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Compilação: Paulo Victorino PRÉ-RENASCIMENTO ÍNDICE POR ORDEM ALFABÉTICA Mapa da Itália 004 O Período TRECENTO 005 O Período QUATROCENTO 007 Alesso Baldovinetti 009 Andrea del Castagno 013 Andrea del Verrocchio 017 Andrea Mantegna 023 Antonello da Messina 029 Antoniazzo Romano 033 Antonio Pisanello 035 Antonio Pollaiuolo 037 Antonio Rossellino 041 Benozzo Gozzoli 045

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Compilação: Paulo Victorino

PRÉ-RENASCIMENTO

ÍNDICE POR ORDEM ALFABÉTICA

Mapa da Itália 004

O Período TRECENTO 005

O Período QUATROCENTO 007

Alesso Baldovinetti 009

Andrea del Castagno 013

Andrea del Verrocchio 017

Andrea Mantegna 023

Antonello da Messina 029

Antoniazzo Romano 033

Antonio Pisanello 035

Antonio Pollaiuolo 037

Antonio Rossellino 041

Benozzo Gozzoli 045

Bertoldo di Giovanni 049

Carlo Crivelli 051

Cosimo Tura 055

Della Robbia 059

Desiderio da Settignano 063

Domenico di Bartolo 067

Domenico Ghirlandaio 069

Domenico Veneziano 073

Donatello 077

Ercole de' Roberti 081

Filippo Brunelleschi 083

Filippo Lippi 089

Filippino Lippi 095

Fra Angelico 097

Francesco del Cossa 101

Francesco di Giorgio 103

Francesco Squarcione 105

Gentile Bellini 107

Gentile da Fabriano 109

Giovanni Bellini 111

Giovanni di Paolo 115

Il Sassetta 119

Jacopo Bellini 123

Lorenzo Ghiberti 127

Luca della Robia 131

Luca Signorelli 137

Masaccio 141

Masolino 147

Melozzo da Forlì 149

Paolo Uccello 151

Piero della Francesca 155

Pietro Perugino 159

Pinturicchio 163

Sandro Botticelli 165

Taddeo di Bartolo 171

Vecchietta 173

Vittore Carpaccio 175

Vittore Crivelli 177

Sandro Botticelli – “A Primavera” (detalhe)

- 004 –

Mapa da Itália

- 005 –

O Período TRECENTO O Trecento é um período da História da Arte que se segue à Idade Média

na Itália. Sua diferença vem do fato de que este caminho vai acabar no Pré-

Renascimento, dando início à transformação de todo panorama artístico

europeu. Acontece durante todo Século XIV, e antecede o que se chama de

Quattrocento, a primeira fase do Renascimento.

Em termos gerais, trata-se de uma continuação da arte bizantina, pois muitas

de suas características vieram dessa época da arte.

A pintura do período mostra vários trípticos e usa simples folhas de ouro que

representam o caráter de Deus. As paredes dos monastérios da Toscana estão

decoradas com afrescos desta época.

Entre os florentinos especializados em afrescos, destaca-se o nome de

Giotto, a quem se atribuem as soberbas obras da Cappella degli Scrovegni e

a série sobre a vida de São Francisco de Assis.

Giotto inaugura a tridimensionalidade da arte mural, dando assim corte radical

com a arte bizantina e abrindo caminho para o Renascimento.

No entanto, o Trecento pode ser considerada uma transição do estilo gótico

para a cultura renascentista.

Wikipedia e outras fontes.

- 006 -

A Igreja de Santa Maria dos Anjos, em Bolonha, foi construída a partir de

1328. Por essa época, Gera Popoli, um rico comerciante da cidade,

incumbiu Giotto (1267-1337) de fazer este políptico para decorar a capela

que ele havia comprado para a igreja. O quadro principal, com a Madona e

a criança, acompanhando a estrutura gótica do trono, é seguramente obra

de Giotto, porém, os painéis laterais, com São Pedro, São Gabriel, São

Miguel e São Paulo apresentam certas características díspares, que nos

levam a acreditar que foram pintados por um discípulo de Giotto e não

por ele próprio.

- 007 -

O Período QUATROCENTO O período Quatrocento, se refere aos eventos culturais e artísticos do século

XV na Itália, analisados em conjunto.

Esse período engloba tanto o final da Idade Média (Arte Gótica e Gótico

Internacional), quanto o começo do Renascimento.

A arte renascentista começou a manifestar-se plenamente no

Quattrocento (Século XV) em Florença. A situação econômica, social e cultural

dessa cidade era favorável ao esplendor artístico.

O orgulho dos florentinos expressou-se em seguida nas estátuas dos santos

patronos para os nichos de Orsanmichele (Or San Michele), obra de vários

artistas, entre os quais Donatello e Lorenzo Ghiberti, assim como na maior

cúpula construída desde a antiguidade, erguida por Filippo Brunelleschi na

catedral.

Em 1401 foi realizado naquela cidade um concurso para a confecção das

portas em bronze do batistério de San Giovanni, do qual o vencedor foi Ghiberti.

O pagamento dessas obras escultóricas e arquitetônicas e a decoração dos

palácios, igrejas e monastérios ficou a cargo de ricas famílias de comerciantes e

dignitários, entre as quais se destacou a família dos Medici.

O iniciador da pintura renascentista foi Masaccio. A monumentalidade de

suas composições e o naturalismo de suas obras fazem dele uma figura

essencial da pintura do Século XV, como se pode apreciar nos afrescos da

capela Brancacci.

Outros ícones do Quatrocento foram Piero della Francesca, que se sentiu

atraído pelo valor da luz como elemento expressivo, e Sandro Botticelli, com

quem triunfou um estilo sinuoso e refinado.

Neste mesmo século também podemos destacar a arte dos Flamengos

(região hoje ocupada pela Holanda e Bélgica), que, embora buscando

- 008 -

inspiração na arte italiana, utilizavam cromatismo e luminosidade diferente, além

do que não faziam pintura palaciana e, em suas pinturas, retravam o perfil das

pessoas, a imagem frontal e também cenas domésticas.

Foram os Flamengos que, atentos ao desenvolvimento técnico da arte,

inventaram a tinta a óleo e pintura de cavalete, entre outros aperfeiçoamentos.

Fontes: http://selandoarte.blogspot.com.br/, Wikipedia e outras.

Acima: Masaccio - “Tributo ao dinheiro” (1425)

Abaixo: Cristo e seus discípulos (detalhe)

- 009 -

Alesso Baldovinetti 1427-1499

Alesso Baldovinetti (14 de outubro, 1427 — 29 de agosto, 1499) foi um

pintor italiano do Pré-Renascimento, nascido em Florença e membro de um

grupo de realistas e naturalistas científicos que também incluía Andrea del

Castagno, Paolo Uccello e Domenico Veneziano. Sua obra mostra as influências

de Fra Angelico e Domenico Veneziano. Embora trabalhando primordialmente

com quadros, também produziu mosaicos e vitrais.

Estudou na Academia de Belas Artes de Florença e teria sido discípulo de

Piero della Francesca. Não se sabe ao certo quem foram seus mestres, mas o

estilo refinado, a graça e beleza conduzem inevitavelmente para os nomes já

cidados acima.

Em 1462, Alesso foi contratado para pintar o grande afresco da Anunciação

no claustro da Basílica da Santíssima Anunciação, em Florença.

Era um pintor que imitava os detalhes naturais com fidelidade em paisagens

que tinham um preciso sentido de ar e distância. Começava suas composições

em afresco e as finalizava em secco, uma tempera com uma mistura de gema

de ovo e verniz líquido. Com isso, o pintor acreditava proteger as obras da

umidade. Contudo, a técnica não funcionou, pois partes das pinturas escamaram

com o tempo. Trabalhou na mesma igreja com outros artistas como Giuliano de

Maiano.

Em 1471, trabalhou na Igreja da Santa Trindade, em Florença, na decoração

de capelas. Em 1497, a série de afrescos, que representava vários cidadãos

nobres da cidade, foi avaliada em alto preço por um comitê formado por Cosimo

Rosselli, Benozzo Gozzoli, Perugino e Filippino Lippi.

Hoje apenas alguns fragmentos do afresco permanecem. Aliás, os melhores

trabalhos deste artista ficaram danificados, restando umas poucas

representações de sua obra, entre elas a Natividade (1460-circa), Madona com

criança (1460-circa) e o já citado Anunciação (1460-circa).

- 010 -

O pouco que restou, entretanto, é suficiente para revelar uma sensitividade

especial de Baldovinetti para a luz e a paisagem, numa rara mistura de

simplicidade e sofisticação. Alguns até o consideram o melhor pintor de Florença

na década de 1460, o que se poderia afirmar com maior autenticidade se fosse

possível a aproximação com o restante de sua obra, já perdida.

Abaixo: Retrato de mulher em amarelo (1465)

Óleo sobre madeira – 63 x 40 cm - Fonte: Commons

- 011 –

Alesso Baldovinetti - Madona com criança –

Ano: 1460-1465 – Óleo sobre madeira

106 x 75 cm – Louvre Museum

- 012 –

Madona com criança e Santos

Pintado em 1454 circa

Técnica: Têmpera sobre madeira

Tamanho: 176 x 166 cm

Galleria degli Uffizi, Florence

Fonte: Web Gallery of Art

- 013 -

Andrea del Castagno

(1421 – 1457) Andrea del Castagno (San Godenzo 1421 - Florença, 19 de agosto de 1457)

foi um pintor florentino, influenciado por Masaccio e Giotto. Por sua vez, ele

influenciou a Escola de Ferrara, da qual participavam Cosmè Tura, Francesco

del Cossa e Ercole de Roberti. Foi mestre de Antonio Pollaiuolo.

Pouco se sabe sobre sua formação. Acredita-se que tenha sido aprendiz de

Filippo Lippi e Paolo Uccello. Suas primeiras obras importantes foram os

afrescos de "A última ceia" e "A paixão de Cristo", realizados por volta de

1445 para o refeitório do convento de Sant'Apollonia (posteriormente Museu

Castagno), em Florença, onde se nota especial preocupação com a perspectiva

e a monumentalidade das figuras.

Andrea del Castagno – “A última ceia” - afresco - (1445-1450)

Dimensões 4,53m x 9,75m - Convento de Sant'Apollonia (Florença)

Fonte:The Yorck Project: 10.000 Meisterwerke der Malerei. DVD-ROM,

2002. ISBN 3936122202. Distributed by DIRECTMEDIA Publishing GmbH.

- 014 -

As lições de Donatello, aliás, foram determinantes em seu trabalho posterior,

como se pode apreciar no conjunto "Homens e mulheres famosos", que pintou

com novo estilo, pleno de dinamismo e expressividade, para a Villa Carducci

Pandolfini de Legnaia.

Seu último trabalho foi Monumento Equestre de Niccolò da Tolentino

(catedral de Florença). Nota-se nele uma grande preocupação com a perspectiva

e a monumentalidade das figuras, reflexo da influência de Masaccio e da

escultura de Donatello. (Wikipedia e outras fontes.)

Andrea del Castagno – Monumento equestre de Niccolò da Tolentino

Afresco – 1456 – 833 x 512 cm – Catedral S. Maria del Fiore (Florença)

- 015 –

Andrea del Castagno – Retrato de um homem, 1450 (detalhe)

Rainha Ester, 1450c, afresco 1,50x1,20m, fonte: wikiart.org

- 016 –

Vista geral do cenáculo no refeitório do

Convento de Santa Apolônia

Fonte: Wikimidia Commons

- 017 -

Andrea del Verrocchio 1435 – 1488

Andrea di Francesco di Cione, conhecido como Andrea del Verrocchio,

(Florença, 1435 — Veneza, 10 de outubro de 1488) foi um artista florentino

italiano que esteve ativo durante a pré-Renascença, ou período Quatrocento.

Era escultor, ourives e pintor, e trabalhou na corte de Lorenzo de Médici,

sendo considerado, fora de dúvida, um dos pintores mais influentes de seu

período.

E não é pouca coisa, não. Entre seus alunos incluem-se Leonardo da

Vinci, Sandro Botticelli, Perugino e Ghirlandaio.

Sua obra também acabou por influenciar grandes nomes de sua época, como,

por exemplo, Michelangelo.

Sendo um artista da pré-Renascença, com seu trabalho de artista e de

mestre, ajudou a abrir as portas do Renascimento, que surgiria, em toda a

plenitude, após sua morte.

Além disso, sua versatilidade não tinha limites. Fora a pintura, que o

consagrou, também foi um escultor de primeira grandeza.

Na imagem da página seguinte, vemos “O Batismo de Cristo”, com uma

curiosidade singular: o quadro em si foi pintado por Verrochio, mas os dois

anjinhos que aparecem no canto superior esquerdo foram pintados pelo seu

discípulo Leonardo da Vinci, registrando no ato o nascimento de uma estrela

que iria brilhar sobre todos os artistas do Renascimento.

- 018 -

Neste quadro de Verrocchio, uma curiosidade: os

anjinhos da esquerda foram pintados por seu aluno

Leonardo Da Vinci

Crédito da imagem: “Andrea del Verrocchio - The Yorck

Project: 10.000 Meisterwerke der Malerei. DVD-ROM,

2002. ISBN 3936122202. Distributed by DIRECTMEDIA

Publishing GmbH.”

- 019 -

Verrocchio nasceu em Florença em 1435. Começou a trabalhar como ourives

na oficina de Giulio Verrocchi, de quem tomou o sobrenome. Não se sabe se

foi aprendiz de Donatello. Suas primeiras pinturas são de 1460, quando

trabalhava com Filippo Lippi.

Em 1474 e 1475, pintou O Batismo de Cristo, agora na Galleria degli Uffizi,

em Florença. Nesse trabalho, foi ajudado por seu discípulo Leonardo Da Vinci,

ainda jovem, que terminou a paisagem e o anjo na extrema esquerda.

Segundo Giorgio Vasari, Andrea decidiu então nunca mais pintar, pois

Leonardo o tinha ultrapassado em técnica e genialidade.

Não que abandonasse de vez as artes plásticas, mas, a partir de 1475,

Verrocchio começou a se dedicar quase inteiramente à escultura.

Em 1478, Verrocchio começou seu trabalho mais importante, uma estátua

equestre de Bartolomeo Colleoni, que tinha morrido três anos antes. O

trabalho foi encomendado pela República de Veneza.

Esta era a primeira tentativa de produzir uma estátua com uma das pernas

do cavalo longe do chão. A estátua é também notável pela expressão

firme de comando no rosto de Colleoni.

- 020 -

Verrocchio enviou para seus clientes um modelo da estátua em cera no ano

de 1480. Oito anos depois, ele mesmo mudou-se para Veneza para ajudar na

fundição da estátua. Contudo, morreu antes de terminar o trabalho.

Em Florença, dirigiu um ateliê com muitos alunos de pintura. É provável que

tenha estudado pintura com Alesso Baldovinetti e escultura com Antonio

Rossellino.

Em 1467, dava início a sua obra mais importante em Florença, "Cristo e São

Tomé" na fachada de Or San Michelle, concluída em 1483. (detalhe abaixo)

Sua primeira obra de grande porte foi o suntuoso sepulcro de Pedro de Médici

e João de Médici na igreja de San Lorenzo, em Florença, que foi concluído em

em 1472, notável pelo uso de mármore e pórfiro coloridos em associação com

ornatos de bronze.

Sua morte deixou inacabado o túmulo do cardeal Foteguerri (1476–1488) na

catedral de Pistoia, que foi terminado por escultores barrocos do século XVII.

Como os grandes artistas, teve uma alma tumultuada, com muitas idas e

vindas em seus planos, reconsiderando muitas das decisões já tomadas e

mudando de rumo com alguma frequência.

Sua obra foi grandiosa, mas, talvez, a obra maior, foi preparar jovens

talentos que iriam desabrochar nas décadas seguintes, alguns deles

destronando o próprio mestre.

- 021 –

Andrea del Verrocchio – “Tobias e o anjo”

tempera s/madeira (84 × 66 cm) — c. 1470

- 022 –

Madona e a criança - Andrea del Verrocchio

1470 (circa – Tempera sobre madeira

66 x 48.3 cm – Metropolitan Museum (NY)

- 023 -

Andrea Mantegna 1431-1506

Andrea Mantegna (Vicenza, região do Veneto c.1431 - Mântua, 13 de setembro

de 1506) foi um pintor e gravador do pré-Renascimento na Itália e um dos mais

importantes pintores do Quatrocento no Norte do país. Mestre da perspectiva,

contribuiu de maneira destacada para o desenvolvimento das técnicas de

composição da pintura renascentista.

Nascido em Isola di Carturo, próximo a Vicenza, no ano de 1431, dez anos

depois aparece como aprendiz e filho adotivo do pintor Francesco Squarcione,

em Pádua.

- 024 -

Demonstrou sempre um apaixonado interesse pela antiguidade clássica. A

influência, tanto da escultura antiga romana como das obras de seu

contemporâneo Donatello fica evidenciada no tratamento que Mantegna confere

às suas figuras humanas. Estas se distinguem por sua solidez, arredondamento

das formas, volume, expressividade e precisão anatômica.

Seus trabalhos principais foram de cunho religioso. Um dos primeiros e mais

destacados foi uma série de afrescos sobre a vida de São Tiago e São

Cristóvão, realizados para a capela Ovetari, na igreja dos Eremitani (1456) que,

lamentavelmente, foram seriamente danificados durante a Segunda Guerra

Mundial.

Em 1459, Mantegna viajou para Mântua como pintor da família Gonzaga,

mudando sua temática religiosa pela secular, com utilização de alegorias. Sua

obra prima foi um conjunto de afrescos (1465-1474), feito para o quarto

nupcial no palácio do duque de Mantua.

Com esta obra, a arte da perspectiva ilusionista alcançou novos limites,

convertendo-se no protótipo do tromp l’oeil (ilusão de tridimensionalidade),

usada mais tarde no barroco e no rococó.

As refinadas figuras da corte não só aparecem representadas contra o fundo

da parede, como também dentro de um efeito de espaço tridimensional, como

se as paredes tivessem desaparecido.

- 025 -

A ilusão se prolonga até o teto, que parece estar aberto aos céus, com

servos, um pavão real e querubins apoiados e reclinados sobre um corrimão.

Os últimos trabalhos de Mantegna variaram na qualidade. Sua maior tarefa,

uma série de nove telas, intitulado Os triunfos de César (1489), é de um

classicismo seco, frio. Já o Parnaso (1497), pintura alegórica, é mais leve e

cheio de animação.

Reconheça-se, porém, que sua obra nunca deixou de ser inovadora. Em A

Virgem da Vitória (1495) introduziu um novo critério de composição, baseado

em diagonais, bastante explorado, algum tempo depois, por Corregio. Já em

Cristo morto (1506) há uma utilização de técnicas que seriam aproveitadas mais

tarde pelo Maneirismo, na pós-Renascença.

- 026 –

Andrea Mantegna – “A Virgem da Vitória”

Mantegna, uma das principais figuras da arte na segunda metade do Século

XV, dominou influiu durante cinquenta anos na pintura do Norte da Itália.

Também, graças a ele, alguns artistas alemães, sobretudo Albrecht Dürer,

puderam conhecer os descobrimentos artísticos do Renascimento italiano.

(Enciclopédia Encarta em espanhol e outras fontes)

- 027 –

Fonte: Commons

- 028 –

Fonte: Commons

- 029 -

Antonello da Messina 1430-1479

Antonello di Giovanni d'Antonio, em siciliano Antonellu di Giovanni

d'Antoniu di Missina, de seu nome artístico Antonello da Messina (Messina,

1430 — Messina, 1479) foi um dos melhores pintores do Renascimento italiano.

Nativo da Sicilia, Antonello da Messina é considerado um dos introdutores,

na Itália, das técnicas pictóricas de óleo criadas nos Países Baixos.

Fazendo parte de uma família de artesãos, Antonello da Messina teve, desde

cedo, um grande contato com as artes, sobretudo com a pintura, arte pela qual

se apaixonou.

Realizou a sua aprendizagem de 1445 a 1446 com o mestre Niccolò Antonio

Colantonio, em Nápoles. Aqui começou a perceber a importância da luz, que já

vigorava na pintura italiana, mesmo estando na pré-Renascença.

Supõe-se que trabalhou em Milão, por volta de 1450, para os patronos da

cidade: os Sforza. Tal hipótese revela-se quase uma certeza, já que nas actas

dos Sforza figuram pintores contratados, entre eles "Antonellus Sicilianus",

que se supõe ser Antonello da Messina.

Os seus trabalhos eram muitas vezes confundidos os de artistas flamengos,

devido ao detalhismo e solene rigor, à harmonia dos tons e das cenas

representadas, à delicadeza das cores, aspectos típicos dos "Primitivos

Flamengos", como Jan van Eyck (1390:-1441) e Van der Weyden(1400-1464).

Porém, a partir de 1460, decidiu voltar-se para a pintura italiana e

notoriamente renascentista, começando a usar a perspectiva, a destacar as

figuras representadas e a dar mais ênfase às cores, sendo que, neste período,

se destaca a influência de Piero della Francesca.

Tais aspectos são visíveis no quadro A Virgem e o Menino

(1460) Imagem na página 030.

- 030 –

Antonello da Messina –

“A Virgem e o menino” - 1460

- 031 -

Mestre conhecido em toda a Itália, foi contratado em Veneza, onde realiza

uma das suas obras-primas: o Retábulo de São Cassiano, em 1476. Contudo,

sentindo-se doente volta a Messina, a sua terra natal, onde morre dias depois.

Da sua obra há que denotar A Virgem da Anunciação, obra pintada em 1475

e albergada atualmente pelo museu siciliano "Palazzo Abatellis", e São

Sebastião.

A sua obra influênciou muitos artistas, entre eles Petrus Christus, Lorenzo

Lotto, Zanetto Bugatto, Pier Maria Pennacchi e Giovanni Bellini.

Wikipedia e outras fontes.

Antonello da Messina “La Annunciata”

(Virgen da Anunciación) 1476 (circa)

- 032 –

Antonello da Messina – “A flagelação de Cristo”

(1476-circa) - Óleo sobre madeira – 30x21 cm

Musée du Louvre, Paris

Fonte: http://www.wga.hu/html

- 033 -

Antoniazzo Romano 1430-1510

Antoniazzo Romano, nascido Antonio di Benedetto Aquilo degli Aquili

(1430 — 1510) foi um pintor italiano do pré-Renascimento, a principal figura da

escola Romana durante o período Quatrocento.

Antoniazzo nasceu em Roma, incluindo em seu nome artístico o gentílico de

sua cidade natal. Influenciou-se primeiramente pela maneira decorativa de

Benozzo Gozzoli e Fra Angelico, bem como pelos pintores do Lácio. Trabalhou

para a corte papal.

Em 1467, completou a decoração da capela funerária do Cardeal

Bessarion na Basílica dos Santos Doze Apóstolos de Roma. No centro da

decoração havia um ícone da Virgem, agora na Capela de Santo Antônio, uma

cópia dos ícones bizantinos que estavam em Santa Maria in Cosmedin, a igreja

dos gregos em Roma.

O ícone é um dos mais impressionantes exemplos da produção de Virgens

de Antoniazzo, geralmente tirados de modelos bizantinos. Participou da

decoração do Palácio Apostólico, junto com artistas como Perugino, Melozzo

da Forlì e Ghirlandaio.

Antoniazzo foi um dos três fundadores da Academia de São Lucas, a guilda

de pintores e criadores de iluminuras de Roma. (Wikipedia e outras fontes).

- 034 –

Algumas das “Madonas” de Antoniazzo

- 035 -

Antonio Pisanello

(Antonio di Puccio Pisano)

1395-1455?

Antonio Pisanello (1395 — 1455) foi um dos mais importantes pintores da

pré-Renascença Italiana, período que ficou conhecido como Quatrocento.

Mais conhecido pela arte da medalha, Pisanelo, ou Pisano, foi um dos

primeiros artistas de sua época a trabalhar baseado no conceito da realidade

concreta, em lugar de aceitar a tradição medieval, que era a de copiar desenhos

já existentes. Abaixo, medalha feita por Pisanelo em 1446 (circa)

Antonio di Puccio Pisano nasceu em Pisa, Itália, em 27 de novembro de 1395.

Colaborou com Gentile da Fabriano em afrescos para o palácio dos doges, em

Veneza, entre 1415 e 1422, e para a igreja de São João de Latrão, em Roma,

depois de 1427.

- 036 -

Entre seus afrescos, os únicos remanescentes são "Anunciação" e "São

Jorge libertando a princesa de Trebizonde", respectivamente nas igrejas de

San Fermo e Santa Anastasia, ambas em Verona. Essas obras caracterizam-se

por detalhes do estilo gótico internacional -- do qual o artista jamais se libertou

de modo completo -- mas já em transição para o renascentista.

San Jorge y la princesa (c. 1436-1438),

Iglesia de Santa Anastasia (Verona).

Fonte: The Yorck Project: 10.000 Meisterwerke der Malerei. DVD-ROM,

2002. ISBN 3936122202. Distributed by DIRECTMEDIA Publishing GmbH.

A fama de Pisanello deve-se sobretudo às medalhas de bronze em baixo-

relevo, que trazem no verso cenas simbólicas da vida e do caráter dos

homenageados.

Seus desenhos, os únicos do século XV quase intatos, estão preservados

no códice Vallardi (Museu do Louvre, Paris).

Pisanello morreu por volta de 1455, provavelmente em Roma. (Enciclopédia

Britânica e outras fontes.)

- 037 -

Antonio Pollaiuolo 1429? - 1498

Antonio del Pollaiuolo (17 de janeiro 1429/1433 - 04 de fevereiro de 1498),

também conhecido como Antonio di Jacopo Pollaiuolo ou Antonio Pollaiuolo,

foi um pintor, escultor, gravador e ourives italiano que atuou durante o pré-

Renascimento (Quatrocento). Seu local de nascimento é Florença.

O irmão Piero também era artista e os dois trabalharam juntos com

frequência, mesclando suas habilidades. O trabalho de ambos evidencia a

orientação para os clássicos e um especial interesse pela anatomia. Nesse

propósito, chegaram a realizar dissecações para melhorar os seus

conhecimentos sobre o assunto.

Eles adotaram o sobrenome Pollaiuolo (granjeiro) numa lembrança ao

comércio de seu pai, que se dedicava à compra e venda de aves (Pollaio

significa "galinheiro", em italiano). Os primeiros estudos de ourivesaria e

metalurgia aconteceram sob a orientação do pai, enquanto que Andrea del

Castagno provavelmente ensinou-lhe pintura.

- 038 -

Outras fontes relatam que ele trabalhou na oficina de Bartoluccio di Michele

em Florença, onde Lorenzo Ghiberti também recebeu formação artística.

Durante este tempo surgiu o interesse pela gravura.

Alguns momentos da pintura de Pollaiuolo revelam uma forte expressividade

como se nota, por exemplo em O Martírio de São Sebastião (abaixo) , pintado

em 1473-1475 para a capela Pucci da SS. Annunziata de Florença .

- 039 -

Na contrapartida, seus retratos de mulheres apresentam uma calma e uma

atenção meticulosa aos detalhes da moda, como, aliás, era comum nos

retratistas da época.

Pollaiuolo alcançou seus maiores sucessos como um escultor e gravador em

metal. Entretanto, a identificação de suas obras é muito irregular e, por vezes,

duvidosa, pois a amálgama entre ele e seu irmão era tanta que muitas obras se

executavam simultaneamente a quatro mãos.

Das gravuras, só uma sobreviveu, “A batalha dos homens nus” (abaixo),

mas, pelo seu tamanho excepcional e pela sofisticação dos detalhes, ela criou

novos padrões no gravurismo e essa peça continua sendo uma das mais

famosas gravuras do pré-Renascimento.

(La battaglia dei nudi d'Antonio Pollaiuolo, 1465–1470, 42x70cm

- 040 -

Em 1484, Antonio fixou residência em Roma, onde executou o túmulo do

Papa Sisto IV, terminado em 1493, e que agora se encontra no Museu de São.

Pedro. Trata-se de uma composição na qual ele novamente manifesta a

tendência ao exagero nas características anatômicas das figuras.

Em 1496, foi para Florença, a fim de dar os últimos retoques ao trabalho já

iniciado na sacristia do Espírito Santo.

Morreu em Roma como um homem rico, após ter acabado o mausoléu do

Papa Inocêncio VIII, também em São Pedro, e foi enterrado na igreja de San

Pietro in Vincoli , onde se levantou um monumento em sua homenagem.

Não restam dúvidas de que sua principal contribuição para a pintura florentina

está na análise detalhada do corpo humano em movimento ou em condições de

pressão. (Enciclopédia Britânica e outras fontes)

ABAIXO: “Philosophy” (1484-1493) Bronze -

Basilica di San Pietro, Vatican -

Fonte: http://www.wga.hu/

A figura alegórica (baixo relevo em bronze) é uma das peças

que compõe o túmulo do Papa Sixtus IV.

A animação da figura e a tensão da decoração evocam o estilo

de Verrocchio, mestre de Da Vinci e rival de Pollaiuolo. Como

anatomista que era, Pollaiuolo deu atenção especial aos

músculos e veias, aos gestos e ao imaginário movimento da

figura, desperta de sua posição estática.

- 041 -

Antonio Rossellino 1427-1479

Antonio Gamberelli, mais conhecido como Antonio Rossellino (Settignano,

1427 - Florença, 1479) foi um escultor e arquiteto da Itália.

Irmão mais jovem de Bernardo Rossellino, de quem recebeu instrução e

influência, e a quem auxiliou como aprendiz em vários trabalhos. Foi um mestre

no retrato, deixando várias peças de grande qualidade nesse gênero, como os

de Giovanni Chellini (1456) e Matteo Palmieri (1468), com um estilo realista

acentuado.

Sua melhor obra é o grande conjunto da Tumba do Cardeal de Portugal (c.

1460), em São Miniato al Monte, na periferia de Florença, com uma complexa

combinação de arquitetura, escultura e pintura. A concepção da arquitetura do

nicho se deveu a Antonio Manetti, e os detalhes arquiteturais ficaram a cargo

de outro irmão de Antonio, Giovanni Rossellino. Teve ainda a ajuda de

Bernardo, segundo a crítica, a identidade estilística de Antonio permanece

dominante.

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Representou uma significativa evolução no conceito de monumentos

fúnebres, dando-lhe muito maior dinamismo e unidade, com uma forte

caracterização no retrato do falecido, sendo um dos melhores exemplos em seu

gênero em todo o período Quatrocento.

Também deixou várias Madonas e outro monumento importante para Filippo

Lazzari (1464).

Antonio Rosselino – Natividade

Escultura – Firenze (Itália) 1888 (circa)

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Baixo Relevo - Antonio Rossellino,

“Madonna delle Candelabre”, 1457-1461 ca,

79x57 cm, collezione privata - Fonte: Commons

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Antonio Rossellino – “Madona e a criança”

Baixo Relevo em mármore

Imagem: http://www.art-prints-on-demand.com/