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Revista Super Sul {Dezembro de 2011} 1

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Revista Super Sul {Dezembro de 2011}

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Revista Super Sul {Dezmbro de 2011}

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Revista Super Sul {Dezembro de 2011}

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EDITORIAL

Revista Super Sul {Dezembro de 2011}

Júlio Sortica - [email protected]

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Diz o ditado que “paciência e cal-do de galinha não fazem mal a ninguém”. Esse adágio pode ser aplicado em qualquer circuns-

tância e significa, em última instância, cautela, moderação, não ir com tanta sede ao pote. Talvez seja a atitude mais adequada ao Brasil no atual estágio da economia mundial com a crise na zona do euro. É preciso medir bem cada passo e tomar as medidas necessárias para manter o controle das contas e fazer investimen-tos. Se não troperçarmos no caminho dá para apostar num bom 2012.

É bem verdade que o cenário no qual estamos inseridos neste final de ano está mais para animador do que preocupante. Afinal, o Brasil termina o ano como a sex-ta economia do mundo, passando o Reino Unido e com projeções de superar a Fran-ça e a Alemanha até 2015. O setor finan-ceiro estima um PIB na faixa de 2,9%, um

pouco aquém do que o Governo Federal queria, mas ainda assim, superior a muitas economias mundiais. E projeta 3,4% para o próximo ano. A inflação, que era um te-mor, também fugiu um pouco ao deseja-do, deve fechar em 6,5% - nem tanto que cause calafrios na equipe econômica. Para 2012 a projeção é de 5,39% pelo IPCA.

Como parte do processo para manter o crescimento, o corte de juros e a expan-são do crédito estimulam a economia, o salário mínimo será superior a R$620,00, beneficiando 47 milhões de trabalhado-res - e injetando bilhões no mercado - e as medidas macroprudenciais e isenções fiscais fortalecem a indústria. Desta for-ma é possível imaginar que, se a Europa não naufragar em suas próprias águas, o Brasil tem as armas para fazer essa difícil travessia em busca de melhor desempe-nho econômico. Fatores sazonais, como a estiagem no Sul e as enchentes no Su-

deste não chega a abalar a comprometer a produção global.

Quanto ao setor supermercadista, do varejo e autosserviço, com raras ex-ceções, existe uma avaliação positiva sobre 2012, com crescimento superior ao registrado em 2011 que, para a Abras, foi de 4%. A Apas projeta crescer 11% no próximo ano, enquanto a Agas estima um índice entre 5% a 7%. De qualquer forma, muitos confirmaram que vão manter os investimentos em expansão ou moderni-zação de suas unidades. Afinal, o Brasil tem um mercado interno extremamente cobiçado e uma oferta de emprego que garante a movimentação da economia e a circulação da riqueza.

Assim, não é difícil compartilhar des-se sentimento otimista com muitos empre-sários e integrantes do Governo Federal, desde que seja feito com moderação, entre um e outro gole de caldo de galinha.

Apostando em 2012

Revista Super Sul {Dezmbro de 2011}

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IHNMAnivdhdyConceitual - Publicações Segmentadas

www.revistasupersul.com.brAvenida Ijuí , 280

CEP: 90.460-200 - Bairro Petrópolis

Porto Alegre - RS

Fone/Fax: 51 3062.4569

Fone: 51 3062.7569

[email protected]

Direção:

Sílvia Viale Silva

Melina Gonçalves

Edição:

Júlio Sortica - MTB/RS 8.244

Redação:

Gilmar Bitencourt e Júlio Sortica

Departamento Financeiro:

Rosana Mandrácio

Departamento Comercial:

Débora Moreira, Karine Mór, Leandro Salinos

Magda Fernandes e Suzi Nascimento

Design Gráfico & Criação Publicitária:

José Francisco Alves (51 9941.5777)

Super Sul é uma publicação da editora Conceitual

- Publicações Segmentadas, destinada a diretores

e principais executivos de pequenos, médios e gran-

des supermercados no Sul do Brasil, além dos exe-

cutivos de grandes redes no Rio Grande do Sul, em

Santa Catarina e no Paraná, bem como fornecedores,

representantes, distribuidores, atacadistas em geral,

e, enfim, à cadeia completa do varejo, da indústria

ao ponto de venda. Também recebem associações,

entidades de classe e órgãos públicos.

Opiniões expressas em artigos assinados não corres-

pondem necessariamente àquelas adotadas pela revis-

ta Super Sul.

É permitida a reprodução de matérias publicadas desde

que citada a fonte.

Tiragem: 12.000 exemplares.

Filiada à

ANATEC - Associação Nacional

das Editoras de Publicações Técnicas,

Dirigidas e Especializadas

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SUMÁRIOEX

PEDI

ENTE

Apesar da cri-se européia e de proble-

mas sazonais como a estia-gem no Sul, lideranças e

economistas projetam fase

de cresci-mento diante dos indicado-res econômi-cos. Pág. 12

E ainda:

Entrevista: Renato Vianna reafirma que o BRDE é parceiro dos supermercadistasPág. 06

Rotoplast inova em tecnologia para climatização.Pág. 20

Muffato cresce com qualidade e inovação.Pág. 28

Acats lança programação especial para celebrar 40 anos.Pág. 33

Sorvetes e gelados em fase de crescimento.Pág. 36

Fusões e parcerias ampliam serviços de análise de crédito.Pág. 40

Colunistas:Ivam MichaltchukPág. 22Sérgio SimonettiPág. 30Juliano RigattiPág. 46Outras Seções:NegóciosPág. 10Sam’s Club no BrasilPág. 21BibliotecaPág. 39LançamentosPág. 48AgendaPág. 50

Volta às aulas: tempo de conhe-cer as novidades dos fabricantes para faturar mais. Pág. 24

Líderes & Vencedores: prêmio a Renato Hopf, da GetNet e Antô-

nio Cesa Longo, da Agas. Pág. 34

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Em 1961, os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná entenderam que a Região Sul merecia prosperar mais e consideravam-se pre-judicados quando os créditos do banco Nacional

de Desenvolvimento Econômico (BNDES), criado por Getúlio Vargas em 1952, eram direcionados preferen-cialmente para a Região Sudeste. Os governadores Le-onel Brizola (RS), Celso Ramos (SC) e Ney Braga (PR) buscavam criar um banco de fomento que garantisse a integração do três estados e, ao mesmo tempo, atraisse investimentos. Foi então que, em 15 de junho de 1961, no Palácio Iguaçú, em Curitiba, na presen-ça do vice-presidente, João Goulart, os governadores assinaram o convênio que criava o Conselho de Desen-volvimento e Integração Sul (Codesul), como instân-cia política, e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), seu braço financeiro. A 22 de dezembro, Jango, já presidente do país, autorizaria o funcionamento do banco em Porto Alegre, no edifício Phenix, na Praça XV.

O BRDE, assim, surgiu com a missão de ser um parceiro que apoia e acompanha o desenvolvimento de projetos para aumentar a competitividade de em-preendimentos de todos os portes. Uma referência em financiamentos de longo prazo para investimentos, capaz de transformar projetos em realidades. Desde 2009, o Mato Grosso do Sul também faz parte da área de atuação do Banco. Em todos esses anos, o BRDE garantiu mais de R$ 65 bilhões de recursos para a Re-gião Sul. Apenas em 2010, viabilizou R$ 2,2 bilhões em investimentos, que devem gerar uma arrecadação anual adicional de R$ 236,3 milhões em ICMS para os Estados da região. O apoio a esses empreendimen-tos possibilitará, ainda, a criação e/ou manutenção de 51,4 mil postos de trabalho, dos quais 10,3 mil são empregos diretos. Ao final de 2010, o BRDE pos-suía 35.207 clientes ativos, cujos empreendimentos financiados estão localizados em 1.047 municípios, abrangendo 88,1% do total da Região Sul. A carteira de financiamentos era composta por 42.481 operações ativas de crédito de longo prazo, com saldo médio de R$ 147,0 mil, atestando a vocação para atender às micro, pequenas e médias empresas e aos mini e pequenos produtores rurais.

Ao completar 50 anos e ampliar sua área de atu-ação, o BRDE está sob o comando de Renato de Mello Vianna, catarinense formado em Direito e Letras pela

UFSC e com intensa atividade política: foi prefeito de Blumenau em duas gestões e quatro vezes depu-tado federal (até 2003) pelo PMDB. Na área pública exerceu vários cargos, como vice-reitor da Fundação Universidade de Blumenau (FURB)), presidente da Agência de Fomento de SC S.A (Badesc), diretor do BRDE - duas vezes diretor presidente, desenvolveu ati-vidades sindicais, de classe e associativistas e presidiu a Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (ABDE). Confira na entrevista exclu-siva ao editor Julio Sortica, as propostas do Banco e suas ações de apoio ao setor supermercadista.

Revista Super Sul - O BRDE completou 50 anos em 2011. O que mudou nesses 50 anos na forma de atuar do banco?Renato de Mello Vianna - Começamos a operar no BNDES e direcionamos os primeiros financiamentos, Finame, para a indústria, comércio e para o setor de serviços... e muito forte também para a pecuária, para o setor do agronegócio. Hoje temos uma linha que também cresce ano a ano no setor de serviços, em função do programa que nós chamamos de Pro-

BRDE é parceiro do setor supermercadista do Sul

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TARenato de Mello Vianna, presidente do BRDE

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grama da Sustentabilidade da Indústria, o PSI. É uma linha que, através do Finame, garante a aqui-sição de produtos nacionais desde que eles estejam cadastrados junto ao BNDES. E isso a longo prazo, de dez anos, com juros também altamente competi-tivos, de 6.5% ao ano.

Super Sul - Sabe-se que para atender a demanda o Banco precisou expandir sua representação. Como está isso hoje?Vianna - Depois de começarmos com a indústria, a grande, a média, a pequena e a micro, porque temos Termos de Cooperação Técnica para disseminar nosso capital, ampliamos com as cooperativas de crédito, como a Sicoobe, a Sicredi, a ViaCredi e outras. Por ser-mos um banco enxuto, com apenas 550 funcionários, e com presença mais forte nas capitais como Curitiba, Porto Alegre e Florianópolis, temos alguns escritórios de representação no Rio de Janeiro e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e em cidades como Pelotas, Caxias, Lajeado, Rio Grande, Passo Fundo, no Rio Gran-de do Sul, Francisco Beltrão e Toledo, no Paraná. São poucos, mas temos uma extensão da representação do banco de forma mais estável.

Super Sul - E a expansão se deu também para ou-tros setores?Vianna - Agora, em Santa Catarina, neste ano de 2011, criamos dois escritórios em cidades como Chapecó, em função da quantidade e qualidade do agronegócio, e recentemente outro em Joinville. No Paraná foram criados, mas estão sendo instalados em Londrina e vamos procurar diversificar, talvez em Foz, estrategi-camente, talvez em Maringá. Isso será de acordo com a diretoria e o interesse do próprio controlador, que o Governo do Paraná, da administração Beto Richa. Sim, há expansão geral. Começamos a financiar a indústria, mas esse ano que passou, por exemplo, sentimos uma forte recuperação do setor de serviços e comércio. Houve um crescimento de 16%.

Super Sul - Se existe algum balanço total, quanto foi investido pelo BRDE nestes 50 anos, em valores corrigidos?Vianna - Em todos esses anos, o BRDE trouxe mais de R$ 65 bilhões de recursos para a Região Sul.

Super Sul - Mais recentemente, quanto foi inves-tido pelo BRDE em 2010, por exemplo, e quantos projetos foram atendidos em toda a Região Sul?Vianna - Apenas em 2010, o Banco viabilizou R$ 2,2 bilhões em investimentos, que devem gerar uma arrecadação anual adicional de R$ 236,3 milhões em ICMS para os Estados da Região Sul. O apoio a esses empreendimentos possibilitará, ainda, a cria-ção e/ou manutenção de 51,4 mil postos de traba-

lho, dos quais 10,3 mil são empregos diretos.

Super Sul - Como tem sido a demanda nos três es-tados do Sul? Normal? Acima do esperado? Quais os setores produtivos que mais solicitam finan-ciamentos? E quais os Estados que mais solicitam recursos?Vianna - Se buscarmos o número do ano passado, 2010, as nossas operações fecharam em torno de R$ 1 bilhão, 850 milhões, sendo que o RS com R$ 405 milhões, SC com R$ 550 milhões, e o Paraná com R$ 867 milhões. E porque o Paraná fechou com R$ 867 milhões, quase a metade do valor da região? É que o Paraná tem um sistema cooperativo muito forte, re-centemente festejaram os 40 anos da primeira coope-rativa. E participamos desde o início, somos parceiros no financiamento de longo prazo, alguns com valores bem expressivos: chegamos até a R$ 120, 150 milhões nas maiores. Com isso, o Paraná praticamente con-centra no sistema cooperativo grandes investimentos do banco. Dos recursos disponibilizados, 33,5% foram para indústrias, 31,5% para o agronegócio, 20,7% para o comércio e serviços e 10,3% para infraestru-tura e prefeituras.

Super Sul - Existe demanda de outros setores, além da indústria e cooperativas? Vianna - Sim, esses valores citados, isso não quer di-zer... está se procurando disseminar e também pros-pectar investimentos no setor de comércio.

Super Sul - Existem convênios com as Associa-ções de Supermercados da Região Sul para de-senvolver o setor. Como funciona o BRDE Super-mercados? Quais as taxas de juros e os prazos para pagamento? Vianna - O Paraná, a partir de 2008, investiu R$ 61 milhões na área de supermercados. E em SC, de 2003 para cá, foram R$ 81 milhões. E o Rio Grande tem agora em exame, cerca de R$ 5 milhões em quatro projetos. E porque apenas esse valor? Porque só agora temos um Termo de Cooperação Técnica firmado com a Asso-ciação Gaúcha de Supermercados. Foi Santa Catarina que liderou esse processo. Foi o piloto, pelo menos, através do João Carlos Poletini, secretário executivo da Associação Catarinense de Supermercados, e que coordenou a última feira em Joinville. Nós apoiamos a feira, pois sabemos da importância de um evento des-tes para que o BRDE possa cada vez mais se aproximar dos investidores nessa área dos supermercados.

Super Sul - O que o BRDE pode e o que não pode financiar para o setor supermercadista?Vianna - O Banco financia tudo, desde a constru-ção do supermercado, como a pliação, a relocaliza-ção em outra área. E também Financiamos a parte

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de equipamentos, câmaras frigoríficas, ar condicio-nado, gôndolas, móveis. Então, temos uma linha de financiamentos bastante diversificada. E também para capital de giro, até 20% do valor... A operação também pode ser mista, onde financiamos a parte fixa, o que chamamos o crédito automático, que é para investimento fixo, também podemos fazer parte para compra de equipamentos e capital de giro até 20% do valor do projeto. Isso de longo prazo... Às vezes chega a ser de 8 a 10 anos, de 72 meses a 120 meses, com uma carência normalmente de dois anos. E os juros variam: para investimento fixo são de TJLP mais 5%, o que dá em torno de 0,9% ao mês de juro. Já para o PSI, como falei, quando o equipamento é finalizado, tem cadastro no BRDE, aí é 6,5% de juro fixo ao ano. E quando faz o financiamento de giro junto, também obedece os mesmos prazos e, por ve-zes, também o mesmo índice de juros e sem exigir a contratação de produtos pela empresa.

Super Sul - E como tem sido a reação do setor su-permercadista com esse apoio?Vianna - O BRDE tem sentido um crescimento e uma aproximação maior depois que firmamos esses convê-nios. Então, desde o pequeno supermercado, e isso é vantagem e se vê por todo o Estado de Santa Catarina, estamos sentindo uma demanda, uma procura muito grande por financiamento em função, justamente pela divulgação que vem sendo feita pela Acats e pela Agas e também pela Apras no Paraná. Lá, onde recente-mente o Joanir Zonta, da Rede Condor, que acabou de inaugurar um hipermercado em Castro, é um dos nossos clientes mais expressivos. E recentemente fo-ram enquadradas operações de R$ 30 milhões para o supermercados Imperatriz, de Santa Catarina.

Super Sul - Que outras parcerias o BRDE firmou re-centemente? E como funciona o apoio ao Programa Sul Competitivo?Vianna - Temos um consórcio com a Finep. E se al-guém perguntar: porque? É que estamos procurando agir também de acordo com a política do Governo Fe-deral. E apoiamos esse grande programa que se chama Sul Competitivo, que visa elaborar o planejamento es-tratégico de infraestrutura de transportes e logística de cargas, como também de integrar física e economi-camente os estados.Super Sul - Em outra área, explique melhor como se desenvolvem os convênios do projeto de Forma-ção de Pessoal de Nível Médio?Vianna - Através do SESI, Senai e Senac, também criando laboratórios nas regiões em Santa Catarina, esse projeto é muito importante na formação de pes-soal de nível médio. A Alemanha do pós-guerra fez muito isso: ao invés de buscar só pessoal de nível superior, de diploma, ela se tornou mais competiti-

va... o Japão fez isso e a China faz isso hoje. É quando se oferece a formação de nível médio em todos os setores, em mecânica, eletrônica, fármaco, química fina, cerâmica. Onde se identifica a potencialidade regional cria-se um laboratório para formar a mão de obra qualificada e agregar o valor ao produto. E com isso garantir a competitividade no consumo interno e especialmente na exportação.

Super Sul - O BRDE é o Banco do Extremo Sul, mas também atende o Mato Grosso do Sul. Como ocor-reu isso e qual a receptividade?Vianna - O Mato Grosso do Sul, historicamente, com-põe o Codesul, o Conselho de Desenvolvimento da Re-gião Sul, com os quatro estados. Muito embora não seja controlador porque não capitalizou o banco e, por isso não tem direito a voto nem assento para seu representante na diretoria, que são dois por estado, e dois conselheiros, mas compõe o Codesul.Como nós, do Sul, sempre fomos discriminados... veja que todas as outras regiões, o Centro-Oeste, o Norte, o Nordeste, têm Fundos Constitucionais para corrigir as disparidares regionais e as desigualdades sociais. In-felizmente, nós não temos na Constituição um fundo que possa promover o desenvolvimento e garantir um funding, um fundo específico para o desenvolvimento para estas regiões, onde o BRDE, onde as agências de fomento também pudessem ter acesso a esse fundo para financiar linhas específicas, como na área de tec-nologia, do pequeno produtor rural. Infelizmente, o Sul sempre foi discriminado. Até acabou-se com a Sudesul, que era um órgão de pla-nejamento com sede em Porto Alegre, com técnicos de primeira qualidade, foi extinta pelo presidente Collor. Então, por autorização do Banco Central, através da agência de Curitiba, passamos a operar o Mato Grosso do Sul. No ano passado foram cerca de R$ 40 milhões. Estamos financiando muito a peque-na empresa. Temos uma linha especial para os fi-nanciamentos lá, para a aquisição de equipamentos produzidos na Região Sul, principalmente máquinas agrícolas do Rio Grande do Sul. Super Sul - O BRDE também tem feito parcerias com as prefeituras e apoia projetos no setor de turismo. Como é isso?Vianna - O Banco tem apoiado projetos de geração de energia elétrica e renovável. Em várias cidades. Para as prefeituras financia a aquisição de equipamentos, usi-nas de asfalto, Projeto Caminho da Escola e a moder-nização da Administração Tributária Pública. E com as secretarias de Turismo temos um projeto ambicioso de resgatar a cultura das Missões Jesuíticas criando uma espécie de Caminho de Compostela entre as ruínas da-quela cultura que ainda existe nos quatro Estados, mas também Argentina e Paraguai. Vamos avançar nisso.

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Renato de Mello Vianna, presidente do BRDE

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ECONOMIA Walmart investe no ParanáO Walmart Brasil fez dois investimen-tos no Paraná em dezembro, chegando a dez unidades em 2011. No dia 20 inaugurou o terceiro Maxxi Atacado em Curitiba, na Rua João Bettega, 2586 - bairro Portão. Foram investidos R$ 22 milhões, gerando 75 empregos diretos. O grupo já tinha lojas nesse formato no Boqueirão e no Jardim das Américas. E no dia 22 abriu a segunda unidade da bandeira TodoDia em Pi-nhais, na Avenida Jacob Macanhan, 687. O novo súper, estilo “loja da vi-zinhança”, que alcança um diferencial de preços em relação ao da concorrên-cia, teve recursos de R$ 5,6 milhões e abriu 40 novos postos de trabalho. A rede já está presente no município com um TodoDia no bairro Jardim Wei-sopolis e dois Maxxi Atacado.

Rede Top abriu novas lojasA Rede Top aumentou sua estrutura em 2011. Foram abertas de duas novas lojas, uma em Blumenau (Rede Top Super Central, no Bairro Tribess), outra em Lontras (Rede Top Schmoller, no Centro). Além disso, está prevista a abertura de mais uma uni-dade em Indaial. Serão 19 lojas espalhadas por 12 municípios de Santa Catarina. A Rede Top também se destaca com ações sociais e ecológicas:o Dia sem Sacola Plástica, e o Café da Manhã da Terceira Idade.

Top Consumidor 2011A revista Consumidor Teste, com apoio do Instituto Nacional de Educação do Consumidor e Cidadão (INEC), promoveu a sexta edição de entrega dos certificados e placas da premia-ção TOP Consumidor – Excelência nas Relações de Consumo e Respeito ao Meio Ambiente no dia 15 de dezembro, em Porto Alegre (RS). Foram agraciadas empresas que desenvolvem suas atividades com cuidados, tanto para com o consumidor, como para o meio ambiente. Entre estas, três do setor de super-mercados: Grupo Zaffari, BIG e Nacional (RS), além de várias indústrias fornecedoras de produtos como Grupo Vonpar, Coca Cola Brasil, Nestlé e outras.

Telmo Costa assume ADVB/RSSócio-fundador do Grupo Meta, o executivo Telmo Costa assume a presi-dência da ADVB/RS em1º de janeiro. Ele dirigirá a entidade no lugar de Daniel Santoro, tendo como prioridade levar o debate sobre a importân-cia do marketing para o interior do Rio Grande do Sul, através de parce-rias com entidades, empresas e instituições regionais. “A economia gaú-cha não está concentrada apenas na Capital, mas disseminada por todo o Estado, então é preciso nos aproximarmos dos municípios”, defende. O empresário também deseja ampliar o número de palestras e cursos de capacitação, buscando uma presença de público cada vez maior.

Brasil: 113 novosshoppings até 2014Um estudo feito pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) indica que há em construção no País 113 sho-ppings. Eles devem entrar em funciona-mento até meados de 2014. A maioria dos empreendimentos está no Sudeste (60%) e no Nordeste (14%). “O fato de o Nor-deste aparecer como a segunda região do País que vai sediar novos shoppings foi uma surpresa boa”, afirma o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun, fazendo men-ção ao processo de descentralização do crescimento econômico pelo qual o Brasil está passando. O Brasil é o oitavo país em número de shoppings e, em 2011, pela primeira vez, o faturamento do setor vai passar de R$ 100 bilhões.

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Em Alta:O Brasil vai ampliar o combate a práticas desleais de comércio em 2012, segundo informou a secretária de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres. De acordo com ela, está prevista a contratação de 150 novos técnicos e investigadores para lidar com essas práticas e reforçar a defesa comercial do Brasil, para que a competição com outros países seja leal.

Novos players no mercado de cartões. O setor de cartões no Brasil ficará mais concorrido em 2012, quando duas novas cre-denciadoras — companhias que fazem a comunicação entre o comércio e as bandeiras — entrarão em operação: as americanas Elavon e Tsys. As empresas chegam para competir com Cielo e Redecard, que hoje dominam a atividade de adquirência, e vão usar como estratégia aquilo que está sendo experimentado pelas “maquininhas” disponibilizadas ao comércio, como promoções com programas de fidelidade, sem entrar em guerra de preços.

Em Baixa:Varejo gaúcho tem vagas de empregos abertas, mas não contrata pela falta de qualidade dos candidatos e resistência à extensa carga horária. Dados do Caged apontam a geração de 25 mil no-vos empregos formais em Porto Alegre e cerca de 118 mil no RS, de janeiro a outubro. Mesmo com o índice positivo, o comércio sente dificuldade em preencher novas vagas. Para o presidente da FCDL-RS, Vitor Koch, o problema é consequência da falta de qualificação profissional. “Mas buscamos soluções”, diz.

Desagriculturalização e crise de competitividade. Esse foi o alerta do presidente da Farsul, Carlos Sperotto, no balanço de final de ano e projeções para 2012. O campo sustentou o crescimento do RS em 2011 com safra de 28,82 milhões de toneladas e partici-pação de 64% do agronegócio nas exportações – até outubro, mas a entidade voltou a pregar cautela e projeta recuo de 7% na produção. Sperotto alertou para o risco da “Desagriculturali-zação”, nome dado à perda de competitividade gerada pela alta carga tributária: o peso dos impostos é de 25% no custo, contra 8% na Argentina.

ALTOS & BAIXOS

INDÚSTRIA

Cosuel projeta crescimento de 14%Enquanto o Banco Central aponta cres-cimento de apenas 3,43% para setor industrial em 2012, as projeções mos-tram a Cosuel como exceção no Brasil, crescendo 14%. Se em 2011 faturou R$ 500 milhões, no próximo ano deverá chegar a R$ 570 milhões. Pode haver pequenas variações por fatores exter-nos. O diretor superintendente Carlos Alberto de F. Freitas diz que a ascen-são se deve aos investimentos em anos anteriores, melhorando tecnologia, RH e escala de produção. Em dois anos, a empresa espera triplicar de tamanho. Em 2009 cerca de mil suínos eram aba-tidos e 400 mil litros de leite produzi-dos por dia e para 2013, a expectativa é de que três mil suínos saiam do abate e diariamente sejam recebidos 1,2 mi-lhões de litros de leite.

Produção brasileira de frangos cresce 6,9% em 2011A produção brasileira de frangos deverá atingir 13,084 milhões de toneladas em 2011, 6,9% a mais do que em 2010, segundo divulgou a União Brasileira de Avicultura (Ubabef) no dia 20 de dezembro. O mercado interno deverá responder por 69,9% deste volume (9,14 milhões de toneladas), 8,3% a mais em relação ao ano anterior. Já para o exterior, a expectativa é de embarques que somem 3,937 milhões de toneladas, ou 30,1% do total, crescendo 2,7% sobre 2010. O presidente executivo Francisco Turra diz que o cenário positivo para o mercado interno resulta da maior presença do frango como opção prefe-rencial, e não apenas como substitutivo de carnes com preços mais elevados.

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AÇÃO

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Cenário otimista, mas com certa dose de cautela

O ano de 2012 já se tornou emblemático dian-te das previsões contraditórias que vão do fim do mundo a grandes descobertas. Mas num ano que começa com níveis dramáticos de in-certeza, o País tem as armas para fazer a difícil travessia econômica, crescendo acima de 3%, reduzindo um pouco a inflação e mantendo as contas externas em relativa ordem. Porém, num mundo globalizado, tudo muda se hou-ver ruptura catastrófica na zona do euro. Afinal, como não ser, pelo menos um pouco otimista se o Brasi terminou o ano como a 6ª economia do mundo, deixa para trás o Reino Unido - e o ministro da Fazenda Guido Man-tega projeta superar a França e a Alemanha

até 2015 -; realizou corte de juros e expandiu o crédito estimulando a economia; aumentou o salário minino para R$ 622,00; e adotou me-didas especiais e de isenções fiscais que forta-lecem a indústria.O setor supermercadista está inserido nesse contexto, mas projeta o ano projetando cresci-mento. Em termos das perspectivas brasileiras macroeconômicas o ministro Guido Mantega prevê que o Brasil vai crescer de 4% a 5% em 2012. Segundo ele, o crescimento de 2011, que projeta um PIB (Produto Interno Bruto) em 3%, “foi, em parte, programado e planejado para conter desequilíbrios que surgiriam se fosse mantido o ritmo exuberante de 2010”.

2012Perspectivas 2012

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Por Júlio Sortica

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Para chegar a um panorama específico como o supermercadista é preciso conhecer a opinião dos especialistas sobre a macroeconomia na-cional, como as projeções de Mauricio Kedhi

Molan, economista-chefe do Banco Santander. Ele apresentou a palestra “O cenário macroeconômico para 2012” na palestra para associados da Associação Brasileira de Embalagem (Abre). Segundo Molan, a es-timativa é que o PIB deverá crescer 3,5% no próximo ano, porém essa é uma estimativa bastante otimista, pois para ser alcançada necessitará de muitos impul-sos do setor público na economia.

Ainda de acordo com o economista, para manter a taxa de crescimento do PIB acima dos 4% ao ano, o governo deverá ampliar a parcela dos investimentos que hoje giram entre 18% e 19% do total do PIB. Porém para crescer 5%, os investimentos governamen-tais devem chegar a 25% do PIB, o que não ocorre há muito tempo. 2012 deve ser um ano de recuperação, mesmo com perspectiva de que nos próximos anos o país obtenha taxas de crescimento menores devido a diferentes fatores como a desaceleração na indústria, computada pelo Caged - Cadastro Geral de Emprega-dos e Desempregados. Outro dado apresentado mostra que os setores que devem crescer e continuar a gerar emprego são os da construção civil, varejo e serviços.

Para Molan, devido às crises da zona do euro

e dos Estados Unidos, o Brasil deverá ter demandas menores de exportação e preços menos elásticos das commodities, o que vem influenciando em cerca de um ponto percentual no crescimento médio do PIB de 4,4% ao ano entre 2004 e 2011. Esse cenário res-salta a importância do comércio de itens básicos para a economia nacional e a necessidade de empresários e governo investirem na demanda doméstica, com a garantia de um forte mercado interno consumidor, que vem sendo, nos últimos anos, um dos mais impor-tantes motores da economia brasileira. O economis-ta também apontou para tendência da queda da taxa básica de juro (Selic) com a moeda brasileira sofrendo menor valorização daqui para frente.

O que projetam economistas famososA economia brasileira, em 2011, trilhou por um caminho mais complicado do

que no ano anterior e deve crescer menos que 3% - bem abaixo dos 7,5% de 2010. Em gradne parte esta queda foi causada pelos impactos negativos na economia mundial. Além disso, o ciclo de aperto monetário iniciado pelo governo no início do ano ajudou a desacelerar a economia. No entanto, a previsão é que o crescimento do país seja maior em 2012, ganhando ainda mais força em 2013. Ninguém se furta a fazer previsões, mas sempre é mais interessante saber o que pensam algumas cabeças coroadas sobre o cenário econômico do próximo ano para o Brasil.

Por mais cético que se possa ser, analisar a situação da Europa, chega mesmo a levantar algumas suspeitas, mas quando se trata do Brasil, grandes economistas apostam que 2012 não será o “fim do mundo”. O portal Exame.com divulgou as projeções de quatro especialistas: Maílson da Nóbrega (foto 04), ex-ministro da Fazenda e sócio da consultoria Tendências; José Roberto Men-donça de Barros (foto 02), ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e sócio da MB Associados; Octávio de Barros (foto 01), economista--chefe do Bradesco; e Ilan Goldfajn (foto 03), economista-chefe do Itaú-Uni-banco. Eis suas projeções para os principais indicadores econômicos em 2012. Veja o quadro e compare:

Projeções de economistas famosos para economia do Brasil em 2012Economista PIB IPCA Selic Câmbio B. ComercialOctávio de Barros 3,7% 5,3% 9,5% R$ 1,70 US$ 23 bilhõesJ.R. Mendonça de Barros 3,5% 5,5% 9% R$ 1,80 x-x-x-x-x-x-x-xIlan Goldfajn 3,5% 5,20% 9% R$ 1,75 US$ 15 bilhõesMaílson da Nóbrega 3,2% 5,40% 9,5% R$ 1,65 US$ 28 bilhões

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PIBO crescimento da economia em 2012 deve ficar

acima dos 3%. A maior projeção é de Octávio de Bar-ros, do banco Bradesco, 3,7%. Já Maílson da Nóbrega estima o menor crescimento, de 3,2%

IPCATodos os economistas ouvidos por Exame.com

fizeram projeções para inflação acima do centro da meta, que é de 4,5%. Entretanto, nenhum de-les acredita que o IPCA, índice oficial de inflação calculado pelo governo, vá passar do teto da meta, que é de 6,5%.

Taxa SelicEm 2011 o comportamento da Selic teve duas

fases distintas. Até agosto, o governo mantinha um ciclo de alta que fez a taxa básica pular de 10,75% ao ano em janeiro para 12,50% em julho.

Em agosto, porém, sob o argumento de piora na economia global, o Banco Central não só interrompeu o ciclo de alta, como também começou a cortar os juros. A taxa fechou o ano em 11%. No fim de 2012, o esperado é que a Selic esteja por volta dos 9% ao ano.

CâmbioO último boletim Focus publicado pelo Banco

Central, na segunda-feira, trazia a projeção dos analis-tas para o câmbio entre real e dólar no fim de 2011 em R$ 1,80. Já para 2012, a menor projeção, de Maílson da Nóbrega, é de R$ 1,65. A maior é de R$ 1,80, feita por J.R. Mendonça de Barros.

Balança comercialIlan Goldfajn, do Itau-Unibanco, projeta um sal-

do positivo de 15 bilhões de dólares para a balança comercial brasileira em 2012. A projeção de Maílson da Nóbrega é bem superior: 28 bilhões.

{Crescimento no 1º trimestre} A estag-nação da economia brasileira no segundo semestre de 2011 é coisa do passado, pois a trajetória de cresci-mento será retomada no primeiro trimestre de 2012. Este cenário é traçado a partir do Indicador Serasa Ex-perian de Perspectiva Econômica, que subiu pela ter-ceira vez seguida em outubro ante o mês anterior - a alta foi de 0,2%, levando o indicador aos 98,3 pontos. “O que acontece com o indicador hoje provavelmente é o que vai acontecer com a economia em seis meses”, explica o gerente de Indicadores de Mercado da Serasa Experian, Luiz Rabi. “O ciclo de crescimento do indica-dor começou a subir em agosto, então podemos pro-jetar uma retomada da economia em algum momento do primeiro trimestre”, pondera.

De acordo com a empresa, o novo ciclo de cresci-mento será impulsionado pelo corte das taxas básicas de juros, medidas macroprudenciais, adoção de isen-ções fiscais e aumento de 14,3% do salário mínimo a partir de 1º de janeiro. No segundo trimestre, o País gerou o mesmo valor de PIB que no trimestre imedia-tamente anterior; já em relação ao terceiro trimestre do ano passado, a economia cresceu 2,1%. Para todo o ano de 2011, a projeção do setor financeiro é de que o PIB do Brasil cresça 2,9%, segundo o mais recente boletim Focus, uma pesquisa semanal em que o Banco Central calcula a mediana das expectativas de cerca de cem instituições financeiras sobre a economia do País. Para 2012, a expectativa é que o PIB avance 3,4%.

Em termos de inflação as previsões também são positivas. A projeção de inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2011 subiu para 6,52% após registrar 6,50% na edi-ção do boletim Focus, do Banco Central (BC) na me-tade de dezembro. Esta estimativa de inflação supera ligeiramente o teto da meta estipulada pelo governo para o indicador, que é de 6,5% ao ano. Já as estima-tivas de inflação para 2012 recuaram em quase todas as projeções. Para o ano que vem o mercado estima o IPCA a 5,39%, o que representa diminuição frente aos 5,42% previstos anteriormente.

{Abras} Positivo. É assim que pensa e se ma-nifesta o presidente da Associação Brasileira de Supe-mercados (Abras), Sussumo Honda, sobre o panorama para o varejo em 2012. E não faltam argumentos para justificar o otimismo em relação a um crescimento de 4% para o setor, considerado “factivel” pelo dirigente. “Nós temos um novo salário mínimo na faixa de R$ 620,00 e que vai impactar a vida de 47 milhões de trabalhadores já a partir de fevereiro”, ressalta. Con-forme Sussumo Honda, a tendência é que, com este

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05 Sussumo Honda, presidente da

Abras, aposta no crescimento do

setor em 2012

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aumento, o trabalhador tende a comprar mais alimen-tos, bebidas e itens de higiene e limpeza.

Além desse ingrediente importante para fazer crescer o bolo da economia, há outros, como o di-minuição do desemprego e a aceleração de obras para eventos que geram muitos postos de trabalho como Copa do Mundo e Olimpíadas, programas de habitação como Minha Casa, Minha Vida, o desenvolvimento do setor petroquímico e o bom momento do agronegócio como um todo. O presidente da Abras destaca também que 2012 é ano de eleições municipais, garantindo investimentos que vão irrigar a economia. “O grande problema é ter crédito, pois hoje o Brasil não depen-de da Europa. Além de termos um grande mercado de consumo interno, existem parceiros fortes como a China, a Argentina e os Estados Unidos, que estão se recuperando e criam oportunidades de alavancar a nossa economia”, avalia.

Mesmo que a reforma tributária ainda não tenha saído do papel, Sussumo Honda ressalta que a par-ticipação do Governo Federal tem sido importante e cita programas como o Brasil Sem Miséria, que conta com apoio do setor supemercadistas para dinamizar a agricultura familiar, abrindo novas perspectivas para os trabalhadores rurais.

O dirigente lembra que o setor encerrou o ano de maneira bastante positiva, com um crescimento real da ordem de 4% e que as perspectivas são animado-ras. “Temos certeza que bons números virão em 2012, com excelente oportunidades de negócios para todas as áreas e para as empresas de todos os tamanhos”, completa Honda.

{Apas prevê crescer 11%} O otimismo da Abras é compartilhado pela diretoria da Associação Paulista de Supermercados (Apas), baseado em evi-dências concretas, que prevê bons tempos para o vare-jo. “O setor de supermercados no estado de São Paulo tem apresentado nos últimos anos crescimento acima das demais atividades econômicas, e a tendência é de continuidade para o próximo ano. Com o aumento do poder de compra da população, principalmente, das classes C, D e E o consumo foi favorecido impactando positivamente nos resultados do setor”, destaca a en-tidade paulista.

Aliado a isto, acrescenta a Apas, é preciso levar em consideração a relativa estabilidade eco-nômica, a tendência de queda nas taxas de juros e o incentivo ao aumento das concessões de crédito tem potencializado as vendas no comércio, e con-

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sequentemente, nos supermercados. “O aumento do emprego e da renda também proporciona aumento do potencial de consumo da população e a con-junção destes fatores deve permanecer no próximo ano”, avalia. Deste modo, a previsão da Apas para 2012 é de crescimento de aproximadamente, 11%.

{Walmart seguirá investindo} O Walmart acredita no Brasil e investe mais a cada ano no país. “Nos últimos cinco anos, foram mais de R$ 6 bilhões em investimentos, o que nos transformou em uma em-presa de quase 90 mil funcionários, presente em 18 estados brasileiros mais o DF com mais de 500 lojas. Até o fim deste ano, o Walmart vai investir R$ 1,2 bilhão no Brasil, com a abertura de 80 novas lojas e a geração de 7.000 empregos”, revelou o diretor--presidente Marcos Samaha. Das 80 novas lojas, cerca de 60% são na região Nordeste, 20% na região Sul e 20% no Sudeste. Das 45 lojas de 2010, 15 foram no Nordeste, 18 no Sul e 12 no Sudeste/Centro-Oeste.

Quanto a volume de investimentos e abertura de novas lojas em 2012, Samaha explicou que por ques-tões de planejamento estratégico a rede ainda definiu seus projetos. No entanto, garantiu que o Walmart vai continuar investindo. “Em 2010 e 2011 foi a rede que mais metros quadrados novos abriu no Brasil. E o Bra-sil e a China são prioridades para o grupo”, confirmou durante entrevista coletiva no lançamento do Sam’s Club em Porto Alegre no final de dezembro.

Pensamento semelhante também cerca os planos da rede Super Muffato, com sede no Paraná e uma das maiores do Brasil segundo o Ranking Abras. “Em relação a perspectiva para 2012, o Super Muffato con-tinuará com seu plano de expansão, mas ainda não foram definidos locais para abertura de lojas nem in-

vestimentos, pois a diretoria ainda está em discussão sobre este tema”, destaca a empresa.

{Setor atacadista animado} O mercado mercearil, pela própria natureza dos bens que comer-cializa, continua com perspectivas positivas, ressalta Carlos Eduardo Severini, presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industriais. “A tendência é crescimento sustentado e constante, acompanhando o crescimento da população e o aumento da massa salarial. Dessa forma, para 2011 e 2012, mantemos a expectativa de que o crescimento do setor acompanhe ou mesmo supere o crescimento da economia como um todo”, destaca.

O dirigente justifica sua previsão com uma pre-missa lógica: “Nosso otimismo baseia-se em dois fatores. Por um lado, temos a demanda das famílias, que precisam continuamente de bens de consumo obrigatório como alimentos e produtos de higiene e limpeza. Por outro, temos a ascensão da maior parte da população à classe média, que é um fenômeno recente no país, o que significa que há um vasto mercado ainda em desenvolvimento, em especial nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde existe ainda uma grande demanda reprimida, principalmente por parte das classes D e E”, pondera.

Severini explica que essas populações estão ado-tando agora novos hábitos e atingindo um novo pata-mar de consumo, decorrente do aumento da renda, e por isso acredita que esse consumo continue a cres-cer nos próximos anos, gerando ótimas oportunidades para os agentes de distribuição.

{Abmapro voa alto} Se para Sussumo Hon-da, da Abras, o próximo ano traz boas perspectivas, as

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06 Carlos Severini, da ABAD: avanço graças

ao crescimento populacional e no

aumento salarial

07 Neide Montesano, da Abmapro, projeta

índice maior em 2012, mas quer

qualificar o setor

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projeções de Neide Montesano, presidente da Associa-ção Brasileira das Empresas de Marcas Próprias (Abma-pro), o sentimento é ainda mais animador. A empresá-ria destaca o bom desempenho do setor em 2011, que manteve um aumento de 7% e aposta em índices mais positivos em 2012. “Estimamos um crescimento ainda maior, na faixa de 10%, pois algum clima de crise traz a experimentação de novos produtos, similares com menores preços”, argumenta.

Neide Montesano ressalta que muitos associados que revisaram itens são grandes players que fizeram um trabalho muito forte em marcas próprias. “No Brasil, os grandes players que trabalham com marcas próprias sabem que isso é um assunto muito sério.”É importante melhorar a qualidade sistêmica. Por isso precisamos de capacitação técnica. O início do projeto é altamente técnico. Um dos problemas do Brasil é formação desses técnicos, a defasagem que temos em não preparar esses profissionais”, observa.

Para a presidente da Abmapro, existe um vácuo que precisa ser preenchido. “Precisamos nos unir, pois essa situação dificulta o crescimento. A solução? O brasileiro sempre espera pelo que o governo vai fazer, mas cada um deve fazer a sua parte, o setor empresa-rial precisa inovar, investir em cursos, formar mão-de--obra no próprio setor”, diz. Neide Montesano esteve em Chicago na feira mundial do setor e, pela primeira vez ouviu saudações quando estava no local do even-to: ”Brasil! Brasil!”, empolgados com o bom momento econômico vivido pelo País.

Segundo a dirigente, o Brasil já está muito avançado em termos de marcas próprias para o con-sumidor, pois existe o compromisso da entrega dos pedidos ou risco de multa – embora possa ocorrer alguma demora. No entanto, segundo Neide Monte-sano, o mercado de marcas próprias no Brasil ainda está longe dos índices dos Estados Unidos, onde esse setor ocupa 25% do mercado. “ Aqui é apenas 5,5%.Temos muito ainda para crescer”, ressalta. “Lá o consumidor já tem o hábito de consumir produtos de marcas próprias”, explica.

{Acats valoriza classe média} A pre-visão da Associação Catarinense de Supermerados (Acats) passa pela avaliação setorial levando em contra o crescimento do mercado interno. “Temos vários fatores que exercem muita influência no resul-tado de vendas dos supermercados. Nosso setor cres-ceu nos últimos anos graças a um maior contingente de pessoas no mercado formal de trabalho e este é o principal deles. O resultado também expôs a impor-tância da classe C para os negócios. A grande classe média brasileira é o principal motor que impulsiona a economia”, destaca o presidente Adriano dos Santos. Segundo ele, como um setor de abastecimento de produtos básicos em alimentação, higiene e limpeza

para os lares dos brasileiros, é natural que os super-mercados sejam os primeiros a se beneficiarem do aumento da base de consumo.

Diante deste novo contexto, o dirigente ressal-ta que, caso a economia mantenha o crescimento na geração de empregos, o setor supermercadista poderá garantir mais um ano de crescimento sólido, porém, acredita que 2012 será um ano mais cauteloso, como reflexo da crise internacional para todos os demais países. “Acreditamos que vamos ter crescimento nova-mente, talvez não tão expressivo. O resultado também estará condicionado a indicadores gerais da economia, principalmente a taxa de inflação”, completa.

As vendas no varejo catarinense ganharam im-pulso positivo em dezembro. Pesquisa divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de SC (Fecomércio) e pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), revela que o período de festas de fim de ano, contribuiu para elevar o índice que mede a intenção de consumo das famílias catarinenses (ICF). Nesse mes o indicador registrou crescimento de 2,9%, chegando ao patamar de 139,4 pontos, dado que na avaliação da Fecomércio, aponta para um Natal com resultados animadores para o varejo do Estado.

No levantamento, os índices que medem empre-go, renda e consumo apresentaram respectivamente crescimentos de 2,3%, 1,2% e 7,7%, na comparação com novembro. Segundo a Fecomércio isto se explica pelo crescimento natural na contratação de novos fun-cionários por parte das empresas no final de ano, para atender o aumento da demanda no período.

Na avaliação da entidade, o Natal conseguiu conter a atual desaceleração do comércio. Este é um efeito sazonal, sendo provável que o primeiro semes-

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08 Para Adriano dos Santos, da Acats, aumento de empregos e à classe C são fatores decisivos

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tre de 2012 tenha diminuição no ritmo de vendas. Porém, é improvável que esta nova desaceleração se transforme em retração das vendas, já que a massa de rendimentos continua crescendo.

{Agas e Fecomércio-RS: diferenças} Um elemento psicológico ganha foco na avaliação da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), como é possível perceber no comentário do presidente Antô-nio Cesa Longo. “O segmento supermercadista é muito nervoso, em constante adaptação. Os supermercados não têm grandes crescimentos em momentos de eufo-ria econômica, mas também não são significativamen-te abalados em períodos de crise”, observa.

A entidade estima crescimento com um índi-ce superior à inflação estimada para o próximo ano e também ao PIB. “Projetamos a manutenção de um crescimento médio anual de 5% a 7% para 2012. As empresas que mais vão prosperar serão as mais ágeis e atentas às tendências e demandas dos consumidores gaúchos, que tradicionalmente são os clientes mais exigentes do Brasil”, finaliza Longo.

Embora tenha feito um balanço positivo de 2011, a Fecomércio-RS prevê a economia ainda for-te com a expansão do emprego e da renda, manten-do o consumo, o que leva a estimativa de um cres-cimento moderado em 2012. Nada tão empolgante, pois assume uma posição cautelosa em relação às pespectivas futuras, apontando um “sinal amarelo” para a inadimplência.

Mesmo que a posição do Brasil seja considerada estável no cenário global, a equipe econômica lide-rada pelo economista Marcelo Portugal não descarta a preocupação com a crise no cenário internacional.

Apesar dos indícios recentes, a assessoria vê sinais de que o panorama externo não se agrave e que a Euro-pa encontra soluções para crises pontuais e garante a existência do euro. O economista destacou o PIB brasileiro estimado em 2,9% para 2011 e a projeção de 2,8% para 2012.

Já o presidente da Fecomércio, Zildo de Marchi, foi mais otimista quando ao desempenho da econo-mia, mas também cauteloso. “O ano de 2011 foi bom para o comércio e para os serviços, e este cenário deve permanecer positivo para 2012”, disse Porém, alertou os empresários para que fiquem atentos aos índices de inadimplência: “ o sinal está amarelo”, avisou.

{Federasul: difícil, mas melhor} Baixos investimentos, infraestrutura precária, aumento nos gastos e prioridades equivocadas na gestão pública do Estado crescem na pauta de preocupações da Fede-rasul, entidade que representa as associações comer-ciais gaúchas. Foi o que disse seu presidente, José Paulo Dornelles Cairoli, ao fazer o balanço de 2011 para os setores do comércio e serviços e falar sobre as perspectivas para 2012. Cairoli, que também comanda a Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB), projeta 2012 como um ano difícil, mas ainda assim melhor que 2011. “O setor de comércio e servi-ços vão crescer mais que a indústria e a agricultura”.

Em relação ao País, Cairoli destacou que ainda “há gordura para queimar”, explicando que, enquan-to a Europa e os Estados Unidos não podem utilizar mais a política monetária e fiscal para estimular a economia, pois já têm juros próximos a zero e de-vem reduzir os déficits fiscais, o Brasil ainda vive uma situação contrária. “Se a crise tomar propor-ções maiores do que o esperado, o governo federal tem espaço para reduzir juros, ampliar o crédito e diminuir os impostos”, concluiu.

{Fiergs teme crise européia} No ba-lanço anual divulgado em dezembro, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul sintetiza suas “incertezas” tendo a Europa como referência. O pre-sidente Heitor Müller e sua assessoria econômica destacam que o ano de 2011 se encerra repleto de incertezas políticas e econômicas e o cenário para 2012 será pessimista ou otimista em função da so-lução que se encontrar para a crise européia e a definição que vier a ser dado ao futuro do Euro.

Segundo a Fiergs, no Brasil, a esperada desace-leração do PIB deve continuar durante os primeiros meses de 2012, em um cenário de inflação rodando próximo da banda superior (5,2%), juros em queda e um mercado de trabalho com números mais modestos. No entanto, o suficiente para manter a taxa de desem-prego em patamares baixos. A entidade admite que, apesar do esgotamento do modelo macroeconômico

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09 Longo, da Agas, aposta em crescimento,

mas diz que as empresas mais ágeis é

que vão prosperar

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de consumo, a demanda interna, liderada pelo consu-mo das famílias, deve conduzir os rumos da economia. O crescimento do PIB fica na faixa de 2,6%.

No caso do Rio Grande do Sul, “após um ano excepcional para o setor agrícola”, lembra a Fier-gs, as primeiras projeções sinalizam uma menor safra, o que pode resultar em queda da renda em várias cidades no interior.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), por sua vez, também destaca que o cenário será positivo, valorizando a importância do mercado interno – que deverá ser responsável por 2,6% do PIB, estimado em 3%. Segundo o economista-chefe da entidades, Flávio Castelo Branco, boa parte dessa sustentação será de-vida ao aumento do salário mínimo, o relaxamento da política monetária e a expansão dos gastos públicos. Ele diz que o cenário de baixo crescimento continuará, mas que a crise internacional tende a contribuir para uma redução da inflação.

{Realismo da Fecomércio-PR} O de-sempenho do comércio varejista do Paraná apre-sentou, até outubro de 2011, um crescimento de vendas de 7,83 %. “É um bom desempenho, con-siderando que o primeiro semestre foi marcado por políticas restritivas do governo federal: aumento dos juros, redução de R$ 50 bilhões no orçamento do ano; e também que no início do 2.º semestre a crise nos EUA e países do Euro, contribuiu para que efeitos colaterais respingassem sobre a economia brasileira”, destacou o presidente Darci Piana.

A entidade também desenvolve estudos se-toriais. De acordo com o dirigente, o setor de su-permercados e hipermercados opera num universo diferenciado, pois trabalha com extensa lista de produtos, muitos dos quais são característicos de outros ramos do varejo como: eletroeletrônicos e eletrodomésticos (linha branca, etc.), vestuário, calçados, informática, pneus, comida pronta, etc. “Esse ramo cresceu 6,66% em 2011, período jan--out, conforme a Pesquisa da Fecomércio-PR, sen-do este crescimento mais concentrado no primeiro semestre”, explicou.

No segundo semestre - julho a outubro -, Pia-na disse que houve redução na velocidade de cres-cimento desse ramo em função das dificuldades das economias do Euro e da valorização do dólar, que repercutiu nos preços de importados - sen-

do importante ressaltar que o consumo no Brasil, em 2011, tem expressiva participação de produtos importados: 20% a 25%. “Considere-se ademais, o efeito psicológico exercido pela crise externa sobre o consumidor brasileiro, fato que ajudou a conter as vendas de supermercados e hipermerca-dos”, pondera o dirigente.

Para reduzir efeitos colaterais negativos sobre a economia brasileira, ressaltou Piana, o governo iniciou após julho uma política de redução dos ju-ros. “Mesmo assim, os dados estatísticos sobre o desempenho do PIB no terceiro trimestre de 2011 apontam um crescimento negativo do consumo das famílias, num período em que muitos consumidores adotaram precauções nos gastos por conta das in-definições e incertezas advindas do contexto eco-nômico externo e da interação das economias num ambiente de globalização”, justifica.

Apesar desse cenário de constante avaliação, a perspectiva do comercio varejista para do Paraná para 2012 é de melhora do desempenho sobre 2011, mas com uma taxa de crescimento inferior à verifi-cada em 2010 (sobre 2009). “Este crescimento pode ser explicado, de um lado, pela política de redução dos juros (taxas Selic) pelo Banco Central, adotada a partir de julho e, por outro lado, com a adoção pelo governo de politicas econômicas macroprudenciais em novembro-dezembro corrente, visando recuperar o desempenho da economia e aquecer setores bá-sicos, por intermédio de: redução de impostos para linha branca, abertura de linhas de financiamento via bancos oficiais e aumento nos prazos para pa-gamento”, analisa Piana.

Segundo o líder empresarial, considerando que o PIB do terceiro trimestre teve crescimento zero (0%) sobre o trimestre anterior, justificam-se as politicas adotadas visando evitar o desaquecimen-to, que pode trazer efeitos colaterais futuros pre-ocupantes. Como a economia funciona de forma in-terligada, conforme Piana, no atual momento, com os recursos do 13.º salário, verifica-se também a preocupação dos consumidores com a regularização de dívidas existentes.

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Vare-jista, sobre as vendas dos supermercados e hi-permercados nos polos de comercio pesquisados pela Fecomercio-PR aponta, no acumulado de 2011, período jan-out, os seguintes dados:

VendasJan-Out % RM de Londrina Maringá Região Foz do Ponta PR Curitiba Oeste Iguaçu GrossaSúper 7,27 10,76 1,88 11,19 -5,10 0,17 6,66Comércio 4,32 11,28 13,19 12,23 12,76 3,61 7,83

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Seja no agitado ambiente de produção ou no aconchego do lar, as pessoas procuram seguir cada vez mais parâmetros rigorosos de vida saudável. E entre os elementos considerados

indispensáveis está a qualidade do ambiente. “A cli-matização evaporativa é um moderno sistema utili-zado pela Rotoplast em seus equipamentos que reduz a temperatura, limpa e hidrata o ar. Projetados para resfriar ambientes de qualquer dimensão, os climatiza-dores agregam vantagens e diminuem custos, quando comparados a outros sistemas”, destaca o Gerente de Vendas Mirton Gälzer.

O executivo da Rotoplast ressalta que os clima-tizadores melhoram a produtividade e proporcionam maior conforto térmico. Ele informa, ainda, que o custo de adequação aos ambientes é baixo. “Além do baixíssimo consumo de energia, a climatização do ar é feita sem névoa ou gotículas de água, os equipamen-tos insuflam oxigênio, proporcionam ar 100% renova-do, a renovação do ar é por pressão positiva e podem funcionar com portas e janelas abertas”, acrescenta.

A busca constante de tecnologias associada às inovações implementadas pela Rotoplast contribui significativamente para a satisfação dos clientes no que se refere à climatização ecologicamente correta tanto nas linhas industrial, comercial e residencial. “São extremamente silenciosos e podem ser utilizados em praticamente todos os tipos de ambientes”, revela o gerente. Ele ressalta que para aumentar ainda mais a qualidade dos equipamentos, a empresa utiliza robô no sistema de industrialização.

{Nos supermercados} No segmento su-permercadista o sistema de climatização evaporati-va da Rotoplast é utilizado principalmente nas áre-as de vendas de qualquer tamanho, proporcionando um clima muito agradável aos clientes, além disso, deixam os produtos com temperatura baixa para melhor conservação. “Os equipamentos já estão em muitos supermercados e redes de todo o Brasil apre-sentando excelentes resultados”, diz Gälzer.

Em sintonia com as necessidades do mercado, recentemente a Rotoplast Climatizadores Evapora-tivos lançou seu mais novo e inovador produto, o Climatizador Evaporativo Roto 140 Plus. Segundo Mirton Gälzer, o modelo industrial e comercial é produzido em fibra injetada RTM com sistema UV-C luz ultravioleta com energia eletromagnética para destruir bactérias, vírus, algas e protozoários, mo-tor com carcaça de alumínio para evitar corrosão, grade swing para ventilação oscilante, placa evapo-rativa Celdek de 200mm. Tem quadro de comando exclusivo com 7 velocidades e controle remoto ou pelo sistema Rotoconect, exclusivo dispositivo para troca automática de água, novo sistema de moto bomba submersa sem rolamento e sem selo mecâ-nico, além de entrada de água nova bóia sistema diafragma. “É indicado especialmente para grandes ambientes”, esclarece o executivo.

O gerente acrescenta que são 18 modelos, com a finalidade de atender ambientes em toda e qualquer dimensão, nos mais diversos tipos de atividades, sendo que para as áreas industriais e comerciais os Roto 140 Plus (de parede), Roto 150T (para telhado) e Roto 45 e 55 (portáteis), são os mais comercializados.

Solução eficiente e econômica para reduzir calor em qualquer ambiente

Climatização

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01 O Roto 140 Plus é um aparelho

inovador, indicado especialmente para grandes ambientes

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No apagar das luzes de 2011 o Grupo Wal-mart Brasil completou seu portfólio de for-matos de negócios no Rio Grande do Sul ao inaugurar no dia 29 de dezembro a primeira

loja Sam’s Club do Estado, instalada na Zona Norte de Porto Alegre, junto ao Hipermercado BIG Sertório. Com essa nova modalidade de varejo o grupo passa a oferecer todas as opções de comércio em solo gaúcho, onde já atua com as marcas BIG, Nacional, Maxxi e TodoDia. “O nosso formato de clube de compras irá oferecer uma nova experiência para as classes A e B e para a nova classe média”, destaca Marcos Samaha, presidente do Walmart Brasil..

O clube de compras completa investimentos de R$ 150 milhões da rede no RS em 2011, quando inaugurou sete lojas e gerou 700 empregos. “O Rio Grande do Sul segue sendo um estado estratégico para o Walmart Brasil pelo seu potencial econômico e pelo perfil exigente de seus consumidores”, afirma Marcos Samaha. O Sam’s Club localizado na Av. Sertório re-cebeu investimentos de R$ 38,5 milhões, possui área construída de 22,4 mil m² e 6,2 mil m² de área de venda, 18 check-outs e 341 vagas de estacionamento coberto no andar térreo da loja.

Cerca de 150 empregos diretos e 300 indiretos foram criados, sendo que destes, sete são jovens for-mados pela Escola Social do Varejo, iniciativa do Ins-tituto Walmart para formação de profissionais para o setor. A unidade funcionará de segunda a sábado das 8h às 22 horas e das 9h às 19 horas aos domingos e feriados.

FormatoO formato clube de compras do Walmart Brasil

busca oferecer aos seus sócios vantagens que supe-rem as expectativas de compras tradicionais em outros mercados. “Para comprar no Sam’s Club, o cliente pes-soa física ou jurídica deve tornar-se sócio, por meio

do pagamento de uma anuidade de R$ 45,00, rapi-damente compensada nas primeiras compras”, prome-te Wendel Oliveira, diretor da unidade estreante. Um conjunto de quatro peças de lençol 1000 fios, encon-trado no mercado por cerca de R$ 1.000,00, poderá ser adquirido no Sam’s Club por menos de R$ 400,00.

A meta da rede é conseguir 35 mil sócios até 10 de janeiro – até a véspera da inauguração já ha-viam sido cadastrados 27 mil associados. O cliente vai encontrar 5 mil itens, entre alimentos, produtos de limpeza, de higiene, vestuário, cama, mesa e banho, utilidades domésticas e eletrônicos de alta tecnologia, muitos deles exclusivos ou encontrados só em casas especializadas. Os preços dos produtos comuns ao va-rejo tradicional são até 15% mais baixos e os itens es-peciais podem ter um diferencial de preço ainda maior. O Sam’s está presente em países como os EUA, México e Porto Rico, com 55 milhões de sócios. No Brasil o número é cerca de 1,5 milhão.

Walmart inauguraSam’s Club Porto AlegreCom investimentos de R$ 35,8 milhões o novo empreendimento gerou 450 empregos diretos e indiretos. O Sam’s Sertório também vai consumir 25% menos energia, emitir 30% menos gases de efeito estufa e 40% menos água. O grupo fecha o ano com 150 milhões investidos no RS, sete lojas inauguradas e mais de 700 novos empregos.

Novidade

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01 Marcos Ambrosano, Marcos Samaha e Luiz Zacharias no lançamento

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T odos os empresários do varejo que conheço, desde as pequenas empresas familiares até as gigantescas corporações globais, têm uma preocupação constante em manter uma boa

reputação junto aos seus clientes. Para tanto, lançam mão de investimentos que promovem positivamente a imagem de seus supermercados, oferecendo bons preços, bom atendimento, serviços diferenciados, fá-cil acesso, estacionamento, além de promover ações comunitárias, campanhas, etc.

Esta postura proativa tem, é claro, um objetivo bem definido: manter os atuais clientes e conquistar novos, aumentando as vendas e viabilizando o cres-cimento do negócio. Basta olhar os números do setor varejista no Brasil que fica clara a eficiência destas ações.

As vendas reais cresceram 7,7% em 2010 x 2009. R$ 2,85 bilhões foram investidos em expansão orgâni-ca para atender a crescente demanda do ano passado. Deste total, 25,8% foi destinado para novas aquisi-ções, reforma de lojas e ampliação da área de vendas consumiram 16,1% dos investimentos, novas constru-ções abocanharam R$ 1,2 bilhão (31,3%) e de olho no futuro, os empresários investiram R$ 132 milhões (4,6%) na compra de terrenos (fonte: Departamento

de Economia & Pesquisa da Abras).Com a economia aquecida e com

o setor em franco crescimento as ações de marketing têm a missão primordial de transformar investimentos em resultados, boa imagem pública em clientes satisfei-tos e fidelizados. E, diga-se de passagem, estes profissionais tem desempenhado seu papel para o público externo, com louvor e de forma irretocável.

Entretanto, na outra face da moeda, quero propor uma reflexão que vem de acordo com o momento que estamos vi-vendo: final de ano, fechamento de resul-tados, comemorações e novos projetos. Caso você nunca tenha pensado nisso, que tal incluir em seu planejamento para

2012 algumas ações de Endomarketing?Para os leitores que ainda não têm familiaridade

com o termo, vamos ao conceito clássico para simpli-ficar esta palavrinha bonita. O prefixo “endo” deriva-do do Grego, significa “ação interior ou movimento para dentro”. Batizado em 1990 por Saul Bekin em seu livro “Fundamentos do endomarketing”, é definido como toda e qualquer ação de marketing voltada para o público interno da organização, que visa satisfazer, motivar e criar um ambiente favorável para que estes atendam com excelência o público externo. É uma fer-ramenta de comunicação e integração, para que todos possam cumprir suas tarefas com eficiência.

A revista Exame publica anualmente um guia que aponta “As melhores empresas para se trabalhar”. O conjunto de fatores que classifica as mais variadas organizações como ótimas para se desenvolver pro-fissionalmente, passa necessariamente pelo quesito “o que as mesmas fazem ao público interno que as tornam atrativas no desenvolvimento de uma carreira de sucesso?”. Em outras palavras, que ações de endo-marketing são promovidas para reter os talentos que irão contribuir com o crescimento sustentável da or-ganização?

Como contribuição prática, vamos examinar esta questão de forma objetiva.

Necessidade e Importância:A complexidade no atual mundo competitivo

tem forçado as empresas a buscarem e estruturarem programas internos de qualificação dos colaboradores e ferramentas de integração entre os setores para ge-rar comprometimento com os objetivos e melhorar os relacionamentos com o cliente externo.

Por isso, empresas que implantam uma base de valores sólida e consistente, conseguem reter bons ta-lentos, reduzir os índices de turn-over, formando um time afinado e ainda sair na frente dos concorrentes.

Antes de vender um produto para seus clientes, as empresas precisam convencer seus colaboradores a comprá-los. O endomarketing surge como elemento de ligação entre o cliente, o produto ou serviço e o

Clientes Externos x Clientes InternosComo anda a reputação de sua empresa com estes dois públicos?SU

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COPor Ivan Michaltchuk

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próprio colaborador. A idéia central é a de que o su-cesso de cada membro do time está ligado ao sucesso da empresa.

Para isso, transparência é fundamental. Todos devem conhecer com clareza os objetivos, estraté-gias, metas e formas de atuação. Se cada empregado for um multiplicador da boa imagem da empresa, os produtos e serviços oferecidos por ela, também serão melhor aceitos pelos clientes externos.

Os processos demotivação (Bekin – 2004)

- Chamamento à parceiras, cooperação e le-aldade;

- Valorização do indivíduo dentro do seu grupo;- Recompensas ao grupo, beneficiando a todos

pelos resultados (PPR);- Envolvimento de todos no planejamento e to-

mada de decisões;- Estímulo à iniciativa e a atitude criativa;- Delegação de poderes, de acordo com a função

exercida;- Remuneração adequada;- Integração baseada nos valores e objetivos

da empresa.

Instrumentos para a prática doEndomarketing (Brun, 1998)

- Vídeos: Institucionais ou de produtos. Colo-cam o cliente interno a par da empresa ou da realidade de seus produtos e serviços;

- Manuais técnicos e educativos: informações sobre a utilização de equipamentos, normas de con-duta, direitos e deveres dos colaboradores;

- Revistas e jornais internos: informações sobre projetos, resultados, novidades, notícias de TH, valo-rização dos destaques do mês, etc.;

- Cartazes motivacionais: frases, pensamentos e informações que valorizem o esforço individual e coletivo;

- Canais diretos: reuniões com os diretores, pre-sidência ou ouvidor interno;

- Palestras internas: para apresentar as novi-dades da empresa, as tendências e a evolução que a mesma teve;

- Grife interna: registro em roupas, uniformes, bonés e acessórios;

- Convenções internas: envolvimento da equipe interna em atividades de criação, lazer e integração;

- Intranet: aplaina e agiliza a comunicação en-tre os departamentos, reduzindo os “ruídos” e demo-cratizando a informação à todos.

Vantagens na corretaaplicação do Endomarketing

- A comunicação fica mais clara e acessível;

- Os colaboradores têm mais liberdade para ex-por suas idéias;

- Os níveis hierárquicos ficam mais simplifi-cados;

- Maior acesso de todos à seus gerentes ou superiores;

- Os colaboradores sentem-se mais seguros para tomar atitudes;

- Conhecem com clareza a missão, a visão e as políticas da empresa

- O aprimoramento técnico e a requalificação são constantes;

- Colaboradores mais bem preparados atendem melhor;

- A empresa investe no desenvolvimento de seus maiores ativos;

- Todos passam a conhecer e respeitar a cultura da empresa;

- Os níveis de satisfação e motivação se tradu-zem em ganhos reais de produtividade;

- Passamos a valorizar idéias simples e criati-vas que significam redução de custos;

- Reduzem-se os índices de turn-over na equipe.

ImplantaçãoO processo de implantação do endomarketing

requer persistência e apoio de toda área de TH, marketing, e acima de tudo da diretoria. Alguns ganhos são imediatos, mas os resultados opera-cionais geralmente virão após o segundo ano de implantação. O gerenciamento do projeto deve ser constante e os ajustes imediatos para coibir even-tuais falhas futuras.

Um grupo deve coordenar o processo e formar multiplicadores que implantarão as melhorias de acordo com a necessidade de cada setor.

O processo deve ser feito em etapas e cada etapa deve ser reavaliada para prosseguir na eta-pa seguinte.

Após a implantação da base de valores e con-solidação do processo de endomarketing, todos os demais programas ficarão mais fáceis, pois o grupo já estará espontaneamente comprometido com a cul-tura e objetivos da empresa.

Quando o marketing interno é bem feito, o marketing externo é muito mais abrangente. Basta perceber o que dizem os colaboradores das empre-sas classificadas como melhores para se trabalhar, segundo o Guia da revista Exame.

Até a próxima!

Ivam Michaltchuk é Diretor Técnicoda MSI Consultoria Organizacional e Consul-tor da Associação Catarinense de Supermer-cados (Acats), [email protected];

www.msiconsultoria.com.br

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Para muitos, principalmente para os estu-dantes, que desfrutam do período de férias, ainda pode parecer cedo falar em retorno das atividades escolares. Mas para as em-

presas fornecedoras de material escolar o período de pico nas vendas inicia na virada do ano. Nesta onda seguem os supermercados que ampliaram o mix de produtos para o setor nas suas gôndolas, que atualmente vai do lápis ao notebook. Apesar de pesquisas apontarem uma participação modesta dos varejos nas vendas de itens para o segmento, alguns estados contradizem esta tendência.

O Rio Grande do Sul é um exemplo de que esta realidade está mudando. Segundo o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) An-tônio Cesa Longo, os supermercados permanecem na liderança como local preferido de compra dos gaúchos para produtos de volta às aulas, superando as livrarias, papelarias, lojas de bazar e de R$ 1,99, devido à comodidade de realizar as compras destes itens junto com as outras compras da casa.

De acordo com entidade, em 2011, o peso das vendas de papelaria e produtos para volta

às aulas no faturamento total dos supermerca-dos gaúchos foi de 4,1% em fevereiro e 6,0% em março. A estimativa da Agas é de que tenha sido agregado o montante de R$ 40 milhões ao faturamento dos supermercados gaúchos com a venda de material escolar. Deste total, R$ 8 mi-lhões (20%) foram da comercialização de itens produzidos por fábricas do estado.

Já o presidente da Associação Catarinense de Supermercados (Acats), Adriano Manoel dos Santos, observa que o material escolar não chega a ser um segmento prioritário dentro do mix dos supermer-cados. Mas o dirigente destaca que estes produtos estão sempre presentes no setor de utilidades “e várias redes desenvolvem campanhas bem fortes no início dos anos letivos procurando captar clientes que procuram este tipo de produto”, acrescenta.

Na avaliação do presidente da Fecomércio do Paraná, Darci Piana, o material escolar tem uma concentração de vendas maior e melhor identifi-cada nas livrarias e papelarias. Ele observa que há casos nos quais muitos colégios fazem a ven-da no espaço interno ao seu corpo docente, “ou

Volta às aulas, com charme e novidades

Por Gilmar Bitencourt

Período que antecede o início do ano letivo aquece as vendas de materiais escolares, cada vez mais presentes nos

supermercados, com novos apelos visuais

e tecnológicos.

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seja, até certo ponto, assumem o papel das lojas para os respectivos alunos”.

Conforme Piana, a tendência é de que a maior parcela das vendas de material escolar deva ocorrer via livrarias e papelarias, “mesmo porque estas uni-dades oferecem outras opções que interessam ao consumidor, em percentual maior que a oferta fei-ta por supermercados e hipermercados”, salienta. O dirigente comenta que o padrão de atendimento nas livrarias e papelarias em relação ao material es-colar é mais profissionalizado e, sem dúvida, de me-lhor qualidade. “Depois de iniciadas as aulas, passa-do o pico de demanda desses produtos, muitos dos supermercados e hipermercados até cancelam as prateleiras de material escolar, demonstrando que fazem uma oferta circunstancial e condicionada ao inicio do ano letivo (ou semestre)”, complementa.

{Canal de Vendas} Enquanto os dirigen-tes de entidades representativas dos supermercados e do comércio sustentam os seus posicionamentos, os fornecedores de material escolar destacam a im-portância dos pontos de vendas na comercialização destes produtos. O diretor geral da Mercur, Breno Strussmann, diz que a participação crescente do varejo na venda destes itens “é uma tendência glo-bal”. Segundo ele, a empresa já desenvolve ações neste sentido e pretende continuar a trabalhar par-cerias com outras organizações nos diferentes PDVs sempre e quando ambas possam considerar em suas relações a questão de qualidade dos produtos e o respeito aos consumidores.

Para Wagner Jacob, diretor Comercial da Tili-bra, o supermercado é um importante canal para o abastecimento do mercado e atendimento de uma determinada parcela de consumidores. O executivo conta que a divulgação dos produtos da empresa nos pontos de vendas consiste na disponibilização de materiais como displays, banners, bandôs, tes-teiras, entre outros.

{Incremento no mix} Através de parce-rias com os fornecedores ou desenvolvendo produ-tos próprios, as empresas do setor supermercadista também estão focadas na sazonalidade do setor com o objetivo de ampliar as vendas e de aumentar a sua participação neste mercado. Para isso já vêm negociando a longo tempo com produtores e dis-tribuidores de materiais escolares, visando ampliar o mix de produtos nas lojas e consequentemente o crescimento do faturamento.

A rede Walmart revela que o departamento que concentra os produtos de volta às aulas vem desen-volvendo ano a ano ações específicas de reavaliação de variedade para oferecer ao cliente aquilo que ele espera encontrar em cada loja. De acordo com a

empresa, os 19 hipermercados da rede no RS irão disponibilizar cerca de 800 itens de material esco-lar. “A estratégia é dar sortimento, investindo não só no que a lista da escola pede, mas também em personagens que povoam o imaginário de crianças e adolescentes”, destaca a companhia.

A expectativa da empresa é crescer em 20% nas vendas na comparação com o ano passado. A novidade deste ano será a criação de um espaço específico nas gôndolas para apresentar a linha de produtos exclusivos que possui (cerca de 30% do total da variedade), por exemplo, kits de es-crita, mochilas de personagens e capas de cader-nos especialmente desenvolvidas para as lojas do Walmart Brasil.

{Mercado competitivo} Assim como au-menta a demanda neste período, também cresce a disputa pelo mercado de materiais escolares. O diretor geral da Mercur, Breno Strussmann, desta-ca que o setor está extremamente competitivo e “infelizmente ainda muito orientado para preço”. Ele salienta que o consumidor deveria ser melhor orientado para a qualidade dos produtos e serviços. “O mercado está tomado pelo mais do mesmo e, principalmente, pela importação de produtos asiá-ticos que não refletem a real necessidade dos pais, alunos e escolas”, comenta.

Para vencer a concorrência e ganhar espaço no mercado a estratégia adotada pelas empresas do segmento é o lançamento de novidades e a aposta em produtos considerados carros-chefes. A Mercur, por exemplo, destaca que os produtos mais pro-curados são a borracha de apagar, a tinta guache e a cola branca. Segundo a empresa a borracha é produzida a partir do látex natural das árvores se-

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01 As novidades em material escolar também exibem praticidade, como a pasta da Tilibra

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ringueiras, uma fonte renovável, que contribui para minimizar o impacto ambiental e possibilitar a ge-ração de renda local para pequenos produtores que trabalham com o extrativismo. “Este produto é livre de ftalatos, substância química que, se em contato com seres humanos, pode causar danos a saúde”, informa o diretor da companhia.

Segundo Strussmann, a tinta guache é ideal para pintura em papel, cartolina e papel cartão. O empresário comenta que o produto se destaca pelas cores vivas e vibrantes, miscíveis entre si, permi-tindo a criação de novas cores. Além disso, também é fabricada com matérias primas de fontes renová-veis e, “sempre que possível, com água coletada da chuva previamente tratada. A tinta guache Mercur possui em sua formulação uma resina vegetal que lhe dá a consistência de gel, ou seja, não escorre do pote”, acrescenta.

Na visão do diretor comercial da Tilibra, Wag-ner Jacob, o setor de material escolar vem se quali-ficando a cada ano com produtos de melhor qualida-de e mais adequados ao uso dos estudantes. Neste contexto ele informa que a coleção volta às aulas da empresa para 2012, está repleta de novidades, grandes marcas e licenças. “Algumas linhas tiveram ampliação no mix de produtos como Jolie, Menini-nhas, XRacing, Red Nose e Plush Poison, onde todos poderão encontrar novas opções em praticidade, inovação e qualidade”, observa

Conforme o executivo a empresa tem o mix com-pleto que atende às necessidades de todas as listas escolares. “São cadernos, estojos, fichários, agendas, lápis, borracha, apontador, cola, tesoura, mochila, lapi-seiras, lápis de cor, tintas, calculadoras, etc”, informa.

Não se trata de uma simples novidade ou mo-dismo. Antes de tudo é um estímulo à à preservação ambiental. Por isso o EcoEstojo de plástico verde promete ser sensação na volta às aulas. A Faber--Castell e Braskem se uniram para apresentar um estojo moderno e com menor impacto no meio am-biente. Atenta para o crescimento do consumo de produtos ecológicos e já de olho no período escolar, a tradicional fabricante agita o setor lançando no mercado o EcoEstojo.

Feito de polietileno verde da Braskem – tam-bém conhecido como plástico verde, produzido a partir do etanol da cana de açúcar – o produto tem as mesmas características do plástico tradicional, é reciclável e apresenta como diferencial colaborar na captura de gás carbônico da atmosfera. Para se ter uma ideia, cada quilo de plástico verde produzido evita a emissão e captura de 2 a 2,5 kg de CO2. Além das características de sustentabilidade, o pro-duto possui design moderno, podendo servir tanto como estojo quanto como porta-lápis.

{Ouvindo o consumidor} A Credeal, in-dústria gaúcha de Serafina Corrêa, utilizou a pes-quisa para desenvolver as coleções de volta às aulas de 2012. De acordo com o diretor de marketing da empresa, Ricardo Frederico, a companhia passou seis meses pesquisando o mercado consumidor e os pontos de venda. “Trata-se de um trabalho que demanda tempo e muito cuidado, pois as novas co-leções precisam atender aos interesses e aspirações de todos os públicos consumidores. Essa é a inten-ção da Credeal”, comenta.

Outra novidade da empresa para este ano é o ingresso nas mídias sociais. Frederico conta que a Credeal mantém relacionamento com blogueiros, “que tem afinidade com os nossos produtos e esta-mos no Facebook (Credeal) e no Twitter(@Crede-al_Oficial) para interagir diariamente com os consu-midores, clientes e parceiros”, comenta. Segundo o diretor, esse público fornece informações “preciosas para aprimorar nossos produtos”.

A empresa destaca que o ano de 2011 foi di-ferente dos anteriores. “Convencionamos chamá-lo de o Ano da Virada da Credeal, devido às inúmeras modificações que realizamos para atingir nossos objetivos. Comemoramos 40 anos e alteramos nos-sas estratégias comerciais, ou seja, foi um ano de intensa busca por melhoramentos”, ressalta o dire-tor de marketing. Para 2012, Frederico observa que a expectativa é ainda mais positiva, “esperamos um aumento de vendas de 10% no comparativo com 2011”, acrescenta.

O carro-chefe da empresa é o caderno, mas o seu portifólio também é composto por outros pro-dutos que vão além da área de papelaria, como as

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02 A Credeal, expert em cadernos, investe

em pesquisas para saber o que o

consumidor prefere

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mochilas, que têm grande representatividade nas vendas do portifólio. Conforme o executivo trata-se de um complemento disponibilizado para o merca-do. “Como trabalhamos num setor sazonal, obvia-mente, estamos na melhor época para vendas. Nes-se contexto, a mochila acaba sendo comercializada bem mais que em outras épocas”, acrescenta.

O diretor de marketing conta que a coleção assinada pelo ilustrador Jordi Labanda, “além de fashion e moderna”, é uma das grandes apostas para o mercado. “Também possuímos mochilas de grandes clubes de futebol como o Grêmio e o Inter-nacional”, concluí Frederico.

{De olho no varejo} Com 37 anos de atuação no mercado de Bolsas, a curitibana Danka está lançando uma linha de produtos voltada para o varejo. Segundo Marco Antonio Zanona, do de-partamento de marketing da empresa, 2012 mar-ca o inicio da companhia neste segmento, sendo que a indústria tinhas as suas atividades voltadas para o mercado de bolsas promocionais. O executivo observa que a empresa possui representantes nos principais estados do Brasil e uma equipe de con-sultores internamente. “Trabalhamos com entregas para todo o país, principalmente para grandes dis-tribuidores e varejistas”, acrescenta Zanona.

Vislumbrando o crescimento do uso de no-tebooks e tablets, a Danka criou uma linha de mochilas, maletas e cases específicas para este mercado. O objetivo é atingir executivos e estu-dantes com idade acima de 18 anos. “Desenvolve-mos produtos totalmente inovadores com design diferenciado e algumas funcionalidades únicas, para facilitar o dia a dia das pessoas”, informa o representante da empresa.

Marco Zanona salienta que o mercado de va-rejo é novo para a Danka. Mas ele acredita que a procura pelos produtos da empresa seja grande e fala que são boas as expectativas para 2012.

{Computador da família} O aumento do uso de computadores no meio estudantil está cada vez mais atraindo a atenção das empresas da área de informática. O diretor de varejo da Lenovo no Brasil, Felipe Duarte, destaca que a volta às aulas é um período importante para as fabricantes de com-putadores no mercado varejista. Ele observa que é nessa época que os estudantes começam a procu-rar por um novo computador pessoal que atenda às atuais necessidades de estudo.

Para atender esta demanda a empresa está lançando no mercado brasileiro o desktop Lenovo H420, que possui recursos educacionais e é focado na capacitação e instrução de toda a família. O novo desktop vem equipado com um exclusivo software

- Lenovo Escolar - que conta com cursos de inglês, espanhol, português e matemática elementar. Pos-sui também a nova ortografia, além de apostilas de estudos para o novo exame do Enem com todas as matérias e cadernos de exercícios. “O programa, que já vem instalado no equipamento, sem custo adicional, é desenvolvido em parceria com a IESDE, uma das maiores empresas de educação à distância do Brasil”, informa Duarte.

Outra novidade que integra o software do Le-novo H420 é o jogo Cérebro Melhor, que tem o obje-tivo de agregar conhecimento e proporcionar diver-são para toda a família. O jogo apresenta diversos desafios e exercícios de raciocínio lógico, que aju-dam a manter a memória afiada e o desempenho cerebral veloz. Pensando em auxiliar quem não tem tempo ou dinheiro para investir em cursos fora de casa, o Lenovo Escolar também ensina os usuários a investirem na Bolsa de Valores.

O novo desktop é composto por processador Intel Core i3 – segunda geração, gráficos de alta definição da Intel, disco rígido de até 1TB, memória de até 4GB, conectividade HDMI, para conexão di-reta na TV, entre outros itens. O preço sugerido para venda é a partir de R$ 1.199,00. Segundo a empresa os valores do produto podem variar de acordo com a configuração do equipamento e a região do País.

Além deste lançamento, o diretor salienta que em 2012, a empresa pretende continuar a in-vestir no mercado de desktops, com equipamen-tos de alta qualidade e desempenho, para área de varejo. Também pretende lançar novos modelos de computadores All in One (tudo em um), que são equipamentos de mesa que concentram todas as configurações na tela do equipamento. “Nesse nicho de mercado também há um interesse muito grande do consumidor por notebooks que apre-sentam alto desempenho e características foca-das em recursos multimídia, áudio e vídeo”, com-plementa o executivo.

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03 Faber-Castell e Braskem se uniram para lançar o EcoEstojo, feito de plástico verde

04 Breno Strussmann, diretor da Mercur, acha que a qualidade deveria definir a escolha

05 Felipe Duarte, da Lenovo, destaca produtos adequados às necessidades dos estudantes

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Cascavel, uma jóia incrustada no Oeste Pa-ranaense, é um município relativamente novo se for considerada sua emancipação política: 14 de novembro de 1951. Hoje,

com apenas 60 anos e quase 300 mil habitantes, é uma das cidades mais prósperas da Região Sul, ten-do passado por fases econômicas distintas, desde a ocupação espanhola (1557), o tropeirismo (1730), o ciclo da erva-mate (1910) e a exploração de ma-deira, agricultura e criação de suínos a partir de 1930. Encerrado o ciclo da madeira com o esgota-mento das reservas naturais no final da década de 1970, deu-se o início da industrialização, concomi-tantemente com o aumento da atividade agropecuá-ria, porém outros ramos ganham força, como o setor têxtil e de metalurgia.

Por estar localizado em um entroncamento rodoviário estragégico, o município prosperou no comércio e na prestação de serviços, com desta-que para o setor atacadista, de saúde e de ensino superior. É nesse cenário que José Carlos Muffato (Tito) dá início à saga de uma grande empresa, com a instalação da primeira loja do Super Muffa-to em Cascavel, em 14 de julho de 1974. Os mais antigos lembram que o atendimento era feito no balcão, mas a vocação para servir já estava pre-sente, conquistando os consumidores. Em pouco

Vocação para servir, com qualidade e inovação

A rede Muffato é a maior varejista de autosserviço do Paraná e a oitava maior do País, com 39 unidades. E o processo de expansão continua.

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tempo o comércio de secos e molhados transfor-mou-se em uma das maiores e mais sólidas em-presas do varejo brasileiro.

{Expansão e valores regionais} Am-pliar horizontes parecia ser apenas uma questão de tempo. Assim, em 1976, o Super Muffato expande suas lojas para Foz do Iguaçu, identificando-se com os valores regionais. A dinâmica de aumentar a rede começou a partir dos anos 80, que marcou a traje-tória da empresa até os dias de hoje. Com 37 anos de história, o grupo está presente em 13 cidades do Paraná, e em Presidente Prudente, interior de São Paulo. A missão é levar sempre praticidade, tecno-logia e modernidade, além dos serviços oferecidos com qualidade e excelência.

A saga continuou e, em 1995, o Super Mu-ffato abre sua primeira unidade em Londrina, mar-cando presença na 3º maior cidade do Sul do país. Em 2002 conquista mais uma etapa fincando raízes em Curitiba. Consolidando sua presença no esta-do, a rede abriu as portas no tradicional bairro Portão, na capital paranaense. A expansão na re-gião Metropolitana vem se consolidando com lojas adequadas ao perfil das diferentes regiões onde o Super Muffato está presente.

Tendo como foco buscar inovações, o Super Muffato amplia os conceitos de varejo com as Lo-jas Gourmet. É a paixão pela gastronomia e solu-ções inovadoras indo ao encontro das expectati-vas do consumidor de uma das mais tradicionais regiões de Curitiba.

{Diversidade e função social} Hoje o grupo conta com 39 unidades de negócios no Paraná e em Presidente Prudente, interior de São Paulo, entre as lojas Super Muffato, as unidades do Muffato Max Auto Serviço, Atacado e o Centro de Distribuição e Logística. A rede é a maior varejista de autosserviço do Paraná e a oitava maior do País.

O Super Muffato acredita na força da sua união com a comunidade para estar presente em campanhas e ações que visam promover a solida-riedade e preservar o meio ambiente. Entre essas ações estão o Dia da Bondade, o Super Domingo e as práticas e campanhas de coleta seletiva com o projeto Reciclar.

A comunicação é um ponto forte. E, para dar mais visibilidade às suas iniciativas, o grupo conta com um departamento de marketing especializado, que se preocupa em estar presente nos principais canais de mídia das cidades onde estão localiza-das suas lojas. Além disso, em 2011 foi lançado um novo site, mais completo, com diversas informações como o histórico da empresa, as ações realizadas e as principais notícias de interesse da população.

De uma forma moderna e objetiva, pensando em oferecer ao cliente ainda mais transparência nas suas ações o Super Muffato está presente nas principais redes sociais como Facebook, Twitter e Orkut, atualizados diariamente. Além disso, as fotos de todos os eventos são adicionadas cons-tantemente site: www.supermuffato.com.br, que foi lançado atualmente com layout totalmente di-ferenciado, facilitando a navegação e fornecendo informações rápidas para os clientes.

{Empregos e capacitação} Outro desta-que é a geração de empregos e capacitação profis-sional. A rede está entre os maiores empregadores do Paraná, proporcionando mais de 8.000 postos de trabalho diretos e oferecendo oportunidade de cres-cimento com programas contínuos de treinamento, como a Universidade Corporativa Super Muffato (Uniffato), que refletem o compromisso e a quali-dade dos serviços oferecidos ao consumidor.

Essas conquistas são importantes e merecem ser celebradas, como enfatiza o diretor Everton Muffato. “2011 foi um ano de muitas conquistas e realizações para o Grupo Super Muffato. Inau-guramos lojas em Cambé, Apucarana, Paranavaí, Toledo e Cascavel, cidades de grande importância para o grupo. O objetivo é acelerar esse processo de expansão em 2012 e chegar a outras cidades estratégicas para o grupo, gerando oportunidades e estando presente cada vez mais na vida dos con-sumidores”, explica o executivo.

01 Até o governador Beto Richa prestigiou a inauguração de uma unidade da Muffato

02 O diretor Everton Muffato destacaas conquistas de 2011 e confirma novos planos

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Por Sérgio Ricardo Simonetti

Há mais de ano que temos lido e ouvido muito sobre as dificuldades do Brasil com relação a sua infra estrutura geral para suportar o grande momento de crescimen-

to que estamos passando. Acho que a maioria dos supermercadistas conhecem bem esse assunto e já foram impactados de alguma forma pelas restrições logísticas, de estradas e portos, restrições energé-ticas, de geração e distribuição de energia, mas talvez nenhuma das barreiras seja tão restritiva ao desenvolvimento de um pais ou uma empresa, quanto a falta de mão de obra qualificada.

Costumo dizer em nossas palestras, que o “Apa-gão de mão de obra, é como a hipertensão, vai acon-tecendo silenciosamente, por um longo período de tempo e sem demonstrar seus sintomas, até que quan-do se torna aparente já causou muitos danos e pode ser tarde.”

Não vamos discutir aqui as questões de políti-cas públicas(e cardiológica), e que estão fora do alcance da maioria, mas aquilo que nós empresários e lideranças podemos mudar sobre essa barreira estrutural.

Vale registrar no campo púbico apenas, que muitos dos países que se destacam hoje tec-nológicamente são aqueles que investiram “pesadamente” e con-tinuamente por décadas seguidas em educação, onde a Coréia do Sul talvez seja o melhor exemplo, mas também temos exemplos de sucesso onde a presença pública na formação profissional não é tão diferente do Brasil e que foi im-pulsionada por investimentos pri-vados, como a India por exemplo,

hoje um pólo de TI mundial.De nossa parte a dúvida é, será que não ficamos

esperando demais que os outros, leia-se os Governos Federais, Estaduais e Municipais, resolvam esse pro-blema para nós como se o problema estivesse somente do lado de fora de nossas portas?

E eu pergunto, e se o Governo não fizer nada,? Vamos continuar a perder dinheiro, clientes, produtos, credibilidade de marcas e outros bens preciosos que construimos? A resposta deve ser NÃO.

Uma empresa é estruturada, por seus processos, sejam de atendimento, venda,cobrança,pagamento, estocagem, produtivos e outros tanto que fazem sua empresa funcionar.

Infelizmente, para conduzir esses processos pre-cisamos de “gente”.

Por maior que seja a automação de nossa em-presa, sempre precisaremos de pessoas, e na verdade, quanto maior a automação maior a qualificação das pessoas e isso tem se revelado um grande problema para empresas, como redes de supermercados, que são intensivas em mão de obra e tem a ver não só com o presente, mas com o futuro de sua empresa.

Mas temos saidas, temos bons exemplos no mer-cado de empresas que tem vencido, mesmo com essa limitação, e que adotaram um refrão conhecido, que diz: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.

A solução passa por :a-Mudanças nos modelos de gestão de pessoas;b-Desenvolvimento contínuo;c-Reconhecimento crescente.A gestão de pessoas, por seu título, já denota

uma mudança de foco, diminuindo o peso do recruta-mento e seleção e equilibrando com um peso maior na manutenção dos profissionais.

É fato que toda empresa precisa de uma “oxige-nação” natural de profissionais, mas isso deve ser um processo controlado.

Apagão de mão-de-obra? Ou seria falta de foco no RH?

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Esse controle passa por, termos claramente de-finido nossos profissionais ”imperdíveis”, aqueles que custaria muito caro substitui-los ou levariamos anos para forma-los novamente e esses merecem um tra-tamento e foco diferenciado em todos aspectos, para sua manutenção dentro da empresa.

Para os demais profissionais, é natural que o turn over ocorra e por isso é obrigação que tenhamos um “banco”de recrutamento já filtrado e pronto para dis-pararmos uma contratação de forma muito rápida.

O envolvimento dos líderes de cada área também é importante e o recomendado é que esses gestores tenham eles próprio, sua lista de profissionais “alvos” que atendam ao perfil desejado para as principais fun-ções de seu departamento e que poderiam trazer para sua área, de forma rápida e eficiente.

Além disso, precisamos investir mais nos pú-blicos que estão nos extremos do mercado, como os jovens que estão iniciando em suas carreiras e aque-les da melhor idade ou acima dos 60 anos, que ainda estão cheio de energia e conhecimento, mas muitas vezes sem um oportunidade.

Quando falamos de dar oportunidades aos jo-vens, não entendam aqui uma solução de redução de custos ou de curto prazo para nossos problemas

como a contratação de estagiários para substituirem o trabalho de um outro funcionário. Estamos falan-do de desenvolver profissionais jovens, descobrindo suas competências e desenvolvendo-as para gerarem o melhor retorno para nossa empresa a médio prazo. Se analisarmos somente pelo aspecto custo, também é a forma mais “barata” de fazermos recrutamento, seleção e de termos um “banco de reserva” para subs-tituição de profissionais,

Os programas de trainnes também são uma forma importante para reter e encaminhar os me-lhores profissionais recem formados para uma car-reira. Muitas empresas entendem que esses progra-mas são possíveis somente para grandes empresas, o que não é verdade. De novo é muito mais uma questão de boa vontade e uma “pitada” de paci-ência para aguardarmos o período de treinamento inicial, e assim podermos colher bons profissionais a nossa disposição e proporcionarmos transições de funções de forma muito menos traumática. É como uma corrida de atletismo com bastão, um passa o “bastão” para o seu substituto sem rupturas e já quase no mesmo ritmo, o que parece interessante em operações intensas como o varejo.

Claro que é fundamental que se tenha um “dese-

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nho” do programa de trainne definido, por mais sim-ples que seja, organizando um período para que os trainnes conheçam as diferentes áreas chaves de uma rede de varejo e depois possam ser alocado naquela em que apresentar a melhor afinidade. Dessa forma evitam-se frustrações mútuas.

Uma empresa também é forma por “relaciona-mentos”, relacionamento com fornecedores, com clientes e internos e para isso dependemos diretamen-te de PESSOAS.

Pessoas mais preparadas tendem a conduzir re-lacionamentos com mais segurança e tranquilidade e assim construirem parcerias mais produtivas e dura-douras com seus fornecedores e alianças emocionais mais intensas com seus clientes nas lojas.

Chega de balconistas, atendentes e caixas mal humorados, compradores despreparados para pensar estratégicamente e sem criatividade pra construir uma parceira de futuro.

Para isso é vital investirmos cada vez mais no desenvolvimento de nossos profissionais.

Entende-se por “Desenvolvimento contínuo dos profissionais”, todas ferramentas capazes de agregar conhecimento, capacitar habilidades e influenciar ati-tudes desses profissionais.

Históricamente, em todos momentos de crise de um mercado ou empresa, as primeiras verbas a serem contingenciadas são aquelas não operacionais, como Mídias e Desenvolvimento pessoal.

Precisamos olhar o assunto “custos de mão de obra”com outros olhos. Nos últimos anos, muitas em-presas empreenderam um modelo de “Juniorização”de seus funcionários, isso significa, profissionais cada vez menos experientes assumindo sozinho, cada vez mais responsabilidades. Claro que temos impacto do perfil profissional dos jovens da chamada geração “Y”, que é muitas vezes mais agitada e arrojada para as-sumirem riscos, mas também não podemos negar que tem muito do pensamento de redução de custos, onde entendemos que um analista bem intencionado pode assumir as atribuições de um Coordenador ou Supervi-sor e esses últimos assumirem a de Gerentes, e por ai vai.Isso não é uma forma de reconhecimento, é uma forma perigosa de flertar com a ineficiência e perdas.

Já presenciamos em empresas, o total desco-nhecimento do negócio, da operação, dos processos internos e do histórico da empresa, e que acabaram por causar perdas financeiras significativas em proje-tos importantes, além é claro do incremento da tensão interna na empresa. Isso poderia ser facilitado se um profissional mais “senior”acompanha-se de perto seus subordinados, fizesse um “coaching”interno, com es-ses profissionais “junior”.

Esse coaching interno se torna então, uma grande ferramenta de desenvolvimento e é pos-sível capacitar gestores para aplicarem isso com

melhores resultados.Os programas de desenvolvimento também estão

incluídos nos programas de retenção de profissionais, que são uma forma de reconhecimento permanente, mas sempre fica aquela dúvida de que podemos perder os profissionais em que investimos para desenvolve--lo, mas devemos pensar que:

1 - É um risco necessário e que temos que pensar não no pequeno percentual de profissionais que per-demos, mas no grande número que treinamos e agre-gam valor a nosso negócio;

2 - Podemos exigir alguma reciprocidade do profissional em caso de investimentos maiores, ga-rantindo que ele permaneça um tempo na empresa ou restitua parte do investimento em caso de saída antecipada.

Os programas de de retenção de talentos, deve ser baseado sempre na “meritocracia” . Assim evita-se os previlégios por amizade ou parentesco, e permitir-mos que tenham as melhores condições aqueles que melhor contribuirem para a entrega das estratégias da empresa.

Existem muito modelos de programas de reco-nhimento, dos mais simples aos mais complexos, mas qualquer empresa pode ter o seu. Em sua essência de-vemos ter os seguintes passos:

1 - eleger não mais que 4 ou 5 indicadores mais impactantes em seu negócio para o presente e futuro;

2 - Identificar o modelo de mensuração simples e claro que empregaremos para controlar seus resul-tados;

3 - Definir as metas para cada área e/ou indivi-duais também de forma simples e clara para não dei-xarem dúvidas;

4 - Monitorar os resultados continuamente e sempre dar retorno para a equipe sobre o andamento e as alternativas que temos para atingir essas metas.

Tudo isso vai não só motivar, mas também des-tacar as pessoas certas evitando os desconfortáveis questionamentos sobre salários e promoções de al-guns profissionais em detrimento de outros.

Pessoas erradas podem até garantir seu presen-te, mas não garantem seu futuro, porque conseguem até enganar a todos por algum tempo, ou enganar todo tempo alguns, mas nunca conseguirão enganar a todos, todo o tempo.

Lembrem-se, seus funcionários são a sua “cara” de sua empresa.

Sérgio Ricardo Simonetti é professor e Consultor da FGV e sócio-diretor das empresas Ânima Inteligência de mercado (www.animain-teligencia.com.br), Praxis pesquisas, web e so-cial marketing e M2 - Fundos de investimentos e recuperação financeira. Twitter: @simonser. [email protected]

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Lançada a programação

“Acats 40 Anos”O setor supermercadista de Santa Catarina

viverá um momento de festa em 2012. A Associação Catarinense de Supermer-cados (Acats) promoveu no dia 21 de

dezembro, na sede da Fiesc, em Florianópolis, o lançamento da programação alusiva aos 40 anos de fundação da entidade, cuja passagem será em 17 de fevereiro de 2012, porém contemplará eventos ao longo de todo o ano. Participaram supermerca-distas, empresários, autoridades, representantes da imprensa e convidados especiais.

A apresentação de todo o calendário de ativi-dades para 2012 foi feita pelo diretor executivo da Acats, Antonio Carlos Poletini, com destaque para o Prêmio “Acats 40 Anos de Jornalismo”. O objetivo é estimular e valorizar o trabalho dos profissionais de comunicação social na pesquisa, divulgação de dados e reportagens enfocando o segmento super-mercadista de Santa Catarina e sua contribuição ao desenvolvimento econômico do Estado e a sua comunidade. (Veja o Regulamento do Concurso de Jornalismo no site www.acats.com.br)

O evento promovido pela Acats contou com o patrocínio da Macedo Tyson, AMCom Sistemas e Best Beef, co-patrocínio da Bunge, Orquídea e Die-lo, apoio da Sanjo e Vinhos Periquita. Na oportuni-dade, foram firmados uma série de convênios entre a Acats e entidades e empresas parceiras, tais como a Fecomércio-SC, FCDL-SC, Parati Alimentos e SulA-mérica Capitalização.

A Associação e a Secretaria de Justiça e Cidada-nia, através do Procon-SC, assinaram o protocolo que estabelece a possibilidade aos consumidores de troca imediata a gratuita em caso de ocorrência de produ-tos com prazo de validade vencida nas gôndolas das lojas de supermercados associadas à Acats e que ade-rirem ao programa. O presidente da entidade, Adriano Manoel dos Santos e a diretora do Procon-SC, Elisa-beth Luiza Fernandes, assinaram o protocolo, que é o segundo do Brasil nestes termos, considerado um grande avanço no posicionamento da Acats perante o Código de Defesa do Consumidor.

Calendário do evento em 2012Fevereiro a Maio - Encontros Regionais de Supermercadistas nas Regiões Sul, Grande Oes-te, Alto Vale do Itajaí, Vale do Itajaí, Planalto Serrano, Planalto Norte e Grande Florianópolis.27/03/2012 - 19h, Sessão solene em ho-menagem aos 40 anos de fundação da ACATS, Local: Assembléia Legislativa de SC, Florianó-polis (SC). 20h30, Lançamento do livro sobre a história da ACATS e dos supermercados cata-rinenses, homenagens especiais e jantar come-morativo. Local: Centrosul, Florianópolis (SC).19/04/2012 - Fórum sobre Recursos Hu-manos nos Supermercados. Local: Florianópolis (SC).18/05/2012 - Fórum sobre Direitos do Con-sumidor e Assuntos Tributários. Local: Floria-nópolis (SC).29/05/2012 - Fórum sobre Sustentabilida-de no Setor Supermercadista. Local: Florianó-polis (SC).18/06/2012 - Prêmio Acats de Jornalismo, entrega da premiação. Local: Joinville (SC), du-rante a 25ª. Exposuper.19 a 21/06/2012 – 25ª. Exposuper - Fei-ra de Produtos, Serviços e Equipamentos para Supermercados e Convenção Catarinense de Su-permercadistas.07 e 08/10/2012 – 14ª. Feira de Negó-cios do Grande Oeste. Local: Parque da Efapi, Chapecó (SC).

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01 Poletini diz que concurso quer valorizar a comunicação sobre o setor

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Presidentes da GetNet eda Agas são homenageados

O Prêmio Líderes & Vencedores, realizado anu-almente pela Federasul e pela Assembleia Legisla-tiva do Estado, distingue três vencedores em cada uma das categorias avaliadas: Mérito Político, Des-taque Comunitário, Sucesso Empresarial e Expressão Cultural. Mais do que uma homenagem, o Prêmio é um reconhecimento da sociedade gaúcha a ações que servem de exemplo em suas áreas de atuação. Os presidentes da AL, deputado Adão Villaverde, e da Federasul, José Paulo Dornelles Cairoli foram os anfitriões do evento.

Personalidades, autoridades e jornalistas fa-zem as indicações, que são avaliadas por uma co-missão julgadora sob a supervisão de uma comissão coordenadora e de uma empresa de auditoria. A ce-rimônia que reuniu centenas de pessoas no Teatro Dante Barone, da Assembléia Legislativa do Esta-do, foi realizada no último dia 13 de dezembro. Os agraciados receberam a estatueta Magis, criada pela artista plástica Ângela Pettini.

O alto voo de Hopf com a GetNet “Quero agradecer a Deus, a minha família e

ao Ernesto Correa da Silva por estar aqui recebendo esta homenagem”, declarou com emoção o executi-vo gaúcho José Renato Hopf, 41 anos (10/01/69), nascido em Canoas (RS), após receber o prêmio Lí-deres & Vencedores. Emoção justificada pelo reco-nhecimento ao sucesso de uma carreira ascendente e vitoriosa em pouco tempo.

Até alguns anos, a carreira de Hopf não era algo tão expressivo no cenário econômico brasileiro. Formado em administração de empresas pela PUC--RS, tem especialização em Sistemas de Informação e Telecomunicações pela Ufrgs e MBA em Gestão Empresarial pela FGV. Hopf iniciou sua trajetória como programador do banco Banrisul, mas soube conduzir sua carreira em vôos bem mais altos, como o sucesso da empresa GetNet, uma das principais redes de pagamentos eletrônicos do Brasil.

Na realidade, o desafio foi grande, porque de-pois de algumas promoções no Banrisul, ele parecia ter chegado ao ápice de seu caminho no banco, como gerente de canais eletrônicos. Porém, em 2003, Hopf teve o que considerou ser uma grande ideia: criar uma rede de pagamentos eletrônicos na-cional que aceitasse todas as bandeiras de cartão de crédito. Na época, havia basicamente duas grandes empresas prestando esse serviço - a Visanet (atu-al Cielo), que detinha exclusividade sobre a Visa, e a Redecard, que aceitava somente Mastercard -, obrigando os lojistas a operar com pelo menos duas maquininhas de cartões.

A genialidade de Hopf, então com 34 anos, foi comprovada quando apresentou seu projeto ao empresário gaúcho Ernesto Correa da Silva, um dos maiores exportadores de calçados da China e dono do cartão de crédito regional Goodcard no Brasil. Meio ano depois, surgia a GetNet, um provedor completo de serviços para negócios com transa-ções eletrônicas.

Enfim, pela primeira vez Hopf estava no co-mando de uma operação. “O fim do contrato de exclusividade da Visanet e da Redecard era ques-

O sucesso do prêmio Líderes & Vencedores

Eventos

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01 Antônio Cesa Longo (E) Eduardo

Hopt (3º à esq.) foram homenageados por suas qualidades profissionais

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tão de tempo”, revelou Hopf em recente entrevista. “Mi-nha ideia era montar uma rede credenciada para quando isso acontecesse. Assim, poderí-amos convencer os lojistas a operar com apenas uma ma-quininha: a nossa.” A previsão de executivo se confirmou. A virtual exclusividade da ban-deiras Mastercard e Visa com as concorrentes caiu. Para surpresa de Hopf, a GetNet cresceu mais rapidamente que o esperado - antes mesmo do final da exclusividade.

Atualmente a empresa ope-ra mais de 20 bandeiras regionais e seus balanços são altamente lucrativos, condição suficientemente interessante para chamar a atenção do Santander, que fechou parceria com a GetNet, entrando oficialmente no segmento de cartões de crédito. “A criação da GetNet foi o passo mais ousado de minha carreira”, afirma Hopf. A em-presa está no mercado há 8 anos e em 2008 passou a operar no mercado chileno.

Longo conduz aAgas com segurança

Porto-alegrense radicado na Serra desde 1982, Antônio Cesa Longo já havia recebido no início de dezembro, o título de Cidadão de Bento Gonçalves, conferido pela Câmara Municipal local a pessoas destacadas no desenvolvimento da cidade. O pre-sidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) destaca-se por suas constantes reivindica-ções ao poder público. Ao receber o prêmio Líderes & Vencedores, disse: ”È uma grande honra e um or-gulho integrar esta seleta lista de agraciados. Que-ro manifestar meu sincero agradecimento e dividir este prêmio com todos os colegas de diretoria da Agas e da Cia. Apolo, incansáveis na concretização dos nossos projetos”.

Diretor da Cia. Apolo de Supermercados, de Bento Gonçalves, e presidente da Agas desde 2003, Longo ocupa ainda a vice-presidência da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) desde 2009.

Antônio Cesa Longo nasceu em 25 de julho de 1960, em Porto Alegre e é neto de imigrantes italianos. Economista com pós-graduação em Ges-tão Empresarial e Administração em Marketing, é diretor da Companhia Apolo de Supermercados, com sede em Bento Gonçalves, onde atua desde 1982. Na empresa, passou por diversas funções, buscando o total conhecimento das diferentes fases e minú-cias do autosserviço.

Na Agas, Longo desen-volve um projeto de interiori-zação realizando convenções, feiras e jantares nos mais di-ferentes pontos do Rio Gran-de. Outro foco de sua gestão é a capacitação de gestores e colaboradores do setor, em projetos pioneiros e modelares para outras associações esta-duais de supermercados, como o curso superior de Gestão em Supermercados, a implantação de um supermercado modelo para treinamentos práticos, o Centro de Capacitação Agas, e a escola móvel “De olho no futuro”, que percorre sema-nalmente o interior do Estado

com cursos realizados em uma carreta.Em sua gestão, a Expoagas consolidou-

-se como a maior feira varejista do Cone Sul: na edição de 2011, movimentou R$ 274,6 milhões em três dias de negócios. Atualmente, as ativi-dades da Agas congregam, por ano, mais de 75 mil pessoas ligadas ao setor supermercadista e à indústria. “Nosso trabalho é buscar igualdade de condições de competitividade para empresas de todos os tamanhos, da diminuição da informa-lidade, da simplificação da legislação tributária, da formação de mão-de-obra capacitada e do for-talecimento do setor supermercadista e da eco-nomia gaúcha”, resume o dirigente.

Todos os agraciados

Sucesso Empresarial Antônio Cesa Longo – Presidente da Associação Gaúcha de Supermercados José Renato Hopf – Presidente da GetNet Stara – Fabricante de implementos agrícolas na cidade de Não-Me-Toque

Mérito Político Senadora Ana Amélia LemosPrefeito Jairo Jorge – Canoas Deputado federal Mendes Ribeiro Filho – ministro da Agricultura

Destaque ComunitárioAssociação Beneficente Santa Zita de Luca Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) – Frederico Westphalen Grupo Sociocultural - Canta Brasil – Canoas

Expressão CulturalFesta da Uva – Caxias do Sul Fronteiras do PensamentoOrquestra Fundarte de Montenegro

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02 A estatueta Magis, criada pela artista plástica Ângela Pettini, representa a conquista

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Sorvetes e Gelados:em ritmo de crescimento

Empresas do setor de sorvetes apresentam lançamentos e

projetam aumento nas vendas.

Setor

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Um mercado que movimenta cerca de R$ 2 bilhões ao ano e produz mais de 1 bilhão de litros, sendo que praticamente 70% des-se total é consumido no verão, sem dúvida,

é destaque no Brasil. Trata-se do segmento de sor-vetes. Os números da Associação Brasileira das In-dústrias de Sorvetes (ABIS) comprovam a força deste setor e a sua importância para o segmento quando a temperatura aumenta.

De acordo com a entidade o mercado é compos-to por mais de 10 mil fabricantes de sorvestes, entre micro, pequenas e grandes empresas. Mais de 60% destas indústrias estão instaladas na região sudeste.

A instituição ainda não tem os dados relativos ao fechamento do ano de 2011, que segundo ela de-vem ser computados no final do mês de janeiro de 2012. Porérm, as perspectivas são de que os números do período devam ser semelhantes ou menores do que foi registrado em 2010, que teve um consumo de 1.117 milhões de litros e o faturamento na ordem de US$ 1 milhão e 939 mil.

As previsões da ABIS estão fundamentadas nas dificuldades enfrentas pelo setor em 2011, como o clima que não favoreceu muito e aos problemas cul-turais que ainda inibem as vendas nos dias chuvosos e frios. Apesar do consumo per capita no Brasil ter crescido com o passar dos anos, chegando a 5,77 litros/ano em 2010, o brasileiro ainda não tem o há-bito de consumir o produto com temperaturas mais baixas. “Sorvete alimenta e além de não ser calórico como se imagina é rico em nutrientes para a nossa saúde, pois é um alimento à base de leite, portanto, rico em cálcio, proteína, vitamina A, e é por essas e por outras razões que o sorvete torna-se recomenda-do para todas as idades”, acrescenta o presidente da instituição, Eduardo Weisberg.

{Investindo no período} Diante desta realidade os fabricantes aproveitam o verão para fa-zer os lançamentos do ano. Segundo o presidente da ABIS a tendência para este verão são o sorve-tes da linha Premium e os sabores de frutas típicas brasileiras. Os supermercados, responsáveis por boa parte das vendas do produto, também investem em volume e estrutura para fortalecer o faturamento das lojas com o crescimento do consumo de sorvetes no período. Muitas empresas do setor ampliam a área de exposição e número de marcas nas suas lojas.

A rede Walmart espera um crescimento de apro-ximadamente 15% nas vendas de sorvetes neste verão. A companhia informa que esta área das lo-jas do Walmart Brasil na região Sul é composta por produtos de nove marcas nacionais, regionais e de marca própria. O segmento é considerado de grande importância para a empresa, tanto que a rede decidiu aumentar em 50% o número de equipamentos para

exposição dos produtos para esta temporada.O Super Muffato, rede paranaense de super-

mercados, destaca que sempre se prepara de forma especial para o verão, pois nessa época a procura por sorvetes aumenta em 15% e todas as marcas são muito apreciadas. Para esse ano, por exemplo, está realizando uma campanha com a parceria da Kibon, com o aumento do número de freezers nas lojas e várias opções de sabores, “além dos melho-res preços que conseguimos para os nossos consu-midores”. A rede ainda trabalha com outra marca nacional, como a Nestlé, e algumas regionais como Sávio em Londrina, Geloni em Cascavel e Maringá, Oficina do Sabor em Foz do Iguaçu, e Paviloche em Curitiba. “Também nessa época do ano, como au-menta a procura, procuramos dispor melhor os pro-dutos na loja”, acrescenta.

{Promoção} Para esta temporada de ve-rão, a Nestlé investiu fortemente na renovação de sua linha sorvetes, oferecendo diversas inovações ao mercado. Entre as principais iniciativas, a em-presa destaca a volta da promoção Picolé Premia-do, pelo segundo ano consecutivo, que iniciou em outubro e termina em 29 de fevereiro. Nesta edi-ção a marca irá disponibilizar quatro milhões de palitos com o prêmio, que permite ao consumidor que comprar qualquer picolé Nestlé e for premiado com o palito marcado, trocar por uma unidade da linha de picolés La Frutta, nos sabores Uva, Limão ou Abacaxi. As campanhas publicitárias e ativa-ções nos pontos de venda também fazem parte dos planos da Nestlé para a promoção.

A empresa conta que a produção mantém rit-mo acelerado durante todo o ano para atender a demanda em todas as estações, mas principalmente no verão. A expectativas para este ano é de cresci-mento 25% nas vendas no período.

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01 A cada ano os fabricantes aprimoram produtos consagrados e lançam novos sabores

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38A estratégia da companhia junto aos su-

permercados consiste em garantir altos níveis de abastecimento para a temporada de verão, evitan-do falta de produto e, assim, a perda de fatura-mento. Além disso, aproveitar para usar o sorvete como um gerador de fluxo para a loja nesse perío-do, divulgando o mesmo em tablóides e ações nos próprios supermercados.

Para este ano a Nestlé ressalta que preparou al-gumas novidades. Entre os lançamentos, o destaque é o La Frutta Yogo, picolé feito com iogurte, com menos de 40 kcal, sem adição de açúcar e 0% de gordura, nos sabores Pêssego e Frutas Vermelhas. E com objetivo de ampliar a linha Premium da marca, a novidade é o cone Extrême, com duas opções de sa-bores para o consumidor: sorvete cremoso de creme de leite com sorvete tipo chocolate suíço e sorvete cremoso de creme de leite comsorbet de amora.

Além dos lançamentos, os apaixonados pela linha MOÇA® foram ouvidos pela empresa. O Picolé Moça retorna para o mercado. “A versão original e gelada do leite condensado mais querido dos bra-sileiros, está de volta, a pedido dos consumido-res”, informa a indústria.

{Aniversário} A Kibon também apresen-ta lançamentos em 2012, ano em que comemora 70 anos de atuação. As inovações têm o objeti-vo de atender os diversos gostos e ocasiões de

consumo. São novos sabores, além de edições especiais e comemorativas de picolés e potes, disponíveis em pontos de venda de todo o país, “e que prometem ser a sensação da temporada de verão”, destaca a empresa.

A linha Fruttare ganha o sabor Maracujá, que tem sementes da própria fruta. Outra vantagem é que, com apenas 58 kcal, o picolé pode ser in-serido em uma dieta balanceada, mas com muito saborosa. Um novidade extra é o Fruttare Caseiro Goiaba, com pedaços da fruta e a cremosidade do leite, em formato artesanal.

Já para Magnum, a linha Premium da Kibon, a grande inovação é Magnum Chocolatier Collection, criada para celebrar os prazeres do chocolate. São dois novos sabores, o Magnum Brownie e o Magnum Trufa, inspirados em receitas clássicas, que segundo a empresa tem grande aceitação pelos consumidores, trazendo uma combinação de sorvete cremoso com uma crocante camada de chocolate belga. Magnum Trufa é um sorvete de chocolate, com recheio de tru-fa de chocolate e coberto com uma camada crocante de chocolate belga, enquanto Magnum Brownie é um sorvete sabor brownie coberto com uma camada cro-cante de chocolate belga com avelãs e castanhas.

Ainda entre os picolés, a Kibon também prepa-rou uma novidade para a criançada. O Chicabonzinho, tradicional combinação de chocolate, malte e leite em uma versão especialmente desenvolvida para os pequenos, ganhou uma edição limitada em home-nagem ao filme Rio. A nova versão do picolé conta com uma embalagem especial, além de um game na internet, no qual o objetivo é encontrar os persona-gens do filme em meio a paisagens da cidade do Rio de Janeiro (www.kibon.com.br/chicabonzinho).

Na linha Momentos, idealizada para ser perfei-tamente compartilhada em momentos a dois, a ino-vação é o sabor Coco com Chocolate. “Trata-se de uma saborosa combinação de sorvete de coco com pedaços da fruta e uma deliciosa e abundante calda de chocolate”, destaca a empresa.

Alguns dos ícones da marca Kibon, como o picolé Chicabon e o pote de 2L de Flocos, ganham uma embalagem retrô nesta temporada. A intenção da Kibon é resgatar a história da marca por meio desses sorvetes, que até hoje figuram entre os mais apreciados pelos consumidores brasileiros. O pote de 2L de Flocos também apresenta nova fórmula, com 20% mais pedaços de chocolate.

Em paralelo aos lançamentos, durante todo o Verão acontece a Promoção 70 anos de Felicidade. No total são mais de 1 milhão de palitos premiados espalhados por todo o país e mais de R$ 95 mil em prêmios nos potes de sorvete da marca. Para mais informações, os interessados podem acessar o site www.kibon.com.br/70anos.

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02 Nestlé relançou a promoção Picolé

Premiado, quevai até 29 de

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BIBLIOTECA

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Marketing 3.0

De Philip Kotler - Editora Campus Else-vier - 1ª Edição - 2010 - 240 pág. R$ 29,61 – www.americanas.com.

Nos últimos anos, mudam as tendências, os cenários, os mercados e os consumidores, mas Philip Kotler continua como o principal formador de opinião em marketing. Pelo quarto ano conse-cutivo o norte-americano é o autor da obra mais vendida e mais lida do segmento, de acordo com o Top 10 de Livros mais vendidos de marketing em 2011. O novo modelo de marketing - Marketing 3.0 - trata os clientes não como meros clientes, mas como os seres complexos e multifacetados.

Estes, por sua vez, estão escolhendo pro-dutos e serviços que satisfaçam suas necessida-des de participação, criatividade, comunidade e idealismo. Neste livro, Philip Kotler, o mais in-fluente pensador da área de marketing de todos os tempos, mostra porque o futuro do marketing está em criar produtos, serviços e empresas que inspirem, incluam e reflitam os valores de seus consumidores-alvo. Ele também explica o futuro do marketing e porque a maioria de seus profis-sionais está presa ao passado.

– as forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano

DestaqueInovações no Varejo: Decifrando o Quebra--Cabeça do Consumidor, de Alberto Serrentino - Editora Saraiva - 2006 - Edição 2 - 144 pág. R$ 42,90 (www.submarino.com.br)

InovaçãoOzires Silva - Um líder da Inovação, de Décio Fischetti - Editora Bizz Comunicação. R$ 52,00 (www.livrariasaraiva.com.br)

MarketingA Bíblia do Marketing Digital, de Cláudio Torres - Editora Novatec - 2009 - 400 pág. R$ 54,90 (www.fnac.com.br).

Gestão/EstratégiaGestão de Logística, Distribuição e Trade Marketing, de Fernando Saba Arbache, Almir Garnier Santos e Christophe Montenegro Mo-reira, Wladimir Ferreira Salles, Et Al. Publica-ções FGV - Edição 3 - 2011 - 164 pág. R$ 22,00 (www.editora.fgv.br)

VendasSegredo em Vendas, de Omar Souki - Editora Elevação - Edição 1 - 2007 - 87 pág. R$ 9,90 (www.submarino.com.br)

Correndo pro Abraço – Como Vender mais Fa-zendo com que o Cliente Compre Sempre, de Raúl Candeloro & Sérgio Almeida - Editora Casa da Qualidade - 160 pág.- R$ 22,50 (www.livra-riasaraiva.com.br)

LiderançaSuperdicas para Se Tornar um Verdadeiro Lí-der, de Paulo Gaudêncio, Editora Saraiva- 2009 - 2ª Edição - Conforme a Nova Ortografia – 136 pág. - R$ 14,57 (www.livrariasaraiva.com.br)

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Destaque/Marketing

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SPC Brasil e SCPC:frutos das divergências

Depois da criação do SPC, as divergências entre entidades no decorrer dos anos, provocaram a separação e o surgimento de duas empresas: O SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), ligado à CDL Porto Alegre – que manteve a sigla SPC – e à Boa Vista Serviços, e o SPC Brasil, vinculado à CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas) e à

FCDL-RS (Federação das Câmaras de Dirigentes Lo-jistas do Rio Grande do Sul).

“Através do SPC Brasil os associados têm acesso às informações de mais de 2.200 entidades presentes em todos os Estados do Brasil. Possui um amplo cadastro de informações creditícias com abrangência nacional que auxiliam as empresas na tomada de decisão para concessão de crédito com segurança e facilidade”, informa Leonardo Neira, superintendente da FCDL-RS. Em 2011, a CNDL fir-mou parceira com a Serasa Experian, tornando-se assim maior banco de dados do país, buscando for-talecer ainda mais sua capacidade de recuperação de credito e abrangência, acrescenta Neira.

Existem outras empresas que operam nessa fai-xa de mercado, como a proScore, com sede em São Paulo. “A proScore, bureau de informação e análise de crédito, atua em âmbito nacional desde 1998 e é especializada no gerenciamento e estruturação de dados, como informações creditícias, cadastrais, com-portamentais e segmentadas graças ao seu banco de dados, que conta com aproximadamente 165 milhões de CPF´s e mais de 11 milhões de CNPJ´s de todo o Brasil. Todas as análises são realizadas com tecnologia própria”, explica o diretor Ivo Barbiero.

Esse mercado está cada vez mais disputado e todos concordam que o potencial é atraente. Para Nei-ra, o SPC Brasil avalia como positivo o cenário futu-ro de serviços de informações de crédito no Brasil e na Região Sul. “Com aquecimento do mercado, está em plena ascensão. A estabilidade econômica e po-lítica observada no Brasil nos últimos anos contribui

A s relações de consumo modernas estabele-cem que o consumidor pode recorrer a duas formas de pagamento para efetivar a aqui-sição de um bem ou serviço: à vista ou a

prazo - esta com algumas variações, como o consórcio ou fiança. Houve um tempo, até por volta da metade do século passado, em que as garantias variavam da palavra empenhada pelo próprio cliente, o famoso “fio de bigode”, ou o compromisso verbal assumido por algum amigo, parente ou patrão. Mas os tempos mu-daram. Com o surgimento do Serviço de Proteção ao Crédito em 1955 (ver box), as autorizações de crédito

Análise de Crédito,do “fio de bigode” ao computador

tornaram-se um negócio sério, altamente lucrativo, com variantes conforme a atividade, ancoradas em sistemas de alta tecnologia que oferecem rapidez na consulta e evitam o calote. Os inadimplentes entram para a terrível “lista negra” e têm o acesso ao crédi-to bloqueado. Os bureaus de informação e análise de crédito evoluíram e prestam valiosos serviços à classe lojista, cada um a seu modo, ampliando o leque de opções para quem vende e quer ter certeza que vai receber. A revista Super Sul ouviu algumas das mais expressivas empresas do setor para saber sobre o sis-tema e seu estágio de atuação.

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para aumentar a expansão do crédito e da confiança do consumidor, o que fez com que as instituições fi-nanceiras e o próprio varejo adotassem modelos de análise de risco para concessão de crédito muito mais precisos e abrangentes”, explica. Conforme Neira, há no mercado um potencial significativo que pode ser explorado, especialmente em Porto Alegre, onde exis-tem cerca de 30.000 estabelecimentos comerciais e apenas 10% deste total utiliza algum sistema de aná-lise de crédito.

A CDL Porto Alegre, que está associada ao Grupo Boa Vista, responsável pelo SCPC, faz outro tipo de avaliação. Informa que a empresa possui um banco de informações comerciais de pessoas físicas e jurídicas, de âmbito nacional, sendo considerado o maior banco de dados da América Latina. O presidente Câmara Vil-son Noer afirma que o órgão oferece para o mercado uma maior segurança nas vendas, sejam a prazo ou à vista, contribuindo para redução dos riscos na gestão das operações a crédito e aumentando a rentabilida-de das empresas. “A inclusão da dívida no cadastro do SPC oferece alto poder de recuperação de crédito, tendo em vista que todos os segmentos econômicos utilizam o serviço, o que propicia à empresa credora melhor liquidez nas operações a crédito”, ressalta.

Noer também enfatiza que vender com qualidade tem se mostrado mais importante que novas opor-tunidades comerciais. Essa premissa tem norteado a gestão das empresas para a expansão comercial, pois reduzir os riscos de não receber os créditos concedidos é fundamental para que as empresas se mantenham competitivas no atual mercado. “Não só na região Sul, mas em todo o país, tendo em vista a expansão do crédito, essa tem sido a política em destaque pelo mercado”, acrescenta o dirigente.

E para Barbiero, da proScore, a questão é mais delicada. “Informações, de um modo geral, passam a ser um meio cada vez mais importante para tomada de decisões. Mas é preciso cautela, um mero cadastro positivo ou negativo não qualifica nem desqualifica uma pessoa, é apenas uma variável na tomada de de-cisão. Portanto, ela varia de setor para setor, levando--se muito em conta a experiência do usuário no seu setor e as sazonalidades de mercado”, explica.

Outro assunto que pode ser tornar polêmico é o perfil dos clientes em potencial para as empresas de análise de crédito. “Atendemos a toda e qualquer empresa, pois disponibilizamos informações para con-cessão de crédito e informações cadastrais de Pessoas Físicas e Jurídicas com abrangência nacional. Além disso Certificação Digital, Score, Cadastro Positivo, Garantia de Cheques dentre outros produtos”, explica Neira, da FCDL. A proScore, diz Barbiero, também não faz restrições. “Atendemos a todos os setores nacio-nalmente. Desde o “front office” até a cobrança, pas-sando pelo financeiro, marketing e crédito”, ressalta.

Já o SPC, conforme o Estatuto da CDL Porto Ale-gre, “poderão fazer uso empresas mercantis, prestado-ras de serviços, instituições financeiras e equiparadas, empresários (pessoa jurídica), profissional autônomo ou liberal com inscrição municipal ou em órgão de classe e outros aqui não mencionados, desde que atendam as disposições do estatuto da entidade”.

Se não existem tantas diferenças conceituais,

SPC surgiu em Porto AlegreEm um breve relato a Câmara de Diretores Lojistas de Porto Alegre

(CDL Porto Alegre) relembra a criação do serviço de análise de crédito. “Em 1955, um grupo de lojistas da Capital sentiu a necessidade de colher informações sobre os clientes que estavam pretendendo ter crédito nas lo-jas. Uma equipe de informantes era enviada para a região onde os clientes moravam para recolher informações sobre potenciais clientes das lojas para saber se eram bons pagadores.

Com o crescimento da demanda de crédito, esse tipo de serviço se tornou inviável e os informantes passaram a se encontrar nos bares do cen-tro da Capital para trocar dados sobre os clientes. Nessa época, um grupo composto por 27 empresas teve a idéia sobre uma nova maneira de operar. Foi criado, então, em 22 de julho de 1955, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) com o objetivo de reunir informações num só local. O seu primeiro presidente foi o empresário Hélio Maurer.

Cada loja entregava uma ficha com o nome dos inadimplentes e o SPC confeccionava uma relação e enviava semanalmente para esses lojistas. O número de empresas associadas e de inadimplentes foi aumentando e o SPC passou a arquivar as fichas em ordem alfabética. Toda vez que aparecia um cliente, uma “papeleta” era preenchida e enviada para o serviço. No prazo de até uma semana eram repassadas à loja todas as informações dos inte-ressados na compra para a aprovação do crédito. O crescimento do número de empresas e intenções de crédito fez com que os pedidos de informações por meio de papeletas fossem extintos.

Com isso, em 1962, o Serviço de Proteção ao Crédito de Porto Alegre passou a operar com consultas por telefone, chegando a ser considerada a maior central. Em junho de 1999, a CDL - Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre incorporou o SPC. As duas Entidades uniram-se para fortalecer o movimento lojista e a junção criou uma entidade com os serviços do SPC e a representatividade da CDL, onde quem ganha é a associada. O SPC tem como objetivo dar maior segurança e diminuir os riscos nas operações de crédito e recebimento de cheques. É um serviço que busca centralizar informações de todo o Brasil e integrá-las em um banco de dados do país inteiro, diminuindo consideravelmente o risco de problemas nas suas tran-sações comerciais.”

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o que determina a escolha do lojista pode ser mera questão de abrangência, metodologia, custo ou afi-nidade classista. Segundo Neira, o SPC Brasil já deti-nha a condição de maior rede de informações do país com um número superior a 2000 entidades operando o sistema, com mais de 1,2 milhões de empresas as-sociadas trabalhando na restrição e conseqüente recu-peração do crédito. “Isto são números invejáveis em qualquer lugar do mundo. Some-se agora a parceria com a Serasa Experian, que detêm uma base signi-ficativa de informações do setor bancário do Brasil, médias e grandes empresas, além do grande varejo na-cional, ou seja, somos complementares e isso nos dá um diferencial competitivo significativo”, diz.

O dirigente da FCDL-RS revela o que é oferecido pelo SPC Brasil. “Hoje já temos em nosso portfólio mais de 70 tipos de produtos/serviços para análise de risco e apoio as vendas a prazo. Com a parceria, este número vai ser ampliado ainda mais, podendo ultra-passar a casa de 100 serviços diferentes. Cabe lem-brar ainda a oportunidade gerada agora também com o Cadastro Positivo, que vai mudar a forma de analisar risco a partir de agora”, ressalta Neira. O SPC, ligado à CDL Porto Alegre procura abordar esta questão de ma-neira concisa e com uma justificativa direta: “Tradição e pioneirismo no serviço de proteção ao crédito, quali-dade da base de dados de pessoa física e o atendimen-to”, lembra Noer. Quanto aos custos dos lojistas para fazer as consultas, as empresas preferiram a discrição e não revelaram valores. Apenas a proScore comentou sobre o tema: as soluções são “taylor made” desenvol-vidas conforme a necessidade dos clientes.

Sobre o volume médio de consultas o SPC Brasil destaca números fantásticos. “Nossa média mensal era

de 50 milhões de consultas, hoje com a parceria, este número pulou para mais de 152 milhões de consultas mês. Sinais de que o acordo deu certo e os nossos associados e clientes confiam no serviço”, avisa Neira. “Nesta época do ano atingimos a marca de 15.000.000 de requisições em nosso banco de dados”, acrescenta Barbiero, da proScore. Por também considerar questão estratégica a CDL não revelou dados.

{Parcerias estratégicas} Com a divisão do SPC, começaram a surgir as parcerias, como entre a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serasa/Experian que, segundo a entidade classista, consolida a segurança do varejo brasileiro na conces-são de crédito. “O Serviço de Proteção ao Crédito co-meçou há 55 anos, em uma realidade tecnológica mui-to diferente da que estamos acostumados. O princípio se deu em Porto Alegre e São Paulo, simultaneamente, por grupos de empresários dedicados a se proteger contra cheques devolvidos, lembra Neira, da FCDL-RS. Então propuseram a criação de uma lista, que identifi-caria o nome das pessoas que passaram estes cheques.

Segundo Neira, os paulistas criaram a figura dos emissários, que tinham posse dos registros de cada loja integrante da região na qual trabalhavam. Ao invés de cada loja ter uma cópia de uma lista, era necessário ir até a praça ou região central da cidade para consultar os nomes nos dados dos emissários. Foi então que surgiu a expressão “nome sujo na praça”, devido ao serviço criado pelos paulistas. Em Porto Alegre, era mais comum ouvir que o nome estava na “lista negra”. “A distinção entre as expressões torna evidente a diferença entre os dois sistemas, embora ambos sejam pilares concretos da criação do modelo de cadastro, da base de dados e informações do co-mércio conforme conhecemos atualmente”, ressalta.

{Evolução do sistema} Neste mesmo perí-odo, outros centros comerciais do país se organizaram desta forma, como o Rio de Janeiro e Belo Horizonte, este último tendo criado e registrado a marca SPC, Serviço de Proteção ao Crédito, que mais tarde foi concedida a CNDL, entidade máxima do sistema CDL em todo o Brasil, conta Neira. “A partir da criação des-tes sistemas, muitos comerciantes interessaram-se em

Destaque

01 Para Neira (FCDL), há um grande

mercado em potencial para empresas de análise de crédito

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contribuir e ter acesso as informações do banco de da-dos. O que era apenas uma lista em que se anotava o nome de algumas pessoas começa a tomar proporções muito maiores do que o esperado. Se fez necessário, assim, criar um grupo para gerir essas informações. Por isso foi criado o primeiro Clube de Diretores Lo-jistas. A partir de então, era necessário ser associado para ter acesso à lista de inadimplentes”, explica.

Este modelo funcionou até o final da década de 70, quando a inserção da tecnologia da informação começou a se tornar realidade para o SPC, continua Neira. “Isso permitiu que todos os CDLs e Serviços de Proteção ao Crédito do Brasil se interligassem, tornan-do o banco de dados eficiente e sólido. Antes era pos-sível apenas consultar os registros da cidade em que a entidade era situada. “Cada município tinha seus re-gistros e não conseguíamos ligar um ao outro. Com a chegada da informática essa barreira caiu. Surgiu en-tão um banco de dados nacional, em que era possível consultar informações de qualquer estado e cidades do Brasil”, completa o dirigente. Formou-se então a Rede Nacional de Informações Comerciais (Renic), que integrava todos os SPCs do país – eram cerca de 2000 entidades conectadas - através do sistema. A Renic foi extinta no dia 14 de dezembro de 2011.

Espelhando-se na organização do varejo, os ban-cos também criaram sua base de dados. Alimentado por todas as informações de pessoas físicas com dí-vidas nas organizações bancárias, a Serasa é conhe-cida pela grande força em evitar novas obtenções de crédito de inadimplentes. Em agosto de 2011, os dois maiores bancos de dados do Brasil oferecem aos lojis-tas de todo o Brasil, por meio de convênio com a CNDL e FCDL-RS, todo o seu portfólio de serviços.

{Serasa Experian, sistema privado} Fundada em 1969, a empresa tem sede em São Paulo e 49 agências distribuídas pelas capitais e principais cidades do país, além de outros 11 Postos de Atendi-mento ao Consumidor em serviços como o Tudo Fácil, em Porto Alegre, o Poupatempo, em São Paulo, e o Rio Simples, no Rio de Janeiro. A Serasa Experian conta ainda com uma rede de mais de 340 postos em todas as regiões do Brasil para emissão do Certificado Digi-tal, tem 2.600 funcionários e 400 mil clientes, pres-tando cerca de 4 milhões de consultas/dia.

Conforme Danilo Nascimento, diretor de Seg-mento Cartões e Varejo da Serasa Experian, a empre-sa tem clientes em todos os setores da economia, de todos os portes, oferecendo soluções de informação e apoio à decisão para todas as etapas do ciclo de negó-cios, da prospecção de clientes à recuperação de dívi-das em atraso. “Atendemos desde necessidades como a informação se um cheque é sustado ou roubado para um recebimento na “boca do caixa”, até um relatório internacional para uma empresa que quer exportar”.

A explicação sobre porque uma empresa deve recorrer aos serviços/soluções da Serasa Experian, é elementar, ressalta o executivo. “Para fazer negócios com níveis mais elevados de competividade, rentabi-lidade e segurança, o que, em outras palavras, sig-nifica a sustentabilidade e a perenidade de uma em-presa. É impensável hoje não vender a prazo. Tanto a empresa precisa se financiar com os seus fornecedo-res quanto precisa dar crédito a seus clientes. E para que todos se beneficiem do crédito, antecipando a aquisição de bens, é imprescindível um sistema con-fiável de informações para negócios e apoio a deci-são, visando ao equilíbrio das relações de consumo. Afinal, o crédito é um motor da economia, mas para isso precisa ser bem concedido. E é esse o papel da empresa”, destaca Nascimento.

A relação entre o cliente/empresa e a Serasa ocorre de maneira mais formal: contratação de servi-ços. “Uma empresa torna-se cliente por meio de um contrato de prestação de serviços, que estabelece obrigações recíprocas. As empresas clientes acessam as informações do banco de dados, por meio de senha e logon exclusivos, responsabilizando-se pelo uso das informações para concessão de crédito e realização de negócios”, informa o executivo.

Nascimento cita as áreas de serviços as quais o cliente pode recorrer. “Há uma gama de soluções e ferramentas de informações para negócios, para todas as etapas do ciclo de negócios, possibilitando a toma-da de decisões mais rápida, com menor risco e maior rentabilidade. Resumidamente podemos citar os focos: Prospecção de mercado; Gestão, retenção e fidelização de clientes; Concessão de crédito; Gestão de portfolio de crédito; Gestão de cobrança e Fraude e Validação – os produtos específicos de cada módulo podem ser encontrados no site da empresa.

De uma forma geral, os contratos são por tempo indeterminado, exceto contratos com órgãos públicos, regidos pela Lei de Licitações e os seus custos são es-pecíficos, como explica Nascimento. “Os preços variam pelo volume de consultas e de acordo com a quanti-dade de soluções contratadas. Temos uma grande di-versidade de soluções que se adaptam às necessidades de nossos clientes, compondo uma excelente relação custo-benefício”, diz.

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02 Danilo Nascimento, diretor da Serasa Experian, acredita em declínio da inadimplência

03 Ivo Barbiero, da proScore, diz que as informações passam a ser cada vezmais decisivas

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Entre os segmentos empresariais com maior fre-quência de consultas no Brasil, segundo o executivo, em relação a volume, destacam-se os bancos, as re-des de varejo e as empresas de telefonia, no setor de serviços, pela natureza de sua atividade. Nascimento também revelou quais as principais vantagens/bene-fícios para os setores de cartões de crédito e varejo. “Maior nível de segurança, precisão e agilidade na de-cisão são, sem dúvida, benefícios bem tangíveis para esses dois segmentos. Maior rentabilização da base de clientes é outro benefício muito percebido”, ressalta.

O conceito do consumidor brasileiro costuma ser avaliado por seu acesso ao crédito. Nascimento ex-plica como funciona esse processo e como foi entre 2010 e 2011. “Nossos indicadores de inadimplência do consumidor se baseiam em volume de dívidas vencidas e não pagas cadastradas no banco de dados, e não em CPFs. Mas o que sinalizam é que, após ter se manti-do em elevação durante praticamente todo o ano de 2011, o cenário que se abre para a inadimplência do consumidor, pelo menos para o início de 2012, é de declínio”, comenta.

Uma curiosidade de lojistas e consumidores é saber quais segmentos registram mais problemas com atrasos/débitos. Conforme o diretor da Serasa Expe-rian, é feito o acompanhamento de acordo com os meios de pagamento. “No caso da inadimplência do consumidor, que caiu 3,0% em setembro na compara-ção com agosto/11, todas as modalidades da inadim-plência puxaram a queda”, adverte. Segundo ele, as dívidas não bancárias (cartões de crédito, financei-ras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água) apresentaram queda de 3,3%, com contribuição nega-tiva de 1,3 p.p. Os cheques sem fundos caíram 10,3% (contribuição negativa de 1,1 p.p na variação total). As dívidas com os bancos tiveram declínio de 0,9% (-0,4 p.p). Os títulos protestados também tiveram queda de 13,9% (-0,2 p.p).

Um temor de clientes refere-se ao risco de vaza-mento de dados. Nascimento diz que as informações para decisão de crédito são informações privadas não sigilosas, tratadas com rigor quanto à sua segurança e à finalidade de uso. “A Serasa Experian estabelece com os clientes contratos que delimitam a finalidade do uso da informação, de acordo com a lei, com res-ponsabilidades mútuas. O acesso às informações por parte dos clientes, mediante uso de senha e logon exclusivos, permite o acompanhamento das trilhas de auditoria para, se necessário, rastrear os acessos. As políticas de segurança da informação e os processos relativos a isso se baseiam no que há de mais rigoroso, e nem poderia ser diferente em uma empresa como a Serasa Experian”, garante.

Se as relações entre consumidor e fornecedor nem sempre são amistosas, imagine entre o consu-

midor e uma empresa de análise de crédito, que ele considera uma espécie de “algoz”. Nascimento ressalta que a empresa tem uma relação de profundo respeito pelo consumidor e sabe, por pesquisas confiáveis, que a população tem confiança em seu trabalho e a reco-nhece como uma companhia séria e de tradição.

“A maioria da população é boa pagadora, mas tem arcado com taxas acima de seu risco porque o sistema que não considera os pagamentos honra-dos, e os bons pagam pelos maus. Este ano o ca-dastro positivo foi sancionado e temos tido uma adesão espontânea bem positiva dos consumidores, demonstrando essa confiança em nosso trabalho e no entendimento da importância de um sistema de informações consistentes para que o crédito flua, e de maneira mais justa”, explica.

Uma das iniciativas interessantes é o Plano de Recuperação de Crédito, realizado anualmente. Este ano ocorreu a quarta edição consecutivo da companha de recuperação de dívidas para o Natal. “A Campanha 2011 tem muitos varejistas aderin-do à nossa solução de recuperação, mas ainda não temos um balanço. Naturalmente não negociamos diretamente com o consumidor. Buscamos dar aos fornecedores do crédito as melhores soluções de in-formação, em condições facilitadas, para renegocia-rem diretamente com seus clientes, que, indireta-mente, são assim favorecidos”, alerta Nascimento. Em 2010, cerca de cinquenta empresas, a maioria grandes redes de todo o país, aderiram. Ao todo, foram beneficiados 2,7 milhões de consumidores.

{Boa Vista Serviços} Administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), a Boa Vista é a única empresa do segmento de informações comerciais com controle nacional. São mais de 350 milhões de dados sobre transações realizadas por con-sumidores e mais de 42 milhões de registros sobre em-presas. A empresa informa que a cobertura nacional das informações armazenadas é garantida por meio do envio de dados por clientes com presença em todo o País, informações obtidas de fontes oficiais e ainda pelo compartilhamento de dados as principais enti-dades representativas do varejo de todas as regiões.

Segundo a Boa Vista, essa riqueza de informa-

Destaque

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04 Noer, da CDL Porto Alegre, destaca

as vantagens do SPC para os lojistas

associados

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ções gera poderosas ferramentas para auxiliar o pro-cesso de tomada de decisões em todas as etapas do ci-clo de negócios. A empresa atende cerca de 1,2 milhão de clientes diretos e indiretos em todos os segmentos da economia e na velocidade que o mercado precisa, em benefício do crescimento brasileiro. Recentemente a Boa Vista anunciou a Rede Verde-Amarela, uma pla-taforma de compartilhamento de informações comer-ciais de pessoas físicas que envolve milhares de enti-dades representativas do comércio em todo o Brasil.

O modelo de coleta e processamento de infor-mações é sustentado pela base de dados da Boa Vista Serviços. Além disso, a Rede possui uma ferramenta de colaboração, serviços e interatividade pela internet. Outro diferencial é a capacidade e foco na operação do Cadastro Positivo, que foi aprovado no meio deste ano e representa a nova era do mercado de informações para concessão de crédito.

Com a participação inicial de mais de 2200 associações comerciais, clubes de diretores lojistas, sindicatos varejistas e outras entidades, a Rede Ver-de-Amarela apresenta uma capilaridade que abran-ge 100% dos municípios brasileiros, de metrópoles como São Paulo ou Rio de Janeiro, a localidades me-nores como São José do Jacuri, em Minas Gerais, ou Nordestina, na Bahia. Mas a ideia é ampliar a atuação com a adesão de mais duas entidades altamente re-presentativas, uma de âmbito nacional, a Confede-ração das Associações Comerciais do Brasil (CACB) e outra estadual. Além disso, a expectativa é de pelo menos uma nova adesão por semana nos primeiros meses após o lançamento.

“A Rede Verde-Amarela representa uma evolução em todos os sentidos porque garante mais benefícios a todos os participantes” declara Dorival Dourado, presidente da Boa Vista Serviços. Ele diz que é uma evolução, por exemplo, em relação à prática até agora adotada de alimentar o sistema apenas com as restri-ções do CPF. O novo modelo deixa de lado o sentido de exclusão para privilegiar a inclusão. “A captura de apontamentos, o processamento dos dados e a inte-ligência do sistema irão considerar informações de adimplência de pagamentos e não somente o famo-so nome sujo” explica Dorival Dourado. Isto, em sua opinião, é relevante para o consumidor, que passa a ser reconhecido pela sua pontualidade e cumprimento das obrigações creditícias, e de grande valia para as empresas que analisam e concedem crédito. “O Cadas-tro Positivo oferece amplas oportunidades, que cada rede varejista, instituição financeira ou indústria pode aproveitar conforme suas estratégias de negócio” acrescenta.

A integração da Rede Verde-Amarela será feita por meio de um portal (www.redeverdeamarela.com.br) no qual as entidades terão acesso todas as solu-ções da Boa Vista Serviços para comercialização local,

e poderão interagir de forma colaborativa usando uma rede social exclusiva do sistema.

A plataforma foi desenvolvida para promover geração de conhecimento e seu compartilhamento entre os participantes de modo a criar novas opor-tunidades de negócio, ampliar a capacidade de ino-vação e gerar valor para toda a rede. Com isso, fun-cionará também como um ponto de aglutinação das entidades, contribuindo para que elas mantenham seus princípios institucionais de representação polí-tica e ao mesmo tempo incorporem modernas práti-cas de gestão dos serviços prestados.

A Rede Verde Amarela vai contar com a estrutu-ra organizacional da Boa Vista Serviços, constituída, por entidades sócias representativas do comércio nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. Além disso, terá dez escritórios nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Pernambuco, Bahia, Ceará, Goiás e Rio Grande do Sul, além de uma importante rede de representantes comerciais.

{Atendimento diferenciado} As 27 Fede-rações e 2,4 mil Associações Comerciais de todo do país terão acesso a um serviço diferenciado de pro-teção ao crédito, especializados para cada realidade local. Essas atividades estão contempladas em um convênio firmado entre a Confederação das Associa-ções Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e a empresa Boa Vista Serviços (administradora do Servi-ço Central de Proteção ao Crédito – SCPC). O acordo foi assinado recentemente em Brasília, entre os presi-dentes da CACB, José Paulo Dornelles Cairoli, e da Boa Vista, Dorival Dourado.

Por meio do convênio, as federações e as-sociações comerciais e empresariais espalhadas pelo país poderão oferecer, distribuir e comercia-lizar produtos de análise e proteção de crédito da Boa Vista. Ao todo, são mais de 30 produtos e serviços. “Temos feito um intenso trabalho para centralizar os serviços na CACB. Nossa ideia é for-talecer o sistema associativista e beneficiar assim, as entidades na ponta. Esta parceria vem somar a nossa carteira de serviços aos associados e aos empresários”, completa Cairoli.

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05 Dorival Dourado, da Boa Vista Serviços, diz que a rede Verde Amarela é uma evolução

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Se você é pai, se é mãe, ou dindo ou dinda de um bebê, de uma criança, você sabe que o seu primeiro e maior desafio não é fazê--lo comer na hora certa, nem convencê-lo a

comer tudo. Nem mesmo levá-lo a preferir a leitura de uma his-torinha à ver tevê. Não é. Antes de tudo isso, até sem saber, todo adulto quer o mesmo: conquistar a atenção do pequeno. E esse não é um desafio incomum para nós, profissionais, em nossas empresas. Todos os dias, no coti-diano do trabalho, em uma reu-nião, em uma palestra ou em um almoço de negócios, desejamos, antes de tudo, atrair a atenção de nosso interlocutor para as nossas coisas, para as nossas no-vidades, para o que precisamos comunicar. Qual é a relação? As-sim como você precisa entrar no mundo da criança para comuni-car-se com ela, no mercado cor-

porativo, você necessita imergir no mundo de sua plateia – mesmo se for de uma pessoa só – para obter sucesso na comunicação.

Um dia desses, cheguei na sala da minha casa enquanto o Bento, meu afilhado de dois anos e oito meses, assistia televisão. Sentei-me ao seu lado como todo padrinho senta ao lado de seu afilhado. Estava convicto de que mereceria a sua atenção. Mas antes que eu pudesse puxar assunto, iniciar mi-nhas perguntas, ele deixou o desenho animado de lado, virou, olhou-me firme, e disse:

– Você – apontando o indicador em minha di-reção e fazendo força com as sobrancelhas. – Aqui, não. Lá! – e indicou-me a cozinha.

Meu afilhado, que nem podia compor uma fra-se perfeita, não me queria ao seu lado. Meu mundo desabara. Saí tão constrangido quanto arrasado, mas antes que eu passasse a buscar respostas para todas aquelas questões, algo dentro de mim come-çou a consolar-me. Ele é apenas uma criança, eu me dizia, e tem pouco mais de dois anos. Não posso esperar que uma criança como ele reaja de acordo com minhas expectativas.

E eu estava certo.

O bê-á-bá da comunicaçãoCOM

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A Por Juliano Rigatti

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Se você tem filho -- ou tem um afilhado - já deve ter enfrentado, como eu, a dificuldade de in-teragir com ele, de encontrar a fórmula certa para produzir a reação desejada. Ou você nunca gastou uma nota num brinquedo e mais tarde ele acabou se divertindo mais com a colher de pau da cozinha? Ou você nunca resolveu mostrar ao vizinho como o filho ou afilhado pronuncia aquela palavra nova, e na hora certa ele emudeceu? Ou você nunca quis que ele experimentasse aquela macarronada e ele insistiu no pepino em conserva?

Eu estou aprendendo muito com o Bento. Por-que os bebês e as crianças, na sua simplicidade, representam a forma humana mais complexa com quem podemos nos comunicar. Mais que um defi-ciente auditivo para quem não domina a linguagem de sinais. Mais que um chinês para quem não fala a sua língua. Porque não se trata do pleno funcio-namento dos cinco sentidos. O que nos interessa na comunicação é a capacidade de fazer perceber o significado de algo, o grau de apreensão de um conhecimento. As crianças vivem no mesmo mundo em que você vive, circulam pelos mesmos espaços, convivem com as mesmas pessoas, se alimentam daquilo que você se alimenta, respiram o mesmo ar que você, dormem e acordam, desenvolvem os sen-tidos, mas compreendem o mundo que cerca você e elas de um jeito completamente distinto.

Muito mais importante é o que o outro está ouvindo do que aquilo que eu estou falando. Essa é a primeira grande lição que uma criança pode ensinar.

Embora ela já perceba sons desde recém-nas-cida – seu sistema auditivo está formado no quinto mês de gestação –, o alcance da sua visão nos pri-meiros meses é de 20 a 30 centímetros, mais ou me-nos a distância entre o seu rosto e o da mãe na hora da amamentação. Ela não consegue focalizar objetos além dessa medida. As imagens são embaçadas e du-plas porque as duas retinas ainda não estão unidas. O bebê é míope. Portanto, pouco importa a careta que você fizer enquanto a leva para passear no carrinho. Ela não lhe dará a mínima.

No oitavo mês, a criança ainda precisa se as-segurar de que quando uma pessoa some não deixou de existir. Por isso que, às vezes, ela nos acompanha com o olhar e estica o pescoço para ver onde esta-mos indo. É nesta fase que funcionam bem aquelas brincadeiras de esconder; você some, aparece rapida-mente e arranca gargalhadas, não é? Portanto, não faça isso muitos meses antes. Você corre o risco de rotular-se como alguém que não é divertido, que não é amado pelo seu pequeno – quando, na verdade, você só não soube se comunicar.

Um outro importante aprendizado que pode surgir do convívio com os menores é que sempre de-verá haver um ponto em comum entre você e o outro

para que a comunicação possa se estabelecer.Ao contrário dos exemplos anteriores, procure

adentrar no mundo infantil para atrair a simpatia da criança. Montar em um cavalo ou pular o meio-fio pode ter, para ele, a mesmíssima emoção; portanto, não se surpreenda se ele o ignorar com o cavalo e preferir brincar na calçada. Nos primeiros meses de vida, o bebê nem sabe que o seu próprio corpo pode produzir ruídos – nem sabe que o seu corpo é seu, aliás. Portanto, conduza a mão dele à mesa ou à ca-deira e produza sons. Ele ficará encantado.

Pense em seu ambiente de trabalho. Certamen-te, nele, há muitos profissionais que não enxergam determinadas coisas a menos que elas fiquem a 20 centímetros deles. Como os recém-nascidos. Há ou-tros, que não reconhecem a importância de uma ati-vidade, de um programa. Só o valorizam no instante em que ele deixa de existir. Como os bebês de oito meses. Tais características, porém, não tratam-se de nenhum demérito. São apenas dados a mais que você precisa considerar quando for falar com eles.

Se você exercitar a comunicação com uma criança, você estará exercitando a capacidade de co-municação com os seres humanos com quem divide o ambiente de trabalho. Quando for se comunicar, pense com a cabeça deles, com o repertório de cada um. Considere a biografia de cada um. Assim como quando explica algo para uma criança.

Também quando for se comunicar pense no que há em comum entre você e o outro. E prenda-se a isso. Adultos e crianças só se divertem de verdade quando encontram uma brincadeira em que ambos acham graça. E há muitos pontos convergentes entre você e seus colegas. Foque neles para estabelecer entendimento.

Quantas vezes uma palestra que você preparou com tanto esmero não foi recebida como você espe-rava? Quantas vezes o seu liderado não reagiu como o esperado frente a uma nova ideia sua? Quantas ve-zes aquilo que está claro para você não faz sentido para os demais? E aquela campanha publicitária que não vingou? E o press-release que não virou notícia? E o cliente que não retornou à sua loja?

Pense nisso, trate a sua comunicação com carinho e atenção, e tenha um 2012 de muito sucesso!

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Iogurtes Tirol Sabores de VerãoReferência nacional na produção de alimentos lácteos, a Tirol investe com sucesso no segmento de iogurtes, com variedades de sabores e texturas. Produzida com iogurte batido, parcialmente desnatado e polpa de fruta, a linha de Iogurtes para Beber ganhou dois novos sabores especiais bem brasileiros para o verão: Graviola e Açai com Guaraná. Os novos sabores são encontrados inicialmente na versão individual do iogurte, em garrafinhas 180 gramas.

Jerked Beef da SadiaPara agilizar o preparo de pratos mais elaborados, a Sadia lançou o Jerked Beef.

Produzido com carne bovina salgada, curada e embalada a vácuo, basta apenas ser dessalgado para o uso em receitas do dia a dia. A durabilidade é outro diferencial.

A ingestão de salmoura e sais de cura na carne, juntamente com a embalagem a vácuo, possibilita durabilidade de até 150 dias fora da geladeira. Esse processo faz

com que a carne adquira coloração avermelhada, realçando o aspecto visual.

Kits personalizados da MioloQuem deseja presentear amigos ou clientes com vinhos ou espumantes, já pode fazê-lo A Miolo Wine Group oferece duas opções de kits e uma opção de cartucho que podem ser personalizados com a logomarca do cliente. São três escolhas: cartucho com uma garrafa; uma garrafa de vinho e duas taças e uma garrafa de espumante e duas taças. Podem compor esses kits os produtos das linhas Miolo (exceto Millésime), Seival, Terranova, RAR, Lovara e Almadén. Televendas da Miolo Wine Group 0800 970 4165 ou [email protected].

Virtual Morango da LualNo final de 2011 chegou ao mercado o Virtual Morango, preparado instantâ-

neo sabor morango para ser adicionado ao leite, em sachês de 400g. O Virtual Morango é fonte de energia extra para as aventuras da garotada nas férias que

estão chegando. Além dos achocolatados, a Lual Alimentos oferece linhas de so-pas, gelatinas, barras de cereal, refrescos em pó e misturas para bolo. Em 2012

a empresa promete novos lançamentos e muitas novidades.

Semente e farinha de Chia VitalinA chia é a nova sensação entre os adeptos da alimentação saudável e dietas funcionais. Pioneira em trazer para o Brasil sementes como a linhaça dourada e o amaranto, a Vitalin apresenta a sua Farinha de Chia e Semente de Chia que oferecem os diversos benefícios nutricionais deste alimento de forma prática e de fácil consumo. O grande diferencial é que a Farinha de Chia Vitalin é a única no mercado que se apresenta na forma Integral o que faz com que não haja nenhuma perda das propriedades de ômega 3 e 6.

Panettones Roma da SienaA empresa paranaense Siena Alimentos lançou dois novos panettones para o Natal:

o Roma Trufado, com recheio de chocolate e o Roma Trufado Premium, que além do recheio, também vem com cobertura em chocolate ao leite. Os produtos contam

com ingredientes nobres e são fabricados com a tradicional receita italiana pelo processo de fermentação natural, que é fundamental para garantir qualidade supe-rior, aroma, sabor inigualável e evitar distúrbios gástricos. Mesmo sendo o símbolo

natalino, o panettone passou a ser consumido regularmente.

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Ralados Ducoco A Ducoco Alimentos apresenta sua nova linha Ralados Ducoco, agora com todas as embalagens são metalizadas, garantindo maior conservação, com maior crocância e sabor. Em seu novo layout, a embalagem trouxe a referência da categoria para a marca, foi acrescentada uma foto que simula e ambientaliza a consumidora, para maior identificação entre ambos. Também foi inserida a foto de uma receita, trazendo um maior apetite appeal, para incentivar o preparo de novos pratos e sobremesas, com a receita no verso. A linha completa conta com cinco produtos.

Notebook MegawareA Megaware, fabricante nacional de equipamentos de informática, lança o Meganote Volcano, notebook ideal para quem precisa de alto desempenho nas mais variadas tarefas. Com duas opções de acabamento “hair brush”,

que simula o aço escovado e não mancha: dark gray e black/silver, tem preço sugerido a partir de R$ 1299,00. O Volcano é equipado com Windows

7 Home Premium, Windows Home Basic e conta com os processadores da Segunda Geração da Família Intel® Core™ – i3/i5/i7. O Volcano tem garantia

de 12 meses e pode ser encontrado nas lojas Carrefour.

Heineken relança KaiserNovidades: a Kaiser caminha para seus 30 anos de existência, agora passa a ser produzida com a experiência de 145 anos da Cervejaria Heineken. Para marcar esse momento, o relançamento traz uma nova identidade visual e uma campanha que a apresenta como a “cerveja bem cervejada”, disposta a agradar o paladar de milhões de consumidores exigentes, oferecendo aos brasileiros um produto cuida-dosamente elaborado. Para atingir a receita, que atende aos padrões da tradição cervejeira europeia, com seu amargor com personalidade, aroma pronunciado e espuma cremosa, é necessário um cuidado minucioso desde o início.

Balas Haribo: dois saboresConhecida em mais de 150 países pelo seu sabor inconfundível, a Haribo lança

dois novos sabores no portfólio brasileiro. Tropifrutti, uma das novidades, é uma ótima sugestão para o verão, já que as balas de gelatina chegam em forma de

frutas tropicais com sabores sortidos de banana, laranja, melancia, uva, abacaxi e morango. O segundo lançamento fica por conta da Fresa Balla, deliciosos mini tubos de morango. As balas alemãs, conhecidas pelos clássicos Ursinhos de Ouro,

são uma ótima opção para agradar a criançada.

Safra 2007 do Salton TalentoA safra 2007 do tinto Salton Talento chegou ao mercado no final de 2011. Integrante da linha top da Vinícola Salton, o vinho é elaborado a partir de uvas criteriosamente selecionadas e originárias de vinhedos com um histórico acompanhado durante todo o ano. Após a colheita, feita manual-mente para não alterar a qualidade da matéria-prima, são escolhidos apenas os melhores cachos e grãos. No total, 77 mil garrafas da nova safra serão colocadas à disposição dos consumidores. Um dos vinhos mais premiados da vinícola, tem um corte de Cabernet Sauvignon (60%), Merlot (30%) e Tannat (10%), representando o que a Salton tem de melhor.

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Joinville em Santa Catarina

{Projeto Verão Agas 2012}Quem organiza: Associação Gaúcha de Supermercados (Agas)Quando: de 5 de janeiro a 28 de fevereiro de 2012Onde: Quintão, Pinhal,Cidreira, Tramandaí, Capão da Canoa, Capão Novo e Torres (RS)Descrição: Escola Móvel da Agas sediará a 3ª edição do Projeto Verão Agas, que viabilizará a realização de oficinas gratuitas para o público em geral, nas principais praias gaúchas.Mais informações: [email protected] (51) 2118.5200. Programação completa: http://www.agas.com.br/downloads/Arquivos/projeto_verao_2012.pdf

{101ª edição da Retail´s Big Show/NRF}Quem organiza: National Retail Federation (NRF) - Federação Nacional do Varejo dos EUAQuando: De 10 a 22 de janeiro de 2012Onde: Nova York (EUA)Descrição: A NRF é a maior convenção do comércio varejista do mundo, e vai abordar temas de grande interesse para o Varejo, como: Gestão Financeira, Recursos Humanos, Tec-nologia da Informação, Merchandising e Design de Lojas, Marketing, Comércio Eletrônico, Assuntos Estratégicos e a Loja do Futuro. Paralelamente, haverá exposição com cerca de 400 fornecedores.Mais informações: www.nrf.com (ou [email protected] ou (11) 38284556.

{Mercosuper 2012 - 31ª Convenção Paranaense de Supermercados}Quem organiza: Associação Paranaense de Supermercados (Apras)Quando: 16 a18 de abril de 2012Onde: Expotrade - Curitiba (PR)Descrição: O objetivo é gerar negócios entre supermercados e fornecedores, para isso a or-ganização do evento cria um ambiente com o perfil de negócios do meio supermercadista. Mais informações: www.apras.com.br / (41) 84029288 / [email protected]

{Jantar Ranking Abras 2012}Quem organiza: Associação Brasileira de Supermercados (Agas)Quando: 25 de abril – 19 horasOnde: São Paulo (SP)Descrição: a Abras realiza em São Paulo o tradicional jantar comemorativo ao Ranking, que pela 35ª vez cumprirá seu papel de mostrar os rumos do setor, seus planos e realiza-ções recentes.Mais informações: www.abras.com.br – Fone/Eventos (11) 3838-4565.

{28ª APAS - Congresso de Gestão e FeiraInternacional de Negócios em Supermercados }Quem organiza: Associação Paulista de Supermercados (Apas)Quando: de 7 a 10 de maio de 2012Onde: ExpoCenter Norte - São Paulo (SP)Descrição: Um evento completo, internacional, necessário e imperdível. Com bases nos principais pilares: Feira, Congresso, Arena do Conhecimento e Visitas Técnicas.Mais informações: www.feiraapas.com.br – Fone: 11 36475000

{Exposuper Acats 2012 - Convenção Catarinense de Supermercadistas}25ª Feira de Produtos, Serviços e Equipamentos para SupermercadosQuem organiza: Associação Catarinense de Supermercados (Acats)Quando: 19 a 22 de junho de 2012Onde: Complexo Expoville - Joinville (SC)Descrição: Os principais objetivos da Exposuper são gerar oportunidades de negócios, proporcionar acesso a informações atualizadas, novas tecnologias e inovações, e promover a integração de todo o setorMais informações: www.acats.com.br /// (48) 32230174

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