revista saúde bahia ed. 04

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Abril 2014 | Ano 01 | Nº 4 | www.sindhosba.org.br Estado e município unem forças para garantir serviço de saúde de qualidade durante competição da FIFA. PÁG. 14 PRIMEIROS SOCORROS REDUZEM MORTALIDADE PELA METADE PÁG. 24 O ALTO CUSTO HOSPITALAR: COMO ISSO REFLETE NOS SERVIÇOS PÁG. 27 REAJUSTE ANUAL DO PLANO DE SAÚDE: QUAIS SEUS DIREITOS? PÁG. 12 MAIS MÉDICOS: O QUE MUDOU DEPOIS DE 6 MESES DO PROGRAMA DO GOVERNO FEDERAL.PÁG.06

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Page 1: Revista Saúde Bahia Ed. 04

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Ano

01

| Nº 4

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Estado e município unem forças para garantir serviço de saúdede qualidade durante competição da FIFA. PÁG. 14

PRIMEIROS SOCORROS REDUZEM MORTALIDADE PELA METADEPÁG. 24

O ALTO CUSTO HOSPITALAR: COMO ISSO REFLETE NOS SERVIÇOSPÁG. 27

REAJUSTE ANUAL DO PLANO DE SAÚDE: QUAIS SEUS DIREITOS?

PÁG. 12

MAIS MÉDICOS: O QUE MUDOU DEPOIS DE 6 MESES DO PROGRAMA DO GOVERNO FEDERAL.PÁG.06

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O ano que se inicia está cheio de incógnitas. Programas diversos do Mi-nistério da Saúde impactarão de for-ma impressiva a área médica hospita-lar do nosso País.

O Programa Mais Médicos já come-çou a fazer água. Defecções diversas (fala-se em mais de vinte) espoucam aqui e acolá. O Ministério Público do Trabalho afinal resolveu investigar o caso (claríssimo) de violação às Leis Trabalhistas (Trabalho escravo).

Não cumprimento por parte do Go-verno das diversas obrigações, tais como FGTS, registro em carteira, etc ... além da violência ao Conselho Fe-deral de Medicina e Conselhos Esta-duais, quando permitiu o exercício profissional dos médicos cubanos, sem o competente registro profissio-nal nos C.R.M.s correspondentes.

Abertura de vagas de forma irres-ponsável em faculdades novas, além de criar 12,5 mil vagas novas em re-sidência médica, é altamente preocu-pante para a qualidade do profissio-nal médico resultante.

Enquanto isso, o Governo Federal

2014Editorial Por Raimundo Correia

raimundo Correia - Presidente do SiNdHoSBa

deixa de aplicar 94 (noventa e quatro) bilhões de reais durante os últimos 12 anos, isto em orçamento aprovado pelo Congresso e que não foi realmen-te aplicado. A conclusão é do Conse-lho Federal de Medicina com base em dados do SIAFI que, revelam em deta-lhes os resultados da falta de gestão financeira em Saúde.

Isto obrigatoriamente teria que re-sultar no descalabro atual do Sistema SUS no Brasil, flagrado quase que dia-riamente pelos órgãos de imprensa.

Tudo isto contribuiu de forma de-terminante para aumentar as dificul-dades do setor privado de Saúde do Brasil. Em dez anos as mensalidades aumentaram 160% para os usuários de planos de saúde e/ou segurados e apenas 50% para os honorários e ta-xas com a conivência ou omissão da Agencia Nacional de Saúde.

Aproveitamos a oportunidade para reafirmar o nosso propósito de conti-nuar na luta por melhores condições de exercemos o nosso mister.

P.S. Solicitamos aos associados do interior que enviem críticas e sugestões.

Page 5: Revista Saúde Bahia Ed. 04

ExPEDIENTEPresidente:

Raimundo Carlos de Souza Correia

1º Vice Presidente:Eduardo Aroucha Olivaes

2º Vice Presidente:Eunivaldo G. Diniz Gonçalves

1º secretário:Jorge Sapucaia Calabrich

2º secretário:

Fernando Cal Garcia

1º tesoureiro:Luis Paulo Nery Marambaia

2º tesoureiro:Alexandre Garcez Leitão Guerra

diretores:Alberto Serravale Débora Andrade

José Espiño SilveiraMaria Régis Gomes Reis

Thomaz Barreto

conselho Fiscal:Breno R. de Almeida Sena

Elza de Oliveira AraújoIvo Leal Silva

José Carlos Magalhães JúniorLuis Delfino Mota Lopes

Miguel Jaime Meira Lessa

contato sindhosBa:(71) 3082-3750

[email protected]/sindhosba

www.sindhosba.org.br

conselho editorial: Raimundo Correia / Eduardo Aroucha

Olivaes / Paulo Marambaia / Eunivaldo G. Diniz Gonçalves / Elza de Oliveira Araújo / Alexandre Guerra / Edmundo Calazans /

Silvia Vasconcelos / Jorge Freitas

dePartamento comercial:(71) 3082-3757 / 9175-2481 / 8621-6599

[email protected]

direção: Paulo Marambaia

suPerVisão: Edmundo Calazans

textos, edição e reVisão: Lume Comunicação

www.lumecomunicacao.com.br

rePortagens: Deise Andrade / Lucas Leal / Daniel Mendes

FotograFia: Kinkin / Gilmar Santos

Acervo Sindhosba

Jornalistas resPonsáVeis:Cristina Barude - Mtb 1884Vinícius Cunha - DRT 2728 Neise Soares - DRT 3038

estagiáriaIsabel Santos

sugestões de Pauta:[email protected]

Sumário

1218

06ATé ONDE é LEGAL O REAJUSTE ANUAL DO PLANO DE SAúDE Conheça os direitos do consumidor

UM RAIO-x DO “MAIS MéDICOS” Programa aponta fragilidade

22LEãO DE OLhO NOS SERVIçOS DE SAúDE Receita Federal intensifica o cruzamento de dados em declarações com serviços médicos

27 CUSTO hOSPITALAR Uma conta que não fecha

26RISCOS DOS LIGhT, DIET E ZERO

PORqUE DORMIR BEM,é MUITO BOM

08

UMA COPA DO MUNDO SAUDáVEL

14

SALVADOR SOBRE DUAS RODAS: UMA CIDADE MAIS SAUDáVEL Programa “Vá de Bike” e novos hábitos da população

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6 Saúde Bahia Abril 2014

um raio-X do “Mais MédiCos”

de acordo com o Ministé-rio da Saúde, o Programa “Mais Médicos” terminou o ano de 2013 com 6.658 profissionais atendendo

em 2.177 municípios e 28 distritos in-dígenas. O estado que recebeu o maior número de médicos do Programa foi a Bahia, com 787 profissionais. Contu-do, a classe médica alega que o Gover-no Federal, responsável pelo progra-ma, não emitiu até o momento, dados relativos à qualidade dos atendimen-tos prestados à população, “o mesmo acontece com a Secretaria de Saúde do Estado, que também não forneceu dados oficiais”, relata o presidente da Associação Bahiana de Medicina (AMB), Antônio Carlos Vieira Lopes.

Laje, a 226 km de Salvador, foi um dos municípios do estado beneficia-dos pelo Programa. quatro médicos estrangeiros foram direcionados para atender nos postos da cidade. A pro-fessora Eliane Souza, usuária do ser-viço, conta que a atenção médica no município melhorou depois da chega-da dos novos profissionais. “Antes do Programa, o governo anterior demitiu uma parte significativa de médicos, deixando a população carente de atendimento. A atual gestão assumiu a prefeitura e já foi incluído o Plano Mais Médicos. hoje são quatro mé-dicos a mais para atender”, afirma. Ainda segundo Eliane, os estrangeiros atendem os casos de emergência, já consultas normais são feitas por mé-dicos brasileiros.

idioma

A dificuldade do idioma, questio-nada por muitos especialistas, não foi

um problema no município apurado pela Revista Saúde Bahia. Eliane con-ta que depois de passar por uma in-disposição intestinal, procurou o Pos-to de Saúde da Família. Foi atendida em tempo satisfatório, por uma médi-ca cubana. “A barreira da língua não foi um empecilho, pois a de origem de Cuba é o espanhol. Apesar do sotaque é possível total compreensão”, conta. A professora descreve ainda a médi-ca como uma profissional prestativa, atenciosa e educada. “Eu avalio que a chegada desses médicos trouxe uma mudança positiva para a saúde local”, declara Eliane.

Mas para especialistas a situação não é tão positiva assim. Desde o lança-mento, no segundo semestre de 2013,

Pouco mais de seis meses depois de implantado o Programa entidades médicas apontam fragilidade e não identificam melhora na qualidade do serviço médico.

o Programa vem sendo alvo de críticas das principais entidades médicas, que apontam fragilidade no sistema. Para José Abelardo Garcia de Meneses, pre-sidente do Conselho Regional de Medi-cina (CREMEB), apesar de uma estrutu-ra jurídica forte e uma boa estratégia de marketing, o programa peca pela impro-visação. “Desde o seu anúncio, como tentativa de importar médicos “espe-cializados em atenção básica”, foram executadas modificações na legislação para se adaptar às conveniências. Logo na primeira admoestação do Ministé-rio Publico do Trabalho, o Programa foi transformado em estratégia docente-assistencial. Pergunta-se: onde estão os médicos supervisores e os tutores? Supervisão pressupõe assistência pre-sencial junto ao orientando. Se não há

município de laje. Beneficiado pelo programa mais médicos

Foto: Cláudio lima

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médicos para atenção nos chamados “vazios assistenciais” como acreditar que há médicos supervisores?”, ques-tiona Meneses.

Ainda segundo o presidente do CREMEB, o programa não apresenta uma solução definitiva para a saúde: “O que os médicos brasileiros querem

é a resolução da raiz dos problemas, por isso negam o Mais Médicos. Por-tanto, precisamos primeiro, adequar o financiamento às necessidades de um sistema de atendimento univer-sal; segundo, recrutar, por meio de concurso público, profissionais para atender à população, com uma car-reira exclusiva do SUS e remunera-ção justa. Um sistema tripartite só funcionará quando a contratação de recursos humanos for regularizada ao nível central com distribuição nas regiões mais desassistidas com pos-sibilidade de progressão na carreira; terceiro, dotar as unidades de aten-ção primária de recursos mínimos necessários a um atendimento que tenha resolutividade”.

Destas mesmas ideias comparti-lha o presidente da Associação Bahia-na de Medicina (AMB), Antonio Carlos Vieira Lopes. “Os médicos brasileiros nunca se posicionaram contra o Pro-grama Mais Médico e sim contra a ma-neira como ele foi idealizado e implan-tado. Saúde não se faz apenas com médicos. Reclamamos a participação de uma equipe de saúde, composta pelos demais profissionais como en-fermeiros, odontólogos, fisioterapeu-tas, psicólogos, farmacêuticos e nu-tricionistas. Também, há muito tempo que reclamamos por um plano de car-reira de estado para os profissionais da área da saúde, única maneira de estimula-los a exercer as suas profis-sões nos locais onde há carência de atendimento, bem como fixa-los nos locais determinados” declara.

controles de gastos e fiscalização

Muitos pontos precisam ser apri-morados no Programa, afirma Me-neses: “A começar pelo controle dos gastos e de fiscalização do contrato Brasil/OPAS/Cuba, assim como, exi-gência de revalidação de diploma, aos médicos com diplomas estran-geiros, e àqueles de outra naciona-lidade a demonstração de proficiên-cia no português”. Entre os médicos estrangeiros do programa, a maioria veio de Cuba, e chegou ao país por meio de um acordo do governo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Em novembro, do ano passado, cerca de três mil desembar-

caram no Brasil. Para a classe médi-ca, o contrato de trabalho era ilegal, já que os profissionais recebem uma bolsa de ensino para trabalhar, e os médicos estrangeiros desembarca-ram aqui sem precisarem passar pelo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas (Revalida).

Para Antonio Carlos Vieira Lopes “o conceito do programa é bom, con-tudo, falta o reconhecimento por par-te do MEC e do Ministério da Saúde, das sugestões apresentadas pelas entidades médicas. Da forma como implantado, trata-se de propaganda eleitoral, cujo objetivo eleitoreiro foi alcançado de forma positiva, servindo de base para a candidatura de várias figuras da saúde pública brasileira. Sem outros predicados, montaram as plataformas das suas candidaturas em um Programa que tem prazo para terminar, nas eleições”.

antônio Carlos Vieira - Presidente da aBm

José abelardo, Presidente (CrEmEB)

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Saúde Bahia Abril 20148

PorquE dormir BEmé Muito boM

uma boa noite de sono é, sem dúvida, uma dos melhores prazeres da vida e reflete diretamente na rotina e no desempenho de qualquer

pessoa. Porém, pra muita gente essa é uma realidade distante. As noites em claro são frequentes ou a qualidade da dormida não é das melhores. Estatísti-cas mostram que de 30% a 40% dos in-divíduos, em alguma fase da vida, sofre-rão de insônia, ou seja, experimentarão dificuldade para pegar no sono ou para voltar a dormir se acordarem no meio da madrugada. Embora a insônia seja a queixa mais frequente, outros proble-mas como ronco e a apneia tem se tor-nado corriqueiros e se enquadram nos distúrbios do sono, que podem levar a outros problemas de saúde. Para falar sobre este assunto a Revista Saúde Bahia convidou a Cirurgiã-Dentista, es-pecialista na Medicina do Sono, Kenya Felicíssimo. Com dedicação à área de distúrbios do sono, Kenya Felicíssimo coordena um projeto inovador no esta-do, já patenteado no Brasil e nos Esta-dos Unidos. A ideia é que o equipamen-to seja produzido em escala industrial, com um menor custo para o consumi-dor.

saúde Bahia: que dispositivo é esse que a senhora vem investindo par-te dos eu tempo na pesquisa?

Kenya Felicíssimo: é um aparelho de plástico para o ronco, que as pesso-as poderão comprar na farmácia e elas mesmas instalarem. Foi almejando para poder ajudar um número ainda maior de pessoas a eliminar um problema tão danoso que iniciei o desenvolvimento deste produto bem prático.

sB: quais os benefícios para o pa-ciente com distúrbio do sono?

KF: Nessa primeira versão, ele tem o objetivo de eliminar apenas o ronco, que trará um conforto para quem for viajar por meio de transporte coletivo, como avião, por exemplo. São bizarros os casos de alguém roncando e incomo-dando todos os passageiros.

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Saúde Bahia Abril 2014 9

Kenya Felicíssimo é a única Cirurgiã-Dentista na Bahia com título em Odonto-logia na Medicina do Sono, emitido pela Associação Brasileira do Sono (ABS). é doutoranda em Biotecnologia pela Univer-sidade Federal da Bahia (UFBA) e especia-lista em Ortodontia e Radiologia.

sB: Em que passo anda a produção?

KF: Estamos na fase de pesquisa e desenvolvimento no Parque Tecnológi-co da Bahia, o TECNOCENTRO.

sB: quais são as principais causas dos distúrbios do sono?

KF: Os distúrbios do sono são todas as dificuldades relacionadas ao sono, incluindo a dificuldade de adormecer ou de permanecer adormecido (insô-nia), dormir em momentos inapropria-dos, tempo total de sono em excesso ou comportamentos anormais relaciona-dos ao sono. Atualmente, são mais de cem doenças catalogadas – e são mul-tifatoriais. As causas vão desde depres-são, ansiedade ou estresse, ambiente insatisfatório para o sono (por exemplo, com barulho ou luz excessiva), uso in-discriminado de cafeína, álcool ou ou-tras drogas, fumo em excesso, sedenta-rismo e outras.

sB: A rotina alimentar também pode influenciar nesse problema?

KF: Sim, próximo à hora de dormir, a alimentação deve ser leve. é importante evitar bebidas estimulantes. Deve-se fa-zer uso de algo relaxante, como suco de maracujá ou chá de camomila.

sB: Se a carga excessiva de trabalho estiver contribuindo para o problema, como conversar sobre isso no trabalho?

KF: Normalmente, as profissões são reguladas. Os plantões, carga horária e folgas já são pré-definidos. E isso deve ser cumprido. O indivíduo precisa ava-liar: se ele não tem condições de adap-tação, por exemplo, para trabalhar em turno, deve solicitar a mudança. Caso não seja possível, talvez o melhor seja trocar de emprego.

sB: O ronco está relacionado ao cansaço? Como tratar esse problema?

KF: O ronco pode estar ligado ao cansaço, porém as causas mais co-muns são mandíbula retrognata (osso da mandíbula retraído), aumento de peso, obstrução nasal (desvio de sep-to ou outros), tamanho de palato mole. Até mesmo a idade avançada pode in-fluenciar como é o caso da maioria das mulheres que, quando chega à meno-pausa, começa a sofrer desse mal. O tratamento pode ser com o aparelho intraoral, que é muito eficaz e extrema-mente confortável. Alguns casos podem ser tratados com cirurgias ou medidas comportamentais, como perda de peso.

sB: Fazemos parte de uma geração

que dorme cada vez menos. São festas, eventos, internet, tudo isso tem feito as pessoas dormirem pouco. qual o risco desse tipo de comportamento?

KF: A privação do sono é o mal do momento, principalmente, para crian-ças e adolescentes, o que pode trazer sérios prejuízos de aprendizado, con-vívio social e até mesmo comprometi-mento no crescimento estatural, já que o hormônio responsável é produzido durante o sono. O adulto tem sérios pro-blemas diurnos, inclusive sonolência, irritação, cefaleia e outros. O melhor a ser feito é dormir – o ditado que diz que dormir é perda de tempo não é nada verdadeiro.

sB: Tem como recuperar noite per-dida?

KF: Nós, profissionais, sempre solici-tamos que, caso o paciente tenha perdi-do uma noite de sono, que tente no dia seguinte compensar, ou nos finais de semana repor ao máximo, mas o me-lhor é não tornar esta prática crônica. A privação do sono por si só te obrigada a compensar porque é uma necessidade fisiológica.

sB: qual o tempo ideal de sono?

KF: A quantidade de sono é individu-alizada. Uma parte muito pequena da população é classificada como grande ou pequeno dormidor, mas a maioria tem uma média de 6-7 horas de sono, e estas são suficientes. Cada pessoa pre-cisa definir o quanto de sono é necessá-rio para manter sua rotina com excelên-cia. Mas isto também será influenciado pela idade. O bebê possui a necessida-

de de dormir muito e tem pouco tempo de vigília, o idoso retorna um pouco a isso e normalmente fraciona o sono. Adolescentes, devido às alterações de hormônios, possuem um padrão bio-lógico de dormir e acordar mais tarde, mas, pelo horário de escola no Brasil, isso normalmente não é seguido.

sB: Muito tem se ouvido falar so-bre apneia do sono. O que provoca esse problema?

KF: As causas da apneia do sono são inúmeras, mas seguem as mais co-muns: excesso de peso, mau posiciona-mento da mandíbula ou pela obstrução parcial das vias aéreas superiores, al-gumas alterações hormonais. Crianças podem roncar por ter amígdalas ou ade-noides muito grandes.

sB: Como funciona o tratamento?

KF: Os tratamentos promovem a abertura das VA (vias aéreas) para a passagem do ar durante o sono, evitan-do as apneias (paradas respiratórias). Este pode ser realizado pelo aparelho intraoral, que a pessoa usa dentro da boca durante o sono, ou pelo uso do CPAP (um equipamento elétrico).

sB: Muita gente tem utilizado de forma indiscriminada medicamentos para dormir, como por exemplo, Rivotril. quais as consequências disso a médio e longo prazo?

KF: Estes medicamentos só devem ser utilizados com prescrição médica e não devem, em momento algum, serem utilizados indiscriminadamente.

sB: quando a pessoa percebe que está com algum distúrbio do sono? Onde buscar tratamento?

KF: é muito comum alguém dizer que esta pessoa está roncando ou apre-senta um sono extremamente agitado. A própria pessoa percebe que já acorda cansada, com a sensação de não ter dormido. é importante procurar um pro-fissional que possa ajudá-lo a identificar os problemas e listar as causas, para assim escolher o melhor e mais eficaz tratamento para o caso.

Kenya Felicíssimo

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Saúde Bahia Abril 201410

A recomendação dos especialistas para as gestantes é que eliminem de vez o álcool da rotina. Pediatras dizem que pelo menos 1% dos bebês nascidos na Inglaterra sofre de problemas com-portamentais ou de desenvolvimento devido à exposição ao álcool. Isto signi-fica que, entre 730 mil nascidos no país

BEBEr duraNtE a graVidEz PodE SEr Pior do quE uSar Cigarro ou maCoNHa

SaúdE aCoNtECE

Já está disponível para pacientes no Reino Unido, um novo medicamen-to para forma agressiva do câncer de mama, que pode estender a vida das pacientes por quase seis meses e apresentar menos efeitos colaterais, como queda de cabelo e diarreia. A novidade foi divulgada pelo jornal Bri-tânico Daily Mail. No Brasil, o Kadcyla, da Roche, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (AN-VISA) em janeiro deste ano e agora aguarda a definição do preço para ini-ciar a comercialização, processo que pode levar três meses, como informou a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama). A aprovação do me-dicamento pela ANVISA baseou-se em estudo com quase mil mulheres com câncer de mama hER2-positivo em 26 países, incluindo o Brasil.

Antônio Marcos Ferracini, coor-denador do Serviço de Ortopedia do hospital São Rafael, tomou posse no último mês como Presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia/ Bahia, a SBOT. A ce-rimônia, realizada no prédio da Asso-ciação Bahiana de Medicina, a ABM, contou ainda com a presença do ex-vi-ce governador do estado e candidato ao senado federal, Otto Alencar.

O hospital Aliança foi convidado, pela 4° vez consecutiva, para partici-par do estudo nacional realizado pelo Serviço de Nutrição do INCA - Institu-to Nacional do Câncer. O projeto do Ministério da Saúde pretende avaliar o estado nutricional de indivíduos idosos com câncer, associando a lo-calização da doença e o tempo de in-ternação. Aqui na Bahia, apenas dois hospitais foram escolhidos: Aliança e o Aristides Maltez. Em todo o Brasil, outras 45 instituições de saúde par-

NoVo mEdiCamENto CoNtra CâNCEr dE mama

SBot tEm NoVo PrESidENtE

HoSPital aliaNça PartiCiPa dE EStudo NutriCioNal do iNCa

por ano, pelo menos 7 mil são afetados. As informações são do site do jornal bri-tânico Daily Mail. Uma taça de 250 ml contém cerca de três unidades de álco-ol e os médicos dizem que as mulheres estão colocando os seus fetos em risco, mais do que se estivesse fumando ci-garro ou maconha.

ticiparão do estudo. O Aliança partici-pou das três últimas edições, sendo representado pela coordenadora do Setor de Nutrição, Nely Rabelo. “Va-mos colaborar não só com os pro-fissionais, mas com as instituições brasileiras definindo consensos de nutrição para pacientes com câncer. Com isso, garantimos aos pacientes uma assistência nutricional segura, embasadas em

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Saúde Bahia Abril 2014 11

Estimativas da Confederação Na-cional de Saúde (CNS) apontam que o setor fechou o ano de 2013, com uma participação de 10,2% do Produto Inter-no Bruto (PIB) nacional, colaborando de forma significativa para o crescimento da economia. O setor público contribuiu com 43% desse crescimento e o pri-vado com 57%. O ano de 2013 fechou com 3,1 milhões de postos de trabalho na Saúde, sendo 61% no setor público e 39% no privado. Desde 2010, o número de empregos cresceu 19,2%. Os núme-ros revelam que a tendência é que, a cada ano, o segmento da saúde seja visto como um dos principais pilares da economia nacional e não apenas pela sua função assistencial.

A companhia americana de software e serviços de tecnologia para o setor de saúde Cerner Millennium, concluiu um acordo com o hospital Albert Einstein de R$ 180 milhões, para automatizar uma série de procedimentos na insti-tuição. Entre outros serviços de gestão hospitalar, o acordo inclui implantação de softwares para prontuário eletrônico, digitalização de documentos, e gestão de pacientes, medicamentos, exames, e administração de contas. Toda a es-trutura tecnológica deverá entrar em operação até 2015 e o contrato não tem prazo definido para o fim da prestação do serviço. Segundo a consultoria Frost & Sullivan, o mercado cresce em média 14,8% ao ano no Brasil. Em 2013, o se-tor gerou receita de US$ 541,4 milhões e, até 2015, vai movimentar US$ 713,9 milhões no país.

SaúdE rESPoNdE Por 10,2% do PiB NaCioNal Em 2013, aPoNta CNS

EmPrESa dE SoFtwarE FECHa aCordo dE r$ 180 milHõES Com EiNStEiN

No início do ano, foi publicada uma pesquisa na revista científica online PLoS One, onde cientistas conduzi-ram um estudo utilizando uma base de dados de mais de 55 mil indivídu-os. Foi avaliado o risco de infarto no período de 90 dias após o início do uso de testosterona. O risco de ata-

O Professor Emérito de Ginecolo-gia e Obstetrícia e de Psiquiatria da Universidade de Yale, Philip Sarrel, veio a Salvador em abril, para par-ticipar do IV Congresso Norte-Nor-deste de Ginecologia Endócrina. O médico norte americano dirigiu a conferência sobre como evitar a mortalidade de mulheres na meno-pausa. Na mesa esteve também pre-sente o pesquisador baiano Elsimar Coutinho. Ele abordou a situação de mulheres que, por várias razões, re-moveram o útero cirurgicamente.

O Congresso tratou ainda de temas como Sexualidade, Reposição hormo-nal e Câncer, Contracepção na Mu-lher Diabética e na Obesa, Distúrbios do Sono entre outros e contou com a participação de especialistas de todo

tEraPia Com tEStoStEroNa aumENta o riSCo dE iNFarto

graNdES NomES da giNECologia ENdóCriNa PartiCiParam Em SalVador dE CoNgrESSo CiENtíFiCo

o país. O evento, considerado um su-cesso para o segmento médico, foi re-alizado no Fiesta Bahia hotel.

que cardíaco dobrou neste período para homens acima de 65 anos e para aqueles abaixo de 65 anos com his-tória de doença cardíaca. Após os 90 dias, aqueles homens que não conti-nuaram com o tratamento com testos-terona retornaram ao risco cardíaco que tinham antes de tomar o hormô-nio. O uso de testosterona tem cresci-do entre homens de meia idade e com idades acima de 65 anos, na expec-tativa de superar perdas de energia sexual e massa muscular, associadas à diminuição de testosterona e entres jovens adeptos do fisiculturismo para apressar o ganho de massa muscular.

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Saúde Bahia Abril 201412

ao contratar um plano de saúde, geralmente o con-sumidor busca se informar sobre quais são os servi-ços prestados pela opera-

dora e o valor da mensalidade atual. Porém, é importante também saber, já no ato da contratação, sobre os reajus-tes anuais adotados pelas empresas que prestam o serviço. Isso pode evitar um susto quando a conta chegar mais cara no ano seguinte. é nessa hora que muita gente questiona se esse au-mento é permitido.

O músico Duarte Velloso, de 44 anos, tem um plano de saúde há pouco mais de duas décadas. Ele afirma que nunca conseguiu entender os métodos dos reajustes da operadora do plano dele. “São reajustes bem loucos! Eu não entendo a lógica desses aumen-tos. Durante o mês de setembro, eles aumentam 20%. Depois de três meses, o reajuste cai para 10% e segue assim até o mês nove de novo quando tem outro aumento assombroso! Eu não en-tendo!”, reclama.

De acordo com Duarte Velloso, até setembro de 2013, ele pagava o valor de R$361 pelo serviço. A partir de ou-tubro do mesmo ano, houve o primei-ro reajuste, que elevou a quantia para R$434, valor que se manteve até o mês de janeiro de 2014, quando hou-ve outro reajuste e passou a ser co-brado R$398, 10,16% a mais do que o valor até setembro de 2013. Ainda segundo o músico, a partir de outubro de 2014, outro reajuste deve ocorrer. “Além de sofrer com esses reajustes malucos, a gente sofre também com o péssimo atendimento. Eu ligo para

até oNdE é lEgal o Reajuste anual do plano de saúde

o meu plano e eles me mandam ir ao local. quando eu chego lá, eles me di-zem que eu tenho que ligar. E no final eu não consigo falar com ninguém e não resolvo nada. é um sistema mui-to fechado. Fazem a gente de palhaço e fica por isso mesmo. Isso não pode continuar assim”, revindica.

os reajustes autorizados pela ans

A Agência Nacional de Saúde (ANS) autorizou, para este ano, o reajuste de até 9,04% para planos de saúde indivi-duais e familiares. O percentual, apro-vado pelo Ministério da Fazenda, é o teto válido para o período entre maio de 2013 e abril de 2014 para os con-tratos de cerca de 8,4 milhões de be-neficiários, o que representa 17,6% dos

ricardo Costa, presidente da aHSEB

PENSE dirEito

Conheça os direitos do consumidor e saiba a quem recorrer em caso de abusos

a ans publicou uma instrução normativa de número 49, que exige que nos contratos firmados entre operadoras e os estabelecimentos de saúde exista uma cláusula de reajuste anual com índice de conhecimento público”

Ricardo Costa

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Saúde Bahia Abril 2014 13

consumidores de planos de assistência médica no Brasil, segundo a Agência, que não informou o valor do novo rea-juste a partir de abril desse ano.

Segundo Ricardo Costa, presidente da AhSEB (Associação de hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia), o reajuste é legal, no entanto, é preciso ficar atento a outras questões envolvi-das. “O problema é que a obrigatorie-dade deste reajuste inicialmente era entre os usuários e as operadoras de saúde. Muitos prestadores passaram anos sem o reajuste por parte dos pla-nos de saúde. Pensando nisto, a ANS (Agencia Nacional de Saúde) publicou uma instrução normativa de número 49, que exige que nos contratos firma-dos entre operadoras e os estabeleci-mentos de saúde exista uma cláusula de reajuste anual com índice de conhe-cimento público. é uma vitória para os prestadores de serviços. O problema agora é a Agência conseguir fiscalizar o cumprimento da IN”, salienta Ricardo.

“o consumidor não deseja ficar doente apenas para usar o plano. se ele está doente, precisa utilizar o plano para restabelecer sua condição de indivíduo saudável”

Para os especialistas, a mais per-versa das regras da ANS é a que garan-te o reajuste por sinistralidade ou au-mento do plano para cada vez que você se utiliza dele, como explica Marcelo Britto, Presidente da FEBASE (Federa-ção Baiana de Saúde). “O consumidor não deseja ficar doente apenas para usar o plano. Se ele esta doente pre-cisa utilizar o plano para restabelecer sua condição de individuo saudável. Aplicar uma penalidade por que ele precisou do plano é muito perverso. Os únicos planos que não são corrigidos pela sinistralidade são os planos indi-viduais antigos que não mais são ven-didos. Aconselho a quem possua um plano individual antigo que não o per-ca, pois não mais conseguirá compra-lo depois”, orienta Marcelo.

conheça e garanta os seus direitos

O Presidente da FEBASE acrescen-ta que, caso identifique algum abuso, o usuário do plano de saúde deve ini-

Marcelo Britto

cialmente ingressar com uma recla-mação na ANS. “Existe um canal pela internet e outra via telefone gratuito que o consumidor deve utilizar. Às vezes a operadora resolve com esta queixa. quando não encontra solução deve procurar os órgãos de defesa do consumidor e por último os juizados especiais.”, informa Marcelo.

duarte Veloso

2009

6,76% 6,73% 7,69% 7,93% 9,04%

2010 2011 2012 2013

Histórico de reajuste por Variação de Custo Pessoa Física nos últimos 5 anos

marcelo Britto, Presidente da FEBaSE

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ruas e hotéis lotados, pon-tos turísticos movimenta-dos e terminais rodoviários e aeroportos com fluxo aci-ma da normalidade. Assim

devem ficar as cidades sedes da Copa do Mundo do Brasil, que será realizada em junho deste ano. Pela primeira vez Salvador recebe a competição mundial da FIFA, o que segundo estimativas da Secretaria Estadual de Turismo (Setur), deve atrair para capital baiana cerca de 700 mil turistas estrangeiros e na-cionais. Muito se questiona sobre a es-trutura da terceira maior cidade do país para receber tanta gente e essa preo-cupação aumenta quando o assunto é saúde.

Apesar das constantes denúncias de problemas em postos de saúde e hospitais, sejam eles públicos ou priva-dos, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) garante, que todas as medidas estão sendo tomadas para fornecer um serviço de qualidade para moradores e visitantes durante a competição. é im-portante ressaltar que muitos desses turistas que chegarão aqui, virão de

países de primeiro mundo, onde a saú-de é um direito de todo cidadão, bem diferente do que é praticado no Brasil.

estrutura

Segundo a SMS, para os dias de Copa, estão sendo preparadas estru-turas voltadas, principalmente, para o atendimento de urgência e emergên-cia. No mês de maio, será inaugurada a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) dos Barris, em frente ao 5º Centro. “Sem dúvidas, esse será um dos lega-dos da Copa para os soteropolitanos, pois a unidade vai substituir a emer-gência do 5º Centro”, enfatiza a dire-tora de Atenção à Saúde da prefeitura, Luciana Peixoto.

A diretora completa ainda que a Uni-dade Ramiro de Azevedo, localizada no Campo da Pólvora, foi reformada e nos dias de jogo funcionará como unidade de emergência. Próximo ao estádio Itai-pava Arena Fonte Nova, na região da Avenida Bonocô, terá um posto móvel com dez leitos além de ambulâncias do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). Para evitar que os

serviços da rede fiquem descobertos por falta de funcionários nessas duas unidades, a prefeitura afirma que vai contratar profissionais da saúde para atuarem em esquema de plantão.

Além das reformas e novas unida-des, Luciana Peixoto afirma ainda que a SMS preparou um plano de contingên-cia envolvendo hospitais contratualiza-dos (estaduais e federais), bem como bombeiros e Salvar. Segundo ela, todas as unidades trabalharão alinhadas e em sintonia para garantir um atendi-mento de qualidade a quem precisar.

Prevenção de doenças

A proximidade com a competição esportiva tem provocado certa preocu-pação em alguns baianos. A professora Maiara Silva acredita que essa quanti-dade de pessoas de vários países reu-nida, pode contribuir para proliferação de doenças. “Se quando acaba o Car-naval, muita gente fica doente por cau-sa de vírus, como será depois da Copa, que deve trazer tantos turistas, inclusi-ve de outros países”, indaga.

Estado e município unem forças para garantir serviço de saúde de qualidade durante competição da FiFa

uma CoPa do muNdo saudável

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A preocupação de Maiara na é em vão, tanto que a Secretaria Estadual de Saúde está com um plano para pre-venir doenças. O coordenador da Vigi-lância de Emergência de Saúde Públi-ca da Bahia, Juarez Dias, informa que alguns profissionais receberão vacinas extras de forma preventiva. Os traba-lhadores da linha de frente, ligados ao turismo, como garçons, recepcionistas de hotéis, camareiras, taxistas, entre outros terão atenção especial e serão vacinados antes do evento contra he-patite B, Influenza, sarampo e rubéola, além de reforço contra o tétano.

“Desde o evento da Copa das Confe-derações que o Estado tem buscado a prevenção da saúde da população baia-na contra alguns vírus que podem ser transmitidos pelos turistas. Como a Copa do Mundo deve trazer ainda mais pesso-as de diversos lugares do mundo, vamos reforçar as vacinas e também a preven-ção contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)”, completa Dias.

Já a prefeitura tem buscado a qua-lificação do atendimento junto aos funcionários da rede. Segundo a Se-cretaria Municipal de Saúde (SMS), para atender baianos e turistas de for-ma mais eficiente, profissionais têm sido capacitados para a realização de atendimento de urgência e emergên-cia. Até o início da Copa, serão mais de 600 funcionários aptos para este tipo de atendimento.

cuidados com a alimentação

Em relação à prevenção, tanto o estado quanto o município têm foca-do os esforços, sobretudo, no setor hoteleiro. Segundo o médico sanita-rista da Sesab, Juarez Diaz, o setor de vigilância sanitária da Bahia vai apro-veitar o momento para inspecionar

bares, restaurantes e lanchonetes em diversas cidades. “O turista pode querer ir a outros lugares turísticos. Então todos devem estar bem prepa-rados para recebê-los. hotéis e pou-sadas também serão inspecionados pela Vigilância Sanitária”, garantiu.

A prefeitura de Salvador também criou ações de assistência à saúde como treinamento sobre a manipulação de alimentos para ambulantes, restau-rantes e hotéis. Da mesma forma que a Sesab, a secretaria municipal de saúde também vai vacinar os profissionais de maior risco (taxistas, profissionais do sexo, rede hoteleira, entre outros).

O mosquito transmissor da dengue também será combatido com ações de prevenção. Para isso, a Sesab informou que fará borrifação espacial além de intensificar ações para destruir os cria-douros evitando assim proliferação.

idioma

De acordo com a diretora de Aten-ção à Saúde do município, está sendo articulado, junto ao Escritório da Copa do Mundo (Ecopa), um sistema de tra-dução via central de rádio, para aten-der nos casos de idioma não falado pe-los profissionais da rede.

desde o evento da copa das confederações que o estado tem buscado a prevenção da saúde da população baiana contra alguns vírus que podem ser transmitidos pelos turistas”

Juarez Dias

luciana Peixoto

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SalVador SoBrE duaS rodaS: uMa Cidade Mais saudável

Programa “Vá de Bike” e novos hábitos da população têm melhorado a mobilidade e qualidade de vida na capital baiana

maior mobilidade urba-na, sustentabilidade e qualidade de vida. Estes são alguns dos fatores integrados a prática do

ciclismo nas grandes cidades brasilei-ras. Estimulado pela prefeitura muni-cipal, através do programa “Salvador Vai de Bike”, a atividade começa a cair definitivamente no gosto da população soteropolitana. “Bicicleta é sinônimo

de vida, de saúde. Além disso, uma solução viável para o desenvolvimento não planejado das metrópoles”, afirma o personal trainer e praticante Gabriel Andrade.

Entre os diversos benefícios propor-cionados pelos pedais, o profissional destaca redução dos riscos de doen-ças crônicas, o emagrecimento, a dimi-nuição da pressão arterial e a melhora

da respiração. “Ainda podemos falar no combate ao estresse e depressão, maior qualidade do sono e melhoria nas relações sexuais”, explica.

Contudo, Gabriel faz uma ressalva. “A maioria dos ganhos vem com certa regularidade no exercício. Um profis-sional de educação física poderá au-xiliar no tipo e intensidade dos treina-mentos”, diz.

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ana luísa

atenção

Como toda atividade física, o ciclismo requer certos cuidados. Os adeptos da atividade devem estar atentos à alimen-tação, vestimentas adequadas e tomar muito cuidado com o horário de pedalar. O sol, muita vezes, pode ser um vilão devido a maior desidratação causada em deter-minados horários, além dos danos na pele gerados a partir da excessiva exposição aos raios ultravioletas. Vale ressaltar que é preciso ter cautela com o ritmo da ati-vidade.

O uso de equipamentos de proteção, como joelheiras, cotoveleiras e, principal-mente, o capacete são essenciais para prática segura do esporte. é importante também, que os praticantes estejam aten-tos à altura adequada do banco. quando o selim é ajustado na altura correta, o atleta

gabriel andrade

obterá a potência máxima de suas pernas, minimizando os danos aos joelhos.

salvador Vai de Bike

A prefeitura da capital baiana, em parceria com um Banco privado, lançou em setembro do ano passado o programa “Salvador Vai de Bike”, que engloba um conjunto de ações integradas para o in-centivo da prática de ciclismo na cidade. Entre os eixos principais do movimento estão as estações públicas de comparti-lhamento de bicicletas, implementação de ciclofaixas e ações de conscientização da população. Ao todo, a cidade já con-ta com 28 estações, que vão da praia de Boa Viagem a Piatã.

Adepta do programa, a estudante de direito Ana Luisa hiltner gosta da inicia-tiva, mas faz algumas críticas ao projeto. “Faltam mais pontos dentro da cidade.

Para passear na orla, a iniciativa cumpre bem sua função, mas se você quiser ir a outros pontos não dá tempo de devolver a bike”, afirma.

Ana Luisa acrescenta que as bicicle-tas estão sendo utilizadas, em sua grande maioria, pelos praticantes de exercícios fí-sicos. “As estações ficam cheias durante o dia e esvaziam ao final da tarde. O pro-jeto deveria ser estendido, pois não deve atender apenas ao lazer, mas diminuir o uso dos carros e motos”, pontua.

Para participar as pessoas podem se cadastrar por um ano no programa através do site (www.bikesalvador.com.br), com um investimento de R$ 10. As estações funcionam das 6 às 22 horas durante todos os dias da semana. Atual-mente, o endereço eletrônico já contabi-liza mais de 119 mil retiradas de bicicle-tas para viagens.

SALVADOR “VAI DE BIKE”

Onde se inscrever?www.bikesalvador.com.br

Como? Basta acessar o site, clicar em credencia-mento, preencher o formulário e seguir todas as orientações.

Uso da bicicleta: As estações de compartilha-mento funcionam diaria-mente das 6h às 22h. Viagens de até 45 minutos são gratuitas, desde que realizadas com intervalo de pelo menos 15 minutos entre elas.

Valor anual: R$ 10.

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VoCê CoNHECE asíndRoMe de buRnout?

mui tos p ro f i ss iona is não sabem, mas são v í t imas da doença do esgo tamento p ro f i ss iona l

Em um mundo cada vez mais competitivo, corrido e cheio de atribuições, o estresse faz parte do dia a dia das pesso-as. Profissionais acumulam

funções e sentem-se pressionados a dar conta de muitas tarefas numa excessiva jornada de trabalho. A consequência des-te ritmo pós-moderno é o esgotamento profissional, fator que desencadeia a Sín-drome de Burnout - um estado de tensão emocional e estresse crônico provocado por condições desgastantes sejam físi-cas, emocionais ou psicológicas.

A síndrome “foi observada, original-mente, em profissões predominantemen-te relacionadas a um contato interpessoal mais exigente, tais como médicos, enfer-meiros, e cuidadores. Entretanto, hoje em dia, as observações já se estendem a todos profissionais que interagem de for-ma ativa com indivíduos, que cuidam e/ou solucionam problemas de pessoas ou empresas”, sinaliza o Médico Psiquiatra e Mestre em Neurociências, André Caribé.

Desde os ancestrais do ser humano, assim como em outros animais supe-riores, o mecanismo biológico da ansie-dade e do estresse foi destinado para promover a sobrevivência diante dos perigos, atuando como uma ferramen-ta de adaptação, reação e defesa, ex-plica André Caribé. Mas até que ponto o estresse é normal? Para o psiquiatra, “embora a ansiedade favoreça o de-sempenho e a adaptação do indivíduo às circunstâncias, ela o faz somente até certo ponto, onde nosso organismo atinja um máximo de eficiência. A par-tir desse limite de adaptação a ansie-dade (estresse), ao invés de contribuir, promoverá exatamente o contrário, ou seja, poderá resultar na falência da capacidade adaptativa”.

envolvimento intenso leva ao estresse

O presidente da Fundação de Neurolo-gia e Neurocirurgia/Instituto do Cérebro, o Neurologista, Antonio Andrade, explica que “pessoas intensamente envolvidas em tudo que fazem e que pensam em possuir total domínio da situação e da sua função”, são as mais suscitas a serem acometidas pela síndrome.

A Síndrome de Burnout apresenta sin-tomatologia múltipla: cansaço emocional, despersonalização e baixa realização pesso-al. Segundo Caribé, “o cansaço emocional é considerado o traço inicial, podendo a mani-festação ser física, psíquica ou uma combi-nação das duas. é descrito como o núcleo da síndrome e a sua manifestação mais ób-via. A despersonalização, caracterizada pela insensibilidade emocional do profissional, com prevalência de condutas cínicas e de dissimulação afetiva, é uma reação imediata após a instalação do cansaço. A baixa reali-zação pessoal faz menção a uma auto-ava-liação negativa associada à insatisfação e desânimo com o trabalho, com sentimentos de que este não vale a pena”.

tratamento

Após diagnosticada a síndrome, o uso de antidepressivos e psicoterapia são indi-cações para o tratamento. Atividades físi-cas regulares e exercícios de relaxamento também ajudam a controlar os sintomas. “A estratégia do tratamento é uma condi-ção multidisciplinar, baseado no tratamen-to com medicamentos, aliado ao apoio da fisioterapia e acompanhamento psicológi-co. Sempre na vigilância do médico e com mudança de hábito de vida”, explica o Neurologista Antonio Andrade. O especia-lista ainda alerta: “Prevenir é o melhor re-médio. Integrando na função de trabalho mais humanização e com isto o prazer do exercer seu trabalho com amor”.

A síndrome O termo Burnout tem origem na língua inglesa, a partir da união de dois termos: burn e out, que respectivamente significam queimar e fora. A união dos termos é melhor traduzida por algo como “ser consumido pelo fogo”. A síndrome foi descrita inicialmente na década de 1970 pelo psicólogo Herbert J. Freudenberger, que observou trabalhadores de uma clínica de dependentes químicos nos Estados Unidos. Esses funcionários reclamavam de exaustão, cansaço e falta de motivação com o trabalho.

Caribé

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PolítiCa E SaúdE

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paRCelaMento de dívidasColoCa PrEStadorES dE SErViço do SuS

Em EStado dE alErtaSindhosba e ahseb so l i c i t am redução dos p razos pa ra pagamento

das d ív idas da Secre ta r i a de Saúde de Sa lvador

Já se passou um ano, mas as Clínicas e hospitais da capital baiana que prestam serviços ao SUS, ainda colhem os frutos da dívida deixada pela antiga

gestão municipal, referente ao não pa-gamento dos serviços de saúde presta-dos nos meses de novembro e dezem-bro de 2012. A atual gestão propôs um acordo que culminou no parcelamento da dívida. Segundo o Sindicato dos hos-pitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado da Bahia (Sindhos-ba), o documento apresentado pelo go-verno propõe pagamento de parcelas anuais de R$ 50.000,00, o que resultou em longas prestações, e, a depender do valor do débito aos estabelecimentos, o pagamento total pode demorar até cinco anos para ser concluído.

Em ofício encaminhado, em dezem-bro do ano passado, ao Prefeito ACM Neto o Sindhosba e a Associação dos hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (Ahseb), solicitaram ao gestor da capital baiana uma nova negociação

do prazo de pagamento da dívida do exe-cutivo municipal com as unidades priva-das de saúde credenciadas ao atendi-mento a pacientes do Sistema único de Saúde (SUS).

De acordo com o Sindicato, algumas clínicas e hospitais particulares, só vão receber a última prestação do débito em 2019, o que segundo o presidente da Entidade, Raimundo Correia, causou grande impacto à saúde financeira dos prestadores de serviços da rede com-plementar do SUS, agravando a inadim-plência dos tributos e outros débitos. Justamente por conta da crise que vem passando, muitos estabelecimentos, em 2013, foram obrigados, a suspender o atendimento aos usuários do SUS. “A carta que enviamos ao senhor prefeito é uma tentativa de sensibilizá-lo para que este impasse seja resolvido o mais rápi-do possível”, declara Correia.

Para o presidente do Sindhosba, a revisão do prazo de pagamento, pode atenuar o cenário de crise em que se encontram os prestadores de saúde. “quem atende pelo SUS passou por uma

dificuldade enorme esse ano. Não pode-mos deixar que este momento amargo se prolongue por mais tempo”, comenta. Muitos estabelecimentos, sem receber o repasse da prefeitura, atrasaram salá-rios dos funcionários, deixaram de pagar fornecedores e acumulam dívidas. “Vale ressaltar, que os referidos serviços, ape-sar de não serem sem fins lucrativos re-alizavam seus atendimentos exclusiva-mente aos usuários do SUS quando não em até 80%”, sinaliza.

Vale ressaltar que os recursos para o pagamento dos meses em referência foi repassado pelo Ministério da Saúde de forma regular para o Fundo Munici-pal de Saúde, sendo assim, não se trata de recurso próprio do tesouro municipal, porém, a dívida não foi quitada. “Ne-nhuma outra proposta foi apresentada pela Secretaria Municipal da Fazenda através da Secretária Municipal de Saú-de para uma solução menos traumática para que os estabelecimentos que ainda prestam serviços ao SUS consigam man-ter o seu papel social”, conclui.

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receita Federal intensifica o cruzamento de dados em declarações com serviços médicos

Procurando cada vez mais impedir as sonegações de impostos, a Receita Fede-ral vem agindo também na fiscalização das deduções

de despesas médicas nas declara-ções. Além de recibos ou gastos com planos de saúde, a receita também cruza informações da pessoa física ou jurídica com a dos médicos e hos-pitais que prestaram o serviço, para garantir a veracidade dos dados for-necidos pelo contribuinte.

A empresária Eliane Brito, adota essa prática há alguns anos. Todas as despesas dela e da família com exames, consultas ou outros servi-ços de saúde são utilizados na hora da declaração do Imposto de Renda para futuras deduções. Segundo ela, a ação é válida, mas as exigências continuam sendo ainda maiores que a oferta. “O valor que pagamos por esses serviços é maior do que o re-torno que temos, seja através da res-tituição ou até mesmo de serviços públicos que temos direito”, afirma.

Já Eduardo Velloso, também em-presário, observa que tudo no Bra-sil precisa ser fiscalizado, pois não existe a cultura do caráter e da ho-nestidade por parte de alguns cida-dãos brasileiros no cumprimento de deveres e obrigações. “é uma via de mão dupla, por outro lado a cobraça de taxas para emissão de recibos e notas acaba sendo uma exploração,

lEão dE olHo nos seRviços

de saúde

tem que haver integridade dos dois lados”, conclui Eduardo.

O cruzamento de dados para ser-viços de saúde começou a ser fei-to pela Receita Federal em 2011. O objetivo é apertar o cerco contra fraudes tributárias. Mas apesar de já ser aplicado há quase três anos, muita gente ainda desconhece o pro-cedimento. O auditor fiscal da Su-perintendência Regional da Receita Federal - 5ª Região Fiscal (Bahia e Sergipe), Demian Fagundes, lembra que os pagamentos feitos a médi-cos, dentistas, psicólogos, fisiote-

Eduardo Velloso

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demian Fagundes

rapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, hospitais, clínicas, laboratórios e planos de saúde são dedutíveis. Mas para ter direito ao benefício é preciso pedir nota fiscal para comprovar o gasto.

erros na hora de declarar

Demian ainda chama a atenção para os casos de ausência de cruzamento dos dados. O processo de retificação, na maioria vezes pode ser corrigido com as pendências da respectiva declaração sem sair de casa, basta enviar pela In-ternet uma retificação. A declaração re-tificadora irá substituir integralmente a original, desde que seja enviada antes da notificação pela Receita Federal.

Veja outras dúvidas sobre o assunto:

saúde Bahia: Existe um limite para dedução de serviços de saúde?

demiam Fagundes: Diferente das despesas com educação e os pa-gamento à previdência privada, não há limite de valor de dedução para as despesas médicas.

sB: quais tipos de serviços médi-cos não valem para o benefício?

dF: é importante o cidadão fi-car atento a algumas despesas que não são dedutíveis, como a compra de medicamentos (só são dedutíveis

quando integrarem conta de hospi-tal), óculos, lentes de contato, apa-relhos para surdez e similares.

sB: quem tem direito a dedução o titular ou dependente(s)?

dF: Podem ser deduzidos os pa-gamentos relativos a tratamento do próprio titular ou dos seus depen-dentes informados na declaração.

sB: Em qual área da tabela de declaração essas despesas devem ser informadas?

dF: As despesas médicas são de-claradas na ficha “Pagamentos Efe-tuados”. Além do valor da despesa, devem ser incluídas na ficha algu-mas informações adicionais como o nome e o CPF/CNPJ do prestador do serviço.

sB: quais são os erros mais co-muns que o contribuinte comete ao declarar as despesas com saúde?

dF: é comum os contribuintes cometerem o erro de declarar des-pesas médicas com familiares que não constam na declaração como dependentes. Como já mencionado anteriormente, as deduções com despesas médicas restringem-se aos pagamentos relativos ao trata-mento do próprio contribuinte e de seus dependentes.

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50% dos casos de emergência podem ser resolvidos no local com ações específicas

imagine a seguinte situação. Uma pessoa passa mal e cai em um ponto de ônibus lotado. O que fazer nessa hora? O mesmo pode acon-tecer dentro de casa em um aciden-

te doméstico. Apenas buscar socorro é a solução? Com o trânsito cada vez mais ca-ótico nos grandes centros urbanos, a che-gada de uma ambulância ao local pode demorar alguns longos minutos. é nesse período, que ações simples, mas pontuais, podem garantir a vítima uma sobrevida. Estatísticas comprovam que os primeiros-socorros são responsáveis por garantir 50% de resultados positivos no resgate de pessoas em situação de emergência.

Nem todo mundo tem noção de como executar essas ações, ou como se com-portar diante de uma situação de emer-

PrimEiroS SoCorroS rEduzEmMoRtalidade pela Metade

gência, que pode acontecer em qualquer lugar e a qualquer hora. “é preciso manter a calma e saber o que fazer para evitar o agravamento do quadro e, até mesmo, sal-var uma vida”, afirma o diretor médico da Vitalmed, João Maurício Maltez.

qualquer pessoa pode prestar socorro imediato, desde que tenha conhecimento suficiente. Em casos de queimadura, por exemplo, é importante lavar o ferimento imediatamente com água e sabão e de-pois levar a vítima ao hospital. Em outros eventos, as noções de primeiros socorros também podem ser aplicadas em casos de choque elétrico, picada de cobra, fratu-ras, afogamento, parada cardiorrespirató-ria, entre outras situações.

O atendimento imediato em caso de infarto aumenta em 50% as chances de leonardo Clement

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João maurício

sobrevida do doente. Segundo Leonar-do Clement, fundador do Instituto Saú-de Integral, onde são ministradas aulas de suporte básico de vida, 80% das pa-radas cardíacas acontecem em casa ou no local de trabalho. “Se quem estiver por perto souber fazer compressões cardíacas, ventilação e usar um desfi-brilador automático usado por leigos consegue salvar a pessoa em mais de 50% dos casos, enquanto a ambulância está a caminho”, garante Clement.

O ideal é que todas as pessoas te-nham um treinamento básico de pri-meiros socorros visando minimizar os riscos durante uma emergência. Contu-do, de uma forma geral, alguns cuida-dos devem ser adotados por todos. “Em caso de um trauma ou desmaio, evitar

movimentar o paciente e, além disso, verificar se as vias aéreas estão de-sobstruídas, para impedir uma parada respiratória”, esclarece Maltez.

Após a adoção dessas medidas, o diretor da Vitalmed recomenda a busca pela ajuda imediata de um especialista, mesmo em casos que possam aparentar uma menor gravi-dade. “A confirmação do quadro de uma parada cardíaca, por exemplo, é complicada. Muitas vezes, as pessoas tentam fazer uma massagem cardíaca e acabam levando o paciente a outros traumas, como a fratura de coste-las”, revela. O diretor ressalta ainda que objetivo do primeiro atendimento é evitar que a vítima tenha maiores complicações ou evolua para óbito.

01.Sangramento por AcidentesSe você está na frente de alguém que esteja sangrando pela boca ou ouvidos, procure uma emergência médica imediatamente. Esta pessoa está em risco iminente de morte! Em sangramentos por feridas de pele use um pano limpo para comprimir energicamente o local até a chegada do médico ou ao centro hospitalar. 02.EngasgoNesses casos deverá tentar manual-mente extrair o corpo estranho ou realizar manobras para desobstruir as vias respiratórias através de compressão torácica. 03.Picada de animais peçonhentosNão sugue o veneno, nem pratique torniquetes. Leve a vítima em repouso a um Centro Especializado. Em Salvador funciona no hospital Roberto Santos. É fundamental reconhecer o tipo de animal e se possível, levá-lo num recipiente, para apresentar ao profissional de saúde. O tratamento é diferenciado de acordo com o tipo de animal. 04.EnvenenamentoQuando a intoxicação for recente e não for provocada por elementos cáusticos, provoque o vômito para eliminar o excesso do tóxico e procu-re atendimento médico de imediato. Nos casos de intoxicação por gases tente retirar a vítima do contato, coloque-a numa ambiente arejado e procure um atendimento médico. 05.Choque ElétricoSe a vítima ainda estiver em contato com a fonte elétrica, não tente tocá-la ou retirá-la manualmente. Utilize um elemento isolante e o melhor de tudo é desligar a corrente elétrica. Caso o paciente esteja em parada cardio-res-piratória, inicie se souber, manobras de ressuscitação. Caso haja feridas por queimadura, utilize um pano limpo e úmido para cobrir. Procurar de imediato ajuda médica.

06.Afogamento Se estiver na frente de uma vítima de afogamento e com sinais de asfixia, a primeira coisa a fazer é retirá-la da água e iniciar imediatamente manobras de ressuscitação e pedir auxílio médico.

dicas dePrimeiros socorros

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Por que esse setor de clínicas e hospitais vive na uti?

ambientes cheios e longas esperas são a realidade das unidades de emergên-cias hospitalares em todo o Brasil e não é diferente na

Bahia. Setores que deveriam ser porta de entrada para casos de urgência e alta complexidade têm recebido cada vez mais pessoas que poderiam ser atendidas em clínicas ou ambulató-rios, mas encontram dificuldades em marcar consultas para atendimento em curto prazo. Esse fator, aliado ao crescimento e envelhecimento da po-pulação, gera um procura acima da capacidade das unidades de emergên-cias em Salvador.

Sem a correspondente ampliação em número, os setores de emergên-cia encontram-se diante do desafio de trabalhar com ambientes de su-perlotação. é o que observa o supe-rintendente de saúde da Santa Casa de Misericórdia que avalia a carência deste serviço em Salvador, de forma geral. “A cidade é carente no serviço de urgência e emergência. Esses se-tores acabam sendo um gargalo, pois a procura é muito grande e o número atual de unidades não consegue aten-der”, afirma Eduardo queiroz.

Atuando com quatro segmentos de urgência e emergência - Pronto Aten-dimento Adulto, Unidade de Emergên-cia Pediátrica, Pronto atendimento ortopédico e emergência em otorrino-laringologia - o hospital Santa Izabel realiza uma média de 367 atendimen-tos por dia. Para Eduardo queiroz, há também o uso exacerbado das emer-gências. “Existe uma questão cultural de buscar a emergência para consulta imediata e evitar marcar no consultó-rio”. Por isso, “todas as unidades de urgência precisam trabalhar com uma classificação de risco para priorizar os casos de maior gravidade e organizar o atendimento”.

Outro fator associado (pelos di-

EmErgêNCia nas eMeRgênCiasrigentes de hospitais) à alta procura pelas emergências é a ampliação do número de segurados das operado-ras de plano de saúde. “A rede de serviços e leitos contratados não tem crescido na mesma proporção, fazen-do com que diversos planos de saúde continuem dividindo os mesmos leitos hospitalares e serviços. Além disso, as consultas médicas em consultórios estão mais difíceis de marcar, trazen-do essa demanda para as emergên-cias”, destaca o coordenador médico do Pronto Atendimento do hospital Aliança, Renê Mariano.

Segundo Renê Mariano, o hospital Aliança realiza, em média, 130 con-sultas diárias. “O atendimento priori-tário não é por ordem de chegada e sim, pela gravidade clínica do pacien-te. Essa triagem passou a ser mais técnica”. O tempo de permanência na emergência irá depender da gravida-de clínica do paciente, pois em muitos atendimentos são necessários a rea-lização de exames e a ocupação dos leitos para observação. Nos casos de

baixa complexidade que chegam à emergência o tempo de espera pode ser de até 4 horas.

Em contrapartida, os casos real-mente graves e de alta complexidade, são atendidos de forma imediata, o que pode ser determinante para sal-var a vida do paciente. “é o que se tem procurado: classificar o risco do paciente e priorizar quem realmente não pode esperar. Surge assim, a es-pera ou demora para o atendimento a essa camada de pacientes que não têm grandes urgências, mas que pre-cisam ser atendidos”, esclarece.

melhorias

Se o número de pessoas a serem atendidas aumenta, o número de leitos deveria também aumentar, mas, segun-do o superintendente do hospital Santa Izabel, não é isso que acontece. As me-lhorias para que os pacientes tenham um atendimento mais ágil e humaniza-do nas emergências, precisam ir além da estrutura física. “O hospital passará por obras, mas, não é fácil preparar a estrutura quando se trabalha com uma super demanda. é preciso deixar o am-biente mais adequado para atendimen-to, organizar o processo de trabalho e adotar tecnologias que possam torná-lo mais ágil, seja na classificação dos pacientes ou resultados dos exames”, alerta Eduardo.

Para Renê Mariano, coordenador do hospital Aliança, os investimentos não dependem do aumento de pro-fissionais nem da agilidade no aten-dimento. “As soluções passam por oferecer serviços ambulatoriais de qualidade para casos de menor gravi-dade e assim, desafogar os serviços para casos efetivamente de emergên-cia que podem requerer internação hospitalar. Para isso, as operadoras de plano de saúde precisariam mudar sua forma de atuação”, afirma.

Eduardo queiroz

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Custo hospitalaR: uma CoNta quE Não FECHa

é notório em todo território na-cional que a remuneração oferecida pelas operadoras de planos de saúde para as diárias e taxas de sala cirúr-

gica, raramente, cobrem os custos in-corridos na prestação destes serviços hospitalares, e para compensar a per-da na venda das diárias e taxas, consi-deráveis margens de rentabilidade são adicionadas na comercialização dos materiais e medicamentos.

“quando desenvolvemos uma de-monstração de resultados em um hos-pital sem envolver a comercialização dos materiais e medicamentos, regu-larmente apontam altos índices de pre-juízos, e quando adicionamos os ga-nhos obtidos na comercialização dos insumos, a situação melhora conside-ravelmente, e uma parte dos hospitais passa a apresentar lucro e outros re-duzem bem prejuízos apresentados”.

Somente agrupando todos os itens que compõem as receitas dos hospi-tais: diárias, taxas, insumos (materiais, medicamentos, OPME) serviços diag-nósticos, honorários e outros é possí-vel avaliar o resultado, porém todos os produtos e serviços deveriam gerar algum resultado, E considerando a lógi-ca financeira, os serviços com um giro maior (alta rotatividade) deveriam pro-porcionar menores margens, enquanto os de menor giro ofereceriam maiores margens de lucro, afim de gerar um retorno de investimento em um prazo adequado, porém acontece exatamen-te ao contrário nas atuais negociações.

Mas também o que é quase consen-so entre os “atores” envolvidos nesta operação, é que o hospital deveria rece-ber valores justos pelos serviços presta-dos (diárias e taxas) e reduzir a margem sobre a comercialização de materiais e medicamentos, pois tem muito mais ló-gica uma instituição prestadora receber valores adequados pelo serviço presta-

do, do que pela venda de insumos, que são os ingredientes necessários para a prestação dos serviços.

Vale ressaltar que muitas tentativas foram e estão sendo feitas no sentido de melhorar esta situação através de cálculos chamados de “migração”, que consiste em “migrar” a margem de um item para outro, mantendo o mesmo re-sultado total final para o hospital. Mas é muito difícil mudar uma cultura que vem sem sendo praticada há alguns anos. Os dois lados avaliam, mas não chegam a um consenso que atenda de forma satisfatória ambas as partes, a operadora aceita em aumentar o valor da diária e reduzir a margem dos ma-teriais e medicamentos, porém os per-centuais não fecham, enquanto seriam necessários altos índices de reajustes para cobrir a defasagem acumulada a muitos anos, (que cubra efetivamente os custos incorridos) e uma redução condizente na comercialização dos in-sumos, muitas vezes são oferecidos ín-dices que não chegam sequer a cobrir os custos, por isso, do lado dos hospi-tais existe uma resistência em reduzir a margem de comercialização dos ma-teriais e medicamentos.

A ANS, desde 2010 vem reunindo re-presentantes de hospitais e Operadoras no intuito de alterar os modelos de remu-neração, adotando as “Diárias Globais”, “Procedimentos Gerenciados” e “Conta Aberta Aprimorada”, modalidades que exigem uma remuneração adequada dos serviços hospitalares, pois os insumos (materiais e medicamentos) estão inse-ridos nestes eventos. E neste cenário a unidade hospitalar tem que conhecer muito bem seus custos e negociar de for-ma que sejam cobertos e gerem resulta-dos, a fim de remunerar o investimento e manter o hospital com as instalações adequadas e sempre atualizado em tec-nologia e com alta qualificação. Temos um longo caminho pela frente e informa-ções devem ser adotadas para termos sucesso e avançarmos com um sistema de remuneração adequado e condizente para todos os envolvidos.

Eduardo regonha

eduardo regonha é Diretor Executivo da xhL Consultoria em Saúde, Doutor em Ciências pela UNIFESP EPM (Custos em Oftalmologia), Pós-Graduado em Adm. hospitalar pela FGV, Bacharel em Ciências Contábeis e Professor do Centro Universi-tário São Camilo, da Fundação Unimed, da FMUSP e da UNIFESP.

gEStão Em Pauta

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riSCoS doSlight, diet e ZeRo

a alimentação, além de muito prazer, pode trazer muitos problemas de saúde. Graças à tecnologia hoje temos a op-ção de consumir alimentos

que reduzem ou até são isentos de deter-minados nutrientes - são os conhecidos li-ght, diet e os também populares alimentos “zero”.

Será que esses produtos fazem mal a saúde? Essa é uma questão bastante frequente no dia-a-dia de todos que os consomem ou querem consumir. Mas na verdade ainda existe uma serie de questio-namentos relacionados ao seu consumo. A ANVISA determinou recentemente níveis seguros do consumo das substâncias ado-çantes, oficialmente denominados “edul-corantes”. Isso foi baseado em estudos experimentais, garantindo segurança no consumo e aproveitando os benefícios que esses alimentos podem proporcionar.

Alimentos light por definição tem uma redução significativa de pelo menos 25% em algum nutriente especifico como, por exemplo, a redução de açúcar, gordura ou sódio, diminuindo o valor calórico em doces e similares. No caso dos alimentos diet ocorre a retirada total de um nutriente para um determinado público, por exem-plo a retirada total de açúcar para diabé-ticos ou a ausência total de glúten para pacientes portadores de doença celíaca. O caso dos alimentos conhecidos como “zero” acontece a retirada total de carboi-dratos, de sódio, de açúcar e geralmente

podem ser consumidos por diabéticos.

De uma coisa sabemos, o consumo dessas substâncias só trará prejuízos ao nosso organismo se consumidos em do-ses bastante elevadas. Por isso, no caso dos adoçantes, recomendo que escolha três tipos diferentes que mais goste, e use os três variando o consumo ao longo do dia e da semana, assim nunca atingirá uma quantidade que possa trazer algum prejuízo.

Nos dias atuais, nós especialistas em alimentação temos como maior preocu-pação a redução do valor calórico dos ali-mentos. A obesidade e o sobrepeso cres-cem de maneira assustadora em todas as classes sociais, inclusive nas menos abas-tadas. Isso faz desses alimentos - com toda a polêmica do assunto- valorosos aliados para o público que mantém uma dieta com restrição de calorias ou determi-nado nutriente.

Mesmo quem não está submetido a uma dieta para perda de peso, pode uti-lizar esses produtos para algum objetivo especifico, os hipertensos podem reduzir a quantidade do consumo de sódio, os diabéticos podem reduzir o consumo de açucares, até mesmo quem procura há-bitos de vida mais saudáveis pode reduzir o consumo de açucares, sódio e calorias, melhorando a qualidade de vida e muitas vezes ate o padrão estético.

A melhor dica é procurar variar sempre, o consumo frequente de qualquer alimen-to industrializado deve ser evitado. Prefira alimentos in natura, consuma frutas todos os dias, beba quanta água conseguir ao longo do dia e use com responsabilidade os alimentos light, diet e zero de preferên-cia com a orientação de um especialista.

durval sobreiro Junior é médico nutró-logo, nutricionista e cirurgião geral. Espe-cialista em Nutrição para o alto rendimen-to e em Nutrologia médica com Doutorado em Ciências da Sáude - UFBA

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Saúde Bahia Abril 2014 29

quando se fala em treina-mento físico muita coisa mudou na última década. Atualmente, atividades ao ar livre ou em galpões, bem di-

ferente das academias tradicionais que conhecemos, vêm se destacando pela quantidade de adeptos e pela proposta inovadora. Ela trabalha com as diversas valências físicas que pertencem ao ser humano (resistência cardiovascular e respiratória, estamina, força, potência, flexibilidade, velocidade, coordenação, equilíbrio, acurácia) tornando-o mais completo fisicamente.

Esta nova forma de treinamento que se baseia em exercícios de alta intensi-dade e nas capacidades intrínsecas do corpo humano, vem conquistando um grande número de adeptos pelo mundo. Não se trata de nenhuma nova desco-berta, mas sim uma maneira de combi-nar os exercícios calistênicos (usa o peso do próprio corpo). Empurrar, puxar, rolar, arremessar, correr, saltar e agachar são habilidades naturais do corpo humano.

Existem marcas mundiais atualmen-te, a exemplo da Crossfit, que além dos exercícios calistênicos se apropria do le-vantamento olímpico, da ginástica e do atletismo, aproximando os praticantes de modalidades até então vistas nas olimpí-adas ou na educação física escolar.

Essa nova maneira de treinamento tem como objetivo trabalhar o corpo em sua plenitude, sendo indispensável profis-sionais para planejar e orientar as aulas. A interferência do profissional se torna fun-damental também no momento das corre-ções dos exercícios e na identificação das limitações de cada praticante. De acordo com essas limitações vão ser sugeridos exercícios corretivos, o que irá permitir o praticante evoluir no treinamento.

O período do verão estimula ainda mais as pessoas a buscarem ativida-des outdoor, favorecendo o conhe-cimento e a difusão desta forma de treinamento físico. O entendimento do corpo humano se torna mais fácil pelos praticantes, já que eles viven-ciam de forma teórica e prática as ca-

atiVidadES FíSiCaS:uM leque de opções

pacidades. O custo beneficio é outro ponto importante.

Estudos econômicos mostram que as academia de ginástica no país atra-em um percentual pequeno de pessoas se comparado com a população total da nação. Isso acontece por diversos moti-vos, os principais deles acredito ser pa-drão de beleza associado ao praticante de musculação e o custo elevado da mensalidade, fazendo com que muitas pessoas se sintam excluídas e/ou pouco estimuladas a buscarem uma academia de ginástica.

Os exercícios isolados e pouco desafia-dores e as atividades aeróbicas de longa duração adotados nas academias tradi-cionais acabam também por dificultar a

adesão e fidelização de novos praticantes. A opção dessa nova proposta de exercícios põe um pouco de lado o narcisismo favore-cendo a inclusão de novos praticantes de atividade física e quem sabe assim permi-tindo que as pessoas se tornem mais sau-dáveis no físico e no psicológico.

Seja qual for sua opção, procure um profissional de Educação Física qualifi-cado para tirar suas dúvidas permitindo uma escolha mais consciente do que vai atender as suas necessidades.

Joca gonzalez é educador físico, gradu-ado pela Faculdade Social da Bahia e pós graduado pela mesma instituição.

Joca gonzalez

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ProgramE-SE

23 e 24/05

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11 e 12/09

23 e 24/05

Faturamento SUS - Universidade Corporativa UCASInscrições: www.ucasaude.com.br

Para manter o nosso público sempre atualizado com a sua área de atuação, envie por e-mail sugestões de conteúdo para as próximas ediçõ[email protected]

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III Fórum de Relações Trabalhistas SindhosbaInscrições ainda não abertas.

Técnico em Oftalmologia - Universidade Corporativa UCASInscrições: www.ucasaude.com.br

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O Laboratório Sabin tem o que há de mais preciso

para a detecção da doença falciforme.

A doença falciforme é consequência de uma alteração genética, que leva à produção da hemoglobina S (HbS), em homozigose ou em dupla heterozigose com outra hemoglobina anômala. Vários testes laboratoriais estão hoje disponíveis para a confirmação diagnóstica da presença da HbS. Mas os estudos quantitativos e qualitativos têm inúmeras vantagens sobre os testes de falcização: são automatizados, mais sensíveis e específicos e identificam o tipo de hemoglobinopatia. Para maior precisão do resultado, o Laboratório Sabin realiza o estudo de Hbs por diferentes metodologias (eletroforese capilar, HPLC e estudo molecular) e disponibiliza a assessoria médica em hematologia para sugestões, discussões e esclarecimentos necessários.

Exame Análise Sensibilidade EspecificidadeIdentificação do tipo de doença

falciforme

Teste de

FalcizaçãoManual

Baixa (maior risco de falso-negativos)

Baixa (maior risco de falso-positivos)

Não

Eletroforese

de HbAutomatizada Alta Alta Sim

• Diretor Técnico do Laboratório Sabin• Médico Hematologista com Residência em

Hematologia pelo HCFMRP-USP• Doutorado em Clínica Médica pela FMRP-USP• Membro do Consórcio Internacional em

Leucemias Agudas (IC-AL)• Professor de Hematologia na UnB

Rafael Jácomo:

www.sabin.com.br | @labsabin | Laboratório Sabin

Central de Atendimento: 71 3261-1314

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