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- 051 - Antonio Circignani 1560-1620 Antonio Circignani, nascido em Pomerance no ano de 1560 e falecido em Roma no ano de 1620, foi um pintor italiano do Maneirismo, com incursões no então recém surgido barroco. É conhecido também como Antonio Pomarancio, em homenagem à sua cidade natal. Seu pai foi o também pintor Niccolò Circignani, chamado il Pomarancio e os dois trabalharam juntos, no mesmo estúdio. Uma de suas mais famosas obras, "Casamento da Virgem", está na basílica de Santa Maria degli Angeli, em Assis, na Itália. Registre-se também "Quatro Evangelistas", no Museo di San Francesco, em San Marino, e "Trindade", em Santissima Trinità, Foiano della Chiana. . (Wikipedia e outras fontes) Abaixo, Antonio Circignani, “Deposição da cruz”

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Page 1: Antonio Circignani 1560-1620 - pitoresco.com · Seu pai foi o também pintor Niccolò Circignani, chamado il Pomarancio e os dois trabalharam juntos, no mesmo estúdio. Uma de suas

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Antonio Circignani

1560-1620

Antonio Circignani, nascido em Pomerance no ano de 1560 e falecido em

Roma no ano de 1620, foi um pintor italiano do Maneirismo, com incursões no

então recém surgido barroco. É conhecido também como Antonio Pomarancio,

em homenagem à sua cidade natal. Seu pai foi o também pintor Niccolò

Circignani, chamado il Pomarancio e os dois trabalharam juntos, no mesmo

estúdio. Uma de suas mais famosas obras, "Casamento da Virgem", está na

basílica de Santa Maria degli Angeli, em Assis, na Itália. Registre-se também

"Quatro Evangelistas", no Museo di San Francesco, em San Marino, e

"Trindade", em Santissima Trinità, Foiano della Chiana. .

(Wikipedia e outras fontes)

Abaixo, Antonio Circignani, “Deposição da cruz”

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“A Crucificação”, por Antonio Circignani

(1620-1621), óleo sobre tela, Italia, Emilia

Romagna, Modena, Estense Gallery.

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Niccolò Circignani

1517?-1496-ativo

Niccolò Circignani, nascido por volta de 1517 e falecido em data incerta (em

1496 ainda se achava ativo), chamado de il Pomarancio, foi um pintor italiano

do período maneirista. Era pai do também pintor Antonio Circignani, que morreu

primeiro, aos 60 anos. Ambos trabalharam durante todo o tempo no mesmo

estúdio. Nascido em Pomarance, é dos três pintores italianos chamados de

Pomarancio. Suas primeiras obras, atestadas na década de 1560, são afrescos

com histórias do Antigo Testamento, pintadas para a Cortile del Belvedere, no

Vaticano, provavelmente com apoio de Santi di Tito e Giovanni de Vecchi. Na

época, ele completou ainda retábulos para Orvieto (1570), Umbertide (1572),

Città di Castello (1573–1577) e Città della Pieve.

Niccolò trabalhou com Hendrick van den Broeck, provavelmente um

membro de uma família flamenga de pintores que incluía Crispin van den Broeck

da Catedral de Orvieto. Ele pintou afrescos (1568) na igreja de Maestà delle

Volte, em Perugia, uma Ressurreição (1569, em Panicale) e uma Anunciação

(1577, atualmente na pinacoteca Città di Castello). Pintou, também, afrescos

sobre temas mitológicos a partir de 1574, incluindo o "Julgamento de Páris",

"Histórias da Eneida" e outras, em colaboração com Giovanni Antonio Pandolfi

no Palazzo della Corgna em Castiglione del Lago.

A partir de 1579, ele retornou para Roma para trabalhar com Matthijs Bril e

decorou a Sala della Meridiana na Torre dei Venti (terminada antes do final de

1580) além das Loggia (1580–1383) no Vaticano. Logo depois, Nicollò tornou-

se um dos artistas favoritos dos jesuítas. Ajudado por Matteo da Siena, começou

a pintar cenas de martírios jesuítas, inclusive os afrescos de mártires para

Santo Stefano Rotondo, executados com a ajuda de Antonio Tempesta. São

mais de trinta cenas bastante gráficas sobre as horríveis mortes dos santos,

retratando em detalhes cada método como se fosse uma propaganda de uma

câmara de tortura. A última pintura documentada de Circignani, em Cascia, é de

1596. (Wikipedia e outras fontes)

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Acima, “Papa Silvestre batiza Constantino”

Abaixo, pintura Niccolo Circignani na Academia Real

de Espanha em Roma (1585 ) – Fonte: Commons

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Ascanio Condivi

1525-1574

Ascanio Condivi, nascido no ano de 1525 e falecido o dia 10 de dezembro

de 1574, foi um escritor e pintor maneirista. Como artista era considerado

mediano, mas ficou lembrado por ser o biógrafo de Michelangelo. Filho de

Latino Condivi e Vitangela de Ricci, ele era um nobre, procedente da comuna

de Ripatransone, na região de Marche. Mudou-se para Roma por volta de

1545, onde conheceu Michelangelo e, em 1552, publicou o livro “Michelagnolo

[sic] Buonarroti” uma biografia que contém um viés positivo e outro negativo.

O positivo é ser escrito por alguém da convivência do artista, que conhecia os

detalhes de sua vida e da forma de viver. O negativo é que se trata de uma

biografia autorizada e Michelangelo teve um controle quase que absoluto sobre

seu conteúdo, o que lhe tira parte da credibilidade. Após essa publicação,

Ascanio voltou à cidade natal, onde cumpriu seus deveres cívicos, casou-se e

voltou-se para a pintura religiosa. Uma de suas pinturas, Família Sagrada e

outras figuras (página 056), ficou inacabada e tinha um tinha procedência

ambígua, pois foi realizada a partir de um esboço que lhe fora dado pelo próprio

Michelangelo. O cartão pintado pelo grande mestre é conhecido como Epifania

(detalhe abaixo) e se encontra no British Museum, London. Releitura ou

plágio? Você decide. (Wikipedia em inglês e outras fontes)

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Ascanio Condivi, “La Santa Famiglia, e vari altri Santi”

gravura em papel, 37 x 26 cm

Fonte: http://www.britishmuseum.org/

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Cristóvão de Figueiredo

(? - 1543?)

Cristóvão de Figueiredo foi um pintor maneirista português que viveu na

primeira metade do Século XVI. Ligado à corte, foi nomeado “examinador do

ofício e pintor” do infante-cardeal D. Afonso, filho do rei D. Manuel I e irmão de

D. João III. Ignoram-se os locais do seu nascimento e da sua morte. A vida e a

atividade artística encontram-se, porém, documentadas de 1515 a 1543. Casado

com Ana Pires, filha do mestre régio das obras de carpintaria Pero Anes e de

Beatriz Afonso, teve um filho chamado Pedro de Figueiredo, “moço de câmara”

do infante D. Afonso; era cunhado de Isabel Pires, mulher do arquiteto francês

João Ruão.

Tinha estúdio próprio e morava em Lisboa, na Rua da Mangalassa, na

freguesia de Santa Justa. Existe documentação que se encontrava nesta cidade

em 1515 e por ocasião da peste de 1518-1519. Esteve posteriormente em

Coimbra, no ano de 1530, em Lamego, em 1533-1534, e novamente em Lisboa

a partir de 1538. Foi aluno da oficina lisboeta, orientada por Jorge Afonso, pintor

régio de D. Manuel I, por onde passaram numerosos artistas, alguns dos quais

constituíram uma segunda geração de pintores que viria a alcançar grande

importância. Como desenhista, trabalhou para o rei D. João III e fez esboços de

painéis que haviam de ser pintados por outros artistas, como é de crer que tenha

acontecido com os do retábulo do altar-mor da Igreja de Valdigem, encomendado

ao pintor Bastião Afonso.

Trabalhou como examinador de pintores em 1515. Cerca de 1518-1519,

trabalhou nas obras para a Relação de Lisboa sob a chefia de Francisco

Henriques, juntamente com André Gonçalves, Gaspar Vaz, Gregório Lopes,

Garcia Fernandes e outros artistas, entre os quais sete pintores flamengos. Entre

1522 e 1533, por encomenda do rei D. Manuel I, trabalha na pintura do retábulo

grande da capela-mor do Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra, que lhe foi

atribuído primeiro por Teixeira de Carvalho, com base numa carta de Gregório

Lourenço, vedor das obras do mosteiro, que, em 19 de março de 1522, escreve

a D. João III e, entre outras coisas, faz-lhe saber que o retábulo grande da capela

mor, já concluído na parte da marcenaria, precisa de ser pintado.

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A 20 de maio do mesmo ano, o rei, recomendando que se acabem algumas

obras do mosteiro e se façam outras, menciona a pintura do referido retábulo.

Em 07 de outubro de 1530, Cristóvão de Figueiredo estava em Coimbra,

possivelmente a trabalhar no retábulo, visto que assina como testemunha, na

casa do Conselho de Santa Cruz, um contrato entre o Padre Frei Brás,

governador do Mosteiro, e o arquiteto francês Hodart, para execução do passo

da Ceia de Cristo. Dos seus quadros neste retábulo, de que foi entalhador

Francisco Lorete, destacam-se A Deposição de Cristo no Túmulo, A Invenção

da Cruz, Ecce Homo e Milagre da Ressurreição do Mancebo. Há diversas

características sugerindo que estas obras foram realizadas em parceria.

O retábulo foi apeado no início do século XVII quando foi substituído pelo

novo retábulo maneirista do escultor Bernardo Coelho e dos pintores Simão

Rodrigues e Domingos Vieira Serrão. Deste retábulo de Cristóvão de

Figueiredo subsistem outras tábuas na sacristia do Cenóbio Crúzio e no Museu

Machado de Castro.

Trabalhou ainda, durante o ano de 1533, em Lamego. Em 31 de outubro de

1533 assinou, como testemunha, uma procuração que o rev. António Lopes,

camareiro do bispo D. Fernando de Meneses Coutinho e Vasconcelos, fez a

Jorge Alvares, feitor de sua senhoria. Este é o mais antigo documento conhecido

em que o artista se intitula pintor do infante cardeal.

No mês seguinte, a 27 de novembro de 1533, no paço episcopal de Lamego,

assina com o Padre Frei Francisco de Vila-Viçosa, guardião do Mosteiro de

Ferreirim, e de acordo com o que antes ficara estabelecido perante o infante D.

Fernando, um contrato para execução de três retábulos destinados à igreja

daquele mosteiro franciscano, conforme desenhos que fizera e outras obras que

realizara com o seu parceiro Garcia Fernandes. Por uma procuração, feita

igualmente em Lamego aos 22 de abril de 1534, sabe-se, porém, que na

execução dos referidos retábulos colaboraram igualmente Garcia Fernandes e o

pintor régio Gregório Lopes, tendo este grupo sido apelidado por Luís Reis-

Santos de "Mestres de Ferreirim".

Dos retábulos iniciais destinados à igreja de Santo António de Ferreirim

apenas subsistem dois compostos por quatro tábuas cada uma inicialmente

destinada aos altares colaterais, e que se encontram distribuídas por duas

séries, cuja reconstituição conjetural foi recentemente ensaiada por Fernando

António B. Pereira. Uma diz respeito à vida da Virgem e deste ciclo fazem parte

os seguintes temas: Anunciação, Natividade, Dormição da Virgem e

Assunção da Virgem. O outro retábulo representa temas da Paixão de Cristo:

Caminho para o Calvário, Crucificação, (tábuas bastante danificadas por um

incêndio), Pranto sobre Cristo morto e Ressurreição de Cristo.

Conforme refere Luís Alberto Casimiro, "as pinturas, que ainda

permanecem na mesma igreja embora deslocadas do seu lugar de origem,

refletem uma maior sensibilidade às fórmulas italianas e grande coerência

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e unidade apesar de serem o resultado de um trabalho de parceria entre

artistas com linguagens plásticas diversificadas. Tal constatação evidencia

não só a grande qualidade dos artistas intervenientes como a sua formação

comum."

No primeiro trimestre de 1538, Cristóvão de Figueiredo compromete-se,

perante a Mesa da Consciência e Ordens, a acabar o retábulo do Infante Santo,

que a rainha D. Leonor, viúva de D. João II, mandara fazer para o Mosteiro da

Batalha. Em agosto de 1539 já esse retábulo estava concluído. Trabalhou a

mando do cardeal-infante D. Afonso e celebrizou-se por pintar quadros sacros

ricos em colorido e dramatismo. Influenciado pelas correntes estéticas

florentinas e flamengas, trouxe para a pintura portuguesa uma opulência

inusitada. Especializou-se na reconstituição dos passos da Paixão, onde os

rostos ganham expressividade notável.

De uma Escritura de “Renunciação e Encampação” de um emprazamento

em três vidas com data de 11 de junho de 1543, documento esse que foi

encontrado por João de Lacerda ficou a conhecer-se a vida e obra de Cristóvão

de Figueiredo. Em 1940 foi feita uma “Exposição de Os Primitivos

Portugueses” realizada em Lisboa e ai foram atribuídos a Cristóvão de

Figueiredo os painéis: Calvário, da Igreja de Santa Cruz de Coimbra;

Achamento da Cruz pela Rainha Santa Helena; O Imperador Heraclito,

levando para Jerusalém a Verdadeira Cruz, ou Exaltação da Cruz, ambos do

Museu Machado de Castro, de Coimbra, Deposição de Cristo no Túmulo, do

Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa; Tríptico da Igreja de Nossa Senhora

do Pébulo, das Caldas da Rainha; Martírio de Santo André, Martírio de Santo

Hipólito, e dois pequenos trípticos tendo ao centro o Calvário que

pertencem ao Museu de Arte Antiga em Lisboa bem como do mesmo Museu O

Menino Jesus entre os Doutores.

Abaixo: "Trânsito da virgem" - Museu Nacional

de Arte Antiga. " (Fonte: Commons)

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Acima: Chegada das Relíquias de Santa Auta

ao Convento da Madre de Deus, em Lisboa

Abaixo: “Jesus entre os doutores”, Museu Nacional de Arte Antiga)

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Cristóvão de Morais Ativo entre 1551 e 1571

Cristóvão de Morais foi um pintor português do Maneirismo, ativo na corte

portuguesa entre 1551 e 1571. Não se sabe ao certo a data de seu nascimento,

nem de sua morte. Dedicou-se à pintura de retratos e retábulos, assim como à

decoração. É possível que fosse de origem castelhana e que tenha estudado em

Antuérpia. Em 1554 foi indicado “examinador de pintores”, o que indica o grau

de estima em que era tido pela corte. Em 1551 decorou uma liteira real

entalhada por Diogo de Çarça e em 1554 uma cama para a câmara da rainha

D. Catarina, esposa de D. João III, ambas obras perdidas. Em 1567 pintou o

retábulo-mor da igreja do Convento da Conceição de Beja, também perdido.

Suas obras mais conhecidas são dois retratos do rei D. Sebastião, um

localizado no Convento das Descalças Reais em Madrid e o outro, muito

semelhante ao primeiro, localizado hoje no Museu de Arte Antiga de Lisboa. O

retrato madrilenho, de corpo inteiro, é assinado e datado "1565 Christoforus a

Morales faciebat", enquanto que o lisboeta foi realizado provavelmente em

1571 a pedido de D. Catarina, avó de Sebastião. Nestas obras o jovem rei é

representado com uma expressão fria e desafiante, condizente com sua

personalidade, e veste uma esplêndida armadura. Segundo Vítor Serrão, o

retrato do rei "constitui um dos marcos mais transcendentes de nossa

cultura maneirista".

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“Joanna of Austria, Princess of Portugal”;

by Cristóvão de Morais, 1551.

Fonte: Commons

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Jacopino del Conte

1510-1598

Jacopino del Conte, nascido no ano de 1510 e falecido em 1598, foi um

pintor do estilo maneirista, ativo tanto em Roma quanto em Florença. Ele nasceu

em Florença no mesmo ano em que vinha ao mundo outro mestre florentino,

Cecchino del Salviati, que morreu 35 anos antes dele (1510-1563). Ambos

receberam aprendizado do pintor e desenhista Andrea del Sarto, que teve a

oportunidade de treinar vários artistas emergentes no mesmo período.

Seus primeiros afrescos, incluindo Anunciação a Zacarias (1536),

Pregação de São João Batista (1538) e Batismo de Cristo (1541),

aconteceram no Oratório de San Giovanni Decollato, localizado em Roma. O

afresco da “Pregação” foi baseado em um desenho de Perin del Vaga.

Em 1552, em colaboração com Siciolante da Sermoneta, completou o

retábulo “Deposição” para a capela de San Remigio, em San Luigi dei Francesi,

cujo desenho, algumas vezes, é atribuído a Daniele da Volterra. (Wikipedia em

inglês e outras fontes).

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Jacopino del Conte – “Santa Catarina de Alexandria” - Vendido

em leilão da Christie’s de 29/01/2014 por 701 mil dólares

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Diogo de Contreiras Ativo entre 1521 e 1562

Diogo de Contreiras, pintor maneirista português ativo entre 1521 e 1562,

era até algum tempo atrás identificado como o Mestre de São Quintino.

Suas primeiras obras registadas foram decorações efêmeras realizadas para

a entrada triunfal de D. Manuel e de sua terceira mulher D. Leonor de

Áustria, em Lisboa, em 1521; cerca de 429 bandeiras, pagas pela Câmara de

Lisboa, elaboradas juntamente com os pintores Álvaro Pires, Diogo Gonçalo,

Martins Fernandes e Fernão de Oliveira.

Em 1537, pinta o retábulo da Igreja de São Silvestre de Unhos, do qual

sobreviveram somente 4 tábuas. A par deste conjunto, a Igreja de Unhos possui

um outro grupo de quatro painéis, que pertenceriam a um segundo retábulo,

onde se representam São Roque, São Pedro, São Brás e São Sebastião, feitos

embora numa fase mais tardia, possivelmente entre 1560-1570.

Um ano mais tarde, em 1539, pinta o retábulo da Igreja de Nossa Senhora

das Misericórdias de Ourém, perdido, cujos trabalhos se prolongaram até 1541.

Pela mesma época, Contreiras pintou outro retábulo para o Convento de Santa

Maria de Almoster, por encomenda de D. Gil Eanes da Costa, de que restam

ainda três painéis em coleções particulares. São eles Ressurreição, São

Vicente e São Sebastião, tendo um outro sido perdido.

Trabalhou em 1546, pela primeira vez, para o Convento de S. Bento de

Cástris, em Évora, certamente em obra de consideráveis dimensões, pois

recebeu por ele 100 mil reais, uma elevada quantia, a mesma que deveria ter

sido avaliado, em 1538, o retábulo do altar-mor da Igreja Colegiada de Nossa

Senhora da Misericórdia de Ourém.

Desde sua juventude realizou experimentações ousadas na técnica e no

estilo. Suas figuras são de um traço ágil e nervoso, carregadas de

expressividade, e são coloridas com tons incomuns. O grande apelo emocional

de suas pinturas demonstra a profunda identificação do autor com os temas

propostos. (Wikipedia e outras fontes)

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Diogo de Contreiras – “Lamentação sobre o

Cristo Morto” – Fonte: Commons

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Diogo Teixeira

1540-1612

Diogo Teixeira, nascido em Lisboa no ano de 1540 e falecido na mesma

cidade em 1612, foi um importante artista português do Maneirismo.

Já era pintor em 1565, momento em que residia na freguesia de Santa Justa,

em Lisboa, onde se relacionou com os setores aristocráticos e cortesãos, sendo

nomeado por D. António, Prior do Crato, com o título de cavaleiro fidalgo da

sua casa. Em 1577, num precioso requerimento dirigido a D. Sebastião, solicita

e obtém desvinculação dos encargos que devia, como "oficial mecânico", à

Bandeira cooperativa de S. Jorge.

Em 1582-83 colaborou com Francisco Venegas em obras para a Igreja do

Hospital de Todos-os-Santos e, três anos mais tarde, em parceria com o seu

genro e discípulo António da Costa, executou o retábulo da Igreja da Misericórdia

de Alcochete.

Nesse mesmo tempo, pintava para a Misericórdia de Sintra a respectiva

bandeira, e também uma bandeira para a Misericórdia da Lourinhã (1589) e outra

para a Misericórdia de Óbidos (1590-91).

Por volta de 1590, colabora novamente com Francisco Venegas no grandioso

retábulo da Igreja da Luz de Carnide, onde pinta quatro painéis: Visitação,

Adoração dos Pastores, Adoração dos Magos e Apresentação no Templo.

Trabalhou, entre outros lugares, na Igreja de Santa Maria da Graça de

Santarém, na Igreja de Nossa Senhora dos Anjos em Lisboa, na Igreja de Santa

Maria em Óbidos e na Ermida do Espírito Santo em Caldas da Rainha, onde

executou um retábulo, em parceria com seu discípulo Belchior de Matos.

A Sé de Portalegre tem obras atribuídas à sua oficina e o Museu de Arte

Sacra de Arouca preserva outras peças dele em sua coleção. (Wikipedia e outras

fontes)

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Diogo Teixeira – “Incredulidade de S.

Tomé”, 1595-1597 (Museu de Arouca)

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Domingos Vieira Serrão

1570?-1632

Domingos Vieira Serrão, nascido em Tomar (região de Santarém), em torno

de 1570 e falecido provavelmente em Lisboa, no ano de 1632, foi um pintor

maneirista português, nomeado pintor do rei Filipe II de Portugal e III de

Espanha em 1619.No processo aberto em 1625 para a admissão no Santo Ofício

é descrito que é filho de João Henriques Serrão, fidalgo e cobrador de impostos

da Ordem de Cristo, e de Maria Dias, estando casado com Magdalena de Frias,

filha do arquiteto Nicolau de Frias.

Entre 1592 e 1600 trabalhou com Simão de Abreu nos murais que cobrem a

charola (andor de procissão) do Convento de Cristo em Tomar e várias

capelas e altares do mesmo convento. Juntamente com Simão Rodrigues,

trabalhou num grande afresco da igreja do Mosteiro da Anunciata (em 1608,

destruídos em 1755) e numa Alegoria da Caridade no teto da Igreja do Hospital

Real de Todos os Santos (em 1613, destruído em 1750). Também perdido foi

seu afresco pintado no Buen Retiro, em Madrid, por volta de 1630.

Em 1602, com Simão Rodrigues e outros, fundou a Irmandade de São Luca.

Sua morte deve ter ocorrido em 1632, porque nesse ano foi nomeado o pintor

Miguel de Paiva para substituí-lo como pintor do rei.

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Acima, Domingos Vieira Serrão, “Porto de Lisboa”, 1622circa

Abaixo, “Cerimônia do Lavapés”, pintado com Simão Rodrigues

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Jan van Dornicke

1470?-1527?

Jan van Dornicke, nascido em Tournai (Flandres) por volta de 1470 e

falecido em Antuérpia por volta de 1527, também chamado Janssone ou

Janszoon van Doornik, foi um pintor flamengo da escola maneirista de

Antuérpia.

Ele trabalhou em Antuérpia de 1509 até a sua morte, ocorrida provavelmente

por volta de 1527. Atualmente, é considerado um dos mais singulares pintores

do maneirismo flamengo, especialmente por sua capacidade de conciliar

elegantemente os avanços plásticos da estética maneirista à peculiar iconografia

religiosa do gótico tardio.

Não obstante suas notáveis inovações no campo da pintura flamenga do

século XVI, pouco se sabe sobre a sua vida e raros são os exemplares de sua

obra que chegaram aos nossos dias. Estima-se que existam aproximadamente

vinte obras de Dornicke em coleções públicas e privadas, dentre as quais

merecem destaque A Adoração dos Magos do Museu de Belas-Artes de

Chambéry e o Tríptico da Crucificação do Museu de Arte de São Paulo

(MASP).

A identidade do pintor continua sendo objeto de bastante controvérsia. Há

pouco mais de uma década, a maior parte de suas obras eram atribuídas pela

crítica especializada a um artista anônimo denominado Mestre de 1518. Apenas

com a multiplicação de pesquisas acadêmicas sobre o maneirismo de Antuérpia

nos últimos anos é que se conseguiu diferenciar as identidades e as obras de

ambos os artistas.

Alguns especialistas apontam para a possibilidade de van Dornicke ser Jan

Mertens, pai do pintor Pieter Coecke van Aelst.

Há também um pintor holandês denominado Jan van Dornicke, ativo no

século XVIII. Nada a ver. Claro que se trata de outro. (Wikipedia e outras fontes).

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Acima, Jan Van Dornick, Tríptico da Crucificação (1520). (Museu de Arte

de São Paulo (MASP) – Fonte: Commons

Abaixo, “The Adoration of the Magi” Painel, 37 x 51 cm

Fonte: www.fompfriends.eu

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El Greco 1541-1614

El Greco, cujo nome de batismo era Doménikos Theotokópoulos, nasceu

no ano de 1541 em Candia (ilha de Creta) e morreu no dia 7 de abril de 1614 na

cidade de Toledo (Espanha). É reconhecido como o mestre da pintura

espanhola, cuja expressividade dramática e estilo inconfundível deixou

perplexos os seus contemporâneos, mas sobretudo, ganhou uma nova

dimensão na análise crítica mais recente de seus trabalhos, surpreendendo os

críticos de arte modernos.

Sua principal atividade foi a pintura, mas, paralelamente, atuou também como

escultor e arquiteto. Embora desenvolvendo todo seu trabalho na Espanha,

jamais desprezou sua descendência grega e usualmente assinava suas pinturas

com seu nome completo, Doménikos Theotokópoulos.

El Greco nasceu em Creta, mas, naquela época, a ilha pertencia à República

de Veneza e, por causa disso, acabou por tornar-se um centro artístico pós-

bizantino. O jovem treinou ali e tornou-se um mestre dentro dessa tradição

artística, antes de viajar, aos vinte e seis anos, para Veneza, como já tinham

feito outros artistas gregos.

Em 1570 mudou-se para Roma, onde abriu um ateliê e executou algumas

séries de trabalhos. Durante sua permanência na Itália, enriqueceu seu estilo

com elementos do maneirismo e da renascença veneziana. Mudou-se finalmente

em 1577, para Toledo, na Espanha, onde viveu e trabalhou até sua morte. Ali,

El Greco recebeu diversas encomendas e produziu suas melhores pinturas

conhecidas.

Os críticos mais avançados consideram El Greco como um precursor do

expressionismo e do cubismo, ao mesmo tempo em que sua personalidade e

trabalhos foram fonte de inspiração a poetas e escritores como Rainer Maria

Rilke e Nikos Kazantzakis. Todavia, El Greco é considerado pelo modernos

estudiosos como um artista tão individual, não pertencente a nenhuma das

escolas convencionais. Ele é ele mesmo, e ponto final... (Enciclopédia Britânica,

Wikipedia e outras fontes)

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El Greco, “The Burial of the Count of Orgaz” (El entierro del Señor de

Orgaz) (1587), óleo sobre tela, 4,80 x 3,60 m, Igreja de San Tomé,

Toledo, Espanha > Fonte: Commons

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El Greco, “Las lágrimas de San Pedro”, 1580, óleo sobre tela,

1,09 x 0,80 m, Browes Museum

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- 076 –

El Greco, “Mater Dolorosa”, 1590 (circa), óleo sobre tela,

Musée des Beaux-Arts de Strasbourg, Palais Rohan

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Fernão Gomes

1548-1612

Fernão Gomes ou Hernán Gómez Román, nascido na cidade de

Albuquerque (Portugal) no ano de 1548 e falecido em Lisboa no ano de 1612, foi

um pintor maneirista de origem espanhola.

Os primeiros dados biográficos, nós os encontramos em seu depoimento ao

ao Tribunal do Santo Ofício (Inquisição), prestado no ano 1588 Por ele, ficamos

sabendo que o pintor Hernán Gómez Román nasceu em Albuquerque (Castela)

em 1548. Radicado muito cedo em Portugal certamente sob o mecenato dos

Vimiosos, faz o aportuguesamento definitivo do seu nome aos 30 anos, em 1578.

Por essa época já tinha pintado, ou melhor, desenhado a sua obra mais

conhecida, o retrato de Camões, chamado o Retrato pintado a vermelho.

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Nativo da Espanha do período de Carlos V, imperador do Sacro Império

Romano-Germânico, que compreendia a Holanda, Fernão Gomes partiu

estudar em Delft (Flandres) como discípulo de Anthonie Blocklandt, entre

1570 e 1572. Instala-se em Lisboa o ano seguinte, à procura de "um mercado

propício para desenvolver a sua atividade de pintor."

Em 1594, Fernão Gomes virá a ser nomeado «pintor a óleo de sua

majestade» por Filipe II da Espanha (e Felipe I de Portugal). Em 1601,é

também «pintor dos Mestrados das Ordens Militares». Em 1602 é um dos nove

pintores que fundam a Irmandade de S. Lucas, confraria dos pintores da cidade,

e em 1612, ano da sua morte, vem a ser um dos doze que "assumem um

movimento de reivindicação que vai conduzir ao reconhecimento da Pintura

como «Arte liberal».

Fernão Gomes, não obstante seus dois anos passados na Holanda, foi

representante dos valores "italianizantes" no Maneirismo português, e "figura de

grande prestígio no seu tempo, com fama que perdurou ao longo dos séculos

XVII e XVIII".

"Em vida, ele próprio se considerava «o mais idóneo e suficiente do Reino na

arte da Pintura".

Depois de sua morte, Félix da Costa Meesen fala do seu "bravo talento",

"grande valentia", "mui destro no pintar" e fazendo "admirações em suas obras".

O autor do Santuário Mariano, em 1707 refere Gomes como "o mais insigne

pintor daqueles tempos".

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Rosso Fiorentino

1494-1540

Rosso Fiorentino ("Ruivo Florentino", em italiano), ou simplesmente Il

Rosso ("O Ruivo"), cujo nome de batismo era Giovan Battista di Jacopo,

nascido na cidade de Florença (Itália) no ano de 1494 e falecido em

Fontainebleau (França) no ano de 1540), foi um destacado pintor italiano,

considerado um dos principais expoentes do maneirismo na pintura.

Vivendo a última etapa de sua trajetória na França, ele foi um dos fundadores

da escola de Fontainebleau. (Não se entenda, por escola, uma “sala de aula”. A

expressão escola de Fontainebleau refere-se a um vasto número de artistas,

franceses e de outros países, que trabalharam na corte de Francisco I, na cidade

francesa de Fontainebleau, perto de Paris, durante a segunda metade do Século

XVI. O rei decidira reformar o velho castelo e os artistas envolvidos na reforma

de Fontainebleau [fonte azul], é que criaram um padrão de estilo conhecido por

“escola”.)

Bem cedo, Rosso começou a receber treinamento artístico com estúdio de

Andrea de Sarto, ao lado de seu contemporâneo Jacopo da Pontormo.

Estudiosos garantem que ele recebeu influências tanto do mestre, como se seu

colega, que também viria a ser outra figura expressiva do Maneirismo.

As primeiras obras destes dois incipientes pintores combinam as influências

de Michelangelo com a tendência das gravuras góticas do norte italiano.

Aos 33 anos, mudou-se para França, onde fixou residência e lá permaneceu

até a morte. Ele e Francesco Primaticcio, estavam entre os principais mestres

da Escola de Fontainebleau, no Castelo do mesmo nome, já referido acima.

Não obstante a posição destacada, sua reputação profissional era

desfavorável em relação a seus contemporâneos, que seguiam uma arte mais

graciosa e naturalista.

Incompreendido em seu mundo, a arte de Rosso tem sido revisitada nos

séculos seguintes, com resultado bastante favorável para ele. Sua obra-prima é

a Deposição da Cruz. (Enciclopédia Britânica, Wikipedia e outras fontes)

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Rosso Fiorentino, Deposição da Cruz, 1521,

Museu de Volterra, na Itália, Fonte: Commons

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Francisco de Campos

(? – 1580)

Francisco de Campos, nascido na Holanda em data incerta e não sabida, e

falecido em Évora (Portugal) no ano de 1580, foi um pintor maneirista flamengo

ativo em Portugal do século XVI. É possível que tenha sido aluno de Martin van

Hemeesckerk, e certo é que mostrou possuir um estilo de grande segurança,

desenvoltura e originalidade, sem precedentes em Portugal. Construía figuras

com proporções inusitadas contra um cenário de espacialidade complexa,

empregando cores cítricas em combinações surpreendentes.

Seu desenho era alheio a todo naturalismo, com um traço nervoso e

expressivo. Sua obra inaugura uma fase de renovada internacionalização na

pintura portuguesa. Suas criações se encontram no Museu de Lagos, no Museu

Rainha Dona Leonor, no Museu de Arte Sacra de Santiago do Cacém e em

diversas igrejas. Foi autor da única amostra de pintura mural profana

quinhentista em Portugal, realizada no Paço dos Condes de Basto em 1578.

(Wikipedia e outras fontes)

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Francisco de Campos, “Virgem da Rosa”,

Museu de Beja – Fonte: Commons

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Francisco Venegas

1525?-1594

Francisco Venegas, nascido em Sevilha (Espanha) no ano de 1525) e

falecido em Lisboa no ano de 1594, foi um pintor castelhano ativo em Portugal

no último quarto do século XVI, revelando-se um dos mais notáveis pintores

maneiristas em atividade no país no período. Antes de adotar a pintura como

profissão, ele foi ourives.

Ao voltar-se para a pintura, ainda na Espanha, foi discípulo de Luís de

Vargas, e depois passou um período indeterminado em Roma, onde pode

observar a arte maneirista italiana da época, como as obras de Bartolomeu

Spranger e de Hans Speckaert. Em 1578 já estava em Lisboa, e em 1583 foi

nomeado pintor régio por Filipe I de Portugal (Felipe II de Espanha). Em 1582,

dirigiu a decoração do teto da igreja do Hospital Real de Todos-os-Santos, mas

infelizmente essa obra se perdeu num incêndio ocorrido em 1601. Por volta de

1590, projetou um retábulo-mor para a igreja do Mosteiro de São Vicente de

Fora, mas essa obra não chegou a ser realizada devido à morosidade de

construção da igreja. Sobrevive desta empreitada um desenho preparatório,

guardado no Gabinete de Desenhos do Museu Nacional de Arte Antiga.

Uma obra importante de Venegas que ainda subsiste no local original é o

retábulo da Igreja da Luz, em Carnide (Lisboa). As pinturas encontram-se

inseridas num grande retábulo de madeira, em estilo maneirista, na capela-mor

da igreja construída por Jerónimo de Ruão entre 1575 e 1590. Das oito telas do

retábulo, realizadas por volta de 1590, quatro estão assinadas pelo artista,

incluída a tela central, dedicada à Aparição de Nossa Senhora da Luz. As outras

quatro telas são da autoria de Diogo Teixeira, parceiro habitual de Venegas. O

fato de que este assinava suas obras é um sinal de sua afirmação como artista

individual, algo típico do maneirismo, mas relativamente pouco comum no

Portugal da época.

Outra importante obra de Venegas é a pintura ilusionista do teto de madeira

da Igreja de São Roque de Lisboa, uma grande composição que combina

arquitetura clássica fingida com diversos medalhões com imagens religiosas. A

obra, realizada entre 1584 e 1590, foi terminada pelo pintor Amaro do Vale,

autor dos medalhões.

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Outra obra de Venegas é uma Santa Maria Madalena (abaixo) na Igreja da

Graça de Lisboa, pintada semidesnuda e carregada de sensualidade. (Wikipedia

e outras fontes)

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Gaspar Dias Ativo entre 1560 e 1591

Gaspar Dias foi um pintor maneirista de Portugal, do Século XVI. Dele, não

se sabe nem a data do nascimento nem da morte, mas é seguro que esteve em

plena atividade entre os anos de 1560 e 1591. Ele foi um dos pintores

portugueses que o rei D. Manuel mandou estudar em Itália de modo a melhorar

o seu estilo e a aperfeiçoar-se na arte, para o que tomou por modelo as obras

de Rafael (já falecido em sua época) e de Michelangelo (seu mestre).

Voltando à pátria, pintou, por ordem do soberano, vários quadros a óleo para

o Real Mosteiro de Belém e outras igrejas mais. O quadro do Senhor

Crucificado, que está no claustro, foi por ele copiado de outro, original de seu

mestre Michelangelo. Joaquim Caetano o considera um dos dois mais

importantes expoentes da pintura portuguesa na segunda metade do século XVI.

(Wikipedia e outras fontes)

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Gaspar Dias, “Aparição do Anjo a S. Roque”

óleo sobre madeira, 3,50 x 3,00 m. -

Igreja de S. Roque, Lisboa, Portugal

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Giorgio Ghisi

1520-1582

Giorgio Ghisi, nascido no ano de 1520 e falecido no dia 15 de dezembro de

1582, foi um gravador italiano da cidade de Mantua, mas que também trabalhou

em Antuérpia (Flandres). Era filho de Lodovico Ghisi, um comerciante cuja

família viveu em Mantua por quase dois séculos. Embora não haja

documentação sobre os primeiros momentos de Giorgio, acredita-se que tenha

sido discípulo do gravador Giovanni Battista Scultori (1503-1575). Depois,

aprendeu gravura com Giulio Romano (1492-1546), uma figura dominante nas

artes em Mantua.

Durante o pontificado de Paulo II (1536-1549), Ghisi visitou Roma, onde

quatro de seus trabalhos foram publicados. Outra obra da mesma época

envolveu algumas gravuras incluindo uma grande reprodução do Último

Julgamento, que Michelangelo havia pintado na Capela Sistina (detalhe

abaixo).

Foi em 1549, ou talvez em 1550, que ele esteve em Antuérpia, onde

permaneceu por cinco anos, gravando projetos de Hieronymous Cock e

Volcxken Diericx, fundadores da publicação Aux Quatre Vents, a mais

importante revista do norte europeu.

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Entre essas gravuras estava a reprodução de A Escola de Atenas, de

Rafael. Depois, gravou outras obras de artistas famosos, como Disputa do

Santo Sacramento, a Natividade e o Julgamento de Páris. Sabemos que, em

data incerta e não sabida, regressou à sua cidade natal, Mantua.

Nos últimos anos de vida, permaneceu empregado como “fiel guardião de

joias e metais preciosos” para a família Gonzaga que participava da alta

administração da cidade. Um inventário de suas obras foi impresso por volta de

1577, incluindo esboços de desenhos seus. (Wikipedia em inglês e outras

fontes).

Abaixo, “A última ceia”, reprodução em gravura de um afresco de Rafael

Abaixo, detalhe de gravura

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Grão Vasco

1475-1542

Vasco Fernandes, nascido provavelmente na cidade de Viseu (Portugal) no

ano de 1475 e falecido na mesma cidade no ano de 1542, mais conhecido por

Grão Vasco, é considerado o principal nome da pintura portuguesa quinhentista.

Sua atividade artística se desenvolveu essencialmente no Norte do país.

A primeira referência a ele ocorreu em 1501, quando se iniciou a feitura do

grande retrato da capela-mor da Sé de Viseu. Nesses anos, que duraram de

1501 a 1506, Vasco Fernandes trabalhou com o pintor flamengo Francisco

Henriques. De um modo geral, não é possível estabelecer especificamente a

autoria do trabalho, pois trata-se de uma obra oficinal coletiva e não se sabe qual

o papel que Vasco Fernandes desempenhava no conjunto.

Mais tarde, entre 1506 e 1511, trabalhou em Lamego pintando o retrato da

capela-mor da Sé. Nesta obra, ele assume a responsabilidade individual pelo

conjunto, embora contando com a assistência de entalhadores flamengos.

Esteve depois em Coimbra (cerca de 1530), onde pintou quatro retratos para o

Mosteiro de Santa Cruz, dos quais sobrou apenas um magnífico Pentecostes

na sacristia do mosteiro.

Mais tarde instalou-se novamente em Viseu e realizou vários trabalhos,

considerados as suas obras mais importantes, para a Sé e o Paço Episcopal

do Fontelo, junto com o seu colaborador Gaspar Vaz.

Vasco Fernandes foi um pintor de transição do Manuelino, pintura flamenga

e renascentista à custa do humanista D. Miguel da Silva, que, com o seu

conhecimento e biblioteca, lhe cria influências renascentistas. Além dos traços

italianizantes apresenta-se também com uma iconografia humanista que

mostra o impacto dos ideais de D. Miguel da Silva sobre a oficina de Viseu.

Vasco Fernandes esteve casado duas vezes, a primeira com Ana Correia, e

a segunda com Joana Rodrigues, e teve vários filhos. Não obstante, sua fama

atraiu um sem número de mulheres, com as quais manteve efêmeros romances

em momentos fugazes da vida. (Wikipedia e outras fontes)

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'St. Peter', Oil by Vasco Fernandes (Grão Vasco) (1475-1542,

Calvário, c. 1535, óleo sobre madeira, Museu de Grão Vasco,

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Giovanni Guerra

1544-1618

Giovanni Guerra, nascido em Modena no ano de 1544 e falecido na mesma

cidade no ano de 1618, foi um desenhista e pintor italiano, mais atuante na

cidade de Roma, onde chegou por volta de 1562, embora sua presença só esteja

documentada a partir de duas décadas depois, quando ele fez, em afresco, três

frisos com figuras alegóricas no Palazzetto Cenci, um projeto modesto

encomendado por um patrono de pouco prestígio na praça.

Para o cardeal Montalto, que depois seria eleito papa Sisto V, dedicou uma

elaborada composição sobre o paraíso místico terrestre, gravada com versos

compostos para a ocasião; decorações para a Sala Grande do Palazzo alle

Terme da Villa Montalto são também atribuídas a Guerra.

Em 24 de abril de 1585, o cardeal foi eleito papa com o nome de Sisto V. No

ano seguinte, Guerra recebeu uma importante encomenda, o primeiro projeto de

Sisto no Vaticano, o afresco de uma escadaria que liga a Capela Sistina, no

Palácio Vaticano, à Basílica de São Pedro. Nesta grande empreitada, ele se

associou, a partir do início do ano seguinte, com o experiente Cesare Nebbia e

os dois continuaram a participar, cada vez mais, das obras de decoração de Sisto

V, especialmente no Salone Sistino da Biblioteca Vaticana (completada em

1589), na qual o par foi responsável pelo projeto e supervisão de uma miríade

de assistentes, entre eles Paul Brill Ventura Salimbeni, Giovanni Battista Ricci,

Andrea Lilio, Orazio Gentileschi, Giovanni Battista Pozzo e Avanzino Nucci.

À medida que o projeto se desenvolvia, Guerra se dedicava mais aos

esboços, deixando a pintura propriamente dita aos seus assistentes. Ele

angariou reputação como criador de projetos, destacando-se uma série de

desenhos sobre a história de Judite, atualmente na Biblioteca Averyl, na

Universidade de Colúmbia. Guerra também forneceu os desenhos para a

"Iconologia" de Cesare Ripa (1593) e outros para sua segunda edição romana,

expandida, em 1603, que permaneceu em uso por pintores e desenhistas das

artes decorativas por mais de um século. (Wikipedia e outras fontes)

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Giulio Romano

1492-1546

Giulio Pippi, nascido no ano de 1492 e falecido no ano de 1546, mais

conhecido como Giulio Romano, foi um pintor e arquiteto italiano, tido como

maneirista, tendo se tornado um dos principais assistentes de Rafael Sanzio.

Muito chegado ao mestre, a pós a morte deste, recebeu como herança uma

pequena fortuna, em quadros a óleo e esboços em carvão feitos por Rafael.

Em 1524, aceitou o convite de Frederico Gonzaga, Duque de Mântua, para

realizar uma série de trabalhos na área da Arquitetura. Foi neste momento que

os conhecimentos de Giulio Romano foram, de fato, postos à prova, encarregado

que foi de construir um sistema de proteção das inundações dos rios Pó e Mincio.

Durante esta época Giulio construiu ruas, uma catedral, um paço ducal, e

aquela sua melhor obra, que o consagraria definitivamente: o Palazzo del Té, o

qual foi planejado, construído e decorado por Giulio. É neste palácio que se

encontram algumas das obras mais famosas de Giulio Romano, como os

afrescos de Psyche, de Icarus e da Queda dos Titans (detalhe abaixo).

(Wikipedia e outras fontes)

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Giulio Romano, “Tributo a Apolo”

Abaixo, Banho de Marte e Vênus

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Giovanni da Bologna

(Giambologna)

1529-1608

Giambologna, cujo nome de batismo era Jean Boulogne, também

conhecido como Giovanni da Bologna ou Giovanni Bologna, foi um escultor

maneirista, nascido em Douai (Flandres) no ano de 1529, e falecido em Florença

(Itália) no dia 13 de agosto de 1608. Os críticos da atualidade o consideram o

mais perfeito representante do maneirismo e seu renome vem de suas obras

cheias de movimento, com um precioso polimento de superfície. Entre as mais

conhecidas estão o Mercúrio, da qual existem várias versões, o grupo do Rapto

das Sabinas, uma estátua de São Lucas, o grupo de Hércules e Nesso, e sua

série da deusa Vênus, que estabeleceu um novo cânon de proporções para a

figura feminina e se tornou modelo para duas gerações de escultores italianos e

do Norte da Europa. A divulgação de suas grandes obras em cópias reduzidas

em bronze fez sua fama se espalhar pela Europa, e desde então, seu prestígio

não sofreu decréscimo. Seu estilo foi uma influência decisiva sobre De Vries,

Puget, Tacca, Franqueville, Bernini e Algardi. (Wikipedia e outras fontes)

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Abaixo, “Hércules e Centauro”

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Giambologna, “Apolo”

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Gianbologna, “Estátua equestre”

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Cornelis van Haarlem

1562-1638

Cornelis Corneliszoon van Haarlem, nascido em Haarlem (Flandres) no

ano de 1562 e falecido na mesma cidade no dia 11 de novembro de 1638, foi um

pintor holandês, um dos líderes do Maneirismo do norte da Europa.

Foi membro da escola maneirista de Haarlem e recebeu suas primeiras aulas

de Pieter Pietersz, aperfeiçoando-se mais tarde em Antuérpia, França e Bélgica.

Sua primeira encomenda oficial ocorreu em 1583, quando a municipalidade de

Haarlem solicitou uma cena mostrando o Banquete da Guarda Civil, tornando-

se então pintor da cidade e recebendo muitas outras encomendas. Também

participou na reorganização da Guilda de São Lucas na sua cidade.

Suas primeiras obras tinham uma feição italianista muito estilizada, mas

depois evoluiu em direção a um maior naturalismo. Deixou trabalhos nos gêneros

mitológico e bíblico, e foi uma importante referência para Frans Hals no gênero

dos retratos. (Wikipedia em inglês e outras fontes)

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Cornelis Cornelisz. van Haarlem - Wikimedia Commons, tema bíblico,

“Bathsheba preparara-se para encontrar o rei Salomão”, 1617, óleo sobre

tela, 1,02 × 1,30 m. - Localização, Berlin, Gemäldegalerie

Abaixo, tema bíblico, “Suzana e os anciãos”, 1599, Fonte: Commons