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1 Revista Super Sul {Out./Nov./Dez. de 2012}

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EDITORIAL

Revista Super Sul {Out./Nov./Dez. de 2012}

Melina Gonçalves - [email protected]

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Os resultados da economia bra-sileira em 2012 não vão resul-tar conforme o Governo Federal esperava, nem como o setor

produtivo imaginava e os consumidores sonhavam. Embora os principais indicado-res econômicos sinalizem um balanço que decepciona, considerando-se a conjuntura internacional, não chega a ser negativo. O crescimento é pífio e o PIB aquém do esperado. Porém, mesmo que o mar onde navegamos esteja um tanto revolto, nosso barco está preparado para resistir. Mas é preciso rever os planos, refazer a rota para que a próxima etapa do desenvolvimento seja mais promissora.

É o que todos esperam. A presidenta Dilma Rousseff tem cobrado da equipe do ministro Guido Mantega mais eficiência nas ações para controlar a crise e estimular o crescimento. Em economês bem simples, o crescimento baseado no consumo via crédi-

to farto tem seus limites. É preciso entrar na fase do investimento sob risco de com-prometer toda uma trajetória de conquistas verificada na última década. O Brasil não pode vacilar e jogar por terra o que foi tão duramente conseguido.

Com programas como o PAC, Minha Casa, Minha Vida, e ações como a deso-neração da folha de pagamentos, além da redução do IPI, o Brasil sustentou um cres-cimento que, se não foi o ideal nos últimos dois anos, manteve o País como uma das potências emergentes, Mas é hora de dar o pulo do gato com ações que envolvam uma nova fase. Até porque em determinado mo-mento o endividamento da população pode comprometer a continuidade do consumo.

Os últimos meses do ano foram uma espécie de “tempo de resignação”, de espera para que o tempo passasse mais depressa e 2013 entrasse em cena com sua perspectiva otimista. De fato, muitas empresas segura-

ram os investimentos e, mesmo satisfeitas com a queda dos juros, demonstravam apre-ensão por uma certa instabilidade cambial, querendo adivinhar até que ponto o dólar seria valorizado. A maioria dos economistas consagrados aposta que ele vai ficar nesta faixa de R$ 2,05 a R$ 2,10, no máximo.

Como 2013 não é ano eleitoral, o caso do Mensalão já foi julgado e provocou apenas repercussões políticas, o ambiente deve ser tranqüilo para o governo. A não ser que o caso Porto Seguro confirme o envolvimento de outras figuras ilustres. Mas a presidenta parece estar “blindada” a julgar pela última pesquisa do Ibope so-bre índices de satisfação com Dilma e com o governo. Por isso o Brasil deve trilhar um caminho envolvido com muitas obras, muito emprego no embalo da Copa das Confederações, depois a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016. Um ótimo Natal e Ano Novo!

Esperando por um 2013 melhor

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Revista Super Sul {Out./Nov./Dez. de 2012} IHNMAnivdhdyConceitual - Publicações Segmentadas

www.revistasupersul.com.brAvenida Ijuí , 280

CEP: 90.460-200 - Bairro Petrópolis

Porto Alegre - RS

Fone/Fax: 51 3062.4569

Fone: 51 3062.7569

[email protected]

Direção:

Sílvia Viale Silva

Edição:

Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844

Consultoria Editorial:

Júlio Sortica

Redação:

Brigida Sofia e Gilmar Bitencourt

Departamento Financeiro:

Rosana Mandrácio

Departamento Comercial:

Alexandre Fabres, Débora Moreira

e Magda Fernandes

Design Gráfico & Criação Publicitária:

José Francisco Alves (51 9941.5777)

Super Sul é uma publicação da editora Conceitual

- Publicações Segmentadas, destinada a diretores

e principais executivos de pequenos, médios e gran-

des supermercados no Sul do Brasil, além dos exe-

cutivos de grandes redes no Rio Grande do Sul, em

Santa Catarina e no Paraná, bem como fornecedores,

representantes, distribuidores, atacadistas em geral,

e, enfim, à cadeia completa do varejo, da indústria

ao ponto de venda. Também recebem associações,

entidades de classe e órgãos públicos.

Opiniões expressas em artigos assinados não corres-

pondem necessariamente àquelas adotadas pela revis-

ta Super Sul.

É permitida a reprodução de matérias publicadas desde

que citada a fonte.

Tiragem: 12.000 exemplares.

Filiada à

ANATEC - Associação Nacional

das Editoras de Publicações Técnicas,

Dirigidas e Especializadas

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SUMÁRIOEX

PEDI

ENTE

As festas de fim de ano, em casa ou

nas empresas, aumentam o consumo

de alimentos e bebidas e

garantem lucro aos varejistas, que também

faturam no verão.

Pág. 20

E ainda:

Entrevista: Sussumu Honda deixa a Abras preparada para os desafios do futuro.Pág. 06

Pesquisa: Região Sul vai gastar R$ 990 mi em 2012 em material escolar. Pág. 30

Longo reeleito na Agas, Yamada assume a Abras e José do Egito a Abad. Pág. 36

Super Sul conquista prêmio nacional de reportagem. Pág. 38

Super Condor voa alto, com foco em preço e qualidade. Pág. 46

Colunista:Ivam MichaltchukPág. 18ArtigoRicardo Loureiro Pág. 45Outras seções:NegóciosPág. 10Especial /SegurançaPág.40LançamentosPág. 48AgendaPág.50

Setor de refrigeração e climatização garante produtos saudáveis e bem estar. Pág. 12

Premiação do Carrinho Agas agita o setor no Sul e a Expoagas fatura alto. Pág. 32

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Há 40 anos a serviço do setorSussumu Honda se despede da presidência da

Abras ao fim deste ano, mas antes contou nes-ta entrevista para a revista SuperHiper, e repro-duzida neste espaço, um pouco da sua história

com o setor, das realizações à frente da entidade, do legado que deixa ao próximo presidente e de como vê o futuro dos supermercados no País.

No universo supermercadista, o presidente da Abras Sussumu Honda está há mais de 40 anos. Co-meçou aos 17, antes mesmo de concluir o “colegial”, trabalhando no supermercado do pai, na época cha-mado de Bom Preço. Antes de ser autosserviço, a loja do pai era um armazém de secos e molhados. Assim foi de 1964 até o início da década de 1970, quando o armazém virou supermercado.

Foi aí, como gosta de dizer o próprio Sussumu, que ele “entrou no trampo muito forte”. Passou por boa parte das atividades do chão de loja até estar prepara-do para assumir a gestão da operação da unidade aos 23 anos de idade. “Eu cuidava da operação de loja, da parte interna, e meu irmão mais velho era responsável pela gestão comercial externa.”

Sussumu diz que não chegou a sonhar com outra profissão... “Só passou pela cabeça ser médico, mas nada tão empolgante. Além disso, meu pai preparou os filhos [além do irmão mais velho, Sussumu tem uma irmã mais nova] para continuarmos o negócio dele. Nós nos habituamos desde cedo a nos ver como profis-sionais do varejo.” Em outras palavras, a universidade de Sussumu foi o dia a dia do varejo.

Ao longo dessas mais de quatro décadas, a em-presa da família de Sussumu experimentou inúmeras transformações, a imensa maioria para melhor. Primeiro de armazém para supermercado, que cresceu, ganhou nova bandeira (Terra Nova) e chegou a oito unidades. No início da década de 2000, Sussumu se associou a rede Ricoy (hoje com 74 lojas em São Paulo, interior, capital e litoral) e pôde se dedicar mais à função que ele já exercia há quase 20 anos na ocasião: a de diri-gente de entidade de classe...

“Eu me envolvi com o associativismo no iní-cio da década 1980. Fui para a associação para ter

acesso às cotas de importação de produtos, como fizeram muitos pequenos comerciantes. Naquela época, o governo atuava por meio das entidades associativas para controlar o fluxo de produtos im-portados para o mercado brasileiro.”

Sussumu diz que eram tempos bem diferentes dos atuais. “O Brasil havia passado pelo Milagre Econô-mico, com aumento expressivo da demanda, mas sem a contrapartida necessária da produção. Faltavam produ-tos no mercado. Nós tínhamos dinheiro para comprar, a população também, mas não havia o que vender. Hoje é diferente, estamos bem abastecidos”, afirma.

O fato é que não tardou para o futuro presi-dente da Abras mostrar no ambiente associativo a mesma competência que já demonstrava na gestão de seu negócio. “Eu assumi diretorias na Apas já nos meus primeiros anos de entidade. Fui tesoureiro da associação por muitos anos.”

A vasta experiência de Sussumu o levou à presi-dência da Apas em 2001, cargo que exerceu até 2006, ocasião em que deixou a direção da entidade estadual para vir para a Abras (2007)... De lá para cá foram seis anos de trabalho que se encerram neste ano e a satisfação de poder dizer que durante esse período os supermercados brasileiros apresentaram números ex-pressivos, até incomuns, de crescimento, assim como os produtos da entidade (revista, convenção, etc.) também cresceram significativamente.

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Sussumu Honda, da Abras

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Por Wagner Hilário*

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Revista Super Sul - O papel das entidades de clas-se, pelo menos entre os supermercados, mudou bastante de quando o senhor começou a atuar em associações para hoje, não?Sussumu Honda - Sim. As associações ampliaram seu papel de gerar informação e conhecimento aos empresários, executivos e profissionais do setor. Outro papel que as entidades passaram a assumir ainda mais depois da década de 1980 foi o de defesa institucional do setor, o que se tornou necessário em razão dos planos econômicos.

Super Sul - Tendo em vista esse novo papel, que balanço faz desses seis anos à frente da Abras?Sussumu - Assumi a Abras ainda sofrendo as conse-quências de um momento de dificuldades financeiras resultado de um momento ruim da nossa economia e uma grande mudança no mercado, que consistiu no ganho de importância das entidades regionais em de-trimento da entidade nacional e que atrapalhou mo-mentaneamente alguns produtos fortes da entidade que precisaram ser remodelados. O fato é que meu trabalho foi facilitado nesse sentido, porque meu an-tecessor, João Carlos de Oliveira, já havia estruturado as bases e dado início às mudanças necessárias para a Abras reencontrar uma boa condição financeira e apro-veitar o momento econômico que se avizinhava. Meu trabalho foi de dar continuidade ao que havia sido iniciado na gestão anterior, no sentido de sanear as finanças e me dedicar de forma mais intensa a alguns produtos que precisavam de ajustes e reforçar outros mais promissores, sempre respeitando os três pilares conceituais da minha gestão: informação, conheci-mento e relacionamento. Além, é claro, de manter a representatividade e a credibilidade institucional da Abras, que, diga-se de passagem, mesmo durante os piores momentos do ponto de vista financeiro, sempre se mantiveram inabaladas. Super Sul - Pode-nos dar exemplos concretos de produtos remodelados?Sussumu - O exemplo mais emblemático foi o fim da feira nacional de supermercados da Abras. Como alternativa, preservamos a Convenção e a reformu-lamos, dando ênfase à promoção de conhecimento e relacionamento entre os principais supermercadistas e indústrias do País.A ideia era e é ter um grande evento de liderança, cuja essência fosse transmitida para os demais supermer-cadistas do País por meio das convenções e feiras das 27 Associações Estaduais de Supermercados e também pela revista SuperHiper. Aliás, a revista cresceu muito durante os últimos anos. Hoje, é o principal produto da Abras, tanto do ponto de vista institucional, como canal de disseminação de conhecimento e informa-ção, quanto financeiro... Agora, quando falamos de

organismos internos da Abras [e não de produtos], que têm o papel de representar institucionalmente, defender os interesses do setor e desenvolver ideias que tragam melhorias para os supermercados, eu des-taco os comitês [ao todo são oito comitês, durante a gestão de Sussumu, foram criados três novos comitês: Sustentabilidade, Prevenção de Perdas e Inovação e Tecnologia]. Os comitês são a base técnica da Abras, funcionam como fonte de conhecimento para os pro-fissionais do setor.

Super Sul - É possível destacar um dos comitês. Por quê?Sussumu - Todos os comitês são importantes, mas há pesos diferentes, determinados pelo momento e pela urgência em resolver um problema ligado a este ou àquele tema. Mas destaco o trabalho do Comitê Ju-rídico, com mais de 10 anos de atuação, formado por advogados de cerca de duas dezenas de redes. Este co-mitê é coordenado pela vice-presidência Institucional da Abras, que também responde por todo o trabalho desenvolvido na área institucional pelo nosso Escritó-rio de Brasília. Mas a força de nossa área institucional não se limita ao trabalho isolado deste comitê... Hoje a área Institucional da Abras é extremamente ativa. Dedico a maior parte do meu tempo a ela, tenho um vice-presidente voltado inteiramente a suas demandas e a todo o trabalho desenvolvido por nossa equipe de Brasília — afora o amparo de toda a diretoria da Abras e do nosso Conselho, formado por representantes das 27 Associações Estaduais de Supermercados. Sem dúvi-da, trabalhamos unindo esforços na área institucional e criando uma rede de relacionamento muito forte. A isso credito o peso da Abras hoje como entidade repre-sentativa do setor no Brasil.

Super Sul - É possível dizer que a melhora da si-tuação econômica contribuiu para que o relaciona-mento entre Abras e indústrias também melhorasse e sua gestão se tornasse ainda mais bem-sucedida, como foi?Sussumu - Quando você tem o mercado em expansão, naturalmente as relações comerciais ficam facilitadas, pelo menos na comparação com períodos de estagna-ção ou retração. É muito difícil fazer planos de investi-mentos bons quando a economia vai mal. No início da década de 2000, por conta de eleições, tivemos pro-blemas com inflação, ceticismo em relação ao futuro do Brasil, Apagão, etc. As coisas só melhoraram em meados da década para frente, e eu assumi a presidên-cia da Abras em 2007, quando as coisas estavam bem melhores. Ou seja, sem dúvida o momento econômico ajudou o setor no período em que estive na presidência da Abras. Agora, o fato de eu ter vindo da presidência da Apas que já realizava uma feira de porte me permi-tiu ter um conhecimento maior da indústria. Não se

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tratava de ter um relacionamento melhor, mas ter um conhecimento maior. Esses fatores somados [conheci-mento da indústria, mais o bom momento econômi-co], sem dúvida, permitiram que a Abras melhorasse o desempenho de alguns de seus produtos. Super Sul - Qual foi e tem sido a importância da indústria para que o setor e a Abras tenham vivido esses últimos seis anos de excelentes resultados?Sussumu - É enorme a importância da indústria. Eu tenho tido a oportunidade de ver a diversidade de in-dústrias nacionais e regionais nas feiras organizadas pelas associações estaduais de todo o País. É algo bastante expressivo.A indústria regional apoia muito o comércio local. As grandes empresas fornecedoras cada vez mais bus-cam estreitar laço com os diferentes supermercados nas diferentes regiões do País... O fato é que o Brasil cresceu em um ritmo muito intenso por causa da ex-pansão de seu mercado de consumo, com o que se ampliou o número de categorias de produtos consu-midas pelos brasileiros em todas as classes socioeco-nômicas. Nesse cenário, nem todas as indústrias com atuação nacional conseguiram ocupar os espaços abertos pelo crescimento do mercado de consumo, o que foi muito benfeito por indústrias regionais com bases fortes. Em alguns casos, essas indústrias cres-ceram tanto que passaram a atuar em nível nacional com muita competência. Mas as grandes empresas de atuação nacional, por sua vez, não desistiram des-ses novos mercados; pelo contrário. Em seu tempo, buscam se organizar e também já aumentam sua re-presentatividade nesses novos espaços. Vale lembrar também que esse crescimento das indústrias vem acompanhado da expansão de pequenas empresas de varejo, cada vez em maior número e trabalhando muito bem em seus nichos de atuação, seja individu-almente ou por meio de redes de negócios. Super Sul - E as redes de varejo regionais, como se comportam nesse cenário?Sussumu - O crescimento dessas redes é acima da média nacional na maior parte dos casos. A atuação local faz com que essas indústrias tenham maior co-nhecimento do mercado e isso lhes permite expandir o negócio mais rapidamente, aproveitando o momento favorável do País. Até pelo porte, são empresas mais ágeis, que respondem mais prontamente aos estímu-los. As grandes empresas levam um pouco mais de tempo. Estrategicamente é mais difícil. Chegar numa região exige estudo e cautela. Em resumo, os últimos anos da economia brasileira têm sido bons para todos, do pequeno ao grande, no varejo e na indústria. Volto a falar do principal papel do setor, que é oferecer pro-dutos à população, distribuir, sobretudo alimentos. Se compararmos com outros tempos, nós vivemos o nos-

so melhor momento. Há oferta abundante de produtos e o crescimento econômico, puxado pelas classes E, D e C, exige que estejamos prontos para distribuir para os diferentes públicos. O setor tem consciência clara desse seu papel social e o desempenha muito bem em conjunto com a indústria, desempenha-o com muita ética, pensando no consumidor.

Super Sul - De que forma se pode exemplificar essa preocupação com o consumidor?Sussumu - Há dez ou 15 anos já falávamos muito em segurança alimentar; falávamos da importância de levar ao consumidor alimentos seguros, o que na-turalmente passava por conversas e por alinhamento das nossas demandas, das demandas dos consumido-res com o trabalho da indústria que nos abastece. A discussão sobre esse tema evoluiu, ele não se encer-ra jamais e os avanços nesse sentido são inegáveis. Agora, o tema mais destacável no momento, e ao qual também dedicamos esforços e atenção especial porque sabemos de sua importância, é sustentabili-dade.Trata-se de tema com abrangência enorme, que diz respeito a tudo. Não é só meio ambiente. O conceito de sustentabilidade baseia-se em um tripé: geração de riqueza, responsabilidade ambiental e social. Por isso, sustentabilidade exige uma discussão integra-da. Quando você dá muita ênfase a um dos pés, de-sequilibra. Então, o papel dos supermercados, a meu ver, quando se propõem a agir com “ética sustentá-vel”, para dar um exemplo, é zelar pelo seu negócio para que seja o mais equilibrado possível. Como?No aspecto ambiental e social, contribuindo para que os produtos vendidos sejam de qualidade e resultado de um processo que respeite não apenas o meio am-biente, mas também as pessoas; gerando emprego, ajudando a gerar riqueza e distribuir renda. Isso é bom para o nosso negócio, quanto mais pessoas no mercado de consumo, melhor.Agora, essa é uma equação que precisa ser feita to-dos os dias, sem radicalismos, sem posicionamentos unilaterais... O Comitê de Sustentabilidade da Abras, recém-criado, tem a finalidade de estimular práticas nesse sentido.

Super Sul - Que legado o senhor acredita que sua gestão deixa para o próximo presidente da Abras?Sussumu - Não seria bem um legado, mas minha maneira de enxergar e de gerir a entidade, pautado pela disposição em servir é o que julgo mais impor-tante para a Abras. Em minha opinião, a função da entidade é servir. Esse deve ser o espírito. Digo isso porque é muito comum, numa entidade com o ta-manho e a força institucional e política da Abras, as pessoas começarem a achar que ela deve ser ser-vida por todos. É ainda pior quando os profissionais

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Sussumu Honda, da Abras

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e dirigentes da entidade pensam da mesma forma. Não é bem assim, a Abras, por toda a sua represen-tatividade, deve servir. Não no sentido de servilismo, mas de fazer algo pelo setor sempre, aproveitando a força que tem. O sentido da existência da Abras é esse, e não se deve perder isso de mira. A Abras não é a toda poderosa, ela é fruto de seus associados e tem por obrigação servi-los. Não pode ser a entidade pela entidade. As missões enquadradas e pregadas na parede precisam ser postas em prática.

Super Sul - Qual deverá ser o grande desafio da próxima gestão da Abras?Sussumu - Acho que o foco da próxima gestão terá de estar mais voltado para o mercado do que para a entidade, propriamente dita. O varejo vai mudar mui-to nos próximos anos. O consumidor está mudando muito. A maneira de vender vai mudar. É complicado o supermercadista pensar apenas em loja física nesse novo mundo, ele vai ter de explorar novos canais, como lojas virtuais. Mais do que isso, haverá uma mudança radical na maneira como o consumidor de-cide ir para a loja e a própria loja física deverá passar por mudanças. É algo muito complexo e ainda pouco claro. Eu acho que a Abras tem de procurar ajudar os supermercadistas nesse novo universo, estando atenta ao mercado e dando informações aos empre-sários, executivos e profissionais do setor. Acho que uma das perguntas a ser feitas é: nós vamos continu-ar a ser bons em tudo?

Super Sul - O que essa pergunta quer dizer?Sussumu - Acho que precisamos repensar os ne-gócios, questionando pontos importantes. Eu vi a propaganda do Supermercado Canguru e a comuni-cação não diz supermercado, diz que é a melhor loja de produtos finos, a melhor adega. É melhor ser um supermercado ou ser a melhor adega? Supermerca-do, na ideia do consumidor, tem o que? Produtos básicos, nada de diferente. Ele nem quer ser um supermercado com a melhor adega. Ele quer ser a melhor adega. Talvez tenha percebido algo que seu consumidor desejasse e resolveu mudar a comunica-ção, apresentar seu negócio de outra maneira. Isso faz parte do que disse a respeito de repensar os ne-gócios, incluindo pensar novas formas de conceber e comunicar o formato de loja. Super Sul - Isso vale também para as classes D e C?Sussumu - Na verdade, dei um exemplo pontual, mas que pode significar muito. É difícil dizer com total segurança. O que precisa ser feito, de qualquer maneira, é analisar outros canais de varejo bem-su-cedidos neste ou nesse produto e entender por que ele vai tão bem. O e-commerce, por exemplo, já é o

maior distribuidor de fraldas descartáveis dos Esta-dos Unidos. Entre as maiores empresas de perfuma-ria do País estão Avon, Natura, Jequiti — para citar algumas — que atuam, sobretudo, no canal porta a porta... Pegue o faturamento delas e veja qual é a participação no setor de higiene e beleza. Em choco-late, os maiores concorrentes de nossos fornecedores estão com lojas próprias em shoppings: Cacau Show, Kopenhagen, etc. Detalhe, qual é o valor agregado dos produtos que eles vendem? É alto. Eles fazem propaganda do produto, não do preço. O nosso setor está muito preso ao conceito de barato, barato, ba-rato... Temos de pensar em melhores formas de apre-sentar o nosso produto. O consumidor, ao que me parece, não gosta mais de encontrar o desodorante dele pertinho do sabão em pó... Super Sul - Como exatamente a entidade pode ajudar nesse sentido?Sussumu - A Abras tem de dar informações aos su-permercadistas. Acho que no nosso sistema, a Abras não tem a obrigação de ensinar a fazer, até porque é impossível, cada negócio tem suas especificidades, mas a entidade tem a obrigação de promover dis-cussões, compartilhar informações e conhecimentos com o supermercadista. É nesse sentido que temos trabalhado. O supermercadista que souber usar me-lhor as informações colherá os frutos.

*Wagner Hilário é subeditor da revistaSuperHiper – publicação da Abras

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01 Honda diz que o consumidor está mudando e que a maneira de vender também vai mudar

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ECONOMIA Acats recebe Prêmio TurismoA Associação Catarinense de Supermercados (Acats) recebeu em outu-bro o Prêmio Top Turismo ADVB/ SC 2012, que legitima a entidade como uma das grandes responsáveis pelo turismo de negócios desenvolvido em Santa Catarina, auxiliando na ocupação de hotéis, restaurantes, bares e os equipamentos voltados para feiras e eventos, além da gera-ção de negócios, conhecimento e integração do setor supermercadista catarinense. “Nos últimos anos, a Exposuper, promovida pela Acats, cresceu em todos os sentidos. Agora, uma nova conquista confirma esse sucesso: o prêmio TOP Turismo ADVB 2012- SC. Agradecemos a todos os expositores, parceiros e participantes por sempre acreditarem nessa iniciativa que gerou mais negócios e turistas para Joinville”, afirma o presidente da Acats, Atanázio dos Santos Netto.

Parceria entre Procon e AgasPara minimizar conflitos entre consumi-dores e comerciantes quando produtos vencidos estão à venda, foi formalizada no dia 10 de outubro a parceria entre a Prefeitura de Porto Alegre, por meio do Procon, e a Associação Gaúcha de Super-mercados (Agas). O programa intitulado De Olho na Validade passou a funcionar depois de 45 dias. O programa é uma al-ternativa que permite ao consumidor le-var de graça uma unidade correspondente a cada lote do produto que está vencido e exposto nas prateleiras.

BIG inaugura loja em BagéCom loja lotada e clientes muito receptivos, o Walmart inaugurou no dia 31 de outubro em Bagé, no Rio Grande do Sul, o seu 20º Hiper-mercado BIG do Estado (a empresa já opera com um Nacional Supermercado no município). A loja recebeu R$ 30,7 milhões de investimento, possui 7,5 mil metros quadrados de área con-truída e 3,4 mil metros quadrados de área de venda, e gerou mais de 250 postos de trabalho sendo quase a totalidade dos funcionários mo-radores do próprio município.

Super Muffato tem self checkoutO Super Muffato – maior rede varejista do Pa-raná e sétima no ranking nacional – lançou no dia 21 de novembro, na loja da Av. Madre Leônia em Londrina, o primeiro self checkout do varejo no Brasil. O sistema de autoatendi-mento permite que o consumidor realize sozi-nho todos os passos de uma compra, tais como pesar o produto, conferir o preço, efetuar o pagamento e receber o comprovante, evitando as filas dos horários de pico. No Super Muffato essas operações são realizadas de forma sim-ples e rápida pelo cliente que, além dos caixas tradicionais, conta com mais quatro Autocai-xas – nome escolhido para designar o sistema de self checkout nas lojas do Grupo.

Grupo Zaffari adere à NFGNo início de outubro, foi oficializada a participação do Grupo Zaffari no programa Nota Fiscal Gaúcha (NFG). Agora, os clientes da rede Zaffari e Bourbon poderão solicitar a inclusão de seu CPF no cupom fiscal de suas compras. Cadastrados junto à Secretaria da Fazenda e de posse de seus comprovantes, os consumidores passam a concorrer a prêmios do progra-ma (detalhes no site www.notafiscalgaucha.rs.gov.br). A adesão do Gru-po Zaffari à iniciativa ocorreu durante a manhã no hipermercado Zaffari do Bourbon Shopping Wallig, com as presenças do secretário da Fazenda do RS, Odir Tonollier, do subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, e diretoria do Grupo

Imperatriz Gourmet festeja 1º aniversárioLoja da Rede de Supermercados Imperatriz, localizada no Beiramar Shopping, abriga o conceito de empório e foi planejada para realizar atendimento personalizado. O primeiro ano do Impe-ratriz Gourmet foi comemorado com uma festa para o paladar dos consumidores no dia 11 de outubro. Há um ano os apreciadores da boa culinária ganharam um ponto de encontro em Flo-rianópolis. O Imperatriz Gourmet surgiu da necessidade dos clientes de um espaço especializado em produtos cuidadosamente selecionados. Com mais de 10 mil produtos, a loja oferece uma verdadeira experiência gastronômica para todo tipo de consumidor.

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Em Alta:Relações de trabalho. Na última semana de outubro, gestores do setor su-permercadista de Curitiba e Região Metropolitana estiveram reunidos no “Seminário de Sensibilização do Setor Supermercadista” organizado pela Associação Paranaense de Supermercados (Apras) e promovido pela Superin-tendência Regional do Trabalho e Emprego do Paraná (SRTE/PR). O tema do seminário teve como tema a “Gestão eficaz das relações de trabalho” e teve a participação de mais de 100 executivos que debateram sobre um assunto que visa harmonizar as relações dos empresários com os colaboradores, disse o Superintendente Regional do Trabalho e Emprego Neivo Beraldin.

Acordo desejado. O setor vitivinícola faz acordo com importadores e retira Pedido de Salvaguarda. O compromisso assumido entre as partes é de au-mentar o consumo per capita de 1,9 para 2,5 litros até 2016. Em conjunto, todos os elos da cadeia terão como meta ampliar venda de vinhos finos brasileiros de 19 para 40 milhões de litros em quatro anos O acordo, for-malizado no dia 19/10, em Brasília, no Ministério do Desenvolvimento, In-dústria e Comércio Exterior (MDIC), estabelece medidas para o crescimento do mercado de vinhos finos no Brasil bem como a ampliação do volume de produtos nacionais.

Em Baixa:Compras coletivas. O sistema de compras pela internet precisa ser melhor fiscalizado para evitar golpes como aqueles praticados por uma quadrilha de Goiás, que criava sites falsos, vendia e não entre-gava os produtos. Se nada for feito, vai comprometer o processo. Agora é o gênero de compras coletivas que está na mira da Polícia. Mesmo com todas as suas vantagens, sempre há risco de prejuízos ao consumidor quando uma empresa não respeita o prazo de entrega e a única forma de contato é um Fale Conosco que geralmente não dá o retorno desejado. Está tramitando uma lei que vai exigir endereço, fone, email e CNPJ da empresa.

Câmbio x turismo. Depois de um período de incomparável sucesso até o início do ano, as viagens de turismo – e até para alguns negó-cios – ao exterior estão em queda por causa da valorização do dólar, cotado em torno de R$ 2,10. Para alguns analistas o momento é fa-vorável ao crescimento do turismo interno, mas os consumidores no-taram que os destinos no Brasil subiram de preço. Assim, certamente a alta do dólar é boa para quem vem ao Brasil, para quem exporta, e para o saldo da balança comercial, mas inibe quem deseja sair do país ou ter acesso a bens de tecnologia mais avançada.

ALTOS & BAIXOS

INDÚSTRIA

Marca própria cresce 56% em faturamentoO lançamento do 18º Estudo Anual de Marcas Próprias da Nielsen foi rea-lizado no dia 30 de outubro, na 3ª edição do Congresso da Abmapro. um importante evento que reuniu os principais players do setor. A pesquisa da Nielsen mostra que nos últimos anos, em faturamento, a Marca Própria apresentou acelerado crescimento. De 2008 a 2012, o faturamento das MPs passou de R$ 1,8 bi para R$ 2,8 bi, o que corresponde a um aumento de aproximadamente 56%. “Este crescimento se deve à maturidade do setor que trabalhou nos últimos anos com competência, inovando nos produtos e serviços”, comenta Neide Montesano, presidente da entidade.

Ouro e Prata paraNadir FigueiredoA Nadir Figueiredo, indústria líder em uti-lidades domésticas em vidro no país, con-quistou Ouro no Prêmio ABRE da Embalagem Brasileira 2012 na categoria de embalagens de alimentos doces, e Prata nas categorias Design Gráfico: Redesign Alimentos e Bebi-das; Design Estrutural – Forma e Marketing – Estratégia de Comunicação. Neste prêmio foram eleitos os melhores desenvolvimen-tos de embalagens de 2011, por meio de votação popular e júri técnico na Fispal. A Nadir Figueiredo disputou com o projeto de embalagem da geleia Homemade, que bus-cava reposicionar a marca no mercado.

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Quase todos os consumidores já passaram pela desagradável experiência de comprar um alimento com o prazo de validade ven-cido, embalagem danificada ou até mesmo

com sinais de deterioração. E consumir alimento es-tragado pode ser fatal. Os dados da Anvisa – Agên-cia de Vigilância Sanitária são assustadores, mesmo que os números oficiais de 2011 representem 10% do real por falta de uma estatística eficiente: 130.000 casos de DTA’s, 120 mortes e 370 surtos (quando duas pessoas ou mais apresentam os mesmos sintomas). O impacto da falta desses controles infelizmente não é completamente registrado porque os surtos de toxin-fecções alimentares nem sempre são relatados e não fazem parte das estatísticas brasileiras.

“Existem mais de 250 tipos de doenças trans-mitidas por alimentos que podem causar desde uma simples diarreia até efeitos mais graves”, explica Maria Cecília Brito, diretora da Anvisa. Por tudo isso, faz-se fundamental que a cadeia produtiva e de distribuição seja orientada, treinada e equipada para garantir que o controle da temperatura desses alimentos seja uma ferramenta na manutenção da qualidade e sanidade do alimento. Talvez os gerentes e donos de supermercados e minimercados não saibam que o simples ato de desli-gar um expositor refrigerado à noite para ter economia de energia pode causar sérios danos aos produtos.

É que quando as condições do alimento são ideais para os micróbios, uma única bactéria pode se multiplicar em 130.000 em apenas 6 horas e em 69 bilhões em 12 horas. As recomendações são simples e básicas: os alimentos perecíveis devem ser refrigera-dos abaixo de +5°C, os congelados abaixo de -18ºC e os cozidos quentes acima de 60°C até o momento de serem servidos. Mantendo nestes padrões de tempera-tura sua multiplicação é retardada ou mesmo evitada.

Com base nestas informações vários setores se uniram para tentar eliminar o problema ou, ao menos, reduzir o impacto. Por isso surgiu a idéia da campanha “Temperatura Certa”. O senador Cyro Miranda (PSDB--GO) presidiu a Audiência Pública em 29 de março deste ano para debater o tema: “O Impacto da Conser-vação do Alimento na Saúde Pública”. O debate com os senadores contou com a presença do diretor presi-dente da Anvisa, Dirceu Barbano, e representantes da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), Abra-sel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), ABEA (Associação Brasileira de Engenheiros de Ali-mentos), Sbgan (Sociedade Brasileira de Gastronomia e Nutrição) e SIC (Serviço da Informação da Carne) .

As entidades presentes se comprometeram em divulgar, conscientizar e informar os consumidores da importância principalmente de criar a campanha “Temperatura Certa” na conservação dos alimentos no varejo e nas residências, semelhante à campanha vi-toriosa do “Prazo de Vencimento”.

Tecnologia do frio a serviço da saúde

O uso correto de sistemas de refrigeração e climatização preserva a qualidade dos alimentos e o bem estar de funcionários e clientes e usar a tecnologia é fundamental.

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{Vantagens da Way Data Solution} Ao contrário de algumas décadas atrás, hoje a indús-tria e o comércio podem usufruir dos benefícios da Tecnologia da Informação na Conservação de Alimen-to. A Way Data Solution S/A, com sede em Goiânia (GO), é uma empresa inovadora de Tecnologia da In-formação e Comunicação (TIC), com especialidade em Telemetria. “Nosso propósito é oferecer informações para Gestão de Manutenção Preventiva - Gestão da Qualidade e Segurança Alimentar dos Produtos. Assim colaboramos para uma melhor imagem da empresa e saúde aos consumidores”, diz o presidente Luiz Ro-berto Peretti. Ele acrescenta que monitora on-line a posição (GPS), temperatura, umidade, pressão de alta e baixa do compressor, informação ligado/desligado e abertura de porta.

Segundo Peretti, uma das atividades da Way Data Solution é transformar os dados em Informações Estruturadas para tomadas de decisões gerenciais: ma-pas, gráficos e relatórios gerenciais. “O sistema en-via alarme de não conformidade por e-mail ou SMS, é customizável e interage com o sistema do cliente se for preciso e não há necessidade de instalação de sof-tware no sistema do cliente”, esclarece. O executivo informa para quais segmentos oferece soluções. “Atu-amos nos setores de indústria de alimento, transporte de alimento/farmacêutico e comércio varejista. Nosso produto para supermercado é tecnologia de rádio fre-quência que monitora a temperatura dos equipamen-tos de refrigeração e a pressão dos compressores do sistema de refrigeração.

Entre os benefícios ao usuário, Peretti diz que a informação da Temperatura de Super Aquecimento e Super Resfriamento do sistema de refrigeração é muito valiosa na manutenção preventiva reduzindo custos de gás e energia elétrica. Quanto ao processo de adoção e ao investimento, o executivo forneceu uma boa no-tícia. “A implantação é simples, de baixo custo, com tecnologia de rádio frequência para minimizar fiação. O Custo de um supermercado médio é da ordem de R$ 3.800,00 de equipamento e R$ 200,00 de mensalidade para manter o sistema de informação por internet”, informa.

A rede de supermercados referência é do cliente Cencosud, com lojas em Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Goiás e Rio de Janeiro, revela Peretti. Ele está oti-mista quando ao desempenho este ano. “Devemos ter um crescimento nas vendas em 2012 em mais de 50% comparada com 2011”, ressalta. E acrescenta que o setor supermercadista, de atacado e varejo, representa 20% do faturamento da empresa.

{Eficiência e qualidade} Oferecer produtos eficientes para o setor de refrigeração pode parecer simples, mas é preciso ter estrutura e filosofia em-presarial vioriosa. Por estar na vanguarda do setor, a

Mercofricon S/A garante uma boa fatia desse merca-do. Detentora da marca Fricon, atua na área de refri-geração de alimentos e bebidas. A Fricon produz desde freezers horizontais, inclinados e verticais, até exposi-tores para os mais diversos segmentos de refrigeração. Presente em mais de 50 países em 5 continentes, já conquistou a confiança de grandes empresas como a Coca-Cola, Cervejaria Schincariol, Pepsi-Cola, Unilever, Nestlé, Häagen-Dazs, entre outras, demonstra a qua-lidade da Fricon.

Com sua unidade industrial em Paulista (PE), a Fricon tem condições atender aos mais variados perfis de empresas do setor de varejo com equipamentos de última geração. O diretor de Desenvolvimento de Ne-gócios Hércules Zurita informa sobre as opções. “Es-tamos organizados por segmento de produtos, nome-adamente: Linha de Bebidas; Linha de Sorvetes; Linha de Gelo e Congelados; Linha de Auto-Serviço e Linha de Supermercados. Para fazer face às necessidades do mercado brasileiro temos cerca de 30 produtos distri-buídos pelos diversos segmentos”.

Atenta à evolução do mercado a Fricon partici-pa de eventos setoriais e atualiza o setor com no-vos produtos que agregem benefícios aos clientes. “Recentemente, com a nossa participação nas Feiras APAS e FISPAL, demos a conhecer aos nossos clientes e potenciais compradores a nossa Linha Eco, através da apresentação dos nossos produtos sustentáveis e econômicos. São linhas de equipamentos desenvolvi-dos pensando no meio ambiente e no baixo consumo de energia”, explica Zurita. “A Fricon entende que aju-dar o meio ambiente é investir no desenvolvimento humano e social do planeta. Por isso, a empresa man-tém políticas de sustentabilidade, tanto dentro da em-presa, como na fabricação de seus produtos, usando gases considerados 100% ecológicos e que não inter-ferem na camada de ozônio”, acrescenta o executivo.

Zurita comentou sobre os modelos mais co-mercializados e os melhores mercados no segmen-to “Todos os segmentos têm os seus best-sellers, por exemplo, na linha dos Sorvetes quem lidera é o modelo HCE (High Consumption Efficiency), assim como na linha de verticais temos o VRF, CV1P entre

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01 Way Data Solutions: sistema colabora para uma melhor imagem da empresa e saúde aos consumidores

02 Hércules Zurita, da Fricon, destaca novidades como aLinha Eco, mostradana Apas 2012 e Fispal

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outros. Sendo que o ex-libris da empresa neste mo-mento a linha de Refrigeração para Supermercados e Grandes Superfícies que, no caso, é liderada pelo modelo SMR com degelo automático, onde estamos representados nas principais cadeias de hipermer-cados, supermercados e atacadões”,diz.

Em termos de desempenho, a empresa espe-ra comercializar 200 mil unidade em 2012 e Zurita prevê um crescimento em torno de 10% para 2013. Nesse cenário o setor supermercadista,de atacado e varejo tem uma efetiva participação. “Com o arranque da linha de supermercados na Feira APAS de 2011, atualmente o volume de negócios neste segmento re-presenta cerca de 10%”, revela Zurita.

Outra gigante do setor, fundada em 1960, a multinacional de origem brasileira Metalfrio Solu-tions é uma das maiores fabricantes mundiais de equipamentos de refrigeração comercial do tipo plug-in, líder no Brasil e na América Latina, e uma das líderes mundiais no segmento. A empresa forne-ce refrigeradores e freezers para grandes players glo-bais de alimentos e bebidas, por meio de uma rede de distribuidores presentes em cerca de 80 países dos cinco continentes. No Brasil, os refrigeradores da Me-talfrio estão em cerca de 90% dos estabelecimentos comerciais que utilizam refrigeração plug-in.

Com fábricas instaladas em Três Lagoas (MS), Turquia, Rússia e México, a meta da Metalfrio é ampliar as vendas para clientes globais nas regiões de interes-se estratégico, a exemplo do que ocorre no mercado nacional, e consolidar cada vez mais sua posição entre as maiores companhias do setor. A moderna fábrica

em Três Lagoas (MS), com capacidade de produção para atender a crescente demanda dos mercados inter-no e externo, é hoje uma plataforma estratégica para os negócios na América do Sul. Com quatro plantas in-dustriais a Metalfrio produz, na totalidade, 1,3 milhão de unidades de refrigeradores comerciais, anualmente.

{Benefícios do contêiner refrigerado} A Brasmar é uma empresa da APM Terminals, unidade do grupo dinamarquês A.P. Moller-Maersk, que atua mundialmente na gestão de terminais portuários e terrestres de contêineres. Ela vendecontêineres des-de 2009 e realiza a nacionalização de todos os seus equipamentos por um processo consolidado, possui experiência na área e equipe especializada para entre-gar produtos de qualidade. Com sede em Itajaí (SC), comercializa contêineres do tipo Reefer (refrigerado) e Dry (carga geral) de 20 e 40 pés (6 e 12 metros), além de realizar projetos específicos conforme necessidade do cliente. A companhia ressalta que os contêineres refrigerados, ou “Reefer”, vem se tornando uma solu-ção cada vez maior para as indústrias principalmente do setor supermercadista e frigorífico, pois possui um excelente custo x benefício em comparação com as câmaras frigoríficas tradicionais, com alta tecnologia.

O contêiner possui um painel de controle to-talmente automatizado e digital onde é possível se-lecionar a temperatura desejada que pode ser entre -25ºC à +25ºC, o sistema de circulação de ar dentro do equipamento faz com que toda carga seja mantida na temperatura selecionada, o equipamento de refrige-ração do contêiner trabalha em rede elétrica trifásica preferencialmente de 440V. Além de oferecer seguran-ça e economia para o produto, uma das grandes vanta-gens do contêiner é sua mobilidade, pois ele torna-se uma câmara móvel, podendo ser transportada de um local para o outro com a vantagem de perder pouca temperatura - mesmo com o equipamento desligado, a média de perda é de 2ºC a cada 24 horas.

É importante informar que a Brasmar somente oferece contêineres nacionalizados e todo processo de venda feito com emissão de nota fiscal, pois se-gundo a legislação brasileira os contêineres para co-mercialização necessitam ser regularizados pelo fato de serem fabricados fora do país. Assim, a empresa cumpre com os requisitos para entregar ao cliente um produto regularizado. O prazo de entrega pode variar de acordo com o modelo, mas em média fica entre 5 e 7 dias. A Brasmar possui terminais nas ci-dades de Rio Grande (RS), Itajaí/ Itapoá (SC); Para-naguá (PR) e Santos (SP). No entanto, a venda de contêineres é realizada em todo o Brasil. Em 2011 a empresa vendeu mais de 700 contêineres refrigera-dos e a previsão é aumentar em 5% em 2012.

{Atuação da ABIA e GS1 Brasil} A Asso-

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03 A Brasmar oferece contêineres refrigerados

com excelente custo-benefício e alta

tecnologia

04 Os freezers e balcões da Fricon são

indispensáveispara conservar

alimentos no varejo

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ciação Brasileira de Automação, en-tidade com o objetivo de disseminar o padrão GS1 na identificação, codi-ficação e soluções para a cadeia de suprimentos, participou do 5º Con-gresso Internacional de Food Service - ABIA 2012 (Associação Brasileira das Indústrias) em setembro. A as-sociação promoveu o relacionamen-to entre visitantes e assessores para disseminar o conceito da rastreabili-dade no setor alimentício.

No momento em que toda a cadeia de abastecimento se preocupa em alertar o consumidor em relação à data de validade de produtos perecíveis, surge a preocupação da sociedade em va-lorizar o conceito da rastreabilidade dos alimentos. A rastreabilidade é um processo que permite ter acesso à origem de determinado produto e o caminho que ele percorreu na cadeia produtiva, o que garante um ali-mento seguro. Para isso, a GS1 desenvolveu uma série de padrões de captura e registro de dados de produtos como, por exemplo, o código de barras no padrão GS-1DataBar e os sistemas que usam a tecnologia EPC/RFID (Radio-Frequency IDentification).

Para João Carlos de Oliveira, presidente da GS1 Brasil, “a segurança dos alimentos torna-se a baliza da indústria para atingir o nível máximo de excelência do serviço que presta à sociedade”. “Para que a cadeia de suprimentos esteja alinha-da ao que há de mais avançado em tecnologia de identificação, a GS1 desenvolve os padrões adota-dos globalmente, que são ferramentas essenciais”, completa o executivo. Para se ter ideia da gran-deza do mercado de food service, em 2011 o setor movimentou R$ 88 bilhões – 34% do consumo de alimentos do país e 9% do PIB.

{Joape inova em climatização} Em-presa gaúcha com mais de uma década de expe-riência no mercado de climatização, a Joape tem fábrica e Gravataí e escritório em Porto Alegre. Com uma estrutura voltada ao desenvolvimento de novas tecnologias, novos produtos mantém a per-manente preocupação em oferecer soluções de alta qualidade. Por isso, na área do varejo, direciona seu foco para equipamentos que limpam e hidra-tam o ar e ajudam a proporcionar saúde e bem estar para motoristas e funcionários dos estabele-cimentos e para proteção contra o calor e poluição em estacionamentos fechados.

A avaliação feita pelo diretor João Henrique Schimdt é bem apropiada. Ele ressalta que a cres-cente falta de espaço para os veículos nas zonas urbanas faz crescer o número de estacionamen-tos no estilo edifício-garagem. Com isso aumenta também uma preocupação com relação a qualidade do ar nesses espaços geralmente abafados e poluí-dos. “Uma opção que vem se tornando atrativa é o uso de climatizadores. O equipamento emite uma névoa fina de água que não molha o ambiente, mas proporciona a redução da temperatura e lim-peza do ar”, descreve.

Tecnicamente, Schmidt ressalta a importância do processo. “Há um primeiro aspecto importante que é a oxigenação porque o sistema vai elimi-nar o CO, que é o Monóxido de Carbono que entra nas vias áreas e depois vai para o sangue matando glóbulo vermelho para pegar o oxigênio e ser uma molécula estável, Dióxido de Carbono. O equipa-mento Joape vai eliminar isso porque joga água (H2O) e a poeira começa a diminuir aos poucos”, explica o diretor da Joape. Um outro benefício lembrado por Schmidt é a diminuição do choque térmico, comum nesses espaços já que o usuário vem do carro com ar condicionado ligado, desce no calor e geralmente entra em outro espaço como shopping ou aeroporto, também climatizados.

{Rotoplast consolida atuação} Outra indústria com foco no setor de climatização é a ca-tarinense Rotoplast, instalada em Maravilha, e que possui um amplo portfólio para atender aos mais variados segmentos, em especial o supermerca-dista. Conforme o diretor comercial Mirton Gälzer, “hoje já são 28 modelos diferentes que visam aten-der todo e qualquer tipo de ambiente”, informa.. O executivo explica que a Rotoplast evoluiu para atender à demanda. “Ampliamos o mix de produtos e agora temos condições de atender grandes áreas através da central evaporativa”, ressalta.

Sobre o mercado, Mirton Gälzer foi categóri-co ao avaliar a importância do varejo. “A atuação da Rotoplast no segmento supermercadista está se

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05 A Joape fabrica linha especial para

climatizar ambientes fechados como

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06 O modelo Rotoplus 140, da Rotoplast, é

um dos preferidos para ambientes como dos

supermercados

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consolidando em função dos excelentes resultados que são ob-tidos com a colocação desse sistema de climatização, inclusive com o baixo consumo de energia e eficiência dos equipamentos, proporcionando maior conforto térmico e durabilidade dos pro-dutos expostos”, explica.

Quanto ao atendimento, a Rotoplast fornece apenas os equipamentos. “A instalação, manutenção e assistência técnica é fornecida através das representações regionais abrangendo todas os municípios do Brasil”, explica. A empresa também atende aos minimercados .”Temos uma linha completa de climatizadores que pode atender a todos os clientes, com qualquer tipo de projeto, desde o maior ao menor”, finaliza Gälzer.

Outras empresas também desenvolvem produtos para clima-tização, como a Viva Equipamentos, de Campinas (SP), fabricante da linha de climatizadores Ecobrisa. Segundo informa a assistente de marketing Amanda de Melo Santos, o catálogo oferece 20 pro-dutos variados entre linhas para grandes e pequenos ambientes e o setor de supermercados da Região Sul é um dos mais visados, recebendo tratamento especial. “O setor supermercadista é um segmento potencial para a economia e as redes tem crescido cada dia mais nas regiões Sul e Sudeste. Em vista disso, esse setor é considerado potencial para a Ecobrisa. Um dos maiores compra-dores dos nossos produtos, os supermercadistas consideram o cli-matizador ideal para o ambiente devido a temperatura agradável que alcança sem precisar fechar portas e janelas, não estraga nem danifica os produtos expostos e também proporciona conforto térmico aos colaboradores”, destaca.

A executiva ressalta os benefícios para quem optar pela cli-matização do ambiente, tanto do ponto de vista da saúde, como qualidade de vida. “A climatização oferece inúmeros benefícios, entre eles uma economia de até 90% de energia elétrica em rela-ção ao ar condicionado: não precisa fechar portas e janelas: não há nebulização ou arraste de gotículas; é saudável: renova, resfria e umidifca o ar; no uso industrial, além de conforto, aumenta a produtividade e é ecologicamente correto”, completa.

O atendimento da empresa é mais amplo e não se limita aos equipamentos. “Atualmente a Ecobrisa conta com um De-partamento de Engenharia que fornece o projeto (desenho e instrução de aplicação do produto) de climatização e acompa-nha no processo de instalação. Em alguns casos a instalação é inclusa no pedido de venda, mas ela é realizada por uma empresa específica de instalação parceira da Ecobrisa. Quando não inclusa, o cliente se responsabiliza pela instalação”, es-clarece Amanda de Melo Santos.

Também vale registrar a atuação de outra indústria, a Traydus, uma das principais fabricantes de componentes e equi-pamentos de ar condicionado central, que apresentou em 2011 sua nova URCT - Unidade Recuperadora de Calor. Trata-se de um equipamento destinado a prover ar externo tratado para instala-ções de ar condicionado central ou de VRF. Com esse lançamento, a Traydus recebeu o selo de destaque inovação da Febrava 2011, prêmio concebido pela Comissão da Abrava, entidade nacional do setor. A empresa também apresentou duas versões de unidades condensadoras a ar, com ventiladores axiais, que farão parte da nova linha CONDAX, sendo que uma possui compressores scroll fixo e a outra compressores scroll inverter.

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Já abordei nesta coluna a importância estra-tégica de investir no maior ativo de qualquer empresa: seus TH (talentos humanos). Gosta-ria de voltar ao tema, pois tenho novidades

que virão de encontro às expectativas dos empre-sários supermercadistas que já descobriram os re-sultados positivos que este tipo de investimento traz. Antes porém, permitam-me fazer um resgate histórico para que o leitor entenda como tudo co-meçou e a importância desta nova fase.

Até 1999 as iniciativas para proporcionar formação técnica à mão de obra supermercadista no Brasil eram ainda incipientes e pontuais. Uma ou outra Associação estadual tinha cursos básicos que formavam ou atualizavam o conhecimento de seus colaboradores para a gestão da operação. À época o presidente da Abras (Associação Brasilei-ra de Supermercados) era José Humberto Pires de Araújo. Filho de supermercadistas, trouxe para a entidade o sonho de transformar os supermercados num lugar atrativo, onde as pessoas desejassem trabalhar, fossem valorizadas e pudessem construir uma carreira profissional de sucesso.

Foi assim que durante a realização da Expo-abras daquele ano no Rio de Janeiro, nasceu a Escola Nacional de Supermercados (ENS), viabili-zada através de convênio com o MEC (Ministério da Educação e Cultura). Sua missão era tornar-se um centro de referência tecnológica nacional e internacional, através da criação de cursos, ma-teriais instrucionais, vídeos, etc que levassem formação atualizada aos mais de 700 mil profis-sionais que trabalhavam diretamente no canal supermercadista.

Com sede no edifício da Abras em São Pau-lo, a ENS iniciou em 2000 a preparação de seu corpo docente, treinando e formando multiplica-dores ligados às 27 associações estaduais de todo o Brasil. Utilizando modernas técnicas de ensino e aprendizagem e os recursos didático-pedagógicos disponíveis na época, iniciou a aplicação de seus primeiros cursos com resultados animadores. Sur-giram também as primeiras barreiras e dificulda-des; algumas superadas, outras nem tanto, mas o fato concreto é que a ENS tornou-se referência e cresceu em importância como ferramenta eficaz

Escola Nacional de Supermercados

Referência nacional e internacional em qualificação da mão de obra supermercadista, a ENS entra em nova fase e traz excelentes novidades.

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Por Ivan Michaltchuk

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para motivar, desenvolver e atualizar os conheci-mentos operacionais de quem trabalha neste im-portante segmento da economia brasileira.

Eu tenho um orgulho enorme por fazer parte desta história desde o início. A convite da Acats (Associação Catarinense de Supermercados) parti-cipei da formação e certificação nas primeiras tur-mas de multiplicadores, trazendo para o estado os temas iniciais em perecíveis: carnes, hortifruti e frios a laticínios. Depois, foram criadas novas tec-nologias que complementaram a grade da Escola e ampliaram as possibilidades de atender à crescen-te demanda do setor em todas as áreas.

Porém, o advento das novas tecnologias e o aperfeiçoamento contínuo dos processos aliados à dinâmica natural do mercado, foram determinan-tes para a gradativa obsolescência de conteúdos e técnicas desenvolvidos há mais de uma década e que precisavam de urgente revisão e atualização. Consciente desta necessidade e da importância deste agente transformador da realidade social e profissional que promove o crescimento do setor supermercadista do Brasil, a Abras iniciou em 2011 o processo de realinhamento estratégico da ENS. Justiça seja feita aos esforços empreendidos pelo Sr. Sussumo Honda (presidente da Abras), Marcos Manéa (Gerente da Fundação Abras), Ma-ria do Rosário (Idéias e Formas) e suas dedicadas equipes, além de um grande número de profis-sionais que não mediram esforços para que este projeto se tornasse realidade.

Até o fechamento desta edição, 11 novos cursos já foram validados e estão disponíveis em todo Brasil, tanto na modalidade presencial como online. Modernos, atuais, interativos e extrema-mente bem elaborados, estes temas vão prender a atenção dos participantes, promovendo aprendiza-do e atualização tanto para aqueles profissionais que já atuam no setor como para aqueles que pre-tendem trabalhar em supermercados.

Apenas como ilustração para você, os cur-sos disponíveis até o momento são: Trabalhando com queijos em supermercados, frios e laticínios, açougue, prevenção de perdas, atendimento, pa-daria e confeitaria, operação de check-out, em-pacotador, peixaria, higiene e saúde e FLV (Fru-tas, Legumes e Verduras).

Para participar dos cursos presenciais, aber-tos ou “in company” o supermercado deve fazer contato com sua Associação Estadual, ajustando os detalhes de cada curso. Todos os temas tem duração de 8 horas e ao final os participantes rea-lizam uma “Avaliação de Conhecimentos” que pos-sibilitará ao multiplicador avaliar o grau de apren-dizagem da turma. Cada aluno recebe o certificado emitido pela ENS e válido em todo Brasil.

Caso a participação presencial não seja pos-sível, seus colaboradores têm agora a oportunida-de de melhorar seus conhecimentos, realizando os cursos da ENS no formato online. Esta nova fer-ramenta está disponível no portal da Escola, no endereço: www.escolaabras.com.br. Basta acessar, clicar em “cadastro”, preencher o formulário com as informações solicitadas e enviar. Pronto, já está matriculado e com acesso liberado para todos os cursos. Os conteúdos são interativos, dinâmicos, com áudio e o aluno pode aproveitar o tempo que tiver disponível para cumprir o conteúdo do curso. Após concluir todo o programa e realizar a ava-liação de conhecimentos, ele receberá no e-mail informado o seu certificado, emitido pela ENS.

O portal traz também outra excelente ferra-menta: a formação de multiplicadores. Através da videoaula disponível numa área restrita, o can-didato a multiplicador precisará primeiro realizar o curso de “Metodologia do Ensino sistemático”. Este pré-requisito é necessário para todos os cur-sos operacionais, pois fornece as técnicas e condi-ções mínimas que permitirão aplicar os conteúdos de uma forma padronizada e eficaz. Nesta modali-dade também é necessário contatar a Associação Estadual, verificando quais providências são ne-cessárias para habilitar seus futuros multiplicado-res para a realização do curso de formação.

E esse processo de renovação é tão dinâmico como a própria operação supermercadista. Novos cursos estão sendo desenvolvidos, novas técnicas de ensino-aprendizagem estão sendo implantadas, novas ferramentas pesquisadas e o esforço de uma grande equipe de profissionais possui objetivos bem claros: melhorar cada vez mais a qualidade da mão de obra do setor, tornando-o referência no Brasil e em outros países. Prova disso é que a equipe da ENS já realizou cursos de formação e re-qualificação para profissionais diretamente ligados à CAPASU (Câmara Paraguaia de Supermercados).

Invista nesta nova oportunidade e colha os frutos que a educação profissional proporciona.

Boa sorte e bons lucros. Até a próxima!

Ivam Michaltchuk é Diretor Técnicoda MSI Consultoria Organizacional

e Consultor da Associação Catarinense deSupermercados (Acats): ivam@msiconsultoria.

com.br; www.msiconsultoria.com.br

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Não são só as pessoas que ganham presen-tes no final do ano, a economia recebe sua valiosa parte, assim como durante o período de veraneio. A Associação Brasileira de Su-

permercados (Abras) está otimista, pois a Pesquisa de Natal Abras 2012 revelou que o setor supermercadista brasileiro espera um aumento, em volume, de 14,4% nas vendas dos produtos típicos na época de festas de final de ano, em relação ao mesmo período do ano pas-sado. A projeção para o Natal e Réveillon 2012 ficou um pouco abaixo do que em 2011, quando a expectati-va de crescimento nas vendas foi de 15,6%.

A menor expectativa de vendas nas festas de fim de ano em parte se deve à diminuição nos pedidos de importados, que apresentaram queda em relação a 2011, fruto da desvalorização do real frente ao dólar. Os produtos importados em geral, devem apresentar aumento de 7,1% neste ano, frente aos 14% anterio-res. O estudo da Abras detalhou que vendas de frutas importadas devem crescer 11,1% contra 12,9% do ano passado; ao passo que vinhos importados deverá cres-cer 8,6%, contra 12,2% de 2011.

Exceto pelos importados, a pesquisa revelou que os supermercadistas brasileiros aumentaram as com-pras de quase todos os produtos de Natal nacionais em relação ao mesmo período do ano anterior. Exceção para o pernil e o lombo, que tiveram queda nas enco-mendas de -0,5% e -0,2%, respectivamente em relação a 2011. “É sempre grande a expectativa do setor para as festas de final de ano, tradicionalmente o melhor período de vendas para os supermercados. Apesar do baixo nível de crescimento da economia brasileira como um todo – reflexo das turbulências da economia mundial -, mantivemos o otimismo e a nossa Pesquisa de Natal mostra que expectativa do supermercadista é alcançar novamente uma boa marca de crescimento de vendas nas festas de 2012”, afirma o superintendente da Abras, Tiaraju Pires.

Agas otimistaA avaliação otimista é compartilhada pela Agas,

Associação Gaúcha de Supermercados, que destaca tratar-se do melhor período em vendas. As festas de fim de ano representam cerca de 20% a 25% do fatu-ramento. O setor supermercadista gaúcho projeta um crescimento de 8,9% nas vendas de Natal e Ano-Novo, na comparação com as festas do ano passado. Este é um dos dados apontados por estudo encomendado pela Associação ao Instituto Segmento Pesquisas.

Segundo estimativas da Agas, os supermercados gaúchos vão absorver pelo menos 20% dos R$ 8,2 bi-lhões a serem injetados na economia gaúcha pelo 13º salário, o equivalente R$ 1,64 bilhão. A estimativa é vender 800 mil aves natalinas, 3,6 milhões de paneto-nes e 4,5 milhões de garrafas de espumantes.

Por isso, para bem atender o consumidor a en-tidade oferece cursos específicos para a data, desde como fazer pacotes de presente até como potencia-lizar o atendimento e as vendas. “Entre os produtos de maior procura estão espumantes, coolers, vinhos, chester, perus, panetones, além, claro, de cervejas e carnes para churrasco”, destaca o presidente Antônio Cesa Longo. Além dos produtos alimentícios e bebidas, os supermercados ganham cada vez mais espaço como local escolhido para as compras de presentes. Uma aná-lise da entidade sobre as vendas no período 2011/2012 mostra que o setor cresceu 12% no Natal e 8% no Ano Novo em relação ao ano anterior.

O período também movimenta a cadeia de tra-balho e metade dos supermercadistas ouvidos na pes-quisa trabalha com funcionários temporários. Destes, 40% pretendem aumentar o número de funcionários temporários em relação ao ano passado, neste período. No total, deverão ser criadas 3,7 mil vagas temporárias de emprego no setor para o período de Natal, Ano-Novo e veraneio. “Pelo menos 20% destes funcionários deve-rão ser efetivados”, projeta o presidente da Agas.

Tempo bom para faturarFornecedores

e lojistas estão prontos para

atender à demanda que cresce para o

Natal, Ano Novo e no período

alto do veraneio, principalmente

alimentose bebidas.

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Bebidas em altaAs comemorações de Natal, final de ano e as

altíssimas temperaturas durante todo o veraneio pe-dem bebidas variadas, que atendam às necessidades e gostos de toda a família. Matheus Campos, analista de mercado da Nielsen, diz que o mercado de bebi-das tem pico de crescimento no final e início de ano e que o resultado da cesta de alcoólicos nos dois últimos anos na região sul é melhor que a media nacional. Também há tendência de crescimento, es-pecialmente por vinhos e cervejas.

“A cerveja tem um papel muito grande na cesta, são muitos consumidores e que consomem muita quan-tidade. Mas outras bebidas ganham espaço; um bom exemplo é o vinho, bebida tradicionalíssima no sul e que tem crescimento expressivo no Brasil todo”, diz.

O analista lembra que, em 2010, houve um pico de vendas de cerveja, em sintonia com aquele momen-to econômico. De lá para cá, o setor cresce, mas não tanto. “A cerveja aumentou o preço da categoria e o consumidor compara o valor/quantidade de consumo. Ficou vantajoso migrar para uísque e vodca, setor que cresceu bastante na região sul”, comenta.

De uma forma geral, as vinícolas brasileiras estão entrando com otimismo no quarto trimestre, período que concentra, em média, metade do consumo anual de espumantes e quase um terço das vendas de vi-nhos finos no país, incluindo nacionais e importados. Com a economia em crescimento - embora em ritmo mais lento do que no ano passado - e os consumidores dispostos a ir às compras, as empresas estimam altas de até 30% nas entregas de outubro a dezembro em comparação com o mesmo intervalo de 2011.

Esse sentimento é maior no segmento de espu-mantes, diretamente associado às festas de fim de ano. A União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra) espera um crescimento mínimo de 15% nas vendas do pro-duto nacional no quarto trimestre ante os 7,1 milhões de litros do mesmo intervalo de 2011, o que levaria a uma alta acumulada de 14% no ano, para 15 milhões de litros. Até julho a expansão foi de 9,9%, para 4,2 milhões de litros.

O salto da CereserJosé Fontelles, diretor comercial da Cereser, diz

que existe uma expectativa alta com as vendas em 2012. “Para tanto, estamos ampliando em mais de 70% os investimentos em marketing para este final de ano”, revela. No tocante aos lançamentos, uma das novidades é a Chuva de Prata Glitz, versão mais requintada da Chuva de Prata, em embalagem apri-morada, desenvolvida especialmente para celebrações especiais, como reveillon, ceias natalinas, coquetel de fim de ano, casamentos e bodas. “Também estamos ampliando a linha Sidra Cereser Times (com licencia-mento dos clubes brasileiros de futebol) com as ver-

sões Santos, São Paulo, Vasco, Botafogo e Fluminen-se, lembrando que já tínhamos Corinthians, Palmeiras, Atlético Mineiro e Cruzeiro”, explica.

Na comparação entre espumantes, sidras e vi-nhos, ele diz que o período é muito favorável para vi-nho, mas a Sidra tradicional continua sendo a campeã de vendas. “As sidras saborizadas também devem ser bastante procuradas pelos consumidores, nas versões com e sem álcool. Nesta última linha, a dica é contar com este produto, pois a demanda por produtos nesta categoria é crescente”, afirma.

No quesito comunicação, a campanha de marke-ting de 2012 da Cereser é a maior dos últimos anos. Além das chamadas em TV, anúncios nos veículos espe-cializados do varejo e Internet, houve investimento em material de apoio ao varejo. “Na categoria de produtos sazonais, o canal supermercado é de extrema impor-tância. De nada nos adianta a campanha de TV sem a parceira com o varejo”, ressalta o executivo.

A marca promoveu uma ação especial com Íris Stefanelli. A repórter da Rede TV estrela a campanha da sidra, que tem como carro-chefe um filme no qual apa-rece comemorando o Natal com a família. Com slogan “Feliz Natal, Feliz Cereser”, a estratégia de comunica-ção da visa consolidar a imagem da Sidra Cereser como produto tradicional das ceias natalinas.

A campanha em mídia nacional da marca Chuva de Prata tem como objetivo projetá-la como bebida feita para comemorar todos os momentos festivos. Em relação a vendas, ele diz que o volume do ano passado ficou dentro das expectativas. “Com isso conseguimos fechar 2011 mantendo a meta de cres-

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01 Iris Stefanelli, a Siri, do BBB, é a garota-propaganda da Cereser na investida forte da marca

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cimento médio de 5% ao ano. Quanto a este ano, o mercado está dando sinais de aquecimento e, com os lançamentos e o investimento maior nas ações voltadas ao consumidor, esperamos um crescimento de 11% nos produtos da categoria sidra. As vendas da linha Cereser devem crescer em torno de 7% e as da marca Chuva de Prata (nas opções Branca, Rosé, sem álcool e Mini) cerca de 14%. Esperamos atingir o crescimento médio de 20% também na nossa linha de sidras saborizadas e sem álcool”, projeta.

Ironage, novo isotônico do GPFundado em 1994, o Grupo Petrópolis, segundo

maior do setor cervejeiro no país e produtor das marcas Crystal, Lokal, Itaipava, Black Princess, Petra e Wel-tenburger, do energético TNT Energy Drink, da vodca Premium Blue Spirit Unique e do Blue Spirit Ice, apre-sentou no final de novembro sua novidade para o final de ano e verão: o Ironage é o mais novo isotônico do mercado brasileiro. O produto será o segundo da linha de não-alcoólicos esportivos da companhia.

O principal público-alvo do Ironage serão atle-tas profissionais e amadores que precisam reidratar o corpo com líquidos e sais minerais perdidos durante a prática de atividades esportivas. Segundo Douglas Costa, diretor de mercado do Grupo Petrópolis, a nova bebida esportiva oferecerá aos brasileiros uma opção capaz de competir em qualidade e sabor com a líder do segmento. “Conseguimos desenvolver um produto de extrema qualidade em todos os sentidos. Mais uma vez, entraremos em um segmento para beneficiar o poder de escolha dos consumidores”, declara.

O Ironage será distribuído nacionalmente e chegará ao mercado com quatro sabores diferentes: tangerina, limão, uva e laranja. De acordo com Costa, a expectativa é que não demore muito para passar a ser conhecido. “O design e o rótulo da embalagem chamam a atenção e transmitem uma percepção de qualidade. Isso contribui para que as pessoas experi-mentem o produto”.

O executivo do Grupo Petrópolis destaca que a empresa já possui conhecimento na área de não--alcoólicos e espera obter com o isotônico o mesmo sucesso alcançado com o TNT Energy Drink, energé-tico lançado em 2009 que hoje já disputa a vice--liderança do setor e, em 2012, se tornou a bebida oficial da Scuderia Ferrari de Fórmula 1 e seus dois pilotos, Fernando Alonso e Felipe Massa.

Sanjo reforça parceriasA Vinícola Sanjo planeja reforçar as parcerias com

representantes, distribuidores, com ações nos PDV’s para que o cliente conheça mais a marca e produtos. “Verificamos um aumento significativo nas vendas de espumantes, vinhos brancos e sucos. Neste ano, a San-jo lançou o Vinho Espumante Nobrese Moscatel e Sidra

Bardoo, sendo este último produto elaborado através da fermentação do suco de maçã, com teor alcólico de 4,5%, produzido da mesma forma das sidras francesas, estamos recuperando os valores de uma verdadeira si-dra”, afirma Guilherme Grando, sócio proprietário.

Ele diz que as vendas do período 2011/2012 fo-ram satisfatórias. “Trabalhamos em um setor bastan-te disputado onde há a tradição de marcas seculares e o novo em marcas recentes. Nós estamos neste ul-timo grupo buscando nosso espaço. Já provamos que somos capazes de produzir ótimos produtos, agora, começamos a colher o reconhecimento por parte dos consumidores”, comenta.

Em 2012, os vinhos Maestrale Chardonnay, Nú-bio Sauvignon Blanc e o espumante Maestrale Rose Brut receberam premiações: Maestrale Integrus Char-donnay - Top Ten na Expovinis 2012 e medalha de Bronze no concurso Wine Challenge International realizado em Londres neste ano; Núbio Suavignon Blanc- - Medalha de ouro no Concurso Mundial de Bruxelas; Maestrale Rose Brut - Medalha de ouro no Concurso Mundial de Bruxelas.

Também com sede em Santa Catarina e amplian-do sua área de atuação, a vinícola Villagio Grando tem novidades para o consumidor, conforme revela o dire-tor Guilherme Grando. “Estamos focando muito nos es-pumantes, sendo eles o Brut Branco, primeiro produto nacional a utilizar a tecnologia QR Code no rótulo e primeiro com as tres uvas usadas no champagne jun-tas, pinot noir, pinot meunier e chardonnay; o Brut Rose, premiado em Miami, o Chance entre um demi-sec e um brut (chance em frances significa sorte e o rotulo trará estes simbolos) e o Le Chasseur, um espumante elaborado pelo método Asti.

Entre os produtos de maior procura Grando cita os espumantes e tintos para noite de Natal. “Aqui tra-zemos três, o Innominabile (86 pts pela Wine Enthu-siast), o Alem Mar elaborado pelo portugues e reno-mado enólogo Antonio Saramago e o Malbec da VG de Mendoza”. Quanto à expectativa de vendas, o executi-vo diz que está é sempre a melhor época do ano, muito melhor inclusive do que o inverno.

Projeto Gerações da SaltonNeste ano, a Salton lançou produtos que estarão

disponíveis para o período de final de ano. Em desta-que, o espumante Antônio Domenico Salton, do Proje-to Gerações, que homenageia os integrantes da família Salton responsáveis pela construção da empresa ao longo dos seus 102 anos de existência. A vinícola apre-senta ao mercado, também, as novas safras e a nova embalagem com fechamento screw cap dos vinhos Sal-ton Volpi Pinot Noir e do Salton Volpi Chardonnay.

“A nova embalagem traz desenho moderno e tampa-rosca, que permitem um fechamento herméti-co, garantindo aos vinhos a manutenção do sabor e

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02 Apple Jack,um destilado

especial de maçã, éo diferencial da Sanjo para a festas e verão

03 O Ironage é o mais novo isotônico do

mercado brasileiro e o segundo na linha do

Grupo Petrópolis

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dos aromas. Produtos ideais para o verão por serem mais leves, frescos e frutados. Além disso, para o perí-odo de fim de ano, apresentaremos os novos kits com taças dentro do novo conceito de posicionamento es-tratégico da empresa”, diz Maurício Salton, diretor de planejamento da Salton.

O executivo afirma que os produtos mais solici-tados pelos consumidores neste período são os espu-mantes e frisantes, principalmente os rótulos Salton Reserva Ouro, Salton Brut, Salton Moscatel e o frisante Salton Lunae Branco. Analisando o último período, Salton diz que durante todo o ano de 2011 a empresa comercializou 10 milhões de garrafas de vinhos e es-pumantes finos. Desse volume, 50% foram destinados a atender à demanda de final de ano, muito devido a produtos cuja sazonalidade tem forte impacto sobre o consumo. “Para 2012, a vinícola estima um crescimen-to entre 12% e 15% em relação ao ano passado, com uma expectativa maior de crescimento nos espumantes e frisantes”, afirma Salton.

Ele destaca a importância do supermercado como alavancador de vendas. “Este canal além de estender a cobertura e distribuição de nossa marca e dos nossos produtos, agrega também na visibilidade e desenvol-vimento da imagem da empresa. Sabemos que muitas decisões de compra são tomadas diante da gôndola, por isso procuramos sempre incentivar e qualificar o máximo possível a nossa participação nestes pontos de venda”, diz.

Miolo aposta em kitsUma das estratégias da Miolo é a seleção de kits

de vinhos e espumantes acompanhados de taças vol-tados às festas de final de ano: Miolo Seleção Cabernet Sauvignon/Merlot, Miolo Reserva Cabernet Sauvignon,

Terranova (Brut ou Moscatel), Miolo Cuvée Tradition (Brut, Rose, Demi-Sec) e Almadén Meio-Doce. “Os es-pumantes e os vinhos brancos são sempre os destaques do verão pelas suas características mais refrescantes. A nova linha de espumantes da Almadén é uma das apos-tas. O Almadén Brut, Meio-Doce e Meio-Doce Rosé, são espumantes jovens, para consumidores que buscam bebidas mais leves e com bom custo-benefício. Este ano também resgatamos os vinhos suaves da Almadén: UgniBlanc e Cabernet. Estes rótulos foram assinados pelo cantor sertanejo Daniel”, explica o diretor Ale-xandre Miolo.

Em relação ao último período, ele diz que “esta-mos muito satisfeitos com os resultados que alcança-mos no final do ano passado e no verão, principalmente com relação aos espumantes. O brasileiro já reconhe-ceu que os espumantes elaborados aqui estão entre os melhores do mundo e vem gradualmente aumentando o consumo dessa bebida. E já não existe mais a barreira de que espumante só é consumido em comemorações como o Ano Novo. Trata-se de uma ótima opção para o verão, e nós comprovamos isso com o sucesso das campanhas de venda de garrafas 250ml em carrinhos na beira da praia do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul”, explica Miolo.

Ele diz que o cliente/consumidor busca a cada dia produtos que atendam suas expectativas, e é no supermercado que se comunica com as marcas. “O vi-nho e o espumante estão na compra diária do super-mercado”, afirma.

Vodkas em saboresA Orloff, primeira vodka produzida no Brasil e

única cinco vezes destilada do mercado nacional, lança a linha Orloff Bold em três versões: Green Apple, Cran-berry e Citrus. Os novos sabores vêm em versão de um litro e chegam às prateleiras de todo o país. A família Orloff Bold foi criada para interagir com a nova geração de jovens que gostam de novidades e de se divertir com os amigos. O nome da linha remete à intensidade e o sabor marcante dos flavors, muito procurado por estes consumidores.

“O público de Orloff procura mais flexibilidade no produto e nos sabores, encontrando no lançamento desta linha uma opção para quem gosta de misturar a vodka com água de coco, refrigerantes e sucos, por exemplo, ou mesmo consumi-lo puro. Orloff Bold é mais doce e possui sabores de frutas mais intensos, o que permite que seja consumido apenas com gelo, sem perder a sua essência”, comenta Rafael Souza, gerente do grupo de bebidas Premium da Pernod Ricard Brasil. As garrafas da nova linha Orloff Bold serão vendidas pelo preço médio sugerido de R$ 23,90.

Espírito familiar Coca-Cola

Na Vonpar, o produto que sempre tem a maior

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04 A produção vinícola aumentou em

todo o Brasil e oclima favoreceu a qualidade da uva

05 Maurício Salton, diretor da Salton,

destaca a preferência do público pelos

espumantes nesta época

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procura é a Coca-Cola - bem ligado ao Natal e seu espírito familiar -, mas no período de verão os re-frigerantes com sabor de limão também ampliam a sua participação nas vendas. “É um momento em que a água mineral e cerveja também crescem. Em se tratando de cervejas, a marca Heineken é a que mais tem crescido nos últimos anos”, destaca Luiz Fernando Carvalho de Mattos, diretor de marketing e desenvolvimento de negócios da Vonpar Bebidas. “No geral as vendas de Bebidas cresceram 10% no último verão, em comparação com o período ante-rior. Estamos nos preparando para um crescimento de 15% no próximo verão versus 11/12”, analisa.

Nesta época, naturalmente, as regiões litorâneas respondem com mais intensidade, pois a quantidade de consumidores é multiplicada e muitos pontos de venda são abertos somente para o verão. Mattos diz que os supermercados sempre foram grandes abastecedores do público do veraneio e dos preparativos para as grandes festas. “Atualmente esse canal ganhou mais importân-cia por ter acrescentado a característica de pequenas cestas ou conveniência”, diz. Outra novidade são os dois novos sabores da Schweppes: Ginger Ale e Grape Fusion, que vêm reforçar a sofisticação da marca.

Alimentos maisleves, peru mais caro

O calor típico de final e início de ano pede ali-mentação mais leve. A preparação das refeições, no entanto, não exige menos. Por isso as marcas estão atentas aos desejos dos consumidores. Marcia Cwer-ner, analista de mercado da Nielsen, diz que falando especificamente de carnes, o período de fevereiro a março é pouco importante para a categoria. “Con-sidera-se novembro a janeiro, com foco nas carnes natalinas; período antes do natal e pós-Natal, com-pras para passagem do ano”, explica. A semana do Natal representa 53 % de todo o volume feito entre novembro e janeiro na região Sul, segundo dados de 2011. A semana entre Natal e final de janeiro teve representatividade de 19%.

Marcia afirma que nos últimos períodos outras carnes natalinas ganharam espaço no mercado, além das tradicionais aves e peru, que representam mais de 70%, como peito de peru, paleta, tender e pernil. Carnes usualmente mais caras, mas que não tiveram

tanto aumento quanto aves especiais e perus. O tender reduziu de preço, pernil e peito não aumentaram na mesma proporção de peru e aves especiais. “Os preços se aproximam e o consumidor analisa”, diz a analista.

Nos últimos anos, mesmo sem a pressão de cus-tos sobre os preços, provocada pela quebra da produ-ção nos Estados Unidos, em razão de uma forte es-tiagem, os produtos voltados às festas de fim de ano também ficaram mais caros, o que comprova a tendên-cia atual. Segundo dados da consultoria Nielsen, em 2011 o consumidor pagou, em média, R$ 10,23 pelo quilo do peru, ante R$ 9,08 em 2010. Para as outras aves natalinas, o quilo passou de R$ 8,32, em média, para R$ 9,45 na mesma comparação. Levantamento da União Brasileira de Avicultura (Ubabef) aponta que o país consumiu em torno de 150 mil toneladas de carne de peru no ano passado.

Mix variado AuroraPequenos reajustes não afastarão o consumidor

de uma tradição, pois ele busca opções, segundo Ricar-do Marques de Oliveira, gerente de marketing da Aurora Alimentos. Ele diz que o consumidor está cada vez mais interessado em produtos diferenciados e práticos, por isso a procura por itens já temperados ou com recur-sos que facilitem o processo de assar vêm crescendo. “Sem esquecer-se nunca da qualidade, pois ao preparar a ceia há o desejo de que sejaum momento especial e gostoso para a família e amigos”.

Os lançamentos para 2012 são o Blesser® Au-rora Preparo Fácil, Lombo Aurora Preparo Fácil e Pernil Aurora Sem Osso Preparo Fácil. Os produtos não precisam ser descongelados, indo do freezer di-reto para o forno. Eles vêm temperados na medida certa e em um saco próprio para assar, deixando o produto mais macio e suculento.

De olho nas mudanças sociais e comportamen-tais, a Aurora oferece um pernil in natura com peso de aproximadamente 5 kg. “É um produto direcionado às famílias menores, mas que não abrem mão de temperar o próprio pernil, que muitas vezes é até uma receita tradição”, explica Oliveira.

A Aurora espera que as vendas de natalinos para 2012 seja melhor que 2011, e o fator que justifica essa expectativa é o aumento do poder de compra do con-sumidor e o estímulo do governo ao consumo.

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06 Coca-Cola explorao espírito natalino, mas também investeno lançamentoda Schweppes

07 Aurora: inovação com uma linha especial e deliciosa de pernil, blesser, tender e outros produtos

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A Cooperativa Santa Clara, do Rio Grande do Sul, informa que no verão as vendas giram em torno dos fermentados e frescais, como queijos minas e ricota, e são direcionadas especialmente ao litoral, incluindo os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul, o que deve gerar um incremento nas vendas.

Outra indústria com novidades é a Wickbold, que lança uma edição especial de Natal para o exclusivo Pão Torta Fria, uma boa opção para quem deseja ino-vação culinária. Como o pão tem as fatias cortadas na horizontal, é ideal para receitas de tortas, lasanhas e rocamboles, pois facilita o preparo e resgata a pratici-dade na correria do dia a dia.

Supermercadistas atentosA rede Walmart espera registrar em brinquedos

resultados 25% acima dos alcançados no período do dia das crianças. Na categoria de bazar, espera vender 15% a mais do que no Natal do ano passado. As lojas iniciaram o clima natalino com foco em itens para de-coração, com mais de 600 itens no mix de produtos, como pisca-pisca, guirlandas, bolas, árvores e adornos.

A marca própria é uma aposta, com expectativa de vender 30% a mais de produtos neste natal, ante uma base super aquecida das festas de final de ano passado também de 30%. O Walmart investe e dispo-nibiliza 50 produtos sazonais, como carnes natalinas, panetones, frutas em calda, frutas secas, bacalhau, azeites. Entre as novidades destacam-se os cortes suí-nos e a cereja fresca. Esses produtos conquistam cada vez mais adeptos e custam entre 10% a 30% menos que aqueles das marcas líderes e é uma aposta do Wal-mart para as famílias brasileiras que buscam qualidade e preço mais baixo.

“Em nossas pesquisas, percebemos que o cliente já conhece o valor da marca própria e a valoriza como uma escolha inteligente, em que pode ter um produto tão bom quanto as melhores marcas do mercado com o benefício de preços mais baixos”, revela Antonio Sá, diretor de marcas próprias do Walmart Brasil. Além das tradicionais receitas de frutas cristalizadas e cho-colate, a rede também oferecerá panetones no sabor goiabada. Nas três opções com a marca Bom Preço, os produtos serão vendidos na versão 400 gramas a partir de R$ 7,98. A companhia também terá opções exclusivas de marca própria primeiro preço a partir de R$ 4,98, nos sabores frutas cristalizadas e chocolate.

Nas cestas, os destaques são a cesta exclusiva para as lojas TodoDia, por R$19,98 e com 11 itens básicos como panetone e sidra, entre outros. A rede disponibilizará ainda kits só com produtos da marca própria Bom Preço, a partir de R$ 39,88. O Kit Mundo Jovem, composto por 21 itens, como panetone, balas, biscoitos e vinho. O kit será vendido entre R$ 40 e R$ 46 no hipermercado BIG.

Júlio Lohn, Diretor de Marketing da Rede de Su-permercados Imperatriz, de Santa Catarina, diz que os produtos mais procurados são espumantes, vinhos, chesters, perus, panetones, bacalhau, cervejas e as no-vidades de lançamentos das indústrias como os brin-quedos oferecidos no bazar. “Sempre investimos em novas contratações para o final de ano, pois o fluxo dentro de nossas lojas é muito maior que nos demais meses. Fazemos investimentos em decoração diferen-ciada para o natal e em campanhas publicitárias para o período de festas”, afirma.

Destaques no Paraná“O Super Muffato vai manter sua política de pre-

ços competitivos, variedade de produtos e qualidade que já é tradição na rede durante todo o ano. Porém, a partir da segunda quinzena de novembro, como a de-manda pelos produtos típicos das festas de final de ano aumenta consideravelmente, também o mix de produ-tos nos pontos de vendas será ampliado e adotaremos preços mais agressivos, com promoções ainda mais atrativas”, informa Adilson Correa, gerente comercial geral do Grupo Muffato.

Nesse período, destaca Correa, “todas as lojas da rede estarão decoradas com motivos natalinos para ce-lebrar a chegada das festas de final de ano e teremos ilhas nos pontos de vendas especialmente criadas para abrigar os produtos típicos, que com certeza vão en-cantar os consumidores”. A linha de bebida disponível em todas as lojas da rede já apresenta um crescimento de vendas superior aos dois dígitos e com a chegada do final do ano e do verão, a tendência é aumentar ainda mais, principalmente no que se refere aos es-pumantes”, informa o executivo. A estimativa para os panetones é de um crescimento de 20% nas ven-das com relação ao mesmo período do ano passado e a tendência é que produtos como chocolate, palmi-to, fruta em calda, creme de leite também superem os dois dígitos em termos de incremento nas vendas. Em relação ao fim de ano e verão em 2011/2012, ele diz que “felizmente, nossas vendas superaram as metas traçadas para o período, apresentando um crescimento 10% maior do que tínhamos previsto”.

O Condor Super Center, da rede Condor (PR), es-pera um crescimento na ordem de 30% em relação ao ano anterior nas vendas de final de ano. São 7 mode-los de cestas de Natal e a expectativa comercializar cerca de 200 mil unidades. A rede criou um tabloide com o objetivo de resgatar o espírito de Natal, a união da família, a harmonia e a felicidade. A decoração das lojas também ajuda a despertar estes sentimentos má-gicos do período. Também preparou comerciais para TV e spots para rádio com conteúdos alegres e des-contraídos, que prometem emocionar e alegrar ainda mais o Natal dos paranaenses. Enfim, um período que promete ser bom para todos!

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08 Júlio Lohn, da Rede

Imperatriz, comenta sobre os preparativos

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O estudo Pyxis Consumo, divulgado durante a Office Paper Brasil Escolar 2012 - Feira Internacional de Produtos, Suprimentos e Acessórios para Escritórios, Papelarias e

Escolas –, maior evento de negócios do continente para o segmento, realizado em agosto, em São Paulo, revela que o gasto com material escolar no Brasil che-gará a R$ 6,13 bilhões este ano, com destaque para a Região Sul. O aumento de salários e os programas de transferência de renda como Bolsa Família – e no futuro os royalties do Pré-Sal - estimulam o consumo. Empresários defendem a aquisição direta, via Cartão Educação, ao invés do Kit Escolar, que prejudica o va-rejo, pois o governo compra direto da indústria.

Vários fatores determinam o crescimento nos gastos com educação no Brasil e, por conseqüência, em material escolar. Por ocasião da Brasil Escolar, o IBOPE Inteligência divulgou o estudo Pyxis Con-sumo e revelou dados até então inéditos do setor Segundo a pesquisa, o gasto nacional com mate-rial escolar e artigos de papelaria deve atingir R$

6,13 bilhões até o final deste ano, um aumento de 13,1% em relação a 2011. O consumo anual per ca-pita também acompanhou esse crescimento e subiu de R$ 32,70 para R$ 37,62 em 2012. Se for mantido o ritmo a projeção para 2013 indica valores próxi-mos de 6, 8 bilhões. A responsável pelo aumento, que chega a ser de R$ 700 milhões, será a chamada classe B, com R$ 2,57 bilhões em compras, seguida da classe C, com outros R$ 2,4 bilhões

Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul pos-suem juntos uma população total de 27,6 milhões de habitantes, que devem ser responsáveis pelo consumo de R$ 992,72 milhões em artigos de mate-rial escolar e papelaria até o final de 2012. É o que aponta o estudo Pyxis Consumo. De acordo com a pesquisa, o Rio Grande do Sul, com 496 municípios e 3.108.857 domicílios, é o Estado da região Sul que mais movimentará o setor, com um gasto per capita de R$ 44,14. Os gaúchos representam assim 6,6% do potencial nacional de consumo, totalizando R$ 402,57 milhões em gastos no segmento. Em segui-da, aparecem os paranaenses, com 399 municípios e 2.878.584 domicílios, que devem gastar R$ 348,97 milhões na compra destes artigos ou 5,7% do poten-cial nacional para o setor. Já Santa Catarina, pode totalizar R$ 241,18 milhões, cerca de 4%, com a ven-da em seus 293 municípios. O consumo per capita no Estado deve alcançar R$ 45,08, valor que está acima da média nacional estimada em R$ 37,62.

{Ascensão social estimula vendas} O estudo muda a vida das pessoas - e das nações que investem em educação. Poucos ousariam negar essa ideia. A importância do material escolar nesse proces-so é cada vez mais ressaltada. Produtos atrativos e de qualidade podem melhorar o desempenho? Pergunta de difícil resposta, mas cada um pode pensar no seu caso específico e avaliar. As oportunidades de ensino aumentam no Brasil, especialmente entre adultos. Em décadas passadas, o acesso universal das crianças às escolas foi efetivado.

Além disso, os programas de transferência de renda do Governo Federal estão ligados à manuten-

Região Sul vai gastar R$ 1 bi em 2012

Material Escolar

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ção de menores nas salas de aula. Some-se a isso a decisão da presidenta Dilma Rousseff de determinar que os royalties dos repasses da exploração do pe-tróleo do Pré-Sal, sejam destinados à educação. Com isto aumentam os volumes de recursos para compra de material escolar, inserindo o setor supermercadis-ta e as papelarias como intermediários importantes no acesso aos produtos.

Como a sociedade evolui e exige uma atualização nos métodos e formas de ensino, junto aos materiais tradicionais surge um crescente portfólio de itens ele-trônicos já que, como em vários campos da vida, a educação também se torna cada vez mais digital. Um assunto que merece reflexão é uma adaptação da ca-deia envolvida no processo educativo. Durante a feira, o Portal Lyderis, em parceria com a Francal Feiras, reu-niu profissionais de diferentes áreas do segmento da papelaria para o Painel de Tendências, debate visando discutir os novos rumos do varejo.

Dentro do tema “Mercado de Papelaria – como atingir um crescimento sustentável”, os convidados discutiram as mudanças necessárias para manter o setor num ciclo de crescimento, aproveitando as opor-tunidades de negócios que a atual configuração de mercado oferece. Segundo o gestor de Suprimentos da Golden Distribuidora, Wanderley Parizotto, é preciso modernizar o varejo de uma maneira que una o espaço físico às novidades virtuais.

{Mercado em crescimento} Thais Negret-ti, gerente de produto de Papelaria da BIC Brasil, diz que o mercado de material escolar tem muito potencial de crescimento, uma vez que há grande incentivo go-vernamental para que cada vez mais crianças estejam efetivamente nas escolas. “A educação no Brasil está em crescimento, a população vem valorizando cada vez mais a necessidade e a importância dos estudos,

e a BIC está participando ativamente para um futuro melhor, patrocinando e apoiando ações e instituições voltadas ao ensino básico e à educação”, diz Thais.

A BIC atua na plataforma de Educação com o slo-gan “BIC é assim que se Educa” e faz parte da história de cada pessoa, incentivando desde os primeiros rabis-cos na escola até as assinaturas mais importantes. “A BIC foi a primeira marca a democratizar a escrita, com a primeira caneta esferográfica: BIC Cristal, promoven-do, assim, milhares de possibilidades de conquistas.”, diz a executiva. São mais de 125 produtos no mix de papelaria da BIC.

Este ano, foram levados à 26ª edição da Office Paper Brasil Escolar mais de 40 lançamentos em todas as linhas de papelaria, além dos novos acabamentos para as canetas de luxo da Sheaffer. Entre esses pro-dutos, destacam-se as Canetinhas Hidrográficas Evolu-tion Fantasia, o Giz de Colorir Evolution, Caneta BIC 4 Cores Grip Fashion e Pro, Marcadores BIC Marking com tinha Prata e Dourada, Mini Caneta Corretiva Roxa, além de apontadores, tesouras e estilete, que acabam de entrar no portfólio da BIC.

Muitas novidades foram lançadas na Brasil Es-colar 2012 e algumas ganharam destaque, como as mochilas executivas da marca Unico, da Megaway, pela alta durabilidade; CHTech lançou o grampeador Paper Clinch, que “grampeia” até seis folhas por meio de dobradura no próprio papel, dispensando o uso do grampo, o carimbo Kesbon para criptografia os dados, o Deco-Rush, fita decorativa para colorir cadernos, agendas, desenhos e fotografias; e as linhas de colas em fita Noripa, Norino e Spin Eco; a Opeco apresentou novos modelos de calculadoras da Sharp; em especial, o ELS25BBL, um modelo escolar/educativo que pos-sibilita realizar exercícios matemáticos e de tabuada.

{Indústria X Kit Escolar} O presidente da Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), Rubens F. Passos, diz que a adoção do Cartão Educação pelas prefeituras e estados substituindo os Kits Escolares é o projeto mais relevante atualmente. “Os Kits Escolares têm destruí-do os varejistas por todo o Brasil. O Cartão Educação é um instrumento de desenvolvimento da economia local e fortalece os pequenos comerciantes e suas co-munidades”, diz. Outra pauta importante da ABFIAE é a questão dos tributos. “Estamos atuando fortemente na aprovação do projeto de lei que está na Câmara. Fizemos também o pleito de redução do ICMS de 18% para 12% junto ao estado de SP, que utiliza o mais alto % da federação”, diz.

Antônio Jorge, Diretor Comercial da Tilibra, tem uma visão menos otimista em relação ao posiciona-mento da BIC, mas faz coro com a ABFIAE. “Em se tra-tando do mercado de material escolar, de uma maneira geral, as expectativas para 2013 são de menos cresci-

Material Escolar

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01 O mercado está em crescimento

e é preciso modernizar

o varejo

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mento, pois o país passa por um desaquecimento eco-nômico. Quanto às ações do governo federal fornecen-do benefícios para as famílias com crianças na escola estamos de acordo, mas não como ocorre hoje, com o governo comprando diretamente dos fabricantes, mas sim, através de um método como o Cartão Educação, onde a escolha, a opção de compra fica a cargo dos pais e do aluno, que irão adquirir os produtos em pa-pelarias”, avalia.

A Coleção de Volta às Aulas Tilibra conta com centenas de itens, como cadernos universitários e pe-dagógicos, mochilas, fichários, estojos, pastas, e itens de escrita como lápis, lapiseiras, canetas, apontado-res, réguas. Baseando-se em pesquisas e observação no comportamento do consumidor, o porfólio da em-presa mais um vez se destaca em marcas renomadas, modelos, cores e estampas.

Para o público infanto-juvenil, grandes novida-des em licenças como Spider Man, Ben 10, Tapout, Avengers, Monster High, Tokidoki, Carrossel. Para os pequenos, houve um aumento das opções de li-nhas que apresentam cadernos pedagógicos. E com a Grafon’s, não é diferente! Novas licenças enriquecem o mix, como Care Bears (Ursinhos Carinhosos) e Hello Kitty Kiss. “São muitas opções para todos os gostos e estilos de consumidores, alinhados às principais ten-dências”, explica o executivo.

{Entendendo o consumidor} Ricardo Frederico, diretor comercial e de marketing da Cre-deal , diz que a organização entende o consumidor como o grande termômetro de seus negócios e cada vez mais busca se aproximar e conhecer esses que são, em última instância, a principal razão de seu sucesso e continuidade. “A ascensão da classe mé-dia, bem como a diminuição do empobrecimento geral brasileiro, faz com que tenhamos que aten-der com mais intensidade essas novas demandas do mercado, o que é ótimo, sem dúvida, em termos de negócios”, afirma. As inovações representadas pelo lançamento da Coleção Saber e das 68 novas linhas de cadernos com QR Codes são as grandes apostas de novos negócios para Credeal.

Frederico diz que a participação na Brasil Escolar 2012 foi muito produtiva, com excelentes resultados, tanto em termos de visitações quanto de interesse da mídia pelos lançamentos. A linha Saber, por exemplo, é uma coleção exclusiva de cinco volumes temáticos que trazem os principais assuntos dos vestibulares do país e Enem. “A ideia é unir a pauta tradicional do caderno a conteúdos educacionais exclusivos. Isso atraiu bastante atenção dos visitantes e da imprensa. O Saber não é apenas uma apostila com exercícios ou tutoriais de disciplinas. A Credeal buscou uma equipe pedagógica interdisciplinar, que criou conteúdos ca-pazes de ajudar o estudante a desenvolver as compe-

tências necessárias a exames cada vez mais exigen-tes”, explica Frederico.

Sobre a relação com supermercados e pontos de venda, ele diz que a Credeal possui diversas peças de merchandising que são importantes ferramentas para os seus clientes, tanto supermercados, quanto pape-larias e varejo em geral, no que se refere à divulgação de produtos nos pontos de vendas. Cerca de 30% da verba destinada ao marketing são para os PDVs, pois a empresa acredita que um dos grandes diferenciais é o impacto visual da marca nestes locais.

{Supermercados: atenção especial} A participação dos supermercados como intermediários no processo de comercialização de material escolar vem crescendo nos últimos anos. Conforme Antônio Cesa Longo, presidente da Associação Gaúcha de Su-permercados (Agas), o setor vem ampliando a partici-pação, focando a venda durante todo o ano. A expec-tativa de crescimento é boa, segundo o dirigente, mas a entidade esperava pelo resultado de uma pesquisa em dezembro. “A grande novidade é a antecipação das datas: imediatamente após o fim de ano, o setor já estará com promoções de volta às aulas. O retorno às aulas será mais cedo em 2013, por isso o setor se antecipará”, avisa Longo. No ano passado, o setor teve um incremento de 8,1% nas vendas de produtos típicos de volta às aulas.

Do outro lado do balcão, Júlio Lohn, diretor de marketing da Rede de Supermercados Imperatriz, de Santa Catarina, diz que os produtos de maior procu-ra na volta às aulas são cadernos, canetas, pastas, mochilas e computadores. “Tentamos atender a todas as listas escolares dos diversos órgãos de ensino da região. Este período requer ações diferenciadas e, por isso, temos nosso encarte volta às aulas com preços promocionais”, afirma.

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02 Caderno Marvel Avengers, da Tilibra, um dos lançamentos na Office Paper Brasil 2012

03 Caderno com apelo ao público feminino, uma das novidades da Credeal na feira Escolar

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Foi uma noite onde emoção e felicidade estavam em todos os pontos do salão nobre do Grêmio Náutico União, em Porto Alegre, que mais uma vez foi o palco da cerimônia de entrega do tro-

féu Carrinho Agas. Trata-se de um reconhecimento tradicional, concedido pela Associação Gaúcha de Supermercados às empresas, marcas e personalidades que, na opinião dos supermercadistas gaúchos, mais se destacaram em suas áreas de atuação e contribu-íram para o desenvolvimento da economia do Estado ao longo do ano.

Realizado desde 1984, o evento chegou à sua 29ª edição na noite do dia 26 de novembro e reuniu pelo menos 900 convidados. Os ganhadores receberam o troféu com nova roupagem, que passa a levar a as-sinatura do artista plástico gaúcho Caé Braga. Nesta edição, foi valorizado o trabalho de 29 agraciados, a maioria de gaúchos (55%), e seis empresas receberam o troféu pela primeira vez na história. As estreantes foram a Cerveja Itaipava (Melhor Promoção Comer-cial na Expoagas 2012); a Seara (Melhor Fornecedor de Alimentos Congelados); a Ajinomoto (Conservas e Temperos); a Suvalan (Lançamento do Ano – Categoria Mercearia); a Souza Cruz (Anunciante do Ano da Revis-ta Agas); e a Prado Distribuidor (Distribuidora do Ano).

Em seu discurso na abertura do evento, o presi-dente da Associação, Antônio Cesa Longo, destacou o espírito democrático da promoção. “Nestas quase três décadas, o Carrinho Agas notabilizou-se pela con-dição igual de disputa entre grandes multinacionais e empresas regionais, e os resultados deste ano vêm

Festa para quem chegou lá...

para confirmar a saudável concorrência do mercado e a importância que a indústria gaúcha tem para o varejo. A presença superior de fornecedoras gaúchas entre os agraciados de 2012 nos dá a certeza de que os super-mercadistas ainda primam pelo relacionamento olho no olho, pelo cumprimento de prazos, pela qualidade de produtos, pelos investimentos em novidades e pela palavra honrada nas negociações”, afirmou.

Outro destaque foi para a AmBev – Melhor For-necedor de Cervejas. Já a Cooperativa Piá de Nova Petrópolis foi bicampeã na categoria Lançamento do Ano – Perecíveis, e vencedora também no quesito Fornecedor de Alimentos Refrigerados. “É muito bom receber o reconhecimento de um prêmio que possui tanta credibilidade”, ressalta Gilberto Kny, presidente da Piá. Também em evidência a gaúcha Girando Sol, de Arroio do Meio, que chegou ao 15º troféu na his-tória do Carrinho, assumindo a quinta colocação entre as maiores vencedoras de todos os tempos, sempre disputando em um dos segmentos que mais sofrem a concorrência de multinacionais, a categoria Melhor Fornecedor de Produtos de Limpeza.

“Receber o Carrinho Agas mantém o astral em alta e mostra que atendemos a expectativa do setor, que estamos no caminho certo e em sintonia com os supermercadistas”, avalia o diretor Gilmar Borscheid. A Nestlé é a maior campeã da história do prêmio, com 26 troféus – três deles conquistados em 2012 – é se-guida pelo Grupo Vonpar, que acumula 24 distinções e, neste ano, mais uma vez foi escolhida a Melhor For-necedora de Refrigerantes.

Eventos / Carrinho AGAS 2012

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01 Itaipava: Marcius Costa recebeu o troféu

de Melhor Promoção Comercial na Expoagas de Ademir Gasparetto

02 AmBev: Fernando Ellwanger (esq.) recebeu

o troféu de melhor fornecedora de cervejas

de Eduardo Cidade

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{Aplausos, homenagens e reivindi-cações} O Reconhecimento Agas foi para Sussumu Honda, que está concluindo seu último mandato na presidência da Associação Brasileira de Supermerca-dos (Abras) e recebeu pessoalmente os cumprimentos do seu sucessor, o supermercadista paraense Fernando Yamada. Uma das premiações tradicionalmente mais cobiçadas, o troféu de Empresário do Ano ficou com o presidente da Lojas Renner, José Galló. “É o gran-de guru do varejo gaúcho, e este prêmio não poderia estar em melhores mãos”, destacou Longo. Entre as personalidades homenageadas estiveram o Gerente de Vendas do Ano, Márcio Ferrandís, da Superpan, e o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, eleito o Ho-mem Público do Ano.

Em um dos pontos fortes do seu discurso, o presidente da Agas pontuou reivindicações do setor supermercadista em níveis estadual e federal, como

a abertura do corredor sanitário estabelecido para a compra de carne com osso de outros estados que, se-gundo Longo, encarecerá a costela em pelo menos 8% para as festas de Natal. Também sobre a carne, Longo solicitou ao presidente eleito da Abras, Fernando Ya-mada, que continue o trabalho da entidade em Brasília com vistas à isenção do PIS/COFINS incidente sobre este produto para toda a cadeia.

Ao secretário da Fazenda, Odir Tonollier, Longo parabenizou pela criação da Nota Fiscal Gaúcha e su-geriu o enquadramento do suco de uva na modalidade tributária de cesta básica. Sobre os tíquetes de ali-mentação, Longo listou uma série de pleitos ao setor: “Reivindicamos o término da taxa negativa, o fim do deságio nas concorrências e o encerramento da ex-clusividade na captura dos tíquetes, promovendo um movimento de livre concorrência idêntico ao ocorrido nos cartões de crédito”, concluiu.

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O momento é de expansão, cresci-mento e, por isso, os investimen-tos da indústria em ampliação do mix de produtos, novidades e

condições especiais de pagamento alavanca-ram os negócios da 31ª Convenção Gaúcha de Supermercados – Expoagas 2012, que ocorreu em no Centro de Eventos da Fiergs, Porto Alegre, de 21 a 23 de agosto. Com um total de R$ 304,2 milhões em transações en-tre varejistas e expositores, o valor foi 10,7% superior a 2011.

A Feira de produtos, equipamentos e serviços para supermercados consagra o crescimento de categorias que ganham espaço nas gôndolas do varejo gaúcho, como higiene e beleza, pet, bebidas e im-portados. “Além disso, 9,8% dos negócios foram concretizados junto a fornecedores de equipamentos e máquinas para super-mercados, açougues e padarias, mostrando que o setor está atento à modernização e à expansão de lojas”, avalia Antônio Cesa Longo, presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas),

A venda média por empresa expositora nesta Expoagas foi de R$ 894,7 mil, puxada, sobretudo, pela comercialização recorde de fornecedoras de laticínios, vinhos, produ-tos de limpeza e automação comercial. “O aumento das vendas na Feira supera as ex-

pectativas do setor supermercadista gaúcho para este ano, que projeta um crescimento de 5% a 7% no acumulado das vendas de 2012, em relação ao ano passado”, esclarece Longo, lembrando que o evento é um termô-metro de vendas para o segundo semestre, quando o faturamento do setor é alavancado por datas festivas e pela injeção do 13º sa-lário na economia.

Mais farmácias e padariasA projeção de expandir a Expoagas

para outros setores foi confirmada nes-ta edição. Entre os 38,6 mil visitantes, 85,12% são varejistas. Os supermercados representam 73,5% deste total, comple-mentado por empresários e profissionais de segmentos como açougues, bares, restau-rantes, hotéis, lojas de bazar e de R$ 1,99, entre outros. Os setores que mais cresceram em participação foram o de farmácias (com 5,24% do total de visitantes varejistas) e de padarias (com 8,13% de representativi-dade). “Ao todo, 4.780 empresas varejistas visitaram a Expoagas, número 10,5% supe-rior ao ano passado”, comemora o presiden-te da Agas. Além das ações de venda pro-mocionais dos expositores, a Agas sorteou um automóvel Renault Kangoo 0Km entre os visitantes com pedidos de no mínimo R$ 1 mil junto aos estandes.

O principal alvo de negociações dos expositores foi o mercado gaúcho. Do total de negócios concretizados nestes três dias, 70,5% foram fechados junto a compradores do Rio Grande do Sul, 21,6% a varejistas de outros estados brasileiros e 7,72% a pro-fissionais e empresários de outros países da América Latina. Do total de expositores entrevistados pelo Instituto Segmento, ne-nhum apontou que não conseguirá cumprir

Feira fecha com R$ 304,2 milhões em negócios

Eventos / ExpoAGAS 2012

01 Contrastes: o presidente Longo

destacou o sucesso da feira, mas fez cobranças

ao poder público

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sua meta de negócios na Feira. “É a prova de que, quando a indústria gaúcha tem sua vitrine e condições de competitividade, ela mostra sua força”, destaca Longo, lembran-do que 75% dos expositores são gaúchos.

Durante os dois primeiros dias da Fei-ra, o Instituto Segmento Pesquisas ouviu 100 expositores de todos os portes para saber o grau de satisfação com a Expoagas 2012. O estudo aponta que aumentar o re-lacionamento com o setor supermercadista (76%) e potencializar negócios e vender (66%) são as duas principais motivações para participação no evento. Segundo o levantamento, 55% dos expositores reali-zaram negócios com profissionais de outros segmentos que não supermercados – 69% junto a restaurantes, padarias e bares.

A Agas já tem data para marcada para a Expoagas 2013: será de 20 a 22 de agosto do próximo ano, também na Fiergs. O lan-çamento comercial da Feira ocorreu no dia 11 de setembro, e o 97% dos estandes já estão comercializados.

Sucesso na Convençãoem Tramandaí

A 44ª Convenção Regional de Super-mercados realizada de 24 a 25 de outubro no Centro de Eventos de Tramandaí, reco-nhecida como o maior encontro supermer-cadista do Interior do Rio Grande do Sul, movimentando R$ 5,4 milhões em negócios, quebrando o recorde em feiras do Interior. O número confirma as expectativas da As-sociação Gaúcha de Supermercados (Agas), organizadora do encontro, que contabilizou a participação de 3,1 mil profissionais do varejo oriundos de 680 companhias – uma média de 4,8 visitantes por empresa.

A feira tornou-se um pólo econômi-co, pois além de atrair representantes do comércio do Litoral, reuniu empresários e colaboradores de organizações de outras regiões, como a Serra, Grande Porto Alegre, Noroeste, Produção, Fronteira e Campanha. “O prestígio destes visitantes de outras lo-calidades só demonstra a força deste even-to e do setor na região. O litoral certamen-te é a região gaúcha que mais cresce, e o setor supermercadista local se sente parte disso”, disse o presidente da entidade, An-tônio Cesa Longo.

Feliz também ficou Anderson Hoff-meister, prefeito de Tramandaí, que elo-giou a aposta da Agas no município - a

cidade recebeu a Convenção nos últimos 11 anos. “Tenho ligação estreita com o comércio varejista, pois os negócios de minha família iniciaram-se com uma loja de secos e molhados de meu avô”, recor-dou o prefeito. Para o diretor da Agas na região, José Reni, o encontro foi uma oportunidade para o varejo do Litoral se preparar para o veraneio, quando as ven-das aumentam significativamente.

A grande novidade da Convenção em 2012 foi o fim da palestra magna de abertura, que direcionou o foco dos vi-sitantes totalmente às negociações. Os supermercadistas e compradores de ou-tros segmentos do varejo foram maioria, representando 80,4% dos participantes. Além da isenção a comerciantes, que viabilizou a participação de diferentes setores na Convenção, como bares, lojas de bazar e conveniência, farmácias, ho-téis e restaurantes, outra atividade que alavancou os negócios foi o sorteio, pela Agas, de uma moto zero quilômetro no final do evento, entre as empresas com pelo menos R$ 500 em compras junto aos 74 expositores.

Cursos e o ProjetoVerão Agas 2013

Além de estimular os negócios na fei-ra, o fim da palestra magna motivacional garantiu maior peso à programação técni-ca: foram quatro cursos e uma palestra do coordenador do Procon/RS, Cristiano Aqui-no. Durante os dois dias da Convenção, as aulas qualificaram 120 profissionais do varejo local em temas como comunicação, refrigeração, climatização e vendas. Os cur-sos ocorreram no interior da Escola Móvel da Agas, que em três anos já capacitou mais de 12 mil pessoas.

A próxima atividade no Litoral será o Projeto Verão Agas 2013, que ocorrerá em janeiro e fevereiro nas praias de Quintão, Cidreira, Tramandaí, Atlântida Sul, Capão da Canoa, Capão Novo e Torres. Nesse período, a Escola Móvel estará estacionada uma se-mana em cada município, oferecendo pa-lestras e oficinas gratuitas aos veranistas e moradores, em parceria com as prefeituras locais, sobre temas como saúde, artesanato e bem-estar. A alta temporada cria a opor-tunidade de 2,6 mil vagas temporárias nos supermercados do Litoral. A Agas estima que 20% deste total sejam efetivadas.

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Durante o evento “Fornecedor Nota 10”, realizado em 26 de novembro, em São Paulo, na presença dos principais diri-gentes da ABAD - Associação Brasileira

de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Indus-trializados - e de suas 27 filiadas estaduais, tam-bém foi celebrada a cerimônia de posse da nova diretoria, assim como do Instituto ABAD e do gru-po ABAD Jovem. Para o biênio 2013/2014, assume a presidência da ABAD o empresário José do Egito Frota Lopes Filho, da empresa Jotujé, do Ceará, em substituição a Carlos Eduardo Severini, diretor do Tenda Atacado. José do Egito assume também a presidência do Instituto ABAD, braço social da entidade. Ana Maria Maia Ferreira Lopes, esposa do novo presidente, assume o cargo que era de

Adriana Severini como Representante Nacional do Instituto ABAD. A diretora para os próximos dois anos está composta pelos seguintes empresários:

Presidente – José do Egito Frota Lopes Filho (Jotujé Distribuidora); 1º Vice-Presidente – José Rodrigues da Costa Neto; 2º Vice-Presidente – Alair Martins Júnior. Demais vices-presidentes: Odemar Muller; Emerson Luiz Destro; Leonardo Miguel Severini; Jorge Raimundo Lins Neto; Ge-raldo Eduardo da Silva Caixeta; Douglas Maurício Ramos Cintra; e Alencar Cezar Martins Zamboni. Nesta gestão, o ex-presidente, Carlos Eduardo Severini, continuará na ABAD como presidente do Conselho Deliberativo e Juliano César Faria Souto na presidência do Conselho Fiscal, com Paulo Hermínio Pennacchi presidindo o Conselho Consultivo. No Instituto ABAD, que não possui CD, Carlos Eduardo Severini será o presidente do Conselho Fiscal, e Paulo Hermínio Pennacchi pre-sidirá o Conselho Consultivo.

ABAD JovemTambém foi empossada a nova diretoria do

Grupo ABAD Jovem, que dedica-se a contribuir para a formação de novos gestores e neste último biênio foi comandado por Maryanne Pacheco Barcelar, da Distribuidora Cristal, do Piauí. A nova diretoria tem a seguinte composição: Presidente - Joice Catari-na Sabatke (Catarinense Distribuidora- SC); Vice--presidente – Carlos Henrique Aparecido de Lima; Presidente do Conselho – Maryanne Pacheco Lopes Barcelar; Conselheiros: Hamilton Rodrigues; Daniel Alvarenga de Jesus; e Helton Veríssimo Diniz.

Longo é reeleito para oquinto mandato na Agas

Em clima de otimismo diante dos bons re-sultados do setor, a Associação Gaúcha de Super-mercados (Agas) elegeu no dia 30 de outubro a sua diretoria para o biênio 2013/2014. O proces-so eletivo ocorreu na sede da entidade, em Porto Alegre. O empresário porto-alegrense e cidadão bento-gonçalvense Antônio Cesa Longo, diretor da Cia. Apolo de Supermercados, de Bento Gon-çalves, foi reeleito por aclamação para um novo

José do Egito assumeo comando na ABAD

O empresário assume o lugar de Carlos Severini. Setor também tem novidade na Abras, com Yamada, e a reeleição de Longo na Agas.

Setorial

01 José do Egito, reunido com a nova

diretoria, recebe a ABAB bem estruturada

por Severini

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mandato na. A Agas conta com 720 associados de todo o Estado. A chapa vencedora não enfren-tou candidatura de oposição, e é composta ainda por outros 26 supermercadistas gaúchos, entre os quais, os vice-presidentes Ademar Pedro Ca-ppellari; Augusto de Césaro; Cláudio Zaffari: José Humberto Tischler e Sérgio Zaffari.

Longo é economista pós-graduado em Ges-tão Empresarial e Administração em Marketing e conviveu desde jovem com atividades ligadas ao comércio. Presidente da Associação desde janeiro de 2003, desenvolve ao lado de seus colegas de diretoria um projeto de interiorização da entida-de e de capacitação profissional para gestores e colaboradores do setor. Em sua gestão, a Agas conseguiu posicionar sua grande feira anual, a Expoagas, como o maior evento do segmento no Cone Sul. Desde janeiro de 2009, o dirigente ree-leito ocupa também o cargo de vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Atuando de forma intensa, entre os projetos de Longo na Agas, destacam-se a Escola Móvel, que percorre o Interior semanalmente com cur-sos; o Supermercado Modelo para treinamentos em Porto Alegre; o curso superior de Gestão em

Supermercados reconhecido pelo MEC; a am-pliação dos jantares de negócios no Interior do Estado; a criação da newsletter eletrônica e o fortalecimento da Revista Agas; e uma série de conquistas em reivindicações ao poder público, através de posicionamentos políticos.

Fernando Yamada, doPará, vai comandar a Abras

O empresário paraense Fernando Yamada, que atualmente preside a Associação Paraense de Super-mercados (Aspas), será o novo presidente da Asso-ciação Brasileira de Supermercados (Abras) a partir de 2013. O nome do empresário do grupo Y.Yamada foi indicado por unanimidade pelos representantes das 27 regionais durante assembleia da Abras no dia 19 de setembro, e ele aceitou a indicação. No dia 8 de novembro, ocorreu mais uma assembleia para a realização do processo eleitoral, que confirmou o empresário como novo presidente da entidade nacional. Atualmente, ele também exerce o cargo de primeiro vice-presidente da Abras. O atual pre-sidente da associação, empresário Sussumu Honda, ocupou o cargo por seis anos e por determinação estatutária não pode se reeleger.

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02 Fernando Yamada tem planos de valorizar a Região Norte

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Revista Super Sul é destaque entre os vencedores

Em grande festa realizada no dia 12 de no-vembro, no Espaço HSBC Brasil, em São Paulo, a GS1 Brasil - Associação Brasileira de Automação fez a entrega dos troféus aos

contemplados do XV Prêmio Automação. Os vence-dores fazem parte do quadro de 55 mil associados da GS1 Brasil, além de parceiros, como a Revista Super Sul, que conquistou o segundo lugar no Prê-mio Imprensa – Categoria Mídia Impressa, com a reportagem “Tecnologia e Automação: o caminho da eficiência”, de autoria do jornalista e consultor Júlio Sortica, que compareceu à festa em compa-nhia da diretora da revista, a empresária Silvia Viale. Ambos representaram a publicação editada no Rio Grande do Sul e dirigida ao setor supermer-cadista, de atacado e varejo da Região Sul.

A noite foi de festa para o setor de tec-nologia e automação. Projetos inovadores que privilegiam padrões internacionais foram desta-que na solenidade que reuniu organizações de todos os segmentos da economia. O cerimonial fez uma homenagem aos empreendedores e en-tidades que fomentam projetos inovadores em

processos automatizados seguindo os padrões tecnológicos GS1. Depois do coquetel de boas vindas os mais de 800 convidados acompanha-ram a premiação, que foi conduzida pelo casal de mestres de cerimônia César Filho e Adriana Collin.O Prêmio Automação foi criado em 1998 para recompensar os esforços de empresas e or-ganizações na difusão do Sistema GS1.

O presidente da GS1 Brasil, João Carlos de Oliveira, destacou a importância da adesão das empresas ao sistema de automação, dizendo que “é fundamental para a economia atualizar seus processos e investir em tecnologia para tornar as empresas mais competitivas e em condições de satisfazer o consumidor”.

Depois de degustar o primeiro “jantar rastreado”, onde, por meio de um aplicativo foi possível descobrir “o caminho” percorrido pelos ingredientes da refeição, os convidados foram brindados com um incrível show da banda “Titãs”. O ambiente de confraternização transformou o evento em uma festa inesquecível.

Confira, a seguir, os ganhadores do XV Prêmio Automação.

XV Prêmio Automação GS1 Brasil

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01 Júlio Sortica (C), recebe o prêmio de

Paulo Pennacchi e Antônio Simões (D),

vices da GS1 Brasil

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O aumento de roubos, furtos, assaltos e arrombamentos leva atacados e su-permercados a sofrerem perdas expres-sivas que, segundo estudos da Abras

(Associado Brasileira de Supermercados), no ano passado foi da ordem de R$ 16,4 bilhões, ou seja, 2,26% do faturamento de R$ 940 bilhões. Por isso as empresas precisam investir em equipamentos como alarme monitorado. Há um crescimento na procura por empresas do segmento varejista. O setor de segurança eletrônica em geral, cresceu 9% no último ano, com faturamento de R$ 1, 830 bilhão, crescimento de 9% sobre o ano anterior.

Nos últimos dez anos, o mercado de Sis-temas Eletrônicos de Segurança vem crescen-do com taxas médias de 11% anualmente, com 15% em 2007, 13% em 2008, 7% em 2009, 12% em 2011, segundo dados da ABESE (Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança). A entidade foi fundada em 1995 por um grupo de empresários brasileiros pela necessidade cada vez maior de as empresas se organizarem dentro do segmento. Hoje a asso-ciação reúne cerca de 400 companhias de todas as regiões do País.

Ainda segundo a ABESE, no Brasil, aproxi-

madamente 88% do consumo de equipamentos de segurança eletrônica são originários do setor não-residencial e de um total de 6,18 milhões de imóveis com possibilidade de receber sistemas de alarmes monitorados, apenas pouco mais de 11% desse total ou 710 mil imóveis são monitorados no país. Esse número é distribuído entre as gran-des e pequenas empresas de monitoramento do mercado que vem registrando significativo cres-cimento nos últimos três anos. As tecnologias de alarmes contra intrusão representam 26% do mer-cado de Sistemas Eletrônicos de Segurança.

Existem no país mais de 18 mil empresas atuantes no segmento de sistemas eletrônicos de segurança, gerando cerca de 200 mil empre-gos diretos e mais de 1,7 milhões indiretos. A representatividade do mercado nacional por re-giões mostra pela ordem o Sudeste (51%), Sul (22%), Centro-Oeste (13%), Nordeste (10%) e Norte (4%).

{Tendências e novidades} Para se pre-venir ou mesmo evitar novos roubos, as empresas dispõem de vários recursos avançados. Confira um estudo da ABESE sobre as principais tecnologias aplicadas em segurança eletrônica e sua partici-

A tecnologia contra roubos

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01 Oswaldo Oggiam, da Abese, destaca

as inúmeras opções que existem para a

segurança comercial

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pação de mercado: Sistemas de alarmes contra intrusos: 24%; Sistemas de circuitos fechados de TV: 43% ; Sistemas de controle de acesso: 24%; Equipamentos detecção e combate a incêndio: 9%. E entre as outras tecnologias destacam-se: Sistemas de Proteção Antifurto para produtos; Detecção de metais e explosivos; Dispositivos de identificação por biometria; e Rastreamento de veículos, cargas e seres vivos.

A ABESE, segundo o diretor Oswaldo Og-giam, não dispõe de dados sobre crescimento de furtos, assaltos e roubos ao comércio varejista, mas o dirigente ressalta as tendências tecnológi-cas que as empresas oferecem em equipamentos e processos para evitar estas incidências. “As no-vidades que tem se destacado no mercado de sis-temas eletrônicos de segurança são inúmeras. Se pensarmos em tendência mundial em segurança eletrônica podemos citar Sistemas de controle de tráfego em vias públicas e rodovias, Sistemas de Analise Inteligente de Vídeo, Sistemas avançados de identificação biométrica, Cidade Digital – in-tegração dos registros e informações a disposi-ção dos órgãos competentes (imagens em vídeo, fotos, registros de ocorrências)”, revela.

Ele acrescenta outras alternativas. “Mais especificamente podemos citar, as novidades em CFTV (Circuito Fechado de TV) que são câmeras de IVA ou vídeo análise que por meio de meta dados conseguem analisar o comportamento humano e ou reconhecimento biométrico. Há também os alarmes que passam pelo tipo de proteção com tecnologia totalmente sem cabeamento de sen-sores internos/externos criando soluções de pro-jetos de segurança mais limpo, seguro e rápido para instalar”, informa. Ogggiam diz que não há equipamentos específicos para esse setor super-mercadista, pois o que precisa ser diferente são os projetos, a maneira de operar.

O setor supermercadista preocupa-se muito com essa questão das perdas. Segundo o presi-dente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, a entidade oferece cursos específicos para prevenção de acidentes e incêndios, por exemplo, que integram o curso de Gestão em Supermercados. Quanto à ação dos la-drões, o dirigente revela que “o crescimento dos meios eletrônicos de pagamento é diretamente proporcional à redução de roubos e assaltos”.

{Arrombamentos em supermerca-dos} Especializada em equipamentos de segu-rança, a Volpato Segurança, com sede em Por-to Alegre e atuação nacional, constatou que o segmento de varejo tem recorrido ao uso da tecnologia para proteger os estoques e seus es-

tabelecimentos do ataque de ladrões. O gerente operacional Cristiano Almeida ressalta que cada vez mais a segurança vem se tornando uma pre-ocupação dos empresários. “Em nossa área de atuação trabalhamos com muitos supermercados, atacados e lojas em geral. Para os atacados e supermercados, nosso serviço principal está no monitoramento de alarmes e CFTV, além de ras-treamento veicular. O aumento à arrombamentos neste tipo de comércio é um dos principais fato-res que levam os comerciantes a busca por Segu-rança Eletrônica”, revela.

“O Circuito Fechado de Televisão é impres-cindível, pois através das câmeras é possível mo-nitorar o estabelecimento em funcionamento ou fechado, inclusive remotamente através da inter-net. Além de prevenir, auxilia na identificação de furto de mercadorias por “clientes”, sendo possí-vel deixar uma ou mais pessoas visualizando os movimentos em horário real”, explica o gerente operacional da Volpato. Além dos serviços cita-dos acima a empresa oferece outras opções, como Cerca Elétrica e Rastreamento Veicular.

O executivo ressalta que outro fator relevan-te sobre o uso dos serviços eletrônicos é o baixo custo em relação à vigilância, pois para esta ul-tima, o investimento é muito alto, sendo em al-gumas vezes impossível de absorver, dependendo do tamanho do comércio. Em alguns casos de em-presas com veículos, existe ainda a opção do ras-treamento veicular. Além do equipamento básico com câmeras fixas, existe também o Speed Dome que permite através de uma mesa de operações movimentar a câmera 360° além de aproximar a

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02 Monitoramento: Cristiano Almeida,da Volpato, diz queCircuito Fechado deTV é imprescindível

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imagem com um zoom para visualizar com exati-dão o que está ocorrendo.

O Alarme Monitorado, explica Almeida, con-siste em um sistema instalado no estabelecimen-to comercial que comunica a central de monito-ramento qualquer anormalidade no recinto. Entre elas, disparo de alarme em caso de violação, corte de linha telefônica, Botão de pânico em caso de assalto quando estiver em funcionamen-to. Este sistema é o mais utilizado na segurança como um todo, em virtude do baixo custo e sua funcionalidade, pois consegue reduzir considera-velmente o dano do cliente em caso de violação. “Quando há um aviso de anormalidade no cliente recebido pela central de monitoramento, é envia-da uma Unidade Volante de Atendimento afim de verificar o motivo do alarme. No caso de violação, é preservado o local e acionada a Polícia Militar e o cliente para providências”, esclarece.

O Rastreamento Veicular é utilizado para a prevenção de furto ou roubo e localização do ve-ículo após alguma das ocorrências citadas, além da preservação e resgate da carga. Em caso de um furto ou roubo de veículo, o cliente entra em contato com a central de monitoramento atra-vés de um telefone 0800 e informa o ocorrido. A partir deste momento o veículo é bloqueado e Unidades Volantes de Atendimento são desloca-das ao local do bloqueio para preservar o veículo e a carga até a chegada da Polícia Militar que também é acionada. “Além do resgate do veículo em caso de furto ou roubo, o cliente pode con-tar também com o controle de logística de sua frota, utilizando algumas ferramentas de gestão

como: controle de deslocamento com atualização de minuto a minuto, cercas eletrônicas (desvio de rotas previamente identificadas) e excesso de velocidade com aviso para o responsável pela frota através de email e SMS em caso rompimen-to dos parâmetros ajustados, controle de manu-tenção dos veículos (troca de óleo, pastilhas e manutenções preventivas)”, informa o executivo da Volpato.

Almeida ressalta que o diferencial da empre-sa está basicamente na qualidade do atendimento e melhoria contínua dos processos. Ele também comenta sobre o comportamento do mercado de vigilância. “Em 2011 o mercado manteve o crescimento que já vem há alguns anos. O prin-cipal fator que colabora com este crescimento é o aumento da criminalidade que infelizmente cresce cada vez mais. A projeção de crescimento para 2012 em relação a 2011 está na casa de 11%”, informa. E o setor supermercadista tem importante participação no share. “Se levarmos em consideração supermercados, atacados e mi-nimercados, e como parâmetro somente Pessoas Jurídicas, o faturamento em percentual fica em torno de 30%”, revela.

{Foco da Prosegur no varejo} O maior grupo de segurança privada do país, com 51 mil colaboradores espalhados em 25 estados, além do Distrito Federal, acaba de criar um departamento para cuidar exclusivamente das perdas por roubo no varejo diante do quadro citado anteriorment – perda de R$ 16,4 bilhões. Para atuar nesse mer-cado, a Prosegur foi buscar profissionais extre-mamente qualificados das áreas de varejo, banco e concessão de rodovias. O principal objetivo é trazer esse expertise para oferecer soluções inte-gradas específicas para cada setor.

“A Prosegur possui uma atuação bastante forte nesse segmento na Europa e estamos tra-zendo prá cá algumas dessas soluções. Somos responsáveis por projetos pioneiros na operação do Carrefour na Espanha, e na IKEA, famosa loja de móveis, ressalta o diretor da área, Luiz Fer-nando Alves Ferreira dos Santos. Ele explica como funciona o sistema.

“No início, atuamos fazendo a revisão com-pleta dos processos de segurança da empresa, uma vez que acreditamos que a gestão de perdas é apenas uma parte de todo o trabalho”, explica o diretor. Desse modo, um grupo de trabalho da Prosegur atua junto com a operação do cliente para propor as melhores desse processo. Na se-gunda parte, os novos processos são implantados e monitorados por nós”, explica.

O roubo interno é um problema conhecido

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03 Prosegur acaba de criar um

departamento para cuidar das perdas

por roubo no varejo

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do varejo de longa data que a Prosegur acredi-ta que tende a melhorar com a profissionalização do mercado. “Com a consolidação desse merca-do, onde empresas menores foram compradas por maiores, muitos processos mais sofisticados fo-ram implantados, inibindo as tentativas de apro-priação indevida. Porém, o mercado brasileiro ainda tem um longo caminho a percorrer nesse sentido”, esclarece o executivo.

É importante considerar que o roubo ou sub-tração de mercadorias no varejo pode acontecer antes mesmo do produto chegar ao destino, pode ser detectado ainda lá atrás, no próprio fornece-dor. “Como a Prosegur é uma empresa que fornece Soluções Integradas de Segurança, temos como atacar o mal pela raiz e reduzir muito as perdas do varejo por essa razão. É preciso que se com-preenda que a redução de perdas representa a de-volução para o bolso do empresário de um valor considerável. De acordo com nossos estudos, é possível estimar a devolução de cerca de 30% do valor das perdas. Ou seja, estamos falando de um valor de cerca de R$ 5 bilhões”, diz.

Dados internacionais sobre roubos no vare-jo, segundo o órgão Barometer, da Pesquisa The Global Retail Theft Barometer 2010, revela dados interessantes. A pesquisa é realizada baseada nas informações fornecidas por 1103 varejistas de 43 países, incluindo o Brasil: Perdas com roubo da ordem de U$ 107.3 bilhão; Representando 1,36 % das vendas; Indústrias com maior grau de perdas: higiene pessoal, farmácia, produtos eletrônicos; Países com maiores perdas por roubo: Índia, Mar-rocos, Brasil; País com menor índice de perdas por roubo: Taiwan; Despesas para prevenção de perdas/segurança: U$ 26.8 bilhão, aumento de 10% em relação ao mesmo período

{Aumenta videovigilância em SP} Um levantamento feito pela ABESE revelou que a cidade de São Paulo possui mais de 1 milhão de câmeras de segurança. O número corresponde a cerca de um equipamento para cada grupo de dez paulistanos. Somente a Polícia Militar tem 272 câmeras espalhadas pelas ruas de São Paulo. A associação afirma ainda que o número total dos equipamentos deve triplicar nos próximos anos, acompanhando uma tendência mundial. E, para atender a crescente demanda, as empresas do se-tor não estão poupando esforços para desenvolver soluções de segurança confiáveis, de alta perfor-mance e com bom custo-benefício. Um exemplo é a Vault, empresa especializada em Blindagem Arquitetônica e Sistemas Integrados de Seguran-ça (Controle de Acesso, CFTV e Alarme).

Recentemente a Vault lançou a solução NUUO

Titan NVR, com capacidade para processar uma grande quantidade de transferência de dados, au-mentando o desempenho de gravação para 64 câ-maras de 2 Megapixel. Com o Titan NVR, o usuário pode selecionar o perfil de menor largura de banda para visualização remota, eliminando o engarrafa-mento de fluxo de rede sem afetar os vídeos grava-dos. Além disso, ele consegue sincronizar contas de usuários e eventos críticos em 100 servidores, 400 canais de visualização ao vivo e 100 canais de reprodução simultânea, com poder de gravar e mo-nitorar um grande número de câmeras Megapixel. Outro lançamento foi o novo Servidor Tríbrido (a evolução do Híbrido), capaz de gerenciar câmeras analógicas, câmeras IP e as novas câmeras analó-gicas de alta resolução (SDI), tudo em um único equipamento e sistema.

“Nossas soluções atendem necessidades de monitoramento, patrulhamento e análise com funcionalidades que captam movimentação geral, objeto perdido, oclusão de câmera, objeto estra-nho, perda de foco e perda de sinal. Os sistemas possuem também filtro específico de busca in-teligente que economiza tempo e agiliza a ope-ração, selecionando eventos suspeitos, registra-dos durante horas de gravação. Outra vantagem é a capacidade de mostrar a exata localização e o status de todos os dispositivos no sistema, além de proporcionar a pré-visualização de vídeo das câmeras, permitindo que o usuário responda prontamente aos eventos. De fato, estas são as soluções ideais para atender à demanda crescen-te pelos investimentos em videovigilância”, com-pleta Natan Cuglovici, diretor da Vault.

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04 Mercado crescente: a cidade de São Paulo possui mais de 1 milhão de câmeras de vigilância

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A presidente Dilma Rousseff assinou recente-mente o decreto que regulamenta a Lei do Cadastro Positivo. Agora, essa importante in-fraestrutura conta com regulamentação espe-

cífica, que permitirá avanços mais vigorosos na direção do aumento da eficiência na concessão de crédito.

Aguardamos o último e definitivo passo: as diretrizes a serem definidas pelo Conselho Mone-tário Nacional, que vão normatizar formalmente a participação das instituições financeiras. Temos grande expectativa de que sua implementação abri-rá reais perspectivas de combate às elevadas taxas de inadimplência, que afetam negativamente tanto credores quanto consumidores.

Em todos os mercados em que opera, o ca-dastro positivo contribuiu significativamente com a redução das taxas de juros, permitindo acesso ao crédito a um maior contingente de consumidores. A

possibilidade de cobrar taxas de juros ajustadas ao perfil de risco de cada consumidor colabora com o crescimento do mercado. Também o consumo cons-ciente terá no cadastro positivo um grande aliado, capaz de afastar e proteger milhões de consumido-res do fantasma do superendividamento.

A regulamentação chega num momento impor-tante. Apesar do atual regime de quase pleno empre-go e renda crescente, o sistema financeiro tem amar-gado elevadas taxas de perdas por inadimplência. É preciso que possa, o mais rápido possível, contar com essa nova infraestrutura para avaliação de risco. Esperamos que a normatização do CMN aconteça no menor prazo e que o mercado possa se beneficiar, ao longo do tempo, de um ambiente de negócios mais sustentável, privilegiando o bom pagador.

*Presidente da Serasa Experian

Cadastro Positivo - Eficiência só depois de regulamentação das normas

Por Ricardo Loureiro *Artigo

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A história do Condor Super Center teve iní-cio em 13 de março 1974, quando o jovem empreendedor Pedro Joanir Zonta adquiriu um pequeno mercado de 110m2 no bairro

do Pinheirinho, em Curitiba, e iniciou suas ativida-des com cinco funcionários. Em 1998, com a venda da principal rede de supermercados do Paraná para um grupo estrangeiro, Joanir Zonta viu a oportunidade para consolidar-se no mercado. Ele tinha dois cami-nhos: ceder ao assédio das redes estrangeiras e vender a empresa ou aproveitar e conquistar os consumidores descontentes com a nova forma de operação. A op-ção foi modernizar as lojas, informatizar a empresa e adotar práticas inovadoras de gestão e marketing, conquistando assim os “órfãos” daquela que tinha deixado de ser a rede dos paranaenses. A expansão da empresa de forma planejada, com recursos próprios e do BNDES, e o constante treinamento de seus colabo-radores foram fundamentais para esta consolidação.

Quem quiser saber mais detalhes desse “case” de sucesso, pode aproveitar o link do livro “Na intimidade do sucesso”, que conta a história de Pedro Joanir Zon-ta e do Condor. http://www.condor.com.br/content/images/conteudo/Livro_final_baixa(1).pdf

Como um condor, que sabe usar de maneira efi-ciente os ventos, Pedro Joanir Zonta desenvolveu um processo de expansão da rede. “Hoje contamos com 35 lojas, entre super e hipermercados, nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa, Araucária, Campo Largo, Lapa, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Paranaguá, Maringá, Londrina, Apucarana, Colombo, Castro e Pi-

nhais, além de duas centrais de distribuição na ca-pital. Temos um total de 9 mil colaboradores.Temos também duas centrais de distribuição em Curitiba, uma no CEASA e outra no bairro Umbará, em Curitiba”, revela o empresário.

Independente do ramo ao qual pretende se dedi-car, quem decide ser empresário precisa ter, ao menos, duas qualidades: o chamado “tino” comercial e muita determinação. Quando se decidiu por criar o Condor, Zonta não era o que se costuma chamar, alguém “do ramo”. No relato da história da rede está escrito que “sem nem ao menos ter entrado em um supermercado, Zonta não fazia ideia de como funcionava este tipo de estabelecimento. Por isso, traçou a meta de apren-der tudo sobre a área em até 90 dias.”Sua vontade de aprender o motivou a ler tudo o que tratasse do assunto. Ele também absorvia o conhecimento dos vendedores e perguntava a eles sobre os concorrentes.

A qualidade de observador atento também foi valorizada, pois outro método usado por Zonta foi vi-sitar diversas lojas para analisar as formas de layout, exposição de mercadorias, promoções, variedade de produtos, margens aplicadas, serviços prestados e atendimento. Com todas estas informações, o empre-sário já sabia o que fazer para se tornar competitivo. Colocando em prática tudo o que tinha aprendido, ele fez de seu mercado um estabelecimento promissor, o que iria ajudar o Condor a alçar voo. Zonta sabia que a qualidade era o principal quesito para crescer e esco-lheu o seu primeiro slogan: “Não somos o maior, por isso temos que ser o melhor”.

Condor voa alto e alcança o sucesso

Empresa

O compromisso que o Condor

mantém é o de ajudar o

paranaense a economizar,

aliando preço e qualidade. A rede é a 9ª

do Ranking Abras, com 35

lojas e 9 mil colaboradores.

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Preço e qualidadeUm dos fatores que diferencia a empresa das

demais em um mercado em que todos apostam em preço baixo, qualidade e atendimento, é estar com o discurso alinhado à ação: um comportamento comum em vários segmentos é que muitos anunciam que tem o menor preço, melhor qualidade e atendimento, mas o consumidor não encontra isso na prática. Tem que saber aliar preço e qualidade. “O compromisso que o Condor mantém é o de ajudar o paranaense a eco-nomizar, oferecendo produtos de qualidade, um mix amplo, ofertas que contribuam para o orçamento fa-miliar e colaboradores constantemente treinados para oferecer o melhor atendimento, ou seja, estar sempre de mãos dadas com o nosso cliente”, destaca Zonta.

Esse respeito ao cliente levou a rede a cres-cer de forma fantástica e em menos de 30 anos, conquistar um lugar entre as dez maiores do Brasil segundo o Ranking Abras, com um faturamento in-vejáveis e muitos investimentos. Zonta revela que em 2011, o Condor investiu mais de R$ 100 milhões na inauguração de três hipermercados, nas cidades de Colombo, Castro e São José dos Pinhais, além da ampliação e revitalização das lojas de Apucarana e Araucária. “No final de 2011, o Condor contava com 33 lojas e registrou um faturamento de R$ 2,136 bilhões, mais de 20% de crescimento em relação a 2010, quando registrou faturamento de R$ 1,728. Em 2012, fecharemos o ano com 35 lojas e um in-vestimento de R$ 120 milhões”, informa.

Desenvolver infraestrutura e investir no rela-cionamento. Assim o Condor também busca fidelizar os seus clientes, priorizando um bom atendimento, preços competitivos e um mix variado e amplo. “As nossas lojas modernas e pioneiras também conquis-tam o consumidor. O Paraná possui apenas duas lojas com etiquetas eletrônicas e elas são do Condor, uma está localizada no bairro Água Verde, em Curitiba, e a outra no Condor Joinville, em São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba). Também inaugu-ramos a primeira loja da América do Sul que utiliza o CO2, um gás refrigerante 100% natural que substitui os gases sintéticos no setor de congelados. Como o CO2 está presente na natureza, não agride a cama-da de ozônio, não provoca o efeito estufa e ainda reduz em 20% o consumo de energia no sistema de congelados, o que representa uma redução de cerca de 5% no consumo de energia no sistema de refrige-ração total. Todas estas inovações e este pioneirismo conquistam o consumidor, que está sempre em busca de lojas modernas, confortáveis, práticas e sustentá-veis”, destaca o empresário.

Orgulho paranaenseToda empresa tem pontos fortes que costumam

diferenciá-la dos concorrentes. Não é diferente com

o Condor. O conceito “Orgulho de Ser Paranaense” é uma grande característica da marca. “Por ser uma empresa genuinamente do Paraná, todos os recursos são reaplicados no Estado, resultando em riqueza e crescimento, além da geração de renda e impostos. O Condor também apóia a agroindústria familiar pa-ranaense ao comercializar os produtos produzidos na região”, revela Zonta.

Entre tantos diferenciais, os investimentos em expansão também ganham destaque. “Para 2012, a expectativa é de crescer novamente na faixa de 20%. Para isso, vai realizar um investimento na ordem de R$ 120 milhões, incluindo a loja de Pinhais, inaugurada em junho, o Condor Campo Comprido, inaugurado dia 31 de julho, outra que está em construção em Parana-guá, em frente a loja do Centro, que será desativada. Esse investimento ainda contempla a modernização de outras lojas, além da aquisição de algumas áreas para construção de futuras lojas”, informa Zonta. Mas os planos para o futuro são ambiciosos. “A meta do Condor é chegar ao final de 2016 com 45 lojas entre super e hipermercados, atingir um faturamento de R$ 4 bilhões e contar com uma equipe com mais de 12 mil colaboradores diretos, além de expandir sua atu-ação para outros estados, desde que se apresentem como uma boa oportunidade”, diz.

A Rede Condor destaca-se por ações inovadoras em questões sociais, solidariedade e atendimentos. Zonta revela quais são as principais ações nessa área. “Realizamos todo ano a Campanha Solidária Condor, uma ação de responsabilidade social viabilizada pelo Condor em parceria com seus fornecedores, que tem como objetivo colaborar com instituições beneficen-tes sediadas nas cidades atendidas pela rede super-mercadista. Em 2012, a ação vai beneficiar 22 enti-dades”, conta o empresário. “Durante o período da campanha, parte da venda dos produtos anunciados nos tabloides da promoção será revertida em forma de vales-compras, que as instituições poderão utili-zar na aquisição de alimentos, produtos de higiene, limpeza, bazar, têxtil e eletros, em qualquer uma das 35 lojas Condor”, acrescenta.

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01 O “Império Condor” começou lá em 1974, com uma pequena loja e seis funcionários

02 Zonta: “tino” para os negócios e perseverança para se tornar um dos melhores do setor

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Crivialli relança Soft PlusA Crivialli, empresa paranaense do segmento de higiene e limpeza, pro-dutos automotivos e para o setor pet, relançou em 2012 o Amaciante de Roupas Soft Plus. Presente no mercado desde 1997, o produto já passou por 3 mudanças significativas e acaba de passar por outra: ganhou nova embalagem, com design moderno e mais atraente e sua fórmula recebeu novos ativos que resultam em roupas mais perfumadas e por muito mais tempo. O produto é apresentado em embalagens de 2L em 6 fragrâncias.

Fluorescente Espiral LorenzettiA Lorenzetti, empresa líder em duchas, chuveiros elétricos e aquecedores de água

a gás, que acaba de entrar no importante mercado de iluminação, lança a Lâm-pada Fluorescente Compacta Espiral nas voltagens 15W, 20W e 24W. Os produtos apresentam 8.000 horas de durabilidade e economia de até 80% de energia, em

comparação com os modelos incandescentes, possuem certificação do INMETRO, que atesta sua eficiência luminosa e economia de energia, comprovando, inclusive, oito

vezes mais tempo de vida útil que as lâmpadas incandescentes.

Pirulito Nóig 4 ElementosUnir a energia mágica de diferentes sensações em um mesmo pirulito. Essa expe-riência inédita agora é possível com o novo Pirulito Nóig 4 Elementos. Desenvol-vido pela Neugebauer, marca da Vonpar Alimentos, o lançamento traz o inovador conceito de união de sensações cross flavours. São quatro pirulitos diferentes com personagens que representam os quatro elementos: fogo, água, terra e ar. Outra novidade é o formato plano do pirulito, no qual devido às ondulações em sua su-perfície, permite que sejam encaixados um ao outro para, combinados, criar novas experiências de sensações ao invés de oferecer apenas um sabor, ressalta o gerente de Marketing da Vonpar Alimentos, Juan Pablo Boeira.

Kellog’s em SucrilhosA Kellogg’s® inova mais uma vez, e apresenta aos consumidores as novas embala-

gens de Sucrilhos®. Com layout moderno e colorido,as embalagens ganharam novos elementos, com destaque para a imagem do Tigre Tony®, mascote ícone da marca, e o novo formato do bowl com os irresistíveis flocos de milho com açúcar. Segun-do Camila Roriz, gerente de produto da linha infantil da Kellogg’s®, o novo visual chega para reafirmar a posição da marca e se diferenciar dos demais produtos nas

gôndolas. As novas embalagens já estão disponíveis em todo o País.

SideCar UtilitárioSempre inovando, a Saidbrasil lançou mais um modelo de SideCar, pois a demanda por sidecars para atender os clientes de entrega de gás de cozinha e água mineral (galões de 20 litros), aumentou consideravelmente nos últimos anos, o que levou a empresa montadora a desenvolver um novo modelo de SideCar para o transporte destes 02 produtos, criando o SideCar Utilitário. Com a grade fabricada em tubo de aço carbono, tem tampa para travar os botijões e os galões de água e com fecho para a opção de travamento e utilização de um cadeado, atende os dois segmentos que em muitos pontos de vendas são comercializados em conjunto.

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Coleção Walmart Verão 2013 Buscando consolidar a crença de que possível economizar e ficar na moda comprando no supermercado, o Walmart Brasil, por meio de suas marcas de hipermercados BIG e Walmart, apresentou sua Coleção Primavera-Verão 2012-2013 no dia 19/10. O evento foi relizado no BIG Cristal, no BarraShoppingSul, em Porto Alegre, com entrevista coletiva, desfile, workshop de moda e experimentação de produtos de beleza. A Co-leção Celebre a Vida traz a doçura das candy colors, o hit animal print, e o cítrico do neon, com destaque para a linha exclusiva de Selena Gomez. O crescimento médio do setor no Walmart Brasil é de 10% a 15% ao ano; expectativa melhor para 2013.

Bebida láctea Aurora LichiaUma fruta originária da China, a Lichia, é o sabor de uma refrescante bebida láctea que a Aurora lançou recentemente com exclusividade nos mercados do sul e sudeste brasileiro. A Lichia não só amplia o portfólio de fermentados da Coopercentral Aurora Alimentos, como deve tornar-se um ícone desse verão. A nova bebida é elaborada com leite, soro de leite e polpa de lichia, própria para consumo no verão. Possui validade de 45 dias e embalada em caixa de

5,7 kg com seis unidades de 950 gramas.

Novos sabores do Vigor GregoResponsável por inaugurar no Brasil a famosa categoria de iogurte grego, a Vigor lança no mercado dois novos sabores do produto. Iogurte Vigor Grego com versões Frutas Amarelas (manga, pêssego e maracujá) e Frutas Vermelhas (amora, framboesa e morango) chegam às gôndolas para completar a linha que já conta com os sabo-res Tradicional e Baunilha. As novidades de Vigor Grego trazem a versão tradicional combinada com uma pedaços de frutas e uma deliciosa calda.

Pinho Bril Accept PowerA Bombril lança Pinho Bril Accept Power, mais um produto da linha exclusiva de

produtos para a limpeza do banheiro com a qualidade e performance de Pinho Bril – marca especialista no mercado de desinfetantes. O produto tem ação eficiente e mata 99,9% dos germes, bactérias e fungos presentes no vaso sanitário, além de

remover as sujeiras mais difíceis e incrustadas, como manchas de ferrugem deixan-do um suave perfume de limpeza. O bico direcionador encosta debaixo da borda do vaso,permitindo o alcance nos locais mais difíceis, proporcionando uma higieniza-

ção mais completa e eficaz com o mínimo de esforço.

Coffee Beans, café para comerNunca antes consumido desta maneira, o café para comer das marcas Coffee Beans e Coffee Coins, recém-lançado e inédito no mundo - para consumidor final e profis-sionais de gastronomia, respectivamente -, chega oficialmente ao mercado nacional com presença na cafeteria Octavio Café, referência no segmento, em São Paulo, e já de olho também no mercado do Sul do Brasil. “O café para comer pode acompanhar o cafezinho habitual do brasileiro, tanto antes do consumo ou para finalizar a de-gustação, além de também ser uma opção prática e fácil de carregar para saborear em lanches rápidos no dia a dia”, explica Renato Abaurre, diretor da empresa.

Azeite de oliva RasipA Rasip Agro Pastoril, empresa com sede em Vacaria (RS), tradicional produtora de

maçãs e queijos, aproveitou a Expoagas, a maior feita do setor em todo o Cone Sul, realizada em agosto em Porto Alegre, para expor o recém lançado Azeite de Oliva

Extra Virgem Campos Gourmet, o queijo Gran Formaggio Ralado Fresco e a caixa ex-clusiva para maçã categoria Extra. Depois de um criterioso trabalho de pesquisa entre os produtores do exterior, o azeite foi lançado na APAS 2012 e chega para atender um mercado de grande potencial já que o Brasil é altamente dependente de importações.

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{14ª. Feira de Negócios do Grande Oeste / SC}Quem organiza: Associação Catarinense de Supermercados (Acats)Quando: 10 e 11 de outubro de 2012Onde: Parque de Exposições Tancredo Neves (Efapi), em Chapecó (SC)Descrição: Realizado de forma alternada entre Chapecó e São Miguel do Oeste a cada ano, o evento terá a feira de exposições, um curso focado para compradores de lojas de supermercados e palestras motivacionais com Eduardo Tevah e Adroaldo Lamaison. Prevê, ainda, cursos diários e gratuitos sobre cortes especiais e diferenciados de carnes suínas.Mais informações: (47) 8414.9921 /// [email protected] /// www.acats.com.br

{Curso de Gestão de Estoques para Supermercados}Quem organiza: Associação Catarinense de Supermercados (Acats)Quando: 22 e 23 de outubro de 2012Onde: Acats – Florianópolis – Av. Osvaldo Rodrigues Cabral, 1570 – 2º Andar – Conj. 201Descrição: Ministrado pelo consultor e instrutor Paulo Magnus, o curso visa a capacitação e o aperfeiçoamento profissional para a Gestão de Estoques. A programação é bem específica e destina-se a proprietários, gerentes de loja e líder do setor de estoque.Mais informações: (48) 32230174. Inscrições: [email protected]

{10ª Feira e Convenção Regional deSupermercados do Rio Grande do Sul}Quem organiza: Associação Gaúcha de Supermercados (Agas)Quando: 24 a 25 de outubro de 2012Onde: Centro de Eventos de Tramandaí (RS)Descrição: O objetivo é gerar negócios entre supermercados e fornecedores, para isso a organização do evento cria um ambiente com o perfil de negócios do meio supermercadista. Paralelamente ocorre a Convenção Supermercadista com palestras e cursos de atualização profissional. Mais informações: Departamento Comercial da entidade (51) 2118-5200 ou através do email [email protected]. Site: www.agas.com.br

{Reunião de Comitê de RH: Estratégias de Retenção de Pessoal}Quem organiza: Associação Paranaense de Supermercados (Apras)Quando: 22 novembro de 2012Onde: Academia Empresarial Apras em Cascavel (PR)Descrição: Evento organizado pela Academia Empresarial Apras com professora Ana Claudia Suzeki com o objetivo de aprimorar formas de administração interna. O setor de Recursos Humanos ganha importância nas estratégias de retenção de pessoal, evitando a rotatividade.Mais informações: As inscrições no site http://www.academiaapras.com.br/inscricoes/index.php. Em Cascavel - (45) 3223-9995 - [email protected].

{29ª Edição do Carrinho Agas – 2012}Quem organiza: Associação Gaúcha de Supermercados (Agas)Quando: 26 de novembro de 2012 – 20 horasOnde: Grêmio Náutico União (Rua João Obino, 300), em Porto Alegre (RS) Descrição: Uma das mais antigas e tradicionais premiações do setor varejista brasileiro, promovida desde 1984 pela Associação Gaúcha de Supermercados, o Carrinho Agas chega à sua 29ª edição distinguindo as empresas, marcas e personalidades de maior destaque no fornecimento de produtos, equipamentos e serviços para o setor supermercadista gaúcho. Mais informações/ Ingressos: Departamento Comercial (51) 2118-5200 ou através do email [email protected]. Site: www.agas.com.br

AGEN

DA

Chapecó (SC)

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