revista idigital 10

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CERTFORUM Evento chega à 10 edição WORKSHOPS RIC Evento conclui mais um ciclo nacional PARCERIA REFORÇADA ABRID e ITI assinam cooperação técnica idigital - Revista da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia em Identificação Digital - Ano 03 - Número 10 - julho/agosto/setembro de 2012 Com uma série de eventos paralelos, Conferência reúne em Brasília gente de todo o mundo e a cúpula da segurança pública brasileira ICMEDIA 2012

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idigital - Revista da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia em Identificação Digital - Ano 03 - Número 10 - julho/agosto/setembro de 2012

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CERTFORUMEvento chega à 10 edição

WORKSHOPS RICEvento conclui mais um ciclo nacional

PARCERIA REFORÇADAABRID e ITI assinam cooperação técnica

idigital - Revista da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia em Identificação Digital - Ano 03 - Número 10 - julho/agosto/setembro de 2012

Com uma série de eventos paralelos, Conferência reúne em Brasília gente de todo o mundo e a cúpula da segurança pública brasileira

ICMEDIA 2012

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ICMedIa: BrasílIa reCeBe ConferênCIa

InternaCIonal

reVIsta da assoCIaÇÃo BrasIleIra das eMPresas de teCnoloGIa eM IdentIfICaÇÃo dIGItal - aBrId

12 . CAPA

Dez anos de sucesso O RIC em debate Olho nos grandes eventos

20 . ABERTURA

22 . PRIMEIRO DIA

32 . SEgUnDO DIA

42 . TERCEIRO DIA

52 . EnCERRAMEnTO

54 . ESTAnDES DAS

ASSOCIADAS ABRID

68 . CERTFORUM 76 . WORKSHOP 84 . COnSESP

88 . 3MPolícia de Londres Implementa novo dispositivo de identificação móvel da 3M

92 . DATACARDDocumentos de Identificação de Alta Segurança: Usando QSDC para determinar o mix certo – Parte 2

86 . CASOS E ARTIgOS98 . g&D AMéRICA DO SUlEspírito latino!

102 . gEMAlTOChegou a hora de tornarmos nossas cidades inteligentes

108 . lASERCARDIdentidade eletrônica e passaporte eletrônico: as principais tendências para o futuro da identificação governamental

112 . nECO próximo passo possível para o processamento numérico de unidades biométricas de construções naturais: Seria a Computação Quântica?

116 . FlASHES

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esta é uma edição especial, praticamente toda de-

dicada à cobertura da Icmedia e dos eventos paralelos

que aconteceram em Brasília de 18 a 21 de setembro.

a Conferência Internacional de Ciências forenses

em Multimídia e segurança eletrônica trouxe à capital

da república gente dos quatro cantos do mundo para

discutir temas voltados à segurança, com ênfase na uti-

lização das ferramentas eletrônicas.

Mas não foi só. a Icmedia 2012 contou com um hall

de eventos paralelos que ampliou, e muito, a discus-

são, fazendo de Brasília a sede decisória do setor por

alguns dias. estiveram reunidos aqui, por exemplo, o

Colégio nacional dos secretários de segurança Pública

(Consesp) e o Conselho nacional de dirigentes de Ór-

gãos de Identificação (Conadi), instâncias que reúnem a

cúpula da segurança e da identidade civil do país.

Vale ressaltar também, dentro da programação pa-

ralela, a realização da penúltima etapa do ano do 10º

Certforum, o fórum da Certificação digital. o evento

chega à décima edição consolidado como o principal

do segmento no Brasil. e Brasília tem a honra de ser a

única cidade do país a receber todas as 10 edições do

encontro.

Por fim, a Icmedia 2012 incluiu ainda a etapa Centro-

-oeste dos Workshops regionais do rIC, um evento

muito caro à nossa associação porque permite o pros-

seguimento das discussões sobre a nova identidade do

brasileiro. o projeto do rIC passa por um período de

reavaliação, mas está vivo e vai ser implantado. Com

o Centro-oeste, o Workshop conclui o giro 2012, tendo

passado antes por sudeste-sul, norte e nordeste.

a aBrId e suas associadas apoiaram e participaram

ativamente de todos os eventos. Para nós, a discussão

de temas como segurança eletrônica, certificação digi-

tal e rIC é muito mais do que um simples negócio. sim,

são assuntos da nossa expertise, porém, além disso,

são a pauta do novo Brasil. Um país forte, tecnológi-

co, competitivo e dinâmico que não apenas queremos,

mas que estamos ajudando a construir.

Boa leitura!

Célio ribeiro, presidente da aBrId

idigital é uma publicação da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia em Identificação Digital (ABRID).

Presidente: Célio RibeiroDiretor de Identificação Digital: Edson RezendeDiretor de Projetos e Informação Tecnológica: Fernando CassinaReportagem: Iara Rabelo e Marcio PeixotoEditor: Marcio Peixoto MTB 4169/DFRevisão: Millena DiasTiragem: 2.500 exemplaresPeriodicidade: trimestralContato: (61) 3326 2828Projeto gráfico e diagramação: Infólio Comunicação - www.infoliocom.com - (61) 3326 3414

(Os cases e artigos assinados não refletem o pensamento nem a linha editorial da revista e são de inteira responsabilidade de seus autores)

PAlAVRA DO PRESIDEnTE

EXPEDIEnTE

RIC

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DO

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PARCERIA PARA O SUCESSO

ABRID e ITI assinam acordo de cooperação técnica e buscam novos projetos em conjunto

Célio RibeiRo, pResidente da abRid no momento da assinatuRa do ContRato

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Troca de experiências, par-ceria, cooperação técnica, busca de novos avanços na área de identificação

digital. Esta foi a motivação para que a ABRID e o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) fir-massem, no dia 31 de julho, na sede do ITI em Brasília, acordo de coope-ração técnica. O acordo foi oficial-mente assinado pelo presidente da ABRID, Célio Ribeiro, e o diretor--presidente substituto do ITI, Mau-rício Coelho.

Maurício Coelho destacou a im-portância prática da parceria da As-sociação Brasileira das Empresas de Tecnologia em Identificação Digital. Para Coelho, é muito mais fácil o governo dialogar com uma associa-ção que representa um seguimento da sociedade do que fazer atividades

individualizadas. “Este acordo sim-boliza para o ITI, enquanto entida-de pública, uma ferramenta de re-presentatividade coletiva. A ABRID tem em seu corpo de associados uma grande representatividade da indús-tria de identificação digital, que é a indústria em que o ITI atua forte-mente”, disse.

O diretor ainda ressaltou que ABRID e ITI vêm trabalhando jun-tos há tempos e já fazem projetos e parcerias bem sucedidas. Entre eles, destacou, está o novo projeto da AR Digital, que é um trabalho inovador com as autoridades certificadoras. O objetivo é desburocratizar e mesmo baratear o processo de certificação Digital no país.

Já Célio Ribeiro ressaltou que parcerias como as com o ITI são de grande importância para a ABRID.

Ribeiro lembrou que a Associação e o Instituto já fizeram muitos proje-tos em comum, como workshops, seminários, eventos e o Certforum, que está na décima edição este ano. “O objetivo desse acordo é dar trans-parência aos atos que são feitos em conjunto e que as entidades con-versem abertamente e com transpa-rência, demonstrando o que esta-mos fazendo. A essência da ABRID é subsidiar tanto órgãos públicos quanto empresas privadas da melhor solução em tecnologia que suas empresas detêm. E apoiar os projetos que têm grande importância para o país”, reiterou.

A assinatura do acordo contou também com a presença de Edson Rezende, diretor de identificação da ABRID, e Eduardo Lacerda, assessor da presidência do ITI.

mauRíCio Coelho, diRetoR-pResidente substituto do iti, e Célio RibeiRo, pResidente da abRid, CelebRam a paRCeRia fiRmada

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da esqueRda paRa a diReita: eduaRdo laCeRda, assessoR da pResidênCia do

iti, mauRíCio Coelho, diRetoR-pResidente

substituto do iti, Célio RibeiRo,

pResidente da abRid, e edson

Rezende, diRetoR de identifiCação da abRid

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ABRID - Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia em Identificação Digital

Resumo dos Acordos firmados com o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI)

Data Instrumento Partes Objeto

11/5/2009 Acordo de Cooperação Técnica

ITI e ABRID

“...estabelecer a cooperação técnica entre os partíci-pes, no sentido de aproveitar ao máximo as potenciali-dades das instituições signatárias, dentro do campo de suas respectivas atribuições e especificações, com vistas à realização do 7º CertForum que realizar-se-á nas cidades do Rio de Janeiro/RJ, Porto Alegre/RS, São Paulo/SP, Brasília/DF e Belém/PA.”

9/10/2009 Acordo de Cooperação Técnica

ITI, ABRID e CMB

“... O desenvolvimento de uma solução de segurança para implantação do ‘RIC’ - Registro de Identidade Civil, contemplando as atividades necessárias ao ade-quado cumprimento de todos os requisitos, sejam eles gráficos, de Tecnologia da Informação e Comunicação, Segurança, Criptografia, Logística, Microeletrônica, dentre outros. Parágrafo único: Nesse acordo estão previstas, ainda, as definições das características dos produtos e o de-senvolvimento do processo de fabricação dos cartões em policarbonato, decorrentes de estudos técnicos e colaboração existente entre ABRID e o Instituto Na-cional de Identificação - INI e o Instituto Nacional de Criminalística - INC ambos subordinados a Diretoria Técnico-Científica - DITEC do Departamento de Polícia Federal, com a qual a ABRID possui Acordo de Coope-ração Técnica firmado.”

28/10/2009 Acordo de Cooperação Técnica

ITI e ABRID

“... por finalidade o desenvolvimento de estudos sobre novas tecnologias de produção de bens e serviços aplicáveis à identificação digital com uso da certifica-ção digital padrão ICP-Brasil, bem como a capacitação de usuários na utilização dos novos recursos tec-nológicos.”

22/3/2010 Acordo de Cooperação Técnica

ITI e ABRID

“... estabelecer a cooperação técnica entre os partíci-pes no sentido de aproveitar ao máximo as potenciali-dades das intituições signatárias, dentro do campo de suas respectivas atribuições e especificações, com vistas à realização do 8º CertForum que realizar-se-á nas cidades de Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro, São Paulo/SP, Recife e Brasília/DF.”

10/10/2010 1º Termo Adi-tivo ao Acordo de Coopera-ção Técnica (09/10/2009)

ITI, ABRID e CMB

“CLÁUSULA PRIMEIRA: Os partícipes, anteriormente qualificados, resolvem prorrogar o prazo de vigência do Acordo de Cooperação Técnica original, com per-missivo contido na Cláusula Décima, por um período de 12 (doze) meses, a contar de 10.10.2010.”

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ABRID - Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia em Identificação Digital

Resumo dos Acordos firmados com o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI)

Data Instrumento Partes Objeto

29/10/2010 Acordo de Cooperação Técnica

ITI e ABRID

“... estabelecer a cooperação técnica entre os partíci-pes no sentido de aproveitar ao máximo as potenciali-dades das intituições signatárias, dentro do campo de suas respectivas atribuições e especificações, com vistas à realização do 8º CertForum que realizar-se-á na cidade de Belém/PA, na data de 18 de novembro de 2012.”

14/3/2011 Acordo de Cooperação Técnica

ITI e ABRID

“... estabelecer a cooperação técnica entre os partíci-pes no sentido de aproveitar ao máximo as potenciali-dades das intituições signatárias, dentro do campo de suas respectivas atribuições e especificações, com vistas à realização do 9º CertForum que realizar-se-a nas cidades de Florianópolis/SC, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, Recife/PE e Brasília/DF.”

1/4/2011 1º Termo Adi-tivo ao Acordo de Coopera-ção Técnica (14/03/2011)

ITI e ABRID

“... a exclusão da etapa Salvador/BA, do 9º CERTFORUM previsto para o dia 02 de junho de 2011, prevista na Cláusula Primeira do Objeto e acréscimo de compro-misso para a ABRID previsto na Cláusula Terceira do Acordo de Cooperação Técnica, em virtude da edição do Decreto nº 7.446, de 1º de março de 2011.”

11/10/2011 2º Termo Adi-tivo ao Acordo de Coopera-ção Técnica (10/10/2010)

ITI, ABRID e CMB

“CLÁUSULA PRIMEIRA: Os partícipes, anteriormente qualificados, resolvem prorrogar o prazo de vigência do Acordo de Cooperação Técnica original, com per-missivo contido na Cláusula Décima, por um período de 12 (doze) meses, a contar de 11.10.2011.”

16/2/2012 Acordo de Cooperação Técnica

ITI e ABRID

“... estabelecer a cooperação técnica entre os partíci-pes no sentido de aproveitar ao máximo as potenciali-dades das intituições signatárias, dentro do campo de suas respectivas atribuições e especificações, com vistas à realização do 10º CertForum que realizar-se-á nas cidades de São Paulo/SP, Recife/PE, Goiânia/GO, Rio de Janeiro/RJ, Brasília/DF e Florianópolis/SC.”

23/3/2012 1º Termo Adi-tivo ao Acordo de Coopera-ção Técnica (16/02/2012)

ITI e ABRID

“...acrescentar a alínea “i” do compromisso assumido pela ABRID, prevista na Cláusula Terceira: i)arcar com os custos decorrentes de deslocamentos e hospeda-gem de servidores, palestrantes e colaboradores necessários para a realização do 10º CertForum.”

31/7/2012 Acordo de Cooperação Técnica

ITI e ABRID

“... por finalidade estabelecer e regulamentar um programa de cooperação técnica entre a ABRID e ITI relacionado a informações sobre tecnologias de bens e serviços aplicáveis à identificação digital e à segurança documental em áreas de interesse comum e outras atividades afins.”

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A TECnOlOgIA EM PAUTA

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ICMedia reúne o que há de melhor e mais moderno em tecnologia no setor de segurança pública

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> A pAlAvrA é ICMedIa

O evento é uma excelente oportunidade para debates. Neste

momento, podemos identificar as parcerias que trabalham pela segurança pública, sejam elas de

origem pública ou privada” Leandro Daiello Coimbra,

diretor da Polícia Federal

Este evento é uma oportunidade única para discutir importantes temas para a segurança pública nacional, com soluções de vanguarda em termos de segurança eletrônica e identificação biométrica”José Jair Wermann, diretor técnico-científico da Polícia Federal

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A Icmedia tem por objetivo trazer a experiência prática dos peritos, o

conhecimento acadêmico e a tecnologia em prol da segurança pública. A expectativa

é que, conhecendo as novas tecnologias apresentadas no evento, possamos ter mais ferramentas para trabalhar com os eventos

que envolvem grandes multidões” Wantuir Jacini, presidente do Colégio Nacional de Secretários de Segurança

Pública e secretário de Segurança Pública do Mato Grosso do Sul

Aguardamos sempre com ansiedade as novidades que serão apresentadas. E nós, da área de segurança pública, temos a necessidade de nos atualizarmos sempre. Estamos na iminência de uma Copa das Confederações em 2013 e queremos trazer muita tecnologia para o Distrito Federal” Sandro Avelar, secretário de Segurança Pública do Distrito Federal

A Conferência traz a oportunidade de integrarmos o CertForum e debatermos

nesse momento temas tão importantes para a sociedade brasileira, no que

se refere a certificação digital e os assuntos correlatos. São cinco milhões

de notas fiscais eletrônicas, o que mostra o avanço desta e de tantas outras

tecnologias. Temos uma preocupação em promover o debate constante”

Renato Martini, presidente do ITI

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A expectativa é que consigamos implementar o conceito que trazemos de aproximar o setor público e os seus parceiros, principalmente no que se refere às necessidades relacionadas à segurança pública. A ideia é ter um espaço para buscar soluções e as desenvolver junto com os parceiros” Hélio Buchmüller, presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF)

O evento abrange não apenas a parte voltada para os peritos criminais, mas também o encontro nacional dos diretores do instituto de identificação. Esta é uma oportunidade que teremos para discutir os assuntos afins” Ana Lúcia Ferreira Chaves, diretora Instituto Nacional de Identificação (INI)

Este evento traz excelentes contribuições para a segurança pública

e permite a disseminação de padrões tecnológicos de interoperabilidade,

governo eletrônico e avanços e contribuições para que possamos

oferecer a gestão destes padrões de maneira mais generalizada”

Clênio Belucco, diretor de Logística da Secretaria

Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos

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Para a ABRID é uma honra co-organizar um evento como a Icmedia, que tem tudo a ver não só com o negócio das nossas associadas, mas com a visão de futuro que temos para o Brasil. A tecnologia é, a cada dia, mais associada da segurança e da construção de uma sociedade melhor para todos”Célio Ribeiro, presidente da ABRID

O evento se reveste de uma grande significância para nós, principalmente devido à heterogeneidade do público.

Com a integração da Icmedia aos outros eventos, buscamos atingir outros públicos, principalmente aqueles mais

técnicos e os formadores de opinião” Maurício Coelho, diretor de Chaves

Públicas da ICP Brasil

Os institutos de identificação vão aproveitar esta oportunidade para mostrar uma solução simples e que pode ajudar a sociedade, a polícia e a implantação efetiva do RIC no país, a certificação da carteira de identidade”Carlos César Saraiva, presidente do Conselho Nacional dos Diretores de Órgãos de Identificação (Conadi) e diretor de Instituto de Identificação do Distrito Federal

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A Icmedia reúne os cientistas, os peritos e apresentam as novidades tecnológicas

na área da perícia criminal e segurança. Este ano, o evento está mais interessante pois traz outras programações paralelas como o Workshop do RIC, o Certforum

e a reunião dos diretores dos institutos de identificação. Esse entrelaçamento

das áreas é muito importante, pois é um momento em que podemos conhecer o que todos estão fazendo na área da tecnologia” Iracilda Santos, diretora do Instituto

de Identificação da Bahia

A Icmedia, e seus eventos paralelos, é mais um passo da nossa Associação no sentido de apoiar iniciativas que permitam unir entes muito importantes, como governo e setor privado, no sentido de buscar juntos os caminhos para permitir e disseminar o uso dos avanços tecnológicos em todos os setores da sociedade”Edson Rezende , Diretor de Identificação Digital da ABRID

É a primeira vez que acontece um evento dessa magnitude, ICMedia,

Certforum, Workshop do RIC e encontro dos Secretários de Segurança. Isto coloca em evidência todo o assunto que estamos

discutindo há anos. Essa iniciativa é muito positiva e o apoio da ABRID é fundamental para a realização de um

evento como esse” Carlos Collodoro, consultor do

Conselho Nacional dos Diretores dos Órgãos de Identificação (Conadi)

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Estamos com dois projetos, o certificação de identidade e certificação de identidade nos cartórios do DF. O DF é o piloto nestes projetos, mas ele tende a se espalhar para o Brasil inteiro. Também agora temos uma integração do sistema do DF com o Mato Grosso do Sul, o que faz com que os dados possam ser checados tanto civil quanto criminalmente” Pedro Barros, gestor do AFIS do Instituto de Identificação do Distrito Federal

FOtOs: WenDeRsOn aRaújO

Estou impressionado com o evento, pelo tamanho e o porte da feira que se formou.

Um evento voltado para a questão da segurança, trazendo novas tecnologias, só tende a contribuir com o modelo e momento que passa o país hoje, que demonstra um avanço muito grande

do ponto de vista de desenvolvimento tecnológico no combate à fraude”Jorge Krüg, superintendente

Executivo de Segurança da Informação do Banco do Estado do

Rio Grande do Sul (Banrisul)

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> ABERTURA18 de setembro

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Tecnologia, modernidade, debates, sucesso, assim foi a Conferência In-ternacional de Ciências

Forenses em Multimídia e Seguran-ça Eletrônica (ICMedia), realizada pela Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) e co--organizada pela ABRID. O evento aconteceu de 18 a 21 de setembro no Hotel Royal Tulip, em Brasília.

A Conferência contou com casa lotada na cerimônia de abertura. Es-tiveram presentes na mesa de aber-tura: o presidente da ABRID, Célio Ribeiro; o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Minis-tério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Delfino Souza, represen-tando a ministra Mirian Belchior; o diretor-presidente do Instituto Na-cional de Tecnologia da Informação (ITI), Renato Martini; o presidente do Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp) e também secretário de Segurança Pú-blica do Mato Grosso do Sul, Wan-tuir Jacini; o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar; o presidente da APCF, Hé-lio Buchmüller; o diretor de Logís-tica da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, Clênio Belucco; o diretor técnico--científico da Polícia Federal, José Jair Wermann; o representante do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Marconi dos Reis Bezerra; o correge-dor Nacional do Ministério Público e subprocurador Geral do Trabalho, Jeferson Luiz Pereira Coelho; e o diretor da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra.

José Wermann proferiu o dis-curso de abertura ressaltando a im-portância do evento e o objetivo de promover diálogo e integração do meio acadêmico, dos desenvolve-

dores de tecnologia e da sociedade civil. Já Clênio Belluco destacou o encontro como excelente oportuni-dade para modernização da própria gestão pública brasileira. “Teremos um espaço para debates e trocas de experiências”, disse.

Renato Martini lembrou que a etapa de Brasília do CertForum acontece em paralelo à ICMedia, destacando os avanços da certifica-ção digital nas 10 edições do fórum. Wantuir Jacini enfatizou: “Vamos acompanhar nesses dias os debates e discussões em prol do aprimoramen-to da segurança pública em todos os nossos estados”.

Por sua vez, Sandro Avelar, res-saltou a oportunidade de realizar a Icmedia, já que o Brasil vai receber grandes eventos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, com con-centração de multidões. “Temos a preocupação de trazer para o país condições de realizar os jogos em absoluta segurança”, disse. Para Le-andro Daiello, a Conferência é uma grande oportunidade de encontro das parcerias em prol da segurança pública, o que possibilita prestar um bom serviço ao cidadão e à socieda-de. “Essa parceria se materializa no lançamento do Guia de Referência em Sistemas de Circuito Fechado de Televisão”, adiantou, se referindo a uma das agendas da Icmedia.

Hélio Buchmüller lembrou do esforço concentrado de todos para que se conseguisse realizar o evento. “Com planejamento e tempo é que conseguimos fazer um evento des-te nível e também com as parcerias públicas e privadas”, enfatizou. Ele ainda destacou a importância da par-ceria com a ABRID para a realização do evento.

Por fim, o presidente da ABRID, Célio Ribeiro, avaliou que a Icmedia não é só uma demonstração das no-

vas tecnologias, e sim uma possibi-lidade de ampliar as parcerias entre os setores público e privado. “A feira demonstra com transparência as tec-nologias que estão à disposição do governo para os grandes eventos que estão por vir”, ressaltou.

Durante os 4 dias de trabalhos a conferência contou com a participa-ção de autoridades nacionais e inter-nacionais na área de criminalística, cientistas, pesquisadores apresentan-do palestras, mostrando o que há de mais moderno e buscando um deba-te entre os participantes do evento.

A programação parale-la do evento contou com o RIC Workshops Regionais 2012 – Etapa Centro-Oeste,  o 10º CertForum etapa Brasília, Encontro Nacional de Dirigentes de Órgãos de Identi-ficação e a 46º reunião do Colégio Nacional dos Secretários de Segu-rança Pública.  

Em sua primeira edição, o evento teve quatro trilhas temáticas (governamental, direito e ética em vigilância e segurança pública, tec-nológica e científica) e uma expo-sição com tecnologias de ponta em segurança pública.

A feira ainda foi composta por diversos stands como o da ABRID, APCF, Akiyama, Casa da Moeda do Brasil, Certisign, Giesecke & De-vrient, Kinegram, Montreal, NEC, Safran Morpho, Serasa Experian, Thomas Greg e Valid. Durante o evento, os participantes puderam ex-perimentar novas tecnologias como o controle de fronteiras e ver as úl-timas novidades em segurança para grandes eventos.

Confira nas próximas páginas um resumo dos principais eventos realizados durante os quatro dias da Conferência Internacional de Ciên-cias Forenses em Multimídia e Segu-rança Eletrônica.

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> Primeiro DiA19 de setembro

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> períciA em registros de Áudio e imAgens dA políciA FederAl(André Luiz da Costa Morrison, Perito Criminal da Polícia Federal)

A palestra de abertu-ra da Conferência Internacional de Ciências Forenses

em Multimídia e Segurança Eletrônica ficou por conta de André Luiz da Costa Morri-son, perito Criminal da Polí-cia Federal e coordenador da Icmedia. Ele destacou que a conferência foi idealizada para integrar a perícia criminal com as ações tecnológicas que en-volvem a segurança pública.

As matérias-primas do tra-balho dos peritos muitas vezes são os registros de áudio e ima-gens não só em equipamentos pertencentes à área de segu-rança pública, mas em aparelhos tecnológicos como as câmeras de circuito fechado de TV (CFTV) que estão instaladas tanto em am-bientes públicos quanto privados. Exatamente por isso a Icmedia tem como objetivo a integração de todos os atores que trabalham em prol da segurança pública.

Para Morrison, dentre as atuações periciais podem ser destacados dois grandes grupos: um voltado para as evidências multimídias (registros de áudio e imagens) e outro para perícias em equipamentos e sistemas elé-

tricos, eletrônicos e eletroeletrô-nicos em geral.

Ao fim da palestra, Morrison destacou a importância do lança-mento do Guia de CFTV, feita durante a Icmedia (leia mais na página 49). O Guia tem como objetivo orientar a criação de cir-cuitos de TV sob a visão forense, garantindo o uso das imagens e áudios capitados como prova em processos judiciais. “E óbvio que todas essas ações, como já citei, têm o foco na melhoria da qua-lidade da evidência multimídia e por consequência da prova audio-visual”, concluiu.

andRé luis da Costa moRRison abRe os tRabalhos da iCmedia

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> períciA em registros de Áudio e imAgens dA políciA FederAl(André Luiz da Costa Morrison, Perito Criminal da Polícia Federal)

> AnÁlise de vídeo 3d no instituto Forense HolAndês(Jurrien Bijhold, Especialista do Instituto Forense Holandês)

Na segunda palestra do primeiro dia de debates, Jurrien Bijhold tratou da análise de vídeo em 3D. Ele relatou a importância

das imagens em vídeos, principalmente no uso para investigações como acidentes em massa ou ataques terroristas.

Segundo ele, é necessário analisar movimentos de carros e pedestres presen-tes em grande quantidade de registros de vídeo oriundos de câmeras de vigilância, tanto de lugares públicos como de pri-vados, assim como de câmeras portáteis como de telefones celulares.

Para executar a tarefa, o Instituto Fo-rense Holandês, em cooperação com a Po-lícia Holandesa, a Universidade de Ams-terdã e o Instituto Nacional de Ciências

Aplicadas, desenvolveu um projeto para realizar a análise de vídeos em 3D.

Neste projeto, métodos e procedimentos foram desenvolvidos para a coleta, transfe-rência e sincronização de registros de vídeo, bem como sua análise, com a utilização de mapas 2D e 3D de cidades. O modelo tam-bém permite a introdução de informações de inteligência, fornecidas por testemunhas, e o aporte de dados provenientes de comunica-ção por telefone celular.

O grupo responsável pelo projeto trabalha atualmente nas áreas de tecno-logia de vídeo, autenticação de imagens, recuperação de arquivos, identificação de equipamento gravador, fotogrametria, re-conhecimento facial e aplicação forense de modelagem 3D.

JuRRien biJhold, do instituto foRense holandês, palestRa na ConfeRênCia

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A Icmedia prestigiou a produção acadêmica e científica. Paralelamente à programação de debate no auditório principal, acontece a Tri-lha Científica, com a apresentação dos artigos

aprovados para a conferência. As apresentações foram prestigiadas por estudiosos

de diversas partes do mundo e promoveram importantes avanços nos estudos relacionados à biometria, impressões digitais, investigações forenses, entre outros. Todos os ar-tigos apresentados foram reunidos nos anais da Icmedia e podem ser acessados gratuitamente no endereço: www.icmedia.org.br.

Confira abaixo os artigos apresentados na conferência:• Aplicação de Engenharia Reversa em Exames de

Verificação de Edições de Vídeos Digitais• Identificação de Origem e Verificação de Edições

em Filmes• Fotográficos: Análise de Um Caso Real• Detecção de Nudez Utilizando Redes Neurais Artificiais• Método para Compatibilidade entre Impressões Digitais com e sem

Contato• Estudo de Performance de Algoritmos de Verificação de Impressões

Digitais Aplicáveis a Smart-Card• Avaliação de Técnicas de Seleção de Quadros Chave na Recupera-

ção de Informação por Conteúdo Visual para Identificar• Crimes Cibernéticos em Conteúdo Multimídia• Reconstrução de Trajetória de Voo para Simulações 3D em Sinis-

tros Aeronáuticos• FI2 - Uma Proposta de Ferramenta para Investigação Forense em

Imagens• Exames de Reconhecimento Facial na Polícia Federal: Estimativa de

Altura de Indivíduos em Imagens de Perspectiva• Cônica com Distorções Esféricas (Caso Prático)• On the Practical Aspects of Applying the PRNU Approach to De-

vice Identification Tasks• Avaliação de Classificadores Haar Projetados para Detecção Facial• Identificação de Câmeras de Celulares Usando Sensor Pattern Noise• Tutorial: Perspectivas da Fonética Forense num Cenário de Quebra

do Dogma da Unicidade.

> trilHA cientíFicAArtigos

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julho - agosto - setembro 2012 | 27

> trilHA cientíFicAArtigos

Os primeiros de-bates da tarde abordaram te-mas interes-

santes para a organização das fronteiras. O Painel de Controle Migratório tratou do sistema de e-gates e do pas-saporte brasileiro e sua evolu-ção ao longo do tempo.

Na primeira palestra, Ge-org Hasse explicou detalha-damente o funcionamento do portão automatizado nos aeroportos, o e-gate. Para ele, este é um importante siste-ma, já que a perspectiva é de dobrar o número de viagens áreas até 2022, com o conse-quente aumento significativo do número de pessoas circu-lando em aeroportos de todo o mundo.

Uma das funções do e-gate focado no conceito de easy pass e easy go é facilitar a circulação dos passageiros. “Administrar e facilitar a vida dos viajantes, que no futuro passarão a portar cada vez mais documentos eletrônicos. Temos que facilitar a experiência deles enquanto viajam”, ressaltou Hasse.

O tempo para um passageiro passar por todo o sistema do e-gate é, em média, de 18

segundos, facilitando o trabalho dos guar-das de fronteira. Na Alemanha, a carteira de identidade   já se adapta ao modelo do portão eletrônico para facilitar a mobilida-de dos habitantes do próprio país.

O sistema ainda tem um alto índice de retorno positivo de seus usuários, cerca de 95% ficam satisfeitos com o serviço. A faixa etária dos usuários varia de 20 a 39 anos.

> pAinel controle migrAtório: e-gAtes e pAssAporte brAsileiro(Georg Hasse, da Security networks AG, Antônio Ferreira Filho, da Casa da Moeda do Brasil, e Rafael Oliveira Ribeiro, Perito Criminal Federal)

GeoRG hasse, da seCuRity netwoRks aG, apResenta o sistema de e-Gate

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» PASSAPORTE BRASILEIRO – EvOLUçãO AO LONgO DO TEMPO

O passaporte brasileiro tem sido trabalhado para que a cada versão ganhe mais recursos de se-gurança.   O case de sucesso foi apresentado por Antônio Ferreira Filho e Rafael Oliveira Porto.

O documento faz uso de recursos de biometria, padrão ICAO e banda holográfica, entre outros itens. Atualmente, conta com um novo elemento de segurança: agora o papel da contracapa é dotado de marca d’água, permitindo a identificação através do sentido tátil.

O trabalho de modernização do passaporte também trouxe outros avanços, como o combate às fraudes através da assinatura digital no padrão ICP-Brasil, utilização de par de chaves criptográ-ficas e proteção contra leitura não autorizada. As medidas são possíveis com o sistema de auten-ticação de terminais que permite somente aos terminais expressamente autorizados proce-derem a leitura dos dados protegidos.

O passaporte eletrônico brasileiro vem sendo implantado com sucesso desde de-zembro de 2010.

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O perito criminal Ale-xandre Pavan Garieri detalhou o trabalho da Polícia Federal e equipes

internacionais para o reconhecimento das vítimas do voo 447 da Air France, que partiu do Rio de Janeiro com des-tino a Paris em 1º de junho de 2009 e caiu sobre o Atlântico.

O acidente provocou a morte de 228 pessoas, sendo 216 passageiros e 12 tripulantes. Do total, 59 pessoas eram brasileiras e 169 estrangeiros de 33 nacionalidades.

O trabalho de reconhecimen-to dos corpos contou com métodos primários, como digitais, arcada

dentária e DNA, e se-cundários – apoiados e triagem, como vestes, pertences, tatuagens e cicatrizes. A operação foi realizada em dois pontos de trabalho, em Fernando de Noronha

(PE) e em Recife (PE).Como o estado dos corpos im-

pedia qualquer reconhecimento facial, na ilha de Fernando de No-ronha foi montado uma espécie de instituto médico legal de campanha para exames preliminares, enquanto no IML de Recife foram feitos os trabalhos de reconhecimento por arcada dentária.

Os peritos conseguiram coletar impressões digitais de 80% das víti-mas, garantindo a identificação via sistema AFIS. Também houve iden-tificação por arcada dentária e DNA. O trabalho da equipe foi concluído em 3 de julho de 2009.

> identiFicAção de vítimAs de desAstres coletivos – voo 447 Air FrAnce(Alexandre Pavan Garieri, Perito Criminal da Polícia Federal)

alexRande GaRieRi expliCou a ação peRiCial no Caso do voo 447

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Fraçois Xavier, da Morpho, detalhou o projeto Aaadha-ar, de identificação na Ín-dia. A iniciativa resultou no

maior banco de dados do mundo, com um bilhão de pessoas.

O caso da Índia é peculiar, porque o país tem um intrincado sistema de cas-tas e várias questões tiveram de ser leva-das em consideração. O governo do país confiou à Morpho a gestão do sistema.

O modelo adotado usa a identifi-cação por três biometrias: digital, face e íris. A nova identidade da Índia uti-liza o número único, gerado por um complexo modelo de algoritmos.

Duzentas agências no país coletam os dados dos cidadãos, que são repas-sados para uma agência regional e, de-pois, para o banco de dados nacional. Atualmente são feitos cerca de um mi-lhão de cadastros por dia.

Embora a adesão ao projeto seja voluntária, o projeto Aaadhaar está modificando as relações na Índia, por-que o número único permite acesso a diversos serviços do governo e também na área privada. Os bancos, por exem-plo, ganham diversos novos correntis-tas, já que agora, com o número único, a população passou a confiar na unici-dade das contas.

> projeto de identiFicAção dA índiA(Fraçois Xavier, da Morpho)

fRaçois xavieR destaCou a GRandeza do pRoJeto indiano

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Luiz Antônio Mendes Garcia, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), detalhou o Projeto Probio, que

permite o controle biométrico de apena-dos no Distrito Federal.

A cada dois meses, os apenados em regime aberto ou semiaberto têm de se apresentar na Vara de Execuções Penais do Distrito Federal para atividades diver-sas, como atualização de endereço e to-mar conhecimento de decisões judiciais.

São 5,5 mil pessoas que são atendi-das em apenas uma semana, provocan-do grande sobrecarga de serviços, já que há carência de servidores para fazer o trabalho. A identificação dessas pessoas era um pro-cesso bastante moroso, já que muitos compareciam sem documentos, com do-cumentos falsos ou simples-mente mandavam parentes parecidos em seus lugares.

Para resolver as longas filas e demais problemas dos apenados na chamada semana de apresentação, o MPDFT criou este ano o

Probio, por meio do qual os condenados são identificados por reconhecimento fa-cial de movimento em tempo real.

Os resultados são bastante positivos, com atendimento mais ágil e fácil, com identificação virtualmente instantânea dos apenados. Os servidores também tra-balham agora mais confiantes e seguros, já que a responsabilidade de confirmar a identificação dos apenados é do siste-ma – que tem precisão média de 85% e frequência do incidência de precisão de 99,99%. Não houve casos de falso positi-vo ou falso negativo.

> reconHecimento biométrico FAciAl em tempo reAl: identiFicAção de ApenAdos(Luiz Antônio Mendes Garcia, assessor de Desenvolvimento e Modernização do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios)

luiz GaRCia detalhou a

identifiCação de apenados

no dfW

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> Segundo dIA20 de setembro

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No segundo dia de tra-balho, a pri-meira pales-

tra da Icmedia tratou da coleta, organização, clas-sificação e análise de evi-dências digitais com foto na computação forense e criminalística de docu-mentos.

Anderson Rezende também tratou da análise forense de documentos digitais para verificação de autenticidade e inte-gridade. A pesquisa foi apresentada em quatro subáreas: a identifica-ção da câmera que originou uma determinada imagem ou vídeo, a distinção entre imagens naturais e imagens geradas em computador, a identificação de adulterações em do-cumentos digitais e a determinação do histórico de operações sofridas por um objeto digital e sua relação com outros objetos correlatos (filo-genia digital).

Para Anderson, o objetivo da distinção entre imagens naturais e imagens geradas em computador é

apontar características que possam permitir a identificação de imagens sintéticas quando comparadas a ima-gens naturais (não geradas em com-putador).

Já a detecção de adulterações em documentos, disse o pesquisador, busca estabelecer a autenticidade dos mesmos, ou expor quaisquer tipos de adulterações sofridas. Por sua vez, a filogenia digital é a determinação da estrutura de modificações sofridas por um conjunto de objetos digitais e a construção da árvore filogenética relacionando tais elementos.

andeRson de Rezende RoCha, pRofessoR do instituto de Computação da uniCamp, palestRa duRante a iCmedia

> coletA, orgAnizAção, clAssiFicAção e AnÁlise de evidênciAs digitAis nA AtuAlidAde: umA perspectivA(Anderson de Rezende Rocha, Professor do Instituto de Computação da Unicamp)

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Anders Eriks-son, repre-sentante da Universidade

de Gotemburgo, na Suécia, tratou da avaliação da prova pericial, em especial da apresentação desse tipo de prova em juízo e os problemas enfrentados. Estão entre eles: as disparidades na comuni-dade científica forense, falta de padro-nização obrigatória, falta de medidas de desempenho, falta de certificação e acreditação.

Eriksson discutiu as dificuldades do sistema de percepção. Para ele, em uma transcrição, por exemplo, deve-se escrever literalmente tudo como é dito. “Deve-se escrever exatamente o que é dito, mas as pessoas tendem a escrever o que entendem ou o que acham que a pessoa gostaria de dizer”, ressaltou.

Outro ponto abordado foi a ne-cessidade de apresentar dados variados de uma maneira unificada para que se possa analisar o material de maneira uniforme.

Para finalizar, Eriksson abordou os problemas que podem surgir quando há diferentes tipos de vestígios – o que implica em uma dificuldade de com-paração, pois pode haver conflito. É neste momento que se tem a difícil ta-refa de fazer com que o júri entenda o conceito de razão de verossimilhança e da natureza problemática do conceito de individualização que se encontra, direta ou indiretamente, subjacente a muitos tipos de evidências forenses.

> novAs tendênciAs nA AvAliAção de provAs periciAis: o lugAr dA ciênciA dA FAlA em umA mudAnçA de pArAdigmA em curso (Anders Eriksson, da Universidade de Gotemburgo)

eRiksson disCutiu, entRe outRos pontos, a impoRtânCia da tRansCRição foRense

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No início de sua palestra, Erica Gold esclareceu o que é a ciência fonética da fala, que consiste na comparação de padrões de comunicação verbal

do indivíduo para se saber quem ele é, trabalhan-do com uma combinação fonética do discurso com a tecnologia.

Gold explicou as Razões de Verossimi-lhança (LR, sigla em inglês de Likelihood Ra-tios), utilizadas por aproximadamente 20% dos peritos ao redor do mundo em exames de comparação forense de falantes. A verossimi-lhança permite estimar a força de uma evidên-cia tendo como base a probabilidade de sua ocorrência dada a hipótese da acusação, divi-dida pela probabilidade de ocorrência dada a hipótese da defesa. A grande maioria dos peri-tos que usam LRs adota sistemas automáticos de reconhecimento de locutor (ASR - Auto-

matic Speaker Recognition System) em suas análises.

Outro importante ponto, destacou a pesqui-sadora, é a coleta de estatísticas populacionais a partir de uma base de dados homogênea como forma de uso de LRs na prática. Os estudos nes-ta área têm focado nos formantes vocálicos, em-bora haja um grande número de parâmetros de fala que são considerados discriminantes pelos peritos para emprego em exames de comparação forense entre falantes. Para Gold, no entanto, há muitos fatores desafiadores a essa tarefa, o que inclui as naturezas qualitativa e discreta de algu-mas características, a grande intravariabilidade que pode ser encontrada em alguns parâmetros e a ausência de estatísticas populacionais quanto a dialetos e características adicionais.

A especialista ainda abordou temas relacio-nados à fonética, comparação de fala, parâme-

tros na ciência da fala, pes-quisa, limitações enfren-tadas neste trabalho e o futuro do método. O uso dos métodos varia entre os países, principalmente por causa da legislação aplica-da a cada um deles.

> utilizAção de rAzões de verossimilHAnçA nAs ciênciAs Forenses dA FAlA no reino unido: A situAção em 2012(Erica Gold, da Universidade de York)

eRiCa Gold, da univeRsidade de yoRk, expliCa as Razões de veRossimilhança (lR)

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A segurança em grandes eventos foi tema do primeiro painel da tarde do segundo dia da Icme-dia, com a presença de represen-

tantes da segurança nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e do Rio-2016, além da Secre-taria de Segurança Pública do Rio de Janeiro.

Andrew Amery alertou que o sucesso de um grande evento como os Jogos de Londres está na parceria entre todos os níveis hierárquicos, desde os voluntários até os diretores. Segundo ele, na área de segu-rança, é preciso um altíssimo nível de integração entre to-dos os entes envolvidos.

Ele destacou que, em Londres, o nível de segurança adotado foi o de combate ao terrorismo. Deu como exem-plo um jogo em uma arena fechada: antes do início todo o espaço era minuciosamente vistoriado e cada torcedor, ao chegar, também passava por revista individual.

Sobre os circuitos de TV, Amery afirmou que é preciso atenção com o local de coloca-ção das câmeras. Comentou que a equipe de marketing queria instalar, por questões esté-ticas, uma tela protetora em todos os locais de jogos, mas o equipamento atrapalharia os sensores das câmeras e foi preciso a interven-ção da segurança para impedir a instalação.

Por fim, o representante de Londres dis-se que toda a experiência britâ-nica está à disposição do Comitê do Rio de Janeiro e desejou su-cesso ao Brasil em 2016.

> pAinel tecnologiA AplicAdA à segurAnçA de grAndes eventos: jogos seguros em londres; segurAnçAs de grAndes eventos e A prepArAção pArA A copA de 2014(Andrew Amery, chefe da Coordenação de Segurança do Comitê Londres-2012, Edval de Oliveira Novaes Junior, subsecretário de Tecnologia da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, e Luiz Fernando Corrêa, diretor de Segurança Comitê Rio-2016)

painel disCute a seGuRança em GRandes eventos

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Já Edval de Oliveira Nova-es Junior lembrou que o Brasil já realizou grandes eventos – e com sucesso –, como a Eco92, os Jogos Militares Mundiais, os Jogos Pan--americanos de 2007 e a Rio+20. Ele adiantou que a preparação da segurança para as Olimpíadas do Rio é bem semelhante ao que foi feito em Londres este ano.

Ele adiantou modernizações que estão planejadas para o apara-to de segurança no Rio de Janeiro: câmeras e terminais touch screen com conexão 3G nas viaturas po-liciais, aumento do número de câ-meras de controle espalhadas pela cidade, sistema para leitura de placa de au-tomóvel nas grandes vias da cidade e uso de veículos aéreos não tripulados.

Há ainda, enfatizou o representante do Comitê Rio-2016, uma grande atenção aos softwares que serão usados para integrar todo o sistema de segurança. Um deles per-mite o melhor gerenciamento dos boletins de ocorrência. Tudo será centralizado no Centro Integrado de Comando e Controle, que une todos os órgãos de segurança.

Por fim, Luiz Fernando Corrêa reforçou que o Brasil tem todas as condições de rea-lizar os Jogos Olímpicos de 2016 com segu-rança e tranquilidade.

O diretor de Segurança do Comitê Rio-2016 explicou que todo o planejamen-to está sendo feito com base em princípios

como a confiabilidade das tecnologias es-colhidas (os Jogos não são momentos para teste, e sim para uso de produtos comprova-damente eficientes), viabilidade econômica com base na relação investimento-duração do evento e legado – o que fica para a sede das Olimpíadas depois da realização.

Na questão do legado, enfatizou que há uma forte preocupação em garantir efeitos positivos para as localidades onde acontecem os jogos, com melhoria também das condi-ções sociais. Corrêa reforçou que, embora o Rio de Janeiro seja a sede das Olimpíadas, haverá eventos, jogos de futebol, na fase classificatória, em Belo Horizonte (MG), Brasília, Salvador (BA) e São Paulo (SP).

andRew ameRy tRouxe

paRa os bRasileiRos a

expeRiênCia de seGuRança

dos JoGos olímpiCos de

londRes

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Daniel Russo, da Secre-taria Extraordinária de Segurança de Grandes Eventos (SESGE), ex-

plicou que a Secretaria trabalha de forma articulada com o Ministério da Justiça e Forças Armadas para cui-dar da segurança nos grandes even-tos programados para o Brasil.

A principal iniciativa é articu-lar as esferas municipais, estaduais e federal juntamente com a FIFA e o Grupo Gestor para Copa do Mundo (Gecopa), que está conec-tado a outros órgãos como Contro-ladoria- Geral da União, Tribunal de Contas da União e Ministério Público da União. Para isso, a SESGE utiliza os eixos de integra-ção de instituições e sistemas, se-gurança de fronteiras, inteligência e segurança de evento.

Russo também explorou a in-tegração de instituição e sistemas. Para ele, o importante é organizar cada estado e cidade que vão rece-

ber jogos da Copa do Mundo de 2014 de forma a atender a legis-lação local e zelar pela segurança do evento.

Entre os equipamentos já pro-videnciados para uso pelo sistema de segurança durante a Copa do Mundo no Brasil estão o margeador aéreo, plataforma de observação elevada, centro de comando móvel, delegacia móvel, kit antibomba e kit de armamentos menos letal, en-tre outros. O coordenador acredita que o legado dos grandes eventos vai marcar uma evolução na segu-rança pública brasileira.

> A prepArAção pArA A copA 2014 (Daniel Russo, Coordenador Geral de Tecnologia da Informação da SESGE)

daniel Russo apResentou soluções paRa a Copa do

mundo de 2014 We

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Marcos Alberto de Souza apre-sentou em sua palestra o ana-lisador portátil de DNA. De acordo com ele, o aparelho

é de grande importância devido, principal-mente, à crescente necessidade de identifi-cação de DNA em seu aspecto forense para área criminal e de negócios.

E o que seria a identificação por DNA? Este é um método de marcação, repetição de sequências idênticas dentro de cada amostra utilizando-se de um dispositivo de

alta precisão que realiza a operação de identificação em uma área muito pe-quena.

Marcos Alberto lem-brou que países como Es-tados Unidos e Japão já têm bancos de dados de DNA e que as vantagens da unidade portátil estão em fazer a análise ainda na cena do crime.

Ele destacou vantagens do dispositi-vo portátil: “O tempo de processamento é muito pequeno, não é necessária a presença de especialistas para a realização de um lau-do e o custo do procedimento é reduzido”.

O palestrante da NEC ainda admi-tiu a existência de alguns desafios a serem vencidos para que se entregue ao governo uma solução homologada e com segurança para análise portátil de DNA. No entanto, garantiu que a meta é lançar o dispositivo comercialmente já em 2013.

> AnAlisAdor de dnA(Marcos Alberto de Souza, da NEC)

maRCos albeRto de souza palestRa sobRe o analisadoR de dna

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> AnAlisAdor de dnA(Marcos Alberto de Souza, da NEC)

> segurAnçA FísicA de cArtões de policArbonAto(Sérgio Dawidowicz, da Kinegram)

séRGio dawidowiCz

mostRa ReCuRsos da

seGuRança físiCa de

CaRtões de poliCaRbonato

Sérgio Dawidowicz, diretor de Vendas da OVD Kinegram AG, apresentou a última palestra do segundo dia de debates da Ic-media, com o tema da segurança física de

cartões de policarbonato. Ele apresentou diferentes itens de segurança presen-

tes em cartões de policarbonatos, como o uso de cor, gra-dações e personalização a laser. O resultado é um produto com maior segurança contra as falsificações.

Os cartões de policarbonato permitem ainda a re-gulação de profundidade em distintas capas e perso-nalização irreversível, além de alta resistência e durabi-lidade. Também é possível incluir chips de segurança que comportam grande número de informações e são cada vez menores.

Dawidowicz ainda concluiu com uma das vanta-gens do material utilizado nos cartões que dificulta as fraudes: “O policarbonato não pode ser comprado no mercado livre”.

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> Terceiro dia21 de setembro

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Isolde Wagner detalhou a aplicação de exames periciais para a verificação do locutor. Explicou que é importante

analisar no áudio itens como perfil do locutor, dialeto, gênero, idade, comparação auditiva e acústica da voz, além de fazer uma transcri-ção orientada. A palestrante ainda ressaltou que é importante dar um tratamento ao áudio, autenticar as gravações e trabalhar com um su-porte técnico de qualidade para que se tenha um trabalho de sucesso.

Para fazer o serviço, a polícia federal alemã (Bundeskriminala-mt, BKA) desenvolveu um sistema próprio, chamado SPES, que se ba-seia em bancos de dados de casos forenses reais. Em pesquisa reali-zada pela BKA, foi descoberto que a utilização de dados oriundos de casos reais causa uma redução no desempenho quando comparados com casos de falas criadas em labo-ratório em condições controladas.

De acordo com Wagner, este resultado é encontrado devido à

variabilidade na qualidade dos re-gistros de áudio de casos reais, cau-sados pelo uso de diferentes canais de gravação, durações e estilos de fala. Por isso, peritos em fonética forense devem levar em conside-ração essas condições quando do uso de um sistema de comparação automática de voz em exames de verificação de locutor.

Na Alemanha, os sistemas mais conhecidos para a comparação da voz são: ASPIC, BATVOX, LVIS, SPES, sendo o último desenvolvido na Alemanha.

> veriFicAção de locutor considerAndo sistemAs de compArAção AutomÁticA de voz (Isolde Wagner, da BKA - polícia federal alemã)

isolde waGneR

falou da impoRtânCia

da análise dos áudios

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zeno GeRadts, espeCialista foRense, Ressaltou os

desafios dos usos de imaGens e vídeos no

aspeCto foRense

> desAFios em períciAs de vídeos e imAgens(Zeno Geradts, do Instituto Forense Holandês)

Uma visão geral sobre a evolu-ção das perícias em imagem e vídeo foi apresentada por Zeno Geradts no último dia

de debates da Icmedia. O especialista do Instituto Forense Holandês abordou as mais recentes tecnologias disponíveis para perícias de vídeos e imagens e deu alguns exemplos de suas aplicações.

Geradts ressaltou o desenvolvimen-to de novos campos de identificação de equipamentos gravadores que utilizam métodos como Photo-Response Non--Uniformity e discutiu o uso destes mé-todos e em quais circunstâncias devem ser aplicados. A indicação principal é para grandes bancos de dados e bancos de dados on-line, como o Youtube.

Outro tema abordado foi o uso das técnicas de reconhecimento facial e de

fotogrametria para a medição de altura. Esses e outros métodos de dados biomé-tricos, como o de identificação de mãos, são muito importantes nos casos de pe-dofilia, em que o rosto do criminoso ra-ramente aparece.

Para encerrar, Geradts abordou o campo de detecção de frequência cardí-aca a partir de faces e as possibilidades relacionadas a autenticidade de vídeo e seu uso na ciência forense.

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> um olHAr sobre A segurAnçA e privAcidAde em biometriA(Walter Scheirer, Professor da Universidade de Colorado Springs – Estados Unidos)

Walter Scheirer analisou a segu-rança e a privacidade na questão da biometria. Para ele, embora a biometria possa ser considerada

apenas mais um tipo de tecnologia de segurança, o conceito de identidade pessoal é importante em diversas perspectivas.

De acordo com o pesquisador, do ponto de vista cultural, quanto maior a convergência do mundo, maior o número de culturas que dese-jam manter suas identidades preservadas. Desta maneira, temos que quanto maior a população, maior a busca por uma identidade definida para o indivíduo. E a cada dia a definição precisa vem se tornando mais importante em diferen-tes operações, como as relacionadas à mobilida-de, aos direitos, às obrigações legais e políticas e

às transações econômicas e financeiras. Assim, a biometria tem ganhado impor-

tância no trabalho de identificação, porém, quanto mais ganha visibilidade maior deve ser a preocupação com os usos que são feitos do material coletado das pessoas. Para Scheirer, é importante que a ética seja abordada no uso da biometria.

Ele também discutiu os problemas sociais da biometria a partir de uma perspectiva de segurança e privacidade, introduzindo uma área de pesquisa conhecida como “biometric template protection”. Este é um novo cam-po da biometria que incorpora ideias de visão computacional, reconhecimento de padrões, criptografia e segurança de redes, organizando a área de maneira multidisciplinar. “Quando o

reconhecimento de padrões e criptografia são combi-nados, uma nova classe de algoritmos e protocolos permite a verificação de identidade com preserva-ção da privacidade, criando uma infraestrutura de cha-ves biocriptográficas com aplicações dentro e fora da internet”, ressaltou.

walteR sCheiReR analisou os pRoblemas étiCos no uso da biometRia

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> um olHAr sobre A segurAnçA e privAcidAde em biometriA(Walter Scheirer, Professor da Universidade de Colorado Springs – Estados Unidos)

> bAncos de dAdos biométricos: privAcidAde x segurAnçA(Hélio Buchmüller, Presidente da APCF)

Na primeira pa-lestra da tarde de encerra-mento dos tra-

balhos, Hélio Buchmüller conduziu a discussão sobre bancos de dados biométricos e a relação entre privacidade e segurança.

Buchmüller explicou o uso de identificação por DNA na cena do crime e como ela pode auxiliar na prisão de criminosos. Uma das experiências mais bem sucedidas de identificação de DNA e de banco de da-dos de DNA, relatou, é a inglesa.

A identificação do perfil genético do suspeito funcio-na da seguinte maneira: cada país tem um perfil genético de amostras de DNA de parte da população e de criminosos; quando ocorre um crime, o DNA en-contrado na cena do crime é cruzado com os dados do banco. “Essa facilidade permite a identificação de criminosos com maior rapidez e eficiência”, disse.

No Brasil, o banco de dados de DNA ainda não está completamente implantado. A tecnologia utilizada aqui é a Codis, cedida pelo FBI, a polícia federal norte-americana. Para a monta-gem do banco de dados biológico é feita a coleta de material de forma indolor,

sem inviolabilidade da identidade física da pessoa.

Um dos benefícios do banco de da-dos é a redução do número de crimes, já que com ele aumenta a punibilidade. Com risco maior de ser punido, o cri-minoso avalia, mesmo que inconscien-temente, a maior probabilidade de ser pego e pode optar por não delinquir.

Sobre a segurança e a privacidade, Buchmüller disse que são dois direitos constitucionais do cidadão brasileiro. Assim, no que se refere ao uso de dados biométricos, devem ser observados os dois parâmetros para que não seja ferido qualquer direito do cidadão.

buChmülleR analisou a questão da pRivaCidade e da seGuRança nos banCos de dados biométRiCos

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> o monitorAmento eletrônico e o direito à privAcidAde(Marcos Antonio Leite das Virgens, Perito Criminal da Secretaria de Segurança Pública do Mato Grosso do Sul)

O perito Criminal Marcos Anto-nio Leite das Virgens propôs a discussão de diversas pers-pectivas jurídicas em relação

ao monitoramento eletrônico e ao direito à privacidade. Segundo ele, questões relativas a este debate estão contempladas no artigo 5o da Constituição Federal: “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”. O Código Civil também trata da questão do direito à perso-nalidade.

Marcos Antonio discutiu também o

monitoramento eletrônico em locais pri-vados e corporativos. De acordo com ele, nesses locais, a jurisprudência fixou a neces-sidade de uma fixação de notificação prévia sobre o procedimento de monitoramento. Da mesma forma, prescreve-se a necessida-de de comunicação de gravação telefônica e comercial, ou seja, deve-se informar aos envolvidos no procedimento que a ligação está sendo gravada.

Após o encerramento da explanação houve grande participação da plateia, que contribuiu com informações e perguntas, tornando o debate mais interativo e fortale-cendo a discussão do tema.

maRCos antonio leite aboRdou os aspeCtos JuRídiCos do monitoRamento eletRôniCo

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“Como tornar os sistemas de CFTV efetivos?”, “O que deve ser ob-servado na elaboração

de um projeto?”, “Quais são os principais elementos constitutivos de um sistema de CFTV?”. Estas e uma série de outras per-guntas são respondidas pelo Guia de Refe-rência em CFTV. A publicação foi lançada durante a programação do último dia da Icmedia.

O Guia é uma publicação da Direto-ria Técnico-científica do Departamento Nacional de Polícia Federal e do Instituto Nacional de Criminalística, com o apoio do Ministério da Justiça. A autoria do pro-jeto é dos peritos criminais federais André Luiz da Costa Morrison, José Rocha de Carvalho Filho e Luiz Mariano Junior, e do agente da Polícia Federal Luiz Condi de Godoi.

Durante o lançamento, Morisson ressaltou a importância do Guia para a captação de imagens com qualidade. “O Guia veio com o propósito principal de melhorar a qualidade das imagens que são registradas e armazenadas pelos sistemas de CFTV. A Polícia Federal sempre esteve preocupada com a qualidade das imagens geradas”, ressaltou.

O documento, que foi formatado sob a ótica forense, tem cuidado especial com a captura de imagens para que ela seja al-çada como prova audiovisual em termos de justiça. Para o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, Hélio Buchmüller, o Guia é de suma im-portância e contou com um esforço co-letivo para ser produzido. Segundo ele, o trabalho coletivo de todos os autores foi muito importante para a conclusão do tex-to com a qualidade técnica necessária.

lançamento do Guia de RefeRênCia em sistemas de CiRCuitos feChados de tv tRaz infoRmações impoRtantes paRa o setoR

> “teste seu circuito FecHAdo de tv Antes que um criminoso o FAçA”

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O painel de Tecnologias Aplicadas ao Setor Portuário contou com os palestrantes Vander Serra de Abreu, gerente de TI da Associa-

ção Brasileira de Terminais e Recintos Alfan-degados (Abtra) e Leonardo Fonseca Netto, representante da NEC. Vander apresentou um case sobre o porto de Santos e a integra-ção de sistemas e processos portuários. Já Leo-nardo Netto abordou tecnologias disponibili-zadas pela NEC para vigilância de portos.

O projeto da Abtra trabalha para desbu-rocratizar e otimizar a logística, além de pa-dronizar os documentos utilizados no Porto de Santos. O principal desafio da Associação é integrar o Porto, já que ele opera atualmen-te com diferentes sistemas. “Trabalhamos para que o Porto de Santos fique totalmen-te integrado e facilite o monitoramento das cargas”, ressaltou Vander Abreu.

O novo sistema do Porto traz moder-nidades como um sistema que permite aos usuários monitorar o andamento das cargas com acesso via certificação digital. O usuá-rio, assim, pode acompanhar todo o proce-dimento realizado com uma carga e seu trân-sito dentro do porto.

Já Leonardo Netto detalhou as diver-sas tecnologias oferecidas pela NEC para o monitoramento de portos. Entre elas estão os sistemas de hipercâmeras, sensores, me-canismos de reconhecimento facial, câme-ras infravermelhas e sistemas de integração de portos.

Outro projeto apresentado foi o de ví-deo e vigilância que busca monitorar pessoas e objetos próximos às cargas, principalmen-te em áreas de grande escuridão. De acordo com Netto, o trabalho de vigilância é cons-truído em parceria com as equipes de enge-

nharia para que se possa mensurar com exatidão a área e projetar o número de pessoas que circulam e os equipamentos de segurança que devem ser envolvidos para ob-ter o resultado esperado. “É feito um trabalho para que seja coberto o máximo possível da área deter-minada”, disse.

O Painel de Tecnologias Apli-cadas ao Setor Portuário encerrou as palestras e debates da Icmedia.

> pAinel tecnologiAs AplicAdAs Ao setor portuÁrio(Vander Serra de Abreu, da Abtra, e Leonardo Fonseca Netto, da NEC)

RepResentante da neC e abtRa

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Mesa de encerramento comprova o êxito da parceria

entre ABRID e APCF para realização da Icmedia

COlABORAÇãO DE SUCESSO

> encerrAmento21 de setembro

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A Icmedia 2012 chegou ao fim na tarde de 21 de se-tembro com uma certeza: o evento foi um sucesso.

Na mesa de encerramento, o perito criminal federal André Luiz da Costa Morisson, coordenador da Conferência Internacional de Ciências Forenses em Multimídia e Segurança Eletrônica, agradeceu todos os apoios para concretizar o encontro e comemorou a parceria com a ABRID, co-organizadora. “Logo após a concepção do projeto, nós procuramos a ABRID para son-dar se teríamos a possibilidade de executar uma conferência com essa envergadura - isso há cerca de dois anos e meio. A ABRID, após enten-der o escopo do evento, nos apoiou desde o início. Deixo publicamente registrado que não teríamos condi-ção nem a experiência para poder-mos executar um evento com essa

envergadura sem a participação da ABRID”, enfatizou.

Quem também fez questão de destacar a importância dos apoios para concretizar a Icmedia foi o pre-sidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Hélio Buchmüller. “A APCF teve um apoio enorme institucional da Polícia Federal e do ITI, principal-mente, e também na co-organização, pela ABRID. Isso foi fundamental para que a gente conseguisse realizar o evento”, disse.

Já o perito criminal federal Pau-lo Max Reis, integrante da organi-zação da Icmedia, destacou os re-sultados positivos. “É bom ver que o evento saiu de acordo com o que a gente esperava. Na verdade, em muitos aspectos, principalmente nos mais importantes, eu acredito até que superou um pouco as ex-pectativas. Fico feliz de a gente ter

podido receber aqui renomados pa-lestrantes, pessoas com grande saber em suas áreas”, comentou.

Por sua vez, o diretor adminis-trativo da APCF, perito criminal federal Jorge Lambert, disse que os objetivos foram atingidos. “O prin-cipal objetivo era tentar contribuir para a melhoria da evidência, que no final das contas acaba sendo o insumo do nosso trabalho. Então, melhorar a qualidade do material que chega para a perícia e, natural-mente, auxiliar todos os elementos, as pessoas do governo, da adminis-tração e das diversas instituições que precisam usar esse tipo de in-formação para que os sistemas de vigilância possam ter valor também na área forense”, afirmou.

Os resultados da Icmedia foram tão satisfatórios que os organizadores já começam a discutir a possibilidade de uma segunda edição.

Da esquerDa para a Direita: Jorge Lambert, Diretor aDministrativo Da apCF, HéLio buCHmüLLer, presiDente Da apCF, anDré Luiz Da Costa morisson, CoorDenaDor Da ConFerênCia, e pauLo max reis, perito CriminaL FeDeraL

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> estAndesdas associadas

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A Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia em Identificação Digital (ABRID) é uma sociedade sem fins lucra-tivos que congrega empresas de tecno-logia em identificação digital. Entre suas atribuições está a representação de suas associadas diante das autoridades e da sociedade brasileira e, na área institucio-nal, garantir qualidade e segurança nos

ambientes empresarial e público, forma de participar ativamente do desenvolvimento nacional.

Fundada em 10 de setembro de 2007, a ABRID congrega empresas com atuação nas áreas de smartcards, certificação digi-tal e identificação biométrica, entre outras. São empresas que têm sede no Brasil e atuação em vários países do mundo.

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AKiYAmA

A Akiyama Corporação é uma em-presa com capital 100% nacional, se-diada em Curitiba, no Paraná. Ela for-nece soluções para as áreas de identi-ficação civil e criminal, monitoramento urbano, componentes eletrônicos, im-pressoras de cartão, automação in-dustrial e logística.

A empresa é representante exclusiva da coreana Suprema Inc. na América do Sul, líder mundial em sistemas biomé-tricos de identificação, desenvolvendo e fornecendo toda a linha de sistemas de identificação de usuários e módulos biométricos específicos para aplicações governamentais e corporativas.

Suas soluções também contemplam o setor de monitoramento urbano, com completa linha de câmeras IP e ana-

lógicas, Dome Zoom, software NVR e centrais de monitoramento, além de to-dos os periféricos, com alto padrão de desempenho, para aplicação em áreas com grande circulação de pessoas.

A Akiyama ainda representa e dis-tribui, com exclusividade no Brasil, as soluções em módulos programáveis da marca TIBBO, líder mundial neste segmento. São soluções em hardware para processamento de módulos em-barcados, com alta tecnologia e rápido desempenho, voltados para os desen-volvedores de sistemas de engenharia eletrônica. Além disso, fornece toda li-nha de componentes eletrônicos, como módulos ethernet, módulos biométri-cos, módulos RFID, módulo impressor, módulo GPRS e teclados especiais.

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cAsA dA moedA do brAsil

Fundada em março de 1694, a Casa da Moeda do Brasil orgulha-se de ter reconhecida pelo mercado sua capacidade produtiva, tecnológica e toda excelência de seus produtos e serviços, que obedecem a rigorosos padrões de qualidade e segurança. A empresa oferece uma gama de solu-

ções de segurança que atendem di-versos segmentos, tais como: Meio circulante; Produtos e sistemas de identificação; Educação; Telecomuni-cações; Rastreamento e controle fis-cal; Controle e autenticidade; Certifi-cação digital; Transporte; Metalurgia; e Selos postais.

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certisign

A Certisign é líder em certificação digital, pioneira nessa atividade no país há 16 anos. É a única empresa brasileira que tem foco exclusivo em soluções que contemplam a certifi-cação digital. A rede Certisign possui mais de 900 pontos de atendimento distribuídos pelo país e alcançou a marca de mais de 3 milhões de certi-ficados emitidos.

A tecnologia da certificação digital tem sido aplicada por organizações públicas e privadas para desmate-rialização dos processos. Isso gera melhoria na prestação de serviços e redução de custos com insumos para impressão de documentos, com re-cursos humanos e com estoque de documentação física.

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giesecKe & devrient

A Giesecke & Devrient, utilizando como base sua vasta experiência em produção de cédulas e impressos de segurança, fornece um completo e integral sistema de segurança para emissão de documentos: desde a captura de dados para identificação, utilizando ferramentas que tornam a etapa segura, até a personalização de alta segurança. A múltipla finali-dade do uso de cartões de identifi-

cação conduz a novos requisitos. A G&D oferece uma ampla gama de soluções apropriadas de smart car-ds baseados em tecnologia de con-tato ou sem contato. De acordo com suas necessidades nossas soluções de smart cards são confeccionadas particularmente para os modernos requisitos de segurança, biometria, segurança em internet e aplicações em biometria.

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KinegrAm

A OVD Kinegram Corporation é uma companhia suíça integrante do grupo alemão Kurz. Dentro da orga-nização Kurz, é o centro de compe-tência para o mercado de documen-tos governamentais de identidade. A missão da Kinegram é converter ne-cessidades de mercado e futuras al-ternativas tecnológicas em soluções para o cliente.

A larga experiência no campo de segurança de documentos governa-mentais posiciona a empresa entre as líderes de mercado, com uma grande quantidade de documentos governa-mentais e mais de 250 projetos de alta segurança em mais de 75 países. Nos documentos em Policarbonato, são mais de 80 projetos.

A Kinegram acumula mais de 20

anos de experiência na proteção con-tra falsificação e mantém grande inte-ração junto às forças policiais, auto-ridades alfandegárias e especialistas em segurança com reputação inter-nacional. Como resultado, o sistema antifalsificação da empresa garan-te proteção efetiva que se conserva por anos, proporcionando um exce-lente retorno sobre o investimento. Qualquer que seja a necessidade de proteção contra falsificação, há uma ampla gama de serviços: consultoria, projeto, engenharia, produção, má-quinas de aplicação, suporte, bem como assistência pós-venda.

A OVD Kinegram Corporation é membro do ICC Counterfeiting Intelli-gence Bureau e tem certificação de qualidade ISO9001.

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montreAl

A Montreal atua no mercado há mais de 20 anos integrando tecnologias nas suas diversas linhas de negócios. A empresa tem hoje em seu quadro mais de 1.500 colaboradores. Responsável pela manutenção de uma das maiores bases de dados decadactilar em todo o mundo, a Montreal Informática é pio-neira e líder no desenvolvimento de so-luções baseadas em tecnologia AFIS, Automated Fingerprint Information Sys-tem, para tratamento de impressões di-gitais no Brasil.

A empresa é responsável pelo de-senvolvimento de projetos implantados para Identificação Civil, Criminal e Pe-nitenciária em oito estados no Brasil, entre eles o Rio de Janeiro, Acre, Ama-zonas, Roraima, Piauí, Ceará, Per-nambuco e Alagoas, onde é também responsável pela gestão, operação e armazenamento de informações.

Os algoritmos biométricos de classificação e comparação de im-pressões digitais, utilizados nas so-luções implementadas pela Montreal Informática, foram desenvolvidos em parceria com a empresa alemã Der-malog Identification Systems, e devi-damente adaptados e aperfeiçoados para o uso no Brasil.

As implementações atendem a to-dos os requisitos das normas e pa-drões internacionais aplicáveis, oriun-dos em sua maior parte dos organis-mos policiais do Governo Americano - CJIS e FBI, devidamente referen-dados pelo NIST, National Institute of Standards and Technology, órgão de tecnologia e padronização para o Go-verno Federal Americano, e endos-sados pelo ANSI, American National Standards Institute, e internacional-mente, pela Interpol.

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montreAl nec

O mercado de entretenimento é um dos mais promissores no Brasil. Com o advento da Copa do Mundo, as arenas no Brasil sofrerão uma grande transformação e têm uma missão desafiadora: realizar even-tos com maior frequência, trazer mais visitantes por evento, aumen-tar a receita por visitante e atrair mais patrocinadores e criar alterna-tivas para a ocupação dos espaços

durante períodos em que não são realizados eventos. A Nec apresenta soluções para arenas inteligentes. O modelo é baseado na experiência do usuário e em três elementos es-senciais: entretenimento, seguran-ça e maximização dos resultados. A Nec também apresenta a solução de análise da cena do crime em apenas 25 minutos, por meio do analisador de DNA portátil.

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sAFrAn morpHo

A Morpho, empresa de alta tecnolo-gia no Grupo Safran, é um dos princi-pais fornecedores do mundo de solu-ções para identificação, detecção e do-cumentos eletrônicos. A Morpho é es-pecializada em soluções para direitos pessoais e em aplicações de gerencia-mento de fluxo, em particular com base de dados biométricas, setor no qual é a líder mundial, bem como terminais seguros e smart cards. Os sistemas e equipamentos integrados da Morpho estão implementados em todo o mun-do e contribuem para a proteção e se-gurança das aplicações de transporte, de dados, de pessoas e de países.

A Morpho e-Documents, como uma divisão da Morpho, é pioneira e líder mundial na indústria de smart cards. A

Divisão da Morpho desenvolve e imple-menta tecnologias de ponta para trans-formar a visão de comunicação móvel sem limites e segurança digital integra-da em uma realidade. O portfólio da Morpho e-Documents inclui hardware, software, consultoria e serviços, todos focados na tecnologia de smart cards para o benefício dos consumidores e fornecedores nos setores das teleco-municações, de saúde, de identifica-ção e bancário.

Um dos produtos em destaque da empresa é o Ideal Citiz TM, é o smar-tcard da Morpho e-documents para atender às necessidades de identifica-ção global do setor público. O produto facilita as transações internet e-gov e e-commerce e controle de fronteiras.

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sAFrAn morpHo serAsA experiAn

A Serasa Experian, parte do grupo Experian, é o maior bureau de crédito do mundo fora dos Estados Unidos, detendo o mais extenso banco de da-dos da América Latina sobre consumi-dores, empresas e grupos econômi-cos. Há mais de 40 anos presente no mercado brasileiro, a Serasa Experian participa da maioria das decisões de crédito e negócios tomadas no País, respondendo, on-line e em tempo real, a 6 milhões de consultas por dia, de-mandadas por 500 mil clientes diretos e indiretos. A Serasa Experian diferen-cia-se por oferecer soluções integra-das que abrangem todas as etapas do ciclo de negócios: Prospecção de Mercado, Gestão de Clientes, Reten-ção e Rentabilização, Aquisição e Conces-

são de Crédito, Gestão do Portfólio de Cré-dito, Gestão de Cobrança e Fraude e Validação. O uso coordenado de infor-mações consistentes e abrangentes de marketing e crédito, scorings e ra-tings avançados, sistemas de decisão de alta performance e softwares de gestão completos permite um resul-tado ainda melhor para os negócios, possibilitando a tomada mais rápida de decisões, com menor risco e maior rentabilidade.

A Serasa Experian apresenta dife-rentes produtos entre eles: Certifica-dos digitais para Receita Federal; So-luções para Notas fiscais eletrônicas; Soluções para Websites; Soluções em assinaturas digitais; Soluções para o segmento de saúde;

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tHomAs greg & sons

A Thomas Greg & Sons, multinacio-nal presente em nove países, é uma das mais antigas e respeitadas gráfi-cas de segurança do mundo. A empre-sa trabalha em três linhas: soluções de impressão, sistemas de identificação, cartões e meios de pagamento. E ofe-rece um amplo portfólio de impressos de segurança, documentos de identi-ficação, cartões homologados pelas bandeiras Visa e MasterCard, além de impressos promocionais, com ou sem dados variáveis.

A tecnologia e experiência adqui-ridas em mais de 50 anos de atua-ção global permitem que a empresa ofereça soluções customizadas para seus clientes, que incluem ainda ge-renciamento de banco de dados, sis-temas de rastreabilidade e gestão da cadeia logística.

Em sua unidade brasileira a Tho-mas Greg & Sons oferece cartões, impressos comerciais e de seguran-ça, máquinas e equipamentos.

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tHomAs greg & sons vAlid

A Valid tem mais de 55 anos de experiência em sistemas de identifi-cação, telecomunicações, meios de pagamento e certificação digital e conta com subsidiárias no Brasil e no exterior que fornecem as mais diver-sificadas soluções em meios de pa-gamento, sistemas de identificação, telecomunicações e certificação digi-tal. Presente em vários estados bra-sileiros , além da Argentina, Espanha e Estados Unidos. Um modelo produ-

tivo com capacidade de atendimento descentralizado e único, atendendo a melhor logística operacional para cada um de nossos clientes. Líder no fornecimento de carteiras de identida-de e de habilitação no Brasil, a Valid atende, com inteligência física e lógi-ca, as prioridades deste mercado. Go-vernos estaduais e órgãos públicos podem contar com as soluções glo-bais da Valid para prestar um serviço de qualidade e segurança máxima.

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Brasília é a única cidade no país a receber todas as edições do Fórum da Certificação Digital

UMA DéCADA DE DEBATE SOBRE A CERTIFICAÇãO DIgITAl

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A Icmedia recebeu a 10a etapa do CertForum no dia 20 de setembro. A reunião foi parte das

atividades paralelas à programação da Conferência Internacional de Ciências Forenses em Multimídia e Segurança Eletrônica. A mesa de abertura das atividades teve como tema “O Plano Nacional de Desma-terialização de Processos e o Pacto Mundial de Economia Digital pela Sustentabilidade”.

Estiveram presentes na soleni-dade o vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filipelli, o presidente da ABRID, Célio Ribeiro, o diretor--presidente do Instituto de Tecno-logia da Informação (ITI), Renato Martini, o superintendente de Tec-nologia da Empresa de Tecnologia da Previdência Social (Dataprev), Hermes Palácios, o diretor do De-partamento de Serviços de Rede da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI/MPOG), Ja-cob Batista de Castro Júnior, o pre-

sidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, Hélio Buchmüller, e o presidente da Câ-mara-e.net, Ludovino Lopes.

Renato Martini fez a abertura oficial do evento tratando da im-portância dos certificados digitais na desmaterialização dos processos. “Buscamos por processos mais ba-ratos, econômicos e sustentáveis”, ressaltou. Já Célio Ribeiro ressaltou que o CertForum é um momento em que as empresas podem mostrar as tecnologias mais recentes e agra-deceu o apoio dos parceiros envol-vidos no projeto. “Esta é a hora do setor privado mostrar o que tem de melhor para subsidiar o governo na escolha da tecnologia para benefício do cidadão brasileiro”, disse.

Ludovino Lopes destacou a im-portância do 10o CertForum e da ICP-Brasil: “A ICP Brasil é um mo-delo de sucesso que exporta tecnolo-gia para vários países”. Hélio Buchü-muller destacou a excelente parceria feita entre CertForum e ICMedia.

“Trouxemos para a Conferência o valor agregado de um evento que já tem dez anos de existência, agrade-cemos a parceria do ITI”, comentou.

Na oportunidade, Jacob Ju-nior reafirmou a parceria da SLTI/MPOG com o ITI - “estamos lado a lado com o ITI neste grande proje-to para a sociedade brasileira” -, en-quanto Hermes Palácios destacou a importância do espaço e das soluções de tecnologia propostas para a des-materialização de processos.

Fechando a abertura, o vice-go-vernador Filipelli agradeceu a opor-tunidade de participar do fórum e observou que Brasília oferece um espaço importante para o trabalho com o certificado digital. “Essa luta pela certificação é uma possibilidade de revolução, assim como a história de Brasília”, concluiu.

A manhã de trabalhos ainda con-tou com duas mesas de debates, “Os Avanços da Certificação Digital da ICP-Brasil” e “A Certificação Digital e a Segurança nas Transações Bancárias”.

a mesa de abeRtuRa Ressaltou a impoRtânCia do CeRtifiCado diGital

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A discussão sobre os avanços da certificação digital da ICP-Brasil con-tou com a participação do diretor de Infraestrutura de Chaves Públicas do ITI, Maurício Coelho, o coordena-dor-geral de Auditoria e Fiscalização do ITI, Pedro Cardoso, e o assessor da Diretoria de infraestrutura de Chaves Públicas, Ruy Ramos. A equipe do ITI tratou de temas relativos à bio-metria no certificado digital, além de apresentar os números da ICP-Brasil em 2012 e do certificado digital e seus atributos.

Na terceira mesa da manhã, para discutir a certificação digital e a segurança nas transações bancá-rias, foi convidada a coordenadora da Subcomissão de Segurança da Informação da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Francimara Viotti. Já Wander Blanco, represen-tante da Febraban no Comitê Técni-co da ICP-Brasil, analisou o Sistema de Compensação Digital (Compe). O superintendente exe-cutivo de Segurança da Informação do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul), Jorge Krüg, tratou dos cartões EMV e a autenticação se-gura na rede bancária. A moderação da mesa ficou por conta de Pedro Paulo Lemos Machado, dire-tor de Auditoria, Fisca-lização e Normatização do ITI.

Francimara Viotti lembrou que o primei-ro certificado digital em sistema de pagamentos bancários foi usado em 2002, e que de lá para cá muitos avanços foram conquistados. “O uso do certificado digital trouxe uma economia de tem-po, papel, espaço, trans-porte e combustível e a

ICP-Brasil traz para nós uma cadeia de segurança confiável”, ressaltou.

Para Blanco, o grande número de cheques que circulam diaria-mente, cerca de 75 milhões, teve seu prazo de compensação reduzido e uma harmonização do horário de expediente bancário graças aos usos da certificação digital. “Tivemos uma redução de emissão de 15 mil toneladas anuais de CO2 na atmos-fera. Uma vez que com o uso da certificação digital, 35 milhões de quilômetros deixaram de ser per-corridos”, contabilizou.

Jorge Krüg analisou a cloud com-puting e os receios atuais de migrar os serviços bancários para a chamada nuvem. “Para muitas organizações, como bancos, autenticação forte é uma parte vital de qualquer solução para nuvem”, afirmou. No entanto, Krüg acredita que a nuvem traz be-nefícios como a mobilidade, o acesso universal e a redução de custos.

Ainda pela manhã, aconteceu o lançamento da cartilha da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Asses-

soramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon) sobre os benefí-cios e aplicações da certificação digi-tal. Carlos Castro, representante da Fenacon, apresentou o documento e explicou os benefícios e as aplicações da certificação digital dentro do âm-bito da contabilidade.

À tarde, o último item da pauta de Brasília do CertForum foi a mesa “A Certificação Digital da ICP-Brasil nas Ações de Governo”, com a par-ticipação do Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro), Polícia Fede-ral, Receita Federal, Caixa, Conselho Federal de Medicina (CFM) e Em-presa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev).

A analista executiva de Metrolo-gia e Qualidade do Inmetro, Danielle Assafin, apresentou o Programa de Avaliação de Conformidade (PAC) para equipamentos de certificação di-gital no padrão ICP-Brasil. O projeto está sendo implantado em parceria com o ITI, responsável por regula-mentar os aparelhos e definir todos os requisitos técnicos. Já o chefe da Unidade de Repressão a Crimes Ci-bernéticos da Polícia Federal, Carlos Eduardo Miguel Sobral, ressaltou a

Célio RibeiRo, pResidente da abRid, duRante paRtiCipação no CeRtfoRum

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importância do Projeto Tentáculos, que por meio de acordo com a Cai-xa permitiu centralizar as investiga-ções de crimes cibernéticos contra os clientes do banco. Graças à iniciativa, criada em 2008, em dois anos as frau-des eletrônicas contra a Caixa caíram 66%. A PF fechou em 2010 parceria com a Federação Brasileira dos Ban-cos (Febraban) para ampliar o progra-ma e agora os bancos de varejo vão iniciar um piloto no qual a comuni-cação de fraudes será feita de forma on-line diretamente à Polícia Federal.

O chefe da Divisão de Seguran-ça da Informação da Receita Federal, Sérgio Fuchs, afirmou que o modelo ICP-Brasil tem permitido transa-ções seguras interna e externamente. Dentro da Receita, todo o acesso de servidores a dados sigilosos dos con-tribuintes agora é feito via certifica-do digital. Para fora, o fisco usa certi-ficação em programas como o e-CPF e e-CNPJ, além de exigir a medida na entrega de várias declarações obri-gatórias para pessoas físicas. Por sua vez, o representante da Caixa, Hen-

rique José Santana, gerente Nacional do FGTS, relatou que o projeto Co-nectividade Social usa o certificado digital para todo o relacionamento eletrônico com empresas que reco-lhem Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.

O médico Gerson Zafalon Mar-tins, segundo secretário do Conselho Federal de Medicina, divulgou o projeto do CRM Digital, que permi-te o acesso dos médicos ao prontuá-rio eletrônico dos pacientes de forma segura e inviolável, com a garantia do certificado digital. Aproximada-mente 45 mil médicos, ou mais de 10% do total de profissionais do país, já possui o CRM Digital – uma carteirinha com o certificado ICP--Brasil. E o assessor da Diretoria de Desenvolvimento, Relacionamen-to e Informação da Dataprev, Alan Nascimento, divulgou o projeto, em parceria com o CFM, que permite o uso do certificado digital pelos mé-dicos peritos do INSS para acelerar a concessão de auxílio doença pelos trabalhadores.

» RIO DE JANEIRO Antes de Brasília, o 10º Certifo-

rum visitou a capital fluminense, em agosto. No primeiro semestre acon-teceram as etapas de São Paulo (SP), Recife (PE) e Goiânia (GO). Em outubro, o evento realiza o último encontro em Florianópolis (SC).

No Rio de Janeiro (RJ), ganhou destaque o debate sobre o uso da certificação digital nas iniciativas de governo. Renato Martini avaliou que o Plano Nacional de Desmate-rialização de Processos – que prevê o uso do certificado padrão ICP-Brasil como alternativa para o aumento da produtividade e redução de gas-tos com insumos como papel, tinta, transporte e armazenamento – é um bom caminho para a desburocratiza-ção da administração pública.

Para ele, encontros com o Fó-rum da Certificação Digital são es-senciais para difundir a iniciativa. “O 10º Certforum tem sido extre-mamente importante para demons-trar e incentivar a utilização de novas tecnologias, além de nos permitir

Renato maRtini, pResidente do iti, Conduz disCussão duRante a etapa bRasília

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sÃo PaUlo ü11 de abril

reCIfe ü24 de maio

GoIânIa ü14 de junho

rIo de JaneIro ü29 de agosto

BrasílIa ü20 de setembro

florIanÓPolIs 17 e 18 de outubro

a cidade vai receber uma etapa do Certfo-rum devido, entre outros motivos, à excelen-te produção acadêmica em certificação digi-tal da ICP-Brasil, o que garante florianópo-lis como polo tecnológico nacional. o even-to será realizado no Centro de Convenções Centrosul.

fonte: ItI.

explicar temas ainda pouco conhecidos, como o Plano de Desmaterialização”, justificou.

Já o diretor do Departamento de Sistemas de Infor-mação da Secretaria de Logística e Tecnologia da Infor-mação do Ministério do Planejamento, Corinto Meffe, avaliou que o Plano Nacional de Desmaterialização garan-te melhor controle dos dados públicos graças à facilidade de administração do documento eletrônico, além de gerar economia de tempo e recursos. E lembrou que o projeto casa bem com uma nova legislação: “Com a Lei de Acesso à Informação, precisamos cada vez mais dar celeridade ao trâmite público para prover ao cidadão informações preci-sas, melhorando nossa prestação de serviços”.

No setor privado, enfatizou o diretor-secretário da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Pedro Nadaf, o uso do certificado digital também está em expansão. “A iniciativa privada precisa acompanhar a evolução das tecnologias. A CNC tem trabalhado para que o empresário brasileiro seja cada vez mais aderente às tecnologias e, tirando delas o melhor possível, fazer com que a evolução também ocorra na prestação de serviços”, comentou.

Em outra linha de discussão no Certforum Rio, o re-presentante da Febraban, Wander Blanco Nunes, ressaltou a importância do padrão ICP-Brasil para o novo modelo de compensação de cheques por imagens. “Os prazos que existiam para a compensação eram afetados, por exemplo, por questões de logística, que faziam o cheque demorar até 20 dias no transporte. Quando migramos para o mo-delo totalmente eletrônico de compensação por imagem, os prazos foram reduzidos, há uma economia anual de R$ 343 milhões com as rotas de compensação que não são mais necessárias, além de evitar a emissão de 15 mil tone-ladas de gás carbônico anuais”, comemorou.

públiCo aCompanha debates no CeRtfoRum Rio de JaneiRo

10º CertforUM 2012

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a aPlICaÇÃo do CertIfICado dIGItal ao dIreIto

Um dos pontos altos do Certforum em Brasília, como primeiro item da agenda da tarde, foi a mesa “Certificado Digital Aplicado ao Direito Brasileiro”, que reuniu repre-sentantes do ITI, Justiça Fede-ral do Paraná (JFPR), Minis-tério Público do Distrito Fe-deral e Territórios (MPDFT) e Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Rio de Janei-ro (OAB-RJ). Moderado pelo coordenador-Geral de Planeja-mento, Orçamento e Adminis-tração do ITI, Liomar dos San-tos Torres, o debate analisou os vários usos do padrão ICP-Brasil na área jurídica do país.

Para dar legitimidade à discussão, o procurador Fe-deral Chefe do ITI, André Pinto Garcia, garantiu o reco-nhecimento legal do certificado digital padrão ICP-Bra-sil, conforme preveem a Medida Provisória 2.200/2012 e a Lei 12.682/2012. “A internet é um mundo sem rosto, de modo que o certificado digital é a solução adotada para o Brasil para dar segurança à nossa atividade virtu-al”, afirmou.

O juiz federal do Paraná, Vicente de Paula Ataíde Júnior, detalhou a ótima experiência da Justiça Federal dos estados do Sul do país no uso do processo eletrônico, que classificou como revolucionária. “Eu sou do tempo da máquina de escrever, sempre tive o processo como algo de papel, fiz curso de datilografia. O momento que estamos vivendo hoje no Poder Judiciário não tem com-paração, não tem como imaginar. Nenhum de nós tí-nhamos como imaginar em que ponto chegaríamos no processo. Hoje, na região Sul, não existem mais ações de papel no âmbito da Justiça Federal. O certificado digital já faz parte da nossa realidade”, comemorou.

O magistrado, porém, reconheceu as diferenças re-gionais no uso do processo eletrônico e alertou para um grave risco: o novo Código de Processo Civil, em discus-são no Congresso Nacional, não trata corretamente do processo eletrônico. O artigo 190 do texto em debate, por exemplo, mantém a redação de décadas atrás - os atos e os termos serão digitados, datilografados ou es-critos em tinta escura. “O Código tem de ser pensado no novo paradigma. Não dá para pensar um novo Có-

digo de Processo Civil com base no paradigma do papel. Qual é o sentido de você elaborar a principal lei do processo brasileiro com base no

papel? Infelizmente, não conseguimos sensibilizar ainda o Congresso Nacional a esse respeito”, lamentou.

O procurador Petrônio Calmon Alves Cardoso Fi-lho, do MPDFT, reforçou a necessidade de alterações no projeto do Código de Processo Civil, que, segundo ele, usa o termo datilografia sete vezes. Para ele, a rápida popularização do processo eletrônico na Justiça brasileira esbarra na falta de unidade. “São 27 justiças estaduais, autônomas, independentes. A Justiça Federal é dividida em 5 regiões, que não se conversam. Se nem a Justiça Federal consegue, imagine nas justiças estaduais”, co-mentou.

Por fim, a presidente da Comissão de Direito e Tec-nologia da Informação da OAB-RJ, Ana Amélia Menna Barreto, divulgou o projeto Fique Digital, que incenti-va a aquisição de certificados digitais pelos advogados do Rio de Janeiro. Além de todo o suporte on-line para compra e uso do certificado, a OAB criou a Caravana Fi-que Digital, que percorre as cidades do estado para qua-lificar os advogados quanto ao uso do padrão ICP-Brasil.

Quase 500 horas de cursos já foram oferecidas a cer-ca de 19 mil advogados. Em parceria com a Certsign, a OAB-RJ tem inclusive sorteado certificados digitais. O resultado do projeto impressiona: hoje a OAB do Rio está em primeiro lugar entre as seccionais da Ordem em emissão de certificados digitais, com média superior a mil por mês. E o Fique Digital já está servindo de base para iniciativas semelhantes em outras unidades da fede-ração. “O advogado que não ficar ponto com, será ponto morto”, conclui Ana Amélia.

painel debate CeRtifiCação diGital apliCada à áRea JuRídiCa

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ICP BrasIl eM núMerosem 2012, a ICP-brasil emitiu até abril 712.851 certificados digitais.em 2011, foram 2.024.279. serasa é a principal aR em emissão de certificados, com 22.67% do total.

Entidades credenciadas Quantidade

Autoridade Certificadora 44

Autoridade de Registro (CNPJ) 189

Instalação Técnica Física 1.153

Quantidade de Agentes de Registro 11.098

Quantidade de pontos de atendimento e agências 2.832

Unidade de Auditoria Interna 6

Auditoria Independente 7

Instalações técnicas e postos provisórios por região

Região Instalações Postos Provisórios

Centro-Oeste 119 28

Nordeste 187 49

Norte 71 39

Sudeste 546 113

Sul 230 42

ToTal 1.153 271

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O último encontro do ano dos Workshops Regionais, em Brasília, traz importantes discussões para o futuro do projeto

WORKSHOP RIC: MAIS UMA ETAPA

DE DEBATES

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A quinta última edição do ano do RIC – Workshops Regionais 2012 aconte-ceu em Brasília no dia

21 de setembro. O encontro foi parte das atividades paralelas da Icmedia, a Conferência Internacional de Ciên-cias Forenses em Multimídia e Segu-rança Eletrônica. Com casa cheia, o evento realizado pelo Conselho Na-cional de Diretores de Institutos de Identificação (Conadi) e organizado pela ABRID teve como principal de-bate os temas relativos ao projeto do Registro de Identidade Civil (RIC) e as tecnologias aplicadas ao documen-to. A intenção é aproximar os órgãos estaduais de identificação com as no-vas tecnologias e abrir amplo espaço para o debate.

O evento ocorre anualmente e percorre as regiões do país. A etapa Centro-Oeste, realizada em Bra-sília, teve a abertura marcada pela presença de diversas autoridades, como o coronel Josiel Freire; repre-sentando o secretário e Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar; dos representantes do Mi-nistério da Justiça Raphael Pimenta e Felipe Marques; da diretora do Instituto Nacional de Identificação (INI), Ana Lúcia Ferreira Chaves; e do presidente da ABRID, Célio Ribeiro. Também compareceram os

representantes do Comitê Gestor do RIC: Iracilda Maria de Oliveira Santos (região Nordeste), Newton Tadeu Rocha (região Sul), Sandra de Souza Soares Martins, (região Nor-te), Rita de Cássia (região Sudeste) e Carlos César Saraiva (região Centro--Oeste).

O diretor de Identificação da ABRID, Edson Rezende, conduziu os trabalhos e agradeceu o patrocínio das associadas Akyama, Bayer, Casa da Moeda, Certsign, GD, Gemalto, Intelcav, Montreal, NEC, Oberthur, Safran Morpho, Thomas Greg, Sera-sa Experian e Valid.

Anfitrião do evento, o presiden-te do Conadi e diretor do Instituto de Identificação do Distrito Federal, Carlos César Saraiva, agradeceu o empenho e a participação de todos no evento. Para ele, a implantação do RIC no Brasil demandará muita dedicação. “Temos a difícil e árdua missão de implantar o sistema RIC no país. Nossa categoria não foge à luta e vamos conseguir nosso inten-to”, garantiu.

Ana Lúcia Ferreira Chaves afir-mou que é uma honra receber o Workshop em Brasília e enfatizou que os eventos são muito impor-tantes. “Queria registrar que, apesar de toda magnitude do projeto RIC, esse Workshop não se atém exclusi-

vamente ao documento. A sinergia criada pelos Workshops vem nos fortalecer cada vez mais, para que as ações cada vez mais sejam concreti-zadas”, disse.

Já Célio Ribeiro fez agradeci-mentos a todos os envolvidos nos Workshops, especialmente as empre-sas presentes. Para Ribeiro, o sonho do RIC permanece vivo. Ele acredi-ta que a iniciativa privada conquis-tou um espaço muito importante para subsidiar o governo quando foi dada a oportunidade na demonstra-ção das tecnologias possíveis para implantação do projeto.

O presidente da ABRID tam-bém alertou que o documento de identidade é apenas uma parte do RIC, projeto muito mais amplo que permite o acesso do cidadão a diver-sos tipos de serviços. Célio Ribeiro reforçou a importância do projeto: “Acredito no bom senso, na boa vontade e no País. Porém, sei da difi-culdade de aprimoramento dos pro-cessos internos e de integração, mas é necessária uma identificação segura para o povo brasileiro. Não podemos mais esperar”.

Josiel Freire lembrou que o pro-jeto do RIC depende de melhorias nos Institutos de Identificação e da superação da discrepância de seto-res com tecnologias de ponta e

a etapa CentRo-oeste, em bRasília, Reuniu dezenas de paRtiCipantes

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outros com tecnologias rudimen-tares. “A Copa das Confederações e a Copa do Mundo podem acelerar estes processos e nos deixar um im-portante legado”, previu. Freire res-saltou que, embora a implantação da nova identidade esteja atrasada, eventos com os Workshops Regio-nais mostram a disposição de muita gente boa em implantar a iniciativa.

Para finalizar a abertura, o coro-nel Josiel Freire lembrou o processo de identificação b ra s i l e i ro : “São mais de 120 anos com várias ações e pessoas se dedicando para que a identificação seja segura”. Segundo ele, o RIC saciará as necessidades de segurança na identificação dos brasi-leiros. “Tenho certeza que em breve teremos resultados significativos na implantação do RIC”, completou.

Na sequência dos trabalhos foi debatida a importância da Parceria Público-Privada (PPP) para o setor de segurança, em palestra do consultor do Conadi, Carlos Collodoro. Ele demonstrou que a PPP é uma solução vi-ável técnica, operacional e economicamente, além de ser

nova fonte de recursos para os órgãos oficiais de identi-ficação. “O Estado tem que participar dos investi-mentos com a iniciativa pri-vada”, constatou.

O representante do Insti-tuto Nacional de Tecnologia da In-formação (ITI), André Caricatti, discutiu com os participantes a certificação digital no cartão RIC e as atribuições dos órgãos de identificação no processo. Cari-catti reforçou os seguintes aspectos: contexto geral sobre certificação di-

gital, o papel dos insti-tutos de identificação, as funções de Agente de Registro, as aplica-ções em potencial e os novos desafios para o projeto.

Já o gerente Técni-co da NEC no Brasil, Marcos Souza, expli-cou a interoperabili-dade entre sistemas AFIS e barramento, a partir de exemplo de projeto desenvolvido nos Estados Unidos. “A interoperabilidade é uma meta alcançá-vel. Para a nossa rea-lidade (brasileira), os desafios são gigantes, mas são alcançáveis. A interoperabilidade não é apenas de pa-drões de indústrias de prensas papilares, ela precisa de ferramentas

que precisam trabalhar um conjunto de materiais disponíveis para ter o matching”, detalhou.

No espaço destinado ao Insti-tuto Nacional de Identificação, os peritos papiloscopistas federais Lu-ciene Marques e Carlos Eduardo explicaram como é a atuação dos profissionais em casos de perícias papiloscópicas e necropapiloscó-picas. “O trabalho pericial é muito importante porque é um meio con-tundente e relevante para comprova-ção. A atuação é baseada na técnica e na ciência”, argumentou Luciene. Ele e o colega Carlos Eduardo ainda comentaram as técnicas usadas pela papiloscopia do INI para reconhe-cimento facial e a atuação do Insti-tuto em casos como a identificação dos mortos na queda do voo 447, da Air France, que em 2009 caiu sobre o Atlântico quando seguia do Rio de Janeiro a Paris.

Já a diretora do INI, Ana Lúcia Ferreira Chaves, recordou os proje-tos feitos em parceria entre o Institu-to e as unidades da federação, com o

Célio RibeiRo, pResidente

da abRid, RefoRçou a

impoRtânCia do RiC

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Diagnóstico Nacional de Identifica-ção, o Sistema Nacional de Identifi-cação Criminal (Sinic) e aquisição de sistemas AFIS. Sobre o AFIS, ela ob-servou que houve um grande cresci-mento na base de dados nos últimos anos: “Desde 2004, no início, foi um crescimento bem tímido, cons-tante até 2008. Daí, sim, cresceu de uma forma bastante considerável. Hoje temos cerca de 9,3 milhões de registros, com previsão de chegar a 10 milhões até o fim do ano”.

E o chefe da Divisão de Docu-mentos de Segurança do INI, Ale-xandre Donnici, montou um pano-rama atual do RIC, reconhecendo que o projeto teve o ritmo reduzido para reavaliação de alguns pontos. “Em função da não execução das metas do projeto em 2010 e 2011, entendeu-se que havia necessidade de se formar um grupo técnico para analisar, sanar os problemas e dar continuidade”, afirmou. Para me-lhor executar o serviço, o trabalho foi dividido em diversos subgrupos: Individualização; Canric; Sistema de Cadastramento Biométrico; Barra-mento de Integração; Suporte Do-cumental; Suporte Tecnológico para Cartão e Middleware; Certificado Digital; Ecossistema RIC; Susten-tabilidade do Projeto, Legislação e

Normatização; Comunicação; Qua-lidade, Homologação e Auditoria.

O Workshop de Brasília contou também com a participação de re-presentantes do Instituto Nacional de Criminalística (INC). As peritas criminais Janine Zancanaro da Silva e Narumi Pereira Lima fizeram apre-sentações sobre os requisitos técnicos do cartão RIC, incluindo elementos de segurança, biometria, certificação e padrão internacionais. “É impor-tante destacar a qualidade dos dados biométricos. Não adianta ter um do-cumento bonito, seguro, se a gente não tem qualidade dos dados”, enfa-tizou Janine.

Já o superintendente Comercial de Identificação da Valid, Márcio Bastos, relatou o processo adotado pela empresa para a digitalização de arquivos comuns e biométricos destinada à implantação do sistema AFIS. Falando diretamente aos di-versos diretores de institutos de iden-tificação presentes no evento, Bastos deu uma dica: “quando falamos de digitalização de acervo datiloscópico estamos colocando o combustível, que são as impressões digitais, para o AFIS processar. Eu não posso, de forma nenhuma, colocar um com-bustível batizado. Então, a gente tem de ter muita calma. Construam

o edital (para contratação do serviço) bem fundamentado, bastante claro, transparente e façam com calma, porque a pressa vai ser inimiga da perfeição. É preciso deixar claro (no edital) que existem vários tipos de fi-chas e modelos”.

A última palestra da etapa Cen-tro-Oeste dos Workshops Regionais do RIC foi proferida pelo presiden-te do Conadi e diretor do Instituto de Identificação do Distrito Federal, Carlos César Saraiva. Ele detalhou o trabalho do IIDF antes e depois da implantação do AFIS. O projeto recebeu investimentos de R$ 25 mi-lhões a partir de 2008 e resultou num grande aumento da eficiência do Ins-tituto. O tempo de atendimento para fazer a carteira de identidade caiu de 15 para 8 minutos e o cidadão pode receber o documento pronto em 40 minutos. O sistema ainda permitiu a implantação de novos atendimentos, como identificação criminal, eluci-dação de crimes e o reconhecimento de pessoas mortas antes consideradas indigentes. “Elevou o nível dos servi-ços prestados ao cidadão - agilidade, qualidade e segurança. Respeito à ci-dadania, o cidadão é tratado como gente. A implantação do sistema é o estado dizendo: ‘eu respeito os meus conterrâneos’”, concluiu.

RepResentantes de todo o país paRtiCipaRam da etapa CentRo-oeste, em bRasíliaW

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norte e sUdeste-sUlO Workshop do Centro-Oeste fechou o calendário

do evento em 2012. Antes, porém, tinham acontecido as etapas Nordeste (25 de maio, no Recife, com cobertura na idigital nº 9), Norte (6 de julho, Manaus) e Sudeste--Sul (30 de agosto, Rio de Janeiro). Confira os principais momentos em Manaus e no Rio de Janeiro.

NORTE: ManaUs (Hotel troPICal)

ABERTuRA: O assessor financeiro da ABRID, Luiz Carlos de Olivei-ra, enfatizou que o Workshop Regional é um momento

extremamente importante porque, além de manter os participantes atualizados sobre os últimos acontecimentos referentes à implantação do RIC, permite a consolidação de laços e troca de experiência entre os institutos de identificação e todos os órgãos envolvidos no projeto.

COnADI: O consultor do Conselho, Carlos Collodoro, detalhou a possibilidade de uso da Par-

ceria Público Privada (PPP) na área de identificação, inclusive no projeto do RIC. Segundo ele, a PPP pode maximizar a elucidação de crimes e a identificação de

cadáveres a partir de fragmentos.

InsTITuTO nACIOnAl DE TECnOlOgIA DA InFOR-MAçãO: O coordenador-Geral de Operações do ITI, Luís Carlos de Oliveira Porto, explicou a inserção da certificação digital no cartão RIC e detalhou o papel

dos institutos de Identificação na emissão do RIC. Ainda abordou conceitos da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP--Brasil) e da certificação digital.

InsTITuTO nACIOnAl DE CRIMInAlísTICA: A perita criminal do INC, Janine Zancanaro da Silvairo, comentou as atribuições do Instituto como órgão de assessoramento do Ministério da Justiça no projeto RIC. Ela explicou o papel do Serviço de Perícias Documentoscópicas (Sepdoc) e do Serviço de Perícias em Audiovisual e Eletrônicos (Sepael).

a etapa noRte foi Realizada no hotel

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MOnTREAl InFORMáTICA: O representante da Montreal Infor-mática, André Scalon, apresentou a Daon – empresa dedicada a ajudar governos a realizar a inclusão biométrica em sistemas de identificação civil e criminal. Ele classificou a modernização dos sis-temas de identificação civil e criminal como um dos desafios atuais das unidades federativas brasileiras.

InsTITuTO nACIOnAl DE IDEnTIFICAçãO: A diretora do INI, Ana Lúcia Ferreira Chaves, ressaltou a estrutura e atribuições do Instituto, como coordenar e promover o intercâmbio de informações junto aos institutos de iden-tificação estaduais. Já o diretor substituto do órgão, Ale-xandre Donnici, contextualizou a situação atual do RIC, que passa por uma reavaliação técnica.

VAlID: O convidado da Valid, Márcio Nunes Bastos, palestrou sobre a digitalização de arquivos comuns e biométricos. Ele destacou a importância de fazer um trabalho minucioso e de base como forma de obter precisão e qualidade em todo o processo.

InsTITuTO DE IDEnTIFICAçãO DO ACRE: O diretor do IIAC, Sandro Roberto Cunha Rodrigues, repercutiu o processo de modernização do órgão. Ele destacou a implantação do AFIS da identificação civil e criminal para a emissão de carteiras de identidade e elucidação de crimes.

COnADI: O presidente do Conselho e diretor do Instituto de Identificação do Distrito Federal, Carlos César Saraiva, enfatizou a importância do sistema AFIS na experiência do DF, com investimento de R$ 25 milhões em três etapas para a implantação.

EnCERRAMEnTO: A convite da ABRID, o diretor do Instituto de Identificação do Amazonas, Mahatma Sonhará Araújo do Porto, afirmou que cada Workshop, perícia ou laudo dá a ele as certezas de que a papiloscopia é uma ciência apaixonante e de que o sistema AFIS é uma ferramenta imprescindível. Ele destacou o grande apoio da ABRID para o projeto RIC.

SUDESTE E SUL: rIo de JaneIro (Hotel MarrIott)

ABERTuRA: O diretor de Identificação Digital da ABRID, Edson Rezende, enfatizou que o encontro tem pauta extensa e proveitosa, ideal para questionamentos e inter-câmbio de experiências entre os órgãos de identificação e as empresas do setor.

COnADI: O consultor do Conselho, Carlos Collodoro, afirmou que a Parceria Públi-co Privada (PPP) é uma nova estratégia de contratação oficial no Brasil que pode ser implementada pelos órgãos de identificação. Ele destacou as dificuldades, facilidades e necessidades da área de identificação em relação ao uso da PPP.

InsTITuTO nACIOnAl DE TECnOlOgIA DA InFORMAçãO: O assessor da Presidên-cia do ITI, Eduardo Lacerda, comentou o cenário da certificação digital no Brasil e a utilização do certificado no RIC. Ainda explicou o projeto piloto de biometria na certificação digital realizado em parceria com o Instituto de Identificação do Distrito Federal.

MOnTREAl InFORMáTICA: André Scalon, da Montreal Informática, apresentou a Daon – empresa que auxilia o governo a realizar a inclusão biométrica na identificação civil e criminal. Ainda comentou os desafios das unidades federativas no âmbito da identificação civil e criminal e para a implantação do RIC.

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InsTITuTO nACIOnAl DE IDEnTIFICAçãO: A diretora do INI, Ana Lúcia Ferreira Chaves, abordou os projetos e ações do Instituto. Já o diretor substituto do órgão, Alexandre Donnici, comentou o contexto

do RIC no âmbito do INI. Ele ressaltou a análise do projeto pi-loto do RIC e as expectativas após a apresentação da nova

abordagem do projeto.

InsTITuTO nACIOnAl DE CRIMInAlísTICA: A perita criminal federal do INC, Narumi Pereira Lima, destacou os conceitos do documento de identidade. Já o perito criminal federal Rafael

de Oliveira Ribeiro apresentou as atribuições do INC no âmbito do RIC.

nEC: O representante da NEC, Marcos Souza, repercu-tiu a digitalização de arquivos comuns e biométricos. Ao

abordar os desafios do processo, explicou os procedimentos para conversão do prontuário até o sistema AFIS. Ainda des-tacou a importância do perito papiloscopista no processo de

conversão do acervo.

COnADI: O presidente do Conselho e diretor do Instituto de Identificação do Distrito Federal, Carlos César Saraiva, pales-

trou sobre a modernização do IIDF e destacou a importância e os benefícios da implantação do sistema AFIS para o órgão, tais como: agilidade, qualidade e segurança.

InsTITuTO DE IDEnTIFICAçãO DO PARAná: O diretor do IIPR, Newton Tadeu Rocha, comentou o convênio do órgão com o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná para cadastramento biográfico e biométrico da população de Curitiba. A intenção é permitir a conecti-vidade do convênio com o projeto RIC.

EnCERRAMEnTO: O diretor de Identificação Digital da ABRID, Edson Rezende, agradeceu a presença de todos os participantes do Workshop Regional e o apoio das empresas associadas à ABRID para a realização do evento.

o Rio de JaneiRo ReCebeu os paRtiCipantes do woRkshop das ReGiões sudeste e sul

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Consesp trata da segurança em

grandes eventos e faixa de fronteiras

SEgURAnÇA PARA AS

MUlTIDõES

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O Colégio Nacional dos Secretários de Seguran-ça Pública (Consesp) realizou em Brasília,

durante a programação paralela da Ic-media, a XVLI reunião ordinária. Na ocasião, foram debatidos os temas de segurança em grandes eventos e ações em faixa de fronteira.

O painel “Segurança na Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014” foi apresentado pelo gerente Geral de Se-gurança do Comitê Organizador Lo-cal (COL), Hilário Medeiros. O foco ficou por conta da importância do poder público e da iniciativa privada na promoção da segurança durante o evento. “O COL disciplina as ações de segurança privada e apresenta o modelo que deseja para o torneio, estabelecendo parceria com os órgãos de segurança pública”, explicou Me-deiros. Para ele, o Brasil tem tradição em eventos esportivos relacionados ao futebol, o que o faz acreditar que o país possa oferecer um serviço de qua-lidade durante a Copa do Mundo.

O presidente do Consesp, Wan-tuir Jacini (MS), enfatizou a dispo-sição do colegiado para trabalhar na construção de uma estratégia con-junta rumo a 2014. “Nos 12 esta-dos onde haverá jogos, as secretarias estão voltadas para o planejamento estratégico e executivo das ações na área da segurança de forma integra-da”, ressaltou.

Já o gerente Geral do progra-ma  Estratégia Nacional de Fron-teira  (Enafron), Alex Jorge Neves, apresentou painel sobre a segurança na faixa de fronteira. Ele ressaltou as diversas ações que vêm ocorrendo no Brasil, como as operações Fron-teira Unida e Sentinela, com ênfase para as iniciativas realizadas simul-taneamente nos estados da Região Sul e a cooperação com órgãos de segurança pública dos países vizi-nhos Argentina, Paraguai e Uru-guai. “É importantíssimo que todos os Estados apoiem e participem das operações e ações integradoras, fortalecendo, assim, os laços de co-

operação, articulação e colaboração previstas no Plano Estratégico de Fronteiras”, reforçou.

Durante o encontro ainda foi debatida a regulamentação do Sis-tema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp). O coordenador do programa da Se-cretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), reforçou o ca-ráter de modernidade e agilidade da iniciativa: “O sistema vai faci-litar a comunicação, por meio da participação direta dos gestores de informação de cada estado”. O modelo permitirá a integração dos dados e informações de Segurança Pública, tais como ocorrências cri-minais, registro de armas de fogo, entrada e saída de estrangeiros e registro de pessoas desaparecidas. O objetivo é facilitar o acesso dos agentes de segurança do país a to-das estas informações. A próxima reunião do Consesp vai acontecer de 29 a 30 de novembro, em Flo-rianópolis.

Consesp se Reúne duRante iCmedia e debate seGuRança em GRandes eventos e ações em faixa de fRonteiRa

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Cada empresa tem uma história que reflete a forma única en-

contrada por seus sócios, diretores e funcionários na busca por

soluções pela implantação de processos e desenvolvimento de

tecnologias. É a soma de um conjunto de fatores que faz de cada

empresa, cada grupo, cada corporação um caso de sucesso. Resumir

todas essas histórias em um único texto não seria justo para quem

desenvolveu tudo isso, nem para o leitor, que perderia conteúdo, a es-

sência da história e a oportunidade de apreender informações que podem

provocar mudanças, auxiliar na tomada de decisões, no planejamento do

futuro. É por isso que a revista idigital abre espaço para que as associadas

ABRID dividam seus casos de sucesso com você.

Boa leitura.

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RESUMOA 3M Cogent, em parceria com a Agência Nacio-

nal de Melhoramento de Policiamento do Reino Uni-do (NPIA), implementou a identificação móvel em 25 equipes de segurança em todo o país. O dispositivo es-colhido foi o Bluecheck II com o software Mobile ID. O Bluecheck II tem aproximadamente o tamanho de um telefone celular e permite a polícia ler a impressão digital de uma pessoa e verificar sua identidade direta-mente no banco de dados nacional. O processo de lan-çamento do MobileID e do dispositivo móvel Blueche-ck II teve início em 2011 quando a 3M Cogent, subsi-diária da 3M situada na Califórnia, ganhou o contrato como principal fornecedora nacional da tecnologia. Toda a solução desenhada reforçou a imagem da 3M Cogent como fornecedora confiável e líder mundial na entrega de soluções completas (hardware e software). A 3M trabalha com soluções inovadoras em segurança para empresas e governos de todo o mundo – ajudando a garantir a segurança de pessoas, documentos e ativos.

PALAVRAS-CHAVEMobile ID, 3M Cogent, Identificação Móvel, In-

teligência em Segurança, Impressão Digital, Autentica-ção, Bluecheck II.

ABSTRACT3M Cogent in partnership with the National Poli-

cing Improvement Agency of United Kingdom imple-mented the mobile identification in 25 forces across the country. The device used was Bluecheck II with Mobile ID software, which is about the size of a cell phone that allows the police to read the fingerprint and check its com-patibility directly into the national database. The roll-out process of MobileID and the mobile device Bluecheck II began in 2011 when 3M Cogent, 3M subsidiary situated in California, won the contract as the major domestic su-pplier of the device. Every solution provided proved that the organization is now a trusted partner and industry leader in delivery service from start to finish (software and hrdware). 3M works with innovative solutions in security for companies and governments worldwide - helping to ensure the safety of persons, documents and assets.

KEYWORDSMobile ID; 3M Cogent; Mobile Identification; Se-

curity Systems Division; Fingerprint; Aunthentication; Bluecheck II.

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WALdyR BEViLACqUA JR

Confirmar a identidade é um aspecto importante no trabalho de um poli-cial, especialmente quan-

do os criminosos podem facilmente conseguir documentos falsos para disfarçar quem eles realmente são. Com isso, novos scanners de impres-sões digitais móveis, que verificam a identidade de uma pessoa em até dois minutos, foram implantados em todo o Departamento de Polícia Metropo-litana (MPS) de Londres.

A identificação móvel ganhou vida com força total no mês de maio de 2012, tornando-se um compro-misso dos policiais em fazer melhor uso da tecnologia para combater o crime, além de ser parte de um lançamento nacional do dispositi-vo liderada pela Agência Nacional de Melhoramento de Policiamento (NPIA) do Reino Unido.

“Esta tecnologia significa um aumento no tempo de patrulha dos oficiais e ajuda a tornar as co-

munidades mais seguras”, cita um dos comissários.

O dispositivo utilizado é o BlueCheck II com o software Mo-bile ID, que tem aproximadamente o tamanho de um telefone celular e que permite à polícia ler a impres-são digital de um dedo indicador e verificar sua identidade diretamente no banco de dados nacional. O dis-positivo está sendo utilizado princi-palmente nos casos em que um in-divíduo for suspeito de cometer um delito, ou no momento da prisão por um delito já cometido.

POlíCIA DE lOnDRES IMPlEMEnTA nOVO DISPOSITIVO DE IDEnTIFICAÇãO MóVEl DA 3M

Caso / artIGo

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90 | digital

No total, 350 aparelhos Bleuche-ck II foram implantados em todo o Departamento de Polícia Metropo-litana de Londres durante os meses de maio e junho de 2012, incluindo bairros como: Lambeth, Southwark, Newham, Westminster, Lewisham, Hamlets Towe, Brent Croydon, Is-lington, Camden, Hackney e Ha-ringey. Outras unidades também re-ceberam os dispositivos, incluindo a Unidade Apoio Territorial, Unidade de Trânsito e o Comando de Trans-portes Seguro.

O projeto do Mobile ID faz par-te da Estratégia de Melhoria de Siste-mas de Informações (ISIS) da Agên-cia Nacional de Melhoramento do Policiamento (NPIA). Esta estraté-gia foi adotada para que os trabalhos de polícia que utilizam Tecnologia de Informação melhorem a sua efi-ciência, resolvam os casos com mais eficiência e proporcionem melhorias operacionais através do policiamen-to, além de também contribuir com o sistema de justiça penal em geral.

A Polícia Metropolitana de Lon-

dres é uma das 25 equipes de segu-rança que participaram das provas de campo que relataram benefícios significativos, incluindo identifica-ção mais rápida dos autores de cri-mes, aumento do tempo na linha de frente para os policiais e nível maior de confiança do público. A amplitu-de do produto visa superar os vários desafios operacionais que os policiais podem encontrar.

Os aparelhos móveis podem ser encontrados em vários modelos, des-de os que capturam somente impres-sões digitais até os modelos que in-cluem a captura de várias biometrias, como impressão digital, face e íris, e os seus softwares podem ser execu-tados em smartphones, comercial-mente disponíveis, que tenham o sis-tema operacional compatível como o BlackBerry, ou no próprio leitor biométrico móvel da 3M Cogent. O MobileID também formata os dados biométricos capturados em registros de dados padrões NIST e transmite esses dados para qualquer AFIS (Sis-tema de Identificação Automática de Impressão Digital) remoto via wire-less, aumentando as funcionalidades para os policiais. Durante a experiên-cia, o Departamento de Polícia Me-tropolitana (MPS) utilizou os dispo-sitivos nas fiscalizações das estradas, no policiamento do Casamento Real e no Carnaval de Notting Hill.

O comissário assistente da MPS, Mark Rowley, dis-se: «A identificação atra-vés do MobileID é uma tecnologia que está a um passo à frente e que ajuda os policiais iden-tificarem as pessoas ra-pidamente. Evidências mostram que, na maio-ria das vezes, realizar uma identificação com-pleta na hora da prisão toma muito tempo do policial. Mesmo uma

verificação tradicional de iden-tidade feita na rua pode levar um grande período de tempo para se completar. O MobileID é particu-larmente eficaz em identificar os infratores graves e violentos que fazem todo o possível para evitar que a polícia saiba suas verdadeiras identidades. Essa tecnologia permi-te aos policiais ficarem mais tempo em campo, e como resultado, ajuda a manter a comunidade segura».

O dispositivo também pode ser utilizado para identificar as pessoas inconscientes na cena do crime ou o falecido, por exemplo, em casos de homicídio e colisões fatais. Mais recentemente, MobileID tem sido usado com sucesso para confirmar as identidades dos suspeitos de tráfico de drogas no West End e indivíduos procurados por outros crimes, como lesão corporal grave.

Em outro caso, o MobileID aju-dou a descobrir uma mulher suspeita vítima do tráfico que havia chegado na Estação Coach Victoria, em Lon-dres, com uma família romena gran-de. Ela era a única mulher dentre os seis filhos do sexo masculino perten-centes a um casal de meia idade. Ofi-ciais na cena do crime, que estavam realizando uma operação, percebe-ram que a menina adolescente pare-ceu arredia, perturbada e apresenta-va diferentes características faciais da família que estava acompanhando.

Com o dispositivo MobileID foi possível encontrar

a impressão digital do pai, mãe e de uma das crianças mais velha do sexo

masculino. As im-pressões da família estavam no banco de dados nacionais desde quando eles foram detidos ante-riormente por infra-ções criminais e na

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busca realizada não havia registro da menina. Esses fatos levaram os poli-ciais a fazerem novas verificações en-volvendo o Computador Nacional da Polícia (PNC), documentação e questões detalhadas sobre a vítima suspeita. Depois das análises mais específicas dos policiais a adolescente foi levada em custódia preventiva e o caso está sendo investigado pela Uni-dade de Tráfico do Departamento de Polícia Metropolitana (MPS).

O Sargento da Polícia Dean Else, do bairro de Westminster, uti-liza o MobileID quando ele está em campo e observou: «O MobileID melhora a naturalidade das nossas interações com o público, pois re-duz o tempo que leva para confir-mar uma identidade. A verificação é muito mais rápida e leva em média trinta segundos para se obter uma resposta no dispositivo móvel, que é muito eficiente em comparação com a realização de controles de identida-de mais tradicionais. O dispositivo economiza tempo do público e do policial – finalmente significa que eu tenho que gastar mais tempo na patrulha das ruas «.

Tom McArthur, Diretor de

Operações da Agência Nacional de Melhoramento de Policiamento (NPIA), acrescentou: «A identifi-cação é crucial para as investiga-ções policiais e dando a capacida-de de os oficiais fazerem isso no local, em poucos minutos, é dar-lhes mais tempo para trabalhar em suas co-munidades, ajudando a combater o cri-me, trazendo criminosos para a justiça e protegendo me-lhor o público.”

O processo de lançamento do MobileID e do dispositivo móvel Bluecheck II teve início em 2011 quando a 3M Cogent ganhou o contrato como fornecedora nacio-nal do dispositivo. Toda a solução fornecida pela área de Inteligência em Segurança da 3M, que envolve a 3M Cogent, provou que a empre-sa agora é uma parceira confiável e líder mundial no fornecimento de soluções completas, inovadoras para empresas e governos de todo o mun-do – ajudando a garantir a segurança de pessoas, documentos e ativos.

soBre o aUtorWaldyr Bevilacqua Jr é bacharel

em Análise de Sistema e em Engenha-ria Química, mestre em Market ing e atuou como professor da Universida-de de São Francisco. Posteriormente, foi engenheiro de Processo na empresa Alcoa. Atualmente, é gerente da área de Inteligência em Segurança da 3M, onde trabalha desde 1993.

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RESUMOPara qualquer pessoa en-

volvida na produção de um documento de identificação de alta segurança, o risco é uma preocupação constante. Será que o documento vai manter um bom aspecto após anos de uso? Conseguiremos fazer um documento fácil de verificar e ainda garantir que vá resistir a ataque criminoso? Neste arti-go, Nick Nugent apresenta um novo quadro que leva em conta os principais trade-offs na esco-lha de um programa de iden-tificação e como determinar a combinação certa de Qualida-de, Segurança, Durabilidade e Custo (QSDC) para gerenciar este risco.

PALAVRAS-CHAVEQualidade, Segurança,

Durabilidade, Custos, Custo x Benefício.

ABSTRACTFor anyone involved in the

production of a high security iden-tification document, the risk of the program is a constant concern. Will the document look good and hold up after years of use? Can we make the document easy to verify yet ensure it will resist criminal attack? In this article Nick Nu-gent delivers a new framework and evaluates the key trade-offs in selecting a secured identification program and how to determine the right mix of Quality, Security, Durability and Cost (QSDC) to manage that risk.

KEYWORDSQuality, Security, Durabili-

ty, Cost, Cost-Effective.

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POR NiCk NUgENt

A primeira parte deste ar-tigo, publicada na idigi-tal 9, trouxe nova pers-pectiva sobre gestão de

risco nos programas de identificação, o framework QSDC. Foram aborda-dos dois dos quatro pilares: Qualida-de e Segurança. A Qualidade efetiva-mente contribui para o grau de segu-rança do documento e muitas vezes a falsa economia compromete todo o programa. A segurança em camadas foi outro importante tópico abordado e dificultar ao máximo as atividades criminosas é um dos papéis dos gesto-res de programas de identificação de alta segurança.

Esta segunda parte vai comple-mentar alguns aspectos de segurança e chamar a atenção para as questões

de Durabilidade e Custo x Benefício. Com isso, será possível aprimorar a análise sobre a melhor combinação dos pilares no gerenciamento de ris-co do programa de identificação.

» SEgURANçA – DEFESA EM CAMADAS

3. Cuidado com a “bala de prata”

A indústria tem muitos fornece-dores que descrevem a sua tecnologia ou recurso como sendo a única defe-sa necessária para proporcionar total segurança para uma ID. A experiên-cia tem mostrado que este nunca é o caso. Os perigos em confiar em uma única característica são claramente ilustrados quando se considera os pontos fortes e fracos do chip inteli-

gente. Embora existam muitos casos de pirataria dos chips nas identifi-cações eletrônicas, a maioria dessas histórias não resiste a uma análise por serem uma propaganda exage-rada. A realidade é que os chips são altamente resistentes à duplicação ou alteração de dados, enquanto as camadas necessárias de defesas foram aplicadas. Muito excelente trabalho tem sido feito nos últimos 10 anos pela ICAO, Smart Card Alliance Association e outros para garantir que o desenvolvimento da segurança eletrônica permaneça, ao menos, um passo à frente do criminoso.

No entanto, mesmo o chip não representa uma «bala de prata». Não podemos confiar o tempo todo nos leitores que nem sempre estarão dis-poníveis. Chips e leitores quebram, podem ser deliberadamente desati-

DOCUMEnTOS DE IDEnTIFICAÇãO DE AlTA SEgURAnÇA: USAnDO QSDC PARA DETERMInAR O MIX CERTO – PARTE 2

Caso / artIGo

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94 | digital

vados e não funcionar corretamente. Mesmo a rede elétrica pode ser inter-mitente em muitos lugares.

Infelizmente, há muitos exemplos de governos diminuindo o orçamento para as características físicas de segurança do documento para compensar o investimento no smart chip e na infraestrutura sistê-mica para fazer a leitura. Quando um cidadão chegar à fronteira com o passaporte e o smart chip não fun-cionar, a imigração deve examinar os recursos físicos de segurança. Mas se os recursos foram simplificados para pagar o chip, e os que permaneceram são menos confiáveis? E se o docu-mento exigir uma avaliação mais aprofundada no back office? Cria-se inconveniência para o cidadão e a se-gurança pode ser comprometida.

4. Design e treinamentoConcepção holística do docu-

mento de identificação é uma parte crítica do sucesso, segurança de boa relação custo x benefício. Um recur-so de segurança que será incorporado em uma das várias camadas de um documento (substrato, impressão, personalização, laminado de chip, etc.) deve ser concebido levando em consideração as ameaças prováveis e outras defesas. Por exemplo, a adi-ção de um ”forensic taggant” para o substrato pode aumentar a detecção de falsificação, mas oferece poucas evidências de adulteração.

Além disso, um recurso projeta-do isoladamente pode ter seu efeito comprometido por outras caracterís-ticas ou componentes no documen-to, ou pode estar duplicado em ou-tras defesas, proporcionando assim um baixo retorno do investimento. Por exemplo, laminados de seguran-ça podem conter efeitos ópticos que são reduzidos pelo design de impres-são subjacente, ou um scanner anti--recurso, como tinta opticamente variável pode duplicar as proprieda-des anti-scanner de um dispositivo holográfico integrado. Considere uma equipe esportiva de sucesso, onde o técnico recebe o máximo dos jogadores fazendo com que eles de-sempenhem como uma equipe e não como um grupo de indivíduos.

O desafio é coordenar diversos designers diferentes, muitas vezes trabalhando em vários estúdios de diferentes fornecedores, para assegu-rar que uma abordagem de equipe seja alcançada.

O treinamento também é essen-cial. As melhores características de se-gurança no mundo não têm qualquer valor se o indivíduo carece de habili-dades necessárias para a análise e veri-ficação exata. Um programa de trei-namento e a conscientização ajudam a garantir que todos que precisem tomar uma decisão sobre a validade do documento saibam e se importem com as características na ID.

» DURABILIDADE NO MUNDO REAL

O conceito de “uso normal” para um documento de identifi-cação está aberto à interpretação. O passaporte pode ser usado para viajar por todas as fronteiras, e tam-bém para abrir uma conta bancária, isso é normal. No entanto, se um passageiro a negócios estiver senta-do sobre o passaporte durante 150 dias por ano, ou acidentalmente passa por uma máquina de lavar, ou cai em uma poça de óleo? E o que é o uso normal para um cartão de identificação - ser transportado em um bolso com chaves e moedas e inserido diariamente em um leitor, para ser usado como um crachá à luz do sol durante 200 dias por ano, ou para ser mantido em uma gaveta em casa e raramente, ou nunca, le-vado para o mundo exterior?

O ponto é que uma identifica-ção precisa ser projetada para resistir a todos os ambientes em que pode-ria estar. O teste de laboratório de critérios específicos de desempenho (como flexibilidade, dobra, delami-nação, o ataque à abrasão, solvente, umidade, resistência à luz, etc.) pode garantir que os padrões de durabili-dade determinados foram cumpri-dos. Estas normas têm evoluído ao longo de muitos anos, e continuam evoluindo. Há muitas normas que são usadas para orientar a configu-ração do desempenho, durabilidade, incluindo:

• Durabilidade de Passaportes que passam por leitoras ver-são 3.2, TF4, N0232, 2006;

• Identificação de cartões – Características físicas, ISO/IEC 7810;

ReCuRsos oveRt, CoveRt e foRensiC devem seR ConsideRados no desiGn da id

DIVulgaçãO

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julho - agosto - setembro 2012 | 95

• Identificação de cartões – Métodos de Teste, ISO 10373-1/6;

• Métodos de Teste para Du-rabilidade do Cartão, ANSI, Janeiro 2007;

• Identificação de cartões – Card Service Life, Part1: Perfis de Aplicação, ISO 24789-1;

• Identificação de cartões – Card Service Life, Part2: Métodos de Avaliação, ISO 24789-2;

O lançamento da nova ISO 24789 - Card Service Life - vai per-mitir que os governos especifiquem um perfil de aplicação que se encaixe a sua situação. Padrões de teste an-teriores não permitiram uma análi-se específica do caso de uso no de-senvolvimento de um conjunto de protocolos de teste recomendados. Desenvolvimento de perfis únicos garantirá testes que atendam os re-quisitos de durabilidade dos clientes.

É importante lembrar que os resultados destes testes podem for-necer informação importante sobre o provável desempenho de uma ID. No entanto, cabe ao emissor definir critérios de aprovação / reprovação para estes testes. Além disso, o mun-do real é um lugar mais complicado que o laboratório, e os desafios de durabilidade enfrentados por docu-mentos não são capazes de ser pre-cisamente reproduzidos no laborató-rio, onde o teste acelerado e extrapo-lação devem ser usados para prever o desempenho durante muitos anos. Em suma, não há nenhum substitu-to para a experiência na utilização de materiais específicios, de métodos de construção e de tecnologias de personalização para minimizar o risco de falhas de uma ID em uso normal.

Outra complicação é introduzi-da pela necessidade de identificar se tentativas para alterar o documento usando ataque físico ou químico fo-ram feitas. Por esta razão, laminados devem ser suficientemente resisten-tes para durar muitos anos, ainda que delicados o suficiente para que-brar se tentativas forem feitas para deixá-los intactos. Exemplos onde fraquezas químicas e físicas foram concebidas no documento para re-alçar adulteração podem ser encon-trados nos passaportes. A introdução de microperfurações ou cortes de-licados dentro de um laminado ou no adesivo de visto e uso de papel de passaporte com película fina de-safiam o criminoso a remover o la-minado ou o visto por inteiro sem danificar a página de baixo.

Detectores químicos podem ser introduzidos sob a forma de peque-nas partículas de corante dentro do papel que são concebidos para ”san-grar” nítidamente se forem subme-tidas aos solventes usados para elevar laminados ou vistos.

Estas características devem, na-turalmente, permanecer dormentes, quando confrontado com os rigores de “uso normal”, e só ativar em ten-tativa de adulteração.

» DESEMPENHO CUSTO X BENEFÍCIO

Em um mundo ideal, a qualida-de, segurança e durabilidade seriam maximizadas e implementadas sem considerar o custo. Na realidade, é claro, os orçamentos são limitados e há restrições. Um departamento do governo deve lutar pelos fundos e en-tregar o melhor sistema possível para sua população, e ao cidadão deve ser oferecido o documento a um preço acessível. Isto é especialmente verda-deiro para os sistemas de cartões de identificação obrigatórios, onde os cidadãos devem, por lei, ter um car-tão emitido para eles pelo qual terão que pagar. Com mais de um quarto de vida da população mundial em pobreza, vivendo com menos de 2 dólares por dia, sempre haverá uma lacuna entre o custo do documento e capacidade de pagamento.

Embora os desafios de orçamen-tos finitos sejam todos muito claros, os riscos de tornar uma situação pior ao cortar custos nas áreas erradas são menos óbvios.

Economizar dinheiro no projeto ou nas características de segurança é geralmente uma falsa economia; documentos mal projetados ou fra-gilmente protegidos sofrem fraudes em massa, exigindo, portanto, caro

testes de laboRatóRio

avaliam a duRabilidade dos CaRtões

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re-design e até mesmo um novo pro-grama de emissão. A utilização de componentes de baixa qualidade, tais como substratos, tintas e chips encurta a vida do documento e, no-vamente, pode acabar custando mais dinheiro do que fazendo a coisa cer-ta, em primeiro lugar.

Talvez o maior perigo venha da utilização de uma única caracte-rística cara, tal como um chip. Há exemplos em que este tem reduzido gasto na rede global em camadas de defesas, levando a um documento de menor segurança Nunca fica claro se o governo reduz os gastos com recur-sos de segurança porque precisa ou porque pensa que não precisa de tais recursos porque agora tem a «bala de prata». Como já vimos, o inexpug-nável recurso único de segurança não existe no mundo real.

O fator mais importante na im-plementação de um programa den-tro do orçamento é para aprender com os erros de outras pessoas. O uso das melhores práticas já testadas ajuda a minimizar a chance de exces-so inesperado.

É fundamental considerar as me-lhores práticas nos estágios iniciais de um projeto de identificação segura e sobrepor estas recomendações com as necessidades específicas de cada pro-jeto. Com isso as partes interessadas podem garantir o cumprimento de padrões e práticas locais, regionais e internacionais. Além disso, haverá maior segurança, maior eficiência,

menor risco e melhor aceitação de to-dos os envolvidos em relação ao pro-cesso e ao documento final.

A geração de melhores práticas é talvez a mais importante evolução recente da indústria. A maturação de tecnologia e o desenvolvimento de padrões têm levado a adoção em massa de programas de documentos de identificação seguros e essa ado-ção criou um ambiente rico para a geração de melhores práticas. Fon-tes de melhores práticas incluem outros governos, organizações ex-perientes e vendedores, e, o mais importante, a documentação dos grupos industriais como ICAO, AAMVA, APEG, GlobalPlatform e o Smart Card Alliance.

Entender as lições aprendidas em outros projetos permite levar em consideração antecipadamente a identificação de temas-chave que vão desde estrutura de emissão de orga-nização e gerenciamento de projetos, até preocupação do usuário final, a otimização e segurança da cadeia de abastecimento e até mesmo as reco-mendações específicas de tecnologia.

Embora todos os projetos sejam únicos, frameworks e ferramentas existem para mapear as melhores práticas para necessidades específi-cas do projeto, aumentar a confiança no processo de tomada de decisão e facilitar o processo de implementa-ção. Juntos, esta abordagem garante o mais alto nível de sucesso em pro-gramas complexos de identificação.

» CONCLUSõESQSDC são partes essenciais

de um programa bem sucedido de ID e, como demonstrado, têm uma forte ligação entre si. Quando se seleciona o fornecedor de uma solução de identificação, é essen-cial compreender as compensações apresentadas no quadro QSDC para ajudar a reduzir os riscos asso-ciados com a emissão de documen-tos seguros de identidade.

Há muitos provedores de solu-ções que têm a experiência necessá-ria para oferecer programas seguros de ID órgãos do governo. Os progra-mas e provedores de soluções mais bem sucedidos utilizam as melhores práticas e um amplo portfólio de so-luções integradas (hardware, softwa-re, suprimentos e serviços) permitin-do assim que os órgãos do governo possam encontrar o equilíbrio certo de QSDC - a mistura certa - para seu programa de ID segura.

soBre o aUtorNick Nugent é Technology Ma-

nager da Datacard e vem usando sua vasta experiência de mais de 20 anos no mercado de segurança de documentos para orientar o desen-volvimento de produtos e prestar con-sultoria a governos e integradores na seleção e implantação de sistemas de segurança para passaportes e cartões de identificação, que apresentem boa relação custo-eficiência.

oveRview da solução de seCuRe id

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RESUMOAs soluções automáticas e se-

miautomáticas para controle de fronteiras visam a segurança e a eficiência no controle da imigra-ção, especialmente durante even-tos como Olimpíadas e Copa do Mundo, quando as autoridades responsáveis pelas fronteiras de-vem preparar-se para reforçar a segurança continuamente, de maneira a acompanhar as varia-ções da demanda.

PALAVRAS-CHAVEImigração, e-gate, e-border,

RFID, documentos de viagem.

ABSTRACTSecure and efficient border

control  solutions aimed safety and efficiency in immigration con-trolling, especially during events like the Olympics and World Cup, when border authorities must equip themselves to ramp up and then cut back security to cope with fluctuations in demand.

KEYWORDSImmigration, e-gate, e-broder,

RFID, travel document.

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POR gEORg HASSE

Quando o Reino Uni-do entregou o bastão olímpico ao Brasil, no início deste ano, as au-

toridades comemoraram o sucesso dos Jogos Olímpicos de Londres de 2012. Os que viajaram pelos princi-pais aeroportos da capital ficaram en-tusiasmados diante da velocidade dos procedimentos de imigração e de em-barque, além da confiança e seguran-ça que lhes eram passadas, a despeito do incrível excedente de passageiros.

A América Latina está ansiosa por receber um fluxo de estrangeiros nos próximos dez anos – desde turis-tas, que viajarão para assistir à Copa do Mundo de Futebol e às Olimpí-

adas de 2016, a pessoas que viajarão a negócios para visitar os mercados emergentes mais promissores da re-gião – e desde já deve começar a ca-minhar sobre a tênue linha que separa a segurança da conveniência, desen-volvendo estratégias rigorosas com o amparo de tecnologia de eBorder de alta qualidade.

» MUITO ALéM DOS TURISTAS

A segurança e a eficiência do con-trole de fronteiras são uma necessida-de econômica, uma vez que os nossos aeroportos têm um importante papel no funcionamento das engrenagens da economia global. Por exemplo, se

um dos principais aeroportos do país ficasse conhecido por seu vagaroso fluxo imigratório e suas instalações inadequadas, uma empresa cujos ne-gócios dependessem de viagens inter-nacionais pensaria duas vezes antes de investir no local. Da mesma maneira, se um passageiro tiver algum incon-veniente em um determinado aero-porto, ele passará a ter preferência por um concorrente desse aeroporto. Além disso, frente a eventos colossais como as Olimpíadas e a Copa do Mundo, que rápida e repentinamente levarão a um aumento no número de passageiros, as autoridades responsá-veis pelas fronteiras devem preparar--se para reforçar a segurança conti-nuamente, de maneira a acompanhar as variações da demanda. A resposta

ESPíRITO lATInO!

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pode estar em soluções automáticas e semiautomáticas para controle de fronteiras que aumentem o fluxo de passageiros sem afetar a eficácia dos procedimentos de segurança.

Esses controles de fronteiras de-vem ser capazes de lidar com uma grande variedade de documentos, passaportes eletrônicos, vistos eletrô-nicos e, até mesmo, documentos de identidade eletrônicos. Como exem-plo, tomemos o Brasil, que já enco-mendou cartões para o seu Registro de Identidade Civil (RIC).

O RIC é um cartão híbrido, que contém um módulo com contato e um sem contato. O último inclui uma aplicação para viagens que aten-de às normas da Organização Inter-nacional de Aviação Civil (ICAO) e que facilitará as viagens pelas nações que compõem o Mercosul. São arma-zenadas, no cartão, uma fotografia e as impressões digitais do titular.

Também vai ao encontro das normas do governo brasileiro para seus documentos de identificação, que estabelecem que o cartão deve conter um aplicação de identificação digital e uma solução match-on-card para as impressões digitais. Sua Infra-estrutura de Chaves Públicas (ICP) garante mais segurança, além da au-tenticidade dos dados armazenados no chip. O RIC permite que cada cidadão brasileiro seja registrado com um número único, válido em todo o território do país.

» PORQUE ELE é INTELIgENTE

Graças aos dados eletrônicos e aos recursos de segurança incorpora-dos aos passaportes e documentos de

identidade eletrônicos, tornou-se fácil e garantida a detecção de documentos forjados ou adulterados. Além disso, o chip RF integrado permite o uso de procedimentos rápidos e automáticos de verificação úteis ao controle de um fluxo excessivo de passageiros nos pos-tos de controle de fronteiras. Ademais, graças ao potencial de automação que caminha lado a lado com os passapor-tes eletrônicos, algumas funções estão ficando viáveis, como a de autoatendi-mento no controle de fronteiras.

Podem ser usados diferentes tipos de ICP para a proteção dos dados ele-trônicos nos documentos de identida-de e passaportes eletrônicos, embora tenham diferenças técnicas que pre-cisam ser levadas em consideração. O ICAO-PKI, por exemplo, é baseado em certificados X.509 padronizados e em listas de revogação de certificados, usando assinaturas eletrônicas para proteger a autenticidade e a integri-dade dos dados; já o EAC-PKI usa os chamados certificados Card Verifiable (certificados CV). O primeiro é usa-do sempre em verificações relativas à integridade; o segundo, no acesso aos dados biométricos protegidos.

» PODE IR MAIS DEPRESSA?A automação está ficando cada vez

mais importante e em todas as áreas, desde a compra de passagens e check--in de passageiros até em revistas de segurança e estacionamentos em ae-roportos. Contudo, a automação só é mais uma parte do processo como um todo. Para que o sistema funcione cor-retamente, é preciso ter certeza de que ele consiga realizar extensas verifica-ções de todos os recursos de segurança eletrônica dos documentos, inclusive

de quaisquer certificados eletrônicos. Essa é uma constatação essencial, já que de nada vale acelerar os procedi-mentos nas fronteiras e não conseguir realizar as verificações de segurança para impedir que indivíduos indesejá-veis entrem em seu país.

Cada etapa do processo de contro-le de fronteiras tem de ser considera-da separadamente – desde a maneira com que os passageiros se registram no sistema até a forma como ele vai funcionar na prática. Os passageiros devem poder seguir instruções de um controle de fronteiras automatizado (ABC) e apresentar seus respectivos documentos de identificação – como a identidade ou passaporte eletrônicos – à máquina para verificação. Mas, para esse processo funcionar, o documento deve portar dados de boa qualidade. Por exemplo, o sistema de ABC eGa-te EasyPASS de Frankfurt, que opera com passaportes eletrônicos da UE e que foi implantado pela Secunet, re-gistrou um número considerável de pessoas rejeitadas no controle de fron-teiras por conta da má qualidade dos dados biométricos registrados em seus documentos de identificação.

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julho - agosto - setembro 2012 | 101

» QUANDO 0% DE REJEIçãO NãO é TãO BOM ASSIM

Embora haja padrões bem claros para os passaportes eletrônicos, defi-nidos na ISO/IEC 19794-5, parece haver muitas diferenças nas maneiras com que as autoridades os interpre-tam.

Qualquer fabricante de passa-portes com um índice de rejeição de fotografias de 0% dever revisar seus procedimentos para controle de qualidade, uma vez que é muitíssimo improvável que cada cidadão forne-ça uma imagem perfeita e que seja compatível com as recomendações da ICAO. No entanto, também se deve lembrar que mesmo com um bom controle de qualidade durante o registro, a qualidade da foto pode ainda ficar comprometida pelas per-das de produção dos ciclos de impres-são/digitalização. Com o uso de fotos impressas fornecidas pelos cidadãos, não são incomuns índices de rejeição de até 10%. Já usando processo de registro digital e controles de qualida-de que atendem à ICAO, o índice de rejeição fica reduzido a frações de um por cento, poupando o tempo dos ci-dadãos e o dinheiro do governo.

» PENSE NISSO...Ao enviar uma proposta para

algum fabricante de documentos, é essencial que se compreenda exata-mente a forma como o documento proposto será usado no futuro. É preciso certificar-se quanto ao seu funcionamento e à possibilidade de ser usado para autenticação por com-putador em sistemas automáticos de controle de fronteiras. Além disso, também se deve garantir que todas as partes que forem usar o documento sejam incluídas no processo de toma-da de decisões.

Deve-se assegurar que todas as etapas do processo de produção e emissão estejam em plena conformi-dade com as normas da ICAO, de

maneira que o documento seja com-patível e legível perante os sistemas de outros países. Também considere uma comparação entre o sistema de registro digital e o tradicional proces-so de anexar a foto a um formulário de solicitação. O registro digital cap-tura digitalmente os dados biométri-cos de passaportes e documentos de identidade eletrônicos, sendo capaz de modernizar o processo de solicita-ção de documentos.

Também vale a pena pensar na maneira como será integrado o con-trole de qualidade dos registros, para assegurar que os dados registrados já tenham sido verificados no momento em que os documentos forem envia-dos para personalização. Isso significa que você não terá de convocar os ci-dadãos novamente aos órgãos compe-tentes para poder capturar as impres-sões digitais ou tirar a fotografia.

Outra consideração importante a se ter é a forma com que se pretende explorar a tecnologia avançada de um passaporte ou documento de identi-dade eletrônico. Infelizmente, alguns países que investem nessa tecnologia ainda não conseguem nem realizar a verificação de um chip RFID, o que faz parecer inútil todo o investimento em pesquisa, desenvolvimento e im-plantação dessa tecnologia.

É importante ter uma ideia ampla dos processos de gestão de fronteiras e não enxergar os eGates simplesmen-te como uma solução de baixo custo. Embora seja compreensível a tendên-cia cada vez mais crescente de os go-vernos optarem por soluções de baixo custo, dada a pressão pública por que estão passando quanto aos gastos, essa abordagem pode ter uma visão um tanto estreita. Os melhores, mais eficientes e mais seguros sistemas de controle de fronteiras podem não ser os menos dispendiosos em curto pra-zo, mas podem começar a fazer mais sentido do ponto de vista econômico se os analistas do governo perceberem

o bom custo-benefício em longo pra-zo que eles trarão.

Com o aumento excessivo dos fluxos de passageiros e com uma ne-cessidade cada vez mais crescente de mais inteligência na identificação de quem chega e sai do país, faz muito sentido ter um forte sistema de eBor-der implantado. A América Latina está tomando medidas significativas para assegurar que está totalmente preparada para os desafios que apare-cerão na área de controle de fronteiras na próxima década.

soBre o aUtorGeorg Hasse é formado em cursos

de Administração de Empresas na Ale-manha, Estados Unidos e Reino Unido, e tem mais de 10 anos de experiência em biometria e documentos eletrônicos. É consultor sênior da Secunet Security Networks AG, Berlim.

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RESUMOO aumento populacional

desenfreado que vivenciamos no momento está desafiando cada vez mais as autoridades em rela-ção ao modo que administram suas cidades. Causamos um forte impacto nos locais em que vive-mos, e para que nosso futuro seja próspero e harmonioso devemos adaptar nossas cidades para essa nova realidade que virá. Com o auxílio dos mais recentes avan-ços da tecnologia digital e M2M, será possível criar um ambiente que suportará grande parte da pressão gerada por nós, tornando as cidades em uma grande rede inteligente de informações.

PALAVRAS-CHAVETecnologia digital, M2M, ci-

dade inteligente, aumento popu-lacional, desenvolvimento, rede inteligente.

ABSTRACTThe rampant population gro-

wth that we experience at the mo-ment is increasingly challenging authorities over the way they admi-nister their cities. We cause a strong impact in the places where we live and in order to have a prosperous and harmonious future our cities must adapt to this new reality to come. With the help of the latest advances in digital technology and M2M, it will be possible to create an environment that will support almost all the pressure generated by us, turning cities into a large ne-twork of intelligent information.

KEYWORDSDigital technology, M2M,

smart cities, population increase, development, smart web.

IlustRações nIls-PetteR ekWall

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POR AdAM OxfORd

» QUãO INTELIgENTE é A SUA CIDADE?

Para que as nossas cidades prosperem no futuro, elas precisam tornar-se inteligen-tes. Os sensores em rede e os ambientes colaborativos estão orientando a inova-

ção e preparando nossas cidades para uma explosão populacional.

Hoje, a cidade desempenha um papel mais vi-tal do que nunca. Até 2050, a ONU estima que mais de 70% da raça humana viverão nas cidades, representando um aumento populacional nos cen-tros urbanos. São neles que devem ser resolvidos os problemas de crescimento demográfico, escas-sez de recursos, conflitos e justiça social. Algumas pessoas, tais como Jonathan Carr-West, da Local Government Information Unit (Unidade de Infor-mações Governamentais Local), do Reino Unido, enquadram este assunto como uma questão exis-tencial: se quisermos sobreviver como espécie, che-gou a hora de tornar nossas cidades inteligentes.

Caso / artIGo

CHEgOU A HORA DE TORnARMOS nOSSAS CIDADES InTElIgEnTES

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104 | digital

» AS CARACTERÍSTICAS DE UMA CIDADE INTELIgENTE

Nestes polos metropolitanos do futuro pró-ximo, os sensores em rede onipresentes usam a tecnologia de máquina-a-máquina (M2M) para monitorar tudo, desde fluxos de tráfego e uso da energia até a movimentação de ci-dadãos e organização democrática. Os dados coletados são usados para melhorar a vida dos cidadãos, adaptando o comportamento da ci-dade em tempo real para estar no máximo de sua eficiência. Se na cidade inteligente e versa-da em TI de 2012 você pode baixar um apli-cativo que lhe informa o horário dos ônibus, na cidade inteligente do futuro você vai saber a posição em tempo real de todos os ônibus e trens, e poderá alterar rotas com base nos feed-backs ao vivo e necessidades públicas.

A empresa de pesquisa MarketsandMa-rkets prevê que o mercado para aplicativos para as cidades inteligentes aumentará 14,2% até 2016 e alcançará um valor de US$ 1 tri-lhão. Apenas na China, dezenas de suas mega-cidades emergentes, incluindo Taiyuan, Hui-zhou e Weihai, acabaram de entrar em um

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plano de cinco anos patrocinado pelo Estado para adotar tecnologias inteligentes. Com bilhões de pessoas e centros urbanos de alta densidade, a China está sob intensa pressão interna e externa para minimizar a poluição e maximizar a eficiência. O resto do mundo, portanto, está observando de perto para ver o que ele pode aprender com a grande experiên-cia da China – e quais são as oportunidades geradoras de receitas.

Na verdade, o empolgante para as cidades é que isto não se trata de um mercado passivo. Ao adotar soluções inteligentes agora, os cen-tros urbanos experimentais estão se tornando líderes para o resto do mundo seguir. Uma de-las é Sant Cugat, na região da Catalunha, na Espanha. A cidade de 81 mil habitantes desig-nou uma área para a Rua Inteligente, que faz uso da tecnologia M2M. Neste local, sensores em rede monitoram tudo, desde a utilização de energia em edifícios até o nível da umida-de no solo do parque, para que os sprinklers somente sejam ligados quando estiver seco, ao invés de serem controlados por um timer. Ou-tros sensores estão implantados em cestos de lixo na rua para que, assim, as rotas de coleta de lixo possam ser projetadas para serem as mais eficientes possíveis. Pode parecer estra-nho que uma pequena cidade em uma Espa-nha com restrições orçamentárias esteja expe-rimentando soluções de alta tecnologia como

estas, mas María Serrano Basterra, diretora de TI na Prefeitura de Sant Cugat, diz que isso é vital para o futuro. “Nós achamos que o governo local tem que lidar com a administra-ção atual da cidade, mas, também, se preparar para o futuro”, diz ela. “Como as administrações locais es-tão próximas das pessoas, prestando serviços diretos aos cidadãos, estamos em-penhados na realização dos esforços necessários para administrar a cidade de uma forma eficiente e sus-tentável. Portanto, o mo-delo de cidade inteligente é, agora, uma oportunida-de para levar a qualidade de vida futura à cidade”.

Na Rua Inteligente, foram instalados sensores em cada baia de estacio-namento. Eles transmi-tem informações sobre vagas livres de volta a um polo central, que, depois, são usadas para orientar os motoristas para as va-gas livres usando placas de rua, aplicativos para smartphones e software para as unidades de GPS.

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Mas isto não se trata apenas de tornar a vida mais convenien-te – isto também pode facilitar o fluxo de tráfego e arrecadar dinheiro para a cidade. De acor-do com Mischa Dohler, diretor de Tecnologia da Worldsensing, que instalou a rede, uma vaga de estacionamento é utilizada, em média, por 40 minutos a cada hora, mas a demanda muitas ve-zes é de 200% a 300% do total de vagas disponíveis. “Se você puder aumentar a quantidade de tempo que os espaços estão em uso em apenas dois ou três mi-nutos por hora, a tecnologia já se paga por si só em cerca de oito meses”, diz ele.

A tecnologia da cidade inte-ligente também pode ser direcio-nada para o engajamento cívico e melhorias na democracia local. Para Colleen Hardwick, funda-dora da PlaceSpeak em Vancou-ver, no Canadá, as tecnologias inteligentes podem ajudar a des-mistificar o processo de toma-da de decisão política e torná-lo mais acessível para a população em geral. PlaceSpeak é uma fer-ramenta que alerta os cidadãos sempre que uma consulta pública estiver acontecendo em sua área e permite-lhes fazer perguntas ou comentários on-line. «As reuniões públicas resultam no surgimento dos suspeitos usuais, representati-vos de 3% a 5% da população», explica Hardwick, «e as pesqui-sas por telefone são distorcidas

porque elas não se baseiam em amostragem proporcional». O PlaceSpeak, diz ela, leva a conversação cívica aos cidadãos, ao invés do contrário.

Os serviços não governamentais podem usá-lo, também, para o planejamento de bens e serviços, e a Hardwick está investigando ma-neiras de automatizar o sistema para gerar con-sultas on-line assim que algo como um aviso de planejamento seja postado.

Talvez uma das mais significativas tecno-logias da cidade inteligente seja, justamente, o medidor de energia inteligente habilitado pela tecnologia M2M. Instalado já em 1/3 de casas de repouso americanas, estes medidores da energia reportam as informações de uso para os fornecedores de maneira instantânea. Os benefícios são duplos: em primeiro lugar, os clientes podem usar esses dados para ver o seu uso em tempo real e cortar os custos da forma apropriada; em segundo lugar, eles são um componente vital de uma «rede inteligen-te», que sabe a quantidade de energia que os clientes estão usando e pode se planejar ade-quadamente.

As redes inteligentes são essenciais para a inclusão de fontes renováveis de eletricidade em nosso mosaico de energia. As energias eó-lica e solar não têm a mesma confiabilidade de

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fornecimento que os combustí-veis fósseis, já que a produção depende das condições e se os proprietários de feixes fotovol-taicos domésticos conectados à rede estão produzindo ou consumindo energia, ou não. A rede de energia deve poder reagir rapidamente à alta de-manda ou baixo suprimento ao fazer com que mais geradores fiquem on-line quando necessá-rio, desligando-os quando não estiverem em uso.

Do estacionamento à as-

sistência social, há muitas ma-neiras pelas quais nós podemos tornar nossas cidades mais inte-ligentes. E com as populações aumentando e uma migração constante para áreas urbanas, o tempo é fundamental. De acordo com os dados mais re-centes do Banco Mundial, dos 215 países e estados reconhe-cidos, existem apenas 14 onde as pessoas estão optando por se afastar das áreas urbanas. Nos-sas cidades precisam ficar inteli-gentes, e rápido.

soBre o aUtorAdam Oxford escreve sobre tecnologia há mais de

15 anos e seus artigos vem sendo publicados em dezenas de jornais, revistas de tecnologia e websites, incluindo a revista “The Review”, da Gemalto.

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RESUMOUma transformação drástica no cenário

de documentos de identidade nacionais vem influenciando programas governamentais de identificação. Até 2015, 85% de todos os do-cumentos de identidade emitidos anualmen-te serão documentos de identidade eletrôni-cos, e os países que os emitirão serão quatro vezes mais numerosos do que os países que ainda estarão usando documentos tradicio-nais. Governos e organizações governamen-tais  tendem cada vez mais a usufruírem de programas de identificação para aumentar a eficiência e proteger e garantir a identidade do portador. Isso resultou na criação de pro-jetos que exigem credenciais poderosas com múltiplas finalidades operando em vários ní-veis, mantendo um alto nível de segurança e, ao mesmo tempo, atendendo a objetivos adi-cionais como controle de acesso, cruzamen-to mais ágil de fronteiras e acesso a serviços sociais e de assistência médica

PALAVRAS-CHAVEDocumento de identidade eletrônico,

cartão inteligente, multifuncionalidade, du-rabilidade, policarbonato.

ABSTRACTA dramatic shift in the national ID lands-

cape is changing the face of government iden-tity programs. By 2015, 85% of all credentials issued annually will be eIDs, and countries issuing eIDs will exceed those still using tradi-tional IDs by four to one. Governments and national organizations are now increasingly likely to leverage ID programs to increase effi-ciency as well as protect and ensure the identi-ty of the holder. This has given rise to projects calling for powerful multi-purpose ID creden-tials that operate on many levels, maintaining the highest levels of security while addressing additional objectives such as entry to secure fa-cilities, faster border crossing, or access to health and social services.

KEYWORDSeID, smart card, multi-functionality, du-

rability, polycarbonate.

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POR CRAig SANdNESS

Uma mudança drástica no cenário da identida-de nacional está trans-formando os programas

de identificação governamentais. Os responsáveis globais pela migração quase total da identidade tradicional para a identidade eletrônica são a ne-cessidade de se proporcionar defesas eficazes contra tentativas de falsifica-ção em larga escala, ao mesmo tempo adotando uma abordagem holística e multifacetada aos projetos. Na tenta-tiva de se combinar eficiência, segu-rança e boa relação custo-benefício em documentos de identidade eletrô-nicos com múltiplas funções que vão além da comprovação de identidade, a indústria de identidade eletrônica enfrenta enormes desafios. No entan-to, o ímpeto de se levar os programas de identificação a níveis cada vez mais avançados não mostra nenhum sinal de diminuição.

Preocupação ainda maior com a segurança, postos de fronteira de

tráfego intenso e uma exigência cres-cente pela prestação simplificada de serviços governamentais são apenas alguns dos fatores que influenciam essa mudança. Governos e organi-zações nacionais tendem cada vez mais a aproveitar programas de iden-tificação como oportunidades para aumentar a eficiência, bem como proteger e garantir a identidade do titular. Isso deu origem a projetos que requerem documentos de iden-tidade multiuso poderosos que ope-rem em diversos níveis, mantendo os mais elevados graus de segurança ao servirem a objetivos adicionais, tais como acesso a locais protegidos, cru-zamento mais rápido de fronteiras e acesso a serviços sociais e de saúde.

De acordo com um relatório re-cente da Acuity Market Intelligence, em 2015, 85% de todos os documen-tos de identidade emitidos anual-mente serão identidades eletrônicas, e os países emissores de identidade eletrônica irão superar em quatro ve-

zes os países que ainda estarão emi-tindo identidades tradicionais. Essas estatísticas correspondem a nossas próprias descobertas com base em mais de 20 anos de experiência em grandes projetos de documentos de identidade para o cidadão, incluindo 28 programas de passaporte eletrô-nico e 49 programas de identidade eletrônica que vão de documentos de identidade para cidadãos, resi-dentes estrangeiros e trabalhadores a programas de assistência médica e registro de veículos.

Agências governamentais em todo o mundo estão cada vez mais adotando aplicações de cartões in-teligentes e documentos baseados em chip de circuito integrado para alcançar essas metas. Para isso, a indústria está respondendo com avanços e inovações tecnológicas: a demanda pela tecnologia digital de identificação e os avanços na ciên-cia dos materiais têm impulsionado progressos substanciais na constru-ção dos cartões, dando origem a so-luções de identidade eletrônica com

Caso / artIGo

IDEnTIDADE ElETRônICA E PASSAPORTE ElETRônICO: AS PRInCIPAIS TEnDênCIAS PARA O FUTURO DA IDEnTIFICAÇãO gOVERnAMEnTAl

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tecnologias múltiplas que melhor atendem aos requisitos complexos de segurança, confiabilidade e efici-ência com multifuncionalidade cada vez maior em uma única credencial.

» MULTIFUNCIONALIDADE E DURABILIDADE: UMA DUPLA INCOMPATÍvEL?

O documento multifuncional está se tornando a regra, o que sig-nifica que a prevenção à falsificação e fraude e o conhecimento especiali-zado na implementação e integração completa de programas estão agora na linha da frente das exigências de identificação do governo. Isso é vi-tal para eliminar problemas com a interoperabilidade de tecnologia, atualizações de cartões ou sistemas após a emissão e a longevidade dos documentos, podendo levar a custos excessivos.

Mas apesar de o conceito de um cartão multifuncional de longa du-ração ser simples, a prática é comple-xa. Conhecimentos especializados consideráveis em design, aspectos técnicos e fabricação são fundamen-tais para garantir que o resultado fi-nal esteja em conformidade com as

normas internacionais em termos de tamanho, segurança, funcionalidade e durabilidade. A capacidade de se atualizar os documentos sem a ne-cessidade de reemissão deu origem a um acalorado debate no setor sobre a praticidade de programas de cartões destinados a durar dez anos ou mais.

» CONSTRUIR PARA DURARUm fator essencial na concreti-

zação desses objetivos é a durabilida-de do documento de identidade. Os documentos modernos de identida-de devem suportar uma gama de ris-cos que vão de tentativas de alteração física a anos de manuseio descuida-do, em uma variedade de ambientes e condições climáticas. O policar-bonato, devido às suas propriedades únicas, conquistou a confiança de governos como o material preferido por sua durabilida-de e resistência à falsificação. C a r t õ e s con s t r u -ídos a p a r t i r de po-l i c a r -

bonato são mais fortes que cartões de cloreto de polivinila (PVC). As características principais incluem a extrema robustez, flexibilidade e resistência do policarbonato, bem como sua capacidade em servir como plataforma para os recursos ópticos de altíssima qualidade da impressão de alta segurança.

O uso desse material e a incor-poração de múltiplas tecnologias e recursos de segurança em uma única plataforma de documento de identi-dade com múltiplas camadas é algo que requer considerável experiência e conhecimento na laminação de estruturas complexas e na aplicação adequada dos diversos materiais. A indústria já verificou que a adição de tecnologias incorporadas, tais como a identificação por radiofrequência (RFID) e chips de contato e sem con-tato, pode criar tensões inesperadas nas estruturas de policarbonato. Isso tem ocasionado a criação de tecno-logias inovadoras, como a tecnologia pioneira patenteada de prevenção a fissuras da HID Global tecnologia para proteger a integridade estrutural do documento, ao mesmo tempo em que são obedecidos os padrões inter-nacionais. Inovações como essas aju-dam a trazer o policarbonato de volta ao caminho certo para cumprir a pro-messa do setor de identidade eletrôni-ca de fornecer documentos com uma vida útil de até 10 anos.

Esse tipo de inova-ção é vital para que progra-

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DIVulgaçãO

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mas de cartões híbridos de longa duração conquistem clientes go-vernamentais. Documentos multi-funcionais usufruem de uma com-binação de tecnologias diferentes, incluindo chips de contato ou sem contato, antenas de radiofrequência, biometria e dispositivos opticamente variáveis para fornecer os níveis exi-gidos de funcionalidade e segurança. Soluções híbridas em camadas são utilizadas em programas como o Green Card dos Estados Unidos, o cartão de identidade nacional alemã, o cartão multitarefa dos Carabinieri (a força policial nacional da Itália) e o documento de identidade nacional da Arábia Saudita. Esses documentos desempenham múltiplas tarefas, in-cluindo a identificação para controle de acesso, comprovação de identida-de, assistência médica e impostos e pagamentos de taxas ao governo.

» ATUALIzAçõES POSTERIORES à EMISSãO

Muito do debate sobre o retorno do investimento de programas avan-çados, e, portanto, mais caros de identificação eletrônica gira em tor-no do custo inicial do projeto versus o retorno sobre o investimento, que é calculado não só de acordo com a funcionalidade, mas também com a vida útil do cartão.

Dadas as muitas variáveis que afetam as vidas dos titulares dos car-tões, a capacidade de se aplicar atu-alizações posteriores à emissão dos cartões é um fator fundamental na concepção do programa e em sua dotação orçamental. Por que pagar por um cartão que será trocado por um novo a cada doze meses?

É nestes cenários que cartões inteligentes, que são baseados em chips ou em mídia óptica de segurança implantados como parte de um sistema completo de gestão de cartões, entram em campo. Sistemas de gestão de identidade eletrônica

após a emissão (tais como o ActivID CMS da HID para documentos de identidade) permitem que atualiza-ções sejam feitas depois que o cartão tiver sido emitido.

A fim de corresponder a eventos como mudança de endereço, estado civil ou detalhes da carteira de moto-rista, os dados pessoais do titular do cartão poderão ser ajustados. Esses sistemas também oferecem a possibi-lidade de se atualizar as informações no cartão com novas aplicações e ser-viços que eventualmente estiverem disponíveis. O sistema pode até mes-mo gerenciar a renovação de certi-ficados de infraestrutura de chave pública (PKI) que comprovem di-gitalmente a identidade do titular do cartão. Tais sistemas oferecem aos governos e agências de seguran-ça a capacidade de evolução a seus programas, mesmo depois que o cartão estiver nas mãos do cidadão, e é projetado para operar de forma remota, central e/ou através da in-teração com um ou mais escritórios de serviços.

A mídia óptica de segurança (OSM) merece uma menção especial por ser uma tecnologia exclusiva que permite atualizações flexíveis e segu-ras após a emissão. Como já compro-vado em implementações de grandes proporções como o Green Card norte-americano, a mídia óptica de segurança pode ser combinada com a maioria das tecnologias legíveis eletronicamente, tais como códigos de barras, reconhecimento óptico de caracteres, chips de contato, chips com radiofrequência sem contato, marcadores de radiofrequência e tar-jas magnéticas.

A alta capacidade de armazena-mento de dados da OSM permite a codificação segura de até 2,8 MB de dados digitais, permitindo o arma-zenamento de múltiplas informa-ções digitais e biométricas do titular do cartão. As informações contidas

na tarja não podem ser adulteradas, mas podem ser atualizadas por fon-tes autorizadas com acesso a bancos de dados de agências governamen-tais sem a necessidade de substitui-ção do cartão.

» A REALIDADE DO DOCUMENTO DE DEz ANOS

A migração de documentos de identidade tradicionais para cartões de identidade digitalmente melhora-dos, a integração de uma ou mais tec-nologias de cartões inteligentes em documentos e inovações da indústria em relação a questões de durabilida-de física combinam-se para tornar a credencial do futuro um docu-mento à prova de obsolescência. Os desafios à longevidade e capacidade de atualização de documentos avançados já estão sendo superados por soluções, fornecendo capacidade de armazenamento de dados pes-soais, integração a bancos de dados centrais para as informações atuali-zadas, incluindo atualizações pós--emissão, e melhor estrutura física para garantir a longevidade.

» INTEgRAçãO, FUNCIONALIDADE E FLEXIBILIDADE

Em nossa opinião, nos próximos cinco anos haverá um novo foco na melhoria da funcionalidade de car-tões com múltiplas tecnologias, uma integração cada vez maior entre o design do cartão, sistemas de entrega e capacidades pós-emissão, e inova-ção na fabricação e construção de cartões. Esses e outros fatores irão tornar o conceito de um cartão inte-ligente de identidade de 10 anos em uma realidade.

soBre o aUtorCraig Sandness é vice-presidente

da Government ID Solutions com a HID Global.

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RESUMO“Conhecer o passado para

entender o presente e construir o futuro”. Esta frase é lugar co-mum não apenas das ciências que produzem conhecimento advindo da investigação, mas também da extrapolação de re-alidades cíclicas, de impacto, e de duração breve. Os sistemas de Computação e Comunica-ção se enquadram perfeitamen-te neste preceito de breve du-ração, sendo possível estimar o próximo passo de impacto nas suas funções, analisadas aqui sobre o foco do processamento numérico de unidades biomé-tricas de construções naturais.

PALAVRAS-CHAVEPadronização, Computa-

ção, Biometria, Transistores.

ABSTRACT“To know the past: a way to

understand the present and to build the future”. This statement is common place not only in the sciences that produce knowled-ge as fruit of investigation but also as reconstruction of impac-tful short-live cylices realities. Computer systems and Commu-nications perfectly fits in short--live precepts being possible to determine the next impactful step herein evaluated over the vision of numerical data processing of natural construction with biome-trics values.

KEYWORDSStandardization, Compu-

ting, Biometrics, Transistors.

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POR MARCOS ALBERtO dE SOUZA

O processamento digital de sinais tem na sua essência a utilização de unidades aritméticas

para realizar operações matemáti-cas sobre valores numéricos binários em alta velocidade. A modernização dos processos da maioria das áreas das atividades humanas permitiu a utilização da computação em aplica-ções mais exóticas e menos difundi-das como, por exemplo, a previsão numérica de tempo, a simulação de colisão de veículos, simulação de ae-

rodinâmica de veículos e também em um dos campos mais fascinantes da ciência moderna que é a Papiloscopia.

Em meados de 1970 o engenhei-ro Gordon E. Moore postulou que o poder dos sistemas computacionais dobraria a cada 18 meses. Hoje em 2012 este postulado ainda é conside-rado valido no mundo da informáti-ca. A figura 1 ilustra esta progressão.

Nos anos 70 os primeiros circui-tos transistorizados em estado sólido somavam cerca de 4.000 de unidades em um único chip, já em 2012 esse

número está na casa de 2.6 bilhões de transistores em um único chip.

» O QUE ISTO REPRESENTA? Para a Papiloscopia isto repre-

senta a possibilidade da moderniza-ção dos processos de identificação de indivíduos com a substituição dos métodos manuais por métodos auto-matizados através de construções de representações numéricas das pro-priedades matemáticas de padrões papilares ou pontos nodais da face, por exemplo, para o processamento digital das correlações destas grande-zas, com taxas de acertos muito altas.

O PRóXIMO PASSO POSSíVEl PARA O PROCESSAMEnTO nUMéRICO DE UnIDADES BIOMéTRICAS DE COnSTRUÇõES nATURAIS: SERIA A COMPUTAÇãO QUânTICA?

Caso / artIGo

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114 | digital

» UMA BREvE HISTóRIA ILJá na década de 70 emergiram os

primeiros métodos de comparação de impressões digitais, através de códigos de computador e que vieram a ser uni-versalmente conhecida por A.F.I.S.

Logo se convencionaram, por órgãos de padronização, as regras para o armazenamento dos padrões papilares, entre eles o FBI, ANSI e NIST.

As métricas de resolução das ima-gens, tons de coloração e área útil foram definidas respeitando as capa-cidades dos sistemas computacionais da época, que eram muito caros.

Hoje as capacidades computacio-nais não são um grande problema, mas um grande legado foi construído não sendo simples a adoção de um novo padrão de imagens como as de alta re-solução e coloridas, por exemplo.

Algo semelhante já aconteceu, como o problema do BUG do ano 2000. Os primeiros computadores registravam o campo “ano” com ape-nas dois dígitos, exatamente porque

todos os bytes disponíveis tinham que ser aproveitados para armazenar dados e instruções (para os mais an-tigos: “passos”). Estamos falando de apenas duas unidades de bytes, mas que, na padronização dos primeiros sistemas computacionais, foram de-finidos assim gerando grandes per-turbações futuras, mas superadas justamente pela disponibilidade de sistemas mais potentes.

StatuS QuO

» Há UM LIMITE PARA A LEI DE MOORE?

Hoje em dia os processadores de smartphones são muito mais poten-tes que os mainframes ou compu-tadores de grande porte da década de 80. A maioria dos componentes utilizados na fabricação de semicon-dutores de circuitos integrados utili-za o componente químico silício. O limite para a integração de bilhões de transistores em áreas nanométricas,

oscilando em frequências altíssimas é um limite imposto pelas leis da físi-ca associadas ao limite dos materiais utilizados hoje.

Por outro lado, o enorme con-sumo de energia que os sistemas equipados com processadores muito densos dispendem e a preocupação com emissão de gases do efeito es-tufa devem favorecer mais o parale-lismo do que o alto desempenho em um único chip.

À medida que a pesquisa de de-senvolvimento avança em direção de novos paradigmas de processamento e à utilização de novos materiais, Moore e sua lei podem estar chegando próxi-mo de um salto quântico no postulado do aumento de capacidade de proces-samento ao longo do tempo, algo to-talmente novo e sem precedentes.

» COMPUTAçãO QUâNTICAOs usuários da área sabem que a

modernização do sistema de identi-ficação de padrões papilares tem no

fiGuRa 1: pRoGRessão da quantidade de tRansistoRes em um úniCo Chip no tempo

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julho - agosto - setembro 2012 | 115

seu bojo o uso intensivo de potentes sistemas computacionais. Uma base de dados relativamente pequena de 10 milhões de indivíduos já repre-senta um desafio computacional sig-nificativo.

E se pensarmos em uma base de dados de 500 milhões de indivíduos com unicidade garantida? Ainda é perfeitamente possível com compu-tadores de hoje.

Mas e um complexo arranjo de dados de indivíduos com múltiplas biometrias, além das linhas papilares dos dedos, tais como os pontos nodais da face, da impressão palmar, da íris, do sistema vascular e do DNA para sete bilhões de indivíduos, com uni-cidade garantida e métodos de fusão aplicados a estas múltiplas biometrias?

Não é algo simples de conceber. A densidade computacional seria muito vasta e as implicações de cus-tos de manutenção proibitivamente volumosas.

Como aplicações associadas às biometrias representam uma grande parcela da demanda no mercado de sistemas de computação nos dias de hoje, elas são objetos de pesquisas para o desenvolvimento de novas tec-nologias de processamento de dados.

A Computação Quântica, com a aplicação avançada dos fenômenos da mecânica quântica para realizar operações matemáticas, representa uma mudança de paradigma para a ciência computacional, bem como para as ciências biométricas.

Os computadores de hoje têm em seu funcionamento básico a ma-nipulação de bits que existem em um de dois estados possíveis: 0 ou 1. Computadores quânticos não são limitados a dois estados. Eles podem codificar informações como bits quânticos, ou qubits que podem existir em superpo-sição. Qubits repre-sentam propriedades

da física quântica como átomos, íons, fótons ou elétrons. Poden-do conter estes múltiplos estados simultaneamente, deriva o potencial de serem milhões de vezes mais potentes que o super-computador mais potente existente.

Computadores quânticos básicos, já existem hoje nos mais importantes laboratórios pelo mundo, com capaci-dade de processar certos tipos de cálcu-los. Ainda que um computador quân-tico prático ainda esteja há anos de estar comercialmente disponível, é o próximo passo lógico para construções de supercomputadores ultra velozes. Para estas maravilhas do futuro são ne-cessárias aplicações práticas. A biome-tria é uma destas aplicações.

soBre o aUtorMarcos Alberto de Souza é espe-

cialista em arquitetura de computa-dores e algoritmos para processamento numérico de grandezas naturais, com 15 anos de atuação em computação científica para aplicação de Previsão Numérica de Tempo e cinco anos em Automação de Sistemas de Identifica-ção. Trabalha na NEC desde 1987, atuando em projetos de missão crítica e de integração de sistemas.

fiGuRa 2: ConCepção

aRtístiCa de base

numéRiCa bináRia

fiGuRa 3: quantum bit (qubit) – átomos,

íons/fótons, elétRons.

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icMedia 2012

FOtOs: WenDeRsOn aRaújO

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consesp

FOtOs: WenDeRsOn aRaújO

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certforuM rio

FOtOs: a&R CIntRa

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Workshop ric sudeste / sul

FOtOs: a&R CIntRa

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certforuM Brasília

FOtOs: WenDeRsOn aRaújO

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Workshop ric centro-oeste

FOtOs: WenDeRsOn aRaújO

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Workshop ric norte

FOtOs: ValmIR lIma

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