revista supernova nº 3

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Revista 25 de maio de 2011 | Edição 3 | Ano I Oxi De olho no preço dos combustíveis Viajar para o exterior pode ser fácil ECONOMIA TURISMO A droga, considerada o “novo crack”, é a mais agressiva já existente pg 11 pg 16 pg 04 Xadrez ajuda jovens a se desenvolverem pg 18 EDUCAÇÃO Apreciação de museus: uma questão formativa pg 08 CULTURA bahianoticias.com.br

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Terceira edição da Revista laboratório Supernova desenvolvida pelos alunos do 3º ano de Comunicação Social hab. Jornalismo, turma 2009, período noturno, da Universidade Estadual de Londrina (UEL). 25 de maio de 2011.

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Page 1: Revista Supernova nº 3

Revista25 de maio de 2011 | Edição 3 | Ano I

Oxi

De olho no preço dos combustíveis

Viajar para o exterior pode ser fácil

Economia

Turismo

A droga, consideradao “novo crack”, é a mais

agressiva já existentepg 11

pg 16

pg 04

Xadrez ajuda jovens a se desenvolverem

pg 18

Educação

Apreciação de museus: uma questão formativa

pg 08

culTura

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anot

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Page 2: Revista Supernova nº 3

02 25 de maio de 2011

A divulgação de um capítulo do livro Por uma vida melhor, da professora aposentada de língua portuguesa da rede estadual de São Paulo, He-

loísa Ramos, e o anúncio de que o Ministério da Educa-ção (MEC) não alterará o sistema de escolha de obras didáticas, causou enorme polêmica nos últimos dias. Debates em torno do assunto colocaram em polvoro-sa a comunidade formadora de opinião e o tom geral é de escândalo. A publicação é destinada à educação de jovens e adultos e foi distribuída a 4.236 escolas espalhadas pelo território nacional. O livro versa sobre concordância verbal e nominal, defende o uso da lin-guagem popular, admite e legitima erros gramaticais graves como “os livro ilustrado mais interessante estão emprestado” e “nós pega o peixe”.

Mesmo sob duras críticas por parte de políticos, professores, jornalistas e da própria Academia Bra-sileira de Letras (ABL), a ONG Ação Educativa, res-ponsável pela produção do livro, afirma que “de forma nenhuma” considera necessário o recolhimento dos exemplares. Linguistas solidários à causa da entidade e da autora dizem que condenações são infundadas e

que há que se considerar as enormes diferenças entre língua culta e coloquial, atreladas, na maioria das ve-zes, à condição social do cidadão.

É claro que devemos compreender a evolução da língua e suas diferentes manifestações nos estratos sociais, entretanto, o que não se pode é endossar fa-lhas grosseiras, ainda mais quando isso for feito com dinheiro público. Por uma vida melhor avisa que o por-tuguês tal qual os exemplos do início deste texto pode gerar preconceito linguístico, mas não menciona o fato de que o português culto, formal é o cobrado em en-trevistas de emprego e concursos públicos, por exem-plo. Ora, estaríamos invalidando a função propulsora da educação se investirmos na manutenção do que é errado. Apesar das diversas particularidades de nossa língua como organismo vivo, o português oficial é um só e a forma como ele é ministrado não pode mudar em função da linguagem oral, que, como sabemos, é bem diferente da escrita. Ir contra o padrão da língua é como ensinar tabuada errada, é depreciar a escola enquanto instrumento de efetiva ascensão social.

Danylo Alvares

Fazer crônica não é fácil. Um dos principais mo-tivos que me levam a dizer isso é porque você tem que unir pontos quase invisíveis a olho nu

para que seu texto não seja um conto, um artigo, um rascunho ou um desenho abstrato, mas, sim, uma crô-nica. E mesmo que você tenha uma precisão invejável e consiga unir ponto a ponto, não dá pra garantir que sua crônica, além de crônica, seja uma boa crônica.

Esses tais pontos que digo são aqueles que apren-demos nas aulas de redação ao longo dos anos e que decoramos para não reprovar. Estou tão cansada de ouvi-los, que prefiro apenas citá-los. Temporalidade, conexão com o cotidiano, identidade entre narrador e leitor. Aí tem os pontos ocultos, que não são neces-sariamente obrigatórios, mas existem. O texto curto, o tom humorístico, a crítica velada. Tem gente que con-segue traçar tudo isso com leveza e estilo próprio, mas nem todo mundo é Veríssimo ou Cony.

Eu venho treinado há muito tempo para conseguir fazer uma boa crônica. Eu analiso ponto a ponto, ten-to com muito esmero responder às expectativas dos postuladores das normas que regem a crônica, leio e releio. Às vezes é crônica, mas fica ruim. Às vezes é

boa, mas não é crônica. Fico tão injuriada com esse problema meu que dei a pensar no porquê de a crôni-ca ser tão complicada, mesmo com tanta dedicação. A resposta é cruel, meus amigos.

Minhas crônicas saem ruins porque eu vejo muita coisa errada. E eu acho que ela tem que criticar isso tudo, aí perde o humor, perde a graça, a leveza. Os tiros pela cidade que eu coloco no texto mancham de sangue as palavras. A crônica fica feia, não sei falar de coisa triste. A crônica boa que não é crônica, eu falo do que vejo de bom. Dos pássaros cantando na janela e dos lindos cabelos louros das meninas rosadas que trançam com as linhas da minha crônica. Fica bonito, mas cadê o choque da realidade?

Eu pensei muito e talvez eu não consiga fazer crô-nica porque eu não aceito esse mundo. Crônica não pode falar só de coisa boa, a vida é cheia de coisas ruins. Tem que falar do mundo que existe, não do mun-do onde a gente deveria viver. Se eu tivesse nascido Veríssimo ou Cony, talvez conseguisse fazer crônica de qualquer coisa, mas, amigos, não nasci. Assumo: fazer crônica não é fácil porque esse mundo é muito difícil.

Luciana de Castro

Opinião: Educar para a vida

Crônica: A dificuldade em não ser Cony

Page 3: Revista Supernova nº 3

Economia

pg.Valor nas bombas preocupa motoristas 04

comporTamEnTo

pg.Descontos elevados, possíveis contratempos 06

culTura

pg.Museu inova paraatrair frequentadores 08

capa

pg.Conheça o“novo crack” 11

Turismo

pg.As facilidades para viajar ao exterior 16

Educação

pg.O importante papeldo xadrez nas escolas 18

cidadEs

pg.Um novo cenáriopara Escola de Circo 20

EsporTE

pg.Badmintonsem barreiras 22

A morte do terrorista mais procurado do mundo, Osama Bin Laden, não significa que ataques contra civilizações ocidentais e populações

que não tenham o extremismo islâmico como reli-gião, sejam interrompidos graças ao anúncio de Ba-rack Obama que chamou a atenção mundial em 02 de maio de 2011.

Inimigo número um dos Estados Unidos, Bin Laden foi um mártir para seus seguidores do grupo terrorista islâmico, Al Qaeda, ao comandar os ataques de 11 de setembro de 2001 que mataram3000 pessoas de 54 nacionalidades em Nova Iorque, Washington e Pensil-vânia. O anúncio da morte de Osama trouxe prestígio político ao presidente dos EUA no momento em que sua popularidade estava em baixa.Em seu discurso, Obama reafirmou que não irá divulgar a foto do terro-rista morto para provar ao mundo “seu feito” a fim de não alimentar o ódio dos extremistas islâmicos.

E não será preciso que se divulguem imagens para aumentar a raiva e desprezo por parte dos inte-grantes da Al Qaeda, espalhados pelo mundo, contra as potências ocidentais, pois eles bem sabem que seu líder fora morto. O símbolo de mártir que havia entre eles se foi e, mesmo enfraquecido, o grupo ain-da representa uma ameaça, uma vez que se perdeu apenas um membro, o bando ainda resiste.Logo, a possibilidade de vingança não deve ser descartada.

A morte de Osama Bin Laden será uma ferida que não irá cicatrizar tão cedo entre os seus seguido-res e caberá aos principais alvos desse grupo saber como se preparar para que outro 11 de setembro não aconteça.

Expediente

Editorial:O fim de Osama

Docente responsável: Rosane BorgesProdução: Estudantes do 3º ano de Comunicação Social hab. Jornalismo da UEL

Edição:Danylo AlvaresFagner SouzaHellen PereiraLuciana de Castro

Diagramação:Amanda FrançaLucas GodoyLucas RodriguesMarcy Saraiva

Reportagem: Beatriz BevilaquaCarol MoureCinthia MilanezEnrickson VarsoriLuciana FrancisoVanessa FreixoWillian CasagrandeYuri Bobeck

SUMáriO

Revista laboratório

25 de maio de 2011Edição 3 - Ano I

Diagramador-Chefe: Plínio Venditto

Page 4: Revista Supernova nº 3

04 25 de maio de 2011

Economia

Lucros recordes da estatal petrolífera e aumentos vertiginosos nos preços dos combustíveis fazem uma combinação explosiva ao bolso do consumidor

YuRI BoBEck

Nos últimos meses tem-se acompanhado uma ele-vação no preço dos combustíveis como há muito não se via no país. O litro da gasolina e do etanol

chegou a ultrapassar a barreira dos três reais nas bom-bas. Tamanho era o absurdo nos valores repassados ao consumidor que o governo decidiu intervir, reduzindo em 6% o preço da gasolina e em 13% o do etanol.

Esta situação levou a Petrobrás, empresa que detém os direitos de exploração dos combustíveis no país e que controla a maior parte do que é comercializado, através da

BR Distribuidora, a acatar a decisão do governo federal, e baixar os preços nos postos BR. Medida que fez com que a concorrência também agisse da mesma forma.

Procurada pela reportagem, a Petrobrás informou por meio de nota oficial que desde o ano de 2009 o litro da gasolina é revendido às distribuidoras na porta das re-finarias ao preço de R$ 1,05. A petrolífera detalhou que quatro impostos são embutidos no valor final do litro, o que faz com que o combustível chegue aos postos acima de dois reais (ver gráfico). A estatal afirmou ainda que a entressafra da cana-de-açúcar e fatores climáticos adver-sos levaram ao aumento expressivo do custo do etanol.

Petrobrás e sua auto-suficiência

Auto-suficiência ainda não garante

benefícios ao consumidor

Div

ulga

ção

Page 5: Revista Supernova nº 3

0525 de maio de 2011

Impostos cobrados no combustível

Lucros da Petrobrás nos últimos anos

O G

lobo

Cartel dos postos em LondrinaNa cidade de Londrina, a situação de quem precisa

abastecer é ainda pior. Como se não bastasse o exor-bitante preço pago por litro, a formação de um cartel de combinações de mercado faz com que o consumidor fi-que a mercê de donos de postos, que fixam um valor para revenda.

A equipe de Supernova percorreu oito estabelecimen-tos no centro da cidade, e todos os responsáveis se nega-ram a dar esclarecimentos. Um deles chegou a dizer que não repassaria informações sobre os preços praticados, pois “estaria se comprometendo”.

O Ministério Público já investigou uma formação de cartel no município, entre os anos de 2006 e 2007. As apurações concluíram que 12 donos de postos efetuaram prática lesiva aos consumidores, porém nenhum deles foi preso. A pena foi uma multa de 30% do faturamento anual, referente à época da investigação, além de uma notifica-ção de que, em caso de reincidência, a autorização junto a ANP (Agência Nacional do Petróleo) seria cassada.

Quem também coordena ações de fiscalização nos postos da cidade é o Procon, que periodicamente faz um levantamento dos preços e divulga em sua página na in-ternet. Para o coordenador municipal do órgão, Carlos Neves Júnior, os dados servem para que o consumidor possa se precaver contra eventuais abusos. Neves tam-bém ressalta o papel fiscalizador por parte dos motoristas. “Essas operações de fiscalização serão rotineiras, e aque-les que não estão dentro da lei, que se adéquem, pois a multa é pesada. Também devemos solicitar ao motorista que nos informe sobre qualquer irregularidade para que possamos agir de forma a sempre proteger o consumidor contra eventuais abusos econômicos.”

Versão do Sindicombustíveis-PRO Sindicato dos Combustíveis do Paraná deu sua ver-

são sobre a alta nos preços e também sobre a manipula-ção de mercado verificada em Londrina. Em entrevista, o presidente do sindicato, Roberto Fregonense, afirmou que o ponto fundamental para a solução do problema parte do governo, pois o combustível é usado para a obtenção de divisas para o Estado, que se sustenta através de uma pesada carga tributária. “O que eu tenho visto nos últimos anos é o aumento de impostos, e não a queda. Temos rei-vindicado com o governo estadual uma equiparação dos impostos com os demais estados do país, para que não haja tão grande distorção de preços. Porém, infelizmente, o governo faz do combustível seu caixa, e acho muito difí-cil que ele altere sua arrecadação”.

Questionado sobre o cartel já constatado em Londri-na, Fregonese esquivou-se e afirmou que se tratava de “casos isolados e pontuais que não poderiam ser levados ao pé da letra”.

MotoristasPara motoristas, a atual situação é insustentável,

já que parte do orçamento familiar fica comprometida com os gastos em abastecimento. É o caso do taxista Ricardo Yamatomo, de 42 anos. “O preço praticado é inaceitável, mesmo com essa pequena queda no preço do etanol. Quem vive do transporte com eu, no fim das contas trabalha para pagar o combustível”.

Já o gerente de vendas Alessandro Paulino, de 37 anos, faz referência a preços praticados por postos de uma mesma localidade. “Eu não consigo enten-der essa oscilação. Ontem, vi um posto que vendia etanol a R$ 1,49 e, a menos de 300 metros, outro que comercializava a R$ 1,79. É ridículo o que vem acontecendo no município”, afirma Paulino.

Apenas a título de curiosidade, nos EUA, maior economia do mundo, o valor do litro da gasolina não chega a R$ 1,40, enquanto na vizinha Argentina, o litro sai por R$ 1,10. Já na Venezuela de Hugo Chá-vez, onde o petróleo é controlado pela estatal boliva-riana PDVSA e subsidiado pelo governo, o combustí-vel custa o equivalente a 17 centavos.

Div

ulga

ção

Page 6: Revista Supernova nº 3

comporTamEnTo

Sites de compras coletivas oferecem até 90% de desconto,

mas é preciso cuidadona hora de comprar

VAnEssA FREIxo

Novidade em 2010, febre em 2011. O número de sites de compra coletiva ultrapassou mil em fevereiro deste ano, e juntamente com

esse crescimento, a quantidade de reclamações também aumentou.

As principais queixas feitas pelos consumidores são quanto ao tratamento diferenciado entre o clien-te de compra coletiva e o consumidor sem descon-to, cobrança efetuada duas vezes e a dificuldade em cancelar uma transação. Além disso, muitos fornece-dores não estão preparados para atender o número elevado de clientes.

Mas segundo Leonardo Bortoletto, especialista em negócios e soluções digitais, o código de defesa do consumidor resguarda os direitos do cliente quando o problema envolve a relação de compra e venda, mes-mo que a relação seja feita por meio eletrônico.

O Ministério da Justiça, juntamente com a Secre-taria de Direito Econômico e o Departamento de Pro-teção e Defesa do Consumidor, lançou ano passado diretrizes do comércio eletrônico que abrangem to-das as fases da relação de consumo. O item 2.6, por exemplo, diz que o consumidor tem o “direito de arre-pendimento nos contratos de comércio eletrônico” e a possibilidade de “desistir do contrato firmado no prazo de sete dias sem necessidade de justificar o motivo” e sem qualquer encargo.

Com relação às fraudes pela internet, Bortoletto acredita que “o que pode favorecer esse tipo de ação é a falta de investimento em segurança por parte das empresas e de orientação do consumidor”.

Experiência frustanteFabricio Zuccherato vive o dilema de um negócio

online malsucedido. Ele comprou três tablets (figu-ra ao lado) com 50% de desconto cada. O valor do produto estava de R$ 500 por R$ 249 em um site de compra coletiva. Bastante vantajoso, até o momento

em que viu cancelados os cupons que dão direito à retirada da mercadoria. “Eu entrei no site em que efetuei a compra e vi que meus cupons haviam sido cancelados. Na hora, tentei encontrar uma justificativa para aquilo e resolvi ligar para a empresa responsável pelo pagamento virtual. Disseram que houve um problema na transferência do dinheiro. Mas isso não faz sentido”.

Fabricio também entrou em contato diretamente com o site de compras e foi informado que a aquisição não tinha sido fi-nalizada. A questão é que nem o site, nem a empresa de paga-mento conseguiram dar uma justificativa clara para o fato de o dinheiro ter sido debitado em conta, os comprovantes emitidos, mas o cupom para retirar o produto cancelado.

Do ponto de vista de Zuccherato, um dos motivos da confu-são foi que a empresa não suportou a venda de mais de 1200 tablets e, por isso, alguns cupons foram cancelados. Além dele, outros consumidores têm reclamado da mesma promoção.

Já Leandro Assef Ferreira recebeu por e-mail a proposta tentadora de locar dois filmes por semana, durante três me-ses, no valor de R$ 9,90. O plano online de locação, no qual o cliente escolhe os filmes via internet e recebe as mídias em domicílio, custa cerca de R$ 130 no valor normal.

“Na hora, eu vi a maior vantagem do mundo, efetuei a com-pra, li o regulamento das datas de entrega para a região e já escolhi os que assistiria no final de semana. Quando fui à loja

Por trás do desconto coletivoGoogle Imagens

06 25 de maio de 2011

Page 7: Revista Supernova nº 3

0725 de maio de 2011

para saber se eu não poderia retirar os filmes no mes-mo dia, informaram que o plano online não era aconse-lhado nem pelos próprios atendentes, pois não cumpria prazos estabelecidos. E como eles [os entregadores] atrasam o fornecimento dos filmes, também postergam a devolução. No entanto, se o filme fica em seu poder, você paga uma multa!”, indignou-se Leandro Ferreira.

Ao perceber a desvantagem na contratação do servi-ço, Leandro tentou cancelar a operação, direito previsto em lei. O problema é que não havia a opção de cance-lamento na Central de Usuário e, por isso, ele fez o pedi-do via e-mail, solicitação esta que nunca foi atendida.

Fique atentoSérgio Oliveira, sócio fundador de um dos sites de

compras que operam na cidade, acredita que se o con-sumidor tomar alguns cuidados básicos, como verificar na web se há reclamações acerca do site em que se pretende comprar, as chances de transtornos ocasiona-dos pela transação reduzem muito.

O consumidor também deve ficar em alerta e averiguar se os sites oferecem páginas com certificado de seguran-ça e espaço de atendimento ao cliente. Outro ponto impor-tante é como é feito o pagamento virtual. Na hora fechar o pedido, fique atento às empresas de pagamento online terceirizadas e aos convênios que elas têm com bancos e administradoras de cartões.

DicaSites como o Reclame Aqui e o Ouvidoria Urbana dão

espaço para o cliente reclamar de uma compra, venda, atendimento ou serviço que não lhe agradou. No Reclame Aqui, é possível encontrar protestos de todo o tipo e até mesmo abaixo-assinados. Antes de efetuar uma compra, vale a pena visitar o endereço e constatar se não há ne-nhuma reclamação sobre o aparelho eletrônico ou o serviço oferecido no qual você está interessado. Já no Ouvidoria Pública, além de relatos de insatisfação, também é possível conferir resenhas positivas de consumidores satisfeitos com sites nos quais compraram.

Atenção: sites confiáveis de compra coletiva oferecem páginas

seguras e espaço de atendimento ao cliente

Google Imagens

Page 8: Revista Supernova nº 3

08 25 de maio de 2011

Um novo olhar para as artes

plásticas

Em meio a diversas datas comemorativas para o

Museu de Artes de Londrina, o foco principal é ensinara população a apreciar

as obras artísticas

Quem caminhava pela Rua Sergipe naquela manhã de sábado, des-

viou sua atenção ao ser sur-preendido por uma música que ressoava entre os sons dos carros. Em frente ao prédio do museu, uma banda entoava

cARol MouRE diversas melodias não apenas com o propósito de encantar os ouvidos, mas também de atrair os olhos às obras expostas no Museu de Artes de Londrina.

Neste dia, 14 de maio, o Mu-seu abriu a exposição “Jóias do Acervo”, com 51 obras es-colhidas dentre as 400 que compõem o acervo da institui-

ção, realizada especialmente devido ao 18º aniversário do Museu de Artes, comemorado no dia 13, além da Semana Nacional de Museus, entre os dias 16 e 22 de maio, e, tam-bém, o Dia Internacional dos Museus, no dia 18. Para apro-veitar um período com diversas datas importantes, a opção es-

culTuraFo

tos:

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oure

Page 9: Revista Supernova nº 3

0925 de maio de 2011

Um novo olhar para as artes

plásticas

colhida foi convidar a Banda de Músicos de Londrina para tocar na abertura e chamar o público até a porta e virem os quadros, esculturas e gravuras expostas. No decorrer da apresentação, a frente do museu ficou reple-ta de pessoas ouvindo o som. “Eles vem atraídos por causa da música”, explica Nanci Fen-ner, pedagoga do museu.

Porém, poucos foram aque-les que entraram para ver as obras de arte. Para Nanci, en-quanto a música atrai a aten-ção, as artes plásticas, por serem estáticas, não causam a mesma reação. A pedagoga também explica que a maioria das pessoas que visita as ex-posições nestas situações aca-ba não entendendo as obras, o que as afastam da exposição.

Questão culturalMesmo assim, vazio rara-

mente o museu está. Nanci conta que, sendo uma cida-de universitária, a população londrinense inclina-se mais à apreciação das artes plás-ticas. Todavia, esse aspecto não é suficiente, pois “às vezes os pais, a família, não apre-ciam”, conforme explica Nanci. Ela também elucida o fato de boa parcela do público julgar que, para serem consideradas como “arte”, as obras precisam ser necessariamente eruditas. Segundo a pedagoga, “é muito mais uma questão de cultura”.

Diretora do museu, Sandra Jóia explica que a quantida-de de visitas oscila conforme a época e ano. “De 2001 para cá o público aumentou bastan-te por estarmos fazendo uma programação rotativa”, segun-do ela, o museu promove, hoje

em dia, outras exposições e eventos, não apenas o acervo permanente que era mostrado antes. Sandra complementa que “o museu se tornou um órgão vivo com várias ações culturais abertas à população em geral”.

Segundo a diretora, os fre-quentadores mais assíduos são pessoas que já tem um costume de visitar museus. En-tretanto, àqueles que não pos-suem esse hábito, existe um trabalho de formação de uma cultura museológica. Porém, esse trabalho é relativo, pois está ligado à educação para as artes “Trabalhar com arte e cultura é um processo lento,

formativo, e nós temos que fo-car esse processo justamente nas crianças”, conta Sandra. Para a diretora, o estímulo à visita de espaços culturais per-mite à criança aprender a gos-tar quando adulta. O programa educativo, iniciado em 2004, auxiliou o acesso ao museu. Visitas escolares passaram a preencher a agenda. Para as visitas monitoradas, a diretora detalha que basta agendar e, havendo um horário disponível, é possível fazer a visita.

Existe um trabalho para a im-plementação de um sistema de museus, com folders em hotéis e espaços públicos explicando sobre os diversos museus da

O prédio histórico, projetado pelos arquitetos Villanova Artigas e Cascaldi, é considerado também uma obra

Page 10: Revista Supernova nº 3

10 25 de maio de 2011

A música atrai os pedestres para

conhecerem as artes plásticas expostas

O Museu de Artes de LondrinaO museu foi criado em

1993, após discussões so-bre o que o prédio da antiga estação rodoviária, projetado pelos arquitetos João Batis-ta Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi, abrigaria. A cons-trução é tida como um marco da arquitetura moderna do Paraná. “O objetivo era per-mitir o acesso às artes” conta Sandra Jóia. Assim, haveria a possibilidade de apreciação por parte da população das obras locais.

A instituição conta com um

acervo de aproximadamente 400 obras compostas por ar-tistas tanto nacionais quanto locais, como Agenor Evangelis-ta, Fernando Augusto, Claudio Tozzi, Aldemir Martins e Wanda Grade. Há também uma biblio-teca com cerca de três mil títu-los ligados às artes.

Além das exposições e ativi-dades, o museu também reali-za no primeiro sábado de cada mês o projeto “Sábado tem Arte no Museu”, que busca envolver quem passa pela rua nas ações culturais realizadas e mostrar a

produção artística local.O museu, localizado na rua

Sergipe, 640, funciona de se-gunda à sexta, das 9h às 18h, e sábado das 9h às 13h.

Museu expõe 51 obras na exposição “Jóias do acervo”

cidade e o que eles oferecem, para estimular as visitas tanto de turistas quanto dos habitan-tes. “Muitas pessoas que vem de fora vem justamente para visitar o museu”, explica San-dra, completando que “o cida-dão tem que vivenciar o que a cidade oferece”.

Semana nacionalCom o tema Museu e Memó-

ria, a 9ª Semana Nacional de Museus mobilizou instituições museológicas de 502 cidades do país, por meio da realiza-ção de mais de 3 mil ativida-des. Em Londrina, o Museu de Artes de Londrina e o Museu Histórico de Londrina Pe. Car-los Weiss, localizado na Rua Benjamin Constant, oferece-ram atividades gratuitas vincu-ladas à semana. A exposição “Jóias do Acervo”, que faz par-te das comemorações do ani-versário do Museu de Artes e do Dia Internacional dos Mu-seus, ficará aberta ao público até dia 08 de junho.

Page 11: Revista Supernova nº 3

Outra pedra no meio do caminho

Enquanto o crack ainda preocupa as autoridades, o oxi, droga mais potente e barata já encontrada, caminha para se tornar o novo grande problema de saúde pública brasileiro

WIllIAn cAsAgRAndE

capapareobonde.blogspot.com

Page 12: Revista Supernova nº 3

12 25 de maio de 2011

“Nunca experimente o crack. Ele cau-sa dependência e

mata”. Essa frase foi largamen-te difundida há um ano e meio pelo Ministério da Saúde (MS), na época administrado por José Gomes Temporão. Campanha Nacional de Alerta e Preven-ção do Uso de Crack, iniciada em dezembro de 2009 e que se estende até hoje, aditivada por outras ações com o mesmo direcionamento, veio para com-bater a epidemia da droga no Brasil – a qual, segundo pesqui-sa da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack, de 2010, já viciou 1,2 milhões de brasilei-ros. O mote era a tríade comba-te, prevenção e tratamento. No entanto, esse velho problema, ainda sem qualquer previsão de término, está se fundindo a outro ainda pior: o oxidado, ou simplesmente oxi, considerada a droga mais perigosa e barata existente.

O oxi pode ser conside-rado o “novo crack”. É uma pedra com-posta por uma mistura de pasta base de cocaína com combustível, como quero-sene e gasoli-na, e cal virgem, mas pode ser aditivada com outros elementos - até água de bateria. A diferença em relação à mistura do crack – pasta base de cocaína, amoní-aco e bicarbonato de sódio, em geral - barateia a produção: o oxi é a droga mais barata já vista

em circulação e pode ser vendi-da em alguns lugares a R$2, en-quanto o crack é encontrado no mercado das drogas por cerca de R$8. O oxidado tem aspec-to muito semelhante ao do cra-

ck, embora apresente, dependen-do da quan-tidade de s u b s t â n -cias em sua com-p o s i ç ã o , cor mais a m a r e l a -da ou mais arroxeada.

Quando queimado no cachimbo, produz uma fumaça enegrecida, enquanto a do crack é branca. Também solta um óleo viscoso, com cheiro muito forte, devido à presença de combustível na mistura. A pedra de oxi tem, em média, o dobro de quantidade

de cocaína do que a de crack. As duas pedras são vendidas, geralmente, de modo indiscrimi-nado, o que reforça a ideia de que o oxi pode estar circulando no país há tempos sem ter sido notado. Outro fator que piora o quadro é a facilidade em se produzir o oxi, pois, já que usa produtos que são legalizados, diferentemente do crack – que apresenta substâncias de venda controlada. Misturando o com-bustível e a cal junto da pasta base, em uma panela, obtém-se a droga sem problemas.

O oxidado começou a circular no Brasil em meados dos anos 2000, no Acre, estado que faz divisa com a Bolívia e o Peru. Embora as autoridades não con-firmem, a droga pode ter se es-palhado por 11 estados brasilei-ros: Acre (AC), Amazonas (AM), Ceará (CE), Bahia (BA), Distrito Federal (DF), Mato Grosso do Sul (MS), Minas Gerais (MG),

“o sujeito acaba se isolando da família, dos amigos, de tudo. Abdica-se da vida

particular para fumar em tempo quase

integral.”

Pedra de oxi diferencia-se da de crack por ser mais

amarelada ou arroxeada, de acordo com a mistura ba

hian

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ias.

com

.br

Page 13: Revista Supernova nº 3

São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Paraná (PR) e Rio Grade do Sul (RS). A maior apreensão foi em São Paulo, na Capital: 5 mil papelotes, os quais estavam prontos para consumo, foram encontrados em um barraco na favela de Heliópolis, Zona Sul, por policiais da Divisão Esta-dual de Narcóticos (Denarc). A Polícia Civil (PC) do Paraná, do Ceará e do Rio de Janeiro ainda não confirmou as apreensões.

No Paraná, já houve dois ca-sos de possíveis apreensões da droga. Em Cascavel, 143 gra-mas de pedras que continham o princípio ativo bezoilmetilecgo-nina, comum ao crack, à cocaí-na e ao oxidado, e em Maringá, 600 gramas de pedras contendo o mesmo princípio ativo. O de-legado do Denarc de Londrina, Lanevilton Theodoro Pereira, não quis conversar com a re-portagem a respeito das apre-ensões porque, segundo ele, as informações são oficiosas.

Difícil identificaçãoPara agravar o problema do

oxidado no País, mais especifi-camente no Paraná, é muito di-fícil identificá-la. As apreensões já executadas demoraram dias para serem confirmadas – e algumas, provavelmente, nem serão. O químico legal Vinicius Felix Perazolo, chefe do Labora-tório de Toxicologia do Instituto Médico Legal (IML) de Londrina, explica que a única maneira viá-vel de identificar a droga no es-tado é por meio da análise com o aparelho de Cromatografia Lí-quida de Alta Eficiência (CLAE) - High Performance Liquid Chro-matography (HPLC), em inglês -, que leva o nome de uma técnica que distingue os componentes da droga por pressão atmosféri-ca. O aparelho, no entanto, não

está disponível. “O único CLAE do Paraná, o do IML de Curitiba, está quebrado desde novembro do ano passado”, diz Perazolo.

Segundo o químico, peque-nas doses das substâncias apreendidas pela Polícia Cien-tífica vão para análise no IML de Curitiba. O Instituto da Ca-pital, então, emite laudos que comprovam se há substâncias ilícitas. Mas há, de acordo com Perazolo, análise de apenas quatro substâncias nas amos-tras, dentre elas o princípio ativo benzoilmetilecgonina, a cafeína e a lidocaína, estas duas disponíveis à população em uma simples xícara de café ou em um remédio anestésico. “Não há identificação de mais substâncias, portanto não há possibilidade de saber do que a amostra é composta.”

Problemas estruturais tam-bém acometem a toxicologia da Polícia Científica do Paraná e prejudicam o serviço da iden-tificação do oxi. A unidade de Londrina, que, conjunta com a de Curitiba, é a única do esta-do, tem uma área de cobertura de 80 municípios, sendo que, no estado todo, há só 73 médicos legistas. A falta de abrangência

e de recursos humanos é notá-vel, e isso reflete na qualidade do atendimento. “Há cerca de três mil análises, parte delas oriundas daqui, estacionadas em Curitiba, e não é possível parar e resgatá-las porque a de-manda é contínua”, explica. No dia 19, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) anunciou que fará uma auditoria nas 17 unidades do Paraná, a fim de verificar as dificuldades infraestruturais, fi-nanceiras e de recursos huma-nos dos órgãos.

“Barato” devastador, trata-mento complexo

Se o crack já causa efeitos devastadores e é muito viciante, o oxi pode tomar o seu lugar e popularizar-se ainda mais, tanto por não ser caro quanto por causar dependência mais rapidamente. O vício vem logo com as primeiras vezes, mas a sensação de prazer - o popular “barato” - aparece quase que instantaneamente, em menos de 10 segundos, e dura alguns minutos – dependendo da mis-tura, pode chegar a 15 minutos. Essa efemeridade do prazer que a substância causa é o prin-cipal fator da sua capacidade de vício, já que, quanto maior o

Vinícius Felix Perazolo, químico legal. “No Paraná, não há a identificação das substâncias por enquanto”W

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Page 14: Revista Supernova nº 3

14 25 de maio de 2011

tempo de “ba-rato”, menor é a necessidade de se drogar n o v a m e n t e para se sentir satisfeito.

Segundo o psiquiatra Luis Paulo Garcia, alguns dos efeitos mais agudos que acom-etem quem usa oxidado, crack ou cocaína, são taquicardia, hipertensão, hipertinía (exac-erbação do humor) e a popular “paranóia” ou “nóia” (sensação de perseguição que vem junto do “barato”). O oxi, porém, cau-sa alguns resultados a mais, como diarréia e vômitos, provo-cados pela inalação dos gases provenientes dos combustíveis.

Apesar de ele ser, em tese, mais perigoso, Garcia comen-ta que é difícil afirmar, muitas vezes, o que o usuário consu-miu. “É muito co-mum ver droga batizada hoje

em dia. Até na cocaína, que é a mais pura e mais difícil de mis-turar, é possível incluir farinha ou outras substâncias muito tóxicas para aumentar o lucro e a massa do produto”, diz.

A história de vida de quem usa drogas pesadas é, em geral, sofrida. Por serem mais baratas, circulam predominantemente em lugares como favelas e bair-ros pobres, alastrando-se e

provocando epidemias de vício. Garcia vê nessas drogas “out-ras opções”, que provocam uma cadeia complexa: são baratas e mais potentes e, por isso, aca-bam se tornando as únicas ca-pazes de satisfazer as necessi-dades psíquicas dos usuários. Quem usa, após pouco tempo, tem suas relações sociais seria-mente prejudicadas. “O sujeito acaba perdendo o emprego, isolando-se da família, dos ami-gos, de tudo. Abdica-se da vida particular para fumar em tempo quase integral.”

Usuários de drogas pesadas como o oxi tendem a procurar ajuda médica, infelizmente, em último caso, segundo o psiquia-tra. “Primeiro, eles minimizam o vício e não se consideram dependentes, mesmo que con-

o único aparelho presente no PR que

pode ser usado para identificar o oxi está quebrado desde novembro

Jovem fumando pedraem lata. Cena é comum em algumas cidades do Acre, onde o uso deoxi é comparadoa uma epidemia

politicaetc.com.br

Page 15: Revista Supernova nº 3

sumam regularmente; depois, passam a ver que a necessi-dade de fumar o oxi é imperiosa, diária, e decidem fazer a desin-toxicação. Mas, mesmo assim, muitos deixam a internação em último caso.” De acordo com o psiquiatra, arrastar o problema é o mais comum e também o mais perigoso. “Com usuários de al-gumas drogas lícitas, como o álcool, o vício pode chegar anos

após o primeiro contato. O oxi e o crack, pelo contrário, viciam rapidamente e merecem muito mais cuidados, porque podem matar em pouco tempo, talvez meses.” A opinião do especial-ista vem para complementar uma pesquisa recente, a única conhecida a respeito da droga no país. A Associação Brasileira de Redução de Danos (Aborda), entidade que organiza projetos

para disseminar políticas públi-cas ligadas ao enfrentamento dos problemas causados pe-las drogas, em parceria com o Ministério da Saúde, observou 100 usuários de oxi por um ano. No término da pesquisa, um ter-ço deles morreu.

É inevitável pensar em uma política de saúde pública para conscientizar os indivíduos so-bre os efeitos do oxi. Garcia é da opinião de que, mesmo an-tes do oxidado ser alvo de estu-dos massivos, o Estado deve começar desde já a informar, por meio da mídia e de tra-balhos sociais, sobre os efeitos da droga. “(O oxi) É muito no-civo, não pode esperar. Além disso, atinge os usuários do crack, que são muitos e podem se confundir ao usar a nova droga”, enfatiza. Não esperar que o problema tome propor-ções enormes como as do crack deve ser a principal preo-cupação do governo. Afinal, o oxidado existe, e da forma mais obscura e perigosa possível: está camuflado.

Qual é qual?As semelhanças entre o crack e o oxi são grandes, mas as duas drogas

guardam diferenças fundamentais. Confira as mais importantes:

- Modo de produção: mistura de pasta base de coca ou cocaína, amoníaco, bicarbonato de sódio e água.- Concentração de cocaína: 40%- Aparência: branca.

- Modo de produção: mistura de pasta base de coca ou cocaína, cal virgem e querosene ou gasolina.- Concentração de cocaína: 80%- Aparência: branca, se houver mais cal virgem; amarelada, caso haja mais gasolina; roxa, quando há igual propor- ção de cal e gasolina.

“Tratamento demoraa ser buscado”,

afirma o psiquiatraLuiz Paulo Garcia

Willian Casagrande

CRACK OXI

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16 25 de maio de 2011

Viajar para o exterior ficou mais fácil

Com as constantes desvalorizações do dólar, moeda brasileira ganha peso e faz com que brasileiros busquem uma nova opção de lazer, a viagem para fora do país

Turismo

EnRIckson VARsoRI

Com a queda do dólar, o real tem um maior valor no mercado inter-

nacional, um atrativo para que brasileiros viagem mais para o exterior. O poder de compra au-menta, e a busca por pacotes turísticos, assim como ofertas também, e isso impulsiona a economia e o lazer de muitos que sonham com uma viagem para fora do país. Se-gundo dados d i v u l g a d o s neste ano pela Orga-nização Mun-dial de Turismo (OMT), entre 2000 e 2008 as viagens inter-nacionais somavam um cresci-mento de 4,2% ao ano. Já em 2011, ouve um crescimento de 67% só neste quadrimestre.

Empresas especializadas

em turismo investem maciça-mente sobre o aquecimento da moeda nacional, fazendo pa-cotes de viagem, que incluem hotel, passagens aéreas e passeios turísticos. Milton Ju-nior, gerente comercial de uma empresa de turismo, comemo-ra com a valorização da moeda nacional. “Esse ano, tivemos um crescimento liquido de 21%

e esperamos até o final do ano um crescimento ainda maior”.

Outro fator i m p o r t a n t e são os preços mais aces-síveis das e m p r e s a s áreas, que

diminuíram o valor das passa-gens chegando a uma econo-mia de 15 a 20%. Se o turista antecipar suas compras ainda consegue parcelar suas pas-sagens áreas e se programar com os futuros gastos. Dados

divulgados pela empresa de vi-agens e turismo online decolar.com, mostram que os brasile-iros têm como principal escolha os Estados Unidos, mostrando uma queda nos preços que chegam a quase 16% se com-parado ao mesmo período do ano passado. A América Latina também teve alta como desti-no, sendo Santiago e Buenos Aires os principais destinos. Apesar do barateamento das passagens, Argentina teve um aumento de 19% no valor da passagem neste ano.

Rotas alternativasA procura por destinos mais

conhecidos e ofertados nem sempre é a melhor escolha para o bolso. A busca por ro-tas culturais e turísticas alter-nativas vem crescendo, pelos descontos conseguidos na hora da compra da passagem aérea. Esse foi o caso da estu-dante Samantha Machado, 21, que teve sua primeira viagem, decidindo ir para África do Sul.

se o turista antecipar suas compras ainda consegue parcelar

suas passagens áreas e se programar com

os futuros gastos.

Page 17: Revista Supernova nº 3

Passaporte é necessário?Qualquer viagem internacional

é necessária emissão do passa-porte. Ele é um documento que comprova sua cidadania e seus dados pessoais, sendo utilizados em todos os países. No caso do Brasil, só não é necessário utilizá-lo em caso de viagens para alguns países da América Latina, pois existe um acordo cunhado em 1991 pelo MERCOSUL.

Para emissão do documento, a Polícia Federal conta com postos de atendimento ao consumidor. Através do site http://www.dpf.gov.br , são informados os documen-tos necessários para a emissão, e depois de pagar a taxa do governo federal de R$ 188,40 será preciso agendar uma entrevista para a re-tirada da documentação. A valida-de do passaporte para maiores de 18 anos é de cinco anos. (E.V.)

Decolagem: mais brasileiros

têm viajado para o exterior

Fotos: Arquivo

“Decidi ir para África por diver-sos fatores. Além de a cultura ser diferente, o país fala inglês e poderia aplicar o esse idioma que aprendi aqui no Brasil. Mas farei essa viagem princi-palmente porque meu noivo estuda naquele país”.

Vantagem financeiraA estudante ressalta a difer-

ença cambial. “Destinos como América do Norte e Europa são muito caros pela moeda e seu custo de vida. Eu pen-sei nisso quando decidi minha rota. O curso que fiz na África eu pagaria cerca de quatro vezes mais se fosse na Euro-pa, provavelmente.”

Page 18: Revista Supernova nº 3

18 25 de maio de 2011

Os benefícios do xadrez

Em Londrina, estudantes do ensino público utilizam o esporte para desenvolver o raciocínio e o convívio social

Educação

“Vejo no xadrez um modelo exato da vida humana, com sua

luta diária, suas crises e seus in-cessantes altos e baixos”, disse uma vez o russo Garry Kaspa-rov, campeão mundial do espor-te. A analogia estava correta. O xadrez, jogo milenar e de origem bastante controversa, ensina a lidar com as adversidades e estimula a tomada de decisões. Mais do que um jogo de estra-tégia, ele melhora o raciocínio lógico e a concentração, sobre-tudo em crianças e jovens em idade escolar.

A reportagem de Supernova

conversou com o diretor da Es-cola Estadual Benjamin Cons-tant em Londrina, Paraná, e com alguns enxadristas - nome dado aos praticantes do esporte – ta-lentosos da região. O londrinen-se Lucas Henriquwe da Silva, de 16 anos, foi campeão brasi-leiro colegial no ano passado e neste ano já venceu o campe-onato paranaense na categoria sub 18. Lucas Henrique explica como o xadrez entrou em sua vida “A escola foi primordial no meu aprendizado. Eu desco-bri aqui o jogo, fui incentivado por amigos e principalmente pelo nosso diretor, depois aca-bei procurando livros técnicos e treinando com outros jogado-

res pela internet”. O estudante também reparou ao longo dos anos que seu raciocínio lógico ficou muito mais rápido e que a dedicação e o “foco” foram fato-res primordiais para torná-lo um grande jogador.

Na escola Benjamin Cons-tant também há outros talentos, como Lucas Tacconi da Silva, também de 16 anos e campeão paranaense por cinco vezes consecutivas, e Renan Felix Jacob, que também já foi cam-peão paranaense. Para Renan, o ensino de xadrez deveria ser implantado em todas as esco-las públicas brasileiras, porque, segundo o estudante, além de aprimorar vários campos do in-

BEAtRIz BEVIlAquA

Fotos: Beatriz Bevilaqua

Page 19: Revista Supernova nº 3

1925 de maio de 2011

telecto, o esporte estimula a so-ciabilidade “A gente acaba tam-bém aprendendo a conviver com outras pessoas, descobrindo outras realidades”, afirma.

DificuldadesProfessor Dirceu Vivan, que

assumiu a direção da Escola Estadual Benjamin Constant em 2001, trabalha juntamente com o “Projeto Futuro”, uma iniciativa desenvolvida pela Prefeitura da cidade por meio da Fundação de Esportes de Londrina (FEL) que visa, dentre outras tantas me-didas, introduzir efetivamente o xadrez nas escolas públicas. No momento, a FEL tem tido pro-blemas em encontrar estagiá-rios com experiência em xadrez para monitorarem os alunos e, por isso, desde o início deste ano, o projeto de xadrez está parado nas escolas estaduais. Ainda assim, alguns professores de Educação Física trabalham a modalidade durante as aulas. A Fundação de Esportes garantiu que haverá outro processo sele-tivo em junho desse ano para a contratação dos monitores “Es-peramos que apareçam estagiá-rios qualificados em xadrez para que o projeto possa voltar”, dis-se o porta-voz da Fundação.

Além desse impasse, os en-xadristas Lucas Henrique, Lucas Tacconi e Renan Jacob também comentam as dificuldades que enfrentam quando as competi-ções ficam fora da cidade “Nós precisamos de algum patrocí-nio para as competições, fica-mos angustiados em não saber se vamos conseguir chegar até o local do evento. Juntamos as nossas economias para poder participar, mas nunca sabemos se de fato a quantia será sufi-ciente para a viagem. É muito frustrante!”, lamenta Tacconi.

Escolas municipaisAo contrário das escolas esta-

duais, que dependem do Proje-to Futuro para dar continuidade ao ensino do xadrez, as escolas municipais de Londrina têm o jogo introduzido na disciplina de Educação Física desde o ano de 1994. O idealizador dessa inicia-tiva, Professor Eduardo Abraão, explica como a ideia surgiu “In-troduzimos o jogo na disciplina porque os alunos não estavam tendo um bom desem-penho nas aulas de Ma-temática. Em pouco tempo foi possível perceber a evolução dos estudantes, o xadrez ajuda no desenvolvimento do raciocí-nio lógico”, atesta. Abraão conta que um dos exercícios feitos em sala de aula com os alunos é a produção das peças e do tabu-leiro utilizados no jogo com ma-teriais reciclados “É interessan-te porque trabalhamos o jogo e ao mesmo tempo a questão da preservação do meio ambiente”, explica Abraão.

Nas escolas de Londrina

também existem campeonatos internos de xadrez e todos os participantes ganham meda-lhas de mérito, independente da colocação. Eduardo Abraão acredita que essa medida in-centiva os jovens iniciantes no esporte. Outra estratégia de in-centivo é a produção de peças de xadrez em alto relevo para que deficientes visuais possam ser inseridos no esporte, essa novidade deve chegar em bre-

ve às escolas da rede muni-cipal de ensi-no. Todos es-ses esforços tentam trazer

maior popularidade ao xadrez, que traz benefícios visíveis ao ser humano, como, por exem-plo, o desenvolvimento do ra-ciocínio lógico observado pelo Professor Eduardo Abraão en-tre os alunos do ensino munici-pal. Mais do que isso, o esporte também valoriza a autoestima do jogador e possibilita uma disputa saudável entre duas pessoas, trazendo ao jovem a chance de viver ainda me-lhor em grupo ou comunidade.

Os benefícios do xadrez

Renan Jacob, campeão paranaense, Lucas Henrique, campeão brasileiro, o Diretor Dirceu Vivan e Lucas Tacconi,

campeão paranaense por 5 vezes consecutivas

“o xadrez ajuda no desenvolvimento do

raciocínio lógico”

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20 25 de maio de 2011

E o espetáculo continua...

Depois de perder a sede para uma empresa de telefonia local, a Escola de Circo de Londrina

finalmente conseguiu um novo espaço

cidadEs

O s últimos meses fo-ram difíceis para alunos e funcioná-

rios da Escola de Circo de Londrina. Isso porque a atual sede da instituição pertence à empresa de telefonia Ser-comtel, que ganhou, na jus-tiça, a reintegração de posse do terreno. De acordo o dire-tor da escola, Sérgio Oliveira, um recurso de 29 mil reais do PROMIC, o Programa Muni-cipal de Incentivo à Cultura, vai bancar o aluguel da nova sede a partir deste mês.

Entretanto, esse espaço não apresenta uma infra-es-trutura ideal para a realização de determinados exercícios. “Esse espaço não oferece condições técnicas, principal-mente para os aparelhos aé-reos”, adverte Sérgio. Diante disso, a diretoria da escola oficializou um pedido junto à Secretaria Municipal de Edu-

cação para desenvolver parte das atividades em um colégio próximo à atual sede, mas ainda não obteve resposta.

Segundo o diretor da esco-la, esse recurso do PROMIC vai bancar o aluguel do novo espaço por apenas dez me-ses. Caso o Projeto Vila Cul-tural, que concedeu esse va-lor de 29 mil reais à instituição há dois anos, seja aprovado novamente, o aluguel estará garantido por mais dez me-ses. “O pior de tudo é a incer-teza e, consequentemente, a impossibilidade de a gente planejar as ações da escola, o circo está abandonado por aqui”, desabafa Sérgio.

Assistência A Sercomtel divulgou, por

meio de nota, a pretensão em ajudar a Escola de Circo de Londrina a construir um espaço que atenda às ne-cessidades mínimas dos fun-cionários e dos alunos. Esse

cInthIA MIlAnEz

espaço, segundo a assesso-ria da empresa, poderia ser construído em um barracão abandonado na Zona Norte da cidade, mas o projeto ain-da não saiu do papel.

EventosMesmo envolvida nesse

conturbado processo de dis-puta de terreno com a Ser-comtel, a Escola de Circo participou de vários eventos relacionados à categoria. No

Mesmo com as dificuldades enfrentadas nos últimos meses, a Escola de Circo de Londrina continua espalhando a sua magia pela cidade

Crédito: Arquivo

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ano passado, por exemplo, alunos da instituição foram ao I Festival da América Latina de Circo Social, sediado na ci-dade de Goiânia. Neste ano, o mesmo evento vai acontecer em Campinas e o diretor da escola adiantou que os prepa-rativos estão a todo o vapor.

Responsabilidade socialA Escola de Circo de Lon-

drina existe desde 1997 e atende, gratuitamente, mais

de 100 jovens na cidade. Desse número, 30 fazem par-te do curso profissionalizante e os demais, são assistidos pela instituição com o objeti-vo de incluí-los na experiên-cia artística. “Esse projeto lá na Zona Norte, que acontece no Colégio Moacir Teixeira, não tem como objetivo pro-fissionalizar os jovens, mas sim, dar oportunidades para que eles conheçam o mundo do circo”, explica o diretor.

AtividadesPor enquanto, as aulas da

Escola de Circo acontecem de segunda a sexta-feira, entre 14h e 17h, no espaço pertencente à Sercomtel, que fica na Avenida Higienópolis, nº 1849. A partir do próximo mês, as atividades vão acon-tecer na nova sede, localiza-da na Rua Acre. A instituição é mantida com recursos do PROMIC e com a contribui-ção de outras entidades.

Mesmo com as dificuldades enfrentadas nos últimos meses, a Escola de Circo de Londrina continua espalhando a sua magia pela cidade

2125 de maio de 2011

Page 22: Revista Supernova nº 3

22 25 de maio de 2011

As mãos que seguram as raquetes

Estudantes do Ilece são destaques em competições estaduais de Badminton e

provam que para a prática do esporte não existem barreiras físicas ou mentais

EsporTE

As raquetes, a peteca e a quadra são as mesmas. O que difere as pessoas com

necessidades especiais dos outros atletas é a categoria em que com-petem. O segundo esporte mais praticado no mundo chegou há cerca de um ano e meio no Insti-tuto Londrinense para Crianças Excepcionais – Ilece. O professor de educação física Edmundo Silva

lucIAnA FRAncIsoNovais, 43 anos, apresentou o Ba-dminton aos estudantes e os ajuda a conquistar espaço nas competi-ções estaduais. Além dos benefí-cios do esporte para a saúde física, como perda de peso e aumento da coordenação motora, a nova moda-lidade melhora a qualidade de vida dos deficientes intelectuais. A auto-estima dos atletas aumenta cada vez que rebatem a peteca para o

outro lado da quadra.Em 2010 a equipe do Ilece

participou de campeonatos regio-nais em Londrina e Arapongas. Neste ano, os atletas participaram na Copa Oeste de Badminton, na cidade de Toledo e da 1ª Etapa do Campeonato Paranaense de Badminton. Segundo o professor, a noção de ganhar ou perder é trabalhada com os alunos no dia

Equipe de estudantes e treinadores do Ilece no Country

Club Londrina. Os atletas competiram nos dias 14 e 15 de maio pela 1ª Etapa

do Campeonato Paranaense de

Badminton

Fotos: Luciana Franciso

Page 23: Revista Supernova nº 3

a dia escolar. A tristeza em não trazer uma me-dalha para casa não é maior pelo fato de serem deficientes “eles entendem que nem todos voltam com medalhas e torcem pelos colegas mesmo ga-nhando ou perdendo”. Novais comenta que um dos momentos mais emocionantes que presenciou, foi quando ao convocar o estudante para um campe-onato, o atleta se desmanchou em lágrimas e em agradecimentos pelo convite.

Vai, Jeniffer!Na arquibancada, Maria da Paz, 43 anos, só des-

via os olhos de seu crochê quando a filha Jeniffer da Silva entra em quadra. A jovem de 18 anos com-petiu na 1ª etapa do Campeonato Paranaense de Badminton e alcançou o 1º lugar na categoria espe-cial. Jeniffer é portadora da síndrome da fenilceto-núria, doença genética que a impede de processar uma parte da substância fenilalanina. O tratamento exige que o paciente corte da dieta o excesso de proteínas, e incorpore às refeições alimentos com formulação especial. Caso o tratamento não seja seguido à risca, o portador pode ter problemas no desenvolvimento motor e intelectual.

Maria diz que a doença da filha foi detectada no teste do pezinho, mas decidiu não seguir o tratamen-to após desavenças com a médica da criança. Aos sete anos, Jeniffer começou a dieta específica, mas a síndrome já havia afetado o seu desenvolvimento intelectual. Apesar das dificuldades, Maria fala com orgulho da filha “minha menina me ajuda em casa, cuida dos sobrinhos e pratica esportes, o bloqueio dela é com o aprendizado da escola regular”. Após deixar a raquete de lado, Jeniffer se senta ao lado da mãe e diz que adora treinar Badminton com sua melhor amiga, a atleta Renata Venâncio, 23 anos. Renata é portadora da Síndrome de Down e quando questionada sobre o que o esporte significa para ela, a jovem leva as mãos ao peito e resume os senti-mentos em uma palavra: “emoção”.

RegrasO Badminton lembra muito o Tênis, mas em vez

da bolinha é jogado com uma peteca, confeccionada em nylon nas categorias amadoras e com penas de ganso nas profissionais. A quadra também é reduzida e a rede mais alta do que no Tênis. No jogo a peteca pode alcançar até 300 km/h, sendo necessários fis-cais de linhas para conferir se a peteca caiu dentro ou fora dos limites da quadra. Uma partida é consti-tuída de três games de 21 pontos, e o jogador que ganhar dois games vence o jogo. Os saques são feitos na diagonal e o objetivo é fazer com que a peteca toque o chão da quadra adversária. As dispu-tas podem ser individuais ou em duplas.

A história do BadmintonA versão competitiva do Badminton surgiu na Ín-

dia, com o nome de “Poona”. O esporte foi levado para a Europa por oficiais do exército britânico no sé-culo XIX e só mudou de nome na década de 1870. O esporte era praticado no Reino Unido, no castelo de Badminton - propriedade do Duque Beaufort, morador do condado de Gloucertershire. Em 1934 fundou-se a Federação Internacional de Badminton (IBM) com oito países membros: Canadá, Dinamarca, Escócia, França, Holanda, Inglaterra, Nova Zelândia e País de Gales. Com o passar dos anos mais países aderiram à federação, sobretudo quando o esporte concorreu às medalhas nas Olimpíadas de Barcelona em 1992. A primeira competição oficial brasileira foi a l Taça São Paulo, realizada em 1984. Em 1988 foi funda-da a Confederação Brasileira de Badminton e, cinco anos depois, a Federação Brasileira de Badminton, que organiza o circuito nacional do esporte. Em 1995, na Argentina, o Brasil participou pela primeira vez dos Jogos Pan-Americanos e do Campeonato Mundial de Equipes Mistas. (L.F.)

Maria e a filha Jeniffer, “dou apoio a tudo

que faz minha menina feliz”,

diz a mãe orgulhosa

Luci

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Fran

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Page 24: Revista Supernova nº 3

FESTIVALINTERNACIONALDE LONDRINA

10 A 26DE JUNHO

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