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idigital - Revista da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia em Identificação Digital - Ano 04 - Número 14 - julho/agosto/setembro de 2013 IMPA Workshop Identificação Moderna, Processos e Aplicações realiza etapa no Pará I WITAID Evento apresenta identidade segura e certificação digital ao Exército brasileiro CARTILHA DIGITAL TJPE distribui publicação que explica certificado digital de forma simples 11º CertForum mostra que certificação digital é rotina na vida institucional e se aproxima do cotidiano dos brasileiros CADA VEZ MAIS PERTO

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CADA VEZ MAIS PERTO - 11º CertForum mostra que certificação digital é rotina na vida institucional e se aproxima do cotidiano dos brasileiros

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idigital - Revista da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia em Identificação Digital - Ano 04 - Número 14 - julho/agosto/setembro de 2013

IMPAWorkshop Identificação Moderna, Processos e Aplicações realiza etapa no Pará

I WITAIDEvento apresenta identidade segura e certificação digital ao Exército brasileiro

CARTILHA DIGITALTJPE distribui publicação que explica certificado digital de forma simples

11º CertForum mostra que certificação

digital é rotina na vida institucional e se

aproxima do cotidiano dos brasileiros

CADA VEZ MAISPERTO

InstItuto nacIonal de tecnologIa da Informação promove em BrasílIa

o 11º certforum, o maIor evento de certIfIcação dIgItal do BrasIl, e

mostra que, além de fazer parte do cotIdIano das empresas e do

governo, o certIfIcado dIgItal está cada vez maIs perto dos cIdadãos

revIsta da assocIação BrasIleIra das empresas de tecnologIa em IdentIfIcação dIgItal - aBrId

33 . CAPA

Workshop Identificação Moderna, Processos e

Aplicações realiza segunda etapa do ano em Belém do Pará

Mercado brasileiro de Tecnologia da Informação

projeta crescimento recorde em 2013

Tribunal de Justiça de Pernambuco lança Cartilha de

Certificação Digital para explicar o conceito aos usuários da Justiça

Diretoria de Serviço Militar e ABRID organizam evento que

mostra possiblidades de aplicação da identificação segura e do

certificado digital pelo Exército

8 . IMPA

29 . EXPANSÃO

23 . CARTILHA

14 . WITAID

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CASOS59 . 3MAumentando a barreira na segurança de portos

65 . DATACARDMáxima segurança para documentos de identificação

71 . HIDMudança de paradigmas: governos adotam uma abordagem mais centrada no cidadão para a personalização de identidade segura

75 . INfINEONParadigma da troca: De ROM para Flash

81 . NECBig Data: Um elefante amarelo para as organizações

85 . THOMAS GREGInstant Issuing: Maior fidelização e a gilidade

julho - agosto - setembro 2013 | 3

empenho total pela divulgação do nosso business. é isto que

mostra esta edição da idigital. a revista apresenta detalhes dos

eventos organizados pela aBrId para divulgar – sempre mais e

melhor – o negócio das empresas associadas.

e o nosso negócio vai muito além de tecnologia em identifica-

ção digital. documentos seguros e de qualidade, certificação digi-

tal e todos os demais serviços ou produtos disponibilizados pelas

associadas são apenas algo que vendemos. mas por trás deles há

um bem intangível muito importante: cidadania. os projetos nos

quais nos envolvemos estão mudando a vida dos brasileiros.

claro, a maioria deles não sabe disso, sequer se dá conta.

mas os cases apresentados no 11º certforum mostram, por

exemplo, que a certificação digital transformou as relações ins-

titucionais no Brasil, com benefício direto para o cotidiano do ci-

dadão. Isto fica claro em usos na área de saúde, no Judiciário,

na área tributária ou na entrega ao ministério do trabalho em

declarações como a relação anual de Informações sociais (rais)

e o cadastro geral de empregados e desempregados (caged).

estas e outras aplicações do certificado digital foram detalha-

das no certforum, evento do Instituto nacional de tecnologia da

Informação (ItI), já consagrado como o principal do setor.

outro importante evento com o apoio da aBrId é o Impa, o

Workshop Identificação moderna, processos e aplicações. depois

de passar pelo ceará em maio, em julho aconteceu a etapa de Be-

lém, no pará. e ainda faltam as edição de Brasília, em outubro, e

de são paulo (sp), em novembro. realizado pelo conselho nacio-

nal dos diretores de Órgãos de Identificação (conadi), o Workshop

discute de forma ampla a questão da identificação humana, mos-

trando aplicações práticas e perspectivas para o futuro.

sempre com o foco de divulgar todo o potencial das nossas as-

sociadas, neste trimestre a revista mostra ainda um novo evento:

o Witaid, Workshop de Inovações tecnológicas na área de Identifi-

cação. com promoção da diretoria de serviço militar em parceria

com a nossa associação, o encontro aconteceu em setembro no

quartel general do exército e focou nas inovações com possibili-

dade de aplicação pelas forças armadas brasileiras.

estamos cada vez mais próximos do cidadão. mesmo que

ele não perceba, a vida vai ficando mais fácil por meio dos

nossos negócios.

Boa leitura!

idigital é uma publicação da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia em Identificação Digital (ABRID).

Presidente: Célio RibeiroDiretor de Identificação Digital: Edson RezendeDiretor de Projetos e Informação Tecnológica: Fernando CassinaReportagem: Iara Rabelo e Marcio PeixotoEditor: Marcio Peixoto MTB 4169/DFRevisão: Millena DiasTiragem: 2.500 exemplaresPeriodicidade: trimestralContato: (61) 3326 2828Projeto gráfico e diagramação: Infólio Comunicação - www.infoliocom.com - (61) 3326 3414

(Os cases e artigos assinados não refletem o pensamento nem a linha editorial da revista e são de inteira responsabilidade de seus autores)

PALAVRA DO PRESIDENTE

EXPEDIENTE

RIC

AR

Do

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Workshop Identificação Moderna, Processos e Aplicações passa pela região Norte e discute o uso da tecnologia na identificação

IMPA CHEGA A BELéM

O IMPA começa a girar o país. Depois da pri-meira etapa, realizada em maio no Ceará, foi

a vez do Pará receber o Workshop Identificação Moderna, Processos e Aplicações. Realizado pelo Conselho Nacional dos Diretores de Órgãos de Identificação (Conadi) e com organi-zação da ABRID, a etapa Belém, em 18 de julho, contou com patrocínio das empresas Akiyama, Gemalto, In-telCav, Montreal e Serasa Experian – todas associadas da ABRID.

“Esse evento objetiva discutir a identificação humana na sua maior abrangência, tanto civil ou criminal, e a certificação digital, além de bus-car apoio quanto à implantação do Registro de Identidade Civil, o nosso RIC”, anunciou o diretor de Iden-tificação Digital da ABRID, Edson Rezende, que também atuou como mestre de cerimônia.

Já o presidente do Conadi e di-retor do Instituto de identificação da Polícia Civil do Distrito Federal, Carlos César de Saraiva, fez a aber-tura oficial do encontro: “Que este seja mais um evento produtivo e que permita colocar em prática as ideias em médio e longo prazo”.

A agenda de palestra começou com o consultou da ABRID, Carlos Collodoro, que enfatizou a relevân-cia da identificação nas áreas civil e criminal. Ele apresentou o conceito de infovia da identificação para dei-xar o sistema a serviço do cidadão.

A infovia funciona como uma es-trada de mão dupla, que começa a ser pavimentada com os dados biográfi-cos do cidadão. Collodoro ressaltou a importância de criar um banco de da-dos único e destacou que os crimes de falsificação de documento e violação estão crescendo absurdamente – fato que pode ser evitado com a implanta-

ção de um sistema eficiente. Na pis-ta de volta da infovia há a oferta da identidade segura aos cidadãos, que abre caminho para a oferta de diver-sos serviços.

Em seguida, o diretor do Insti-tuto de Identificação do Pará, Antô-nio Ricardo Teixeira Moura Paula, detalhou os 100 anos de história da identificação papiloscópica no estado. Ele também fez um resgate de todo o processo de identifica-ção, lembrando que tudo começou no século XVII com os estudos do médico, biólogo e professor de ana-tomia da Universidade de Bolonha, Marcelo Malpigui.

Já o perito Eulemar Antônio da Silva Amorim, do Instituto Nacio-nal de Identificação (INI), enfatizou a parceria do INI com os institutos de identificação dos estados, des-tacando como exemplo o trabalho conjunto com o Instituto de Iden-

ParticiPantes do WorkshoP identificação Moderna, Processos e aPlicações discutiraM eM BeléM do Pará as diversas PossiBilidades tecnológicas Para identificar Pessoas

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tificação de Rondônia. No estado a união de esforços permitiu o uso do sistema Afis, que já tem kits para coleta digital das impressões dos ci-dadãos em quase todos os postos de identificação rondonienses.

Amorim ressaltou que uma das finalidades do INI é coordenar e in-terligar os serviços de identificação no Brasil, de forma que todos os es-tados possam ter acesso às informa-ções nacionais. “O principal motivo de o INI estar presente nessa reu-nião é demonstrar a importância da cooperação entre os institutos de identificação. Todos os Institutos juntos são fortes, é nisso que o INI acredita, é nisso que o INI está tra-balhando”, concluiu.

O coordenador de Operações do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), Luís Carlos de Oli-veira Porto, comentou o projeto pi-loto da Autoridade de Registro (AR) Biométrica implantado no Distrito Federal. O modelo permite a identi-ficação do interessado em um certi-ficado digital a partir da comparação da impressão digital coletada eletro-nicamente com o banco de dados do Instituto de Identificação. A consulta dura menos de 20 segundos e a taxa de eficiência é alta: 95%, de acordo com os padrões internacionais.

Segundo Luís Porto, um pilo-to também está em andamento na Bahia e há conversas para implan-tar o sistema no Rio de Janeiro, São

Paulo e Rio Grande do Sul. A pró-xima etapa é apresentar o relatório do projeto piloto à comunidade da Infraestrutura de Chaves Públicas brasileira (ICP-Brasil) e, após ajus-tes, propor uma resolução para regu-lamentar a prática ao Comitê Gestor da ICP-Brasil.

Por sua vez, o coordenador da Companhia de Tecnologia da In-formação e Comunicação do Pa-raná (Celepar), Jair Fernandes, ex-plicou o processo de identificação da população do estado. Fernandes salientou que o foco do Projeto de Identificação de Pessoas do Paraná é dar maior segurança na impressão do documento de identidade, já que an-teriormente o trabalho era manual. A iniciativa criou a base única para implantar a biometria no Paraná.

O diretor do Instituto de Iden-tificação do Acre, Sandro Roberto Cunha Rodrigues, comentou o fun-cionamento da unidade, lembrando que o estado é pioneiro na região Norte no uso da tecnologia Afis para identificação civil e criminal. Segun-do ele, a população do estado é de 733 mil habitantes e o prontuário ci-vil conta com 670 mil entradas, além

das 51.830 fi-chas criminais.

S a n d r o Rodrigues des-tacou a im-portância do trabalho papi-loscópico, que tem ajudado na elucidação dos crimes contra a vida e contra o patrimônio por meio de perí-cias e instru-mentos como a composição do retrato falado. “O trabalho que realizamos

é para o cidadão, e não para o Insti-tuto”, encerrou.

Em continuação às palestras do IMPA, a gerente de Projetos Espe-ciais da Serasa Experian, Márcia Ro-mero Maratona, analisou a impor-tância da certificação de identidade para a segurança de transações de ne-gócios. Ela revelou que a cada 14,8 segundos uma pessoa sofre fraude no Brasil, e que o piloto da AR Bio-métrica é uma iniciativa importan-te. “Conhecer as particularidades da base de dados de cada estado faz parte do processo. Sendo assim, for-talecer a segurança digital através de consulta é primordial”, observou.

Márcia Maratona acrescentou que há um grande mercado poten-cial para consultas de confirmação de identidade por meio de parcerias com os institutos de identificação, que podem cobrar pelas conferên-cias. No setor público, por exemplo, SUS, INSS, Dataprev, Infraero e cartórios são potenciais clientes. Já na área privada, o serviço interessa a bancos, empresas de telecomuni-cações, financeiras e setores como varejo, seguros e saúde.

A perita do Instituto Nacional de Criminalística (INC), Narumi Pereira Lima, alertou para os riscos ao cidadão e ao Estado dos crimes de roubos de identidade e falsificação de documentos. Ela frisou a neces-sidade de aprimorar os itens de se-gurança da identidade brasileira, que continua similar à mesma dos anos 1980. “É preciso atualizar a identifi-cação civil como o Chile, Guatemala e Peru fizeram. O Brasil se compro-meteu com o Mercosul em moderni-zar a documentação”, lembrou.

O diretor do Instituto de Iden-tificação do Paraná e membro do Comitê Gestor do RIC, Newton Rocha, avaliou o momento no pro-cesso de implantação do Registro de Identidade Civil. Segundo ele, a tec-nologia da biometria no documento

edson rezende,

diretor de identificação

digital da aBrid

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de identidade permite aprimorar o Business Intelligence (BI), uma forma de integrar dados com o Poder Ju-diciário, por exemplo. “O processo do projeto tem que resultar no car-tão, e não ao contrário”, constatou, lembrando que a interligação dos sis-temas é a base para a conectividade para a comunicação em níveis esta-duais, regionais e nacional.

Por fim, o presidente do Cona-di, Carlos César Saraiva, detalhou o processo de modernização do Insti-tuto de Identificação do Distrito Fe-deral. O novo modelo permite um trabalho mais limpo, rápido e seguro na identificação dos brasilienses. A informatização permitiu outras van-tagens, como o controle biométrico de acesso aos presídios e utilização de um equipamento portátil – o PDA, Personal Digital Assistant – para identificar pessoas.

O banco de dados montado pelo IIDF permite a confirmação on-line da identidade, com diversos clientes potenciais para o serviço de consul-ta, como junta comercial, cartórios, Previdência Social, empresas de car-tões de crédito, comércio, rede parti-cular de ensino e muito mais.

» BOAs-vINDAs E hOMENAgEMA edição de Belém do IMPA

deu as boas-vindas ao novo diretor do INI. Brasílio Caldeira assume o

cargo antes ocupa-do por Ana Lúcia Ferreira Chaves. O novo diretor enfa-tizou a disposição para trabalhar pelo fortalecimento do setor de identifi-cação no Brasil. “O INI ajudará no que for necessário para o alcance dos projetos ligados à identificação no país” disse.

O diretor de Identificação Di-gital da ABRID, Edson Rezende, e o presidente do Conadi, Carlos César de Saraiva, registraram agradecimento à gestão de Ana Lúcia Chaves no Instituto Nacional de Identificação e dese-jaram êxito a Brasílio Caldeira no novo posto. Em seguida, Rezende, em nome da ABRID, homenageou a Diretoria de Identificação do Pará.

A delegada-geral-adjunta da Secretaria de Segurança Pública do estado, Cristiane Ferreira, recebeu a condecoração “100 anos em prol da Cidadania Paraense”. Ela agrade-ceu e elogiou a realização do IMPA: “Um evento como esse proporciona não só troca de experiências com ou-

tros estados, mas conhe-cimento de novas tecno-logias. O estado está dis-posto a investir não só na identificação da Polícia Civil, mas também na

identificação de todo sistema de se-gurança pública. É importante que participemos para que não corra o risco de adquirir um sistema obso-leto”.

O IMPA é um evento fechado, destinado aos líderes das áreas de identificação e segurança das regiões onde é realizado e aos representantes do segmento privado que oferecem soluções para aplicação pelo setor público. O Workshop Identificação Moderna, Processos e Aplicações tem mais duas etapas este ano: em Brasília (DF), em 24 de outubro, e em São Paulo (SP), em 28 de novembro.

carlos césar de saraiva, Presidente do conadi e diretor do instituto de identificação do df

aBrid hoMenagea o instituto de identificação do Pará Pelos 100 anos de atividades no estado

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confIra como foI a programação do Impa em Belém

9h Abertura (Auditório “Karajás” no Hotel Hilton Belém)

9h30 A Identificação a Serviço do Cidadão – Uma Quebra de Paradigma

carlos collodoro, consultor da aBrId

10h10 Instituto de Identificação/Pará – 100 anos de identificação/Pará

antônio ricardo teixeira moura paula, diretor do II/pa

10h40 Coffee Break

11h00 Parceria INI/IIs eulemar antônio da silva amorim,

perito do InI/dpf

11h30 AR Biométrica luís carlos porto, coordenador de

operações dinfra/ItI

12h00 Almoço

14h00 Solução de Identificação de Pessoas para o Estado do Paraná

Jair fernandes, coordenador da companhia de tecnologia da Informação e comunicação do paraná (celepar)

14h30 A papiloscopia no Acre sandro roberto cunha rodrigues,

diretor do Instituto de Identificação do acre

15h10 A Importância da Certificação de Identidade para a Segurança de Transações de Negócios

márcia romero maratona, gerente de projetos especiais/serasa experian

15h40 Base Física de Documentos de Identidade (itens de segurança)

narumi pereira lima, perita do Inc/dpf

16h20 Coffee Break

16h40 Projeto RIC uma Realidade newton rocha, diretor do IIpr e

membro do comitê gestor do rIc

17h00 Atribuição/Competência dos Órgãos de Identificação no Processo de Certificação de Identidade

carlos césar saraiva, presidente do conadi

17h30 Encerramento e Reunião Privada Diretores IIs/Conadi/MJ

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SEGuRANçA PARA quEM fAZ

A SEGuRANçA

Workshop no Quartel General do Exército apresenta diversas possibilidades de uso da identificação segura e da certificação digital pelas Forças Armadas

Identificação de pessoas, con-trole de acesso, certificação digital, cartões inteligentes, análises com base em tecnolo-

gia. Tudo isso pronto para servir as Forças Armadas brasileiras. Estas e outras possibilidades foram apresen-tadas ao Exército durante o I Witaid, Workshop de Inovações Tecnológi-cas na Área de Identificação.

O evento foi promovido pela Diretoria de Serviço Militar, em par-ceria com a ABRID, e aconteceu nos dias 24 e 25 de setembro na Sede do Quartel General do Exército, em Brasília, no Auditório do Depar-tamento de Tecnologia. Durante a abertura, que foi marcada pela pre-sença de diversas autoridades milita-res e do presidente da ABRID, Célio Ribeiro, o general de Brigada Cardo-so reforçou a importância do evento. “Evoluir é preciso. E identificar as

pessoas de forma precisa e segura é indispensável”, resumiu.

O general Paulo Humberto, da Divisão de Pessoal, aproveitou a oportunidade para dar as boas-vindas aos participan-tes e para enfatizar a neces-sidade de atualizar a iden-tificação militar. “Essa em-preitada é importante para modernizar o serviço de identificação do Exército. Precisamos desbravar novos caminhos”, constatou.

Na sequência dos traba-lhos, o tenente-coronel Gus-tavo e o general Bráulio apre-sentaram o projeto de criação da Autoridade Certificadora Defesa. Bráulio ressaltou a aspiração antiga do Minis-tério da Defesa de assinar de forma unívoca toda sua do-

cumentação, com interoperabilida-de. “Até o momento cada uma das Forças Armadas tem assinado de forma diferente”, disse. De acordo

Marcos alBerto de souza, da nec, aPresenta o analisador Portátil de dna

WorkshoP de inovações tecnológicas na área de identificação PerMitiu dois dias de discussão aos Militares no quartel general do exército, eM Brasília

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com o general Bráulio, a intenção é homogeneizar as assinaturas e dar anda-mento a vários projetos que dependem de certi-ficação digital. “A AC vai dar a oportunidade de as-sinarmos eletronicamente os documentos de forma segura”, resumiu.

Previsto para entrar em funcionamento em ja-neiro de 2015, o projeto da AC Defesa foi inicia-do com uma portaria em junho de 2012 que criou um grupo de trabalho para identificar as neces-sidades de cada uma das Forças Armadas – Mari-nha, Exército e Aeronáu-tica. O grupo funcionou no âmbito do Ministério da Defesa e, em novem-bro do ano passado, a pasta determinou a elabo-ração do Projeto de Im-plantação da Autoridade Certificadora da Defesa, tomando como referência o ante-projeto de implantação elaborado pelo grupo de trabalho.

De acordo com o tenente-coro-nel Gustavo, a proposta está atual-mente na fase de planejamento de

contratação das empresas, que busca montar uma es-trutura conjunta que aten-da a demanda de cada uma das Forças Armadas. O em-

penho de orçamento e de pessoal será proporcional à necessidade de cada Força, com o Exército como o maior demandante.

Em seguida, foi realizada a pri-meira mesa de debates, com as pre-

senças de Célio Ribeiro e de Edu-ardo Larcerda, assessor técnico da Presidência do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI). O tema das apresentações foi o cenário atual da identificação no Brasil.

O presidente da ABRID deta-lhou a importância de modernizar a identificação dos militares brasi-leiros por meio de um documento com certificação digital no padrão ICP-Brasil. “Um documento que pode identificar de maneira incon-fundível uma pessoa dá a ela mais cidadania e é um meio de moderni-zação”, comentou.

Já o representante do ITI refor-çou a confiabilidade da certificação digital no padrão ICP-Brasil. Para Eduardo Lacerda, além da intero-perabilidade e da homogeneidade na assinatura dos documentos das Forças Armadas, o mais importante é a segurança. “Um documento com certificação digital ICP-Brasil dificil-mente sofrerá uma fraude”, afirmou.

general de Brigada cardoso

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Para exemplificar, Larcerda apresentou diversos usos do certi-ficado digital, como a Nota Fiscal Eletrônica e o Conectividade Social, e ressaltou que o modelo é essencial para reduzir custos e desburocrati-zar processos.

Dando prosseguimento ao I Wi-taid, o especialista em Sistemas da NEC, Marcos Alberto de Souza, de-talhou o funcionamento do analisa-dor portátil de DNA, desenvolvido pela empresa japonesa. O equipa-mento permite, com nível satisfató-rio, associar a presença de uma pes-soa na cena de um crime, por exem-plo. Também pode ser usado, entre outras aplicações, na identificação de corpos em grandes acidentes.

O analisador portátil é do tama-nho de uma mala, mas não substitui os tradicionais laboratórios de DNA – que permitem estudos muito mais complexos. “O analisador portátil,

apesar de ser fascinante, ele tem li-mitações. Para tecidos duros, como poupa de dentes, tutano de osso, não é possível processar no sistema. Há processos mais complexos que só podem ser feitos no laboratório. Mas para tecidos mais sutis, como saliva, sê-men, san-gue, pele, f o l í c u l o de cabelo, é possí-vel processar”, explicou. O tempo de análise de uma amostra no analisador por-tátil vai de 25 a 60 minutos.

Segundo Marcos Sou-za, a comercialização do analisador ainda não está liberada, já que o projeto está em fase de homologa-ção – processo que deve ser concluído até 2015. Mes-

mo assim, a NEC já recebeu con-sulta sobre o modelo de dezenas de entidades ao redor do mundo: 22 na Europa, seis na Ásia, 10 no Ja-pão, 33 na América do Norte e nove da América Latina, incluindo uma do Brasil.

célio riBeiro, Presidente da aBrid, Mostra sua carteira da ordeM dos advogados do Brasil durante Palestra

eduardo lacerda,

assessor do iti

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Já o gerente de Tecnolo-gia da Informação do Con-selho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Antônio de Pádua Canaviei-ra, apresentou o processo de criação da carteira nacional do advogado, estabelecida em 2007. Canavieira acredi-ta que a experiência da OAB pode ser adaptada para apli-cação pelo Exército na cria-ção de um novo documento para os militares brasileiros.

Ele enfatizou que, antes do projeto, os bancos de da-dos eram descentralizados e cada uma das seccionais fazia o próprio documento para os advogados – o que deixava o modelo sem padronização e alto índice de falsificação, além de impedir consultas sobre a situação dos advoga-dos. “Convivíamos até com a piadinha de que se vendia documento de advogado na Praça da Sé”, brincou.

Hoje, a OAB tem um banco de dados único - o Cadastro Nacional dos Ad-vogados, com 15 milhões de consultas por mês -, o que permite emitir a carteira do advogado de forma absolu-tamente segura. O projeto foi implantado pela GD e o cartão de identificação tem diversos itens de proteção, como chip com certificação digital, infraverme-lho, gravação a laser, micro letras, tinta invisível, OVI, relevo tátil e có-digo de barras. “É diferente de um papelzinho batido à máquina como a gente tinha antigamente, com cada seccional fazendo o seu”, ironizou, para mostrar a grande confiabilidade no novo documento.

Encerrando as atividades do primeiro dia do Witaid, o tenente-coronel Alexandre Rocha Saud, da

Polícia Militar do Distrito Federal, detalhou a expe-riência da PM na desmaterializa-ção de processos, com certificação digital, na área de assistência a saú-de aos policiais e

familiares – iniciativa desenvolvida em parceria com a Certisign.

O modelo permitiu usar a bio-metria para identificar os usuários e a implantação do prontuário ele-trônico do paciente em conformi-dade com as regras das entidades médicas. “Desmaterializando os processos: fizemos a digitalização dos prontuários existentes. Cento e trinta e seis mil prontuários, sete milhões de folhas de papel, hoje estão compactados em 105 gigaby-

tes”, comentou. O processo de di-gitalização dos papéis foi concluído no fim de 2012, depois de dois anos de trabalho.

A gerente da Certisign, Cristia-ne Pereira, também participou da discussão e enfatizou que a empresa já tem experiência no atendimento a projetos da área militar. “Quise-mos apresentar um case de sucesso e uso operacional junto a uma insti-tuição militar, de forma que a gente pudesse trazer ao conhecimento de vocês um case que tivesse um en-volvimento de biometria, de certi-ficação digital, desmaterialização de processos. Eu acho que esse era o grande desafio que tinham nos pas-sado”, concluiu.

A primeira palestra do segundo dia de atividades do workshop foi novamente de Marcos Alberto Sou-za, da NEC, que mostrou as inicia-

antônio de Pádua canavieira, gerente de tecnologia da inforMação do conselho federal da ordeM dos advogados do Brasil (oaB)

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tivas da empresa para projetos de sensores e câmeras especiais, aquisição de imagem a zero luz e em frequência de onda de te-rahertz. As câmeras da NEC MR 550 e IRV-T0831C enxer-gam no escuro e podem realizar vigilância de vídeo em cores 24 horas. “Para um sistema de identificação o céu é o limite, pois há muita tecnologia envol-vida”, concluiu.

A última palestra do I Wi-taid foi de Fernando Leon, enge-nheiro venezuelano da Intelcav. Leon apresentou soluções de se-gurança para a identificação mi-litar e na gestão da saúde.

Segundo Leon, o cartão uti-lizado nestes sistemas apresen-tam vários dispositivos de segu-rança, como chip de interface de contato e híbrida e 64 kbites de memória Eeprom, além de siste-ma de operação aberto e múlti-plo. Os chips têm dados armaze-nados referentes ao histórico de saúde do paciente, como exames e medicamentos prescritos. Ele ainda demonstrou o funciona-mento do sistema e como o mo-delo atua de forma integrada, fa-cilitando o acesso às informações de forma segura e confiável.

O encerramento do I Witaid – que ainda teve na programação demonstrações de equipamentos tecnológicos nos intervalos – contou com agradecimento es-pecial pelo apoio técnico e pelo empenho da ABRID para a re-alização do evento. O Exército também agradeceu às demais Forças Armadas, à Polícia Mili-tar do Distrito Federal, à OAB e às empresas participantes pela oportunidade de os militares conhecerem as tecnologias apre-sentadas durante o workshop.

tenente-coronel

alexandre rocha saud, da Polícia Militar

do distrito federal

Marcos alBerto

de souza, esPecialista eM sisteMas

da nec

fernando leon,

engenheiro venezuelano

da intelcavfoToS: WEnDERSon ARAúJo

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Tribunal de Justiça de Pernambuco lança cartilha que explica de forma simples o certificado digital

CERTIfICAçÃO DIGITAL PARA O ENTENDIMENTO DE TODOS

“Há anos as pessoas utilizam assina-turas à caneta, carimbos, selos

e outros recursos para comprovar a autenticidade de documentos, expres-sar concordância com determinados procedimentos, declarar responsabili-dades, etc. Atualmente, a tecnologia da informação viabilizou maneiras para as pessoas executarem essas ações com a mesma eficácia, mas com mais eficiência. No entanto, precisamos de mecanismos capazes de garantir a autenticidade, a confidencialidade e a integridade das informações trans-mitidas em cada uma das transações eletrônicas”.

Estas são as palavras que introdu-zem a “Cartilha de Certificação Di-gital”, lançada este ano pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). O documento foi preparado pelo Nú-cleo de Segurança da Informação e pela Secretaria de Tecnologia da In-formação e Comunicação da corte.

O gestor do Núcleo de Seguran-ça da Informação, Marcelo Lima, avalia que o documento é impor-tante para detalhar o funcionamento da certificação digital, que está em pleno uso no TJPE (confira infográ-fico na página 26). O tribunal usa certificados emitidos pela Autorida-de Certificadora da Justiça (AC-Jus), fornecidos pela Certisign e Caixa Econômica Federal. No âmbito do tribunal pernambucano a utilização de certificados digitais tem regras específicas, estabelecidas pelo Nor-mativo de Certificação Digital. O documento pode ser acessado no site www.tjpe.jus.br.

Embora a assinatura digital seja hoje essencial para o funcionamento da Justiça em Pernambuco, inicial-mente foi preciso vencer a resistên-cia à novidade. “Incluir certificados digitais na nossa rotina não é algo simples. É preciso adaptar sistemas, elaborar novos procedimentos e es-

tar disposto a se apropriar de uma tecnologia que ainda não fazia par-te da nossa realidade. Portanto, em um primeiro momento, o uso de certificados digitais em larga esca-la causou certo impacto na área de TIC do TJPE. Mas amadurecemos nosso conhecimento sobre a tecno-logia e hoje ela já faz parte da nossa rotina”, comemora.

Para difundir e explicar o uso do certificado, o Tribunal de Justiça de Pernambuco faz um trabalho focado nos três tipos de usuários – internos, advogados e comunidade. “Quanto aos nossos usuários internos, magis-

trados e servidores, foi preciso incluir uma programação de treinamentos para aproximá-los da tecnologia. Atualmente todos que recebem um certificado digital para uso em suas atividades recebem treinamento e podem consultar uma (outra) car-tilha preparada especialmente para tratar do assunto”, relata.

Já para os advogados, que uti-lizam seus próprios certificados no sistema do tribunal, o TJPE sempre procura atuar em parceria com a seccional da Ordem dos Advogados (OAB-PE) para que os certificados sejam de fato um mecanismo faci-

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litador para o profissional acessar a Justiça. E para a sociedade, final-mente, a certificação digital facilitou o acesso à Justiça.

“Quando disponibilizamos o processo judicial eletrônico ou o Diário da Justiça em sua versão eletrônica estamos fazendo isso para tornar a Justiça mais acessível. Hoje, acompanhar processos sem ir ao fórum já é uma realidade, assim como consultar o Diário da Justiça Eletrônico com apenas um clique do mouse. Desde 2012 a emissão de certidões negativas criminais pode ser feita via internet e, embo-ra isso não seja perceptível para o cidadão comum, o uso de certifica-dos digitais nos apoia neste proces-so”, constata o gestor.

» Bê-á-Bá Marcelo Lima enfatiza que a car-

tilha foi feita justamente para os cida-dãos comuns. “Não precisamos que eles entendam a complexidade crip-tográfica ou algorítmica que envolve a tecnologia, mas precisamos que eles saibam o que é e para que serve um certificado digital. Achamos impor-tante também que eles entendam que existe um embasamento legal para o uso dos certificados”, observa.

O documento começa com ex-plicações bastante simples e didáticas sobre o que é um certificado digital

e quais são suas possibilidades de aplicação. A equipe do tribunal teve a preocupação de mostrar ao usuário o reconhecimento legal da assinatu-ra eletrônica. Assim, o texto enfatiza que ela tem o mesmo valor jurídico de documentos assinados à mão, como prevê a Lei nº 5.869/73: “§ 2º Todos os atos e termos do processo podem ser produzidos, transmitidos, armazenados e assinados por meio eletrônico, na forma da lei”.

Já a Lei 11.419/2006 dispõe sobre a informatização do processo judicial: “Art. 11. Os documentos produzidos eletronicamente e jun-tados aos processos eletrônicos com garantia da origem e seu signatário, na forma estabelecida nesta Lei, se-rão considerados originais para to-dos os efeitos legais”.

A Medida Provisória 2.200-2/2001, completa o TJPE, institui a Infraestrutura de Chaves Públi-cas Brasileira (ICP-Brasil), “uma estrutura composta de um ou mais certificadores denominados de Au-toridades Certificadoras - AC que, baseando-se em certificados digitais, conseguem assegurar a identidade de um usuário de mídia eletrônica ou assegurar a autenticidade de um do-cumento suportado ou conservado em mídia eletrônica”.

Como o foco da cartilha é o usu-ário comum, o documento também

alerta para os cuidados na hora de es-colher senhas, como evitar nomes ou dados que podem ser facilmente des-cobertos, como data de nascimento, placa de automóvel, CPF ou número de identidade. A cartilha dá a dica para a definição de uma boa senha: “Uma sugestão é criar senhas inter-calando letras maiúsculas e minúscu-las, e números. Ah! Fique a vontade também com os caracteres especiais (@#%&*!!!), eles são ótimos. Vale a pena usar e abusar de toda sua criati-vidade nesse momento”.

O arquivo eletrônico da carti-lha está disponível no site do TJPE, mas a versão impressa é distribuída em ações pontuais em que ocorre emissão de certificados digitais ou o tema de segurança da informação é abordado. O gestor do Núcleo de Segurança da Informação avalia que a cartilha tem tido ótimo resultado junto à população.

Marcelo Lima acredita que o li-vreto ajuda a sociedade a entender a importância da certificação digital, que ele considera um grande avan-ço: “A utilização de certificados di-gitais é um desafio que vale muito a pena ser enfrentado,  considerando todos os benefícios que podemos alcançar. Ainda temos muito a ca-minhar, mas já estamos colhendo excelentes resultados”. E muitos mais estão por vir.

equiPe do tJPe que traBalhou na cartilha: foco eM fazer o texto coMPreensível Por todas as caMadas da sociedade

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penHora on-lIne

sistema utilizado pelo poder Judiciário, o qual permite que os magistrados através de uma solicitação eletrônica bloqueiem instantaneamente as contas correntes do executado para que seja garantida a execução, buscando dessa forma, um feito executivo mais célere.

infográfico

fonte: cartilha de certificação digital, disponível em www.tjpe.jus.br.

aplIcações do certIfIcado dIgItal no trIBunal de JustIça de pernamBuco

malote dIgItal

permite o envio de correspondências oficiais, entre órgãos do poder Judiciário nacional, por meio eletrônico. utiliza certificado digital para assinar digitalmente as correspondências, garantindo a autenticidade, irretratabilidade e integridade dos documentos.

dIárIo de JustIça eletrÔnIco

sistema que substitui integralmente a versão impressa das publicações oficiais para todos os efeitos legais. o documento é assinado digitalmente e disponibilizado para conferência dos interessados, garantindo a autenticidade, irretratabilidade e integridade.

processo JudIcIal eletrÔnIco

sistema digital de acompanhamento do processo Judicial. utiliza o certificado digital para autenticar e assinar digitalmente documentos incluídos pelos colaboradores.

tJpe conectado

ferramenta que permite que magistrados possam acessar os sistemas judiciais a partir de qualquer lugar via Internet. o ambiente só permite o acesso depois que o usuário se autentica utilizando o certificado digital.

antecedentes crImInaIs

possibilita a emissão de certidão criminal por qualquer cidadão com acesso a internet. somente nos casos que é necessária a emissão presencial da certidão serão registradas as autorizações que devem ser assinadas digitalmente.

InfoJud

tem como objetivo permitir aos juízes o acesso, on-line, ao cadastro de contribuintes na base de dados da receita federal, além de declarações de imposto de renda e de imposto territorial rural.

restrIções JudIcIaIs de veículos automotores

o renajud é um sistema on-line de restrição judicial de veículos criado pelo conselho nacional de Justiça (cnJ), que interliga o Judiciário ao departamento nacional de trânsito (denatran).

Em uma sociEdadE cada vEz mais conEctada, a GEmalto é a lídEr Em rEalizar intEraçõEs diGitais práticas E sEGuras. saiba mais Em GEmalto.com.br

GEMALTO.COM.BR/SETOR_PUBLICO

Manter a segurança das pessoas no mundo digital começa com a proteção das suas identidades e dados pessoais. No Setor Público, a Gemalto está contribuindo com mais de 80 iniciativas governamentais em todo o mundo, incluindo 25 implentações de Passaportes Eletrônicos (ePassports) e 24 programas de identidade eletrônica nacional (eIDs). A Gemalto fornece documentos seguros, soluções robustas de registro de identidade protegendo a infraestrutura do Governo eletrônico (eGovernment) para o benefício dos cidadãos.

Assegurando a identidade de milhões de cidadãos ao redor do mundo

Mercado brasileiro de TI deve ter o maior crescimento do mundo em 2013

TECNOLOGIA EM EXPANSÃO

No topo das previsões. Assim está o mercado de Tecnologia da Infor-mação (TI) brasileiro

para 2013. A expansão prevista para o ano é de 14,5%, conforme a esti-mativa da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes). A taxa mundial de crescimento prevista para este ano é de 5,5%, com base em levantamento feito pelo instituto IDC (International Data Corpora-tion) a pedido da Abes.

A indústria brasileira de softwa-re e serviços superou as expectativas de crescimento em 2012, atingindo a marca de US$ 27,178 bilhões, contando as exportações. Foi um au-mento de 26,7% em relação a 2011, de acordo com os mesmos estudos da Abes em parceria com o IDC.

O mercado brasileiro de TI, que engloba software, serviços e hardwa-re, teve um crescimento de 41,6% e se posicionou na sétima posição no ranking internacional, na frente de países desenvolvidos como Austrália e Canadá. Hoje, o mercado nacional de TI já representa 49,1% do que movimenta toda a América Latina, com US$ 60,2 bilhões. A região to-taliza US$ 122 bilhões.

No entanto, embora os dados sejam de fato positivos, o país tem potencial para mais. “Esses números dão hoje ao Brasil uma fatia de apenas 3% do mercado mundial de TI. Ou-tro fator importante é que o mercado nacional de software é formado por 86% de micros e pequenas empresas. As perspectivas são de crescimento para os próximos anos, mas para que esse mercado mantenha essa evolu-ção e se desenvolva, a inovação é um ponto crucial”, alerta o presidente da Abes, Jorge Sukarie.

Sukarie aponta a necessidade de investimentos e a redução da burocracia como medidas necessá-rias para permitir a exploração de todo o potencial do mercado de

TI no Brasil. “O setor precisa ob-ter uma ampla disponibilidade de recursos para inovação e fomento, modernização nas relações de tra-balho, ampliação da formação de profissionais, além de uma solução para as questões tributárias. Tam-bém propomos que o governo trate o setor de TI como um segmento estratégico em todas as esferas e seja o maior comprador de tecno-logia nacional e não o maior con-corrente do setor”, observa.

Apesar dos desafios, a área de TI está aquecida e tem perspectivas fa-voráveis a partir de situações como os grandes eventos esportivos reali-zados no Brasil - Copa das Confe-derações em 2013, Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, por exemplo - e mesmo a exploração do petróleo do pré-sal. “O setor de TI tem uma característica de pe-netração horizontal na economia. As empresas de todos os segmentos investem em tecnologia para serem mais competitivas e mais produtivas com redução de custos. Até mesmo em tempos de crise, a tecnologia é considerada um investimento estra-tégico para melhoria dos negócios. Esses grandes eventos já estão de-

mandando do setor de TI soluções que possam oferecer conforto, aces-sibilidade e segurança.  Isso engloba soluções em cloud computing, data centers, infraestrutura de rede e har-dware, entre outros. Além de pro-fissionais especializados”, comenta Jorge Sukarie.

Outro ponto favorável ao cresci-mento do mercado de TI é o aumen-to da mobilidade. O Brasil já conta com média de mais de um celular por habitante e os telefones tendem a ser cada vez mais interativos e co-nectados. O brasileiro também tem acessado mais a internet. Segundo a Navegg, empresa especializada em análise de audiência on-line, a cone-xão à rede mundial de computadores cresceu 12% no segundo trimestre de 2013. O número de internautas no país aumentou 3% no período, chegando a 105 milhões. 

» sEgURANçA, PAlAvRA-ChAvEA Abes vê a segurança da infor-

mação como essencial para o cres-cimento sadio do mercado de TI. E a preocupação vale tanto para instituições quanto para pessoas. Citando as denúncias veiculadas pela impressa de espionagem de

1º Estados UnidosUS$ 638 bilhões

2º ChinaUS$ 173 bilhões

7º BrasilUS$ 60 bilhões

4º Reino UnidoUS$ 110 bilhões

3º JapãoUS$ 172 bilhões

5º AlemanhaUS$ 101 bilhões

6º FrançaUS$ 76 bilhões

Ranking mundial deinvestimentos em TIdados de 2012

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três perguntas para Jorge sukarIe, presIdente da assocIação BrasIleIra das empresas de softWare (aBes)Revista idigital: Como está o espaço no mercado de software para iniciativas pessoais do tipo ‘adolescente reinventa a roda na garagem de casa’? Ou o segmento é só para profissionais?

Jorge Sukarie : O segmento não é restrito a profissionais, mas uma for-mação é extremamente recomendada. No meio acadêmico, o estudante tem a possibilidade de expandir seu conhe-cimento e se preparar para o mercado de trabalho. Não só no Brasil, mas em diversos países, a criação de soluções inovadoras com jovens profissionais já é uma realidade. Isso é uma tendência natural que deve aumentar devido ao fácil acesso à tecnologia que essa nova geração está sendo educada. Essa fami-liaridade com a tecnologia permite que suas capacidades sejam desenvolvidas, resultando em inovação. Mas para que seus projetos se destaquem é necessário incentivo financeiro e educacional.

id: Que dicas podem ser dadas a quem quer empreender no setor de TI?

JS: O Setor de TI é relativamente re-cente e ainda requer muita evolução no seu marco regulatório. Para contribuir, o Brasil é um país muito burocrático, com um custo bastante elevado e tem sofrido nos últimos anos um problema de credibilidade nas instituições. Dian-te deste cenário, o empreendedor no setor de TI deve, além das qualidades básicas que um empreendedor deve ter - como, por exemplo, ter visão, saber transformar ideia em realidade, co-nhecimento profundo naquilo que se propõe a fazer, foco, capacidade, etc. -, ele ainda vai precisar ser perseverante e determinado para poder superar estas barreiras que vivemos neste momento no Brasil.

id: Quais são as projeções que a Abes faz para o futuro da TI no Brasil?

JS: Já somos um país de 265 milhões de aparelhos celulares, segundo dados da Anatel  (Agência Nacional de Tele-comunicações) de junho deste ano. As tendências do IDC (International Data Corporation) apontam que o crescimento do segmento de “devices” será maior que o crescimento de PCs até o final de 2013 e a explosão da mo-bilidade vai definir os investimentos em TI. No estudo divulgado pela Abes, os setores de Serviços e Telecom apare-cem entre os três principais consumi-dores de software no país. O segmento de aplicativos representou 42,2% do mercado de software brasileiro. Cada vez mais veremos soluções de TI sen-do criadas para esses “devices”, que atendam às necessidades do cidadão, com cidades mais informatizadas, que apoiam a mobilidade dos habitantes. A grande demanda pelos smartphones pode ser uma boa oportunidade para as empresas brasileiras desenvolvedoras de aplicativos para esses aparelhos.

dados da presidente da República, Dilma Rou-sseff, pelo governo dos Estados Unidos, Jorge Sukarie constata: “Este episódio só reforça o nos-so entendimento da im-portância da segurança da informação, e de que todo cidadão deve se preocupar com o tema para garantir sua privacidade”.

Um grande aliado no trabalho de garantir essa segurança, constata o pre-sidente da Associação Bra-sileira das Empresas de Software, é a certificação di-gital. “A Abes vê o mercado de certificação digital com bons olhos, pois se trata de importante instrumento para garantir a segurança da informação, e que está com o mercado bastante aque-cido em função da recente exigência de adoção da cer-tificação digital por diversos órgãos de governo nas di-versas esferas, e também no gerenciamento eletrônico de documentos”, conclui.

1º Estados UnidosUS$ 638 bilhões

2º ChinaUS$ 173 bilhões

7º BrasilUS$ 60 bilhões

4º Reino UnidoUS$ 110 bilhões

3º JapãoUS$ 172 bilhões

5º AlemanhaUS$ 101 bilhões

6º FrançaUS$ 76 bilhões

Ranking mundial deinvestimentos em TIdados de 2012

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C A D A V E Z M A I S PRÓXIMO

A 11a edição do CertForum mostra que a certificação digital já é essencial para a rotina das empresas e do governo e está ficando mais perto da vida do cidadão comum

Muito mais que a am-pliação da segurança nos processos ou a simples redução do

uso de papel, a certificação digital está revolucionando o funciona-mento institucional do Brasil. E está se aproximando cada vez mais da vida cotidiana das brasileiras e dos brasileiros. Esta é a constatação para quem acompanhou a 11a edição do CertForum, o Fórum da Certificação Digi-tal, promovido pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) e organiza-do pela ABRID.

O evento, realizado em 11 e 12 de setembro no Centro de Convenções Bra-sil XXI, em Brasília, contou com representantes dos mais diversos setores da sociedade. Eles apresentaram as mais variadas possibilidades de aplicação do certificado digi-tal no país.

A Abertura teve casa cheia e contou com as presen-ças do presidente da ABRID,

Célio Ribeiro, do presidente do ITI, Renato da Silveira Martini, do depu-tado Hugo Leal (PSC/RJ), do supe-rintendente da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Su-dene), Luiz Gonzaga Paes Landim, e de Eduardo Ataíde, da World Wide Investment (WWI).

Durante a abertura, Martini en-fatizou a importância dos dois dias

de debates no evento e o desafio da imple-mentação de uma in-fraestrutura nacional de certificação digital,

que é importante para o funciona-mento de vários serviços no país. Na oportunidade, foram ressaltados os usos da certificação digital que já vem ocorrendo no Brasil, como na conectividade social, nas petições eletrônicas, na nota fiscal eletrônica e nas aplicações do governo. De acor-do com Martini, já foram emitidos mais de 7,5 bilhões de notas fiscais eletrônicas no país, com a economia de cerca de 22 bilhões de folhas de papel. O que demonstra que o Brasil está avançado no processo de desma-terialização e no uso de recursos que

PúBlico lotou o auditório do centro de convenções Brasil xxi

célio riBeiro, Presidente da aBrid (ao Microfone), na aBertura do certforuM: “é iMPortante traBalharMos de forMa conJunta Para terMos uM País digital e cidadão”

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diminuem o risco de fraudes. “Uma empresa brasileira hoje não vive sem a certificação digi-tal”, constatou.

Célio Ribeiro cum-primentou os parceiros da indústria que possi-bilitaram a realização do CertForum e ressal-tou a importância de grande parte das Auto-ridades Certificadoras do país serem associa-das à ABRID. “Nos deixa muito feliz fazer parte desse processo tão importante para o Brasil”, disse. Ele tam-bém tratou da impor-tância da certificação digital para o combate à fraude no Brasil: “A certificação digital per-mite identificar uma pessoa de maneira ine-quívoca. Mas temos no Brasil a dificuldade de identificação das pes-soas no país, como é o caso de uma carteira de identidade falsa. É importante trabalharmos de forma conjunta para termos um país digital e cidadão”.

Já Luiz Paes Landim ressaltou a importância da tecnologia e do pro-

jeto de digitalização das atas do Conselho Fede-rativo da Sudene, na ten-tativa de salvar material relevante para pesquisa da história do Nordeste do

país. Para Landim, é preciso avançar na diminuição do uso do papel em busca de uma desmaterialização de processos e nos usos da tecnologia para o desenvolvimento do Nordeste brasileiro. “Reafirmamos a parceria com o ITI para a modernização dos processos da Sudene”, falou.

O deputado federal Hugo Leal lembrou dos 15 anos em que vem trabalhando com tecnologia, prin-cipalmente com foco em economia de papel e na acessibilidade de in-formação para todos. Leal reforçou a necessidade de manter a trajetória de modernização e de uso de meca-nismos que possam evitar a fraude em todas as áreas. “É preciso que trabalhemos para evitar as fraudes em todos os setores do Brasil, desde a carteira de habilitação à emissão de

notas fiscais”, observou. O deputado ressaltou seu trabalho com políticas públicas na Câmara dos Deputados, principalmente no que se refere ao acompanhamento de projetos rela-cionados à tecnologia, a vida da po-pulação e a cidadania por meio das novas tecnologias. Este é o caso do Projeto de Lei 3558/2012, do ITI, que visa constituir um marco re-gulatório de compartilhamento da biometria. O texto dispõe sobre a utilização de sistemas biométricos, a proteção de dados pessoais e dá ou-tras providências, além de tipificar os crimes de modificação de dados em sistema de informações.

Por fim, Eduardo Athaide, re-presentante da entidade WWI, se-diada nos Estados Unidos e focada em sustentabilidade, considerou inviável ter uma economia global e com alta performance sem desmate-rialização e certificação digital. “Os investimentos em tecnologia têm grande importância para a sustenta-bilidade”, conclui.

certforuM contou coM ParticiPantes de diversos estados do País

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quatro perguntas para renato martInI, presIdente do ItI

Revista idigital: Qual a avaliação que o senhor faz do 11° CertForum?

Renato Martini: A avaliação é extremamente positiva. Conseguimos reunir em dois dias de evento inúmeros entes públicos que utilizam certificados digitais no padrão ICP-Brasil. Em cada exposição, foi notória a modernização de gestões que utilizam essa tecnologia como acessório eletrônico de segurança e legalidade.

id:Nos anos de 2011 e 2012, o CertForum foi realizado no formato de etapas e ocorreu em diversas capitais do Brasil. Neste ano, optou-se pelo formato de dois dias em Brasília. Qual a razão dessa escolha?

RM: Nos dois últimos anos realizamos nove etapas do CertForum, o que nos deixou mui-to satisfeitos pela receptividade do evento e pelo sucesso de público. Divulgamos a tec-nologia ICP-Brasil a partir das experiências locais, como as das secretarias de fazenda e tribunais, e das nacionais, como a Receita Federal do Brasil. Quando planejamos 2013, houve um entendimento de que os temas de-veriam renovar-se e, para que essa renovação ocorresse de forma gradativa, fizemos apenas em Brasília, mesclando assuntos novos com os já conhecidos.

id: E como o público reagiu aos novos temas debatidos durante o evento deste ano?

RM: Ficamos surpresos com a quantidade de pessoas que acompanharam os debates nos dois dias de CertForum. Além disso, a quali-dade desse público foi percebida na interação da plateia com os participantes, nas inúmeras conversas que tivemos com pessoas de diver-sos segmentos e na forte presença de gestores públicos, desenvolvedores e indústria.

id: Já há alguma previsão para o CertForum em 2014?

RM: Ainda estamos colhendo os frutos des-sa exitosa experiência do 11° CertForum. Já é possível assistir palestras do evento no canal do ITI no Youtube – youtube.com/itidigital e comprovar o que afirmei nas respostas ante-riores. Queremos que em 2014, independente de onde ou quando realizemos o CertForum, seja tão frutífera como foi essa recente opor-tunidade. Ainda não sabemos o número de etapas ou mesmo onde as realizaremos, mas já temos em mente os temas que pretendemos apresentar e as entidades que gostaríamos de convidar para integrar as mesas de debates.

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EXPERIÊNCIA GLOBAL EM IDENTIFICAÇÃO DE PESSOASPaíses de 3 continentes confiam na capacidade e experiência da Indra para emissão e verificação de documentos eletrônicos de seus cidadãos

Os objetivos dos sistemas da Indra são automatizar e autenticar os processos de identificação de pessoas, mediante utilização de soluções de emissão, verificação de documentos e soluções biométricas.

[email protected]

AUTOMATIZAÇÃO E AUTENTICAÇÃO

• Autenticação da identidade humana por meio de

tecnologia baseada em biometria

• Garantia da segurança dos processos

• Soluções abertas com tecnologias de vanguarda

• Implementações de curto prazo e transferência

tecnológica ao cliente

• Reduções de custos e suporte local

SOLUÇÕES DE BIOMETRIA

• Impressão digital

• Geometria da mão

• Reconhecimento da imagem facial

• Reconhecimento da íris

• Reconhecimento de voz

ICP-Brasil e CidadaniaA primeira mesa de debates do CertForum discutiu a relação da ICP-Brasil com a cidadania. Na pauta estava o projeto do Cartão Cidadão, apresentado por Alexandre Mataragas, do Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Espírito Santo (Prodest) e o Cartão São Paulo, que ficou por conta de Alexandre Araújo, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo (Imesp). A coordenação dos trabalhos foi de Eduardo Lacerda, assessor técnico da Presidência do ITI. Para Lacerda, é vital a busca de uma identidade mais segura para o cidadão brasileiro. “Temos que buscar uma identidade mais segura, que seja capaz de reduzir fraudes na sociedade brasileira”, disse.

Alexandre Matarangas explicou o projeto do Cartão Cidadão, também chamado de cartão Capixaba, que busca propiciar a chave de acesso a todos os serviços públicos oferecidos pelo Espírito Santo. O documento tem três chips, um a mais que o RIC - o novo cartão de identidade do brasileiro -, que é o MIFARE DEsFIre – chip de aproximação que viabiliza a oferta de serviços. A escolha dessa tecnologia foi feita porque as empresas de ônibus capixabas já utilizam o padrão.

O cartão capixaba abrange os eixos de lazer, cultura, educação, cidadania, transporte e segurança. Os serviços serão oferecidos ao cidadão por meio do Portal Cidadão, em que cada pessoa pode se autenticar por meio de um cartão e ter acesso a todas as funcionalidades.

Por sua vez, Alexandre Araújo explicou a estrutura do Cartão São Paulo, projeto semelhante ao capixaba. A iniciativa tem foco no cidadão e nos serviços transacionais para os paulistas. A iniciativa é desenvolvida por meio de uma Parceria Público-Privada e está estruturada em quatro eixos: identificação moderna do cidadão, atendimento equânime e de qualidade ao cidadão, facilitação de acesso aos serviços jurídicos e utilização individual do certificado digital.

A estrutura do Cartão São Paulo está preparada para os padrões RIC. Desta forma, quando a nova identidade do brasileiro entrar em vigor o estado já estará preparado para a integração. O projeto de São Paulo tem como objetivos facilitar a vida do cidadão e aumentar a segurança na identificação.

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Certificação ICP-Brasil e o Judiciário NacionalA aplicação do certificado digital na Justiça brasileira foi o tema da segunda mesa do primeiro dia do CertForum. O debate contou com quatro palestras: Processo Judicial Eletrônico no TRT, Certificação Digital no TJSP, A legalidade do processo eletrônico assinado com certificado digital–ICP-Brasil e O profissional de direito. As palestras foram feitas, respectivamente, por Denilson Bandeira Coelho, juiz da 4a Vara do Trabalho de Brasília; Fernando Tasso, juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP); advogado Renato Ópice Blum e Luiz Cláudio Allemand, do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O procurador federal do ITI, André Garcia, foi o mediador das discussões.

Renato Ópice Blum apresentou as evoluções que a tecnologia trouxe para a vida dos advogados, principalmente a ausência de papel. “Quem imaginava que em 2013 poderia se peticionar sem sair do escritório em uma mesa quase totalmente sem papel?”, questionou. Garcia apresentou exemplos de inovação: um juiz no Acre deu uma sentença via SMS, no Paraná já há inovação com inquérito policial digital, na Índia já há casos de casamentos on-line ou via SMS e, na Austrália, já é possível fazer intimações até via redes sociais.

Fernando Tasso mostrou os expressivos números do TJSP, que atua em território correspondente ao dobro da Inglaterra, possui 41,8 mil funcionários, 2.883 juízes de direito, 21 milhões de processos em trâmite e já distribuiu 19,7 mil certificados digitais. O tribunal tem a missão de, em cinco anos, ser visto como um facilitador da Justiça, promovendo a acessibilidade e a paz social. “Buscamos mais credibilidade e celeridade na Justiça. Implantar um sistema único informatizado de gerenciamento de processos para gerir os 21 milhões de processo”, completou.

Denilson Coelho, por sua vez, ressaltou que no Brasil os tribunais são autônomos, o que permitiu a cada um implantar suas próprias soluções tecnológicas – medida que dificultou a integração dos sistemas tecnológicos no país. Para ele, a celeridade da Justiça tem grande importância, desde que ela não seja extrema ao ponto de atrapalhar o funcionamento do Judiciário. “Cada causa precisa ser maturada antes entre as partes litigantes”, ressaltou. De acordo com Coelho, para este ano está previsto que 40% das varas trabalhistas no Brasil tenham os processos eletrônicos em funcionamento, agilizando o trâmite dos processos.

Luiz Cláudio Allemand discutiu a reação do profissional de direito com o Processo Judicial Eletrônico (PJE). De acordo com ele, o modelo atual do PJE veio do TRF 5 em 2009, mas somente em 2011 o Conselho Federal da OAB foi convidado a integrar o comitê gestor da tecnologia. Allemand observou que o sistema utilizado tem de ser bom para todos, incluindo cidadãos e advogados, e não apenas para o Judiciário. O Brasil tem hoje cerca de 850 mil advogados, destes, cerca de 140 mil têm mais de 60 anos e 1.149 são deficientes visuais, o que dificulta o uso do atual sistema. “Essas pessoas não tem total facilidade ao sistema”, constatou. Segundo o representante da OAB, é necessário um sistema mais fácil e intuitivo para todos. “A função da OAB é treinar a todos para que tenham acesso aos sistemas e à Justiça”, falou.

Um dos problemas enfrentados é que o nível de certificação digital dos advogados ainda é baixo. No Rio de Janeiro estão próximo de 50%, no Paraná há cerca de 80% de advogados certificados, mas em Minas Gerais e São Paulo, por exemplo, os índices ainda são baixos. O Judiciário deve concretizar o acesso à Justiça, para garantia dos direitos de todos os cidadãos.

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Implementações ao Sistema Nacional de Certificação DigitalNos últimos anos, o comitê gestor da Infraestrutura de Chaves Públicas do Brasil (ICP-Brasil) realizou importantes deliberações que inovaram o sistema nacional de certificação digital. A terceira mesa do primeiro dia do CertForum debateu as diversas aplicações do modelo com representantes da Caixa Econômica Federal, da área de certificados de atributo e da Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo (Arisp). A discussão foi mediada pelo diretor de infraestrutura de Chaves Públicas do ITI, Maurício Coelho.

O gerente Nacional de Certificação Digital da Caixa, Wander Blanco, detalhou o projeto na atuação do banco com Autoridade de Registro do Tempo (ACT). A Caixa é primeira ACT da ICP-Brasil, mas outras instituições já estão em processo de cadastramento para atuar no projeto de carimbo do tempo, como também é conhecido o processo de atestar exatamente o momento em que uma assinatura digital é feita.

“O que é o carimbo do tempo? Uma definição da ICP-Brasil: ‘Conjunto de atributos fornecidos pela parte confiável do tempo que, associado a uma assinatura digital, confere provar a sua existência em determinado período’. Eu faço uma definição um pouquinho mais rápida e simples: ‘É o registro oficial do momento em que determinada assinatura digital ocorreu’”, relatou Blanco. Ele detalhou que o registro do tempo é feito com base na hora legal brasileira, definida pelo Observatório Nacional. O ITI, como AC-Raiz, pega o horário no Observatório e repassa às ACTs.

O representante da Caixa acrescentou que o banco está fazendo uso interno do carimbo do tempo. Contratos habitacionais, laudos de avaliação de imóveis, contratos eletrônicos, atas, termos e documentos eletrônicos estão entre os exemplos de aplicação do carimbo do tempo. Entre as vantagens do modelo, a Caixa aponta redução dos custos com papel, impressão, transporte e armazenamento, aumento da produtividade, elevação da qualidade dos serviços, garantia de validação futura, agilidade e maior segurança, além da criação de um suporte para implantação de novos serviços.

Já o especialista em certificados de atributos no âmbito da ICP-Brasil, Celso Fukushima, autor de dissertação de mestrado em Engenharia da

Computação no IPT-São Paulo sobre o tema, explicou que o certificado de atributo é um documento eletrônico para qualificar ou atribuir uma situação a algo ou alguém, padronizado pela ICP-Brasil.

Segundo ele, o certificado de atributo pode ser emitido por qualquer instituição que tenha prerrogativa legal sobre determinado atributo – que passa a ser chamada de Entidade Emissora de Atributo (EEA). “Partindo dessa ideia, a gente poderia ter um certificado de chave pública para o cidadão e vários certificados de atributos que circulariam ao redor desse certificado de chave pública. Então, nós temos um certificado de chave pública de uso geral emitido para o titular e vários outros certificados de atributo, um do advogado, um do contador, do CPF, de policial, de médico – todos eles emitidos por entidades que detêm autoridade sobre aquele atributo, OAB, Conselho Federal de Contabilidade, a própria Receita Federal”, exemplificou.

Por fim, o presidente da Arisp, Flauzilino Araújo dos Santos, divulgou o Assinador Digital Registral de Documentos Eletrônicos. Ele recordou que em 2002 o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) recebeu do Ministério Público pedido para que os promotores tivessem acesso à base de dados dos cartórios do estado. A partir disso, começou a implantação da certificação digital para acessar informações nos cartórios paulistas.

Em 2005, passou a funcionar na internet o serviço de Ofício Eletrônico, substituindo o ofício de papel, que permitiu às autoridades interessadas em localizar patrimônio imobiliário de determinada pessoa consultar, mediante certificação digital, o banco de dados por meio do CPF ou CNPJ da pessoa física ou jurídica desejada.

Desde então, já foram 230,7 milhões de substituições de ofícios que seriam feitos de papel e foram feitos de forma eletrônica, com economia de quase R$ 2 bilhões em papel, impressão e correio, além do benefício à natureza com o não consumo de 323 mil árvores e água e energia elétrica. “E nesse cálculo não incluímos a hora de trabalho/homem, que é um componente muito importante”, enfatizou Flauzilino Santos.

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Certificação Digital em Aplicações do FiscoA Receita Federal do Brasil (RFB) possui um dos maiores bancos de dados do mundo e, ano após ano, tem buscado aprimorar sua infraestrutura técnica e tecnológica para melhorar os resultados e tornar mais simples os processos obrigatórios ao contribuinte brasileiro. A certificação digital ICP-Brasil tem ajudado muito na melhoria dos expedientes não só da RFB, mas também dos fiscos estaduais, como mostraram os debatedores da quarta mesa do primeiro dia do CertForum. A condução da mesa ficou a cargo do coordenador de Normalização e Pesquisa do ITI, Wilson Hirata.

“Como é que a gente faz o certificado digital chegar na roça?”. Com esta pergunta o gerente de Informações da Secretaria de Fazenda de Goiás, Marcelo de Mesquita, abriu sua palestra. Segundo ele, é preciso incluir digitalmente o produtor rural e levar esse serviço ao campo. “É um grande desafio fazer a certificação digital chegar aos rincões mais distantes do Brasil, a gente precisa desburocratizar a vida dessas pessoas que estão produzindo muito”, constatou.

Em Goiás, os produtores já podem emitir a nota fiscal eletrônica, mas Mesquita reconhece que há barreiras a vencer. “No primeiro dia ninguém emitiu nota eletrônica, no segundo dia a mesma coisa. No sétimo dia conseguimos emitir algumas notas, porque escolhemos um produtor, levamos o certificado digital para ele. O desafio é dar a estrutura. Fazer a aplicação e oferecer o certificado é apenas uma parte do problema, tem toda a questão da infraestrutura de internet”, completou.

Entre os desafios para popularizar o uso fiscal do certificado digital no campo, o representante da Secretaria de Fazenda de Goiás enumerou: informações protegidas por sigilo fiscal, dinamismo e complexidade da legislação tributária e prazos rígidos para atendimento das obrigações acessórias, entre outros.

Por sua vez, o auditor fiscal da RFB, Sérgio Fuchs, apresentou o e-FAU, sistema que permitiu a digitalização das solicitações internas de processos da Receita Federal com a garantia da segurança do certificado digital no padrão ICP-Brasil.

“Já temos certificado digital para os 40 mil servidores. Todos esses servidores já entram nos sistemas da Receita com certificado digital, só utilizamos a senha em caso de contingência – todo o acesso a equipamentos e à rede é obrigatoriamente exercido com certificado digital. Temos 700 unidades, 560 sistemas em diversos provedores, dezenas de transações em cada sistema, mais de

500 cadastradores – gerando dezenas de milhares de processos. Isso tudo era em papel”, recordou, acrescentando que o e-FAU permitiu fazer os processos e trâmites de forma muito mais rápida e sem papel.

Como resultado, ele citou o exemplo de uma solicitação de autorização para determinado procedimento interno feito da unidade da RFB em Feira de Santana (BA) para a regional na capital Salvador. Antes do e-FAU, seriam preciso cinco dias apenas para o trânsito de documentos via Correios e nos departamentos internos. Agora, tudo acontece e o procedimento está autorizado em menos de 15 minutos. Fuchs divulgou a lista de benefícios do e-FAU: Agilizar o processo de habilitação de usuários; padronizar as portarias de sistemas; possibilitar a implantação de perfis funcionais; reduzir a subjetividade da interpretação do cadastrador; aumentar a segurança; otimizar/valorizar a mão de obra e facilitar a auditoria dos procedimentos. O novo modelo evitou o uso, em três anos, de 1,3 milhão de folhas de papel.

Finalizado a mesa de discussão, o auditor fiscal da Secretaria de Fazenda do Distrito Federal, Gilson Azevedo de Melo, comentou o funcionamento do Malha DF – Sistema de Gestão da Regularidade Fiscal. O procedimento on-line permite que os contribuintes de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto sobre Serviço (ISS) verifiquem com antecedência eventuais inconsistências em suas declarações e façam, por vontade própria, a correção dos dados antes de uma eventual ação fiscalizadora.

O Malha-DF faz cruzamentos de dados e identifica problemas a partir de quatro padrões de informações recebidas: Livro Fiscal Eletrônico x Administradora de Cartão de Crédito/Débito; Livro Fiscal Eletrônico x Nota Fiscal Eletrônica (valor do ICMS); Livro Fiscal Eletrônico x Transporte de Saldo Credor do ICMS e Livro Fiscal Eletrônico x Aproveitamento Indevido de Créditos (uso e consumo/substituição tributária de ICMS).

“O sistema checa os dados e avisa ao contribuinte as inconsistências, que podem ser regularizadas espontaneamente”, reforçou. Desde a implantação, em janeiro de 2007, o Malha DF já garantiu a constituição de cerca de R$ 25 milhões em créditos para os cofres públicos da capital da república só em ICMS. O modelo foi implantado, inicialmente, com apoio da Caixa Econômica Federal e, posteriormente, da Certisign.

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Certificados digitais ICP-Brasil na Área de SaúdeA primeira mesa do segundo dia de debates apresentou contribuições dos certificados digitais para a área de saúde no Brasil. Entre os projetos discutidos estavam o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) e o atestado médico eletrônico. A mesa foi coordenada por Ruy Ramos, assessor técnico da Diretoria de Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira do ITI.

Os trabalhos foram abertos pelo conselheiro do Conselho Federal de Medicina (CFM), Gerson Zafalon, que mostrou o funcionamento do Prontuário Eletrônico do Paciente. Assinado eletronicamente, o PEP proporciona maior sigilo. Segundo Zafalon, a complexidade dos prontuários em papel e o volume de papel atingido nos hospitais para que se consiga armazenar tanta informação tornam o modelo obsoleto. “O prontuário físico é confuso”, resumiu. Para ele, prontuários armazenados em contêineres - recurso utilizado por alguns hospitais - são um material praticamente inacessível e que não permitem o compartilhamento de dados entre os hospitais.

Zafalon ainda divulgou a resolução 1821/2007, do CFM, que aprovou normas técnicas quanto à digitalização de papel e à criação de um manual de certificação para sistemas de Registro Eletrônico de Saúde.

O diretor de Previdência e Mutualismo da Associação Paulista de Medicina (APM), Paulo Tadeu Falanghe, mostrou aos participantes

do CertForum o atestado médico digital. O documento é assinado com o certificado ICP-Brasil e busca evitar golpes e fraudes, problemas graves que envolvem o uso de atestados médicos.

Falanghe explicou que a APM recebeu do governo de São Paulo a prerrogativa para emissão do atestado médico e busca consolidar o atestado médico digital. “É um documento mais seguro, evita fraudes e facilita a validação e confiabilidade”, enfatizou. O atestado digital ainda pode ser emitido com o uso do e-CPF, o nome do médico e um registro de segurança. Uma das facilidades do modelo é o acesso de qualquer lugar pelo site www.apm.org.br/atestadodigital, não necessitando de assinatura ou carimbo. A impressão do atestado é opcional. A APM acredita que, diante das vantagens, o uso do atestado digital tem forte tendência de crescimento.

Para fechar a mesa, o diretor de Operações e Tecnologia da Informação do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Kaio Bin, apresentou a experiência da entidade ao realizar todos os procedimentos de maneira digital, com o uso da certificação ICP-Brasil. Para ele, o sistema proporciona uma boa gestão dos prontuários e facilita o dia a dia do médico. Atualmente, o Icesp tem buscado implantar o prontuário eletrônico em todos os seus processos. “Procuramos alcançar o prontuário eletrônico em 100% dos processos, mas essa não foi uma tarefa simples”, constatou.

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Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-BrasilCom moderação do auditor do ITI, Alexandre Ribeiro, a mesa teve como foco apresentar a situação atual e as perspectivas da ICP-Brasil, a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira. O próprio Ribeiro abordou a segurança e o mercado da ICP-Brasil.

O assessor da Presidência do Instituto, Eduardo Lacerda, apresentou o projeto piloto da Autoridade de Registro Biométrica, a AR Biométrica. Para Lacerda, a novidade dá ainda mais segurança à emissão dos certificados digitais e previne tentativas de fraudes.

Lacerda mostrou como funciona uma AR Biométrica, que permite a confirmação da identidade da pessoa interessada em adquirir um certificado digital por meio da biometria da impressão digital – que é consultada no banco de dados do Instituto de Identificação. No DF, o percentual de sucesso na identificação do cidadão pela digital leva cerca de 20 segundos e o piloto tem percentual de sucesso de 95%.

O terceiro representante do ITI a fazer apresentação foi Pedro Paulo Lemos, diretor de Auditoria,

Fiscalização e Normalização, que levou ao plenário os números da ICP-Brasil. O certificado digital está sendo utilizado principalmente por cinco grandes setores no Brasil: o de infraestrutura, o de desenvolvimento social, o de estratégia, o da economia e o da defesa. O total de certificados digitais emitidos no país até setembro de 2013 estava em cerca de 2,5 milhões, com mais de três milhões de empresas brasileiras possuidoras de certificados. A ICP-Brasil tem cadastradas 55 Autoridades Credenciadoras, 282 Autoridades de Registro e uma Autoridade de Cadastro do Tempo.

Concluindo as discussões, Carlos Victorino, diretor de Tecnologia da Fenacon - Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas - apresentou o Mapa Brasil da Certificação Digital, que pode ser encontrado no site www.beneficioscd.com.br. Por meio do mapa é possível localizar os postos das ARs pelo Brasil, que hoje totalizam mais de 4,8 mil. A aplicação é atualizada constantemente.

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ICP-Brasil em Aplicações de GovernoO certificado digital ICP-Brasil tem sido constantemente utilizado como ferramenta acessória de grandes cases de sucesso no país. Esta mesa, dirigida pelo coordenador da Assessoria de Comunicação do ITI, Edmar Araújo, apresentou exemplos de como a tecnologia impacta diretamente a vida do cidadão brasileiro.

O subsecretário de Gestão da Casa Civil do Estado do Rio de Janeiro, Marco Antônio Horta Pereira, foi o primeiro palestrante e apresentou o projeto de gestão eletrônica de documentos no governo carioca. Ele relatou o cenário encontrado antes da instalação do programa, em 2007: dados fragmentados, replicados, e espalhados; alto tempo de resposta para recuperação e tramitação de informações e documentos; elevado volume de papel; processo de trabalho informal; perda de memória organizacional e falta de gestão documental.

A solução escolhida pelo Rio foi a de gerenciamento de documentos, comercialmente conhecida como converse M, com o objetivo de transformar em digitais os processos administrativos em papel para uso por toda a estrutura do governo. “Uma das premissas do nosso projeto foi de que nós devíamos implantar no estado uma solução corporativa única, de uso obrigatório por todos os órgãos da administração pública direta e indireta, mesmo que essa digitalização se desse ao longo do tempo. Vetamos a possibilidade de qualquer órgão fazer licitação e aquisição de outra ferramenta para o mesmo uso”, relatou.

Marco Pereira acrescentou que agora o governo do Rio tem um Sistema de Gestão Eletrônica de Documentos que atende não só as necessidades, mas também aos preceitos legais. Ele destacou a importância do uso da certificação digital para dar segurança ao modelo e enfatizou que o gerenciador trabalha de forma integrada com os sistemas usados pelos Tribunais de Justiça e de Contas do Estado do Rio.

Na sequência, o pesquisador do Departamento de Informática da Coordenadoria de Administração Geral da USP, Leandro Fregnani, mostrou como a Universidade de São Paulo implantou o diploma eletrônico com certificação ICP-Brasil. No sistema anterior, o caminho para a emissão de um diploma era longo: o aluno fazia a solicitação; o pedido de diploma era registrado; conferência dos dados da solicitação; um processo físico era enviado para a Divisão de Registro Acadêmico; recebido o processo, ele era conferido e cadastrado no

sistema; se houvesse algum erro, como em dados do estudante, ele era corrigido; o diploma era impresso e finalmente enviado à unidade original do pedido, onde era feita a entrega ao aluno.

“Fizemos uma reengenharia do processo. Antes o aluno não tinha participação nenhuma dentro do processo de solicitação do diploma e agora ele passa a ter essa participação no sentido de alimentar os dados dele, conferir os dados dele, automaticamente a Seção de Graduação recebe um e-mail dizendo que ele já conferiu, ela vai ler esses dados, gera a solicitação do diploma e emite um dado que é replicado para o Registro Acadêmico. Ou seja, não tem mais o trâmite de processos”, relatou.

De acordo com Leandro Fregnani, o diploma eletrônico é um arquivo PDF com certificação digital e um código de controle (webdoc) para acesso ao documento. Ente as vantagens do sistema ele citou a eliminação de vários passos e fazer o aluno responsável por seus dados pessoais. “Todo o processo de conferência e registro é feito com um clique no sistema”, completou.

Para concluir a mesa, a coordenadora de Projetos Especiais da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo (Imesp), Keli Regina Dela Torre Soler, explicou o andamento do projeto piloto do Cartão São Paulo, que por meio de certificados digitais faz a entrega em domicílio de medicamentos de alto custo.

A iniciativa foi conhecida na Alemanha, durante uma visita da Presidência da Imesp. Lá, o projeto foi implantado pela Giesecke & Devrient (GD), que também está sendo parceira da Imprensa Oficial em São Paulo. No piloto, um cartão com dados biográficos e biométricos no padrão do RIC, a nova identidade dos brasileiros em fase de elaboração, foi entregue a pacientes do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Octavio Frias de Oliveira (Icesp). O entregador do medicamento usa um iPhone com leitor do cartão para entregar o remédio na casa do beneficiado.

O serviço de levar nas casas dos pacientes os remédios de alto custo já existia e o piloto com o uso da certificação digital para fazer a entrega prossegue até novembro. “Nós temos o desafio de trazer essa solução para o estado de São Paulo com o objetivo de reduzir fraude. O desafio é levar toda essa tecnologia para o paciente. Hoje está comprovado que a tecnologia está funcionando muito bem”, comemorou Keli Regina Dela Torre Soler. Ela ainda admitiu que, embora a tecnologia se mostre funcional, vão ser necessários ajustes na logística do processo.

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Certificado ICP-Brasil a Serviço do Trabalhador BrasileiroO certificado digital ICP-Brasil já é uma realidade no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A última mesa do 11º CertForum apresentou o uso do padrão de três formas pela pasta: no Homolognet, na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O debate foi mediado pelo coordenador de Planejamento, Orçamento e Administração do ITI, Liomar Torres.

Inicialmente, o auditor fiscal do Trabalho Admilson Moreira dos Santos, assessor da Secretaria de Relações do Trabalho do MTE, reportou o funcionamento do Homolognet, modelo que digitalizou a homologação de rescisão de contratos de trabalho. “O principal objetivo da Secretaria é promover a democratização das relações de trabalho através de um ato social envolvendo governo, trabalhadores e empregadores”, relatou.

Pelo Homolognet, a empresa dá entrada na rescisão no Portal do Trabalhador e o sindicato que representa o trabalhador pode conferir todos os dados e cálculos – feitos pelo sistema -, sempre com acesso por meio de certificado digital. A efetivação da demissão acontece com a impressão do termo por meio do Homolognet e a assinatura entre as partes, feita no sindicato ou numa representação do Ministério do Trabalho. O Homolognet ainda não tem uso obrigatório, mas só pode utilizar o sistema quem tem certificação digital. As empresas e os sindicados precisam cadastrar seus representantes no Homolognet.

Por sua vez, a coordenadora-Geral de Estatística de Trabalho do MTE, Maria Emília Piccinini Veras, comentou o uso do certificado digital no Caged e na Rais. Ela lembrou que a Rais, criada em 1975 para proteger o trabalhador, viabiliza o pagamento do abono salarial, que só é pago a quem está registrado na declaração.

A Rais é feita uma vez por ano e, desde 2008, passou a incluir de forma gradativa o uso do certificado digital. De 2008 a 2011 o uso foi opcional, passando em 2012 a ser obrigatório para estabelecimentos com mais de 250 empregados ou declarações atrasadas. Em 2013, o certificado digital é obrigatório para empregador com mais de 20 funcionários ou declarações atrasadas.

O Ministério do Trabalho considera um sucesso a implantação gradativa e já analisa como será o uso do certificado 2014. “Estamos pensando se vamos reduzir para empresas com 10 empregados, ou se vamos zerar e botar todo mundo para declarar (com certificado digital). Então, estamos vendo qual será o melhor modo. Se a gente agir com cautela, a gente baixa para 10 e depois fecha. Foi a cautela que fez com que a gente tivesse um resultado muito bom na Rais”, constatou Maria Emília.

Sobre o Caged, ela lembrou que o Cadastro surgiu em 1965 com o objetivo de acompanhar o processo de admissão e dispensa dos trabalhadores. O Caged, que tem declaração mensal em caso de admissão ou demissão na empresa, serve para fiscalização e também viabiliza o seguro desemprego - pago só a quem não está no Caged e, portanto, fora do mercado de trabalho.

O uso do certificado digital no Caged foi opcional de 2009 a 2012. Em janeiro de 2013, passou a ser obrigatório para empresa com mais de 20 empregados e todas as declarações em atraso. A representante do MTE, porém, admitiu que a aplicação do certificado digital no Caged está mais lenta do que na Rais e, embora haja a obrigatoriedade, o uso ainda não é realidade para todas as empresas. Entre os problemas encontrados, ela citou a diversidade de usuários, o reconhecimento do certificado, a tentativa de uso de certificados fora do padrão ICP-Brasil, mensagens de erro e problemas técnicos no sistema.

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O CertForum é uma vitrine de experiências no setor da Certificação Digital ICP-Brasil. Creio que para os participantes trata-se de uma ótima oportunidade de tomar conhecimento sobre as novidades e poder inovar a partir dos casos apresentados. Foi muito interessante conhecer a evolução do uso da certificação digital na área da saúde e observar os benefícios diretos para o paciente. É questão de tempo para os demais hospitais seguirem o exemplo bem sucedido do Icesp, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo"Ruy Ramos, assessor técnico da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira do ITI

As apresentações de aplicações com certificado ICP-Brasil no Fisco

demonstram a diversidade de oportunidades de melhorias, otimização e economia em seus processos. Demonstram

ainda a quebra de paradigma com a implementação de alta tecnologia em áreas rurais, onde o homem do campo é colocado frente ao uso da complexidade tecnológica

dos bits e bytes. Não tenho dúvida de que a tecnologia da certificação digital é a chave

que possibilita a garantia de critérios de segurança em transações eletrônicas na

web. Acredito ainda que a cada dia novos padrões serão quebrados com o uso de

certificação digital ICP-Brasil"Wilson Hirata, coordenador-geral de

Normalização e Pesquisa do ITI

o que eles dIsseram...Confira as opiniões dos mediadores das mesas do 11º CertForum

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O Brasil sediou os jogos panamericanos, a visita do Papa Francisco e ainda receberá a Copa do Mundo 2014. Isso demonstra que nossa nação detém recursos suficientes para grandes investimentos. Creio que, no mesmo ritmo das riquezas, deve progredir a gestão na administração pública. A certificação digital ICP-Brasil é o elemento que garante celeridade, integridade, segurança e não-repúdio aos documentos eletrônicos e, quando utilizada em gestões eletrônicas de documentos, evita fraudes, reduz burocracias e fortalece a nossa economia"Edmar Araújo, coordenador de Comunicação Social do ITI

Com tantos players públicos utilizando essa tecnologia, com tanta inovação no

setor privado que vai desde a otimização de trâmites até a concessão de benefícios

diretos ao cidadão, o 11° CertForum nos permite afirmar que a certificação digital no padrão da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira não se trata

apenas de uma obrigatoriedade regida por Medida Provisória, mas uma necessidade

urgente do atual cenário nacional que tem modernizado a Gestão Pública, desonerado

o Estado e ajudado a fazer o País crescer"Maurício Coelho, diretor da

Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira do ITI

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CASOS

CASOSe A r t i g O S

Te

cno

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ia

Cada empresa tem uma história que reflete a forma única en-

contrada por seus sócios, diretores e funcionários na busca por

soluções pela implantação de processos e desenvolvimento de

tecnologias. É a soma de um conjunto de fatores que faz de cada

empresa, cada grupo, cada corporação um caso de sucesso. Re-

sumir todas essas histórias em um único texto não seria justo

para quem desenvolveu tudo isso, nem para o leitor, que perderia

conteúdo, a essência da história e a oportunidade de apreender

informações que podem provocar mudanças, auxiliar na tomada

de decisões, no planejamento do futuro. É por isso que a revista

idigital abre espaço para que as associadas ABRID dividam seus

casos de sucesso com você.

Boa leitura.

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RESUMOO Departamento de Segurança

Interna dos EUA tem como meta aumentar os padrões de segurança nos portos do país. Uma das solu-ções escolhidas foi a utilização de um cadastro biométrico para todos que transitam no porto, aumentan-do o controle e a segurança, além da prevenção de operações ilícitas, como o terrorismo. Nesse caso va-mos ler mais sobre como se desen-volveu esse processo no Porto de Long Beach, um dos maiores por-tos do mundo. O porto cadastrou todos os fornecedores (caminhões de frete e/ou entrega) e os seus fun-cionários, utilizando o MYI, da 3M Cogent. Duas Beastbox contendo o MYI foram instaladas nas duas entradas do porto, permitindo um maior controle da segurança.

PALAVRAS-CHAVECadastro biométrico, 3M Co-

gent MYI, Porto de Long Beach, Segurança Portual, Autenticação.

ABSTRACTThe USA Department of Home-

land Security aims for raising the se-curity standards on the national ports. One chosen solution was to use a bio-metric registration for all transiting the port, increasing security and con-trol, in addition to preventing illicit operations, such as terrorism. In that case we will read more about how this process developed at the Port of Long Beach, one of the largest ports in the world. The port registered all suppliers (freight and/or delivery trucks) and their employees, using the MYI, 3M Cogent. Two Beastbox containing the MYI were installed at both entrances of the port, allowing greater control of security.

KEYWORDSBiometric Registration, 3M Co-

gent MYI, Port of Long Beach, Por-tual Security, Authentication.

POR RiCARdO BACCi

A vulnerabilidade nas di-ferentes modalidades de transportes é uma preocupação para o

Departamento de Segurança Inter-na (DHS) dos Estados Unidos. De modo a aumentar os padrões de se-gurança em portos e limitar os pon-tos de acesso das entradas do país,

o congresso aprovou uma série de atos, incluindo o Ato de Segurança do Transporte Marítimo de 2002 e o Ato de 2006 de Segurança e Res-ponsabilidades para todos os Portos (ou Ato SAFE Portos).

O Ato de Portos SAFE codifi-ca em lei um número de programa para melhorar a segurança dos por-

tos dos EUA incluindo a criação da Credencial de Identificação do Tra-balhador de Transportes (TWIC).

» RElATóRIO DO PROgRAMA PIlOTO PARA lEITOR DA TWIC

Apesar do programa da TWIC fornecer uma credencial biométrica inviolável para os trabalhadores ma-rítimos, que requerem acesso sem escolta para proteger áreas de insta-

AuMENTANDO A BARREIRA NA SEGuRANçA DE PORTOS

caso / artIgo

lações portuárias, a regulamentação inicial não necessitava da instalação de leitores eletrônicos da TWIC durante a emissão inicial do cartão. Por essa razão, muitos portos ainda estão utilizando as credenciais como “flash-pass” e baseando a decisão de segurança sob inspeção visual.

Se o cartão TWIC armazena muito mais informação do que a foto do trabalhador, por que não utilizá-lo completamente?

A Administração de Segurança de Transportes (TSA) direcionou o DHS a conduzir o Projeto Pilo-to do Leitor de TWIC para focar especificamente no uso do cartão TWIC com os leitores biométricos. De 2008 a 2011, várias instalações de navio participaram do projeto piloto através da implementação do leitor biométrico. O Porto de Long Beach foi um deles.

Em fevereiro de 2012, o TSA publicou o Relatório do Projeto Pi-loto do Leitor TWIC. O relatório listou o número de desafios e difi-culdades enfrentados durante o pro-cesso. Isso mostrou que as instala-ções dos leitores precisaram ser par-te de um esforço maior, incluindo um sistema de arquitetura efetivo e um Sistema de Controle de Acesso Físico (PACS), o funcionamento do cartão TWIC e os titulares do TWIC familiarizados com o uso do Leitor de TWIC.

O relatório também mostrou que o nível de confiança da verifica-ção da identidade aumentou ainda mais com a inclusão do fator de au-tenticação.

» O DEsAFIO NO PORTO DE lONg BEACh

Após o projeto piloto ser finali-zado, duas áreas do Porto de Long Beach, operados pela SSA Marine, iniciaram um projeto piloto por sua própria conta. A SSA Marine estava buscando um sistema de segurança totalmente integrado que poderia fornecer uma entrada rápida com alto nível de segurança.

A TRL Sistema, uma empresa de sistema de integração, foi esco-lhida para adaptar o que foi previsto pela SSA Marine. Baseado nos re-quisitos do cliente, a TRL precisou integrar vídeos de vigilância com a múltipla autenticação dos leitores TWIC e biometria corresponden-te, como descrito na Lista Inicial de Avaliação de Capacidade (ICE). O sistema tinha que ser seguro, fácil de instalar, personalizável e flexível para adaptações com novas tecno-logias.

Após analisar o número de op-ções válidas, a SSA Marine deci-diu remover os leitores utilizados durante o projeto piloto do TSA e procurar por uma solução mais ade-quada e segura.

» A sEgURANçA sE REúNE COM FlExIBIlIDADE

Após a análise completa em um vasto número de leitores disponíveis no mercado, o Leitor Biométrico de Controle de Acesso MiY da 3M Cogent foi o dispositivo selecionado pela TRL. Uma solução completa de controle de acesso foi integrada ao “BeastBox”, uma caixa reforçada

CONFIANÇA DEVERIFICAÇÃO DE

IDENTIDADE

mai

s co

nfia

nça

men

os

conf

ianç

a

identificaçãovisual

comparaçãonumeral

autenticaçãode cartão ativo

alinhamentobiométrico

cartãointeligentee biometria

De olho nos fatos

o porto de Long Beach é um dos portos mais movimentados do mundo, ele é o principal canal de troca entre os estados unidos e a ásia. ele suporta mais de um milhão de empregos no país e gera bilhões de dólares na receita econômica a cada ano.

Em 2011 o porto controlou:• 6.061.085 containers

(teus)• carga avaliada em us$

155 bilhões• 76,6 milhões de toneladas

métricas de carga• em média o equivalente

a 16.600 20-ft. contêiners por dia

• 4.898 chamadas de navio

O porto comporta:• tamanho de 3.200 acres• 10 piers• 80 berços• 66 pórticos post-panamax

o porto emprega 30.000 pessoas em long Beach e 11.000 serviços de frete de caminhões nos terminais portuários.

para os leitores de controle de aces-so MIY, com uma placa externa de cartão de contato anexada ao dispo-sitivo, conectado a uma câmera de vigilância. Os “BeastBoxes” foram instalados em duas diferentes áreas do porto de Long Beach: na pista dos caminhões e na entrada do fun-cionário em um dos piers.

Curt Campbell, diretor de Se-gurança da SSA Marine, afirmou: “O BeastBox é para Terminais de Super Contêineres que suportam

mais de 4500 movimen-tos do portão por dia. Configurado e integra-do para o aspecto mais complexo de controle de acesso, catracas de pedestres e para as vias de transporte rodoviá-rio, o Sistema BeastBox fornece velocidade sem precedentes de processa-mento enquanto incen-tiva no policiamento, estratégia e tecnologia de hardware.”

O leitor MIY per-mite a autenticação rá-pida, o que é essencial para as operações de

um dos portos mais movimentados do mundo. Uma grande vantagem do leitor MIY é a sua flexibilida-de. Com base nas necessidades das operações do porto, uma integração personalizada foi desenvolvida per-mitindo alternar os leitores entre os diferentes níveis de segurança da TWIC Marítimas (Marsec), a partir do MARSEC Nível 1 para o MAR-SEC Nível 3 e vice-versa, com um simples passo.

As mensagens personalizadas também podem ser enviadas através da interface Wiegand dos leitores de ponta para um painel de back-end, baseado em eventos definidos pelo in-tegrador através do software MIY Ges-tor de Segurança. Um exemplo deste caso é quando um cartão cancelado é apresentado ao leitor, uma mensagem de notificação personalizada será en-viada a partir dele. A possibilidade de personalização e integração do leitor MIY da 3M Cogent permite alavan-car novas tecnologias sem ter que substituir os leitores.

eventos de saída personalizada Wiegand alerta os pacs sobre:• Incompatibilidade

biométrica• atualização do tWIc ccl• violação detectada• falha de autenticação do

cartão certificado• falhas na leitura do cartão• apresentação de cartão

cancelado

» O PROCEssO DE INTEgRAçãO:

» sIsTEMA BACk-ENDCurt Campbell também co-

mentou: “Ao criar a sua própria base de dados além do limite, o sistema processa automaticamente os da-dos da transação de caminhoneiros e trabalhadores do porto em várias configurações únicas através de pla-nilhas personalizadas de software, o que nos permite implementar uma estratégia de proibição global e o compartilhamento do banco de da-dos regional, através de conectivida-de das redes.”

» INDO AléM DA EsPECIFICAçãO TWIC

Todos os leitores TWIC devem ser capazes de alcançar um tempo máximo de operação padrão (defi-nida como o tempo decorrido entre a apresentação do cartão sem conta-to para o leitor TWIC e a realização da combinação biométrica) de três segundos. O Leitor MIY excede esse requisito alcançando um tempo de transação - com um cartão de con-tato - de dois segundos e meio.

Tempo de transação

Com leitor MiY 2,5 seg

Requerimento TWIC 3 seg

“Nós fomos capazes de criar fluxos de trabalho personalizados e integrar diferentes sistemas com de-pendência mínima da 3M Cogent”, afirmou Gary Chavarria, Gerente Geral do TRL. “O integrador tem a capacidade para adequar soluções de acordo com as necessidades dos clientes e gerenciar o sistema com facilidade.”

» POR qUE O lEITOR MIY?O Leitor Biométrico de Controle

de Acesso Externo MIY da 3M Co-gent é muito flexível, personalizável e permite que o integrador possa se beneficiar da sua plataforma “Make it Yours” com o SDK seguro.

O leitor permite que o integra-dor crie fluxos de trabalho comple-xos para atender às exigências de seus clientes com o apoio mínimo da 3M Cogent.

Resistentes, os leitores MIY são robustos o suficiente para suportar a altas e baixas temperaturas, chuva, poeira e outras mudanças ambien-tais. Invioláveis, o leitor é seguro em qualquer local.

O leitor está de acordo com a TSA e os requisitos da Guarda Cos-teira dos Estados Unidos, e está lis-tado na Lista ICE TWIC.

O MIY cumpre todos os requi-sitos de segurança do segundo porto de contêineres mais movimentado nos Estados Unidos e vai além dos padrões TSA.

soBre o autorRicardo Bacci é gerente de Ne-

gócios na Área de Inteligência em Se-gurança da 3M do Brasil.

» sIsTEMA FRONT-END

RESUMOA indústria de personalização

de cartões e documentos de iden-tificação vem investindo cada vez mais no desenvolvimento de tec-nologias para aumentar a segu-rança e proteção das informações contidas nos cartões. O grande desafio é combinar elementos de segurança com os processos de verificação visual. Este artigo traz uma compilação sobre os mais re-centes e avançados recursos para maximizar a segurança e otimizar a checagem destes documentos.

PALAVRAS-CHAVEPersonalização, Gravação a

Laser, Laminação, Multi-Cama-das, Digitalização.

ABSTRACTThe card and ID personaliza-

tion industry has been investing more and more in the development of technologies to increase the se-curity and protection of the infor-mation contained in the cards. The greatest challenge is to combine the security elements with the visual verification process. This article presents a compilation of the latest and most advanced features to ma-ximize security and optimize the verification of these documents.

KEYWORDSPersonalization, Laser Engra-

ving, Lamination, Multi-layer, Digitalization.

POR LiAO CHiEn HUng

As tecnologias de perso-nalização de documen-tos de identificação vêm sendo aperfeiçoadas para

proporcionar ao cidadão maior prote-ção de sua identidade, evitando o uso indevido e falsificação por terceiros e permitindo sua validação de maneira precisa, segura e rápida toda vez que o documento vier a ser solicitado.

A Datacard vem desenvolvendo com seus parceiros, ao longo de seus mais de 40 anos de existência, inova-ções no processo de emissão e perso-nalização de documentos de identifi-

cação. Este trabalho vem proporcio-nando às organizações que utilizam as soluções Datacard as condições de adotarem posicionamento diferen-ciado para seus produtos em função do grau de versatilidade de persona-lização atingido, além de proteger as informações contidas no cartão como nunca se viu antes.

Em complemento a essas tecno-logias, a Datacard inovou com a pla-taforma “Secure Issuance Anywhe-re™” (Emissão Segura em Qualquer Lugar), que permite integrar os processos de emissão centralizada,

instantânea e móvel em uma única solução, garantindo assim a liber-dade e flexibilidade para gerenciar os programas de cartões na maneira que o emissor escolher.

Em se tratando de tecnologia de personalização segura é importan-te observar a aderência aos padrões ISO. As soluções Datacard vão além ao adotar o processo de multi-cama-das combinando cartões pré-impres-sos, tecnologia de personalização, laminação e camada de acabamento seguros.

A seguir, uma visão geral das mais inovadoras tecnologias aplicá-veis aos documentos de identificação

caso / artIgo

MÁXIMA SEGuRANçA PARA DOCuMENTOS DE IDENTIfICAçÃO

julho - agosto - setembro 2013 | 65

e indispensáveis em se tratando de segurança e otimização de processos de verificação.

» COvERT FEATUREs (OCUlTAs)Características ocultas nível 2

como microtexto e impressão ultra-violeta (UV) no substrato podem ser visualizadas usando ferramentas simples como lentes de aumento ou luz UV. Características ocultas são geralmente usadas em conjunto com segurança overt (explícita).

» COvERT PhOTO COlOR / APlICAçãO A lAsER

Aplique uma foto colorida por D2T2 – Dye Diffusion Thermal Transfer (Transferência Térmica por Difusão de Corantes) com uma ima-gem gravada a laser overt subjacente para criar um recurso de segurança covert (oculta). A imagem a laser fica permanentemente gravada e não poderá ser removida sem danificar o cartão e ficará evidente se houver a tentativa de aplicar alguma outra foto no lugar.

» AssINATURA DIgITAlIzADA

Um simples elemento vari-ável biométrico aumenta a se-gurança da personalização.

» sUBsTRATO DE COMPOsITE CARD COM CAMADA DE POlICARBONATO

Este substrato de longa du-ração, geralmente feito de PET, PVC e PC, é compatível com smart chips, impressão colorida e também com gravação a laser, maximizando assim a proteção contra fraudes.

Existem substratos de com-posite card também compatí-veis com impressão dye subli-mation (sublimação) e perso-nalização via retransferência.

» IMPREssãO DE sEgURANçASubstratos com características de

segurança pré-impressos como o ar-co-íris, linhas finas guiloché e outros dispositivos óticos variáveis ajudam a prevenir falsificação, fraude ou adulteração.

» D2T2 – DYE DIFFUsION ThERMAl TRANsFER (TRANsFERêNCIA TéRMICA POR DIFUsãO DE CORANTEs)

O método mais comum de per-sonalização de cartões é a aplicação direta no cartão, proporcionando uma impressão colorida de alta reso-lução praticamente de borda a borda.

» IMPREssãO UvA tinta ultravioleta (UV) é visí-

vel apenas sob luz UV e é pratica-mente impossível de copiar.

» lAMINADO TRANsPARENTE DATACARD® DURAgARD®

Esta laminação de longa durabi-lidade que faz a cobertura do cartão de borda a borda proporciona forte proteção contra abrasão e ataque

químico e aumenta a vida útil dos documentos de identificação.

» lAMINADO DATACARD® DURAgARD® OPTIgRAM®

O laminado Optigram inclui hologramas e elementos de seguran-ça covert e overt, como microtexto, texto a laser covert.

» MICROIMPREssãO COM PROCEssO DE ABlAçãO A lAsER

Microimpressão variável com o processo de ablação a laser alcan-ça resolução de até 1600 dpi. Esta aparece como um linha contínua e somente pode ser lida através de dispositivo com lente de aumento. As impressoras convencionais não conseguem reproduzir esta microim-pressão.

» sEgURANçA EM MúlTIPlAs CAMADAs

Junte as três camadas e ajude a garantir cartões de identificações mais seguros

Para maximizar a segurança do cartão, a Datacard recomenda o uso

Substrato de Composite Cardcom camada de policarbonato

Covert Features

Impressão desegurança

ImpressãoUV

Dye DiffusionThermal Transfer

D2T2

Covert Photo /Registro a Laser

AssinaturaDigitalizada

Datacard®

DuraGard®

Substrato – Elemento de Personalização - Laminação Segura

figura 1. características de segurança

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de multicamadas para garantir que o substrato do cartão seja compatível com a tecnologia e laminação segura.

» sUBsTRATOSubstratos são tipicamente pvc,

policarbonato ou composite cards. Elementos pré-impressos no subs-trato aumentam significativamente a segurança. Smart cards contact ou contactless podem ser adicionados ao substrato para armazenar dados de biometria e de segurança.

» ElEMENTOs DE PERsONAlIzAçãO

Os sistemas de emissão da Datacard® adicionam elemen-tos de personalização que são totalmente compatíveis com as características do porta-dor. Estes elementos podem incluir a gravação a laser, im-pressão colorida, dados para leitura ótica e outros recursos de segurança que alteram fisi-camente o documento, como gravação a laser táctil, caracte-res Braille em alto relevo e im-pressão indent (entalhe).

» lAMINAçãO sEgURALaminação segura customizada

proporciona uma combinação de recursos overt, covert e forensic que vão desde a mais simples até a mais complexa. Estes suprimentos de se-gurança oferecem uma revolucioná-ria resistência a violações e caracte-rísticas que mostram tentativas de adulteração ou falsificação.

A segurança em múltiplas cama-das pode apresentar diferentes op-ções. Entre elas a aplicação a laser de “imagem espelho” da foto principal

do documento. A seguir mais algu-mas informações sobre esse recurso de segurança.

» TECNOlOgIA DE PONTA EM sEgURANçA DE CARTãO

A segurança de uma nação está nas mãos de milhares de agentes do governo que examinam os docu-mentos em aeroportos, órgãos pú-blicos, nas fronteiras e em todas as demais localidades onde o documen-to é solicitado. Um processo de au-tenticação e verificação deste docu-mento de identidade do portador é fundamental para prevenir ameaças potenciais. No entanto, a segurança aumentada não pode se dar às custas de ferramentas dispendiosas ou filas mais longas.

O recurso de segurança Data-card® SAFEWindow™ é uma ima-gem de alta resolução que reproduz a imagem principal do documento e localiza-se em uma janela transpa-rente embutida no cartão desenvolvi-da para este elemento de segurança. O recurso SAFEWindow, personali-zado por meio de processo subtracti-vo de ablação por laser (subtractive laser-ablation), aumenta a segurança geral do cartão finalizado e propor-ciona uma forte proteção contra as ameaças de falsificação e fraudes.

Laminado Seguro

Elementos de Personalização

Substrato

figura 2 . segurança eM MúltiPlas caMadas

Camada superior desubstrato de cartão

Camada superior desubstrato de cartão

Camada inferior desubstrato de cartão

Camada de segurança de impressãocom janela transparente (frente)

Camada de segurança de impressãocom janela transparente (verso)

figura 3. MúltiPlas caMadas no safeWindoW.

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O recurso de segurança SA-FEWindow é uma funcionalida-de “Datacard® Security at Time of Personalization™ (segurança na hora da personalização) que garante que dados biográficos únicos sejam adi-cionados durante o processo de per-sonalização do cartão, aumentando a proteção de cartões em branco e praticamente inviabilizando a falsifi-cação em massa.

O exclusivo processo de confec-ção do cartão dificulta a falsificação em função da imagem personalizada na janela. O recurso de segurança SAFEWindow pode ser customiza-do tanto em tamanho como formato e aumenta a segurança do programa

de identificação.Esta tecnologia utiliza a abla-

ção a laser na camada da imagem ou pela remoção na camada metálica. Qualquer tentativa de alteração da imagem, como mudar o cabelo ou adicionar óculos, será muito difícil de executar, pois danifica a camada além de ficar muito evidente na janela.

A imagem principal do docu-mento e a da janela tem que ser iguais, dificultando falsificações e facilitando a validação. A imagem de alta qualidade permite a verifica-ção a olho nu, em questão de segun-dos, tanto no “positivo” quanto no “negativo” da imagem conforme o ângulo de visão.

O SAFEWindow se encontra em uma das camadas do cartão onde podem ser aplicadas imagens, texto, microimpressão sobreposta tanto no formato positivo ou negativo.

Observação: os cartões de iden-tidade mostrados foram personaliza-dos pelo sistema de emissão de car-tões Datacard® MX6100.

soBre o autorLiao Chien Hung é diretor de

Marketing da Datacard do Brasil com mais de 25 anos de experiência no seg-mento de cartões e atuou em empresas como Credicard, Fininivest, Banco Itaú e CardMonitor. A Datacard é pioneira e líder em soluções de perso-nalização de cartões, IDs, credenciais e demais documentos que demandam algum grau de segurança. Presente em mais de 100 países, conta agora com escritório e equipe local em São Paulo.

Imagem no positivo e negativo emnível 1/overt e claramente visível,independente do grau deiluminação (muita ou pouca luz)

figura 4. safeWindoW coM a iMageM no “Positivo/negativo”

figura 5. características de segurança coM safeWindoW

Substrato de Composite Card

Covert Features

D2T2

Datacard®

DuraGard®

Datacard®

DuraGard®

Optigram®

Substrato – Elemento de Personalização - Laminação Segura

AssinaturaDigitalizada

Ablaçãoa laser

Datacard®

SAFEWindow™

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Thanks to the KINEGRAM®, the authenticity of government documents can be checked by the naked eye.

OVD Kinegram AG | Member of the KURZ Group | Zählerweg 12 | CH-6301 Zug | SwitzerlandTel. +41 41 724 47 00 | Fax +41 41 724 49 11 | [email protected] | www.kinegram.com

Security from every perspective.

RESUMOEm uma época de crise econômica e pre-

ocupações maiores com segurança, os gover-nos estão cada vez mais procurando soluções mais econômicas e eficazes para gerenciar a personalização e emissão de documentos de identidade seguros. Para muitos programas governamentais de identificação, fatores ge-ográficos e organizacionais fazem com que a emissão descentralizada de cartões seja pre-ferível à produção centralizada das creden-ciais. O resultado disso é que os governos estão buscando – e a indústria está respon-dendo à altura – soluções mais criativas e personalizadas para atender às necessidades organizacionais. Um modelo descentralizado de emissão de cartões oferece maior flexibi-lidade no que diz respeito à escalabilidade do sistema, ambientes operacionais adversos e ainda mais economia do que os modelos centralizados. O modelo descentralizado de emissão também oferece uma série de vanta-gens centradas no cidadão.

PALAVRAS-CHAVEPersonalização de identidade, emissão des-

centralizada, HID Global, soluções em identi-dade governamental, centrado no cidadão.

ABSTRACTIn an era of economic crisis and heightened

security concerns, governments are increasin-gly looking for more cost-efficient and effective solutions to manage the personalization and issuance of secure ID documents. For many government ID programs, the geographical or organizational considerations make decentra-lized card issuance preferable to centralized credential production. As a result, governments are pursuing – and the industry is responding – with more creative and customized solutions to meet organizational needs. A decentralized card issuance model offers greater flexibility with regard to system scalability, severe opera-tional environments and even greater cost effi-ciencies than do centralized models. The decen-tralized issuance model also offers a number of citizen-centric benefits.

KEYWORDSDistributed identity personalization, de-

centralized ID issuance, HID Global, govern-ment ID solutions, citizen-centric.

MuDANçA DE PARADIGMAS: GOVERNOS ADOTAM uMA ABORDAGEM MAIS CENTRADA NO CIDADÃO PARA A PERSONALIZAçÃO DE IDENTIDADE SEGuRA

70 | digital

POR JORgE CAStRiLLO

De acordo com a ABI Re-search, os governos estão cada vez mais adotando documentos de identida-

de nacionais avançados para:• Melhorar a segurança• Aumentar a adoção de múltiplas

aplicações• Agilizar os serviços existentes

Dentre esses governos encon-tram-se muitos países da América Latina, incluindo Brasil, Argentina, México, Uruguai e Costa Rica.

Além das inovações associadas à concepção de programas de iden-tidade segura discutidas mais publi-camente, uma questão fundamental veio à tona. De forma semelhante às indústrias de informática e ener-gia, que testemunharam a enorme transição da computação e gera-ção de energia centralizadas rumo a paradigmas descentralizados mais eficientes e mais “inteligentes”, o setor governamental de identidade do cidadão também está passando por uma grande mudança. Os go-vernos estão à procura de soluções que atendam à crescente demanda do mercado pela descentralização da emissão de documentos de identi-dade seguros. Mais especificamente falando, os cidadãos estão atualmen-te exigindo a emissão instantânea de

documentos de identidade seguros, um tempo de resposta mais rápido, comodidades mais centradas no ci-dadão e a correspondente economia de despesas e de tempo.

Além do fato de que viajar até uma central de emissão de docu-mentos de identidade é inviável para o bolso das populações de mui-tos países, para a maioria dos cida-dãos, tempo realmente é dinheiro e eles não podem se dar ao luxo de se afastarem do trabalho e de ou-tras responsabilidades para viajar às vezes centenas de quilômetros. De fato, em um levantamento de ju-nho de 2013 realizado pela Security Document World (SDW) junto a profissionais de segurança em todo o mundo, 97% dos entrevistados consideraram a praticidade de um modelo descentralizado de matrícu-la e emissão como um fator de de-cisão fundamental na transição de um modelo de emissão centralizado a um descentralizado. Os entrevista-dos também acharam que a descen-tralização da matrícula e da emissão podem proporcionar um método muito mais econômico de entrega do cartão de identidade. Além dis-so, os modelos descentralizados já foram considerados bastante vulne-ráveis a influências criminais e riscos

de segurança, mas avanços enormes em segurança operacional, de hard-ware e das instalações mudaram essa realidade. Na verdade, a recíproca pode ser verdadeira. Especificamente falando, no cenário em que governos com um modelo centralizado ofere-cem aos cidadãos de locais remotos a possibilidade de registro e/ou reno-vação do cartão de identidade pelo correio, tanto os governos como os cidadãos correm o risco de que al-guém intercepte dados pessoais e/ou o documento personalizado antes que ele chegue a seu destino.

Seja em pequenos centros ur-banos, em regiões geograficamente afastadas ou em áreas dispersas da América Latina e outras regiões do mundo, a proposição de valor da “emissão instantânea in loco” é algo real. Para além dos benefícios tangí-veis, o benefício intangível de uma população mais satisfeita é enorme. Somando-se a esta equação há a oportunidade de os governos criarem novas fontes de receita e, ao mesmo tempo, oferecerem novas oportuni-dades locais de emprego.

» FATOR DE INOvAçãOUm grande facilitador no pro-

cesso de transição de um modelo de emissão centralizado a um des-centralizado é a capacidade de dis-ponibilizar tecnologias avançadas

caso / artIgo

julho - agosto - setembro 2013 | 71

de personalização de alta demanda em equipamentos de emissão de do-cumentos de identidade portáteis e de dimensões reduzidas. De acordo com o levantamento da SDW de profissionais de segurança em todo o mundo, 73% de todos os entrevis-tados citaram a escalabilidade e fle-xibilidade do sistema como a princi-pal motivação para mudar para uma solução de emissão descentralizada. Novas impressoras desktop indus-triais de alto desempenho oferecem segurança, escalabilidade e flexibi-lidade de sistema a um preço que permite que os governos produzam, com confiança, documentos de identidade seguros em um modelo de emissão distribuída.

Esta nova onda de tecnologias distribuídas de personalização de identidade é capaz de replicar o ren-dimento de instalações centraliza-das, com maior eficiência e econo-mia de escala. Alguns governos têm implementado com sucesso progra-mas híbridos que combinam unida-des de emissão/entrega centraliza-das, descentralizadas e até mesmo

móveis para satisfazer plenamente as necessidades tanto da organiza-ção como da presença geográfica da população do país.

» ENTREgA sEgURA E ECONÔMICA DE IDENTIDADE ElETRÔNICA

Um modelo de emissão dis-tribuída utiliza vários sistemas de emissão seguros de alta potência lo-calizados em áreas geograficamente dispersas. Se no passado os governos estavam preocupados que um mo-delo descentralizado pudesse criar riscos maiores à segurança, essas preocupações estão desaparecendo conforme tecnologias e processos de emissão vêm amadurecendo. Da mesma forma, outras razões citadas na pesquisa que têm impedido os governos de investir em descentra-lização, tais como a preocupação de que inventários e pessoas sejam inerentemente difíceis de gerir em um ambiente distribuído, também estão sendo contestadas por melho-rias operacionais e experiência prá-tica. Em última análise, os governos

estão descobrindo que um modelo descentralizado permite a entrega segura e econômica de identida-de eletrônica e, ao mesmo tempo, tornando a vida mais fácil para os cidadãos, especialmente aqueles que vivem em áreas rurais fora do centro da cidade.

Para os cidadãos de Costa Rica, essa mudança de paradigma acele-rou o lançamento do então lentís-simo programa avançado de identi-dade de estrangeiros. Costa Rica é o lar de cerca de 200.000 estrangeiros residentes legais. Ao utilizar a tec-nologia de identidade segura mais avançada da atualidade, cartões emitidos para residentes legítimos não podem ser roubados nem con-vertidos de forma fraudulenta na identidade de outra pessoa. Levando isso em consideração, ao passo que era importante emitir novos cartões de identidade eletrônica avançada o mais rápido possível, o processo era complicado e lento. Antes de adotar um modelo distribuído, os residentes estrangeiros eram obri-gados a agendar atendimento para “inscreverem” as informações neces-sárias a fim de produzir um cartão personalizado. Os tempos de espera para esses atendimentos eram lon-gos, o que acabou atrasando o lan-çamento do programa. Para acelerar o processo de inscrição e emissão, o Departamento de Imigração da Costa Rica (DGME) estabeleceu uma parceria com o Banco da Costa Rica (BCR) para abrir 50 estações seguras de captura de dados em 25 filiais do BCR em todo o país. A im-plementação de um modelo distri-buído permitiu à Costa Rica acele-rar sua luta contra a corrupção e ao mesmo tempo normalizar a situação de sua população migrante.

» FAzENDO A TRANsIçãO PARA UM MODElO CENTRADO NO CIDADãO

Setenta e oito por cento dos entrevistados na pesquisa da SDW com profissionais de segurança

agruPar equiPaMentos de eMissão de cartões de diMensões reduzidas e caPacidade industrial é algo que

PossiBilita a transição de uM Modelo centralizado de eMissão de docuMentos a uM descentralizado

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acreditam que a descentralização vai facilitar a vida dos cidadãos. Ao oferecer aos cidadãos uma opção de emissão distribuída, os cidadãos gozam de maior praticidade com a emissão instantânea. Por sua vez, os locais de emissão de cartões ganham oportunidades de ganhos.

Por exemplo, o estado de San Luis, na Argentina, é pioneiro no uso da tecnologia para melhorar os serviços públicos. O estado de San Luis precisava de 400 mil identida-des eletrônicas com o objetivo de melhorar a receita do governo, mo-dernizar os serviços públicos e esta-belecer uma plataforma de serviços flexível e escalável. A solução foi implementar 75 impressoras com a melhor tecnologia de impressão, por meio de uma combinação eficaz de emissão centralizada e descentra-lizada. As identidades eletrônicas do estado oferecem múltiplas capacida-des de aplicação, bem como a possi-bilidade de se efetuar a associação de marcas (co-branding).

Outro exemplo é o projeto de carteira de motorista da Cidade do México. A Cidade do México é uma das maiores cidades da Amé-rica Latina e conta com um grande número de carros. O desafio enfren-tado pela Cidade do México é que a sua população está distribuída em uma vasta extensão de 9.640 km2. Para enfrentar esse desafio, se pro-pôs a criação de pontos de emissão de cartões seguros em cada um dos 56 bairros e municípios da região metropolitana. 159 sistemas de im-pressão segura escaláveis foram dis-tribuídos nesses locais e usados para criar uma infraestrutura à prova de obsolência.

Em termos puramente econô-micos, a decisão de migrar para um modelo distribuído gira em torno do volume de produção de cartões de identidade, o nível de investi-mento e infraestrutura necessários e, no caso de alguns governos, os custos e riscos relativos da distribui-ção do cartão de identidade. Os go-

vernos estão especialmente interes-sados na transição quando os custos de distribuição de cartões de iden-tidade superam os custos dos docu-mentos, ou quando o risco de roubo através de métodos tradicionais de distribuição é elevado.

» PROCEssOs DE MATRÍCUlA sEgUROs E INTEgRADOs

Obter a segurança da emissão é também uma questão de implemen-tação de processos de matrícula segu-ros e integrados. O objetivo é reduzir a possibilidade de fraude em todas as etapas de matrícula e emissão. Para o governo de Angola, isso significava projetar um fluxo de trabalho com-pleto à prova de fraude por meio de um sistema de emissão de modular. Esta seria uma tarefa difícil, uma vez que a maioria dos seus 16 milhões de cidadãos vive em regiões rurais remo-tas e muito dispersas.

Além de ajudar a concretizar a visão do governo de fornecer uma identidade legal por pessoa com capacidade integrada de se adicio-nar facilmente aplicações e funções futuras, o governo também especi-ficou que a solução permitisse a cap-tura e emissão distribuída de dados, bem como incluísse uma credencial que permitisse o armazenamento seguro e a portabilidade de infor-mações digitais pessoais, biométri-cas e demográficas armazenadas no próprio cartão.

O novo programa de cartões de identidade enfrenta esses desafios ao proporcionar unidades móveis de captura de dados e emissão de cartões a cerca de 160 instalações urbanas. Os dados são enviados de volta aos centros em uma transmis-são segura via satélite ou enviados em lotes assim que as unidades mó-veis retornam a um centro de dados na cidade. As unidades móveis tam-bém são responsáveis pela emissão dos documentos finais de identi-dade em áreas afastadas. Para obter um novo documento de identidade, cada titular deve fornecer uma im-

pressão digital e/ou identificação pela íris, a qual é comparada com os dados biométricos contidos no cartão. Apesar de o programa estar atualmente em uma etapa relativa-mente precoce no processo de emis-são, já foram identificadas diversas tentativas frustradas de fraude.

» CONClUsãOEstá claro que a emissão distribu-

ída está emergindo em uma mudança de paradigma semelhante ao que tes-temunhamos na indústria de compu-tadores, quando o poder de computa-ção migrou do mainframe para a rede e para o computador de mesa.

Dinâmicas sociais estão impul-sionando a necessidade de emissão distribuída. Os tomadores de de-cisão em mercados mais maduros estão cada vez mais propensos a ver “os cidadãos como clientes”, os quais vêm esperando altos níveis de qualidade na prestação de serviços e, portanto, estão adotando modelos de emissão distribuídos em um es-forço para construir programas mais centrados no cidadão. A partir dessa perspectiva, a emissão sob demanda para os cidadãos não só é possível, como é crucial.

Em mercados menos maduros, a emissão distribuída está crescendo em popularidade para ajudar a lidar com os aspectos sociais e geográficos que não foram facilmente conside-rados através de uma abordagem centralizada. Esses fatores incluem 1) o movimento em grande escala de pessoas (políticos, econômicos, criminosos); 2) populações disper-sas em locais remotos; 3) a falta de segurança, serviços sociais e direitos legais; e 4) a ausência de ampla in-fraestrutura de informática e comu-nicações.

soBre o autorJorge Castrillo é diretor de Ven-

das da HID Global Government ID Solutions para a América Latina.

RESUMOProdutos com a tecnologia

Solid Flash, da Infineon Techno-logies, combinam as vantagens de uma tecnologia flexível e con-fiável com um alto desempenho e segurança certificada para uso em aplicações de cartões com chip de contato ou sem contato. A alta flexibilidade da Flash oferece muitas vantagens, enquanto os recursos de segurança dedicados permitem um uso seguro e confi-ável do produto

PALAVRAS-CHAVEFlash, segurança, flexibilida-

de, ROM, hardware.

ABSTRACTSOLID FLASH security con-

trollers from Infineon Technologies combine the advantages of a flexi-ble and reliable Embedded Flash technology with high performance and certified security for the use in contact-based or contactless chip card applications. The high flexibi-lity of flash offers many advantages, while dedicated security features enable a secure and reliable pro-duct usage.

KEYWORDSFlash, security, flexibility,

ROM, hardware.

POR BJöRn SCHARfEn

Produtos com a tecnologia Solid Flash, da Infineon Technologies, combina as vantagens de uma tecno-

logia flexível e confiável com um alto desempenho e segurança certificada para uso em aplicações de cartões com chip de contato ou sem contato. A gama de aplicações vai desde car-tões bancários, de governo, elementos

de segurança e controladores SIM em telefones celulares, bem como para produtos de transporte público. A alta flexibilidade da Flash oferece muitas vantagens, enquanto os recursos de segurança dedicados permitem um uso seguro e confiável do produto.

Restrições da tecnologia baseada em memórias ROM exigem novos conceitos de memória. Até agora, os

dados eram salvos em um cartão com chip com controladores de seguran-ça baseados na tecnologia de memó-ria ROM e EEPROM. No entanto, a tecnologia convencional da másca-ra ROM está próxima do seu limite. A diminuição das estruturas do chip resulta em aumento desproporcional dos custos da máscara. Além disso, a tecnologia de máscara ROM não mais supre as exigências do merca-do no que diz respeito a aumentar

PARADIGMA DA TROCA: DE ROM PARA fLASH

caso / artIgo

julho - agosto - setembro 2013 | 75

as funcionalidades diferenciadas dos Smart Cards. Entretanto, Solid Flash combina uma tecnologia mais flexí-vel de memória com um sofisticado mecanismo de segurança que pode ser até mesmo superior aos produtos de máscara ROM.

Produtos de memória Flash ofe-recem um time-to-market mais cur-to, otimizando o tempo de processo na produção de semicondutores. Além disso, essa tecnologia permi-te que a personalização de produtos aconteça numa fase posterior na ca-deia, ou seja, personalizadoras podem decidir antes do envio do módulo qual é o sistema operacional e código do aplicativo a ser programado nos dispositivos Flash, dependendo do projeto e as necessidades do mercado. Isto oferece uma maior flexibilidade em comparação a produtos de más-cara ROM na qual, tipicamente, cada projeto exige uma máscara específica, além de que o fabricante do semicon-dutor deve se planejar cuidadosamen-te. Considerando que se levam várias semanas para aplicar um novo código em produtos ROM, em Solid Flash isto pode ser feito imediatamente, sem a necessidade de comprometer sua segurança.

» CélUlAs NvM (NON-vOlATIlE MEMORY) UTIlIzADAs EM sOlID FlAsh

A Infineon se baseia no con-ceito UCP (Uniform Channel Pro-gram) de memória Flash que está em uso há quase 10 anos, em aplica-ções críticas de segurança automo-tiva e cartões SIM. Em gerações de chips para Smart Cards inferiores a 130nm, foi utilizada uma combina-ção: ROM para o armazenamento de código e UCP, que inicialmente substituíram os conceitos ultrapas-sados de EEPROM para armaze-namento dos dados. Para produtos Solid Flash em 90nm o conceito UCP também é usado para armaze-namento de código, combinando os benefícios de Flash e EEPROM em uma única tecnologia.

As principais vantagens do conceito são a alta resistência e confiabilidade, que têm sido prova-das em bilhões de chips entregues na última década. Esses pequenos módulos permitem implementação econômica e, especialmente, car-tões sem contato ou dual interface se beneficiam de acesso mais rápi-do à sua memória e baixo consumo de energia.

» O CAMINhO DA MásCARA ROM PARA A FlAsh

Historicamente, razões comer-ciais demandaram uma mistura de ROM e a tecnologia EEPROM. Mesmo depois de 10 anos, há uma relação de cerca de 4:1 por bit arma-zenado, na qual levou a uma confi-guração de 4kB EEPROM e 80KB de ROM para um controlador em aplicações de pagamento. Assim, a combinação de memória ROM para armazenar o código de programa e EEPROM para dados de aplicação produziu uma combinação de cus-to eficaz de ambas tecnologias em Smart Cards.

Com a introdução de módu-los menores, o tamanho da área de Flash no chip foi consideravelmente aumentando até um ponto no qual o custo total de se manter uma ROM, em comparação com o Flash, tem de ser cuidadosamente analisado. Os custos das máscaras ROM aumen-tam significativamente cada vez que a geometria de silício fica menor. Por exemplo, para uma tecnologia de 65nm, os custos são mais do que 10 vezes superiores aos de um pro-cesso de 220nm. Além disso, com o tamanho do chip diminuindo e o

SOLID FLASH™=

FlexibilidadeSegurança

Flexibilidade nodesenvolvimento

Flexibilidade nacadeia logística

Flexibilidadedurante a certi�cação

e maior segurança

Flexibilidade do Solid Flash leva a economia de tempo, redução de riscos e complexidade durante toda a cadeia.

Maior �exibilidade durante a certi�cação. O conceito de

memória �ash é mais seguro.

figura 1: solid flash fornece diversas vantagens logísticas e de desenvolviMento

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tamanho do wafer aumentando para 300mm, as quantidades mínimas para compra de um produto ROM de uma máscara específica ao cliente irão atingir um valor não econômi-co, de até milhões de peças por lote. O ponto na qual se faz sentido mo-ver-se para Flash depende do tama-nho total da memória, bem como do tamanho do chip. Em outras aplica-ções, tais como automotivas e con-troladores de segurança para cartões SIM, esse limite já foi atingido anos atrás. Para as aplicações de Smart Cards restantes, produtos com a tecnologia Solid Flash já foram de-senvolvidos. A Infineon já certificou o seu primeiro controlador seguro conforme CC EAL5+ em 2006. To-das as plataformas a partir de 90nm são desenvolvidas em favor de Flash e não de ROM. Entretanto, todas as certificações exigidas (CC EAL 5+ / 6+ (High), EMVCo, várias homolo-gações ao redor do mundo) já foram obtidas e os produtos já estão no mercado.

Substituir ROM por Flash é certamente uma mudança de para-digma para a indústria de aplicações seguras. Mas, no que diz respeito a

aplicações de segurança, não há dife-rença entre ROM e produtos a base de Flash. A única diferença principal reside no fato de que o bloqueio de código tenha sido movido a partir da criação da máscara ROM na produ-ção de semicondutores para a fase de (pré-)personalização, que também tem de ser feito num ambiente segu-ro e certificado.

» MECANIsMOs DE sEgURANçA

A elevada segurança funcional da Solid Flash é alcançada por uma transferência segura da máscara, igual a de um código de ROM de máscara, com carregamento seguro e cifrado e um mecanismo de bloqueio especial. O código de programa de produtos Flash deve ser protegido após a programação, além da prote-ção contra modificações em campo. Além disso, um módulo de seguran-ça baseado em Flash tem uma chave aleatória específica para cada chip para criptografia, enquanto que para a máscara ROM todos os módulos que pertencem à mesma máscara ROM (muitas vezes milhões) têm a mesma chave.

Dado o fato de que os produtos em Flash oferecem a flexibilidade necessária para fazer o download do sistema operacional e as aplicações para os Smart Cards durante o de-senvolvimento e a fase de produção, não é necessário somente proteger o acesso ao mecanismo de carre-gamento seguro de um projeto e uma chave específica para o clien-te, mas é também crucial desativar permanentemente o mecanismo antes da implantação. Isso é feito para evitar que o fraudador utilize o mecanismo de carregamento se-guro para baixar applets maliciosos para realizar ataques contra o chip. Os produtos Solid Flash proporcio-nam um mecanismo de trava certi-ficado, que protege o conteúdo da memória após a personalização ao mesmo nível que em produtos de ROM. O mecanismo faz parte do carregador de memória da Infineon, que é certificada em conjunto com o hardware por common criteria, EMVCo e outras homologações. Também foram feitos desenvolvi-mentos na arquitetura de hardware para proteger a memória de ataques de análise e manipulação.

Envio ao cliente

Controlador do cartãoem Solid Flash

Carregadorde �ashseguro

Flashmemory

(Re)carregamento do código/dados durante a fase de desenvolvimento

Proteção (trava) memória �ash antes do envio

Autorização para carregamento de Flash seguro

Carregador seguro de Flash certi�cado juntamente com o Hardware

figura 2: PrincíPio de uM carregador seguro flash

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O armazenamento de informa-ção em células Flash oferece outra vantagem se o chip é sujeito à enge-nharia reversa: em produtos ROM, a informação é normalmente arma-zenada em condutores de metal, de modo que o próprio conteúdo ROM pode ser lido por meios relativamen-te simples. As células de memória Flash, em contrapartida, armazenam

as informações somente em elétrons, tornando o processo de engenharia reversa mais difícil.

Em produtos de Solid Flash um firewall de hardware é implementa-do, a fim separar o código dado e ou-tras aplicações. Isso proporciona uma proteção eficiente, contra manipula-ção indesejada ou não autorizada do conteúdo da memória. A fim de pro-

porcionar código e dados em produtos de segurança certificados, com a melhor proteção possível, a memó-ria também é criptografada.

A cadeia logística também é uma parte do

processo de certificação, de acordo com as especificações de segurança adequadas, de forma semelhante aos produtos ROM. É confiável no que diz respeito ao conteúdo da memó-ria, aos erros de gravação e a correção de erros. Dependendo do modo de utilização, os dados podem ser arma-zenados em até 20 anos.

figura 3: todos os Produtos de solid flash são Baseados na MesMa célula ucP

Memória Descrição Características + Vantagens- Desvantagens

ROM Memória de somente leitura

O conteúdo é escrito somente durante o processo de manufatura. Utilizada para armazenamento de códigos.

- Baixa flexibilidade logística- Não é possível a escrita+ Alta confiabilidade

NVM Memória não volátil

Termo genérico para tecnologia de memórias que armazena o conteúdo após desligado. Utilizada para códigos e dados das aplicações EEPROM, FLAHS, UCP, etc., são todas memórias não voláteis.

EEPROMMemória de somente leitura, apagável eletricamente

Implementação da memória não volátil com pequeno tamanho de página, geralmente utilizada para armazenamento de dados, mas também possível armazenamento de códigos.

+ Alta flexibilidade logística+ Ótima granularidade de escrita

FLASH Memória Flash

Implementação da memória não volátil com pequeno tamanho de página comparado a EEPROM; normalmente utilizada para código, e combinada com a emulação da EEPROM pode ser utilizada para dados.

+ Alta flexibilidade logística- Granularidade de escrita inferior

IFX NVM

Memória não volátil da Infineon, baseada em UCP (Unifield Channel Programming)

Conceito Flash utilizado pela Infineon, com emulação da EEPROM implementado por Hardware. Utilizável para códigos e dados.

+ Alta flexibilidade logística+ Ótima granularidade de escrita+ Alta confiabilidade graças ao sofisticado mecanismo de hardware.

SOLID Flash

Marca Registrada da Infineon, para produtos Flash seguros e confiáveis

Conceito Flash da Infineon com alta segurança. Utilizável para dados e código.

+ Mesma segurança e confiabilidade do conceito Flash+Mecanismos de segurança adicional, incluindo proteção contra a escrita

taBela 1: coMParação de tecnologias de arMazenaMento Para sMartcard

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» UMA FAMÍlIA DE PRODUTOs já EsTá DIsPONÍvEl

Uma grande gama de produtos Solid Flash de diferentes famílias (SLE 77, SLE 78, SLE97) está dis-ponível e são baseadas em produtos de contato, sem contato e dual in-terface.

Os membros da família SLE 77 são projetados para produtos de pa-gamento de contato e sem contato, tecnologias SDA e DDA. Os con-troladores de alto desempenho de 16 bits, com excelentes características em produtos sem contato e Dual in-terface, estão disponíveis para apli-cações de mercado com memórias Flash de 80-240 KBytes, com certi-ficação EMVCo e Common Criteria EAL5 +.

Os controladores de 16 bits da família SLE 78 de SOLID FLASH variam até 500 Kbytes, os quais for-necem um caminho de migração simples do SLE 77, e estão equipa-dos adicionalmente com o “Inte-grity Guard” de segurança digital. Esta tecnologia de segurança inclui a implementação de duas CPU’s para detecção de erros; cálculo criptográ-

fico no CPU, memória, barramento e cache; códigos de detecção de erro (EDC) para todas as memórias; có-digos de erro para proteção de cache e proteção ativa de blindagem I2.

Graças ao “Integrity Guard”, os controladores de segurança são ca-pazes de monitorar o caminho de dados de forma contínua por meio de detecção de erro. Os controla-dores SLE 78 têm duas CPUs, com as quais a deteção de erros é ainda possível durante o processamento de dados. Se o controlador de segurança detecta um erro ou uma tentativa de ataque, ele decide se a operação per-manece ou um alarme é disparado e a operação é automaticamente can-celada. O caminho de dados dentro do controlador também é criptogra-fado. O cálculo codificado em ambas CPUs é uma característica única. Os controladores de segurança SLE 78 baseados em Flash receberam recen-temente a mais alta certificação de segurança (Common Criteria EAL 6+) pelo Instituto Federal Alemão de Segurança em Tecnologia da In-formação (BSI). A família SLE 78 é a melhor escolha em aplicações de

pagamento high-end e para aplica-ções de governo eletrônico que ne-cessitam de proteção de longo prazo.

Os controladores da família SLE 97 de 32 bits fornecem um conceito modular para aplicações high-end, como SWP baseadas em NFC e High-End SIM / UICC, Mobile Payment e segurança embarcada. A família de produtos é baseada na arquitetura ARM SC300 mas é oti-mizada para atender às aplicações de segurança abordadas, por exemplo, com um cache e recursos de segu-rança dedicados. A ampla gama de funções periféricas também inclui suporte a RSA ECC, AES, cálculos 3DES e também interfaces de comu-nicação, tais como ISO7816, SWP (Single Wire Protocol), Inter-Chip / Full Speed USB, SPI, I²C e vários GPIOs. Os controladores são certifi-cados de acordo com o CC EAL5 + (High) e EMVCo.

soBre o autorBjörn Scharfen é chefe da área

de marketing de produtos da linha Se-cure Mobile & Transaction Business Line da Infineon.

Segurança eM uMa rOM CripTOgrafaDa Segurança eM uMa SOLiD fLaSH CripTOgrafaDa

Chave específica por máscara Chaves específicas por chip - a chave é gerada no chip durante a personalização

Proteção de leitura por cada máscara criptografando dos conteúdos da memória

Proteção de leitura por chip, criptogrando o conteúdo da memória

Bits criptografados armazenados em ligações de metal

Bits criptografados são armazenados em Floating Gates – maior dificuldade de engenharia reversa

Proteção no código de erros, contra ataques de manipulação

Proteção no código de erros, e armazenamento dinâmico, embaralhando a localização, protegendo contra ataques de manipulação.

taBela 2: coMParação de segurança eM uMa roM criPtografada e solid flash criPtografada

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RESUMO“O BIG DATA é o próximo grande negócio

em Tecnologia da Informação”. Esta declaração na época da publicação do primeiro artigo desta série de três artigos sobre o assunto, há três meses, passou de uma tendência para uma realidade, com a dis-seminação de soluções de entrada, adequadas para as organizações. É provável que nos próximos três meses o assunto já seja coisa comum nas discussões das maiorias dos fóruns, convenções ou palestras das mais diversas áreas do conhecimento humano.

Neste artigo iremos abordar um pouco mais de soluções práticas e do que é composto alguns pro-dutos já disponíveis por provedoras de tecnologia e de como são estruturados os sistemas de pesquisas com a visão de estrutura de dados das ferramentas para BIG DATA.

No último artigo da série vamos concluir ava-liando o impacto das mudanças no paradigma de programação de sistemas extratores de informações úteis do BIG DATA.

PALAVRAS-CHAVEBIG DATA, Mapa Reduzido, Sistema de Ar-

quivos, Paralelismo, Hadoop.

ABSTRACT“The BIG DATA is the next big thing in the In-

formation Technology” This statement made at the time of last article, three months ago, was a trend to a reality which became more consolidated with the spread of entry level solutions very useful for organiza-tions. It is very likely that in the next three months this subject will be common place in discussions on major forums, conventions and lectures in several fields of human knowledge.

In this article we will talk a little bit more on practical solutions and what entails some products al-ready available by technology providers and how these systems are structured as well it´s data structure con-cepts that make the BIG DATA a useful tool.

In the next and last article of these series we shall conclude evaluating impact on changes in the shift of programming paradigm to extract useful data from BIG DATA.

KEYWORDSBIG DATA, Map Reduce, File System, Paralle-

lism, Hadoop.

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POR MARCOS ALBERtO dE SOUzA

É muito comum haver receios de se estar ad-quirindo um “elefan-te branco”, quando se

propõe qualquer modelo de equi-pamentos ou sistemas que desafia os paradigmas existentes, particu-larmente quando é completamente envolto de muita inovação.

Mas afinal o que é um elefante branco e por que este termo? Uma simples pesquisa na internet, valen-do-se do BIG DATA, tem-se a res-posta: O raro paquiderme albino dava para quem o possuía o status de se ter um valioso espécime, mas esta posse representava enormes gastos sem qualquer retorno financeiro ou de utilidade prática.

Ainda que inicialmente tenta-dor, na prática se revela exatamente como a expressão: não é um bom negócio adquirir um elefante bran-co. Seja o paquiderme, ou seja, um equipamento ou qualquer tipo de construção que apenas drene recur-sos sem dar retorno do investimento.

Ensejado pelo estado atual da for-ma de vida em sociedade, por meio da Tecnologia da Informação, passamos

a observar, como descrito no artigo anterior, a produção de avassaladoras quantidades de dados a cada instante, não apenas nas atividades humanas representadas por movimentações fi-nanceiras, transações comerciais ou simples troca de mensagens.

O limpador de vidros de um carro que envia automaticamente informações sobre pluviosidade em um local para um sistema de monitoramento é conhecido como um sistema M2M “Ma-chine to Machine” ou Máquina a Máqui-na. Cada vez mais comum, representa o que se chama hoje de “a Internet das Coisas”, que descreve tudo que tem acesso a internet, como ge-ladeiras, carros, TV, medidores, etc.

Finalmente te-mos a digitalização de dados analógicos em dados digitais, como

exemplo na Identificação Humana, a conversão de fichas datiloscópicas em papel para imagens WSQ para siste-mas AFIS. Estamos falando de muitos dados mesmo! A figura abaixo ilustra esse “movimento”.

A grande questão é: como ex-plorar esses dados para aumentar a competitividade e produtividade nas atividades diárias das empresas? Não é um desafio simples, mas al-

BIG DATA: uM ELEfANTE AMARELO PARA AS ORGANIZAçõES

caso / artIgo

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guns exemplos clássicos de aplicação de BIG DATA já existem, como o GOOGLE e o LinkedIn que fun-cionam de forma autônoma usando métodos de programação chamados “redução de mapas”, que permite a associação de um assunto, ou de uma pessoa, com outros assuntos ou outras pessoas, que se correlacionam por uma ou mais chaves ou temas em comum.

O modelo de programação é uma questão. Outra grande questão é como acessar os dados hospeda-dos em sistemas de arquivos com-pletamente espalhados em diferen-tes domínios? (entendendo-se por domínio um endereço de rede, em diferentes Unidades Federativas, de diferentes Países, e até mesmo em sistemas da Estação Espacial Inter-nacional orbitando a 353 quilôme-tros de altura da Terra).

Vejamos agora um pouco so-bre a distribuição de dados, para na próxima edição falarmos sobre componente mais complexo que é o modelo de programação para depu-ração de dados na rede mundial de computadores.

» TIPOs DE DADOsPouco tempo atrás, importantes

iniciativas de empresas do segmento de mercado de bens e varejo, visan-do entender as rotinas de consumo e fidelização de seus clientes, usaram a associação do cliente com seus hábi-tos de consumo. Na época o conceito de “Mineração de Dados” ou Data Mining produziu resultados muito interessantes como determinar a for-ma de distribuir os bens em pontos de venda, veiculação de promoções orientadas, atendimento diferencia-do promovendo ganhos importantes para as organizações e preludiando novas tecnologias e mudanças de pa-radigma na depuração da informação.

Vejamos os modelos de dados tradicionais e típicos de BIG DATA:

A tabela 01 surpreende pelo cur-to lapso de tempo de transição da massificação de troca de dados tradi-cionais para os nãos tradicionais, que transcorreu ao longo dos anos 2000.

Com o reconhecimento facial eletrônico, por exemplo, é viável para os computadores extraírem in-formações úteis de fotos ou mesmo vídeos. Hábitos de consumo de mú-sicas revelam tendências na forma coletiva de pensar pela análise do conteúdo das músicas.

Outro exemplo vem de diversas áreas da ciência que estão começando a gerar grandes quantidades de dados que até recentemente eram inimagi-náveis. A ciência Papiloscópica é um claro exemplo: onde há identificação por impressão digital modernizada, esta imagem tem sua assinatura única determinada entre milhares de mi-lhões de outras impressões digitais.

» APREsENTANDO O ElEFANTE AMARElO.

Na área de TI, é comum associar grandes ferramentas a formas de vi-das animais. Por exemplo, quem não conhece o Pinguim do Linux?

Os animais (figura 2) são ícones de linguagens e sistemas operacio-nais bastante avançados, e que de fato são os blocos para construção de várias aplicações que compõe a neo-infoesfera.

» MAIs UM ANIMAl DO zOOlógICO DA TECNOlOgIA DA INFORMAçãO:

O mais novo espécime, de peso da infoesfera, é conhecido como HADOOP e é representado por um bebê elefante amarelo. Este é o Ele-fante Amarelo que as maiores orga-nizações vão querer ter a seu serviço.

O Hadoop é um servidor de aplicações APACHE que é o mais difundido módulo de comunica-ção para distribuição de informa-ções pela internet. É quem gerencia os chamados de “sites” ou “páginas WEB”. Suas funcionalidades exis-tem através de uma grande estrutura de módulos, que pode inclusive ser escrita pelos usuários, criando os seus próprios módulos.

Simplificando bastante, você que navega por alguns sites segura-mente recebe seus conteúdos organi-zados por sistema APACHE.

O “APACHE” está para acesso de páginas WEB como o “APACHE Hadoop” está para o processo de busca de grandes volumes de infor-mações, de ampla variedade com a velocidade necessária.

O Hadoop consiste de dois componentes chaves:• O sistema de arquivos distribu-

ído Hadoop que permite o ar-mazenamento em aglomerados de máquinas e acesso com alta velocidade;

Dados Tradicionais Big DaTa

Documentos Fotografias

Transações Financeiras Áudio e Vídeo

Registros de Estoque e Ativos

Modelos Funcionais em 3D (Carros, Aviões, etc.)

Arquivos Pessoais Simulações

Cadastros Dados de Localização (informação geodésica ou georeferenciada)

taBela 01

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• Estrutura de processamento de dados chamada “Map Reduce”, que é baseada no modelo de tec-nologia do sistema de pesquisa do GOOGLE, distribuindo ou mapeando grande conjuntos de dados através de múltiplos ser-vidores.

Por exemplo, ao realizar a pes-quisa da palavra “hadoop” no Goo-gle, você pode observar que a se-guinte mensagem surge: “Cerca de 10,600,000 resultados em (0.15 se-gundos)”.

Fascinante, considerando que ao clicar em um link, todos os mapas listados estão armazenados em ser-vidores hospedados em sistemas de arquivos completamente espalhados em diferentes domínios, pelo mun-do são sumarizados e apresentados em uma fração de segundo (1/15).

Mapa Reduzido é caracterizado por ser facilmente paralelizável e li-nearmente escalável, sendo altamen-te optimizado para cargas de traba-

lho analíticas. O Hadoop se tornou popular após companhias como Yahoo e Facebook o utilizarem com sucesso para analisar e utilizar os dados de seus usuários para promo-ção de interação entre seus usuários, produção de banners publicitários orientados, etc.

Para grande maioria das orga-nizações que não podem dispor de recursos para consolidar um sistema interno de BIG DATA, a tecnolo-gia está disponível em modelo de negócios “na nuvem”. A NEC ofe-rece um sistema inovador chamado IERS “InfoFrame Elastic Relational Store” que representa a próxima geração como solução aos sistemas de gerenciamento e banco de dados tradicionais, cujas limitações se tor-nam mais aparentes quando se trata de escalabilidade e desempenho na busca de dados. O IERS da NEC combina o melhor de SGBD rela-cionais com alto desempenho e es-calabilidade para o processamento analítico de dados.

Um case prático é o uso do IERS em uma unidade fabril que acumula e analisa dados gerados por sistemas M2M onde se requer um sistema altamente escalável para equilibrar o grande volume de da-dos gerados a cada instante por cada sistema, para executar todos os pro-cessos de transformação de dados em informações para decisões estra-tégicas de negócios.

Essas decisões podem ser: pro-duza mais disso, menos daquilo, acelere esta fase, detenha aquela fase, etc., alinhados com os proces-sos de negócios (oferta e demanda) para um produto ou toda linha de produção.

Na próxima edição trataremos sobre como extrair dados do BIG DATA, ilustrando com um caso de Gestão de Segurança Pública real, mas que parece ficção científica: o prognóstico numérico de local e hora de ocorrência de crimes.

soBre o autorMarcos Alberto de Souza é es-

pecialista em arquitetura de computa-dores e algoritmos para processamento numérico de grandezas naturais, com 15 anos de atuação em computação científica para aplicação de Previsão Numérica de Tempo e seis anos em Au-tomação de Sistemas de Identificação. Trabalha para a NEC desde 1987 e atua em projetos de missão crítica e de integração de sistemas.

figura 02

Servidores Gigantesco volume de dados Mapa reduzido

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RESUMOO crescente aumento do

uso dos cartões de crédito e dé-bito faz com que empresas te-nham um diferencial para que o consumidor utilize o cartão da loja onde está fazendo suas compras e não de uma empresa concorrente. A impressão ins-tantânea de cartões (Instant Is-suing) promete um cliente mais fidelizado, pela agilidade no processo de obtenção e ativação do cartão para compra, fortale-cendo assim a marca.

PALAVRAS-CHAVEEmissão instantânea, fideli-

zação e agilidade.

ABSTRACTThe increasing use of credit

cards and debit causes compa-nies to have a differentiator for the consumer to use the store card which is making their purchases rather than a competitor. The instant issuing of cards promises a more loyal customer, its agility in the process of obtaining and activating the card to purchase, thus strengthening the brand.

KEYWORDSInstant Issuance, loyalty and

agility.D

Ivu

lgA

çã

o

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POR AnA PAULA gARCiA

Os cartões de crédito e débito já fazem parte do cotidiano e da vida do consumidor bra-

sileiro, com isso as indústrias de cartões estão cada vez mais aque-cidas. Este aquecimento está tanto ligado ao crescente aumento do consumo do produto trazido pelo aumento na renda da população como pela esperada substituição tecnológica, fazendo com que as pessoas optem cada vez mais por meios de pagamento eletrônico, ao invés do próprio dinheiro, ou do ultrapassado cheque.

Segundo estimativas da Abecs (Associação Brasileira das Empresas

de Cartões de Crédito e Serviços), o faturamento dos cartões de crédi-to e de débito deve atingir R$ 847 bilhões em 2013, um crescimento de 16,9% em relação ao resultado do ano passado. Os cartões de débi-to devem manter o ritmo de cresci-mento mais acentuado, com 19,3%, fechando o ano com R$ 292 bilhões. Já os cartões de crédito, o incremen-to esperado é de 15,7% em 2013, com faturamento de R$ 555 bilhões.

Tudo isso é possível, pois o plásti-co representa maior praticidade e co-modidade, pois além de tirar o peso de notas e moedas, facilita a vida dos usuários que não precisam procurar caixas eletrônicos a todo o momento

para retirada do dinheiro para o pa-gamento de compras, além de não ter de separar e nem contar notas.

O pagamento de compras fica cada vez mais seguro e prático para ambos os lados, pois o consumidor não precisa andar de um lado para o outro com o bolso cheio de dinheiro e ainda consegue negociar o parcela-mento do pagamento e o lojista terá a garantia do pagamento da conta, sem notas falsas, cheques fraudados, ou falta do próprio dinheiro, pois ele é garantido pelas operadoras de cartões.

» NOvA REAlIDADEPara dar maior dinâmica e agili-

dade neste mercado, surgiu a tecnolo-gia do Instant Issuing, ou em portu-guês Emissão Instantânea, que nada

INSTANT ISSuING: MAIOR fIDELIZAçÃO E AGILIDADE

caso / artIgo

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mais é do que a impressão instantâ-nea dos cartões de crédito ou débito.

Agora as instituições de diversos setores como lojas de varejo, moda, supermercadistas, ou até mesmo agências bancárias conseguem fazer com que seu cliente tenha um cartão da empresa em questão, com seus dados e ativado em poucos minutos. Mas para isso acontecer, não basta ter só a impressora de cartões, o ideal é ter a solução completa, como a tecnologia e serviços oferecidos pela Thomas Greg &Sons.

Entre muitos benefícios, este mo-delo de negócio reduz o tempo de ati-vação do cartão (que pode ser feito de forma imediata, pelo portador final ao retirar o produto), garante uma gestão assertiva de suprimentos, reduzindo o desperdício e tornando o processo de compras mais eficiente, elimina os custos de envio de cartões e senhas por correio (incluindo os custos eventuais de reenvio por extravio ou não locali-zação do portador), além de garantir uma fidelização pela personalização individual percebida pelo portador, pois reduz tempo de ativação do car-tão uma vez que o processo permite seu uso imediato, ou seja, o usuário pode efetuar suas compras no mesmo instante que tiver seu cartão ativado.

Com a impressão instantânea, a instituição tem o retorno garanti-do, pois com a ativação imediata o consumidor utilizará o cartão no ato, aumentando a comercialização e ge-rando maior receita. Muitos cartões enviados pelo Correio são esqueci-dos junto às correspondências e aca-bam nunca sendo utilizados.

Com a Emissão Instantânea é possível:• Produção remota (em fábricas,

lojas ou agências) de cartões de débito, crédito e pré-pagos;

• Personalização remota de smart cards com contato, sem contato ou dual interface (EM-V-MULTOS);

• Personalização de car-tões termo gravados;

• Personalização da imagem no momen-to da impressão ou com uso de cartões pré-laminados;

• EMV Complian-ce aderente às regras e padrões de segurança das bandeiras VISA e Mastercard;

• Aderente às necessidades de bandeiras próprias (Private Label);

• Impressão com qualidade fotográ-fica de imagem em tons contínuos ao longo da borda do cartão com cores vibrantes e textos nítidos.

» FUNCIONAlIDADEO processo da Emissão Instan-

tânea começa a partir de uma pro-posta preenchida pelo cliente final e aprovada pela empresa. As infor-mações desta proposta (dados do cliente e do cartão) são transmitidas à central da Thomas Greg & Sons, onde serão processadas. A partir de então, usando a mais sofisticada tecnologia de criptografia de da-

dos (HSM), eles são preparados e dispo-

nibilizados para a impressão dos car-

tões, seja ele tarja, chip ou MIFARE. É possível fazer a

impressão total do cartão, ou apenas a personalização dos dados do cliente. Com a personalização, o cartão é disponibilizado ao usuário, e está pronto para o uso.

A Thomas Greg recebe a confirmação de personalização

dos cartões e salva todos os dados de processamento necessários em ambiente seguro, além disso, é feito o acompanhamento de quantidade de cartões emitidos, o comparativo de suprimentos, e quando o esto-que fica baixo, o sistema informa e a reposição é feita em cada ponto de emissão trazendo eficiência e segu-rança ao controle de estoque.

soBre o autorAna Paula Garcia é formada em

Publicidade e Propaganda e pós-gra-duada em Marketing de Serviços pela FAAP e Marketing de Varejo pela FGV.

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1 carlos saraiva (conadi); 2 edson rezende (aBrId) com equipe do II/pa;

3 equipe da montreal e sandro roberto (II/ac); 4 newton rocha (II/pr);

5 Brasílio caldeira (InI/direx/dpf) palestrando, edson rezende (aBrId)

e eulemar amorim (InI/direx/dpf); 6 equipe da montreal com christiane

ferreira (ssp/pa) e antonio ricardo (II/pa); 7 participantes do Impa;

8 antonio ricardo (II/pa) ladeado por luiz carlos (II/ro) e sandro roberto (II/

ac, à esquerda); 9 apresentação de palestras;

1

2

3 4

5 6

7 8

9

IMPA

foToS: João PEREz

10 palestra de carlos colodoro (consultor aBrId); 11 pedro mancebo (sesdec/ro) e christiane ferreira da silva

(pc/pa); 12 Workshop de Identificação moderna, processos e aplicações – Impa, em Belém; 13 participantes

do Impa; 14 equipe da aBrId; 15 christiane ferreira (pc/pa), em nome da secretaria de segurança pública/pa,

recebeu condecoração “100 anos em prol da cidadania paraense”; 16 antônio ricardo de paula (II/pa), christiane

ferreira (pc/pa), Jeová Barros oliveira (II/pa) e edson rezende (aBrId) ; 17 nathalia fernandes (aBrId)

entrevista pedro mancebo (ssp/ro); 18 narumi pereira lima (Inc/dpf) palestrando; 19 eduardo albuquerque (II/

am), amador Barros (gemalto), cassiano garcia (gemalto), antônio dantas (dep. polícia técnico-científica/amapá),

roberto amaral (montreal), evandro dolzani (montreal), sandro roberto rodrigues (II/ac)

10 11 12

13

15 16

17 18

19

14

20 carlos cesar (conadi) ,em palestra; 21 adriano santos (II/rr), márcia moratona (serasa experian), andré Barreto

(serasa experian), sandra martins (II/to) e newton rocha (II/pr); 22 rafael reckelberg goes (akiyama), fernando

dufour (akiyama), adriano santos (II/rr) e márcia moratona (serasa experian); 23 técnicos do II/pa e equipe da

serasa; 24 edson rezende (aBrId), carlos collodoro (consultor aBrId) e newton rocha (II/pr); 25 luis carlos porto

(ItI), em palestra; 26 nathalia fernandes (aBrId) entrevista nelson tavares (ssp/to); 27 salão de evento do Hotel

Hilton, em Belém (pa); 28 nelson tavares (ssp/to) de Helvio peixoto (mJ); 29 Iracilda santos (II/Ba), eulemar amorim

(InI/direx/dpf), Brasílio caldeira (InI/direx/dpf), luis carlos porto (ItI) e pedro mancebo (sesdec/ro);

20 21

22 23

24 25

26 27

2928

30 participantes do Impa; 31 Jair fernandes (celepar) em palestra; 32 equipe da akiyama; 33 nathalia fernandes (aBrId),

pedro Barros (II/df), carlos collodoro (consultor aBrId); 34 carlos saraiva (conadi); 35 pedro mancebo (ssp/ro), edson

rezende (aBrId), Hélvio peixoto (mJ), eulemar amorim (InI/direx/dpf); 36 christiane ferreira (ssp/pa) entre Jeová Barros

(assoc. papiloscopistas/pa) e antonio ricardo (II/pa, à direita); 37 participantes do Impa; 38 nathalia fernandes (aBrId)

entrevista christiane ferreira (ssp/pa); 39 Brasílio caldeira (InI/direx/dpf), antônio ricardo (II/pa), sandro roberto cunha

rodrigues (II/ac), luis carlos de lima (II/ro), eulemar amorim (InI/direx/dpf), sandra martins (II/to), Iracilda maria de

oliveira santos (II/Ba), carlos saraiva (conadi), newton rocha (II/pr), adriano santos (II/rr), eduardo albuquerque (II/am) e

antônio medeiros (II/ap);

30 31

32 33

34 35

36 37 38

39

40 Jeová Barros (assoc. papiloscopistas/pa); 41 coffee break ; 42 antônio ricardo de paula (II/pa) e christiane ferreira

(pc/pa); 43 técnicos do II/pa; 44 edson rezende (aBrId), nelson tavares (ssp/to), christiane ferreira (ssp/pa) e

pedro mancebo (ssp/ro); 45 edson rezende (aBrId), nelson tavares (ssp/to), christiane ferreira (pc/pa), pedro

mancebo (ssp/ro); 46 participantes do Impa; 47 participantes do Impa; 48 evandro roberto (II/ac) e equipe da

montreal; 49 Jeová Barros (assoc. papiloscopistas/pa);

40 41

42 43 44

45 46

47 48

49

50 Jeová Barros (assoc. papiloscopistas/pa) e antonio ricardo (II/pa); 51 participantes do Impa; 52 equipe

da gemalto com Jair fernandes (celepar); 53 técnicos do II/pa; 54 sandro roberto cunha rodrigues (II/ac)

palestrando; 55 evandro dolzani (montreal) e sandro roberto cunha rodrigues (II/ac); 56 Jair fernandes

(celepar) e newton rocha (II/pr); 57 edson rezende (aBrId), luis carlos oliveira (aBrId), rafael peixoto

(aBrId) e os demais participantes; 58 coffee break; 59 márcia moratona (serasa experian) ;

50 51

52

54 55

56 57

58 59

53

I WITAID

foToS: WEnDERSon ARAúJo

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11º CerTForuM

foToS: EDuARDo BRAz

1

2

3

4 5 6

7 8 9

10

1 credenciamento dos participantes; 2 luiz paes landim (sudene), célio ribeiro (aBrId) e renato martini (ItI); 3 participantes

do certforum; 4 coffee break; 5 coffee break; 6 participantes do certforum; 7 stand da serasa experian; 8 Wander Blanco

(caixa econômica federal), caio Bin (Icep) e renato martini (ItI); 9 stand da valid certificadora; 10 auditório do evento

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11 coffee break; 12 componentes da mesa de abertura; 13 deputado Hugo leal (psc-rJ), célio ribeiro (aBrId), luiz paes

landim (sudene) e renato martini (ItI); 14 coffee break; 15 stands da gemalto e da kryptus; 16 auditório no primeiro dia de

certforum; 17 credenciamento dos participantes; 18 auditório Brasil I e II; 19 auditório durante a fala de renato martini (ItI)

20 stand da oak soluções; 21 stand da valId certificadora; 22 deputado Hugo leal (psc-rJ), célio

ribeiro presidente (aBrId), eduardo lacerda (ItI) e renato martini (ItI); 23 coffee break; 24 participantes

no segundo dia de certforum; 25 stand da digital sign; 26 equipe da aBrId no evento

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