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Edição 6 · Maio 2012 Pentecostes I A vinda do Consolador · Pág 8 Evento Cerco de Jericó · Pág 16

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Edição número 3 da Revista Mensagem Viva

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Page 1: Revista Mensagem Viva

Edição 6 · Maio 2012

Pentecostes I

A vinda doConsolador · Pág 8

Evento

Cerco de Jericó · Pág 16

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Edição 3 · Setembro / Outubro 20112

Palavra do

Coordenadoreste mês de Maio, a liturgia católica destaca dois grandes momentos: a

veneração a Maria Santíssima, mãe de Jesus e nossa mãe e a festa de Pentecostes.Quando entramos no mistério da Igreja de Jesus, indubitavelmente nos lembramos da mãe. Maria, mulher de fé, que esteve presente na missão redentora de Jesus, que esteve presente em Pentecostes, que continua intercedendo por nós. Se falta “vinho” em sua vida, peça a intercessão de nossa senhora.Maria é aquela que aponta para o seu fi lho Jesus e nos pede para fazer tudo o que ele disser. Foi dessa maneira que ela apareceu a três jovens em Fátima para mostrar ao mundo o caminho do céu. A treze de maio na cova da iria, no céu aparece a virgem Maria, verdade que se transformou também em canção. Maria é uma das mais belas canções criadas por Deus.Peçamos a cada instante de nossa vida que Maria esteja conosco, pois onde está a mãe, aí também está o fi lho.Outro grande momento deste mês é a festa de Pentecostes, festa do Espírito Santo. Diz a palavra de Deus em Atos 2,1-4 que os apóstolos de Jesus juntamente com outras pessoas, entre elas Maria Santíssima, estavam reunidos no cenáculo em Jerusalém quando de

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Claudemir Moraes Coordenador RCC Jundiaí

repente veio do céu um vento impetuoso e apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles e todos fi caram cheios do Espírito Santo.Se no antigo testamento o Espírito Santo era manifestado na vida de alguns apenas, como reis e profetas, no novo testamento se cumpre a promessa da profecia de Joel (3,1) que diz que haveria um dia em que o Espírito Santo seria derramado em todo ser vivo. Vivemos este tempo do Espírito e suas maravilhas se espalham por toda a terra, conduzindo o ser humano para junto de Deus.Pentecostes não foi apenas um momento histórico. Podemos dizer que a Igreja jamais será a mesma depois daquela manhã em Jerusalém.No momento em que nos preparamos para celebrar 50 anos do início do Concílio vaticano II, nos lembramos das palavras de João XXIII ao abrir as portas da Igreja para uma nova primavera: “Que haja um novo pentecostes na Igreja”.Juntos com Maria, busquemos cada vez mais a plenitude do Espírito. Um ótimo Pentecostes a todos.

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Índice 04 Como a arte nos ajuda na relação com Deus

05 História de Nossa Senhora de Fátima

06 O Ambiente Familiar

07 A oração dos 7 passos

08 Pentecostes - A vinda do Consolador

10 O que aconteceu em Pentecostes?

12 Como Deus entra em nossa vida?

13 Você já mentiu hoje? Seja honesto!

14 Como viver uma boa confi ssão?

16 Cerco de Jericó 2012

Coordenador RCC: Claudemir Moraes

Edição e Diagramação: Grupo Plateno

Impressão: Gráfi ca e Editora Paineiras

Tiragem: 6.000 Exemplares

Distribuição Gratuita

Expediente

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Edição 3 · Setembro / Outubro 2011Edição 3 · Setembro / Outubro 2011

O Papa, em sua série de catequeses sobre oração, fala sobre a relação da arte e a elevação a Deus e nos diz que um dos caminhos para isso é através das expressões artísticas, parte dessa “via da beleza” e que o homem deveria recuperar em seu signifi cado mais profundo.Ao nos depararmos com uma escultura, um quadro, alguns versos de poesia ou uma peça musical, uma íntima emoção toma conta de nós e não existe somente a matéria e sim algo maior, que nos “fala”, capaz de tocar o coração, de elevar a alma. Uma obra de arte é fruto da capacidade criativa do ser humano, que se interroga diante da realidade visível e que tenta descobrir o sentido profundo e comunicá-lo através da linguagem das formas, das cores, dos sons. A arte é capaz de expressar e tornar visível a necessidade do homem de ir além do que se vê, manifesta a sede e a busca do infi nito. Uma obra de arte pode abrir os olhos da mente e do coração, conduzindo-nos ao alto.Há expressões que são verdadeiros caminhos rumo a Deus, que nascem da fé e que a expressam. Como exemplo, visitar uma catedral Gótica e suas linhas verticais que chegam até o céu, cativam nosso ser e elevam nosso espírito e ao mesmo tempo, nos faz ver o quanto somos pequenos e queremos alcançar a plenitude. Ou também

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quando escutamos uma peça de música sacra que faz vibrar as cordas do nosso coração, nossa alma se dilata e se sente impelida a dirigir-se a Deus. A fé expressa em certas obras é tão forte e verdadeira que sentimos a presença de Deus.Muitos quadros e telas, frutos da fé do artista, nos conduzem a dirigir o pensamento a Deus e nos fazem crescer o desejo de chegar até Ele. Marc Chagall escreveu “que os pintores mergulharam seus pincéis, durante séculos, no alfabeto de cores que é a Bíblia”. Paul Claudel, famoso poeta, dramaturgo e diplomata francês, ao escutar o canto do Magnifi cat durante a Missa de Natal na basílica de Notre Dame, em Paris, em 1886, advertiu a presença de Deus. Não havia entrado na igreja por motivos de fé, mas para encontrar argumentos contra os cristãos. No entanto, a graça de Deus agiu no seu coração.O Papa, ao fi nalizar a carta, faz o convite de redescobrir a importância das artes também para a nossa relação viva com Deus e pede que as nossas visitas a lugares de arte sejam também um momento de graça e de estímulo para reforçar nosso vínculo e diálogo com Deus. Mensagem do Papa “Uma só coisa pedi ao Senhor, só isto desejo: poder morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida; poder gozar da suavidade do Senhor e contemplar seu santuário” Salmo 27, 4.

Como a arte nos ajuda na relação com Deus

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Em 13 de maio de 1917, três crianças, Lúcia de Jesus dos Santos, Francisco Marto e Jacinta Marto apascentavam um pequeno rebanho na Cova de Iria, em Ourém, Portugal quando viram Nossa Senhora.A aparição ocorreu por volta do meio dia, após as crianças terem rezado o terço. Elas teriam visto uma luz brilhante, julgando ser um relâmpago, decidiram ir-se embora, mas, logo depois, outro clarão teria iluminado o espaço. Nessa altura, teriam visto em cima de uma pequena azinheira uma “Senhora mais brilhante que o sol”.A senhora disse às crianças que era necessário rezar muito e que deveriam aprender a ler. Pediu-as que voltassem no dia 13 dos próximos cinco meses.Em 13 de outubro, ao completar os cinco meses, estavam presentes na Cova da Iria cerca de 50 mil pessoas e Nossa Senhora teria dito às crianças: “Eu sou a Senhora do Rosário” e teria pedido que fizessem ali uma capela em sua honra. Muitos dos presentes afirmaram ter observado o chamado milagre do sol e segundo testemunhos recolhidos na época, o sol, assemelhando-se a um disco de prata fosca, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo

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precipitar-se na terra. Tal fenomeno foi testemunhado por muitas pessoas, até mesmo distantes do lugar da aparição e foi publicado na imprensa por vários jornalistas que ali se deslocaram. Esse local é hoje a “Capelinha das Aparições”, em Fátima.Posteriormente na Espanha, Nossa Senhora teria aparecido a Lúcia novamente (10 de Dezembro de 1925 e 15 de Fevereiro de 1926, no Convento de Pontevedra, e na noite de 13 para 14 de Junho de 1929, no Convento de Tui) e pediu a devoção dos cinco primeiros sábados: rezar o terço, meditar nos mistérios do Rosário, confessar-se e receber a Sagrada Comunhão em reparação aos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria e por último, a Consagração da Rússia ao Imaculado Coração.Anos mais tarde, em suas Memórias, Lúcia contou ainda que, entre abril e outubro de 1916, um anjo já teria aparecido aos três pastorinhos, por três vezes, convidando-os à oração e penitência, e afirmando ser o “Anjo de Portugal“. Este anjo teria ensinado duas orações, conhecidas por Orações do Anjo, que entraram na piedade popular e são utilizadas, sobretudo na adoração eucarística.

História de Nossa Senhora de Fátima

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Todos nós, ao pensarmos sobre esse tema, sonhamos com a família ideal. Uma família em que todos se queiram muito bem, a convivência seja extraordinária, a união entre todos seja incrível e na qual haja certa rivalidade para ver quem consegue fazer o outro mais feliz.Infelizmente, não é isso que se vê em muitas famílias. O que se vê são discussões frequentes, casais que vivem em desarmonia, irmãos que mal conversam entre si e que sofrem com muito mais distanciamento do que amor uns pelos outros.A família nos planos de Deus é o ambiente em que deve reinar e desenvolver o amor, para que ele amadureça e seja cada vez mais profundo, mais perfeito, até chegar próximo ao amor de Deus.Reflita: Como está a minha família? Sinto alegria quando volto para casa? O ambiente na minha casa é sereno, acolhedor? O amor de uns pelos outros se nota no dia a dia? Há harmonia? O convívio é alegre, divertido?Algumas sugestões para melhorar o ambiente familiar, primeiramente é pedir ajuda a Deus, pois sem Ele fica difícil

superar as dificuldades. Deixe Deus reinar em sua família! Em segundo lugar, não perder a admiração por cada membro da família. É muito mais fácil admirarmos as pessoas de fora do que da própria família, mas esse é um exercício constante em nossas vidas. Por último, o amor verdadeiro deve estar presente em cada pessoa. Só com ele conseguimos amar a todos conhecendo seus defeitos e qualidades. O desafio fundamental é vivenciar esse amor no ambiente familiar e manter a admiração pelos nossos. Somente assim teremos um ambiente em paz.Como não perder a admiração pelos nossos familiares? Olhando mais para qualidades e menos para os defeitos. Todas as pessoas têm muitas coisas boas. Mais ainda: muito mais coisas boas do que ruins.Eis um grande desafio: não perder a admiração por nenhum familiar! E mais: resgatar a admiração por cada uma das pessoas da família! Comecemos por esses dois pontos e o ambiente se tornará mais leve. Começaremos a respirar ar puro: o ar do amor a Deus.

O ambiente familiarEdição 6 · Maio 2012 6

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Para quem sente muita difi culdade em orar e colocam empecilhos para a prática, vamos dar algumas sugestões de como crescer no relacionamento com Deus através da “Oração dos 7 Passos“.

1° Passo:Determine um lugar para você orar, esse será o seu “cantinho de oração”. A oração pessoal deve ter lugar próprio. Você pode até orar durante o dia nos afazeres, mas a oração pessoal deve ter um lugar no qual você não será incomodado.

2° Passo:Só oramos quando sentimos vontade, mas somente com “disciplina é que há santidade”. O mais correto é determinar o tempo que você dará a Deus por dia. Pense em quanto tempo você tem dado para seu trabalho, família e lazer. Mas e para Deus? Comece com pouco tempo e depois vá aumentado a intimidade e o tempo com Ele.

3° Passo:Rezar o Pai-Nosso e a Ave Maria. O Pai Nosso foi a oração que Jesus nos ensinou (Mt 6, 9-13), nela vamos encontrar grandes ensinamentos que o Senhor nos deixou. A Ave Maria também. Em Lucas 1,28-48 o Anjo Gabriel a chamou de “bem-aventurada e cheia de graça”. (Lc 1, 28). Recitar a Ave-Maria é fazer eco da voz de Deus nos tempos de hoje. A segunda parte, declaramos que ela é santa e a chamamos de Mãe de Deus porque Jesus é Deus.

4° Passo:Devemos louvar e agradecer. Deixamos nesse momento tudo o que nos passou no dia para agradecer e exaltar aquilo que Deus faz por nós todos os dias. Como diz em Salmos, “Deus habita no meio dos louvores”.

5° Passo:Todos erram, portanto devemos pedir perdão ao Senhor por todas as nossas fraquezas e pelo bem que não fi zemos. Diz em Lucas 19, 41 que Jesus chorava pelos pecados humanos, pois eles machucavam também Seu coração.

6° Passo:Chegou a hora de pedir, fazer a sua prece, seus pedidos. Uma dica: você pode começar pedindo pelos outros e deixar para o fi m os seus pedidos pessoais. Em I João 5,14, diz que tudo o que nos pedirmos, se for conforme Sua vontade, Ele nos atenderá.

7° Passo:Oração é diálogo e como em uma conversa, sempre existe a hora de ouvir. Portanto, chegou a hora de ouvir a Deus. Leia um trecho da Bíblia e depois em silêncio, deixe ressoar dentro de você a “Voz de Deus”. Se você está começando a ter contato com a Sagrada Escritura agora, então comece pelo Novo Testamento, que tem uma linguagem mais próxima da nossa ou então pelos Salmos. E se não entender alguma coisa, procure pessoas que realmente o ajudem e não o deixem mais confuso.Seguindo esses passos, você poderá ter uma vida de oração constante. Seja fi el e comprometido.

A oração dos 7 passos

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Os judeus tinham uma festa de Pentecostes, celebrado 50 dias após a páscoa. Eles recordavam o dia em que Moisés subiu ao monte Sinai e recebeu as tábuas da Lei, contendo os ensinamentos dirigidos ao povo de Israel. Vinham pessoas de todos os cantos para comemorar o Pentecostes, pois Deus havia prometido mandar seu espírito. Durante a Última Ceia, Jesus falou que rogaria ao Pai para que enviasse o Consolador e ficasse eternamente conosco. (Jo 14, 16-17). Ao terminar a ceia, volta a falar que enviaria o Espírito Santo para conduzi-los à verdade integral “Quando, porém, vier o Espírito da verdade, conduzir-vos-á à verdade integral. Pois, não há de falar de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e anunciar-vos-á as coisas que estão por vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo anunciará.” (Jo 16, 7-14)Depois da Ascensão de Jesus, encontravam-se os apóstolos reunidos com a Mãe de Deus. Era o dia da festa de Pentecostes. Repentinamente, escutou-se um forte vento e línguas de fogo pousaram sobre cada um deles. Cheios

do Espírito Santo passaram a falar em línguas desconhecidas. Nesses dias, muitos estrangeiros estavam em Jerusalém, cada um ouvia os apóstolos falarem em sua própria língua e compreendiam perfeitamente o que eles falavam. Todos eles, nesses dias, não tiveram medo e saíram a pregar ao mundo os ensinamentos de Jesus. O Espírito Santo lhes concedeu forças para a grande missão que tinham de cumprir: Levar a Palavra de Jesus a todas as nações e batizar todos os homens em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O Espírito Santo de Deus é a terceira pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja nos ensina que o Espírito Santo é o amor que existe entre o Pai e o Filho e este amor é tão grande e perfeito que forma uma terceira pessoa. O Espírito Santo enche nossas almas no Batismo e depois, de maneira perfeita, na Confirmação. O Espírito Santo nos ajuda a cumprir nosso compromisso de vida com Jesus.

Sinais do Espírito Santo O vento, o fogo e a pomba

Estes símbolos nos revelam o poder que o

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Pentecostes - A vinda do ConsoladorO Espírito Santo constrói, santifica, dá vida e unidade à Igreja

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Espírito Santo nos dá: O vento é uma força invisível, porém, real. O fogo é um elemento que limpa. O Espírito Santo é uma força invisível e poderosa que habita em nossos corações e purifi ca nosso egoísmo para dar espaço ao amor. A pomba representa a simplicidade e a pureza que devemos cultivar em nosso coração.

Nomes do Espírito Santo

O Espírito tem recebido diversos nomes ao longo do Novo testamento: O Espírito de Verdade, o Advogado, o Paráclito, o Consolador, o Santifi cador.

Missão do Espírito Santo

1. Ele é santifi cador e para que o Espírito Santo possa cumprir com sua função, é necessário que nos entreguemos totalmente a Ele e deixemo-nos conduzir docilmente por suas inspirações.

2. O Espírito Santo mora em nós. Em João 14, 16, Jesus nos fala que enviaria o Espírito para que fi que eternamente conosco. Em I Coríntios 3, 16, somos templos de Deus e que o Espírito de Deus habita em nós. Está em nós, porque é o “doador da vida” e do amor.

3. O Espírito Santo ora em nós: Necessitamos de um grande silêncio interior e de uma profunda pobreza espiritual para pedir que Ele ore. Deus intervém por aqueles que o amam.

4. O Espírito Santo nos leva a verdade plena: Ele nos fortalece para que possamos ser testemunhas do Senhor, nos mostra a riqueza da mensagem cristã e nos enche de amor, de paz, de gozo, de fé e crescente esperança.

O Espírito Santo e a Igreja

Desde a fundação da Igreja no dia de Pentecostes, o Espírito Santo é quem a constrói, anima e santifi ca, lhe dá vida e unidade e a enriquece com seus dons. O Espírito Santo segue trabalhando na Igreja de muitas maneiras inspirando, motivando e impulsionando os cristãos, em forma individual ou como Igreja num todo, ao proclamar a Boa Nova de Jesus. O Espírito Santo tem poder de nos animar e nos santifi car e lograr êxito em nossos atos que, por nossas forças, jamais realizaríamos. Isto o faz através de seus sete dons.O Espírito Santo assiste especialmente ao Representante de Cristo na Terra, o Papa, para que guie retamente a Igreja e cumpra seu trabalho de pastor do rebanho de Jesus.

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Podemos abordar o evento ocorrido naquele Pentecostes em que Deus cumpriu a promessa de dar inusitadamente o Espírito Santo sob dois diferentes pontos de vista: a partir de uma perspectiva histórica, em que Pentecostes deve ser considerado como um evento único e pontual ou pela perspectiva que leva em conta também os efeitos de Pentecostes, considerando-o como o início de uma nova era na economia da salvação, em que o Espírito Santo passa a estar presente não apenas no meio de nós, como sempre esteve, mas também, em nós!O que aconteceu em Pentecostes não foi o derramamento definitivo da graça messiânica do Espírito, mas o início dele. Aquele Espírito que, apesar de ter sempre estado conosco “não havia sido dado porque Jesus ainda não havia sido glorificado” (Jo 7, 37-39), agora, mediante o mistério pascal protagonizado por Jesus, é dado de uma maneira nova aos Apóstolos e à Igreja e, por intermédio deles, à humanidade

e ao mundo todo.Podemos dizer, pois, apropriadamente, que “os tempos que estamos vivendo são tempos da efusão do Espírito Santo”, como afirma o Catecismo da Igreja Católica. E o que seria próprio do operar do Espírito nestes momentos? Por quais sinais devemos, nós Igreja congregada sob o impulso da Trindade ansiar, em decorrência de sua presente missão entre nós e em nós?Nesta nova missão de nos revelar e comunicar a obra do Filho, o Espírito quer nos convencer de que Deus é Aba Pai (Rm 8, 15), e que somos irmãos em Cristo (Rm 8, 16) e herdeiros da graça (Rm 8, 17), que Jesus Cristo é Senhor (I Cor 12, 3), que Nele encontramos a vida plena e verdadeira (Rm 8, 1-2) e que por isso precisamos dar testemunho desse Cristo, tarefa que não conseguimos realizar sem Seu poder (At 1, 5-8) e sem Seu auxílio interior (Dei Verbum - DV, n. 5).A Igreja tem crescentes anseios no último

O que aconteceu em Pentecostes?

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século, para que haja “um novo e perene Pentecostes” e precisamos entender que aquele Pentecostes histórico foi apenas o início de um derramamento diferenciado do dom do Espírito em nós e entre nós. Agora, diferentemente do que acontecia antes da glorificação de Jesus, o dom do Espírito é ofertado a todos (At 2, 37-39), vem para estar sempre presente em quem o acolhe (Jo 14,16), revelado como Pessoa (Jo 14, 26), conosco e em nós (Jo 14, 16-17), e não apenas de um modo natural, imanente, mas pela graça do sacramento do Batismo e de maneira sobrenatural (I Cor 3, 16; 6, 20).Pentecostes revela-se assim como a possibilidade de um novo relacionamento mais íntimo e experiencial com a Pessoa do Espírito Santo, pois Ele nunca estivera tão presente em nós, como dom, como está hoje. Como dizia São Cirilo de Alexandria, “havia nos profetas uma iluminação riquíssima do Espírito Santo. Mas nos fiéis não há somente esta iluminação, é o próprio Espírito que habita e permanece em nós. Somos chamados Templo de Deus, coisa que jamais foi dita dos profetas”.Quando nossos bispos, reunidos em Aparecida para a V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe, nos convidam a “esperar um novo Pentecostes... uma vinda do Espírito”, eles reconhecem que “necessitamos de um novo Pentecostes” (cf. Doc. de Aparecida, 548), precisamos também nós todos nos abrir de coração e mente a esse novo derramamento,

a essa nova efusão do Espírito (cf. CEC, 667), para que experimentemos de fato uma conversão pastoral (cf. Doc. Aparecida, 365-372) que nos predisponha a um renovado e autêntico impulso missionário, e assim “recobremos o ‘fervor espiritual’ (...), e recuperemos o valor e a audácia apostólicos” (cf. Doc. Aparecida, 552)...Paulo VI, já em 1972, exortava-nos sobre a necessidade que tem a Igreja de um Pentecostes permanente. João Paulo II nos ensinava: “Como os apóstolos depois da ascensão de Cristo, a Igreja deve reunir-se no Cenáculo “com Maria, a Mãe de Jesus” (At 1, 14), para implorar o Espírito e obter força e coragem para cumprir o mandato missionário. Também nós, bem mais do que os Apóstolos, temos necessidade de ser transformados e guiados pelo Espírito”.Sua Santidade dizia ainda, em uma audiência proferida a 16 de outubro de 1974, “Quisera Deus, que o Senhor aumentasse ainda uma chuva de carismas para fazer a Igreja fecunda, bonita e maravilhosa, capaz de impor-se inclusive à atenção e ao pasmo do mundo profano”. “Se a Igreja souber entrar em uma fase de tal predisposição para uma nova e perene vinda do Espírito Santo, Ele, a “luz dos corações”, não demorará em entregar-se, para gozo, luz, fortaleza, virtude apostólica e caridade unitiva, de tudo enfim, de que hoje necessita a Igreja”. Possa o Espírito Santo, por nossa sede e anuência, predispor nossos corações a um novo, fecundo e abundante derramamento de suas graças, e assim, dóceis às Suas inspirações, sejamos animados a, “com Seu poderoso sopro, levar nossos navios mar adentro, sem medo das tormentas, seguros de que a Providência de Deus nos proporcionará grandes surpresas” (cf. Doc. Aparecida, 551). Amém!

Reinaldo Barbosa Reis Coordenador RCC São Paulo

“Exorto os venerados Irmãos no Episcopado e as comunidades eclesiais a eles confiadas aabrirem o coração às sugestões do Espírito”. (Carta Apostólica)

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Você já se perguntou como Deus entra na vida de alguém? Eu já me perguntei, porque por muitas vezes vi pessoas dentro da igreja, ativas mesmo, só que dentro da igreja eram de um jeito e fora da igreja parecia ser outra pessoa. Creio que você já tenha visto um caso destes.Pessoas que não tinham uma coerência de comportamento, simplesmente viviam um personagem dentro da igreja e fora dela mostravam quem realmente eram. E por que essas pessoas agem assim? Porque elas estão em busca de uma satisfação pessoal, não um encontro pessoal com o Senhor. Estão mais preocupadas com o cargo ou ocupação que tem dentro da igreja, do que uma mudança de vida. A maior dificuldade para que Deus entre em nossa vida quem causa somos nós mesmos, nós paramos na nossa autossuficiência, nossos egoísmos e por ai vai. Muitas vezes nos achamos melhores que Deus, por isso não precisamos da sua ajuda. Mas quando surge uma dificuldade, acreditamos que por termos feito tantas coisas “boas dentro da igreja”, Deus tem a obrigação de nos ajudar.E ai nos perguntamos “Onde está Deus, que permitiu que isto acontecesse comigo?”, e Deus vai nos responder “ Ao seu lado!”, isto porque se Deus não estivesse ao nosso lado a coisa seria muito pior do que está parecendo.Para que nós consigamos encontrar Deus em nossas vidas, nós precisamos desejar

este encontro com Ele e mais do que isso, precisamos nos deixar ser encontrados. Pois o próprio Senhor nos diz ”Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos eu com ele e ele comigo.(Apo 3,20)”, isto porque Deus está sempre querendo estar conosco, mas nós não ouvimos ou não entendemos o que Deus está falando ou até mesmo nos mostrando em determinadas situações.Então precisamos abrir o nosso coração a Deus e deixá-lo, não somente andar ao nosso lado, mas pedir a Deus que faça parte da nossa vida, porque esta é a única forma pela qual realmente teremos uma mudança. A partir do momento que Deus fizer parte da nossa história, tudo muda. As dificuldades virão e as alegrias também, mas nós iremos encarar tudo com outros olhos. Iremos enxergar com os olhos da Fé e não com os olhos do Mundo.E então pessoas vão reparar, e vão se aproximar de nós e dizer “ Você tem algo de diferente!” e iremos responder “Sim tenho! Tenho Deus em minha Vida!” Assim poderemos dizer a todos que Deus entrou em nossa vida.A todos, graça e paz da parte de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Como Deus entra em nossa vida?

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Luciano SouzaCoordenador do ministério de comunicação social – RCC Jundiaí

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Reflita: Você já mentiu hoje? Muitas pessoas pensam que não há mal em mentir e são diversos os motivos para sustentar as pequenas mentiras: “Foi por uma boa causa”; “Eu não tinha outra escolha”; “Teria sido muito pior se tivesse contado a verdade”. Diante de tantas desculpas, até nos convencemos de que, afinal, mentir não é algo tão grave assim.Esse é o resultado de nos acostumarmos com esse pecado de estimação. Mas, se acreditamos que “Jesus é o caminho, a VERDADE e a vida”, o que nos impede de agir conforme aquilo que dizemos acreditar?Mas como a mentira entra em nossas vidas e como aprendemos a mentir? Analise algumas questões: Na sua família existe o hábito de justificar as coisas com pequenas mentiras? Quando alguém telefona para sua mãe e ela não quer atender, como você responde a quem ligou? O que te orientam falar? São essas pequenas mentiras, aprendidas muitas vezes até mesmo em família, na orientação dos pais para os filhos, ou em seu modelo que formam a base do hábito de mentir, que os próprios pais fazem sem perceber.Talvez seja possível perceber que muitas vezes mentimos por não sabermos como fazer o certo. Mas será que essa é uma desculpa para não nos empenharmos em melhorar? E se nos propusermos a melhorar, o caminho é um só: aprender a falar sempre a verdade, por mais difícil que seja. A mentira serve para encobrir os fracassos que experimentamos quando erramos, quando optamos pelo “mal”, quando não conseguimos

fazer o bem que gostaríamos (Cf. Rm 7, 19), quando não conseguimos expressar o que sentimos. Quantas vezes foi necessário recorrer às mentiras para esconder nossa dificuldade em dizer “não”?Ser sincero parece ser mais difícil, nos expõe mais. Mentiras “brancas” ou “pretas”, “leves” ou “pesadas”. Não importa. Se você quer buscar a vida, é preciso buscar a verdade. Essa é a busca que nos abre as portas para descobrirmos o que há de melhor em nós, através dos dons que nos foram agraciados para, com eles, lidarmos com todas as dificuldades. Não podemos mais ser coniventes com a mentira.O principal problema para o mentiroso é a recusa em reconhecer-se um mentiroso. Assim, talvez seja o momento de rever e Identificar as mentiras na sua vida. Pensar nas causas, mas principalmente, assumir a sua responsabilidade por uma conversão, por uma mudança. Observe-se. Identifique as mentiras. Analise o motivo, a dificuldade em se comprometer com a verdade naquela situação. Proponha-se então a enfrentar essa dificuldade.Ser livre consiste em assumir as consequências dos nossos atos. Por pior que seja a realidade, as verdadeiras ervas daninhas são aquelas que você cultiva no seu coração, quando foge de viver o que sua realidade te oferece.E só para finalizar: aquela história de “no dia que ele mudar, eu mudo” muitas vezes é um tipo de mentira também. Portanto, não olhe para o outro, mas para aquilo que hoje, em você precisa encontrar a verdade.

Você já mentiu hoje? Seja honesto!

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Edição 3 · Setembro / Outubro 201114 Edição 6 · Maio 2012 14

Entenda um pouco mais sobre o sacramento da reconciliação.• O que é a confissão e quem institui o Sacramento?Chamado também de sacramento da Reconciliação, a Confissão ou Penitência é o Sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, para que os cristãos possam ser perdoados de seus pecados e receberem a graça santificante. “Àqueles a quem vocês perdoarem os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo 20,23).• A Igreja tem autoridade para perdoar os pecados através do Sacramento da Penitência?Sim, a Igreja tem esta autoridade porque a recebeu de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu” (Mt 18,18). • Por que me confessar e pedir perdão para um homem igual a mim? Só Deus perdoa os pecados. O Padre, mesmo sendo um homem sujeito às fraquezas como outros homens, está ali em nome de Deus e da Igreja para absolver os pecados. Ele é o intermediário ou instrumento do perdão de Deus.

• Os padres e bispos também se confessam? Sim, obedientes aos ensinamentos de Cristo e da Igreja, todos os Padres, Bispos e mesmo o Papa se confessam com frequência, conforme o mandamento: “Confessai os vossos pecados uns aos outros” (Tg 5,16). • O que é necessário para fazer uma boa confissão? Para uma boa confissão são necessárias 5 condições: fazer um honesto exame de consciência diante de Deus; arrepender-se sinceramente por ter ofendido a Deus e ao próximo; fazer propósito de não pecar mais e mudar de vida; fazer uma confissão objetiva e clara a um sacerdote e cumprir a penitência que o padre nos indicar. • Como deve ser a confissão? Diga o tempo transcorrido desde a última confissão e fale seus pecados com clareza, primeiro os mais graves, depois os mais leves. Fale resumidamente, mas sem omitir o necessário. Devemos confessar os nossos pecados e não os dos outros, mas se houve a sua participação, ele não pode ser omitido.• O Que pensar da confissão feita sem arrependimento ou sem propósito de conversão? Além de ser uma confissão totalmente sem valor, é uma grave ofensa à Misericórdia Divina. Quem a pratica comete um pecado grave de sacrilégio.

Como viver uma boa confissão?

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• Quais pecados somos obrigados a confessar?Somos obrigados a confessar todos os pecados graves (mortais). Mas é aconselhável também confessar os pecados leves (veniais) para exercitar a virtude da humildade. • O que são pecados graves (mortais) e suas consequências? E os pecados leves (veniais)?Os pecados mortais são ofensas graves a Deus ou ao próximo. Eles apagam a caridade no coração do homem e o desviam de Deus. Quem morre em pecado grave (mortal) sem arrependimento, merece a morte eterna, conforme diz a Escritura: “Há pecado que leva à morte” (1Jo 5,16b). Já os veniais são ofensas leves a Deus e ao próximo. Embora ofendam a Deus, não destroem a amizade entre Ele e o homem. Quem morre em pecado leve não merece a morte eterna. “Toda iniquidade é pecado, mas há pecado que não leva à morte” (1Jo 5, 17). • Todo aquele que morre em pecado mortal está condenado? Cite alguns exemplos de pecado mortalMerece a condenação eterna. Porém, somente Deus, que é justo e misericordioso e que conhece o coração de cada pessoa, pode julgar. São pecados graves, por exemplo: O assassinato, o aborto provocado, assistir ou ler material pornográfico, destruir de forma grave e injusta a reputação do próximo, oprimir o pobre, o órfão ou a viúva, fazer mau uso do dinheiro público, o adultério, a fornicação, entre outros. • E se tenho dúvidas se cometi pecado grave ou não?Para que haja pecado grave (mortal) é necessário conhecimento, saber que o ato a ser praticado é pecado; consentimento que cometeu o pecado; liberdade para fazê-lo e matéria, o ato é uma ofensa grave a Deus e a Igreja. Estas 4 condições também são aplicáveis aos pecados leves, com a diferença

que neste caso a matéria é uma ofensa leve contra os Mandamentos de Deus. • Se me esqueci de confessar um pecado que julgo grave? Se esqueceu realmente, o Senhor te perdoou, mas é preciso acusá-lo ao sacerdote em uma próxima confissão. • E se não sinto remorso, cometi pecado?Não sentir peso na consciência não significa que não tenhamos pecado. Se nós cometemos livremente uma falta contra um Mandamento de Deus, de forma deliberada, nós cometemos um pecado. A falta de remorso pode ser um sinal de um coração duro, ou de uma consciência pouco educada para as coisas espirituais.• A confissão é obrigatória?O católico deve confessar-se no mínimo uma vez por ano, ao menos a fim de se preparar para a Páscoa. Mas somos também obrigados toda vez que cometemos um pecado mortal. • Quais os frutos de se confessar constantemente?Toda confissão apaga completamente nossos pecados, até mesmo aqueles que tenhamos esquecido. E nos dá a graça santificante. Traz tranquilidade de consciência e consolo espiritual. Aumenta nossos méritos diante do Criador e diminui a influência do demônio em nossa vida. Faz criar gosto pelas coisas do alto. Exercita-nos na humildade e nos faz crescer em todas as virtudes. • E se tenho dificuldade para confessar um determinado pecado?Se somos conhecidos de nosso pároco, devemos neste caso fazer a confissão com outro padre para nos sentir mais à vontade. Em todo caso, antes de se confessar converse com o sacerdote sobre a sua dificuldade. • O que significa a penitência dada no final da confissão?A penitência proposta no fim da confissão não é um castigo, mas antes uma expressão de alegria pelo perdão celebrado.

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