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Roma (Região de Lazio) Roma (em italiano: Roma) é uma cidade e uma comuna especial (chamada
"Roma Capitale") da Itália. É a capital do país, da província homônima e também
da região do Lácio. A cidade nasceu da fusão de um grupo de aldeias latinas
e sabinas existentes em algumas das suas colinas.
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Os etruscos (Séculos VII-VI a.C.) contribuíram amplamente para transformá-
la em cidade, graças ao emprego de sua técnica. Roma tornou-se em pouco
tempo a capital de um império imenso; no tempo dos imperadores, contou com
um milhão de habitantes e cobria-se de monumentos magníficos.
O aparecimento dos bárbaros levou a cidade a organizar a própria defesa
(Século. III), o que não a impediu de ser saqueada mais de uma vez (Século V).
A escolha de Constantinopla como capital oriental e o fim do Império do
Ocidente precipitaram a decadência de Roma, reduzida ao nível de capital
religiosa e despovoada.
Os papas da Renascença restituíram-lhe parte do seu esplendor, mas foi só
a partir de 1870 (Século XIX), quando se tornou capital do Reino de Itália, que
a cidade teve um surto demográfico e econômico digno de capital da Itália
moderna. Beneficiou-se também com o prestígio renovado do papado.
Roma conserva inúmeros monumentos. Entre os que datam da Antiguidade,
citemos o Panteão, o Coliseu, a basílica de Constantino, os templos de Marte,
de Vesta e da Fortuna. As ruínas do Foro (imagem acima) são as mais
imponentes, assim como as que subsistem no monte Palatino.
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As termas mais importantes são as de Caracala; os arcos de triunfo mais
famosos são os de Augusto, Tito e Trajano. Citem-se ainda a estátua de Marco
Aurélio na praça do Capitólio, os túmulos da Via Appia, as Catacumbas de São
Calisto (abaixo) e de Pretextato.
As principais construções da Roma cristã são as igrejas de São João de
Latrão, Santa Maria Maior, São Paulo fora dos Muros, assim como as romano-
bizantinas de Santa Pudenziana, Santa Prassede e Santa Maria Antiga.
O estilo gótico deixou poucos testemunhos em Roma, mas a
Renascença e a arte barroca tiveram nela um surto deslumbrante: a basílica
de São Pedro, as igrejas barrocas de Jesus e de São Carlos das Quatro Fontes,
os palácios Veneza, Barberini, Chigi, do Capitólio, Farnese, Quirinal.
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As fontes, muito numerosas, fazem parte dos atrativos de Roma, destacando-
se a Fontana di Trevi (imagem abaixo), a maior, com cerca de 26 metros
de altura e 20 metros de largura, considerada a mais ambiciosa construção de
fontes barrocas da Itália, localizada no rione Trevi, em Roma.
No ano 19 a.C., supostamente ajudados por uma virgem, técnicos romanos
localizaram uma fonte de água pura a pouco mais de 22 quilômetros da cidade
(cena representada em escultura na própria fonte, atualmente). A água desta
fonte foi levada pelo menor aqueduto de Roma, diretamente para os banheiros
de Marco Vipsânio Agripa e serviu a cidade por mais de 400 anos.
Em 1629, o papa Urbano VIII achou que a velha fonte era insuficientemente
dramática e encomendou a Bernini alguns desenhos, mas quando o papa
faleceu o projeto foi abandonado.
A última contribuição de Bernini foi reposicionar a fonte para o outro lado da
praça a fim de que esta ficasse defronte ao Palácio do Quirinal (assim o papa
poderia vê-la e admirá-la de sua janela). Ainda que o projeto de Bernini tenha
sido abandonado, existem na fonte muitos detalhes de sua ideia original.
O Século XIX quase nada produziu em Roma que fosse comparável à
magnificência dos monumentos antigos, mas a estação central, ou Stazione
Termini, de 1952 (Século XX) é considerada uma das obras-primas da
arquitetura moderna. (Enciclopédia Koogan-Houaiss e outras fontes.)
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Nápoles (Napoli) Nápoles (em italiano: Napoli; em napolitano: Napule) é uma comuna do sul
de Itália, da região da Campânia, província de Nápoles, com cerca de um
milhão de habitantes e com cinco milhões de habitantes na região metropolitana,
que compreende áreas na província de Caserta, Avellino e Salerno.
É conhecida mundialmente pela sua história, sua música, seus encantos
naturais e por ser a terra natal da pizza. O centro histórico de Nápoles é
Património Mundial da UNESCO
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Principal centro cultural e financeiro do sul da Itália, a cidade de Nápoles
apresenta muitas belezas naturais e monumentos ligados a seu rico passado
histórico. A mais notável atração turística da cidade é o Vesúvio, vulcão em
cujo sopé se encontram as ruínas de Pompéia e Herculano.
Nos dias 24, 25 e 26 de agosto do ano 79 dC (Século I), uma chuva de cinzas
do vulcão Vesúvio atingiu a cidade Pompeia, do dia 24 a 26 de agosto, e matou
16 mil habitantes, que foram petrificados instantaneamente e permanecem
moldados até hoje na mesma posição em que morreram, num dos mais curiosos
e impressionantes registros arqueológicos da história.
Nápoles, capital da província de mesmo nome e da região da Campania,
situa-se na costa oeste da península italiana, cerca de 190km ao sul de Roma.
O Vesúvio e as colinas de Posillipo se elevam a oeste da cidade, à margem
esquerda da baía de Nápoles, no mar Tirreno, diante das ilhas de Ischia, a oeste,
e Capri, a leste, famosas por sua beleza.
Grandes avenidas, como a Spaccanapoli, a do Duomo e a Tribunali, algumas
delas já traçadas à época do Império Romano, dividem Nápoles em bairros de
rica arquitetura, representativa da história da cidade, com palácios, igrejas e
jardins. A avenida Caracciolo acompanha a orla da baía de Nápoles.
Provavelmente fundada pelos gregos por volta do ano 600 a.C., a antiga
Neapolis ("nova cidade") foi conquistada pelos romanos em 326 a.C. Ganhou
templos, aquedutos, termas, hipódromos e circos, e converteu-se numa das mais
agradáveis cidades da Itália, favorita dos romanos das classes altas.
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No ano 536 (Século VI) da era cristã, os bárbaros invadiram Nápoles. Em
552, a cidade submeteu-se ao domínio de Bizâncio e lentamente retomou sua
prosperidade até tornar-se, no Século VII, um ducado bizantino. Acossada por
lombardos, piratas sarracenos e normandos, acabou por render-se aos últimos,
que a incorporaram ao reino da Sicília em 1139.
Em 1266 (Século XIII), Nápoles acolheu o rei Carlos I de Anjou, cujo governo
fez com que retomasse o caminho da prosperidade. A cidade cresceu e tornou-
se famosa pela quantidade e a beleza dos palácios e igrejas que se erigiram
nessa época.
Em consequência das lutas dinásticas que se seguiram, Nápoles submeteu-
se ao domínio dos Habsburgos da Espanha e foi governada por seus vice-reis
de 1503 (Século XVI) a 1704 (Século XVIII). Apesar do progresso, houve
levantes, como o de Tomaso Aniello (Masaniello), em 1647. Em 1734 (Século
XVIII), foi elevada à condição de capital do reino da Sicília.
Carlos de Bourbon, mais tarde Carlos III da Espanha, impulsionou a vida
cultural e contribuiu para embelezar a cidade, mas seu filho Fernando foi
destronado em 1799 (Século XVIII) pelo exército napoleônico, que instaurou a
República Partenopeia.
Em 1806 (Século XIX), Napoleão coroou seu irmão José como rei de
Nápoles. Nove anos depois, Fernando recuperou o trono do reino então
chamado das Duas Sicílias, com capital em Nápoles. (A imperatriz Teresa
Cristina do Brasil, casada com D. Pedro II, era napolitana e “Princesa das
Duas Sicílias).
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Os napolitanos participaram das lutas pela unificação da Itália e, em 1860
(Século XIX), Nápoles tornou-se parte da nação italiana. Os Séculos XIX e XX
trouxeram à cidade a industrialização. Terceira cidade em importância da Itália,
depois de Roma e Milão, Nápoles tornou-se o maior centro industrial e comercial
do sul da Itália.
Às antigas fábricas de porcelana da época dos Bourbons, somou-se um
moderno parque industrial voltado para a fabricação de material ferroviário, naval
e aeronáutico, além de tecidos, alimentos e produtos siderúrgicos. As unidades
industriais se concentram no leste da cidade, e sua produção é escoada para
Roma e para o sul do país por meio de ferrovias e rodovias.
La belle chocolatiere - porcelana, Museu de Capodimonte, Nápoles
A cidade é um dos grandes portos italianos e do Mediterrâneo e seu aeroporto
internacional de Capodichino a liga às principais cidades italianas e europeias.
O turismo, fonte permanente de divisas, se apoia nos diversos pontos de
interesse da cidade e de seus arredores. Além do Vesúvio, há o Museu Nacional,
com famosas esculturas greco-romanas; o bairro antigo (Spaccanapoli), com
monumentos, prédios e ruas estreitas; o bairro de Santa Lúcia; o Castel Nuovo;
o convento de San Martino e a igreja de Santa Chiara.
A oeste do Castel Nuovo, mandado construir por Carlos I de Nápoles no
Século XIII e reconstruído por Afonso V de Aragão no XVI, localiza-se o Palácio
Real, onde estão a Biblioteca Nacional e a coleção Farnese de pintura e
escultura. O palácio foi erguido para os vice-reis espanhóis e a biblioteca contém
papiros antigos de valor inestimável.
Enciclopédia Britânica e outras fontes.
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Messina (Região da Sicília) Messina é uma comuna italiana da região da Sicília, província de Messina,
com cerca de 252.000 habitantes.
A cidade fica situada ao nordeste da Sicília, é capital da província do mesmo
nome e está na costa do estreito de Messina.
Cidade portuária, possui uma importante indústria alimentícia e têxtil. É sede
universitária. Foi fundada pelos gregos no Século VIII a.C. e conquistada pelos
romanos no ano 264 a.C. (Século III a.C)., o que provocou a primeira Guerra
Púnica.
Depois da ocupação dos sarracenos (Século IX) e dos normandos (Século
XI), teve diversos governos.
O Estreito de Messina é um espaço aquático que separa o território peninsular
da Itália da ilha de Sicília, ao mesmo tempo que liga o mar Tirreno com o mar
Jônico. O estreito tem 32 km de comprimento e entre 3,2 km e 8 km de largura.
Encarta em português e outras fontes.
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Siracusa (Sicília) Siracusa (em siciliano Saraùsa) é uma comuna italiana da região da Sicília,
província de Siracusa, com cerca de 121 000 habitantes. Cidade e porto da Itália,
capital da província de mesmo nome, está situada na costa sudeste da Sicília. É
um importante centro turístico, porto pesqueiro e um mercado central para
produtos agrícolas.
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Na antiguidade, Siracusa foi a maior e mais importante cidade da Sicília.
Entre as ruínas arquitetônicas, contam-se um teatro grego, um anfiteatro
romano, o altar-mor de Híeron II e a cidadela, do Século IV a.C.
Colonos de Corinto fundaram Siracusa em 734 a.C (Século VIII a.C). No
governo de Dionísio I, o Velho, desenvolveu-se como principal potência da
Sicília. Declinou sob o domínio romano. Foi invadida sucessivamente pelos
vândalos, godos e bizantinos em 535 (Século VI), e pelos sarracenos e
normandos em 1085 (Século XI). (Encarta em português e outras fontes.)
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Ilha de Malta Malta é formada por um pequeno arquipélago situado no mar Mediterrâneo:
Malta (a maior das ilhas), Gozo, Comino, e as desabitadas Cominotto e Filfla.
Situa-se a 93km ao sul da Sicília, a 290km ao norte da Líbia e a cerca de
290km a leste de Túnis. As ilhas têm uma superfície total de 316km2.
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A ilha de Malta é a maior das cinco ilhas que constituem o arquipélago que
conforma a República de Malta. Está localizada no meio do mar Mediterrâneo,
ao sul da Itália e ao norte da África, na Europa.
No decorrer de sua turbulenta história, desempenhou um papel importante
nas lutas pelo domínio do Mediterrâneo e nas relações entre as culturas
europeia, norte-africana e do Oriente Médio.
Como consequência, a sociedade maltesa constituiu-se durante muitos
séculos de domínio estrangeiro, com influências que vão desde a antiga Grécia
até o Reino Unido, passando por normandos e árabes.
Geografia física
De natureza calcária, as cinco ilhas são constituídas por estratos bastante
horizontais e apresentam elevações rochosas que atingem sua altura máxima
em Medina (240m).
A ilha de Malta apresenta dois lençóis aquíferos que possibilitam o
abastecimento, suprindo a carência de rios e lagos. Suas costas, altas e
rochosas, têm amplas e profundas enseadas que servem de abrigo para a
navegação, em uma das quais fica Valletta, capital do país.
O clima é tipicamente mediterrâneo, com invernos frescos e chuvosos, e
verões muito quentes e secos. A vegetação natural é escassa, mas abundam as
culturas de batata, cebola, tomate e uva. A fauna compõe-se de doninhas, ratos,
coelhos e diversas espécies de aves e insetos.
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População
Aproximadamente 95% da população é de origem maltesa e o restante
descende de britânicos e italianos. O maltês, língua resultante da fusão entre o
árabe do norte da África e o siciliano (dialeto italiano), tornou-se oficial em 1934.
O outro idioma oficial é o inglês. Também se fala o italiano.
A maior parte da população concentra-se na ilha de Malta. As cidades são
pequenas; destacam-se Valletta (Capital), Sliema e Birkirkara.
Economia
A utilização de Malta como base naval sustentou sua economia durante o
domínio colonial. No entanto, a retirada paulatina da frota britânica, a partir de
1950, determinou a procura de outras fontes de renda.
Desenvolveram-se as indústrias têxteis, o artesanato, a agricultura (apesar
dos solos pouco férteis e da escassez de água) e, sobretudo, o turismo.
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História
Os primeiros achados arqueológicos datam aproximadamente de 3800
a.C. (Século 39 a,C)
Entre 2400 (Século 25 a.C) e 2000 a.C (Século 21 a.C.)., desenvolveu-se
um elaborado culto aos mortos, possivelmente influenciado pelas culturas das
ilhas Cíclades e de Micenas (idade do bronze).
Entre os Séculos VIII a.C. e VI a.C, as ilhas entraram em contato com os
fenícios e cartagineses e, em 218 a.C (Século III a.C)., caíram em poder dos
romanos.
Segundo os Atos dos Apóstolos, no ano 60 da era cristãs (Século I), São
Paulo sofreu um naufrágio e chegou à costa maltesa, onde promoveu a
conversão de seus habitantes ao cristianismo.
Com a divisão dos domínios romanos no ano 395 (Século IV), Malta foi
incorporada ao império oriental, com sede em Constantinopla. Em 870 (Século
IX) caiu em poder dos árabes, que influenciaram seu idioma e cultura. Em 1091
(Século XI), os normandos se apoderaram do país. Em 1245 (Século XIII),
Federico II de Hohenstaufen expulsou os árabes e em 1266 as ilhas, junto com
a Sicília, passaram ao domínio de Carlos I de Anjou, que as cedeu em 1283 a
Pedro III de Aragão.
O imperador Carlos V cedeu as ilhas, em 1530 (Século XVI), aos cavaleiros
hospitalários ou de São João de Jerusalém, ordem religiosa e militar que as
manteve sob seu poder até 1798 (Século XVIII), quando foram capturadas por
Napoleão Bonaparte. Pouco depois os franceses foram expulsos com ajuda dos
britânicos, que assumiram a administração da ilha em 1814.
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Durante a Segunda Guerra Mundial (Século XX), as ilhas resistiram ao
assédio de alemães e italianos. Malta conseguiu a autonomia administrativa em
1947 e proclamou a independência em 21 de setembro de 1964. Em 13 de
dezembro de 1974 adotou o regime republicano. Em 1979 rompeu a aliança com
o Reino Unido e fechou as bases navais.
A década de 1970 caracterizou-se pelo enfraquecimento das relações
com o Ocidente e pela aproximação com os regimes comunistas, política
que sofreu mudança substancial em 1985, com o estabelecimento de um
acordo com a Comunidade Econômica Europeia.
Em 1987, as eleições para a Câmara de Representantes, vencidas pelo
Partido Nacionalista, puseram fim a 16 anos de domínio do Partido Trabalhista.
Nas eleições de 1992, os nacionalistas derrotaram novamente seus opositores.
A política governamental continuou a ser de liberalização, e foram realizadas
diversas reformas de ordem econômica, com vistas a tornar o país um membro
da União Europeia.
Instituições políticas
De acordo com a constituição de 1974, o poder legislativo é exercido pela
Câmara de Representantes, composta de 65 membros eleitos para um período
de cinco anos, mediante representação proporcional de 13 circunscrições
eleitorais. O presidente é o chefe do estado constitucional, e o gabinete,
responsável perante a câmara, exerce o poder executivo. Os principais partidos
políticos são o Trabalhista e o Nacionalista.
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Sociedade e cultura
Em 1956 adotou-se um sistema previdenciário para trabalhadores maiores de
14 anos e, em 1971, implantou-se um sistema mais amplo, que se completou em
1979 com a hospitalização gratuita.
O sistema educativo compreende três níveis e é obrigatório entre seis e 16
anos de idade.
A Universidade de Malta, fundada pelos jesuítas no fim do Século XVI e
restabelecida no Século XVIII, é conhecida como a universidade velha e oferecia
cursos de direito.
A Nova Universidade, fundada na década de 1970, dedicou-se principalmente
às ciências e à tecnologia. Em 1980, ambas foram unificadas sob o nome de
Universidade de Malta.
O país conserva notáveis exemplos da arquitetura local dos Séculos XVII e
XVIII. Dun Karm é o mais importante poeta maltês
Enciclopédia Britânica e outras fontes.
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Estilo Românico Entende-se por românico o estilo artístico que se elaborou pouco a pouco
desde fins do Século X, firmou-se, com características próprias, no início do
Século XI, e perdurou na Europa cristã até o início do Século XIII, antecedendo
ao gótico.
O termo "românico" foi criado, no Século XIX, por arqueólogos que
procuravam relacionar essas manifestações medievais à arte dos antigos
romanos.
Por volta do início do Século XI, o românico se definiu como estilo na Europa
ocidental, favorecido pelo poder das ordens monásticas, pelas grandes
peregrinações religiosas e pelo desenvolvimento do sistema feudal.
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Tal estilo inspirou as produções da primeira arte tipicamente europeia, pois
suas manifestações se estenderam, com características semelhantes, de
Portugal até o leste da Europa e das ilhas Britânicas à Itália.
Distingue-se o românico pela preocupação em distribuir os espaços de forma
que a parte pudesse ser divisada em separado, mas sempre subordinada ao
todo, assim como por um sentimento de superfície e textura, manifestado na
adoção de materiais suntuosos, na decoração das superfícies, na riqueza do
colorido e na diversidade das texturas.
O românico surgiu num momento em que a cristandade se encontrava
empenhada em atividade criadora e expansionista, época de reformas
monásticas e de consolidação tanto do poder espiritual quanto do temporal.
A uniformidade do românico deveu-se, em grande parte, à influência do
mosteiro de Cluny, na França, que ditou novo modo de vida monástica e
também, correspondendo a ele, uma nova concepção arquitetônica.
Igualmente importante, na difusão do estilo, foram as peregrinações
religiosas, em especial a que se dirigia a Santiago de Compostela, na Espanha:
as rotas seguidas transformaram-se em canais para propagação das novas
formas por toda a cristandade europeia.
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Arquitetura
As construções românicas tiveram, como antecedentes, elementos da
arquitetura eclética do renascimento carolíngio -- a arquitetura romana, a
bizantina e as técnicas de edificação em madeira dos povos bárbaros -- embora
os resultados decisivos e a coerência estilística só tenham sido alcançados em
meados do Século XI, principalmente na França.
Equipes de arquitetos, escultores e canteiros iam de um lugar para outro
realizando obras, fato que contribuiu para dar ao românico sua unidade
estilística, sem que isso impedisse o aparecimento de escolas locais que se
formavam por onde os mestres e artesãos ambulantes, como se semeassem
modelos, passavam com sua prática.
COIMBRA (Portugal): Arquivoltas do portal da Sé Velha
As edificações desse primeiro período eram feitas com pedras aparelhadas
em blocos de formas regulares. Em alguns casos, a pedra era revestida de
mármore de cores diferentes, como no românico italiano, exemplificado pelo
conjunto que inclui, em Pisa, o batistério, a catedral, e a famosa torre inclinada.
A planta em cruz latina, de clara origem paleocristã, prevaleceu nas igrejas,
que, além de torres, tinham de três a cinco naves terminadas por uma ou várias
absides (abóbodas).
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Plantas de outros tipos, menos frequentes, foram também adotadas, como a
planta circular da ordem dos templários na igreja de Vera Cruz, em Segóvia,
Espanha (imagem abaixo), a planta em cruz grega (Saint-Front de Périgueux,
França, com forte influência bizantina), e a planta poligonal, seguida em igrejas
da Alemanha (Ottmarsheim) e da Espanha (Torres del Río, em Navarra).
As igrejas românicas impunham-se pela aparência maciça, com a
predominância de massas na horizontal. Suas paredes grossas tinham poucas
aberturas, o que tornava os interiores escuros, compatíveis com um sentido de
religiosidade concentrada e mística. Na cobertura, foi muito usada a abóbada de
berço ou semicilíndrica, prolongada por arcos transversais de reforço.
A solução dava solidez à igreja, mas exigia apoios resistentes para o grande
peso a ser sustentado. Assim, as descargas orientavam-se para as paredes
largas que apoiavam o peso contínuo das abóbadas e seus arcos, os quais ainda
se apoiavam sobre pilares sólidos. Pelo lado de fora, as paredes eram reforçadas
por contrafortes, e a existência de naves laterais contribuía igualmente para a
sustentação da obra.
Nas igrejas de peregrinação, as naves laterais possuíam um segundo andar,
a tribuna, que se abria em arcadas para a nave central e servia também para
alojar fiéis, de modo a ampliar o espaço útil do templo.
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Entre as igrejas desse tipo, dotadas ainda de passagem em volta do altar
central -- o de ambulatório -- destacaram-se Saint-Sernin de Toulouse, na
França, e Santiago de Compostela, na Espanha.
O arco mais utilizado foi o semicilíndrico, em geral ornamentado. Além das
abóbadas de berço com arcos de reforço, usaram-se também abóbadas de
arestas, constituídas pela interseção de duas abóbadas cilíndricas, com a
consequente formação de arestas salientes para dentro do espaço coberto.
As cúpulas situavam-se no cruzeiro, ponto de união da nave central com a
nave transversal ou transepto. Algumas igrejas, por influência bizantina,
possuíam várias cúpulas, como a catedral de Angoulême (detalhe abaixo) e a
catedral Puy, ambas na França.
Grande parte da ornamentação das igrejas se concentrava nos pórticos das
fachadas, que resultavam da justaposição de vários arcos concêntricos apoiados
em colunetas. Torres e campanários flanqueavam frequentemente as fachadas.
No primeiro românico, dito lombardo por proceder da Lombardia, região da
Itália, o exterior era ornamentado por pequenas arcadas cegas e por fileiras de
colunas, como em San Clemente de Tahull e no mosteiro de Ripoll, na
Catalunha.
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A arquitetura monástica correspondeu bem de perto à das igrejas. O
mosteiro-padrão constava de uma igreja, um claustro ou pátio em arcadas e uma
série de dependências que se desenvolviam em torno dele, como a sala
capitular, a biblioteca, o refeitório e os dormitórios.
Na formação do românico, a importância dos ensinamentos originários de
Cluny, desde o ano 984, foi seguida, a partir de 1100, pelas lições provenientes
do mosteiro de Cister, na Borgonha.
O estilo cluniacense, de ornamentação profusa e luxuosa, com pinturas
murais e muitas esculturas, contrastava com a sobriedade do cisterciense,
muitas vezes com paredes nuas e colunas não decoradas. A arquitetura civil,
mais rara que a religiosa, tomou forma na edificação de castelos e fortalezas.
Escultura
A ornamentação escultórica, frequente nos pórticos das igrejas, era
também costumeira nos capitéis das colunas. Correspondia, como a
pintura, a uma intenção didática: narrava episódios religiosos com a
finalidade de doutrinar os fiéis, em sua maioria iletrados, por meio de
linguagem visual expressiva e clara.
A escultura e a pintura românicas não se propunham à representação fiel da
natureza. Tendiam, antes, a uma generalização dos traços e ao expressionismo,
por enfatizarem os estados psicológicos e por darem tratamento exagerado a
certos aspectos da fé, de modo a realçar as representações de interesse
doutrinário, como as do mal, do pecado e do inferno.
A figura humana era representada como arquétipo, e não com traços
individualizados. Havia convenções para a conformação dos corpos, as
roupagens e a escala das figuras, sendo maiores as que ocupavam posição
superior na hierarquia (as imagens de Cristo, da Virgem e dos principais santos).
Essa mesma hierarquização prevaleceu na pintura.
A escultura estava intimamente associada à arquitetura. Suas figuras, assim,
ora se alongavam nas colunas, ora decoravam os capitéis e arquivoltas, ora
ainda compunham, nos tímpanos, cenas repletas de personagens.
Nos tímpanos, espaços semicirculares sobre as portas das igrejas,
representavam-se as cenas de maior importância: o Todo-Poderoso -- o
Pantocrator --, rodeado pelos símbolos dos evangelistas, ou o Juízo Final.
Entre os exemplos mais significativos, destacam-se os de Moissac e Vézelay, na
França, bem como os tímpanos de San Isidoro de León e da catedral de Santiago
de Compostela, na Espanha.
Além de assuntos oriundos do Antigo e do Novo Testamentos, proliferaram
na escultura os temas do cotidiano e os extraídos de fábulas, nos quais se
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alcançou elevado grau de fantasia, notável nos capitéis de claustros como o de
Santo Domingo de Silos, na Espanha.
Com o tempo, a escultura românica tornou-se mais naturalista. Assim como
o estilo depurado se mostrou menos rígido, menos propenso às convenções, a
sujeição da escultura à arquitetura se mostrou menor, permitindo que as figuras
ganhassem bastante autonomia em relação ao espaço.
Ocorreram evidentes progressos na transcrição da anatomia humana, na
técnica do modelado e na expressão de sentimentos, à medida que a escultura
românica se distanciou da influência bizantina para atingir, no Século XII, seu
apogeu.
Pintura
Pouco restou da pintura mural românica, que em sua maioria decorava as
abóbadas e as absides das igrejas. Distinguem-se duas escolas, de regiões da
França, Itália, Alemanha e Espanha: a escola dos fundos claros, mais ligada à
tradição carolíngia, e a escola dos fundos azuis, influenciada pela miniatura e o
mosaico bizantinos.
Os murais de fundo claro, em geral amarelo, valorizavam particularmente o
desenho -- em Saint-Savin-sur-Gartempe --, enquanto os de fundo azul
sobressaíam pela riqueza das roupagens cheias de pedrarias -- em Berzé-la-
Ville --, lembrando a arte do mosaico.
Pintura mural románica del Panteón Real
de la colegiata de San Isidoro, León.
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Vários murais de igrejas dos Pireneus, como San Feliú de Guixols, San
Clemente de Tahull e San Cugat de Valles, foram removidos dos locais de
origem para o acervo do Museu de Arte da Catalunha, em Barcelona, um dos
mais completos sobre o período.
No final do Século XII, quando começou a se firmar na Alemanha e na
França, a pintura mural românica foi rapidamente suplantada, como decoração
iconográfica, pelos vitrais góticos.
A iluminura ou decoração de manuscritos foi, dentro das artes da cor, a
mais importante do período românico. Nos séculos X e XI recebeu a
influência de Bizâncio, mas guardou reminiscências da arte bárbara em
suas folhagens e animais estilizados, de entrelaçados caprichosos, sem
começo nem fim, e de ricas cores entre as quais o ouro era usado com
abundância. A prática da iluminura foi, depois, transplantada para os
primeiros livros impressos.
Enciclopédia Britânica e outras fontes.
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Estilo Gótico A arte gótica designa uma fase da história da arte ocidental, identificável por
características muito próprias de contexto social, político e religioso em
conjugação com valores estéticos e filosóficos e que surge como
contraposição à austeridade do estilo românico.
Este movimento cultural e artístico desenvolve-se durante a Idade Média, no
contexto do Renascimento do Século XII e prolonga-se até ao advento do
Renascimento italiano, quando a inspiração clássica quebra a linguagem
artística até então difundida.
Catedral de Milão, o gótico levado às últimas consequências (Itália)
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Mexendo com os alicerces da arte
O termo gótico foi criado pelos renascentistas para denominar um tipo de
arquitetura compreendida por eles como bárbara, uma vez que destronou a arte
clássica.
Acabou sendo aplicado também para a escultura, pintura e
ornamentação do período em que as obras arquitetônicas foram construídas,
apesar de ser considerada, por alguns críticos, como uma denominação não
precisa.
Entretanto, o termo, hoje em dia, já perdeu o sentido depreciativo que os
renascentistas quiseram imprimir-lhe.
O gótico refere-se a um determinado período que se inicia com um estilo
arquitetônico revolucionário, o qual durou do Século XII ao XIV na maioria da
Europa.
Em alguns lugares, continuou persistindo até o Século XVI e, isoladamente,
continuou-se a praticar a arte até o Século XVIII.
O Romantismo deu nova vida ao Gótico
A expressão é utilizada ainda para a pintura e escultura do período, desde
que possuam determinadas características, ligadas ou não à arquitetura. O
Romantismo, com seu ideal de retorno ao passado, acabou por trazer de volta o
estilo, em meados do Século XVIII.
O período em que a arquitetura gótica prevaleceu na Europa, principalmente
nos países nórdicos, pode ser considerado o ponto culminante da Idade Média,
com a Igreja triunfante.
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É ainda a época de desenvolvimento da escolástica de S. Tomás de
Aquino e do aparecimento das universidades.
O Gótico na pintura e na escultura
A simbologia da arte do período gótico, como exemplifica as esculturas acima
descritas, é riquíssima em elementos que atestam a fé dos homens de então.
Além de se tornar visível na escultura, essa simbologia aparece também nos
vitrais coloridos, nas pinturas e nas ilustrações de manuscritos.
E é exatamente entre as ilustrações de manuscritos, na maioria das vezes
relacionados à temas bíblicos, que encontramos o melhor da pintura gótica.
Esses ornamentos costumam ser extremamente coloridos, brilhantes e
cheios de símbolos. Na Biblioteca Nacional de Paris podem ser encontradas
boas amostras dessas ilustrações, como "Bibles Moralisée" que são a história
da bíblia com comentários de natureza moral.
Os vitrais multicoloridos também são bastante representativos da arte gótica,
principalmente se levada em conta a extrema importância da luz nas igrejas, em
contraposição ao ambiente sombrio das igrejas românicas.
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A luz, ao entrar pelas janelas, assume as cores dos vitrais e cintila,
contribuindo para a atmosfera espiritual desses lugares.
Enciclopédia Digital, Artcyclopedia, Wikipedia e outras fontes.
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Renascimento ou Renascença
Renovação em todas as atividades
A renascença corresponde ao período de "renascimento" das letras e das
artes como um todo, movimento este iniciado na Itália no Século XIV, tendo
alcançado seu auge no Século XVI, influenciando todas os demais países da
Europa.
Os termos Renascença ou Renascimento passaram a ser utilizados a partir
do Século XV para designar o retorno da cultura aos padrões clássicos. Tal
movimento se iniciou com os estudos dos cânones artísticos da antiguidade
clássica.
“Mater dolorosa” de Michelangelo
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O estudo da cultura clássica já constituía elemento de erudição entre os mais
cultos homens da Idade Média e até entre a classe sacerdotal. Por exemplo, as
figuras mitológicas pagãs eram utilizadas como elemento estético para
finalidades morais e filosóficas.
Gradualmente, tal conhecimento dos padrões clássicos passou a exercer
influência sobre os mais variados campos de atividade humana no período
posterior à Idade Média.
Portanto, não se pode dizer que a exclusividade do retorno aos padrões da
Antiguidade é de propriedade do período renascentista.
Do teocentrismo para o humanismo
A história passou por grandes revoluções no período renascentista. A visão
do homem sobre si mesmo modificou-se radicalmente pois, no período anterior,
todos os campos do saber humano tendiam a voltar-se para as explicações
teocêntricas.
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No românico e no gótico, a visão do homem, basicamente, tinha Deus
como ponto de partida para todas as discussões acerca do universo, suas
origens e seus mecanismos.
Na Renascença, o homem voltou seu olhar sobre si mesmo, isto é, houve
o ressurgimento dos estudos nos campos das ciências humanas, em que o
próprio homem toma-se como objeto de observação, ao mesmo tempo em que
é o observador.
As grandes descobertas e invenções
No campo da ciência, o período foi um dos mais férteis na história da
humanidade. Galileu Galilei, mesmo perseguido pela Igreja, afirmava não ser a
Terra o centro de todo o universo.
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Pela constatação do movimento da Terra em torno do Sol, as teorias de
Galileu seguiam em rota de colisão com os próprios conceitos religiosos
vigentes: tal fato, por si mesmo, já era considerado um desafio às autoridades
religiosas.
A invenção da bússola, assim como o aprimoramento das técnicas de
navegação, facilitou a expansão marítima europeia, resultando na nova rota
marítima para as Índias, realizada por Vasco da Gama.
Os avanços da tecnologia de navegação da época foram notáveis, não
tardando assim o descobrimento da "nova terra", a América, realizado por
Cristóvão Colombo.
Por outro lado, a pólvora, outrora utilizada meramente para a fabricação de
fogos de artifício, passou a ser utilizada para fins militares. Desta forma, os
colonizadores europeus passaram a obter vantagem bélica esmagadora sobre
os povos dos territórios conquistados.
O gênio da Renascença
Leonardo da Vinci foi aquele que melhor personificou os padrões do homem
renascentista, tendo sido pintor, escultor, arquiteto, cientista e músico.
Da Vinci deixou contribuições nas artes, entre elas, uma das mais populares
pinturas na história das artes, La Gioconda, a Mona Lisa (detalhe acima).
Paralelamente, realizou inúmeros experimentos científicos, entre eles os seus
projetos de engenharia, que assombraram sua época.
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No desenho, era um mestre da perspectiva: este constitui um efeito pictórico
que "insere" o observador no espaço representado no desenho, ao contrário das
obras produzidas anteriormente, em que a ideia da onisciência de Deus fornecia
parâmetros como ponto de vista.
A representação do ponto de vista da onisciência resultava, no
românico e no gótico, em figuras planas, sem profundidade espacial.
Declínio do feudalismo
A sociedade feudal, a partir da Renascença, teve seus mercados alterados
através do nascimento de uma burguesia urbana, que revolucionava os padrões
então vigentes na produção.
Os centros urbanos se multiplicaram a partir do desenvolvimento das
atividades comerciais, substituindo paulatinamente os antigos feudos.
Em suma, os fatos ocorridos no período renascentista eram formados a partir
das bases da posterior instalação do mundo contemporâneo na história.
Sem prejuízo de outros nomes que brilharam no renascentismo em vários
países, os principais artistas do período foram Leonardo da Vinci, Michelangelo,
Rafael Sanzio, Sandro Botticelli, Giotto, Fra Angelico, Andrea del Sarto, Andrea
del Verrocchio, Andrea Mantegna, Antonello da Messina, Antoniazzo Romano e
Antonio Pollaiuolo
Enciclopédia Digital e outras fontes.
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Madalena penitente, de Ticiano
Madalena é o personagem bíblico que talvez melhor represente a
falibilidade de todo ser humano e, ao mesmo tempo, a sua esperança de
redenção. O momento em que ela encontra misericórdia e perdão foi
eternizado nesta obra-prima de Tiziano.
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Maneirismo O Maneirismo foi um estilo e um movimento artístico que se desenvolveu na
Europa aproximadamente entre 1515 e 1600 como uma revisão dos valores
clássicos e naturalistas prestigiados pelo Humanismo renascentista e
cristalizados na Alta Renascença.
O Maneirismo é mais estudado em suas manifestações na pintura,
escultura e arquitetura da Itália, onde se originou, mas teve impacto também
sobre as outras artes e influenciou a cultura de praticamente todas as nações
europeias, deixando traços até nas suas colônias da América e no Oriente.
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Tem um perfil de difícil definição, mas em linhas gerais caracterizou-se pela
deliberada sofisticação intelectualista, pela valorização da originalidade e das
interpretações individuais, pelo dinamismo e complexidade de suas formas, e
pelo artificialismo no tratamento dos seus temas, a fim de se conseguir maior
emoção, elegância, poder ou tensão. É marcado pela contradição e o conflito
e assumiu na vasta área em que se manifestou variadas feições.
Turbulência na arte
Após o aparecimento de Leonardo da Vinci, Rafael e Michelangelo, muitos
artistas italianos tentaram buscar uma nova arte, contrária aos princípios da alta
renascença.
Trata-se de uma arte mais turbulenta, em que se buscavam ideias novas,
invenções que surpreendessem, insólitas, cheia de significados obscuros e
referências à alta cultura.
Acredita-se que tenha sido influenciada ainda pela contra-reforma católica e
pelo clima de inquietação do momento.
Ligação entre a Renascença e o Barroco
O estilo artístico que daí decorre recebe o nome de maneirismo e faz a
passagem entre a alta renascença e o barroco, apresentando alguns
elementos ora mais próximo de uma escola, ora de outra.
(ALTA RENASCENÇA >> MANEIRISMO << BARROCO)
Seu período estende-se de mais ou menos 1520 ao fim do Século XVI.
O termo maneirismo, derivando da palavra maneira (jeito, estilo), pode nos
dar mais informações sobre esse tipo de arte.
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Ele era utilizado pelo pintor, arquiteto e teórico de história da arte da época,
Giorgio Vassari, no sentido de graça, sofisticação, estabilidade, elegância.
Por extensão, a denominação prosseguiu para a arte análoga à realizada pelo
artista.
De aceitação difícil
Entretanto esse novo estilo foi visto com desconfiança pelos críticos até o
Século XX.
Eles consideravam-na uma arte menor, uma falha de compreensão por parte
dos artistas da época sobre a arte dos grandes mestres, imitações sem alma. O
termo maneirismo era relacionado ao mau gosto e excesso.
Entretanto, mais ou menos no período entre as duas guerras mundiais (1918-
1939), os artistas de então passaram a ser melhor compreendidos e admirados
pelos críticos.
Artistas que se destacaram
Entre as obras de Giorgio Vassari (1511 - 1574), estão os afrescos do
grande salão do Palazzo della Cancelleria, em Roma, mostrando a vida do papa
Paulo III).
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Entretanto, ele é mais conhecido como historiador, por seu livro "A Vida dos
Artistas" - uma das principais fontes de informações sobre a Itália Renascentista
e por seus conceitos e opiniões artísticas que acabaram por pautar, durante
longo tempo, o trabalho dos críticos e historiadores de arte que o seguiram.
Dentro do maneirismo, são colocados vários artistas que desenvolveram
atividades no período e é grande a diversidade das obras.
Entretanto, podemos destacar outros nomes importantes que ajudaram na
"formação" da escola (que até hoje não se encontra muito clara para os
pesquisadores).
Além de Vassari,, já mencionado, destacam-se, na pintura, Rosso Fiorentino
(1494 - 1540) e Jacopo Pontormo (1494 - 1557); na escultura, Benvenuto Cellini
(1500 - 1571) e Giovanni da Bologna (1529 - 1608); na arquitetura, Giulio
Romano (1492 - 1546).
PONTORMO (Jacopo CARRUCCI, dito o), pintor italiano (Pontormo, 1494 -
Florença, c. 1556). Após inspirar-se com brilho em Miguel Ângelo e Dürer,
executou composições cada vez mais desordenadas.
CELLINI (Benvenuto), escultor e ourives italiano (Florença, 1500 - id., 1571).
Francisco I o atraiu à sua corte. Suas obras-primas são a estátua de Perseu
(Florença, Loggia dei Lanzi), a Ninfa de Fontainebleau (baixo-relevo, Louvre) e
o célebre saleiro de Francisco I (Museu de Viena, Áustria). Deixou importantes
Memórias.
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ROMANO (Giulio PIPPI), arquiteto e pintor italiano (Roma, 1492 ou 1499 -
Mântua, 1546). Aluno de Rafael, construiu e decorou o palácio do Te, em
Mântua.
Talvez seja na Escola Veneziana que podemos encontrar o maior mestre
do período: o pintor Tintoretto (Jacopo Robustini; 1518 - 1594). Ele produziu
grande número de obras de temas históricos ou religiosos, notáveis pelo
arrebatamento inventivo e vigor do colorido.
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Enquanto grande parte dos artistas do período se contentavam em imitar os
mestres, ele utilizou-se de maneira extremamente pessoal e crítica o aprendido
com suas maiores influências: Michelângelo e Ticiano.
Era conhecido por sua grande imaginação, por sua composição assimétrica
e por produzir grandes efeitos dramáticos em suas obras.
Para obter os resultados, às vezes, sacrificava até as bases da pintura
desenvolvida por seus antecessores (como, por exemplo "a suave beleza" de
Giorgione e de Ticiano).
Em seu quadro São Jorge e o Dragão (detalhe abaixo), Tintoreto registra o
auge da batalha entre as duas figuras, através de um jogo de luz e tonalidades,
produzindo um clima de grande tensão.
Em alguns países da Europa, principalmente na França, Espanha e
Portugal, o maneirismo foi o estilo italiano quinhentista que mais se adaptou à
própria cultura desses países, encontrando mais seguidores que a própria arte
da alta renascença.
Enciclopédia Digital, Enciclopédia Koogan-Houaiss, Artcyclopedia, Wikipedia e
outras fontes.