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Compilação de Paulo Victorino Nota > O Barroco Flamengo foi objeto de um livro aparte e, para evitar redundância, não se acha incluído neste trabalho. ÍNDICE 005 - Barroco, a emoção acima da razão ITÁLIA 009 - Annibale Carracci (1560-1609) 013 - Antonio Busca (1625-1686) 015 - Artemisia Gentileschi (1593-1656) 017 - Baldassare Aloisi (1578-1638) 019 - Caravaggio (1570-1610) 023 - Carlo Cignani (1628-1719) 025 - Carlo Dolci (1616-1686) 029 - Carlo Maratta (1625-1713) 031 - Ciro Ferri (1634-1689) 033 Domenichino (1635-1639) 039 - Domenico Fetti (1588-1623)

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Compilação de Paulo Victorino

Nota > O Barroco Flamengo foi objeto de um

livro aparte e, para evitar redundância, não se

acha incluído neste trabalho.

ÍNDICE

005 - Barroco, a emoção acima da razão

ITÁLIA

009 - Annibale Carracci (1560-1609)

013 - Antonio Busca (1625-1686)

015 - Artemisia Gentileschi (1593-1656)

017 - Baldassare Aloisi (1578-1638)

019 - Caravaggio (1570-1610)

023 - Carlo Cignani (1628-1719)

025 - Carlo Dolci (1616-1686)

029 - Carlo Maratta (1625-1713)

031 - Ciro Ferri (1634-1689)

033 – Domenichino (1635-1639)

039 - Domenico Fetti (1588-1623)

041 - Evaristo Baschenis (1617-1677)

043 - Federico Barocci (1526-1612)

047 - Franceschino Carracci (1595-1622)

049 - Francesco Albani – (1578-1660)

051 - Francesco Furini (1600?-1646)

053 - Francesco Solimena (1657-1743)

055 - Giovanni Andrea Ansaldo (1584-1638)

057 - Giovanni Baglione (1566-1643)

059 - Giovanni Battista Gaulli (1639-1709)

061 - Giovanni Battista Salvi da Sassoferrato

063 - Giovanni Benedetto Castiglione 1609-1664

065 - Giovanni Domenico Cerrini (1609-1681)

067 - Giovanni Lanfranco (1582-1647)

069 – Giuseppe Maria Crespi (1665-1747)

071 – Guercino (Giovanni Francesco Barbieri)

073 - Guido Reni (1575-1642)

079 - Leonello Spada (1576-1622)

081 - Luca Giordano (1634-1704)

083 - Ludovico Carracci (1555-1619)

087 - Luigi Pellegrini Scaramuccia (1616-1680)

089 - Mattia Preti (1613-1699)

093 - Orazio Borgianni (1574-1616)

095 - Pier Francesco Mazzucchelli (1573-1626)

ESPANHA

097 - Alonso Cano (1601-1667)

101 - Antonio de Pereda (1611-1678)

105 - Bartolomé Esteban Murillo (1618-1682)

109 - Claudio Coello (1642-1693)

113 - Diego Velázquez (1599-1660)

119 - Francisco de Zurbarán (1598-1664)

125 - Francisco Herrera, o Jovem (1622-1685)

127 - Francisco Ribalta (1565-1628)

131 – José Claudio Antolínez (1635-1675)

133 - José de Ribera (1591-1652)

135 - Juan Bautista Maíno (1581-1649)

139 - Juan Bautista Martínez del Mazo (1611-1667)

141 - Juan Carreño de Miranda (1614-1685)

145 - Juan de Arellano (1614-1676)

147 - Juan de Valdés Leal (1622-1690)

149 - Juan Sánchez Cotán (1560-1627)

151 - Pedro de Orrente (1580-1645)

BRASIL

155 - Agostinho de Jesus (1600-1681)

157 - Aleijadinho (1730?-1814)

167 - Eusébio de Matos e Guerra (1629-1694)

169 - Francisco das Chagas

171 - Jesuíno do Monte Carmelo (1764-1819)

177 - José Joaquim da Rocha (1737?-1807)

183 - José Teófilo de Jesus (1758-1847)

187 - Manuel de Jesus Pinto ( ? – 1817)

189 - Mestre Ataíde – Pintor

Mestre Athayde, Barroco Mineiro, “Última Ceia”,

Fonte:Commons

Você encontrará mais 700 artistas atuantes no Barroco Europeu,

entrando, na internet, no endereço

http://www.artcyclopedia.com/history/baroque.html

- 005 -

Barroco, a emoção acima da razão

O termo Barroco costuma designar o estilo artístico que floresceu na Europa

entre o final do Século XVI e meados do Século XVIII e seu aparecimento está,

de certa forma, ligado à Contra-Reforma que se seguiu à reforma protestante.

Por essa razão, ele é menos visível em países protestantes europeus, como a

Inglaterra, por exemplo.

Apesar de ter sido um estilo internacional, percebemos sua maior força entre

países como a Itália, Espanha e Áustria, com sensível reflexo entre os

flamengos, mas com características diversas, alheias à religião.

A pintura barroca é uma pintura realista, concentrada em retratos no interior

das casas, em paisagens, em naturezas mortas e em cenas religiosas e, como

acontece no barroco flamengo, também em cenas populares.

Resumindo, o Barroco, seria a aproximação máxima, realizada pelo artista,

entre a obra e a natureza daquilo que pretendia ser representado. Normalmente

implica em uma não idealização dos objetos representados e numa

preferência por temas ligados ao homem comum, bem como à existência

cotidiana.

Na Itália e na Espanha, a Igreja Católica, em clima de militância e Contra-

Reforma, pressionava os artistas para que buscassem o realismo mais

convincente possível. E é óbvio, tinha de lidar com a contradição, pois o realismo

da pintura tinha como tema o abstrato da fé religiosa, sem pontos de tangência

com a realidade visível.

Essencialmente, o que o distingue dos estilos que o antecederam é a

hierarquia do emocional sobre o racional; seu propósito é impressionar os

sentidos do observador, baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria

ser atingida através dos sentidos e da emoção e não apenas pelo raciocínio.

As diferenças de estilo notadas, entre outras, são a busca de efeitos

decorativos e visuais, através de curvas, contracurvas, colunas retorcidas; o

entrelaçamento entre a arquitetura e escultura; violentos contrastes de luz e

sombra; pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a impressão de ver

- 006 -

o céu, tal a aparência de profundidade conseguida; acentuado contraste de

chiaroscuro traduzindo a expressão dos sentimentos; escolha de cenas no seu

momento de maior intensidade dramática.

Além disso, o barroco apresenta características regionais nas diferentes

localidades em que se desenvolveu.

A personalidade forte de alguns artistas do período também é um grande

diferencial dentro desse estilo artístico que deixava campo aberto à

subjetividade.

No Brasil, por exemplo, surge a figura do Aleijadinho, que venceu as suas

deficiências físicas que aparentemente o impediam de produzir arte, revelando,

na escultura, todo o drama de seu estado físico e psicológico, numa

representação surpreendente da capacidade de superação do ser humano.

Aleijadinho, “Cena da Paixão de Cristo”, no Santuário de

Bom Jesus do Matosinhos, em Congonhas

São visíveis, no Barroco, a teatralidade das obras, o dinamismo, a urgência,

o conflito e o forte apelo emocional. Na busca da emoção, para provocar o

observador, o artista abusa da verossimilhança das cenas retratadas, daí a

importância também na observação da natureza.

O artista para atingir esses efeitos lança mão principalmente de cores,

texturas, jogos de luz e sombra, diagonais e curvas, bem como o domínio do uso

do espaço. Os temas místicos e os tirados da vida cotidiana são frequentes no

período.

- 007 -

A questão da harmonia também é importante para o Barroco. Entretanto, ela

é vista numa obra de forma diferente do Renascimento. Para o renascentista, a

harmonia do todo era garantida por cada detalhe da obra em perfeito equilíbrio,

cada detalhe separadamente como um todo harmônico. Já para o barroco, a

harmonia do conjunto é mais importante, a fusão harmônica dos diferentes

componentes de um trabalho. A harmonia individual pode ser sacrificada em

nome da harmonia do todo.

Além disso, essa valorização da unidade geral, entrelaçou muito a

arquitetura com a escultura e com a pintura. O ideal das construções passou

a ser o do inter-relacionamento desses elementos, dialogando harmonicamente

para o bem do conjunto.

Igreja em Ouro Preto, Minas Gerais – A arquitetura e a

pintura entrelaçadas em um único objetivo

O barroco também se inspira, em certo sentido, na arquitetura clássica. Mas

recebe esse nome pelos críticos do período (com o significado de grotesco)

exatamente por não respeitar as combinações e a utilização dos gregos e

romanos. Apesar de utilizar-se de formas naturalistas, não se pode dizer que

seja uma mera continuação do Renascimento.

A Espanha foi um dos países que mais desenvolveu esse estilo que se

espalhou pela Europa.

- 008 -

Além disso, importante no período é o fato de o mecenato sair das mãos da

Igreja para concentrar-se nas mãos da aristocracia.

O homem barroco é um ser dividido, em conflito, repleto de energia e

extremamente místico. Os artistas da época expressavam essa energia e suas

convicções espirituais em suas obras.

O pintor flamengo Rubens é considerado um dos maiores expoentes do

movimento. O italiano Caravaggio também é extremamente importante, com

influência por várias partes da Europa. Enciclopédia Digital Master e outras

fontes.

Conflito > Em “Descanso durante a fuga para o Egito”,

Caravaggio mescla a imagem bucólica da

Sagrada Família a um anjo desnudo.

1597circa, 1,35 x 1,66 m - Fonte: Commons

Localização: Doria Pamphilj Gallery, Roma

- 009 -

Annibale Carracci

1560-1609

Os irmãos Carracci

Os três Carracci e seus discípulos (Guercino, Guido Reni e Domenichino)

foram vistos nos séculos XVII e XVIII como os maiores pintores italianos depois

de Michelangelo e Rafael. A partir de 1850 caíram em descrédito, mas foram

reabilitados pela exposição coletiva de suas obras em Bolonha (1956).

Annibale Carracci, irmão de Agostino e primo de Lodovico, nasceu em Bolonha

em 3 de novembro de 1560. É o maior dos três artistas da família e um dos

melhores pintores italianos da época. Inicialmente foi maneirista, como

demonstra seu "São Roque entre os doentes" (Gemäldegalerie, Dresden). A

academia converteu-o ao ecletismo, ao qual conseguiu inspirar dramaticidade e

vigor como nenhum outro adepto da escola. Suas obras-primas são os grandes

afrescos mitológicos (1595-1604) no Palazzo Farnese em Roma, sobretudo o

famoso "Triunfo de Baco". Exemplo do forte talento realista de Annibale

Carracci, que morreu em Roma em 15 de julho de 1609, é a "Refeição de

camponeses" (Galleria Colonna, Roma).

Agostino Carracci foi batizado em 16 de agosto de 1557. Estudou em Veneza,

principalmente desenho e gravura, tornando-se o maior gravador italiano da

época. Depois estudou pintura com seu primo Lodovico, em Bolonha, onde

dirigiu a academia junto com seu irmão Annibale. Suas viagens a Parma foram

responsáveis pelo culto da escola a Correggio. Em Roma, colaborou com

Annibale em seus grandes trabalhos. Dos poucos quadros conservados de

Agostino Carracci, que morreu em Parma em 23 de fevereiro de 1602, o mais

famoso é a "Última comunhão de são Jerônimo" (Academia de Belas-Artes,

Bolonha).

Lodovico Carracci foi batizado em 21 de abril de 1555. Com seus primos

Agostino e Annibale fundou em Bolonha a Accademia di Belle Arti, que opôs ao

maneirismo da segunda metade do século XVI um ecletismo classicista, disposto

- 010 -

a reunir o desenho de Rafael ao colorido de Correggio. Durante todo o século

XVII a influência da escola de Bolonha se fez presente na Europa. No grupo de

seus fundadores, Lodovico Carracci, que morreu em Bolonha em 3 de novembro

de 1619, foi principalmente o grande teórico. Mas sua "Madona" (Academia de

Belas-Artes, Bolonha) demonstra que também foi bom pintor. (Enciclopédia

Britânica e outras fontes)

Vênus e Adônis

Ao que se sabe, dos três pintores da família Carracci, tanto Agostinho quanto

Annibale foram treinados no estúdio do primo Ludovico. É certo que eles

trabalharam juntos em várias ocasiões mas fica fora de dúvida que Annibale era

o verdadeiro gênio, com um potencial que o tornou um dos grandes reformadores

da História da Pintura.

De sua estreia em Bolonha, com a Crucificação e Santa Maria da Caridade

(1583), Annibale pareceu determinado a rejeitar a aspereza cerebral e as

fórmulas insípidas dos maneiristas. Uma proveitosa viagem de estudos, feita por

volta de 1585, permitiu a Annibale um contato com a obra de grandes mestres

como ele, assimilando o uso da cor, só ele aplicou essa observação em um

caminho mais avançado e moderno.

A fundação da Academia dei Desiderosi (Desejosos) foi de suprema

importância para a arte, assim como criou a convicção de que a pintura clássica

contemporânea ainda deveria ser aprendida. Todos os Carracci enfatizaram a

importância do desenho (os três eram brilhantes artistas gráficos) e esse

conceito foi a marca da Escola Bolonhesa por eles fundada. Por volta de 1595,

tanto os Carracci quanto a Academia por eles fundada mudaram-se para Roma.

Este foi um virtual reconhecimento da reforma realizada por este movimento

artístico, levando as ideias a um centro importante onde elas poderiam ser

debatidas. Graças aos três, Roma tornou-se o centro de irradiação das mais

recentes ideias e experiências realizadas em arte no Século XVII.

(Abaixo, Anniballe Carracci, “Mulher Samaritana no poço” (detalhe)

- 011 -

O quadro “Vênus e Adônis”, reproduzido acima, foi pintado nesse período

de transferência dos Carraci de Bolonha para Roma e está imerso no estilo

barroco que, ao contrário do que muitos imaginam, não está centrado na pintura

religiosa, que era destinada a igrejas e outros locais de concentração popular. A

aristocracia, agora o grande mecenas, preferia a pintura profana e sensual.

(traduzido e adaptado).

- 012 –

Annibale Carracci, “Pietà”, cm. 43 x 62,5

Kunsthistorisches Museum Vienna.

Abaixo, Annibale Carracci, “Magnalena Penitente”

- 013 -

Antonio Busca

1625-1686

Antonio Busca, nascido em Milão no ano de 1625 e falecido no ano de 1686,

foi um pintor do período barroco, ativo principalmente na região da Lombardia.

Foi treinado no estúdio de Ercole Procaccini, com quem trabalhou tanto em Milão

como em Turim. No período de 1648 e 1649, na companhia de outros discípulos

de Procaccino, como Johann Christoph Storer, Moncalvo, e Luigi Pellegrini

Skirmish, ele ajudou na decoração da Capela do Crucifixo, na igreja de San

Marco, em Milão, sempre com a supervisão do mestre.

Entre 1650 e 1651, viajou a Roma para trabalhar com Giovanni Ghisolfi,

participando das pinturas no Sacro Monte di Varese e colaborou também com

os trabalhos no Sacro Monte di Orta. Não obstante seus esforços, padecia de

uma doença crônica que que tolhia, em parte, os movimentos, e minava o seu

ânimo, razão pela qual perdeu muito da criatividade, tornando-se repetitivo nas

suas obras. Ainda assim, é possível antever, nesses trabalhos, o talento do

artista, que, infelizmente, não conseguiu decolar até as alturas. (Traduzido da

Wikipedia em inglês)

Abaixo, “Retrato de Antonio Busca”, feito por artista lombardo

- 014 –

Acima, Antonio Busca, “Crocifissione” Chiesa di San Marco, Milano

Abaixo, “Madalena Penitente”

- 015 –

Artemisia Gentileschi

1593-1653?

Artemisia Gemtileschi, nascida em Roma no dia 8 de julho de 1593 e

falecida no Reino de Nápoles por volta de 1653, era filha de Orazio Gentileschi,

este último também pintor e seguidor de Caravaggio (1571-1610), mestre dos

mestres do Barroco. Ela fez parte da segunda geração que assumiu o realismo

dramático de Caravaggio Em uma profissão reservada a homens, ela foi uma

das únicas mulheres a serem mencionadas no ramo da pintura artística do

barroco, sendo a primeira a possuir uma posição privilegiada. Dedicou-se a

temas trágicos em que suas personagens femininas representam papéis de

heroínas. Evitou as naturezas mortas e as flores, comuns para as artistas da

época. Sua primeira obra conhecida foi “Susana e os Anciãos” (detalhe

abaixo) (1610), tema bíblico recorrente da pintura em vários estilos. (Traduzido

da Enciclopédia Britânica e de outras fontes).

- 016 –

Artemisia Gentileschi

“Madalena Penitente”

Fonte: Commons

- 017 -

Baldassare Aloisi

1578-1638

Baldassare Aloisi, nascido no dia 12 de outubro de 1578 e falecido no ano

de 1638, também conhecido como Baldassare Galanino, ou simplesmente

Galanino, foi um pintor histórico, pintor de retratos e gravador. Nascido em

Bolonha, ele era parente ao mesmo tempo discípulo de Ludovico Carracci.

Como seus primeiros trabalhos não receberam a compreensão e

encorajamento em sua cidade natal, mudou-se para Roma, onde dedicou-se à

pintura de retratos, uma atividade que, se não lhe trazia fama, garantia ao menos

um bom número de clientes. Talentoso e dedicado, produziu, nessa época,

pinturas que denotavam vigor e clareza.

Também como ganha-pão, dedicou-se à gravura, mas sem o mesmo

denodo, denotando negligência por este gênero. Entre as matrizes que produziu,

pelo menos cinco delas são reproduções de trabalhos de Rafael na Loggia do

Vaticano. Era comum, entre gravadores, reproduzir pintores famosos, dado que

essas impressões sempre tinham mercado garantido.

Entre retratos e gravuras, pintava também outros gêneros e um de seus

melhores trabalhos foi “A Visitação”, na primeira capela da Igreja Santa Maria

dela Carità, de Bolonha.

Para igrejas, fez ainda outras pinturas, a principal das quais foi o retábulo

representando a “Coroação da Virgem”, na Igreja de Jesus e Maria, uma

construção barroca localizada na Via del Corso, no distrito de Campo Marzio, no

centro de Roma.

Sua mãe, Elena Zenzanini era prima de Agostino e Annibale Carracci. Aloisi

teve dois filhos, Vito Andrea e Giosefe Carlo, e ambos se tornaram pintores.

(Traduzido da Wikipedia em inglês).

- 018 –

Baldassari Aloisi – Cena representando Madona na Glória, com criança,

tendo a seus pés São Sebastião, São Jerônimo, São João Batista,

Pedro o eremita e São Roque (1608)

- 019 -

Caravaggio

1571-1610

Michelangelo Merisi, mundialmente conhecido como Caravaggio, nascido na

cidade de Milão (ou talvez em Caravaggio, provincia de Bergamo, na

Lombardia), no dia 29 de setembro de 1571, e falecido no dia 18 (ou 19) de

julho de 1610 em Porto Ercole, Toscânia, foi proeminente pintor do Barroco

italiano, talvez o mais importante representante desse estilo na Itália, famoso

pelo realismo intenso e até perturbador em suas obras, realizadas geralmente

em escala monumental.

Enquanto a maioria dos outros artistas italianos, seus contemporâneos,

seguiam servilmente as normas de um Maneirismo tardio, obedecendo fielmente

as linhas gerais desse estilo já quase superado, Caravaggio rompeu com todas

as convenções e pintou as histórias da Bíblia como dramas viscerais e muitas

vezes sangrentos, dentro de um realismo por vezes tétrico.

Exceto em suas primeiras obras, Caravaggio pintou fundamentalmente

temas religiosos. No entanto, foram várias as vezes em que as suas pinturas

feriram as susceptibilidades dos seus clientes. Nos seus quadros, em vez de

adoptar nas suas pinturas belas figuras etéreas, delicadas, para representar

acontecimentos e personagens da Bíblia, preferia escolher por entre o povo,

modelos humanos tais como prostitutas, crianças de ruas e mendigos, que

posavam como personagens para as suas obras.

Caravaggio procurou a realidade palpável e concreta da representação.

Utilizou como modelos figuras humanas, sem qualquer receio de representar

a feiura, a deformidade em cenas provocadoras, características essas que se

distinguem em suas obras. Tudo isso chocou os seus contemporâneos, pela

rudez da abordagem. Dos efeitos que Caravaggio dava aos quadros, originou-

se o tenebrismo, em que os tons terrosos contrastam com os fortes pontos de

luz, ou o caravagismo, em que esses elementos chegam ao paroxismo.

Por seu gênio difícil e vida turbulenta, ele tem sido considerado um

personagem enigmático, fascinante e perigoso. Após uma carreira de pouco

mais de uma década, Caravaggio morreu em circunstâncias desconhecidas, em

julho de 1610, aos 38 anos.

- 020 -

Seu corpo permaneceu em local desconhecido por séculos e só foi

descoberto em 2010 no pequeno cemitério de de Porto Ercole, na comuna de

Monte Argentario, na Toscana. (Traduzido da Enciclopédia Britânica em inglês,

com trechos da Wikipedia).

Abaixo, um dos mais horripilantes personagens de Caravaggio, que aparece

como imagem bíblica. Provavelmente, foi uma de suas últimas pinturas, quando

se achava em Nápoles, em 1610, a um ou dois meses de sua morte, ainda

contando com o patrocínio da Marquesa Constanza Colonna

Fonte: http://www.mattrees.net/features/caravaggios-works-2/

- 021 –

Acima, Caravaggio, “Madonna dei Palafrenieri” (1606), detalhe

Abaixo, “Salomé com a cabeça de João Batista”

- 022 –

Caravaggio, "Deposizione" (1602circa) 3 x 2 metros

- 023 -

Carlo Cignani

1628-1719

Carlo Signani, nascido no dia 15 de maio de 1628 e falecido no dia 8 de

setembro de 1719, foi um pintor da escola bolonhesa e da escola de Forli, uma

comuna italiana da região de Emília-Romagna. Esteve ativo durante o período

do Barroco, cujo estilo adotou. Ainda que sua família fosse de descendência

nobre, possuía recursos limitados. Seu pai chamava-se Pompeo e sua mãe,

Maddalena Quaini.

Em Bolonha, estudou primeiro com Battista Cairo e, mais tarde, sob a

orientação de Francesco Albani, ao qual se associou e de quem se tornou o mais

famoso discípulo. Seu primeiro trabalho digno de nota foi “São Paulo

exorcizando o demônio”, para a Igreja de Jesus, em Bolonha. Para o hall dos

Farnese, no Pallazzo Publico, pintou, juntamente com Emilio Taruffi (1633-

1696), um quadro descrevendo Francisco I da França em sua entrada na

Bolonha e também a entrada triunfal de Paulo III (Farnese) a Bolonha.

Signani se deixou influenciar fortemente pelo gênio de Correggio e também

pelo mestre Melozzo da Forli. Por exemplo, sua obra prima, a “Assunção da

Virgem” na cúpula da igreja de Madonna del Fuoco, em Forli, foi inspirada em

afrescos de Correggio na cúpula da Catedral de Parma, mas com uma

perspectiva própria de Mellozzo da Forli. Esses afrescos levaram tempo para

ficar prontos, ocupando Cignani por cerca de 20 anos.

Em 1681, ele retornou de Parma a Bolonha, abrindo uma “academia de nu”

e reuniu vários discípulos para aprendizado de pintura diante de modelos vivos.

Um de seus discípulos, nessa ocasião, foi Giuseppe Maria Crespi.

Seu filho Felice Cignani (1660–1724) e seu sobrinho Paolo Cignani (1709–

1764) também foram pintores, mas seus mais aplicados discípulos foram

Marcantonio Franceschini e Federico Bencovich. Outros foram Giacomo Boni,

Andrea e Francesco Bondi; Giovanni Girolamo Bonesi; Girolamo Domini; Pietro

Donzelli; Francesco Galli; Bonaventura Lamberti; Matteo Zamboni; Camilla

Lauteri; Stefano Maria Legnani; Charles Lucy, Francesco Mancini; Paolo Antonio

Paderna e Sante Vandi. (traduzido da Wikipedia em inglês com apoio de outras

fontes)

- 024 –

Abaixo, Carlo Signani, “Flora”

- 025 -

Carlo Dolci (Carlino)

1616-1687

Carlo Dolci, nascido em Florença no dia 25 de maio de 1616 e falecido na

mesma cidade no dia 17 de janeiro de 1687, também conhecido como Carlino,

foi um dos mais representativos artistas do Barroco florentino, cuja pintura, de

cunho devocional, é caracterizada pela suavidade e atitude piedosa dos

personagens. Seu avô, pelo lado materno, era pintor. Ele estudou inicialmente,

com um mestre local de limitados conhecimentos e, em breve, mostrou um

talento singular para a pinturas, porém, ao dedicar-se ao gênero do retrato, caiu

numa rotina que o desagradou. Decidiu então, abandonar o retrato, para dedicar-

se, única e exclusivamente nos objetivos inspirados pela Contra-Reforma, quais

sejam, o desenvolvimento de temas religiosos, como um meio de devoção e

pregação da fé cristã.

Os primeiros tempos foram para buscar um caminho adequado para seu

talento O esmero e o cuidado com os detalhes tinham o inconveniente de

retardar a finalização dos trabalhos, principalmente no uso do afresco. Cuidando

da técnica, mais do que da criatividade, repetia os mesmos temas, em

trabalhos diferentes, como se fossem cópias, e até sua filha, Agnese Dolci,

conseguia realizar excelentes cópias dos trabalhos do pai.

Sua força, tornou-se sua fraqueza, pois não abria mão dos detalhes e da

busca à perfeição, o que lhe tomava muito tempo. Então, para complicar, em

1682, conheceu o pintor napolitano Luca Giordano (1634-1705) que embora

medíocre, produzia obras com tamanha rapidez que foi apelidado de “fa presto”

(faz depressa). Preocupado com a comparação entre sua produção e a de Luca

Giordano, Carlo Dolci entrou em profunda depressão.

Entre retratos que deixou, destacam-se um de Sir Thomas Baines e outro,

que era um auto-retrato. Quanto a devocionais, pode-se citar “A Virgem e o

menino” e o “Martírio de Santo André”. (Traduzido do inglês > Enciclopédia

Britânica, Wikipedia e outras fontes)

- 026 –

Carlo Dolci, “Vergine Anunciata”, 52 x 40 cm,

Louvre Museum, Fonte: Commons

- 027 –

Carlo Dolci, “Mater Dolorosa” (1655circa), 82x67 cm

Fonte: Google Art Projects > O artista costumava

repetir muito seus temas, dando impressão de cópia,

quando, em realidade, era um novo original

- 028 –

Carlo Dolci, “Madona in Glory” (1670circa)

óleo sobre tela, Fonte: Commons

- 029 -

Carlo Maratta

1625-1713

Carlo Maratta, nascido no Estado Papal de Camerano (Itália) no dia 15 de

maio de 1625, e falecido em Roma no dia 15 de dezembro de 1713, foi um dos

principais pintores barrocos da escola romana e um grande mestre do chamado

“classicismo barroco”, nomeado para a Academia dos Arcadianos (O

Arcadismo, na literatura, convivia com o Barroco, na pintura). Este foi um estilo

muito particular que dominou os artistas romanos na primeira metade do Século

XVIII. Era pai de Maria Faustina Maratta (1679 -1745), poetisa italiana também

do período barroco.

Ele foi a Roma no ano de 1636, acompanhando D. Corintio Benicampi,

secretário de Taddeo Barberini que, por sua vez, era sobrinho do Papa Urbano

VIII. Estava, pois, bem recomendado e em boa companhia. Lá, trabalhou no

estúdio de Andrea Sacchi. Maratta desenvolveu uma relação bem próxima com

Sacchi, uma amizade e cooperação que se desenvolveu até a morte do mestre,

em 1661.

Seu afresco “Constantino ordenando a destruição de ídolos pagãos”

(1648), feito para o Batistério da Basílica de Lateran (Roma), baseado em

desenhos de seu mestre, ganharam a atenção para Maratta mas sua

consagração como artista independente se deu com trabalho de própria lavra,

“Adoração dos Pastores” (1650), pintado para a Chiesa di San Giuseppe dei

Falegnami, ao qual se seguiu outra obra notável, “O mistério da Trindade

revelado a Santo Agostinho” (1655circa), para a Chiesa de Santa Maria dei

Sette Dolori.

Maratta, em 1704, foi condecorado pelo Papa Clemente XI, mas, a essa

altura, a crise econômica fez declinar o patronato e, à falta de encomendas, ele

passou a trabalhar no restauro de obras de grandes mestres da Renascença.

Morreu em 1713 em Roma e foi sepultado ali mesmo, na Chiesa di Santa Maria

degli Angeli. (Traduzido do inglês, com base na Enciclopédia Britânica, Wikipedia

e outras fontes)

- 030 –

DEVOCIONAL, MAS NÃO TANTO

Acima, Carlo Marata, “Natividade” (tema religioso)

Abaixo, "Apollo perseguindo Daphne " (tema profano)

- 031 -

Ciro Ferri 1634-1689

Ciro Ferri, nascido em Roma no ano de 1634 e falecido na mesma cidade no

dia 13 de setembro de 1689, foi um pintor e impressor, seguindo a escola

romana, assistente do pintor e arquiteto Pietro da Cortona. Quando tinha 30

anos, ele completou a pintura dos tetos e da decoração interna do Palácio Pitti,

em Florença (imagem abaixo), comprado em 1550 por Eleonora da Toledo,

esposa do Grande Duque Cosimo I de Medici para tornar-se residência oficial da

família. Ele também participou do acabamento de várias obras realizadas por

seu mestre Pietro da Cortona.

Em 1665, Ciro parte para Bergamo, onde é incumbido de decorar com telas

as diversas seções do teto da Basílica de Santa Maria Maior, seguindo um

princípio que não se coadunava com suas expectativas de uma vasta decoração

barroca. Possivelmente, é a morte de Cortona em 1669, que trará o discípulo de

volta a Roma, onde assume a responsabilidade pelos trabalhos deixados pelo

mestre.

Nos anos finais de sua vida, dedica-se progressivamente à arquitetura e à

escultura, muitas vezes em colaboração com o escultor e estucador Ercole

Ferrata (1610-1686). Ainda em 1686, o artista assina e data um "Matrimônio

Místico de Santa Catarina", hoje no Museo di Palazzo Venezia, que atesta uma

imperturbável fidelidade ao mais estrito cortonismo (estilo de seu mestre Pietro

da Cortona). Traduzido da Enciclopédia Britânica, com trechos da Wikipedia e

de outras fontes

- 032 –

“Moisés e as Filhas de Jetro” (1660-1689). Pintura de Ciro Ferri

(Museu de Arte de São Paulo, São Paulo). Fonte: Commons

Abaixo > Tema profano: “O Triunfo de Baco” (1,41 x 2,05 m)

- 033 -

Domenichino

Domenico Zampieri

1581-1641

A pintura barroca italiana seguiu dois caminhos: o naturalismo de

Caravaggio e o classicismo dos Carracci. A obra de Domenichino se insere na

segunda corrente, em que predominam o equilíbrio e o desenho. Domenico

Zampieri, conhecido como Domenichino, nasceu em outubro de 1581 em

Bolonha, cidade que pertencia então aos estados pontifícios. Recebeu sua

primeira formação na academia de Ludovico Carracci e colaborou com o primo

deste, Annibale, na decoração de uma galeria no palácio Farnese.

Na década de 1610, o artista trabalhou nas "Cenas da vida de Santa

Cecília", na igreja de San Luigi dei Francesi, uma de suas principais realizações,

e pintou "Última comunhão de São Jerônimo", que combina com grande

habilidade figuras e paisagens. Na maturidade, Domenichino adotou um estilo

severamente classicista, como se vê em "Caça de Diana", obra que se

caracteriza pela riqueza do colorido. Sua fase final, com "Virgem do Rosário",

é a que mais o aproxima dos princípios do barroco. Domenichino foi colhido pela

morte em 6 de abril de 1641, em Nápoles, quando pintava a capela do Tesouro.

(Enciclopédia Britânica e outras fontes)

Domenichino, “Adoração dos Pastores” (detalhe)

- 034 -

Domenichino, “Madonna del Rosario” (1621-1625), olio su tela,

4,98x2,89m, Pinacoteca Nazionale di Bologna

- 035 –

Acima, Domeninchino, “Paisagem Fluvial”

Abaixo, Domenichino – “Diana, a Caçadora” (1616–17)

- 036 –

Acima, Domenichino, “Descanso na fuga para o Egito” (1605)

Abaixo, “Susanna e os Anciãos” (1603), Palazzo Doria-Pamphilj, Rome

- 037 -

Domenichino, Pietà, 1603

- 038 –

Domenichino, “O sacrifício de Isaque” (1626-1627),

óleo sobre tela, 1,47 x 1,40 m, Museu do Prado

(Espanha), Fonte: Commons

- 039 -

Domenico Fetti

1588?-1623)

Domenico Fetti, nascido em Roma por volta de 1588 e falecido em Veneza

em 16 de abril de 1623, também conhecido simplesmente como Fetti, foi um

pintor do Barroco, melhor conhecido por suas representações de parábolas

bíblicas, cenas do cotidiano e da mitologia. Essas obras, pintadas principalmente

no período entre 1618 e 1622, foram executadas em um estilo que enfatiza o uso

de cores exuberantes e jogando com os efeitos de luz e sombra. Tais pinturas

foram importantes na disseminação do uso da paisagem no Barroco, com o uso

de figuras diminutas dentro de um conjunto em que a paisagem era o elemento

predominante da obra. Fetti pintava com pinceladas generosas, ligeiras e

nervosas. Seu estilo foi influenciado por Peter Paul Rubens. Após sua morte,

suas obras artísticas inspiraram muitos artistas, inclusive os pintores venezianos

Pietro della Vecchia e Sebastiano Mazzoni. (traduzido da Enciclopédia Britânica

com apoio de outras fontes).

“Perseus liberta Andromeda”, óleo sobre madeira (1622circa)

- 040 –

Domenico Feti, “O semeador saiu a semear”

- 041 -

Evaristo Baschenis

1617-1677

Evaristo Baschenis, nascido no dia 7 de dezembro de 1617 e falecido no

dia 16 de março de 1677, foi um pintor Setecento que atuou principalmente em

sua cidade natal, Bergamo, Itália. Originário de uma família de artistas, ficou

conhecido por pintar naturezas mortas e, coisa rara, instrumentos musicais.

Talvez, essa obsessão por música decorre do fato de sua família ter-se

notabilizado, não pelas artes plásticas, mas pela fabricação de violinos de alta

qualidade sonora, em oficina instalada em Cremona.

Também é destaque o fato de que pintores barrocos não tinham por hábito

pintar naturezas mortas, já que seu objetivo central sempre foi o de retratar seres

humanos, realçando, com dramaticidade, seus sentimentos e contradições.

Arrisca-se dizer que Baschenis, à semelhança de seu contemporâneo milanês

Giuseppe Arcimbolo (1527-1593), inverteu as prioridades do Barroco,

voltando às bases do clássico, em que a forma é mais importante que o

conteúdo e, nessa expressão individual, desprezou os temas recorrentes que

envolviam religião e mitologia. Para Arcimboldo, o elemento central da pintura

é o próprio artista; para Baschenis, a reprodução de instrumentos musicais tem

por fim destacar a beleza como o centro de seu universo, valorizando, mais que

tudo, a beleza, representada na magnificência silenciosa da geometria.

Sua inspiração, ao reproduzir com realismo detalhado a natureza humana,

teria sido Caravaggio, que também se notabilizou por suas naturezas-mortas;

ou, talvez, tivesse buscado inspiração nos pintores holandeses. O mais fiel

imitador de seu estilo foi, com certeza, o seu contemporâneo de Bérgamo,

Barlolomeu Bettera (1639-1688).

Baschenis foi um contemporâneo do retratista de Bérgamo, Carlo Ceresa

(1609-1679) que, por sua vez, influiu no estilo de um artista de Modena,

Cristoforo Munari (1667-1720). Na arte, nada se cria, tudo se copia, mas a

cópia ganha a personalidade do artista que recompôs o tema.

(Traduzido da Wikipedia em inglês, com apoio de outras fontes)

- 042 –

- 043 –

Federico Barocci

1526?-1612

Federico Barocci, nascido no Ducado de Urbino por volta de 1526, e

falecido no mesmo local no ano de 1612, cujo nome de batismo era Federico

Fiori Barocci, mas que também era conhecido como Bariccio, foi um destacado

pintor da escola centro-italiana da segunda metade do Século XVI, sendo

considerado um precursor do estilo barroco.

Ele estudou em Urbino com Battista Franco, um seguidor do estilo de

Michelangelo. e consta ter realizado ao menos duas visitas a Roma, uma por

volta de 1550 para estudar a obra de Rafael, e outra em 1560, acompanhando

Federico Zuccaro (c1542-1609) que, na ocasião, estava pintando afrescos para

o Papa Pio IV, no Vaticano. Deixou Roma, três anos depois, para nunca mais

voltar.

A adesão à Contra-Reforma moldaria sua carreira. Em 1566, entrou para a

Ordem dos Capuchinhos, uma parte dos Franciscanos. Giovanni Bellori (1613-

1696), biógrafio e teórico do Barroco, considerou Barrocci um dos maiores

pintores de seu tempo. Peter Paul Rubens influenciou-se muito por Barrocci

quando esteve na Itália. Outros artistas que estudaram com Barrocci foram

Filippo Bellini, Giovanni Giacomo Pandolfi, Terenzio Terenzi (il Rondolino), Giulio

Cesare Begni e Benedetto Bandiera. (Traduzido da Enciclopédia Britânica, com

incursões, também, pela Enciclopedia)

- 044 –

A expressão facial nos esboços de Federico Barocci

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Franceschino Carracci

(1595-1622)

Franceschino Carracci, nascido em Bolonha no ano de 1595 e falecido em

Roma no dia 3 de junho de 1622, cujo nome de batismo era Francesco

Carracci, foi um pintor e gravador italiano, filho de Giovanni Antonio Carracci e

sobrinho dos famosos irmãos Agostino e Annnibale Carracci.

Introduzido na Accademia degli Incamminati por Ludovico Carracci, primo de

seus tios, desde cedo demonstrou o mesmo talento que consagrou toda a

família, trazendo grandes esperanças quanto a seu futuro artístico. Primeira

decepção: imbuído de um caráter orgulhoso e presunçoso, em breve entrou em

confronto com seu mestre e parente Ludovico e decidiu fundar sua própria

academia, em oposição à família, à qual chamou de “A verdadeira escola dos

Carracci”.

Como era de se imaginar, a experiência resultou num estrondoso fracasso e

Francisco não encontrou mais espaço em Bolonha, tendo de se mudar para

Roma, onde, teimosamente, insistiu em montar sua própria escola, obtendo um

novo e ruidoso fracasso.

Resumo da ópera: Franceschino morreu no Hospital do Santo Espírito, em

1622 e foi enterrado na Chiesa Nuova di Roma. Não obstante, deixou algumas

obras talentosas, que sua teimosia não conseguiu apagar, como “Adoração”,

na Chiesa María Maggiorem de Bolonha e “São Roque confortado pelo anjo”

(imagem pg. 048). Com ele, também trabalharam outros artistas, como Angelo

Michele Colonna, Domenico Maria Canuti, Francesco Gessi, Giacomo Cavedoni,

Guercino, Paolo Carracci, Francesco Camullo, Luigi Valesio y Lucio Massari.

São de sua lavra, ainda, as obras “Morte da Virgem, com santos”, na

Chiesa di Santa Maria Maggiore, além de uma série de gravações copiadas de

obras de Ludovico e Annibale Carracci. Até aí, nada demais. Os gravadores não

criavam obras próprias, mas copiavam grandes obras de forte apelo popular,

fazendo cópias de menor preço e vendagem mais fácil. (Traduzido da Wikipedia

em espanhol, com consulta a outras fontes)

- 048 –

Franceschino Carracci, “San Roque confortado por el ángel”,

Oratorio de San Rocco, Bolonia

- 049 -

Francesco Albani

1578-1660

Francesco Albani, nascido em Bolonha em 17 de março de 1578 e falecido

na mesma cidade no mês de outubro de 1660, também conhecido como

Francesco Albano ou, mais comumente como L’Albane, foi um pintor italiano

da escola bolonhesa do período Seiscento, treinado inicialmente no estúdio dos

irmãos Carracci. Foi assistente de Guido Reni em um sem número de trabalhos

decorativos, incluindo a Capela da Anunciação (1609-1612), no Palácio

Quirinal e o ”Coro” da Chiesa Santa Maria della Pace (1612-1614). Albani viveu

durante algum tempo em Roma, onde manteve sua própria academia, mas

nunca alcançou a monumentalidade de outros contemporâneos seus e foi,

muitas vezes, ridicularizado pelo lirismo aplicado em suas obras, com a doçura

dos anjos e querubins, contrastando com o tenebrismo, ou chiaroscuro, tão a

gosto artistas da época. Seria, para seus opositores, um pintor da época, mas

vivendo em tempos passados. (Traduzido da Enciclopédia Britânica, com apoio

de outras fontes) > Abaixo, “Anunciação”.

- 050 –

Acima, Francesco Albani, “Júpiter e touro carregando Europa”

Abaixo, “Apolo perseguindo Daphne” (Fonte: Commons)