revista embalagemmarca 103 - março 2008

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Edição de março de 2008 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

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Page 1: Revista EmbalagemMarca 103 - Março 2008

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Page 2: Revista EmbalagemMarca 103 - Março 2008

Primeiro movimento do Ciclo de Conhecimento:

Seminário Estratégico de Embalagens Flexíveis:“Da Matéria-Prima ao Ponto-de-Venda”

Data: 12/05/2008Local: Villa Noah – Espaço de EventosHorário: das 8h00 às 19h00

Tema:

Agenda:08:00 - 09:00: Cadastramento e Welcome Coffee;

09:00 - 09:10: Abertura;

09:10 – 09:30: Panorama do Mercado de Flexíveis no Brasil;

09:35 – 10:30: Desafi os da Indústria de Flexíveis no Brasil;

10:30 – 11:00: Coffee Break;

11:00 – 12:00: Matéria-Prima: Avaliação e Tendências de Mercado;

12:00 – 13:30: Almoço;

13:30 – 14:30: Painel Usuários – A Visão dos Grandes Compradores de Embalagens Flexíveis;

14:35 – 15:30: Varejo – A Interface entre o Consumidor e a Indústria;

15:30 – 16:00: Coffee Break

16:00 – 17:00: A Visão do Governo: Ações Concretas e Soluções Possíveis – Ministro Miguel Jorge;

17:00 – 18:30: Discussão entre os Palestrantes;

18:30 – 19:00: Entrega de Certifi cados e Café.

Por questões fi scais e cambiais, convertedores de embalagens fl exíveis de países vizinhos estão abocanhando pedidos importantes que antes eram atendidos por empresas nacionais. No mercado interno, transformadores são pressionados, numa ponta, pelos custos de matéria-prima; na outra

ponta, são pressionados pela indústria usuária por menores preços. O seminário analisará a estrutura da indústria de embalagens fl exíveis no Brasil, e apresentará caminhos de saída para essa situação que, no longo prazo, é prejudicial para todos os elos da cadeia.

Matéria-Prima: Avaliação e Tendências de Mercado;

Presença confi rmada

do Ministro do

Desenvolvimento,

Indústria e Comércio

Exterior, Sr.

Miguel Jorge

caminhos de saída para essa situação que, no longo

Desenvolvimento,

Patrocínio: Apoio:

Page 3: Revista EmbalagemMarca 103 - Março 2008

Voz para o setor de flexíveism recado que se preten-de seja levado em conta por quem decide na cadeia produtiva de embalagens flexíveis e, por extensão,

em outras, que podem passar por pro-blemas semelhantes: os elos integrantes dessa cadeia têm uma oportunidade úni-ca de tomar uma posição de consenso ante ameaças pendentes sobre o setor. Referimo-nos ao seminário estratégico Embalagens Flexíveis – da Matéria-Prima ao Ponto-de-Venda, agendado para 12 de maio próximo.

Jogamos no time que busca soluções, não somos propensos ao pessimismo e ao alarme sem base. Mas preocupa-nos divisar ilhas de indiferença ante o espaço que convertedores brasileiros de flexí-veis vêm perdendo para fornecedores de países vizinhos. E, no entendimento de profissionais da área, muitos não têm se dado conta de que o potencial de perda é ainda mais preocupante.

Felizmente, para boa parte destes, situados desde a ponta da geração das resinas termoplásticas, passando pelos convertedores e pelos usuários finais, até o varejo, o sinal amarelo já acendeu. Para eles, a ação sobre embalagens flexíveis, que inaugura o CICLO DE CONHECIMENTO elaborado pela Bloco de Comunicação, vem no momento certo. Por terem cap-

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A ESSÊNCIA DA EDIÇÃO DO MÊS, NAS PALAVRAS DO EDITOREDITORIAL

Público-Alvo

EM BA LA GEM MAR CA é di ri gi da a pro fis sio nais que ocu pam car gos de di re ção, ge rên cia e su per-vi são em em pre sas integrantes da ca deia de em ba la gem. São profissionais envolvidos com

o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colocados principalmente nas indús-trias de bens de consumo, tais como alimentos,

bebidas, cosméticos e medicamentos.

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da

Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53

CEP 04718-040São Paulo, SP

Tel.: (11) 5181-6533Fax: (11) 5182-9463

www.embalagemmarca.com.br

Filiada ao

Filiada à

O con teú do edi to rial de EM BA LA GEM MAR CA é resguar da do por di rei tos au to rais. Não é

per miti da a re pro du ção de ma té rias edi to riais pu bli ca das nes ta re vis ta sem au to ri za ção da Blo co de Co mu ni ca ção Ltda. Opi niões

ex pres sas em ma té rias as si na das não re fle tem ne ces sa ria men te a opi nião da re vis ta.

Diretor de Redação: Wilson Palhares | [email protected]

Reportagem: [email protected]ávio Palhares | [email protected]

Guilherme Kamio | [email protected] Freitas | [email protected]

Departamento de arte: [email protected] de arte: Carlos Gustavo Curado | [email protected] de arte: José Hiroshi Taniguti | [email protected]

Administração: Eunice Fruet | [email protected]

Marcos Palhares | [email protected]

Departamento Comercial: [email protected]ão Tichauer | [email protected]

Juliana Lenz | [email protected] Trojan | [email protected]

Wagner Ferreira | [email protected]

Circulação e Assinaturas (Assinatura anual: R$ 99,00): Helio Magalhães | [email protected]

Ciclo de Conhecimento: Ivan Darghan | [email protected]

tado o diferencial de substância que está sendo imprimido à iniciativa, empresas e personalidades de proa do setor não só já formalizaram sua participação como estão dando colaboração concreta para seu êxito. É o caso da Vitopel e de seu presidente, José Ricardo Roriz Coelho, recém-saído da área de segunda para a de terceira geração da cadeia. Entre outros players de destaque consultados, também participarão, como palestrantes, pelos convertedores, Synésio Batista da Costa, presidente da Abraflex, e Paulo Lima, do Grupo Pão de Açúcar, pelo lado do varejo. Sensível ao atual panorama do setor, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Miguel Jorge, em cuja pasta estão possíveis canais de solu-ção, também confirmou presença.

A ótima receptividade que o seminá-rio vem tendo é animadora. Sem dúvida seu conteúdo e seu formato o diferencia-rão da enxurrada de eventos do gênero, em geral marcados pela repetição e pela inocuidade. No que é mais importante – o encaminhamento de saídas – é fun-damental que o setor, em especial o elo mais ameaçado, o dos convertedores, esteja maciçamente presente aos deba-tes, de modo a fazer ouvir sua voz.

Até abril.

Wilson Palhares

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“O potencial de perda no médio prazo é mais preocupante que hoje. Felizmente, para boa

parte dos empresários e profissionais atuantes na cadeia produtiva o sinal

amarelo já acendeu”

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4 EmbalagemMarca março 2008

SUMÁRIO Nº 103 MARÇO 2008

Promoção 40Modelos estampadas nas tampinhas tentam alavancar vendas da Kaiser

Sondagem GNPD21Mintel apresenta novas embalagens

de produtos com rótulos do varejo

Prêmio Inscrições para o PRÊMIO EMBALAGEMMARCA

– GRANDES CASES DE EMBALAGEM 2008 agora também podem ser feitas via internet

Higiene pessoal e beleza 12Brasil tem a primazia de abrigar os primeiros cosméticos da L’Occitane produzidos fora da França

Reportagem de capa 16Para temor dos fabricantes de produtos líderes, varejo começa a investir em marcas próprias com jeitão de marcas convencionais

LeitesCooperativa gaúcha

acondiciona produto em embalagem de meio litro

PerfumariaCom lançamento de eau de parfum masculina em embalagem sofisticada, O Boticário busca elevar participação no mercado de luxo

Flexíveis 24Contra a ditadura do brilho nas gôndolas, embalagens flexíveis produzidas com filmes foscos de BOPP ainda tentam cavar seu espaço no mercado nacional

34

Food service 41Frascos gigantes para ketchup e mostarda mostram que criatividade pode fazer a diferença no mercado institucional

46 InternacionalNovas bebidas vitaminadas para

o público infantil surgem nos EUA com garrafa em formato ipsilóide

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www.embalagemmarca.com.br

3EditorialA essência da edição do mês, nas palavras do editor

58AlmanaqueFatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

9Espaço abertoOpiniões, críticas e sugestões de nossos leitores

42Painel gráficoProdutos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens

52DisplayLançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

8Na webO que a seção de notícias de www.embalagemmarca.com.br e a e-newsletter semanal levam aos internautas

32PanoramaMovimentação do mundo das embalagens e das marcas

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8 EmbalagemMarca março 2008 www.embalagemmarca.com.br

NA WEB

Uma amostra do que a seção diária de notícias de www.embalagemmarca.com.br e a e-newsletter semanal da revista levam aos internautas.

> panorama

Design brasileiro premiado na Alemanha

Dezessete produtos brasileiros estão entre os vencedores do iF Product Design Award 2008, prêmio alemão considerado o mais importante do mercado europeu. O concurso teve 821 produtos ganhadores, selecionados entre 2.771 inscritos de 35 países diferentes. Na área de embalagens, os brasileiros premiados foram a garrafa do Milésime Miolo, da Vinícola Miolo, que teve o layout desenvolvido pela Zorzo Design Estratégico, e o estojo do Opallis, da FGM Produtos Odontológicos, criado pela catari-nense FAZdesign Planejamento Visual.

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Nosso boletim eletrônico, gratuito, é publicado todas as quintas-feiras.

> display

Kuat ganha embalagem douradaO guaraná Kuat estréia nova identidade visual: latas e garrafas assumem a cor dourada, abandonando a tradicional combinação de verde e vermelho utiliza-

da pela categoria. A letra K do logotipo ficou mais longilínea e a imagem do fruto, vermelha, dá lugar a uma esfera da mesma cor. Nas garrafas – tanto de vidro quanto de PET –, a solução foi simples:

embalagens incolores substituíram as verdes, ressaltando a cor do líquido e se integrando com o rótulo.

Acesse o texto na íntegra em www.embalagemmarca.com.br/kuatdourado

> mercado

Nova Petroquímica patrocina laboratório da ESPM

A Nova Petroquímica anunciou o patrocínio de US$ 50 mil anu-ais ao Laboratório de Monitoramento Global de Embalagens do Núcleo de Estudos da Embalagem da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). A ferramenta, atualizada em tempo real, permite o monitoramento dos principais aconteci-mentos em embalagens no mercado global.

Acesse o texto na íntegra em www.embalagemmarca.com.br/laboratorioespm

> internacional

Gel iluminadoA Clio Designs lançou nos Estados Unidos sua linha de géis de barbear NXT com embalagens inovadoras. Os produtos são acondicionados em recipientes de plástico translúcido ilumina-dos por uma luz instalada na parte inferior, o que destaca as bolhas de ar suspensas no gel transparente. O plástico tem tom azul, e quando as luzes acendem, a embalagem parece uma luminária em miniatura. A cada 15 segundos, um diodo emissor de luz (LED) pisca por alguns segundos na parte inferior da embalagem. As luzes são acionadas por duas baterias AAA, e um comando rolante desliga o aparelho quando a embalagem está deitada ou de cabeça para baixo.

Acesse o texto na íntegra em www.embalagemmarca.com.br/geliluminado

Acesse o texto na íntegra em www.embalagemmarca.com.br/if2008

Page 9: Revista EmbalagemMarca 103 - Março 2008

OPINIÕES, CRÍTICAS E SUGESTÕES DE NOSSOS LEITORESESPAÇO ABERTO

Força da tecnologia

Queremos parabenizar a revista EMBA-LAGEMMARCA pela reportagem “Mais pres-são pelo regime”, publicada na edição fevereiro. O tema abordado é de extrema importância, já que mostra o quanto a tec-nologia contribui para o desenvolvimento e o crescimento do setor de embalagens, especialmente o de garrafas de PET.

Alfredo SettePresidente da ABIPET – Associação

Brasileira da Indústria do PETSão Paulo, SP

A Rexam certa

Na reportagem “Choque rosa”, sobre a água Woman, da Ouro Fino (edição de fevereiro), foi colocado o nome errado do fabricante da tampa plástica. O correto é: Rexam Plásticos do Brasil, telefone (15) 3238-5304. A Rexam Beauty, citada na matéria, pertence ao grupo Rexam, porém é outra divisão.

Simone SchlemmSales manager – Rexam

Jundiaí, SP

Site dinâmico

Além do grande sucesso que é a revista, gostaria de parabenizá-los pelo site, por seu dinamismo na publicação de notícias e ino-vações constantes. Ao chegar na empresa pela manhã e antes de terminar o expedien-

te, sempre o acesso. Recomendo a todos os meus amigos, profissionais da área de embalagem, que visitem o site para ficarem atualizados quanto ao mercado.

Robson Pereira CavalcanteCoordenador de marketing – Novelprint

São Paulo,SP

Do Paraguai

Expresso minha admiração por tudo que a equipe de EMBALAGEMMARCA produz, nos oferece e ensina. É notório o esforço e a dedicação com que é elaborada cada uma das edições. Sou leitor da revista há mais de um ano, e continuam me surpre-endendo as novidades, as reportagens e os artigos criativos e didáticos que sempre tenho certeza de encontrar quando entro no site (www.embalagemmarca.com.br). Continuem sendo os mesmos profissionais de sempre.

Florencio Ramallal Engenheiro industrial

Assunção, Paraguai

Page 10: Revista EmbalagemMarca 103 - Março 2008

www.embalagemmarca.com.br

PRÊMIO

segunda edição do PRÊMIO EMBALAGEM-MARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM terá cobertura ampliada em relação à edição do ano passado. Isso se deve, pri-meiro, à necessidade de comunicar com

maior intensidade o fato de que foram feitas altera-ções no regulamento, de modo a facilitar as inscrições de cases. Estas poderão ser feitas por via eletrônica, num site específico do PRÊMIO, recém-colocado no ar (www.grandescases.com.br). Assim, as inscrições, já abertas, poderão ser feitas com boa antecedência em relação à data de entrega das embalagens (4 a 22 de agosto) no Centro Universitário Belas Artes, que dá apoio operacional à premiação. Com essa providên-cia, será possível dedicar mais tempo à elaboração das fichas-resumo em que são destacados os atributos de cada case, para análise dos jurados.

Essa e outras providências, que podem ser vistas no site do Prêmio, visam fundamentalmente a facili-tar o trabalho dos responsáveis pelas inscrições nas empresas, considerando-se que o tempo desses pro-fissionais é cada vez mais escasso nos tempos atuais. O acesso por essa via não elimina a possibilidade de entrada via site da revista (www.embalagemmarca.com.br), bastando clicar no banner do PRÊMIO.

A

Mais comodidadeInscrição online facilita participação

“Só resultados positivos”“Fomos patrocinadores da primeira edição do PRÊMIO

EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM, e somos

novamente nesta segunda. O motivo é que isso só nos

acrescentou resultados positivos. Aumentamos o contato

com alguns clientes, tivemos ampla divulgação da marca

na revista e no site EMBALAGEMMARCA, bem como durante a

premiação. Principalmente, surgiram novos clientes. É por

isso que, mais uma vez, estamos apoiando este prêmio,

que com certeza crescerá mais a cada edição.”

Ana Paula Martins,

Depto. de Marketing da

Brasilcote

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www.embalagemmarca.com.br

Patrocínio Especial Apoio Operacional

Patrocínio Master

“Além das expectativas”“O convite feito em 2007 para que o EMBALLAGE fosse

patrocinador do PRÊMIO EMBALAGEMMARCA - GRANDES CASES

DE EMBALAGEM muito nos honrou, e foi com alegria que

aceitamos o convite, pois estávamos convencidos de que

a premiação seria de grande responsabilidade e serieda-

de. Nossa aposta foi além das expectativas, pois a pre-

miação não só refletiu a competência que esperávamos,

mas gerou para a feira EMBALLAGE uma visibilidade

extraordinária, dando respaldo ao profissionalismo e qua-

lidade de ambos os eventos.

Em nome do salão EMBALLAGE, temos a honra de con-

firmar que, novamente este ano, a mostra francesa patro-

cinará a segunda edição do prêmio, com a certeza de

que este acordo trará enormes benefícios para todos os

envolvidos. Reiteramos nossa profunda admiração pela

revista EMBALAGEMMARCA e em especial pelos profissionais

que a integram.”

Marie-Ange Joarlette,

Diretora do Promosalons

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HIGIENE PESSOAL E BELEZA

or 32 anos a L’Occitane en Provence seguiu fielmen-te uma tradição: fabricar seus cosméticos premium, mundialmente consagra-

dos, somente na França, sua terra natal. Esse preceito caiu por terra. Instigada pela biodiversidade do Brasil, país que já conta com 25 lojas e quatro dos dez spas da marca espalhados pelo mundo, a grife provençal investiu 2 milhões de dólares na criação de uma linha de proteção solar totalmente fabricada – e acondicionada – por empresas nacionais.

As embalagens dos produtos foram desenvolvidas em sincronia com a cria-ção das fórmulas, enriquecidas por ele-mentos tipicamente brasileiros como buriti, cupuaçu e castanha-do-pará (até

PP

Com savoir-faire daqui

biólogos foram contratados para estudar essas matérias-primas na Amazônia). Foi o próprio fundador da L’Occitane, o francês Olivier Baussan, uma lenda no mundo dos cosméticos, quem definiu conceitualmente as embalagens da linha, inspirando-se em imagens que guardou de viagens ao Brasil.

Baussan pensou num frasco com for-mato de vasilha e chegou a fazer um mock up de cerâmica para explicitar sua idéia. Ainda na França, o engenheiro de embalagens da empresa, Christophe Silhavy, traduziu as idéias do chefe com sua equipe de design. “O resultado foi um recipiente com formas lisas, leve-mente arredondadas, que evocam as pedras encontradas na praia”, comenta Virginia Nicolaidis, gerente de marketing

da área de desenvolvimento de produtos da divisão brasileira da L’Occitane. “Os cartuchos e rótulos têm cores fortes e vibrantes, e seus grafismos lembram a publicidade típica dos anos 20 e 30.”

A L’Occitane começou a mapear fabricantes nacionais de embalagens para a Linha Solar Brasil, como a nova famí-lia de produtos acabou sendo nomeada, há dois anos. As escolhas recaíram sobre fornecedores com intimidade com a área de cosméticos: a Globalpack na área de frascos, a CCL Label na de rótulos auto-adesivos, a Seaquist Closures em tampas e a Congraf em embalagens secundárias (cartuchos de papel cartão).

“Recebemos os desenhos dos fras-cos e desenvolvemos os moldes aqui, em sinergia com o fabricante das tam-

Por Denise Bobadilha

Frascos, tampas, rótulos e cartuchos: idéias francesas, execuções brasileiras

Brasil incuba as primeiras fórmulas – e as primeirasembalagens – da L’Occitane produzidas fora da França

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12 EmbalagemMarca marcço 2008 www.embalagemmarca.com.br

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14 EmbalagemMarca marcço 2008 www.embalagemmarca.com.br

pas, e enviamos tudo para o cliente na França”, detalha Sergio Veiga, executivo de vendas nacionais e exportação da Globalpack. Aprovados os moldes, os franceses vieram pessoalmente conferir o trabalho de produção dos recipientes.

O mix de frascos é composto por um modelo de polietileno de alta densidade (PEAD), com capacidade de 150 milili-tros, para o Bálsamo Pós-sol com cupu-açu, a Loção Corporal de Bronzeamento Progressivo com castanha-do-pará e o Fluido Solar de baixa proteção com buri-ti; um modelo de PET cristal, de 100 mililitros, para o Óleo de Verão com buriti; e, por fim, um modelo de PEAD, de 50 mililitros, para o Autobronzeador facial com castanha-do-pará. Todos os frascos contam com gravação em relevo da marca L’Occitane do Brasil.

A mesma assinatura aparece no topo da tampa flip-top, de desenho exclusivo, que veda os frascos. “Para esse proje-to, mobilizamos nosso departamento de desenvolvimento de produtos e o centro de design sediado na Argentina”, conta

Rodrigo Teixeira, gerente de contas da Seaquist Closures no Brasil. Moldadas em polipropileno (PP), as tampas incor-poram masterbatch que lhes dá a colo-ração cobre, e acabamento com verniz especial, responsável por seu toque ace-tinado e brilhante.

Apenas um dos produtos da linha, um Fluido Solar de alta proteção para o rosto, teve sua embalagem, de 25 mili-litros, totalmente feita no exterior, por empresas francesas (frasco e tampa) e uma espanhola (válvula de metal).

Decoração retrôPara a confecção dos rótulos auto-adesi-vos de papel que decoram os frascos, a CCL Label realizou uma série de testes para garantir que os produtos, como creme e protetor solar, não reagissem com a impressão. Outro cuidado foi desenvolver uma gravação especial em braile para um dos rótulos. “A idéia veio da França, mas tivemos de adequá-la à tecnologia que usamos aqui”, diz Sullivan Ostrovsky, designer de emba-lagens do departamento de marketing da CCL Label. Os rótulos são aplicados durante o envasamento na Bio Products, a empresa responsável pela produção das fórmulas da Linha Solar Brasil.

O mesmo projeto gráfico dos rótu-los, inspirado na publicidade do início do século 20, aparece nos cartuchos de

papel cartão que acomodam os frascos. Como arremate para a apresentação da nova linha, a L’Occitane francesa pensou em cartuchos que transmitissem apelos naturais e exóticos. “Nós escolhemos um cartão triplex, pelo verso áspero e o aspecto rústico, envelhecido”, deta-lha André Victor, diretor comercial da Congraf, a encarregada da confecção das embalagens celulósicas. De forma heterodoxa, o verso pardo acabou por se tornar a face externa dos cartuchos. A parte lisa recebeu a impressão das bulas dos produtos, com um grande mapa do Brasil. Diversos testes definiram a gra-vação de detalhes metalizados em hot stamping e as cores Pantone desejadas pela cliente.

Muito embora os dizeres em portu-guês predominem nos cartuchos e rótulos dos produtos, para marcar a brasilidade da novidade, as embalagens também trazem informações em francês e em inglês, além de gravações em braile. As apresentações multilíngües facilitarão as exportações dos produtos para os 88 países onde a L’Occitane possui pontos-de-venda.

CCL Label(19) 3876-9300www.ccllabel.com.br

Congraf(11) 3103-0300www.congraf.com.br

Globalpack (11) 5643-5333www.globalpack.com.br

Seaquist Closures(11) 4143-8900www.seaquistclosures.com

Lado interno do cartucho traz bula calçada

por reprodução de mapa do território

brasileiro

Óleo de Verão é o único produto em frasco de PET. Aplicador do fluido solar (à dir.)

é a única embalagem feita fora do Brasil

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16 EmbalagemMarca março 2008 www.embalagemmarca.com.br

REPORTAGEM DE CAPA

São mesmo do varejo?Grandes supermercadistas reforçam as apostas em marcas própriasmenos vinculadas aos seus nomes e apresentadas com mais requintePor Marcella Freitas

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17EmbalagemMarcamarço 2008www.embalagemmarca.com.br

o fim do ano passado, um estudo de abrangência nacional do instituto de pesquisas LatinPanel acusou que os produtos com marcas próprias do varejo já comparecem, em algum

grau, em 67% dos lares brasileiros – um total de 29,4 milhões de domicílios, número 9% maior que o de uma mesma leitura feita em 2005. Ano após ano, desde a década passada, o filão dos bens de consumo com o dedo dos distribuidores vem crescendo, em volume de vendas, a taxas de 12% a 16% ao ano no país.

Diante desse contexto há quem acredite que, para o bem ou para o mal, o Brasil caminha para uma situação como a da Inglaterra, onde as chamadas private labels (ou house brands) dos supermercadistas chegam a ocupar mais da metade dos espaços das lojas. Embora ainda estejam longe de ter tanta representatividade para o modelo de negócio do varejo local, as marcas próprias daqui se aproximam cada vez mais do patamar inglês, e daquele dos demais países avança-dos, em cuidado com branding.

Nas gôndolas esse movimento vem se traduzindo na multiplicação de submarcas sofisticadas, atentas à maior sele-tividade do consumidor e aos seus crescentes anseios, como alimentação mais saudável. Não obstante mantenham preços menores que os das marcas líderes, sustentados pela economia com marketing, essas novas chancelas do varejo não se atêm visceralmente ao apelo do primeiro preço como as de outrora – aquelas que, normalmente acondicionadas em embalagens simplórias, com visual genérico, ganharam a alcunha de “marcas brancas”.

Seguindo uma tendência internacional, lá fora encampada por nomes do varejo aqui também atu-antes ou influentes, ganham cada vez mais respal-do os rótulos que discretamente fazem alusão ao controle por varejistas, ou que, numa ruptura mais incisiva, nem sequer a fazem. As integrantes deste último grupo vêm sendo chamadas, em alguns círculos, de “marcas transversais”. A designação é controversa. “São as conhecidas marcas associa-tivas, porém mais bem trabalhadas e sintonizadas

Ncom novos valores de consumo, como qualidade de vida”, entende o especialista em gestão de mar-cas Jacques Meir, da agência Mr. Brand.

À parte discussões sobre a pertinência da definição, o fato é que, para aflição da indústria, essas emergentes marcas apadrinhadas pelo vare-jo podem passar por marcas comuns, como se fossem 100% geridas pelo setor produtivo. Isso porque elas cada vez mais se alicerçam em identi-dades visuais e embalagens refinadas como as dos produtos líderes. A desvinculação com logotipos dos estabelecimentos é conveniente. “A vantagem é que essas marcas podem ser comecializadas em

qualquer bandeira que o varejista detiver”, comenta Neide Montesano, presidente da Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (Abmapro).

No Pão de Açúcar (CBD), a estra-tégia de marca própria mais inde-pendente, requintada e mais bem apresentada é encabeçada pela Taeq, guarda-chuva de produtos apelativos ao bem-estar lançado no fim de 2006 e encontrado nas lojas de todas as bandeiras do grupo (Pão de Açúcar, Extra, Sendas e CompreBem). Com equities visuais criados pela Future

Brand, consultoria que também atende indústrias como a Nestlé, a Taeq já advoga em causa de mais de 700 produtos, a maioria deles alimentos, com embalagens que em nada ficam a dever para as das marcas notórias.

Um exemplo é o do achocolatado em pó da marca, acondicionado em pote plástico acinturado, com formato de pilão, moldado pela Sinimplast – a mesma fornecedora de potes para uma referência nesse seg-mento, o Toddy, da Pepsico. O recipiente do achocolata-do Taeq é envolvido por um rótulo plástico termoencolhível de corpo inteiro (da Propack), decoração cada vez mais utilizada nas embalagens rígidas. Entre outros

São mesmo do varejo?

Produtos com marcas próprias do varejo já são consumidos, em

algum grau, em

67%dos lares brasileiros,

o equivalente a

29,4milhões

de domicílios

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Taeq: pote com formato de pilão e rótulo termoencolhível

Page 18: Revista EmbalagemMarca 103 - Março 2008

18 EmbalagemMarca março 2008 www.embalagemmarca.com.br

casos de apresentações caprichadas de produtos, a Taeq se destaca também pelo uso de embalagens flexíveis confeccionadas com filme fosco (matte) de polipropileno biorientado (BOPP), material premium (veja reportagem na pág. 24).

Na área de bebidas, uma novidade do Pão de Açúcar é a estréia de vinhos brasileiros com a marca Club des Sommeliers, criada pelo sócio francês Casino e desde 2001 disponível nas lojas da rede, mas somente dispondo de safras estran-geiras – francesas, chilenas e argentinas, por exemplo. Os vinhos, produzidos pela tradicional vinícola gaúcha Miolo, são envasados em garrafas de vidro da Owens-Illinois do Brasil ornadas com uma tendência em decoração de embalagens de vinhos: rótulos auto-adesivos.

As etiquetas frontais, de papel, são impressas em letterpress pela Gráfica Reúna, assim como os contra-rótulos, com informações em braile. “Sabemos que a decisão de compra no ponto-de-venda é cada vez maior, e que a embalagem tem um papel fundamental nesse processo”, comenta Alexandra Jakob, diretora de marcas exclusivas do Pão de Açúcar, à luz do cuidado da rede com a apresentação dos produtos. “Por isso, procuramos aprimorar tanto o design quanto a qualidade técni-ca de uso e manuseio das embalagens.”

As vendas de produtos com marcas próprias cresceram 25,7% em volume e 22,3% em valor

entre julho de 2006 e junho de 2007...

...enquanto as vendas de produtos de

marcas tradicionais cresceram 5,5%

em volume e 8,4% em valor no mesmo período

FON

TE: N

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Alimentos e bebidas, contudo, não são as úni-cas categorias que abrigam os passos mais ousados dos varejistas em marcas próprias. O atual número 1 do setor brasileiro de distribuição, o Carrefour, acaba de nacionalizar uma marca criada por sua matriz francesa para a área de cuidados pessoais, a Les Cosmétiques. A assinatura do supermerca-dista só é mencionada nos versos dos frascos e potes dos xampus e cremes da linha, supridos por transformadores como Zandei, Itupeva e Oxyplas. Os rótulos auto-adesivos aplicados nos recipientes ostentam o chamado no-label look (produzidos com filmes plásticos transparentes, dão efeito de decoração direta nas embalagens) e, em pé de igualdade com a decoração das embalagens de poderosas grifes da indústria de cosméticos, têm acabamento com detalhes em hot stamping.

Comunicação diretaA transposição para as lojas nacionais de marcas próprias mais maduras, trabalhadas no país de origem, é seguida pelo grupo americano Wal-Mart, que nacionalizou sua chancela de produtos de higiene pessoal Equate. A linha de sabonetes líquidos da marca é acondicionada em frascos plásticos com silhueta ligeiramente alargada na base, formato que remete às embalagens de per-fumes. Por sua vez, os bastonetes flexíveis Equate são comercializados em um cartucho de papel cartão com o selo do FSC (Conselho de Manejo Florestal, na sigla em inglês, entidade que ates-ta práticas sustentáveis referentes aos padrões sociais, econômicos e de exploração florestal), certificação cuja base de adesão entre a indústria nacional vem crescendo. O Wal-Mart não divulga os nomes dos fornecedores de suas embalagens.

Rita Oliveira, gerente de produtos e emba-lagens sustentáveis do Wal-Mart, explica que as

Club des Sommeliers, do Pão de

Açúcar, agora tem

vinhos nacionais

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Les Cosmétiques: aposta do Carrefour na seção de cuidados pessoais

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19EmbalagemMarcamarço 2008www.embalagemmarca.com.br

marcas próprias “autônomas”, que não destacam o logotipo da empresa, fazem parte do posicio-namento global da companhia. Por não escan-cararem o aval do varejista, nem contarem com divulgação maciça, os produtos dependem muito da atração que exercem sobre o público nas lojas. “A embalagem é a melhor ferramenta de comuni-cação que temos diretamente com o consumidor”, sintetiza a executiva do Wal-Mart.

Como não poderia deixar de ser, essa trilha de sofisticação e de maior dependência por apresen-tações vendedoras dos produtos com marcas pró-prias do varejo vem impondo reflexos na indústria de embalagens. “O novo posicionamento das marcas próprias vem nos possibilitando oferecer aos produtos desse tipo embalagens com design diferenciado e moldes exclusivos”, diz Leandro Bettanin, gerente comercial da Zandei, fornece-dora de embalagens para produtos de redes como Pão de Açúcar e Carrefour. Por sua vez, Ricardo Pesente, gerente comercial da Oxyplas, que tem na sua carteira clientes como Carrefour e Wal-Mart, desenha um novo cenário para a sua área de atuação. “Com mais compradores de embalagens, sejam standard ou personalizadas, o mercado será

Com a linha Carrefour Viver de produtos com

apelo saudável, o Carrefour vem conquistan-

do faturamento e reconhecimento. Custando

em média 20% menos que as marcas líderes

em alimentos com o mesmo posicionamen-

to, os produtos Viver já representam até

10% das vendas de itens de marca própria

do Carrefour em algumas lojas e recente-

mente amealharam o Prêmio Destaque no

Marketing, na categoria Produtos, realizado

pela Associação Brasileira de Marketing

& Negócios (ABMN). Mais que isso, eles

vêm conseguindo quebrar a resistência do

consumidor mais abonado aos itens de

marca própria do varejo. Segundo Vanessa

Souza de Oliveira, gestora de produtos do

Carrefour, as lojas da bandeira com vendas

mais elevadas da linha são as localizadas

na rua Pamplona e no Shopping Villa-Lobos,

redutos da classe média alta paulistana. “A

linha Viver é um exemplo de que a marca

Carrefour também está atingindo um público

AB”, comemora a profissional.

Para Vanessa, a embalagem, por ela defini-

da como a “primeira impressão” da marca,

cumpre um papel fundamental para a boa

performance. Entre as embalagens de

Carrefour Viver que sobressaem nas gôndo-

las estão as flexíveis dos biscoitos integrais,

produzidas com filmes foscos de polipropile-

no biorientado (BOPP), e as cartonadas dos

macarrões e massas, dotadas de janelas de

filme transparente e com aplicação de alto-

relevo. Outro destaque é a lata com perfil

delgado decorada com rótulos de papel e

que abriga trinta sachês de chá orgânico

(foto ao lado). As embalagens são projetadas

pela agência Pande Design Solutions, mas

o Carrefour prefere não identificar seus for-

necedores.

Vive la differénceSucesso da linha Viver fará Carrefour engrossar os investimentos em marcas próprias mais sofi sticadas

Frascos dos sabonetes líquidos Equate, do Wal-Mart: inspirados

nos vidros de perfumes

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20 EmbalagemMarca março 2008 www.embalagemmarca.com.br

mais competitivo e dinâmico”, vaticina Pesente.No entanto, se até agora os desempenhos fan-

tásticos têm ajudado os produtos do varejo a des-mistificar o antigo provérbio de que propaganda é a alma do negócio, e muito embora as embalagens em grande parte venham absorvendo essa função divulgadora, chamando a atenção do consumidor no ponto-de-venda, há sinais de que poderão ocor-rer transformações ainda mais profundas com as marcas próprias.

Em março, entraria no ar uma forte campanha publicitária da marca Viver, do Carrefour (veja quadro), com direito a anúncios em revistas, mer-chandising televisivo e material de apoio no ponto-

de-venda criados pela agência Almap/BBDO. “Queremos dobrar a participação no mercado de marcas próprias em dois anos, e para isso investi-remos em marketing”, antecipa Vanessa Souza de Oliveira, gestora de produtos do Carrefour. Se já contam com projetos visuais esmerados e emba-lagens refinadas, com suporte de propaganda as marcas próprias prometem alçar vôos ainda mais altos. Poderão, até, se transformar em nomes livres de amarras com o varejo, como fez a GoodLight: antes marca exclusiva de produtos light do Pão de Açúcar, desde 2006 ela é comercializada numa malha expandida de supermercados e empórios. As marcas líderes têm motivo para se ouriçar.

3D Modeling(11) 5031-4500www.3dmodeling.com.br

Arco Convert(11) 6161-8099www.arco.ind.br

Future Brand(11) 3821-1166www.futurebrand.com.br

Gráfica Reúna(54) 3441-9200www.reuna.com.br

Itupeva(11) 4491-1994www.itupevaembalagens.com.br

M Design(11) 3839-0969www.mdesign.com.br

Mr. Brand(11) 3120-6446www.mrbrands.com.br

Owens-Illinois do Brasil(11) 6542-8000www.oidobrasil.com.br

Oxyplas(11) 4786-2322www.oxyplas.com.br

Pande Design Solutions(11) 3849-9099www.pande.com.br

Propack(11) 4785-3700www.propack.com.br

Riopack(19) [email protected]

Sinimplast(11) 3688-4488www.sinimplast.com.br

Zandei(54) 3443-9000www.zandei.com.br

Das telas para as gôndolasOs Simpsons estrelam nova linha de refrigerantes do Pão de AçúcarEm novo episódio do movimento

de gestão mais cuidadosa das

marcas próprias pelo varejo, o Pão

de Açúcar aposta agora em um

casamento entre licenciamento,

tática incomum no segmento, e

embalagem exclusiva. A mais nova

linha de refrigerantes do super-

mercadista é vinculada aos perso-

nagens do desenho animado Os

Simpsons (a única marca presente

nos produtos) e acondicionada em

garrafas de PET com desenho sin-

gular. “O design estrutural exclu-

sivo de uma embalagem é peça

fundamental para a construção

da personalidade de um produto”,

comenta Rafael Sales, coordena-

dor de pesquisa e desenvolvimen-

to de embalagens do grupo Pão

de Açúcar.

Para garantir o impacto no ponto-

de-venda, o Pão de Açúcar con-

tratou a 3D Modeling, empresa

especializada em desenvolver solu-

ções e projetos para embalagens.

Confeccionadas pela Riopack, as

garrafas têm um estreitamento na

parte central, artifício que facilita

o manuseio. Reginaldo Miranda,

gerente técnico da 3D Modeling,

comenta que uma das vantagens

do projeto foi a criação de um for-

mato distinto utilizando a mesma

preforma PET convencional, que

é encontrada com facilidade no

mercado. Os rótulos-manga que

decoram as garrafas, desenhados

pela M Design, são confecciona-

dos com filmes de polipropileno

biorientado (BOPP) e impressos

em rotogravura pela Arco Convert.

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21EmbalagemMarcamarço 2008www.embalagemmarca.com.br

SONDAGEM

AS INFORMAÇÕES APRESENTADAS NESTA SEÇÃO SÃO PROVENIENTES DE LEVANTAMENTOS E ANÁLISES DA MINTELE SÃO PROTEGIDAS POR DIREITOS AUTORAIS. EMBALAGEMMARCA NÃO SE RESPONSABILIZA PELO CONTEÚDO.EMBALAGEMMARCA NÃO SE RESPONSABILIZA PELO CONTEÚDO.EMBALAGEMMARCA

O Global New Products Database (GNPD) da Mintel acompanha lançamentos de produtos, tendências e inovações. O Global New Products Database (GNPD) da Mintel acompanha lançamentos de produtos, tendências e inovações. Para mais informações, visite www.gnpd.com ou ligue para a Mintel Internacional (+ 1 312 932-0600)

Sondagem GNPD*: Marcas PrópriasTodos os meses, EMBALAGEMMARCA seleciona alguns cases internacionais de um dos mercadosanalisados por nossa reportagem, para que os leitores possam compará-los com o que se produz no Brasil

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Strained PeasPaís: Canadá – Rede de Varejo: Loblaws

Extensão da linha de alimentos para bebês

President’s Choice Organics, a versão de purê

de ervilhas vem acon-

dicionada em potes de

vidro com capacidade

para 128 mililitros que

podem ir ao microondas.

O fechamento tamper

evident e o rótulo de

papel impresso em off-

set completam a emba-

lagem.

Chocolate Chip Ice CreamPaís: Estados Unidos – Rede de Varejo: Safeway

Com foco no mercado

premium, o sorvete

de chocolate da linha

Safeway Select é ven-

dido em copos de car-

tão plastificado com

capacidade de 1,66

litro. Impresso em off-

set, o copo tem uma

tampa que evidencia

violações.

Blueberry JamPaís: Espanha – Rede de Varejo: Carrefour

Marca do Carrefour, a Selección de Nuestra

Tierra referenda produtos típicos de diversas

regiões da Espanha. A geléia de blueberry,

originária da Baía de Biscaia, é

apresentada em pote de vidro de

275 gramas, decorado com rótu-

lo auto-adesivo de papel impres-

so em offset. Completa o siste-

ma de embalagens uma tampa

de aço com botão de segurança

e sobre-rótulo antiviolação.

Frozen Desserts AssortmentPaís: França – Rede de Varejo: Monoprix

Um pacote com quarto variedades de

sobremesas congeladas foi a estratégia

encontrada pela rede Monoprix para indu-

zir o consumidor à experimentação. No

total, são doze porções (num total de 380

gramas) embaladas em copos de poli-

propileno (PP) encaixados numa bandeja

termoformada, na qual vão também quatro

colheres plásticas. O conjunto, shrinkado

com filme plástico, é acondicionado em

uma embalagem de papel cartão impressa

em offset e dotada de abas internas de

proteção.

Esta sopa de hadoque

defumado, alho-poró e

batatas, típica do Reino

Unido, é acondicionada

em stand-up pouch de

400 gramas, impresso

em rotogravura, que

pode ser aquecido no

microondas. A embala-

gem é dotada de picote

para facilitar a abertura.

Ethiopia Yirgacheffe Whole Bean CoffeePaís: Estados Unidos – Rede de Varejo: Target

O café premium da marca Archer

Farms vem acondicionado em lata

de três peças de alumínio com

relevo e litogravada em 1 cor. Um

auto-adesivo que remete à quali-

dade do produto serve como selo

de segurança. O produto vem em

porções de 283 gramas.

99% Fat Free Dressing RangePaís: Austrália – Rede de Varejo: Woolworths

Para atrair o consumidor

preocupado com a saúde,

essa linha de molhos de

saladas reforça a quase

ausência de gorduras em

sua composição logo em

seu nome. A embalagem

é composta por um pote

de PET de 300 mililitros,

decorado com rótulo auto-

adesivo impresso em fle-

xografia. A tampa plástica,

de rosca, é coberta por

um lacre termoencolhível

antiviolação.

Smoked Haddock, Leek and Potato ChowderPaís: Reino Unido – Rede de Varejo: Tesco

Rice BeerPaís: Suíça – Rede de Varejo: Coop

A cerveja de arroz engar-

rafada em long-necks

de 330 mililitros com

tampas de aço twist-

of utiliza grafismos

sofisticados em seus

rótulos para reforçar

seu posicionamento

premium. Os carriers

de papel cartão,

que acondicionam

quatro garrafas, são

impressos em offset

e têm design arrojado

coerente com a comu-

nicação escolhida.

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FLEXÍVEIS

arecia certo. Há mais ou menos três anos, uma súbita expansão de alimentos lançados em envoltórios com aparência fosca prometia con-frontar e amolecer a marcante pro-

pensão brasileira ao uso de embalagens plásticas flexíveis brilhantes, mudando a fisionomia das gôndolas dos supermercados. Mas o movimento, capitaneado pela difusão no mercado doméstico dos filmes de polipropileno biorientado (BOPP) com o chamado acabamento mate, que não reflete a luz e remete ao visual dos papéis, perdeu força. Apesar da estréia com pompa em segmentos como os de salgadinhos, doces e cafés – fenô-meno retratado numa reportagem da edição de abril de 2005 (nº 68) de EMBALAGEMMARCA –, os filmes foscos continuaram respirando apenas em aplicações pontuais.

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As chances para brilhar co ntinuamPor Guilherme Kamio

24 EmbalagemMarca março 2008

Page 25: Revista EmbalagemMarca 103 - Março 2008

As chances para brilhar co ntinuam Mais acessíveis, filmes foscos de BOPP continuam pleiteando

aplicações no mercado brasileiro de embalagens flexíveis

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Não há números precisos, mas a atual pro-dução interna de filmes matte finish, em cálcu-los aproximados das duas fabricantes locais do material, a Vitopel e a Polo Films, beira os 4% da tiragem anual de películas de BOPP, hoje na casa das 150 000 toneladas anuais. Comparado às pro-duções das versões coextrudadas e metalizadas, cada vez mais arraigadas no mercado nacional de embalagens, o volume é irrisório. “O consumo de filme mate não supera, por exemplo, mais que 3% do total de BOPP absorvido pela conversão de embalagens de salgadinhos”, arrisca Sergio Bianchini, gerente de desenvolvimento de mer-cado da Polo Films, fazendo proposital alusão a uma aplicação considerada anos atrás como possível ponta-de-lança para a popularização do material.

Esse poderia ser mais um entre tantos casos de auspícios que malogram, não fosse por um detalhe: nos últimos meses, uma nova leva de lançamentos de produtos com apresentação fosca redirecionou os holofotes para o filme mate. Tudo indica que mais usuários de embalagens vêm acordando para o fato de que, se o material veio, viu, porém ainda não venceu no mercado nacio-nal, a grande oportunidade representada por ele – a de fazer produtos sobressaírem nas prateleiras saturadas pelo brilho – continua latente. “O filme fosco diferencia o produto no ponto-de-venda, principalmente se o design for bem trabalhado”,

assinala Liza Rivatto, da divisão de marketing da paranaense Jasmine, produtora de alimentos naturais, integrais e orgânicos. Com o objetivo de diferenciar suas linhas diet e orgânica das con-vencionais, a empresa decidiu recorrer a embala-gens de filme fosco produzidas pela Arco Convert – convertedora que recentemente confeccionou envelopes de BOPP mate para a distribuição de EMBALAGEMMARCA.

Personal care na miraA Jasmine representa aquele que, não de hoje, é considerado um mercado de amplo potencial para os filmes foscos, dada a sua aparência rústica: o de alimentos mais saudáveis. Os alimentos da empresa são apenas alguns entre vários de outras marcas propagandeadas sob a promessa de mais

qualidade de vida que, de alguns meses para cá, adotaram embalagens sem luminosidade

– e que, caso fossem detalhadas uma a uma, tomariam diversas páginas.

Mas um emergente filão consumidor, no qual fabricantes de filmes e convertedores depo-sitam grande esperança de difusão do filme de BOPP mate, é o das embalagens para itens de higiene pessoal e limpeza. “São produtos para os quais o custo do filme mate, maior pelo seu processo de fabricação diferenciado, mais one-roso, não é tão crítico quanto para os alimentos”, argumenta Dirceu Varejão, diretor comercial da Vitopel, líder sul-americana na produção de fil-

Da produção anual de cerca de

150 000toneladas

de filmes de BOPP no Brasil, somente

em torno de

6 000toneladas

são de filmes foscos

Fronha de filme mate recentemente utilizada para a distribuição de EMBALAGEMMARCA

Jasmine aderiu às embalagens foscas para

diferenciar seus produtos

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mes de BOPP. “Além disso, a sedosidade e o toque acetinado típicos do filme fosco fazem com que as embalagens espelhem efeitos e proprieda-des dos próprios produtos.”

Desse movimento, vale destacar a crescente adesão do mercado de sabonetes às flow packs com aparência fosca. Sabonetes em barra de mar-cas como Nivea e Granado já ostentam embala-gens desse tipo, produzidas pela Empax. Semanas atrás, a Bertin introduziu no mercado uma exten-são de linha dos sabonetes Francis, a Biogurt, composta por barras formuladas com iogurte, também em flow packs produzi-das com filme de BOPP fosco (procurada, a assessoria da empresa não informou a for-necedora dessas embalagens até o fechamento desta edição).

A possibilidade de afirmação do filme fosco, entretanto, também passa por novas formas de sua utilização na produção de embalagens. “Percebemos uma forte tendência de uso do BOPP mate juntamente com filme metalizado, com a arte trabalhada para proporcionar o aspecto de metalização fosca”, conta Joyce Zapparoli,

coordenadora de desenvolvimento da converte-dora Inapel, há cerca de dois anos produzindo embalagens estruturadas com BOPP mate. Entre as embalagens de lavra própria da Inapel que exemplificam o viés apontado por Joyce estão as flow packs dos preservativos Olla e dos snacks Club Social, da Nabisco.

Pés no chãoNo balcão de outra convertedora de grande mus-culatura, a Converplast, o uso do filme fosco combinado com outros mate-riais e acabamentos rendeu no lan-çamento das novas flow packs dos picolés Fruttare, da Kibon (Unilever). “Trata-se de uma inovação que combi-na o aspecto mate com brilho”, descreve Fabio Mardiression, da área de marketing da Converplast. “O efeito brilhante destaca aspectos relevantes da arte da embalagem, e o contraste com as regiões foscas enobrece o visual do produto.”

Apesar do novo momento favorável, os inte-grantes da cadeia de valor de embalagens plásti-cas flexíveis, com pés no chão e vacinados com o que ocorreu anos atrás, evitam lançar previsões mágicas para o filme fosco. “Diferentemente de outros consumidores latino-americanos, que reconhecem os atributos da aparência translúcida e da difusão da luz superficial que os filmes fos-

Inapel aposta em combinações dos efeitos mate e metalizado: aspecto de aço escovado

Toque acetinado dos filmes de BOPP começa a fazer sucesso entre sabonetes

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29EmbalagemMarcamarço 2008www.embalagemmarca.com.br

Arco Convert(11) 6161-8099www.arco.ind.br

Converplast(11) 6462-1177www.converplast.com.br

Empax(11) 5693-5400www.empax.com.br

Inapel(11) 6462-8800www.inapel.com.br

Polo Films(11) 3707-8270www.polofilms.com.br

Vitopel(11) 3089-5333www.vitopel.com.br

Zaraplast(11) 3952-3000 www.zaraplast.com.br

cos proporcionam, os brasileiros ainda se apegam demais às cores vibrantes que se destacam nas gôndolas”, aponta Bianchini, da Polo Films, para rematar que “o filme de BOPP mate ainda não encantou suficientemente o consumidor brasi-leiro”. Dirceu Varejão confirma a interpretação, destacando a “aceitação muito maior” dos filmes foscos da Vitopel na Argentina, onde a empresa mantém uma de suas três unidades industriais. “O público argentino é mais maduro e o mercado de embalagens do país vizinho também é mais apu-rado”, entende o diretor comercial da Vitopel.

Marcos Hatum, gerente de desenvolvimento da Zaraplast, outra convertedora empenhada em disseminar os atributos das embalagens foscas no Brasil, detalha um episódio que dá a dimensão de como o brilho atua como eminência parda na clientela. “Certa vez, um profissional de marke-ting de uma indústria de alimentos me disse, com certo constrangimento, que não possuía produtos adequados ao conceito mate que eu tentava ven-der”, lembra Hatum. “A justificativa foi a de que seus artigos ‘eram para o país do carnaval, da pur-purina, da luminosidade’, e o público não se entu-siasmaria com o visual fosco.” Conforme nota o

profissional da Zaraplast, o receio dos clientes é maior quando os produtos em questão são volta-dos aos consumidores das faixas mais populares, percebidos como simpatizantes mais fervorosos das apresentações brilhantes de produtos.

Mesmo enfrentando peculiaridades como essa, a sensação das fontes entrevistadas por EMBALAGEMMARCA é de que, mesmo que muito provavelmente nunca cheguem aos patamares de utilização dos outros países, as embalagens foscas pelo menos podem ocupar espaço bem mais sig-

nificativo no mercado nacional. “Os filmes foscos foram lançados num momento

de déficit do poder aquisitivo no Brasil”, expõe Varejão, da Vitopel.

“O cenário, agora, está muito mais for-talecido, o consumidor está mais exigente,

e assim confiamos na maior demanda por acabamentos mais sofisticados.” Um mercado

de grandes volumes, umbilicalmente identificado com o Brasil e iminente objeto de ações de apro-ximação pelo mercado de BOPP é o de cafés. “Não há dúvida de que os cafés, principalmente aqueles com vocação para exportação, podem agregar valor com o filme de BOPP”, afirma José Ricardo Roriz Coelho, recém-nomeado presiden-te da Vitopel (confira entrevista com o executivo na seção Panorama desta edição). Resta esperar para conferir se as embalagens foscas, enfim, brilharão.

Intercâmbio de partes foscas e

brilhantes, desenvolvida pela Converplast,

irrompe como inovação para picolés da Kibon

Cafés com valor agregado: mercado potencial

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32 EmbalagemMarca março 2008 www.embalagemmarca.com.br

Edição: Guilherme KamioPANORAMA MOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS

Realizado neste ano no Rio de Janeiro, de 13 a 15 de fevereiro último, o 14º Latincan, congresso internacional que anualmente congrega a cadeia de embalagens metálicas e premia inovações mundiais da área, laureou cinco produtos brasileiros.Na categoria “Tampas, fundos e fechamentos”, a Brasilata levou o prê-mio pela nova versão do sistema de vedação para latas de alimentos secos Ploc Off, agora baseado num econômico lacre termoencolhível, e não mais em lacre plástico. A lata do achocolatado orgânico Native já dispõe do novo fechamento. Duas embalagens mostradas na edição anterior de EMBALAGEMMARCA também faturaram prêmios, respecti-

vamente nas categorias “Linha geral” e “Duas peças promocional”: a latinha Tira Teima de 300 mililitros das Tintas Coral, produzida pela Brasilata com o sistema de fechamento Biplus (batoque plástico), e a lata de alu-mínio da cerveja Brahma, comercializada no Paraguai com motivos carnavalescos impressos pela Rexam através de uma nova tecnologia fotográfica. As outras fornecedoras brasileiras premiadas foram a Cerviflan, na categoria “Aerossol”, com um tubo desenvolvido para a química Aerojet, e a WS Real Print, na categoria “Três peças especiais/decorativas”, por uma lata promocional da operadora de telefonia Vivo.

METÁLICAS

Prêmios em casaLatincan, realizada no Rio, consagra latas nacionais inovadoras

O Instituto Nacional do Plástico (INP) assi-nou acordo com a Agência de Promoção de Exportação e Investimentos (APEX-Brasil), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, para aumen-tar as exportações do setor. O contrato, assi-nado no dia 11 de março em São Paulo, prevê inves-timento de 9,2 milhões de reais compartilhado entre a APEX e 78 empresas do setor, por dois anos. Trata-se da renovação do Programa Export Plastic, que iniciou em 2006 a parceria para promover no exterior produ-tos brasileiros de plástico transformado. O projeto tem como meta aumentar de 236 milhões de dólares para 360 milhões de dólares a receita e de 66 000 toneladas para 121 000 toneladas as exportações de produtos.O programa prevê ações promocionais na Europa, nos Estados Unidos e na América Latina, além de reforçar a inclusão da Argentina como mercado-alvo, e a realiza-ção de atividades no Chile. As ações incluem a partici-pação em feiras internacionais e a manutenção de esto-ques estratégicos nos centros de distribuição da APEX nos Estados Unidos, na Europa e no Oriente Médio. Estiveram presentes ao evento o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, e os representantes das principais entidades da cadeia produtiva do plástico.

PLÁSTICOS

Acordo renovadoAPEX-Brasil e INP prorrogam parceria para aumentar exportação de plásticos transformados

Merheg Cachum, presidente do INP e Alessandro Teixeira, presidente da APEX-Brasil

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LIVRO

Know-how técnico no papelNas livrarias, um guia sobre engenharia de embalagens

Como a produção de embalagens mais e mais se torna industrialmente complexa, frente às buscas simultâneas por inovação e enxugamento de custos, a engenharia, enquanto equação das implicações técnicas de projetos, ganha cada vez mais importân-cia no desenvolvimento de embalagens. O tema, abordado em reportagem publicada em recente edição de EMBALAGEMMARCA (nº 101,

janeiro de 2008), é a inspiração de Engenharia de Embalagens – Uma abordagem técnica do desenvolvimento de projetos de embalagem (Novatec, 288 páginas). Engenheira mecânica e consultora, Maria Aparecida Carvalho faz do livro um guia, que aborda desde métodos de formação de equipes e de especificações para testes de produtos e embalagens até a mensuração de resultados.

Nova Ploc Off da Brasilata posa ao lado do troféu. À esq., lata da

Rexam também premiada

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33EmbalagemMarcamarço 2008www.embalagemmarca.com.br

Edição: GUILHERME KAMIO [email protected]

www.embalagemmarca.com.br

Com sólida carreira no setor petroquímico, José Ricardo Roriz Coelho pulou o balcão. Deixou o comando da fabricante de poli-propileno Nova Petroquímica para assumir a presidência da Vitopel, importante cliente de sua antiga contratante. O desafio do executivo é levar a nova casa, controlada pelos bancos JP Morgan, Chase e Credit Suisse First Boston e com ativos no Brasil e na Argentina, ao segundo posto mundial na produção de filmes de polipropileno biorientado (BOPP). A Vitopel já é a terceira nessa área, atrás apenas das americanas ExxonMobil e Vifan. Roriz Coelho falou a EMBALAGEMMARCA sobre a nova empreitada.

Qual a situação do mercado de filmes de polipropileno biorientado neste momento em que o senhor assume a Vitopel?O cenário é favorável. O filme de BOPP é cada vez mais utilizado na produção de embalagens e rótulos no mundo todo, e seu consumo na América Latina vem crescendo ano após ano a uma taxa média de 10% nos últimos exercícios. Hoje, essa taxa corresponde a 30 000 toneladas, ou seja, a capacidade total de uma fábrica média. Em vista desse cenário, novos investimentos, continuados, serão inevitáveis.

A empresa já consolidou uma agenda de investimentos?Já é certa uma injeção de 55 milhões de dólares numa nova fábrica, que muito pro-vavelmente será construída no Brasil. [N. da R.: a Vitopel tem duas plantas industriais no Brasil – uma em Mauá (SP) e outra em Votorantim (SP), a antiga planta da Votocel – e uma em Totoral, na Argentina]. A nova fábrica incrementaria significativamente nossa atual capacidade produtiva, que é de 150 000 toneladas anuais. Assim, chegaría-mos ao posto de segundo maior fabricante mundial de filmes de BOPP. Vamos incre-mentar a oferta de filme metalizado, em alta no mercado, e cogitamos investir numa linha de produção para atender o segmento de embalagens para carnes e embutidos. O nosso plano é instalar uma nova fábrica a cada dois anos.

FLEXÍVEIS

Para subir um degrau no pódioVitopel investirá para se tornar a número dois mundial em filmes de BOPP

As fábricas subseqüentes serão no Brasil?Ainda não definimos. A distorção que nos obriga a pagar o custo compulsório de frete de resina para países importadores, quando na realidade somos exportadores e auto-suficientes em petróleo, faz da maté-ria-prima plástica brasileira a mais cara do mundo. Se o quadro não mudar, podere-mos redirecionar investimentos para países que tenham matéria-prima competitiva e que contribuam para nosso crescimento global. Seria triste preterir o Brasil para abrir uma fábrica em outro local...

Qual o potencial do mercado nacional para os filmes de BOPP?Enorme. O consumo per capita anual de BOPP no Brasil é de 580 gramas, contra 1 quilo na Argentina e 1,5 quilo nos Estados Unidos. A economia está aquecida, a renda vem melhorando e há previsão de safras recordes na agricultura, mas o Brasil precisa de produtos com mais valor agre-gado, ou seja, de mais bens de consumo embalados, valorizados. Chega de tanta exportação de commodities para recom-prá-las transformadas. O café é um caso clássico. O Brasil é o maior produtor mun-dial, mas o maior exportador é a Alemanha. Precisamos virar o jogo exportando produ-tos com embalagem.

Roriz Coelho: metade uma nova fábricaa cada dois anos

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AEROSSÓIS

Predicados espargidosSetor de aerossóis lança campanha para reverter cenário espinhoso

Visando estimular o consumo de produ-tos em spray, divulgando suas múltiplas aplicações, sua eficácia e sua seguran-ça, a Associação Brasileira de Aerossóis e Saneantes Domissanitários (ABAS) irá lançar uma campa-nha intitulada “Aperte sem medo”. A ação, com formato a ser definido, pretende estimular o consumo de aerossóis no Brasil, atualmente de 1,8 uni-dade per capita ao ano, contra 10 da Argentina, líder sul-americana.Segundo a ABAS, a cam-panha também tem como objetivo denunciar a ação de prefeituras, entre elas a do Rio de Janeiro, que, além de terem proibido o uso de espuma, serpentina e buzina em aerossol no Carnaval, “têm mandado comerciantes retirar até perfume em aerossol das prateleiras”. “Não se pode punir quem atua dentro da lei e fabrica de acordo com as normas por causa de produto contrabandeado nocivo à saúde ou por uso indevido”, diz Hugo Chaluleu, presidente da ABAS. “Os produtos em aerossol não se degradam, porque não contêm oxigênio, por isso sua validade é prolongada e sua eficácia, garantida.”Elevando o consumo, o setor de aerossóis espera ganhar fôlego para resolver um problema maior: o desmantelamento da indústria nacional. No segmento de deso-dorantes, por exemplo, as importações já são quase cinco vezes maiores que a produção local – respectivamente, 141,3 milhões de unidades contra 26,9 milhões de unidades, de acordo com a ABAS. O volume 20% maior de vendas de aeros-sóis no país em 2007 se deveu, em boa parte, a produtos vindos da Argentina.

Aerossol: consumo

interno pode aumentar

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34 EmbalagemMarca março 2008 www.embalagemmarca.com.br

PERFUMARIA

omo ocorre nos conflitos béli-cos, também na guerra de merca-do entre os principais agentes do universo brasileiro de perfumes e cosméticos que atuam fora do

varejo convencional – isto é, nas vendas porta a porta e no franchising e/ou com lojas próprias – ninguém anuncia com antecedência os gran-des movimentos táticos e tampouco a estratégia que pretende adotar. Da mesma forma que nos campos de batalha, os ataques – no caso, os lançamentos – regularmente vêm de surpresa. Quem acaba de dar mais um exemplo nessa direção é um desses players, O Boticário.

A empresa de São José dos Pinhais (PR), que se apresenta como “a maior franquia de cosmé-ticos e perfumaria do mundo”, colocou no final de ano no mercado a Zaad, primeira eau de par-fum masculina de sua marca. O notável diferen-cial da embalagem, altamente sofisticada, deixa

C

Cabeça de ponte para o luxoCom embalagem top de linha para perfume masculino, O Boticáriobusca patamar mais alto de mercadoPor Wilson Palhares

Cartucho, com abertura frontal, busca visualsofisticado e minimalista

Embalagem altamente sofisticada de Zaad mostra que O Boticário quer conquistar público de alto poder aquisitivo

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evidente o objetivo da empresa de fincar pé na faixa de consu-mo de maior poder aquisitivo. Segundo a perfumaria, a pala-vra Zaad significa “semente dos sonhos”, em holandês.

Não é o primeiro embrião que O Boticário insere na seara do consumo de ponta. A iniciativa representa novo lance da cabeça de ponte lançada no final de 2006, com a introdução da eau de parfum feminina Lilly Essence no mercado, ao preço de venda sugerido de 139 reais. Sem deixar de lado segmentos de produtos de preços inferiores, com este novo movimento a empresa fortalece sua posição no promissor terreno dos pro-dutos de luxo, no qual além das eaux de parfum está pre-sente com a linha de cremes para o rosto Active.

Linha de cremes Active e eau de perfum feminina Lilly Essence marcaram entrada de O Boticário no mercado de luxo

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Não por menos, a gerente nacional de mer-cado e consumo da perfumaria paranaense, Tatiana Ponce, enfatiza: “Com Zaad, nossa marca ampliará sua participação no mercado de luxo, oferecendo aos consumidores mascu-linos um perfume especialmente elaborado para eles”. Um dos fatores que dá a dimensão da idéia de alto valor agregado ao perfume e que O Boticário pretende transmitir é a sugestão de preço de venda ao consumidor final: 125 reais a unidade. Outro é o alto padrão do sistema de embalagem, que, sem ufanismo, se equipara às de mais alto nível internacional em luxo, beleza e complexidade. Segundo diz a empresa em comunicado à imprensa, “a embalagem de Zaad é a materialização da sofisticação e da masculi-nidade que caracterizam sua fragrância”.

“Desafios convergentes” O Boticário não deixou por pouco. Para desen-volver a novidade, realizou uma pesquisa qua-litativa e uma quantitativa. A primeira verificou a aceitação de conceito e design de embalagem.

“Foram totalmente aprovados”, afirma Tatiana Ponce. Na pesquisa quantitativa, 720 homens utilizaram o produto no dia-a-dia e aprovaram a fragrância, escolhida entre algumas opções. Esta foi desenvolvida pelo renomado perfu-mista francês Thierry Bessard, de uma das gigantes mundiais da área, a Givaudan. O desenvolvimento do frasco de vidro, produzido pela Wheaton Brasil, ficou a cargo do designer catalão Juan Carlos Rustarazzo, há anos radi-cado na França. De acordo com Renata Barini, da área de desenvolvimento de embalagem de O Boticário, a produção do frasco de vidro e da tampa transparente incolor (feita de Surlyn, resina termoplástica especial da DuPont), “representaram dois grandes desafios”.

No que se refere ao vidro, Marta Batista de Oliveira, gerente de marketing da Wheaton, conta que “o desafio foi enfrentado por toda a equipe, desde a confecção do modelamento 3D até o processo de amostragem, por se tratar de um frasco de perfil retangular com ombro arrojado, quase na mesma altura da terminação

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e também por seu painel rebaixado com cantos vivos”. Ela conta ter sido necessário fazer diver-sos ajustes entre o corpo e o painel do frasco com a tampa e o acoplamento em plástico meta-lizado. “Um fator marcante é a transparência do vidro, que valoriza o produto e realça o brilho do acoplamento metálico, valorizando os atri-butos de beleza e requinte”, diz Marta. Ainda no aspecto técnico, o fundo grosso exigiu rigoroso controle de qualidade, além do controle preci-so de medidas para que frasco, acoplamento e tampa tivessem encaixe perfeito.

A tampa e o acoplamento foram fornecidos pela Alcan TPI, que, na opinião de Tatiana Ponce, “deu importante contribuição na res-posta ao que se poderia chamar de desafios convergentes”. Tanto no frasco quanto na tampa foram aplicados componentes metalizados, que precisavam harmonizar-se, da mesma forma que as linhas retas externas de um e de outra. A metalização e a galvanização das partes ficaram a cargo da Solev e da Niquelação Rodriguez.

Melodie, a válvula (pump) adotada por O Boticário para a eau de

parfum Zaad, é apresentada pela MeadWestvaco Calmar como

uma das vedetes high tech de seu amplo portfólio de dispensa-

dores. Trata-se de “uma válvula ultra-low profile, isto é, dotada de

mecanismo muito pequeno, que desaparece no gargalo do frasco

e portanto não polui o visual do perfume”, segundo descreve Caio

Melare, diretor geral da empresa para a América do Sul. Ainda

na descrição do executivo, “o acionamento é muito

suave, e a qualidade do spray é excelente, graças à

tecnologia de pré-compressão de seu mecanismo”.

A adoção dessa bomba pulverizadora no frasco de

Zaad, na opinião dos profissionais de O Boticário,

contribuiu fortemente para dar à embalagem do

perfume padrão de qualidade equiparado ao dos

produtos de maior prestígio na Europa, onde é larga-

mente aplicada. Constitui um dos expoentes da alta

tecnologia que a MeadWestvaco vem inoculando em

sua fábrica no Brasil, desde que, em 2006, adquiriu

da francesa Saint-Gobain, em âmbito mundial, a

Calmar. A oferta de alta tecnologia foi reforçada,

em setembro do ano passado, com a compra da

holandesa Keltec, especializada em sistemas airless

e destacada pela quase total ausência de metal em

seus produtos, a não ser molas internas, que não entram em con-

tato com o produto acondicionado.

Atuando também com dispensadores para embalagens de per-

fume, cosméticos, medicamentos, artigos de cuidados pessoais,

limpeza do lar e jardinagem, a Calmar se beneficia ainda da agili-

dade resultante do bom atendimento que Caio Melare diz receber

de seus fornecedores de masterbatches. Isso habilita a empresa

a desenvolver, por exemplo, uma cor de produto

no prazo máximo de três semanas, um importante

diferencial de mercado. A tecnologia de ponta e,

em conseqüência, a adição de valor, funcionam, de

acordo com a argumentação do diretor da Calmar,

como barreira protetora contra produtos de baixo

preço (e baixa tecnologia) importados sobretudo

da China. “Em produtos sofisticados, como Zaad e

outras marcas brasileiras em que nossas válvulas

estão presentes, pesam fortemente a qualidade, o

design, a customização.”

Em consonância com o apelo de nobrezaMelodie, válvula low profile, desaparece no gargalo e não polui o visual do perfume Zaad

Alcan TPI(11) 5541-8990www.alcan.com.br

DuPont0800 171415www.dupont.com.br

Kingraf (41) 3333-5366/3072-6262www.kingraf.com.br

MeadWestvaco Calmar (11) 3638-4850www.kingraf.com.br

Niquelação Rodriguez(11) 3714-0098www.niquelacaorodriguez.com.br

OpusMúltipla(41) 3362-1919www.opusmultipla.com.br

Solev(19) 3935-6993

Suzano Papel e Celulose0800 0555100www.suzanopapelecelulose.com.br

Wheaton Brasil(11) 4355-1800www.wheatonbrasil.com.br

O pescante e a válvula foram fornecidos pela MeadWestvaco Calmar, outra empresa que vem se destacando pela qualidade no fornecimento de acessórios para embalagens de cosméticos, perfumaria e outros produtos (ver quadro).

Para o desenvolvimento do cartucho, a orientação dada pela empresa à agência de design OpusMúltipla, de Curitiba, foi no sen-tido de que o visual fosse “sofisticado e mini-malista”. O projeto foi executado pela Kingraf, também da capital paranaense. “Tivemos de tornar viável a solução da abertura frontal, o que não foi fácil”, observa Carmen Markowicz, do atendimento da gráfica. Ela se refere à forma de encaixe das duas partes que conformam o estojo, abrindo telescopicamente, na horizontal. A peça, confeccionada com papel cartão TP Hi-Bulky 350g/m², da Suzano Papel e Celulose, é impressa em offset em cor especial azul desenvolvida pela Kingraf, com aplicação de hot stamping prata, verniz especial e pigmento iridescente na luva.

Válvula é dotada de mecanismo pequeno que desaparece no gargalo do frasco

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40 EmbalagemMarca março 2008 www.embalagemmarca.com.br

PROMOÇÃO

s colecionadores de itens relacio-nados a cerveja – latinhas, rótu-los, garrafas, bolachas de chope e afins – agora têm mais um motivo para esfregar as mãos. A Kaiser, da

Femsa Cerveja Brasil, lança uma série especial com fotos impressas na parte interna das tampi-nhas. Ao todo, são dez estampas diferentes, sendo nove das modelos que participam das campanhas publicitárias da marca e uma do Baixinho da Kaiser, presentes nas rolhas metálicas das garrafas retornáveis de vidro de 600 mililitros. A promoção foi criada pela agência Fischer América, que tam-bém assina os comerciais da cerveja. “Essa ação tem como objetivo homenagear a diversidade da mulher brasileira, além de trazer novidades para o nosso consumidor”, afirma Riccardo Morici, diretor de marketing da Femsa.

A promoção abrange todo o território nacional e a produção das tampas é dividida por regiões: a Aro, de Guarulhos (SP), fornece para o Sul e o Sudeste; a Mecesa, de Fortaleza, para o Nordeste e o Centro-Oeste; e a Tapon Corona, através da fábrica de Belém do Pará, para a região Norte.

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Nove mulheres e um tampinhaApelando à coleção, rolhas metálicas da Kaiser trazem impressas,no lado interno, fotos de modelos – e uma do indefectível Baixinho

Realizada em duas etapas, a impressão nos diferentes lados das tampinhas de aço resulta numa produção mais demorada – ela leva mais que o dobro do tempo despendido na fabricação das rolhas metálicas com impressão em só uma das faces. “Primeiro é feita a impressão interna, que, além da litografia convencional em quatro cores, exige verniz especial e laca, antes da aplica-ção do vedante, pelo contato direto com a bebida”, explica Luiz Carlos Covelo, diretor comercial da Aro. “Só depois é feita a impressão externa.”

Naturalmente, o custo da tampa impressa em frente e verso é mais elevado que o da tampa stan-dard, já que o valor das peças é calculado sobre o número de cores utilizadas. “No caso da Kaiser, o aumento de custo é de cerca de 20%, mas ele não chega a influir no preço final do produto, pois a rolha metálica é um insumo que tem impacto muito pequeno”, argumenta Covelo. Nos bares e restaurantes o preço da Kaiser foi mantido, pois a Femsa absorveu esse aumento de custo. E a empresa comemora. “A promoção vem sendo muito bem aceita pelos consumidores”, ressalta Morici, da cervejaria. (FP)

Aro(11) 6462-1700www.aro.com.br

Fischer América(11) 3704-1411www.fischeramerica.com.br

Mecesa(85) 4009-2244www.mecesa.com.br

Tapon Corona(11) 3065-8662www.tapon-corona.com.br

Com impressão do lado interno, rolhas metálicas levam mais que o dobro do tempo para serem produzidas

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41EmbalagemMarcamarço 2008www.embalagemmarca.com.br

FOOD SERVICE

mbalagens para o ca-nal do food service, de grandes volumes por destinarem-se ao uso em cozinhas

comerciais, no preparo de refei-ções, são geralmente pautadas pelo despojamento, para não dizer sisu-dez. A indústria paulista de alimen-tos Cepêra, contudo, dá um bom exemplo de que é possível romper com tal paradigma. Há cerca de um ano a empresa decidiu balançar o chamado “mercado institucional” de ketchup e mostarda lançando embalagens de grandes dimensões com formato remissivo ao dos seus frascos de molhos para consumo doméstico, vendidos nos supermer-cados. Os “frascões”, feitos de PET e com capacidade para 3,5 quilos de ketchup e 3,3 quilos de mostar-da, agradaram em cheio ao merca-do. Em 2007, as vendas dos dois itens foram 15% maiores que as das embalagens que aposentaram, bombonas standard, cilíndricas, de polipropileno (PP).

O feito é digno de registro pelo fato de as novas embalagens estamparem preços maiores que os das antigas bombonas. “Além de embutir o custo do desenvolvi-mento exclusivo – nosso logotipo, inclusive, é gravado em relevo em seu pescoço –, o frasco gigante ainda incorpora uma alça na tampa, que facilita utilizar o conteúdo em receitas e vertê-lo em bisnagas de lanchonetes”, conta Decio Augusto

da Costa Filho, diretor da Cepêra. Segundo ele, o “frascão”, fabricado pela parceira de projeto Frascoppet, de Curitiba, custa 9% a mais que a bombona. Tal equação também leva em conta o quesito decoração. O novo recipiente é orna-do com rótulo auto-ade-sivo da Alpha Color, aplicado por uma rotula-dora da Bauch Campos; a bombona era envolvida por uma manga de papel “bem menos sofisticada”, lembra Decio Filho.

Para além do atacadoO inusitado formato da embalagem fez mais que conferir apuro visual aos produtos da Cepêra. Oferecida como acessório extra, uma válvula pump, importada, permite transfor-mar os “frascões” em chamativos dispensadores de ketchup e mos-tarda para balcões e mesas. “Ficava feio expor a velha bombona nos estabelecimentos”, confessa Decio Filho. Mais: além de ter gerado retornos elogiosos dos atacadistas, a embalagem redesenhada gerou surpreendente interesse de super-mercadistas. “Eles nos dizem que o produto é providencial para ocupar bases de gôndola de molhos, esti-mulando compras de emergência dos donos de restaurantes e lancho-netes das cercanias.” (GK)

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Réplicas originais

Alpha Color(11) 4193-8999www.alphacolor.com.br

Bauch Campos(11) 4785-2500www.bauchcampos.com

Frascoppet(41) 3024-1929www.frascoppet.com.br

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A bombona antiga: sem

apelo de exposição

como dispenser

Com formato de frasco, rótulo auto-adesivo, alça e

possibilidade de incorporar bico dosador, nova embalagem atraiu

até o interesse do varejo

Vendas de ketchup e mostarda para food service disparam com adoção de versões gigantes de frascos para consumo doméstico

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Edição: Leandro HaberliEdição: Guilherme KamioPAINEL GRÁFICO MERCADO DE CONVERSÃO E IMPRESSÃO DE RÓTULOS E EMBALAGENS

17% do preço de capa. Isso em um produto imune. Na embalagem era de 47%. É o famoso “pague 2 e leve 1”. É o contrário do que a gente vê nas propagandas: “pague 1 e leve 2”. Pagamos dois, o governo leva um e ficamos só com um. O principal algoz

é o tributo.

É indiscutível que a liberdade de pensamento e de sua expressão é essencial. Mas, para que exis-ta, é necessário existirem seres

pensantes. Fazemos esta coloca-ção porque nos ocorre que para o

papel destinado à área estritamente “editorial” (jornais, revistas e livros) a legislação oferece isenções fiscais. Entendemos porém que saúde e alimentação são tão vitais aos seres humanos quanto o livre pensar. Porém, não temos notícias de que, por exemplo, embalagens e seus acessórios destinados a medicamentos e alimentos essenciais gozem de imunidades que seriam muito benéficas ao conjunto da sociedade. É assim mesmo? O setor gráfico tem feito algum movimento para conseguir algo nesse sentido?Eu diria, como presidente de entidade patronal, que 50% do tempo passo defendendo o setor das investidas do governo para aumentar sua arrecadação. Quando digo governo, refiro-me aos três níveis: federal, estadual e municipal. Nós parece-mos um animal ferido sendo avidamente disputado pelos três níveis de poder para ver quem mais usufrui da carcaça. Nunca imaginei que, como presidente da Abigraf, fosse passar meta-de do meu tempo discutindo um assunto monocórdio: tributo, imposto, tributo, imposto, tributo, imposto... Não existe per-cepção alguma fora do setor produtivo em termos de redução de carga tributária. Quando se fala em reforma tributária, como estão falando agora, eu tremo de pensar, porque sempre que o governo fala em reforma é para aumentar a carga tributária.

Como o setor vê a concorrência que a indústria sofre por parte de gráficas oficiais e das pertencentes a igrejas e seitas religiosas?O setor vê isso com asco. É um problema que está na origem e que é abordado institucionalmente desde o nascimento da

om 350 anos de atraso em relação à invenção de Guten-berg, a imprensa chegou ao Brasil em 1808, na bagagem da família real portuguesa,

tangida de Lisboa pelas tropas napoleô-nicas. O acontecimento mudou completa-mente o modo de viver no país. A despeito das críticas, sob o reinado de D. João VI no Brasil vieram avanços, como escolas, fábri-cas, bancos, comércio, bibliotecas, hospitais e, no que hoje interessa mais diretamente ao setor de embalagens, a indústria gráfica. Em 13 de maio de 1808, nas comemora-ções de seu aniversário, D. João VI criou a Impressão Régia, atual Imprensa Nacional. Com dois prelos e 28 caixas de tipos, foram iniciados os trabalhos de impressão oficial no Brasil. Neles foram impressas as primeiras leis, alvarás e cartas régias, além de congratulações, odes, atos episcopais, orações e compêndios literários.

Apesar da chegada tardia, o setor encontra bons motivos para festejar seu bicentenário, já que, hoje, o produto gráfico brasileiro se equipara ao que há de melhor no mundo, o fatura-mento cresce, as gráficas investem fortemente em tecnologia e em mão-de-obra, que também se amplia, como lembra o presi-dente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), Mário César de Camargo. Para festejar a efeméride, a entidade preparou amplo programa de eventos (ver no site www.abigraf.org.br), cujo ponto alto será uma festa em outubro, encerrando o 14º Congraf – Congresso da Indústria Gráfica. Aqui, o presi-dente da Abigraf comenta alguns pontos que dificultam a libe-ração plena do potencial do setor. O destaque fica para o apetite tributário dos governos, tópico que só não foi imutável ao longo dos últimos dois séculos porque não parou de crescer.

Numa simplificação, a indústria gráfica se divide em “edi-torial” e “de embalagem”. Para o segmento “editorial” o principal algoz é a censura. Qual seria ele para o segmento “de embalagem”? Tributo. No cálculo que fizemos na década de 1990, o impos-to indireto absorvido pelo produto imune, ou seja, livro, que teoricamente não deveria ter imposto nenhum, representava

Festejos na medida certa

Cum e ficamos só com um. O principal algoz

é o tributo.

É indiscutível que a liberdade de pensamento e de sua expressão é essencial. Mas, para que exis-ta, é necessário existirem seres

pensantes. Fazemos esta coloca-ção porque nos ocorre que para o

papel destinado à área estritamente

é o tributo.

É indiscutível que a liberdade de pensamento e de sua expressão

pensantes. Fazemos esta coloca-ção porque nos ocorre que para o

papel destinado à área estritamente

Indústria gráfica comemora 200 anos em meio a cenário bom, mas não o ideal

Mário César de Camargo, presidente da Abigraf, que lança selo comemorarivo

do bicentenário da indústria gráfica no Brasil

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Abigraf, em 1965. Acho que o problema veio incrustado no nosso gene, porque nós nunca conseguimos nos livrar dele. Passaram-se 43 anos e o setor gráfico ainda padece da questão das gráficas oficiais sempre querendo arrebatar mercado das empresas privadas. Igrejas e seitas religiosas navegando ao sabor das imunidades constitucionais também ampliam o pro-blema. Já tentamos todo tipo de iniciativa em Brasília e fala-mos para o deserto, porque ninguém no mundo político quer enfrentar igrejas e seitas religiosas. Tenho conseguido relativo sucesso em outras questões, mas nesse tema só encontro ouvi-dos de mercador. Ninguém quer se sublevar contra o lobby poderosíssimo tanto da igreja católica quanto das outras.

Com o enfraquecimento do mercado editorial, as embalagens – e também os materiais promocionais – parecem ter adquiri-do mais importância para a indústria gráfica, sensação que é sustentada por recentes movimentações de empresas influen-tes do setor. O senhor confirma essa tendência? Acho que é real, porque a embalagem tem uma função utilitá-ria, enquanto a função do material editorial é entretenimento e informação. O que percebemos é que a embalagem tem uma tendência de crescimento constante em termos de demanda, enquanto o produto editorial sofre o ataque de mídias alterna-tivas. Se projetarmos as curvas a médio e longo prazo, dentro

de cinco, dez, quinze anos a embalagem vai ocupar uma fatia crescente. Essa também é a projeção do mercado americano.

A China representa, hoje ou em futuro próximo, uma ameaça ao setor gráfico brasileiro? Em que sentido?Ela representa indiretamente. No mercado americano, onde concorremos com os chineses pelo mercado de cadernos, se não houvesse uma limitação, uma ação antidumping, o Brasil sofreria tremendamente. Aliás, já sofreu: em 2005 o Brasil exportou muito caderno, em 2006 as exportações caíram a um terço, em 2007 retomou, por força de uma medida restritiva do mercado americano aos produtos chineses. É uma gangor-ra. Neste ano, como essa limitação ainda se impõe, devemos conseguir exportar. A China indiretamente representa uma ameaça porque concorremos com eles no mercado americano. Diretamente aqui não. A importação de produtos da China pelo Brasil foi de 1,2 milhão de dólares em 2007, o que é pouco.

A Abigraf criou um selo oficial comemorativo dos 200 anos da indústria gráfica no Brasil, disponibilizando sua aplicação em embalagens. Houve interesse por esse tipo de utilização? Ainda não. Estamos começando a divulgar para as gráficas para que elas passem a usar em sua papelaria. Estamos num primeiro momento.

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Nova fita para flexo no mercadoAdesivo fixa em diferentes materiais plásticos

O mercado recebe uma nova fita adesiva para fle-xografia. A alemã Tesa lança a EasySplice FilmLine, que facilita o processo de preparação, confiabilida-de e padronização da emenda de clichês. Com ela não é necessário reduzir a velocidade de impressão no momento da emenda, aumentando a produtivi-dade da máquina. “O adesivo foi desenvolvido para fixar em diferentes materiais plásticos, portanto em

superfícies com diferente tensão super-ficial, como polietileno, superfície

com baixa tensão superficial e notoriamente um material crítico na troca de bobinas”, explica Robson Galvão, engenheiro de produtos da Tesa.

TESA

(41) 3021-8100www.tesatape.com

Propriedades do papel explicadasSPP-Nemo lança manual para clientes

A SPP-Nemo, distribuidora de papéis e produtos gráficos, lança a primeira edição do Manual Prático – Propriedades do Papel, que tem como principal objetivo ser uma fer-ramenta de trabalho para os setores gráfico e editorial, auxiliando esses profissionais a garantirem melhor desempenho do papel durante o processo de impressão. Após o lançamento de cinco Guias Práticos, que abor-daram diferentes temas voltados à indústria gráfica e editorial, a SPP-Nemo buscou desenvolver um material mais comple-

to e abrangente para atender as necessidades dos próprios clientes e tornar mais fácil o uso dos papéis no dia-a-dia.

SPP NEMO

0800 722 6366www.spp-nemo.com.br

Orsa vai fornecer para International PaperContrato vale por cinco anos

A International Paper (IP) e a Orsa Embalagens assinaram contrato de cinco anos para forne-cimento de embalagens em papelão ondula-do. O acordo representa um volume financeiro anual de aproximadamente 20 milhões de dólares. A embalagem em papelão ondula-do da Orsa é utilizada pela IP no Brasil para acondicionar as resmas dos papéis cortados em seus diversos formatos. O papel cortado, também conhecido como papel cut-size, é utilizado em grande escala para processos de impressão e representa um mercado estimado em 350 000 toneladas por ano.

INTERNACIONAL PAPER

(19) 3861-8121www.internationalpaper.com.br

ORSA EMBALAGENS

(11) 4689-8700www.orsaembalagens.com.br

Dicas para profissionais gráficosLivro faz parte de série da Heidelberg PMA

A Heidelberg Print Media Academy – PMA lança o livro Dicas Profissionais: Soluções para o Dia a Dia de uma Gráfica, o segundo título da série que traz dicas práticas para que as gráfi-cas tornem seus processos ainda mais produtivos. O livro aborda temas como marmorização, ganho e perda de ponto, eletricida-

de estática do papel, efeito fantasma e contaminação de tinteiro, entre outros, sempre apontando as principais causas e as soluções relacionadas a esses problemas.

Edição: Leandro HaberliEdição: Guilherme KamioPAINEL GRÁFICO MERCADO DE CONVERSÃO E IMPRESSÃO DE RÓTULOS E EMBALAGENS

Edição: FLÁVIO PALHARES [email protected]

XSYS Print Solutions agora é Flint Group Narrow Web Mudança faz parte da reorganização do grupo

A Flint Group altera a razão social da XSYS Print Solutions para Flint Group Narrow Web. A mudança faz parte da reorganização das atividades da Flint Group, que no início de fevereiro anunciou a cria-ção da Flint Group Flexographic Products, reunindo as atividades da Flint Group Printing Plates (chapas fotopolímeras para flexo-

grafia) e da Rotec (termoencolhí-veis e sistemas para adaptação de aplicações em flexografia), assumida pela Flint quando adquiriu a Day International em 2007.

FLINT GROUP NARROW WEB

(41) 2117.2450www.xsys-printsolutions.com

HEIDELBERG PMA(11) 6696-2900.www.heidelberg.com

sempre apontando as principais causas e as soluções relacionadas

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Page 46: Revista EmbalagemMarca 103 - Março 2008

LEITES

s vezes, mercados pro-missores não são explora-dos porque possivelmen-te falta a profissionais e empresários da área per-

guntar a si mesmos, como fazia um personagem de romance às vésperas de aposentar-se: “Que hei de fazer de meu ócio?”. Foi, em certo sentido, o que fez a Cooperativa Piá, de Nova Petrópolis (RS), em relação a um equipamento de enchimento de embalagens cartonadas assépticas para leite dotada de versatili-dade de volumes.

Ante a possibilidade de utilizar o módulo para enchimento de caixinhas de 500 mililitros, além da predominante de 1 litro, a empresa tratou de ver qual o potencial de mercado para tal aplicação. Primeiramente, ao fazer a necessária “lição de casa”, seu pessoal constatou que o mercado single, composto de solteiros, descasados e viúvos, chega a 5 milhões de pessoas no Brasil, de acor-do com o mais recente levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em 2006.

Sozinho esse número já é comercial-mente atraente. Mas torna-se melhor ao se considerar que nele não estão inclu-ídas as pessoas que, embora comparti-lhando a casa com outras, têm hábitos individuais de consumo, sobretudo no campo de alimentos e bebidas, ditados por preferências ou por incompatibi-lidade de horários. Para completar, o crescimento desse público está acele-rado: aumenta em média 6% ao ano, segundo o estudo do IBGE. A Fundação Instituto de Pesquisa Econômica

ÀÀÀ

Para quem quer menosCooperativa gaúcha lança meio litro de leite em caixinha

Por Flávio Palhares

Aplicada (IPEA), vinculada ao Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, estima que, nos últimos dezoito anos, o número de pessoas que moram sozinhas no país cresceu 41%.

Indo mais fundo, a Piá constatou que essa atrativa legião de consumidores enfrenta um problema nos supermerca-dos: a falta de produtos em quantidade suficiente para atender ao seu perfil. Em suma, haveria demanda reprimida no rol de abastecimento do público single, nele incluído o leite, segundo pesquisas citadas por Miguel da Silva, gerente de marketing da empresa. Conciliou-se então a expectativa do consumidor com a estrutura pronta para atendê-lo.

Foi assim que a Piá pôs em ação

46 EmbalagemMarca março 2008 www.embalagemmarca.com.br

Piá lança novas embalagens de 1 litro e estréia no segmento single com caixinhas de

500 mililitros

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a variante de 500 mililitros na sua máquina CFA 812 adquirida da SIG Combibloc, para lançar o que afirma ser a única embalagem de leite existente no mercado nacional com esse volu-me. Na argumentação do fabricante, o equipamento permite, mediante rápidos ajustes, a troca em linha da embalagem de 1 litro para a de 500 mililitros, além de oferecer a opção de 750 mililitros. Ricardo Rodriguez, diretor-geral da SIG Combibloc América do Sul, destaca que “a mudança pode ser realizada em

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alguns minutos, sem comprometer a eficiência da linha de produção”. Com a iniciativa, a Piá ampliou suas insta-lações em 30%, em área especialmente construída para a sua nova linha de envase, destinada a embalagens de 1 litro e às caixinhas de meio litro.

Com a compra do equipamento, o laticínio passa também a utilizar emba-

47EmbalagemMarcamarço 2008www.embalagemmarca.com.br

Do vaivém do vidro ao vaivém de vida curtaEmbalagens porcionadas de leite já estiveram no mercado em várias oportunidades

Ibituruna foi uma das que utilizou embalagens de meio litro da Tetra Pak

Fazenda Bela Vista tentou

emplacar leite tipo A de 500

mililitros

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lagens combiblocMidi de 1 litro com tampa combiLift (ver EMBALAGEMMARCA 100, dezembro de 2007). Inicialmente, essas embalagens, importadas da Alemanha, serão comercializadas ape-nas no Rio Grande do Sul. Os outros mercados atendidos pela Piá – Santa Catarina, Paraná e São Paulo – continu-arão a receber leite acondicionado em

embalagens da Tetra Pak, que mantém três linhas de produção na fábrica de Nova Petrópolis.

SIG Combibloc(11) 2107-6744www.sig.biz/brasil

Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

Embalagens de meio litro – e também de 250 mililitros e 750 mililitros

– para leite já tiveram forte presença no mercado brasileiro, até o

início da segunda metade do século 20. Era corriqueiro o uso de gar-

rafas retornáveis de vidro naqueles volumes, mas o vaivém entre as

residências e as leiterias não era ditado, como é hoje, pela oferta de

conforto ao consumidor.

É verdade, no entanto, que aqueles canais de distribuição atendiam

a uma conveniência básica: fornecer leite na quantidade exata dese-

jada pelo consumidor – com a vantagem de vir gelado, já que refrige-

rador era um luxo a que poucas famílias tinham acesso na época. A

substituição do vidro pelas embalagens plásticas flexíveis e, depois,

pelas cartonadas assépticas na comercialização do leite, sempre em

volumes de 1 litro, transformou os vasilhames de vidro em relíquias.

Só em anos recentes surgiram tentativas de ocupar o nicho de meio

litro de leite, já com vistas à conveniência do consumidor, especifica-

mente do público de hábitos single. Em 2002, a Fazenda Bela Vista

apostou no lançamento de leite tipo A, pasteurizado, em garrafas

de polietileno de alta densidade (PEAD) de 500 mililitros.

A empresa, que trabalhava apenas com recipientes

de 1 e de 2 litros, decidiu pelo lançamento do volume

menor após realizar pesquisas nos pontos-de-venda e

ouvir consumidores pelo Serviço de Atendimento ao

Consumidor. Na época, a empresa argumentava que

muitas pessoas deixavam de consumir leite para evitar o

desperdício, uma vez que o produto só estava disponível

em embalagens “muito grandes”. Mas a embalagem de

meio litro ficou pouco mais de um ano no mercado, devi-

do à baixa procura.

Nova tentativa foi feita em 2003/2004, pelas marcas

Ibituruna, de Minas Gerais, e Sonata, do laticínio paulista

Malibu, desta vez com embalagens cartonadas assépti-

cas da Tetra Pak. Apesar de o recipiente ser “longa-vida”,

a vida da marca no mercado foi curta.

Outra empresa que apostou em embalagens porcionadas

foi a Shefa, que em 2006 apresentou as versões do seu

leite em caixinhas da Tetra Pak de 200 mililitros. Os fabri-

cantes Nilza, Cemil e Líder já acondicionaram leite puro

em cartonadas assépticas de 330 mililitros, fornecidas pela empresa

sueca. Essas marcas foram igualmente descontinuadas.

Ocorre que o mercado single é peculiar, e nele o consumo varia

muito, dependendo da categoria do produto. No caso de leite, há um

dado interessante. Não só no Brasil, mas no mundo inteiro, o público

single com maior poder aquisitivo – na faixa etária que vai do começo

da vida adulta até os 39 anos – é justamente o que consome a menor

quantidade de leite, segundo constatam diferentes pesquisas.

Outro fator que inibe o crescimento da venda de leite em embalagens

de 500 mililitros é o preço final ao consumidor. “O grande problema

do leite em embalagem porcionada de meio litro é a cadeia de valor”,

considera Heloísa Rios, diretora de marketing da Tetra Pak. “É nesses

casos que o varejo amplia suas margens, e a diferença de preço da

embalagem de meio litro para a de 1 litro é desproporcional”, diz a

executiva. Ou seja, o consumidor preferiria levar a embalagem de 1

litro por um preço “X” a pagar 80% desse valor para obter metade do

mesmo produto.

Garrafas de vidro

retornáveis já dominaram o

mercado

Page 48: Revista EmbalagemMarca 103 - Março 2008

COMO PARTICIPARIndústria Usuária de Embalagens1) Selecione, dentre as embalagens lançadas por sua empresa de 1/7/2007 a 30/6/2008,

aquelas que trouxeram mais benefícios para a empresa após a sua adoção

2) Preencha a ficha de inscrição, dando especial atenção para a descrição do case

3) Envie a ficha preenchida, juntamente com uma amostra de cada embalagem inscrita,

para o endereço indicado no Regulamento

Indústria Fornecedora de Embalagens1) Selecione, dentre as embalagens fornecidas por sua empresa e adotadas por um cliente

entre 1/7/2007 e 30/6/2008, aquelas que trouxeram mais benefícios para a empresa

usuária após a sua adoção

2) Preencha a ficha de inscrição, dando especial atenção para a descrição do case

3) Envie a ficha preenchida, juntamente com uma amostra de cada embalagem inscrita,

para o endereço indicado no Regulamento

REGULAMENTO COMPLETO E FICHA DE INSCRIÇÃO NO SITE MAIS INFORMAÇÕES: (11) 5181-6533 • (11) 5521-4325 • [email protected]

www.grandes cases.com.br

Page 49: Revista EmbalagemMarca 103 - Março 2008

Patrocínio Master Patrocínio Especial Organização

Apoio Operacional

www.grandes cases.com.brINFORMAÇÕES IMPORTANTES

Inscrições: de 1º de março a 22 de agosto de 2008

Entrega das amostras de embalagens: de 4 a 22 de agosto de 2008

Local de entrega das embalagens: Centro Universitário Belas Artes

(Rua José Antonio Coelho, 879 – São Paulo, SP)

Cerimônia de Premiação: 1º de outubro de 2008

Local da cerimônia: Centro Fecomércio de Eventos

(Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – São Paulo, SP)

INSCRIÇÕES

ABERTAS!

Page 50: Revista EmbalagemMarca 103 - Março 2008

INTERNACIONAL

o bê-á-bá da língua inglesa, a letra Y é pronunciada como “uai”, ou seja, de modo igual à palavra why – “por que” na tradução para o por-tuguês. Esse detalhe fonético agora

é explorado nos Estados Unidos, numa sinergia entre comunicação e embalagem, pela linha de águas vitaminadas Y Water – nome capaz, por-tanto, de ser decodificado como “por que água?”. Brincando com o fato de as crianças, seu públi-co-alvo, serem insistentes indagadoras, a marca estreou no mercado de bebidas numa inovadora garrafa plástica com forma de Y. Além de atrair o olhar, o desenho ipsilóide tem caráter lúdico.

Sucede que, com o auxílio de abraçadeiras plásticas vendidas à parte, irreverentemente bati-zadas de Y Knots, é possível transformar garrafas vazias em brinquedos, conectando-as umas às outras. “Desde o lançamento, no fim de 2007, recebemos diariamente centenas de fotos de estru-turas incríveis criadas por consumidores”, diz

N

Duplo sentidoCom formato inusitado, garrafa convida criançasao consumo de bebidas e, depois, à brincadeira

No alto, exemplo de brinquedo montado com as garrafas da Y Water, moldadas com co-poliéster da Eastman. Sem rótulos, embalagens são decoradas com gancheiras (à dir.)

50 EmbalagemMarca março 2008 www.embalagemmarca.com.br

Thomas Arndt, fundador da Y Water. Em seu site (www.ywater.us), a empresa hospeda uma galeria de montagens com garrafas.

Por que um Y?Com capacidade para 250 mililitros, a inovadora embalagem da Y Water foi idealizada pelo con-sagrado designer suíço Yves Béhar (que recente-mente ganhou notoriedade extra por se engajar no tão falado projeto do laptop de 100 dólares, volta-do a crianças de países em desenvolvimento como o Brasil). No site de sua agência, a Fuseproject, Béhar descreve que “o objetivo da Y Water é comunicar a essência da marca através do design, coisa incomum no mercado de bebidas”.

Em termos tecnológicos, materializar a pro-posta do designer exigiu um trabalho criterioso. Produzida por extrusão-sopro com base no co-poliéster Eastar, vedete da química americana Eastman, a garrafa em Y depende da distribuição precisa do material pelo molde, devido a sua geo-

Page 51: Revista EmbalagemMarca 103 - Março 2008

www.embalagemmarca.com.br

Bekum(11) 5686-9100www.bekum.com.br

Eastman(11) 4506-1000www.eastman.com

Fuseproject+1 (415) 908-1492www.fuseproject.com

metria complexa. “Numa escala de 1 a 10, daria um 8 à dificuldade do projeto”, afirma Gary Carr, diretor comercial para os Estados Unidos da alemã Bekum, fabricante do equipamento de moldagem, em um boletim de inovações da Eastman.

Para valorizar o shape exclusivo, as garrafas das quatro versões da Y Water – uma estimulante das funções cerebrais (Brain Water); uma fortale-cedora do sistema imunológico (Immune Water); uma que auxilia no desenvolvimento muscular (Muscle Water); e uma voltada ao desenvolvi-mento de ossos e dentes (Bone Water) – não têm rótulos. Em vez da via tradicional de decoração, as embalagens somente apresentam gancheiras cartonadas, acopladas aos seus gargalos. Os “cola-rinhos” trazem desenhos e, em fonte alusiva à escrita infantil, frases explicando os atrativos de cada uma das fórmulas tônicas. Respostas, enfim, ao “por quê?” de consumir as bebidas. (GK) FO

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52 EmbalagemMarca março 2008 www.embalagemmarca.com.br

A 3M aumenta sua família de pro-dutos com o polidor de automó-veis Perfec-it 3000, acondicionado em frascos de PVC de 500 milili-tros produzidos pela Monte Sião Plásticos. As tampas flip-top de pressão de polipropileno (PP) são do mesmo fornecedor. A deco-ração é feita com rótulos auto-adesivos de polipro-pileno biorientado (BOPP) metalizado, impressos pela Gráfica Eulina. A WR Comunicação foi a agência encarregada do design das embalagens.

Brilho automotivoRótulos metalizados decoram embalagens de polidores de carros

Gráfica Eulina (19) 3241-6353www.graficaeulina.com.br

Monte Sião Plásticos(11) 4645-1775www.montesiaoplasticos.com.br

WR Comunicação(19) 3279-0130www.wrcom.com.br

Iogurtes light em várias versõesBatavo lança produtos com apelo à saúde

A Batavo coloca no mercado a linha de iogurtes Pense Light, acondi-cionados em bandejas, garrafas e copos. As bandejas de poliestire-no (PS) são produzidas pela PLM Plásticos, com lacres de alumínio e

PET fornecidos pela Alcan. Os copos de polipropileno (PP), fabricados pela Huhtamaki, têm lacres de alumínio e PET supridos pela Graffo Paranaense e pela Alcan. As garrafas de polieti-leno de alta densidade (PEAD) pro-

duzidas pela Graham Packaging são decoradas por rótulos termoencolhí-veis de PET da Sleever International. Os lacres são da Alcan e da Graffo. O design das embalagens é assinado pela Komatsu Design.

LANÇAMENTOS E NOVIDADES – E SEUS SISTEMAS DE EMBALAGEMDISPLAY

Sleever International(11) 5641-3356www.sleever.com

Alcan(11) 4075-6500www.alcan.com.br

Graffo Paranaense(41) 2102-8000www.graffo.ind.br

Graham Packaging(11) 2135-7860www.grahampackaging.com

Huhtamaki(41) 3661-1290www.huhtamaki.com.br

Komatsu Design(11) 5561-7702www.komatsudesign.com.br

PLM Plásticos(41) 3676-1701www.plm.com.br

Page 53: Revista EmbalagemMarca 103 - Março 2008

53EmbalagemMarcamarço 2008www.embalagemmarca.com.br

Edição: FLÁVIO PALHARES [email protected]ção: FLÁVIO PALHARES [email protected]

Mascotes reloadedCaixinhas apresentam novos personagens dos sucos Kapo

Uma das principais difusoras no Brasil das embalagens cartonadas assépticas Tetra Wedge, da Tetra Pak, a linha de bebidas infantis Kapo, da Coca-Cola Brasil, exibe nova identidade visual. Os seis sabores da linha são agora apadrinhados por novos personagens, com perfis idea-lizados por Cao Hamburger, co-criador do programa de TV Castelo Rá-Tim-Bum e diretor do recente longa-metragem O ano em que meus pais saíram de férias. Os desenhos da “galera Kapo” – Kemi (maracujá), Kaúri (abacaxi), Kirina (uva), Kike (laranja), Kim (morango) e Kako (chocolate) – são assinados pela Guta Studio e pela equipe de criação da agência NBS. A finalização dos desenhos é da Seagulls Fly Kapo possui pouco mais de 50% de participação no mercado infantil de sucos prontos para beber em embalagens de até 250 mililitros, segundo dados da Nielsen (dezembro 2007/janeiro 2008).

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Guta Studio(21) 2286-8636

NBS Comunicação(11) 3131-5050www.nbscom.com.br

Seagulls Fly (21] 2126-9999www.seagullsfly.com

Tetra Pak (11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

Page 54: Revista EmbalagemMarca 103 - Março 2008

54 EmbalagemMarca março 2008 www.embalagemmarca.com.br

Altieri+54 (0261) 497-2246www.altieri.com.ar

Inter-Champanhe+21 231-3467

Saint-Gobain(11) 2246-7655www.sgembalagens.com.br

B+G Designers(11) 5051-1446www.bmaisg.com.br

Indexflex(11) 3618-7100www.indexflex.com.br

Trefinos +34 (927) 306-630www.trefinos.com

Dixie Toga(11) 6982-9200www.dixietoga.com.br

Gráfica Rami(11) 4587-1100www.ramiprint.com.br

Latapack-Ball(11) 2171-2400www.latapack.com.br

Saint-Gobain(11) 2246-7655www.sgembalagens.com.br

SPO Pantani(11) 3168-9166 www.pantanidesign.com.br

Tapon Corona(11) 3065-8662www.tapon-corona.com.br

A Aliança Metalúrgica, fabricante de fechaduras e ferragens, estréia o novo layout de suas emba-lagens. As caixas de papel cartão, impressas pelas gráficas Embagraf, Gráfica Real Belém e Fotoimpress, ganharam tons mais intensos. A maior gramatura do papel cartão garante aumento de resistência e durabilidade das embalagens. As novas apresentações têm ainda um quadro com especificações técnicas, como dados de seguran-ça e grau de resistência à corrosão. O layout foi desenvolvido pela própria Aliança.

Reforço nas ferragens Embalagens ficam mais resistentes

A Lokal Bier, marca adquirida em 2007 pela Cervejaria Petrópolis, estréia sua nova identidade visual, assinada pela SPO Pantani. A agência apostou na mudança da tipologia e na inserção de ícones tri-dimensionais. As garrafas de vidro de 600 mililitros e 355 mililitros, fornecidas pela Saint-Gobain, têm rótulos de papel metaliza-do impressos pela Gráfica Rami e pela Dixie Toga. As tampas de aço são supridas pela Tapon Corona e as latas de alumí-nio são forneci-das pela Latapack-Ball.

Novo dono, nova caraLokal Bier tem rótulos modernizados

DISPLAY LANÇAMENTOS E NOVIDADES – E SEUS SISTEMAS DE EMBALAGEM

Embagraf(11) 6484-8909www.embagraf.com.br

Fotoimpress(11) 4137-2943www.fotoimpress.com.br

Gráfica Real Belém(11) 6197-7700www.realbelem.com.br

Identificação pela corRótulo, gargalheira de variantes de Chandon têm a mesma tonalidade

Garrafas de vidro da Saint-Gobain com rolhas de corti-ça supridas pela Inter-Champanhe, de Portugal e pela Trefinos, da Espanha, acondicionam a linha de espumantes

Chandon. O destaque fica com os rótulos, cujo layout para o mercado brasileiro foi desenvolvido pela B+G Designers. Confeccionados em polipropileno biorientado (BOPP), os

rótulos auto-adesivos são impressos pela Indexflex. A identificação das variantes Brut, Brut Rosé, Excellence, Riche e Passion é feita através da cor do rótulo e da cápsula de alu-poli (estrutura formada por duas camadas de alumínio envolvendo uma de PVC) que cobre o gargalo, produzida pela argentina Altieri. O cartucho de papel cartão é impresso pela Box Print, com uso de verniz e hot stamping, nas mesmas tonalidades dos rótulos.

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55EmbalagemMarcamarço 2008www.embalagemmarca.com.br

Luxo em tamanho reduzidoEisenbahn Lust ganha versão de 375 mililitros

Comercializada apenas em garrafas de 750 mililitros e 1,5 litro, a cerveja Eisenbahn Lust – primeira do Brasil produzida pelo método champenoise, usado para fabricar champanhes – ganha uma versão menor para o consumo individual: 375 mililitros. A garrafa de vidro produzida pela Saint-Gobain, segue o layout das embalagens de champanhe, e o fechamento é feito com rolhas da Juvenal Brasil Cortiças, envolvi-das por uma gaiola de arame for-necida pela Arte Metais. O garga-lo é recoberto por uma cápsula de alupoli (estrutura composta por duas camadas de alumínio envolvendo uma de PVC), da Royo Comercial. As garrafas são decoradas com rótulos de papel, com detalhes em relevo, impres-sos pela Catuaí Print. O design das embalagens é da Wow! Comunicação.

A rede de farmácias Farmax lança a versão líqui-da da manteiga de cacau, produto usado para hidratar os lábios tradicionalmente vendido em bastões. A manteiga de cacau é acondi-cionada em frascos de 15 mililitros produzidos em PVC cristal produ-zidos pela AC Pack, que também fornece as tampas de polipropileno (PP). Os rótulos termoenco-lhíveis de PVC transparente são impressos pela BR Films. O produto é distribuído em caixas-display de papel cartão triplex impressas em offset pela Gráfica Formato.

Lábios hidratadosFarmax lança manteiga de cacau líquida

AC Pack(11) 5032-0330www.acpack.com.br

BR Films(37) 3216-1395www.brfilms.com.br

Gráfica Formato(31) 2122-1777www.formatobr.com

Arte Metais(54) 3462-1581

Catuaí Print(43) 3552-1186www.catuaiprint.com.br

Juvenal Brasil Cortiças(54) [email protected]

Royo Comercial(54) [email protected]

Saint-Gobain2246-7655 www.sgembalagens.com.br

Wow! Comunicação(41) 3340-8570 www.e-wow.com.br

Page 56: Revista EmbalagemMarca 103 - Março 2008

56 EmbalagemMarca março 2008 www.embalagemmarca.com.br

ÍNDICE DE ANUNCIANTES

Anunciante Página Telefone Site

Baumgarten 36 e 37 (47) 3321-6666 www.baumgarten.com.br

BIC Label 43 0800 260 434 www.biclabel.com.br

Braskem 27 (11) 3576-9000 www.braskem.com.br

Cobrirel 53 (11) 6291-3155 www.cobrirel.com.br

Colacril 4ª capa (44) 3518-3500 www.colacril.com.br

Congraf 13 (11) 3103-0300 www.congraf.com.br

Dow Brasil 30 e 31 (11) 5188-9000 www.dowplastics.com

Easy Pack 55 (11) 4582-9188 www.easypack-brasil.com.br

Emballage 15 (11) 3711-0001 www.emballageweb.com

Entec 3ª capa 0800 773 8687 www.entecpolimeros.com.br

Expo Pack México 39 +52 (55) 5545-4254 www.expopack.com.mx

Frasquim 53 (11) 6412-8261 www.frasquim.com.br

Greenfield 10 e 11 (11) 3567-1890 www.embalaweb.com.br

Iimak 51 (11) 3737-4000 www.iimak.com.br

Indexflex 22 e 23 (11) 3618-7100 www.indexflex.com.br

Limer-cart 5 (19) 3404-3900 www.limer-cart.com.br

Moltec 53 (11) 5523-4011 www.moltec.com.br

Nilpeter 45 (11) 3729-9207 www.nilpeter.com.br

Novelprint 55 (11) 3760-1500 www.novelprint.com.br

Propack 51 (11) 4785-3700 www.propack.com.br

Qualy Print 53 (11) 4071-1782 www.qualyprint.com.br

Set Print 55 (11) 2133-0007 www.setprint.com.br

Sonoco For-Plas 53 (11) 5097-2750 www.sonocoforplas.com.br

Tetra Pak 6 e 7 (11) 5501-3205 www.tetrapak.com.br

Tom-B 35 (11) 3255-7214 www.tom-b.eu

Union Pack 9 0800 707 9533 www.unionpack.com.br

Page 57: Revista EmbalagemMarca 103 - Março 2008

Luciana de Paula Galvão – Gerente de Marketing América do Sul

É LIDA PORQUE É BOA. É BOA PORQUE É LIDA.

www.embalagemmarca.com.br • (11) 5181-6533

SIG Combibloc(11) 2107-6744www.sig.biz/brasil

Nós, da SIG Combibloc, consideramos Embalagem-Marca uma revista altamente qualifi cada pois, graças ao seu conhecimento no setor de embalagens, permi-te que os leitores estejam sempre alinhados com as tendências, movimentos e oportunidades do mercado. Por isso, é o veículo perfeito para nossa comunicação. Parabéns, EmbalagemMarca! Para o nosso negócio, você faz diferença.

Luciana de Paula Galvão – Gerente de Marketing América do Sul

SIG Combibloc

Page 58: Revista EmbalagemMarca 103 - Março 2008

AlmanaqueAlmanaque

58 EmbalagemMarca março 2008www.embalagemmarca.com.br/almanaque

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Presença constante e controversaOs pingüins apareceram nos rótulos da cerveja Antarctica Pilsen pela pri-meira vez em 1935, e de lá não saíram mais. Até então, o logotipo da marca era uma estrela de seis pontas com uma letra “A” no centro. Mas o que causa discussões até hoje entre os fãs da cerveja é o motivo da presença das aves. Alguns dizem que é uma referência ao continente gelado, terra

dos pingüins, que originou o nome da bebida. Outros afirmam que é um lembrete para que a cerveja seja sem-

pre servida gelada e degustada acompanhada, por isso a

dupla de aves. Mas a imagi-nação não pára por aí: mui-tos bebedores garantem que é uma homenagem aos garçons, já que sem eles a cerveja não chega às mesas dos bares.

O triângulo era outro....

Toblerone, o mais conhecido cho-colate suíço (hoje pertencente à Kraft Foods), completa seu primeiro centenário neste ano. O produto surgiu em 1908, através de uma receita de Theodor Tobler, filho do fundador da “Fabrique de Chocolat Berne, Tobler & Cie”, Jean Tobler. Segundo relatos da época, o formato triangular do Toblerone foi imagi-nado durante uma animada noite de Paris no início do século XX, quando Theodor já havia tomado algumas garrafas de champagne e

deliciava-se com a apresentação das dançarinas de can can do famoso cabaré Folies Bergère. No final do espetáculo, as moçoilas subiam umas nas outras e formavam uma pirâmide. Nesse momento Theodor Tobler teve a inspiração para o novo chocolate: “Encontrei a forma”, ele gritou. Frequentadores do cabaré, entretanto, contavam que as dan-çarinas não usavam roupas íntimas por baixo das saias. Nesse caso, dizem as más línguas, a inspiração de Tobler pode ter sido um outra...

O triângulo era outro....

Toblerone, o mais conhecido cho- deliciava-se com a apresentação das

Cartazes do Folies Bergère do início do século XX e dançarina com trajes da época (à direita)

O chocolate Kisses, da americana Hershey’s, que completou 100 anos em 2007, recebeu esse nome porque o som que a matéria-prima fazia ao ser depositada nas formas seria o mesmo de um beijo. Desde 1907, cada unidade de Kisses era embalada manualmente, até que em 1921 surgiram as primeiras embaladoras automáticas. Em 1942, na II Guerra Mundial, a produção foi interrompida pela única vez, pois as folhas de alumínio que embalavam o produto acabaram. A fábrica então foi usada para fazer bar-ras de chocolate para a ração dos soldados. Em 1962, as embala-gens de Kisses – até então exclu-sivamente prateadas – ganharam cores no Natal. Desde então, os Kisses passaram a ter embalagens comemorativas em datas especiais.

Beijo centenário

embalavam o produto acabaram.

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