fobia específica (1)

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1 Fobia Fobia Específica Específica

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fobias

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  • *Fobia Especfica

  • *DEFINIOMedo persistente e irracional de um objeto especfico, atividade ou situao no considerada perigosa - normalmente no afeta a maioria das pessoas.Resulta em desejo irresistvel de esquivar-se ou de evitar tal estmulo. A pessoa reconhece que seu medo excessivo e irracional

  • *FOBIA = MEDO no adaptativoMedo adaptativo-Conjunto de situaes ativadas como resposta normal frente aos perigos reaisdesproporcional com respeito as exigncias da situao, no explicada pelo indivduo, est alm do controle voluntrio, leva a evitao da situao temida, desadaptativa, persiste ao longo da vida, no especfica a uma fase ou idade determinada

  • *FOBIASSe o comportamento de fuga ou esquiva no possvel, o contato realizado com grande sofrimento e comprometimento do indivduo, que se apresenta tenso, apreensivo, inquieto, com alteraes motoras, cognitivas e do sistema nervoso autnomo

  • *FOBIAS - DiagnsticoVariaes de gravidade - medo normal e patolgico - restrio de atividades na vidaMedo normal e adaptativo inerente a nossa espcie, ligados, em geral, a predisposies filogenticas - perigos especficos do processo de evoluo - medo de escuro, pequenos animais, pessoas desconhecidas

  • *FOBIAS ESPECFICASComportamento de esquiva a estmulos restritos e situaes determinadas, segundo o DSM IV-TR esto agrupadas em:Animais - aves, insetos, cobras, gatos, cachorros, etc..

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  • * Sangue e ferimentos - Algum desconforto frente a viso de sangue e ferimentos inerente a espcie humana, mas a nveis fbicos o prejuzo pode ser importante, tais como evitar engravidar por temer o procedimento do parto. Frente ao estmulo fbico o paciente pode vir a perder a conscincia, o que importante nos procedimentos de habituao.

  • *Situacional Situaes especficas tais como dirigir, elevadores, permanecer em lugares fechados, pontes, transportes pblicos, avio. Na fobia de avio importante identificar o estmulo fbico nesses casos para a elaborao do procedimento teraputico, pois o medo pode ser de acidente, confinamento, ou altitude. Na fobia de lugares fechados alguns pacientes relatam a dificuldade de trancar a porta do banheiro, mesmo de lugares pblicos como restaurantes.

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    Ambiente Natural Altura, Tempestades, gua. Outros Fobia de espao onde o paciente teme cair se estiver afastado da parede. Fobia de deglutio, o paciente teme engasgar, vomitar.

  • *

  • *Paciente com 14 anos, estudante, oitavo ano, procura tratamento com queixa de medo de ces. Queixa-se de dificuldades de ir escola a p, que perto de sua casa, tendo que ser levada de carro pelos pais, pois teme encontrar cachorros na rua. Est chateada pois no frequenta a casa de alguns amigos que tm ces.Fobia de Animais

  • *Indagada se era apenas medo de ces a paciente relata que todo animal de plo: gato, coelho, cavalo, mas que entra em contato na verdade com ces, o que a faz primeiramente relatar que tem medo de ces.Na presena desses animais a paciente grita, chora, sobe em cadeiras e mesas, ou faz qualquer coisa que a afaste do animal. Na rua, se v um co atravessa, alm de conhecer todas as casas que possuem ces e, assim, no passar nas suas portas.Fobia de Animais Cont.

  • *Fundamentos tericos Medos so aprendidos por condicionamento e modelao. Podem-se desenvolver gradualmente, quando adquiridos na infncia. O estmulo discriminativo adquire, por condicionamento clssico, propriedades aversivas e eliminado ou afastado pela resposta emitida

  • *As respostas de esquiva tambm so reforadas se forem capazes de eliminar a presena do estmulo aversivo, proporcionando alvio quando existe a segurana que este no ir ocorrer. Portanto, as respostas de evitao so comportamentos aprendidos atravs de condicionamento pavloviano e reforamento negativo.

  • *FOBIASSe o comportamento de fuga ou esquiva no possvel, o contato realizado com grande sofrimento e comprometimento do indivduo, que se apresenta tenso, apreensivo, inquieto, com alteraes motoras, cognitivas e do sistema nervoso autnomo.

  • *FOBIAS ESPECFICASMais comum em mulheres, adolescentes e adultos.Na infncia, em geral, ocorre remisso espontnea.Quando desencadeado por um evento traumtico , os indivduos so capazes de datar a primeira manifestao do evento.

  • *Diagnstico diferencial Transtorno do pnico - pode apresentar ataques de pnico na presena do estmulo fbicoFobia de avio pode ser confundida com transtorno de Estresse ps traumtico comum pessoal de bordo devido a experincias traumticas evitar viajar. Por exemplo perder o trem de pouso e ter que esvaziar o tanque de combustvel e aterissar de barriga.

  • *Tratamento / IntervenaoOs pacientes com fobia especfica, raramente procuram tratamento para este transtorno, pois conseguem se esquivar bem das situaes, organizando a vida sem entrar em contato com o estmulo fbico. Por exemplo algum com fobia de elevador usa escadas, mas com certeza morar em andares baixos. Quando h uma restrio no estilo de vida ou interferncia na vida pessoal ou profissional, o portador busca tratamento.

  • *Tratamento / IntervenaoPor exemplo, uma pessoa com fobia de insetos (aranha, lagartixa) que vive em uma metrpole e muda para uma reserva florestal, ou uma pessoa com fobia de boneca ao se confrontar com a possibilidade de ter filhos verifica a necessidade de perder esse medo. Algumas vezes o tratamento acontece quando o paciente busca auxlio por outros problemas e a fobia aparece como um elemento a mais a ser tratado.

  • *... Uma paciente com histria de fobia de insetos, especialmente baratas, apresentava esquiva fbica intensa desde sua infncia. Durante anos no entrou na cozinha e lavanderia da casa de seus pais, onde poderiam ser encontradas baratas. Forava seus pais a realizar dedetizao a cada dois meses e nunca pensou em procurar tratamento, pois conseguia ter uma vida satisfatria, social e profissionalmente.

  • *Ao casar-se, aos 28 anos, mudou-se com o marido para uma casa muito confortvel em um bairro perifrico, onde, porm, comeou a ficar aterrorizada com os fatos das baratas estarem em qualquer lugar e serem imprevisveis. Passou a no mais poder ficar em casa sozinha, a sentir sintomas de ansiedade tnica durante todo o dia e um sentimento pervasivo de desesperana, at que alguns meses depois apresentou um quadro de depresso. Somente nesse momento procurou tratamento. (Bernik, et al 1997)

  • *Tratamento / IntervenaoTerapia cognitivo comportamental - basicamente exposioA anlise funcional deve preceder qualquer interveno teraputica. No caso das fobias, situaes em que a resposta eliciada hoje, como a topografia da resposta e as conseqncias ambientais da mesma. Por exemplo, uma pessoa com fobia de dirigir, se esta se manifesta em todas as situaes ou no.

  • *Tratamento / IntervenaoUma paciente que dirige no campo e cidades do interior com pouco movimento mas no dirige em So Paulo, outros pacientes no dirigem em nenhum lugar. Fobia de dirigir inclue vrios subtipos, acidente com o veculo, medo de no encontrar o caminho, de atrapalhar as outras pessoas.

  • *Tratamento / IntervenaoA resposta inclue os componentes autonmicos (batimento cardaco, sudorese, etc), cognitivos e comportamentais. As consequncias ambientais como os familiares e os amigos lidam com a fobia relevante analisar, pois em geral h uma certa proteo, auxiliando a esquiva do paciente, o que traz ganhos secundrios. Na investigao da histria de vida do paciente deve ser compreendida a histria da fobia, como foi instalada e as reaes ambientais a manifestao da mesma.

  • *Tratamento / IntervenaoAs respostas encobertas tambm sofrem o efeito do reforo e tambm devem ser investigadas. O programa de interveno deve ser proposto de maneiras diferentes para cada paciente, de acordo com esta anlise.

  • *EXPOSIO Fundamentos tericosRespostas de evitao so comportamentos aprendidos atravs de condicionamento pavloviano e reforamento negativoEstmulos condicionados adquirem propriedades aversivas A exposio o procedimento de extino das respostas de esquiva.

  • *EXPOSIO AO VIVOConstruo de uma lista de situaes eliciadoras de ansiedade fbica - terapeuta-cliente em colaboraoConfrontao progressiva, sistemtica e por tempo prolongado das situaes temidasTrabalhar da situao que elicia menor ansiedade para a mais ansiognica

  • *EXPOSIO AO VIVODeve ser prolongada - deve durar at que a ansiedade cesse ou diminua de maneira significativaDeve ser sistemticaDeve ser avaliada continuamente - monitorada atravs de registros ou Acompanhante Teraputico

  • *EXPOSIO AO VIVOHabituao ocorre apenas com o engajamento do paciente, ateno voltada aos exercciosNo eficaz na presena de benzodiazepnicos.

  • *Exposio ao vivo- situaes de esquiva fbica- hierarquia- resultado: habituao s situaes temidasAnsiedadeTempo1 exposio2 exposio3 exposio

  • *Exposiao Assistida Acompanhante Teraputico faz a exposio assistida, andar de metr com o paciente, acompanhar o paciente na direo, por exemplo, o que pode vir a ser de grande auxlio, principalmente se houver dificuldades na exposio, sendo este um dos passos a ser considerado na hierarquia. Este procedimento deve ser avaliado continuamente e monitorado por meio de registros feitos pelo prprio paciente ( automonitoria) ou pelo Acompanhante Teraputico.

  • *ExposiaoAlguns exerccios so realizados na sesso, ver fotos de animais, ouvir sons de chuva, exposio em imaginao, manipular baratas de plstico entre outros. solicitado ao paciente que realize esses exerccios entre as sesses teraputicas.

  • *ExposiaoA escolha do procedimento de exposio se ao vivo ou em imaginao deve levar em considerao o nvel de ansiedade. Algumas situaes so difceis de ocorrer com um freqncia alta, como viajar de avio por exemplo onde a exposio por imaginao indicada.

  • *Exposiao ao VivoPaciente industrial com fobia de avio com uma viagem internacional programada, onde iria ocorrer uma feira importante, busca terapia neste momento, tem se agravado no ltimo ano. Identificou-se que o medo que apresentava era de lugares fechados, de no poder sair a hora que quiser. Sente que ficar desesperado at chegar ao destino. O trabalho realizado foi com exposio em imaginao, ou situaes semelhantes tais como: trancar a sala do consultrio, andar de metr, avies em parque de diverso.

  • *Exposiao VirtualTratamento por realidade virtual, para medo de voar tem se mostrado melhor que imaginao Com relao a custos financeiros, de tempo, e esforos uma possibilidade com resultados indicando a efetividade desta interveno.

  • *Exposiao VirtualEm outras fobias este procedimento via computador de um grande auxlio no tratamento desta patologia. Pacientes com fobia de dirigir, vdeos previamente selecionados e editados para fobia de chuva, montagens de fotos para aranhas e outros insetos.

  • *O medo causado por ver sangue ou ferimentos, receber injeo ou submeter-se a outros procedimentos mdicos invasivos.Breve acelerao inicial da FC altamente familiar (quase 70% dos parentes prximos tambm apresentam este mesmo tipo de fobia). A resposta fisiolgica caracteriza-se por:Desacelerao da FC (at breve parada) e queda da PA com hipofluxo cerebralSudorese, enjo, palidez, queda repentina do tono musculardesmaioAproximadamente 75% dos indivduos com esta fobia citam histria de desmaio em tais situaes. 2431FOBIA A SANGUE, INJEO e FERIMENTO

  • *HIERARQUIA DE EXPOSIO(FOBIA A INJEO) pegar uma agulha com as mos (nvel de ansiedade 3 ) pegar uma seringa com uma agulha acoplada a ela ( nvel de ansiedade 5) aspirar um pouco de gua com uma seringa e injetar o contedo em uma laranja (nvel de ansiedade 6) fixar com esparadrapo uma agulha sobre a pele do antebrao (nvel de ansiedade 7) receber uma injeo por via intramuscular (nvel de ansiedade 10)

  • *TCNICA DA TENSO APLICADA (ST, 1987)Monitorar a PA do paciente desde antes de iniciar a exposio ao objeto fbico e orientar o paciente a iniciar a tcnica caso comece a apresentar queda de PA.

    O paciente deve estar deitado.Contraia os msculos das pernas, tronco e brao. Mantenha-os bem contrados por 15 segundos.Alivie apenas um pouco a intensidade da contrao por 30 segundos.Repetir todo este procedimento por 5 vezes. A Tcnica:* Se a PA voltar a cair, repita toda a srie durante a exposio ao objeto fbico.

  • *Consideraes FinaisAs tcnicas a serem empregadas dependem da anlise funcional realizada pelo terapeuta, da disponibilidade do paciente a realiza-la a anlise precisa e cuidadosa do terapeuta.

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