letraset-4 bienal brasileira de design 2015

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O que é a Bienal? página 10 Santa Catarina e o potencial para sediar a Bienal página 26 Acadêmicas são destaque no prêmio Bornancini página 36 letraset Revista digital do curso de Design Gráfico da Faculdade Satc - número 4 - jun/2015

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A Bienal Brasileira de Design é um dos eventos mais importantes para a área no país, por isso, esta edição da revista Letraset trata especificamente dela. Na busca por valorizar o trabalho acadêmico, a Letraset traz também a editoria de educação. São apresentados trabalhos de design de superfície da Satc, ganhadores da segunda colocação do prêmio Bornancini e também do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que busca levar sinalização ao abrigo de crianças e adolescentes de Criciúma.

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Page 1: Letraset-4 Bienal Brasileira de Design 2015

O que é aBienal?

página 10

Santa Catarina e o potencial para sediar a Bienalpágina 26

Acadêmicas são destaque no prêmio Bornancinipágina 36

letrasetRevista digital do curso de Design Gráfico da Faculdade Satc - número 4 - jun/2015

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Diretor FaculdadeCarlos Antônio Ferreira

Coordenação de EnsinoJovani Castelan

Coordenação do curso de Design GráficoDiego Piovesan Medeiros

EditoresDavi Frederico do Amaral DenardiDiego Piovesan MedeirosJan Raphael Reuter BraunMariane Machado SoaresMariéli Salvador de SouzaRafael Hoffmann Maurílio

AgradecimentoLaboratório de Orientação em DesignNúcleo Multimídia

ColaboradoresAdriana VecchiettiAna Paula MegdaCarina FeltrinCharlene Vicente Amancio NunesDaniel FritzenDaniele Diniz WarkenFulvio de Melo Raupp JuniorJoão RiethJúlia SaviLuiz Salomão RibasMaria do CarmoMarilian Lessa FlorianoNaíra Scarduelli CanelaNatalino UggioniPablo CabistaniPatricia Loch ZanivanRenata RubimRodrigo CastellerRoselie de FariaSolange Bianchini

ISSN 2357-769X

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A Bienal Brasileira de Design é um dos eventos mais importantes para a área no país, por isso, esta edição da revis-

ta Letraset trata especificamente dela. Em 2015, a capital de Santa Catarina, Florianó-polis, está sediando a quinta edição do evento e você vai poder conferir o que rola ao longo dos dois meses de realização.

A coordenadora da Bienal, Roselie de Faria Lemos, conta como funciona o evento e quais as expectativas para as ações que acontecem ao longo de todo o estado. Da mesma forma, o tema “Design para Todos” vem com força nes-ta edição, mostrando que o bom design ganha mais espaço na vida das pessoas, se tornando mais acessível a todos.

O destaque do projeto é o evento parale-lo à Bienal, realizado em Criciúma pela Satc, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Universidade do Extremo Sul Catari-nense (Unesc). Durante a ação, localizada na Associação Empresarial de Criciúma (Acic), são expostos trabalhos dos acadêmicos de

Design Gráfico, Design de Moda e Design de Produto, além de oficinas que englobam as três áreas.

Para mostrar o potencial de Santa Cata-rina no Design, a revista fala da escolha do estado para sediar o evento e também expli-ca o projeto Marca Florianópolis, que busca criar uma identidade visual para a capital do estado, de acordo com a percepção de todos os setores da sociedade.

Na busca por valorizar o trabalho acadê-mico, a Letraset traz a editoria de educação. São apresentados trabalhos de design de su-perfície da Satc, ganhadores da segunda co-locação do prêmio Bornancini e também do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que busca levar sinalização ao abrigo de crianças e adolescentes de Criciúma.

Esperamos que você consiga conhecer mais sobre o Design e seu crescimento, que promete alavancar após a Bienal.

Boa leitura!

EDITORIAL

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Lusitana

O Design nos Une Acadêmicas são

destaques no prêmio

Bornancini

O que é a Bienal? Design para Todos

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De cara nova Da história ao trabalho

acadêmico

Design para Todos

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Santa Catarina e

o potencial para

sediar a Bienal

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letraset você encontra...

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Letraset: Como surgiu a ideia de criar a fonte Lusitana?Ana Paula: Eu estava fazendo pós-gra-duação em tipografia na Universidade de Buenos Aires e o projeto final tinha como proposta criar uma fonte do zero.

Letraset: De onde veio a inspiração?Ana Paula: O próprio escopo do projeto previa que a fonte tivesse uma inspira-ção e um objetivo. Buscando referên-cias, encontrei na primeira edição dos Lusíadas minha inspiração. No início, pensei em fazer sua digitalização, mas ao longo do processo notamos que a fon-te original tinha pequenos problemas de proporção e traços, por isso, adaptações foram feitas para que a fonte fosse mais harmoniosa e moderna.

Letraset: Quando foi criada?Ana Paula: A fonte foi criada em 2010, mas tinha apenas a versão regular e bold. No ano passado ela passou a ter a versão regular, medium, semibold e

bold, com suas respectivas itálicas.

Letraset: Quanto tempo você levou para desenvolver?Ana Paula: A primeira versão da famí-lia demorou cerca de um ano. Já na se-gunda etapa foram entre quatro e cinco meses.

Letraset: Como foi o processo de cria-ção? Ana Paula: Primeiro, encontrei os im-pressos na internet, mas não conseguia encontrar imagens perfeitas da edição. Encontrei uma ou outra imagem em qualidade, mas não era suficiente. En-tão, entrei em contato com a bibliote-ca nacional de Portugal pedindo o ma-terial, mas, nunca chegaram a enviar. Então, corri atrás do nome do impres-sor, António Gonçalves, quem tinha de-senvolvido a fonte usada nos Lusíadas. Encontrei um outro livro dele e acabei usando o material encontrado na inter-net mesmo. O projeto tinha um tutor e

Desenhista joinvillense Ana Paula Megda, fala sobre o processo de criaçãoda fonte Lusitana

Lusitana

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paAlfabeto Lusitana

Vídeo Span: técnica usada paracriar a fonte Lusitana

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Ana Paula Megda Designer, reside em Joinville, SC.

no meu caso, foi o José Scaglione. Ele nos ensinou um método que carrego até hoje para começar uma fonte: desenhar os signos video span. Com esses carac-teres foi possível decidir todas as ca-racterísticas que a fonte teria. Foi um processo longo, mas cheio de aprendi-zado, já que foi a minha primeira fonte de criação individual.

Letraset: A equipe do blog pessoal do Bill Gates entrou em contato com você para usar a fonte, como foi esse conta-to? Ana Paula: Existe uma empresa chama-da bcg3 que é uma incubadora de ideias criada pelo Bill Gates e a designer res-ponsável pelo blog foi quem entrou em contato comigo. Disse que tinha adora-do a fonte (a versão bold e regular já es-tavam disponíveis no Google Webfonts), que estava redesenhando o blog e que gostaria muito de usar a fonte. Mas para isso acontecer, precisava da versão itá-lica. Eu na hora achei que era pegadi-nha! Não só pelo fato de ser um blog muito reconhecido, mas simplesmente porque alguém, de muito longe, que não me conhecia, me escreveu pra dizer que

tinha adorado meu trabalho. Foi muito gratificante. Hoje, a Lusitana é a fonte de texto corrido do blog: http://www.gatesnotes.com

Letraset: Quais as suas expectativas daqui para frente?Ana Paula: Desde que me tornei autô-noma, quero trabalhar mais no desen-volvimento de outras fonte e crescer a família das que já tenho. Acho que in-dependente de destaques maiores ou menores, o importante é continuar tra-balhando naquilo que se gosta.

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paVariação Tipográfica

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Desde o dia 15 de maio até 12 de julho, Santa Catarina é sede do maior evento do país na área de

Design. A quinta edição da Bienal Brasi-leira de Design é o único acontecimento no Brasil que se propõe a mostrar a pro-dução nacional e, por possuir destaque no cenário mundial, é também a maior vitrine de bons projetos da indústria.

A capital Florianópolis está sendo local de encanto e beleza, que mexem com os sentimentos até mesmo dos que não possuem intimidade com o Design. De acordo com a coordenadora do even-to, Roselie de Faria Lemos, são dois me-ses de muita informação, conhecimento e experiências interessantes que movi-mentam a cidade e o estado, embasados no tema “Design para Todos”.

A organização aguarda mais de 300 mil visitantes ao longo do evento, que expõe o que de melhor foi produzido

no Design brasileiro e catarinense nos últimos três anos. “São apresentadas inúmeras atividades, como novidades tecnológicas e propostas de como fazer Design”, frisou Roselie. Ainda segundo ela, Santa Catarina sempre foi muito tí-mida em se mostrar como produtor de qualidade e esta é a chance de se tornar mais reconhecida. Da mesma forma, é possível destacar o potencial do esta-do, que é o quarto mais industrializado do país.

Conforme a coordenadora, a inten-ção é expor que Santa Catarina possui mais do que um bom Design, mas que sim, tem vocação para isso. “Vimos esta atividade como fonte de conhecimento de gestão, desenvolvimento de produ-tos, branding, embalagens, moda, ce-râmica, têxtil, softwares e games. Com todos estes aspectos, podemos com certeza impulsionar o desenvolvimento

O que é a Bienal?

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do estado e transformá-lo em polo de Design e inovação”.

O evento é encabeçado pelo Minis-tério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Movimento Brasil Competitivo (MBC), apoiado pela Apex-Brasil e Governo de Santa Cata-rina, e promovido pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e Centro de Design Catarina. “Nossa equipe conta com oito designers, so-

mados a energia e vontade de realizar a melhor Bienal dos tempos. Temos a mis-são de garantir qualidade e manter os prazos em dia”, explanou Roselie.

Vários eventos já ocorreram pré--Bienal, como exposições, painéis e de-bates. “Contamos com a presença de re-nomados designers, que apresentaram um pouco de tudo que irá rolar durante os dois meses”.

BIENAL AO LONGO DE SANTA CATARINA

Na capital, as mostras estão dispostas no Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) e Museu da Imagem e do Som (MIS), junto ao Centro Integrado de Cultura (CIC), também no Museu Histórico de Santa Cata-rina (MHSC), na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catrina (FIESC) e em espaços abertos. Mas, além disto, cidades de todo o esta-do estão com Ações Paralelas, entre elas Criciúma.

São sete Ações Paralelas (que ocorrem ao mesmo tempo do evento principal), com exposições, workshops, seminários, palestras, lança-mento de produtos, feiras, concursos e outros atrativos que estão movi-mentando o evento. Quem estará à frente do projeto são grupos acadê-micos, entidades e instituições, de acordo com cada local.

“O design é a palavra-chave das mostras: na visão do tema, tere-mos um design democrático, acessível e urbano. Já o Design histórico será apresentado como resgate documental do Laboratório Brasileiro de Design (LBDI), que se estabeleceu em Florianópolis de 1983 e 1997”, apontou Roselie.

Roselie de Faria Lemos Coordenadora executiva BBD/2015/

FloripaDiretora Presidente Design Catarina

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Eventos sendo realizados durante a Bienal Brasileira de Design 2015

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Infográfico produzido pelo Núcleo Multimídia e apoio do Laboratório de Orientação em Design da Faculdade Satc

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Um evento democrático, interativo e participativo é o que está se ob-servando da Bienal Brasileira de

Design e se encaixa no tema escolhido pela Organização Estratégica das Bie-nais (COEB) e representantes de entida-des influentes na área: “Design para To-dos”. A proposta com relação ao nome é fazer com que todos estejam a vontade nestes dois meses, atendendo o público e aproximando a área da socidade.

A coordenadora da Bienal, Roselie de Faria Lemos, coloca que o Design na-turalmente faz parte do dia-a-dia das pessoas desde o momento em que acor-dam. “Estamos rodeados de produtos de Design, desde a escova de dente até o computador. Ele busca promover a qua-lidade de vida, com usabilidade, con-forto e prazer. Por isso, direta ou indi-retamente, todos estão em contato com ele”, pontuou.

Por todas estas razões, a Bienal em Florianópolis carrega o tema com a mis-são de fazer com que a população fique íntima da área, encarando como par-te da vida. Conforme Roselie, se quer atrair visitantes e mostrar que o Design é de fundamental importância para a qualidade de vida, desassociando as-sim a imagem apenas do profissional.

“Apesar de ser um erro, ainda existe preconceito. O estado de Santa Catari-na tem condições de absorver profis-sionais em suas equipes de desenvolvi-mento e inovação. Acredito que a Bienal está ajudando o estado a dar mais im-portância para isso, como própria fer-ramenta de desenvolvimento técnico”.

Embasado no tema, muitos projetos estão mostrando a capacidade de aten-der o público. O chamado Design Aces-sível ou Design Universal tem foco na diversidade do ser humano, com traba-

Tema da Bienal 2015 busca aproximar a sociedade da área

Design para Todos

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lhos de esfera pública e democratiza-ção do acesso.

O superintendente do IEL/SC - Sis-tema Fiesc, Natalino Uggioni, analisa que o evento busca influenciar e inten-sificar o uso do Design por parte das empresas, chamando a atenção dos vi-sitantes para o destaques e ganhos das mesmas que já o utilizam. “Queremos abrir mercado para a inserção dos pro-fissionais que estão sendo preparados para atuar nas indústrias. Nosso Design já é bem percebido aqui e fora do esta-do. Quanto mais as empresas entende-rem o diferencial de ter equipes de cria-ção em seus quadros, mais fortes serão nos seus respectivos mercados”, anali-sou Uggioni.

Entre as mostras do evento, uma especificamente terá como foco os pro-

dutos com elevada inserção do Design de indústrias catarinense e os visitantes poderão conferir os bons resultados da-quelas inovações para as empresas par-ticipantes. “O Design é para ser tocado, vestido e experimentado, tudo isso pelo público em geral, ou seja, pelos usuá-rios daqueles produtos. Essa será uma das caraterística das mostras da Bie-nal”, finalizou Uggioni.

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Produtos desenvolvidos com a Identidade Visual da Bienal

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Muitos brasileiros desejavam ver seu trabalho estampado como identidade visual do maior even-

to de Design do país, mas, para definir qual seria a cara da Bienal Brasileira de Design, foi aberto em 2013 o concurso que elegeu o trabalho do gaúcho Pablo Cabistani como vencedor.

O tema do concurso caminhava jun-to com o da Bienal: “Oba Design para todos”, que tinha por objetivo focar na disseminação da área para todos os pú-blicos.

Para o designer, o que impulsionou a participar da disputa foi a proporção do evento. “Hoje a Bienal Brasileira é uma das mais importantes do mundo. Repre-sentar algo deste porte é de extrema im-portância, uma contribuição que todos gostariam de dar”, destacou Cabistani.

Entre mais de mil inscritos, 90 traba-lhos de todo o país foram validados para finalistas. Por meio de um telefonema do Bruno Porto, até então presidente do júri do concurso, Pablo recebeu a notícia da premiação. “Nunca se espera ganhar em uma disputa de tamanho nível. Fi-quei sem palavras quando soube do re-sultado e imediatamente já discutimos alguns aspectos para finalizar o traba-lho e concluir a identidade”.

PROCESSO DE CRIAÇÃO

O próprio regulamento do concurso já era o briefing, com a temática do Oba e do Design para Todos.

Segundo o criador do projeto, além da identidade com base no tema, existia a exigência de manter o logo das Bienais

Conheça a identidade visual da Bienal Brasileira de Design 2015

IdentidadeDesign para Todos

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anteriores, criando a padrão. “Dentro do conjunto de obrigações, iniciei o pro-cesso criativo. Acabei indo por dois ca-minhos distintos, tentando solucionar a questão do tema, com foco nas cores e patterns, para representar toda a simbo-logia da diversidade, fotos estilizadas e grafismos representando o “Oba”.

O Oba criado acabou se tornando um elemento gráfico que se faria presente em tudo.

O destaque também foi para a ideia de incorporar os elementos gráficos do Design para Todos no meio do logotipo oficial, com a inserção das cores e pat-terns para ficar em harmonia com o res-tante. “Acabou sendo um modo de dei-xar a identidade ainda mais incorporada e fidelizar o que já é tradição”, finalizou o designer.

Pablo Cabistani Designer gráfico, gaúcho, reside atual-

mente em São Paulo

O processo foi se resolvendo com base nas nuances do briefing, chegando em um formato que parecesse adequado. O desenvolvimento e entrega final leva-ram em torno de três meses.

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Manual de Identidade Visual da Bienal Brasileira de

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Aplicações da Identidade Visual da Bienal Brasileira de

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O esforço foi a chave para que o maior evento de Design do país fosse se-diado por Santa Catarina. Trazer o a

Bienal Brasileira de Design para o estado foi resultado do esforço da SC Design, que ela-borou um projeto e o submeteu a Organiza-ção Estratégica das Bienais (COEB).

Conforme a coordenadora da Bienal 2015, Roselie Faria Lemos, para que o even-to ocorresse no estado, estiveram em parce-ria o Governo do Estado e a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). “O fato de possuirmos uma indústria diversificada e automaticamente o quatro maior Produ-to Interno Bruto (PIB) do país facilitou a es-colha”, frisou Roselie. Ainda segundo ela, o estado é o segundo em cursos de Design, com aproximadamente 110, perdendo ape-nas para São Paulo, e isso também garante uma excelente posição no ranking nacional.

Hoje ao longo do estado são 74 cursos técnicos e de graduação de Design, 33 de

pós-graduações, dois mestrados e um doutorado ativo. “O Design está no DNA de Santa Catarina. Estamos tendo a opor-tunidade de mostrar isso”, colocou.

O estado, além de toda potencialida-de, possui reconhecimento em prêmios de renome, como o iF Awards e IDEA, tam-bém em destaque nacional, com o Mu-seu da Casa Brasileira e o Salão do Móvel Brasil. O grande destaque leva os produ-tos catarinenses a serem consumidos em cerca de 190 países.

Para o superintendente do IEL/SC - Sistema Fiesc, Natalino Uggioni, o Design é fator chave para diferenciação, inovação e ganhos de competitividade. “Ele entra no início do processo de criação e inova-ção”. Uggioni coloca que as empresas já entenderam quão importante é usar o de-sign em seus processos produtivo e cria-tivo e o desafio é fazer essa informação chegar a um maior número de empresas.

Ser o segundo estado com o maior número de cursos de Design no paísajudou na decisão

Santa Catarina e o potencial para sediar a Bienal

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FLORIANÓPOLIS E SUA MARCA PRÓPRIA

Com o intuito de valorizar ain-da mais a capital do estado, o Projeto Marca Florianópolis busca criar uma marca turística que represente todo potencial da cidade, por meio do La-boratório de Orientação da Gênese Organizacional (Logo) da Universida-de Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Prefeitura. Conforme uma das inte-grantes do projeto, Daniele Diniz Wa-rken, o Marca Florianópolis surgiu em junho de 2013, com o apoio da Secre-taria Municipal de Turismo. “Tomamos essa iniciativa para dar uma identida-de à cidade. Utilizamos de uma meto-dologia co-criativa, ou seja, envolven-do toda comunidade em geral”.

O processo é baseado em entrevis-

tas e pesquisa informativa, seguido de eventos criativos. “Para uma empresa nos baseamos geralmente em um even-to, mas na cidade precisamos de vários para contemplar todas as regiões e ter a visão de quem faz a cidade acontecer. É importante que seja criada a identi-dade de dentro para fora, para ter sua identidade bem marcada”, declarou Daniele.

Durante a Bienal Brasileira de De-sign, o grupo apresentou o DNA que foi coletado até agora e dar continuidade ao restante do projeto (criação da mar-ca gráfica). Já para término, a expectati-va é que até setembro já esteja em fase de finalização. Conheça mais sobre o projeto

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Natureza e pontos históricos da cidade de Florianópolis

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Uma marca para uma cidademarcante

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Cursos de Design de Criciúma realizam exposição que faz parte daBienal Brasileira de Design

O DESIGN NOS UNE

A Bienal Brasileira de Design 2015 está trazendo muita novidade e conhecimento para Santa Cata-

rina e, claro, Criciúma não poderia fi-car de fora. O evento realizado na cida-de fez parte das Exposições Paralelas e trouxe integração entre os cursos de Design Gráfico da Satc, Design de Moda do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Design de Produ-tos da Universidade do Extremo Sul Ca-tarinense (Unesc).

O coordenador do curso de Design Gráfico da Faculdade Satc, Diego Piove-san, coloca que a essência da exposição foi a integração do Design local por meio dos projetos dos estudantes e da união das três instituições de ensino, que con-tou com o envolvimento de cerca de 500 estudantes. “Nossa meta foi mirar os holofotes nos acadêmicos, dando foco ao potencial de cada um, por meio dos trabalhos desenvolvidos ao longo dos semestres de cada curso”, declarou.

O evento contribuiu de forma signi-ficativa para o mercado nacional e tam-

bém regional. “Certamente a exposição auxiliou para a qualificação, uma vez que, com a própria divulgação estabe-lecemos parâmetros referenciais”, co-locou o coordenador do curso de De-sign de Produtos da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), João Rieth.

Já para a coordenadora do curso de Design de Moda do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Char-lene Vicente Amancio Nunes, é neces-sário demonstrar a relevância da área para a competitividade de nossas em-presas, pois cada vez mais precisamos investir em inovação, produtos e pro-cessos, de forma a torná-los diferen-ciais. “Acredito que a Bienal é uma ex-celente oportunidade de demostrar as possibilidades e expor o potencial cria-tivo que temos na região”, frisou.

A abertura do evento contou com a presença da Designer de Superfície Re-nata Rubim, que conversou e trocou ex-periências com os acadêmicos e profis-sionais. “É louvável o evento na cidade.

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Notamos que o Design sempre existiu, mas o que está aumentando é a consci-ência das pessoas em notarem a neces-sidade dele”, pontuou. Ainda segundo ela, Criciúma é um dos únicos locais em que todas as instituições com cursos na área falam de Design de Superfície.

O coordenador do curso na Satc, avalia o evento como positivo em todos os aspctos. “Cumprimos nossa missão, fizemos juz de ser um evento paralelo a Bienal Brasileira de Design e já estamos nos programando para daqui dois anos realizar novamente a exposição”, des-tacou. Ele coloca também que o retorno foi imenso, tanto por parte da comuni-dade como dos próprios academicos.

A estudante Aneliese Feliciano, da sétima fase de Desgin Gráfico, frisou o quanto a troca de experiências é grati-ficante durante momentos como este. “Conseguimos compreender a particu-laridade de cada curso e desta forma, agregar isso ao nosso dia-a-dia de tra-balho e estudo”, finalizou.

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Aos poucos, o mercado vem notando a necessidade do De-sign para o desenvolvimento das industrias. Hoje, o nicho vem se expandindo, crescendo e se fortalecendo. “Temos egressos nas áreas da indústria têxtil e cerâmica fazendo a diferença nos projetos que são desenvolvidos para o Brasil e para o mun-do”, colocou o coordenador do curso de Design Gráfico da Fa-culdade Satc, Diego Medeiros Piovesan. Segundo ele, no setor de prestação de serviços como web, fotografia e promocional, o avanço é significativo e enche a classe de orgulho.

Para a coordenadora do curso de Design de Moda do Ser-viço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Charlene Vicente Amancio Nunes, é preciso investir cada vez mais e in-centivar propostas inovadoras que cheguem até as industrias. “Acredito que o mercado é amplo e diferencial, se deparando fortemente com a concorrência, em especial com o mercado chinês”, acrescentou.

Da mesma forma, o coordenador do curso de Design de Pro-dutos da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), João Rieth, destaca que as empresas estão buscando inovar e para isso é necessário o Design, visto como um importante agente transformador.

Mesmo com esse crescimento, a área ainda precisa de uma maior valorização perante a sociedade e empresas. “Ações como a Bienal e a exposição em Criciúma só tem a agregar e fortalecer essa área tão criativa e inovadora”, finalizou Piove-san.

O DESIGN E O MERCADONA REGIÃO

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Abertura da exposição: O Design nos Une

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Trabalhos expostos na exposição: O Design nos Une

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educ

ação

Criar uma coleção de cadernos com diferentes estampas era a propos-ta da disciplina de Projeto Gráfi-

co: Design de Superfície, da quinta fase do curso de Design Gráfico da Faculda-de Satc, no primeiro semestre de 2013. O que as acadêmicas Carina Feltrin, Julia Savi e Patrícia Loch, e também o professor e coordenador do curso Diego Piovesan não esperavam, é que o traba-lho fosse ganhar destaque nacional.

Em 2014, um ano após a realização do projeto, o trabalho foi inscrito para o Prêmio Bornancini, que tem por obje-tivo colocar a área de design em desta-

que e ajudar a criar uma sociedade me-lhor. Após uma avaliação feita por um corpo de jurados de 53 profissionais de destaque nacional e internacional, presidida por Levi Girardi, as estudan-tes conquistaram a segunda colocação na quinta edição do prêmio.

Para as meninas, um reconheci-mento deste nível anima também ou-tros acadêmicos a levarem projetos para frente. “Acho legal que quando al-guém do curso conquista as primeiras colocações de um prêmio assim, incen-tiva os outros a cada vez mais propor bons projetos e participar de concur-

Projeto realizado em 2013 garantiu a segunda colocação no prêmio nacional

Acadêmicas são destaque no prêmio Bornancini

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sos”, declarou Carina. O resultado foi alcançado pelas

acadêmicas e a alegria e participar de um concurso de alto nível foi gratifi-cante. “Foi ótimo ficar entre os finalis-tas, ainda mais estando na oitava fase e poder ter reconhecimento de algo re-alizado fases anteriores”, pontuou Ju-lia. Para Patrícia, a experiência deixa boas lembranças. “Foi algo incrível, ti-vemos contato com pessoas de renome na nossa área, o que nos orgulhou mui-to”.

Para o professor que propôs a ideia, o resultado foi recompensador, tendo em vista a união entre a teoria e práti-ca. “Ficou um projeto muito profissio-nal. Acreditávamos no potencial das alunas e receber o prêmio nos encheu de orgulho”, pontuou Piovesan.

Acho legal que quando alguém do curso conquista as primeiras colocações de um prêmio assim, incentiva os outros a cada vez mais propor bons projetos e participar de concursos.

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O trabalho das estudantes foi todo realizado em sala de aula em um dos projetos ao longo dos quatro anos de faculdade. O Projeto de De-sign de Superfície tinha o objetivo naquele momento de criar três mo-delos de cadernos a partir do jogo Lógicas Criativas. Ao final, foram sorteadas duas palavras: prosopo-peia e arte naif, de onde saíram as ideias.

Com a aplicação de um painel tá-til e do uso da técnica de janela, ele-mentos foram unidos a fim de che-gar ao tema. Uma outra atividade de expansão de palavras derivou o tema Carnaval de Olinda, originado em Pernambuco e reconhecido mun-dialmente.

As cores usadas transmitem a alegria e energia contagiante dos fo-liões que se preparam o ano inteiro para o sucesso da festa. Com a co-leção “Coração de Olinda” buscou--se transmitir a fantasia e o mundo imaginário que cada pessoa carrega dentro de si.

Dentro do tema foram escolhi-dos os blocos: Homem da Meia Noi-te, Elefante de Olinda e Enquanto isso na Sala da Justiça. “Resolvemos trabalhar com estes três blocos por-que foi o que mais tivemos afinida-de. Quando sorteamos as palavras, nem imaginávamos que sairia algo assim. Conseguimos alcançar o con-ceito que queríamos. O trabalho em grupo também facilitou muito, cada uma de nós agregou em algo, talvez sozinhas não chegaríamos ao objeti-vo”, colocaram as acadêmicas.

Segundo o professor, cada se-mestre se trabalha um grande proje-to, que no fim da formação do aca-dêmico se torna de certa forma um portfólio envolvendo todas as áreas do design. “No Design de Superfície conseguimos excelentes resultados, com destaque inclusive para este das meninas, que gerou o prêmio, o que nos faz acreditar cada vez mais no potencial dos bons trabalhos que vêm sendo realizados”, finalizou Piovesan.

PROCESSO DE CRIAÇÃOTODO EM SALA DE AULA

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i Processo de criação e produto final dos cadernos

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Infográfico produzido pelo Núcleo Multimídia e apoio do Laboratório de Orientação em Design da Faculdade Satc

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Uma visita na Associação Benefi-cente Nossa Casa, de Criciúma, motivou a ex-aluna do curso de

Design Gráfico da Faculdade Satc, Naíra Scarduelli Canella, a direcionar seu Tra-balho de Conclusão de Curso (TCC) para ajudar os jovens e adolescentes que vi-vem na instituição. Com o tema: O De-sign aplicado em projetos de sinalização – desenvolvimento de uma sinalização interna para a Associação Beneficente Nossa Casa, o trabalho tem como objeti-vo proporcionar aos moradores um clima mais aconchegante à instituição.

“Eu achei tudo muito branco, pálido e por ser um ambiente infanto/juvenil merecia um aspecto mais alegre. Quan-do vim aqui antes não sabia o que fazer exatamente, mas aos poucos consegui

decidir em sinalizar os locais comuns da casa, para que os jovens não se sin-tam em um abrigo”, contou Naíra.

Segundo ela, tudo foi feito com mui-to cuidado, para realmente ser implan-tado. “O objetivo foi alcançado, cada detalhe foi pensado e projetado. Queria mais do que uma aprovação na faculda-de, mas sim, trazer o projeto para o dia--a-dia das crianças e jovens”, declarou. Conforme ela, entre as técnicas usadas estão o painel semântico, mapa de fluxo e a pesquisa bibliográfica como base.

Um semestre antes da finalização, a designer já passou a frequentar a insti-tuição semanalmente, onde realizou as entrevistas com funcionários e crian-ças, para chegar ao produto final, que foi apresentado no mês de abril para a

Ex-aluna Satc implantará sinalização em associação que abriga crianças em situação de risco de Criciúma

De cara novaDe cara nova

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Núcleo Multimídia da Faculdade Satc

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Apresentação do projetopara a coordenadora daNossa Casa, Maria do Carmo.

coordenação da associação.“Pode-se notar que foi feito com muito carinho e pensando nas crianças. Seria uma hon-ra poder implantar na casa. Agora só falta os patrocinadores para que possa-mos dar continuidade e colocar a sinali-zação”, frisou a coordenadora da casa, Maria do Carmo Medeiros.

Na visão do orientador e coordena-dor do curso, Diego Piovesan Medeiros, sempre existe a expectativa de que o tra-balho saia do papel e aconteça de verda-de. “A possibilidade dessa implantação e a aprovação do projeto para que ele siga a diante deixa a gente mais feliz e orgulhoso de toda a etapa cumprida”, fi-nalizou.

Núcleo Multimídia da Faculdade Satc

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ação Coleta de Informações:

Para dar início ao processo de criação, a designer fez um mapa de fluxo e um Plano e Território da instituição, mapeando os pontos da casa que mais eram utilizados pelos residentes.

Coleta de Informações:Ainda coletando informações, Naíra propôs às crianças da instituição, que fizessem desenhos, para que ela extraísse as formas e cores e adaptasse ao seu projeto, para que tudo ficasse com a cara das crianças que residem na casa.

Organização:Para organizar todas as informações coletadas até então, a designer fez uma pesquisa de similares, com placas de sinalização, ilustrações infantis e placas já ultilizadas em um residência comum.

Sinalização Ilustração Infantil Placas Casas

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Desenho Gráfico - Tipografia:Segundo Malverio, 2013, as tipografias direcionadas paraas crianças geralmente seassemelham com a forma deescrita manual. Neste projeto, a designer optou pela Blokletters, com três variações.

Design Gráfico - Paleta Cromática:Com os desenhos coletados com as crianças da instituição, painel de similares e alguns ajustes, obteve-se a paleta cromática, que foi utilizada para caraterizar de forma marcante cada detalhe da sinalização produzida para a Nossa Casa.

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Desenho Gráfico - Rascunhos:Com todas informações coletadas e com um amplo painel de similares, Naíra começou a desenvolver manualmente as formas a serem utilizadas para dar formato ao seu projeto.

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Os acadêmicos de Design Gráfico da Faculdade Satc trouxeram a tradição do vinho para a sala de

aula. Durante a criação de um catálo-go da bebida, na disciplina de Design de Superfície e Modelagem 3D, Fulvio Junior e Marilian Lessa, buscaram ele-mentos da origem da tradicional bebi-da considerada sagrada.

Os acadêmicos estudaram que, o vi-nho era uma bebida comum, mas, após o surgimento da igreja católica, se tor-nou uma bebida santa. “Usamos o nome de Sanctus Sanguis, que significa bebi-da sagrada, para fazer relação com a re-ligião e os elementos da igreja”, frisou Marilian.

A proposta do projeto é desenvolver produtos de consumo por meio da utili-zação de softwares de modelagem 3D. O objetivo dos acadêmicos foi produzir um rapport para uma carta de vinhos

e um protótipo de corte a laser, os alu-nos também criaram uma embalagem que remetia aos vitrais das igrejas góti-cas na Idade Média. Além disto, para a apresentação foi ambientado uma ade-ga, remetendo ao cenário original onde se armazena a bebida.

“Juntamente com o rapport, reali-zamos um painel semântico e rafs para chegar ao resultado final, que supe-rou nossas expectativas”, frizou Junior. Ainda segundo ele, o trabalho foi re-compensador, que iniciou com uma pes-quisa sobre o tema e chegou ao fim com o esforço e habilidades particulares de cada um destacados.

Para o professor de Modelagem 3D, Daniel Fritzen, todos os trabalhos reali-zados atingiram um nível de boa quali-dade, sendo que alguns chegaram a um nível técnico mais elevando. “Alguns superaram a expectativa, atendendo a

Projeto inspirado na origem do vinho cria caixa e carta do produto

DA HISTÓRIA AOTRABALHO ACADÊMICO

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proposta por meio de um grande empe-nho dos acadêmicos”, avaliou.

Ao longo de cinco semanas, os aca-dêmicos perceberam a importância da organização em curto espaço de tempo. “Em termos de aprendizado, a junção da teoria com a prática, ou seja, a pro-posição de um produto e a sua fabrica-ção real, proporciona ao acadêmico um ganho muito significativo”, destacou o professor.

A professora de Design de Superfí-cie Solange Bianchini relata que a mo-delagem requer um processo que exige pesquisa, concentração e muita criação. “O positivo é que a pesquisa é um instru-mento na construção do conhecimento e na geração de ideias, que, integrada

aos processos manuais e digitais, tra-zem soluções de estampas inovadoras e diferenciadas na área”, colocou.

Da mesma forma, para Adriana Vec-chietti, que também leciona a disciplina de Design de Superfície, cada trabalho em particular é sempre uma surpre-sa, mas as técnicas de criação manual possibilitam uma variedade de possi-bilidades de padronagem com design e estilo totalmente próprio. “O processo de criação gera inúmeras alternativas, isto pode envolver mais ou menos tem-po, depende de onde o designer dese-ja chegar ou a finalidade de aplicação desta ou daquela estampa”, finalizou Adriana.

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ãoPocesso de criação da carta e

caixa do vinho

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ãoPocesso de criação e produto

final da carta e caixa do vinho

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capa

letrasetRevista digital do curso de Design Gráfico da Faculdade Satc - número 4 - jun/2014

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