revista super sul 07

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Revista Super Sul {Jan./Fev./Mar. de 2012} 1

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revista super sul edição 07

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EDITORIAL

Revista Super Sul {Jan./Fev./Mar. de 2012}

Melina Gonçalves - [email protected]

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Os mais antigos certamente lem-bram de uma expressão mui-to usada para caracterizar o acesso da população a alguns

tipos de proteínas em passado até certo ponto recente, a década de 60, por exem-plo: “pobre só come galinha quando está doente”. E era carne de galinha, porque o frango era uma cultura ainda incipiente e, por isso, sua carne não era tão acessível como bovina e suína. E dizia-se isso por-que quando alguém adoecia e precisava ser internado ou acamado, a tradicional “can-ja”, com pedaços de galinha fazia parte do cardápio. Aos domingos as famílias até conseguiam colocar na mesa uma gali-nha recheada e, quem tinha recursos, ia degustar um galeto na churrascaria. Esse cenário de pouco aproveitamento da car-ne de aves faz parte do passado. O Brasil avícola é um Brasil que dá certo, como mostra nossa reportagem especial.

Este Brasil avícola e outros Brasis também despontam como verdadeiros atle-tas da economia em busca de medalhas na disputa internacional. O Brasil da avicultu-ra tem na figura do presidente executivo da ABUBEF, o gaúcho Francisco Turra, um paladino incansável em busca de melhores condições para tornar o país ainda mais forte e representativo. Atualmente o Brasil é o terceiro maior produtor de frango do mundo, com de 13 milhões de toneladas (atrás apenas dos Estados Unidos, o pri-meiro, e da China, que deverá ser ultrapas-sada este ano). Desde 2004 o Brasil é o principal exportador desta proteína, com 40% de participação no mercado, atingin-do cerca de 160 países. Mas os produtores queixam-se da falta de políticas definidas em áreas como logística, tributação e mais investimentos em tecnologia.

De qualquer forma, o Brasil avícola representa um salto na qualidade de eco-

nomia brasileira que, apesar de alguns en-traves, mostra que está buscando soluções para em setores tradicionalmente emperra-dos. A queda dos juros da Selic, dos bancos e dos financiamentos em geral fazem par-te de uma estratégia para que o país não fique refem de um dólar desvalorizado e que prejudique a balança comercial. Outras ações estão em andamento para tornar o Brasil uma verdadeira potência nas próxi-mas décadas. Vou citar apenas o apoio à formação complementar de jovens no exte-rior, preparando-os para um futuro que exi-girá conhecimento e inovação. Serão mais de 150 mil bolsas em quatro anos.

É, o Brasil cresce, passa a se co-nhecer melhor e resolver seus problemas. Claro, ainda temos muitos desafios a ven-cer, como a corrupção, o gasto público elevado e um Custo Brasil ainda longe do desejado. Mas aos poucos esta nação mostra a que veio. Boa leitura!

Um Brasil que dá certo

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IHNMAnivdhdyConceitual - Publicações Segmentadas

www.revistasupersul.com.brAvenida Ijuí , 280

CEP: 90.460-200 - Bairro Petrópolis

Porto Alegre - RS

Fone/Fax: 51 3062.4569

Fone: 51 3062.7569

[email protected]

Direção:

Sílvia Viale Silva

Edição:

Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844

Consultoria Editorial:

Júlio Sortica - DRT/RS 8.244

Redação:

Gilmar Bitencourt e Júlio Sortica

Departamento Financeiro:

Rosana Mandrácio

Departamento Comercial:

Alexandre Fabres, Débora Moreira

e Magda Fernandes

Design Gráfico & Criação Publicitária:

José Francisco Alves (51 9941.5777)

Super Sul é uma publicação da editora Conceitual

- Publicações Segmentadas, destinada a diretores

e principais executivos de pequenos, médios e gran-

des supermercados no Sul do Brasil, além dos exe-

cutivos de grandes redes no Rio Grande do Sul, em

Santa Catarina e no Paraná, bem como fornecedores,

representantes, distribuidores, atacadistas em geral,

e, enfim, à cadeia completa do varejo, da indústria

ao ponto de venda. Também recebem associações,

entidades de classe e órgãos públicos.

Opiniões expressas em artigos assinados não corres-

pondem necessariamente àquelas adotadas pela revis-

ta Super Sul.

É permitida a reprodução de matérias publicadas desde

que citada a fonte.

Tiragem: 12.000 exemplares.

Filiada à

ANATEC - Associação Nacional

das Editoras de Publicações Técnicas,

Dirigidas e Especializadas

Revista Super Sul {Jan./Fev./Mar. de 2012}

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SUMÁRIOEX

PEDI

ENTE

O Brasil avícola

mostra uma nova faceta,

aquela do Brasil que dá

certo. O setor é destaque

no comércio interno e

externo, mas ainda há o

que superar. Pág. 18

E ainda:

Entrevista: Francisco Turra destaca as estratégias que garantiram o bom desempenho do setor avícola.Pág. 06

Os destaque do Sul estão nos Ranking Agas e Abras.Pág. 28

O perfil diferente dos Supermercados Hippo, de SC.Pág. 30

Mercosuper 2012 debate o futuro do setor em Curitiba.Pág. 34

A Páscoa se afirma como data deótimo faturamento.Pág. 36

Colunistas:Ivam MichaltchukPág. 16Juliano RigattiPág. 46Outras Seções:NegóciosPág. 10Artigo/Ricardo HellerPág. 40BibliotecaPág. 41LançamentosPág. 48AgendaPág. 50

Produtos de higiene e beleza da mulher ganham destaque, pois o setor não conhece crise. Pág. 12

A Associação Catarinense de Supermercados festejou em alto estilo os seus 40 Anos. Pág. 32

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O mercado avícola em alta

Os números do setor avícola brasileiro atual são fantásticos e deverão me-lhorar ainda mais nos próximos anos, pois trata-se de um mercado em alta.

Por exemplo, a produção de frangos atingiu um nível recorde em 2011, com um volume de 13,05 milhões de toneladas métricas, um crescimento de 6,8% sobre 2010, o que garantiu o Brasil como terceiro maior produtor mundial, atrás dos EUA (16,7 milhões/ton) e da China (13,2 milhões/ton). A expectativa é que este ano, o país supere os chineses. Do total produzido 69,8% destina-se ao mercado interno e 30,2%, à exportação.

O Brasil também conseguiu outro recorde no ano passado: confirmar-se como o maior exporta-dor mundial de frango, suprindo 40,2% do mercado global, com receita de US$ 8,25 bilhões (R$ 15,1 bilhões), 21,2% superior à de 2010. O consumo per capita da carne de frango no país aumentou 7,48% em 2011, para 47,4 quilos/ano, mas há espaço para crescer. No ranking mundial, o Brasil é o sétimo

consumidor, superando os EUA, maior produtor mundial, que ficou em nono (44,4). Em primeiro estão os Emirados Árabes Unidos (67,2), seguidos do Kuwait (64,1) e do Bahrein (61,6).

A avicultura brasileira emprega mais de 4,5 milhões de pessoas, direta e indiretamente, res-ponde por quase 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. O setor é representado por deze-nas de milhares de produtores integrados, centenas de empresas beneficiadoras e dezenas de empresas exportadoras, além inúmeras prestadoras de servi-ços específicos. A importância social da avicultura no Brasil se verifica também pela presença maciça no interior do país, principalmente nos estados do Sul – responsável por 70% da produção nacional - e Sudeste. Em muitas cidades a produção de frangos é a principal atividade econômica.

Na condução da política organizacional e es-tratégica deste incrível universo está um gaúcho de Marau, Francisco Sérgio Turra, nascido em 1942, for-mado em Direito e Comunicação, tendo em sido pre-feito, deputado estatual e federal (PP), presidente da Conab e Ministro da Agricultura e Abastecimento. A Super Sul foi buscar com Turra mais detalhes sobre a criação, planos, ações e desafios da União Brasileira de Avicultura – UBABEF, a maior entidade da avicul-tura brasileira, surgida em 28 de abril de 2010 como resultado da união da União Brasileira de Avicultura (UBA) e a Associação Brasileira dos Produtores e Ex-portadores de Frangos (ABEF).

Revista Super Sul - No dia 28 de abril serão com-pletados dois anos da criação da Ubabef. Quais os benefícios da união das entidades para o setor?Francisco Turra - A UBABEF nasceu do desejo do se-tor avícola nacional por uma entidade forte, única, re-presentativa, que vislumbrasse todos os elos da cadeia produtiva. A união da UBA com a ABEF consolidou este sonho, criando uma entidade maior, mais organi-zada e mais representativa.A entidade já nasceu grande: eram mais de 80 empre-sas, a partir da junção dos quadros de associados das

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Francisco Turra, presidente da UBABEF

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duas entidades. Doze câmaras temáticas foram cria-das, dando voz a todos os elos da produção. Ações incisivas de promoção comercial foram intensificadas, especialmente em produtos como o ovo – que antes não tinha um plano de divulgação internacional.Nunca os elos da produção estiveram tão próximos: insumos biológicos e farmacêuticos, casas genéticas, produtoras de equipamentos e outros fornecedores intensificaram a convivência associativa com agroin-dústrias do setor. Debates de interesse comum - como novas legislações – passaram a ser discutidas em um palco mais amplo e democrático.Toda esta transformação teve consequencias imedia-tas extremamente positivas para o setor. Nunca a avicultura foi politicamente tão representativa quan-to após a criação da UBABEF. As ações de marketing e mercado da entidade tornaram-se referência de mercado. O crescimento da UBABEF não foi apenas em imagem e atuação: também houve expansão no quadro de associados. Hoje, a entidade conta com quase 120 associados, e é uma das mais importantes, não apenas do agronegócio, mas do setor industrial brasileiro como um todo.

Super Sul - Os números atuais, tanto de exportação como de produção de frangos surpreendem, mas como o Brasil conquistou esta posição?Turra - A consolidação da produção brasileira de fran-gos como líder em exportações e terceira maior produ-tora mundial só seu deu após décadas de investimen-tos em pesquisa e estruturas que permitissem ao país consolidar-se mundialmente entre aqueles com me-lhores índices de produtividade, qualidade e sanidade.Estes investimentos se deram, especialmente, a partir da consolidação do modelo de integração no Brasil – entre agroindústrias e produtores – que permitiu um sistema de produção mais eficiente e sólido para todos os lados. Melhorias em gestão, pesquisas em genética, nutri-ção, ambiência, entre outros, fortes investimentos em estruturas sanitárias e outros foram alguns dos inves-timentos feitos pela cadeia produtiva, gerando um produto de excelente padrão de qualidade e sanidade.Soma-se, ainda, o trabalho conjunto entre a iniciati-va privada e o Governo, por meio dos Ministérios da Agricultura, Ministério do Desenvolvimento e Minis-tério das Relações Internacionais, entre outros, para a abertura de novos mercados, manutenção do status sanitário, aprimoramento do sistema de produção, en-tre outros.Como resultado disto, além das conquistas como pro-dutor e exportador, os produtores de frangos brasi-leiros conquistaram a preferência do consumidor do mercado interno. O frango é hoje a carne mais consu-mida no país, com 47,4 kg per capita/ano, índice que supera, inclusive, os EUA.

Super Sul - O Brasil é o terceiro produtor mundial de frango, pode passar a China e tornar-se o se-gundo. O que será preciso fazer para atingir esse objetivo?Turra - Não é intenção da avicultura brasileira ul-trapassar a produção chinesa, sem que haja susten-tabilidade no mercado. O crescimento da produção nacional segue padrões planejados pelos empresários dentro de uma realidade de mercado. Por isto, a avi-cultura brasileira deverá tornar-se a segunda maior do mundo como conseqüência dos aumentos nas expor-tações e no consumo interno.

Super Sul - Desde 2004 o Brasil é o maior expor-tador mundial de frango. Para quantos países ex-porta e o que pode melhorar em um ano de crise na Europa?Turra - Exportamos para mais de 150 países nos cinco continentes. Nosso market share supera os 40%, e de-verá crescer conforme conquistamos novos mercados para o frango brasileiro. Sobre a crise europeia, possi-velmente a economia do bloco deva reduzir as impor-tações de diversos segmentos, mas o fornecimento de alimentos de menor custo e com alta qualidade, como é o caso do frango, deverá ser pouco afetado.

Super Sul - O que a UBABEF espera que o Governo Federal e ou/Estaduais façam para contribuir com o desempenho do setor?Turra - O Governo Federal, por meio de seus ministé-rios e órgãos, tem realizado diversas ações em prol da expansão das exportações e da melhoria da competiti-vidade do setor. Porém, muitas questões ainda afligem a avicultura nacional, a exemplo da política cambial, ações incisivas para o abastecimento de grãos para a produção animal do Brasil e uma política tributária mais justa e coerente.

Super Sul - Apesar ótimo desempenho das exporta-ções, o consumo interno vem crescendo. Em quan-tos kg/pessoa está e como pode aumentar?Turra - Está em 47,4 kg per capita / ano. A UBABEF está finalizando uma pesquisa de mercado com o ob-jetivo de traçar estratégias para expandir ainda mais este número, que já é excelente.

Super Sul - O preço compensador em relação às

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“A UBABEF nasceu do desejo do setor avícola nacional por

uma entidade forte, única, representativa, que vislumbrasse

todos os elos da cadeia produtiva.”

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outras carnes foi um dos fatores que contribuíram para aumentar o consumo, mas não foi o único. A qualidade nutricional melhorou?Turra - A qualidade dos produtos avícolas segue pa-drões internacionais. Em outras palavras, o frango que o brasileiro come tem a mesma qualidade que o con-sumido por europeus e japoneses (os mais exigentes mercados, que estão entre nossos maiores clientes). Estes ganhos em qualidade vieram junto com o incre-mento em pesquisas e investimentos em todas as eta-pas da produção. Soma-se a isto o novo perfil de con-sumo que o frango obteve nos últimos anos, deixando de ser uma alternativa de menor custo para tornar-se preferência de consumo pelos brasileiros que buscam um cárneo com sabor e qualidade.

Super Sul - Vários temas importantes foram discu-tidos no 22º Congresso de Avicultura? Quais foram os principais enfoques?Turra - O 22° Congresso Brasileiro de Avicultura, evento oficial do setor avícola brasileiro, teve como destaque em seus painéis e debates a competitivi-dade do setor, frente aos seus principais desafios. O ponto alto do evento foi a entrega ao vice-presidente da República, Michel Temer, que esteve presente na abertura do evento, dia 25 de outubro, do documen-to “Propostas do setor avícola para superação dos gargalos na infraestrutura logística”.O documento, com 68 proposições, foi elaborado a partir de consultas detalhadas junto aos associados da UBABEF e workshops coordenados pela entida-de. Além de empresas do setor avícola, envolveu também segmentos importantes na área logística, como representantes de empresas de transporte ma-rítimo e operadores portuários.

Super Sul - A UBABEF está se aproximando mais dos Estados para desenvolver convênios, como com o Rio de Janeiro. Isso pode se estender a

outros estados?Turra - Desde a consolidação da UBABEF, temos re-alizado diversas visitas aos estados produtores, com o objetivo de elencar oportunidades e demandas das cadeias produtivas de cada local. Cada visita tem um perfil de atuação: nos estados com cadeias produtivas mais fortes, são tratados sobre os entraves para a me-lhoria da competitividade. No caso de estados de me-nor produção, focamos em ações que desenvolvam a atividade, buscando equipará-las aos pólos de produ-ção mais desenvolvidos. Desta forma nasceu a inicia-tiva com a Secretaria de Agricultura do Rio de Janeiro. Soma-se a este trabalho as ações realizadas a partir da criação da Câmara das Entidades Estaduais, por meio da qual a UBABEF, de forma proativa, elenca e trabalha no âmbito dos estados as demandas do setor avícola.

Super Sul - Em termos de relações internacionais, como está sendo tratada a questão da Proteção Sa-nitária?Turra - A sanidade é a prioridade número um da avi-cultura nacional, e é tema de praticamente todos os encontros do setor junto aos diversos ministérios, es-pecialmente com o Ministério da Agricultura.

Super Sul - Como estão os outros setores, de postu-ra e outras aves? Os números são positivos? Como podem melhorar?Turra - A produção e consumo de ovos vem crescen-do no Brasil, ano após ano. Isto, graças ao intenso trabalho que o setor, especialmente por meio do Ins-tituto Ovos Brasil, vem promovendo para desmistificar inverdades sobre os ovos e fomentar seu consumo. O consumo per capita de ovos no Brasil, ano passado, chegou a 162,5 unidades, contra 148,8 unidades em 2010, com um crescimento de 9,2%. A produção de ovos totalizou 31,5 bilhões de unidades (1,9 milhão de toneladas), com crescimento de 9,4%, também exibindo um desempenho inédito. O Estado de São Paulo, com 35,85%, liderou a produção de ovos em 2011. Os outros grandes produtores foram Minas Ge-rais (11,45% do total), Paraná (6,92%) e Rio Grande do Sul (5,91%). No caso de outras aves, como perus e patos, são pro-dutos que seguem uma sazonalidade de mercado. A produção de carne de peru foi de 305 mil toneladas em 2011, contra 337 mil toneladas em 2010.

Super Sul - O presidente da UBABEF tem um blog no site do Canal Rural? Isso é raro em uma entida-de. Qual o objetivo e a repercussão?Turra - O blog no Canal Rural é parte de um trabalho de comunicação que a entidade desenvolve com o objetivo de manter total transparência do setor jun-to à sociedade, além de fomentar o mercado inter-no e externo. Soma-se ao blog outras ferramentas,

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Francisco Turra, presidente da UBABEF

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01 O frango que o brasileiro come tem a mesma qualidade

do consumidono exterior

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como o twitter, informes, clippings, etc. A promoção do setor é um trabalho ostensivamente rea-lizado na entidade. Para se ter uma idéia, há uma equi-pe de ponta dentro da entidade voltada para a promo-ção comercial de setor, em parceria com a APEX-Brasil.

Super Sul - Como a Ubabef trabalha para melhorar a qualidade da carne de aves (frango, peru, ou-tras)?Turra - A UBABEF promove junto a seus associados e ao Ministério da Agricultura e órgãos governamentais diversos encontros, com o objetivo de debater legisla-ções e normas voltadas para a qualidade e sanidade da produção. Este é, inclusive, um dos principais nortes de trabalho da entidade, e conta com uma diretoria – de Produção e Técnico Científica – e duas Câmaras Setoriais especificas para estas questões.

Super Sul - Existe algum estudo sobre mudanças nos hábitos alimentares em relação às carnes de aves? A UBABEF já pensou em fazer alguma cam-panha para estimular o consumo?Turra - A UBABEF está finalizando uma pesquisa de mercado justamente para desenvolver estraté-gias com este objetivo.

Super Sul - Como é o relacionamento e qual a importância do setor de supermercados/varejo nas vendas de carnes de aves? Exis-te alguma pesquisa sobre percentual (%) de participação?Turra - Temos um excelente relacionamento com as entidades representativas do setor supermerca-dista – como Abras e as associações estaduais. O relacionamento direto com supermercados, porém, está a cargo das empresas, e somente elas tem seus próprios percentuais em relação específica ao percentual de consumo nas gôndolas. O que pode-mos destacar é que 69,8% do frango produzido no Brasil é destinado ao mercado interno.

Super Sul - O que o mercado interno consome mais: ave inteira ou em cortes? Quais os cortes preferidos?Turra - A UBABEF está realizando uma pesquisa neste sentido, que traçará este perfil sobre o con-sumo do brasileiro. A pesquisa ainda está sendo concluída e, por enquanto, não temos estes dados em mãos. Tais informações podem ser obtidas com as próprias empresas, responsáveis pelos seus pró-prios mix de produto.

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ECONOMIA

Índice Big Mac X RealO índice Big Mac, calculado pela revista “The Eco-nomist”, aponta que o real é a quarta moeda mais cara do mundo. O sanduíche no Brasil só custa menos que o vendido na Suíça, na Noruega e na Suécia, em uma lista de 44 países. No Brasil, o Big Mac custa o equivalente a US$ 5,68; e nos EUA ele sai por US$ 4,20. Pela paridade do poder de compra, isso indica que o real está sobrevalorizado em 32% em relação ao dólar. Ou seja, levando-se em conta o índice uti-lizado pela “Economist”, o dólar deveria atualmente estar cotado em R$ 2,44. O ideal seria ter o mesmo custo que nos EUA.

Rede Dia dá um salto de 20%A matriz da rede de supermercados Dia, sediada na Espanha, divulgou dados sobre a operação brasileira, com o desempe-nho da varejista no país – algo historicamente mantido sob sigilo – e mostra a posição do Brasil nos planos de cresci-mento do grupo até 2014. O Dia é a maior cadeia de super-mercados com franquias no mundo e no ano passado passou por uma separação (“spin off”) da controladora Carrefour. A receita líquida da varejista no país cresceu 19,4% de janeiro a setembro de 2011, com €882 milhões no período (R$ 2,053 bilhões). Esse valor exclui os ganhos dos franqueados.

Grupo Cassinodestitui Abílio DinizEmpresário diz que sempre defendeu inte-resses do grupo francês, do qual é sócio no Pão de Açúcar. Após 12 anos como conse-lheiro do francês Casino, Abilio Diniz foi tirado da função pelos integrantes do Con-selho de Administração do grupo por con-flito de interesse. Anunciada em Paris, em reunião do Conselho de Administração, a decisão foi considerada mais um episódio na disputa entre o brasileiro e o presidente do Casino, Jean-Charles Naouri. O Casino é sócio de Diniz no Grupo Pão de Açúcar e se opôs aos planos do empresário de adquirir no Brasil o Carrefour, maior rival do Casino.

Cielo e Redecard terão concorrentes em 2012O mercado brasileiro de cartões ficará mais concor-rido este ano, quando duas novas credenciadoras — companhias que fazem a comunicação entre o co-mércio e as bandeiras — entrarão em operação: as americanas Elavon e Tsys. Elas vão usar estratégias conhecidas pelas veteranas brasileiras, como agregar valor ao lojista. As empresas chegam para competir com Cielo e Redecard, que hoje dominam a atividade de adquirência, e vão usar como estratégia aquilo que está sendo experimentado pelas “maquininhas” disponibilizadas ao comércio: programas de fidelida-de, sem guerra de preços.

Banrisul e MasterCard lançam cartão de crédito PlatinumO Banrisul, em parceria com a MasterCard, lançou em fevereiro, em Porto Alegre, o seu mais novo cartão de crédito Platinum. Desenvolvido para clientes do segmento de alta renda, que buscam produtos dife-renciados, o cartão será emitido em três versões: o tradicional com o logotipo do Banrisul, e os que trazem os escudos da dupla Gre-Nal. Um dos diferenciais do produto é a participação no Programa BanriClube de Vantagens, com direito a mais pontos. Para cada dólar em compras com o cartão Banrisul Platinum, acumula-se 1,5 pontos para trocar por milhas aéreas e diversos outros prêmios.

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Em Alta:As empresas brasileiras vão ganhar um apoio importante na hora de decidir sobre a implementação de projetos que aperfeiçoem seus processos. O suporte virá do Centro de Inovação Tecnológica da GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação, que deve ser inaugurado ainda neste ano. João Carlos de Oliveira, que presi-de a GS1Brasil e a Associação Latino-Americana de Supermercados (Alas) comanda o projeto. O modelo do Centro de Inovação Tecno-lógica inspira-se no Knowledge Center, da Alemanha, construído para treinamentos e que tem como diferencial a experiência intera-tiva com as soluções propostas pela associação

A CeBIT 2012 colocou a tecnologia a serviço do bem estar do ci-dadão. Considerada a maior feira de tecnologia do mundo, a CeBit 2012 deixou uma série de ensinamentos para o Varejo Gaúcho. Um dos caminhos inevitáveis, segundo o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS) e do SEBRAE-RS, Vitor Augusto Koch, é a chamada computação em nu-vem. “Isto permitirá que os pequenos tenham acesso a tecnologias de ponta com investimentos menores.

Em Baixa:Consumidores que estiveram no Dia do Consumidor (15/03) em alguns supermercados de São Paulo, conseguiram ganhar uma sacola reutilizável só após explicar aos funcionários que tinham direito a esse benefício se comprassem cinco itens. A associação que representa o setor informa que o caso foi pontual e que em todo o Estado a expectativa era distribuir ao menos 6 milhões de sacolas reutilizáveis. A ação fazia parte de acordo firmado no entre a Apas (As-sociação Paulista de Supermercados), o Ministério Público Estadual e o Procon-SP.

O setor produto produtivo brasileiro tem sofrido nos últimos anos com a elevada carga tributária nacional que ainda corrói grande parte do salário dos trabalhadores. Dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) apontam que a arrecadação subiu 17% no ano passado, acima dos 14% do reajuste nominal do salário mínimo fixado pelo governo federal — de R$ 545 para R$ 622. Em média, o contribuinte trabalha 149 dias para pagar impostos, o que significa 40,82% do salá-rio, de acordo o IBPT.

ALTOS & BAIXOS

INDÚSTRIA

Fruki apresenta planos de expansãoOs projetos de expansão da indústria de bebidas Fruki foram apresentados à secretária-geral de Go-verno, Miriam Marroni, pelo diretor-presidente da empresa, Nelson Eggers, em audiência em feverei-ro. Entre as metas projetadas, estão a implantação de um CD de produtos em Canoas, a ampliação da unidade de Pelotas e a construção de uma nova fábrica, ainda sem definição de local para insta-lação. Segundo Eggers, apesar de o segmento não ter registrado crescimento no consumo em 2011, a Fruki ampliou as venda em 8,4%, no período. Em 2013, há perspectiva de instalar uma nova fábrica, mas de produtos diferenciados como sucos, chás, bebidas energéticas e isotônicos.

Tetra Pak anuncia ampliação de fábricaA Tetra Pak anunciou investimentos de R$ 150 milhões na ampliação de sua fábrica de Ponta Grossa (PR). O projeto será iniciado em abril deste ano com nova área de produção, de armazenagem, ampliação dos escritórios e do refei-tório. A fábrica receberá novos equipamentos de impressão, laminação, corte e expedição de embalagens, que devem entrar em operação a partir de julho de 2013, criando 150 empregos diretos. A ampliação será em duas fases: a partir de 2013, concluída a primeira etapa, a capacidade de produção aumen-tará em 70%, passando de 6,8 bilhões de embalagens/ano, para 11,5 bilhões. A segunda fase, que será concluída até 2015, ampliará a capacidade para 14 bilhões de embalagens/ano.

BRF inaugura fábrica de queijos em GoiásA produção de queijos da BRF terá aumento de mil toneladas/mês a partir da primeira quinzena de março. O volume será pro-duzido em Itumbiara (GO), onde a companhia já opera uma uni-dade de lácteos. “Investimos mais de R$ 30 milhões no projeto civil e na aquisição de equipamentos”, revela Fábio Medeiros, vice-presidente da unidade de lácteos da BRF. A unidade aten-derá, majoritariamente, as regiões Norte e Nordeste do país”, afirma. A fábrica produzirá queijo mussarela Sadia e Santa Rosa. Além disso, o composto lácteo Dobon, comercializado com ex-clusividade na região Norte, também será produzido no local.

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Brasil fatura US$ 43 bi em produtos de higiene e beleza

Conforme dados da pesquisa de mercado da consultoria internacional Euromonitor, o setor brasileiro de higiene pessoal, perfu-maria e cosméticos cresceu 18,9% em 2011

na comparação com 2010. O levantamento foi di-vulgado pela associação das indústrias do setor no Brasil, a Abihpec – Associação Brasileira da Indús-tria de Higiene Pessoal, Perfumária e Cosméticos. Ainda de acordo com a pesquisa o país se manteve como o terceiro maior mercado do segmento, atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão. A expecta-tiva é de ultrapasse os japoneses ainda neste ano.

As vendas brasileiras ao consumidor somaram mais de US$ 43 bilhões em 2011, contra os US$ 36,1 bilhões obtidos em 2010. No mundo, o mer-cado aumentou 9,84% e movimentou US$ 425,8 bilhões, contra US$ 387,7 bilhões em 2010.

O país registrou o maior crescimento percentu-al entre os dez maiores mercados do setor. Estes fo-ram responsáveis por 64,1% do faturamento total,

ou US$ 272,9 bilhões. O segundo maior aumento percentual foi verificado na Rússia (14,7%). O Bra-sil tem 10,1% de participação no mercado global, contra 11,1% do Japão e 14,8% dos Estados Unidos.

No ano passado, o Brasil manteve a lideran-ça mundial no faturamento das categorias de de-sodorantes e fragrâncias, superando os EUA nas vendas de perfumes desde 2010. Nas subcatego-rias, o mercado nacional passou a ser, em 2011, o primeiro em vendas de protetores solares. O país continua sendo o maior em tinturas, condiciona-dores, permanentes e alisantes para cabelos, sa-bonetes e cremes para o corpo.

A receita da indústria brasileira do se-tor somou R$ 29,4 bilhões em 2011, segundo a Abihpec. O valor é 7,9% maior do que o fatura-mento registrado em 2010. O aumento real foi de 4,6%. O presidente da Abihpec, João Carlos Basilio, ressaltou que o setor vem crescendo nos últimos dez anos a taxas maiores do que a indús-

Números de 2011 colocam

o país como o terceiro

maior mercado mundial

do setor e mulheres

estão no topo do consumo desses itens

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Por Gilmar Bitencourt

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tria brasileira em geral. “Crescemos quatro vezes mais do que a indústria”, destaca Basilio.

{Destaque feminino} Segundo especialis-tas esse crescimento do setor se deve principalmente ao aumento do consumo da classe C, em especial das mulheres, que são as grandes consumidoras de produtos de higiene e beleza, tendo se tornado a base deste mercado. Nos últimos anos a ascensão social foi uma realidade entre os brasileiros, e uma grande parcela desses novos consumidores ingressou no mercado de trabalho, o que veio contribuir para o maior consumo deste tipo de itens.

Conforme os pesquisadores, de 2003 para cá, a participação da mulheres no mercado de traba-lho cresceu 3,5 vezes, enquanto que as mulheres da classe C essa participação foi bem mais intensa, com um crescimento de 4,3 vezes mais. Estes dados justificam o destaque feminino na participação do consumo destes itens.

{Supermercados atentos} O bom de-sempenho do setor de higiene e beleza também foi constatado pelo varejo. Para o presidente da Asso-ciação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antonio Cesa Longo, é um segmento em expansão devido ao aumento do poder aquisitivo das famílias e do potencial de decisão das mulheres no ponto de ven-da. “Antes, cada família tinha um responsável pela decisão das compras e, atualmente, todos os mem-bros decidem sobre quais itens serão adquiridos”, salienta. Longo destaca que os itens mais procura-dos nos supermercados, independente do porte, são os xampus, desodorantes e sabonetes.

O presidente da Agas informa que os produtos de higiene pessoal representam em média 6,78% do faturamento dos supermercados. Ele salienta que as vendas sobem cerca de 5% no verão, em compa-ração ao inverno. Para ampliar a comercialização destes artigos e se destacar na concorrência com as farmácias e drogarias, o dirigente diz que é ne-cessário um bom gerenciamento de categoria e a realização de promoções no ponto de venda.

O gerente comercial da rede paranaense Su-per Muffato, Adilson Corrêa, também observa o grande potencial do setor. “É um dos segmentos que cresce muito no Brasil, cada vez mais vemos lojas especializadas, farmácias e drogarias focan-do nesse setor, isso torna o setor cada vez mais competitivo”, afirma.

Corrêa informa que o Super Muffato trabalha atualmente com cerca de 3.000 itens direcionados para a área de higiene e beleza. “Focamos muito os packs promocionais (leve pague, leve mais e pague menos) isso torna o preço dos produtos bem mais atrativos”, acrescenta. Além disso, ele comenta

que a rede tem lojas, cujo setor é caracterizado como um centro de beleza, com uma exposição agressiva, “mas de fácil localização dos produtos, um layout onde o shooper fica à vontade na hora da compra”. De acordo com o executivo o pico das vendas é no verão, pois é no período que os consu-midores passam a cuidar mais, da pele, dos cabelos, entre outros. Isso acaba resultando no crescimento do giro destas mercadorias, em comparação com os meses mais frios.

{Embalagens: crescimento setorial} A entrada da mulher no mercado de trabalho, bus-cando igualdade profissional com a ala masculina, não retirou a vaidade feminina e seu espaço no orçamento para o consumo de produtos de bele-za e saúde. Essa conclusão é baseada em pesquisa recente que aponta que os cosméticos continuam dominando globalmente e estão entre as categorias que mais lançaram embalagens, respondendo por sete das 10 principais.

O destaque ficou com esmalte para unhas, que ultrapassou biscoitos doces (4º lugar), chegando à terceira posição. Em primeiro lugar está maquia-gem para os lábios, seguida por cuidado facial/pescoço, que ocupa a segunda posição. Comple-tam o ranking produtos para o corpo (5º), produtos para banho (6º), shampoo (7º), maquiagem para os olhos (8º), bolos e pastelaria (9º) e refeições prontas (10º), que voltou a aparecer na listagem no período. Conforme o coordenador do núcleo de es-tudos da embalagem ESPM, Fábio Mestriner, a volta

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01 O aumento da Classe C e a ascensão das mulheres alavancaram o consumo

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das refeições prontas ao top ten indica que esta categoria assumiu uma dinâmica de marketing mais agressiva em lançamentos de novas embalagens e ganhou força no mercado.

Estes resultados foram apurados pelo Labora-tório de Embalagem ESPM, com base em dados do GNPD – Mintel e apontam ainda que depois de uma queda no número de novos produtos colocados no mercado em 2011, os lançamentos de embalagens voltaram a crescer no 1º trimestre de 2012. No pe-ríodo, o Brasil atingiu um aumento de 16,1%, com 3.307 embalagens lançadas, contra 2.849 no mes-mo trimestre de 2011. O índice alcançado pelo país

ficou acima da média global de expansão, que foi de 15,9%, com 76.106 embalagens contra as 65.668 do ano anterior. Os resultados apurados, mostram que o ano começou de forma mais ativa, com as em-presas levando mais produtos para o mercado. No mesmo período de 2011, o mercado nacional havia registrado queda de 2,92%, enquanto globalmente houve retração de 2,6%.

Se o crescimento da demanda por embalagens para cosméticos apresenta índices de aumento em nível mundial, no Brasil, eles perderam participa-ção. Se antes também ocupavam 7 das 10 catego-rias principais, agora há apenas 4 no ranking. Pro-dutos para cabelos e maquiagem ficam na 1ª e 2ª posições, respectivamente, enquanto produtos para pele estão no quarto lugar, seguidos por sabonetes e produtos para o corpo, no quinto. Já os alimentos respondem pelas outras seis categorias, com desta-que para o chocolate, que disparou devido à Páscoa e garantiu o nono lugar.

A Natura, foi a empresa que mais lançou em-balagens no Brasil, seguida pelo Boticário (2º), Unilever (3º), Eliana Mariani Pelizzon (4º), Avon (5º), Puella Indústria e Comércio de Cosméticos (6º), Nestlé (7º), Dia (8º), Yamá Cosméticos (9º) e House of Fuller (10º).

{L’Oréal entra no varejo} De olho no potencial do mercado brasileiro, a L’Oréal Brasil co-meça o ano com movimentos inéditos na trajetória da subsidiária. Um deles será a entrada no varejo. Vai abrir sete lojas até dezembro e a previsão é de chegar a 50, em quatro anos. As lojas irão vender apenas a linha de luxo Kiehl’ s, importada dos Es-tados Unidos.

Com fábricas no país há mais de 50 anos, o grupo francês atua com 23 famílias de produtos no mercado brasileiro, dos quais 95% são produzidos localmente. Outra novidade é o foco na pesquisa científica da biodiversidade brasileira, com o ob-jetivo de produzir matéria-prima para cosméticos e perfumes. Os estudos serão desenvolvidos no novo centro de pesquisas da L’Oréal, no Rio, anunciado em dezembro.

Em entrevista ao Valor Econômico, o francês Didier Tisserando, que assumiu a presidência da subsidiária brasileira, comenta: “Destinamos R$ 150 milhões apenas para infraestrutura nos próxi-mos dois anos. E, desse total, R$ 70 milhões serão só para o novo centro de pesquisas”. O plano de R$ 150 milhões também considera R$ 40 milhões para ampliar a capacidade de produção das duas fábricas (em São Paulo e no Rio).

No Brasil, a empresa cresceu mais de 10% e fechou o ano passado com faturamento de R$ 1,8 bilhão. Com a crise na Europa e retração do merca-

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02 Produtos dehigiene e beleza

respondem por quase 7% do faturamento,

diz a Agas

03 O setor cresce mais do que a

média nacional e ganha mais espaço

nas gôndolas

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do americano, o Brasil ganhou mais peso no grupo. O grupo francês, com faturamento no ano passado de R$ 20,3 bilhões, quer crescer em todos os seg-mentos de produtos de beleza no Brasil. Vai entrar em nichos onde a também francesa L’Occitane atua com lojas bonitas e cheirosas. E também vai dispu-tar com as nacionais, Natura e O Boticário.

Tisserand já esteve em Porto Alegre e agora vai visitar Recife. “Queremos ver como as mu-lheres se tratam. Vamos a muitas partes do país, pois aqui as mulheres, dependendo da região, têm gostos diferentes, usam perfumes diferen-tes”, observa.

A fábrica do Rio já tem um laboratório, que desde 2008 cria produtos voltados para o país na área capilar e de desodorantes. Mas o centro de pesquisas vai mais adiante e tem o objeti-vo de permitir pesquisas avançadas, junto com universidades, em laboratório mais completo com linha capilar e beleza.

{Novidades na Unilever} A Unilever, uma das principais produtoras brasileiras do mer-cado de sabonetes com a marca Lux, acaba de fazer uma reformulação em sua linha para deixar para trás a estagnação que vive na categoria, in-

forma a empresa. Segundo a diretora de marke-ting de produtos para pele da Unilever, marca que está completando 80 anos em 2012 tem 20% de participação de mercado, “número que se manteve estável nos últimos anos”.

Em um país onde o sabonete chega a 99,4% dos lares, a Unilever percebeu que não havia mais espaço para crescer em volume, razão que a levou a estudar, nos últimos dois anos, um projeto que ganhou corpo e chega às gôndolas no próximo mês em um dos maiores investimentos da história da marca no país. A empresa acaba de anunciar a Lux Fragrâncias Finas, linha desenvolvida pela criadora dos perfumes da Calvin Klein.

Composta inicialmente por três itens, a em-presa colocará nas prateleiras um produto que custará R$ 1,99, mais do que o dobro dos sa-bonetes populares do mercado, e que traz como diferencial a promessa de fixação do perfume até quatro horas após o banho. “Estamos crian-do uma nova categoria de produtos, que é o de perfume em barras”, afirma Adriana. Em paralelo, a Unilever está aposentando a linha popular Lux Suave e colocando em seu lugar a marca Lux, com novo formato, embalagem e formulação. O item custará até R$ 0,95.

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Nesta edição, quero retomar um assunto de extrema importância para os empresários do varejo de autosserviço. Para começar este breve ensaio, gostaria de propor três

reflexões para aqueles que prestam este serviço aos seus clientes:

- Como anda a rotisseria do meu supermercado?- Tenho informações suficientes para ter certe-

za de que este negócio é bom?- Já fiz alguma pesquisa para avaliar o que

meus consumidores pensam sobre este serviço?Para os demais, tenho outra pergunta: Por que

você ainda não tem uma rotisseria?Vamos então acrescentar o tempero necessário

ao assunto. Conheço diversos gestores que pensam errado sobre o tema, mas em inglês, o que é muito mais bacana. Falam em “foodservice”, “foodsolu-tion” e ainda em “Meal Solution”. Vamos decifrar es-tas palavras chiques, em português. Quando a loja de

supermercado presta um serviço de ali-mentação ao preparar comidas aos clien-tes, ela faz foodservice, ou seja, serviços de alimentação fora do lar. O consumidor por sua vez, busca soluções práticas e de qualidade para se alimentar – Meal Solution. Quando a loja oferece soluções completas em alimentação através de centenas de produtos, incluindo os in-dustrializados – Food Solution. São ape-nas termos técnicos que nos mostram a importância do supermercado identi-ficar o sabor deste negócio. Acontece que a maioria das empresas de autos-serviço fica no meio do caminho. Fala muito do assunto, pratica um pouco e não assume o compromisso prático de

integrar todos os serviços e aproximar produtos prontos para o consumo ou para o preparo, semi--prontos e os industrializados, dentro de uma área abrangente de soluções em alimentação.

Apenas para ilustrar; as redes norte-americanas Eatzis, Vons e Whole Food (entre outras), oferecem opções de cardápios completos para as refeições di-árias, serviços para festas, eventos e comemorações que podem ser adquiridos nas lojas ou encomenda-dos através da loja virtual. Segundo pesquisa da ECD Food Service, consultoria especializada neste canal, em 2009 o brasileiro gastou 25% de sua despesa to-tal de alimentação comendo fora de casa, em uma refeição que é basicamente o almoço. Entre 2000 e 2010 o Foodservice cresceu 261,8% e o varejo ali-mentício (supermercado) cresceu 107,1% (IBGE-FI-PE). O mercado de alimentação fora do lar tem cres-cido em média 4 vezes mais do que o PIB brasileiro. Combinando diversos fatores e seguindo a tendência mundial, uma projeção conservadora nos mostra que em 2013 o gasto com alimentação fora do lar subirá para 30%. Em outras palavras, nos próximos anos o consumidor brasileiro estará fazendo duas refeições fora de casa: o café da manhã ou um lanche da tarde disfarçado de jantar.

A esta altura, você pode estar se perguntando: “E o que eu tenho a ver com isso?” Se você tiver von-tade de abocanhar uma fatia de um mercado de R$ 60 bilhões/ano, você tem TUDO a ver com isso. Para aqueles empresários que ainda não planejaram uma solução integrada em serviços de alimentação, creio que já temos ótimos argumentos para incluir esta se-ção em seus próximos projetos de expansão ou refor-ma. Para aqueles que já se deram conta de que este serviço é realmente um negócio dentro do próprio negócio, voltemos às três perguntas do início:

Rotisseria em supermercadosUm grande negócio, dentro do próprio negócio

SUL

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OCO

Por Ivan Michaltchuk

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Primeira questão:{Minha rotisseria é realmente boa?}

É necessário temperar este negócio com frequ-ência, tomando medidas eficientes. Algumas dicas:

- Ter uma estrutura física adequada e um fluxo de trabalho organizado;

- Manter uma RT (responsável técnica) para acompanhamento diário de todos os processos;

- Cuidar da higiene e das boas práticas de mani-pulação (manuais POP programa PAS, etc);

- Oferecer alimentos com alto padrão de qua-lidade, sabor e aspecto impecáveis, que dão “água na boca”;

- Reavaliar cardápios, criando novidades como “pratos executivos” com opções de acordo com o dia da semana;

- Oferecer refeições saudáveis incluindo aque-las destinados ao público Light e Diet;

- Desenvolver e implantar embalagens mo-dernas e inteligentes, que garantam a segurança do alimento e facilitem a vida do cliente até o consumo efetivo;

- Atentar ao consumidor “single” oferecendo monoporções ou refeições individuais;

- Identificar todos os alimentos no balcão da rotisseria com plaquinhas visíveis contendo o nome do produto e o preço por kilo ou unidade;

- Simplificar os códigos dos alimentos no sis-tema, criando grupos com preço médio. Exemplos: saladas, acompanhamentos e carnes tradicionais e especiais), prato executivo, sobremesas, comida oriental, etc;

- Desenvolver um fluxo de atendimento que minimize o tempo de espera tanto dos clientes que vão levar a refeição, como daqueles que irão consu-mir no próprio local;

- Otimizar o espaço da rotisseria após o horário do almoço, montando por exemplo, um café colonial que atenda aos clientes até a hora do jantar;

- E não menos importante: treinar e requalificar constantemente a equipe tanto no aspecto técnico (conhecimento dos produtos e seus códigos, funcio-namento de todo processo, boas práticas de higiene, manutenção da segurança dos alimentos, uso correto das embalagens, etc), como comportamental (aten-dimento de excelência que encante os clientes e os deixem com vontade de voltar).

Segunda questão:{A poderosa ferramenta da informação.}

Aqui não existe mágica. Toda informação que você precisa está em seu sistema ou pode ser im-plantada através de controles simples e eficientes:

- Relatórios gerenciais de venda do setor, com lucro por produto (contribuição marginal operacional);

- Índice de perdas na rotisseria (análise das causas e plano de ação para corrigi-las);

- Reavaliação ou remoção de produtos que es-tejam abaixo da média de rentabilidade do setor, mesmo após 90 dias de análise e correção;

- Reuniões periódicas com a equipe visan-do identificar soluções para problemas e suges-tões de melhoria;

- Análise de índices comparativos do setor, tro-ca de experiências com outros pares e participação em feiras, congressos, palestras e cursos que abor-dem o canal Foodservice.

Terceira questão:{Pesquisas de satisfação.}

De nada adianta fazer a lição de casa se não soubermos o que se passa na cabeça do personagem mais importante para nosso negócio: Sua majestade, o cliente. Algumas regrinhas de ouro vão nos ajudar a completar o tripé do sucesso:

- Treinar a equipe para ouvir o cliente anotando e compartilhando suas sugestões, opiniões e recla-mações nas reuniões internas;

- Implantar um formulário de preenchimen-to espontâneo, com caixa de coleta na própria rotisseria. Dar retorno ao cliente sobre as provi-dências tomadas;

- Realizar uma pesquisa formal de opinião (se-mestral), contendo parâmetros objetivos que após tabulados possam traçar um raio X do meu negócio, na visão de meus clientes mais frequentes. Neste caso não se esqueça de duas coisinhas: faça isso com uma empresa especializada e recompense de alguma forma os respondentes, motivando-os a participar e expressar seus comentários sinceros;

- Crie um comitê de clientes, com encontros mensais ou bimestrais. Valorize sua participação, oferecendo um lanche ou promovendo uma degusta-ção de produtos em lançamento para avaliar a reação e as sugestões.

Como vimos, oferecer soluções completas em alimentação dá um pouco de trabalho, mas vale a pena. A rentabilidade da rotisseria pode ser cinco vezes maior que o índice nacional de lucro do setor. A melhor definição que já ouvi sobre este serviço aconteceu num seminário, quando o palestrante – um empresário norte-americano – foi desafiado por um participante a resumir em duas palavras como ele analisa a rotisseria em supermercados. Brilhan-temente ele finalizou dizendo: NEGÓCIO LUCRATIVO.

Até a próxima.

Ivam Michaltchuk é Diretor Técnico da MSI Con-sultoria Organizacional e Consultor da Associação

Catarinense de Supermercados (Acats), [email protected]; www.msiconsultoria.com.br

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19Para chegar ao estágio atual a avicultura bra-sileira passou por um longo processo de va-lorização, segundo destaca o presidente da UBABEF, Francisco Turra, para quem “a con-

solidação da produção brasileira de frangos como líder em exportações e terceira maior produtora mundial só seu deu após décadas de investimentos em pesquisa e estruturas”. Produção da avicultura brasileira, características do sistema de produção, posicionamento da indústria, mercado mundial glo-balizado e índices de exportações foram apresenta-dos por Dilvo Casagranda, em sua palestra, de ma-neira a responder o questionamento: “até onde vai o crescimento da avicultura no Brasil?”.

De acordo com Casagranda, levantamento do período de 2007 a 2011 revela que a produção de carne bovina no mundo se manteve estável, a suína subiu na ordem de 10% e a de frango cresceu aproximadamente 20%. “O consumo se manteve muito similar e as exportações demons-tram que a carne bovina se mantém no mesmo patamar, a suína subiu de maneira significativa e a de frango é a que despontou, com crescimento extraordinário”, complementou.

Os fatores que contribuem para este cenário são o sistema de produção tecnicamente eficiente e competitivo, o sistema de integração exemplar, a alta capacidade de explorar o potencial produtivo e a rápida adaptação às tecnologias. Para o médico veterinário, a indústria brasileira está bem posicio-nada, com características modernas e eficazes - me-

didas importantes que gerem todo o sistema -, e adaptável às variações de mercado que atualmente está passando por transformação para automação.

O mercado mundial globalizado está tornan-do os setores mais competitivos. A divisão por continentes mostra que a América do Norte tem 21% da produção mundial de aves, a América La-tina e Caribe 21%, Ásia 33%, Europa 17%, África 5% e Oceania 3%, o que corresponde a 97 mi-lhões de toneladas de carne de aves no mundo. Segundo Casagranda, em 2011 o Brasil cresceu 6,77% em comparação a 2010, com a produção de 13 milhões de toneladas: é 3º produtor mun-dial, com 16% de representatividade.

No trade mundial da carne de frango são co-mercializados 10 milhões de toneladas/ano. No ano passado o Brasil participou com cerca de 4 milhões de toneladas exportadas, um crescimento de 3,2%. “Somos, desde 2004, o primeiro no ranking mun-dial de exportação de carne de aves, com 40% de participação”, complementou. A produção brasilei-ra está distribuída principalmente nos três estados do Sul: PR com 28%, SC com 18% e RS com 15%. O principal exportador é Santa Catarina, seguido por Paraná e o Rio Grande do Sul. Da carne de peru, no Brasil, no período de 2010 a 2011, houve um decréscimo de 9,4% na produção, caindo de 337 mil toneladas para 305 mil toneladas. No mundo, a estimativa de produção não muda e está em 5 milhões de toneladas.

O destino da carne de frango brasileira é de

O Brasil rumo ao topoO cenário para o mercado de aves brasileiro não po-deria ser mais promissor no atual momento, pois o país vive um período de crescimento econômico, aumento da massa salarial dos trabalhadores e pers-pectivas de recuperar algumas perdas ocorridas em 2011 devido à crise européia. E se a procura por carne de aves, principalmente de frango, já era crescente, ainda assim há muito espaço para alavancar o con-sumo per capita, hoje na faixa de 47,4 kg/ano, bem como aumentar a produção. A palestra do veterinário Dilvo Casagranda, Gerente Geral de mercado externo da Coopercentral Aurora Alimentos no XIII Simpósio Brasil Sul de Avicultura, no Centro de Cultura e Even-tos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC), “Cenários

para a carne de frango brasileira”, foi sintomática.O tema deu a todos a medida exata do momento, concluindo que o Brasil será o grande competidor mundial na produção de aves. A revista Super Sul foi buscar dados e comentários para traçar um quadro atual deste setor, que graças a investimentos em tecnologia, sanidades, pesquisa e gestão, abriu as portas do consumo de aves para o Brasil e para o Mundo. Aquela velha premissa brasileira de que “po-bre só come galinha quando está doente”, não ape-nas está totalmente ultrapassada, como poderia ser modificada para: “pobre come galinha quando tem vontade”, tal a facilidade de adquirir o produto a um preço extremamente acessível.

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69,8% para o mercado doméstico e 30,2% para o exterior, o que representa crescimento interno su-perior ao de exportação, com ampliação de 43 para 47,4 quilos de carne habitante/ano. “Esse aumento está solidificado pelas características peculiares e a forma diversificada de consumo, por isso, são ab-sorvidos todos os tipos de cortes”, explicou. Além disso, a carne carrega o conceito de saudável, tem penetração em todas as regiões do Brasil, é utiliza-da por todas as classes sociais e o principal fator do crescimento no consumo é o preço.

Atualmente, os principais consumidores da carne de aves são os Emirados Árabes, Kuwait, Ba-rein, Arábia Saudita, Jamaica, Catar e o Brasil. “Há espaço para vender todas as partes do frango. A Europa compra peito, a China os miúdos e asa, o Japão pernas e o Oriente Médio o frango inteiro”, revelou o palestrante. Das exportações, 38% são de frango inteiro (1,5 milhão/ton), 52% de cortes, 5% dos processados e 5% salgado.

Com análise nos mercados internacionais, Ca-sagranda explicou que a Índia é uma incógnita e precisa ser estudada, pois o consumo per capita é de 1,6 quilo/ano. A China é o centralizador do mun-do com uma população de 1,2 bilhão de pessoas e manterá consumo intenso. A Rússia leva sua pro-dução com investimentos públicos e de importador poderá passar para exportador. Já o Oriente Médio se manterá como um dos maiores consumidores per capita. Por meio deste cenário, o Brasil terá condi-ções de ser o grande competidor mundial, pois tem potencialidade de recursos, capacidade produtiva e rápida adaptação às mudanças mercadológicas. “Acredito na continuidade do crescimento da avi-cultura brasileira, porém, é preciso fazer nosso de-ver de casa e resolver alguns gargalos para manter nossa competitividade com logística, infraestrutura e política tributária que tem gerado custos adicio-nais à produção”, finalizou.

Aurora cresceOs números gerais refletem o bom desempe-

nho das principais empresas do setor como a Coo-percentral Aurora (Aurora Alimentos), um conglo-merado agroindustrial sediado em Chapecó (SC) que pertence a 13 cooperativas agropecuárias, sustenta 15.645 empregos diretos e tem uma capacidade de abate de 14 mil suínos/dia, 600 mil aves/dia e um processamento de 1,6 milhão de litros de lei-te/dia. O presidente Mário Lanznaster revela que o abate de aves foi incrementado em 30% e tota-lizou 142,4 milhões de frangos abatidos nas cinco plantas instaladas em Santa Catarina e Rio Grande do Sul em 2011. “O processamento dessa matéria--prima resultou em 281,7 mil toneladas de carne de aves in natura (+26,9%) e 47,2 mil toneladas

de carnes industrializadas (+13,8%), incluindo em-butidos, empanados, fatiados, hambúrgueres etc”, diz. E acrescenta que o mercado interno representa 84,5% das receitas.

A Aurora mantém, no campo, plantéis perma-nentes de 800 mil suínos e 19 milhões de frangos. A sua base produtiva é formada por 9.000 produtores de leite, 3.600 criadores de suínos e 1.800 criadores de aves. Lanznaster informa que a Aurora exportou no ano passado 81 mil toneladas de carnes de aves. Os principais destinos foram África do Sul, Alema-nha, Angola, Argentina, Aruba, Áustria, Ilhas Baha-mas, Barein, Catar,Chile, China, Cingapura, Coreia do Sul, Croácia, Emirados Árabes Unidos, Espanha, França, Gabão, Holanda, Hong Kong, Iraque, Japão, Kuait, Montenegro,Omã, Portugal, Romênia, Rússia, Marteen e Seicheles, além de Bósnia-Herzegovina, Grenada, Moldávia, Saint e Suriname.

Quanto ao faturamento, a companhia fa-turou R$ 3,8 bilhões em 2011. Para este ano estão previstos novos investimentos e aumento das exportações.

BR Frango investeSe o cenário é positivo e reage bem, as empre-

sas apostam em crescimento e investem para tentar abocanhar uma fatia a mais desse atrativo mercado. Por isso a BR Frango, do Paraná, também aposta no setor. Entrou em operação no dia 26 de março, em Santo Inácio, noroeste do Paraná, e promete ser uma das mais modernas indústrias avícolas do país. O investimento já soma mais de R$ 120 mi-lhões, com foco no mercado exterior, especialmente o Oriente Médio, UE e Ásia. À frente do empreendi-mento está Reinaldo Morais, sócio e idealizador do projeto Frangobrás - atual Tyson Campo Mourão, em sociedade com mais três famílias do estado.

O complexo industrial de 350 mil m² é formado por fábrica de ração, fábrica de farinhas de penas e vísceras e abatedouro - projetado para abater 420 mil aves/dia, ou 10 milhões de aves/mês, até 2014. Atualmente, o Paraná, que é responsável por apro-ximadamente 28% da produção brasileira, produz uma média mensal de 116,5 milhões de aves. Sem dúvida, uma aposta consciente no futuro.

Além das grandes dimensões, o empreendi-mento impressiona pelo investimento em tecnolo-gia de ponta. A planta da indústria segue o conceito de expansão inteligente e atende normas técnicas brasileiras e internacionais – visando já antecipar futuras exigências do mercado. Exemplo disso é a passarela fechada de visitação técnica de 570m², que permite a visualização de 80% do frigorífico e que elimina a necessidade da entrada na linha de produção de agentes de inspeção – procedimento já adotado no exterior. “Procuramos otimizar nossos

Mercado

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01 Mário Lanznaster, da

Aurora, diz que o mercado interno é forte e fatura bem

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procedimentos, já prevendo a ampliação das insta-lações, a automatização dos processos e a flexibi-lidade na produção. Essas serão grandes vantagens competitivas no longo prazo”, explica Morais.

O complexo industrial concentra todas as nor-mas e especificações técnicas sanitárias e ambien-tais, bem como versatilidade no mix de produção. O frigorífico poderá vender 100% frango inteiro ou em cortes, segundo o mix definido. Morais revela que as instalações e equipamentos já comportam essa flexibilidade, uma vez que quase todo o pro-cesso é automatizado. Destaque para as soluções em sistemas termoisolantes e os equipamentos de ponta utilizados na linha de produção, como a máquina de evisceração automática com separa-ção do pacote de miúdos da carcaça, a plataforma automática de recepção de aves e o separador CMS (carne mecanicamente separada).

Os túneis de retenção variável modular (TRVM) utilizados na empresa apresentam diferenciais im-portantes por serem os mais compactos do mercado. Nos aviários, os investimentos também foram altos. Todos são climatizados e operam no sistema Dark House com ambiente e iluminação controlados, pro-porcionando maior desempenho e bem-estar para as aves. A BR Frango manterá em sistema de inte-gração cerca de 240 aviários, além de 100 próprios, para atender suas necessidades de produção.

cenário, acredito, que seja por ser uma carne que tem a conversão alimentar em um espaço de tempo menor do que as outras carnes, além de ser saudá-vel para o consumo”, explica. Porém, faz um aler-ta. “Frente a isso temos grandes desafios, não só a Frangos Pioneiro, como todo o mercado de avicultu-ra de corte: é a volátilidade de preços do milho, e a escassez da mão de obra. Além do desafio de formar mais parcerias na questão do fornecimento de fran-gos, apesar de termos toda uma estrutura técnica e apoio constante aos granjeiros”, diz.

Quanto ao desempenho da empresa em 2011, o executivo destaca que o volume comercializado foi de 44.901.296 kg. “O ano foi positivo, apesar dos preços voláteis das matérias-primas, como por exemplo o milho, principal insumo agrícola da ração para o pintainho”, explica. Hoje o mercado interno representa 90% das vendas. Apesar de o destino da maior parte da produção ser para o consumo dos brasileiros, o comércio exterior também faz parte da estratégia da empresa, onde atua com a marca Almana, graças à certificação Helal, obtida em 2010 e exigida para comercialização no Oriente.

O executivo informa que o volume expor-tado foi de 4.490.129.6 kg. “Nossos principais mercados são o Japão, Honk Kong, África e Oriente Médio. Para o Oriente Médio temos uma

Nem só de frango vive o brasileiro. Assim pensam os produtores de outras espécies de aves, como o peru. Este tipo está cada vez mais presente na mesa do brasileiro. O Brasil tem ocupado um lugar de destaque entre os principais países exportadores dessa carne, segundo o presidente da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), Clever Pirola, pois ostenta os títulos de terceiro produtor mundial e segundo maior exportador.

Em 2011, as exportações totalizaram 141,2 mil toneladas, com uma redução de 10,5%, na comparação com o ano anterior. Já a receita cambial teve aumento de 4,7%, chegando a US$ 444,6 milhões. O preço médio das exportações de carne de peru foi de US$ 3.149 a tonelada em 2011, o que significa crescimento de 17% sobre 2010. O maior volume de embarques foi de industrializados (71.869 toneladas), enquanto o principal mercado comprador foi a União Europeia, com 74.737 toneladas.

Para quem gosta de um pouco de curiosidade, vale saber que “peru” é o nome comum dado às aves galiformes do gênero Meleagris. O peru--domesticado descende da espécie Meleagris gallopavo. Originário da América do Norte foi levado para a Europa em 1511. O peru selvagem foi domesticado pela primeira vez no México há mais de mil anos. O peru é, tradicionalmente, o prato principal da Ceia de Natal tanto na Europa como na América. É usado na Europa desde o século XVI para isso e somente depois foi introduzido na América como prato festivo. Ele é apreciado por ser especialmente tenro e saboroso.

BR Frango em números

Investimento: R$ 120 milhõesEntrada em funcionamento: março 2012Área do complexo: 350 mil m²Produção/abate: 210 mil aves/dia(em 2014 será de 420 mil aves/dia)Fábrica de ração: 18 mil toneladas/mêsAviários: 340 (próprios e integrados)Postos de trabalho: 12.500 empregos (dire-tos e indiretos)

Produção de peru ganhará espaço na avicultura brasileira

Grupo Pioneiro otimistaÉ difícil encontrar uma indústria que não

avalie positivamente o mercado de aves. O Grupo Pioneiro, de Santa Catarina, também pensa desta forma, segundo o Gerente Comercial Fábio Cesar Thibes. “As perspectivas de crescimento de mercado são otimistas. O consumo per capita da carne de frango no Brasil tem a tendência de aumento anual e passamos de 44 kg per capita em 2010 para 47,4 kg em 2011”, compara.

Thibes cita um Estudo do Rabobank, afirman-do que em uma década a carne de frango será a proteína aninal mais consumida no mundo. “Este

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marca exclusica que é Almana, com grande acei-tação devido ao seu significado religioso para o mercado árabe: “pão do céu, provisão diária de Deus para nosso sustento”, explica. Para os de-mais mercados a empresa atua com a marca Mana que possui o mesmo significado.

GTFoods em expansãoO mercado de aves no Brasil está em franca ex-

pansão, afirma Marlin Machado, Gerente de Vendas do GTFoods Group, do Paraná. E por bons motivos. “A qualidade da carne de frango nacional tem con-quistado o mercado de diversos países, ressaltan-do-se também o crescimento do mercado interno, onde o consumo per capita aumenta a cada ano”, explica. A avicultura do Paraná está em busca de novos investimentos, revela o executivo. “Para se manter no topo do ranking nacional, o setor tem adotado diferentes estratégias, entre elas a de am-pliar o número de aviários e de condomínios avíco-las, um modelo de negócio que tem atraído profis-sionais de diferentes áreas de atuação”, destaca.

Segundo Machado, o GTFoods Group, que des-de o começo deste ano administra os ativos do Frangos Canção, destaca-se pelos investimentos em toda a cadeia produtiva. Assim, a empresa ganha na padronização da cadeia do frango, tendo con-trole desde a fabricação de matrizes e pintainhos, passando pelo acompanhamento minucioso nos aviários e no bem-estar animal nos frigoríficos. “As apostas dos investidores estão sustentadas no rápi-do retorno do capital investido e, principalmente, no forte potencial do setor”, comenta o gerente.

Assim como as demais empresas do setor, o desempenho do GTFoods em 2011 também foi po-sitivo: fechou o ano com o abate de 340 mil aves/dia, registrando um aumento de 62% diante 2010,

ano em que registrou um abate de 210 mil aves. “O grupo espera fechar 2012 com um abate de 420 mil aves/dia. Nos próximos anos, a empresa quer alcan-çar o abate de 600 mil aves/dia”, projeta Machado. Conforme o executivo, o GTFoods é hoje responsá-vel por cerca de 5% de toda a produção no Paraná, ocupando a 12ª posição no ranking das empresas avícolas do Brasil e a 6ª no ranking estadual.

Quanto ao destino da produção, 20% é expor-tada, estratégia que começou em 2006 e já con-quistou mercados consumidores importantes, res-salta Machado. “Hoje, são mais de 60 países que recebem com regularidade produtos do grupo. O Oriente Médio continua sendo o principal compra-dor, seguido do mercado asiático, sul-americano e africano”, informa. Agora o grupo busca habilitação para a União Europeia.

Quanto à questão nutricional, o executivo explica que a melhoria na qualidade da carne de aves é um foco permanente para o grupo. O plano de investimento prevê um orçamento de R$ 50 mi-lhões em 2012. “Estes recursos, liberados em parce-ria com o BNDES através do Finen, serão utilizados para ampliar a capacidade de produção e moderni-zar a indústria, permitindo elevar o faturamento em 20% em relação a 2011, chegando a R$ 1 bilhão ao final do ano”, destaca Machado

Embora a União Brasileira de Avicultura (UBA-BEF esteja realizando pesquisa sobre hábitos ali-mentares, Machado faz uma revelação importante. “Há estudos sim, que comprovam mudanças alimen-tares em relação às carnes de aves. No Brasil, o consumo per capita da carne de frango vem cres-cendo nos últimos anos”, diz. Segundo a entidade, o consumo brasileiro passou de 35,5 kg/hab em 2005 para 45,4 kg/hab em 2010 e foi a 47,4 kg em 2011.”Além do crescimento da renda do brasileiro, o setor atribui o aumento do consumo da carne de frango ao alto preço da carne bovina”, diz.

A diminuição do tamanho da família média brasileira, o aumento de poder aquisitivo e a fal-ta de tempo levam os consumidores aos alimentos prontos, pré-prontos e industrializados”, justifica. Ele ressalta que constantes lançamentos e mudança de cultura têm mudado o comportamento da popu-lação em direção aos alimentos pré-prontos. “Vale ressaltar que, aliada a essas tendências, o consumi-dor tem buscado cada vez mais a saudabilidade e a sustentabilidade”, aponta.

Machado também esclarece que o GTFoo-ds iniciou a administração de ativos do Frangos Canção em 2012, mas a empresa avícola surgiu em 1992, na região de Maringá. Para promover o negócio, aos poucos a organização buscou am-pliar a sua área de atuação, optando pela criação de frangos de maneira integrada. Atualmente, o

Mercado

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02 Investimentos em equipamentos,

processos esanidade são focodo Grupo Pioneiro

03 O produto e cortes é o mais

exportado e também o preferido no

mercado interno

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grupo administra as marcas Frangos Canção, Gold Frango, Mister Frango e Bellaves.

Frango Granjeiro e o Selo HalalO mercado interno é o grande consumidor

da carne de ave produzida no Brasil, mas as in-dústrias sabem que é preciso exportar. Assim, de olho no mercado islâmico o frigorífico para-naense Frango Granjeiro investe forte na marca que leva a Certificação Halal do SIIL – Serviço de Inspeção Islâmica, certificadora reconhecida no mundo islâmico. O mercado árabe, destino co-nhecido do frango brasileiro, ganha um produto diferenciado que leva a marca Algalli.

Lançada pelo frigorífico Frango Granjeiro com layout sofisticado e o selo de Halal estampado na embalagem a marca está sendo exportada para mercados como Kuwait, Bahrain, Oman, Qatar, Ira-que e Emirados Árabes. Para os consumidores islâ-micos o selo de Halal em destaque na embalagem significa lícito, próprio para o consumo, uma ga-rantia de qualidade para o produto e que assegura um diferencial competitivo para quem investe na certificação. O destino justifica os investimentos já que de acordo com o Ministério do Desenvol-vimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) as exportações brasileiras para os países árabes cres-ceram 25% nos últimos 12 meses.

A criação da nova marca passou pelo suporte da equipe de MKT do SIIL – Serviço de Inspeção Islâmica que sugeriu que o nome inicialmente es-colhido como Galli, que em árabe significa “muito caro”, foi substituído por Algalli que significa “va-lioso” em árabe. São detalhes que contribuem para a visibilidade do produto nas gôndolas dos consu-midores islâmicos. “Temos o maior respeito pelos consumidores de religião Islâmica e entendemos que o processo de abate Halal agrega qualidade ao produto final, além de permitir o acesso dos nos-sos produtos a este importante mercado. Esperamos com a marca Algalli e o selo de Halal ter oportuni-dade de mostrar esta qualidade a diversos mercados e conquistar a confiança e fidelidade dos consumi-dores à marca AlGalli” afirma o empresário João Roberto Welter, diretor do Frango Granjeiro.

A certificação é um processo que envolve auditorias de avaliação e testes que asseguram que um produto ou serviço atende às exigências islâmicas e abre mercados, destaca o especialista em mercados islâmicos e diretor do Serviço de Ins-peção Islâmica Chaiboun Darwiche. “Trabalhamos com segurança alimentar de forma séria e res-ponsável conforme o Alcorão Sagrado e a Juris-prudência Islâmica, seja para agregar valor ao seu produto ou para atender exigências de clientes ou do próprio mercado”, alertando para a importân-

cia da certificação para alimentos que tem como foco os mercados islâmicos, seja na Europa, África, Américas ou Oriente Médio e Ásia.

O empresário João Werter destaca ainda que o suporte de um serviço especializado desde o trei-namento no processo de abate Halal até revisão de embalagens, entre outros, facilitaram a chegada da marca Algalli ao mercado árabe. Sobre os pro-jetos da Frango Granjeiro para o mercado externo, Werter afirma que devido à importância dos merca-dos árabes “a Frango Granjeiro tem como objetivo consolidar a sua marca em todos os países árabes que têm acesso e crescer no fornecimento de novos produtos à comunidade islâmica, procurando forta-lecer e levando a nossa marca Algalli, um produto de qualidade, até o consumidor final”.

Mercado árabe é destaqueDe acordo com dados do Departamento de

Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os países árabes estão entre os que mais consomem carne de frango no mundo. E o mercado árabe é o que mais aprecia a carne de frango brasileira. O gran-de consumo está relacionado a motivos religio-sos e ao preço mais barato da proteína de frango quando comparado à bovina. Segundo o USDA, os Emirados Árabes Unidos consomem, em mé-dia, 62,5kg per capita/ano de carne de frango. O Kuwait consumiu, em 2010, 66,3kg por habitante e a Arábia Saudita 42,4kg.

Diante desse cenário, a boa notícia é que as exportações brasileiras para os países árabes cresce-ram 25% no acumulado do ano até setembro (2011) sobre o mesmo período do ano passado. Segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, In-

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04 Indústrias do setor investemem projetos integrados como em fábrica de rações

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dústria e Comércio Exterior (MDIC), a receita das vendas para a região alcançou US$ 11 bilhões nos nove primeiros meses do ano, contra US$ 8,7 bi-lhões nos mesmos meses de 2010. Assim, consumo e exportações em alta podem significar mais mer-cado para os produtos certificados que tem como destino as gôndolas para consumidores islâmicos.

A força das entidades no SulDe acordo com os dados da União Brasileira da

Avicultura (UBABEF), no acumulado do ano, foram produzidos no país 13,05 milhões de toneladas de frango, resultado que contribuiu para agregar ao Brasil o 3º lugar no ranking mundial de produção do item. A Região Sul é responsável por 70% da produção de aves do Brasil e também pelas expor-tações. Grande parte do sucesso alcançado pela ca-deia setorial deve-se às ações das entidades classis-tas, como da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), sob a liderança do presidente Cléver Pirola Ávila. Ele destaca, por exemplo, as iniciativas para melhorar a qualidade da carne de aves. “Isso é feito trabalhando juntos, a iniciativa privada e governo, pela evolução da saúde animal em Santa Catarina, trazendo experts e promovendo simpósios técnicos. Além disso, incentivando o aporte de tecnologias disponíveis a nível mundial”, destaca.

No Rio Grande do Sul, segundo o diretor executivo José Eduardo dos Santos, a Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), em sua estrutura organizacional e associativa possui várias comis-sões que representam diversas áreas das empresas

avícolas do RS, uma delas é a Comissão de Quali-dade Industrial. “Esta comissão trata de assuntos voltados a qualidade na produção de aves e ovos, bem como avalia, discute e interage junto aos ór-gãos oficiais buscando o atendimento da legisla-ção, que também visa a qualidade e inocuidade dos alimentos”, explica.

Recentemente, em entrevista à revista Avicul-tura PR, Domingos Martins, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), destacou o estágio elevado da qualidade do produto.“O Paraná tem hoje a avicul-tura mais avançada do país. Temos aqui tecnologias de ponta, cooperativas bem instituídas e novas em-presas chegando, que devem acrescentar ainda mais oportunidades de avanços para o setor”, conta. As indústrias paranaenses foram responsáveis por mais de um quarto da produção nacional.

Apesar de o consumo aumentar por questões de preço favorável e qualidade nutricional, ainda há mais espaço para crescimento. A mudança de hábitos alimentares é um dos caminhos, mas talvez esse processo fosse acelerado com uma campanha na mídia. Cléver Ávila, da ACAV, diz que o setor tem sido atuante nesse sentido, mas não acha ne-cessário ações de publicidade. “Em parceria com a entidade nacional, a UBABEF temos um diagnóstico claro desta mudanças: seja no acesso de novas clas-ses sociais ao consumo desta proteína, a busca por produtos com praticidade, porções menores, pratos prontos, etc. Não vemos necessidade de campanhas de incentivo ao consumo, uma vez que as aves já

Mercado

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05 A carne de aves é saborosa, tem valor nutricional

e preço acessível no mercado

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são as carnes mais consumidas no Brasil e reconhe-cida pelos consumidores como saborosa e a mais saudável”, argumenta.

No entanto, Eduardo Santos, da entidade gaú-cha, pensa um pouco diferente. “A UBABEF tem bus-cado aplicar pesquisas no sentido de desenvolver e promover o consumo de carne de frango. A assocai-ção faz periodicamente algumas ações pontuais na mídia e também promove a carne de frango e ovos através de palestras para nutricionistas, médicos. Já fizemos campanha para estimular consumo de ovos e devemos retomar em breve outras ações, pois temos projetos de valorizar cada vez mais a carne de frango e ovos”, comenta.

Dificuldades a superarMesmo que o momento seja favorável, com

sucessivos recordes de produção e vendas, o se-tor quer continuar crescendo, mas encontra alguns entraves, como custos, logística, tributos e buro-cracia. Para Cléver Ávila, desafios não faltam neste setor, principalmente em SC. “Destacamos o cus-to adicional que os catarinenses tem em logísti-ca para importar grãos do Centro Oeste ou países vizinhos em função do gap que possuímos de pro-dução – principalmente do milho e da precariedade do transporte: ausência de ferrovias e estradas com gargalos de fluxo”, enumera. O dirigente diz que existe uma desigualdade de incentivos fiscais e tri-butárias, que cada vez empurram a agroindústria para outros Estados. “Somente um planejamento estratégico de longo prazo e suprapartidário pode mudar este cenário”, afirma.

Custos de produção também estão na pauta da ASGAV, conforme relata Eduardo Santos. No Rio Grande do Sul a escassez de milho prejudica mui-to o setor elevando o custo de produção, pois o milho representa cerca de 70% da ração das aves, comenta o executivo. “O setor avícola no RS con-some anualmente aproximadamente 2,8 milhões de toneladas de milho. Outro fator que dificulta nossa competitividade é a carga tributária que, aliada ao alto custo da ração e outros gargalos, diminui nos-sa condição de atender na totalidade nosso próprio mercado doméstico”, explica.

Exportações: cautelaQuando se trata de exportações de frango o

Paraná ganha destaque, como foi divulgado na re-vista Avicultura PR. As exportações paranaenses de carne de frango registraram novo patamar histórico no acumulado em 2011, somando US$ 2,04 bilhões, valor 20,86% superior ao alcançado em 2010 (de US$ 1,69 bilhão), de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) vinculada ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

(MDIC). A revista ressalta que esse crescimento ocorreu, entre outros motivos, em função da ele-vação de 16,81% no preço médio do produto entre 2010 e 2011, em que a tonelada foi comercializada por US$ 1.692,54 e US$ 1.977,17, respectivamente. Outro fator que contribui para o saldo positivo foi o câmbio mais favorável.

No volume, os embarques do Paraná tota-lizaram 1,03 bilhão de toneladas, com acréscimo da ordem de 3,47% em relação ao ano anterior. O resultado é superior à média nacional, que foi de 2,01% de crescimento, e também dos outros es-tados produtores como Santa Catarina (2,28%) e Rio Grande do Sul (-4,71%). “Em 2011 lideramos seis vezes o ranking nacional no volume exportado. Nosso objetivo é chegar, em breve, à liderança na exportação de carne de frango do país”, afirma Do-mingos Martins, presidente do Sindiavipar.

Santa Catarina tem algumas queixas ao ava-liar o cenário externo. Cléver Ávila diz que o Es-tado exporta para mais de 150 países e além de ser o pioneiro na produção, foi também pioneiro nas exportações. “Como toda indústria exportado-ra em todos os setores, neste início de ano es-tamos sofrendo com a valorização irreal do Real (R$), o qual nos torna não competitivos e crian-do um dilema cruel: a manutenção dos mercados que conquistamos nas últimas décadas a um cus-to extremamente alto”, justifica. Eduardo Santos, da ASGAV, faz algumas ressalvas. “As exportações tem tido ligeira desaceleração em volumes, mas mantem o crescimento em receita cambial. O Bra-

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06 Cléver Ávila, da ACAV, destaca o trabalho integrado mas queixa-sede custos

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sil tem crescido entre 2 e 3% ao ano, a crise na Europa e variação cambial tem exigido cautela por parte dos exportadores”, argumenta o executivo.

BRF: ano positivoA BRF - Brasil Foods um dos gigantes do

setor de áves e cárneos fechou o ano com re-sultados positivos, superando as estimativas de crescimento de receitas líquidas e investimen-tos mesmo diante do cenário econômico instável no mercado internacional. As receitas líquidas somaram R$ 25,7 bilhões, valor 13,3% superior ante 2010, sustentadas principalmente pelo bom desempenho do segmento de carnes no mercado interno, da área de food services e do mercado externo. O lucro líquido chegou a R$ 1,6 bilhão, aumento de 97% comparado ao ano passado.

O grupo destaca que os custos de produção sofreram forte pressão com o aumento dos pre-ços das principais matérias primas – no Brasil, o milho subiu 37,5% e a soja, 14,7%, enquanto no mercado internacional os aumentos foram de 59% para o milho e de 25,9% para a soja. Em contrapartida, as estratégias adotadas pela em-presa, com foco no aumento de produtividade, na eficiência de vendas, política de gestão de preço e custos, além dos investimentos em inovação, minimizaram os impactos desta pressão.

No mercado interno a receita cresceu 14%, acumulando R$ 11,6 bilhões, apesar de uma evo-lução de consumo mais tímida comparada a 2010 e o aumento nos preços das commodities. As ven-das no segmento de carnes apresentaram cresci-mento de 18%, com receita de R$ 9 bilhões - 1,8 milhão de toneladas comercializadas neste setor.

O mercado externo também foi positivo, com ex-portações totais de R$ 10 bilhões, aumento de 12,3% em relação 2010. As adversidades que mar-caram o período no mercado internacional não inibiram a performance da companhia: “os merca-dos da Europa, Japão, China e Cingapura ajudaram a impulsionar o bom desempenho registrado nas vendas externas”, ressalta. No Extremo Oriente, as receitas cresceram 20%, apesar da redução de preços ocorrido no último trimestre no mercado japonês. Porém, o Oriente Médio continuou como o maior destino internacional da companhia, com participação de 30% na receita líquida.

A BRF também investiu forte no ano passa-do: R$ 1,9 bilhão, 84,1% a mais do que em 2010. Esse valor inclui recursos destinados à aquisição de ativos no exterior (aquisição de participação acio-nária na Avex e do controle do Grupo Dánica, na Argentina), um avanço significativo no projeto de internacionalização da companhia.

Marfrig cria Seara FoodsA Marfrig Alimentos SA, segundo maior frigo-

rífico da América Latina, disputa com a Brasil Foo-ds uma participação maior no setor de refeições prontas e aves – a BRF é a maior exportadora de aves do continente. Assim, na busca por raciona-lização e mais espaço, a Marfrig adotou uma nova estratégia e no final de fevereiro criou a unidade Seara Foods para combinar globalmente seus seg-mentos de aves, suínos e alimentos processados com o objetivo de reduzir custos.

Na Seara Foods, a Seara Brasil, que atua nas áreas de aves, suínos e produtos industrializados, representa 60% do faturamento. Já a americana Keystone Foods, com atuação nos mercados do Reino Unido e da França, será responsável por 23% das vendas da nova divisão. Adquirida pela Marfrig em 2009, a empresa, uma das maiores for-necedoras do McDonald”s, ainda tem cerca de US$ 65 milhões em ganhos adicionais de sinergia não capturados desde a aquisição.

O restante fica por conta da Moy Park, que pro-duz industrializados de frango. A empresa, que pas-sou ao controle da Marfrig em 2008, tem plantas na Irlanda do Norte, Inglaterra, França e Holanda. Con-forme divulgou em comunicado oficial, o presiden-te da companhia, Marcos Molina, será o presidente interino da Seara Foods. A Marfrig destaca em seu site que a criação da Seara Foods deve gerar cortes de custos anuais entre R$ 230 milhões e R$ 330 milhões por causa dos ganhos futuros de sinergias.

Supermercados: parceirosO setor supermercadista é um dos grandes alia-

dos da avicultura por ser o meio onde o consumidor

Mercado

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07 A qualidade da ave e a higiene no processo de corte

e embalagemsão essenciais

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encontra o produto final. Conforme o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), An-tônio Cesa Longo, a parceria é boa para ambas as partes. “Há muita oferta pela pujança do setor pro-dutivo de aves gaúcho. Pelo valor acessível, é um setor que vem ganhando espaço a cada ano e que ganha a preferência do consumidor especialmente quando os cortes bovinos de churrasco registram altas”, ressalta. “Os perus têm sua concentração de vendas no Natal, quando são vendidas 800 mil aves nos supermercados gaúchos”, acrescenta.

Marlin Machado, do GTFoods, ressalta que o relacionamento tem se estreitado. O grupo bus-ca cada vez mais participação no varejo e está conquistando maior presença com novas técni-cas, novos produtos e marcas. “Estamos presen-tes nos maiores varejistas do país e com futura ampliação de mix, aumentaremos nossa partici-pação ainda mais. Em todo o Brasil, a participa-ção de mercado do GTFoods Group nos diversos canais é de 2%”, informa.

Para Longo, o segmento avícola representa cerca de 5% do faturamento dos supermercados. E quando ao volume de vendas, na comparação com as outras proteinas, o frango está em segundo lu-gar, com 35%, perdendo apenas para a carne bovina que tem 50%, ficando a suína com 10% e o restan-te com outras carnes. Longo completa informando que, em relação ao setor de ovos, o consumo tam-bém cresce. “Vem registrando um crescimento de aproximadamente 5% ao ano”, finaliza.

Na rede paranaense Muffato as carnes de aves são valorizadas no contexto do supermercado, se-gundo o gerente comercial Adílson Corrêa, por ser importante para o comércio. “É um departamento que traz tráfego de clientes para as lojas. O setor (aves e ovos) é bastante representativo, ainda mais com o crescimento econômico das classes C e D, acaba aumentando o faturamento”, completa.

O varejo (supermercados, minimercados ou atacados), desempenha um papel importante no acesso do consumidor aos produtos avícolas, mas é difícil citar algum percentual de participação nas vendas. O diretor da ASGAV Eduardo Santos comenta sobre este tema, mas sem dados suficientes para uma avaliação mais precisa. “Não temos conheci-mento de nenhuma pesquisa, mas o relacionamento no RS tem sido normal, claro que as negociações e busca de menores preços existem e fazem parte desta etapa comercial”, esclarece.

O executivo gaúcho lembra que os supermer-cados, na realidade, são essenciais para evidenciar o produto e as novidades que são produzidas no que se refere a produtos processados, industrializados e semi-prontos. Cléver Ávila, da ACAV, ressalta que a informação sobre representatividade nas vendas

existe, mas é tratada de forma confidencial em fun-ção da estratégia de cada empresa.

Cortes e preferênciasUm dos grandes desafios da UBABEF é desco-

brir quais partes das aves o mercado interno mais consome. Os hábitos mudam, mas novos consu-midores são agregados ao processo e o mercado interno tem suas preferências quando se trata de carne de aves. Se antes o padrão era a ave intei-ra, hoje o gosto mudou. Segundo Cléver Ávila, da ACAV, a evolução vem ocorrendo ano a ano, desde a venda de frango vivo nos anos 50 até os mais desejados pratos prontos nos dias atuais. “A ver-satilidade de carne de aves é vista com o consumo de asas para aperitivos, pratos especiais com o peito e o nosso tradicional churrasco com coxas e sobrecoxas”, destaca o dirigente.

Avaliação semelhante faz Eduardo Santos, da ASGAV. Segundo ele atualmente existe uma pequena vantagem no consumo de cortes e a ten-dência deve ser cada vez mais o aumento na pro-cura deste tipo de produto, pois a dinâmica atual da economia e a busca constante de preferências, levam as pessoas a optarem por cortes. “No RS a preferência tem sido coxa, sobrecoxas com um ligeiro crescimento no consumo de asas e coxinha de asas, porém peito e coração de frango também tem boa procura”, revela.

Hoje, o consumidor pode escolher a forma como mais lhe convém comprar carne de fran-go: inteiro, em cortes, congelados ou pré-pron-tos (industrializados). Segundo Machado, para o mercado interno, a carne de frango mais consu-mida é a de cortes frescos e congelados, mas os industrializados começam a ganhar espaço. “Este mercado está em ampla expansão.

Segundo o presidente da Aurora, “na área de produção in natura: cortes, miúdos e frango intei-ro e na área de industrialização de carnes de aves: embutidos, empanados, hambúrgueres, linha light e fatiados”. Para Lanznaster, o mercado para a linha de industrializados (pré-prontos), está em franca expansão e cresce acima de 20% ao ano.

O gerente comercial Fábio Cesar Thibes, do Grupo Pioneiro, destaca que a preferência do con-sumidor é maior por cortes, na faixa de 82%. “Coxa e sobrecoxa são os cortes mais vendidos, seguido pelo peito com osso”, destaca

Na outra ponta, a da venda ao consumidor, a preferência do consumidor pela apresentação da aves, “a preferência é em cortes, principalmente peito, coxa e sobrecoxa”, revela Longo da Agas. Na Rede Muffato, segundo o gerente comercial Adílson Corrêa, “existe um maior volume de vendas em relação aos cortes de frango, principalmente a coxa”, completa.

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Um dos momentos mais esperados pelos su-permercadistas gaúchos foi divulgado no dia 27 de março: o Ranking Agas 2011. Mais uma vez, o estudo da Associação

Gaúcha de Supermercados (Agas) mostra que as em-presas de médio porte foram as que mais cresceram, superando as grandes e as micro e pequenas.

Para presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, o resultado é uma prova de que os desempenhos refletem a capacidade das empresas atenderem com qualidade o que seus clientes procuram. ‘O gaúcho é o consumidor mais exigente do Brasil, e há espaço para todos os formatos e tamanhos de loja. As empresas mais ágeis são as que mais prosperam’, observa Longo.

Segundo o dirigente, o crescimento foi puxa-do pelo aumento de vendas em datas festivas, a diminuição da informalidade, a redução da taxa de

desemprego, a diversificação do mix e ao ingresso de mais 300 mil gaúchos das classes D e E para a classe C no último ano. ‘Nosso grande desafio em 2012 é manter este crescimento, ampliando nossos serviços e buscando sempre atender os anseios dos clientes’, explica.

No total, as 207 empresas participantes do Ranking Agas 2011 empregam diretamente 61,3 mil funcionários, distribuídos em 785 lojas. Conforme Longo, o número total de empregados efetivos pelo setor no Estado chega a 86,5 mil pessoas.

PremiaçãoO jantar de premiação dos 18 Supermercados

Agraciados em 6 Categorias foi marcado para o dia 11 de abril no Hotel Deville, em Porto Alegre, com palestra de Olegário Araújo sobre “Tendên-cias do Mercado”.

A rede Asun, de Gravataí, foi destaque entre empresas com

faturamento superior a

R$ 240 milhões

Empresas médias cresceram mais

Gestão RANKING AGAS

01 O presidenteda Agas diz que

as empresas mais ágeis são as quemais prosperam

LARR

Y SI

LVA

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Faturamento anual acima de R$ 240 milhões:1º lugar: Asun Com. Gên. Alim. Ltda. – Gravataí (+40,6%)2º lugar: PGL Distribuição de Alimentos Ltda. – Bagé (+27,3%)3º lugar: Cia. Zaffari Ind. e Comércio – Porto Alegre (+16,9 %)

Faturamento anual de R$ 120 milhões até R$ 240 milhões: 1º lugar: Supermercado Baklizi Ltda – Uruguaiana (+33,7%)2º lugar: Master ATS Supermercados Ltda. – Erechim (+14,9%)3º lugar: Righi Com. Gên. Alim. Ltda. – Santana do Livramento (+13,8%)

Faturamento anual de R$ 60 milhões até R$ 120 milhões: 1º lugar: Osmar Nicolini – Bagé (+40,3%)2º lugar: Cia. Apolo de Supermercados – Bento Gonçalves (+20,5%) 3º lugar: Coop. Tritícola Santa Rosa – Santa Rosa (+18,3 %)

Faturamento anual de R$ 12 milhões até R$ 60 milhões: 1º lugar: Com. de Gên. Alim. Buzatto - Gravataí (+114,8%)2º lugar: Benedetti & Benedetti – Crissiumal (+46,4%)3º lugar: Comercial Novo de Alimentos – Porto Alegre (+45,4 %)

Faturamento anual de R$ 6 milhões até R$ 12 milhões: 1º lugar: Comercial Alimentos Ricci – Novo Hamburgo (+349,6 %)2º lugar: Mainard & Mainard – Alvorada (+55,9%)3º lugar: M.B. Sorriso – Porto Alegre (+46,1%)

Faturamento anual até R$ 6 milhões: 1º lugar: Super Mercado Marcon – Passo Fundo (+71,6%) 2º lugar: Mini Mercado Pandia – Porto Alegre (+44,2%)3º lugar: Marta Beatriz Gonçalves – Taquari (+45,6%)

RELAÇÃO COMPLETA DOS PREMIADOS E SUAS TAXAS DE CRESCIMENTO:

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Quatro redes do Sul entre as 10 maiores do Brasil

A Região Sul está bem representada no Ranking Abras 2012, divulgado no dia 29 de março, em São Paulo. A Companhia Zaffari Comércio e Indústria (RS), com

29 lojas, manteve-se na 5ª colocação, com fa-turamento bruto de R$ 2.910.000.000, (Variação Faturamento 2011/2010 de 16,9%); a rede Irmãos Muffato & Cia. Ltda (PR), com 35 unidades, su-biu uma posição (7º), faturou R$ 2.308.726.048, com variação de 19,9%; a rede Angeloni Cia.Ltda (SC), com 23 lojas, também avançou uma posi-ção (8º), teve faturamento de R$ 2.165.248.246, e registrou variação de 19,4%. Por fim, a rede Condor Super Center (PR), com 33 lojas, foi outra que conquistou uma posição e agora é a 9ª, com faturamento de R$ 2.136.499.686, e a maior va-riação de faturamento: 23,6%.

Pão de Açúcar lideraO 35º Ranking Abras 2012, elaborado

pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), confirma os bons resultados de 2011 para o setor supermercadista brasileiro. No ano, as vendas do autosserviço somaram R$ 224,3 bilhões, percentual 11,3% superior ao de 2010, em valores nominais.

O faturamento das 20 maiores empresas evo-luiu 20,7%, de acordo com o estudo, elaborado pela Abras em parceria com a Nielsen, passando de R$ 115,8 bilhões, em 2010, para R$ 139,8 bi-lhões em 2011.

Os quatro primeiros colocados no Ranking Abras, em 2011, são: Pão de Açúcar (fatura-mento de R$ 52,6 bilhões), Carrefour (R$ 28,7 bilhões),Walmart (R$ 23,5 bilhões) e Cencosud (R$ 6,2 bilhões). A pesquisa completa do Ranking Abras 2012 estará publicada na edição de abril da Revista SuperHiper.

* Pesquisa mostra que o autosserviço brasi-leiro faturou R$ 224,3 bilhões em 2011.*As vendas informadas pelo Pão de Açúcar contemplam também as vendas de Casas Bahia e Ponto Frio, que representam 39% do faturamento total do grupo.*O valor do faturamento informado pelo Car-refour em 2011 não contempla as vendas do Dia%, que desde 5 de julho opera separada-mente do grupo. Se considerarmos somente o desempenho do Carrefour essa variação passa a ser positiva de 8,9%. *No faturamento informado pelo Cencosud já estão incorporadas as vendas das cadeias adquiridas no final de 2010 e em 2011, tais como Bretas, Perini e outras.

As redes Zaffari (5º), Muffato (7º), Angeloni (8º) e Condor (9º) foram as que mais se destacaram entre os supermercados da Região Sul.

Gestão RANKING ABRAS

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01

01 O presidente da Abras, Sussumu

Honda destaca o crescimento de

11,3% nas vendas

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A primeira parte da comemoração dos 40 Anos da Associação Catarinense de Supermerca-dos (ACATS), ocorreu no Grande Expediente da Assembléia Legislativa de Santa Catarina

(foto na página seguinte). Na presença dos deputa-dos estaduais e outras autoridades, o deputado Darci de Matos, proponente da homenagem, presidiu a ses-são solene. O presidente da ACATS, Adriano Manoel dos Santos, destacou a trajetória da entidades “que mesmo não sendo a maior do setor no Brasil, quer se tornar uma referência em ações que beneficiem seus associados e o consumidor”. Segundo ele, a ACATS congrega 670 empresas e envolve 70 mil trabalha-dores. Depois de discursar e agradecer a homenagem, o presidente da entidade e o presidente do Conselho Deliberativo, Atanázio dos Santos Netto, entregaram placas a algumas autoridades e exemplares do livro sobre a história da ACATS.

O evento principal da comemoração, no en-tanto, foi o encontro festivo e de homenagens re-alizado nas dependências do Centrosul, em Floria-nópolis. Cerca de 600 convidados participaram do ato, que iniciou com uma atração surpresa. A banda musical Tático deu um show de interpretação apre-sentando hits clássicos que marcaram as décadas de 70 até os dias atuais, entremeando os fatos histó-ricos no contexto da trajetória da Acats mostrados num telão, desde 1972 até 2012.

Na sequência, foi procedida a apresentação oficial e o lançamento do livro comemorativo aos 40 anos da ACATS, um trabalho coordenado pela escritora Christina Baumgarten e em seguida chegou o momento marcante da noite, as home-nagens aos Ex-Presidentes da Entidade, com as entrega das comendas de sócio honorário e me-dalhas do Mérito Supermercadista.

Presidente AgraciadosPedro Bencz, representado por Adolar Felix Cars-tens;Ivan Arino Kwitschal;Érico Contesini, representado por Deise Marina Contesini dos Santos;Osvaldo D’ Agostini, representado por Francisco D´Agostini; Osvaldo Moritz;Inácio Passos Pereira;Antonio Ceron;Zefíro Giassi;Egídio Locks;Nereu Ghidi, representado por Clarisse Ghidi;João Batista Lohn;José Emílio Menegatti;

Outras homenagensTambém receberam homenagens Levy No-

gueira, o representante da Abras que participou diretamente da formação da Acats e o empresário Odemar Muller, o Milinha, em nome de todas as empresas parceiras da ACATS ao longo das quatro décadas de sua existência.

O Presidente Adriano Manoel dos Santos fez um pronunciamento destacando que os avanços conquistados pela entidade nestes últimos 40 anos se devem basicamente ao arrojo e à dedica-ção de todos os diretores, que trabalharam pelo crescimento da ACATS de modo voluntário. Em nome do presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o vice presidente Márcio Milani parabenizou a associação registrando a ex-pressa admiração da entidade-máter pelos avanços conquistados pela regional catarinense.

Depois das homenagens

na Assembléia Legislativa de

Santa Catarina, as ações para

festejar os 40 Anos da

ACATS tiveram sequência com uma

grande festa.

Noite de Gala e de homenagens no Centrosul

Eventos / ACATS 40 anos

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AÇÃO

01 Os ex-presidentes foram

homenageados em uma noite de festa

em Florianópolis

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Parceria com Fecomércio-SCAo final da cerimônia, antes de ser servido

um jantar, o Presidente do Sistema Fecomér-cio-SC apresentou uma novidade para o seg-mento supermercadista, de que a ACATS terá um veículo com características de unidade mó-vel para se deslocar pelo interior catarinense e promover cursos de capacitação nas cidades junto às empresas associadas. O projeto será viabilizado numa parceria entre a ACATS e o Sistema Fecomércio.

Prêmio de JornalismoO Diretor Executivo da ACATS, Antonio Car-

los Poletini relembrou que dentro do calendário de atividades previsto para 2012, como parte das co-memorações, está o “Prêmio ACATS 40 ANOS de Jor-nalismo”. A iniciativa tem como objetivo estimular e valorizar o trabalho dos profissionais de comuni-cação social na pesquisa, divulgação de dados e re-portagens enfocando o segmento supermercadista de Santa Catarina e sua contribuição ao desenvol-vimento econômico do Estado e a sua comunidade.

ACATS, uma história de luta e crescimentoEm plena época do “Milagre Brasileiro” e dos “Anos

de Chumbo”, a economia brasileira vivia em constante ritmo de incertezas. Em meio a tantas dificuldades, um grupo de empresários do setor de varejo de Santa Ca-tarina decide unir-se para superar as dificuldades. E assim surgiu a Associação Catarinense de Supermerca-dos – ACATS, fundada no dia 17 de fevereiro de 1972, nas dependências da Sociedade Harmonia Lyra, região central de Joinville. Pedro Bencz foi eleito por aclama-ção como o primeiro presidente. Eloy Nogueira da Silva representou, na oportunidade, a Associação Brasileira de Supermercados.

A preocupação com o crescimento do setor atra-vés do aprimoramento da mão de obra das lojas de su-permercados, intercâmbio com centros maiores, atuação regionalizada, representação econômica e defesa dos pleitos comuns aos supermercadistas, sempre foram, desde o início, os objetivos da Associação.

Além da busca pelo reconhecimento de sua atua-ção em defesa dos interesses dos supermercados cata-rinenses, a ACATS também trabalhou na formulação de um evento de âmbito estadual. Assim surgiu a primeira Convenção Catarinense de Supermercados, realizada de 02 a 05 de novembro em Balneário Camboriú. Em con-junto, surgiu a Exposuper – Feira de Produtos e Serviços para Supermercados, que teve 50 empresas expositoras em sua primeira edição.

Nos primeiros meses de funcionamento a ACATS sequer possuía uma sede. A mobilização dos empresá-rios que participaram da primeira Diretoria, foi adquirida uma sala na região central de Joinville, a primeira sede da ACATS. Logo em seguida, entre os dirigentes do se-tor, chegou-se a um consenso da necessidade de trans-ferência da sede da ACATS para a Capital, Florianópolis.

A sede da ACATS foi transferida para a Capital em instalações próprias no Centro executivo Joana de Gus-mão. Em junho de 2002 a ACATS se transferiu para a sua sede atual, própria, no Centro Empresarial Florianópolis, na cabeceira da Ponte Hercílio Luz, o maior cartão pos-tal de Santa Catarina.

Diretoria Executiva- Gestão 2010/2012

Presidente Executivo: Adriano Manoel dos Santos (foto acima, ao centro)Vice PresidentesExecutivo: Lúcio MatosInstitucional: Josiano SaquettiAdministrativo/Financeiro: Lúcio MatosRec. Humanos e Qualidade: Jeovagner da SilvaMarketing e Eventos: Amauri BattistonDiretor Executivo: Antonio Carlos Poletini

Representações RegionaisVice-presidentesRegião Extremo Oeste: Eulo CentenaroRegião Oeste: Dalmor BadottiRegião Meio-Oeste: Alexandre SimioniRegião Planalto Serrano: Jackson MartendalRegião Planalto Norte: Mario Cesar PachecoRegião Norte: Pedro Damião Reis FilhoRegião Alto Vale do Itajaí: Roberlei Alexandre NardelliRegião Grande Florianópolis: José Evaldo KochRegião Vale do Itajaí: Joel da CostaRegião Sul: Jeovagner da Silva

Delegado junto à ABRAS: Atanázio dos Santos Netto

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AÇÃO

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Mercosuper 2012 aproxima varejistas e supermercadistas do futuro

A idéia da Associação Paranaense de Supermer-cados (Apras) é promover uma feira diferen-te, não apenas apresentando o que ocorre no setor supermercadista atual, mas debaten-

do e prevendo o que poderá acontecer nos próximos anos. Você está pronto para o futuro? É isso que os organizadores da 31ª Mercosuper – Feira e Conven-ção Paranaense de Supermercados – querem discutir com os empresários do setor varejista nos três dias do evento,considerado um dos maiores do país e que será realizado nos dias 16, 17 e 18 de abril. Na edição passada, quando a feira completava o 30° aniversário, 50 mil visitantes passaram pelo local do evento, entre eles, clientes, parceiros, concorrentes e fornecedores do varejo paranaense. Para 2012, a expectativa da Apras – organizadora do evento é manter os índices de crescimento da feira.

Como posicionar minha marca e meu produto pe-rante as necessidades dos novos consumidores? Será que minhas estratégias de comunicação e marketing estão voltadas para as futuras tendências de mercado? Para responder esses e outros questionamentos, a Mer-cosuper 2012 traz o tema “O varejo olhando para o fu-turo”, pensado pelos organizadores a partir da explo-são que tem sido a internet e as tecnologias voltadas para um novo consumidor, mais curioso, informado e exigente. Tradicionalmente realizada no mês de abril, a Mercosuper ocupa quase 26 mil metros quadrados do Pavilhão Expotrade, localizado em Pinhais, com a pre-sença de 285 empresas expositoras, algumas vindas de outros países, como a Argentina e Paraguai.

A Apras calcula que, na oportunidade, às nego-ciações firmadas cheguem à ordem dos 600 milhões de reais, observando oportunidades da pós€feira. Para Pedro Joanir Zonta, presidente da Apras, o evento

coloca em destaque os trabalhos desenvolvidos pela associação em favor de benefícios que atendem as ne-cessidades diretas dos consumidores. “Entendemos a Mercosuper como uma excelente oportunidade para os supermercadistas paranaenses negociarem com a in-dústria as melhores e exclusivas propostas preparadas especialmente para a feira”, afirma.

A programação da feira foi elaborada cuidado-samente para atender também às expectativas dos participantes. Nesse ano de 2012, a Orgânica - Feira de Produtos Orgânicos (ver mais nesta edição), irá for-talecer a divulgação dos produtos e dessa tendência mundial, que são os orgânicos e sustentáveis. O pro-jeto de responsabilidade social conhecido como Apras Mulher, vai dar continuidade ao trabalho iniciado em 2007, com o recolhimento de doações para institui-ções beneficentes de Curitiba e região. E, em parceria com empresas do ramo de reciclagem, a Mercosuper vai promover 100% de reaproveitamento dos materiais não orgânicos da feira.

Segundo Walde Renato Prochmann, diretor co-mercial da Apras, a Mercosuper é o momento de revelar a confiança que os fornecedores depositam na associa-ção como importante elo do setor. “É uma satisfação observar que a nossa dedicação é apreciada por aque-les que atribuem significado para nosso negócio”. E o diretor ainda adiantou algumas das novidades deste ano. “Em parceria com a Parati, vamos realizar o sor-teio de um carro e os expositores vão poder oportuni-zar aos clientes que fecharem negócio na feira a parti-cipação no sorteio, conforme regulamento”, anunciou.

Para saber como participar da feira, a Apras disponibiliza o hotsite www.apras.org.br/merco-super com o regulamento do evento, aonde cons-tam todas às informações necessárias para expo-sitores e montadoras.

ServiçoMercosuper 2012Data: 16, 17 e 18 de abrilLocal: Expotrade Convention CenterPromoção:Associação Paranaense de SupermercadosExposição de produtos e serviçosRodada de Negócios InternacionalOficina do ConhecimentoPremiação das Melhores EmpresasInformações: (41) 3263-7000

A 31ª edição tem como

tema, “O varejo olhando para

o futuro”, com o qual os organizadores estimam atrair

50 mil visitantes na feira.

Eventos

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AÇÃO

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01 A Mercosuper é um dos eventos mais importantes do setor

e mobiliza várias entidades do Paraná

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AÇÃO

Um evento importante ocorre paralela-mente à Mercosuper, contribuindo para atrair cerca de 50 mil participantes ao Expotrade. Entre estes estão produtores e

cooperativas, agroindústria, indústria de insumos, máquinas e equipamentos, supermercadistas, setor financeiro, universidades e institutos de pesquisa, serviços e agências de fomento, órgãos de classe, estabelecendo ambiente favorável para a realização de negócios e disseminação de conhecimento.

A Orgânica é um evento que abrange não so-mente orgânicos, mas produtos da cadeia da agri-cultura familiar e de mercado justo (alimentos, ser-viços, turismo, têxteis, cosméticos e artesanato), intitulando-se “Orgânicos e Sustentáveis”.

A parceria Mercosuper - Orgânica já está em sua quinta edição e desde 2008 tem propiciado aos produtores brasileiros espaço privilegiado para exposição de produtos e serviços na feira de negócios, realização de encontros de oportunida-des, fórum, workshop e desfile de moda orgânica. Também está previsto a entrega do prêmio top inovation orgânica 2012.

Demanda é maiorque oferta no PR

A produção de orgânicos vem crescendo a cada ano no Paraná. O Estado já conta com 7.245 produ-tores, de acordo com levantamento realizado pela Emater e pela Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab). O volume de produção sal-tou de 52.270 toneladas na safra 2002/2003 para 138.241 toneladas na safra 2008/2009, o que re-presenta um crescimento de 164%. Esta safra é o último dado de levantamento disponível. Na safra 2002/2003, eram 3.648 produtores no Paraná.

O diretor do Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA), Márcio Miranda, disse que a produção vem crescendo porque a oferta de pro-dutos não atende o total da demanda. Segundo ele, também tem aumentado a procura destes produ-

tos para alimentação escolar e para o Programa de Aquisição de Alimentos para a população de baixa renda do governo federal.

Ele acredita que ocorra aumento da produ-ção nos próximos anos por exigência da socie-dade e também do meio ambiente. No Paraná, o consumo é de 1% das vendas do setor de super-mercados, segundo informações da Associação Paranaense de Supermercados (Apras). o cres-cimento do volume destes produtos nas lojas é de 15% a 20% nos últimos ano, conforme o ranking da Associação Brasileira dos Supermer-cados (Abras) de abril de 2011.

A Apras Mulher tem participação ativa na programação da Mercosuper e fez a coordenadora Lindacir Zonta expe-diu um convite especial para as mulhe-res. “É com imensa satisfação que a con-vidamos para participar da 31ª edição da Mercosuper, este ano com o tema `O varejo olhando para o futuro`. Este ano, preparamos uma palestra especialmente direcionada para as mulheres empreendedoras do nosso varejo paranaense.

A palestra será ministrada pela autora do livro “Marketing de B.A.T.O.M”, a empresária Fádua Sleiman (foto), consultora de diversos programas voltados para o público feminino, em redes nacionais de canais abertos e fechados. A palestrante auxilia as mulheres e, também, aos ho-mens de sensibilidade a entender como as mulheres se comportam, suas necessidades, seus desejos e anseios, por meio de uma estratégia para vencer na carreira e na vida empresarial.

A palestra está programada para o dia 18 de abril, último dia de evento, às 17 horas. Logo após é realizada a tradicional foto com os representantes de cada entidade que receberão a doação, junto com as esposas dos diretores de todas as regionais da Associação Paranaense de Supermercados (Apras). As doações deste ano serão destinadas ao Hospital Pequeno Príncipe, Insti-tuto Paranaense dos Cegos, Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia e o Instituto de Ação Social do Paraná, unidade Joana Richa.

Apras Mulher tem programa especial

Orgânica - Feira de Produtos Orgânicos

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O Papai Noel que se cuide. A Páscoa está se tornando um dos principais eventos co-merciais para os supermercados brasileiros. De acordo com pesquisa apresentada pela

Associação Brasileira de Supermercados (Abras), os supermercados brasileiros esperam um crescimento de 11,1 % nas vendas de produtos relacionados à Páscoa este ano, apesar do aumento de preços dos itens.

Conforme o levantamento, 85% das empresas projetam vendas superiores às apuradas no mesmo período em 2011, enquanto para os 15% restantes o resultado ficará no mesmo patamar. Ainda de acordo

com a pesquisa, todos os produtos pesquisados ti-veram aumento de encomenda junto a fornecedores, com destaque para bacalhau (11,3%), refrigerantes (10,4%), ovos de Páscoa (9,4%), azeites (8,8%), pei-xes em geral (8%) e cerveja (6%).

Para o presidente da Associação Gaúcha de Su-permercados (Agas), Antonio Cesa Longo, a come-moração da Páscoa em abril, quando as temperaturas estão mais baixas do que em março, também favorece o consumo de chocolates. “A Páscoa passada foi a me-lhor da década e, ainda assim, a pesquisa mostra que o setor prevê um crescimento de 6% para este ano. O clima mais frio de abril vai alavancar as vendas de pequenos supermercados, que não dispõem de climati-zação nas lojas e poderão se planejar para a exposição das parreiras de chocolates”, destaca Longo. De acor-do com a Agas, os supermercados gaúchos esperam comercializar 8,9 milhões de ovos, que vão alavancar um faturamento de R$ 84,8 milhões para o setor.

O vice-presidente de Chocolates da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amen-doim, Balas e Derivados (Abicab), Ubiracy Fonseca, observa que são muito boas as tendências de cresci-mento no consumo de chocolate para a Páscoa des-te ano. Destaca que as indústrias lançaram aproxi-madamente 90 produtos. “A gama de oferta é muito grande e quem ganha com isso são os consumidores, pois temos ofertas e variedades para todos os gos-tos e bolsos”, acrescenta. Fonseca ressalta ainda, que o Brasil tornou-se um importantíssimo “player” do mercado mundial de chocolates. “Hoje, somos o quarto maior produtor mundial, ficando atrás ape-

Coelhinho está em alta

A Páscoa está se destacando no calendário de datas comerciais do país movimentando o setor supermercadista.

Categoria

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01

01 A decoração dos supermercados na

Páscoa é um estímulo para o consumidor

ir às compras

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nas dos EUA, Alemanha e Reino Unido. Isso mostra a maturidade das nossas indústrias e a consolidação desse mercado em nosso país”, comenta.

{Grande expectativa no Paraná} A previ-são de crescimento dos supermercadistas paranaenses supera a expectativa nacional. Estimam um crescimen-to de 20% nas vendas da Páscoa, se comparadas as de igual período do ano passado, conforme avaliação da Associação Paranaense de Supermercados (Apras).

De acordo com informações divulgadas pelo Su-permercado Condor, por exemplo, as vendas vão ter um aumento de 20%. Para alcançar a meta, o depar-tamento comercial contou com um mix de 300 itens e garante os melhores preços, assim como a facilidade de pagamento, apresentando parcelamento em até 10x sem juros. Na rede Wallmart, Big e Mercadorama, para esse ano, a expectativa das lojas é que as vendas sejam 20% maiores que as do ano passado. Além de chocolate, pescados, azeites e vinhos são outros pro-dutos que estão tendo seus estoques reforçados para a Páscoa. Nas unidades Sam’s Club de Curitiba também os sócios-clientes têm a opção de adquirir chocolates importados com ampla variedade.

O otimismo também está presente na Rede Mu-ffato. Segundo o gerente comercial Adilson Corrêa, a expectativa do grupo é de ter um aumento de 20% em relação ao ano de 2011, “já nos tornamos ao longo dos anos uma rede com tradição na Páscoa, por isso destacamos um espaço privilegiado para todo o setor, uma exposição bem agressiva, encartes com várias ofertas e um mix variado”, salienta. Além dos choco-lates, o Corrêa comenta que outra categoria que deve se destacar na data é a de azeites. “Temos uma ampla variedade, azeites de várias nacionalidades e produtos exclusivos do Super Muffato”, acrescenta.

{Pesquisa aponta novo consumidor} Com o objetivo de definir o comportamento de com-pras dos consumidores e as estratégias de vendas dos varejistas gaúchos para a data, a Agas encomendou um estudo ao Instituto Segmento Pesquisas, que apontou o público adulto como o principal foco dos supermer-cados e das indústrias na Páscoa de 2012. A pesquisa foi realizada no mês de fevereiro, quando foram entre-vistadas 200 pessoas de ambos os sexos, com idades entre 18 e 65 anos, e de todas as faixas de renda. Pelo lado dos supermercadistas, foram ouvidos 20 diretores de empresas do setor em todo o RS.

Conforme o presidente da Agas, ao contrário de 2011, quando as crianças concentraram as atenções da indústria por seu crescente poder de decisão de compra no ponto de venda, neste ano a Páscoa será dos adultos. “As pessoas estão com um poder aquisiti-vo maior e querem resgatar o prazer de comer chocola-te que não puderam desfrutar no passado. O mercado

dos ovos infantis e teens já havia dado seu grande sal-to em 2011, devido aos investimentos da indústria”, observa o supermercadista.

O levantamento do Instituto Segmento sinali-za que os ovos premium e trufados e as caixas para presente serão o principal alvo das classes A e B. Para os gaúchos da classe C, os ovos para adultos também deverão pontear a lista de compras. “Há pelo menos 90 lançamentos, com destaque para os ovos com formatos inovadores, como bastões, cora-ções, diamantes e retangulares. A Páscoa de 2012 marcará pela diferenciação nas embalagens, nos atrativos visuais”, prevê o presidente da Agas. Para o público infantil, 80% dos produtos vendidos terão personagens licenciados em evidência.

A pesquisa também apontou que 59% dos consumidores devem comprar os produtos de Pás-coa em supermercados, enquanto 85,5% dos gaú-chos não descartam a possibilidade de efetuar em supermercados as compras de Páscoa.

Conforme os números da Segmento Pesqui-sas, os benefícios apontados pelos gaúchos ao comprar produtos para a Páscoa em supermercados são a comodidade de comprar junto com os outros produtos (55,7%), a facilidade de comprar com o cartão do supermercado (35,1%), o preço mais baixo (34,5%), a qualidade dos produtos (34,5%), a proximidade de casa/trabalho (32,2%), a varie-dade de produtos (27,6%) e a facilidade de com-prar com o cartão de crédito (8,0%).

O vice-presidente da Abicab, também con-firma esta tendência. Fonseca fala que de uma maneira geral, os supermercados representam um

02

02 A Ferrero Rocher investiu em formas dinâmicas e atrativas para conquistar mais espaço no mercado

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importante canal de distribuição para o setor de chocolates. “Para os ovos de Páscoa é, indiscuti-velmente, o maior canal de distribuição”, salienta.

{Chocolates especiais no Hippo} Intole-rância a lactose, glúten ou açúcar? Isso não é problema para o Hippo. O supermercado de Florianópolis, conhe-cido por ser o mais democrático entre todos – ele pos-suem suas prateleiras alimentos para todos os gostos e restrições alimentares – promete não deixar ninguém na mão também na Páscoa, data comemorativa em que os chocolates são os presentes mais requisitados. Para isso, oferece opções de chocolates diets, lights, sem lactose, sem glúten, sem açúcar e até sem cacau.

A novidade deste ano fica por conta da linha com-pleta de chocolates Nugali, produzidos em Pomerode (SC). Entre os produtos que podem ser encontrados nas gôndolas das duas lojas da rede, no centro de Floria-nópolis, estão os ovos de chocolate pintados, tradição trazida pelos imigrantes alemães; os ovos de chocolate ao leite com avelãs frescas; a galinha dos ovos de ouro; e o luxuoso ovo Kobaltblau, decorado com glasurado azul e ouro 14 quilates. Além destes, o Hippo também comercializa cestas de Páscoa personalizadas.

De acordo com o diretor comercial do Hippo, Josiano Saqueti, a previsão de crescimento das ven-das de chocolates para este ano no supermercado é de 10%,aumento que se deve muito a procura dos ovos diferenciados. O ovo de páscoa diferenciado campeão de vendas no Hippo Supermercados é o de Alfarroba. Ele tem cara de chocolate, gosto de chocolate, mas não é chocolate, já que é fe ito de Alfarroba, uma leguminosa originária da costa do Mediterrâneoque se parece muito com chocolate. Além de nutritivo, por ser rico em vitaminas e mi-nerais, o produto atende as necessidades de quem possui intolerância à lactose, glúten ou açúcar.

{Novos produtos} O grande potencial e re-presentatividade da data, está chamando a atenção até de empresas que não são ligadas diretamente ao

setor de chocolates, que estão trazendo para o merca-do produtos inusistados. A Skol é um exemplo disso. Como forma de presentear seus fãs mais engajados, a companhia lança pela primeira vez um ovo de Páscoa feito com cerveja. Desenvolvido em parceria com a chocolateria Folie, o Redondinho é feito de chocolate trufado e tem em seu recheio a cerveja Skol. Segundo a empresa, o resultado é uma combinação de chocola-te com leve gostinho de cerveja. O presente de Páscoa da marca vem em um kit que contém 6 ovos redondos dentro de um mini-engradado personalizado.

“A Skol está junto dos consumidores em to-dos os momentos com ousadia e irreverência e não poderia ser diferente na Páscoa. Criamos um ovo feito com cerveja para presentear nossos fãs mais engajados e também daremos a oportunida-de para aqueles que são apaixonados pela marca comprarem a novidade”, afirma Pedro de Sá Earp, Diretor de Marketing de cervejaria.

{Boutique de Chocolates} A Ferrero Ro-cher também inovou para para a Páscoa deste ano, criou uma butique de chocolates dentro dos supermer-cados. Esse foi o ponto de partida para a criação das comunicações de varejo desenvolvidas pelo escritório de design estratégico WeShape Connection Design para os produtos da empresa. Segundo a companhia, a proposta deu oigem a dois segmentos específicos: grande varejo e varejo premium. Nos supermercados premium, o conceito de “store-in-store” foi retratado por um ambiente sofisticado chamado “Ferrero Bouti-que”, espaço elaborado com materiais e acabamentos duráveis, onde os ícones, as cores e os produtos foram minuciosamente posicionados. Conta também com vi-trines para valorização dos produtos.

Um dos pontos altos é a réplica da já clássica “pirâmide de bombons”, o maior símbolo da marca. Ela tem mais de mil bombons cenográficos e aproximada-mente 70 centímetros de altura. Fica exposta em uma redoma com iluminação especial, como uma verdadeira joia. “As vitrines foram criadas para expor os novos ovos de Páscoa Ferrero Rocher, como em uma choco-lateria. Os corners funcionam como um menu em que o consumidor pode perceber a qualidade e o sabor de Ferrero Rocher por meio das imagens e dos principais atributos dos produtos”, conclui Maurício Medeiros, sócio-diretor criativo da WeShape Connection Design.

{Lançamentos Vonpar/Neugebauer} Uma das mais antigas fabricantes de chocolates do Brasil, a Neugebauer, e parte da divisão de Ali-mentos da Vonpar, traz várias surpresas para esta Páscoa. Segundo a empresas os fãs de Mu-Mu vão poder ter a mascote da marca em casa. Um dos grandes lançamentos da companhia são os ovos Mu-Mu ao Leite e Branco (230g) recheados com

Categoria

03 Como forma de homenagear seus

fãs a Skol lança um chocolate com

cerveja: o Redondinho

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uma surpresa, a vaquinha Mu-Mu de pelúcia. Para aqueles que gostam do sabor marcante do

chocolate amargo, a opção é o Mu-Mu Amargo 70% Cacau (300g), que traz em seu interior duas barras do chocolate da linha premium Mu-Mu. A linha de ovos da Mu-Mu ainda conta com uma versão de 500g do sabor Chocolate ao Leite e o Mumuzinho (65g), de Chocolate ao Leite com uma embalagem de 20 g do Mumuzinho dentro. Outra novidade da Vonpar Alimen-tos é o tablete Aplauso, que ganhou uma versão de 400g no sabor Chocolate ao Leite com Amendoim. Dentro do ovo, os consumidores vão encontrar mais duas barrinhas de 22g do Chocolate ao Leite da linha.

Para atender a demanda de Páscoa, a fábrica da Neugebauer iniciou a produção no 2º bimestre do ano passado. “É um trabalho intenso que mobiliza prati-camente toda a unidade, em função do processo de fabricação ser muito peculiar”, explica o gerente de Marketing da Vonpar Alimentos, Juan Pablo Boeira. A empresa vai trabalhar com um aumento de 29% no volume de produção em relação ao ano passado.

Com os ovos prontos, a Vonpar passará a pro-mover ações direcionadas para os consumidores e lojistas, com foco no Rio Grande do Sul. O geren-te informa que a companhia vai contar com uma grande quantidade de promotores nas lojas que poderão auxiliar consumidores.

{Novidades da Nestlé} Para a Páscoa 2012, a Nestlé identificou que o consumidor, cada vez mais, deseja oferecer um ovo que seja um verdadeiro presen-te aos seus familiares e amigos. Por isso, neste ano, sem deixar de inovar nas opções, a empresa privilegiou também embalagens mais sofisticadas em sua nova li-nha Gifting. No total, o portfólio tem 50 opções de pro-dutos, sendo nove lançamentos. Conheça as novidades:

A empresa também apresenta vários lançamen-tos, entre eles o ovo Kit Kat (340g), da linha Gifting. O chocolate da Nestlé mais vendido do mundo, presente no mercado mundial há 75 anos e em cerca de 70 paí-ses, agora na versão ovo de Páscoa, com pedaços de Kit Kat na casca e mais três mini tabletes de Kit Kat, em uma caixa perfeita para presentear. Outro lançamento é o ovo Suflair de Colher (320g). O chocolate aerado sur-ge com mais uma novidade: por fora, chocolate Nestlé e, por dentro, um recheio especial de chocolate aerado para comer de colher, que acompanha o ovo.

Para festejar os 55 anos de um dos preferidos dos Chocolovers, a Nestlé lança a Edição Comemora-tiva Alpino (400g) no estilo ‘Vintage’. São cinco mini ovos (80 g cada) em embalagens de diferentes épo-cas dispostos em uma caixa dourada. Outra novidade é o ovo Trilogia (480g) reúne três sabores: ao leite com recheio de avelã, branco com recheio de frutas vermelhas e dark com recheio de chocolate ao leite. Também na linha Classic é apresentado o ovo Classic

Cookies (450g), uma combinação de chocolate branco com biscoitos Negresco, da Nestlé. Ele chega recheado com bombons de chocolate branco.

Para o público infanto-juvenil, um dos grandes lançamentos é o ovo Justin Bieber (200g), que traz como brinde um colar exclusivo similar ao utilizado por Bieber. Além disso, acompanha o ovo um card com foto autografada pelo astro, além de um códi-go para os fãs baixarem uma música no site www.nestlejustinbieber.com.br.

Piratas do Caribe, uma série de filmes com gran-de sucesso da Disney, inspira o ovo Surpresa Piratas do Caribe (180g). O produto tem embalagem diferencia-da, com mapa impresso internamente que auxiliará a tripulação de fãs da saga de Jack Sparrow enquanto se diverte com a promoção ‘Em busca do Tesouro’.

{Lacta comemora o centenário} Para celebrar seu centenário no Brasil, a Lacta lança para esta Páscoa o Ovo Lacta 100 Anos. Criado para homenagear os maiores clássicos da marca, o pro-duto reúne cinco diferentes sabores históricos em uma composição de meio quilo, com estrutura ins-pirada nas bonecas russas Matrioskas. São três ovos – números 20, 12 e 9 -, um dentro do outro.

O ovo maior tem uma metade de Laka e a outra de Diamante Negro, duas marcas clássicas do mercado brasileiro. O do meio é inteiramente de Sonho de Valsa, ovo de Páscoa mais vendido do país e marca líder na ca-tegoria de bombons. E, no centro de tudo, está o tradi-cional Ao Leite de um lado e do outro o Bis, o chocolate mais vendido do país, que completa 70 anos também em 2012. Com o lançamento, a Lacta marca o início das comemorações de seus 100 anos no Brasil.

04 As indústrias de chocolate criaram muitas novidades, algumas como ovos especiais e festivos

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R ecente decisão judicial, com o objetivo de aprimorar os serviços prestados em estabele-cimento comercial (supermercado) aos seus clientes, obrigou-o a adotar uma série de

medidas, como a manutenção de um número mínimo de caixas em funcionamento permanente, a coloca-ção de um empacotador para cada caixa, a alocação de um funcionário permanentemente dedicado ao controle do uso dos caixas dedicados a atendimento preferencial e, ainda, a “a retirada das gôndolas de produtos, bem como de todo o qualquer obstáculo à circulação dos consumidores dos corredores e pontos de acesso aos caixas”. As determinações deveriam ser cumpridas no prazo de 20 dias, sob pena de multa diária de R$ 10.000,00 (dez mil reais). A bem fun-damentada decisão ainda ressalva que o Estado não está intervindo na livre iniciativa do proprietário do empreendimento comercial, mas resguardando o di-reito dos consumidores. Será?

Imaginemos que o supermercado em questão estivesse utilizando algum mecanismo diabólico (e ilícito) para impedir que os consumidores fre-quentassem outros mercados, obrigando-os a rea-lizar suas compras exclusivamente neste malvado estabelecimento. Uma decisão judicial que atacas-se tal instrumento de coação certamente seria fa-vorável aos consumidores. Mas este não é o caso. Há outros estabelecimentos comerciais na cidade e os consumidores podem livremente optar por fazer suas compras neste ou naquele estabelecimento, segundo sua livre vontade e/ou conveniência. Se seguem frequentando o referido supermercado é porque lá encontram alguma vantagem em rela-ção aos demais, seja a localização, a variedade de produtos ou o preço mais baixo. Tais benefícios, obviamente, se sobrepõem aos problemas que o Poder Judiciário tenta, a sua maneira, solucionar ou então ninguém faria suas compras neste es-tabelecimento. Portanto, ainda que as condições ofertadas pelo supermercado em questão não se-jam as ideias, os consumidores, seres livres e ra-

cionais, optam por frequenta-lo ao invés de buscar pequenos mercados ou outros estabelecimentos.

No entanto, a decisão do Poder Judiciário, que tinha por escopo proteger os consumidores, acaba por prejudicá-los, pois os problemas que eventual-mente serão solucionados são menos relevantes do que os benefícios que os clientes encontravam ao fazer compras neste supermercado. Nada obstante, as vantagens antes encontradas pelos clientes estão agora ameaçadas, pois o supermercado, possivel-mente, terá que reduzir o número de produtos ofer-tados para atender a determinação de retirada das gôndolas que dificultam a circulação dos clientes ou, ainda, terá de aumentar os preços para arcar com as despesas decorrentes da contratação de novos profis-sionais para cumprimento da ordem judicial.

Eis um exemplo da inaptidão do Estado para intervir em questões de cunho privado, que obteriam melhores soluções se deixadas à livre iniciativa dos sujeitos envolvidos. Ademais, a crescente interven-ção estatal tem acarretado a acomodação dos con-sumidores, que perdem a noção do seu real poder, preferindo ingressar em juízo em busca de reparação dos alegados danos morais sofridos. Assim, deixam de perceber que obteriam resultado muito mais sa-tisfativo se simplesmente deixassem de frequentar o estabelecimento em questão, obrigando-o a buscar as razões que conduziram à redução da clientela e, finalmente, aprimorando os seus serviços para reto-mar o antigo fluxo. Por outro lado, brindados com os clientes insatisfeitos que buscaram novas opções, outros mercados sentir-se-iam encorajados a suprir as carências dos consumidores, quiçá reduzindo os preços ou ofertando mais produtos. Assim, seriam beneficiados todos os consumidores sem a necessi-dade de intervenção do Poder Judiciário, que teria mais tempo para solucionar conflitos que realmente demandem a sua ingerência.

Ricardo Pechansky Heller, advogadoda equipe da Stifelman Advogados

O Poder Judiciário e a lógica

Artigo Por Ricardo Pechansky Heller

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BIBLIOTECA

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A Transparência é a Alma do Negócio:

De Manoel Marcondes Neto. Editora Con-ceito Editorial, 1ª Edição, 2012, 170 pá-ginas. R$ 25,00.

A obra mostra benefícios do profissional de Relações Públicas na gestão de imagem . O que uma abordagem plena de Relações Públicas agre-ga? O que um RP pode fazer por você ou por sua marca? O livro de Manoel Marcondes Neto, pro-fessor da Faculdade de Administração e Finanças da UERJ, traz um panorama dinâmico e fácil de entender de como essa área, suas práticas e seus profissionais podem contribuir para criar e man-ter a imagem de empresas e personalidades.

O livro é baseado em um ensaio, mas sem jargão acadêmico, e destina-se a empreende-dores, profissionais liberais, artistas e outras personalidades que precisam ter administrada a sua imagem pública”, diz. O autor baseia-se em inúmeras fontes de autoridade na área, mas pro-cura falar a língua do quotidiano dos negócios: “acabou o tempo em que só se recorria aos RPs em situações de crise de imagem pública. Esta é só uma faceta do trabalho. É preciso abordar a questão das satisfações públicas e da trans-parência de modo perene. É mais barato e mais efetivo”, explica.

Mais em www. conceitoeditorial.com.br.

o que os 4 Rs das Relações Públicas podem fazer por você

{Liderança}Abilio Diniz: Caminhos e Escolhas: o Equilí-brio Para uma Vida Mais Feliz, de Abílio Diniz, Editora Campus, 1ª Edição, 2011, 232 páginas. R$ 32,90 (Extra.com.br)

Transformando Suor em Ouro, de Bernardo da Rocha de Rezende (Bernardinho)., Edito-ra Sextante, 2006, 1ª Edição, 208 páginas. R$ 19,90 (Submarino) e R$ 16,65 (Walmart)

{Marketing}Os 8 Ps do Marketing Digital – O seu Guia Estratégico de Marketing Digital, de Conra-do Adolfo Alvarez, Editora Novatec, 2011, 904 páginas. R$ 139,00 (Editora Novatec) ou de R$ 64,00 a 139,00 (Buscapé)

{Vendas}100 melhores dicas de vendas dos últimos tempos, de Adrienne Avila e Leslie Pockell, Edi-tora Best Seller. Edição 1ª, 128 páginas, 2008. R$ 19,90 (Livraria Cultura)

{Gestão/Administração}Administração para profissionais liberais, de Fábio Zugman. Editoras Elsevier, Campus, Se-brae. 1ª Edição, 2011, 257 páginas. R$ 67,00 (Livaria Saraiva)

{Gestão/Estratégia}Gestão Estratégica de Marcas, de Kevin Lane Keller e Marcos Machado, Editora Prentice-Hall, Edição 1, 2005, 312 páginas. R$ 90,90 (Wal-mart)

{Inovação}Fenômenos Sociais nos Negócios – Vença em um Mundo Transformado pelas Redes Sociais, de Charlene Li e Josh Bernoff, Editora Campus, 314 páginas. R$ 69,90 (Americana.com)

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Destaque/Relações Públicas

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O Hippo Supermercados, com sede em Flo-rianópolis (SC), apresenta ao consumidor um perfil diferente dos estabelecimentos tradicionais. Para contar um pouco de sua

história houve a contribuição de diretores e funcio-nários como Simone Sacheti Wernke, 43 anos, eco-nomista, Gestora de Loja, Josiano Saqueti, 40 anos, economista, Gestor Comercial e Diretor Executivo, Rosângela Saqueti, 42 anos, Gestão de Pessoas/Gestora CDG (Centro Desenvolvimento da Gestão) e Tatiane Pereira, 29 anos, assessora de Marketing. “O Hippo surgiu após a cisão do grupo Santa Mônica que pertencia aos fundadores do Hippo e seus primos até julho de 1997”, lembram.

Assim, o Hippo foi criado como uma oportuni-dade de negócios. A primeira loja, localizada na Rua Almirante Alvim, 555, no centro de Florianópolis, foi inaugurada em 1º de agosto de 1997 sob a direção de três irmãos: Jaime Saqueti, Estevão Saquete e Salésio Sacheti. “Na época, a loja contava com 158 funcio-nários e, já no primeiro mês, obteve um crescimento de 23% no faturamento em relação ao mesmo perí-odo do ano anterior, quando o supermercado era ad-ministrado pelo outro grupo”, destacam os diretores.

Hoje, o Hippo conta com duas lojas: a primeira na Rua Almirante Alvim, 555 e a segunda na Rua Al-mirante Lamego, 761, ambas no centro de Florianó-polis. “A segunda loja foi instalada em 2006 em razão da demanda e seguiu utilizando o mesmo conceito da primeira, a de supermercado de bairro, com uma loja menor, mais aconchegante”, revelam os executivos. Hoje, as duas lojas do Hippo juntas contam com um total de 280 funcionários.

Perfil diferenciadoDesde o início o foco sempre foi oferecer diver-

sidade e qualidade de produtos aos clientes, fugindo dos padrões dos supermercados de bairro. “Por isso, sempre tivemos a preocupação em disponibilizar em nossas gôndolas produtos do mundo inteiro, os impor-tados. Além disso, nosso foco também tem sido aten-der a todo e qualquer tipo de cliente, como aqueles que possuem intolerância a lactose, glúten ou açúcar ou os que preferem uma alimentação mais saudável. Desta forma, também oferecemos uma gama enorme de produtos industrializados e de fabricação própria que não contêm lactose, glúten ou açúcar e também os orgânicos”, ressaltam os diretores.

O público atual é bastante exigente e oscila entre as classes A e AB. A faixa etária está entre

Com duas lojas em Florianópolis, o foco é ser o primeiro em qualidade, produtos importadose satisfação do cliente.

Um estilo diferente de servir

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20 e 70 anos, sendo que 55% dos consumidores são mulheres. Além disso, o Hippo registra um fluxo de 4.500 pessoas/dia e 1.500 automóveis/dia. As duas lojas da rede seguem o mesmo padrão de público e faixa etária. Quanto ao diferencial, os diretores destacam vários aspectos, como a localização geo-gráfica. “Estamos localizados estrategicamente em um bairro nobre de Florianópolis, em um dos pontos residenciais mais valorizados da cidade, portanto, uma localização privilegiada.”

Mas esse é apenas um detalhe. “O fato de ofe-recermos um mix de produtos especiais e diferencia-dos, fez com que nós nos tornássemos uma empresa referência na Grande Florianópolis. Tendo em vista a qualidade de vida e a satisfação dos clientes, nossas metas concentram-se em serviços e produtos de alta qualidade. Somos vistos por nossos clientes como o supermercado de toda hora, aquele que as pessoas frequentam várias vezes por semana, como se fosse a dispensa de sua casa, sempre que precisam de alguma coisa, e onde encontram um mix de produtos dife-renciados, como importados, orgânicos, sem glúten e sem lactose”, exaltam os administradores do Hippo.

Outro motivo de orgulho é ser uma espécie de comércio aglutinador. “Somos um ponto de encontro entre amigos, um dos lugares mais bem frequentados da cidade no segmento, onde as pessoas importan-tes se esbarram ao comprar suas frutas, verduras e comida fresca”, lembram. Assim, o Hippo revela que prima pela inovação, atendimento primoroso e di-ferenciado. “Temos produtos singles especiais para pessoas que moram sozinhas, oferecemos porções menores de bolos, pães, carnes e queijos”, acrescen-tam. Por tudo isso a expectativa é sempre crescer e mesmo sem citar números, o Hippo destaca que para 2012 o objetivo é alcançar um crescimento de 12%.

Gestão familiarPara tratar um negócio com tanto amor e ca-

rinho, mas também com competência, a gestão tem traços de família. Todos são descendentes dos sócios fundadores (três irmãos). O Hippo tem oito sócios su-cessores, sociedade de primos: Rosângela Saquete, 42 anos (Gestão de Pessoas, Gestora CDG (Centro Desen-volvimento da Gestão); Solange Saquete Gonçalves, 41 anos, (administradora /Gestora de Loja); Daniela Saquete Amorim, 33 anos, (advogada/Gestora Admi-nistrativa); Simone Sacheti Wernke, 43 anos (eco-nomista/Gestora de Loja); Josiano Saqueti, 40 anos, (economista/Gestor Comercial e Diretor Executivo); Cristiane Piuco Saqueti, 38 anos (administradora/Coordenadora de Produção); Robson Sacheti, 25 anos (administrador, porém atualmente não faz parte da Gestão); Franciele Sacheti, 26 anos (administradora/Analista de Operações Trabalhistas). “Todos começa-ram juntos com a empresa, em 1997, com exceção da

Franciele e Robson que iniciaram em 2005. Portanto, a diretoria é toda familiar”, destacam.

A gestão pode ser familiar, mas a administra-ção está em sintonia com a modernidade. “O fato de termos mais de 14 mil itens a oferecer, um site de e-commerce para administrar, pois funciona como uma outra loja, um cadastro de 10 mil clientes, sen-do 4 mil clientes fidelizados ativos, faz com que necessitemos de uma gestão de TI muito eficiente e responsável”, explicam os diretores. Em 2005, o setor de TI desenvolveu um software internamente que utiliza o sistema de identificação do cliente fi-delizado pela digital. Somente hoje, grandes redes divulgam esta novidade. Desta forma, os clientes não precisam apresentar o cartão para pontuar em suas compras: apresenta uma única vez o seu cartão para a digitalização e nas outras apenas informa sua di-gital. “Fomos também o primeiro supermercado no Estado a implementar a rastreabilidade de produtos, da produção até as nossas lojas”, destacam.

Inovação é marcaO sistema Delivery é um dos pontos fortes do

Hippo e a empresa orgulha-se de ter sido a primeira a implementar a venda através desse sistema em Santa Catarina e também o serviço de SAC. “Conseguimos um retorno muito bom, pois oferecemos profissionais treinados e capacitados para atender prontamente os clientes. Temos clientes que confiam até senhas de cartões às nossas operadoras”, explicam.

Mas nada de dormir nos louros do sucesso. Por isso o Hippo revela que faz campanhas específicas para o Delivery no verão, pois trata o sistema como outra loja. “Para exemplificar, tivermos um incremen-

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01 Marca do Hippo: produtos especiais, importados e diferenciados, como os orgânicos

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to nas vendas nestes meses de campanha (dezembro, janeiro e fevereiro) de mais de 100%em relação ao mesmo período do ano passado. E a tendência é cres-cer ainda mais com campanhas específicas de produ-tos e ações especiais de relacionamento”, informam os diretores. Para o Hippo o Delivery é um canal muito rentável. E, para que funcione perfeitamente, o supermercado conta com uma equipe eficiente de atendentes, separação de produtos e entrega.

Se o Delivery foi uma inovação, outras ações garantiram conceito ao Hippo. Por exemplo, ter sido o primeiro supermercado em Santa Catarina a ade-rir ao programa Lixo Zero 2020 da Acats, que prevê que até o ano de 2020 todos os supermercados ca-tarinenses consigam reaproveitar 100% dos resíduos gerados por seus estabelecimentos. “Por conta disso recebemos o Certificado Internacional de Lixo Zero, em 2011, por já ter conseguido encaminhar 97% do nosso lixo corretamente (unidade Almirante Alvim) e 87% (unidade Almirante Lamego). A nossa meta é atingir, até 2014, a meta dos 100% de encami-nhamento correto, lembrando que os cuidados com os resíduos começaram há 10 anos e o manejo do material já faz parte do treinamento dos novos fun-cionários”, revelam os executivos.

Hoje, segundo os diretores, diversas entidades estão envolvidas nesta ação do Hippo. Inclusive, a

empresa recebeu o Troféu solidariedade do Programa Mesa Brasil SESC, que beneficia hoje mais de cinco mil entidades carentes em todo o país. “Fomos es-colhidos como representante dos doadores do Estado de Santa Catarina, por cooperar com o projeto desde 2003, através da doação de frutas e verduras exce-dentes ou que estejam fora dos padrões de comer-cialização, mas que ainda podem ser consumidas”, lembram.

A empresa também lançou sua sacola retornável em 2007 muito antes desta “febre” de sustentabili-dade que se evidencia agora. “Oferecemos também as caixas e carrinhos retornáveis, além das sacolas plásticas oxibiodegradáveis. Temos ações de relacio-namento com os clientes que propõe que a cada oito passagens de sacola retornável no caixa, o cliente tem o direito de retirar um adubo orgânico, feito do nosso próprio resíduo orgânico. Somos uma empre-sa sólida, consciente, responsável e verdadeiramente sustentável e nossos clientes nos ajudam bastante neste sentido, o que facilita o nosso trabalho”, acres-centam os administradores.

Pioneirismo e futuroReferências não faltam para alavancar o suces-

so, pois o Hippo coleciona distinções e prêmios que consolidam a marca em Santa Catarina. A empresa é pioneira em várias ações

- 1º supermercado a realizar vendas pela in-ternet – em 1998 lançamos nosso o E-commerce no site; 1º súper catarinense a ter o serviço de Inspeção (SIE) em 2000, com o selo da Cidasc (Companhia In-tegrada de Desenvolvimento Agrícola), que certifica e autoriza o estabelecimento a fracionar e manipular alimentos de origem animal dentro do seu estabele-cimento; 1º súper a implantar o sistema de código de barras em SC; 1º supermercado em Santa Catarina a oferecer serviço de 0800 em 2001; 1º no Brasil com identificação digital desde 2005; 1º em Santa Catarina a implantar o sistema de rastreabilidade de produtos hortifrútis e carnes – controle de origem dos produtos; 1º SC a aderir ao programa Lixo Zero em parceria com ACATS e Novo Ciclo.

Mas o tempo não pára. Como todo grupo, seja aquele com dezenas de lojas ou mesmo outro com duas, como o caso do Hippo, é preciso investir para atender bem e crescer. A diretoria informa que em 2011 foram investidos R$ 3 milhões na construção de um novo Centro de Distribuição. E quanto aos projetos futuros, envolvendo expansão e/ou modernização de unidades, os administrado-res revelam que há projetos ousados. “Em 2012 estamos com o projeto de uma terceira loja, mas ainda estamos avaliando as possibilidades, por isso não temos como prever os valores que serão investidos neste projeto”, completam.

02 Da esquerda para a direita: Robson

Sacheti, Alcídio José Amorim, Daniela Saquete Amorim,

Cristiane Piuco Saqueti, Franciele Sacheti, 2

senhoras anfitriãs na Itália, Solange Saquete Gonçalves, Rosângela

Saquete, Simone Sacheti Wernke e

Josiano Saqueti

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Minha ex-chefe, que se aposentou com mais de vinte anos de varejo, costumava dizer que ninguém pode vender aquilo que não comprou. Regra elementar no

varejo. Mas ela não atuava na área de Logística, nem no Comercial, mas na Comunicação. Com a metáfora, ela queria dizer que todo profissional precisa conhecer, com alguma profundidade, todos os temas que impactam o seu negócio se quiser se comunicar, convencer ou discuti-lo com alguém. Também parece elementar. O fato novo é que as mídias sociais invadiram o varejo - seja pela proatividade das empresas ou pela ação dos consumidores - e ainda há mui-tos profissionais do setor - da presidência ao quadro gerencial - que não foram se informar so-bre elas. Não me refiro só a ler um artigo de revista especializa-da ou à coluna de um jornalista da área. É pouco. A única forma de compreender o verdadeiro

impacto dessas novas ferramentas no seu negócio é fazendo a experiência do uso.

Nos últimos dias, li pelo menos dois especialis-tas em Comunicação dizerem que há um certo exa-gero no mercado quando o assunto é mídias sociais. Os dois, no entando, concordam que elas mudaram nossa realidade e que vieram para ficar. Definitiva-mente, as mídias sociais fazem parte do ambiente competitivo da sua empresa. Cada vez com mais fre-quência, você ouvirá falar delas. O seu filho, a sua esposa ou o seu neto, um deles virá falar com você sobre o Facebook. Você abrirá o jornal do dia e ele terá uma reportagem que citará o Twitter. Ou o You-tube. Cada dia que passa é mais provável que um cliente seu, ou um fornecedor, cite algum assunto relacionado à internet em um encontro casual ou em meio a uma negociação. A sua agência de marketing, mais dia, menos dia, marcará uma reunião para apre-sentar um projeto envolvendo as ferramentas deste novo mundo. É inevitável, portanto. E é, como se diz, um caminho sem volta. Como a prensa de Guten-berg (1398-1468), que hoje possibilita a impressão de folhetos de propaganda. Como a tevê a cores, que veicula seus produtos no intervalo da programação. Como o rádio, que toca o jingle da sua empresa.

Faça a experiênciaCOM

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APor Juliano Rigatti

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Como ninguém pode vender aquilo que não comprou, nenhum comerciante saberá falar ou poderá discutir estratégias e ações envolvendo redes sociais sem conhecê-las com o mínimo de profundidade. Faço questão de citar um grande ensinamento que diz que o verdadeiro aprendizado se conquista com a experiên-cia. E você, já fez a experiência verdadeira das mídias sociais? Você já a experimentou no dia a dia? Você já foi ver porque o seu sobrinho não larga o celular? Deve haver algo ali que o interessa muito, e que já deve estar chamando muito a atenção de quem diaria-mente tem contato com os produtos da sua empresa.

{Preparação para o novo varejo} Há razões muito sérias para relacionarmos a internet e o sucesso de sua empresa. Como sabemos, o Brasil pertence ao conjunto de países com grande poten-cial de crescimento para os próximos anos. Segundo a 15ª edição do estudo “Os poderosos do varejo global”, publicado pela Deloitte no início de 2012, “as pers-pectivas de longo prazo para a economia brasileira e o segmento de consumo em particular são bastante positivas. Com uma população jovem, políticas eco-nômicas favoráveis e investimento estrangeiro direto considerável, a expectativa é de que o crescimento será forte. A melhoria na distribuição de renda e o rápido aumento da classe média favorecem o contínuo crescimento do varejo moderno.”

No entanto, é preciso compreender que país será esse se as projeções se confirmarem. Desde que entrei no varejo, há mais de 11 anos, ouço dizer que este é o mais dinâmico dos setores da economia. Talvez porque ele reflita diretamente o ritmo da sociedade e as constantes mudanças no comportamento do consu-midor. Com a tal era da conectividade, destacada no relatório da Deloitte, essa dinâmica ganha ainda mais importância. Os varejistas estão diante de um cenário de grande homogeneidade, quantidade e velocidade de informação. Que mudanças essa conjuntura trará?

O estudo aponta quatro fortes tendências para o varejo moderno: o comércio eletrônio, os QR-Codes (códigos semelhantes aos de barra, que são lidos por telefones celulares), a gestão da base de informações sobre os clientes e - atenção - as redes sociais. Olhan-do para esta última, não bastará usar os novos meios para falar bem de sua empresa e de seus produtos o tempo todo. Segundo o relatório, esses canais forçam a transparência na relação da empresa com o cliente. Para o documento, “com o poder crescente das redes sociais, as empresas estão mais expostas do que nunca à avaliação do público. E sua imagem passa a ser cons-truída muito mais pelo que falam dela. Os próprios consumidores se tornaram ‘meios de comunicação’. A antiga propaganda ‘boca a boca’ ganhou dimensões estratosféricas.” Mas há um alento: são poucas as em-presas brasileiras que iniciaram um trabalho de diáo-

logo intenso e constante nas redes sociais. Eis aí uma oportunidade: “os varejistas que melhor estruturarem--se, do ponto de vista de comunicação, desenvolvendo mecanismos de interação entre todas as mídias sociais e seus canais de venda, estará um passo à frente da concorrência”, prevê a consultoria.

A última edição da revista HSM Management traz entrevista com a brasileira Magda David Her-cheui, especialista no uso de mídias sociais no am-biente corporativo, da Westminster Business Scho-ol. Diz ela que, se bem administradas, as mídias sociais podem trazer pelo menos quatro benefícios para a empresa: (1) melhora da relação com os con-sumidores; (2) redução dos custos de comunicação; (3) ampliação do acesso da empresa a conhecimen-to e a profissionais especializados; e (4) aumento da capacidade de inovação da empresa.

Minha crença diz que nenhum desses ganhos é possível se a empresa não estiver legitimamen-te empenhada em aproximar-se das mídias sociais. Isso só acontecerá quando a direção e a alta-ge-rência já estiverem lá, com seus perfis pessoais, fazendo parte do jogo e conhececendo, na prática, suas regras. E não só eles. Entendo que as empresas também precisam evoluir e criar políticas de acesso a internet a determinadas áreas da companhia. Se-gundo um estudo da Gentis Panel, 55% dos executi-vos brasileiros são a favor do acesso às redes sociais no ambiente corporativo. E uma das justificativas para esse posicionamento é reveladora: conforme 80% dos entrevistados, o uso dessas ferramentas possibilita a geração de novos negócios.

Mas comecemos por você. Quantos amigos você tem no Facebook? Qual é o seu perfil no Twitter? Quan-tos seguidores você conquistou essa semana? Seu cur-rículo no Linkedin está atualizado? Faça a experiência das redes sociais. Vincule-se a uma. Ou a duas. Leia a respeito. Converse com a Geração Y. Entenda como a internet pode ser útil para a sua rotina. Se ainda não tem, compre um smartphone.

Sabemos que os líderes de uma companhia são a parcela do quadro funcional que mais entende do negócio. Imagine se os mesmos profissionais passa-rem a compreender também as novas mídias e toda a dinâmica que faz essa engrenagem girar. A soma dessas capacidades certamente se transformará em um grande diferencial competitivo para a sua empresa.

Juliano Rigatti é jornalista, possui MBA em Gestão Empresarial e trabalha com varejohá 10 anos – e-mail: [email protected]ão de visita: http://flavors.me/uzina

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Gelatina Turma da MônicaEm parceria com a Maurício de Sousa Produções, a Lual Alimentos acaba de lançar no mercado brasileiro a linha de gelatinas Turma da Mônica, que traz 8 sabores, incluindo o exclusivo frutas roxas. Também estão disponíveis as versões abaca-xi, cereja, framboesa, limão, maracujá, morango e uva. Além de proporcionar às crianças uma sobremesa nutritiva, a linha vem com brincadeiras no verso da embalagem. Os sabores podem ser encontrados à venda em todo o país com preço sugerido de R$ 0,69 e em embalagem de 30g.

Acendedor recarregávelA BIC, empresa que atua nas categorias de acendedores, papelaria, barbeadores, pilhas, colas instantâneas e artigos esportivos aquáticos, apresenta a nova em-

balagem do acendedor multiuso Handy BIC. O principal objetivo dessa mudança é reforçar que, além de ser recarregável e oferecer um excelente custo-benefício, seu principal uso é parao acendimento de fogão. A embalagem ganhou um visual clean e contemporâneo e ícones com maior visibilidade e clareza, ressaltando os benefí-

cios do produto, além de ter ficado mais moderna e atrativa para o ponto-de-venda.

Wii, biscoito recheado da ParatiMais uma vez a Parati inova no segmento de biscoitos recheados. A empresa ga-rante que o produto é diferente de tudo que está no mercado: são leves, crocantes e com muito recheio. Wii é um biscoito menos calórico, mais crocante que os tra-dicionais e com recheio cremoso sabor chocolate feito com cacau, que confere um sabor especial. Nos sabores Baunilha ou Chocolate e recheado de mais chocolate Apresentado em embalagens de 240g com 8 mini pacotes internos de 30g, para garantir que seu biscoito esteja sempre fresquinho e crocante a qualquer hora.

Mistura para pães 7 grãos ZaelAlimentos Zaeli diversifica seu portfílio e lança a exclusiva Mistura para Pães 7 Grãos, que proporciona um sabor leve, casca crocante e textura macia, de dar

água na boca. As vantagens são a versatilidade: o preparo pode ser realizado em máquinas de pão ou manualmente, além da facilidade, pois já vem com os ingre-

dientes na medida certa. Para o preparo, basta adicionar água e fermento. Vem em embalagens de um quilo e rende aproximadamente quatro pães.

Goiabada Fritz & FridaA Fritz & Frida, marca da Fröhlich, amplia seu mix de doces e sobremesas com o lançamento da Goiabada Fritz & Frida. Rico em fibras e vitamina C, o produto pode ser encontrado em embalagens de 300g em mais de 12 mil pontos de venda que comercializam a marca no Estado. Com um mix formado por mais de 300 itens, a marca própria Fritz & Frida apresenta linhas de cereais, farináceos, temperos, sobremesas, matinais, chás e enlatados.

Lasanhas Aurora: vegetais e frangoA linha de pratos prontos da Aurora Alimentos (Coopercentral Aurora) ganha duas novas delícias que chegam ao mercado brasileiro: lasanha de frango e lasanha de vegetais. A Lasanha de Frango Aurora é preparada com ingredientes selecionados

combinados com um saboroso molho ao sugo e com cobertura suave de molho branco e queijo. Da mesma forma, a Lasanha de Vegetais Aurora utiliza ingredientes selecio-

nados a base de vegetais íntegros com cobertura suave de molho branco e queijo.

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Manteiga Light Tirol A catarinense Tirol incrementa sua linha de manteigas com e sem sal, lançando mais uma opção: a Manteiga Light. Está disponível nas versões com sal e light, com 48% menos calorias e 50% menos gordura. Com embalagem do escritório Design Inverso, o produto traz entre seus diferenciais o destaque no PDV e nas informações ao consumidor. E adota o mesmo pote da linha de doces de leite da empresa, que é um formato exclusivo. Outro requisito solicitado foi destacar os benefícios do produto: a imagem e as informações demonstram a qualidade e os diferenciais do produto.

Água Ducoco 500 mlPensando em trazer maior facilidade e comodidade ao seu público, a Ducoco

Alimentos, lançou com exclusividade no Brasil a nova embalagem de água Ducoco® de 500 ml com tampa de rosca. Assim os clientes poderão consu-

mir o produto em pequenas doses, facilitando a reidratação. As embalagens são fornecidas pela Tetra Pak, em material 100% reciclável, que mantêm o

produto sempre fresco e seguro. A linha de embalagem possui selo de certi-ficação da FSC – Forest Stewardship Council, o que garante que seu material

é proveniente de fontes controladas de florestas bem manejadas.

Lançamentos Girando SolA cera líquida e o limpador perfumado são as primeiras linhas do mix da empresa que receberam a nova identidade visual e que já estão disponíveis nas gôndolas dos supermercados. Os invólucros da cera líquida, nas linhas autobrilho e diluíveis em água, foram totalmente reestruturados, com um design moderno e atraente e estão disponíveis em frascos de 750 ml e cinco litros. Já o limpador perfumado da Girando Sol, além das embalagens renovadas, também têm novas fragrâncias, agora disponíveis nos perfumes Suave Magia, Encantos da Primavera, Manhãs de Orvalho e Pura Sedução.

Super Bonder versão MINILíder global em adesivos instantâneos, Loctite Super Bonder acaba de lançar uma

versão MINI, contendo 1,5g. O novo Loctite Super Bonder MINI contém a nova fórmula com Silicotec da versão Original. Esta nova fórmula trouxe a tecnologia

hidrofóbica, que deixa o produto ainda mais resistente à umidade. A nova versão possui exclusiva tampa “abre fácil” e pino antientupimento, que facilitam o manu-seio e oferecem maior comodidade ao consumidor para pequenos reparos. Loctite

Super Bonder MINI terá distribuição nacional e preço Sugerido R$ 1,49.

Balança Filizola PlurisA balança Pluris da Filizola foi desenvolvida com design moderno e atraente, ideal para ser utilizada em restaurantes por quilo, bombonieres, iogurteiras e sorveterias. O modelo Pluris apresenta torre com visor duplo para fácil visualização do valor a ser pago pelo cliente e para controle do operador. Outros importantes recursos são cálculo automático de preço, memória para cadastro de até 100 produtos, desligamento automático programável e mostrador digital com iluminação de fundo de tempo programável. A Pluris também pode ser recarregada com pilha – seis pilhas AA.

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Porto Alegre, Rio Grande do Sul

Quer saber mais? Visitewww.revistasupersul.com.br

{Mercosuper 2012 - 31ª Convenção Paranaense de Supermercados}Quem organiza: Associação Paranaense de Supermercados (Apras)Quando: 16 a18 de abril de 2012Onde: Expotrade - Curitiba (PR)Descrição: O objetivo é gerar negócios entre supermercados e fornecedores, para isso a organização do evento cria um ambiente com o perfil de negócios do meio supermer-cadista.Mais informações: www.apras.com.br / (41) 84029288 / [email protected]

{Encontro de Supermercadistas do Planalto Serrano-SC}Quem organiza: Associação Catarinense de Supermercados (Acats)Quando: 18 de abril de 2012Onde: Clube dos Diretores Lojistas (CDL) de Lages (SC), rua Cel Córdova, 332, Centro.Descrição: O objetivo é discutir as principais demandas que afetam o segmento super-mercadista catarinense, bem como promover a integração entre os empresários do setor. À tarde haverá curso para os profissionais que atuam nas lojas de supermercados. Tema: Excelência em Atendimento.Mais informações: www.acats.com.br /// (48) 32230174

{Padronização e Qualidade para Operadores de Check-Out}Quem organiza: Associação Gaúcha de Supermercados (Agas)Quando: 24 de abril de 2012Onde: Centro de Capacitação AGAS, rua Dona Margarida, 330, Porto Alegre/RSDescrição: Oportunidade de qualificação profissional para operadores. Investimento: R$ 80,00 para sócios da Agas e R$ 110,00 para não-associados.Mais informações: [email protected] (51) 2118.5200

{APAS 2012 – 28ª Congresso e Feira de Negócios em Supermercados}Quem organiza: Associação Paulista de Supermercados (Apas)Quando: 7 a 10 de maio de 2012Onde: Expo Center Norte – São Paulo (SP)Descrição: As principais empresas nacionais e internacionais fornecedoras de produtos e serviços para o setor supermercadista estarão apresentando suas novidades em uma das maiores feiras do setor no mundo. Exposição de produtos, palestras e debates.Mais informações: www.feiraapas.com.br (inscrições, programação, contatos)

{Exposuper Acats 2012 - ConvençãoCatarinense de Supermercadistas}25ª Feira de Produtos, Serviços e Equipamentos para SupermercadosQuem organiza: Associação Catarinense de Supermercados (Acats)Quando: 18 a 21 de junho de 2012Onde: Complexo Expoville Joinville (SC)Descrição: Os principais objetivos da Exposuper são gerar oportunidades de negócios, proporcionar acesso a informações atualizadas, novas tecnologias e inovações, e promo-ver a integração de todo o setor.Mais informações: www.acats.com.br /// (48) 32230174

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