revista letraset #3

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O Design Catarina na expansão da área no estado Santa Catarina no centro de Design Nacional página 24 Uma visão da educação do Design em Santa Catarina página 12 Games Online ganham cada dia mais força página 8 página 22 letraset Revista digital do curso de Design Gráfico da Faculdade Satc - número 3 - nov/2014

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Ano que vem o estado de Santa Catarina recebe a 5ª Bienal Brasileira de Design e o estado passa a ser o centro do Design nacional. Por isso, nessa edição a Revista Letraset traz uma visão geral do Design Catarinense, com matérias sobre estúdios do estado, cases de inovação e uma visão geral sobre a educação em Design no em Santa Catarina.

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Page 1: Revista Letraset #3

O Design Catarina naexpansão da área no estado

Santa Catarinano centro de

Design Nacionalpágina 24

Uma visão da educação do Design em Santa Catarinapágina 12

Games Online ganhamcada dia mais forçapágina 8

página 22

letrasetRevista digital do curso de Design Gráfico da Faculdade Satc - número 3 - nov/2014

Page 2: Revista Letraset #3

Revista Letraset - Número 32

Diretor FaculdadeCarlos Antônio Ferreira

Coordenação de EnsinoJovani Castelan

Coordenação do curso de Design GráficoDiego Piovesan Medeiros

EditoresAline Medeiros RodriguesDavi Frederico do Amaral DenardiDiego Piovesan MedeirosJan Raphael Reuter BraunMariane Machado SoaresMariéli Salvador de SouzaRafael Hoffmann Maurilio

AgradecimentoLaboratório de Orientação em DesignNúcleo Multimídia

ReportagemAline Medeiros RodriguesMariéli Salvador de Souza

EX

PED

IEN

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ColaboradoresBianka Capucci FrosoniDaniel FritzenElton Luiz GonçalvesGeorge VarelaJan Raphael Reuter BraunJoelson BugilaJulian ClezarLeonardo MinozzoLucileine RossaLuiz Fernando M. MazzucoLuiz Salomão Ribas GomesLarissa ColomboMary MeürerMonique MedeirosMyalin SteinerPatrícia Medeiros PazPaulo Roberto Gava NiehuesRafael Hoffmann MaurílioRoberto PanarottoRodrigo CastellerRodrigo M. MazzucoWalter Stodieck

ISSN 2357-769X

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Novembro de 2014

Realização:

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Ano que vem o estado de Santa Catari-na recebe a 5ª Bienal Brasileira de Design, e o estado passa a ser o centro do Design nacional. Por isso, nessa edição a Letraset traz uma visão geral do Design Catarinen-se.

Um dos pilares do desenvolvimento do Design é a educação, por isso convidamos o Professor Dr. Salomão Ribas Gomez, da Universidade Federal de Santa Catarina para fazer um raio-x da educação do De-sign no estado. Também apresentamos o design dentro da academia a partir de um projeto de uso da prototipagem rápida, desenvolvido no laboratório Pronto 3D de Criciúma, e um case de projeto gráfico edi-torial direcionado ao ensino à distância.

Tentamos fazer uma visão geral do mercado do Design no estado, por isso convidamos estúdios dos quatro cantos de Santa Catarina para discutir o mercado nas regiões norte, sul, oeste e na capital, Florianópolis.

Fazendo um aquecimento para a 5ª Bienal Brasileira de Design entrevistamos

a designer Bianka Capucci Frisoni, que faz parte da comissão organizadora do projeto Design Catarina e faz parte da Associação Catarinense de Design (SCDesign), uma das instituições mais atuantes do estado.

Para discutir a prática do Design con-versamos com o designer e artista Joelson Bugila e também discutimos o projeto Ar-tesana, que demonstra uma forma de con-tribuição do Design Gráfico ao artesanato local.

Buscamos ainda três cases de inovação no estado com a empresa Brotherwood, que produz óculos de madeira de alto va-lor agregado, a proposta de games onli-ne desenvolvidos pela Canfundó Estúdio Criativo e uma contribuição do Gerente de Desenvolvimento de Produto da Cerâmica Portinari, Paulo Roberto Gava Niehues, a respeito da inovação no setor cerâmico, um dos mais competitivos do estado.

Obviamente essas matérias não esgo-tam a variedade do Design em Santa Ca-tarina, mas podem ser um bom ponto de partida. Boa leitura!

EDITORIAL

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Novembro de 2014

DANISHBRICKS

A partir de agora a revista Letraset vai estudar e explorar em seu projeto gráfico famílias tipográficas desenvolvidas por designers brasileiros e latino americanos. Nessa edição utilizamos a Danish Bricks, do designer Rafael Hoffmann Maurilio.

A Danish Bricks é uma fonte decorativa inspirada nos famosos e coloridos “tijolos de montar dinamarqueses” e surgiu como forma de experimentação e exercício em tipografia. O conceito nasceu de ilustra-ções do Rahma Projekt que tinham a ne-cessidade de uma tipografia que seguisse essa linha. A partir de vetores já desenha-dos para as ilustrações foram desenvolvi-dos os caracteres que faltavam e a fonte nasceu.

Todos os caracteres são inspirados em formas que realmente possam ser monta-das com as peças e manterem-se monta-das sem auxílio.

Por ser uma primeira versão, a fonte tem apenas letras em caixa alta e nume-rais, sem caracteres especiais.

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Revista Letraset - Número 36

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GamesOnline

Perfil: Inspirações movemvida de designer Catarinense

Uma visão da Educação doDesign em Santa Catarina

Sobre Cleber Teixeira e o en-contro da Tipografia com a Poesia em Santa Catarina

Design Instrucional alia prática e conhecimento no

curso de Design Gráfico

Artesana: o Design Socialno artesanato Catarinense

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você encontra...

O Design Catarina naexpansão da área no estado

Design para encher os olhos

Santa Catarina no centrodo Design Nacional

Inovação no setor cerâmico

O Design nos quatrocantos do estado

Impressão 3D no Designde Joias

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Revista Letraset - Número 38

Seja como marketing, entretenimen-to, educação ou comunicação, os games online vêm conquistando es-

paço no mundo virtual. Segundo o Insti-tuto de Pesquisa em Marketing de Games, Newzoo, em dezembro de 2013, cerca de 48.8 milhões de brasileiros eram jogado-res e destes, 36% jogam ao menos uma vez na semana pela internet.

Um dos estúdios de design que tem se destacado no desenvolvimento de games online é o Cafundó Estúdio, de Florianópo-lis. No local, os projetos criados até pouco tempo atrás davam maior enfoque às mí-dias tradicionais, como TV e Web, mas a popularidade fez com que os games onli-ne passassem a ter preferência.

Segundo o diretor comercial, Leonar-do Minozzo, apesar de existirem projetos próprios da empresa, a maioria é feita para um cliente especifico, que busca passar valores sociais e assuntos complexos para o público. “O processo para que o game crie forma varia de cada caso.

Basicamente envolve a parte de defi-nição de escopo, objetivo que é passado para um game, design leve, todas as eta-pas de prêmios, recompensas mecânicas de funcionamento, arte implementação e criação”, declarou o diretor.

A criação pode levar de um até 20 meses para finalização. O processo de desenvol-vimento é interdisciplinar e envolve uma gama de profissionais como designers, roteiristas, animadores, ilustradores, pro-gramadores, desenvolvedores, testers (QA - Quality Assurance) e coordenação de projeto, que propõem a criação das mais diversas experiências interativas.

Para Minozzo, a área dos games tem a crescer muito e todos os dias a populari-zação é mais visível neste meio do formato de produção e execução, o que gera bene-fícios e facilidade para desenvolver jogos. “É um trabalho intelectual extremamente instigante e recompensador, as pessoas precisam saber disso”.

A opção que conquista pessoas em todo mundo está se firmando no país.

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GAMES ONLINE

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O que é gameficar?Como explica Minozzo, a palavra significa

usar o contexto dos games para algo que não é diretamente desta área. “Por exemplo, ensinar a dirigir através de gameficação não é neces-sariamente criar um jogo de carros, mas sim, ter uma didática específica que ensine, cobre resultados e gere um feedback para os usuá-rios”, frisou o diretor.

O termo está sendo adaptado as empresas a partir da visão que a didática convencional está falhando. Com games se torna mais fácil a captação da essência de conteúdo e visão de uma possibilidade de tornar um conhecimento praticável e interessante aos colaboradores.

ImagensRetiradas dos site da Cafundó

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Revista Letraset - Número 310

Mundo das coisasperdidas

Mundo das sombrassussurrantes

Mundo das nuvensguerreiras

O conceito desse jogo, é fazer um mundo melhor, incenti-vando as crianças a apren-derem mais, instigando sua imaginação, se divertindo enquanto aprendem,

JOGO:Mistério dosSonhos

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Em parceria com o SESI e a Fundação Certi, este jogo vem com a proposta de incentivar as pessoas a ter um estilo de vida mais saudável, tornando a aprendizagem mais divertida e desafiadora.

JOGO:Bem Estar

Este jogo foi criado para o Colégio Catarinense, com o intuito de ensinar os alunos a descobrirem valores e ati-tudes para melhorar o mun-do.

JOGO:Desafio Virtual

ImagensRetiradas dos site da Cafundó

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Revista Letraset - Número 312

Uma visão da educação doDesign em Santa Catarina

1 - Como você vê o ensino/educação do Design em Santa Catarina?

A história do ensino/educação em de-sign é bem antiga fora da Universidade (desde década de 1980 com o Laboratório Brasileiro de Desenho Industrial - LBDI) e muito recente (18 anos) na Universida-de. Ela é jovem com 18 anos que está ain-da indecisa sobre o seu futuro. Não sabe se faz vestibular e vira pesquisador ou se entra de cabeça no mercado de trabalho. O ensino/educação de Design em Santa Catarina ainda não construiu totalmente sua história e isso vai acontecer quando a maioria dos dirigentes e professores do ensino técnico e superior do estado forem aqui formados e construírem uma forma diferenciada de ensinar design. As escolas continuam correndo contra a maré inter-nacional do ensino seja ele de Design ou de outras áreas, onde a formação básica e

Pesquisador da UFSC conta sobre o que o designer precisa para entrar nomercado de trabalho

Luiz Salomão Ribas Gomes

Professor adjunto da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),

onde faz a coordenação do Laboratório de Orientação da Gênese Or-

ganizacional (LOGO). Possui experiência na área de Design, principal-

mente em design gráfico, metodologias, branding, design industrial e

de moda. E é por isso, que a seguir eles responde todas as perguntas

sobre o Design em Santa Catarina.

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a construção exclusiva de currículo defi-nido pelas habilidades e competências do estudante não são levadas a sério. As es-colas precisa ser um mix de generalistas e especialistas, não dá mais para termo design gráfico, design de produto, design de moda, design de sobrancelhas etc. Pre-cisamos formar profissionais nexialistas, onde conhecem de especificidades, mas não podem estar longe do geral, que sa-bem interagir e conseguem formar equi-pes, não dá mais para fomentar a concor-rência e sim a colaboração. Infelizmente ainda não estamos nesse caminho.

2 - Quais conhecimentos e/ou habili-dades são indispensáveis ao designer?

Metodologia, Desenho, Espírito de Equipe, Dedicação e Criatividade (coloco a criatividade por último, pois ela é ine-rente a todos só precisa de prática).

3 - Como você vê a relação entre o mercado e a academia no ensino do De-sign? Qual a configuração ideal e qual a situação atual no estado?

Sou um profissional de mercado que se deslocou para academia. Sou um De-signer por formação e um professor por opção. Por isso não acredito em academia sem aproximação com o mercado e mui-to menos mercado sem aproximação com uma academia séria e não prepotente. Precisamos de pesquisa aplicada nas Uni-versidades, pesquisas que virem projetos de apoio às empresas e a comunidade e de retorno econômico e financeiro para Uni-versidades, Empresas e Acadêmicos. Em Santa Catarina já existem muitas ativida-des de integração entre escolas e empre-sas no âmbito do Design, muitas empre-sas juniores, muitos escritórios modelos e atualmente o SEBRAE tem sido um gran-

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laboratório que eu coordeno o LOGO (La-boratório de Orientação da Gênese Orga-nizacional) que tem feito pesquisa muito séria de resultados comprovados em inte-gração do Design à gestão das marcas das empresas (Branding), onde nos últimos cinco anos, já publicou mais de 120 arti-gos e realizou mais de 30 consultorias a empresas desde a construção do DNA em-presarial até o desenvolvimento de produ-tos a partir desse DNA.

5 - Como você vê o Design nos próxi-mos anos? Santa Catarina pode se desta-car no segmento nos próximos anos?

Santa Catarina já faz muito (temos o segundo maior número de escolas, um grupo muito grande de pesquisadores e empresas que investem no Design), o pro-blema é o ditado da galinha e da pata. Em Santa Catarina, talvez pela colonização,

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de incentivador das empresas procurarem esses centros de apoio ao design e reali-zarem trabalhos sérios dentro do time acadêmico.

4 - Quais são os principais centros de pesquisa em Design no estado? Existe uma especialização em cada um deles?

Muitas Universidades vêm se desta-cando como centros de Pesquisa. UFSC, UDESC e UNIVILLE estão um pouco a frente, mas novas escolas, assim como a SATC e sua iniciativa do LOD (Laboratório de Orientação de Design), têm demons-trado vontade em se tornar referência em áreas específicas do design. Ações com a da criação da REDE PRONTO 3D (UFSC, SATC, UNIPLAC, UNOCHAPECÓ) focada em Fabricação Digital e Design podem movimentar muito a pesquisa em Design no estado. Não posso deixar de falar do

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somos muito mais patas que galinhas: botamos ovos maiores e mais nutritivos, porém não contamos pra ninguém, não cacarejamos a cada ovo botado e isso nos deixa a alguns passos atrás de outros es-tados que se vendem melhor como produ-tores de design. Porém, isso tá mudando, a Bienal Brasileira de Design acontecendo aqui, novos centros de pesquisa e a me-lhor divulgação de nossos resultados vai, com certeza absoluta, nos tornar o estado brasileiro do DESIGN.

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Laboratório de Orientação em Design - LOD É uma das referências em pesquisa no Design

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A proposta de fazer um projeto gráfi-co editorial dos livros para o Ensi-no à distância da Satc (EaD) surgiu

da necessidade de melhorar a experiên-cia dos leitores com o material didático e aplicar a identidade visual da instituição para as apostilas. De acordo com a respon-sável pela produção de materiais do EaD, Patrícia Medeiros Paz, o material desen-volvido para o ensino a distância precisa-va ser aprimorado. “Os livros que são dis-tribuidos para os alunos atualmente são produzidos em um formato mais próximo ao de um processador de texto simples. Ele também é impresso na própria insti-tuição, o que compromete até certo ponto a qualidade de impressão. A ideia de pro-por um projeto gráfico adequado ao EaD surgiu junto ao professor Elton Gonçalves também a fim de proporcionar uma expe-riência prática aos acadêmicos de Design Gráfico”, conta.

A proposta foi apresentada pelo pro-fessor Elton Gonçalves para a disciplina Editoração Eletrônica da quarta fase do Curso de Design da Faculdade Satc. “A proposta não estava inicialmente no pla-no de ensino, mas quando propusemos os alunos aceitaram na hora, por que é um proposta interessante para o portfólio e uma experiência diferente para eles”, ex-plica Gonçalves.

Nove equipes propuseram projetos gráficos. “Os professores trouxeram o conteúdo e orientaram o processo de de-senvolvimento, e os acadêmicos criaram o projeto gráfico. Eles pesquisaram o po-sicionamento estratégico do EAD, plane-jaram a organização da informação, além de definir os principais elementos de pro-jeto, como tamanho do papel, as grades, a paleta tipográfica, o ritmo editorial e a paleta cromática do impresso. A equi-pe do EaD disponibilizou o conteúdo, os

alia prática e conhecimento no curso de Design Gráfico

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Design Instrucional

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principais elementos editoriais e explicou a dinâmica do setor na Satc”, comenta Pa-trícia.

Segundo Patrícia, é importante escla-recer as estratégias e táticas do Ensino à Distância, além de discutir e criar inte-resse dos acadêmicos na área do Design Instrucional. De acordo com Gonçalves, as práticas editoriais são importantes elementos do Design Instrucional, e po-dem ser aplicadas para ensino à distân-cia. Ainda segundo o professor, o projeto foi desenvolvido em torno de seis a sete semanas e teve a parceria da disciplina de Projeto Gráfico Editorial.

O trabalho foi desenvolvido seguindo a metodologia de projeto proposta por Fati-ma Ali e contempla cinco etapas: público--alvo, conceito editorial, projeto gráfico, edição e finalização. Confira no infográ-fico o processo as principais ferramentas e conceitos utilizadas no projeto gráfico.

Segundo Gonçalves, as equipes tive-ram liberdade para escolher a forma como seria o projeto. “Eles fizeram pesquisa do público-alvo, eles fizeram um briefing com a Patrícia. Ela esteve na sala expli-cando tudo que ela desejava, e o que ela queria, qual era a dificuldade dos alunos do EaD”, lembra

De acordo com Gonçalves, o traba-lho foi realizado no segundo semestre de 2013, pela quarta fase de Design Gráfico na disciplina de Editoração Eletrônica. Quando foi lançada a ideia do Design Ins-trucional, os acadêmicos buscaram apre-ender sobre o tema. “Foi feito uma aula sobre a exposição do tema, o que era o De-sign Instrucional. Pedi que fizessem uma pesquisa sobre ideias e sobre a metodolo-gia, e a partir disso as equipes desenvol-veram os trabalhos”, ressalta o professor.

Cada equipe propôs um projeto gráfi-co. “Depois das aulas, do briefing, cada

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equipe fez uma simulação da apostila. Eles pegaram uma apostila de eletrônica que era padrão do EaD, e aplicaram no pri-meiro capítulo”, explica. Ainda de acordo com Gonçalves, foi feita uma apresenta-ção do projeto em aula. “A Patrícia reco-lheu os protótipos físicos e depois deu um feedback para os alunos. E qual o traba-lho que atendeu as necessidades dela”, lembra.

O livro será implantado a partir de 2015. Para Gonçalves, a ideia é poder criar outros projetos do mesmo modo para ou-tros cursos da Satc. “A ideia é que o curso desenvolva novos projetos a ser implanta-do dentro da Satc. Onde o Design Gráfico pode estar atuando, na parte de comuni-cação visual da instituição”, afirma.

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ImagensDiagramação do projeto escolhido. Desenvolvido pelas acadêmicas Larissa Colombo, Mialyn Steiner e Monique Medeiros.

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Para conscientizar as micro e peque-nas empresas da utilidade do profis-sional do design, foi criado o progra-

ma Via Design do SEBRAE\NA. A parceria gerou a oportunidade de criação de Redes de Design por todos os estados, até que em 2005, foi fundada a Rede Catarinense de Design, hoje chamada de Design Catarina.

A rede criada pelo Sebrae\SC e pela Fe-deração das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), contou com parcerias de ensino renomeadas nacionalmente e inter-nacionalmente, como Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), Universida-de do Estado de Santa Catarina (Udesc), Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), e o Serviço Nacional de Aprendiza-gem Industrial (Senai). Posteriormente foi integrado também pela Associação Catari-nense de Tecnologia e o Instituto Gene de Blumenau (ACATE).

A partir do projeto foram criados para prestar serviços as micro e pequenas em-presas os núcleos de inovação de Design (NIDs), vinculados aos cursos da área. Os NID’s são: de artesanato, vinculado ao cur-so de Design da Udesc; Cerâmico, vincu-lado da Engenharia de Materiais da Ufsc, Modas, do curso de Design na Univali, Mo-biliário, pertencente ao tecnólogo de De-sign do Senai, Embalagens, pelo design da Unoesc e Metal Mecânico, que faz par-te do tecnólogo em Design da Unoesc. Em seguida, estes núcleos foram se perdendo e o único que permaneceu foi o de Cadeia Têxtil da Univali, que absorve o Centro da Associação e a presidência.

“Em paralelo a isso, enquanto os núcle-os estavam ativos, organizou-se uma reu-nião entre todos os NID’s e outros profis-sionais do estado, foi criada a Associação Catarinense de Design (SC Design), que visa para dar suporte aos profissionais de

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Por meio do projeto, o profissional é reconhecido e a inovação é levada para o mercado de trabalho.

O Design Catarina na expansão da área no estado

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Design”, declarou a coordenadora adjunta da SC Design, Bianka Capucci Frisoni.

Saiba mais sobre a SC Design

Associação Catarinense de Design atua em todos os segmentos do Design e faz parte do Centro Design Catarina, cujo ob-jetivo principal é fomentar o área no esta-do, valorizando a criação e propondo novas soluções que estimulem a competitividade para o seu desenvolvimento sustentável. O trabalho da associação é realizado com cursos, palestras e workshops.

Atualmente SC Design tem como Dire-tor Presidente Adriano Wagner dos Santos.

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Com o intuito de mostrar o melhor da produção de Design nacional, agu-çar a percepção do público sobre a

presença da área no dia a dia e promover a atividade como fator decisivo de competi-tividade para produtos e serviços no país, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e o Movimen-to Brasil Competitivo (MBC), organizam a Bienal Brasileira de Design 2015. O evento realizado entre 15 de maio a 12 de julho do próximo ano conta com o ponto principal em Florianópolis. Para realização os orga-nizadores contam com o apoio da Apex--Brasil e Governo de Santa Catarina, Fe-deração das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e também Associação Catarinense de Design (SC Design).

Será um espetáculo de exposições, se-minários, ações educativas, interativas e um circuito de ações paralelas ao longo de

dois meses, que visam promover ao longo da Bienal o reconhecimento do importante papel que o Design representa para o de-senvolvimento econômico e sustentável do estado e do país.

Tendo em vista que Santa Catarina é o quarto estado mais industrializado do Brasil, com produção rica e diversifica-da e com alto índice de desenvolvimento humano no país, a escolha da cidade foi acertada. A Bienal irá se expandir por Flo-rianópolis, com mostras em locais como o Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) e o Museu da Imagem e do Som (Mis), am-bos no Centro Integrado de Cultura (CIC). Também haverá atividades no Museu Cruz e Souza, na Fundação Cultural BADESC e em espaços abertos da cidade.

De acordo com a coordenadora adjun-ta da SC Design, Bianka Capucci, a agen-da oficial do evento ainda não está fecha-

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Santa Catarina no centro doDesign NacionalBienal 2015 será realizada no estado e receberá envolvidos na área de todos os lados do país.

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da. “Estamos desenvolvendo um guia que dirá quais eventos estão chancelados pela Bienal, bem como data e hora que estarão acontecendo”, declarou.

As atividades acontecerão através de iniciativas independentes de empresas e instituições. Estas ações precisam apre-sentar um local para acontecer e demons-trar que tem condição financeira para ser realizada por conta própria ou através de parceiros. “Por enquanto estamos rece-bendo propostas, ainda não temos fecha-do quais cidades exatamente irão receber os eventos. Acredito que teremos ações em cidades como Criciúma, Florianópolis, Blumenau e Jaraguá”, frisou Bianka.

“A Proposta foi levada para Brasília através da SC Design em parceria da Fede-ração Indústrias Estado de Santa Catarina (Fiesc), Governo do Estado, da Prefeitura, da Fundação de Amparo à Pesquisa e Ino-vação do Estado de Santa Catarina (FA-PESC), principais Universidades do Estado e parceiros.

A apresentação chamou atenção do júri pela potência industrial que temos no esta-do bem como a pluralidade de segmentos diferentes na área de Design e a proposta diferenciada de atividades. A edição sub-sequente já tem local eleito: ocorrerá em Recife, em 2017, e estará a cargo do Cen-tro Pernambucano de Design, estado que competiu contra a gente na candidatura para 2015”. Bianka Capucci.

Como Santa Catarina foi escolhida?

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Bienal Brasileira de DesignSerá um espetáculo de exposições, seminários e ações educativas

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ImagensDivulgação

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IlustraçãoRafael Hoffmann

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O Design nos quatros cantos do estado

Especialistas contam como é atuar na área

em cada região de Santa Catarina.

Em 2015 o estado de Santa Catarina re-ceberá a 5ª Bienal Brasileira de Design, e por isso será o centro das atenções da co-munidade de Design do Brasil. Tentamos trazer as percepções do mercado de Design Gráfico nas quatro principais macrorregi-ões do estado.

Na região norte conversamos com o di-retor do estúdio GGE Design, um dos escri-tórios de Design Gráfico mais atuantes da região. No sul entrevistamos o estúdio Io-cus, uma empresa jovem e em franca expan-são, que está conseguindo aproveitar com qualidade as oportunidades de um merca-do ainda pouco explorado. O estúdio Alice, conhecido nacionalmente no segmento do Design Gráfico, discutiu o mercado da me-tade oeste do estado. Finalmente, o leste geográfico é representado pelo 42 Brand Studio, que atua no mercado altamente competitivo da capital do estado.

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empresas, o que as tornam mais acessíveis aos designers. É comum podermos atuar diretamente com os decisores dessas em-presas e as possibilidades de negócios se tornam mais específicas e democráticas.

3 - Quais as desvantagens de atuar com design na sua região?R: Como desvantagens, posso considerar o pouco profissionalismo e baixos honorários causados pela prostituição do mercado. Há também falta de profissionais preparados, especialistas. Geralmente, as empresas de Design acabam dependendo de seus sócios fundadores para abrirem novos mercados ou áreas de atuações específicas. O fato de concorrer com agências que cobram fee enquanto nossas propostas são por job ou por projeto, cria uma competição desleal e força o mercado regional a praticar baixos salários.

1 - O Design Gráfico já é reconhecido como tal? Ou ainda é confundido com Publici-dade?R: O reconhecimento do Design como ati-vidade de comunicação evoluiu, mas ain-da sofre confusão com a Publicidade e não será resolvido a curto prazo. A necessida-de do mercado, desconhecimento por par-te das empresas contratantes e objetivo de agências, birôs e freelancers em gerar re-ceita faz com que haja uma sobreposição de competências. Por vezes o designer ain-da é subjugado no mercado, mas por ou-tro lado, há uma valorização da atividade quando os profissionais se aperfeiçoam nas estratégias e necessidades do mundo corporativo atual e usam o conhecimento do Design associado ao Marketing.

2 - Quais as vantagens de atuar com De-sign na sua região?R: Como vantagem de atuar no segmento de Design na região de Balneário Camboriú está a quantidade de pequenas e médias

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George Varela

É Diretor na empresa

GGE Design em

Balneário Camboriú

NORTERegião

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sign, como fator de diferenciação entre seus concorrentes.

3 - Quais as desvantagens de atuar com Design na sua região?R: O Design ainda é visto como uma “ferra-menta” que qualquer um pode usar, então encontra-se muita oferta de profissionais que acreditam que por saberem usar um software de edição de imagem podem ofe-recer o mesmo serviço que nós designers. As pequenas empresas acabam optando muitas vezes pelo trabalho de não forma-dos devido ao fator custo, e acabam per-cebendo o erro cometido tempos depois quando não conseguem se destacar no mercado.

1 - O Design Gráfico já é reconhecido como tal? Ou ainda é confundido com Publici-dade?R: Hoje ainda existe confusão a respeito do Design e da Publicidade, visto que apesar de serem áreas distintas, deveriam traba-lhar em conjunto e não como concorren-tes. Apesar de ainda acontecer esse tipo de confusão, acredito que a proporção já diminuiu bastante do que há cerca de 10 anos atrás.

2 - Quais as vantagens de atuar com De-sign na sua região?R: Em Florianópolis o Design tem se desta-cado como um polo tecnológico e de ino-vação. Muitas empresas estão surgindo e percebendo a necessidade de um bom De-

Walter Stodieck

É Diretor Executivo

na empresa 42 Brand

Studio em

Florianópolis

LESTERegião

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Roberto Panarotto

É Sócio na empresa

Estúdio Alice em

Chapecó

3 – Quais as desvantagens de atuar com o design na região?R: A desvantagem está na falta de valori-zação que o profissional de Design Gráfico tem. Todos se julgam no direito de achar que entendem mais do que o profissional que estudou/estuda e tem o expertise e o know-how para proporcionar sempre o melhor. Também tem o aspecto financeiro que muitas vezes acaba em consequência dessa falta de percepção, não sendo valo-rizado.

1 – O Design Gráfico já é reconhecido como tal? Ou ainda é confundido com pu-blicidade?R: No Design Gráfico e na publicidade, por serem áreas próximas, essa confusão con-tinua acontecendo. O próprio meio profis-sional de atuação eventualmente confunde as duas especialidades. Os clientes então, tem uma maior dificuldade de entender o que é o Design Gráfico e pra que serve e como funciona.

2 – Quais as vantagens de atuar com o De-sign na região?R: A maior vantagem é poder proporcionar resultados gráficos de maneira mais efi-ciente e séria, para os clientes/empresas em nível regional é um dos principais pon-tos positivos da área.

OESTERegião

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Julian Clezar

É Sócio-Fundador na

empresa Iocus Estúdio

em Sombrio

mercado, pois é uma área ainda muito a ser explorada. Desta forma, o design grá-fico tem a chance de desenvolver peças e estratégias que tem que ser planejados e apresentados para o público como algo di-ferente.

3 - Quais as desvantagens de atuar com design na sua região?R: As desvantagens existentes são várias: a questão cultural do que significa design, o que ele faz e o que ele entrega, as pesso-as não conhecem; a banalização do nome é outro problema, os que se dizem enten-didos misturam com profissional de publi-cidade, marketing ou levam para áreas não existente como design de sobrancelha (es-teticista), design de unha (manicure). Com essa falta de reconhecimento ou mistura com outras áreas, a precificação dos pro-dutos e serviços oferecidos estão prostitu-ídos, abaixo do valor do custo de um proje-to ou pessoas oferecendo serviço longe de ser Design.

1 – O Design Gráfico já é reconhecido como tal? Ou ainda é confundido com pu-blicidade?R: O Design Gráfico (mais especificamen-te o design promocional) se mistura e se assemelha com a Publicidade. Nesse con-texto, os publicitários acreditam que o pro-fissional designer é apenas o executor do produto ou manipulador de softwares para desenvolvimento das peças. Assim, o reco-nhecimento do Design Gráfico como tal, é um exercício que pratico todos os dias com os meus clientes, ensino eles a importân-cia da profissão e o que vou fazer para pro-por uma solução. Tanto treino que deixei de ser apenas designer gráfico de formação, mas também atuo como consultor e estra-tegista de marcas, operando branding nos meus serviços.

2 - Quais as vantagens de atuar com De-sign na sua região?R: A vantagem mais nítida no cenário da região é a oportunidade e a demanda do

SULRegião

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Natural de Criciúma, o designer Jo-elson Bugila começou a carreira na SATC. “Estudei Design na Escola

Técnica SATC e logo iniciei o curso de Ar-tes Visuais na Unesc, lá em 2004. Aban-donei a universidade em 2006, pois fui me aventurar como mediador na 6ª Bienal In-ternacional de Arte do Mercosul em Porto Alegre”, lembra.

Segundo Bugila, fascinado por grandes cidades, ficou em Porto Alegre por quase cinco anos. “Neste tempo tive a oportuni-dade em trabalhar com pessoas extrema-mente competentes em um escritório de design chamado Bendito Design, além de expor em alguns lugares bacanas”, conta. Ele ainda ressalta que nesse período teve alguns trabalhos neste escritório, onde se destacam campanhas de PDV para Reebok, Grendene, Azaléia, Ipanema, embalagens para o grupo Vonpar/Coca Cola e redese-nho de logos para a marca Renner.

Perfil: Inspirações movemvida de designer catarinenseDesigner conta sobre as motivações para o dia a dia tanto no design quanto a arte.

Joelson Bugila

Artista Plástico e Designer de Produto na empresa Ima-

ginarium em Florianópolis

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Atualmente, Bugila atua como desig-ner de produto na empresa Imaginarium, localizada em Florianópolis. “Este ano acabei me formando em Marketing pela Uniasselvi, com a proposta de tentar inse-rir um pensamento mais administrativo na carreira, para 2015 tentar o mestrado na área de Arte Contemporânea, onde seria a oportunidade de investir a minha pesquisa em arte”, comenta.

O interesse pela arte não influencia nos trabalhos do designer. “Sempre dividi meu tempo entre o design e a arte. Fora do horário comercial e nos finais de semana estou de alguma forma trabalhando”, afir-ma.

Umas das inspirações de Bugila para o dia a dia como designer, foi retirada de uma palestra de Charles Watson . “Ele comen-tava que “o chapéu é o atelier do artista/designer, nunca deve sair da cabeça, nem mesmo quando tomamos banho”. Acho que isso não é uma regra, mas quando as

duas coisas caminham juntas acredito que isso se chama amor”, lembra.

Segundo o profissional, lidar com a criação requer clareza, investigação, curio-sidade. “Nós precisamos estar frescos, atualizados para trabalhar de acordo com o mercado, que busca inovação o tempo todo. Falo mais do design do que da arte, pois a arte requer mais entrega e pesquisa por tratar de investigação intrínseca”, ex-plica.

De acordo com Bugila, cursos de criação e processos criativos, viagens, mudanças, leituras, situações de medo e desconforto, prática de esportes e uma boa alimenta-ção sempre ajudaram a pensar diferente. “Neste sentido, acredito que a inspiração é resultado de dedicação do trabalho, do investimento de energia nas coisas que re-almente fazem sentido, e logo as conexões se manifestam naturalmente. Para mim, este conjunto de fatores é a melhor forma de buscar inspiração”, ressalta.

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ImagensCedidas pelo designer

Joelson BugilaTrabalhos realizados pelo Designer

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“ “Quero transformarem palavras a imagemque vi,o que não vi,o que não existe

FotoCedida pela autora

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Falar da Tipografia em Santa Catarina sem falar em Cleber Teixeira é impos-sível. O poeta, tipógrafo e editor ca-

rioca mudouse para Florianópolis em 1977 trazendo sua editora e seu talento e aqui viveu até 22 de junho de 2013 quando fale-ceu aos 73 anos.

Formado em Letras, Cleber trabalhou no Instituto Nacional do Livro e na Edito-ra Bloch mas foi unindo a poesia aos tipos móveis que encontrou sua maneira de se comunicar com o mundo.

Foram diversos livros, de sua autoria e também de poetas como Mallarmé, Donne, Cummings, Keats, Gertrude Stein, Afonso Ávila, José Paulo Paes, entre outros, pro-duzidos de forma artesanal. Letra a letra o texto ia ganhando forma no componedor, um trabalho que ele mesmo considerava exaustivo, porém gratificante.

Sobre Cleber Teixeira e oencontro da Tipografia com a

Poesia em Santa Catarina

Mary Meürer

É professora da disciplina de Tipografia e Projeto Edi-

torial da Universidade Federal de Santa Catarina e uma

admiradora do trabalho de Cleber Teixeira.

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Também é possível compreender me-lhor sua obra no livro Editores Artesanais Brasileiros, de Gisela Creni, que traz um capítulo inteiro sobre Cleber e a editora Noa Noa, merecidamente colocado ao lado de outros grandes editores.

O catálogo da Editora Noa Noa, organi-zado em 2012, apresenta 65 obras produ-zidas por Cleber. Embora algumas estejam esgotadas é uma ótima oportunidade de conhecer estes exemplares que unem a be-leza da poesia, da tipografia e da gravura.

A história de Cleber também está regis-trada no documentário Cleber e a Máqui-na, dirigido por Rosana Cacciatore. Lança-do em dezembro do ano passado o filme foi produzido depois da morte do tipógrafo e mostra o depoimento de amigos, colegas e personalidades.

O amor e o respeito do poeta e tipógrafo pelos livros, aliado à sua simpatia e gene-rosidade fizeram dele uma personalidade ímpar que merece ser lembrada e homena-geada sempre.

A Editora Noa Noa, cujo nome veio da obra de Paul Gauguin que agradava a Cle-ber, funcionava no porão de sua casa, no bairro Agronômica, onde a família reside até hoje. É o local onde está toda a vida de Cleber, o trabalho e a família, suas paixões.

Uma casa de portas abertas, onde in-telectuais, jornalistas, professores, alunos e quem mais se interessasse pelos livros e pela tipografia era bem recebido sempre. A gentileza era outra característica de Cle-ber, que ao lado de sua esposa Elizabeth, sempre recebia as pessoas com um sorriso e um café.

Além dos livros produzidos na Noa Noa, Cleber reuniu um acervo com cerca de 8 mil livros sobre os mais diversos temas, tendo ênfase nas artes plásticas, literatura e li-vros sobre livros, é claro.

Todo este acervo continua disponí-vel na casa da família e pode ser visitado com um agendamento prévio pelo email [email protected]. Apesar da au-sência física de Cleber, os tipos de metal, a prensa e o papel ainda estão lá, contando histórias.

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A arte da tipografia, com tudo que precede a compo-sição e a impressão (desenho, fundição dos tipos, pro-jeto gráfico, etc.) tem vida longa e cabe a cada um que sabe disso resistir e ajudar a promover uma estreita convivência com os designers gráficos hoje.

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Capa do LivroEditores Artesanais Brasileiros

Facebook: Cleber e a Máquina

Capa do Catálogoda Editora Noa Noa

http://grupoautentica.com.br/autentica/livros/editores-artesanais-brasileiros/922

http://issuu.com/amir_brito/docs/catalogo_editora_no-anoa

Facebook- https://www.facebook.com/pages/Cleber-e-a-M%C3%A1quina/440830142683639?fref=ts

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A ex-aluna do curso de Design Gráfi-co da Faculdade Satc, Lucileine Ros-sa, trouxe uma nova proposta para

seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), com base em uma identidade visual volta-da para os trabalhos de uma marca de ar-tesanato de Florianópolis. Com a ajuda do Design Social, a profissional trouxe os as-pectos fundamentais para a sociedade en-volvida no meio. A essência foi conseguir uma conscientização social e de cidadania para voltar a criatividade em direção ao progresso cultural e tecnológico.

“Uma identidade é importante para qualquer marca, inclusive de artesanato. Tem gente que esquece um pouco disso, acha que porque é artesanato não preci-sa ter valor”, declarou a designer. Para o resultado final do trabalho Luci, foi utili-zada a metodologia projetual de Chamma e Pastorello, já criada para a aplicação na criação de identidades visuais e compos-to por quatro fases: diagnóstico, cenários, design e implantação.

Na primeira fase (diagnóstico), foram identificadas informações estratégicas como a posição da empresa no mercado e a imagem que a mesma deseja alcançar. Neste momento um ponto fundamental foi entrevistar a fundadora da marca, resulta-do no resumo do projeto (briefing).

Em seguida na etapa de cenários, fo-ram definidos os principais conceitos, va-lores e atributos da marca. Foram desta-cadas 27 palavras relacionadas à história e seus valores, que foram organizadas em seis grupos com significados semelhantes, aproveitando o momento, foram desenvol-vidos painéis semânticos, servindo como referências visuais de cores, texturas e for-mas. Também foi feito um painel de ima-gens relacionado a concorrências, para sa-ber o que já existe no mercado.

A etapa seguinte foi o Design, iniciando com os conceitos já definidos, analisando as características da marca e traduzindo--as visualmente. Essa tradução foi feita através dos painéis semânticos nos cená-

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Artesana: o Design Social noartesanato catarinense

Trabalho de conclusão de curso conquista espaço no mercado por meio do artesanato.

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rios, as palavras conceito definidas foram: paz, amor, humana e natural. Elas foram escolhidas para agregar valores humanos ao projeto e direcionar os esforços na dire-ção de uma ideologia de cultura de paz.

Para cada palavra foram estudadas for-mas e significados, que culminaram em formas orgânicas, redondas, sutis e deli-cadas. A partir daí foi necessário gerar um ícone gráfico para a assinatura visual, e o ícone que mais se aproxima a estes concei-tos é de um pássaro, pois apesar de pare-cerem frágeis, constroem seu próprio ter-ritório, tranquilos e felizes, representando assim os conceitos e valores da marca.

Após a definição do ícone outra pesqui-sa foi feita, dessa vez, buscando imagens de pássaros para referências para a paleta cromática do projeto.

Tendo em vista a necessidade da artesã fazer seus produtos em casa, optou-se por utilizar a identidade visual através de ca-rimbo, facilitando a aplicação, e como este processo requer apenas uma cor, a esco-

lhida foi o azul, representando o céu.Na etapa de implantação, procurou-se

fornecedores para os materiais utilizados, gráficas para as impressões e pesquisa de mercado, analisando se a identidade apli-cada está adequada ou se é necessário fa-zer alguma adequação.

O nome “Artesana”, tem origem espa-nhola, tendo em vista a nacionalidade ar-gentina da artesã. Na língua portuguesa, o nome significa artesão e arte que cura.

O orientador do projeto, Jan Raphael Reuter Braun, foi o primeiro a ver a identi-dade visual na prática. “Durante uma via-gem entrei em uma loja e vi que os produ-tos estavam sendo comercializados com o logotipo. Tenho orgulho de ter feito parte deste processo, a Luci foi muito dedicada ao longo de todo o trabalho, o que lhe ren-deu ainda mais méritos”, analisou Braun. Ainda segundo ele a preocupação foi mui-to além, o direcionamento e foco no mer-cado foram fundamentais para o resultado final.

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CenáriosManual, artesanal, original,exclusivo, presente e especial

Amor, dedicação, doce,sensível e zelo

Sustentável,sociável e natural

Família, amigo,casa e Bombinhas

Saúde, sã e bem

Humildade, sábio, paciente,tranquilidade, paz e ordem

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Construção da assinatura visual

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FotosCedidas pela autora

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madeiras antes de começar a confeccionar o produto. “Não temos grandes pretensões industriais, no começo foi por causa da pesquisa do Rodrigo que resolvemos fazer óculos, até então o foco principal eram ar-tigos de decoração”, explica Luiz Fernan-do. Ele ainda ressalta que obteve estudos que sugeria procedimentos e técnicas para o trabalho com madeira. “Tivemos ajuda de uma professora e fomos alterando vá-rias coisas no desenho, depois aprimoran-do na parte técnica. No começo o processo era um fracasso, mas começamos a desco-brir com pessoas que davam aulas de óti-ca, como fazer um padrão”, comenta.

Um dos pontos mais delicados do pro-cesso é a escolha do material, já que exis-tem tipos de madeiras que não são ade-quados para a produção de óculos. “A professora nos deu orientações a respeito de cada madeira, sobre os processos de produção e sobre a densidade de cada uma.

Design para encher os olhosEmpresa de óculos de madeiras Brotherwood ganha o mercado

Na região de Criciúma/SC, apenas a Brotherwood produz armação de óculos em madeiras. Dos irmãos

Luiz Fernando M. Mazzuco e Rodrigo M. Mazzuco, a empresa desenvolve os produ-tos há mais de um ano e meio em Criciú-ma. O nome Brotherwood, vem da variação de Brotherhood que significa irmandade. “Por sermos irmãos e também pelo apelo comercial”, comenta Rodrigo.

Atualmente a empresa produz 10 mo-delos de óculos e tem capacidade para fa-bricar 300 peças por mês. Segundo Rodri-go, a tradição com o uso de madeira vem de família. “Nosso avô já tinha fábrica de esquadrias e o nosso pai tem uma fábrica de móveis. No começo, produzíamos lumi-nárias de madeiras, mas após uma pesqui-sa de produtos e encontramos os óculos de madeira e decidimos tentar produzi-los”, lembra.

Os irmãos fazem pesquisas dos tipos de

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Cada densidade tem uma cola específica, que nem sempre é encontrada no merca-do local. Por isso, uma das dificuldades do processo é encontrar materiais para pro-duzir os óculos. Praticamente importamos tudo”, conta Luiz Fernando.

No começo a Brotherwood tinha ape-nas quatro modelos. “Nós começamos a criar um modelo padrão e uma empresa de São Paulo nos ajudou com os materiais”, conta Luiz Fernando. Atualmente a empre-sa usa somente madeiras nacionais.

A produção leva no máximo uma sema-na para ficar pronta. “A madeira é um ma-terial vivo, trabalha muito. Lidamos com a mudança de temperatura direta”, exempli-fica Luiz Fernando.

Os irmãos personalizam todos os aces-sórios que vem junto aos óculos. “Produ-zimos tudo, menos a lente. O projeto da armação e das embalagens faz parte do processo, temos até uma máquina de cos-tura pra fazer esses materiais, produzimos desde o produto aos materiais de venda, do início até o fim”, conta Luiz Fernando.

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FotosCedidas pelo autor

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A busca por inovação é, sem dúvida, almejada por toda empresa, inde-pendente da sua área de atuação.

Isto porque a empresa que está no mercado com produto diferenciado possui grandes vantagens sobre os concorrentes. É obvio e simples, mas nada fácil instalar um pro-cesso de criação e lançamento de novos produtos com potencial para isso.

Um dos principais desafios é ter uma equipe capacitada e motivada. E montar esta equipe que produza é complexo por vários motivos, mas acredito que o princi-pal deles seja a escolha certa do perfil de cada profissional.

Primeiramente, o Designer de Produto deve agir como um líder, que conecta vá-rios conhecimentos e muitas ações para alcançar um objetivo e este objetivo deve estar claro em seu projeto. Isto o leva a in-teragir e coordenar as pessoas de diversas áreas, muitas vezes (em empresas maio-

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Inovação no setor cerâmico

Paulo Roberto Gava Niehues

É Gerente de Desenvolvimento de Produto na empresa

Cerâmica Portinari

[email protected]

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res) de outras culturas.“Um líder deve estar aberto para com-

preender e trabalhar da melhor forma os diferentes perfis de profissionais”. (José Roberto Marques, Presidente do Instituto Brasileiro de Coaching).

Outro ponto importante é que estamos acompanhando a entrada da geração Y no mercado de trabalho, que em geral são jovens muito criativos, conectados, im-pulsivos, ágeis, introspectivos e realistas. Aparentemente, qualidades fundamentais para um ótimo designer, e de certa forma é. Mas falta algo. Mais importante que a inteligência individual, observa-se pouca sensibilidade interpessoal, a capacidade de perceber o outro, de olhar nos olhos e compreender seu estado. É algo tão im-portante que diversos estudos estão sendo realizados, no mundo, para compreender e potencializar nos grupos essa tal qualida-de.

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Thomas Malone, líder do MIT, que es-tuda a inteligência coletiva, diz à revista HSM Management, edição de julho, que a principal qualidade para ter uma equi-pe inteligente e criativa é a Percepção So-cial, ou seja, a capacidade de identificar as emoções das outras pessoas de manei-ra correta. Em suas pesquisas ele declara que quanto mais mulheres no grupo, me-lhor o desempenho, pois nas mulheres a sensibilidade é mais desenvolvida, talvez por componentes genéticos e influências dos hormônios. Algumas pesquisas ainda demonstram que esta qualidade pode ser desenvolvida e aprendida, porém há muito ainda para evoluir sobre este assunto.

Não defendo a criação de grupos com apenas mulheres, mas sim a importância de montar uma equipe heterogênea e re-pleta de membros que saibam lidar com gente, que interajam de forma produtiva entre si e entre outros setores da empre-

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que não somente trabalha criando novos produtos, mas pode fazê-lo reduzindo cus-tos de produção, de investimentos e im-plantação, potencializando e ampliando as vendas, melhorando tecnicamente e esteticamente. Ou seja, sabendo usar os seus conhecimentos, somados aos conhe-cimentos de todo o time, este profissional se torna praticamente indispensável para qualquer setor. Por isso, vejo o designer de produto como um líder, um líder sem sta-tus, um líder natural, sem imposição de cargo.

Nossas empresas precisam investir mais em inovação, principalmente em nosso estado (SC), que precisa se di-ferenciar do restante do país e dos importados asiáticos. Produtos de ponta, de forma alguma, po-derão brigar por preço. Por isso, serviço, produto, marca, gente, são fundamentais para o posicio-namento de mercado. Devemos entregar mais do que “peças de porcelanato de alta qualidade e

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sa. A responsabilidade maior é da empre-sa que precisa montar este “time do bem”, gerando um local de trabalho com clima amigável. Então, é muito importante ter integrantes com percepção social desen-volvida para manter o ambiente sempre estável, deixando para o Gestor a função de criar zonas de desconforto, com metas ousadas e, ao mesmo tempo, realistas.

Quando falo do Designer de Produto, incluo aqui o profissional do setor cerâmi-co, que não apenas deve pensar na super-fície do produto, pois isso o faria incom-pleto, mas sim criar um produto pensando em formato, espessura, especificações técnicas, diferenciais, cor, textura, gráfi-ca, relevo, local de uso, público alvo, con-corrência, mercado, preço, custo, parque industrial disponível para produção, pay-back, etc. Tudo isso através de pesquisas de mercado, informações de tendências, feeling do próprio profissional, metas da empresa, entre outras.

Com tudo, enfatiza-se aqui a importân-cia deste profissional dentro da indústria,

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beleza”.Por fim, os profissionais de Design são

os maiores responsáveis nessa evolução, ele transforma o produto frio e estático em objeto dos sonhos, com alma e DNA, repleto de história e emoção. Somente as-sim, nossa indústria continua a evoluir e se destacar.

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Impressão de 3D no Designde Joias

Os acadêmicos podem vivenciar a teoria na prática nadisciplina de Modelagem 3D

A impressora 3D é amplamente utili-zada para desenvolver protótipos, versões iniciais de produtos que

servem para identificar características e defeitos antes que se inicie o processo de produção industrial.

Em Santa Catarina, a rede Pronto 3D conta com uma rede de cinco impresso-ras, uma delas, está na Faculdade Satc. De acordo com o coordenador do Pronto 3D, laboratório de prototipagem rápida da Fa-culdade Satc, Daniel Fritzen, a impresso-ra está desde o final de 2013 oferecendo conhecimento aos acadêmicos de Design Gráfico e Engenharia Mecânica. “São vá-rios tipos de impressoras 3D, a que temos aqui trabalha com apenas um filamento por vez, e a matéria prima pode ser PLA e ABS”, explica.

De acordo com Fritzen, a matéria-pri-ma Acrilinitrila Butandieno (ABS), é bas-tante comum em impressoras de modela-gem por fusão e depósito. “Esse tipo de polímero é bastante rígido e leve, apresen-

tando um bom equilíbrio entre resistência e flexibilidade”, conta. Ele ainda ressalta que o material Poliácido Lático (PLA), é biodegradável. “O PLA é produzido a par-tir de fontes naturais como milho e cana--de-açúcar. Esse tipo de matéria-prima é mais eficiente que o ABS em determinadas moldagens, pois tende a deformar menos depois da aplicação e libera menos fuma-ça ao atingir o seu ponto de fusão, além de ser biodegradável”, comenta.

A impressora 3D é utilizada em uma das práticas da disciplina de Modelagem 3D do curso de Design Gráfico, direcionada ao projeto de joias. “Os acadêmicos da quarta fase do curso fizeram o modelamento digi-tal. O projeto das joias seria algo palpável para os alunos terem conhecimento mais fácil para eles trabalharem”, comenta Frit-zen.

Os trabalhos foram realizados em qua-tro semanas de aulas. “Como o processo de modelamento 3D é lento, eles fizeram em acrílico, que é utilizado na máquina a

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laser”, conta.

Processo de fabricação das joias em sala de aula

As acadêmicas Myalin Steiner e Laris-sa Colombo, agora na sexta fase do curso, contam que fizeram uma fivela para cinto e um chaveiro. A ideia surgiu da familiari-dade que elas possuíam com a moda. “Nós queríamos fazer algo diferente. Não como os outros grupos estavam fazendo, como colares, pulseiras ou anéis. No chaveiro foi feito uma coruja, por que nós gostamos desse formato”, lembra Larissa. E ainda ressalta que a proposta foi dada ao profes-sor e ele apoiou a ideia.

De acordo com Larissa, foram feitas pesquisas sobre as tendências em joias. “Nós vimos que estava na moda a fivela grande e corrente que estavam nos desfi-les. Nós fomos pesquisando isso”, conta.

Segundo Mialyn, criaram o painel se-mântico para decidir quais cores usar e

formas mais adequadas ao protótipo. “Nós colocamos as nossas iniciais na fivela. No fundo da fivela usamos uma estampa de onça. No painel semântico seria mais a respeito de cor, de uma tendência que es-tivesse em alta e tecnicamente faria ven-der a fivela”, ressalta. Ela ainda conta que usaram um material em dourado. “E como fizemos em dourado, seria como se fosse uma fivela dourada mesmo. Que no protó-tipo não fica exatamente igual”, lembra.

Para as acadêmicas, a experiência em trabalhar com 3D, foi satisfatória. “Foi di-fícil trabalhar com o 3D, ele é complicado. Quando se pega o jeito, consegue fazer um trabalho legal. Até aprender e ver o traba-lho pronto foi satisfatório e deu vontade de fazer bastantes protótipos. É muito melhor ter o objeto físico pra ver que só em 3D no computador. Pegar na mão e visualizar cada detalhe, quando se pode tocar muda totalmente”, finaliza Larissa.

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letrasetRevista digital do curso de Design Gráfico da Faculdade Satc - número 3 - nov/2014

[email protected](48) 3431-7664