apostila 04 cont. bancária, patrimonio da empresa bancária e cosif. (2)

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO - UNEMAT COORDENAÇÃO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: CONTABILIDADE DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PROFª. NÚBBIA M. OLIVEIRA 5º SEMESTRE 1 Apostila 04 Patrimônio da Empresa Bancária e o Plano Contábil Das Instituições Do Sistema Financeiro Nacional (COSIF) 1. CONTABILIDADE BANCÁRIA A Contabilidade é a ciência que estuda e interpreta os registros dos fenômenos que afetam o patrimônio de uma entidade. A contabilidade bancária e o ramo da contabilidade aplicada que estuda, registra e controla as operações pertinentes aos institutos de crédito, apresentando, no fim do exercício, o resultado dessas operações e a situação do patrimônio. 2. PATRIMÔNIO DA EMPRESA BANCÁRIA O patrimônio da empresa bancária constitui o conjunto de valores que, em determinado momento, estão à sua disposição. Temos, por conseguinte, o ativo, que representa todos os valores materiais e imateriais pertencentes ao banco ou à sua disposição, benefício, controle e risco, e o passivo, que exprime as responsabilidades para com terceiros. O patrimônio liquido será a diferença entre a soma do ativo e a do passivo. Como qualquer outra empresa, para um banco, as fontes de financiamento são de duas grandes categorias: a) De capitais próprios b) De capitais de terceiros Os recursos da empresa bancária advindos de capitais próprios são obtidos com a integralização de seu capital social, que representa como sabemos a primeira fonte de recursos; depois, com os recursos gerados pela própria empresa, que constituem os lucros não distribuídos e reservas de lucros. Os capitais de terceiros são fontes de financiamento de recursos não advindos dos proprietários e nem gerados pela própria empresa. São provenientes de dividas (obrigações) da empresa para com seus credores. Podem ser provenientes de captação em forma de depósitos, aplicações ou títulos, provenientes de empréstimos ou repasses de outras instituições públicas ou privadas, nacionais ou internacionais, além de outros credores naturais das operações da empresa, como funcionários, fornecedores de materiais etc.

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    COORDENAO DE CINCIAS CONTBEIS

    DISCIPLINA: CONTABILIDADE DAS INSTITUIES FINANCEIRAS

    PROF. NBBIA M. OLIVEIRA 5 SEMESTRE

    1

    Apostila 04 Patrimnio da Empresa Bancria e o Plano Contbil Das Instituies Do Sistema Financeiro Nacional (COSIF)

    1. CONTABILIDADE BANCRIA

    A Contabilidade a cincia que estuda e interpreta os registros dos fenmenos que

    afetam o patrimnio de uma entidade. A contabilidade bancria e o ramo da contabilidade

    aplicada que estuda, registra e controla as operaes pertinentes aos institutos de crdito,

    apresentando, no fim do exerccio, o resultado dessas operaes e a situao do patrimnio.

    2. PATRIMNIO DA EMPRESA BANCRIA

    O patrimnio da empresa bancria constitui o conjunto de valores que, em

    determinado momento, esto sua disposio. Temos, por conseguinte, o ativo, que

    representa todos os valores materiais e imateriais pertencentes ao banco ou sua disposio,

    benefcio, controle e risco, e o passivo, que exprime as responsabilidades para com terceiros.

    O patrimnio liquido ser a diferena entre a soma do ativo e a do passivo.

    Como qualquer outra empresa, para um banco, as fontes de financiamento so de duas

    grandes categorias:

    a) De capitais prprios

    b) De capitais de terceiros

    Os recursos da empresa bancria advindos de capitais prprios so obtidos com a

    integralizao de seu capital social, que representa como sabemos a primeira fonte de

    recursos; depois, com os recursos gerados pela prpria empresa, que constituem os lucros no

    distribudos e reservas de lucros.

    Os capitais de terceiros so fontes de financiamento de recursos no advindos dos

    proprietrios e nem gerados pela prpria empresa. So provenientes de dividas (obrigaes)

    da empresa para com seus credores. Podem ser provenientes de captao em forma de

    depsitos, aplicaes ou ttulos, provenientes de emprstimos ou repasses de outras

    instituies pblicas ou privadas, nacionais ou internacionais, alm de outros credores

    naturais das operaes da empresa, como funcionrios, fornecedores de materiais etc.

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    O passivo representa fonte de recursos, e o ativo a aplicao desses recursos.

    O dinheiro a mercadoria com a qual o banco trabalha. Ele trabalha com os recursos

    dos proprietrios (capital social) e os gerados pela empresa, alm dos recursos captados de

    terceiros. O que o banco faz emprestar, financiar ou aplicar esses recursos para obteno de

    um retorno capaz de cobrir os custos da captao, da administrao, dos tributos, e

    evidentemente, com lucros.

    A gesto ou a vida dos estabelecimentos de crdito depende de duas operaes

    fundamentais: a consecuo de recursos e a aplicao imediata de tais recursos com o objetivo

    de conseguir resultados positivos.

    O spread1 bancrio a diferena entre os juros cobrados pelos bancos na concesso de

    crdito a pessoas fsicas e jurdicas e seu custo de captao, por exemplo, as taxas pagas pelos

    bancos aos investidores que colocam seu dinheiro em aplicaes do banco. Quanto maior o

    spread bancrio, maior o lucro que os bancos tm nas operaes de crdito. O spread

    bancrio brasileiro um dos mais altos do mundo, bastante criticado, pois os bancos daqui

    so apontados como mais lucrativos.

    O spread bancrio atingiu:

    7,5%

    2 _ 17,6%

    6,9%

    1 Spread (pronuncia-se sprd, significa margem, largura)

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    O Banco Central vem reduzindo a taxa bsica de juros, a Selic, o que torna o dinheiro

    mais barato para os bancos. Paralelamente, o governo pressionou os bancos pblicos e

    privados a diminurem o spread bancrio. O que o governo espera que os juros mais baixos, o

    custo do crdito ao tomador (consumidor ou empresa) fique mais barato, que pode, assim,

    utiliz-lo para o consumo e investimentos, estimulando a economia.

    Quando os bancos conseguem os recursos, alm do capital prprio, eles tornam

    devedores. Quando aplicam esses recursos se tornam credores. As operaes por meio das

    quais os bancos conseguem os recursos em moeda para as suas transaes com terceiros so

    denominadas passivas, ao passo que as operaes em que os bancos empregam as suas

    disponibilidades so chamadas ativas.

    Assim sendo, claro que as operaes que do margem de renda aos bancos so

    ativas, uma vez que no emprego dos seus recursos que eles obtm as suas maiores fontes de

    lucro.

    Existem ainda, alm das duas enumeradas, as acessrias, nas quais os bancos

    desempenham apenas a funo de mandatrios ou de depositrios de valores de terceiros.

    Com essas operaes os institutos de crdito conseguem geralmente aumentar o nmero de

    seus clientes, surgindo assim o ensejo de operaes de maior interesse e de maior rendimento,

    principalmente se os servios agradarem aos clientes.

    A seguir as trs operaes fundamentais dos institutos de crdito:

    Ativa (quando o banco credor):

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    Passivas (quando o banco devedor)

    os e emprstimos no Bacen;

    Acessrias (quando o banco apenas mandatrio ou depositrio)

    terceiros);

    3. O PLANO CONTBIL DAS INSTITUIES DO SISTEMA FINANCEIRO

    NACIONAL (COSIF)

    O plano contbil tem por objetivo uniformizar os registros contbeis dos atos e fatos

    administrativos praticados nas empresas, racionalizar a utilizao dos sistemas e

    processamento de dados e aperfeioar a divulgao de informaes, que a principal

    finalidade da contabilidade.

    Em sua escriturao contbil, as instituies financeiras esto sujeitas a regras

    padronizadas estabelecidas pelo Bacen, por meio do Plano Contbil das Instituies do

    Sistema Financeiro Nacional (COSIF).

    O COSIF tambm segue esta linha de pensamento, j que seu objetivo :

    a) Uniformizar os registros contbeis dos atos e fatos administrativos praticados;

    b) Racionalizar a utilizao das contas;

    c) Estabelecer regras, critrios e procedimentos necessrios obteno e divulgao de dados;

    d) Possibilitar o acompanhamento do sistema financeiro;

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    e) Possibilitar a anlise, a avaliao do desempenho e o controle, de modo que as

    demonstraes financeiras elaboradas expressem com fidedignidade e clareza, a real situao

    econmico-financeira da instituio e conglomerados financeiros.

    Cabe ressaltar que a possibilidade de acompanhar o sistema financeiro, avaliar o

    desempenho e elaborar anlises comparativas somente possvel diante do fato que as normas

    e procedimentos, bem como o uso das demonstraes financeiras padronizadas so

    obrigatrios para todas as instituies que esto sob a gide do BACEN.

    Num sistema onde cada empresa estabelea regras especificas, mas em consonncia com os

    procedimentos contbeis, podem-se efetuar tais avaliaes e anlises, mas notrio que a

    impreciso ser bem maior.

    O COSIF foi criado pelo Banco Central atravs da Circular 1.273 em 29 de dezembro

    de 1987, com o objetivo de unificar os diversos planos contbeis existentes na poca e

    uniformizar os procedimentos de registro e elaborao de demonstraes financeiras, o que

    veio a facilitar o acompanhamento, anlise, avaliao do desempenho e controle das

    instituies integrantes do Sistema Financeiro Nacional.

    3.1 Origem das Normas Bsicas

    As atribuies do Conselho Monetrio Nacional (CMN) esto contidas na Lei n 4.595

    de 31/12/1964, art. 3 e 4 no inciso XII do art. 4 temos a seguinte atribuio:

    XII) expedir normas gerais de contabilidade e estatstica a serem observadas pelas

    instituies financeiras;

    Apesar de ser competncia do CMN expedir normas gerais de contabilidade e

    estatstica a serem observadas pelas instituies financeiras, ela foi delegada ao Banco

    Central, desde 19/07/1978.

    Um outro aspecto interessante diz respeito s normas para avaliao dos valores

    mobilirios registrados nos ativos das sociedades corretoras e distribuidoras de ttulos e

    valores mobilirios, que caber ao BC e a CVM expedi-las.

    O COSIF est dividido em quatro captulos:

    Normas Bsicas _ Descrevem os princpios, critrios e procedimentos

    contbeis que devem ser utilizados por todas as instituies integrantes do Sistema Financeiro

    Nacional, destacando as principais consideraes sobre cada grupo de contas.

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    Elenco de Contas _ Objetivando a uniformidade com relao ao que deve ser

    registrado em cada conta contbil, o elenco de contas apresenta as contas integrantes do plano

    contbil e respectivas funes.

    Documentos _ So apresentados os modelos de documentos de natureza

    contbil que devem ser elaborados pelas instituies integrantes do Sistema Financeiro

    Nacional, exigidas pelo Banco Central.

    Anexos _ So apresentadas as normas editadas por outros organismos

    (exemplo CPC, CVM etc) que foram recepcionadas para aplicao s instituies financeiras

    e demais instituies autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

    Os captulos deste Plano esto hierarquizados na ordem de apresentao. Assim, nas

    duvidas de interpretao entre Normas Bsicas e Elenco de Contas, prevalecem as Normas

    Bsicas.

    3.2 Escriturao

    O COSIF, no capitulo das normas bsicas, estabelece que a escriturao deve ser

    completa, mantendo-se em registros permanentes todos os atos e fatos administrativos que

    modifiquem ou venham a modificar, imediatamente ou no sua composio patrimonial.

    Logo, efetuar apenas o registro contbil no constitui elemento suficiente e nem

    comprobatrio, j que a escriturao dever ser fundamentada em comprovantes hbeis para a

    perfeita validade dos atos e fatos administrativos.

    A par das disposies legais e das exigncias regulamentares especficas atinentes

    escriturao, observam-se, ainda, os princpios fundamentais de contabilidade, cabendo

    instituio:

    a) Adotar mtodos e critrios uniformes no tempo, sendo que as modificaes relevantes

    devem ser evidenciadas em notas explicativas, quantificando os efeitos nas demonstraes

    financeiras, quando aplicvel;

    b) Registrar as receitas e despesas no perodo em que elas ocorrem e no na data do efetivo

    ingresso ou desembolso, em que respeito ao regime de competncia;

    c) Fazer a apropriao mensal das rendas, inclusive mora, receitas, ganhos, lucros, despesas,

    perdas e prejuzos, independentemente da apurao de resultado a cada seis meses;

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    d) Apurar os resultados em perodos fixos de tempo, observando os perodos de 1 de janeiro

    a 30 de junho e 1 de julho a 31 de dezembro;

    e) Proceder s devidas conciliaes inexatas, a falta ou atraso de conciliaes contbeis com

    os respectivos controles analticos e mant-las atualizadas, conforme determinado nas sees

    prprias deste Plano, devendo a respectiva documentao ser arquivada por pelo menos um

    ano.

    O fornecimento das informaes inexatas, a falta ou atraso de conciliaes contbeis e

    a escriturao mantida em atraso por perodo superior a 15 (quinze) dias, subseqentes ao

    encerramento de cada ms, ou processados em desacordo com as normas consubstanciadas

    neste Plano Contbil, colocam a instituio, seus administradores, gerentes, membros o

    conselho de administrao, fiscais e semelhantes, sujeitos a penalidades cabveis, nos termos

    da lei.

    O profissional habilitado, responsvel pela contabilidade, deve conduzir a escriturao

    dentro dos padres exigidos, com observncia dos princpios fundamentais de contabilidade,

    atentando, inclusive tica profissional e ao sigilo bancrio, cabendo ao Banco Central

    providenciar comunicao ao rgo competente, sempre que forem comprovadas

    irregularidades, para quem sejam aplicadas as medidas cabveis.

    Eventuais consultas quanto interpretao de normas e procedimentos previstos neste

    Plano, bem assim a adequao a situaes especficas, devem ser dirigidas ao Banco Central/

    Departamento de Normas do Sistema Financeiro, com trnsito, para instruo, pela Regional

    sob cuja jurisdio encontra-se a sede da instituio, obrigatoriamente firmadas pelo

    profissional habilitado responsveis pela contabilidade.

    A existncia de eventuais sobre a interpretao de normas regulamentares vigentes ou

    at mesmo sugestes para o reexame de determinado assunto no exime a instituio

    interessada do seu cumprimento.

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    As normas e procedimentos, bem como as demonstraes financeiras padronizadas

    previstas neste Plano, so de uso obrigatrio para:

    3.3 Atributos

    So os cdigos de identificao das instituies financeiras e demais entidades

    autorizadas a funcionar pelo BC. So eles que indicaro se a instituio poder ou no fazer

    uso da conta.

    Exemplo:

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    Cada uma das instituies tem elenco de contas prprio, sendo que as associaes de

    poupana e emprstimo devem utilizar o das sociedades de crdito imobilirio. Tais contas

    so aquelas constantes do COSIF, sendo permitida, a cada instituio, a utilizao apenas dos

    ttulos contbeis ali previstos, com o atributo prprio da instituio.

    A disposio dos ttulos contbeis no Elenco de Contas observa, na relao de contas,

    a sequncia do cdigo de contas, e na funo das contas, a ordem alfabtica.

    A codificao das contas observa a seguinte estrutura:

    a) 1 dgito GRUPOS

    I Ativo:

    1- Circulante e Realizvel a Longo Prazo;

    2- Permanente;

    3- Compensao;

    II Passivo:

    4- Circulante e Exigvel a Longo Prazo;

    5- Resultados de Exerccios futuros;

    6- Patrimnio Liquido;

    7- Contas de Resultado Credores;

    8- Contas de Resultado Devedores;

    9- Compensao.

    b) 2 dgito SUBGRUPOS

    c) 3 dgito DESDOBRAMENTOS DOS SUBGRUPOS

    d) 4 e 5 dgitos - TTULOS CONTBEIS

    e) 6 e 7 dgitos SUBTITULOS CONTBEIS

    f) 8 dgito CONTROLE (dgito verificador)

    Exemplo:

    1. Circulante e Realizvel a longo prazo

    1.2. Aplicaes interfinanceiras de liquidez

    1.2.1. Aplicaes em operaes compromissadas

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    1.2.1.10. Revendas a liquidar posio bancada

    1.2.1.10.12-2 Bnus do Tesouro Nacional

    Exemplo:

    4. Circulante e Exigvel a longo prazo

    4.2. Obrigaes por operaes compromissadas

    4.2.1. Carteira Prpria

    4.2.1.10. Recompras a liquidar Carteira prpria

    4.2.1.10.12-3 Bnus do Tesouro Nacional

    A instituio no pode alterar ou modificar qualquer elemento caracterizador da conta

    padronizada, ou seja: cdigo, ttulo, subttulo ou funo.

    3.4 Classificao das Contas

    Ativo as contas dispem-se em ordem decrescente de grau de liquidez, nos seguintes

    grupos:

    a) Circulante:

    I disponibilidade;

    II direitos realizveis no curso dos doze meses seguintes ao balano;

    II aplicaes de recursos no pagamento antecipado de despesas de que decorra obrigao a

    ser cumprida por terceiros no curso dos doze meses seguintes ao balano;

    b) Realizvel a longo prazo:

    I direitos realizveis aps o termino dos doze meses subsequentes ao balano;

    II operaes realizadas com sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou

    participantes no lucro da instituio que se autorizadas, no constituam negcios usuais na

    explorao do objeto social;

    III - aplicaes de recursos no pagamento antecipado de despesas de que decora obrigao a

    ser cumprida por terceiros aps o termino dos doze meses seguintes ao balano;

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    c) Permanente:

    I Investimentos;

    - participaes permanentes em outras sociedades, inclusive subsidiarias no exterior;

    - capital descartado para dependncias no exterior;

    - investimentos por incentivos fiscais;

    - ttulos patrimoniais;

    - aes e cotas;

    - outros investimentos de carter permanente;

    II Imobilizado

    - direitos que tenham por objeto bens destinados manuteno das atividades da instituio e

    explorao do objeto social ou exercidos com essa finalidade;

    III Intangvel

    - direitos adquiridos que tenham por objetos bens incorpreos destinados manuteno das

    atividades ou exercidos com essa finalidade.

    Passivo as contas classificam-se nos seguintes grupos:

    a) Circulante:

    - obrigaes, inclusive financiamentos para aquisio de direitos do Ativo Permanente,

    quando se vencerem no curso dos doze meses seguintes do balano;

    b) Exigvel a longo prazo:

    - obrigaes, inclusive financiamentos para aquisio de direitos do Ativo Permanente,

    quando se vencerem aps o termino dos doze meses subsequentes ao balano;

    Patrimnio Lquido divide-se em:

    a) Capital Social;

    b) Reservas de Capital;

    c) Reservas de Lucro;

    d) Ajustes de avaliao patrimonial;

    e) Prejuzos acumulados;

    f) (-) aes em tesouraria.

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    3.5 Estrutura parcial do elenco de contas at 2 nvel

    Exerccio Social Apesar da Lei 6.404/76 no exigir que o exerccio social seja coincidente

    como ano civil, por determinao do Bacen, o exerccio social tem durao de ano e a data de

    seu termino 31 de dezembro. Entretanto, das demonstraes contbeis devem ser elaboradas

    semestralmente.

    Contas Retificadoras figuram de forma subtrativa, aps o grupo, subgrupo, desdobramento

    ou conta a que se refiram.

    Contas de Compensao utilizam-se Contas de Compensao para registro de quaisquer

    atos administrativos que possam transformar-se em direito, ganho, obrigao, risco ou nus

    efetivos, decorrentes de acontecimentos futuros, previstos ou fortuitos exemplos, valores em

    cauo, garantias, bens a contemplar de consrcios, valores em custdia, seguros contratados

    etc.

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    Desdobramentos para efeito de evidenciar a fonte do recurso, o direcionamento do crdito

    e a natureza das operaes. O Ativo e Passivo so desdobrados nos seguintes nveis:

    a) 1 grau grupo;

    b) 2 grau subgrupo;

    c) 3 grau desdobramento do subgrupo;

    d) 4 grau titulo;

    e) 5 grau subttulo.

    Subttulos de Uso Interno a instituio pode adotar desdobramento de uso interno ou

    desdobrar os de uso oficial, por exigncia do Banco Central ou em funo de suas

    necessidades de controle interno e gerencial, devendo, em qualquer hiptese, ser passiveis de

    converso ao sistema padronizado.

    3.6 Livros de Escriturao

    1 - A instituio deve manter o Livro Dirio ou Livro Balancetes Dirios e Balanos e demais

    livros obrigatrios com observncia das disposies previstas em leis e regulamentos.

    2 - A substituio do Livro Dirio pelos Balancetes Dirios e Balanos, uma vez deliberada

    pela instituio, deve ser programada para que se processe na mesma data em todas as suas

    dependncias. Em tal hiptese, escritura-se o Livro Dirio normalmente at a vspera e, ao

    fim desse expediente, lavra-se o termo de encerramento.

    3 - No emprego de qualquer sistema mecanizado ou eletrnico na escriturao, ser permitido

    substituir os livros comerciais obrigatrios por formulrios contnuos, folhas soltas, cartes ou

    fichas, desde que:

    a) Sejam numerados sequencialmente, mecnica, eletrnica ou tipograficamente, e

    encadernados em forma de livros e com os mesmos requisitos legais destes;

    b) A instituio os apresente aos rgos do Departamento Nacional de Registro do Comercio

    DNRC, para autenticao, nos prazos e forma determinados por aquele rgo.

    4 O Livro Balancetes Dirios e Balanos deve consignar, em ordem cronolgica de dia, ms

    e ano, a movimentao diria das contas, discriminando em relao a cada uma delas:

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    a) o saldo anterior;

    b) os dbitos e os crditos do dia;

    c) o saldo resultante, com indicao dos credores e dos devedores.

    5 A instituio deve possuir o Livro Dirio, ou Livro Balancetes Dirios e Balanos,

    legalizado no rgo componente.

    3.7 Critrios de Avaliao e Apropriao Contbil

    1 Operaes com Taxas Prefixadas:

    a) as operaes ativas e passivas contratadas com rendas e encargos prefixados contabilizam-

    se pelo valor presente, registrando-se as rendas e os encargos a apropriar em subttulo de uso

    interno do prprio titulo ou subttulo contbil utilizado para registrar a operao;

    b) as rendas e os encargos dessas operaes so apropriados mensalmente, a crdito ou dbito

    das contas efetivas de receitas ou despesas, conforme o caso, em razo da fluncia de seus

    prazos, admitindo-se a apropriao em perodos inferiores a um ms;

    c) as rendas e os encargos proporcionais aos dias decorridos no ms da contratao da

    operao devem ser apropriados dentro do prprio ms, pro rata temporis, considerando-se

    o nmero de dias corridos;

    d) a apropriao das rendas e dos encargos mensais dessas operaes faz-se mediante a

    utilizao do mtodo exponencial, admitindo-se a apropriao segundo o mtodo linear

    naquelas contratadas com clusula de juros simples.

    2 Operaes com Taxas Ps-fixadas ou Flutuantes:

    a) as operaes ativas e passivas contratadas com rendas e encargos ps-fixados ou flutuantes

    contabilizam-se pelo valor do principal, a dbito ou a crdito das contas que as registram.

    Essas mesmas contas acolhem os juros e os ajustes mensais decorrentes das variaes de

    correo ou dos encargos contratados, no caso de taxas flutuantes;

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    b) as rendas e os encargos dessas operaes so apropriados mensalmente, a crdito ou a

    dbito das contas efetivas de receitas ou despesas, conforme o caso, em razo da fluncia de

    seus prazos, admitindo-se a apropriao em perodos inferiores a um ms.

    3 Operaes com Correo Cambial:

    a) as operaes ativas e passivas contratadas com clusula de reajuste cambial contabilizam-

    se pelo seu contra-valor em moeda nacional, principal da operao, a dbito ou a crdito das

    contas que as registrem. Essas mesmas contas acolhem, mensalmente, os ajustes decorrentes

    de variaes cambiais, calculados com base na taxa de compra ou de venda da moeda

    estrangeira, de acordo com as disposies contratuais, fixada por este rgo, para fins de

    balancetes e balanos, bem como os juros do perodo;

    b) as rendas e os encargos dessas operaes, inclusive o Imposto de Renda, so apropriados

    mensalmente, a crdito ou a dbito da contas efetivas de receitas ou despesas, conforme o

    caso, em razo da fluncia de seus prazos, admitindo-se a apropriao em perodos inferiores

    a um ms;

    c) as rendas e encargos proporcionais aos dias decorridos no ms da contratao da operao

    devem ser apropriados dentro do prprio ms, pro rata temporis, considerando-se o nmero

    de dias corridos;

    Contagem de Prazos no clculo de encargos de operaes ativas e passivas, para efeito do

    regime de competncia, deve ser includo o dia do vencimento e excludo o dia da operao.

    3.8 Elaborao das Demonstraes Financeiras

    O objetivo bsico do conjunto das demonstraes financeiras preconizadas no COSIF

    fornecer um elenco de informaes que, representando a sntese de normas e procedimentos

    de contabilidade busquem dar uniformidade obteno e divulgao de informaes

    econmico-financeiras atualizadas, de modo que se atenda ao menor nmero possvel de

    interessados no desempenho das atividades sociais do sistema financeiro.

    obrigatria a elaborao das seguintes demonstraes financeiras e contbeis,

    padronizadas de acordo com os documentos n 1 a 20, observando o elenco de contas

    constante dos respectivos modelos, complementadas por notas explicativas e outras

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    16

    informaes, sempre que necessrias ao complemento esclarecimento da situao patrimonial

    e dos resultados:

    a) mensalmente, no ltimo dia do ms:

    I _ Balancete Patrimonial Analtico (documento n1);

    II _ Estatstica Bancria Mensal (documento n13);

    III _ Estatstica Bancria Global (documento n13);

    IV _ Estatstica Econmico-Financeira (documento n15);

    V _ Balancete Patrimonial (documento n2);

    b) em 30 de junho:

    I _ Balancete Patrimonial Analtico (documento n 1);

    II _ Estatstica Bancria Mensal (documento n13);

    III _ Estatstica Bancria Global (documento n13);

    IV _ Estatstica Econmico-Financeira (documento n15);

    V _ Balancete Patrimonial Analtico (documento n 1);

    VI _ Balancete Patrimonial (documento n2);

    VII _ Balano Patrimonial Analtico Consolidado Posio Consolidada da Sede e

    Dependncias no Exterior (documento n 1);

    VIII _ Demonstrao do Resultado do Semestre (documento n 8);

    IX _ Demonstraes das Mutaes do Patrimnio Liquido do Semestre (documento n 11);

    c) em 31 de dezembro:

    I _ Balancete Patrimonial Analtico (documento n 1);

    II _ Estatstica Bancria Mensal (documento n13);

    III _ Estatstica Bancria Global (documento n13);

    IV _ Estatstica Econmico-Financeira (documento n15);

    V _ Balancete Patrimonial Analtico (documento n 1);

    VI _ Balancete Patrimonial (documento n2);

    VII _ Balano Patrimonial Analtico Consolidado Posio Consolidada da Sede e

    Dependncias no Exterior (documento n 1);

    VIII _ Demonstrao do Resultado do Semestre (documento n 8);

    IX _ Demonstrao do Resultado do Exerccio (documento n 8);

    X _ Demonstraes das Mutaes do Patrimnio Liquido do Semestre (documento n 11);

    XI _ Demonstraes das Mutaes do Patrimnio Liquido do Exerccio (documento n 11);

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    17

    Alm das demonstraes referidas no item anterior, obrigatria a elaborao da

    Demonstrao dos Fluxos de Caixa (DFC), observando-se o Pronunciamento Tcnico 03 do

    Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC_03).

    obrigatria a elaborao e remessa das demonstraes financeiras ao Banco Central,

    a partir da data de publicao da autorizao para seu funcionamento no Dirio Oficial.

    Permite-se instituio elaborar as demonstraes financeiras e informaes

    complementares por processo eletrnico, observando os modelos padronizados, com pequena

    variao de forma, desde que se preserve a estrutura do espelho contbil.

    As instituies autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil que detenham

    dependncia ou participaes societrias no exterior devem elaborar as demonstraes

    financeiras previstas no item 1.24.3.

    A Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados (DLPA) deve ser includa na

    Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Liquido, elaborada e publicada pela instituio,

    utilizando-se o Doc. n 11.

    vedado constar das demonstraes financeiras ttulos e subttulos no padronizados,

    exceto na Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Liquido e na Demonstrao de Fluxos

    de Caixa, as quais podem ser adaptadas s necessidades de demonstrao dos eventos

    ocorridos em cada instituio, ou em funo, ainda, de caractersticas e peculiaridades

    prprias.

    Elaborados os balancetes dos meses de junho e dezembro, que correspondem ao pr-

    balano, onde, obrigatoriamente, todas as receitas e despesas operacionais e no operacionais

    esto computadas, bem como todas as transaes de registro em contas patrimoniais inclusive

    imposto de renda e participaes, bem como em contas de compensao, somente se admitem

    os seguintes lanamentos, quando for o caso:

    a) distribuio de dividendos;

    b) constituio de reservas de lucros;

    c) compensao de prejuzos com absoro de reservas;

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    3.9 Publicaes das Demonstraes Financeiras

    Os seguintes documentos do Plano Contbil das Instituies do Sistema Financeiro

    Nacional (COSIF) devem ser publicados:

    a) Balancete Patrimonial, com periodicidade mensal (documento n2);

    b) Relativos s demonstraes financeiras das datas-base de 30 de junho e 31 de dezembro:

    I_ Balano Patrimonial (documento n 2);

    II_ Demonstrao do Resultado do Semestre/Exerccio (documento n 8);

    III_ Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Liquido (documento n 11);

    IV_ Demonstrao de Fluxos de Caixa.

    A publicao das demonstraes financeiras deve ser efetuada da seguinte forma:

    a) As demonstraes financeiras semestrais e anuais devem ser publicadas em jornal de

    grande circulao na localidade em que situada a sede da instituio;

    b) Em se tratando de demonstraes mensais, suficiente a publicao em revista

    especializada ou em boletim de informao e divulgao da entidade de classe ou, ainda, a

    divulgao em meio alternativo de comunicao, de acesso geral, em sistema informatizado.

    obrigatria a publicao das demonstraes financeiras, a partir da data de

    publicao da autorizao para seu funcionamento no Dirio Oficial. As publicaes aqui

    previstas devem ser feitas sempre no mesmo jornal ou publicao especializada e qualquer

    mudana deve ser precedida de aviso aos acionistas no extrato da ata da Assembleia Geral

    Ordinria, devendo a instituio manter a disposio deste rgo cpia dos documentos

    comprobatrios das publicaes obrigatrias, pelo prazo de cinco anos.

    As demonstraes financeiras de 30 de junho e 31 de dezembro devem ser publicadas

    acompanhadas do Parecer da Auditoria Independente e do Relatrio da Administrao sobre

    os negcios sociais e os principais fatos administrativos do perodo. As demonstraes

    financeiras devem ser sempre publicadas com os valores expressos em milhares de unidades

    de moeda nacional.

    Sem prejuzo das publicaes obrigatrias previstas nesta seo, a instituio pode

    publicar demonstraes em forma reduzida, a ttulo de publicidade, desde que indique o jornal

    e a data da publicao das demonstraes completas.

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    As demonstraes financeiras relativas s datas-base de 30 de Junho e 31 de dezembro

    devem ser publicadas de forma comparada com as do perodo anterior, cabendo observar:

    a) Data-base de 30 de junho:

    I_ Balano Patrimonial: posio em 30 de junho corrente comparada com a posio de 30 de

    junho do ano anterior;

    II_ Demonstrao do Resultado e das Mutaes do Patrimnio Liquido: primeiro semestre

    corrente comparado com o primeiro semestre do exerccio anterior;

    b) Data-base de 30 de junho:

    I_ Balano Patrimonial: posio em 31 de dezembro corrente comparada com a de 31 de

    dezembro do ano anterior;

    II_ Demonstrao do Resultado e das Mutaes do Patrimnio Liquido: alm das

    demonstraes referentes ao segundo semestre, publicam-se as do exerccio corrente

    comparadas com as do exerccio anterior, sendo que as demonstraes podem ser

    apresentadas em trs colunas, de modo que a primeira corresponda ao segundo semestre e as

    outras duas, ao exerccio anterior, respectivamente.

    As publicaes do Balancete Patrimonial (documento n 2) devem conter referencias

    ao regime de competncia adotado, bem como esclarecimentos sobre os procedimentos de

    apropriao mensal das receitas, despesas e equivalncia patrimonial, de modo que se

    possibilite o entendimento da posio das contas de resultado.

    Sempre que, entre a data do levantamento do balancete ou balano e a data da

    respectiva publicao, ocorrer fato relevante que modifique ou possa vir a modificar a posio

    patrimonial e/ou influenciar substancialmente os resultados futuros, tal fato deve ser indicado

    como circunstanciados esclarecimentos em notas explicativas.

    O Banco Central pode determinar, sem prejuzo das medidas cabveis, a republicao

    de demonstraes financeiras, com as correes que se fizerem necessrias, para adequada

    expresso da realidade econmica e financeira da instituio.

    Na hiptese de divulgao de dados incorretos ou incompletos, deve ser providenciada

    nova divulgao, que se dar pelas mesmas vias e com os mesmos destaques, sob meno

    explcita dos fatos determinantes da republicao. permitida a incluso de dados nos

    modelos de documentos de publicao que melhorem a qualidade e a transparncia das

    informaes