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INTRODUÇÃO A Região Administrativa de Madureira é composta de treze bairros e, segundo dados da prefeitura, apresenta uma taxa de urbanização de 97%. Esta taxa pode ser traduzida na carência de espaços verdes ou áreas livres: menos de 1 m 2 por habitante. O Parque Madureira se tornou uma das maiores áreas públicas de lazer da cidade do Rio de Janeiro. A vegetação ou as áreas verdes nas cidades são fundamentais para recuperação de áreas degradadas, para ambiência de espaços de contemplação e passeio, para melhoria do microclima local e na criação de valores cênicos da paisagem. Dado o contexto urbano em que o parque está inserido a importância do componente vegetal, em todos os aspectos citados, é ainda maior. Partindo do princípio que a educação e conscientização ambiental é um quesito indispensável na formação e exercício da cidadania, foram projetados um jardim sensorial, um pequeno jardim botânico de espécies arbustivas e herbáceas, e através de placas explicativas os usuários têm informações botânicas e/ ou de uso das espécies notáveis. O elenco de espécies que compõe a vegetação do parque Madureira, além da criação de valores estéticos para os usuários, foi selecionado com base nos seguintes critérios: Plantas nativas ou bem adaptadas às condições climáticas locais Essências que contribuam para recuperação ambiental da região, através não só de espaços sombreados, mas também pela atração da fauna, com ênfase na avifauna. Espécies rústicas, pouco exigentes quanto ao tipo de solo e de irrigação. Um conjunto, árvores, arbustos e herbáceas, que requeira pouca manutenção Este documento tem por objetivo fazer uma breve descrição das árvores e palmeiras selecionadas para compor o plantio do parque Madureira. METODOLOGIA Foi realizado um levantamento bibliográfico envolvendo: estudos sobre recuperação de áreas urbanas degradadas, manuais de arborização urbana de São Paulo e do Rio de Janeirom, legislação recente do Rio de Janeiro referente ao tema e trabalhos sobre espécies vegetais que atraem avifauna. As informações ecológicas das espécies foram obtidas através da obra de Lorenzi e de listas de ocorrência de espécies de diversos autores. Além disto foram consultados técnicos da Fundação Parques e Jardins do Rio de Janeiro e hortos especializados em produção de árvores e palmeiras, no sentido de verificar a viabilidade de fornecimento das mudas dentro das especificações adequadas. RESULTADOS O componente vegetal do parque é composto basicamente de espécies de porte arbóreo e áreas gramadas. Em alguns casos foram usados elementos arbustivos e outros herbáceos com o objetivo de criar determinado ambiente e marcar acessos. No projeto de paisagismo do parque, além do aspecto estético, a maior preocupação recaiu sobre o conforto ambiental. Esta região é mais seca do que a faixa litorânea da cidade e mais quente também. Desta forma, buscou-se distribuir a vegetação de grande porte de maneira a proteger as áreas de estar e de jogar. As palmeiras foram plantadas já adultas e bem desenvolvidas de forma a promover ambientes sombreados imediatamente após o plantio. Dentre as espécies de árvores utilizadas 100% são nativas do Brasil, da Mata Atlântica “latu senso”, ou seja, não só da mata pluvial atlântica, mas também das matas de restinga, das matas decíduas e semidecíduas. Já entre as palmeiras, os arbustos e as plantas herbáceas foram admitidas espécies exóticas, porém bem adaptadas ao clima local, uma vez que existe uma dificuldade real no mercado na produção e fornecimento de espécies nativas, e mais ainda, com o porte necessário para garantia do desenvolvimento das mudas. Foram plantadas cerca de 1200 espécies de grande porte, sendo 800 árvores e 400 palmeiras e selecionadas 33 espécies de árvores distribuídas em 13 famílias e 14 espécies de palmeiras. O gráfico abaixo mostra a distribuição das espécies de árvores. A família das leguminosas, incluindo as suas três subfamílias (Caesalpinoidea, Mimoidea e Papilionoidea) como nas formações florestais naturais no Brasil, é a melhor representada. A tabela a seguir mostra as espécies de árvores - em ordem alfabética de família e de palmeiras (família Arecaceae). Espécies de grande porte que serão utilizadas no Parque Madureira. As palmeiras pertencem a família Arecacea. A 3ª coluna indica se a espécie é nativa (N) ou exótica(E). Sterculiacea 6% Anacardiacea 6% Bignoniacea 18% Bixacea 3% Boraginacea 3% Lecythidacea 3% Leguminosae 40% Lytracea 3% Malvacea 3% Melastomataceae 3% Myrtacea 9% Sapindacea 3% FAMÍLIA NOME ORIGEM Anacardiacea Tapirira guianensis N Anacardiacea Schinus terebinthifolius N Arecacea Carpentaria acuminata E Arecacea Cyrtostachys renda E Arecacea Dictyosperma album E Arecacea Dypsis decary E Arecacea Dypsis locubensis E Arecacea Dypsis lutescens N Arecacea Hyophorbe vercha E Arecacea Ptychosperma elegans E Arecacea Ptychosperma macarthurii E Arecacea Roystonea oleracea E Arecacea Syagrus oleracea N Arecacea Syagrus romanzoffiana N Arecacea Veitchia merrillii E Arecacea Wodyetia bifurcata E Bignoniacea Jacaranda cuspidifolia N Bignoniacea Tabebuia chrysotricha N Bignoniacea Tabebuia heptaphylla N Bignoniacea Tabebuia impetiginosa N Bignoniacea Tabebuia roseo alba N Bignoniacea Tabebuia serratifolia N Bixacea Bixa orellana N Boraginacea Cordia superba N Lecythidacea Lecythis pisionis N Leguminosae Caesalpinoidea Caesalpinia peltophoroides N FAMÍLIA NOME ORIGEM Leguminosae Caesalpinoidea Caesalpinia ferrea N Leguminosae Caesalpinoidea Senna macranthera N Leguminosae Caesalpinoidea Caesalpinia echinata N Leguminosae Caesalpinoidea Peltophorum dubium N Leguminosae Mimoidea Chleoroleucon tortum N Leguminosae Mimoidea Inga laurina N Leguminosae Papilionoidea Erythrina speciosa N Leguminosae Papilionoidea Bauhinia forficata N Leguminosae Papilionoidea Erythrina verna N Lythracea Lafoensia glyptocarpa N Malvacea Chorizia speciosa N Melastomataceae Tibouchina granulosa N Myrtacea Psidium catleyanum N Myrtacea Eugenia brasiliensis N Myrtacea Eugenia uniflora N Sapindacea Sapindus saponaria N Sterculiacea Pterigota brasiliensis N Sterculiacea Sterculia chicha N

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Page 1: FAMíLIA noME orIGEMrra-website-assets.s3.amazonaws.com/.../pdf/36/MKT-… ·  · 2014-07-01Esta família apresenta apenas 5 es-pécies no Brasil, mas foi utilizada no parque devido

Introdução

A Região Administrativa de Madureira é composta de treze bairros e, segundo dados da prefeitura, apresenta uma taxa de urbanização de 97%. Esta taxa pode ser traduzida na carência de espaços verdes ou áreas livres: menos de 1 m2 por habitante.

O Parque Madureira se tornou uma das maiores áreas públicas de lazer da cidade do Rio de Janeiro. A vegetação ou as áreas verdes nas cidades são fundamentais para recuperação de áreas degradadas, para ambiência de espaços de contemplação e passeio, para melhoria do microclima local e na criação de valores cênicos da paisagem. Dado o contexto urbano em que o parque está inserido a importância do componente vegetal, em todos os aspectos citados, é ainda maior.

Partindo do princípio que a educação e conscientização ambiental é um quesito indispensável na formação e exercício da cidadania, foram projetados um jardim sensorial, um pequeno jardim botânico de espécies arbustivas e herbáceas, e através de placas explicativas os usuários têm informações botânicas e/ ou de uso das espécies notáveis.

O elenco de espécies que compõe a vegetação do parque Madureira, além da criação de valores estéticos para os usuários, foi selecionado com base nos seguintes critérios:

• Plantas nativas ou bem adaptadas às condições climáticas locais

• Essências que contribuam para recuperação ambiental da região, através não só de espaços sombreados, mas também pela atração da fauna, com ênfase na avifauna.

• Espécies rústicas, pouco exigentes quanto ao tipo de solo e de irrigação.

• Um conjunto, árvores, arbustos e herbáceas, que requeira pouca manutenção

Este documento tem por objetivo fazer uma breve descrição das árvores e palmeiras selecionadas para compor o plantio do parque Madureira.

MEtodoLoGIA

Foi realizado um levantamento bibliográfico envolvendo: estudos sobre recuperação de áreas urbanas degradadas, manuais de arborização urbana de São Paulo e do Rio de Janeirom, legislação recente do Rio de Janeiro referente ao tema e trabalhos sobre espécies vegetais que atraem avifauna.

As informações ecológicas das espécies foram obtidas através da obra de Lorenzi e de listas de ocorrência de espécies de diversos autores.

Além disto foram consultados técnicos da Fundação Parques e Jardins do Rio de Janeiro e hortos especializados em produção de árvores e palmeiras, no sentido de verificar a viabilidade de fornecimento das mudas dentro das especificações adequadas.

rESuLtAdoS

O componente vegetal do parque é composto basicamente de espécies de porte arbóreo e áreas gramadas. Em alguns casos foram usados elementos arbustivos e outros herbáceos com o objetivo de criar determinado ambiente e marcar acessos.

No projeto de paisagismo do parque, além do aspecto estético, a maior preocupação recaiu sobre o conforto ambiental. Esta região é mais seca do que a faixa litorânea da cidade e mais quente também. Desta forma, buscou-se distribuir a vegetação de grande porte de maneira a proteger as áreas de estar e de jogar. As palmeiras foram plantadas já adultas e bem desenvolvidas de forma a promover ambientes sombreados imediatamente após o plantio.

Dentre as espécies de árvores utilizadas 100% são nativas do Brasil, da Mata Atlântica “latu senso”, ou seja, não só da mata pluvial atlântica, mas também das matas de restinga, das matas decíduas e semidecíduas. Já entre as palmeiras, os arbustos e as plantas herbáceas foram admitidas espécies exóticas, porém bem adaptadas ao clima local, uma vez que existe uma dificuldade real no mercado na produção e fornecimento de espécies nativas, e mais ainda, com o porte necessário para garantia do desenvolvimento das mudas.

Foram plantadas cerca de 1200 espécies de grande porte, sendo 800 árvores e 400 palmeiras e selecionadas 33 espécies de árvores distribuídas em 13 famílias e 14 espécies de palmeiras.

O gráfico abaixo mostra a distribuição das espécies de árvores. A família das leguminosas, incluindo as suas três subfamílias (Caesalpinoidea, Mimoidea e Papilionoidea) como nas

formações florestais naturais no Brasil, é a melhor representada.

A tabela a seguir mostra as espécies de árvores - em ordem alfabética de família e de palmeiras (família Arecaceae).

Espécies de grande porte que serão utilizadas no Parque Madureira. As palmeiras pertencem a família Arecacea. A 3ª coluna indica se a espécie é nativa (N) ou exótica(E).

Sterculiacea 6%

Anacardiacea 6%

Bignoniacea 18%

Bixacea 3%

Boraginacea 3%

Lecythidacea 3%

Leguminosae 40%

Lytracea 3%

Malvacea 3%

Melastomataceae 3%

Myrtacea 9%

Sapindacea 3%

FAMíLIA noME orIGEM

Anacardiacea Tapirira guianensis N

Anacardiacea Schinus terebinthifolius N

Arecacea Carpentaria acuminata E

Arecacea Cyrtostachys renda E

Arecacea Dictyosperma album E

Arecacea Dypsis decary E

Arecacea Dypsis locubensis E

Arecacea Dypsis lutescens N

Arecacea Hyophorbe vercha E

Arecacea Ptychosperma elegans E

Arecacea Ptychosperma macarthurii

E

Arecacea Roystonea oleracea E

Arecacea Syagrus oleracea N

Arecacea Syagrus romanzoffiana N

Arecacea Veitchia merrillii E

Arecacea Wodyetia bifurcata E

Bignoniacea Jacaranda cuspidifolia N

Bignoniacea Tabebuia chrysotricha N

Bignoniacea Tabebuia heptaphylla N

Bignoniacea Tabebuia impetiginosa N

Bignoniacea Tabebuia roseo alba N

Bignoniacea Tabebuia serratifolia N

Bixacea Bixa orellana N

Boraginacea Cordia superba N

Lecythidacea Lecythis pisionis N

Leguminosae Caesalpinoidea

Caesalpinia peltophoroides

N

FAMíLIA noME orIGEM

Leguminosae Caesalpinoidea

Caesalpinia ferrea N

Leguminosae Caesalpinoidea

Senna macranthera N

Leguminosae Caesalpinoidea

Caesalpinia echinata

N

Leguminosae Caesalpinoidea

Peltophorum dubium

N

Leguminosae Mimoidea

Chleoroleucon tortum

N

Leguminosae Mimoidea

Inga laurina N

Leguminosae Papilionoidea

Erythrina speciosa N

Leguminosae Papilionoidea

Bauhinia forficata N

Leguminosae Papilionoidea

Erythrina verna N

Lythracea Lafoensia glyptocarpa

N

Malvacea Chorizia speciosa N

Melastomataceae Tibouchina granulosa

N

Myrtacea Psidium catleyanum N

Myrtacea Eugenia brasiliensis N

Myrtacea Eugenia uniflora N

Sapindacea Sapindus saponaria N

Sterculiacea Pterigota brasiliensis N

Sterculiacea Sterculia chicha N

Page 2: FAMíLIA noME orIGEMrra-website-assets.s3.amazonaws.com/.../pdf/36/MKT-… ·  · 2014-07-01Esta família apresenta apenas 5 es-pécies no Brasil, mas foi utilizada no parque devido

LEGuMInoSAE

Esta família é composta o três subfamí-lias: Leguminosae Caesalpinoidea, Legu-minosae Mimoidea e Leguminosae Papi-lionoidea. Alguns autores consideram as subfamílias como famílias independen-tes. Este grupo de plantas é o melhor representado, em termos de números de espécies, nas formações florestais da mata atlântica. Uma destas subfamílias por exemplo, a Leguminosae Papilio-noidea, ou família Fabaceae apresenta 1500 espécies no Brasil.

A mais importante característica desta família é a capacidade que seus ele-mentos têm de fornecer nitrogênio para o solo, através da associação de um fungo com suas raízes, enriquecendo o solo.

Para nós brasileiros a mais emblemá-tica das Leguminosas é a Caesalpinia echinata, ou Pau Brasil, árvore que deu nome ao país.

As espécies selecionadas para o parque são encontradas facilmente no mercado, são rústicas, a maioria proporciona som-bra o ano todo e apresentam valores ornamentais importantes, além de flores e / ou frutos atrativos para as aves. Mui-tas têm propriedades medicinais, como Bauhinia forficata, utilizada no tratamen-to auxiliar de diabetes entre outros usos.

LYtHrACEA

Esta família apresenta cerca de 150 es-pécies no Brasil. A mirindiba-rosa (La-foensia glyptocarpa) é uma espécie tropical bastante rústica e ornamental, indicada para a arborização urbana e re-cuperação de áreas degradadas.

MALVACEA

A paineira rosa (Chorizia - Ceiba spe-ciosa) é uma árvore de grande porte e vistosas flores rosa. Devido ao armaze-namento de água, seu tronco apresenta um alargamento característico, sendo por este motivo chamada de barriguda em algumas regiões do Brasil. No inte-rior dos seus frutos as sementes ficam envoltas em paina, utilizada para fazer estofados. A resina e a casca têm pro-priedades medicinais.

* Essa espécie não se adaptou ao local e acabou sendo substituída posteriormente.

MELAStoMAtACEAE

Esta família apresenta cerca de 1.000 espécies no Brasil, sendo uma repre-sentante importante da flora brasileira. A espécie utilizada no parque será a Quaresmeira (Tibouchina granulosa), que recebe este nome devido a flora-ção, roxa ou rosa exuberante, na época da quaresma.

MYrtACEA

Família muito bem representada no Bra-sil, com cerca de 1.000 espécies. Entre as árvores mais conhecidas destacam-se a goiabeira (Psidium guajava) e o eu-calipto. As espécies selecionadas para o paisagismo do parque foram: Psidium catleyanum, Eugenia brasiliensis (Grumi-xama) e Eugenia uniflora (Pitangueira). As três espécies são indicadas para re-florestamento visando recuperação de áreas degradadas devido principalmen-te aos seus frutos, que são forte atratati-vo para avifauna.

SAPIndACEA

Esta família possui espécies muito populares no Brasil , como o Guaraná (Paulínia cupanea) e a Lichia (Litchi chi-nensis). A espécie Sapindus saponaria foi selecionada devido a sombra den-sa qua proporciona e ao seu cresci-mento rápido.

StErCuLIACEA

As duas espécies elencadas no plantio do parque foram recentemente coloca-das dentro da família Malvacea. Neste trabalho, que é apenas descritivo, man-tivemos Pterigota brasiliensis e Stercu-lia chicha na família original devido a característica comum destas árvores. Árvores de grande porte e copas co-lunares, ambas indicadas para o reflo-restamento visando a recuperação de áreas degradadas.

AnACArdIACEA

Esta família tem distribuição tropical e subtropical. No Brasil ocorrem cerca de 70 espécies, algumas bem populares entre nós, como a mangueira (Mangifera indica) e o cajueiro (Anacarium occiden-tale). No parque serão utilizadas duas espécies desta família: a Tapirira guia-nensis, espécie que ocorre em quase todas as formações florestais do Brasil, e a aroeira vermelha (Schinus terebinthifo-lia), espécie amplamente utilizada como aromática e medicinal.

As duas espécies atraem aves e os fru-tos da Tapirira guianensis alimenta tam-bém saguis e macacos.

ArECACEA

As palmeiras se diferenciam das de-mais plantas pelo seu aspecto caracte-rístico. É considerada uma das famílias mais antigas, com cerca de 120 milhões de anos. Hoje existem no Brasil cerca de 200 espécies. Devido aos seus valo-res estéticos, aliados ao fato de serem relativamente fáceis de transplantar em idade adulta, estas plantas são ampla-mente utilizadas no paisagismo. Além disto, as folhas de algumas palmeiras são utilizadas pelas aves para constru-ção de ninhos.

Para o parque Madureira foram selecio-nadas 14 espécies de palmeiras. Devido a temperatura local, era muito importante que o parque fosse inaugurado já com ambientes sombreados. Assim, as pal-meiras estão sendo plantadas no parque já formadas, algumas com 14 metros de altura, como as palmeiras Imperiais (Roys-tonea oleracea).

Dentre as espécies nativas mais co-muns podemos destacar Syagrus ole-racea (gariroba) e o jerivá (Syagrus romanzoffiana) pelo amplo uso no pai-sagismo, além de seus frutos atrativos para as aves.

BIGnonIACAE

Esta família, da qual fazem parte os Jaca-randás (Jacaranda) e os Ipês (Tabebuia), está muito bem representada no Brasil em geral , com cerca de 350 espécies, e no Rio de Janeiro em particular pelo valor ornamental das suas espécies.

No parque serão plantadas uma espécie de Jacarandá e cinco de Ipê. Estes se di-ferenciam pelo seu porte e floração.

A palavra Ipê deriva do tupi - casca, ou árvore de casca, assim como a palavra tabebuia - pau que flutua ou pau de for-miga. Os nomes das espécies de Tabe-buia podem ser relacionados a cor da floração: T. chrysotricha – chrysos - dou-rado; T. roseoalba - flores branco rosa-das. Em algumas espécies o nome está relacionado a características das folhas, como T. serratifolia, T. heptaphylla, ou ainda pelo seu uso como planta medici-nal, como T. impetiginosa - usada contra sarna - impetigo. Esta espécie é chama-da também de pau d’arco pelo fato da sua madeira se prestar a construção de arcos de caça.

BIXACEAE

Esta família apresenta apenas 5 es-pécies no Brasil, mas foi utilizada no parque devido a sua rusticidade e seu valor ornamental. As sementes da Bixa orellana, também conhecida como uru-cum, produzem corantes vermelhos e alaranjados utilizados pelos índios para pinturas corporais.

BorAGInACEAE

A espécie desta família utilizada no par-que é a Cordia superba. Árvore de pe-queno porte e flores brancas é bastante rústica e ocorre nas matas de restinga e nas demais formações da mata atlântica.

LECYtHIdACEAE

Esta família está representada por aproximadamente 100 espécies que ocorrem na sua maioria na região ama-zônica. A espécie utilizada no parque, Lecythis pisonis, ocorre na mata atlân-tica. Árvore de grande porte podendo chegar a 30 metros de altura, apresenta frutos característicos da família em for-ma de cuia, sendo um de seus nomes populares “ cuia de macaco”. Estes fru-tos além de utilizados como peças ar-tesanais, alimentam a fauna e tem pro-priedades medicinais.

Detalhe do fruto de Tapirira guianensis

Detalhe do fruto de Schinus terebinthifolia

Syagrus romanzoffiana

Ipê rosa

Bixa orellana

Lecythis pisonis

Caesalpinia ferrea– Pau Ferro

Caesalpinia echinata – Pau Brasil

Cordia superba

Roystonea oleracea

Ipê amarelo

Detalhe da flor e dos frutos

Detalhe do fruto

Chleoroleucom totum

Mirindiba-rosa

Paineira-rosa

Tibouchina granulosa

Detalhe da Eugenia brasiliensis

Sapindus saponaria

Sterculia chicha – detalhe dos frutos

Detalhe da flor de Bauhinia forficata

Detalhe das flores

Peutophorum dubium

Detalhe do ramo

Detalhe das flores

Detalhe das flores

Psidium catleyanum

Detalhe da árvore

Pterigota brasiliensis

Senna macranthera