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Venezuela, 43

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Venezuela,43Proprietária: São Carlos Empreendimentos e Participações

Construção: Sinco Engenharia

Projeto Estrutural: Sbrasil Engenharia

Consultoria em Sustentabilidade e Certificação LEED®: Centro de Tecnologia de Edificações

Arquitetura e Paisagismo: Ruy Rezende Arquitetura

Luminotécnica: Senzi Consultoria

Consultoria em Esquadrias de Alumínio: Q.M.D. Consultoria

Projeto de Instalações Elétricas e Hidráulicas: AQ Projetos de Instalações

Instalações Elétricas e Hidráulicas: DB2 Engenharia

Projeto de Segurança Contra Incêndio: PRINST

Projeto de Ar Condicionado e Ventilação: Vetor Consultoria e Projetos de Engenharia

Instalações de Ar Condicionado e Ventilação: Global Clima

Equipamentos de Ar Condicionado: Hitachi

Elevadores: ThyssenKrupp

Referência de cores:

PANTONE BLACK

C-0 M-0 Y-0 K-100

PANTONE 287 C

C-100 M-50 Y-0 K-35

Assinatura Preferencial

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A recuperação de imóveis históricos em áreas centrais do Rio de Janeiro e São Paulo, para uso corporativo, sob o regime de aluguel, é foco e marca registrada da atuação da São Carlos Empreendimentos. Em 22 anos de atividades, acumulamos um know-how de retrofit que nos identifica e diferencia no mercado brasileiro. No Rio, o prédio da antiga Mesbla, no Passeio Público, com seu relógio art déco, de inestimável valor simbólico para o carioca, é um dos bons exemplos de nossa contribuição para a preservação da memória da cidade e a autoestima de seu cidadão. Hoje é sede da Contax, uma das gigantes no segmento de contact center, cujo negócio é aproximar as empresas de seus clientes.

É interessante notar que, atualmente, 40% do portfólio da São Carlos concentra-se no Rio de Janeiro, sendo a maioria desses empreendimentos no Centro da cidade. E não é por acaso. Olhar o Rio e mirar o Centro vem, sem dúvida, ao encontro de nossa missão: “Propiciar negócios de sucesso no Brasil por meio de imóveis corporativos e comerciais que estimulem a interação, o bem-estar e a responsabilidade social e ambiental, antecipando as necessidades de nossos clientes”.

O edifício Venezuela, 43, no coração da região portuária do Rio de Janeiro, nos mostra que estamos no rumo certo. Antes mesmo de concluído, o prédio foi inteiramente alugado por um único usuário – a Universidade Estácio de Sá, que nele instalará seu núcleo de educação à distância. Com seus oito andares, recuperados e modelados para atender ao elevado padrão de um greenbuilding, o prédio

é mais uma prova da excelência da São Carlos em projetos de retrofit e da confiança da companhia na revitalização do Centro da cidade.

Nessa geografia, o Porto e seu entorno, da Praça Mauá à Gamboa, despontam como a região em que os nossos clientes querem estar. Uma região que já está integrada ao corredor de negócios da cidade e inscrita em uma das mais exuberantes paisagens do planeta. Por tudo isso, registrar essa história de investimento econômico e desenvolvimento urbano tornou-se relevante para nós. Queremos compartilhá-la com você, amigo, cliente, parceiro da São Carlos. Nas páginas deste livro, renovamos e selamos nosso compromisso com a preservação da história, com o presente dinâmico e com o futuro sustentável de uma cidade que, afinal, é de todos nós, brasileiros.

FElIPE GóESDiretor Presidente

o futuro está aqui

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ENTRE APORTES DIRETOS E INDIRETOS,

PORTO MARAVIlHA TEM O FOCO VOlTADO

PARA A PROMOçãO DE NOVAS AlTERNATIVAS

ECONôMICAS E SOCIAIS. A OCUPAçãO DO PORTO

ESTá PENSADA PARA IMPUlSIONAR AS

VOCAçõES lATENTES DA REGIãO. UM BAIRRO

NO QUAl OS PRÉDIOS HISTóRICOS, COMO

O VENEzUElA 43, DESPONTAM COMO

A MEMóRIA PRESERVADA DA CIDADE.

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a regiãoo prédioo projeto Venezuela

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Venezuela, 43. Este o endereço situado no círculo. Um círculo que

se irradia e abrange os novos Museu de Arte do Rio/MAR e Museu

do Amanhã. Que abrange, a uma centena de metros, a Praça Mauá.

Pouco mais adiante, o Cais.E, desde já, o Porto Maravilha (1)

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oi ali que tudo começou. Quando os primeiros viajantes avançaram sobre as águas da Guanabara, desembarcaram no pedaço de chão que hoje chamamos de Centro da Cidade. Vencidos cinco séculos, desde aquele 1º de janeiro de 1502, data em que a expedição do português Gaspar de lemos aportou em terras cariocas, muita coisa mudou. O pedaço de chão experimentou diferentes ciclos de desenvolvimento. Entre morte e renascimento, floresceu como núcleo financeiro de uma metrópole de mais de 10 milhões de habitantes, mundialmente festejada por sua paisagem espetacular, adornada de morros e ainda generosa em vegetação, feita de pedra, mata e água, azul, verde e dourada.

A memória da cidade continua ali, gravada em largos, ladeiras, vielas e becos daquele trecho portuário da Baía de Guanabara, entre a Praça Mauá e a Gamboa. Até o início do século 20, o entra e sai de riquezas, primeiro o ouro, depois o açúcar e o café, se valia de pequenas pontes de madeira, em que os saveiros atracavam para carregar e descarregar as mercadorias, armazenadas nos trapiches, com a ajuda das carroças puxadas pelos burros e do braço escravo. Muita coisa mudou, mas, ainda hoje, quem caminha pelas franjas dos morros de São Bento e da Conceição pode sentir a atmosfera. Ali está guardada a cidade mais negra, do sacrifício dos condenados à morte, na forca do largo de São Francisco da Prainha, ao mercado de escravos a céu aberto, no sítio do Valongo, passando pelo sobe e desce das escadarias da Pedra do Sal.

O lugar que remonta à origem do aglomerado colonial, fortemente influenciado pelo poder das irmandades religiosas, donas de praticamente todas as terras da região, também transpira o processo civilizatório, que teve como protagonista a orla portuária. Primeiro, com seu cais acanhado, quase improvisado, a serviço do império português.

Depois, com o porto tal como ele é hoje, industrial e republicano. Construído no início do século 20, na esteira do surto modernizador da administração Pereira Passos, o prefeito que fez do Rio um canteiro de obras, na primeira grande intervenção urbana que a cidade sofreu e que ficou conhecida como Bota-Abaixo.

Como talvez ocorra em toda cidade portuária, no Rio, é certo, cidade e porto constituíram-se quase como uma coisa só. Inaugurado em 1910, o porto viveu os altos e baixos dos ciclos de expansão e retração registrados nos últimos 100 anos. Porta de entrada de mercadorias, ciência e arte, o ancoradouro que surgiu como o maior e mais importante da América latina, perdeu competitividade e prestígio com a falta de investimentos do longo período de recessão econômica e de esvaziamento político que o Rio amargou, notadamente a partir de 1960, com a transferência da capital para Brasília. Sucateado e estrangulado pelo crescimento desordenado, o Porto acompanhou a degradação urbana da região pontilhada de restaurantes baratos, boates e inferninhos típicos da cultura marinheira.

São FranciSco da PrainhaNo início, quando tudo começou, o mar

chegava até o sopé do Morro da Conceição, formando uma extensa faixa de areia à qual o nome do lugar até hoje remete: Prainha. Daquele tempo de redes de pesca e do sobe e desce das sacas de sal, restou o calçamento pé de moleque e o adro com a capela barroca em louvor à Igreja São Francisco da Ordem Terceira da Penitência, construída muito provavelmente no século 17, não se sabe ao certo, pelo padre Francisco da Mota, que ao morrer a teria deixado para a irmandade, junto com 51 escravos, um trapiche na beira da praia e algumas casas. A igrejinha, porém,

foi incendiada por decisão do então governador da cidade à época da invasão da cidade pelas tropas francesas chefiadas por Jean François Duclerc, em 1710, como estratégia de defesa. Foi reconstruída, 20 anos mais tarde, pelos religiosos. Ali se realizou, por muitos anos, a Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, padroeira dos pescadores.

Restam ainda, na Prainha, os casarões do século 19, com seus portais de cantaria e as fachadas de azulejos antigos, pintados à mão, típicos da arquitetura portuguesa. A um beco adiante dali, chega-se a outro largo, o João da Baiana, onde reina a Pedra do Sal, formando um conjunto, largo e pedra, guardião da história dos negros da cidade. É também ali, por uma escadaria de pedra construída pelos antigos escravos, um dos acessos ao Morro da Conceição, onde se pode visitar o Palácio Episcopal, um sobrado colonial, já bem desfigurado, por sucessivas intervenções desde a sua construção, em 1702, que abriga um museu de cartografia e máquinas antigas de propriedade do Exército.

A viagem no tempo continua na Fortaleza da Conceição, construída pelos portugueses em 1713, traumatizados pela invasão do corsário René Duguay-Troin, que, dois anos antes, em 1711, invadiu, saqueou e pilhou a cidade, ocupando durante meses o vizinho Mosteiro de São Bento. Nova invasão, porém, não voltou a acontecer e a fortaleza jamais serviu como trincheira de guerra. Foi presídio político, depósito de armas e residência de militares, até passar a abrigar, a partir de 1932, o Serviço Geográfico do Exército.

Mas é nas ladeiras sinuosas do morro, com suas casas assobradadas, muitas delas hoje habitadas por artistas, que o Rio vê preservado um tempo de província, de portas abertas, cadeiras nas calçadas, vizinhos que se conhecem e se cumprimentam, hábitos que se perderam na cultura da cidade cosmopolita. Do alto

do morro, ouve-se o burburinho da cidade ao longe e tem-se a vista deslumbrante da Baía de Guanabara, a Ponte Rio-Niterói, em toda a sua extensão. Avista-se, ainda, no outro lado, na Rua do Jogo da Bola, o paredão de prédios da Presidente Vargas e o Morro da Providência, a primeira favela do Rio, formada pelos soldados oriundos da Guerra de Canudos, onde a cidade, além de negra, é nordestina.

Passado e futuro se encontram na região portuária, agora alvo de investimentos públicos e privados de grande envergadura, previstos no projeto Porto Maravilha, intervenção urbana que alcançará uma área de aproximadamente 5 milhões de metros quadrados da cidade, compreendendo os bairros do Santo Cristo, da Gamboa e da Saúde, com reflexos em São Cristóvão, Centro e Cidade Nova. A renovação beneficiará diretamente uma população de 22 mil cariocas, ali residentes, que juntos respondem por um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Rio – 0,775, o 24º no ranking das 32 regiões administrativas do município.

Entre aportes diretos e indiretos, Porto Maravilha tem o foco voltado para a promoção de novas alternativas econômicas e sociais. A ocupação do Porto está pensada para impulsionar as vocações latentes da região. Turismo, entretenimento, educação e cultura vão movimentar a área, que já tem projetos definitivos em andamento, como o Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR) e o Museu do Amanhã, a instalação das Escolas Técnicas e áudio Visual e Restauro, a reurbanização do Morro da Conceição e a recuperação da Igreja de São Francisco da Prainha, entre outras iniciativas que vão fazer nascer um novo bairro, de perfil residencial e comercial, totalmente remodelado e com excelente infraestrutura. Um bairro no qual os prédios históricos, como o Venezuela, 43, despontam como a memória preservada da cidade.

f porto Maravilha: o encontro do passado

e do futuro

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Três imagens do Cais do Porto do Rio, em décadas distintas.

Da esquerda para a direita: os guindastes em 1972 (2); a ampla

visão dos navios ao largo da Baía de Guanabara em 1953 (3), e o famoso

navio de cruzeiros Astúrias, ancorado na Praça Mauá em 1926 (4)

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Fotos acima: Aspecto do bairro da Gamboa no princípio do século 20 (5) e Praça Mauá em 1921 (ao centro, o prédio da Inspetoria dos Portos, atual MAR/ Museu de Arte do Rio) (6). Abaixo: Porto do Rio de Janeiro em 1865, com nobres comerciantes (7) e, ao lado, em 1918, mercadorias no Armazém 17 (8)

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Acima, da esquerda para a direita: Religiosos do Mosteiro

de São Bento em 1916 (9); Bondes e povo na Praça Mauá , com o Morro da Conceição, ao fundo, c. 1910 (10);

Cena de inauguração da rua Barão de Teffé em 11 de junho de 1925 (11)

e Cena no Asilo São Cornélio (12). Abaixo: Praça Mauá vendo-se o Mosteiro

de São Bento, o Arsenal de Marinha e o edifício da Avenida Central, 1 (13); ao lado, multidão diante do navio Íris,

com o Mosteiro ao fundo, 1921 (14)

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A Igreja de São Francisco da Prainha (15) e a Pedra do Sal (16),

ambos monumentos tombados. A Pedra do Sal é, possivelmente, a mais importante referência da

presença do negro na história brasileira; ali desembarcavam

os escravos récem-chegados. Ambos os monumentos situam-se nas

fraldas do Morro da Conceição

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Casario histórico do largo de São Francisco da Prainha (17)

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Casario no Morro da Conceição com nomes de ruas que lembram os tempos de outrora, como a Rua do Jogo da Bola (18). Ao lado, escavações arqueológicas na zona Portuária (19)

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Obras na rua Barão de Teffé, realizadas pela Prefeitura do Rio dentro

do projeto Porto Maravilha, vendo-se, ao fundo, o Galpão da Cidadania

e o Hotel Barão de Teffé (20)

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Guindastes no píer do Cais do Porto (21). Ao lado, ladeira João

Homem, no Morro da Conceição, com

casario e prédios de distintas épocas,

vendo-se ao fundo o edificio RB 1 (22)

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Escadaria com vitral no terminal de passageiros do Cais do Porto (23). Ao lado, vigia e amurada da Fortaleza da Conceição (24)

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Uma vista aérea imponente que engloba a Baía de Guanabara, alcança o Pão-de-Açúcar e mostra a inserção, no círculo, de um endereço nobre da cidade: Avenida Venezuela, 43 (25)

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a regiãoo prédioo projeto Venezuela

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Os trabalhos de demolição e montagem de estruturas do

antigo prédio da Avenida Venezuela, 43 (26)

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ssim como o antigo largo da Mãe do Bispo ganhou fama na boca do povo com o nome de Cinelândia, por abrigar, a partir dos anos 1920, as melhores salas de cinema da cidade, a região da Praça Mauá, na outra extremidade da Avenida Rio Branco, poderia facilmente ser chamada de Radiolândia, altar-mor que foi do rádio brasileiro, naqueles idos dos anos 1940. Ali funcionaram as três principais emissoras de rádio do país. A Rádio Nacional, no número 7 da praça, o Edifício A Noite, celebrado como o primeiro arranha-céu do Brasil, a Mayrink Veiga, na rua de mesmo nome, a poucos metros dali, e a Rádio Tupi, uma quadra adiante, no prédio da Avenida Venezuela, 43.

Era ali, na franja da encosta do Morro da Conceição, sob a brisa constante que soprava da orla portuária, que a cidade do Rio de Janeiro, então capital do país, pulsava na elevada frequência das ondas do rádio, um tempo de galãs e vedetes, das orquestras de metais, dos paetês e das marchinhas carnavalescas picantes. Pelo circuito que ligava as três emissoras desfilavam os artistas mais queridos do país, arrastando uma legião de fãs. Naquele tempo, uma década antes da chegada da televisão, o rádio era imbatível em popularidade, consagrado pelas radionovelas, pelos programas

humorísticos, pelas transmissões esportivas e, principalmente, pelos programas de auditório.

Maior empreendimento de radiodifusão dos Diários Associados, de Assis Chateaubriand, a PRG-3 Rádio Tupi mantinha nos estúdios da Venezuela, 43, o maior auditório do Brasil. Com capacidade para 1,5 mil pessoas sentadas, ocupava a área correspondente hoje aos últimos três andares do prédio. Por sua grandiosidade, era chamado de “Maracanã dos auditórios”. E foi nele que despontou um dos maiores comunicadores da história do rádio e da televisão do país: o apresentador Abelardo Barbosa, que na Tupi comandava a Discoteca do Chacrinha.

No próprio nome, a Tupi simbolizava o Brasil brasileiro. A emissora da nação moderna e nacionalista foi inaugurada em setembro de 1935, com um grandioso programa musical, que reuniu um coro de 120 professores, para entoar o Hino Nacional sob a regência do maestro Heitor Villa-lobos. Dali em diante, tudo foi festa. Nos estúdios da Tupi, brilhavam a Orquestra Tabajara, de Severino Araújo, e o Regional de Benedito lacerda. O Maracanã dos auditórios vinha abaixo com os grandes astros da música de então. No time nacional, Silvio Caldas, as irmãs Dircinha e linda Batista, Dalva de Oliveira, Elizeth Cardoso, Jamelão,

luiz Gonzaga, Ataulfo Alves e Dorival Caymmi garantiam uma arquibancada lotada. Entre os estrangeiros, celebridades como o cantor e humorista francês Maurice Chevalier, a vedete norte-americana Josephine Baker e o pianista e cantor de jazz Nat King Cole causavam sensação.

Por um cachê milionário, de 5 mil réis por mês, Carmem Miranda deixou a concorrente Mayrink Veiga para apresentar dois programas semanais na Tupi. No rádio-teatro, um elenco estelar – Paulo Gracindo, Ioná Magalhães, lourdes Mayer, Ema d’ávila, Chico Anísio. Ary Barroso e sua gaita faziam sucesso nas transmissões esportivas e no radiojornalismo, com o Grande Jornal Falado da Tupi, a emissora era líder de audiência e foi a primeira a anunciar o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.

Entre feitos e curiosidades, a Tupi fez história ao lançar grandes sucessos. O mais popular deles, sem dúvida, foi a versão em português de Happy Birthday, a canção que até então os brasileiros cantavam nas festas de aniversário, para assoprar as velinhas, sempre em inglês. No disputado concurso promovido pelo programa do Almirante, venceu a ouvinte Bertha Celeste Homem de Mello, com Parabéns pra Você.

aarte e glaMour na

era do rádio

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Flagrante do auditório da Rádio Tamoio, 1951 (27); Pixinguinha rege

orquestra na inauguração do novo transmissor da Rádio Tupi,

em 2 de agosto de 1959 (28); cena do auditório da “Taba”, durante

o programa Matinê Tupi, 25 de novembro de1959 (29)

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Elizeth Cardoso posando para foto na Rádio Tupi, em 1952 (30). Na foto maior, as irmãs Dircinha e linda em apresentação musical na Tupi, década de 1950 (31)

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Almirante, “a maior patente do rádio brasileiro”, entre Jararaca e Ratinho (intérpretes da marchinha carnavalesca “Mamãe, eu quero mamar”) e produtores na Rádio Tupi, 1951 (32). Ao lado, contra-regras, encarregados de produzir as sonoridades no programa Mesa de Botequim, Rádio Tupi, 1959 (33)

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Numa obra iniciada com todas as preocupações de sustentabilidade,

o edifício segue a conformação da quadra, definida por diretrizes

de época da implantação do Porto, quando buscava-se

homogeneidade no conjunto urbano, por controle da altura das edficações

e alinhamento dos prédios (34 e 35)

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Das demolições às moldagens e concretagens, visto de dentro e de fora, o prédio abre-se para a entrada do Porto e as montanhas da Serra do Mar: haveria moldura melhor para a nova jóia arquitetônica da Avenida Venezuela? (36 e 37)

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A reciclagem dos materiais retirados do antigo edifício indica o compromisso com a preservação da qualidade do meio ambiente (38)

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Da organização do canteiro da obra às demolicõess ou concretagens, tudo seguindo padrões internacionais de segurança no trabalho (39, 40, 41 e 42)

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Com a concretagem da laje da cobertura, o último tramo da obra se completa. Ao fundo , logo à esquerda, os perfis, mais ao longe, dos edifícios RB1 e A Noite (43)

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a regiãoo prédioo projeto Venezuela

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O prédio, em sua simplicidade de linhas, se integra ao espaço urbano recuperado, qualificando a rua e os arredores (44)

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quando o arquiteto Ruy Rezende fez a primeira visita técnica ao prédio Venezuela 43, em meados de 2010, pouco ou nenhum vestígio encontrou dos áureos tempos da era do rádio. Do efervescente auditório da antiga Rádio Tupi, nada restava, sugerindo que ali, num canto qualquer de um passado distante, tivesse havido algo neste sentido, que nao fosse sua própria memória. À frente da RRA, um dos mais destacados escritórios de arquitetura envolvidos com projetos sustentáveis do país, e em especial na cidade do Rio de Janeiro, na sua recuperação urbana, por seus projetos em áreas passíveis de recuperação, Rezende estava ali para “retrofitar” o prédio, já então um senhor octogenário, que, naquele momento, encontrava-se em estado de abandono.

Esse também era o retrato do bairro, que só agora começaria a emergir de um longo período de descaso e degradação. Não fazia tanto tempo assim. Dos anos dourados da década de 1950, que marcou o apogeu do rádio, aos dias de hoje, muita coisa tinha mudado. O Rio perdeu a condição de capital do Brasil, fechou-se durante o longo período da ditadura militar, de 1964 a 1985, para encontrar, enfim, nos anos de 1990, um longo ciclo de recessão com hiperinflação, que entrou para a história da economia brasileira como a década perdida. A área compreendida entre Praça Mauá e Gamboa, que margeia o Porto da Cidade do Rio de Janeiro, virou um imenso vazio urbano, composto de ruas sem gente e sem vida.

Mas agora não. Agora a região portuária estava redescoberta. Agora a Avenida Venezuela, a SacaduraCabral, o largo de São Francisco

da Prainha, a Pedra do Sal, o Morro da Conceição, os Jardins do Valongo e a própria Praça Mauá ressurgiam no mapa urbano do carioca. Na perspectiva do reencontro da cidade com o mar da Baía de Guanabara, aquele pedaço do Rio acordava para um novo destino, de dinamismoeconômico, requalificação urbana, renascimento cultural.

Retrofit. Um conceito que conjuga renovação, atualização tecnológica e aprimoramento. Empregado na indústria da construção civil para definir o projeto de recuperação de um prédio antigo, tal como o da Avenida Venezuela, 43, com vistas a um novo uso, adequando-o às demandas e aos valores do tempo presente. É muito mais do que uma reforma. Vai além da restauração. O retrofit promove a modernização estrutural da edificação, alinhada aos padrões econômicos, sociais, estéticos e ambientais da sociedade contemporânea.

Um receituário perfeito para o Venezuela 43, um prédio com história, redescoberto na esteira do renascimento da região portuária. Erguido nos anos de 1930 do século passado, o edifício, de desenho inusitado, na forma de um istmo, encontrava-se em péssimo estado de conservação. Ocupando um terreno de menos de 790 metros quadrados, sem recuo, dando para três ruas – Edgar Gordilho, Coelho e Castro e Venezuela, a principal –, sofrera, ao longo do tempo, pelo menos trêsintervenções importantes e, assim, foi sendo desfigurado.

Dois anos e 19 milhões de reais de investimentos depois, o Venezuela 43 teve restaurada sua dignidade. O uso e a tecnologia mudaram, mas as características de sua

identidade foram mantidas, particularmente na fachada de alvenaria, pontilhada por 184 janelas retangulares, com base de granito, linguagem estética naturalmente integrada à paisagem urbana da cidade histórica, portuária, ventilada pelo mar. Qualidade e sustentabilidade são os pilares do empreendimento, todo ele referenciado na certificação lEED® (leadership in Energy Environmental Design), do US Green Building Concept.

Do projeto de arquitetura à gestão da obra, incluindo o material empregado nas instalações, tudo foi minuciosamente monitorado para atender aos padrões contemporâneos de sustentabilidade ambiental. O resultado deste esforço é uma infraestrutura de alta eficiência energética, com vidros com isolamento termoacústico, dotados de filtros de luz, calor e ruído, ar-condicionado econômico, sistema VRF (Volume Refrigerante Variado), de gasto sob demanda. Os pisos elevados, para a passagem de cabos, foram feitos de material reciclado. Todas as portas são de madeir com a certificação florestal FSC (Forest Stewardship Council).

louças e metais sanitários, por sua vez, funcionam à base de sensores de presença, que assim controlam o consumo de água. água, aliás, da chuva. Aproveitada graças ao sistema de captação, que leva a água acumulada nas calhas do telhado para dois reservatórios, um de retardo, para aliviar a cidade nas chuvas, que concomitante a esta função, lança-a para uma estação de tratamento, que somadas as aguascondensadas do sistema de Ar Condicionado, bombeadas ao reservatório de reuso, irão servir bacias sanitárias, mictórios,

a irrigação do jardim suspenso, entre outras demandas. Nada mal quando se percebe, que se aproveitou a água que seria deitada fora, bem como, pouparemos água tratada para o homem, provendo certamente, o bem estar de outrem.

obra SuStentávelO projeto pronto com sustentabilidade

agregada não basta para bater as metas do lEED®. Também a construção precisa ser sustentável. O desenvolvimento e a execução da obra. É preciso comprovar ser possível realizar o empreendimento com um canteiro deobras limpo e seguro. Com o espaço exíguo, entre três ruas, praticamente sem área externa, a gestão do canteiro desafiou arquitetos, engenheiros e operários. Todo o processo foi documentado e monitorado pelo Centro de Tecnologia e Engenharia (CTE), especialmente contratado para acompanhar e ajustar sempre que necessário as condutas aos parâmetros do selo lEED®. Sem local para armazenamento, a entrada e a saída de materiais precisaram ser meticulosamente controladas para evitar o risco da formação de estoques e desperdícios. Na gestão de resíduos, a retirada foi 100% controlada, com frete e destinos conhecidos. Houve coleta seletiva, com a separação de madeira, aço, plástico e entulho, tudo escoado para a indústria da reciclagem. A obra gerou mais de 5 mil metros cúbicos de resíduos, o equivalente a 1,7 mil caçambas de lixo, uma caçamba por dia. A meta de destinar 75% dos resíduos à indústria da reciclagem foi atingida com folga, alcançando o índice de 93% de reutilização. Só com madeiras, 770 metros cúbicos foram reaproveitados.

o desafio da sustentabilidade

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Os desenhos técnicos orientam a execução da obra, ao mesmo tempo em que exprimem as intenções plásticas do arquiteto

CORTE lONGITUDINAl

FACHADA lESTE

FACHADA NORTE

Avenida Venezuela

Rua Coelho de Castro

Rua

Edg

ar G

ordi

lho

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O ritmo cadenciado das janelas marca a arquitetura contemporânea, porém integrada à linguagem visual dos edifícios vizinhos, exemplares típicos de meados do século 20 (45)

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Pelas janelas que iluminam o hall dos elevadores, o usuário situa-se na cidade que o cerca (46 e 47)

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Numa imagem ainda em acabamento do piso, nota-se a valorização da luz no espaço. As janelas emolduram a paisagem do Morro da Conceição (48)

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O ritmo cadenciado das janelas mostra a composição arquitetônica

e, ao fundo, o relógio do prédio da Polícia Federal (49)

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A nova composição da fachada preserva os ares de época e privilegia

a luz natural em todos os ambientes, ao mesmo tempo em que o protege

da insolação/excessiva (50)

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A perfeita integração da arquitetura com a cidade (51)

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do projeto de arquitetura à gestão

da obra, incluindo o material empregado nas instalações, tudo

foi minuciosamentemonitorado para

atender os padrões contemporâneos

de sustentabilidade ambiental. o resultado

deste esforço é uma infra-estrutura

de alta eficiência energética

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Separe uma área de 5 milhões de metros quadrados da cidade (o equivalente

à Floresta da Tijuca, a maior floresta urbana do mundo). Faça um projeto

que mantenha tudo quanto de belo a história inventou e dê a esta região uma injeção

de vida: revitalize-a.Pois bem, é isto o que está sendo feito

na Região Portuária, visando transformá-la no Porto Maravilha, realização

da Prefeitura do Cidade do Rio de Janeiro. Um dos exemplos mais marcantes

é o do Veículo leve sobre Trilhos VlT), que circulará no Centro e na Região

Portuária, ligará toda a área por seis linhas e 42 estações, em 30 Km de vias.

O VlT fortalece o conceito de transporte público integrado,

que conecta estações de metrô, trens, barcas, BRT, redes de ônibus convencionais

e aeroporto. As ruas da Região Portuária já começaram a ser preparadas

para receber o novo tipo de transporte.

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