revista hype edição 53

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arte cultura comportamento moda beleza decoração ano 9 nº 53 R$ 5,00 9 772237 558005 00052 ISSN 2237-5589 Ele fala de arte e de seu amor por Vitória Um bate papo com Hilal Sami Hilal Eventos, dicas e as novidades da temporada Gente, cinema, música e livros quer apagar a imagem de eterno galã José Mayer Eventos antecipam um verão livre, leve e solto Minas e Rio na moda Joias que cintilam como estrelas

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Maio/Junho | 2012

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arte • cultura • comportamento • moda • beleza • decoração

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Ele fala de arte ede seu amor por Vitória

Um bate papo comHilal Sami Hilal

Eventos, dicas e asnovidades da temporada

Gente, cinema,música e livros

quer apagar a imagem de eterno galã

José Mayer

Eventos antecipam um verão livre, leve e solto

Minas e Rio na moda

Joiasque cintilam como estrelas

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DÉBORA FALABELLAINVERNO 2012

Shopping Vitória 2° piso 3335 1246 Vitoria • Shopping praia da CoSta 2° pIsO 3349 9124 VIla VElha

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DÉBORA FALABELLAINVERNO 2012

Shopping Vitória 2° piso 3335 1246 Vitoria • Shopping praia da CoSta 2° pIsO 3349 9124 VIla VElha

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Editora Betty Feliz MTb 179

Colaboradores Alessandra Vargas Antônio Carlos Félix Ariani Caetano Barbara Hilsenbeck Camila Lenk Diego Sierra Ester Jacopetti Luis Taylor Marcelo Netto

Redação Rua Prof. Sarmento, 41/Lj 01, Ed. Eller, Praia do Suá, Cep 29.052-370, Vitória, ES Telefax: 27 3225.6119 [email protected]

Marketing / Tiago Feliz Martins Comercial 27 3225.0184 / 8144.0141 [email protected]

27 9294.8922

Projeto gráfico Link Editoração e diagramação 27 3337.7249

Impressão Gráfica GSA 27 3232.1266

Site www.hypeonline.com.br

A Revista Hype é uma publicação bimestral da Preview Editora Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos ou ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do editor. Todos os direitos reservados.

CAPA A modelo Juliana Alves (agência Ragazzo MGMT) usa joias Suely Chieppe. Make-up/hair de Aline Bretas e styling de Juliana Fernandes. Foto Vanessa Diskin.

Expediente

Além das aparênciasn Nunca fui fã de galã de novela. Com exceção de alguns raros, sempre achei a maioria deles insípida e inodora, como diria uma divertida amiga, que ado-ra brincar com as palavras. Até o ator José Mayer reconhece que galãs são “per-sonagens planas”. Melhor: ele diz que “não há nada mais bege” do que encar-nar esse modelito.

José Mayer continua com a barba, o ca-belo e o bigode do finado “Pereirinha” – da igualmente extinta novela global Fina Estampa – porque está no teatro, viven-do, com sucesso exemplar, o patriarca ju-deu Tevye no espetáculo Um Violinis-ta no Telhado. E se o seu visual atual frustra as expectativas da maioria de suas fãs, a entrevista que o ator conce-deu à jornalista Ester Jacopetti e que abre esta edição pro-va que ele é um homem que vai muito além das aparências.

Mesmo assim, para as mulheres, em especial, a aparên-cia continua sendo um grande apelo. Pelo menos é o que comprova uma pesquisa feita com mais de mil entrevis-tadas que tinham entre 18 e 50 anos: 54% delas não es-tão satisfeitas com o corpo. O assunto é tratado por ex-perts na seção Narciso.

Mas enquanto umas se angustiam com sua imagem na frente do espelho, outras, como a estilista Hellen Dalla, es-tão mais preocupadas com a sustentabilidade do planeta, reutilizando materiais e criando lindas peças que você tam-bém confere nesta edição.

Hype, como vocês sabem, adora tratar de temas sérios, de arte e cultura, mas também gosta de se divertir e diver-tir seus leitores. Por isso, além de trazer um lindo editorial de moda, que antecipa o verão 2013 lançado pelo Minas Trend Preview e pelo Fashion Rio, e um belo ensaio inspi-rado na atriz Liz Taylor, a revista montou uma entrevista hilária com Crodoaldo Valério, que brilhou em Fina Estam-pa como o mordomo Crô. (Uma curiosidade: embora sem-pre deixemos claro que as conversas publicadas na seção Papo Surreal são fictícias, muitos de nossos leitores acre-ditam em sua fidelidade. Para nós, isso soa como um elo-gio. Sinal de que, até brincando, sugerimos credibilidade.)

Para terminar, quero propor um brinde à alegria e aos nove anos de Hype. Bem-vindo para você que está che-gando! Obrigada para você que continua com a gente !

Tim-tim!

Betty Feliz

Editorial

BettyFeliz CONSULTORIA

EM COMUNICAÇÃO

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hypE online hypeonline.com.br

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Antenadan “Li com prazer toda a edição que traz na capa a modelo Amanda Gobbi. Linda! Achei que a revista acertou em cheio ao antecipar as homenagens à atriz Marilyn Monroe. Isso prova que vocês têm uma anteninha ligada na modernidade e na informação de qualidade.”José Anthero Queiroz

Verdade e mentiran “Achei divertidíssimo o Papo Surreal com George Clooney. Percebi que a matéria traz informações verdadeiras sobre o ator, misturadas a uma dose de bom humor criativo e imaginário. Uma sacada muito legal e inteligente!”Maria Alice Munhoz

Questão de gêneron “Concordo com tudo que a psicóloga Christina Montenegro fala sobre os homens na sua entrevista à Hype. Suas colocações são profundas e têm conteúdo. Ela não pratica o feminismo raivoso, ao contrário, revela uma visão humanística da questão, que merece ser respeitada e elogiada.”Cíntia Martins

por e-mail@Elas 3 Comunicação Linda a nova edição da @revistahype. E que delícia poder acompanhar tudo aqui do Rio!

@chmontenegro Muito chique minha entrevista estar citada na capa do último número! Obrigada! Adorei! Bjs a toda a equipe!

@adarianajenner Toda vez que chega minha fatura (uma das), chega a @revistahype... Eh pra dar o equilíbrio na alegria e tristeza da leitura.

@andreambatista Clube @revistahype! Obrigada pelo convite, @BettyFeliz | @TiagoFeliz. Será que vocês vão mesmo descobrir o que eu penso sobre... Tudo???

No TwitterAmanda Gobbi espetacular com joias Florrih na revista Hype, numa super produção de Juliana Fernandes e Aline Bretas. Juliana Dadalto

Editorial de moda estonteante de Marilyn, matérias gostosas e nossos prazerosos encontros registrados nela. Amei! Parabéns e desejo muito Sucesso. Simone Monteiro

Edição primorosa de Hype, como sempre. Adorei! Beth Kfuri

A revista está um luxo! Beatriz Szpilman

Essa revista é super chic! Bom demais tê-la virtualmente. Assim posso matar as saudades do Espírito Santo. Bete Ventura

No Facebook

Confira no site

Veja o making of do ensaio da capa de Hype

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ENTREVISTAO ator José Mayer revela seu desconforto na pele de galã de novela, o que considera “função ingrata”, e fala, empolgado, da peça Um Violinista no Telhado, em cartaz em São Paulo08

CIDADANIACrianças e jovens carentes de Cariacica, entre sete e 18 anos,

participam de projeto musical coordenado pela Fundação Bachiana, criada pelo maestro João Carlos Martins 12

NARCISOVaidosas e insatisfeita, as mulheres são capazes de tudo em nome da beleza, mas a preocupação excessiva com o envelhecimento pode gerar sofrimento para algumas14

28

sumário hype6

PAPO SURREALNão foi fácil, mas, enfim, Crodoaldo Valério concordou em falar sobre sua vida, revelando a Hype, de forma exclusiva, quem era o amante de pé tatuado.

PERSONAGEMChic é ser exclusivo e sustentável, diz a estilista Hellen Dalla,

dona a atelier Ecohar e de uma alma generosa. Com sua aguda sensibilidade social, ela apoias mulheres artesãs carentes

ENSAIOA atriz Elizabeth Taylor inspirou uma linda produção de jóias.

Elas brilham tanto quanto os famosos olhos cor da safira da musa do cinema

24VIAJANDO.COM

Laura Bragatto Ferri ama viajar e sabe recomendar onde, quando ir e o que levar na bagagem para que a

trip seja um sucesso. 62CASA

Você é contemporânea, retrô, lúdica, sustentável ou simplesmente funcional? Não importa o estilo, o que

determina o sucesso da decoração é eleger o móvel certo. 66ZOOMQuem conhece o artista plástico Hilal Samil Hilal por suas belíssimas obras não imagina que ele toca piano desde criança, adora estar em família, comer bem e ir à praia. 68

20MODAGarimpamos, entre os desfiles exibidos durante a última edição do Minas Trend Preview e do Fashion Rio, looks deliciosos e iluminados que vão garantir que você brilhe no verão 46

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n Interpretando nos palcos o patriarca judeu Tevye, que vive em uma aldeia ucraniana do início do século passado, José Mayer protagoniza o espetáculo Um Violinista no Telhado, produzido por Cláudio Botelho e Charles Müller. A versão brasileira do musical da Broadway marca, para o ator de 63 anos, uma nova fase de sua vida profissional, mais voltada para o aprofundamento e menos à "tarefa ingrata", segundo ele, de ser galã.

Nesta entrevista exclusiva, o ator fala do desafio que é interpretar, cantar e con-tracenar com a própria filha, Júlia, nos pal-cos; da fama de sedutor e do relaciona-mento de mais de 40 anos com a esposa.

Você tinha interesse em fazer um musical ou tudo aconteceu naturalmente?n Eu sempre tive interesse, sim! Cláudio, Charles e eu já tínhamos pensado em tra-balhar juntos algumas vezes. Sempre tive vontade de fazer um musical, mas sem-pre estava focado em outros trabalhos. Tive algumas experiências passadas, e talvez isso tenha criado essa oportuni-dade. Fiz meu primeiro musical em 1996, No Verão de 1996, de Aderbal Freire Fi-lho, com trilha sonora de Tato Taborda, um musical brasileiro. Foi um belíssimo traba-lho. Em 2007, eu trouxe Um Boêmio no Céu, que era um poema dramático ao qual eu acrescentei algumas canções. Essa foi

a minha segunda tentativa. Mas os direto-res têm um instinto, um faro... Eu não tinha tanta certeza, mas eles sabiam...

Sabiam que o papel era para você? n Eles apostaram e estou muito feliz de es-tar neste musical, aprendendo uma coisa que sempre persegui na minha vida, que foi capricho, dedicação extrema, obsessão pelo acabamento. Este grupo é uma verdadeira escola de trabalho, de acabamento. Todo o esmero desse trabalho e os detalhes do aca-bamento negam a ideia de que o improvi-so é um traço macunaímico e brasileiro. Es-tou muito feliz, e esse trabalho é um acer-to raro da dramaturgia. É uma grande cria-ção da cultura judaica, com vários criadores.

E como está sendo trabalhar ao lado da Soraya Ravenle? n Fui muito bem recebido, mas eu preci-so destacar que a Soraya foi uma das pri-meiras pessoas do ensaio que sempre foi prévia. Soraya, para mim, foi fundamental. Ela é uma parceira maravilhosa, só faz so-mar e só estimula. E eu realmente confir-mei isso. E agradeço muito.

Qual é o segredo de ser um ator de musical?n Com esse grupo, aprendi que trabalhar é repetir. Eu fiquei muito impressionado por-que eles detêm grande conhecimento so-

bre esse assunto, o que me deixou admira-do. Entrei no espetáculo sem nenhum en-saio e ele fluiu normalmente, sem proble-ma nenhum. Eles têm uma dinâmica de tra-balho e uma proposta que são admiráveis. É uma formação muito boa para todos os profissionais que queiram fazer esse tipo de trabalho. E existe um cérebro por trás desse grupo, que se chama Tininha (Tini-nha Sales, coordenadora artística). Ela ge-rencia todas as necessidades, carências, diagnostica onde há problema e você não para. Quando você começa a trabalhar, ou você está fazendo o texto, ou canto com uma pianista, com instrumentista, uma maestrina, ou você fazendo dança. É um mergulho brutal!

O que você aprendeu com tudo isso?n Aprendi que quem canta não é a vaida-de, é o personagem. Se você não sucum-bir à vaidade do canto, você alcança o co-ração das pessoas. Como ator de texto, praticamente, tive muita experiência em relação a isso e alcançava muitas vezes o coração do público, seja com Shakespea-re ou o que fosse. Mas a potencialização que a música causa na comunicação é uma coisa brutal. É quase covardia. Essa peça é um moedor de corações. Eu raras vezes vi uma obra de ficção com a vida tão pal-pável e consistente. O grupo carioca se aproximou deste texto e o que brotou foi

ENTrEVisTA hype8

Não há nada mais bege do que ser galã

JOSÉ MAYER

ETERNO GALã DE NOVELAS DAS OITO, O VIRIL E SEDUTOR JOSÉ MAYER NãO DEVE DEIxAR O VISUAL DE PEREIRINHA, SEU ExTINTO PERSONAGEM EM FiNA ESTAMpA, TãO CEDO. PELO MENOS NãO ENQUANTO ESTIVER ENCARNANDO OUTRO, TALVEz O PRINCIPAL DE TODA A SUA CARREIRA, COMO ELE MESMO FAz QUESTãO DE SALIENTAR

ESTER JACOPETTI

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um sentimento familiar, profundo. E isso é impressionante! Aos 63 anos, eu estou muito feliz no teatro musical. Multiplicar minha potência para alcançar o coração do público é muito bom!

Como foi preparar-se para este personagem?n Eu não conhecia O Violinista no Telha-do. Ouvi a música, vi os filmes do Topol e pesquisei algumas coisas na internet. En-trei em pânico e pedi para o pessoal colo-car isopor na minha casa. Peguei as parti-turas e comecei a trabalhar aquilo. Não lar-guei mais. A partir da hora que me convida-ram e assim que eu tive o script e as parti-turas nas mãos, comecei a trabalhar furio-samente. Depois fui ao teatro encontrar e conhecer o grupo. E entrei em contato com aquela vertigem, aquele redemoinho furio-so. Não tem segredo! É seriedade e se jo-gar mesmo! A preparação foi essa!

E o esforço vocal?n Descobri ser necessário preparo físico de atleta, mas a partitura do personagem é muito adequada à minha voz de barítono.

Como é trabalhar com a Júlia, sua filha, no espetáculo?n Eu estou em treinamento... Eu saí com Júlia algumas vezes, mas nós ainda não triangulamos com a plateia. Quando a gente ensaia, a emoção está um pou-co sob controle; e quando vem o públi-co, a gente fica um pouco mais perme-ável, mais fragilizado. Mas eu abri a sa-cralidade da relação que a paternidade possibilita, e a sacralidade da relação que nós, atores, temos no exercício do nosso ofício. O que significa isso? Significa que quando você contracena no palco ou es-túdio, você atribui àquele momento um teor sagrado, porque se você fizer isso o trabalho se torna melhor. Se você não sacraliza, não dá certo. Eu troco uma coi-sa pela outra. É uma colega, e esse mo-mento no palco nos protege, é sagrado. É uma atriz que está comigo. É preciso preservar esse espaço do ator, mesmo que seja a sua filha ou mulher.

n�O visual barbudo do ator caiu como uma luva nos papeis do pescador malandro e do patriarca judeu vivido no teatro

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ENTrEVisTA hype10

Como você encarou o texto quando o leu pela primeira vez?n Após ler o texto e conhecer as músicas, entrei em pânico. Esse é um dos trabalhos que mais exigiu preparação. Nós, homens, somos canalhas com mais competência. Sempre fui um ator de textos e alcançava o coração do público com eles. Mas a poten-cialização da música no espetáculo é qua-se covardia. O teatro musical é mais pode-roso. Hoje, posso cravar sem receio que é o melhor papel da minha carreira. Já inter-pretei Calígula, Jasão, Peer Gynt, do Ibsen, mas nenhum deles me ofereceu o desafio de ampliar minhas possibilidades de ator. Esse personagem é o Rei Lear dos musicais.

Você acredita ser esse o principal papel de sua carreira?n Com certeza. E não só no teatro, já que apontou outro caminho na TV, pois tive a opção de escolher o papel de Pereirinha, em Fina Estampa, e não o Paulo (papel de Dan Stullbach), que seria o habitual na faixa romântica. A música expandiu os meus recursos como ator. A comuni-cação pela música parece alcançar mais o âmago, a intuição do espectador, algo que nem sempre a palavra falada consegue.

que realmente interessa ao ator é o apro-fundamento, o estudo, a capacidade de ser espelho da condição humana. E para que isso ocorra e que você confie no intér-prete na tela de cinema ou no palco do tea-tro, ele precisa ter uma alma confiável, uma humanidade latente ou evidente. Fernan-da Montenegro, Bibi Ferreira, para citar al-guma das mulheres que me veem à cabe-ça, são criaturas humanas de grande pro-porção, de alma, de caráter, que quando agem, trabalham, têm carisma. É forma-ção, é capacidade de abordar com profun-didade esse universo do teatro.

Então, o que falta é teatro?n Faltam, talvez, aprofundamento e in-formação. Não sei se isso vem das esco-las ou se vem da prática do teatro. Porque nós todos viemos para a prática. Hoje não...

Você está dizendo que é mais satisfatório fazer teatro do que novela? Por que você demorou tanto para abraçar essa causa?n Eu fiquei ocupado ganhando dinheiro e cuidando da minha família (risos). Se você comparar o teatro normal com o musical, é melhor o teatro musical, que é mais pode-roso, tem público maior, mais dinheiro. Ago-ra tenho que pensar em “Don Quixote”, “Rei Lear” e uma lista vasta. Não acho que eu te-nha chegado tarde, mas é claro que se tives-se chegado mais cedo teria sido interessan-te. Tudo tem o seu devido tempo. E há uma coisa interessante que alguém me disse um dia: “Os atores não buscam os personagens, os personagens é que os buscam”. Se você pensa assim passa a ter uma compreensão mais mágica e esotérica dessa profissão e também da própria vida. É preciso ter uma aceitação das coisas quando elas vêm. E eu gosto de como elas estão vindo.

Você está pensando em outros projetos?n Sempre que eu trabalho muito, o que eu mais gosto de fazer depois é nada! Um ator de novela costuma ser um atleta de resis-tência. No teatro de texto, no entanto, cos-tuma ser um pouco mais leve.

Você vive num ambiente artístico em que os relacionamentos são fugazes, mas a relação com sua mulher já dura muitos anos. Você acredita em uniões duradouras?n Já estou com a minha mulher há 41 anos e casado há 37. Todos os dias fingimos que somos enamorados (risos). A minha carrei-ra é tão mutante, flutuante, passo por tan-tas metamorfoses e parcerias diferentes, que preciso fixar essa referência. Meu cará-ter talvez explique um pouco a minha histó-ria. Eu sou mineiro... Sou Drummond, sou li-briano... Um homem que talvez esteja ligado mais à tradição e menos à renovação. Talvez eu seja menos amoroso e afetivo e mais ce-rebral. A minha vida artística é camaleônica, mas minha vida pessoal é monotemática e feliz. Eu acrescento que eu estou muito feliz. Você acredita que a minha filha, que está no espetáculo, e que se chama Júlia, está substi-tuindo a filha de Soraya, que também se cha-ma Júlia? Viemos para São Paulo, saiu Júlia/So-raya e entrou Júlia/zé Mayer. É maravilhoso.

Você acha que encanta as fãs por causa do “olhar 43” ou por ser um homem bem sucedido? n Não existe mais isso de olhar 43. São tantas escalações para esse tipo de per-sonagem que as pessoas até acham que é só isso (risos)... Mas isso tem fim, né? Eu acho que cheguei ao meu limite. Eu fui galã até pouco tempo. Galã é uma função ingra-tíssima, você não imagina como é difícil... É difícil ser galã, não há nada mais bege do que ser galã. É um horror! Eu não posso cuspir no prato onde comi durante tantos anos, mas é uma função difícil!

Por quê?n Porque são personagens planos, sem grandes variações, que não são surpreen-dentes. Essa capacidade de atrair os olhares vem da aprendizagem do ator. São atores interessantes, é isso! É gente que tem for-

mação, que veio do teatro. E isso é o que nos dá essa capacidade de criar e chamar a atenção do espectador. Eu não sei qual é a formação do jovem ator de hoje. Ou o que eles buscam na profissão de ator. O

n�Mayer como galã: "personagem plano"o

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causa nobre

Música clássica por

CRIANçAS CARENTES DE CARIACICA ESTUDAM MúSICA CLáSSICA, FORMAM ORQUESTRA DE CâMARA E APRENDEM QUE É POSSíVEL VIVER DA ARTE, SERVINDO, INCLUSIVE, DE ExEMPLO PARA A COMUNIDADE

CidAdANiA hype12

ARIANI CAETANO

n Tem gente que torce o nariz, tapa os ouvidos e diz não entender. Mas a mú-sica clássica, antes fadada aos grandes teatros e espectadores seletos e refina-dos, tem atingido cada vez mais um pú-blico ávido por apreender suas sinfonias, sintonias, sentimentos e – por que não? – capacidade de construir e reconstruir his-tórias e destinos.

Pelo menos é assim para alguns es-tudantes de Cariacica, na Grande Vitória. Desde 2010, cerca de mil meninos e me-ninas passaram pelo Projeto Musicalização, que é coordenado pela Fundação Bachia-na – criada pelo maestro João Carlos Mar-tins – e pelo qual tiveram acesso aos en-sinamentos da música clássica, com aulas de flauta-doce e violino.

Para o maestro, aliás, “o projeto é uma forma de conscientizar as crianças de que elas podem ser exemplo para uma comu-nidade inteira e de que é possível viver da música”. E a passagem por ele resulta não só em aprendizagem para os estudantes, todos com idade entre sete e 18 anos, mas também em oportunidade.

Os 16 alunos de Musicalização com me-lhor desempenho compõem hoje a Orques-tra de Câmara de Cariacica, formada pelo maestro Leonardo David, que também é coordenador da Fundação Bachiana na ci-dade. Para compor o grupo, o profissional avaliou não só o talento e o potencial dos estudantes, mas também características como compromisso e disciplina.

“Desde o início já foi feito um traba-lho de triagem dos estudantes que iriam compor a orquestra. Os que se destaca-vam nas aulas coletivas foram para gru-pos menores e, depois, para aulas indivi-duais. Entre eles, escolhemos os melho-res para a orquestra”, conta Leonardo. O maestro destaca ainda que o projeto re-vela muitos talentos. “Você não precisa ter uma família de músicos para se tor-nar músico. A música está ao nosso re-dor e tem gente que tem facilidade com ela. O que falta é oportunidade”, ressal-ta, destacando que o grande ganho com o Projeto Musicalização é a mudança so-cial que tem provocado na comunidade.

E a comunidade de Cariacica apoia tan-

to a Orquestra de Câmara que sua primeira apresentação foi realizada durante as co-memorações do aniversário da cidade, em 21 de junho de 2011. O regente da noite foi o próprio João Carlos Martins, que, em 19 de agosto, levou a orquestra para se apresentar na Sala São Paulo, considera-da uma das mais modernas e equipadas casas de concerto do mundo e sede da Or-questra Sinfônica do Estado de São Pau-lo, em duas sessões prestigiadas por es-tudantes da rede pública paulista.

Para este ano, a Orquestra de Câmara de Cariacica já tem convite para se apre-sentar novamente em São Paulo, em se-tembro. Além disso, o maestro João Car-los Martins virá novamente ao Estado para apresentar-se com ela.

Para além do ensino de música clássica para meninos e meninas carentes de Ca-riacica, o Projeto Musicalização, que conta com apoio da prefeitura do município e da ArcelorMittal Cariacica, leva mais esperan-ça a quem, talvez, estivesse fadado a viver uma vida sem acordes. Felizmente, as par-tituras foram abertas.

n A orquestra de Câmara de Cariacica já se apresentou em São pauloCerca de mil estudantes já passaram pelo projeto Musicalização

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NArCiso hype14

Espelho, espelho meu...n Você se preocupa com a beleza? Seu cuidado com a pele e os cabelos é normal ou excessivo? Um estudo realizado pela Sophia Mind Pesquisa e Inteligência de Mercado com 1.195 mulheres de 18 a 60 anos de todo o Brasil trouxe algumas pis-tas de qual tem sido a relação das mulhe-res com a beleza. Os resultados apontam, por exemplo, que 54% das entrevistadas não estão satisfeitas com o corpo. Quase a metade delas (42%), se pudesse, mu-daria a barriga e 17%, os seios. Entre as principais insatisfações femininas estão o sobrepeso (40%) e os cabelos (18%).

Para a dermatologista Karina Mazzini, essa insatisfação da brasileira decorre, principalmente, do fato de o Brasil ser um país onde há muita exposição do cor-po, o que torna a mulher um pouco mais vaidosa do que em outros países. “Pelo que constato diariamente no consultó-rio, a celulite e a flacidez são as grandes vilãs e representam em torno de 90% das queixas das mulheres. Em segundo lugar está a gordura localizada, em especial no abdômen, seguida das estrias. A quarta reclamação mais frequente é a de cicatriz de plástica, como a decorrente da implan-tação de prótese de silicone”, diz.

Já a médica dermatologista do Hucam, Edilaine Brandão Schimidt, percebe, além

dessas, outra preocupação das mulheres, em especial as jovens: envelhecer. “Percebo uma preocupação muito grande em pacien-tes jovens com o envelhecer. Envelhecer bem é saudável, inclusive do ponto de vista da aparência. Entender que a verdadeira be-

leza não se resume em um corpo escultural, sem rugas e sem celulite nos possibilita en-velhecer com menos sofrimento”, pondera.

E tanta preocupação com a estética corporal não podia levar a outra consequência que não o uso, muitas vezes indiscriminado, de produtos de beleza os mais diversos, de um simples hidra-tante aos que prometem efei-

tos milagrosos e instantâneos. De acordo com a pesquisa da Sophia Mind, por exem-plo, os produtos mais usados são aqueles

VAIDOSAS E ETERNAS INSATISFEITAS, AS BRASILEIRAS TêM MUITO A DIzER QUANDO O ASSUNTO É O QUE FAzEM PARA SEREM AS MAIS BELAS

ARIANI CAETANO

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para o cabelo (89% das entrevistadas), se-guidos do hidratante (83%), da maquiagem (76%) e do protetor solar (73%).

Entretanto, apesar de serem uma ajuda e tanto para qualquer mulher, esses produ-tos precisam ser utilizados com cautela e orientação. “O uso excessivo de maquiagem, por exemplo, pode aumentar o risco de pro-cessos irritativos ou alérgicos da pele, além de ser causa de acne”, salienta Edilaine.

Com relação aos cosméticos, Karina alerta que o ideal para a saúde da pele é substituir os produtos cosméticos pelos cosmecêuticos. “A diferença entre eles é que o cosmético não tem obrigação legal de efetivamente proporcionar o efeito prometido. Já os cosmecêuticos precisam de pesquisas científicas que comprovem seus benefícios. Estes são vendidos na farmácia, devem ter pres-

hypeonline.com.br 15

TECNOLOGIA MUNDIAL, REALIDADE LOCAL

Como cuidar da pele de forma equilibrada é fundamental para a saúde e o bem-estar, a indústria e os centros de pesquisa têm desen-volvido novos ativos, que entregam mais resultados, o que estimula as mulheres a conhecer as novidades para ver o que se adapta melhor a sua pele, ao clima de onde mora e ao seu estilo de vida.

De acordo com a diretora cien-tífica e fundadora da Adcos Cos-mética de Tratamento, Ada Mota, praticamente não há mais diferença entre os dermocosméticos produ-zidos no Brasil e no exterior. “Em termos de tecnologia, as diferenças são cada vez menores. Investimos, continuamente, em pesquisas e desenvolvimento de produtos com ativos eficazes, de última geração, de modo a nos mantermos na van-guarda do mercado nacional de dermocosméticos. Por outro lado, é preciso que os produtos sejam adaptados à realidade do consu-midor, levando em consideração o tipo de pele, o clima de cada país, os hábitos de consumo e de higiene das mulheres”, pontua Ada.

crição médica e apresentar resultado. Além disso, os cosméticos normalmente contêm muito conservante para que sua vida útil seja prolongada, fornecendo maiores riscos de irritação e alergias, podendo também aumentar a oleosi-dade da pele”, ressalta.

Os cuidados com o corpo não se resu-mem ao uso de cremes, hidratantes, sabo-netes e esfoliantes. A prática médica tem demonstrado que muitas mulheres vão aos consultórios em busca de procedimentos, como botox, preenchimentos, lasers de rejuvenescimento e para tratar manchas, tratamentos para celulite e flacidez e de-pilação definitiva a laser. Se realizados de forma consciente, essas intervenções são capazes de trazer o resultado desejado, mas, caso contrário, podem causar danos dos mais diversos.

A dermatologista Maria Oliete Guerra reforça que “há mulheres que buscam estar em dia com a sua saúde e beleza de forma adequada, já outras têm uma preocupação exagerada. Em geral, quanto maior o acesso ao conhecimento e o nível cultural da mu-lher, mais adequados são seus comporta-mentos e suas preocupações em relação a isso. Isso acontece porque, nesses casos, ela entende os conselhos dados sobre o tratamento, reconhece a importância deles e confia no trabalho do médico.”

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01 Gucci Guilty pour Homme, o lançamento da

Gucci que acaba de chegar ao Brasil, é

um cativante eau de toilette, especialmente

para homens contemporâneos.

02 A linha de maquiagem que

a M.A.C. criou em homenagem a iris Apfel

traz cores incríveis de esmaltes, batons e sombras. Tudo tão

irreverente quanto iris.03 Em versão

mini (50ml) estes hidratantes da Vizcaya

são ótimas opções de presente. Com

fragrâncias inspiradas na perfumaria internacional,

deixam a pele com toque suave e aveludado.

04 Seguindo a tendência de boca marcante, própria

da estação, os batons da linha Una, da Natura, além de

coloria, trazem alta cobertura, hidratam e restauram os lábios.

05 para realçar a beleza dos olhos, aposte na Sombra em

pó iluminadora, da Dailus Color. Em diversas cores, elas

possuem ótima aderência e são de fácil aplicação.

06 prático e versátil, o Lápis Delineador Duo, da Océane, tem

dois lados: um para realçar e desenhar o contorno dos olhos

e outro para colorir as pálpebras com suaves cores de sombras.

NArCiso hype16

SE TAMBÉM FOSSEM DE COMER, ESTAS NOVIDADES SERIAM CAPAzES DE ESTIMULAR OS QUATRO SENTIDOS. AFINAL, ELAS CONDUzEM A SENSAçõES MARAVILHOSAS A PARTIR DO TOQUE, DO OLHAR E DO CHEIRO

Sensações

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ANTôNIO CARLOS FéLIx DAS NEVES Psicólogo, Psicanalista E PRofEssoR

[email protected]

Eu queria estar aqui, mas estava sempre ali

diVÃ hype18

n Estava sempre angustiado. Chegou queixando-se de que já não aguen-tava mais essa sensação de fora do lugar, de estar aqui, mas querendo estar ali. Dividido entre o aqui e o ali, pergunta-se: “O que faço para me sen-tir inteiro nas coisas?”

Ele já se dava conta de que, quando saía com a namorada, era tomado por certo tédio quando ficavam sozinhos. Precisava de movimento e, numa estra-tégia de fuga, seus pensamentos pas-seavam noutro lugar: às vezes, na nos-talgia dos amores anteriores que não deram certo, outras vezes imaginava--se em relacionamentos perfeitos, que estariam dando certo. Enquanto isso... a namorada estava aqui.

Era zeloso com seu trabalho. Tinha sérias dificuldades para finalizar o que iniciava – dos livros, nunca sabia seus desfechos; per-dia-se nas diversas tarefas inacabadas, como se o fim ameaçasse um prazer preli-minar que ele tentava a todo custo não perder.

No meio do caminho, experimentava um desânimo, uma preguiça acompanhada de um sono profundo e inesperado. Dormir, naquele momento, era uma maneira de não estar presente, de não estar aqui.

Ele tinha pressa nas coisas. O que lhe apressa? pergunto. "Não sei, é um senti-mento de urgência indefinido, como se eu quisesse me livrar daquilo de que me ocupo, feito batata quente, sem saber o motivo. Assim, sinto-me livre para poder começar outra vez, sempre outra vez."

Era impaciente com o tempo. Não suportava esperar o tempo do outro, nem o seu próprio tempo, pois era tomado pela ideia de que seria cobrado

pelo atraso, pela tarefa não feita. Quem cobraria, isso ele não sabia.

Ele queria desfrutar com os filhos o brin-car – contar histórias, jogar, rir e papear – no entanto, uma aflição ia tomando conta de si, tirando-lhe da cena: “Brinca papai!”. A voz do filho trazia o pai para a realidade. Que coisa é essa que nos tira do cotidiano nos prometendo sonhos em lugares estra-nhamente conhecidos?

Aí me lembrei de Cazuza, que nos dei-xou prematuramente, mas sua poesia ainda resiste aqui: "Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraíso que nos perse-gue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas."

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Gastrenteriteviral

EURICO DE AGUIAR SChMIDTclínico gERal

A GASTRENTERITE VIRAL É UMA DOENçA INFECCIOSA AGUDA QUE AFETA TODAS AS IDADES, PODENDO SER CAUSADA PELO ROTAVíRUS E OUTROS. OS SINTOMAS SãO VôMITOS E DIARREIA AQUOSA, ACOMPANHADOS DE FEBRE BAIxA, NáUSEAS, FALTA DE APETITE, DORES PELO CORPO E ABDOMINAL.

sAúdE hypeonline.com.br 19

n A gastrenterite viral é uma doença in-fecciosa aguda que afeta todas as idades, podendo ser causada pelo rotavírus e outros. Os sintomas são vômitos e diarreia aquosa, acompanhados de febre baixa, náuseas, fal-ta de apetite, dores pelo corpo e abdominal.

As crianças com menos de cinco anos são aquelas que merecem maior atenção, pois desidratam facilmente, podendo so-brevir complicações mais graves. A infecção pelo rotavírus é a terceira causa de morte em crianças nessa faixa etária. Nos países desenvolvidos, a maior incidência é no in-verno, mas no Brasil ocorrem surtos duran-te todo o ano e, principalmente, no verão.

A transmissão ocorre pelo contato com fezes, ingestão de alimentos e água contaminados, como gelo não filtrado corretamente, por exemplo. Estes fatores somados à migração de pessoas decor-rente das férias explicam o aumento da incidência da doença no verão. O intervalo entre o contágio e o início dos sintomas é de dois a quatro dias e a duração da doença é em torno de quatro dias.

A prevenção se faz lavando as mãos

frequentemente, evitando o contato com fluidos corporais de pessoa infectada, inclusive a saliva. Também deve-se evi-tar compartilhar objetos (como chupeta, copos, pratos etc) e aglomerações; deve--se combater o calor com muito líquido e roupas leves; lavar exaustivamente frutas e verduras; ferver bicos e mamadeiras do bebê, várias vezes ao dia e nunca apro-veitar alimentos velhos ou mal conserva-dos. Essas são algumas recomendações que podem prevenir o aparecimento da diarreia virótica. Alimentação saudável e equilibrada também podem minimizar os sintomas da doença.

O diagnóstico, geralmente, é feito pela história clínica e exame físico, podendo ser complementado pelo hemograma, com atenção para outras doenças, como meningites, gastrenterites bacterianas, apendicite aguda e intoxicação alimentar que, na fase inicial, podem se manifestar com sintomas em comum.

Os pacientes mais susceptíveis às complicações são as crianças com menos de cinco anos, idosos, desnutridos, imu-

nossuprimidos e pacientes portadores de doenças crônicas. É preciso atenção especial àqueles pacientes que apresentam vômitos, pelo risco de desidratação (boca seca, pele fria, urina escura, respiração rápida e sudorese fria), que é a causa mais frequente de morte. A presença de tais sintomas indica a necessidade de buscar assistência médica com urgência.

Por ser de causa viral, o uso de anti-bióticos nesse caso não é recomendado, aumentando o risco de resistência bac-teriana. Dessa maneira, o tratamento se restringe aos sintomas apresentados. A hidratação por via oral com soro caseiro é parte importante do tratamento, mas em casos de vômitos, diarreia persis-tente e febre, o paciente deve buscar orientação médica.

Na dieta são recomendados chá, tor-rada, banana, maçã, sucos de caju, água de coco verde, até o retorno progressivo à dieta normal, o que tende a acontecer em poucos dias, por se tratar de uma doença autolimitada. Em caso contrário, é impor-tante buscar uma avaliação médica.

MATRIZ: Avenida Rio Branco, 310, Santa Lúcia, Vitória, ES

27 2121.0022

www.bioclinico.com

Tradição, Qualidade e Credibilidade em Análises Clínicas

O LA

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Fonte: Instituto Futura

CLASSE MÉDICA DA GRANDE VITÓ

RIA

OLA

BORATATA ÓTÓT RIO MAIS INDICADOPELA

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20 pErsoNAgEm hype

HELLEN DALLA

TECIDOS, BORDADOS, PATCHwORKS, CORTES E RECORTES. COM CERTEzA, VOCê Já VIU ISSO MUITAS VEzES, MAS TALVEz NUNCA DA FORMA COMO A ESTILISTA HELLEN DALLA USA ESSES ELEMENTOS. ALMA GENEROSA E DOTADA DE UMA AGUDA CONSCIêNCIA SOCIAL, ELA REUTILIzA ESSES MATERIAIS, QUE SãO A MATÉRIA-PRIMA DO ATELIER ECOHAR, COM RESULTADOS SURPREENDENTES

é ser exclusivo e sustentável Chic

n Embora ache que, de modo geral, as pes-soas não estão verdadeiramente preocu-padas com a sustentabilidade do planeta e que, a cada dia que passa, o ser huma-no torna-se “mais egoísta, materialista e acomodado”, Hellen não ignora que “exis-tem pessoas acordando para lidar com o ambiente e a ecologia de maneira mais harmoniosa, principalmente como agen-tes transformadores do seu meio social”.

Essa, garante a estilista capixaba – que é mãe de três filhos e apaixonada pelo que faz –, tem sido a grande experiência vivi-da na Ecohar, que funciona na sua própria casa, na Ilha do Boi. Ali, o visitante encon-tra um rico acervo de materiais, entre pe-drarias, tecidos, rendas, cordas, paetês e centenas de outras pequeninas coisas, relíquias guardadas ou trazidas de inú-meras viagens que Hellen empreendeu

dentro e fora do Brasil.

BETTy FELIZ

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hypeonline.com.br 21

A Ecohar, palavra que resulta da junção de ecologia e harmonia, não apenas reuti-liza material, mas também os transforma, virando-os e revirando-os ao avesso. Par-te do trabalho manual é fruto de uma as-sociação com a entidade de apoio a mora-dores de rua Fonte de Vida, que funciona em Bairro República, e do trabalho junto a mulheres artesãs carentes com quem Hellen divide os segredos do ofício para que elas obtenham renda.

As peças da Ecohar podem ser vistas no site www.ecohar.com e também na Duett, multimarca capixaba que comercializa al-gumas peças exclusivas da marca.

A estilista desenvolveu uma técnica em tecidos que prova que na natureza tudo se transforma mesmo: ela conseguiu chegar a uma textura que se assemelha à camur-ça, estica mais do que qualquer stretch e é mais confortável do que o algodão.

n�"A cliente Ecohar já está liberta da 'normose'"

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TALENTOSA DESDE PEQUENA

O caminho percorrido por Hellen foi traçado pelo talento, assume a estilis-ta, “sem medo de parecer de mais ou de menos”. Ela diz que upcycle sempre foi uma paixão na sua vida. “Só não sa-bia que existia uma definição ou nome e que, na verdade, isso já era um movi-mento em nível mundial. Desde peque-na, eu já transformava coisas em outras diferentes, com novas funções. Desde então, crio sem parar!”

Hellen enfatiza seu trabalho autoral e diz que, embora respeite as opiniões, assume que boa parte da sua vida tra-balhou fazendo algo de que não gos-tava. “Agora tenho pressa em dedicar a este trabalho os anos de vigor e for-ça de trabalho que tenho pela frente para, mais tarde, prestar conta desse talento que me foi confiado, não para ser escondido nem guardado, mas para ‘ecohar’ com generosidade. O futuro para mim é agora”, garante.

A estilista faz uma analogia entre e moda e arte e diz, repetindo o escritor Ariano Suassuna: “Arte, para mim, não é produto de mercado. Podem me cha-mar de romântico. Arte, para mim, é mis-são, vocação e festa”. Qualquer outra coisa que não seja isso, completa Hel-len, é puro business!

Embora saiba que as consumidoras de moda, de maneira geral, acabam pa-gando um preço muito alto por marcas, “para estar mais ou menos igual à me-tade do planeta”, Hellen diz que a clien-te Ecohar já está liberta da ‘normose’ e entendeu que o custo do trabalho social está embutido no valor da peça.

Para ela, isso significa redistribuir renda e reutilizar materiais que esta-riam no lixo. “As clientes Ecohar sabem que o conceito upcycle em moda e arte não se desvaloriza. Pelo contrário, agre-ga valor ao trabalho. Porque, afinal, chic é ser exclusivo!”, defende.

22 pErsoNAgEm hype

n�A Ecohar reutiliza materiais criando peças originais, que também podem ser vistas no site: www.ecohar.com

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Nosso design.

Livros | Revistas | Jornais | Anuários | Catálogos | Identidades visuais

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Rua Villa-Lobos, 118Bairro de FátimaSerra n ES

Sua mensagem.

Os rascunhos que me perdoem, mas design é fundamental.

Design de informação sem complicação.

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24 pApo Surreal

MORDOMO E FIEL (BOTA FIEL NISSO) ESCUDEIRO DA VILã TERESA CRISTINA NA FINADA TELENOVELA DA REDE GLOBO FiNA ESTAMpA, CRODOALDO VALÉRIO, O CRô, QUE CONQUISTOU O CORAçãO E A SIMPATIA DE MILHARES DE BRASILEIROS DESDE SUA PRIMEIRA APARIçãO NA TELINHA, FEz REVELAçõES ExCLUSIVAS PARA NOSSA REVISTA, NA SEMANA EM QUE A TRAMA ROCAMBOLESCA DAS NOVE CHEGAVA AO FIM.

n Mas, antes de falar, nosso Crô fez uma ressalva: só autorizaria a publicação da en-trevista depois de confirmar o especial que fará no final do ano. Confira aqui, na íntegra, o papo que tivemos com aquele que, em-bora fora do ar, transformou-se, sem dúvi-da, alguma em um dos personagens mais divertidos, simpáticos e adorados do Brasil.

n Antes de começar, diga pra gente como é que você construiu seu figurino? De onde vieram aquelas camisas, o topete, as gravatas...Marcelo Serrado andou dizendo por aí, em entrevistas, que eu era inspirado em uma pessoa amiga dele e tal... Tudo mentira! Todo meu guarda-roupa foi obra minha, fruto de longa e exaustiva pesquisa de moda e estilo. Tudo muito autoral, entende?

n Você compactuou com muitas coisas erradas, praticadas por sua patroa. Nunca se sentiu cúmplice ou teve uma crise de consciência diante das maldades de Teresa Cristina?Pera lá...! Em primeiro lugar, a Poderosa do Nilo podia ter seus defeitos e tal, mas ja-mais acreditei que fosse capaz de um ter-

rível crime, um crime hediondo. Humm!

n Mas você a considerava uma boa mãe?Veja bem, a Divina Isis era, acima de tudo, uma mulher estilosa, linda, elegantérrima... Você lembra dos robes e das camisolas dela que eu herdei? Ma-ra-vi-lho-sos!! Ser mãe, para a Pitonisa de Tebas, era apenas um detalhe... aborrecido, é claro!

n Afinal, apesar de todo aquele ódio de sua patroa, você gostava de Grizelda?Eu não gostava quando minha Nefertiti chamava Pereirão de Bigoduda, mas acho que a compridona deu mar-gem a isso. Imagina... uma mulher que não depila o buço e anda com aquele macacão e, ainda por cima, rouba o marido da Filha de Osiris... My God! Ela estava a léguas da elegân-cia e do savoir faire da minha deusa.

n Como foi receber parte da herança da Poderosa Iris?Um choque! Fiquei bege... mas rico! (risos) Não é demais? Agora, com a

para contar

tudoEle volta

CRODOALDO VALÉRIO

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fortuna deixada pela Pitonisa de Tebas vou poder renovar todo meu guarda-roupa e, ainda por cima, fiquei com o zoiudo... como motorista exclusivo, é claro! Humm...! Você pensou que eu fosse dizer outra coisa... Confessa, danadinha...

n Vamos falar um pouquinho de sua vida amorosa. Você nutre algum sentimento pelo Zoiudo?(risos) Ai meus sais! Todo mundo estava torcendo por nós, mas o Aguinaldo, sabe, o diretor, não permitiu. Ele disse que era em respeito a Dira Paes, mas ela, que é muito minha amiga, é super bem casada com o fotógrafo Fábio Baião e não estava nem aí para aquele zoiudo homofóbico... lindo!

n Pois é, homofóbico e violento. Mesmo assim você ainda suspira por ele?Gente, coração dos outros é terra... como é mesmo esse ditado? Enfim, quem é man-da no coração da gente, não é mesmo?

n O mundo quer saber: quem, afinal, era o seu namorado

secreto, aquele do pé tatuado com um escorpião?

Humm...! Tá bom, eu digo: era o Pereirinha! Aquele robalo, que-ridinha, sempre foi meu. Foi duro ter que fingir que o detestava e

assistir, impassível, ao seu affair com a Jacaroa do Nilo debaixo do

meu delicado nariz. Mas você sabe como é, eu não podia perder o empre-go... Agora que tudo acabou, finalmente, poderemos assumir nosso amor al mare. Ele não confirmou isso na entrevista que deu à Hype? Aquele danadinho...

Congela!hypeonline.com.br 25

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de safira...... MAS TAMBÉM PODERIAM SER DE áGUA-MARINHA, TOPázIO, TANzANITA OU IOLITA. AFINAL, A JULGAR PELA A PAIxãO QUE ELIzABETH TAYLOR TINHA POR JOIAS, SEUS OLHOS NãO TINHAM MESMO COMO SER DE OUTRA COR

Olhos26

n Quando o amigo mágico David Copper-field, em uma de suas apresentações, fez sumir de Elizabeth Taylor um de seus anéis, a estrela, aos gritos, divertiu a plateia com seu desespero ao ver a joia desaparecer. Também pudera. Liz Taylor amava tanto sua coleção de anéis, brincos, colares e pul-seiras, quanto amava a carreira e amou os maridos, de quem, aliás, ganhou boa par-te das peças.

Nascida em Londres, na Inglaterra, em 27 de fevereiro de 1932, Liz mudou-se com os pais para os Estados Unidos em 1939, onde começou a carreira cinema-tográfica ainda criança, quando foi des-coberta aos dez anos. A partir de então, apaixonou-se pela profissão e não saiu mais dos estúdios.

Nos anos 1950, filmou dramas impor-tantes, como Um Lugar ao Sol, Assim Ca-minha a Humanidade e A última Vez que Vi Paris, tendo sido consagrada pelo pú-blico e pela crítica como uma atriz talen-tosa. Mas, para além do talento, chamava atenção a beleza de Liz Taylor, cuja marca registrada eram, principalmente, os olhos de cor azul-violeta, junto com os traços delicados do rosto e as sobrancelhas ne-gras e espessas.

Liz foi uma celebridade cercada por gla-mour e vaidade. A diva era compulsiva cole-cionadora não só de joias, mas de maquia-

gens, sapatos de grife, bolsas da moda e vestidos caros. Foi compulsiva também sua habilidade casamenteira. Casou-se oito ve-zes, sendo duas com o ator britânico Richard Burton – de 1964 a 1974 e de 1975 a 1976 –, com quem fez dupla em vários filmes nos anos 1960, como o lendário Cleópatra, em Quem tem medo de Virgínia woolf, Os Far-santes e A Megera Indomada. Contudo, o re-lacionamento com Richard era conturbado, cheio de brigas, principalmente por causa do alcoolismo do parceiro. Nos anos 70, ainda casada com ele, Liz chegou a traí-lo com o embaixador iraniano nos Estados Unidos, Ardeshir zahedi, com quem se encontrava em quartos de hotéis de luxo.

Vencedora duas vezes do Oscar, mãe de três filhos biológicos e um adotivo, Liz foi ainda a melhor amiga do Rei do Pop, Mi-chael Jackson, que acompanhou de perto sua agitada vida amorosa e dedicou à diva vários de seus trabalhos.

Ao longo dos anos, a atriz tratou sérios problemas de saúde. Em 2004, passou a usar uma cadeira de rodas para lidar com a dor crônica na região cardíaca. Cinco anos depois, foi submetida a uma cirurgia para substituir uma válvula do coração. Em 2011, a insuficiência do coração exigiu uma cirur-gia emergencial, mas Liz não resistiu e fale-ceu em 23 de março, aos 79 anos de idade.

Mas, mesmo quando os olhos azul-vio-

leta de Liz fecharam-se para sempre, seu acervo de joias raras e caras continuava a brilhar. Em 13 de dezembro do ano passa-do, seus anéis, brincos, colares e pulseiras foram leiloados, tendo sido arrecadada a bagatela de US$ 116 milhões. A estrela dessa vez foi a pérola “La Peregrina”, pre-sente de Richard Burton, arrematada por US$ 11,8 milhões.

Antes de morrer, Liz Taylor chegou a dizer: “Sei que após minha morte minhas joias poderão ir a leilão, como aconteceu com a coleção da duquesa de windsor. Tal-vez se espalhem pelos quatro cantos do mundo. Espero que quem as compre ame e cuide de cada peça como fiz. A verdade é que as joias têm do-nos provisórios, somos apenas seus guardiões”. Mera guar-diã dessas riquezas ou não, Liz costumava dizer que “grandes garotas preci-sam de grandes diaman-tes” e contava: “Mamãe dizia que demorei oito dias para abrir os olhos após meu nas-cimento. E a primei-ra imagem que vi foi de seu anel de noi-vado.” É, agora está explicado.

ARIANI CAETANO

mEmóriA hype

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hypeonline.com.br 27

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que cintilam ELIzABETH TAYLOR ENCANTOU NãO SOMENTE OS HOMENS COM QUEM SE CASOU OU COM OS QUAIS SE RELACIONOU. ELA ENCANTOU O MUNDO INTEIRO. ASSIM COMO SUA PAIxãO POR JOIAS, SEU OLHAR CONSTITUI A MAIS EMBLEMáTICA LEMBRANçA QUE QUALQUER UM POSSA TER DELA. COM ESTE ENSAIO, FAzEMOS MAIS DO QUE UMA HOMENAGEM A ESTA DIVA DO CINEMA; ETERNIzAMOS UMA JOIA

OlhosENsAio hype28

n �joias Dorion soares

n ��joias adriana Delmaestro

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hypeonline.com.br 29

n �joias Dorion soares

FIChA TéCNICA

n coordenação trend fashion lab

n fotos Vanessa Diskin

n beleza aline Bretas

n styling Juliana fernandes

n modelo Juliana alves (agência Ragazzo MgMt)

n locação Estúdio Base 40

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ENsAio hype30

n �joias Juliana Dadalto

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n �joias Juliana Dadalto

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ENsAio hype32

n �joias Dorion soares

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hypeonline.com.brhypeonline.com.br 33

n �joias suely chieppe

n �joias Dorion soares

n �joias adriana Delmaestro

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ousado

CoNsumo hype34

OUTONO INDO EMBORA, INVERNO CHEGANDO. A ESTAçãO MAIS FRIA DO ANO PARECE MESMO A MAIS SUGESTIVA PARA VOCê OUSAR E COMPOR LOOKS QUE VãO DAR O QUE FALAR. DOS PÉS à CABEçA, AS NOVIDADES SãO MUITAS. VEJA O QUE É TENDêNCIA E MãOS à OBRA

Inverno01

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hypeonline.com.br 35

n01 para as mais ousadas, o sapato Black Garten, modelo colecionável da Louloux, do

designer Cristiano Bronzatto, dá a impressão de estar calçando uma obra de arte n02 Se

a ordem do inverno é combinar tons pastéis, estes óculos da Ray-Ban e Vogue são ideais para conferir um toque especial à produçãon03 Na onda do preto no branco, a bol-

sa Bobstore pode ser usada tanto com as echarpes, quanto com o colar n04 para carregar casaco e guarda-

-chuva, itens indispensáveis na tem-porada fria, aposte em maxi bolsas, como

esta da iódice Denim n05 Clutchs são a cara da mulher moderna. Este modelo de isa-

dora Saadi para Sarah Saadi combina tan-to com uma produção mais casual e despoja-da, quanto com um super visual de noiten06

Com uma proposta inovadora e urbana, a de-signer Marília Capisani apresenta sua coleção

de peças em vidro soprado nas versões incolor e âmbar n07 Queridinhas do inverno, as ank-

le boots chegam em versões revisitadas, como nesta estampa de cobra, da Top Vision.

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Tudo hype36 ChRISTINI ZIVIANI

Viva a tangerina!n Quem gosta da fruta... vai amar! A do bem, em-presa carioca de bebidas naturais e integrais, traz para o mercado o primeiro suco de tangerina inte-gral em caixinha do país. Com apenas 80 kcal por copo (200 ml), o suco foi feito com tangerinas do Sul do Brasil e também do interior de São Paulo, com 100% de frutas selecionadas (e sem água e adição de açúcar). Disponível na versão de um li-tro, o suco, assim como as outras bebidas do bem, não tem conservantes ou outros aditivos quími-cos. Preço sugerido: R$ 6,29

Turismo capixaban Além do selo Hype, a Preview Editora, de Rodolfo e Tiago Martins, agregou mais um título ao seu portifólio: a revista Des-tino Espírito Santo. No mercado desde 2010, a publicação, que é especializada em turismo e divulga para todo o Brasil as potencialidades capixabas do setor, circula sob licença do Convention & Vi-sitors Bureau do Espírito Santo. “Quere-mos contribuir para fazer do Estado um destino cada vez mais desejado e procu-rado. Para isso, vamos trabalhar com pau-tas curiosas e instigantes, que mostrem nosso verdadeiro potencial nos segmen-tos de lazer e negócios”, diz Tiago, respon-sável pelo marketing da editora.

paixão por relógios?n Seu pai, noivo, marido, namorado ou, quem sabe, seu irmão. Al-gum deles deve ser, com certeza, louco por relógios porque eis aí um item que é objeto de desejo de nove entre dez homens. Portanto, eles vão gostar de saber que a Tendence, que acaba de chegar ao Brasil através dos empresários Gilberto Pepe e Norton Aguiar Labes, ambos com anos de know how no segmento de relógios de luxo, lan-çou sete linhas, cada uma para um estilo de vida e um jeito de ser.

para aquecer no invernon Nestes dias frios, nada como apreciar algo quentinho e gostoso, não é mesmo? Hum... Apos-to que pensou em um delicioso foundue de cho-colate, compartilhado com quem se ama. Este aparelho da Dynasty foi inspirado no clima de romance que a iguaria desperta. O delicado apa-relho tem seu bowl em cerâmica e os pegadores em formato de coração. Tudo na cor vermelha.

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TãO IMPORTANTE QUANTO O VESTIDO, AS JOIAS TAMBÉM CONFEREM UM CHARME ESPECIAL àS MULHERES QUE VãO SUBIR AO ALTAR. AFINAL, SE, TRADICIONALMENTE, O VESTIDO PRECISA SER BRANCO, OS BRINCOS PODEM FUGIR DO COMUM E SER COLORIDOS E ALEGRES, TRADUzINDO DA MELHOR MANEIRA O MOMENTO DE êxTASE VIVIDO PELA NOIVA

n Ouro amarelo, ouro branco, pérolas, iolitas, diamantes, rubelitas, quartzo e penas compõem as peças que são a aposta da designer de joias Juliana Caliman Dadalto, da Florrih, para as noivas usarem não só no casamen-to, mas também em outras ocasiões depois da cerimô-nia ou, quem sabe, passarem de geração para geração, transformadas em joias de família.

de casarJoias

Luxo

n�Brincos Brasilidade em ouro branco 18k, pérolas, prasiolitas e penas

n �Brincos Sonho em ouro branco 18k, iolitas, pérolas e plumas

n Juliana Caliman Dadalto

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38 gENTE hype

TINHA TUDO PARA VIRAR UM CLUBE DA LULUzINHA - É CLARO QUE SEM OS FRUFRUS E AS ABOBRINHAS TíPICAS DA TRIBO. ATÉ QUE O CONVIDADO CHEGOU. PASSADO O SENTIMENTO DE SURPRESA E TIMIDEz INICIAIS – “IH, Só TEM MULHER...!?” –, ELE RELAxOU E, DAí EM DIANTE, A CONVERSA ROLOU SOLTA, PONTUADA POR UM CLIMA CONFESSIONAL, ALGUMAS VEzES LEVE, EM OUTRAS PROFUNDO, MAS SEMPRE DIVERTIDO.

SIM, ERA MAIS UMA REUNIãO DO CLUBE HYPE, EVENTO QUE A REVISTA PROMOVE, BIMESTRALMENTE, PARA CONHECER DE PERTO SEUS LEITORES. LEMBRANDO FREUD, QUE DISSE UM DIA QUE “DE PERTO NINGUÉM É NORMAL”, à MEDIDA QUE O GRUPO GANHAVA INTIMIDADE, AUMENTAVA O CLIMA DE CUMPLICIDADE, MARCADO POR DIáLOGOS CURIOSOS E CONFIDêNCIAS QUE, APESAR DE PUBLICáVEIS, FICARAM ALI MESMO, NA SALA DE DEGUSTAçãO DO VILLE DU VIN, LOCAL DO ENCONTRO.

HISTóRIAS DE VIDA, CASAMENTOS, PERDAS, GANHOS, FILHOS, BUSCAS, DIFERENçAS, PREFERêNCIAS, ESCOLHAS, HOBBIES, MANIAS... ENFIM, ENTRE DRINQUES E ENTRADAS DELICIOSAS ASSINADAS PELA CHEF SYLVIA LIS, O PAPO ROLOU LIVRE, DEIxANDO, NO FINAL, UM GOSTINHO DE “QUERO MAIS, ME CONVIDA PRA PRóxIMA”.

CONHEçA ESTE ANIMADO E BEM-VINDO GRUPO QUE VEIO JUNTAR-SE AO NOSSO CLUBE.

(im)possíveis DiálogosFotos Cloves Louzada

Anginha Buaizn O QUE FAZ É produtora culturaln O QUE MAIS GOSTA DE FAZER Dormir tarde, cozinhar, ouvir música,

cantar, ser cantada e encantadan O QUE MAIS GOSTA EM hyPE “A revista tem maturidade. É melhor hoje do que quando começou. Além

de madura, é contemporânea.”

mônica Zorzanellin O QUE FAZ Formada em

Publicidade, há seis anos trabalha exclusivamente

como fotógrafa.n O QUE MAIS GOSTA

DE FAZER “Fotografar, andar de patins e

experimentar coisas novas.”n O QUE MAIS GOSTA

EM hyPE Entrevistas, matérias de moda e de

design. “Hype é uma revista que mistura as coisas.”

Page 39: Revista Hype Edição 53

hypeonline.com.br 39

Luzia sartórion O QUE FAZ Proprietária da Metal Nobre,

tem atuado como compradora da marcan O QUE MAIS GOSTA DE FAZER

“Tirando ficar com os netos, ir ao sítio nos finais de semana e cozinhar com os amigos.

Além disso, busco no lixo objetos para serem customizados e os reinvento.”

n O QUE MAIS GOSTA EM hyPE Matérias de moda e decoração e das entrevistas

henrique decottignies

n O QUE FAZ É diretor da construtora Decottigniesn O QUE MAIS GOSTA DE FAZER Jogar futebol

e futevôlei na praian O QUE MAIS GOSTA

EM hyPE Do design

Andrea monteiron O QUE FAZ Formada em Publicidade há mais de 20

anos, é coordenadora de Marketing da Rede Vitória.n O QUE MAIS GOSTA DE FAZER “Gosto da vida, e aprendi

isso com a perda de meu pai. Faço tudo como se fosse uma tarefa, mas gosto mesmo de andar de bicicleta, ficar em casa,

fazer balé – voltei a dançar depois de 18 anos sem praticar.”n O QUE MAIS GOSTA EM hyPE: Editoriais de moda e

entrevistas. “A revista é moderna e tem movimento.”

paula shaldersn O QUE FAZ Há 16 anos comanda as lojas Paula Shalders e Folic.n O QUE MAIS GOSTA DE FAZER “Cuidar dos meus cachorros, ficar em minha casa em Setiba, viajar e assistir a novelas.”n O QUE MAIS GOSTA EM hyPE Entrevistas e matérias de moda e decoração

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Design e inovação na

Espaço ReclinávelA INAUGURAçãO DA PRIMEIRA FRANQUIA DA REDE ESPAçO RECLINáVEL EM VITóRIA MOVIMENTOU O MERCADO DE ARQUITETURA, DECORAçãO E ARTE DA CIDADE

gENTE hype40

n Na noite de abertura, a elegante loja lo-calizada na Avenida Rio Branco, em Santa Lúcia, atraiu personalidades da imprensa, profissionais e amigos do casal de empre-sários Renata e Alan Mesquita.

Com elogiados projeto arquitetônico e de ambientação assinados por José Daher Filho, a loja é especializada em móveis vol-tados para livings, salas de TV e home em

geral, além de comercializar tapetes finos e outros itens ligados à decoração. No dia da inauguração, chamavam a atenção as obras de arte da galeria Matias Brotas e as lindas peças da Via Design que compu-nham a ambientação.

“A Espaço Reclinável chega a Vitória com uma proposta inovadora. Quere-mos conferir um up ao mercado de mó-

veis do Estado. Por isso, estamos apos-tando em lançamentos que prometem surpreender os profissionais de arqui-tetura e decoração, além do público ca-pixaba”, asseguraram Renata e Alan, fe-lizes anfitriões da noite.

O coquetel foi assinado pela Sweet Gula e a recepção teve o comando da competen-te Stella Miranda.

Fotos Cloves Louzada

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01 Stella Miranda e Betty Feliz 02 Alan Mesquita, Renata Mesquita e Humberto Gandara 03 Roberta Gagliano, Najla El Aouar, Ana Elisa Hott e Maiara Mendes 04 Alan Kormann e Adalberto Lopes 05 Alan Mesquita e Donatella Coser 06 patrícia Carneiro e Julia Buaiz 07 Bruno Lopes e Humberto Gandara 08 Célia Colodete e Cláudia Jacomelli 09 patricia Antunes e Margarida Mesquita 10 Dagmar Amorim e Sabrina Balbi 11 Humberto Gandara e Ana paula Brisol 12 Romulo Reis e patrick Guarioli 13 José Daher, Renata e Allan Mesquita 14 Aline Mello, Nayara Tristão e Renata Mesquita 15 Ana Elisa Hott, Lorena Daher e Maiara Mendes 16 Renata Mesquita,Sandra Matias e Donatela Coser 17 Sergio Luis Fernando Baptista e Leonardo Cruz 18 Adriana Voloski e Luciene Mussielo 19 Leticia, José Daher e Mariana Lindenberg

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no jardimModa DESFILE DUPLO MARCA LANçAMENTO DA COLEçãO DE INVERNO DA MULTIMARCA PAULA SHALDERS E DA FRANQUIA FOLIC

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n Paula Shalders apresentou as novida-des de inverno de sua multimarca e da Folic, franquia sob seu comando, no dia 9 de maio, no Jardim Secreto, na Praia do Canto. Num coquetel intimista e dispu-tado, a empresária de moda colocou na passarela o melhor de cada uma das lo-jas em um desfile duplo, produzido pela carioca Fabiana Meyer e organizado por Isabela wanderley.

E quem participou do evento ainda pôde fazer o bem. É que a dona da festa pediu que cada convidado levasse latas de leite em pó para doar à Associação de Amigos da Criança Carente e Deficiente (AACCD).

Fotos Cacá Lima

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01 Eliene Salgado e Delma paula 02 Haglaia pavan, Margareth Castelo Branco e Luciana Haddad 03 Maria Angelica Fabris, paula Shalders e Carlota Reuter Carrera 04 Andrea Maciel e Cláudia Rizzo 05 Joseane pacheco Rodrigues, Tereza Julia e izabela Heringer 06 paula Shalders e Flávia Guerra 07 Aglaia Aguiar de Oliveira, paula Shalders e Ana paula Brasil 08 Vanessa Endringer, Fernanda e paula Shalders 09 Fabiana Meyer e Equipe Folic 10 Fernanda Shalders, Catarina Dias, Manuela Mascarenhas e Marcela Reuter 11 Maria da penha Guarçoni, paula Shalders, Tereza Julia Heringer e isabela Heringer 12 Daniela Rodex, Aglaia Aguiar de Oliveira, Ana paula Brasil e Cláudia Rodrigues 13 Cláudia Rodrigues e Maria Helena Rezende 14 Lena Brotas, Lucio F. De Magalhães Sarmento, Consuela Bizerra, Leo Lima e Daniela Rodex 15 Equipe paula Shalders 16 paula Shalders e Tereza Julia Heringer 17 Laura do Valle Martinele e paula Shalders 18 Daniela Rodex, Monica Boiteux e paula Shalders 19 Márcia Rodrigues, Adriana Smith e Laura do Vale 20 Mônica Cupertino e Rita Casagrande 21 Equipe Folic praia do Canto e Folic Shopping Vitória 22 Ana Viana e paula Shalders

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AS TENDêNCIAS DO VERãO DESFILARAM NA PASSARELA DO MINAS TREND PREVIEw, EM BELO HORIzONTE. HYPE, É CLARO, ACOMPANHOU TUDINHO E MOSTRA PARA VOCê O QUE OS TALENTOSOS ESTILISTAS MINEIROS PREPARARAM PARA A PRóxIMA ESTAçãOARIANI CAETANO

n Primeiro evento a antecipar as tendên-cias da primavera/verão, o Minas Trend Preview levou, além das novidades, o conceito de “Leveza” para as passarelas. E isso podia ser observado não só na preocupação das marcas com a susten-tabilidade de suas peças, mas também na composição dos shapes.

Formas geométricas; tons nudes, aquosos e fortes; maxi estampas e co-lares; transparências; cortes a laser; es-tamparia digital, e utilização de tecidos leves em peças soltas prometem ser o hit da temporada, com destaque também para a volta aos anos 50 e 60 para compor looks inspirados no melhor estilo vintage.

O século xxI também está represen-tado no verão, principalmente em virtude dos Jogos Olímpicos que serão realizados neste ano, o que contribui fortemen-te para o aparecimento de peças com inspiração claramente esportiva, como parcas, jaquetas e coletes.

O chemise da década de 50 volta com tudo, em versões lisas e estampadas, assim como a saia Dirndl, aquela toda franzida, e os tubinhos Twiggy e o mi-nimalismo da década de 60. O vestido Peplum também tem sua vez, trazendo de volta o babado na altura da cintura característico dos anos 50.

As calças surgem mais soltinhas, mas com cintura alta e muito bem marcada, às vezes com um cinto bem largo. Pantalonas e cigarretes estampadas fizeram sucesso nas passarelas do MTP e prometem repetir a boa perfomance nas ruas, assim como os tops de bojo redondo e com motivos tribais.

A observar os tecidos, as estampas, os cortes e as cores, o verão será livre, leve e solto, com um quê de vintage, um ar fresco e uma proposta de moda de uso lento, em prol da sustentabi-lidade. Quer experimentar? O provador está aberto. Se dese-jar, no site de Hype tem mais.

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A JULGAR PELO QUE SE VIU NAS PASSARELAS DA úLTIMA EDIçãO, O FASHION RIO NãO TROUxE GRANDES

NOVIDADES PARA A CENA DA MODA VERãO 2012/13. PARECE QUE A TURMA ESGOTOU O

REPERTóRIO E A INSPIRAçãO. SENãO, VEJAMOS: MODELAGENS, ESTAMPAS,

SHAPES... POUCO OU QUASE NADA MUDOU. BOM PARA O NOSSO BOLSO PORQUE,

ASSIM, PODEREMOS USAR, COM UMA BOA REPAGINADA, É CLARO, O

GUARDA-ROUPA DO ANO PASSADO. VEJAM ALGUNS DESTAQUES E

CONFIRAM NOSSA SELEçãO DE LOOKS:

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n Cores: esqueça o color block, agora é a hora e a vez dos tons pastel.

Mas, hum..., delícia! as cores sorvete prometem conferir mais energia

e uma brisa geladinha à cena.Estampas: uma boa salada, de frutas, flores e legumes.

Tem tropicalismo e brasilidade em formas mais delicadas.Crop top: como vai sua barriguinha? Se estiver legal, pode deixá-la à mostra. Do contrário, esqueça a novidade.Shortinhos: um verão mini. As peças aparecem prontas para brilhar na noite.Calças: como vai seu bumbum? O hit, as calças floridas, justas e mais curtas, lembre-se, só combinam com as magrinhas.Conjuntinhos: que coisa mais retrô,não? Mas agora parece que eles vão emplacar!Saia lápis: que elas alongam a silhueta ninguém duvida, mas só se for as de bumbum magro.Transparências: Boas para o calor, mas exigem bom sensoTomara que caia: volta e meia... olha ele aí de novo!

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n01 Ariane Mayerfreund comemorando idade novan02 Lindas de branco: Veronica Tomazini e Carolina Cheroton03 O sorriso cativante de Livia Baldin04 Casal afinado: Otacilio pedrinha e Letícia Lindenberg n05 As sempre antenadas Maria Helena pacheco e Maria Alice Lindenbergn06 Flávia e Lívia Neffa de olho na moda

é celebrar o importante QUEM RESISTE A UM BOM PRETExTO PARA REUNIR OS AMIGOS, PARCEIROS, CLIENTES E AFINS? SEJA O LANçAMENTO DA COLEçãO MAIS FASHION OU O ANIVERSáRIO BOMBADO DA MELHOR AMIGA, SEMPRE VALE A PENA FESTEJAR

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Fotos Cloves Louzada

n Quem não viu perdeu, no Palácio Anchieta, a mostra Mestres Franceses. Foram ex-postas 131 obras de Edouard M o n et , P i e r re - Au g u s te Renoir, Fernand Léger e Marc Chagall, artistas precursores da arte moderna.n A designer Ana Paula Castro vai a Paris em agosto visitar a Maison Objeto para saber o que está acontecendo de mais criativo na área de design in-ternacional. A mostra reúne, a cada seis meses, talentos de todo o mundo.n O jornal A Gazeta lançou uma revista com 151 endereços e os grandes vencedores do Prêmio Prazer & Cia. A cada dia abre uma novo point gastronômico na cidade. Dizem que é porque o capixaba está comendo cada vez menos em casa.n E por falar em gastronomia, depois de insistentes pedidos, a chef Sylvia Lis capitulou e re-solveu incluir no cardápio do Vitória Bistrô alguns pratos à base de massas. O que era bom ficou ainda melhor, garantem os adeptos da culinária italiana.n Ficaram lindos os ensaios de moda da revista Missbela Mag, na edição que traz as novida-des da marca para o verão de 2013. A publicação também destaca o nascimento da irmã mais nova da Missbella, a MSB Princess, voltada para o públi-co entre 12 e 16 anos.n Paula e Ricardo Shalders dão vazão a uma vontade antiga e inauguram em julho um novo espaço de moda, a R Shalders, uma multimarcas masculina. Localizada na Av. Rio Branco, a nova loja ficará pertinho da Folic, também sob a batuta de Paula.

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n De blazer marinho de dois botões, calça chino vermelha com listras marinho, gravata vermelha/azul/branca e loafers, Tommy Hilfiger recebeu a atriz Jessica Alba, de terninho de algodão preto com blusa de seda branca TH. O evento exclusivo celebrou a abertura da flagship Hilfiger no prestigiado shopping Omotesando, em Tóquio.

Eu quero!n Enfim, uma fórmula manipulada com ativos estimuladores do cres-cimento dos pelos da sobrancelha. Segundo a farmacêutica Maria-na Piassaroli, da Rede Mônica, o produto pode ser aplicado até duas vezes ao dia e as pri-meiras penugens co-meçam a aparecer, em média, após 20 dias de uso. A fila é grande...

A múltipla Luisahn Artista plástica e designer de in-teriores Luisah Dantas, conhecida por projetos de decoração origi-nais, que utilizam materiais tanto sofisticados quanto inusitados, vai lançar um livro. Inquieta, ousada e provocativa, há mais de 10 anos ela vem escrevendo poemas aos quais poucos tiveram acesso. São mais de 300 textos e anotações. “Alguns amigos que leram e gostaram me estimularam. Achei que estava se transformando em carma, então, tomei coragem e resolvi colocar tudo em um livro”, diz Luisah, mo-vimentando-se para a obra.

A sustentável leveza da moda n A quinta edição do Vitória Moda Show já começa a mobilizar o setor. A largada foi dada com um preview que anunciou as próxi-mas atrações. O evento, que se realizará entre 25 e 27 de julho, sob as batutas da Federação das Indústrias do Espírito Santo e do Sebrae, contará com desfiles, palestras e exposição de mar-cas, cujos estandes ocuparão a área inferior e superior do Cen-tro de Convenções de Vitória. Nesta edição, o evento ganhou um tema: Os Quatro Elementos e a Sustentabilidade, o que pro-mete conferir um colorido especial à realização, mobilizando em-presas engajadas no terceiro setor.

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Turismo hype62

Viajando.comLaura Bragatto Ferri

n Ela curte tanto viajar que nem os trajetos longos e cansativos a desanimam: “Costu-mo dormir durante o voo inteiro, mas, caso fique sem sono, assisto a um filme ou leio uma revista ou livro”, diz Laura.

Entre seus momentos inesquecíveis também há aqueles marcados pela tensão da perda de um avião. “Foi em Nice. Meu hotel era perto do aeroporto, mas no dia e no horário do meu voo o trânsito estava horrível e gastei uma hora no traslado. Resultado: tive que comprar outra passagem, porque precisava chegar no mesmo dia”, lembra-se.

Entre os esquecimentos, recorda da mala de mão que deixou na esteira de raio-x e da qual se lembrou apenas na hora de pegar o táxi. O marido voltou e, felizmente, conseguiu resgatar o objeto.

POR QUANTOS PAíSES VOCê Já VIAJOU? n Eu conheço 18 países.

PARA ONDE FOI PRIMEIRA VIAGEM?n Foi em 1994, para a Disney, com minha irmã, mãe e amigos.

QUAIS FORAM AS MELhORES RECORDAçõES QUE TROUxE DESSA ExPERIêNCIA?n Da primeira viagem não me lembro de nada especial, mas o souvenir mais inte-ressante que tenho e pelo qual sou apai-xonada é um tapete de pele de zebra que comprei na áfrica do Sul em 2011.

LEMBRANçA MARCANTE.n Marcaram-me alguns jantares românti-cos que fiz com meu marido, em especial um em nossa lua de mel, no hotel Katikies, em Santorini, na Grécia.

EPISóDIO QUE PREFERE ESQUECER.n Na ida para a minha lua de mel, nossas malas foram extraviadas e ficamos três dias sem elas.

APESAR DE JOVEM, A BELA ADMINISTRADORA Já VIAJOU MEIO MUNDO. POR ISSO, ELA É UMA REFERêNCIA PARA QUEM BUSCA INFORMAçõES OU QUER SABER COMO EVITAR PROBLEMAS ANTES, DURANTE A VIAGEM E NA HORA DE VOLTAR PARA CASA. LAURA NãO PERDE TEMPO: “AO CHEGAR AO MEU DESTINO, QUERO LOGO ExPLORá-LO. PARA ISSO, PEçO AJUDA NO HOTEL, ME LOCALIzO NO MAPA E FAçO RESERVAS NOS RESTAURANTES INDICADOS PELO CONCIERGE OU NAQUELES Já ESCOLHIDOS POR MIM”

BETTy FELIZ

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UMA COMIDA QUE ADOROU.n Amei um pato com molho de mel e cuscuz marroquino que comi no restaurante Les Fous De L’ile, na Île Saint-Louis, em Paris, em 2010.

A MELhOR COMPANhIA PARA VIAJAR.n Meu marido.

O PIOR COMPANhEIRO DE VIAGEM.n Pessoas desanimadas e mal-humoradas.

JAMAIS LEVARIA NA BAGAGEM.n Roupas em excesso. Gosto de mala com roupas versáteis.

NãO PODE FALTAR NA SUA MALAn Roupas práticas e confortáveis, tipo legging e sapatilha.

UM PAíS AO QUAL VOLTARIA SEMPRE.n França.

UM PROGRAMA ExCITANTE. n Safári na áfrica do Sul. É muito emocionante percorrer a savana atrás dos animais.

UM PROGRAMA DE íNDIO.n Viajar sem agendar previamente itens essenciais para o seu conforto, como hotel, carro, etc.

UM ENDEREçO DE COMPRAS IMPERDíVEL.n Rue du Faubourg Saint Honoré, em Paris, que é uma rua pequena com muitas lojas boas.

UM RESTAURANTE DESCOLADO.n Bravo 24, do chef Carles Abellán, que fica no Hotel w de Barcelona. O restaurante tem uma área externa com vista para o mar, e as mesas ficam cobertas por tendas. Além disso, tem um DJ que dá um clima descontraído ao local.

AINDA VAI CONhECER...n O Japão.

UM PROGRAMA CULTURAL QUE RECOMENDA.n Visitar o Palácio Topikapi, em Istambul, uma das muitas atrações da cidade que me deixaram encantada por sua história e beleza.

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n No entanto, de alguns anos para cá, isso começou a mudar, pois os grandes chefes começaram a buscar referências em culi-nárias típicas de outros países que não os seus, em um verdadeiro e intenso proces-so de intercâmbio cultural, de tal forma que tais fronteiras e diferenciações passaram a ser menos claras, aumentando as simi-laridades de tendências na alta gastrono-mia ao redor do mundo.

Joel Roubouchon, considerado em 1989 o “chef do século” pelo conceituado guia Gault Millau e o mais influente chef fran-cês pós “nouvelle cuisine”, foi um dos pri-meiros a ultrapassar essas fronteiras, tra-zendo fortíssimas influências e inspiração orientais, especialmente da culinária japo-nesa, além de ter adaptado à culinária fran-cesa o conceito espanhol das tapas, ado-tando pequenas porções nos cardápios dos seus restaurantes.

O star chef Nobu Matsushita fez o ca-minho inverso, trazendo para a tradiciona-líssima culinária japonesa influências e in-gredientes tradicionais da cozinha ociden-tal, como o uso do azeite de oliva extravir-gem, sal de guerande e foie-gras.

Com isso, a fusion cuisine, que, no iní-cio, pode ter parecido uma onda, hoje mostra que veio para ficar, o que não significa, no entanto, que tenha havido uma perda de identidade, mas uma ou-sada ampliação das fronteiras original-mente estabelecidas, que, com compe-tência, traz ótimos resultados e agradá-veis surpresas.

Um bom exemplo dessa transformação é a popularização do uso de peixes crus na alta gastronomia. Com diversas variantes, ele vem se tornando uma presença cons-tante, quase obrigatória, em todos os res-taurantes de maior sucesso, independen-te da sua nacionalidade.

Assim, vou aproveitar e apresentar uma receita do chef Nobu Matsushita, que pode ser considerado um ícone dessa fusão gastronômica, o hoje já tradicional “New Style Sashimi”, que, mesmo com al-guns anos de criação, continua mais atu-al do que nunca. Além de ser fácil de fa-zer, pode ser adaptado para diferentes peixes, vieiras e até mesmo para o Kobe Beef, nos fazendo agradecer por essa globalização gastronômica.

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ALESSANDRA VARGASchEf www.batendopanela.com.br

ANTIGAMENTE, QUANDO FALáVAMOS DE CULINáRIAS TíPICAS, ERA MUITO FáCIL DISTINGUIRMOS UMAS DAS OUTRAS, Já QUE AS CARACTERíSTICAS DE CADA UMA COSTUMAVAM SER BASTANTE BEM DEFINIDAS

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Ingredientesn �250 a 300g de salmão

(limpo, em filet)n �2 colheres de sopa de alho

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em tiras finas)n ciboulette picadan �12 colheres de sopa de azeite

de oliva de primeira qualidade (utilizar o azeite de oliva virgem, e não o extravirgem)

n �4 colheres de sopa de óleo de gergelim

n 4 colheres de sopa de shoyun �4 colheres de sopa de suco de

yuzu (pode ser substituído por suco de limão cravo ou siciliano)

n �2 colheres de sopa de gergelim branco

corte o salmão em fatias bem finas. Disponha as fatias em círculo em 4 ou 5 pratos. Espalhe uma pequena quan-tidade do alho sobre as fatias. Dispo-nha uma ou duas tirinhas de gengibre e a ciboulette sobre cada uma das fa-tias do peixe. Polvilhe com o gergelim, misture o shoyu e o suco de yuzu (ou limão) e regue sobre os pratos. Mistu-re o azeite de oliva e o óleo de ger-gelim em uma panela de inox e co-loque para aquecer em fogo médio. Quando estiver bem quente, com temperatura em cerca de 180ºc, re-tire imediatamente do fogo e divida igualmente entre as porções, derra-mando sobre elas. o azeite quente vai dar uma leve cozinhada no peixe, à medida que você despeja a mistu-ra sobre o prato. sirva imediatamente.

New Style Sashimi (Nobu Matsushita)

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COMANDADA PELOS EMPRESáRIOS RENATA E ALAN MESQUITA, A PRIMEIRA FRANQUIA DA REDE ESPAçO RECLINáVEL NO ESPíRITO SANTO OFERECE UM MIx DE PRODUTOS VOLTADOS PARA O CONFORTO PERSONALIzADOn Especializada em móveis voltados para livings, salas de tV e home em geral, além de tapetes finos e outros itens ligados à decoração, a Espaço Reclinável ocupa 500 metros quadra-dos de área em um ponto estratégi-co da avenida Rio Branco, em santa lúcia, Vitória.

além disso, a loja possui um home-cine que está atraindo a atenção da clientela. “além de um cantinho acon-chegante para os amantes de cinema, queremos tornar esse espaço um pon-to de encontro para troca de ideias entre os profissionais de arte, arqui-tetura e decoração”, diz alan.

ESPAçO RECLINáVELavenida Rio Branco, nº 658, santa lúcia, Vitória/Es | 27 3376.2122

Um endereço debom gosto

dECorAçÃo hypeonline.com.br 65

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estilo?

CAsA hype66

Qual é o seu CONTEMPORâNEO, RETRô, LúDICO, SUSTENTáVEL, FUNCIONAL, DECORATIVO. NãO IMPORTA O ESTILO DE SUA DECORAçãO. O SEGREDO É ELEGER O SEU OBJETO DE DESEJO, REPAGINANDO CADA CANTINHO DA CASA. NóS Já ESCOLHEMOS O NOSSO. E VOCê?

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01 Os vasos de vidro soprado, de Marco zanini para Studio in, dão um colorido mais do que especial

para qualquer ambiente 02 A atmosfera retrô dos anos dourados também aparece nas salas de banho com o

Lavatório 1950 York, do designer Rubens Szpilman03 Confeccionado em madeira MDF e com pintura laqueada nas cores preto e branco, o puff Dado, da

Formato Design, cria variações na decoração 04 Unindo o clássico ao contemporâneo, a

cômoda Giallo, da Oren, confere um charme retrô à decoração05 Com design retrô e tecnologia avançada, a lareira elétrica Dynasty Eletro é um aquecedor que traz aconchego ao ambiente 06 Destaque da Reobjeto, a luminária pangea tem base em aço inox e globo feito de partes de árvores adultas descartadas pela prefeitura de Curitiba 07 O daybed Ofurô, da Via

Rosa, vem acompanhado por um pufe em meia-lua e cinco almofadas decorativas 08 Fernando de Noronha é a inspiração da coleção de móveis outdoor Noronha, da Saccaro. As peças são assinadas por

Roque Frizzo e abusam das cores do fundo do mar. 09 Assinada pela designer Alessandra Delgado, a mesa de jantar Vidrá possui base em madeira – disponível em várias cores – e tampo de vidro

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HILAL SAMI HILAL

DESDE OS QUATRO ANOS DE IDADE, ELE TOCA PIANO QUASE TODOS OS DIAS. E UMA VEz DISSE QUE “O TRABALHO É COMO SE FOSSE UMA PARTITURA E ESTIVESSE ESCREVENDO UM RITMO”. COM A MESMA SUAVIDADE E SIMPLICIDADE COM QUE SEUS DEDOS TOCAM AS TECLAS, HILAL SAMI HILAL CONSTRóI SUA ARTE, ATRAíDO, PRINCIPALMENTE, PELA MEMóRIA AFETIVA, PELA MEMóRIA DO CORPO

n Nascido em Vitória, na Rua Barão de Monjardim, como faz questão de frisar, Hilal Sami Hilal é um pacato artista plás-tico, com rotina muito bem administra-da, foco no trabalho e hobbies simples de quem gosta de estar em família, comer bem e ir à praia. De incomum mesmo em sua vida, só sua arte, onde usa como prin-cipal matéria-prima papel feito de trapo de algodão, retirado de roupas de familiares e amigos. De lençóis, camisas, camisolas e fronhas ele extrai não só a celulose, mas a memória afetiva do corpo que os usou.

“Acho bastante contemporâneo discutir o afeto e seu distanciamento. O simbólico é uma questão relevante para o meu pro-cesso”, diz o artista.

Para este jovem senhor de 60 anos, com mais de 30 dedicados à produção artística, o processo da arte ainda é um enigma, mas que já está impregnado em seu fazer, como um mergulho contínuo e sem volta. “Existe um desejo permanente de compreender o processo criativo. No mundo da arte, lidamos muito mais com questões subjetivas. Portanto, minhas

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conclusões estão sempre em ques-tionamento, e essa é justamente a posição da arte. A certeza escapa; o que fica é o questionamento, o pen-samento que se constrói perante a obra de arte”, afirma.

Sobre as referências que tem hoje, Hilal conta que elas vieram do passado, praticamente herdadas da mãe, que foi pintora e, claro, a primeira grande influ-ência do artista. “O barroco era a prefe-rência dela, assim como artistas como Rembrant, Vermmer, Caravaggio e ou-tros. Também gosto muito de gravu-ra, do neoconcreto e do minimalismo”, conta Hilal que, atualmente, além do papel de fabricação própria, tem tra-balhado com o cobre e seu processo de corrosão e oxidação.

E se no seu ofício Hilal tem referên-cias muito bem definidas, na vida seus pilares são “acreditar na justiça, na éti-ca e na arte”. Não à toa, o que lhe move é a tríade “desejo, amor e paz”, traços que marcam toda a trajetória do artista, que fixou residência em Vitória e tem pela cidade tanto carinho e admira-ção que não se cansa de contemplá-la.

“É um lugar de recantos, restinho de Mata Atlântica, de amigos e família, é onde meu pai e seus irmãos construí-ram uma história no princípio do século xx. Por essas e por outras, Vitória sig-nifica toda uma trajetória de vida. É o lugar onde casei e tive meus filhos e te-nho certeza de que eles também ado-ram a nossa cidade”, confidencia Hilal.

Apesar de sua paixão por Vitória, sua arte não está restrita aos limites do mu-nicípio. Hilal, que já expôs dentro e fora do país, levará sua obra, ainda em 2012, para diversas partes do mundo: em maio, esteve na São Paulo Arte e na Arte BA, em Buenos Aires; em julho estará no festival de São João Del Rei; em setem-bro, em uma mostra individual em Paris, e no segundo semestre, na Arte Rio.

Ao final, a gente se arrisca até a di-zer que a obra de Hilal atrai tantos olha-res porque é leve como o algodão e densa como o cobre.

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pREçO SUGERiDOUs$149, 99

TECNoLogiA hype70 CAMILA LENK

Tuitada do relógion Para aqueles que não desgrudam das redes sociais, a Sony criou o Sony SmartWatch, seu primeiro relógio com funções de Smartphone. Tra-ta-se de um gadget compatível com smartphones Android e que possi-bilita que você tuite ou olhe seus e--mails sem precisar usar o telefone. Além disso, você pode escolher acei-tar ou não chamadas, ativar comando de músicas ou deixar o fone mudo. O aparelho é compatível com os telefo-nes x-peria, Motorola, HTC e Samsung e vem com uma pulseira emborracha-da. O relógio já está à venda nos Es-tados Unidos nas cores rosa, menta, cinza, azul, preta e branca.

paper divertido e profissionaln Um novo aplicativo está fazendo sucesso entre os apre-ciadores de eletrônicos. O Paper, criado pela empresa Fif-tyThree, teve 1,5 milhão de downloads em duas semanas na loja virtual da Apple, registrando a estatística de sete mi-lhões de páginas criadas. O programinha é, na verdade, um bloco de notas com um painel de desenho, uma mistura do Sketchbook Pro (um programa de desenho do autodesk) e do Draw Something (game de adivinhação de desenhos). O Paper pode ser baixado gratuitamente na App Store.

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TV portátilnA empresa Dazz de-senvolveu a TV Digital Portá-til 3.5, que tem um design simples e prático. O apa-relho tem dimensões similares a de um smartphone e a qualidade da imagem é ótima. Além de ser TV, o produto ainda é rádio, arma-zena e exibe fotos nos formatos JPEG, BMP e GIF e reproduz música e vídeos em vários formatos, como MP3 e RMVB. O aparelho ainda traz as funções de calendário, relógio, cronômetro, gravação de voz e leitor de livros digital. No entanto, a TV só funciona bem em locais com boa recepção digital.

design no somn O construtor de guitar-ras Jean Michel Capt criou uma caixa de som com um design inovador e criativo. Trata-se da JMC Sound-board, que também é uma peça de arte, servindo para decorar qualquer ambiente. A caixa é feita de uma es-pécie de madeira, com ma-téria-prima de árvores que já caíram, vindas da Suíça. O som é uniforme e limpo.

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roTEiro Hype

A TEMPORADA FRIA VAI ESQUENTAR COM SHOwS E FESTIVAIS QUE ACONTECEM NO ESTADO E EM OUTRAS REGIõES DO PAíS

sócio de carteirinhan O Clube Big Beatles era apenas um programa de rádio, mas ele foi tão bem aceito pelo público que se tornou uma banda de gran-de sucesso dentro e fora do Estado. Composto por artistas do Espíri-to Santo, a banda tem um projeto, com objetivo filantrópico, chama-do “Sócio de Carteirinha”, pelo qual convida artistas em destaque no mundo da música para realizar um show em dose dupla. Em setem-bro, dia 27, às 21 horas, quem compõe o show junto com a Big Bea-tles é Andreas Kisser, do Sepultura. Os shows acontecerão no Tea-tro do Sesi, em Jardim da Penha, em Vitória. Mais informações pelo telefone 27 3334.7307.

scorpions no Brasiln A banda de rock alemã Scorpions retorna ao Brasil no dia 20 de setembro para um úni-co show em São Paulo, no Credicard Hall. O grupo composto pelo vocalista Klaus Meine, os guitarristas Rudolf Schenker e Matthias Jabs, o baterista James Kottak e o baixista Pawel Maciwoda promete um show retros-pectivo, resgatando antigos sucessos e mo-mentos marcantes dos 40 anos de carreira. Ingressos à venda no portal Tickets For Fun.

montanhas aquecidasn Para quem gosta da combinação frio, música e boa culinária, o 1º Festival Gastronômico – Sabor das Mon-tanhas é uma ótima oportunidade para aproveitar o clima da região serrana capixaba. O evento será reali-zado nas cidades colonizadas por alemães e italianos: Marechal Floriano, Afonso Cláudio, Domingos Martins, Venda Nova do Imigrante, Castelo e Vargem Alta. Os pratos são elaborados de acordo com a cultural local e com ingredientes e produtos da agroindústria da re-gião. Mais informações e programação nos contatos (28) 3546-2049, [email protected] e www.montanhascapixabas.com.

Ela voltounMarisa Monte volta aos palcos com a sua sétima turnê, “Verdade, Uma Ilusão”. A can-tora, de estilo singular, deixou o samba um pouco de lado e engajou no pop. Marisa conta que o novo projeto é inspirado numa missão espiritual de buscar a verdade indi-vidual dentro do nosso íntimo, e sua inten-ção é fazer as pessoas cantarem e dança-rem. As cidades contempladas pela turnê são São Paulo e Porto Alegre.

dança de Joinvillen O evento é considerado, pelo Guiness Book, o Maior Festival de Dança do Mun-do e acontece há 30 anos, sempre no mês de julho, em Santa Catarina. Durante oito noites, você verá grandes espetáculos de Balé Clássico de Repertório, Balé Clás-sico, Dança Contemporânea, Sapateado, Jazz, Danças Urbanas e Danças Popula-res. O evento tem o objetivo de promover a dança como expressão artística e con-tribuir para a difusão cultural.

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desértica

som hype LUIS TAyLOR n [email protected]

n Faz alguns anos que espero o novo álbum do Shins. Cinco, para ser mais exato. E sempre os incluí na lista das minhas bandas prediletas. Durante esse tempo entre “wincing” e “Port of Morrow”, James Mercer, o cabeça por trás da banda, tornou-se conhecido no mundo da música e, mais do que isso, respeitado.

Assim, não foi difícil arrumar parceiros de peso para participar de projetos paralelos, enquanto deixava os fãs de sua banda prin-cipal em modo de espera. Junto com Danger Mouse formou e lançou, em 2010, o incrível Broken Bells. “Se com um projeto paralelo, ele chegou a esse nível, imagina o que não fará no próximo disco.” Expectativas foram catapultadas ao infinito.

Como todos sabem, expectativa é a irmã mais próxima da decepção. “Se ele está falando isso é porque o disco é ruim”, você deve pensar. Nem é que seja ruim, já que conta com algumas boas músicas, mas ele não se sustenta e seus poucos pontos altos acabam se perdendo em uma paisagem desértica. Geralmente, escuto o disco sobre o qual escrevo para buscar inspiração, mas hoje estou escutando o melhor disco que o

Shins nunca lançou, o já citado “Broken Bells”.

Desde o primeiro single lançado na internet, “Simple Song”, o gosto que ficou foi de comida requentada. Aquela que até tem um temperinho gostoso, mas que é sempre uma segunda opção

depois de posta à mesa. “The Rifle's Spiral” abre os caminhos do disco, que até cum-pre seu papel, mantém a atenção ligada no que se está tocando. Infelizmente, o resto parece ser um grande mexidão, onde se escuta mais do mesmo e acabamos sendo levados para longe da música, por qualquer coisa que aconteça ao redor. A atenção só volta a ser atraída quando se chega a “40 Mark Strasse”, a penúltima do álbum. Ainda assim, apenas por segun-dos. Muito pouco, para quem fez tanto em outras tentativas.

Depois de tanto tempo, acho que merecíamos mais, hein, Mercer?!

Enquanto isso, revejo a lista dos melho-res de 2011 publicada aqui mesmo e me dou conta que deixei de fora o coeso “Torches”, dos moleques do Foster The People. Imperdoável. Se você ainda não ouviu, não perca tempo.

Paisagem

PíLULAS

MiiKE SNOw Happy to Youn A Suécia, quem diria, além de exportar loiras de 1,80m com hábitos sexuais liberais, não para de dar ao mundo boa música. O último disco de Miike Snow traz o calor e o ritmo que não se espera encontrar em seu invernal país de origem. “The wave” e “Paddling Out” são destaques em um disco que ainda traz a introspectiva e belís-sima “Black Tin Box”.

JACK wHiTE Blunderbussn O que falar de Jack white que ainda não te n h a s i d o falado? O mentor da finada white Stripes volta com seu primeiro disco solo, com o pé enfiado na lama do blues e do country de raiz. Tem peso, tem melodia e, de quebra, umas pitadas de genialidade. Já é possível vê-lo, velhinho, com uma guitarra no colo fazendo um show inesquecível como outros mestres do blues. Recomendadíssimo.

n�The Shins

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n Jesse Eisenberg, que ficou famoso ao interpretar o criador do Facebook, também está em uma das comédias mais diver-tidas do ano, mas que só foi lançada no Brasil diretamente em DVD. Em 30 Minutos ou Menos, ele é Nick, um entregador de pizza sequestrado por dois malucos que resolvem obrigá-lo a roubar um banco em troca da sua liberdade. Com cenas muito criativas, o filme é para dar muita risada, mas os momentos de tensão também são garantidos, afinal Nick tem seu corpo preso a uma bomba que pode explodir a qualquer momento, e seus algozes, vilões de primeira viagem, parecem mais dois patetas do que sequestradores terroristas.

n Falando em bons atores, Ricardo Darín sempre ganha espaço na coluna, pois seus últimos filmes têm sido ótimas surpresas. A novidade é A Dançarina e o Ladrão, uma produção espanhola de 2009 que só neste ano chegou ao Brasil. O longa revive a época da volta da democracia no Chile pós-Pinochet, quando presos que não cometeram “crimes de sangue” foram libertados. Entre eles, Nicolas, um habilidoso arrombador de cofres, que mal pode esperar para rever sua família, e o jovem Angel, que ainda vai tentar convencer o colega a cometer um grande roubo. Entretanto, o destino dos dois muda quando surge Victoria, uma bela bailarina que deixa Angel completamente apaixonado, com direito a poéticas cenas de amor.

homem-bomba Baila Comigo

CiNEmA hype DIEGO SIERRA n papopop.net n [email protected]

n Uma das grandes estreias nacionais deste ano é Luz nas Trevas: a Volta do Bandido da Luz Vermelha. A continuação de um dos maiores filmes do cinema brasileiro, lançado em 1968, é baseada em um roteiro deixado por Rogério Sganzerla, morto em 2004. Helena Ignez, viúva do diretor do clássico, que conta a história real de um dos bandidos mais procurados do país, divide a direção com ícaro Martins, com quem teve grandes desavenças que atrasaram a estreia, prevista inicialmente para 2010. Confusões a parte, é imperdível a oportunidade de ver Ney Matogrosso interpretando o protagonista. Em sua primeira incursão no cinema, o cantor não decepciona e é peça fundamental para a continuação da história, que dá um foco maior no criminoso Tudo-ou-Nada, filho do famoso bandido.

Clássico revisitado

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n Alvo de duas recentes grandes produ-ções cinematográficas, Branca de Neve pode não ter aquela historinha que os estúdios Disney e os livros de conto de fadas infundiram na cabeça de gerações e gerações de crianças. Com textos dos irmãos Grimm, dentre outros, Branca de Neve: os Contos Originais (Évora) apre-senta a princesa indefesa de um jeito que ainda não conhecemos, como persona-gem de uma narrativa criada para discutir

As várias Brancas de Neve

padecer no paraíso? n Quantas mulheres enfrentam o desa-fio de ser mãe sem ter aquele sentimen-to de fracasso e culpa rondando-a 24 ho-ras por dia? Afinal, esse é um cotidiano nada paradisíaco e tão estressante que é raro encontrar uma mulher confiante e tranquila sobre seu papel.

No livro A Culpa é da Mãe (Summus Editorial), a psicoterapeuta Elizabeth Monteiro relata suas experiências, algumas desastradas, como mãe de quatro filhos. Partindo da época de sua avó e passando pela própria infância, ela mostra que as mães, independente da geração, erram, mas não devem se sentir culpadas por isso.

história da moda n Em Cronologia da Moda (zahar), NJ Stevenson traça um panorama completo da história da moda desde o final do século xVIII, com as criações ousadas que a rainha Maria Antonieta exibia, até os dias de hoje, apostando, inclusive, nos tecidos e tendências que estarão em voga em 2020. Professora de moda e estilo no cinema na University of the Arts London, Stevenson faz desfilarem pela obra as grandes criações de alta-costura e prêt-à-porter, com mais de mil ilustrações: looks completos característicos de cada década, detalhes ampliados, croquis, fotografias, cenas de filmes. Isso tudo, além do perfil dos principais costureiros e designers, como Chanel, Dior, Balenciaga, Saint Laurent, Viviane westwood e Alexander McQueen.

74 LiVros hype

valores e conceitos morais. Espelhos, fadas, madrastas, bruxas e príncipe pontuam as histórias apresentadas nessa versão, que traz Branca de Neve em suas mais variadas origens e um perfil desconhecido pela maioria das pessoas. No livro, todos os contos são comentados e analisados, e as narra-tivas são oriundas do folclore de países como Alemanha, Itália, Suíça, Rússia e Escócia, entre outros.

memóriasn Clássico da literatura infantil italiana, por mais de 120 anos, Cuore, de Edmondo de Amicis, encantou inúmeras gerações em todo o mundo. Publicado pela primeira vez em 1886, o livro ganha nova versão no Brasil pela Autêntica Editora, que manteve o título original. A obra é uma espécie de diário escolar, narrado por um aluno da 3ª série de uma escola municipal da Itália. Em pleno século xIx, Enric descreve seu dia a dia, conta a sua vida, a de seus colegas, familiares e professores, num contexto posterior à guerra em que o país, repartido em vários estados, lutava por sua independência e unificação.

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n A luz que nos ilumina não vem de fora, mas de dentro. Vem da profunda reflexão que fazemos sobre nós mes-mos naqueles momentos de coragem. Quando parece que nada mais vale a pena, quando nos perguntamos o que estamos fazendo da nossa vida e acha-mos que pegamos algum desvio errado pelo caminho. A luz que nos ilumina surge no momento em que estamos experi-mentando a mais profunda escuridão.

É no breu das dúvidas, das insegu-ranças e das incertezas que buscamos algo que nos ajude a encontrar respos-tas para os nossos questionamentos. A princípio, buscamos uma ajuda externa, vinda de palavras sábias proferidas pela boca de outras pessoas, impressas em livros de autoajuda ou cantadas na letra de uma música especial. Buscamos aquilo que achamos faltar em nós. E nos decepcionamos, pois a luz do outro não é capaz de iluminar o nosso quarto escuro, trancado a sete chaves para nin-guém abrir. Principalmente nós mesmos.

Um dia, depois de muito buscar, para-mos de berrar e acusar o mundo de nos tirar aquilo que nunca tivemos, deixamos de nos sentir injustiçados pelo trabalho que não conseguimos, pelo relaciona-mento que chegou ao fim ou quaisquer outras expectativas que não foram cum-pridas. Um dia, inevitavelmente nos vemos diante da escuridão e, nesse momento, só nos resta fazer uma coisa: acender a luz!

Somente quando jogamos luz sobre as nossas deficiências de caráter é que aceitamos de coração a necessidade de realizarmos um trabalho interno, lento e, por vezes, doloroso, na tentativa de nos melhorarmos como pessoa. Sentimentos como raiva, inveja, rancor ou até mesmo egoísmo não devem ser considerados vergonhosos para ninguém, mas sim um ponto de partida para onde queremos che-gar. Da raiva para a alegria, da inveja para a autodeterminação, e assim por diante.

Nossa luz, quando está acessa, dissipa qualquer escuridão, já que é impossível existirem ambas ao mesmo tempo em um mesmo lugar. E esse lugar é o nosso coração. Mantenha o coração calmo e sua mente também estará. Sendo assim, não tente con-trolar os seus pensamentos, mas sim os seus sentimentos. Eles são o seu guia para as repostas que você procura.Um abraço iluminado e até a próxima edição!

VidA hype

BARBARA hILSENBECKPalEstRantE E EscRitoRa

www.avidaebarbara.com.br

A luz que nos ilumina

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Mais reticências

MARCELO DOS SANTOS NETTOJoRnalista E EscRitoR

[email protected]

n "Foi quando me dei conta de que nem mesmo preciso de per-sonagens. Basta dizer que tudo começa com uma declaração de boas intenções: “você não faz, eu não faço”. Com o tempo, o entu-siasmo do momento dá lugar a um pouquinho de incerteza, e a pro-posta acaba virando uma condi-cional: “se você não fizer, eu tam-bém não farei”.

Só não dá para ignorar aquela incerteza sobre o que a outra parte está fazendo. É aí que tudo vira desconfiança. O sentido indi-reto das primei-ras declarações triunfa, e o tom fica um pouco mais ameaçador: “se você o fizer, eu também o farei”. O mal-estar aumenta, porque as partes sabem cada vez menos e temem cada vez mais. Até que o anúncio vira um desafio: “tente fazer, e eu farei também”.

A certeza ainda faz muita falta. A angústia leva as partes a per-guntar para si mesmas: “enquanto não faço, o que está sendo feito?”. Neste momento, só uma conclu-são parece lógica: a outra parte

está se aproveitando da situação para fazer à vontade. Mas que jogo sujo! E ambas as partes enfim se sentem livres: “estou fazendo porque está sendo feito, é claro que está – quem garante que não?”.

Mas será preciso encarar ao outro cedo ou tarde. Neste caso, a frase será “eu o fiz e você também o fez – vamos assumir”. O outro pode de fato assumir, e ambas as partes chegam à conclusão de que esta é a

natureza suja da vida; mas o outro pode insistir que não, ou que não se compara um caso ao outro – “como você pôde ter feito, eu nunca fiz!”.

Finalmente se alcança o clímax – o da retaliação. O argumento é trágico: “Você fez, agora pague a consequên-cia!” Surge o momento do castigo. Da consequência. E é aí que vem a sur-presa: o outro não reage. Isso mesmo – não responde, nem corresponde à traição. “Mas como assim, não retalia?”, protesta a outra parte; “tanto que eu fiz por merecer, e simplesmente não

surjo? Então quer dizer que nunca existi para você?!”.

Isso mesmo, nunca exis-tiu. E esta é a graça da história. Frustrante? Não posso concor-dar. Já que não ofereci rostos nem personagens, deixarei a lição

também explícita: responder ao ódio ou ao amor é reconhecer que

o outro existe de alguma forma para você. E digo mais – mas antes, eu

preferiria que você fosse comer alguma coisa. Não faça nada estando de barriga vazia.

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Revistas, catálogos, livros e periódicos.

Qualidade em conteúdoe design

27 3225.0184www.hypeonline.com.brRua Prof. Sarmento, 41/Lj 01, Ed. Eller, Praia do Suá, Vitória, ES

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hypE end78

n Mais um ano se passou... Poderíamos repetir aquela fra-se chavão “parece que foi ontem”, mas isso não é verdade. A sensa-ção que temos é a de que Hype nasceu há muito mais do que os nove anos que completa agora. Por que será? Talvez porque pro-duzí-la, além de um grande pra-zer, implica um enorme e exaus-tivo trabalho. Não fosse assim, talvez não tivéssemos chega-do aqui, felizes, para comemo-rar. Queremos dividir este origi-nal bolo com vocês, queridos lei-tores, parceiros e colaboradores que nos acompanham nesta jor-nada, torcendo pelo nosso suces-so. Um viva para todos nós!

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Anéis tortos em ouro amarelo e turmalina verde