 2010.)

XXXIV – na Comarca de Sertânia, a 2ª Vara, ficando, com a sua instalação, a atual Vara única transformada em 1ª Vara;

XXXV – na Comarca de Surubim, a Vara Cri-minal, ficando, com a sua instalação, as atu-ais 1ª e 2ª Varas transformadas em 1ª e 2ª Varas Cíveis, respectivamente; (Redação al-terada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

XXXVI – na Comarca de Vitória de Santo Antão: (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

a) as 1ª e 2ª Varas de Família e Registro Civil; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

b) a 3ª Vara Criminal; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

c) o Juizado Especial Criminal. (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

§ 1º As competências das 3ª e 4ª Varas Re-gionais de Execução Penal, até a sua insta-lação, serão exercidas pela 2ª Vara Regional de Execução Penal. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 168, de 6 de maio de 2011.)

§ 2º Com a instalação da 3ª ou da 4ª Vara Regional de Execução Penal, os processos relativos a presos das penitenciárias Agroin-dustrial São João e Professor Barreto Cam-pelo, excepcional e transitoriamente, serão transferidos para a competência da 2ª Vara

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Regional de Execução Penal. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 168, de 6 de maio de 2011.)

Art. 182. Ficam criadas, na primeira entrância, com as respectivas secretarias, as Comarcas de Lagoa Grande, Tamandaré e Tupanatinga.

Parágrafo único. A instalação das Comar-cas previstas no caput fica subordinada ao atendimento das exigências constantes des-ta Lei.

Art. 183. Ficam criadas, na primeira entrância, com as respectivas secretarias:

I – na Comarca de Aliança, a 2ª Vara, fican-do, com a sua instalação, a atual Vara única transformada em 1ª Vara;

II – na Comarca de Bom Conselho, a 2ª Vara, ficando, com a sua instalação, a atual Vara única transformada em 1ª Vara;

III – na Comarca de Bom Jardim, a 2ª Vara, ficando, com a sua instalação, a atual Vara única transformada em 1ª Vara;

IV – na Comarca de Brejo da Madre de Deus, a 2ª Vara, ficando, com a sua instalação, a atual Vara única transformada em 1ª Vara;

V – na Comarca de Cabrobó, a 2ª Vara, fi-cando, com a sua instalação, a atual Vara única transformada em 1ª Vara;

VI – na Comarca de Catende, a 2ª Vara, fi-cando, com a sua instalação, a atual Vara única transformada em 1ª Vara;

VII – na Comarca de Custódia, a 2ª Vara, ficando, com a sua instalação, a atual Vara única transformada em 1ª Vara;

VIII – na Comarca de Lajedo, a 2ª Vara, fi-cando, com a sua instalação, a atual Vara única transformada em 1ª Vara;

IX – na Comarca de Petrolândia, a 2ª Vara, ficando, com a sua instalação, a atual Vara única transformada em 1ª Vara;

X – na Comarca de São Bento do Una, a 2ª Vara, ficando, com a sua instalação, a atual Vara única transformada em 1ª Vara;

XI – na Comarca de São Caetano, a 2ª Vara, ficando, com a sua instalação, a atual Vara única transformada em 1ª Vara;

XII – na Comarca de Toritama, a 2ª Vara, ficando, com a sua instalação, a atual Vara única transformada em 1ª Vara;

XIII – na Comarca de Trindade, a 2ª Vara, ficando, com a sua instalação, a atual Vara única transformada em 1ª Vara;

XIV – na Comarca de Vicência, a 2ª Vara, ficando, com a sua instalação, a atual Vara única transformada em 1ª Vara.

Art. 183-A. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezem-bro de 2010.)

I – (REVOGADO) (Revogado pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezem-bro de 2010.)

II – (REVOGADO) (Revogado pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezem-bro de 2010.)

Parágrafo único. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

(Vide o art. 2º da Lei nº 13.837, de 7 de agosto de 2009 – fixação do valor da gratificação FGCJ--I.)

(Vide o art. 4º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

Art. 184. Na Comarca da Capital, as 22ª, 23ª, 24ª e 25ª Varas Cíveis e as 5ª, 6ª, 7ª, 8ª, 9ª e 10ª Varas de Família e Registro Civil passam a ter competência comum e concorrente com as demais Varas Cíveis e de Família e Registro Civil, respectivamente.

Art. 185. A alteração da competência das varas que processam as ações relativas à assistência judiciária não atinge os processos em curso, que

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foram distribuídos antes da vigência desta Lei, salvo quando houver alteração de competência em razão da matéria.

Art. 186. Compete à 1ª Vara da Infância e Juven-tude da Capital:

I – processar e julgar:

a) quando a criança ou o adolescente se encontrar em, pelos menos, uma das situa-ções de risco previstas no art. 98, da Lei Fe-deral nº 8.069, de 13 de julho de 1990:

1) as ações de guarda e tutela, bem como a sua perda e modificação, exceto nas hipóte-ses do inciso IV do art. 188; (Redação altera-da pelo art. 1º da Lei Complementar nº 161, de 2 de setembro de 2010.)

2) as ações de alimentos;

3) a emancipação, nos termos da lei civil, quando faltarem os pais;

4) o pedido de suprimento de capacidade ou consentimento para casamento;

5) o pedido baseado em discordância pa-terna ou materna, em relação ao exercício do poder familiar;

6) o pedido de cancelamento, retificação e suprimento de registro de nascimento e óbito;

b) as ações civis fundadas em interesses individuais, difusos ou coletivos afetos à criança e ao adolescente, inclusive contra decisões do Conselho Tutelar;

c) as ações decorrentes de irregularida-des em entidades de atendimento destina-das a crianças e adolescentes em regime de orientação e apoio sócio-familiar, apoio sócio-educativo em meio aberto, colocação familiar e abrigo;

d) O procedimento judicial contencioso a que faz referência o art. 101, IX, § 2º Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990; (Acrescida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 161, de 2 de setembro de 2010.)

II – fiscalizar as entidades de atendimento previstas na alínea "c" do inciso anterior e aplicar as medidas disciplinares cabíveis;

III – conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, aplicando as medidas ca-bíveis;

IV – designar curador especial em casos de apresentação de queixa ou representação ou de outros procedimentos judiciais ou ex-trajudiciais em que haja interesses de crian-ça ou adolescente;

V – autorizar a expedição de alvarás de via-gem;

VI – (REVOGADO) (Revogado pelo art. 3º da Lei Complementar nº 252, de 11 de dezem-bro de 2013.)

Art. 187. Compete à Vara Regional da Infância e Juventude da 1ª Circunscrição Judiciária:

I – executar medidas sócio-educativas apli-cadas em procedimento de apuração de ato infracional na Comarca da Capital;

II – executar medidas sócio-educativas de semiliberdade e internação aplicadas em procedimento de apuração de ato infracio-nal na 1ª Circunscrição Judiciária;

III – fiscalizar os estabelecimentos respon-sáveis pela execução das medidas previstas nos incisos I e II, situados no âmbito da res-pectiva jurisdição;

IV – aplicar as medidas disciplinares cabí-veis às entidades de atendimento no âmbi-to da respectiva jurisdição, bem como pro-cessar e julgar as ações civis públicas a elas pertinentes;

V – fomentar e acompanhar o tratamento de crianças e adolescentes dependentes de substâncias químicas e psicoativas visando à sua inserção no meio familiar e social;

VI – exercer jurisdição sobre a matéria tra-tada no art. 149, da Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990.

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Parágrafo único. Excetuada a Comarca da Capital, os demais Juízos da Infância e Ju-ventude, com jurisdição em comarca situa-da na 1ª Circunscrição Judiciária, continuam com competência para executar e fiscalizar o cumprimento das medidas sócio-educati-vas previstas nos incisos I a IV, do art. 112, da Lei Federal 8.069, de 13 de julho de 1990.

Art. 188. Ao Juízo da 2ª Vara da Infância e da Juventude da Capital, compete privativamente, exercer a jurisdição: (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 161, de 2 de setem-bro de 2010.)

I – nos processos de decretação de perda do poder familiar, quando a criança ou o adolescente se encontrar em, pelo menos, uma das situações de risco previstas no art. 98, da Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990, e naqueles em que se declara ju-dicialmente o desconhecimento dos pais para fins de incluir a criança ou adolescente como apta a ser adotada; (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 161, de 2 de setembro de 2010.)

II – no cadastramento dos nacionais preten-dentes ao recebimento de criança ou ado-lescente em adoção; (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 161, de 2 de se-tembro de 2010.)

III – nos processos de adoção ajuizados por brasileiros, integrantes do cadastro, ou nas hipóteses legais de dispensa de prévio ca-dastramento, e de adoção internacional, assim como nos pedidos de adoção em que um dos requerentes for brasileiro e o outro, estrangeiro; (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 161, de 2 de setembro de 2010.)

IV – processar e julgar ações de guarda e tutela preparatórias ou incidentais às ações de adoção, tudo de acordo com as hipóte-ses previstas no art. 50, § 13, inciso III da Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complemen-tar nº 161, de 2 de setembro de 2010.)

Art. 189. Os cargos de magistrado criados, de-correntes das modificações da organização ju-diciária, no âmbito do Poder Judiciário, são os constantes do Anexo III desta Lei Complemen-tar. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Com-plementar nº 298, de 10 de março de 2015.)

I – (REVOGADO) (Revogado pelo art. 1º da Lei Complementar nº 298, de 10 de março de 2015.)

a) (REVOGADA) (Revogada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 298, de 10 de março de 2015.)

b) (REVOGADA) (Revogada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 298, de 10 de março de 2015.)

II – (REVOGADO) (Revogado pelo art. 1º da Lei Complementar nº 298, de 10 de março de 2015.)

a) (REVOGADA) (Revogada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 298, de 10 de março de 2015.)

b) (REVOGADA) (Revogada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 298, de 10 de março de 2015.)

III – (REVOGADO) (Revogado pelo art. 1º da Lei Complementar nº 298, de 10 de março de 2015.)

a) (REVOGADA) (Revogada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 298, de 10 de março de 2015.)

b) (REVOGADA) (Revogada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 298, de 10 de março de 2015.)

Parágrafo único. Os atuais cargos de Juiz de Direito Substituto e de Juiz Substituto de 1ª Entrância, quando de sua vacância, serão automaticamente extintos ou transforma-dos em cargos de Juiz de Direito de 1ª En-trância, até que haja a perfeita equalização com o número atual de comarcas ou varas da 1ª Entrância, de forma que todas ve-nham a ser providas de titularidade.

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Art. 189-A. Os atuais juízes titulares das Varas Cíveis da Capital titularizar-se-ão em uma das seções da respectiva Vara, à sua escolha. (Acres-cido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

Art. 189-B. Ficam criados 34 cargos de Juiz de Direito de 3ª entrância titular de Seção de Vara Cível da Capital e 2 (dois) cargos de Juiz de Di-reito de 3ª entrância titular de Seção de Vara de Execução de Títulos Extrajudiciais da Capital. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Comple-mentar nº 298, de 10 de março de 2015.)

Art. 189-C. Ficam extintos, na vacância, 36 (trin-ta e seis) cargos de Juiz de Direito substituto da Capital. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Comple-mentar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

Art. 189-D. Ficam criados, na segunda entrân-cia, 02 (dois) cargos de Juiz de Direito. (Acresci-do pelo art. 2º da Lei Complementar nº 298, de 10 de março de 2015.)

Art. 190. Ficam criados os cargos dos serviços auxiliares constantes do Anexo IV, mantidas as atuais atribuições, para fins de cumprimento desta Lei Complementar.

§ 1º O Tribunal de Justiça, mediante Reso-lução, definirá a alocação dos cargos nas respectivas unidades judiciárias por ela cria-das, incluindo-se os cargos da Função Apoio Especializado nas Varas Regionais da Infân-cia e Juventude e na Vara de Execuções de Penas Alternativas.

§ 2º Feita a distribuição de que trata o pa-rágrafo anterior, eventual sobra deverá ser alocada nas unidades judiciárias com defici-ência no respectivo quadro do serviço auxi-liar, das mais remotas às mais próximas da Comarca da Capital.

§ 3º Excepcional e provisoriamente, as fun-ções gratificadas de assessor de magistrado de primeiro grau, sigla FGAM, das unidades criadas e ainda não instaladas poderão ser alocadas nas Centrais de Agilização Proces-sual. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Comple-mentar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

§ 4º A Vara dos Executivos Fiscais Munici-pais da Capital contará com Secretaria Ju-dicial de Estrutura Diferenciada. (Acrescida pelo art. 2º da Lei Complementar nº 310, de 9 de dezembro de 2015.)

Art. 190-A. O Tribunal de Justiça poderá limitar, por até 5 (cinco) anos, a partir da entrada em vigor da Lei nº 12.153, de 22 de dezembro de 2009, a competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, atendendo à necessidade de organização dos serviços judiciários e adminis-trativos. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Comple-mentar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

Art. 190-B. É vedada a remessa aos Juizados Es-peciais da Fazenda Pública das demandas ajui-zadas até a data de sua instalação, assim como as ajuizadas fora do Juizado Especial por força do dispositivo no artigo anterior. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 163, de 17 de dezembro de 2010.)

Art. 191. O Tribunal de Justiça, no prazo de cen-to e oitenta dias, a fim de tornar plenamente eficaz esta Lei Complementar:

I – editará todos os instrumentos normati-vos nela implícitos ou explicitamente pre-vistos;

II – revisará o Regimento Interno do Tribu-nal de Justiça, adequando-o às disposições desta Lei e das reformas processual e judi-ciária;

III – encaminhará o Estatuto do Servidor do Poder Judiciário do Estado de Pernambuco e a Lei Orgânica do Serviço Notarial e de Re-gistro à Assembléia Legislativa.

Art. 192. Resolução do Tribunal de Justiça esta-belecerá a alocação nas respectivas circunscri-ções dos atuais cargos providos de Juiz de Di-reito Substituto de 2ª Entrância, quando de sua vacância, conforme o quantitativo definido no Anexo III desta Lei Complementar.

Art. 193. O Tribunal de Justiça constituirá co-missão com o objetivo de redefinir a divisão judiciária e a classificação das comarcas, res-

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peitado um cronograma anual a ter início no ano de 2010, a partir da Comarca de Caruaru, estendendo-se, preferencialmente, às demais comarcas que sofreram reclassificação, das mais remotas às mais recentes.

Art. 194. Os cargos criados por esta Lei Comple-mentar serão providos de acordo com a existên-cia de disponibilidade de receita orçamentária própria, observados os limites da Lei Comple-mentar nº 101 (Lei de Responsabilidade Fiscal), de 5 de maio de 2000, e o interesse da Justiça.

Parágrafo único. Para efeito de promoção por merecimento aos cargos de magistrados criados por esta Lei Complementar, a quinta parte da lista de antiguidade será apurada de acordo com a lista de antiguidade da respectiva entrância, vigente em janeiro do ano em que ocorrer o seu provimento.

Art. 195. (VETADO)

Art. 196. Os ocupantes dos cargos da função Apoio Especializado das Varas Regionais da In-fância e Juventude, constantes do Anexo IV desta Lei Complementar, darão apoio técnico às demais unidades da respectiva circunscrição judiciária em todas as causas que demandem atuação de equipe interprofissional, sem acar-retar ampliação da competência prevista nos parágrafos do art. 177 e parágrafo único do art. 178 desta Lei Complementar. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 252, de 11 de dezembro de 2013.)

Parágrafo único. Enquanto não instaladas as Varas Regionais da Infância e Juventu-de, os Analistas Judiciários – Função Apoio Especializado, lotados na sede das circuns-crições, darão o apoio previsto no caput do presente artigo. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 252, de 11 de dezem-bro de 2013.)

Art. 197. A efetiva implementação de qualquer dispositivo decorrente da presente Lei Com-plementar que acarrete aumento de despesa, especialmente a instalação de comarcas e o provimento de cargos e atribuições de funções gratificadas, fica condicionada à existência de

dotação orçamentária própria do Poder Judici-ário, suficiente para fazer face ao incremento das despesas e gastos previstos em suas dispo-sições, obedecidos os limites do Plano de Ajus-te Fiscal – PAF, o disposto no §1º do art. 169 da Constituição Federal, na Lei Complementar Fe-deral nº 101, de 4 de maio de 2000, e na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Art. 198. As despesas decorrentes da execução desta Lei Complementar, relativas à criação de órgãos e cargos, correrão à conta das dotações orçamentárias do Poder Judiciário.

Art. 199. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 199-A. O preenchimento das 50ª (quinqua-gésima), 51ª (quinquagésima primeira) e 52ª (quinquagésima segunda) vagas da composição do Tribunal de Justiça, previstas no art. 17 des-ta Lei Complementar, dar-se-á a partir de 1º de janeiro de 2015. (Redação alterada pelo art. 2º da Lei Complementar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

Art. 199-B. A configuração dos cargos de dire-ção do Tribunal de Justiça, prevista no art. 27 desta Lei Complementar, será implantada a par-tir do biênio 2014/2016, sem prejuízo da eleição de seus titulares na primeira quinzena de de-zembro de 2013, conforme o disposto no sub-sequente art. 29. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 232, de 11 de junho de 2013.)

Art. 199-C. Nos termos do art. 22, desta Lei Complementar, fica criada a 1ª Câmara Regional sediada na Comarca de Caruaru, que terá tam-bém caráter itinerante. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

§ 1º A 1ª Câmara Regional funcionará com 02 (duas) Turmas, cada uma constituída por três desembargadores. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Complementar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

§ 2º O provimento dos cargos será feito pe-los novos Desembargadores a serem esco-lhidos, sem prejuízo de anterior remoção

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voluntária dos atuais integrantes do Tribu-nal. (Acrescido pelo art. 2º da Lei Comple-mentar nº 279, de 12 de maio de 2014.)

Art. 199-D. A diferença de que trata o art. 143 desta Lei Complementar será reduzida para oito por cento (8%), em agosto de 2015; para seis e meio por cento (6,5%), em agosto de 2016 e para cinco por cento (5%), em agosto de 2017. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 303, de 1º de julho de 2015.)

Art. 200. Revogam as disposições em contrário, especialmente:

I – a Resolução nº 10, de 28 de dezembro de 1970 (Código de Organização Judiciária do Estado de Pernambuco), juntamente com as alterações legislativas posteriores;

II – os arts. 24 e 45 da Lei Complementar nº 19, de 9 de dezembro de 1997;

III – o art. 4º, da Lei Complementar nº 22, de 3 de fevereiro de 1999.

Palácio do Campo das Princesas, em 21 de no-vembro de 2007.

EDUARDO HENRIQUE ACCIOLY CAMPOSGovernador do Estado

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Legislação Específica

RESOLUÇÃO Nº 395, DE 30 DE MARÇO 2017 REGIMENTO INTERNO DO TJ-PE

LIVRO IV

Do processo

TÍTULO I

Dos Processos Sobre Competência

CAPÍTULO IDa Reclamação

Art. 221. Caberá reclamação da parte interessa-da ou do Ministério Público para:

I – preservar a competência do tribunal;

II – garantir a autoridade das decisões do tribunal;

III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;

IV – garantir a observância de acórdão pro-ferido em julgamento de incidente de reso-lução de demandas repetitivas ou de inci-dente de assunção de competência.

§ 1º A reclamação será processada e julga-da pelo órgão jurisdicional cuja competên-cia se busca preservar ou cuja autoridade se pretenda garantir.

§ 2º A reclamação será instruída com prova documental e dirigida ao 1º Vice-Presidente do tribunal.

§ 3º Assim que recebida, a reclamação será autuada e distribuída ao relator do proces-so principal, sempre que possível.

III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;

              § 4º A hipótese prevista no inciso III com-preende a aplicação indevida da tese jurídi-ca e sua não aplicação aos casos que a ela correspondam.

§ 5º É inadmissível a reclamação:

I – proposta após o trânsito em julgado da decisão reclamada;

II – proposta para garantir a observância de acórdão de recurso extraordinário com re-percussão geral reconhecida ou de acórdão proferido em julgamento de recursos extra-ordinário ou especial repetitivos, quando não esgotadas as instâncias ordinárias.

§ 6º A inadmissibilidade ou o julgamento do recurso interposto contra a decisão profe-rida pelo órgão reclamado não prejudica a reclamação.

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Art. 222. Ao despachar a reclamação, o relator:

I – requisitará informações da autoridade a quem for imputada a prática do ato, que as prestará no prazo de 10 (dez) dias;

II – se necessário, ordenará a suspensão do processo ou do ato impugnado, para evitar dano irreparável;

III – determinará a citação do beneficiário da decisão impugnada, que terá prazo de 15 (quin-ze) dias para apresentar a sua contestação.

Art. 223. Qualquer interessado poderá impug-nar o pedido do reclamante.

Art. 224. Na reclamação que não houver formu-lado, o Ministério Público terá vista do proces-so por 05 (cinco) dias, após o decurso do prazo para informações e para o oferecimento de con-testação pelo beneficiário do ato impugnado.

Art. 225. Julgando procedente a reclamação, o Tribunal cassará a decisão exorbitante de seu julgado ou determinará medida adequada à so-lução da controvérsia.

Art. 226. Se o relator não determinar o imediato cumprimento da decisão, o Presidente do Tri-bunal, provocado, o fará, lavrando-se o acórdão posteriormente.

CAPÍTULO IDOS CONFLITOS DE

COMPETÊNCIA E DE ATRIBUIÇÕES

Art. 227. O conflito de competência poderá ocorrer entre autoridades judiciárias; o de atri-buições, entre autoridades judiciárias e admi-nistrativas.

Art. 228. Dar-se-á o conflito nos casos previstos nas leis processuais.

Art. 229. O conflito poderá ser suscitado pela parte interessada, pelo Ministério Público, ou por qualquer das autoridades conflitantes.

Art. 230. Poderá o relator, de ofício, ou a requeri-mento de qualquer das partes, determinar, quan-do o conflito for positivo, que seja sobrestado o processo e, neste caso, bem assim no de conflito negativo, designar um dos órgãos para resolver, em caráter provisório, as medidas urgentes.

Art. 231. Sempre que necessário, o relator man-dará ouvir as autoridades em conflito, no prazo de 10 (dez) dias úteis.

Art. 232. Prestadas ou não as informações, o re-lator dará vista do processo ao Ministério Públi-co, pelo prazo de 05 (cinco) dias úteis.

§ 1º O Ministério Público somente será ou-vido nos conflitos de competência relativos aos processos previstos no art. 178, do Códi-go de Processo Civil, mas terá qualidade de parte nos conflitos que suscitar.

Art. 178. O Ministério Público será intima-do para, no prazo de 30 (trinta) dias, inter-vir como fiscal da ordem jurídica nas hipó-teses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam:

I – interesse público ou social;

II – interesse de incapaz;

III – litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.

Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de intervenção do Ministério Público.

§ 2º Após a publicação do acórdão proferi-do em sede de conflito de competência, os autos serão remetidos ao Juízo declarado competente. § 3º Em sede de conflito de atribuições, a decisão será imediatamente comunicada, por ofício, às autoridades em conflito, às quais se enviará cópia do acórdão, logo que publicado.

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TÍTULO II

Da Declaração de Inconstitucionalidade de Lei ou de Ato Normativo do Poder Público

CAPÍTULO IDA DECLARAÇÃO INCIDENTAL DE INCONSTITUCIONALIDADE

Art. 233. Arguida em órgão julgador diverso do Órgão Especial, em controle difuso, a inconstitu-cionalidade de lei ou de ato normativo do poder público, o relator, após ouvir o Ministério Públi-co, no prazo de 30 (trinta) dias úteis, e as partes, no prazo comum de 15 (quinze) dias úteis, sub-meterá a questão ao colegiado ao qual competir o conhecimento do processo, observando-se, a partir de então, o disposto no art. 949 do Códi-go de Processo Civil.

Parágrafo único. A arguição será tida por ir-relevante e, de conseguinte, será rejeitada, quando o julgamento do processo não de-pender da solução da questão constitucio-nal suscitada.

Art. 234. Acolhida a arguição, o processo será distribuído a relator no acervo do Órgão Espe-cial, ao qual competirá:

I – solicitar ou admitir, no prazo de 15 (quin-ze) dias úteis, manifestação por escrito das pessoas jurídicas de direito público respon-sáveis pela edição do ato questionado, bem como de qualquer das partes legitimadas à propositura das ações previstas no art. 103 da Constituição Federal;

II – solicitar ou admitir, se entender cabí-vel em face da relevância da matéria e da representatividade dos postulantes, a mani-festação de outros órgãos ou entidades no prazo de 15 (quinze) dias úteis;

III – determinar, se entender cabível em face de manifestação versada nos incisos I

e II, a ouvida do Procurador-Geral de Justiça no prazo de 30 (trinta) dias úteis;

IV – determinar a remessa, por meio eletrô-nico, do relatório aos membros do Órgão Especial, instruído por cópias do acórdão do órgão julgador de origem, do inteiro teor do texto que contém o ato questionado e da eventual manifestação do Procurador-Geral de Justiça, e pedir a inclusão do processo em pauta para julgamento na primeira ses-são possível subsequente a essa remessa.

Art. 235. Qualquer que seja o resultado do jul-gamento do incidente no Órgão Especial:

I – o processo será devolvido ao órgão co-legiado de origem, independentemente da publicação do acórdão;

II – o acórdão, além de publicado, terá cópia remetida a todos os integrantes do Tribunal.

Art. 236. Quando a arguição se der, incidental-mente, por ocasião de julgamento de processo no Órgão Especial, suspender-se-á o julgamento por sua conversão em diligência, retirando-se o processo da pauta para deliberação do relator sobre a aplicação ou não ao caso do disposto no art. 234, I, II e IV, bem como para tomada do parecer do Procurador-Geral de Justiça no prazo de 30 (trinta) dias úteis.

Parágrafo único. Devolvidos os autos, o re-lator lançará exposição do incidente e deter-minará nova inclusão do processo em pauta para julgamento na primeira sessão possí-vel, subsequente à remessa do relatório aos membros do Órgão Especial, instruído por cópias do inteiro teor do texto que contém o ato questionado e do parecer ministerial.

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CAPÍTULO IIDA AÇÃO DIRETA DE

INCONSTITUCIONALIDADE

Seção IDA ADMISSIBILIDADE E DO

PROCEDIMENTO

Art. 237. A ação direta de inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo estadual ou munici-pal, inclusive por omissão, em face da Constitui-ção do Estado de Pernambuco será, por repre-sentação de parte legitimada nos termos de seu art. 63, dirigida ao Presidente do Tribunal.

§ 1º Não cabe representação por inconstitu-cionalidade:

I – de lei ou ato normativo municipal em face da Constituição Federal ou de Lei Orgâ-nica de Município;

II – para impugnar normas de decreto regu-lamentar, sob o fundamento de que exce-dem os limites da lei regulamentada;

III – para impugnar ato administrativo indi-vidual e concreto.

§ 2º Proposta a representação, não se admi-tirá desistência.

§ 3º A representação perderá seu objeto quando, durante a respectiva tramitação, o ato questionado for revogado, acarretando a extinção do processo sem julgamento de mérito por falta superveniente de interesse processual, independentemente de até en-tão o ato ter, ou não, produzido efeitos con-cretos.

§ 4º Não se admitirá intervenção de tercei-ros no processo, ressalvada a participação como amicus curiae de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade referidos no art. 138 do Código de Processo Civil, desde que solicitada ou admitida pelo relator.

Art. 238. A petição inicial indicará, especifica-mente:

I – os dispositivos da lei ou do ato normati-vo efetivamente impugnados, as normas de referência que, inerentes ao ordenamento constitucional, servem como parâmetros para aferição da alegada inconstitucionali-dade, e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações;

II – o pedido, com as suas especificações.

§ 1º A petição inicial, acompanhada, quan-do subscrita por advogado, de procuração com poderes específicos para a propositura da ação, será apresentada em duas vias, de-vendo conter cópias do inteiro teor da lei ou do normativo que contém os dispositivos impugnados e dos documentos necessários para comprovar a impugnação.

§ 2º Sob pena de extinção do processo sem julgamento de mérito, a procuração referi-da no § 1º, quando não contiver outorga de poderes específicos para impugnação dos dispositivos do ato questionado reputados inconstitucionais, poderá ser substituída ou renovada até o lançamento do relatório nos autos.

§ 3º Cabe ao relator o controle prévio dos requisitos formais da fiscalização normativa abstrata, sendo-lhe expressamente veda-do, substituindo-se ao autor, suprir omissão que se verifique na petição inicial.

Art. 239. A petição inicial inepta, não funda-mentada ou fundamentada genericamente, e a manifestamente improcedente serão liminar-mente indeferidas pelo relator.

Parágrafo único. Cabe agravo interno da de-cisão que indeferir a petição inicial.

Art. 240. O relator pedirá informações às pes-soas jurídicas de direito público, aos órgãos ou às autoridades responsáveis pela edição do ato questionado, que as deverão prestar no prazo de 15 (quinze) dias úteis, contados a partir da data do recebimento do pedido.

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Parágrafo único. Quando entender cabível, em face da relevância da matéria e da re-presentatividade dos postulantes, o relator poderá, por despacho irrecorrível, solicitar ou admitir manifestação por escrito de ou-tros órgãos ou entidades, formulada no pra-zo fixado no caput.

Art. 241. Decorrido o prazo das informações, será ouvido o Procurador Geral do Município, se municipal o normativo impugnado ou, se esta-dual, o Procurador Geral do Estado, no prazo de 15 (quinze) dias úteis.

§ 1º Em caso de necessidade de esclareci-mento de matéria ou circunstância de fato, ou de notória insuficiência das informações existentes nos autos, o relator poderá requi-sitar informações adicionais, designar peri-to ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria.

§ 2º As informações, perícias e audiências referidas no § 1º deverão ser realizadas no prazo de 30 (trinta) dias úteis, contados a partir da data da publicação do despacho do relator.

§ 3º Concluída a instrução do processo, será tomado o parecer do Procurador-Geral de Justiça em 30 (trinta) dias úteis, caso não seja ele o autor da representação.

Art. 242. Após lançado nos autos, o relator de-terminará a remessa, por meio eletrônico, de cópia do relatório aos integrantes do Órgão Es-pecial, instruído por cópias do inteiro teor do texto que contém o ato questionado e de even-tual parecer ministerial, e pedirá a inclusão do processo em pauta para julgamento na primeira sessão possível subsequente a essa remessa.

Seção IIDA MEDIDA CAUTELAR

Art. 243. A medida cautelar, na ação direta de inconstitucionalidade, será concedida por de-

cisão do Órgão Especial, após audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão se pronunciar no prazo de 05 (cinco) dias úteis, co-mum, quando for o caso.

§ 1º O relator, julgando indispensável, ou-virá o Procurador-Geral do Estado ou do Município, conforme o caso e, se não for o autor da representação, o Procurador-Geral de Justiça, no prazo de 05 (cinco) dias úteis.

§ 2º Em caso de excepcional urgência, o Órgão Especial poderá deferir a medida cautelar sem a audiência das pessoas jurídicas de direito público, dos órgãos ou das autoridades res-ponsáveis pela edição do ato impugnado.

§ 3º A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex nunc, salvo se o Tribunal conceder-lhe eficá-cia retroativa.

§ 4º A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existen-te, salvo expressa manifestação do Tribunal em sentido contrário.

Art. 244. O relator, em face da relevância da matéria e de seu especial significado para a or-dem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, a manifestação do Procurador-Geral do Estado ou do Município, conforme o caso, e do Procurador-Geral de Jus-tiça, se não for o autor, submeter o processo di-retamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação.

CAPÍTULO IIIDA DECISÃO NA ARGUIÇÃO

INCIDENTAL E NA REPRESENTAÇÃO

Art. 245. A decisão sobre a inconstitucionalida-de de lei ou de ato normativo do poder público, inclusive sobre pedido de medida cautelar, so-mente será tomada se presentes na sessão, pelo menos, dois terços dos integrantes do Órgão Es-pecial.

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Art. 246. Instalada validamente a sessão, após a leitura do relatório, facultar-se-á a sustenta-ção oral às partes, ao Procurador-Geral de Jus-tiça, ao representante da Procuradoria Geral do Estado ou ao representante da Procuradoria do Município, conforme o caso, e ao advogado da autoridade responsável pela edição do ato questionado, cada qual por 15 (quinze) minu-tos, nessa ordem, seguindo-se a discussão e a votação.

Parágrafo único. Não se admitirá sustenta-ção oral no julgamento de arguição inciden-tal de inconstitucionalidade.

Art. 247. Proclamar-se-á a inconstitucionalida-de do ato questionado se nesse sentido se ma-nifestar a maioria absoluta dos membros do Ór-gão Especial.

Parágrafo único. Caso não seja alcançada a maioria necessária à declaração de incons-titucionalidade, estando ausentes desem-bargadores em número que possa influir no julgamento, esse será suspenso a fim de aguardar-se o comparecimento dos ausen-tes, até que se atinja o número necessário para decisão válida.

Art. 248. Julgada a ação direta, caso seja de-clarada a inconstitucionalidade do ato questio-nado, far-se-á a comunicação à pessoa jurídica de direito público ou ao órgão ou à autoridade responsável por sua edição, inclusive para efei-tos do disposto no art. 85, § 2º, da Constituição Estadual.

Art. 249. Ao declarar a inconstitucionalidade do ato questionado, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Tribunal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.

TÍTULO III

Dos Pedidos de Intervenção

CAPÍTULO IDA INTERVENÇÃO

FEDERAL NO ESTADO

Art. 250. Desde que aprovado pela maioria ab-soluta dos membros do Órgão Especial, inde-pendentemente da publicação de acórdão, o pedido de intervenção federal no Estado será feito pelo Presidente do Tribunal ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Jus-tiça, conforme as respectivas competências, após procedimento instaurado por portaria cir-cunstanciada:

I – expedida de ofício pelo Presidente do Tribunal, quando se tratar de coação contra órgão do Poder Judiciário estadual (CF, art. 34, IV);

II – expedida pelo Presidente do Tribunal de ofício ou mediante representação de magis-trado, de membro do Ministério Público ou de parte interessada, quando se tratar de prover a execução de ordem ou decisão do Tribunal (CF, art. 34, VI).

Art. 251. Instaurado o procedimento de ofício, o Presidente do Tribunal solicitará informações ao Governador do Estado, que as deverá prestar no prazo de 15 (quinze) dias úteis, ouvirá o Procu-rador-Geral de Justiça em igual prazo, determi-nará a remessa, por meio eletrônico, de cópias das peças do processo aos membros do Órgão Especial e sua inclusão em pauta para julgamen-to na primeira sessão subsequente, na qual o relatará com voto.

Art. 252. O Presidente do Tribunal, ao receber a representação referida no art. 250, inciso II:

I – mandará arquivá-la, se for manifesta-mente inadmissível ou infundada, cabendo agravo interno dessa decisão;

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II – caso admita viável a representação, po-derá adotar as providências administrativas que lhe parecerem adequadas para remo-ver a causa do pedido;

III – expedirá a portaria circunstanciada de instauração do processo e determinará sua distribuição a relator no acervo do Órgão Especial, uma vez frustrada a solução admi-nistrativa da causa do pedido.

Art. 253. O relator designado por sorteio, ao re-ceber a portaria circunstanciada referida no in-ciso III do art. 252:

I – poderá diligenciar, objetivando melhor instruir o processo;

II – solicitará informações ao Governador do Estado, que as deverá prestar no prazo de 15 (quinze) dias úteis;

III – ouvirá o Procurador-Geral de Justiça, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, quando a representação matriz da portaria de instau-ração não for oriunda da Procuradoria Geral de Justiça;

IV – determinará a remessa, por meio ele-trônico, de cópias das peças do processo aos membros do Órgão Especial e sua inclu-são em pauta para julgamento na primeira sessão subsequente;

§ 1º Na sessão de julgamento poderão manifestar-se oralmente, pelo tempo igual e sucessivo de 15 (quinze) minutos, o Pro-curador-Geral de Justiça, o advogado do re-presentante originário, quando for o caso, e o Procurador-Geral do Estado, nessa ordem.

§ 2º Cessada, comprovadamente, a causa do pedido de intervenção no período com-preendido entre a expedição da portaria de instauração e o julgamento, e ouvido o Procurador-Geral de Justiça, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, o processo será extinto sem resolução de mérito.

CAPÍTULO IIDA INTERVENÇÃO ESTADUAL

NOS MUNICÍPIOS

Art. 254. Independentemente da publicação de acórdão, o comando para expedição do decre-to de intervenção em Município pernambucano será comunicado pelo Presidente do Tribunal ao Governador do Estado sempre que, por decisão tomada pela maioria absoluta dos membros do Órgão Especial, o Tribunal der provimento à representação para garantir a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de ordem ou decisão do Tribunal (CF, art. 35, IV).

Art. 255. O Presidente do Tribunal, ao receber a representação referida no art. 254:

I – mandará arquivá-la, se for manifesta-mente inadmissível ou infundada, cabendo agravo interno dessa decisão;

II – caso admita viável a representação, po-derá adotar as providências administrativas que lhe parecerem adequadas para remo-ver a causa do pedido;

III – determinará sua distribuição a relator no acervo do Órgão Especial, uma vez frustrada a solução administrativa da causa do pedido.

Art. 256. O relator designado por sorteio:

I – poderá diligenciar, objetivando melhor instruir o processo;

II – solicitará informações ao Chefe do Exe-cutivo municipal, que as deverá prestar no prazo de 15 (quinze) dias úteis;

III – ouvirá o Procurador-Geral de Justiça, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, quando a re-presentação não for oriunda da Procurado-ria Geral de Justiça;

IV – determinará a remessa, por meio ele-trônico, de cópias das peças do processo aos membros do Órgão Especial e sua inclu-são em pauta para julgamento na primeira sessão subsequente;

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§ 1º Na sessão de julgamento poderão manifestar-se oralmente, pelo tempo igual e sucessivo de 15 (quinze) minutos, o Pro-curador-Geral de Justiça, o advogado do re-presentante originário, quando for o caso, e o Procurador-Geral do Estado, nessa ordem.

§ 2º Cessada, comprovadamente, a causa do pedido de intervenção no período com-preendido entre a distribuição da represen-tação e o julgamento, e ouvido o Procura-dor-Geral de Justiça, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, o processo será extinto sem reso-lução de mérito.

Art. 257. Na hipótese versada no art. 254, a tu-tela provisória poderá ser concedida, inclusive independentemente de manifestação do reque-rido, se aprovada pela maioria absoluta em ses-são do Órgão Especial para cuja instalação é exi-gível o quorum de dois terços de seus membros.

§ 1º Os mesmos quóruns de deliberação e de concessão da tutela provisória, fixados no caput, serão exigíveis para revogação ou modificação da tutela provisória concedida, em razão de alteração do estado de fato ou de direito, ou do estado da prova.

§ 2º Mesmo quando se tratar de delibera-ção liminar sobre a medida, na sessão de julgamento serão facultadas as manifesta-ções orais previstas no art. 256, § 1º.

TÍTULO IV

Das Ações Originárias

CAPÍTULO IDA AÇÃO RESCISÓRIA

Art. 258. A petição inicial da ação rescisória so-mente será distribuída com o recolhimento an-tecipado do depósito previsto na lei processual civil, bem assim das custas processuais.

§ 1º Não se aplica o disposto no caput à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios, às suas respectivas autarquias e fundações de direito público, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e aos que te-nham obtido o benefício de gratuidade da justiça.

§ 2º Negado o requerimento de gratuidade, o depósito e o pagamento das custas deve-rão ser efetuados no prazo de 05 (cinco) dias úteis, contados da publicação da decisão.

Art. 259. Competem ao relator todas as provi-dências e as decisões interlocutórias até o julga-mento, facultada a delegação de competência ao órgão que proferiu a decisão rescindenda, nos termos do art. 972 do Código de Processo Civil.

Parágrafo único. Em se tratando de prova pericial, a delegação poderá abranger a no-meação do perito.

Art. 260. Devolvidos os autos pelo relator, a se-cretaria do tribunal expedirá cópias do relatório e as distribuirá entre os membros que compuse-rem o órgão competente para o julgamento.

Art. 261. O acórdão será executado perante o órgão que o proferiu, competindo ao respectivo relator dirigir a execução e decidir-lhe os inci-dentes.

Parágrafo único. A liquidação, quando ne-cessária, os embargos do devedor, a insol-vência deste e outras questões, porventura oriundas ou acessórias à execução, serão julgados pelo órgão que proferiu o acórdão exequendo, depois de processados pelo re-lator, facultando-se a delegação de compe-tência de que trata o art. 259.

Art. 262. Quando desnecessário processo de execução, o relator do acórdão exequendo de-terminará ou requisitará a quem os deva prati-car os atos indispensáveis ao cumprimento do julgado.

Parágrafo único. Compete, também, ao re-lator do acórdão autorizar o levantamento do depósito por quem de direito.

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Art. 263. Nos incidentes que reclamem julga-mento colegiado, será ouvido o Ministério Pú-blico, para o qual o relator abrirá vista dos autos por 10 (dez) dias.

Art. 264. Nas ações rescisórias que dispensem a fase instrutória, o relator, independentemente de citação do réu, julgará liminarmente impro-cedente o pedido que contrariar:

I – enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;

II – acórdão proferido pelo Supremo Tribu-nal Federal ou pelo Superior Tribunal de Jus-tiça em julgamento de recursos repetitivos;

III – entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;

IV – enunciado de súmula do próprio tribunal.

Parágrafo único. O relator também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de de-cadência.

CAPÍTULO IIDO MANDADO DE SEGURANÇA

Art. 265. Nos mandados de segurança de competência originária do tribunal, o proce-dimento será o previsto na legislação perti-nente, competindo ao relator todas as pro-vidências e decisões até o julgamento.

§ 1º Das decisões do relator, inclusive as que indeferirem a petição inicial, concederem ou negarem medida liminar, caberá agravo interno, a ser processado na forma da legis-lação processual civil e deste Regimento.

§ 2º No julgamento do mandado de segu-rança, havendo empate, prevalecerá o ato da autoridade impetrada.

Art. 266. Após o julgamento, incumbirá ao re-lator do acórdão tomar as providências subse-quentes, bem como resolver os incidentes sur-gidos.

CAPÍTULO IIIDO MANDADO DE INJUNÇÃO

Art. 267. O mandado de injunção terá seu pro-cesso iniciado por petição, apresentada em duas vias, que preencherá os requisitos legais, devendo o autor indicar a autoridade compe-tente para a elaboração da norma regulamen-tadora necessária a tornar viável o exercício dos direitos e das liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à sobe-rania e à cidadania.

Parágrafo único. A segunda via da inicial será acompanhada de todos os documentos que a instruírem.

Art. 268. Se o autor alegar que o documento ne-cessário à prova da omissão se acha em repar-tição ou estabelecimento público, ou em poder de autoridade que se recuse a fornecê-lo por certidão, o relator ordenará a exibição desse do-cumento em original ou em cópia autenticada e marcará para o cumprimento da ordem o prazo de 10 (dez) dias.

§ 1º Se a autoridade que se recusa a forne-cer a certidão for a própria indicada como competente para a elaboração da norma, a ordem far-se-á no próprio instrumento de notificação.

§ 2º Se for outra a autoridade, uma vez ob-tido o documento, a secretaria do órgão jul-gador extrairá cópia do mesmo para juntar à segunda via da petição inicial.

Art. 269. Estando a inicial em ordem, o relator mandará ouvir a autoridade nela indicada, me-diante ofício acompanhado da segunda via da petição e dos documentos que a instruíram, a fim de que preste informações, no prazo de 10 (dez) dias.

Art. 270. Aplicam-se ao mandado de injunção, no que couber, as normas concernentes ao mandado de segurança e, subsidiariamente, as normas do Código de Processo Civil.

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CAPÍTULO IVDO HABEAS DATA

Art. 271. Conceder-se-á habeas data:

I – para assegurar o conhecimento de infor-mações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público;

II – para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judi-cial ou administrativo;

III – para a anotação nos assentamentos do interessado, de contestação ou explicação sobre dado verdadeiro, mas justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigá-vel.

Art. 272. A petição inicial deverá preencher os requisitos previstos na lei processual.

Art. 273. Ao despachar a inicial, o relator orde-nará que se notifique a autoridade coatora do conteúdo da petição, entregando-lhe a segunda via apresentada pelo impetrante, com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste as informações que julgar ne-cessárias.

Art. 274. A inicial será desde logo indeferida quando não for o caso de habeas data, ou se lhe faltar algum dos requisitos previstos em lei.

Parágrafo único. Do despacho de indeferi-mento caberá recurso de agravo interno.

Art. 275. Findo o prazo para a prestação de in-formações, será ouvido o Ministério Público, no prazo de 05 (cinco) dias, após o que o relator determinará a inclusão do feito na pauta de jul-gamentos.

Art. 276. Os processos de habeas data terão prioridade sobre todos os atos judiciais, exceto habeas corpus e mandado de segurança.

CAPÍTULO VDA AÇÃO PENAL ORIGINÁRIA

Art. 277. O inquérito policial ou qualquer outra peça informativa da existência de infração pe-nal, da competência originária do Tribunal, se-rão distribuídos a desembargador integrante do Órgão Especial ou da Seção Criminal, a depen-der da competência, o qual atuará como relator.

Parágrafo único. Se o Tribunal estiver em recesso, caberão ao seu presidente as atri-buições previstas no art. 33, II, e no art. 68, ambos da Lei Complementar n. 35, de 14 de março de 1979 – Lei Orgânica da Magistra-tura Nacional.

Art. 278. O relator será o juiz da instrução do processo, com as atribuições que o Código de Processo Penal confere aos juízes singulares, bem como as constantes neste Regimento.

§ 1º Caberá agravo interno, sem efeito sus-pensivo, para o Órgão Especial ou Seção Cri-minal conforme a origem, contra despacho ou decisão do relator que:

I – conceder, negar, arbitrar, cassar ou jul-gar inidônea a fiança, relaxar a prisão em flagrante e conceder liberdade provisória, indeferir, decretar ou revogar a prisão pre-ventiva;

II – recusar a produção de qualquer prova ou a realização de qualquer diligência;

III – determinar o arquivamento do inqué-rito ou de peças informativas, ou decretar a extinção da punibilidade.

Art. 279. Nas infrações em que a ação penal é pública, o relator encaminhará os autos ao Pro-curador Geral da Justiça que, se encontrar ele-mentos suficientes, oferecerá a denúncia no prazo de 15 (quinze) dias, se o indiciado estiver solto, e no de 05 (cinco) dias, se estiver preso, ou requererá o arquivamento.

§ 1º Salvo no caso previsto no § 3º deste artigo, somente serão requeridas ao relator pelo Procurador Geral da Justiça as diligên-

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cias cuja realização depender de autoriza-ção judicial, realizando-se, quaisquer ou-tras, diretamente pelo Chefe do Ministério Público ou, mediante requisição deste, pela autoridade policial.

§ 2º As diligências complementares ao in-quérito, determinadas pelo Ministério Pú-blico ou requeridas pelo relator, somente interromperão o prazo para oferecimento de denúncia quando o indiciado estiver sol-to; estando preso o indiciado, as diligências complementares não interromperão o pra-zo, salvo se o relator, ao deferi-las, determi-nar o relaxamento da prisão.

§ 3º Se o indiciado for magistrado, as dili-gências do inquérito serão presididas pelo Corregedor-Geral da Justiça, que poderá re-quisitar o auxílio de outras autoridades.

Art. 280. Se o inquérito ou as peças de informa-ção versarem sobre a prática de crime processa-do mediante ação privada, o relator aguardará a iniciativa do ofendido ou de quem por lei seja legitimado a oferecer queixa.

Art. 281. Compete ao relator determinar o ar-quivamento do inquérito ou das peças de infor-mação requerido pelo Ministério Público.

Parágrafo único. Quando o requerimento de arquivamento for subscrito pelo Procu-rador-Geral de Justiça não poderá ser inde-ferido.

Art. 282. Oferecida a denúncia ou a queixa, o acusado será notificado para oferecer resposta escrita no prazo de 15 (quinze) dias.

§ 1º Com a notificação, serão entregues ao acusado cópia da denúncia ou da queixa, do despacho do relator e dos documentos por este indicados.

§ 2º Se desconhecido o paradeiro do acu-sado ou se este criar dificuldades para que o oficial de justiça realize a diligência, pro-ceder-se-á à sua notificação por edital, con-tendo o teor resumido da acusação, para que compareça em 05 (cinco) dias ao Tribu-

nal, onde terá vista dos autos pelo prazo de 15 (quinze) dias, a fim de apresentar a res-posta prevista neste artigo.

Art. 283. Se, com a resposta, forem apresenta-dos novos documentos, será intimada a parte contrária para sobre eles se manifestar, no pra-zo de 05 (cinco) dias.

Parágrafo único. Na ação penal privada será ouvido, em igual prazo, o Ministério Públi-co.

Art. 284. A seguir, o relator pedirá dia para que o tribunal delibere sobre o recebimento, a re-jeição da denúncia ou da queixa, ou a improce-dência da acusação, se a decisão não depender de outras provas.

§ 1º Nos processos relativos aos crimes contra a honra, processados mediante ação penal privada, o relator, antes de pedir dia para que o tribunal delibere sobre o rece-bimento da queixa, procurará reconciliar as partes, adotando o procedimento previsto no art. 520 do Código de Processo Penal. Se qualquer das partes não comparecer, ter--se-á por prejudicada a tentativa de conci-liação.

§ 2º No julgamento de que trata este artigo, será facultada a sustentação oral pelo prazo de 15 (quinze) minutos, primeiro à acusa-ção, depois, à defesa.

§ 3º Nas ações penais privadas, será faculta-da a intervenção oral do Ministério Público, depois das partes.

§ 4º Encerrados os debates, o tribunal pas-sará a deliberar.

Art. 285. Recebida pelo Tribunal a denúncia ou a queixa e publicado o respectivo acórdão, o in-quérito será autuado como ação penal e distri-buído ao mesmo relator ou àquele indicado no acórdão, que designará dia e hora para o inter-rogatório, mandará citar o acusado e intimar o órgão do Ministério Público, bem como o quere-lante ou o assistente, se for o caso.

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Parágrafo único. O relator poderá delegar a realização do interrogatório e de quaisquer atos de instrução a magistrado de primeiro grau com competência no local de cumpri-mento da diligência.

Art. 286. Não comparecendo o acusado ou não constituindo advogado, o relator nomeará de-fensor dativo.

Art. 287. O prazo para a defesa prévia será de 05 (cinco) dias, contando-se do interrogatório ou da intimação do defensor dativo.

Art. 288. A instrução obedecerá, no que couber, ao procedimento comum ordinário previsto no Código de Processo Penal, ao disposto na Lei n. 8.038, de 28 de maio de 1990 e neste Regimen-to Interno.

§ 1º Por expressa determinação do relator, as intimações poderão ser feitas por carta registrada com aviso de recebimento.

§ 2º Se oferecida a exceção da verdade ou da notoriedade dos fatos imputados, o re-lator, antes de iniciar a instrução do proces-so, determinará a intimação do querelante para contestar a exceção, no prazo de 02 (dois) dias; se a ação penal tiver sido inten-tada pelo Ministério Público, a intimação será feita a este e ao exceto.

Art. 289. Concluída a inquirição das testemu-nhas, serão intimadas a acusação e a defesa para requerimento de diligência, no prazo de 05 (cinco) dias.

Art. 290. Realizadas as diligências ou não sendo estas requeridas pelas partes, nem determina-das pelo relator, serão intimadas a acusação e a defesa para, sucessivamente, apresentarem, no prazo de 15 (quinze) dias, alegações escritas, com a indicação das testemunhas que devam ser reinquiridas por ocasião do julgamento.

§ 1º Será comum o prazo do acusado e do assistente, bem como o dos corréus.

§ 2º Na ação penal privada, o Ministério Pú-blico terá vista, por igual prazo, após as ale-gações das partes.

§ 3º O relator poderá, após as alegações escritas, determinar, de ofício, a realização de provas reputadas imprescindíveis para o julgamento da causa, dando vista às partes sobre o acrescido, no prazo comum de 03 (três) dias.

Art. 291. Finda a instrução, o relator fará relató-rio escrito, no prazo de 20 (vinte) dias, passando os autos ao revisor, que pedirá designação de dia para o julgamento em igual prazo.

Art. 292. Da designação serão intimados o Minis-tério Público, o querelante, o assistente, o réu, o defensor e as pessoas que devam comparecer para prestar depoimento ou esclarecimentos.

Parágrafo único. Aos julgadores será en-viada cópia da peça acusatória, do acórdão que a recebeu, dos depoimentos, dos lau-dos e das alegações finais das partes.

Art. 293. No dia designado, aberta a sessão, apregoadas as partes e as testemunhas, se o querelante deixar de comparecer sem motivo justificado, será declarada de ofício a peremp-ção da ação penal.

Parágrafo único. Se a ação for privada, sub-sidiária da pública, por delito de ação pú-blica e o querelante não comparecer, o Mi-nistério Público tornar-se-á parte principal, prosseguindo-se no julgamento.

Art. 294. A seguir, o relator fará minucioso rela-tório das principais peças dos autos e da prova produzida.

Art. 295. Findo o relatório, o relator tomará as declarações das pessoas que devam comparecer para prestar depoimento ou esclarecimentos, caso não dispensadas pelas partes e pelo Tribu-nal, podendo reperguntá-las outros desembarga-dores, o órgão do Ministério Público e as partes.

Art. 296. Concluídas as inquirições e efetuadas as diligências que o Tribunal houver determi-nado, o Presidente dará a palavra, sucessiva-mente, ao acusado e à defesa, pelo prazo de 01 (uma) hora para a sustentação oral, assegurado ao assistente um quarto do tempo da acusação.

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§ 1º Havendo mais de um defensor, combi-narão entre si a distribuição do tempo que, na falta de entendimento, será marcado pelo Presidente, de forma que não sejam excedi-dos os prazos fixados no caput deste artigo.

§ 2º Havendo mais de um réu, o tempo para a acusação e para a defesa será, em relação a ambos, acrescido de uma hora, observado o disposto no § 1º deste artigo.

Art. 297. Tratando-se de ação penal privada, o Ministério Público falará por último, pelo prazo de 30 (trinta) minutos.

Art. 298. Encerrados os debates, o Tribunal pas-sará a deliberar.

Art. 299. O julgamento poderá efetuar-se em uma ou mais sessões.

Art. 300. A extinção da punibilidade será decre-tada em qualquer tempo pelo relator, ouvido previamente o Ministério Público, no prazo de 05 (cinco) dias.

Art. 301. O pedido de fiança, nas ações penais originárias, será apreciado pelo relator do feito.

CAPÍTULO VIDO HABEAS CORPUS

Art. 302. O habeas corpus poderá ser impetra-do por qualquer pessoa, independentemente de representação por profissional da advocacia, em seu favor ou de outrem, bem como pelo Mi-nistério Público.

Art. 303. A petição de habeas corpus conterá:

I – o nome do impetrante, bem como o do paciente e da autoridade coatora;

II – os motivos do pedido e, quando possí-vel, a prova documental dos fatos alegados;

III – a assinatura do impetrante ou de al-guém a seu rogo, se não souber ou não pu-der escrever, e a designação das respectivas residências.

Parágrafo único. Faltando qualquer dos re-quisitos listados neste artigo, o relator man-dará preenchê-lo, logo que lhe for apresen-tada a petição.

Art. 304. O relator poderá conceder medida li-minar em favor do paciente até o julgamento do feito, sempre que houver fundamento relevante que justifique a restituição imediata da liberda-de de locomoção ou a adoção de medidas ur-gentes para evitar que a ameaça de violência à sua liberdade de ir, vir e ficar se concretize.

Art. 305. O relator poderá requisitar informa-ções da autoridade coatora, no prazo que fixar entre 01 (um) e 05 (cinco) dias, podendo, ainda:

I – nomear advogado para acompanhar e defender oralmente o pedido, sendo rele-vante a matéria, se o impetrante não for di-plomado em direito;

II – ordenar diligências necessárias à instrução do pedido, no prazo que estabelecer, se a defi-ciência deste não for imputável ao impetrante.

Art. 306. O relator ou o Tribunal, se julgarem necessário, determinarão a apresentação do pa-ciente para interrogá-lo.

§ 1º Em caso de desobediência, será expe-dido mandado de prisão contra o detentor, que será processado na forma da lei, e o re-lator providenciará para que o paciente seja tirado da prisão e apresentado em sessão.

§ 2º Se o paciente estiver preso, nenhum mo-tivo escusará a apresentação, salvo se grave-mente enfermo ou não se encontrar sob a guarda da pessoa a quem se atribuir a prisão.

§ 3º O relator poderá ir ao local em que se encontrar o paciente, se este não puder ser apresentado por motivo de doença, poden-do delegar o cumprimento da diligência a juiz de primeira instância com competência no local de cumprimento.

Art. 307. Instruído o processo e ouvido o Minis-tério Público em 02 (dois) dias, o relator apre-sentará o feito em mesa para julgamento na primeira sessão do órgão colegiado, podendo, entretanto, adiar-se o julgamento para a sessão seguinte.

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§ 1º Havendo pedido expresso do impetran-te para ser cientificado da data do julga-mento, o feito será incluído em pauta.

§ 2º Ao Ministério Público e ao impetrante é assegurado o direito de sustentar e im-pugnar oralmente o pedido, no prazo de 10 (dez) minutos para cada um.

§ 3º Não se conhecerá de pedido desautori-zado pelo paciente.

Art. 308. Se, pendente o processo de habeas corpus, cessar a violência ou coação, julgar-se-á prejudicado o pedido, podendo, porém, o Tribu-nal declarar a ilegalidade do ato e tomar as pro-vidências cabíveis para punição do responsável.

Art. 309. Quando o pedido for manifestamen-te incabível ou for reiteração de outro com os mesmos fundamentos, o relator o indeferirá li-minarmente.

Parágrafo único. Se o juiz ou o tribunal ve-rificar que já cessou a violência ou coação ilegal, julgará prejudicado o pedido.

Art. 310. O relator ou órgão colegiado têm com-petência para expedir, de ofício, ordem de ha-beas corpus quando, no curso do processo, ve-rificar que alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal.

Art. 311. Concedido o habeas corpus, será expe-dida, imediatamente, a respectiva ordem ao de-tentor, ao carcereiro ou à autoridade que exer-cer ou ameaçar exercer o constrangimento, sem prejuízo da remessa de cópia do acórdão.

§ 1º A comunicação, mediante ofício, tele-grama, e-mail ou qualquer outro meio que permita a transmissão do alvará de soltura, bem como do salvo-conduto, em caso de ameaça de violência ou coação, serão fir-mados pelo relator.

§ 2º Na hipótese de anulação do processo, poderá o Tribunal ou o juiz aguardar o rece-bimento da cópia do acórdão para efeito de renovação dos atos processuais.

Art. 312. Se a ilegalidade decorrer do fato de não ter sido o paciente admitido a prestar fian-ça, esta será arbitrada na decisão.

Parágrafo único. As fianças que tiverem de ser prestadas perante o Tribunal serão pro-cessadas e julgadas pelo relator, a menos que este delegue essa atribuição a outro magistrado.

Art. 313. Ordenada a soltura do paciente, em virtude de habeas corpus, a autoridade que, por má-fé ou evidente abuso de poder, tiver deter-minado a coação, será condenada nas custas, remetendo-se ao Ministério Público traslado das peças necessárias para que seja promovida a responsabilidade da autoridade.

Art. 314. O carcereiro, o diretor da prisão, o es-crivão, o oficial de justiça ou a autoridade judi-ciária, policial ou militar que embaraçarem ou procrastinarem o encaminhamento do pedi-do de habeas corpus ou as informações sobre a causa da violência, coação ou ameaça, serão multados na forma da legislação processual vi-gente, sem prejuízo de outras sanções penais ou administrativas.

Art. 315. Havendo desobediência ou retarda-mento abusivo no cumprimento da ordem de habeas corpus, de parte do detentor ou do car-cereiro, o relator expedirá mandado contra o desobediente e oficiará ao Ministério Público, a fim de que promova sua responsabilidade.

Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o relator tomará as providências necessárias ao cumprimento da decisão, com emprego dos meios legais cabíveis, e determinará, se necessária, a apresentação do paciente.

CAPÍTULO VIIDA REVISÃO CRIMINAL

Art. 316. Ao Órgão Especial caberá a revisão de decisões criminais que tiver proferido e à Seção Criminal, das suas decisões e das proferidas pe-las Câmaras e pelas Turmas.

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Art. 317. A revisão criminal será admitida nos ca-sos previstos em lei e estará sujeita ao preparo.

Art. 318. A revisão poderá ser pedida por pro-curador legalmente habilitado ou pelo próprio condenado ou, falecido este, pelo seu cônjuge, companheiro, ascendente, descendente ou ir-mão, independentemente de representação por profissional da advocacia.

Parágrafo único. Poderá ser nomeado de-fensor público ao condenado que ingressar com o pedido de revisão sem o patrocínio de profissional da advocacia.

Art. 319. A petição inicial será dirigida ao 1º Vice-Presidente e será distribuída a um relator que não tenha pronunciado decisão em qual-quer fase do processo; se isso não for possível, no âmbito da seção criminal, será relator um componente da seção cível.

Art. 320. A revisão terá início por uma petição instruída com cópia autêntica do inteiro teor da decisão condenatória ou absolutória imprópria, com a prova do seu trânsito em julgado e com os documentos comprobatórios das alegações em que se fundar.

§ 1º Se a petição não estiver instruída com as peças necessárias, o relator mandará que as junte o recorrente ou ordenará as dili-gências que entender necessárias ao conhe-cimento do pedido e seu julgamento, se ve-rificar que a revisão deixou de ser instruída por motivo relevante.

§ 2º O relator poderá determinar que se apensem os autos originais, se daí não ad-vier dificuldade à execução normal da sen-tença.

Art. 321. A revisão poderá ser requerida a qual-quer tempo, depois de transitada em julgado a decisão condenatória ou absolutória imprópria, esteja ou não extinta a pena ou a medida de se-gurança.

Parágrafo único. Não será admitida a reite-ração do pedido com o mesmo fundamen-to, salvo se fundado em novas provas.

Art. 322. Sempre que houver mais de um pedi-do de revisão do mesmo réu, serão todos reuni-dos em um só processo.

Art. 323. Requerida, por dois ou mais réus, em separado, a revisão da sentença que em um só processo os tenha condenado pelo mesmo crime, deverão os pedidos ser pro-cessados e julgados conjuntamente.

Art. 324. Se a petição for recebida, será ouvido o Ministério Público, que dará parecer no prazo de 10 (dez) dias. Em seguida, o relator lançará o relatório em igual prazo e passará os autos ao revisor, que pedirá dia para julgamento.

Parágrafo único. A Secretaria expedirá có-pias do relatório e fará a sua distribuição aos Desembargadores.

Art. 325. Admitir-se-á o debate oral por parte do réu e do Ministério Público, pelo prazo igual e sucessivo de 15 (quinze) minutos.

Art. 326. Aos acórdãos proferidos em processos de revisão só podem ser opostos embargos de declaração, recursos especial e extraordinário.

Art. 327. Do acórdão que julgar a revisão se juntará cópia aos processos revistos e, quando for modificativo das decisões proferidas nesses processos, dele também se remeterá cópia au-tenticada ao Juiz da execução.

TÍTULO V

Dos Processos Incidentes e Dos Incidentes Processuais

CAPÍTULO IDA HABILITAÇÃO

Art. 328. A habilitação processar-se-á perante o Relator da causa nos próprios autos do processo principal.

Art. 329. Recebido o pedido de habilitação, o relator suspenderá o processo e ordenará a ci-tação dos requeridos para se pronunciarem no prazo de 05 (cinco) dias.

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Art. 330. Caso não haja contestação ou, haven-do, não se faça necessária dilação probatória, o relator decidirá o pedido nos próprios autos, ouvindo previamente, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, o Ministério Público, se obrigatória a sua intervenção como fiscal da ordem jurídica.

Art. 331. Oferecida contestação e havendo ne-cessidade de dilação probatória diversa da do-cumental, o relator determinará a autuação do incidente em apartado e disporá sobre a instru-ção.

Art. 332. Concluída a instrução, se for o caso, o relator abrirá vista ao Ministério Público, se obrigatória a sua intervenção como fiscal da or-dem jurídica, pelo prazo de 05 (cinco) dias úteis e, em seguida, apresentará o feito em mesa para julgamento.

Art. 333. Transitado em julgado o acórdão de habilitação, o processo principal retomará o seu curso, e cópia do acórdão será juntada aos au-tos respectivos.

CAPÍTULO IIDA RESTAURAÇÃO DE AUTOS

Art. 334. O pedido de restauração de autos de qualquer natureza, desaparecidos em tramita-ção no Tribunal, será dirigido ao 1º Vice-Presi-dente do tribunal, que o distribuirá ao órgão em que se processava o feito.

Parágrafo único. O relator será, sempre que possível, o mesmo do processo cujos autos devam ser restaurados.

Art. 335. O processo de restauração obedecerá ao prescrito no Código de Processo Penal e no Código de Processo Civil, cabendo ao relator, se for o caso, determinar a baixa dos autos ao juízo de origem, para fins do art. 717, § 1º, do Código de Processo Civil, e fixar o prazo para a respecti-va devolução.

Parágrafo único. Estando a restauração em condições de ser julgada, o relator abrirá vista dos autos ao Ministério Público, se

obrigatória a sua intervenção como fiscal da ordem jurídica, pelo prazo de 10 (dez) dias úteis e, a seguir, apresentará o processo em mesa para julgamento.

CAPÍTULO IIIDA ARGUIÇÃO DE IMPEDIMENTO

OU DE SUSPEIÇÃO

Art. 336. Caso o juiz da causa não reconheça o impedimento ou a suspeição, ordenará a autu-ação do incidente em apartado e, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentará suas razões, acom-panhadas de documentos e de rol de testemu-nhas, se houver, ordenando sua remessa ao Tri-bunal.

Art. 337. Distribuído o incidente, o relator pode-rá rejeitá-lo, liminarmente, quando a alegação de impedimento ou de suspeição for manifesta-mente improcedente.

Art. 338. Processado o incidente, o relator de-clarará os seus efeitos, sendo que, se for rece-bido:

I – sem efeito suspensivo, o processo volta-rá a correr;

II – com efeito suspensivo, o processo per-manecerá suspenso até o julgamento do in-cidente.

Parágrafo único. Enquanto não for declara-do o efeito em que é recebido o incidente ou quando este for recebido com efeito sus-pensivo, a tutela de urgência será requerida ao substituto legal.

Art. 339. O relator, se reconhecer relevante a ouvida das testemunhas arroladas, designará dia e hora para a sua inquirição, cientes as par-tes.

Art. 340. Concluída a instrução, serão intimados para a manifestação sucessiva, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, o arguente e o arguido.

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Parágrafo único. Decorrido o prazo do ca-put deste artigo, o relator apresentará o processo em mesa para julgamento.

Art. 341. Se o Relator entender desnecessária a instrução, levará, desde logo, a arguição ao Tri-bunal para julgamento.

Art. 342. Na arguição oposta contra desembar-gador, o arguido, se reconhecer o impedimento ou a suspeição, ordenará a remessa dos autos ao Presidente do órgão julgador para as devidas providências, se for relator ou revisor, ou se abs-terá de participar do julgamento se for vogal.

§ 1º Não reconhecendo o impedimento ou a suspeição, o arguido dará as suas razões, acompanhadas de documentos e do rol de testemunhas, se houver, ordenando a re-messa dos autos à distribuição.

§ 2º Distribuídos os autos, o relator procede-rá na conformidade dos arts. 337 e seguintes.

CAPÍTULO IVDO DESAFORAMENTO

Art. 343. Se o interesse da ordem pública o recla-mar ou houver dúvida sobre a imparcialidade do júri ou a segurança pessoal do acusado, o Tribunal, a requerimento do Ministério Público, do assis-tente, do querelante ou do acusado ou mediante representação do juiz competente, poderá deter-minar o desaforamento do julgamento para ou-tra comarca da mesma região, onde não existam aqueles motivos, preferindo-se as mais próximas.

Parágrafo único. O desaforamento tam-bém poderá ser determinado, em razão do comprovado excesso de serviço, ouvidos o juiz Presidente e a parte contrária, se o jul-gamento não puder ser realizado no prazo de 06 (seis) meses, contado do trânsito em julgado da decisão de pronúncia.

Art. 344. A representação do juiz ou o requeri-mento das partes serão dirigidos ao 1º Vice-Pre-sidente do Tribunal, devidamente fundamenta-do e instruído.

§ 1º É indispensável, em qualquer caso, o oferecimento de cópia autêntica ou certi-dão de pronúncia transitada em julgado.

§ 2º O pedido de desaforamento será distri-buído imediatamente e terá preferência de julgamento na Câmara ou Turma competen-te.

Art. 345 Distribuído o pedido de desaforamen-to, o relator, se não for o caso de indeferimento liminar, requisitará informações ao juiz prepara-dor do feito ou ao juiz-Presidente do Tribunal do Júri, que as prestará no prazo de 05 (cinco) dias, quando essa autoridade não tiver sido o repre-sentante, e providenciará a notificação do de-fensor do acusado, do querelante, do Ministério Público e do assistente, conforme o caso, para oferecer resposta no prazo de 05 (cinco) dias.

Art. 346. Em seguida, o relator, se entender ne-cessário, determinará a produção de provas, no prazo que fixar.

Art. 347. O requerimento ou a representação não têm efeito suspensivo.

Parágrafo único. Quando relevantes os seus motivos ou havendo sério risco de contur-bação da ordem pública, o relator poderá ordenar que fique sustado o julgamento até final decisão.

Art. 348. Uma vez instruídos, o requerimento ou a representação seguirão com vista ao Minis-tério Público pelo prazo de 10 (dez) dias.

Art. 349. Ouvido o Ministério Público, o Relator apresentará o feito em mesa para julgamento na primeira sessão do órgão colegiado.

Parágrafo único. Havendo pedido expresso do defensor do réu para ser cientificado da data do julgamento, o feito será incluído em pauta.

Art. 350. Na sessão de julgamento, admitir-se-á sustentação oral, por 15 (quinze) minutos, pelo defensor constituído do réu e pelo Ministério Público, usando da palavra aquele em primeiro lugar.

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Art. 351. A decisão concessiva do desaforamen-to abrangerá os corréus e indicará o juízo em que se fará o julgamento.

Art. 352. Concedido o desaforamento, o Tribu-nal designará a Comarca próxima, onde se reali-zará o julgamento.

Art. 353. A concessão do desaforamento produz efeitos definitivos.

CAPÍTULO VDA EXCEÇÃO DA VERDADE REMETIDA

Art. 354. Oposta a exceção da verdade em pri-meira instância, na ação penal privada por de-litos de calúnia ou difamação, em que figure como excepta pessoa sujeita a foro por prerro-gativa de função, o juiz decidirá sobre sua ad-missibilidade e, se for caso, promoverá a instru-ção probatória.

Art. 355. Processadas a ação penal e a exceção da verdade, os autos serão remetidos ao Tribu-nal, exclusivamente para o julgamento da última.

Art. 356. O relator sorteado ordenará as diligên-cias que entender necessárias para suprir nuli-dades ou falta que prejudique o julgamento da exceção da verdade.

Parágrafo único. Concluídas as diligências, sobre elas serão ouvidas as partes, no prazo de 05 (cinco) dias para cada uma.

Art. 357. Ouvidas as partes, os autos serão re-metidos ao Ministério Público que fará a junta-da do parecer no prazo de 05 (cinco) dias. Em seguida, o relator, no prazo de 20 (vinte) dias, lançará relatório nos autos, passando-os ao re-visor que, em igual prazo, pedirá a designação de dia e hora para o julgamento.

Art. 358. No julgamento observar-se-ão as mes-mas regras prescritas para a ação penal originá-ria, salvo quanto às provas que somente serão produzidas por determinação do órgão julgador, e quanto aos prazos para sustentação oral, que serão reduzidos pela metade.

Art. 359. Julgada procedente a exceção, o Tribu-nal absolverá o querelado; dando pela improce-dência, os autos tornarão ao juízo do primeiro grau para prosseguimento da ação penal.

Parágrafo único. Evidenciando-se existir causa de extinção da punibilidade, o órgão julgador desde logo a reconhecerá, extin-guindo o processo principal.

Art. 360. A decisão da exceção será formalizada em acórdão.

CAPÍTULO VIDO PEDIDO DE EXPLICAÇÕES

Art. 361. O pedido de explicações, como medi-da preparatória de ação penal da competência originária do Tribunal, terá como relator desem-bargador integrante do órgão competente para julgar a ação principal.

Art. 362. O relator, após verificar a presença de legítimo interesse, determinará a notificação da pessoa apontada como devedora das explicações para que as preste nos autos, por escrito, pesso-almente ou por intermédio de procurador com poderes especiais, no prazo de 05 (cinco) dias.

Art. 363. Findo o prazo, ordenará o relator que, decorridas 48 (quarenta e oito) horas, sejam os autos entregues ao requerente, independente-mente de traslado.

TÍTULO VI

Dos Recursos Cíveis

CAPÍTULO IDA APELAÇÃO

Art. 364. Recebido o recurso de apelação no Tri-bunal e distribuído imediatamente, o relator, se não for o caso de decisão monocrática nas hi-póteses autorizadas por lei e neste Regimento, elaborará seu voto para julgamento do recurso pelo órgão colegiado.

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Art. 365. Elaborado o voto, o relator restituirá os autos, com relatório, à Secretaria, solicitando dia para julgamento.

CAPÍTULO IIDO AGRAVO DE INSTRUMENTO

Art. 366. Recebido o recurso de agravo de ins-trumento no Tribunal e distribuído imediata-mente, se não for o caso de aplicação do art. 150, incisos IV e V, o relator, no prazo de 05 (cin-co) dias:

I – poderá atribuir efeito suspensivo ao re-curso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;

II – ordenará a intimação do agravado pes-soalmente, por carta com aviso de recebi-mento, quando não tiver procurador consti-tuído, ou pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso de recebimento, dirigida ao seu advogado, para que responda no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-lhe juntar a do-cumentação que entender necessária ao julgamento do recurso;

III – determinará a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio eletrô-nico, quando for o caso de sua intervenção, para que se manifeste no prazo de 15 (quin-ze) dias.

CAPÍTULO IIIDO AGRAVO INTERNO

Art. 367. Contra decisão proferida pelo relator ou qualquer outra unipessoal caberá agravo in-terno para o respectivo órgão colegiado, no pra-zo de 15 (quinze) dias úteis, e não se sujeita a preparo.

Art. 368. O agravo interno será dirigido ao re-lator e processado nos próprios autos, devendo na petição de interposição o recorrente impug-

nar, especificadamente, os fundamentos da de-cisão agravada, sob pena de não ser conhecido por decisão monocrática liminar.

Art. 369. Em face das razões do agravo, da ma-nifestação espontânea da parte agravada ou, de ofício, em matéria de ordem pública, o relator poderá exercer o juízo de retratação.

Art. 370. Admitido o agravo interno e não ha-vendo retratação, o relator intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual o relator levá--lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com in-clusão em pauta.

Art. 371. Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou manifestamen-te improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condena-rá o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa.

Art. 372. A interposição de qualquer outro re-curso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa prevista no art. 371, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.

CAPÍTULO IVDOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Art. 373. Os embargos de declaração poderão ser opostos a acórdão proferido pelo Órgão Es-pecial, pelas Seções, pelas Câmaras e pelas Tur-mas ou a decisão monocrática do relator no pra-zo de 05 (cinco) dias úteis, para:

I – esclarecer obscuridade ou eliminar con-tradição;

II – suprir omissão de ponto ou questão so-bre o qual devia se pronunciar o juiz de ofí-cio ou a requerimento;

III – corrigir erro material.

Parágrafo único. Considera-se omissa a de-cisão que:

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I – deixe de se manifestar sobre tese firma-da em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;

II – incorra em qualquer das condutas des-critas no art. 489, § 1º, do Código de Proces-so Civil.

Art. 374. Os Embargos, que não se sujeitam a preparo, serão dirigidos ao relator e processa-dos nos próprios autos, devendo o embargante indicar expressamente o ponto obscuro, contra-ditório, omisso ou em que consiste o erro ma-terial, sob pena de não serem conhecidos por decisão monocrática liminar.

Art. 375. Os embargos de declaração não pos-suem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso.

Parágrafo único. A eficácia da decisão mo-nocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo relator se demonstrada a probabilida-de de provimento do recurso ou, sendo re-levante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.

Art. 376. O relator poderá julgar, liminarmente, os embargos de declaração quando o motivo da oposição decorrer de erro material ou forem opostos contra decisão de relator ou outra deci-são unipessoal proferida em tribunal.

Art. 377. Se os embargos forem, manifestamen-te, incabíveis, o relator a eles negará seguimen-to.

Art. 378. Se os embargos forem recebidos, o relator os apresentará em mesa na sessão sub-sequente a sua interposição, proferindo voto e, não havendo julgamento nessa sessão, o recur-so será incluído em pauta.

Parágrafo único. Caso eventual acolhimen-to dos embargos implique a modificação da decisão embargada, o relator intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, sobre os embargos opostos.

Art. 379. Quando forem manifestamente prote-latórios, o relator ou o órgão colegiado, decla-rando expressamente que o são, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atua-lizado da causa.

§ 1º Na reiteração de embargos de declara-ção manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o va-lor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao de-pósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratui-dade da justiça, que a recolherão ao final.

§ 2º Não serão admitidos novos embargos de declaração se os dois anteriores houve-rem sido considerados protelatórios.

CAPÍTULO VDA REMESSA NECESSÁRIA

Art. 380. O Presidente do Tribunal, de ofício ou a requerimento da parte interessada ou do Mi-nistério Público, poderá avocar os autos do pro-cesso sujeito ao duplo grau de jurisdição, se o juiz deixar de remetê-los nos 05 (cinco) dias subse-quentes ao termo final do prazo de interposição.

Art. 381. Recebidos os autos, serão eles encami-nhados à distribuição.

Art. 382. O Ministério Público será ouvido, no prazo de 10 (dez) dias, somente se obrigatória a sua intervenção como fiscal da ordem jurídica.

TÍTULO VIII

Dos Recursos para o Supremo Tribunal Federal e para o Superior

Tribunal de Justiça

Art. 413. No âmbito das respectivas atribuições, cabe ao 1º Vice-Presidente e ao 2º Vice-Presi-dente decidir nas hipóteses versadas nos art. 1.029, § 5º, III, 1.030, 1.035, §§ 6º e 8º, 1.036, §§ 1º e 2º, 1.037, III e § 1º, 1.040, I, 1.041, § 2º, e 1.042, § 2º, do Código de Processo Civil.

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Art. 414. Quando for interposto recurso desti-nado ao Supremo Tribunal Federal ou ao Supe-rior Tribunal de Justiça contra decisão do Tribu-nal, a Diretoria Cível, a Diretoria Criminal ou a Secretaria da Turma de Câmara Regional, con-forme o caso, juntará a respectiva petição aos autos da causa e os remeterá para o Cartório de Recursos para Tribunais Superiores (CARTRIS), observando-se a partir de então o seguinte:

I – após o registro do feito em sistema pró-prio, inclusive com identificação do órgão julgador de origem da decisão recorrida, o CARTRIS providenciará a intimação para contrarrazões;

II – quando se tratar de recurso ordinário em matéria criminal (CF, art. 105, II, alínea a) ou em matéria cível (CF, art. 105, II, alínea b), findo o prazo de sua contrariedade, in-clusive por assistente, se houver, e com ou sem contrarrazões, o CARTRIS providenciará a imediata remessa dos autos ao Superior Tribunal de Justiça;

III – quando se tratar de recurso extraordi-nário (CF, art. 102, III), de recurso especial (CF, art. 105, III) e de recurso dependente de qualquer deles, inclusive o de agravo interno nas hipóteses versadas nos arts. 1.030, § 2º, 1.035, §§ 7º e 8º, 1.036, § 3º, e 1.037, § 13, II, do Código de Processo Civil, findo o prazo de sua contrariedade, quando for o caso, e com ou sem contrarrazões, o CARTRIS fará os autos conclusos ao Vice--Presidente competente.

Parágrafo único. A atribuição do CARTRIS quanto ao processamento do recurso no Tri-bunal, compreendendo, também, a tramita-ção de predicação a ele incidente, inclusive medida cautelar, cessará com a remessa dos autos ao Juízo da instância ordinária junto ao qual deva ocorrer o cumprimento da de-cisão transitada em julgado, ou o arquiva-mento do processo.

Art. 415. O pedido de concessão de efeito sus-pensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial, no período fixado no art. 1.029, § 5º,

III, do Código de Processo Civil, formulado em requerimento apartado da petição recursal ou em processo autônomo, será remetido ao Vice--Presidente competente independentemente de intimação do recorrido para impugnar ou ofertar contestação.

Art. 416. Formulado o pedido de exclusão da decisão de sobrestamento e de inadmissibilida-de de recurso extraordinário na hipótese ver-sada no art. 1.035, § 6º, do Código de Processo Civil, o CARTRIS abrirá vista para a manifestação do recorrente no prazo legal, findo o qual, com ou sem essa manifestação, fará conclusos os au-tos para decisão do Vice-Presidente competen-te.

Art. 417. Independentemente da análise das razões recursais, é facultado ao Vice-Presidente competente, antes de, conforme o caso, sobres-tá-lo (CPC, art. 1.030, III), selecioná-lo como re-presentativo de controvérsia (CPC, art. 1.030, IV) ou realizar o respectivo juízo de conformida-de (CPC, art. 1.030, I e II) ou de admissibilidade (CPC, art.1.030, V), não conhecer de recurso ex-traordinário ou especial intempestivo; se da de-cisão de não conhecimento resultar a interpo-sição de agravo (CPC, art. 1.042), serão ambos sobrestados, quando o recurso principal versar sobre controvérsia de caráter repetitivo, ainda não decidida por tribunal superior.

Art. 418. Permanecerão sob custódia do CAR-TRIS os autos de processo com recurso extraor-dinário ou especial sobrestado no Tribunal, em observância ao regime dos recursos múltiplos até quando, por comunicação do Núcleo de Ge-renciamento de Precedentes (NUGEP) ou por requisição do Vice-Presidente competente, lhe devam ser remetidos sempre que:

I – o Supremo Tribunal Federal proclamar inexistir repercussão geral na matéria de recurso extraordinário selecionado paradig-ma de idêntica controvérsia, ou, no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, cessar, sem substituição, ou não for procedida a afeta-ção de recurso especial para julgamento pela sistemática dos recursos repetitivos;

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II – for publicado o acórdão do correspon-dente Tribunal Superior com decisão de mérito para o recurso extraordinário ou es-pecial, representativo de múltiplas contro-vérsias.

Art. 419. Os autos físicos de processo que en-cadernem recurso dirigido a Tribunal Superior, uma vez digitalizados e transmitidos por meio eletrônico para a instância especial de destino, permanecerão inalteráveis em situação de ar-quivamento provisório, em dependência do Tri-bunal, sob custódia do CARTRIS, até a recepção do comunicado oficial do julgamento definitivo.

Parágrafo único. Para garantia da inaltera-bilidade dos autos físicos, na situação de custódia prevista no caput, necessária em decorrência da competência exclusiva do Tribunal Superior, sob cuja jurisdição o pro-cesso então passou a tramitar eletronica-mente, é expressamente vedado:

I – o lançamento de cota, despacho ou a aposição de certidão ou termo, na última folha de autos digitalizados sob patrocínio do Tribunal, ressalvada, e isto apenas quan-to a autos físicos devolvidos após virtuali-zados no ambiente de Tribunal Superior, a aposição de termo de recebimento;

II – a juntada de petição ou de qualquer do-cumento avulso aos autos custodiados;

III – a extração de cópia de peça integrante dos autos custodiados;

IV – o acesso aos autos custodiados, matriz do processo que passou a tramitar na forma eletrônica, para carga ou consulta.

Art. 420. Ainda enquanto perdurar a situação de custódia de autos físicos, petição ou ofício, com predicação que vise à superação da veda-ção expressa no parágrafo único do art. 419, deverá ser enviada ao 2º Vice-Presidente por sistema eletrônico ou por protocolo manual, in-dependentemente de movimentação dos autos do processo ao qual se referir.

§ 1º Quando a petição ou ofício necessitar de excepcional pronunciamento de natureza jurisdicional por órgão do Tribunal, o 2º Vice--Presidente determinará seu processamento como expediente avulso e subsequente re-messa ao magistrado competente.

§ 2º Atendida em definitivo a predicação de que trata o § 1º deste artigo, o expediente processado em apartado será remetido ao CARTRIS para juntada aos autos do proces-so ao qual se referir, quando de sua baixa determinada por Tribunal Superior.

§ 3º Aplica-se o disposto neste artigo à hipó-tese de expediente subscrito por agente pú-blico, vinculado ou não ao Poder Judiciário.

TÍTULO IX

Da Edição, Revisão e Cancelamento de Enunciado de Súmula

Art. 421. O Tribunal poderá, de ofício ou por provocação, após reiteradas decisões sobre de-terminada matéria, editar enunciado de súmula que, a partir da sua publicação na imprensa ofi-cial, será de observância obrigatória pelo rela-tor, por todos os seus órgãos colegiados e pelos órgãos jurisdicionais do primeiro grau.

Parágrafo único. O enunciado de súmula terá por objeto a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, e deve ater-se às circunstâncias fáticas dos prece-dentes invocados.

Art. 422. Qualquer desembargador que com-ponha o órgão competente para a respectiva deliberação poderá propor a edição de súmula, indicando os precedentes que motivam a sua edição e a proposta de redação do enunciado.

Parágrafo único. A Comissão de Sistemati-zação e Publicação de Precedentes Judiciais, por seu Presidente, poderá, também, pro-por ao Órgão Especial ou à Seção que seja compendiada em súmula a jurisprudência do Tribunal.

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Art. 423. Recebendo proposta de edição de enunciado de súmula, a Secretaria Judiciária a autuará, a registrará e a publicará no Diário da Justiça, encaminhando, em seguida, os autos à Comissão de Sistematização e Publicação de Precedentes Judiciais para que se manifeste no prazo de 30 (trinta) dias.

§ 1º Decorrido o prazo, a proposta será sub-metida à deliberação do Órgão Especial ou da Seção, conforme o caso, mediante inclu-são em pauta, encaminhando-se, preferen-cialmente por meio eletrônico, cópia dos autos aos desembargadores que compuse-rem o órgão competente para o julgamento.

§ 2º O desembargador autor da proposta será o relator.

§ 3º O Presidente da Comissão de Sistematiza-ção e Publicação de Precedentes Judiciais será o relator das suas proposições de enunciado de súmula, bem assim quando o desembarga-dor autor da proposta não mais compuser o órgão competente para o julgamento.

§ 4º Na hipótese do § 3º, o Presidente da Comissão de Sistematização e Publicação de Precedentes Judiciais, ainda que não in-tegre o Órgão Especial ou a Seção, dela par-ticipará na deliberação sobre a aprovação do enunciado de súmula, excluindo-se o de-sembargador mais moderno.

Art. 424. A edição de enunciado de Súmula de-penderá de decisão tomada pela maioria absolu-ta dos membros do Órgão Especial ou da Seção, conforme o caso, que, primeiramente, deliberará acerca da adequação formal da proposta.

Parágrafo único. Se a Seção entender que a matéria a ser sumulada é comum às Seções, remeterá o feito ao Órgão Especial.

Art. 425. São legitimados a propor a revisão e o cancelamento de enunciado de súmula:

I – Qualquer desembargador com assento no órgão competente para a deliberação;

II – A Comissão de Sistematização e Publica-ção de Precedentes Judiciais;

III – O Procurador-Geral de Justiça;

IV – O Defensor Público Geral.

Art. 426. A revisão e o cancelamento de enun-ciado de súmula serão deliberados no Órgão Especial ou nas Seções, conforme o caso, por maioria absoluta dos seus membros.

Art. 427. No procedimento de revisão ou cance-lamento de enunciado de súmula proceder-se--á, no que couber, na forma do art. 423.

Art. 428. Os enunciados de Súmula receberão numeração cardinal sequencial e serão regis-trados junto à Secretaria Judiciária, que dará ampla publicidade, preferencialmente na rede mundial de computadores, organizando-os pela natureza da questão jurídica.

Parágrafo único. Ficarão vagos, com a nota correspondente, para efeito de eventual restabelecimento, os números dos enun-ciados que o Tribunal revisar ou cancelar, tomando os que forem modificados novos números da série.

Art. 429. No prazo de 10 (dez) dias após a ses-são que editar, rever ou cancelar enunciado de Súmula, a Secretaria Judiciária fará publicar, no Diário da Justiça, o enunciado respectivo.

Art. 430. A revisão e o cancelamento de enun-ciado de súmula poderão, a critério do órgão colegiado, por decisão irrecorrível, ser precedi-dos de audiências públicas e da participação de pessoas, órgãos ou entidades que possam con-tribuir para a elucidação da matéria.

Art. 431. A proposta de edição, revisão ou cancela-mento de enunciado de súmula não suspende os processos em que se discute a mesma questão.

Parágrafo único. Havendo divergência atu-al entre órgãos fracionários do Tribunal, o órgão colegiado poderá deliberar pela sus-pensão da tramitação de todos os processos nos quais o julgamento possa ter influência.

Art. 432. A citação do enunciado da súmula pelo número correspondente dispensará a refe-rência a outros julgados no mesmo sentido.

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TÍTULO X

Do Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas

Art. 433. É admissível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas quando houver, simultaneamente, existência de causa pendente no tribunal, efetiva repetição de processos que con-tenham controvérsia sobre a mesma questão uni-camente de direito e risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica, observando-se o disposto no art. 976 e seguintes do Código de Processo Civil.

Art. 976. É cabível a instauração do inci-dente de resolução de demandas repetiti-vas quando houver, simultaneamente:

I – efetiva repetição de processos que con-tenham controvérsia sobre a mesma ques-tão unicamente de direito;

II – risco de ofensa à isonomia e à seguran-ça jurídica.

§ 1º A desistência ou o abandono do processo não impede o exame de mérito do incidente.

§ 2º Se não for o requerente, o Ministério Público intervirá obrigatoriamente no in-cidente e deverá assumir sua titularidade em caso de desistência ou de abandono.

§ 3º A inadmissão do incidente de resolu-ção de demandas repetitivas por ausência de qualquer de seus pressupostos de ad-missibilidade não impede que, uma vez satisfeito o requisito, seja o incidente no-vamente suscitado.

§ 4º É incabível o incidente de resolução de demandas repetitivas quando um dos tribu-nais superiores, no âmbito de sua respec-tiva competência, já tiver afetado recurso para definição de tese sobre questão de di-reito material ou processual repetitiva.

§ 5º Não serão exigidas custas processuais no incidente de resolução de demandas repetitivas.

Art. 434. São legitimados a propor a instauração do incidente:

I – o juiz ou relator, por ofício;

II – as partes, por petição;

III – o Ministério Público ou a Defensoria Pública, por petição.

Parágrafo único. O incidente de resolução de demandas repetitivas suscitado por Juiz de Direito somente será admitido se hou-ver, no Tribunal, processo de competência originária, remessa necessária ou recurso que verse sobre a questão de direito repe-titiva, que será selecionado como represen-tativo da controvérsia.

Art. 435. O pedido de instauração será encami-nhado ao 1º Vice-Presidente que, independen-temente de preparo, o autuará e o registrará como incidente de resolução de demandas re-petitivas, distribuindo, em seguida, ao órgão competente.

§ 1º Na ocorrência de mais de um pedi-do de instauração de incidente, tendo por objeto a mesma questão de direito, o 1º Vice-Presidente escolherá o caso que mais bem represente a controvérsia, observado o disposto no § 6º do art. 1.036 do Código de Processo Civil, e determinará que os de-mais pedidos integrem a autuação a fim de que o Relator conheça dos argumentos le-vantados; os requerentes dos pedidos não escolhidos serão informados do número do incidente instaurado e as partes dos respec-tivos casos poderão participar do processo como intervenientes.

§ 2º Determinada a autuação e distribuição do pedido selecionado, novos pedidos diri-gidos ao 1º Vice-Presidente envolvendo a mesma questão de direito serão rejeitados e devolvidos ao remetente com a informa-ção de que já foi instaurado incidente sobre o tema e seu respectivo número a fim de que postulem eventual intervenção.

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§ 3º será prevento o desembargador relator do recurso, remessa necessária ou proces-so de competência originária do Tribunal do qual se originou o incidente de resolução de

demandas repetitivas ou, caso não integre o órgão competente para julgamento do inci-dente, por redistribuição entre os membros do respectivo órgão competente.

Art. 436. Se o incidente for manifestamente in-cabível, o relator a ele negará seguimento.

Art. 437. Recebido o incidente, o relator o enca-minhará, juntamente com os autos apensados, se for o caso, de onde se originou o incidente, à Comissão de Sistematização e Publicação de Pre-cedentes Judiciais e, em sucessivo, ao Ministério Público, se não for o requerente, para que se ma-nifestem no prazo de 15 (quinze) dias úteis.

Parágrafo único. Se os autos não forem de-volvidos tempestivamente, o Presidente do órgão colegiado, por provocação do relator, os requisitará.

Art. 438. Em seguida, a admissibilidade do pedido de instauração do incidente será submetida à de-liberação, mediante inclusão em pauta, encami-nhando-se, preferencialmente por meio eletrônico, cópia dos autos aos desembargadores que compu-serem o órgão competente para o julgamento.

§ 1º A admissibilidade depende de decisão tomada por maioria absoluta dos membros do órgão colegiado competente.

§ 2º Não cabe recurso contra o acórdão que inadmite a instauração do incidente.

Art. 439. Admitido o incidente, o relator provi-denciará a mais ampla e específica divulgação e publicidade, inclusive por meio de registro ele-trônico no Conselho Nacional de Justiça, e pro-ferirá decisão na qual:

I – destacará as questões de direito subme-tidas a julgamento;

II – identificará as circunstâncias fáticas que ensejam a controvérsia em torno da ques-tão jurídica;

III – apresentará o índice com os fundamen-tos, acerca da questão jurídica, apresenta-dos até o momento da admissão, inclusive os que constem de manifestações utilizadas para fins de instruir o pedido ou ofício de instauração, e com os dispositivos normati-vos relacionados à controvérsia;

IV – suspenderá os processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitam no Estado, nos quais se discuta a questão obje-to do incidente;

V – poderá requisitar informações a órgãos em cujo juízo tramita processo no qual se discute o objeto do incidente, que as pres-tarão no prazo de 15 (quinze) dias;

VI – facultará às partes e aos demais inte-ressados, inclusive pessoas, órgãos e en-tidades com interesse na controvérsia, re-quererem, no prazo comum de 15 (quinze) dias, a juntada de documentos, bem como as diligências necessárias para a elucidação da questão de direito controvertida;

VII – organizará a instrução do incidente, podendo designar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e conhecimento na matéria.

VIII – determinará a inclusão do incidente no Cadastro de Incidentes do Tribunal e co-municará ao Conselho Nacional de Justiça a sua instauração para fim de inclusão, no Cadastro Nacional, das informações cons-tantes dos incisos I a III.

§ 1º A suspensão determinada será comu-nicada, via ofício e por meio eletrônico, aos órgãos jurisdicionais vinculados ao Tribunal e aos juizados especiais no âmbito do Esta-do, bem como ao Núcleo de Gerenciamento de Precedentes (NUGEP).

§ 2º As partes dos processos repetitivos de-verão ser intimadas da decisão de suspen-são de seus processos, a ser proferida pelo respectivo Juiz ou Relator, quando informa-dos acerca da suspensão a que se refere o inciso IV deste artigo.

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Art. 440. A audiência pública de que trata o in-ciso VII do art. 439 observará o seguinte proce-dimento:

I – o despacho que a convocar será ampla-mente divulgado e fixará prazo para a indi-cação das pessoas a serem ouvidas;

II – havendo defensores e opositores rela-tivamente à matéria objeto da audiência, será garantida a participação das diversas correntes de opinião;

III – caberá ao desembargador que presidir a audiência pública selecionar as pessoas que serão ouvidas, divulgar a lista dos ha-bilitados, determinando a ordem dos traba-lhos e fixando o tempo que cada um disporá para se manifestar;

IV – o depoente deverá limitar-se ao tema ou questão em debate;

V – os trabalhos da audiência pública serão registrados e juntados aos autos do proces-so;

VI – os casos omissos serão resolvidos pelo desembargador que convocar a audiência.

Art. 441. Concluídas as diligências, o relator abri-rá vista ao Ministério Público, pelo prazo de 15 (quinze) dias e, em seguida, solicitará a inclusão do feito em pauta para julgamento.

§ 1º Entre a data de publicação da pauta e a da sessão de julgamento decorrerá, pelo me-nos, o prazo de 10 (dez) dias úteis, excluído o dia de publicação.

§ 2º A secretaria providenciará cópia dos au-tos aos desembargadores que compuserem o órgão competente para o julgamento.

Art. 442. Anunciado o julgamento pelo Presiden-te, o relator fará uma exposição do objeto do in-cidente, especificando as teses jurídicas a serem firmadas e os fundamentos suscitados, favorá-veis e contrários.

Art. 443. Depois da exposição do objeto do inci-dente pelo relator, o Presidente facultará a pala-vra, sucessivamente:

I – ao autor e ao réu do processo originário e ao Ministério Público, pelo prazo de 30 (trin-ta) minutos;

II – aos demais interessados, no prazo de 30 (trinta) minutos, divididos entre todos, sen-do exigida inscrição com 02 (dois) dias de an-tecedência.

§ 1º A sustentação oral observar-se-á, no que couber, o disposto no art. 181.

§ 2º Considerando o número de inscritos, o prazo, a critério do Presidente do órgão cole-giado, poderá ser ampliado.

Art. 444. Concluído o relatório, a sustentação oral, se houver, e proferido o voto do relator, iniciar-se-á a discussão.

Art. 445. Encerrada a discussão, proceder-se-á ao julgamento por deliberação da maioria absoluta dos membros do órgão colegiado competente.

Parágrafo único. Fixada a tese jurídica e os seus fundamentos determinantes, bem assim rejeitados expressamente os funda-mentos contrários, julgar-se-á o recurso, a remessa necessária ou o processo de com-petência originária de onde se originou o incidente, se for o caso.

Art. 446. Do acórdão constarão:

I – a identificação das circunstâncias fáticas que ensejam a controvérsia em torno da questão jurídica;

II – análise de todos os fundamentos susci-tados, destacando expressamente os favo-ráveis e os contrários;

III – os dispositivos normativos relacionados à questão discutida;

IV – em forma de assertiva normativa, a tese jurídica objeto do incidente;

V – a fundamentação para a solução do caso;

VI – o dispositivo com a resolução do caso.

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Parágrafo único. Na enunciação da tese jurídi-ca objeto do incidente, o Tribunal observará:

I – o fundamento determinante adotado pela unanimidade ou maioria dos membros do Órgão Julgador;

II – o disposto no art. 926, § 2º, do Código de Processo Civil.

Art. 447. A revisão da tese jurídica firmada no jul-gamento do incidente de resolução de demandas repetitivas dar-se-á após instauração de novo in-cidente, observado o disposto nos §§ 2º, 3º e 4º do art. 927 do Código de Processo Civil.

§ 1º Admitida a instauração do incidente--revisor, o Tribunal registrará a informação no seu cadastro eletrônico, inserindo a in-formação no registro do incidente em que houver sido fixada a tese; logo em seguida, os novos dados serão informados ao Conse-lho Nacional de Justiça para que proceda ao registro no Cadastro Nacional.

§ 2º O Relator do incidente-revisor intimará os sujeitos do incidente em que tenha ocor-rido a fixação da tese para que, querendo, manifestem-se no incidente-revisor.

§ 3º Caso a tese jurídica seja revisada, o acórdão que julgar o incidente conterá to-das as informações previstas no art. 446 deste Regimento e, ainda, indicará expres-samente os parâmetros para modulação temporal da eficácia da decisão revisora.

§ 4º A revisão da tese jurídica impõe que enunciado de súmula anteriormente edita-do a partir da sua consolidação seja revisto ou cancelado e, se for o caso, editado enun-ciado a partir da nova tese jurídica.

TÍTULO XI

Do Incidente de Assunção de Competência

Art. 448. É admissível a instauração do inciden-te de assunção de competência para prevenir

ou compor divergência entre órgãos fracioná-rios do Tribunal, envolvendo relevante questão de direito, com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos processos, observando--se o disposto nos arts. 947 e seguintes do Códi-go de Processo Civil.

Art. 947. É admissível a assunção de com-petência quando o julgamento de recur-so, de remessa necessária ou de processo de competência originária envolver rele-vante questão de direito, com grande re-percussão social, sem repetição em múlti-plos processos.

§ 1º Ocorrendo a hipótese de assunção de competência, o relator proporá, de ofício ou a requerimento da parte, do Mi-nistério Público ou da Defensoria Pública, que seja o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária julgado pelo órgão colegiado que o regi-mento indicar.

§ 2º O órgão colegiado julgará o recur-so, a remessa necessária ou o processo de competência originária se reconhecer interesse público na assunção de compe-tência.

§ 3º O acórdão proferido em assunção de competência vinculará todos os juízes e órgãos fracionários, exceto se houver re-visão de tese.

§ 4º Aplica-se o disposto neste artigo quan-do ocorrer relevante questão de direito a respeito da qual seja conveniente a preven-ção ou a composição de divergência entre câmaras ou turmas do tribunal.

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Art. 449. Aplica-se, no que couber, as disposi-ções do Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas.

TÍTULO XII

Dos Procedimentos Administrativos Especiais

CAPÍTULO IDA REPRESENTAÇÃO

POR EXCESSO DE PRAZO

Art. 450. Qualquer parte ou o Ministério Público poderá representar ao Presidente do Tribunal contra desembargador que, injustificadamente, exceder os prazos previstos em lei, regulamento ou neste Regimento.

§ 1º Distribuída a representação, o Presi-dente do Tribunal notificará o desembarga-dor para apresentar justificativa no prazo de 15 (quinze) dias.

§ 2º Decorrido o prazo de defesa, o Presi-dente colocará a representação em mesa na primeira sessão do Órgão Especial.

§ 3º Acolhida a representação, o Presidente do Tribunal determinará a intimação do re-presentado para que, em 10 (dez) dias, pra-tique o ato.

§ 4º Mantida a inércia, os autos serão redis-tribuídos, mediante oportuna compensa-ção.

Art. 451. Aplicam-se as disposições do art. 450 aos feitos administrativos que tramitarem em quaisquer órgãos deste Tribunal.

CAPÍTULO IIDO RECURSO ADMINISTRATIVO

Art. 452. Salvo disposição em contrário, cabe recurso, sem efeito suspensivo, no prazo de 10 (dez) dias, das decisões monocráticas do Pre-sidente, do 1º Vice-Presidente, do 2º Vice-Pre-sidente, do Corregedor-Geral da Justiça ou de qualquer desembargador.

Art. 453. A petição de recurso será protocola-da e, sem qualquer formalidade, submetida ao prolator da decisão, que poderá reconsiderar o seu ato ou submeter o agravo ao julgamento do órgão competente, ocasião em que terá direito a voto.

§ 1º Mantida a decisão, o relator lavrará o acórdão.

§ 2º Provido o recurso, o desembargador que proferir o primeiro voto vencedor será o relator para fins de elaboração do acór-dão respectivo.

Art. 454. Aplicam-se as disposições deste capí-tulo, no que couber, ao recurso administrativo interposto contra decisões do Conselho da Ma-gistratura.

CAPÍTULO IIIDO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE APOSENTADORIA COMPULSÓRIA DE

MAGISTRADO

Seção IDA APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE

Art. 455. A invalidez do magistrado, para fins de aposentadoria voluntária ou compulsória, ter-se-á como comprovada sempre que, por in-capacidade, se achar permanentemente inabi-litado ou incompatibilizado para o exercício do cargo.

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Parágrafo único. O magistrado que, por dois anos consecutivos, se afastar, ao todo, por seis meses ou mais, para tratamento de saúde, deverá submeter-se, ao requerer nova licença para igual fim, dentro de dois anos, a exame para verificação de invalidez.

Art. 456. Quando o magistrado incapacitado não o requeira voluntariamente, de acordo com a legislação vigente, o processo de aposentado-ria será iniciado de ofício, por determinação do Presidente do Tribunal ou através de represen-tação de qualquer de seus membros efetivos.

§ 1º O processo de aposentadoria será sub-metido pelo Presidente, preliminarmente, à apreciação do Órgão Especial.

§ 2º O magistrado cuja invalidez for investi-gada será intimado, por ofício do Presidente do Tribunal, do teor da iniciativa, podendo alegar, em 20 (vinte) dias, o que entender e juntar documentos.

§ 3º Na fase preliminar a que alude o § 1º, o Órgão Especial poderá determinar diligên-cias, reservadas ou não, com o fito de pes-quisar a relevância do fundamento.

§ 4º Tratando-se de incapacidade mental, o Presidente do Tribunal nomeará curador ao magistrado, sem prejuízo da defesa que este queira oferecer pessoalmente, ou por procurador que constituir.

§ 5º A resposta será examinada pelo Órgão Especial, em sessão para isso convocada dentro de 05 (cinco) dias. Se for julgada sa-tisfatória, será o processo arquivado.

§ 6º Decidida a instauração do processo, será sorteado relator entre os integrantes do Órgão Especial.

§ 7º Na mesma sessão, o Tribunal determi-nará o afastamento do magistrado do exer-cício do cargo, até final decisão, sem prejuí-zo do respectivo subsídio e vantagens. Salvo no caso de insanidade mental, o processo deverá ser concluído no prazo de 60 (ses-senta) dias, contados da indicação de pro-vas.

Art. 457. Recebidos os autos, o relator assinará o prazo de 05 (cinco) dias ao magistrado, ou ao curador, quando nomeado, para a indicação de provas, inclusive assistente-técnico.

§ 1º No mesmo despacho, determinará a realização de exame médico que será feito por uma junta de três peritos oficiais, no-meados pelo relator.

§ 2º Decorrido o prazo previsto no caput, o relator decidirá sobre as provas requeridas, podendo também determinar diligências necessárias à completa averiguação da ver-dade.

§ 3º Não comparecendo o magistrado sem causa justificada, ou recusando submeter--se ao exame ordenado, o julgamento far--se-á com os elementos de prova coligidos.

Art. 458. O magistrado, seu advogado e o cura-dor nomeado poderão comparecer a qualquer ato do processo, participando da instrução res-pectiva.

Parágrafo único. Se no curso do processo surgir dúvida sobre a integridade mental do magistrado, o relator nomear-lhe-á curador e o submeterá a exame.

Art. 459. Concluída a instrução, serão assinados prazos sucessivos de 10 (dez) dias para o magis-trado e o curador apresentarem alegações.

Art. 460. Ultimado o processo, o relator, em 05 (cinco) dias, lançará relatório escrito para ser distribuído, com as peças que entender conve-nientes, a todos os membros do Órgão Especial.

Art. 461. Todo o processo, inclusive o julgamen-to, será sigiloso, assegurada a presença do ad-vogado e do curador, se houver.

Art. 462. Decidindo o Órgão Especial, por maio-ria absoluta, pela incapacidade, o Presidente do Tribunal expedirá o ato da aposentadoria.

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Seção II DA APOSENTADORIA POR

IMPLEMENTO DE IDADE LIMITE

Art. 463. Sendo caso de aposentadoria compul-sória por implemento de idade limite, o Presi-dente do Tribunal, à falta de requerimento do interessado, fará instaurar o processo de ofício, fazendo-se a necessária comprovação da idade por meio de certidão de nascimento ou prova equivalente.

Parágrafo único. A partir do dia em que completar a idade limite para aposentado-ria compulsória, o desembargador perde o exercício, e sua relatoria será considerada vaga para todos efeitos. Não sendo expedi-do ato da Presidência na data do aniversá-rio, qualquer desembargador poderá pro-vocar o suprimento do ato perante o Órgão Especial, com efeitos retroativos à aludida data.

Art. 464. Aplicam-se ao processo de aposenta-doria por implemento de idade limite, no que couber, as regras do presente capítulo, assegu-rada ampla defesa ao interessado.

CAPÍTULO IVDA REPRESENTAÇÃO PARA

DECLARAÇÃO DE INDIGNIDADE OU DE INCOMPATIBILIDADE PARA COM

O OFICIALATO OU DA INCAPACIDADE PARA COM A GRADUAÇÃO

Art. 465. Transitada em julgado a sentença de justiça comum ou militar que haja condenado o Oficial ou Praça da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros Militar à pena privativa de liber-dade superior a dois anos, o Procurador Geral da Justiça formulará Representação para que o Tribunal julgue se o representado é indigno ou incompatível para com o Oficialato ou incapaz para com a Graduação.

Art. 466. Recebida, autuada e distribuída a Re-presentação, o relator mandará citar o senten-ciado para, no prazo de 10 (dez) dias, apresen-tar defesa escrita.

§ 1º Decorrido o prazo previsto no caput deste artigo, sem apresentação da defesa escrita, o desembargador relator solicitará a designação de um Defensor Público para que a apresente, no prazo de 20 (vinte) dias.

§ 2º Restituídos os autos pelo Revisor, o de-sembargador relator os colocará em mesa para julgamento.

§ 3º Anunciado o julgamento pelo Presiden-te, fará o relator a exposição do feito e, de-pois de ouvido o Revisor, será facultada às partes a sustentação oral.

Art. 467. A decisão do Tribunal será comunicada aos Comandantes da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros Militar, ao qual será enviada có-pia do respectivo Acórdão.

CAPÍTULO VDO CONSELHO DE

JUSTIFICAÇÃO E DISCIPLINA

Art. 468. O Conselho de Justificação e o Conse-lho de Disciplina são processos de natureza ad-ministrativa regulados em lei especial.

Art. 469. Recebido, autuado e distribuído o pro-cesso de Conselho de Justificação ou de Conse-lho de Disciplina, o relator abrirá vista ao Oficial ou Praça para, no prazo de 05 (cinco) dias, mani-festar-se, por escrito, sobre os fatos que lhe são imputados.

Art. 470. Decorrido o prazo do art. 469, sem manifestação do Oficial ou Praça, solicitará o relator a designação de Defensor Público para que a apresente, no prazo de 10 (dez) dias. Em seguida, será ouvido o Procurador Geral da Jus-tiça, devendo os autos, após restituídos, serem encaminhados ao Revisor e, posteriormente, colocados em mesa para julgamento.

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Art. 471. Anunciado o julgamento, proceder-se--á ao relatório, sendo facultado à Defesa usar da palavra por 20 (vinte) minutos e assegurado ao representante do Ministério Público igual prazo para sustentar o respectivo parecer. Discutida a matéria, será proferida a decisão.

§ 1º Caso exista ação penal pendente de jul-gamento, em que a imputação corresponda inteiramente às irregularidades atribuídas ao militar no Conselho de Justificação ou de Disciplina, será este sobrestado até o trân-sito em julgado da decisão do foro criminal.

§ 2º Se o objeto de apreciação no foro crimi-nal corresponder apenas em parte aos itens do libelo no Conselho de Justificação ou de Disciplina, a Seção Criminal poderá, prelimi-narmente, decidir pelo sobrestamento ou pelo julgamento do Oficial ou Praça pelos fatos não pendentes de apreciação judicial.

Art. 472. Decidindo o Tribunal que o Oficial ou Praça é, nos termos da lei, culpado ou incapaz de permanecer na ativa ou na inatividade, deve-rá, conforme o caso:

I – declará-lo indigno do Oficialato ou com ele incompatível ou incapaz de permanecer na Graduação, determinando a perda de seu posto e patente ou da Graduação; ou

II – determinar sua reforma.

CAPÍTULO VIDA MEDALHA E DO DIPLOMA DE HONRA AO MÉRITO JUDICIÁRIO

Seção IDA MEDALHA DO MÉRITO

JUDICIÁRIO DESEMBARGADOR JOAQUIM NUNES MACHADO

Art. 473. O Conselho da Medalha Desembar-gador Joaquim Nunes Machado será composto por sete membros, sendo quatro deles natos e três, designados.

§ 1º São membros natos do Conselho o Pre-sidente do Tribunal, o 1º Vice-Presidente, o 2º Vice-Presidente e o Corregedor-Geral da Justiça.

§ 2º A Presidência do Conselho será exer-cida pelo presidente do Tribunal ou, na sua ausência, pelo seu substituto legal.

§ 3º Os demais membros serão escolhidos pelo Tribunal Pleno, dentre os desembarga-dores não integrantes do Órgão Especial.

Art. 474. Compete ao Conselho examinar as indicações à outorga da Medalha Desembarga-dor Joaquim Nunes Machado em seus diversos graus.

§ 1º Os nomes aprovados pelo Conselho se-rão submetidos ao Tribunal Pleno, que es-colherá dentre eles os agraciados.

§ 2º O Conselho reunir-se-á uma vez por ano, em dia do mês de junho determinado pelo seu Presidente.

§ 3º O Conselho deliberará com a maioria dos seus membros e decidirá pela maioria de votos dos presentes.

§ 4º As reuniões do Conselho serão reser-vadas e terão caráter sigiloso todos os votos ali proferidos.

Art. 475. O Conselho encaminhará os nomes que aprovar ao Presidente do Tribunal, acompa-nhados de parecer.

Parágrafo único. O parecer de que trata o caput deste artigo opinará, ainda, sobre a classe de medalha a ser conferida, na con-formidade da ordem hierárquica estabeleci-da no art. 482.

Art. 476. São agraciados natos com o Grão Colar Medalha Joaquim Nunes Machado os desem-bargadores do Tribunal.

Art. 477. As indicações às medalhas serão de iniciativa exclusiva dos desembargadores do Tribunal, que as farão ao Conselho em caráter reservado.

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§ 1º Serão concedidas três medalhas de cada classe em cada exercício administrati-vo, e mais três medalhas no grau Comenda-dor exclusivamente para serem outorgadas aos magistrados de 1ª, 2ª e 3ª entrâncias, ressalvada desse quantitativo a prerrogativa de proceder com a outorga prevista no § 3º, do art. 478.

§ 2º Excetuam-se os exercícios em que hou-ver agraciamento a desembargador recém--nomeado.

§ 3º Cada desembargador poderá fazer uma indicação anual para cada classe da meda-lha.

Art. 478. Os nomes aprovados pelo Conselho serão submetidos ao Tribunal Pleno em sessão reservada e voto secreto.

§ 1º Cada desembargador poderá votar em três nomes para cada classe, considerando--se escolhidos os que obtiverem a maioria dos sufrágios.

§ 2º Em caso de empate, repetir-se-á a vo-tação; persistindo aquele, fixar-se-á a esco-lha com base, sucessivamente, no tempo de serviço público e na idade.

§ 3º Fica assegurada ao Presidente do Tri-bunal, a cada exercício administrativo, inde-pendentemente de votação, a prerrogativa de escolher um agraciado para cada grau da Medalha do Mérito Judiciário Desembarga-dor Joaquim Nunes Machado.

Art. 479. Escolhidos os agraciados, o Conselho providenciará a confecção dos diplomas, que serão assinados pelo Presidente do Tribunal e pelo Secretário Judiciário.

Art. 480. O Conselho manterá um livro de re-gistro com dados biográficos dos agraciados, razões da concessão e outras anotações perti-nentes.

Art. 481. Caberá à Presidência do Tribunal pro-mover a solenidade de entrega da Medalha do Mérito Judiciário Desembargador Joaquim Nu-nes Machado, com cerimonial próprio, a ser re-

alizada, a cada ano, por ocasião das festividades de aniversário do Tribunal.

Art. 482. A Ordem da Medalha do Mérito Judici-ário Desembargador Joaquim Nunes Machado é composta por quatro graus:

I – Grão Colar;

II – Grande Oficial;

III – Comendador;

IV – Cavaleiro.

§ 1º Os agraciados nos graus constantes dos incisos II, III e IV deste artigo poderão rece-ber promoção que não exceda o grau supe-rior imediato.

§ 2º O promovido devolverá a comenda an-teriormente recebida, feitas as devidas ano-tações.

Art. 483. Compete ao Conselho opinar sobre os nomes indicados à honraria pelos desembarga-dores, encaminhando ao Tribunal Pleno aqueles que forem aprovados.

Parágrafo único. O Tribunal Pleno escolhe-rá três membros dentre os aprovados pelo Conselho, um para cada categoria da Meda-lha conforme o Regimento.

Art. 484. As comendas concedidas poderão ser cassadas pelo Tribunal Pleno se o agraciado:

I – vier a atentar, por ação ou omissão, con-tra o decoro, honorabilidade ou reputação do Poder Judiciário ou de qualquer de seus membros;

II – vier a ter atitude desprezível ou ofensiva ao Poder Judiciário ou às suas instituições.

Art. 485. A cassação será proposta por representa-ção ao Tribunal pelo Conselho da Medalha do Mé-rito Desembargador Joaquim Nunes Machado, ou por qualquer desembargador em atividade.

Art. 486. A representação será dirigida ao Pre-sidente do Tribunal, contendo a justificação ins-truída com os documentos de que dispuser o proponente.

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Parágrafo único. O representante poderá optar por fazer a justificação oral, perante o Tribunal Pleno.

Art. 487. Recebida a representação, o Presiden-te do Tribunal, depois de examiná-la, distribuirá cópias com todos os desembargadores titulares, notificando-os da data em que será levada a jul-gamento.

Parágrafo único. O Presidente submeterá a proposição a julgamento em sessão plená-ria do Tribunal especialmente convocada para esse fim, dentro de 60 (sessenta) dias.

Art. 488. A decisão da cassação será tomada pelos votos positivos da maioria absoluta dos membros efetivos do Tribunal, em sessão reser-vada.

Parágrafo único. Não caberá recurso algum dessa decisão.

Art. 489. O Conselho e o Tribunal decidirão pela maioria absoluta dos seus membros, repetindo--se a votação até alcançar-se este quorum.

Art. 490. O Tribunal Pleno aprovará o Regula-mento da Medalha de Mérito Judiciário Joa-quim Nunes Machado.

Seção IIDO DIPLOMA DE

HONRA AO MÉRITO JUDICIÁRIO

Art. 491. O Diploma de Honra ao Mérito Judici-ário será conferido a servidores e a outras pes-soas físicas e jurídicas por relevantes serviços prestados ou que hajam contribuído para a me-lhoria da prestação jurisdicional e o prestígio do Poder Judiciário.

Art. 492. A outorga da homenagem será feita, anualmente, por ocasião das festividades de aniversário do Tribunal.

Art. 493. Serão considerados habilitados à indi-cação da homenagem os servidores que tenham prestado relevantes serviços ao Poder Judiciário e não tenham sofrido punição administrativa e as pessoas físicas e jurídicas que tenham contri-

buído para a melhoria da prestação jurisdicional e o prestígio do Poder Judiciário.

Art. 494. A Diretoria de Desenvolvimento Hu-mano da Secretaria de Gestão de Pessoas fará as indicações ao Presidente do Tribunal, que as submeterá ao Órgão Especial.

Art. 495. Aplicam-se ao Diploma de Honra ao Mérito Judiciário, naquilo que couber, as regras relativas à Medalha do Mérito Judiciário De-sembargador

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