revista embalagemmarca 079 - março 2006

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Edição de março de 2006 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

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Page 1: Revista EmbalagemMarca 079 - Março 2006

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Veículo ideal para amostragemesta edição até o final do ano, a cada mês os leitores rece-

berão EMBALAGEMMARCA acondicionada em enve-lopes que, mais uma vez, materializam duas carac-terísticas que contribuíram para sua consagração como melhor revista do setor no Brasil: inovação e criativi-dade. Nesta oportunidade, serão apresentados quatro diferentes modelos de enve-lopes, cada um dos quais será veiculado duas vezes, de forma alternada. Esta ação integrada visa evidenciar qualidades de materiais e serviços cuja convergência resultou num

produto final com excelên-cia de desempenho e perfei-ta adequação para variadas alternativas de acondicio-namento. Ao falarmos de integração queremos dizer ter sido fundamental para o êxito do trabalho a parceria de empresas que participa-ram com o melhor de seus portfólios. São elas: Polo Films (filme de BOPP), Aquiléia (pré-impressão), Dann Group (tintas), Henkel (adesivos) e Arco Convert (impressão em rotogravura, com seis cores – quadri-cromia, branco e prata). A criação dos envelopes ficou a cargo da agência de design Recriar.

Ao abrigar iniciativas deste gênero, EMBALAGEMMARCA procura sempre ir além dos meros objetivos comerciais. A rigor, ao mesmo tempo que ajuda a integrar par-ceiros, com tais ações se transforma num veículo de amostragem de materiais, insumos e serviços. Na verdade, o meio revista é o único que permite fazer com eficácia esse tipo de ação. O que surpreende é que, antes do lançamento de EMBALAGEMMARCA, no Brasil essa era uma práti-ca inexistente no segmento editorial dirigido à cadeia de embalagem. Até abril.

Esta ação integradavisa evidenciarqualidades demateriais e serviçosque resultaramnum produto finalcom perfeitaadequaçãopara variadasalternativas deacondicionamento

Wilson Palhares

D

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Entrevista: Fábio Mestrinere Lincoln SeraginiPresidente da Abre e um dos maiores especialistas em marcas criam curso na ESPM com o objetivo de criar gestores de embalagem

RotulagemIndústrias nacionais serão obriga-das a informar nível de gordura trans nos rótulos de alimentos

Ponto-de-vendaTecnologia européia desenvolve displays dobráveis, capazes de reduzir custos com montagem

TecnologiaKit de amostragem destaca frasco de cosmético com tampa que exala odor do produto

Limpeza DomésticaUnilever lança Omo com toque de Comfort em embalagem que destaca as duas marcas líderes

FechamentosTampa de borracha revestida com flúor propicia segurançaa medicamentos injetáveis

PlásticasGarrafas de PET sem painéis de dilatação prometem agregar valor ao envase a quente de chás, sucos e isotônicos

PlásticasEm vias de completar um ano no mercado, garrafa de PP de alta transparência faz sucesso

Etiquetas inteligentes:Marcelo PedrosoGerente da IBM Business Consulting detalha pesquisa sobre RFID no Brasil

ConversãoInvestimento em letterform design pode aliviar custos de impressão de embalagens

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nº 79 • março 2006Diretor de Redação

Wilson [email protected]

ReportagemFlávio Palhares

[email protected] Kamio

[email protected] Haberli Silva

[email protected] Deorsola

[email protected]

Departamento de ArteCarlos Gustavo Curado (Diretor de Arte)

[email protected]é Hiroshi Taniguti (Assistente)

AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Karin TrojanWagner Ferreira

Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro

Raquel V. [email protected]

Assinatura anual: R$ 99,00

Público-AlvoEM BA LA GEM MAR CA é di ri gi da a pro fis sio nais que ocu pam car gos de di re ção, ge rên cia e su per vi são em em pre sas integrantes da ca deia de em ba la gem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colo-cados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos.

Filiada ao

Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

Filiada à

www.embalagemmarca.com.br

O con teú do edi to rial de EM BA LA GEM MAR CA é res guar da do por di rei tos au to rais. Não é per-mi ti da a re pro du ção de ma té rias edi to riais pu bli ca das nes ta re vis ta sem au to ri za ção da Blo co de Co mu ni ca ção Ltda. Opi niões ex pres sas em ma té rias as si na das não re fle-tem ne ces sa ria men te a opi nião da re vis ta.

3 Editorial A essência da edição do mês, nas palavras do editor

58 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

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54 Conversão e Impressão Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens

32 Panorama Movimentação no mundo das embalagens e das marcas

5 Espaço Aberto Opiniões, críticas e sugestões de nossos leitores

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6 Display Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

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Índice de AnunciantesRelação das empresas que veiculam peças publicitárias nesta edição

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Reportagem de capa:Molhos prontosMolhos para saladas ainda podem investir em embalagens diferenciadas. Molhos de mesa começam a fazê-lo

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MARGARINAS E SABONETES

Nossos cumprimentos pela repor-tagem sobre embalagens para sabo-netes, destacando a preferência pelo cartucho de papel cartão. Causou-nos surpresa, entretanto, o fato de não terem sido explorados outros aspec-tos e diferenciais competitivos do material, como a otimização da área impressa, o empilhamento melhor no ponto-de-venda e a eficácia supe-rior na proteção do produto, tanto na armazenagem quanto no transporte. Ademais, as embalagens de papel car-tão são produzidas, em sua maioria, com elevado grau de matéria-prima reciclada (aparas), que reforçam a res-ponsabilidade social e ambiental das empresas produtoras e usuárias.Finalmente, a matéria omite que a marca líder desenvolveu sua produ-ção de cartuchos no Brasil com papel cartão Ripasa, e com ele continua até os dias de hoje. A Ripasa foi pioneira no desenvolvimento de embalagens para sabonetes. Instalou em sua planta

industrial uma extrusora para aplicação de PEBD em elevadas temperaturas, a qual constitui a mais eficiente barreira a umidade e vapor para este tipo de embalagem, impedindo a proliferação de fungos e alterações na qualidade do produto e da embalagem final.

Sergio CanelaGerente de Marketing e Vendas

Fernanda HassadAnalista de Produto e Mercado

Ripasa S.A. Celulose e PapelSão Paulo, SP

N. da R.: Por razões de espaço, a carta acima foi editada. Pode ser lida na íntegra em nosso site, na seção Espaço Aberto.

Parabéns pela qualidade das maté-rias e pelo layout da edição de feverei-ro de EMBALAGEMMARCA. (nº 78). As reportagens sobre margarinas e sabo-netes ficaram muito boas. Aproveito para lembrar que a Santher é grande fornecedora do papel para os “selos”

utilizados no inte-rior das embala-gens de margari-nas. Trata-se de um papel especial com determina-das barreiras, que é convertido por outra empresa. Uma das marcas que o utiliza é a Qualy, da Sadia.

Fabiana C. Della PiazzaMarketing

Santher Specialty PapersSão Paulo, SP

Gostaria de parabenizá-los pela matéria sobre o mercado de mar-garina divulgada na edição de EMBALAGEMMARCA nº 78 (fevereiro de 2006). Faço um reparo quanto ao meu nome, nela mencionado, que aparece grafado errado. No mais, a matéria ficou muito boa.

Antonio Carlos S. JuniorGerente Comercial

Poly-Vac S/ASão Paulo, SP

utilizados no inte-rior das embala-gens de margari-nas. Trata-se de um papel especial

por outra empresa. Uma das marcas

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Cresce linha de limpeza do Grupo BertinO Grupo Bertin, um dos maio-res produtores de carnes do Brasil, investe, desta vez, na engorda de outra catego-ria. Sua divisão de higiene e limpeza lança a linha de detergentes líquidos Lavarte em três versões – maçã, limão e neutro. O produto é acondicionado em frascos de 500 mililitros, produzidos internamente pela própria empresa em polietileno de alta densidade. A elabo-ração do design ficou a cargo da agência Labcom, de Ribeirão Preto (SP), que optou por rótulos do tipo magazine, impressos em qua-tro cores pela Teciclo e pela Ibagraf em papel couchê.

Hikari lança salgadinho de trigoA Hikari, que acaba de completar quarenta anos de atuação no seg-mento de farináceos e especiarias, ingressa no mercado de snacks com o lançamento da linha de salgadi-nhos de trigo prontos para consumo. “Optamos por esta nova linha para acompanhar uma tendência de mer-cado cada vez mais voltada para produtos prontos e em embalagens

práticas”, informa Luiz Kurita, diretor comercial da Hikari. A linha de salga-dinhos Hikari é composta por quatro opções de sabores: Queijo, Salsa e Cebola, Churrasco e Pizza. Produzidos com farinha de trigo, os snacks são acondicionados em embalagens individuais de 60g de BOPP coextru-dado, fornecidas pela Itaprint, que também criou o design. O vidro como

cartão postalA fim de gerar impacto nas gôn-dolas das seções de maionese, ao mesmo tempo explorando o apelo da reutilização de embalagens, a Bunge lançou uma edição limitada de sua marca Primor em potes de vidro decorados com serigrafia em duas cores. A série, denominada Postais do Brasil, destaca através da decoração das embalagens, concebida pela Pande, algumas imagens de cartões postais bra-sileiros, como a Ópera de Arame de Curitiba, o Elevador Lacerda de Salvador e o Museu de Arte de São Paulo (MASP). Os potes são da Owens-Illinois do Brasil.

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A Rezende, empresa mineira adquirida há sete anos pela Sadia, modernizou o visual de toda sualinha de alimentos congelados, composta por mais de 100 itens. Sob o slogan “Casa gostosa tem esse sabor”, a maior reformula-ção empreendida pela marca em 44 anos de atividade privilegiou a adoção de cores mais vivas. A opção foi por padronizar os invó-lucros, que passam a apresentar grafismos em branco e azul. A aposta da Team Créatif, agência francesa responsável pelo projeto, também inclui a logomarca, cujo símbolo passa

a ser uma casa impressa sobre fundo azul e detalhes em amarelo, em substituição ao antigo painel cinza e vermelho. Outra novidade é a inclusão de receitas nas emba-lagens, demanda identificada em pesquisas com consumidores. Os materiais dos recipientes variam entre embalagens flexíveis de polie-tileno de baixa densidade forneci-das pela Maxiplast e pela Incoplast, termoformados da Unipac e car-tuchos de papel cartão impressos pela Brasilgráfica e Gráfica Estrela.

A Kory´s Produtos Alimentícios está abastecendo o mercado de food service com a nova sobremesa gela-

Mangas dentro e fora das taçasda Mister Mousse, feita à base de sorvete cremoso de manga. O pro-jeto gráfico foi abraçado pela RNA Design, agência de Campinas (SP)

que remodelou os antigos copos termoformados com

impressão serigráfica. Agora a sobremesa é acondicionada em taças de polipropileno de 120 mililitros fornecidas pela Sonoco For-Plas, com rótulo termoen-colhível impresso em seis cores

pela Italpack. Os selos metálicos que vedam as taças são forneci-

dos pela Emplal.

Cores vivas e padronizadas

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Kaiser Gold com praça ampliada

Comercializada desde 1995 na região Sul, a cerveja premium Kaiser Gold agora chega a São Paulo e a toda região Sudeste. Segundo a Kaiser, o lançamento atende a pedidos de consumidores, que aumentaram devido aos resultados de um teste cego feito por jorna-

listas, que conside-rou a Gold a melhor cerveja premium do país. O produto chega à nova praça nas versões garrafa de 600 mililitros e long neck de 355 mililitros, ambas da Owens-Illinois do Brasil, decora-das com rótulos da Dixie Toga. A con-cepção gráfica dos rótulos é da agên-cia Giovanni, FCB.

Visuais deixam fins clarosChamex Colors, Chamex Toner Líquido e Chamex Super, três versões de papéis para escritório da International Paper, estão com apresentações renovadas. Desenhadas pela Portal Publicidade, as embalagens agora estampam ícones que ressaltam a finalidade do produto. No Chamex Toner, por exemplo, gotículas

de tinta sobre folhas de papel comunicam a eficiência do produ-to em aplicações com toner. Detentora do licencia-mento da marca HP para papéis, a International Paper também renovou o layout dos envoltórios dessa linha, composta pelas variantes Office e Laserjet. Eles agora seguem o mais recente padrão visual adotado mundialmente pela empresa de tecnologia. “As especifi-cações estão com fonte maior, o que facilita a leitura e a diferenciação entre os produtos”, explica Antonio Gimenez, diretor de marketing da IP. As embalagens de Chamex e HP são produzidas em papel laminado com BOPP pela Teruel (Papéis Amália).

Chopp, vinho e suco de uva de uma só vezNa onda dos mix de bebidas com frutas, a Worldbev, produ-tora das cervejas e refrigerantes Lecker há quarenta anos, lança Draft&Wine, mistura de chopp, vinho e suco de uva. O inusita-do coquetel é distribuído em

todo o Brasil em latas de aço da Cia. Metalic Nordeste, também responsável pela impressão dos rótulos, em off-set seis cores. O design foi elaborado pelo departamento de marketing da Worldbev.

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Bola de PET, a jogada daCoca-Cola de olho na CopaManá para as promoções, a Copa do Mundo já começa a inspirar criativas edições limitadas de embalagens. Uma delas vem da Coca-Cola: uma garrafa inovadora, cujos contornos explicitam a ligação com o megae-vento esportivo que acontecerá na Alemanha a partir de junho. Propalada como “Coca-Cola oficial da torcida”, a Copabola Coca-Cola consiste numa embalagem de PET de 400 mililitros com aparência de bola de futebol. “É uma embalagem com o formato da paixão nacional”, diz Mônica Horcades, diretora de marketing da Coca-Cola Brasil.

A garrafa esférica de Coca-Cola é um projeto mundial, sendo o Brasil um dos primeiros países a receber a novidade. Ela será comercializa-da em supermercados, mercearias, padarias e bares das principais capi-tais do país, numa ação que compre-enderá 40 milhões de unidades até o fim do mês de junho. O desenvolvimento da Copabola brasileira partiu de um modelo do México, e reuniu esforços de pro-fissionais da Coca-Cola Brasil e da

Amcor PET Packaging. A pro-dução da garrafa divide-se entre a Amcor e a Engepack.

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Meta: criar gestores de embalagem

entrevista >>> Fábio Mestriner e Lincoln Seragini

em designer, nem engenheiro. Um novo curso de especialização da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) será lançado em São Paulo, em maio próximo, com a proposta de formar profissionais com

know-how em gestão estratégica de embalagem. Classificada como pioneira no Brasil por seus criadores, a idéia visa melho-rar a qualidade dos departamentos de gestão de embalagem das empresas usuárias. “Os poucos profissionais que atuam nessa área não têm formação específica”, diz Lincoln Seragini, diretor da agência Seragini Farné, um dos maiores especialis-tas em formação de marcas e ligado ao ensino de embalagem há quase trinta anos. Seu parceiro na criação do novo curso, Fábio Mestriner, é presidente da Abre (Associação Brasileira de Embalagem), diretor da Packing Design e Inteligência de Embalagem e foi um dos responsáveis pelo lançamento, quase dez anos atrás, do curso de design de embalagem da ESPM, hoje referência no assunto.Denominado Curso Avançado de Administração de Embalagem, o programa tem carga horária de 360 horas/aula

e duração de aproximadamente quinze meses. É destinado a profissionais que já atuam na cadeia de embalagem, e pretende preencher uma lacuna no setor. “Existem cursos de graduação e pós-graduação ligados a embalagem”, diz Mestriner, “mas nenhum tem a proposta de formar profissionais que saibam lidar com comunicação, marketing, design, gestão, enfim, todos os aspectos do gerenciamento de embalagens.”Por ocasião do lançamento do curso, EMBALAGEMMARCA entrevistou os dois profissionais para saber das perspectivas dessa carreira no mercado brasileiro de embalagem. Mais que aspectos ligados ao novo programa de ensino, a conversa ren-deu uma análise crítica de Mestriner e Seragini do papel dos profissionais que decidem sobre embalagem no Brasil.

Qual o perfil do profissional que atua na área de gestão de embalagem no Brasil?LINCOLN SERAGINI – Existe uma defasagem entre a importância da embalagem para as empresas, para a economia e para a sociedade e a qualidade da gestão da embalagem.

Essa é uma das áreas mais atrasadas. Poucas empresas têm a função de gerente de embalagem no Brasil. Elas não só ganham mais dinheiro, como controlam melhor seus custos e aumentam o poder de competição da embalagem, man-tendo-se atualizadas e aproveitando-se dessa complexa cadeia.

Qual a formação desse profissional?LS – Quem trabalha nessa área de gestão não tem formação específica. É um profissional híbrido. É um engenheiro de alimentos, um designer. Ele não tem uma formação especia-lizada. A infra-estrutura da indústria de emba-lagem é muito boa. Mas nosso ponto fraco é a gestão. Nem todas as empresas entenderam

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AÇÃO

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Embalagem, o programa tem carga horária de 360 horas/aula Essa é uma das áreas mais atrasadas. Poucas empresas têm a função de gerente de embalagem no Brasil. Elas não só ganham mais dinheiro, como controlam melhor seus custos e aumentam o poder de competição da embalagem, man-tendo-se atualizadas e aproveitando-se dessa complexa cadeia.

Qual a formação desse profissional?LStem formação específica. É um profissional híbrido. É um engenheiro de alimentos, um designer. Ele não tem uma formação especia-lizada. A infra-estrutura da indústria de emba-lagem é muito boa. Mas nosso ponto fraco é a gestão. Nem todas as empresas entenderam

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AÇÃO

Duas das maiores referências brasileiras em embalagens, o designer e presidente da Abre Fábio Mestriner e o consultor e designer Lincoln Seragini, explicam porque decidiram criar um novo curso de gestão estratégica de embalagem com o aval da ESPM

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sos de embalagem precisam fazer essa interface com a área técnica. A embalagem funciona como ferramenta de marke-ting e veículo de comunicação. Portanto, os novos gestores da embalagem vão ter que ser capazes de propor programas de utilização intensiva da embalagem como tal. No futuro só existirão embalagens com alguma ação promocional.

Vocês estão pensando em criar um profis-sional que não existe. Mas a função também não existe. Não seria necessá-rio primeiro convencer as empresas da necessidade desse profissional? FM – De fato estamos fazendo algo revolucionário, a exemplo do que ocor-reu quando a Bauhaus, na Alemanha, nos anos 20, criou sua escola de design para formar um novo profissional, o designer. Até então esse profissional não existia. Nem o conhecimento para formá-lo. Mas a necessidade desse pro-fissional já existia. No nosso caso, a necessidade é gritante. Só que não existe a disciplina, tampouco a metodologia. Um dos objetivos do curso é formar a metodologia de gestão. A ESPM tem um exemplo bem sucedido nesse sen-tido que é o curso de design, prestes a completar dez anos. Nesse curso foi desenvolvida e sistematizada a metodo-logia do design de embalagem, que está publicada nos livros que escrevi, hoje adotados por mais de trinta universidades no Brasil. O precursor disso é o Lincoln, que está ligado à ESPM desde 1975. Nosso objetivo é fazer a mesma coisa com a gestão estratégica da embalagem: desenvolver uma metodologia para sub-sidiar o trabalho desses profissionais e, ao mesmo tempo, abrir espaço para que

eles atuem nas empresas. Esse curso é apoiado por um con-junto de indústrias de embalagem: Owens-Illinois do Brasil, Suzano Petroquímica, Rigesa, Novelprint, Gegraf e Canguru Embalagens.

Como funcionam hoje os departamentos de embalagem das empresas usuárias?LS – Ao mesmo tempo que não existe esse modelo de gestão, muitas empresas têm a gerência de embalagem. Qual a dife-rença? Geralmente, essas gerências são parciais, elas não têm domínio nem influência geral na decisão. O problema é que esse profissional não foi treinado para isso. Ele gerencia parte daquele tripé. O Brasil está atrasado nesse sentido. O design e a inovação são temas principais hoje. As grandes empresas

o papel que a embalagem desempenha no seu negócio. Além de componente obrigatório do custo, ela influencia na venda. A evolução da embalagem está muito mais na conveniência e no impacto de prateleira, na estética. Na hierarquia da embala-gem, primeiro estão os novos tipos de embalagem, que levam séculos para ser inventados. Depois vêm os materiais, também muito raros de serem renovados. Depois vem o processo. No quarto degrau já entram a estética e a comunicação. E o último é a conveni-ência. Nos últimos anos, o design tem sido mais importante do que a tecno-logia. Do ponto de vista de gerencia-mento, a embalagem é órfã dentro das empresas. Não tem quem mande. Mesmo quem manda não tem pleno domínio. Só responde pela parte téc-nica, mercadológica ou econômica. Não há um profissional que cuide da gestão dessas três áreas. Com isso, a empresa tira pouco proveito dessa equação. A embalagem é um componente do custo, mas nem sempre está claro quem define o nível de custo. O marketing apenas diz que o preço de venda do produto não pode passar de X. A embalagem influencia também na lucratividade. A questão é a seguinte: quem gerencia isso? Historicamente, o especialista de embalagem não tem influência na decisão final. Trata-se de uma lacuna. O gerente de embalagem é um mero executor. Esperamos que o curso seja capaz de preencher esse vazio, for-mando profissionais especializados em gestão de embalagem. Mais de 70% de todos os produtos comerciali-zados no mundo têm embalagem. Se a empresa entender a contribuição da embalagem, para o bem e para o mal, ela vai buscar esse tipo de profissional.

Cursos como os oferecidos pela Escola de Engenharia Mauá, ou pela Anhembi Morumbi, para ficar em exemplos de São Paulo, não vinham preenchendo essa lacuna?FÁBIO MESTRINER – Os outros cursos existentes não têm esse perfil, eles são mais voltados a técnicas. O curso da Mauá é de pós-graduação em engenharia de embalagem. Ele tem um módulo de design, mas é um curso técnico. Já o da Anhembi Morumbi é um curso de design. O conceito por trás do curso da ESPM é marketing, comunicação e administração. Buscamos reunir essas três especializações. Trouxemos ainda um módulo de tecnologia. As pessoas que vão gerir os proces-

entrevista >>> Fábio Mestriner e Lincoln Seragini

Vocês estão pensando em criar um profis-sional que não existe. Mas a função também não existe. Não seria necessá-rio primeiro convencer as empresas da necessidade desse profissional? FMrevolucionário, a exemplo do que ocor-reu quando a Bauhaus, na Alemanha, nos anos 20, criou sua escola de design para formar um novo profissional, o designer. Até então esse profissional não existia. Nem o conhecimento para formá-lo. Mas a necessidade desse pro-fissional já existia. No nosso caso, a necessidade é gritante. Só que não existe a disciplina, tampouco a metodologia. Um dos objetivos do curso é formar a

muito raros de serem renovados. Depois vem o processo. No quarto degrau já entram a estética e a comunicação. E o último é a conveni-ência. Nos últimos anos, o design tem sido mais importante do que a tecno-logia. Do ponto de vista de gerencia-mento, a embalagem é órfã dentro das empresas. Não tem quem mande. Mesmo quem manda não tem pleno domínio. Só responde pela parte téc-nica, mercadológica ou econômica. Não há um profissional que cuide da gestão dessas três áreas. Com isso, a empresa tira pouco proveito dessa equação. A embalagem é um

nível de custo. O marketing apenas “Nosso objetivo é desen-

volver uma metodologia

para subsidiar o trabalho

dos profissionais e, ao

mesmo tempo, abrir

espaço para que eles

atuem nas empresas”

Fábio Mestriner

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de consumo do mundo estão implantando vice-presidências de design. A inovação do produto em si mesmo está se esgo-tando. Mais do que recipiente, a embalagem é esse fator de diferenciação. Não é aceitável que, dentro desse contexto, no Brasil não se dê a devida importância estratégica para a gestão de embalagem. FM – A maioria das gerências de embalagem existentes nas empresas atua apenas no nível ope-racional.

Esse modelo de formação que vocês querem implantar já existe lá fora?LS – Sim, já existe mestrado em ges-tão de embalagem há muitos anos lá fora. Mas muitos dos avanços recentes estão ligados às escolas de design. Nesse curso haverá uma disciplina chamada design mana-gement. Embalagem é um serviço ou uma indústria? Quem lidera as definições de embalagem? Qual a embalagem ideal para um produto ou uma empresa? Quem responde essa pergunta? Não é mais o marke-ting. O design vai liderar o processo não só de concepção, mas de resolu-ção de problemas. O designer é o pro-fissional mais completo que existe. O engenheiro, por melhor que seja, é uni-direcionado para atividades pro-dutivas, de qualidade. O marketing e o financeiro também são específicos. O profissional mais completo é o designer, no sentido de que ele é um integrador. FM – Apesar dessa colocação, não queremos causar rivalidade entre designers e engenheiros. Mas é ine-gável que o designer está presente na relação de todos os componentes, isto é, o fabricante, a indústria usuária, o canal de distribuição e o consumidor. Ele é o elemento integrador. Por isso há oito anos existe um comitê de design na Abre cujo objetivo é promover a integração do setor com a indústria de embalagem. Há cinqüenta agências participando atualmente. No lado das indústrias, essa idéia de integração também não é nova. Prova disso é que o curso da ESPM terá um convênio com a Abre, através de seu comitê de educação. Esse tipo de parceria existe desde a gestão do Sérgio Haberfeld (ex-presidente da Abre). A indústria está pre-ocupada em desenvolver o ensino de embalagem no Brasil. Os associados da Abre terão descontos nesse curso. A abre apóia não apenas esse curso, mas também os da Mauá, da FAAP, da Anhembi Morumbi, do IED (Istituto Europeo di Design)

entrevista >>> Fábio Mestriner e Lincoln Seragini

e de outras entidades que promovem o ensino de embalagem no Brasil.

LS – Vale lembrar também que o designer é o intérprete, mas ele não é treinado na tecnologia. Como ele pode pro-jetar algo se não domina os limites e as tecnologias? Além da ferramenta técnica, é preciso ter a liderança da gestão,

para não apenas otimizar o projeto, mas vender a decisão para a alta gestão. É um profissional precioso. As experiências de gerência de embalagem no Brasil são poucas, e merecem ser citadas. Eis alguns nomes de empresas: Procter & Gamble, Johnson & Johnson, Natura, O Boticário, Nestlé e Sadia. Estas já perceberam a importância da embala-gem. Montaram uma equipe inteira que cuida da estrutura da embalagem, do custo, da fabricação e da especificação.

Esses departamentos têm poderes deci-sórios?LS – Nem sempre. Até porque não se decide a respeito de uma embalagem com base apenas em informações sobre a estrutura de seu material. É preciso aprovar o conceito global da embalagem e otimizá-lo. O defeito que vejo na gestão atual é a falta de um profissional dentro dessas empresas com influência na tota-lidade. Mesmo nas grandes empresas, não é o gerente de embalagem que define o design. Ao contrário. Ele vai ver se dá para fabricar, se o equipamento é bom, se rotula, se é possível manusear, transportar etc. Essa é a equação central do problema. A última geração é formada por profissio-nais que lideram o todo, que dizem para a empresa o que a embalagem deveria ter.

A carga horária do curso é de 360 horas/aula. Isso é suficiente para formar um profissional desses?FM – Sim, desde que ele já tenha experiência e pré-requisitos. É preciso já ter formação universitária, ou, se não tiver, que ao menos já tenha trabalhado com embalagem. Os alunos serão selecionados. LS – Importante também é que esse profissional anseie, que queira ser gerente. Ele vai ser treinado para assumir liderança. Se isso não acontecer, não ofereceremos ao mercado o bene-fício de estar treinando pessoas especiais. A função só será consagrada se a indústria entender e apoiar. Qualquer função precisa de apoio da alta direção. Faz falta no Brasil uma etapa preparatória para estudantes de administração e engenharia,

empresas atua apenas no nível ope-

Esse modelo de formação que vocês querem implantar já existe lá fora?

– Sim, já existe mestrado em ges-tão de embalagem há muitos anos lá fora. Mas muitos dos avanços recentes estão ligados às escolas de design. Nesse curso haverá uma disciplina chamada design mana-gement. Embalagem é um serviço ou uma indústria? Quem lidera as definições de embalagem? Qual a embalagem ideal para um produto

essa pergunta? Não é mais o marke-

para não apenas otimizar o projeto, mas vender a decisão para a alta gestão. É um profissional precioso. As experiências de gerência de embalagem no Brasil são poucas, e merecem ser citadas. Eis alguns nomes de empresas: Procter & Gamble, Johnson & Johnson, Natura, O Boticário, Nestlé e Sadia. Estas já perceberam a importância da embala-gem. Montaram uma equipe inteira que cuida da estrutura da embalagem, do custo, da fabricação e da especificação.

Esses departamentos têm poderes deci-sórios?LSdecide a respeito de uma embalagem

“O designer é o intérprete,

mas ele não é treinado na

tecnologia. Além da

ferramenta técnica, é

preciso ter liderança da

gestão, para não apenas

otimizar o projeto”

Lincoln Seragini

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Esse profissional tem a missão de ser completo. Qual o conhe-cimento que ele teria dos diferentes materiais e processos industriais de produção?LS – Para gerenciar um processo não é preciso ser especialis-ta. A missão de um gerente é coordenar trabalhos de terceiros. Entender do maior para o menor. Dominar os fundamentos de compatibilidade química dos materiais, e também as regras econômicas. Antigamente as próprias indústrias usuárias tinham que fazer testes, pesquisas para desenvolver novas idéias de embalagem. Isso está passando para os fornecedo-

res, que, para evoluir, também tiveram de aprender design, tomar a iniciativa de ofere-cer idéias novas. A pressão de preço aumentou a busca por diferenciais. Aí os fornecedores passaram a oferecer ser-viços. Mais uma razão para ter dentro da empresa usuária a figura do gestor.FM – Teremos um módulo de tecnolo-gia. A idéia é que o profissional não tenha conhecimentos profundos em todos os aspectos da embalagem, como tampa, rótulos, sistemas de transporte, mas saiba interagir com a indústria, obtendo o máxi-mo que ela pode oferecer. Ele precisa ser capaz de desenvolver uma interlocução qualificada, inclusive com o engenheiro de embalagem, que não será substituído nem dispensado.

Como surgiu a idéia do curso?FM – Trabalho na ESPM há treze anos. Buscamos há certo tempo trazer para o Brasil um curso internacional de gestão estratégica do design. Esse projeto não saiu, mas continuamos trabalhando na idéia. Aí partimos para esse modelo.

Tem crescido o número de empresas que se propõem a prestar consultoria

de embalagem. Esse é um mercado potencial para os futuros alunos?LS – Sim. E é muito bom que isso ocorra, pois abre campo de trabalho. As agências não devem enxergar os consultores como uma ameaça. Há espaço para todos, e só assim o merca-do de embalagem será capaz de evoluir e crescer ainda mais no Brasil.

entrevista >>> Fábio Mestriner e Lincoln Seragini

por exemplo, entenderem a importância da embalagem no negócio. Historicamente a embalagem é vista como um custo, um mal necessário. A cultura das empresas valoriza o produ-to. Pensa-se: “O produto eu faço, a embalagem eu compro de terceiros.” Ora, por que as grandes empresas não têm uma embalagem exclusiva, patenteada? Nenhuma empresa grande parte desse princípio. Latinhas de cerveja são todas iguais.

Mas as empresas patenteiam o design gráfico. No lado estru-tural, existe o eterno exemplo da garrafa da Coca-Cola...FM – É verdade, a própria Nestlé patenteou a lata do Leite Moça.LS – Há exemplos, mas são poucos. Cito outro. O Marlboro, quando nas-ceu, patenteou a caixinha flip top. Ninguém pôde comprar. Hoje todo mundo usa, mas a exclusividade durou dez anos. Por causa disso, só disso, a marca ganhou a liderança mundial. Esse futuro gerente que nós queremos formar precisa ser subsidiado com ferramentas e argu-mentos para conseguir alcançar a liderança. Não é um passe de mágica, é um processo. O mais importante é vender a idéia. Sem escola não nasce a função.FM – Um médico consegue fazer uma cirurgia porque aprendeu os procedi-mentos médicos. Daí a importância da metodologia sistematizada. Esse profissional novo não vai decidir tudo sozinho. Ele deve atuar junto com o pensamento estratégico da empresa. A dificuldade hoje é atuar no nível de decisão estratégica. É de se esperar que as decisões vão melhorar. É preci-so ter poder de veto. Um dos módulos do curso é o design management, que será de responsabilidade de Ellen Kiss, que fez mestrado em design management na Inglaterra. O Lincoln falará sobre ino-vação, tema em que é referência no mercado. Eu falarei sobre metodologia e fundamentos de design, além de uma disciplina nova, inteligência de embalagem. É uma metodologia em que são utilizadas ferramentas estratégicas para estabelecer um programa de embalagem na empresa. A idéia é que os alunos saibam montar e operacionalizar um programa de inteligência de embalagem na empresa. O design é uma dessas ferramen-tas. O marketing e a comunicação, outra. Nesse campo, a ESPM tem um primeiríssimo time de professores. Buscamos formar pessoas que, além do conhecimento técnico das ferra-mentas, tenham instrumentos de compreensão do consumidor, do varejo, do marketing e da comunicação.

res, que, para evoluir, também tiveram de aprender design, tomar a iniciativa de ofere-cer idéias novas. A pressão de preço aumentou a busca por diferenciais. Aí os fornecedores passaram a oferecer ser-viços. Mais uma razão para ter dentro da empresa usuária a figura do gestor.FMgia. A idéia é que o profissional não tenha conhecimentos profundos em todos os aspectos da embalagem, como tampa, rótulos, sistemas de transporte, mas saiba interagir com a indústria, obtendo o máxi-mo que ela pode oferecer. Ele precisa ser

– É verdade, a própria Nestlé

– Há exemplos, mas são poucos. Cito outro. O Marlboro, quando nas-ceu, patenteou a caixinha flip top. Ninguém pôde comprar. Hoje todo mundo usa, mas a exclusividade durou dez anos. Por causa disso, só disso, a marca ganhou a liderança mundial. Esse futuro gerente que nós queremos formar precisa ser subsidiado com ferramentas e argu-

liderança. Não é um passe de mágica, “Esse futuro gerente que

nós queremos formar

precisa ser subsidiado

de ferramentas e argu-

mentos para alcançar

a liderança. Sem escola

não nasce a função”

Lincoln Seragini

Serviço:Início das aulas: 3/5/2006Carga Horária: 360 horas/aulaDuração: 15 mesesMais informações: (11) 5081-8225 ou [email protected]

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reportagem de capa >>> molhos

Consolidado no país após oito anos, mercado de molhos prontos para saladas vive prenúncio de maiores investimentos em apresentação

Por Guilherme Kamio

Mais tempero à frente?

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Mais tempero à frente?efrigerante, margarina, sabão em pó. Produtos como esses, hoje tri-viais na cesta de compras do brasi-leiro, foram trazidos ao país pelas

multinacionais e rapidamente se tornaram hits de consumo. Os molhos para saladas pare-cem seguir essa carreira. Ano após ano, desde sua estréia nas gôndolas nacionais, cerca de oito anos atrás, essas misturas condimentadas ganham popularidade. Entre 2002 e 2004, por exemplo, o faturamento desse mercado saltou de 334 milhões de reais para 460 milhões

de reais, aponta a mais recente leitura divulgada pela AC Nielsen. A verda-de é que os salad dressings, como os molhos para saladas são conhecidos nos Estados Unidos, onde fazem tre-mendo sucesso, atraem progressiva-mente a atenção do ramo alimentício – e também do setor de embalagens.

pó. Produtos como esses, hoje tri-

multinacionais e rapidamente se tornaram hits

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bém conta a favor do frasco de PET na área de molhos, somado ao seu custo atraente, “o fato de que nos últimos anos o setor de embalagens tem aperfeiçoado a construção de embalagens do material com notável squeezability” – a capacidade de o frasco dispensar o conteúdo ao ser apertado.

Mesmo sem precisar romper com esses quesitos, porém, ainda nota-se hesitação em partir para projetos de embalagens exclusivas. Belizário, da Olveplast, situa que os formatos standard respondem pela grande maioria dos frascos escoados pela empresa às marcas de molhos para saladas. (A propósito, para dar conta de um salto na demanda pelos frascos para molhos, a Olveplast investiu meses atrás em ampliação do ferramental, agregando um novo molde ao seu parque). No entanto, o exe-cutivo confirma já notar sinais de preocupação de alguns clientes em obter embalagens identi-ficadas com suas marcas.

Inovação em gotasUm deles é a Castelo Alimentos, que ban-cou o projeto de frascos para molhos com formato gotejado, sem ombros. Projeto que também denota uma preocupação em fugir da estandardização de embalagens de dressings é o dos frascos dos molhos Kenko, da Sakura Alimentos, que igualmente apresentam um per-fil de gota. “Muitas vezes não vale se limitar a seguir as embalagens do líder”, comenta Salles, da Amcor PET Packaging, com propriedade

Produtora das embalagens dos molhos da Masterfoods (Uncle Ben’s), a PremiumPlastic é uma das fornecedoras atentas ao fenôme-no. “A busca de conveniência na alimentação faz a categoria decolar”, avalia Gian Piero Bortone, gerente de vendas da transformadora. “O produto também vem sendo beneficiado pelo crescimento do mercado de consumidores single”, lembra Carlos Belizário Júnior, gerente industrial da Olveplast, de onde saem os frascos dos molhos de produtores como Cargill (Liza e Purilev), Castelo Alimentos e GL Laboratories. Consolidadas no Brasil, as gôndolas de molhos agora aguardam aquilo que é inevitável em qualquer segmento de largo consumo com ascendente disputa entre marcas: apresentações diferenciadas de produto.

Sucede que os molhos para saladas do mercado interno ainda utilizam embalagens bastante similares, dominadas pelo binômio frasco transparente de PET e tampa flip-top. De acordo com os fornecedores, trata-se de uma solução “redonda” para o produto, aclamada nos países de onde a mania dos dressings foi importada. Como o produto tem alto apelo visual, com condimentos coloridos dispersados em seu interior, e não é afetado violentamen-te pelos raios ultravioleta, diferentemente de molhos como ketchup e mostarda, a embalagem transparente faz todo sentido. Segundo Rodolfo Salles, gerente de desenvolvimento e engenha-ria da Amcor PET Packaging do Brasil, tam-

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APOSTA – PremiumPlastic acaba de inaugurar nova

fábrica de olho na clientela em salad dressings

ASCENSÃO – Clientela da Olveplast cresce na área de molhos; frasco da Castelo (à dir. na foto) aposta no perfil de gota

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(áreas de pega) diferentes”. Belizário, da Olveplast, propõe frascos com geo-metrias alternativas, “porém sempre com respeito à ergonomia, fator cru-cial para esse tipo de embalagem”.

Uma amostra de como há espaço para se lançar embalagens inovadoras para molhos no Brasil é dada por um lançamento internacional. O produto

em questão é um chutney da marca Sharwood’s, da fabricante inglesa Centura Foods. Seu frasco de PET de 322 mililitros, produzido pela RPC, grande fabricante européia de embalagens rígi-das, tem orientação invertida. A tampa flip-top fica na base e o rótulo é aplicado seguindo a disposição de cabeça para baixo. “Queríamos algo insinuante, que apelasse ao consumidor de molhos, e conseguimos”, comenta Helen Williams, gerente da marca Sharwood’s. O certo é que, conforme o setor nacional de embalagens deixa claro, existem condições para inovar na apresentação de molhos para sala-das. Elas estão à mesa. Caberá aos fabricantes decidir se valerá a pena dar maior tempero às prateleiras do produto.

Amcor PET Packaging(11) 4589-8000www.amcor.com

Olveplast(11) 4191-8222www.olveplast.com.br

PremiumPlastic(11) 4655-1051www.premiumplastic.net

RPCwww.rpc-group.com

Sart/Dreamaker(11) 3887-4133www.sart.com.br

(áreas de pega) diferentes”. Belizário, da Olveplast, propõe frascos com geo-metrias alternativas, “porém sempre com respeito à ergonomia, fator cru-cial para esse tipo de embalagem”.

para se lançar embalagens inovadoras para molhos no Brasil é dada por um lançamento internacional. O produto

em questão é um chutney da marca Sharwood’s,

– a empresa fabrica os frascos da Sakura e os da poderosa família de molhos Hellmann’s, da Unilever, pioneira e líder do segmento no país.

A Hellmann’s seria uma capitã natural de inovações em embalagem na área de molhos. Convém lembrar que a Unilever não titubeou em migrar as maioneses da mesma marca dos potes de vidro para o PET há cerca de dois anos. Só que a marca líder somente atualizou os shapes de seus frascos uma vez em oito anos. A prioridade tem sido os upgrades nos visuais dos rótulos, sendo que o último deles, no ano pas-sado, ficou a cargo da agência Sart/Dreamaker. “A lógica de quem está na dianteira parece ser a de não mexer em time que está ganhando”, pondera um especialista em embalagens que pede para não ser identificado.

Do balcão da PremiumPlastic, que acaba de inaugurar uma nova fábrica com GMP próprio para o atendimento da indústria alimentícia, em Arujá (SP), o gerente de vendas Gian Piero Bortone informa que estão em curso “alguns projetos de frascos personalizados para esse segmento”. Atualmente, a empresa produz fras-cos exclusivos somente para os dressings da Masterfoods. “Estamos dispostos a estudar for-matos diferenciados para esse tipo de embala-gem”, diz Bortone. Segundo ele, o crescimento do mercado implicará em desenvolvimentos de novos tamanhos de frascos, tanto menores – de olho nas pessoas que moram sozinhas – quanto maiores – para famílias com quatro ou mais

integrantes.Outros profis-

sionais até sugerem mudanças mais radi-cais. “Impressões em serigrafia, como ocorre em frascos de xampus e cosméticos, poderiam ser inte-ressantes para dife-renciação de linhas de molhos”, sugere Salles, da Amcor PET Packaging. “Outras possibilidades são o uso de engravings (relevos) nas paredes da embalagem, conci-liado com os rótulos, e projetos de grips

TENDÊNCIA – Lá fora, chutney inova com base invertida

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DIANTEIRA – Amcor PET Packaging produz os frascos da líder Hellmann’s e da Sakura/Kenko (no destaque), uma das marcas que apostam na fuga dos frascos standard

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24 >>> EmbalagemMarca >>> março 2006

lássicos dos balcões de pada-ria e das mesas de bares, restaurantes e lares brasileiros, os molhos de mesa – pimenta,

molho inglês, molho de alho – começam a atender a um clamor de boa parte de seus entusiastas: a substituição das tampas de rosca por mecanismos flip-top. Para o consumidor, a tampa basculante significa conveniência. É prática, não se perde e dispensa o uso da faca ou de outro ins-trumento pontiagudo para o corte do batoque plástico que tradicionalmente conjuga-se à tampa de rosca. Em vez do batoque, as tampas flip-top que vêm sendo utilizadas pelos molhos de mesa utilizam um bico dosador, que controla o fluxo do produto.

Uma das mais recentes adeptas das tampas flip-top nessa área é a Fuchs do Brasil, produtora dos molhos Jimmi. As peças são importadas de fornecedores alemães cujos nomes a empresa não revela. Segundo a Fuchs, a troca das tampas elevou as vendas, embora a empre-sa também se esquive de detalhar números. “A flip-top permite a abertura dos frascos apenas com o polegar, enquanto a tampa de rosca requer o uso das duas mãos para abertura e fechamento”, lembra a gerente de marketing da companhia, Ana Lúcia Schledorn. “A pra-ticidade é incomparável”. Clássico da Jimmi, o molho inglês foi o escolhido para estrear o novo fechamento. O sucesso trasladou a solução ao shoyu e aos molhos de alho e de pimenta, todos cativos dos frascos de vidro da Owens-Illinois do Brasil.

Conforme situa Luiz Adolfo Basqueira, diretor comercial da Jaguar Plásticos, umas das poucas empresas a fornecer tampas flip-top para frascos de 150 mililitros no país, os dosadores possuem diâmetro calculado de acordo com a espessura do líquido, para que ele seja servido na medida exata. As medidas do orifício também levam em consideração o equilíbrio dimensional do frasco, de modo a

reportagem de capa >>> molhos prontos

CMolhos de mesa investem em apelo prático com tampas flip-top

Fator polegar em altaevitar que sobras do molho escorram quan-do a embalagem volta à posição vertical, explica Ricardo Rodrigues, representante comercial do grupo. As tampas injetadas da Jaguar foram elaboradas para a aplica-ção em frascos de PET, mas podem ser usadas em recipientes de vidro, desde que a terminação do gargalo tenha as mesmas dimensões.

A segurança também é um quesito avaliado pelos usuários na hora de levar adiante a substituição das tam-pas de rosca pelas flip-top. Ocorre que alguns modelos destas últimas já incorporam um lacre protetor. Tome-se como exemplo a Sakura, cujas tampas flip-top recém-adotadas para a linha Kenko de molhos de mesa envasados em frascos de PET apresentam um anel rígido de segurança ao redor do fechamento. Os den-tes que unem o lacre ao corpo da tampa são destacados no

momento da abertura.A substituição das tampas dos

molhos Kenko foi realizada há cerca de um ano e baseou-se em extenso programa de pesquisas mercado-lógicas e de desenvolvimento técnico, segundo afirma Henry Nakaya, gerente de marketing da companhia. “O resultado”, afirma o executivo, “foi a apro-vação total por parte do consu-midor, que informou sentir-se mais seguro. Isso se refletiu no aumento das vendas acima das expectativas da empresa”. Nakaya, no entanto, também mostra-se refratário a revelar dados de desempenho merca-dológico e a identidade do forne-cedor das flip-tops da Sakura. É um indício de como as tampas acionadas pelo polegar vêm sendo encaradas como ferramenta estratégica para aumentar vendas na categoria.

EM VOGA – Mais práticas que as de rosca, tampas

flip-top começam a ser estrategicamente adotadas por marcas como Jimmi (à dir.) e Kenko (acima)

Jaguar Plásticos(19) 3867-2831www.jaguar.ind.br

Owens-Illinois do Brasil(11) 6542-8000 www.oidobrasil.com.br

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rotulagem >>> alimentos

Nível de gordura trans de alimentos deverá ser informado nas embalagens a partir de agosto

Para transmitiruem avisa é a Anvisa, a autoridade máxima em vigilância sanitária no Brasil. A partir de agosto as embalagens das indústrias alimentícias terão de exibir a quantidade presente em seus produtos

de gordura trans – ou ácido graxo transverso, substância que aumenta o nível do chamado colesterol ruim no organismo. A nova regra foi escrita pela Anvisa em conjunto com os órgãos competentes dos demais países do Mercosul, a fim de padro-nizar a apresentação dos alimentos e facilitar seu trânsito no bloco geopolítico sul-americano.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a gordura trans não ultrapasse 1% do consumo calórico diário. Essa informação, porém, dificilmente constará das tabelas nutricionais a serem adotadas pelos alimentos brasileiros. “Não podemos recomendar o consumo mínimo de uma coisa ruim como a gordura trans”, declarou a gerente de produtos especiais da Anvisa, Antonia Maria de Aquino, ao diário O Estado de S. Paulo. Segundo ela, diversas indústrias já ava-liam seus produtos, para modificar embalagens e adaptar-se às novas regras da Anvisa.

Ações de reforço do caráter informativo das embalagens têm gerado barulho mundo afora. O McDonald’s, por exemplo, já encampa uma política mundial de estampar informações nutricionais minuciosas em suas embalagens. Lançados em fevereiro, no início da vigésima edição dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Turim, na Itália, os novos recipientes chegarão às 20 000 unidades da rede até o fim de 2006. Um artigo recente da revista The Economist ventila que, com decisões desse tipo, empresas como o McDonald’s não apenas visam polir suas imagens, mas também garantir um “álibi” para possíveis que-relas futuras com consumidores que alegarem prejuízos à saúde causados pela ingestão de seus gordurosos quitutes.

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CUIDADO – Novas embalagens do McDonald’s, com dados nutricionais, são apresentadas pelo presidente mundial da empresa, Mike Roberts, em Turim. Rigor informativo das embalagens também recrudesce no Brasil

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Anvisa: (61) 3448-1000 • www.anvisa.gov.br

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oas novas para o merchandising em ponto-de-venda chegam do exterior, através de cartas. São os displays dobráveis e de fácil

montagem Lamà, patenteados pela empresa francesa Marin’s. A grande cartada des-ses expositores: desmontados, eles adqui-rem tamanho reduzido, sendo guardados em envelopes. Assim, toda a sua logística, incluída aí a realocação em grandes espaços, como supermercados e megastores, é prática e simples. Segundo a fabricante, os displays Lamà reduzem de 20% a 30% os custos com transporte, além de garantirem economia em manuseio, armazenagem e montagem no PDV.

Quem recentemente aderiu aos displays Lamà foi a Colgate brasileira, para apre-sentar sua linha infantil de escovas dentais. Literalmente de olho no crescimento do seu público-alvo, a Colgate optou por um mode-lo de papelão com mais de 2 metros que traz, em uma das laterais, uma régua de 1,5 metro. Com ela, as crianças podem medir sua altura a cada ida ao supermercado. A estrutura é composta por 24 gancheiras, com capacida-de para cinco escovas cada uma.

Os displays Lamà também estão atu-almente espalhados por 1 350 agências do Unibanco, em projetos com janelas transpa-rentes de PVC e dimensões de 1,90 metro de altura e 65 centímetros de largura. É esse formato, de acordo com José Cosme Fernandes, diretor da filial brasileira da Marin’s, o de maior saída no país. O executivo situa que os displays Lamà são impressos em até seis cores, em equipamentos da própria fornecedora, e contemplam uma série de modelos. Além das com gancheiras, existem versões com vitrine, prateleiras e mesas para degustação. Para este ano, está previsto o lançamento de novos displays com função de outdoor e versões de quatro faces.

marcas >>> ponto-de-venda

BAgilidade e redução de custos são trunfos de novos displays dobráveis

Do envelope à exposição

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GIGANTE – Colgate opta por modelo de display com 2 metros para apresentar sua linha de escovas infantis. A estrutura vem com uma régua para medir o tamanho dos pequenos consumidores

Marin´s(11) 4148-3008www.marins.net

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tecnologia >>> higiene e beleza

Projeto mostra potencial das embalagens que exalam fragrância do cosmético acondicionado

Ao faro finoaior sinestesia, ou seja, combinação de experi-ências sensoriais, é algo que as indústrias de bens

de largo consumo, principalmente de cosméticos, cada vez mais procu-ram trabalhar em suas embalagens. A essas empresas, a química americana Eastman propõe uma interessante solu-ção: recipientes produzidos com plás-ticos de alto valor agregado contendo aromas encapsulados, que se dispersam no ambiente.

Um exemplo prático dessa possibili-dade está sendo exibido num programa de amostragem da empresa, nomeado Material Difference. Nele, um pote de espessas paredes transparentes, mol-dado por injeção e sopro com Glass Polymer, um grupo de termoplásticos que emulam propriedades visuais e táteis do vidro, acondiciona um creme com fragrâncias de chocolate, baunilha e laranja batizado com a marca fictícia Chocolatine. A tampa do pote emprega uma resina natural aromatizada (acetato de celulose), produzida com uma tec-nologia de encapsulação que lhe con-fere a mesma fragrância do produto

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Eastman(11) 4506-1000www.eastman.com.br.

DOCE – Tampas exalam odor de chocolate, o mesmo do conteúdo

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acondicionado. Além de atrair o olfato, o odor exalado, o mesmo do produto, desestimula violações da embalagem no ponto-de-venda.

Segundo a Eastman, o Chocolatine demonstra como a sinergia de diferentes competências pode criar produtos ino-vadores. O projeto só conseguiu tomar forma graças a uma parceria entre a quí-mica e a casa espanhola de fragrâncias Eurofragrance, a fabricante sul-coreana de embalagens para cosméticos EJ Pack e a americana Rotuba, produtora da linha Auracell de cápsulas de aroma. Conforme a Eastman sublinha, a amos-tra “ilustra o potencial da encapsulação e a qualidade do Glass Polymer na pro-dução de recipientes com paredes gros-sas e geometria complexa. Informações sobre o programa de amostragem Material Difference podem ser aces-sadas no Eastman Innovation Lab, um site criado pela química americana para estimular inovações em design (www.innovationlab.eastman.com).

EJ Packwww.ejpack.comRotubawww.rotuba.com

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a tentativa de jogar água fria sobre os concorrentes de um mercado aquecido, cujo faturamento foi de 2,8 bilhões de reais em 2005,

a Unilever decidiu apostar em um produto inovador unindo duas marcas líderes – Omo e Confort – em um mesmo detergente em pó. O crossover faz todo sentido. Segundo uma pesquisa realizada pela empresa, 56% das consumidoras de Omo também usam o amaciante Comfort. Outro fator embasa boas perspectivas para o produto: a combinação do sabão em pó Surf, de apelo popular, com o amaciante Fofo, lançada cerca de um ano atrás, é um sucesso. Já responde por 25% das vendas da marca Surf e alcançou cinco pontos de market share.

Para a apresentação do novo Omo, foi necessária uma solução em embalagem que destacasse os dois componentes, porém dando mais ênfase ao sabão em pó, estrela principal da parceria. Os cartuchos de papel cartão “horizontalizados” da Dixie Toga, já utilizados em outros itens da linha Omo desde meados de 2005, foram os escolhidos. A caixinha bojuda, mais baixa e de maior comprimento lateral e maior profundida-de, recebe impressão em rotogravura cinco cores com a marca Omo sublinhada pela palavra Confort em curvas “costuradas”, que buscam aludir à maciez. Um verniz especial na embalagem barra a umidade, evitando o endurecimento do pó.

A novidade contraria a onda de estratégias de promoção do tipo “dois em um”. Andréa Salgueiro, diretora de marketing de higiene e limpeza da Unilever, explica que o intuito é incentivar a combinação das poderosas marcas na lavagem de roupas, tornando o casamento um sinônimo de máxima eficácia. Prova disso – e de que a multinacional não quer ver arrefecidas as vendas do amaciante –, paralelamente, a Unilever lança nova edição de Comfort, justamente com a mesma fragrância do detergente em pó (Aloe Vera) e uma peque-

marcas >>> limpeza doméstica

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Cruzamento de Omo e Comfort é a nova tática da Unilever para se perpetuar na liderança em limpeza de roupas

Para amaciar a concorrência

na tarja na embalagem com a frase “recomen-dado por Omo”. As garrafas de polietileno de alta densidade (PEAD), fornecidas pela Sinimplast, ganharam rótulos auto-adesivos impressos pela Prodesmaq em off-set cinco cores mais a aplicação de verniz UV. Assim como a combinação de Omo e Comfort, a nova embalagem do amaciante também foi desenha-da pela Rex Design, que optou por repetir as linhas costuradas e os grafismos em forma de coração onde aparece o termo Aloe Vera.

Foram investidos 15 milhões de reais no projeto do novo Omo, cuja divulgação segui-rá a campanha “Porque se sujar faz bem”. Em busca de manter a liderança de mercado de 40,4%, segundo o instituto AC Nielsen, o novo item da marca irá disputar faixas de preço de cinco a seis reais, próximas ao emer-gente concorrente Assim, da Assolan.

Dixie Toga(11) 6982-9497www.dixietoga.com.br

Prodesmaq(19) 3876-9300www.prodesmaq.com.br

Rex Design(11) 3862-5121www.rexnet.com.br

Sinimplast(11) 3683-0137www.sinimplast.com.br

DUPLA LIDERANÇA – Novo Omo com toque de Confort se vale de 56% das consumidoras que compartilham a preferência entre o sabão em pó e o amaciante

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em sempre as embalagens primárias são consideradas parte integrante dos medicamentos, e isso pode oca-sionar sérios problemas. Veja-se o

caso das tampas de borracha, largamente utili-zadas nas embalagens de fármacos injetáveis. Reações químicas indesejáveis entre esses pro-dutos e a fórmula do medicamento, vedação imprecisa e a fragmentação da borracha, liberan-do partículas no produto, são exemplos de riscos aos quais as drogas ficam expostas quando estudos de sua compatibilidade com as tampas pecam em rigor. Só que nem sempre é possível estabelecer níveis de segurança nessa interação. Atenta a isso, a americana West Pharmaceutical Services, importante fornecedora de embalagens para a indústria farmacêutica, disponibiliza aos

fechamentos >>> medicamentos

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Tampa de borracha com flúor garante segurança de medicamentos injetáveis

Risco zero

FLÚOR – Tampas da West possuem revestimento fluoretado: segurança para fármacos injetáveis

seus clientes uma linha de tampas especiais.Com a marca FluroTec, essas tampas de

borracha possuem um filme de revestimento fluoretizado. “Esse revestimento proporciona uma barreira, evitando reações entre tampa e conteúdo que produzem os chamados extraíveis orgânicos e inorgânicos, substâncias indesejá-veis para a droga, e minimiza a interação entre a droga e a tampa, mantendo a integridade do medicamento”, explica Vanessa Marks, analista de marketing da subsidiária brasileira da West. A West, através do seu Departamento de Suporte Técnico, avalia a necessidade ou não do uso dos revestimentos, bem como a melhor formulação de borracha para cada fármaco, levando em conta a fórmula do produto, seu processo de embalagem e sua forma de aplicação.

West Pharmaceutical Services(11) 4055-6060www.westpharma.com

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32 >>> EmbalagemMarca >>> março 2006

Ano pode ser melhor para o vidroGrande assédioEm fevereiro a Marca Brasil comple-tou um ano registrando 1 045 pedidos de uso. Criada por órgãos governa-mentais para identificar o turismo brasileiro no exterior, a marca pas-sou a ser adotada em embalagens de produtos de exportação de empresas como Matte Leão, Nestlé e Carrefour.

Promoções na ImajeMarcio Caillaux assumiu a gerência operacional da fabricante de codifica-doras Imaje Brasil. O profissional atua na área comercial da empresa desde 1999. Por sua vez, Cláudia Pereira, responsável pela área de marketing da Imaje, assume também a gerência de marketing da América Latina.

Sacolas verdes em vogaNuma iniciativa apoiada pela prefeitu-ra do Rio de Janeiro, a rede de super-mercados Mundial começou a utilizar sacolas produzidas com plástico oxi-biodegradável (de degradação acele-rada). Outra ação com sacolas desse tipo foi encampada pelo Bradesco em praias espalhadas pelo Brasil. As duas embalagens têm a tecnologia D2W, da inglesa Symphony, licencia-da no país pela RES Brasil. Já passam de sessenta os transformadores aptos a trabalhar com a tecnologia.

Tudo sobre PVC na webCom o objetivo de oferecer maior interatividade e mais informações técnicas e ambientais, o Instituto do PVC lançou o seu Portal do PVC na internet (www.portaldopvc.com.br). O portal é dotado de diferentes fer-ramentas operacionais, de modo a facilitar a busca de informações pelos interessados.

Risco nos carrinhosUma pesquisa realizada pelo Comitê de Proteção ao Consumidor da Coréia do Sul mostrou que carrinhos de supermercado são os objetos mais contaminados por bactérias entre os itens freqüentemente usados no dia-a-dia. Em seguida vieram os mouses de cibercafés, as alças de ônibus e as maçanetas de banheiros públicos.

O segmento de embalagens res-pondeu por 31,1% do faturamento das produtoras de vidro em 2005 – ou 1,168 bilhão de reais –, conso-lidando-se como principal negócio do setor. Tais dados constam do mais novo Anuário da Abividro – Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas do Vidro, que acaba de ser lançado. No capítulo sobre embalagens, o volume destaca cases aborda-dos numa recente reportagem de EMBALAGEMMARCA (nº 75, novembro de 2005), como os novos potes das conservas Olé e do creme Nutella e as garrafas da cerve-ja Bohemia Confraria e do rum Montilla. O presidente da entidade, Jean-Pierre Floris, visualiza um crescimento de 3% a 4% em 2006 para o setor vidreiro. “A Copa do

Mundo deve aquecer os negócios para os fabricantes de embalagens e de equipamentos para televisores”, aposta o executivo.0800 7720 207 • www.abividro.org.br0800 7720 207 • www.abividro.org.br

Sigdopack quer ampliar a presençaMais um sintoma do bom momen-to para os filmes de polipropileno biorientado (BOPP) na América do Sul. A holding chilena Sigdo Koppers anunciou que sua sub-sidiária Sigdopack irá construir uma nova planta desse material na Argentina, próxima a Buenos Aires. Com isso, a Sigdopack irá dobrar sua capacidade, hoje de 31 500

toneladas anuais, baseada na pro-dução de sua matriz de Santiago. O investimento na nova fábrica será de cerca de 50 milhões de dólares. Importados por algumas convertedoras nacionais, os filmes de BOPP da Sigdopack são utili-zados por aqui principalmente no segmento de salgadinhos. www.sigdopack.cl

“Como já era previsto, nossa indústria não viveu uma situação confortável diante da série de dificuldades enfrentadas durante o ano de 2005. Situação muito diferente de 2004, ano que foi excelente para o setor”

De Eli Kattan, presidente da Afipol – Associação Brasileira dos Produtores de Fibras

Poliolefínicas. O setor faturou cerca de 700 milhões de reais em 2005. As produções de

sacaria para açúcar, fertilizantes e rações caíram respectivamente, em unidades, 20%,

21,7% e 13,4% comparadas às de 2004. Somente a sacaria para grãos, que representa

apenas 4% do volume total da produção do setor, se destacou, registrando alta de 37,7%.

Kattan estima que o setor irá crescer de 3% a 5% em volume em 2006.

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Marcas fortes também influem em insumos. Quase cinco meses após ter adquirido o controle da Polibrasil, criando a Suzano Petroquímica, o Grupo Suzano anuncia que irá utilizar a marca PP-Polibrasil em seus negó-cios. “O objetivo da ação é reforçar a comu-nicação com os clientes, resgatando o antigo nome da companhia que durante décadas foi referência no mercado de polipropileno no Brasil e na América Latina”, explica o diretor-superintendente da Suzano Petroquímica, José Ricardo Roriz Coelho. A companhia detém cerca de 45% de participação no mercado nacional de polipropileno e 500 clientes locais.

Retomada da referência

Papel cartão conquista MoscouMaior cervejaria russa, a Baltika tornou-se cliente da Klabin. A indústria brasileira fornece as novas multipacks de papel cartão que a engarrafadora utiliza para comercializar quatro unidades de garrafas long neck. O leste europeu é uma região promissora para os negócios da Klabin. Lá, o conceito de multipack cartonada ainda é novo, assim como o formato long neck de garrafas de vidro (na foto ao lado). A mesma multipack da Baltika também é exportada para outros países europeus e para os Estados Unidos.

Basf propõe espumas avançadasEm vez das espumas de polies-tireno expandido (EPS), que ela ajudou a difundir há quase cinqüenta anos com a célebre marca Isopor, a Basf agora quer popularizar uma outra solução para a produção de embala-gens de transporte e proteção. Trata-se da Neopolen P, linha de espumas de polipropileno expan-dido (EPP) que acaba de ganhar cinco novas variantes. Segundo a gigante química alemã, o material deriva em peças mais robustas e com melhor desem-penho na absorção de choques

que o EPS. Uma possibilida-de de aplicação dos novos materiais, sugere a Basf, é a produção de embalagens de despacho para refeições com diferentes cores, identificando pratos frios e quentes. Enquanto aguardam utilizações em massa como embalagem, os novos grades do Neopolen P já come-çam a ser utilizados na criação de brinquedos. É o caso de um conjunto de tijolos encaixáveis da alemã DVHV (veja a imagem abaixo).www.basf.de/neopolen

Papel cartão conquista Moscou

garrafas long neck. O leste europeu

negócios da Klabin. Lá, o conceito

Olhos atentos a um mercado em expansãoA julgar pelos números divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), não é difícil descobrir para que ramo a indús-tria de embalagens deve mirar seus esforços em 2006 se não quiser perder um bonde certeiro. Segundo a associação, 109 novas empresas foram criadas em 2005, todas devidamente autorizadas e regulamentadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Esse número significou um aumento de 8,7% em relação ao ano anterior. Um dos destaques do crescimento é o Estado da Bahia, que viu sua indústria cosmética aumen-tar em dezesseis empresas de 2003 até final de 2005. Para este ano, o cenário continua promissor. Segundo o presidente da Abihpec, João Carlos Basílio da Silva, os próximos obje-tivos são combater a informalidade sanitária e garantir o tratamento adequado às pequenas e médias empresas do setor. “Por serem ágeis e dinâmicas, elas conseguem identificar nichos especiais, lançar produtos diferenciados e abrir novos mercados”, afirma ele.www.abihpec.org.br

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esquise-se, nas divisões de marke-ting das indústrias de bebidas, a reputação das garrafas de PET para o envase a quente de chás,

sucos e isotônicos. Seguramente pedras voarão sobre os chamados painéis de dilatação dessas embalagens. É compreensível. Tais painéis, esqueletos frisados ou estriados projetados nas paredes das garrafas, são vistos por muitos que cuidam da imagem dos produtos como um mal necessário. Ocorre que, se por um lado eles acomodam o vácuo formado quando o líquido acondicionado resfria e se contrai, evitando deformações da garrafa, por outro eles com-plicam a rotulagem, embargam a ergonomia e cerceiam a liberdade de design da embalagem. Boas novas para os apedrejadores: garrafas de PET desprovidas dos painéis laterais começam a se difundir no exterior, e algumas delas já podem ser adquiridas aqui.

plásticas >>> bebidas

P

Garrafas para envase a quente com paredes lisas, sem painéis de dilatação, prometem polir a imagem do PET nas gôndolas de sucos, chás e similares

Um novo trunfo na lisura

FOTO

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ULG

AÇÃO

Uma dessas garrafas libertas dos painéis, ou panel-less, na definição em inglês, é a PowerFlex, da Amcor PET Packaging, lançada em meados do ano passado. Em vez dos arcabouços laterais, é a sua base que absorve a distorção ocasionada pelo vácuo. Como um diafragma, a base con-verge para o interior da garrafa à medida que o líquido resfria, ganhando o formato de um cone invertido. As primeiras utilizações da nova garra-fa aconteceram nos Estados Unidos, no segundo semestre de 2005, com uma família de chás prontos da Tradewinds Tea e com águas com sabores da marca Trinity Springs.

Rodolfo Salles, gerente de desenvolvimento e engenharia da subsidiária brasileira da Amcor PET Packaging, situa que um trabalho de apre-sentação da PowerFlex ao setor nacional de bebidas já se encontra em curso. “A atenção despertada por essa embalagem é enorme”, relata o executivo. De acordo com ele, a PowerFlex

PIONEIROS – Chás prontos Tradewinds estão entre os primeiros clientes da garrafa sem painéis PowerFlex, da Amcor PET Packaging

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pode rodar nas mesmas linhas de envase a quen-te das garrafas contendo painéis, e também nas linhas de enchimento para vidro, com mínima ou nenhuma alteração de configurações.

Atividade é da baseSob o nome comercial ATP (sigla para Active Transverse Panel, ou “Painel Transverso Ativo”, numa tradução livre do inglês), outra garrafa de PET para hot-fill sem painéis laterais é destacada pela americana Graham Packaging. A empresa brande o pioneirismo na área, tendo lançado ofi-cialmente sua embalagem em agosto de 2004, e também vantagens de custo em relação à concor-rência. “Nossas garrafas ATP são as mais leves do mercado”, afirma John Denner, diretor de serviços globais de desenvolvimento da matriz da Graham Packaging. Conforme ele explica, a ATP funciona a partir de mecânica similar à da PowerFlex, cabendo à base da garrafa o papel

ativo na absorção do vácuo. Por ora, a principal usuária da ATP é a produtora americana de chás prontos Honest Tea.

Com uma operação brasileira hoje mais focada na produção de embalagens para óleos automotivos, alimentos, defensivos agrícolas e cosméticos, a Graham se aquece para investir sobre as bebidas nacionais cativas do enchi-mento a quente. “Queremos expandir negó-cios entre os engarrafadores brasileiros e nossa garrafa ATP está à disposição deles”, contou a EMBALAGEMMARCA o americano Paul Young, vice-presidente de negócios em PET da Graham Packaging. “De início, as embalagens poderão ser fornecidas via importações. Com massa críti-ca, nossa planta brasileira passaria a fabricá-las.”

Inicialmente, as proponentes das garrafas sem painéis miram as linhas de chás, sucos e outras bebidas apelativas à saúde posicionadas em faixas premium. No raciocínio do americano David Andison, vice-presidente de estratégias de mercado da Amcor PET Packaging, “mui-tas marcas adotaram só vidro por não terem encontrado uma solução em PET que conjugasse envase a quente com nobreza estética”. Para ele, as garrafas panel-less irão virar esse jogo. Nesse ponto, John Denner, da Graham Packaging, lembra que as paredes lisas das novas garrafas de PET permitem decorações com rótulos auto-adesivos ou termoencolhíveis sem riscos dos enrugamentos associados aos painéis. “Ademais, o PET abate custos de frete e é inquebrável, podendo sofrer grandes empilhamentos e explo-rar canais em que o vidro encontra restrições, como casas noturnas.”

DISPONIBILIDADE Também sem

painéis de dilatação,

garrafas ATP da Graham

Packaging, como as dos chás americanos

Honest Tea, já estão ao alcance

das indústrias nacionais

FONTE – PowerFlextambém foi adotada para águas com sabor da Trinity Springs

Amcor PET Packaging(11) 4589-3000www.amcor.com

Graham Packaging(11) 3901-7900www.grahampackaging.com

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CONGRAF

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CONGRAF

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42 >>> EmbalagemMarca >>> março 2006

Braskem(11) 3443-9999www.braskem.com.br

Milliken(11) 3043-7170www.clearpp.com

Packpet(11) 4198-7750www.packpet.com.br

Sidel(11) 3783-8800www.sidel.com

m vias de completar seu primeiro aniversá-rio, a garrafa de polipropileno (PP) de alta transparência produzida pela Packpet, pioneira mundial na sua fabricação em escala pelo

processo de injeção, estiramento e sopro – conhecido pela sigla em inglês ISBM – engatou marcha rápida no mer-cado de bebidas. Conforme situa Vitor Garcia, diretor da transformadora, a nova embalagem de PP já atende a mais de quinze clientes nos ramos de refrescos, bebidas mistas e repositores energéticos. “Assim como outros segmentos, esse mercado também tem necessidade de embalagens transparentes em resposta à demanda do consumidor”, pondera o dirigente.

Desenvolvida com investimentos de um tripé com-pletado pela petroquímica Braskem e pela fabricante de aditivos químicos Milliken, e com a participação da produtora de máquinas Sidel, a garrafa veio bem a calhar para o quadro brasileiro, em que a maior parte das peque-nas e médias engarrafadoras de refrescos, alicerçada em produção de menor escala, tinha dificuldade de diferen-ciação com custo competitivo. “A garrafa transparente de PP permite que essas marcas aumentem sua percepção de valor, e isso é notado pelo consumidor”, defende Garcia. “Ademais”, ele frisa, “no processo de produção ISBM o gargalo é injetado, permitindo um tamponamento perfeito, sem vazamentos e sem necessidade de uso de selos de vedação, refletindo de um lado redução de custos e de outro maior confiabilidade perante o consumidor”.

Para aplicações mais sofisticadas, a embalagem de PP suporta envase a quente, a temperaturas de até 95º C, desde que o design seja adequado, com a utilização de painéis de dilatação (veja reportagem na pág. 36). Adorado por ameri-canos e europeus, o envase a quente de bebidas em embala-gens plásticas, principalmente garrafas de PET, ainda possui uma base usuária seleta no Brasil. “Em relação ao PET a nossa garrafa só perde em propriedades de barreira a gases, porém permite uma redução significativa de peso graças à superior resistência do PP à alta temperatura”, explica Garcia, sem perder de vista o potencial do envase a quente no aquecido mercado nacional de bebidas, cada vez mais favorável a produtos apelativos à vida saudável.

plásticas >>> sucos e chás

E

Em um ano, garrafa de PP de alta transparência conquista produtores pequenos e médios de refrescos ao aliar vantagens de custo e de imagem

Rápida popularidade

FORÇA - GuaraPower é uma das mais de quinze bebidas que adotaram a garrafa de PP da Packpet

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lobalizar, mas com um olhar regio-nal. Esse desafio permanente para as multinacionais acaba de inspi-rar uma solução apaziguadora da

Coca-Cola. Para promover a nacionalização da sua grife mundial Minute Maid, um bastião da categoria de sucos prontos para beber, com 59 anos, a gigante americana decidiu mesclá-la à brasileiríssima Sucos Mais, que ela adquirira em agosto do ano passado, criando assim a linha Minute Maid Mais. A nova marca come-çou a aportar no varejo em fevereiro.

De acordo com Sandor Hagen, diretor de novos produtos da Coca-Cola Brasil, a inclusão dos sucos Mais sob o chapéu da Minute Maid irá alinhar ainda mais o portfólio brasileiro da companhia ao seu padrão internacional, permitindo maior sinergia com outros países e economia de escala em promoções e marketing. “Ao mesmo tempo, a marca Mais, um caso de sucesso no Brasil, continuará na memória dos consumidores”, afirma o executivo. A princí-pio, a Minute Maid Mais preservará o mix de embalagens dos Sucos Mais, composto por caixinhas Tetra Brik Aseptic de 200 mililitros e de 1 litro da Tetra Pak, latinhas de alumínio

marcas >>> sucos prontos

Tutelando linha Mais, Minute Maid, referência mundial em sucos, chega ao Brasil

Uma grife global à Mais

DIV

ULG

AÇÃO

Ana Couto Branding & Design(21) 3205-9970www.anacouto.com

Owens-Illinois do Brasil(11) 6542-8000www.oidobrasil.com.br

Rexam(21) 3231-3300www.rexamcan.com.br

Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

CARTÃO DE VISITA Caixinha Tetra Brik Aseptic é um dos

suportes da Minute Maid Mais. Latinha e garrafa de vidro são os outros

Gde 355 mililitros da Rexam e garrafa de vidro one way de 250 mililitros da Owens-Illinois do Brasil. “As embalagens, porém, agora apresen-tam um visual mais moderno, graças ao novo grafismo”, defende Hagen, aludindo ao trabalho de design coordenado pelo escritório Ana Couto Branding & Design.

A chegada da Minute Maid passa recibo do desejo da Coca-Cola de faturar mais no mer-cado de bebidas não-carbonatadas com apelo saudável. O presidente da operação brasileira da companhia, o americano Brian Smith, não cansa de exaltar o potencial do segmento de sucos prontos no Brasil, onde o consumo anual per capita é ainda baixo. “No México esse consumo é o triplo do brasileiro, e nos Estados Unidos ele chega a ser quinze vezes maior”, diz Smith. Na ocasião de sua compra pela Coca-Cola, a Sucos Mais era uma típica marca regional. Sua distribuição se restringia a 3 000 pontos-de-venda concentrados no Rio, em Minas, no Espírito Santo e em parte de São Paulo. Sandor Hagen antecipa que a meta é

passar das atuais 20 000 lojas para 130 000 num curto prazo. “A Minute Maid Mais terá presença nacional”, ele antecipa.

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46 >>> EmbalagemMarca >>> março 2006

proxima-se a data em que as etiquetas inteligentes, baseadas na identificação por radiofreqüência (RFID, sigla em inglês para Radio Frequency Identification) farão parte do cotidiano das empresas

brasileiras de varejo. A previsão é feita pela IBM Business Consulting Services, que coloca 2008 como o ano-chave para a difusão da tecnologia. O diagnóstico se baseia em uma ampla – e pioneira – pesquisa realizada pela área de consultoria da IBM com 114 companhias instaladas no Brasil. Dentre as 104 cujo faturamento anual supera os 100 milhões de dólares, 53,4% pretendem adotar as eti-quetas em até três anos. Atualmente, 6,2% delas já coloca-ram em testes os benefícios trazidos pela inovação, entre os quais se destacam a melhoria na gestão dos estoques e a maior eficiência nas operações.

No entanto, os dados colhidos em seis meses de estudo revelam que, aqui, a efetiva adoção de identificação por radiofreqüência como procedimento padrão tem nos altos custos de implementação sua principal barreira. A ava-liação se confirmou em entrevistas com outras quarenta companhias, todas com faturamento superior a 1 bilhão de dólares. Dentre essas, o número de iniciativas de uso de RFID sobe para 32%. Segundo Marcelo Pedroso, gerente de consultoria da IBM, em meio a esse cenário recém-des-cortinado, o Brasil se encontra em situação privilegiada: sem sofrer pressões por parte dos varejistas, as empresas avaliam e calculam com calma todos os passos neces-sários para que as etiquetas inteligentes se tornem uma ampla realidade. Em entrevista a EMBALAGEMMARCA, ele comenta as alternativas de sistemas e as possibilidades de redução de custos da tecnologia.

Da pesquisa realizada pela IBM Business Consulting Services, participaram empresas das áreas de manufa-tura, bens de consumo, distribuição, varejo e serviços. Quais desses setores se mostraram mais aptos a adotar as etiquetas inteligentes? Avaliamos, entre outras coisas, o grau de maturidade e de conhecimento que cada área tem sobre RFID. Nos Estados Unidos, o maior avanço foi percebido nas empre-sas de bens de consumo exatamente porque lá é preciso atender aos grandes mandatos dos varejistas. Isso nos leva a deduzir que o principal suporte desse sistema são as embalagens. Já no Brasil, percebemos que as companhias

O tempo está conosco

mais maduras são as de manufatura. Estas vislumbram três principais aplicações das etiquetas inteligentes: monitora-mento de estoque – incluídas aplicações internas ou exter-nas em embalagens; monitoramento através da cadeia de suprimentos; e, em terceiro lugar, a gestão de ativos de alto valor agregado. Percebe-se então que, quando se fala em manufatura, a questão da aplicação na embalagem não tem um foco tão específico. Como não há tanta imposição para que os clientes sejam atendidos dessa forma, temos tempo de analisar com cuidado se vale a pena investir na tecnologia. Isso porque toda vez que uma etiqueta é colo-cada em uma embalagem, em geral isso é feito a partir do sistema chamado open loop, modelo em que a embalagem já etiquetada é enviada ao cliente e não retorna. Dessa forma, a etiqueta passa a ter um custo variável. É justa-mente esse modelo que nós vislumbramos como segunda alternativa de investimentos para as empresas brasileiras. A primeira é o monitoramento de estoque.

O que há de comum entre as expectativas em torno do RFID e as expectativas que anos atrás foram depositadas no e-business?

ASem pressões do varejo, como ocorre lá fora, indústrias nacionais poderão adotar etiquetas RFID da forma mais eficaz aos seus modelos de negócios

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AÇÃO

Marcelo Pedroso, da IBM: “ Brasil é privilegiado”

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48 >>> EmbalagemMarca >>> março 2006

Quando houve a explosão do chamado e-business, isto é, de negócios efetuados por meios eletrônicos, mui-tos tinham uma visão bastante otimista sobre como isso iria se desenvolver. Porém, as empresas brasileiras haviam acabado de realizar fortes investimentos em ERP (sigla para Enterprise Resource Planning, softwa-res que facilitam o fluxo de informações entre todos os departamentos da empresa), com sistemas alinhados ao ano 2000. Havia uma certa postura consensu-al muito semelhante ao que ocorre hoje diante do RFID: as empresas entendiam o que era o mercado em questão e sabiam qual o momento adequado de investir. Assim como acontece hoje em relação à adoção do RFID, o mercado brasileiro não enfrentava grandes pressões exter-nas para investimentos nos sistemas de e-business. As empresas, então, foram investindo de acordo com a necessidade e conforme sentiam que teriam benefícios. Esse é o paralelo fundamental entre as duas situações. Quanto ao RFID, se trata de uma onda que vai ocorrer no Brasil, uma vez que estamos diante de um fenô-meno mundial. Mas devemos con-siderar que tanto o Brasil quanto o resto do mundo ainda estão em uma fase de experimentos. As empresas brasileiras, com algumas exceções, continuam não sentindo uma forte pressão externa, como ocorre com os mandatos adotados por empresas como Wal-Mart, Target, Alberton’s, BestBuy e outras grandes redes de varejo. Ou seja, as grandes corporações que atendem ao mercado americano são as que mais sofrem pressão para adotar as etiquetas inteligentes. Aqui, o tempo está ao nosso lado porque tais mandatos ainda não vigoram de maneira premente. O que há é uma visão de negócios: as empresas olham o RFID como olham outras oportunidades de investimentos em tecnologia ou em processo produtivo.

A pesquisa faz uma relação entre o faturamento das empresas e a possibilidade de adoção futura de sistemas RFID. Observa-se que as empresas maiores avaliam com mais carinho a tecnologia. Essa lógica é peculiar do Brasil?Não tenho conhecimento de pesquisas que associam iniciativas de RFID com o porte das empresas e também não fizemos uma comparação direta sobre isso, mas a pes-quisa identificou claramente o quesito financeiro como a

principal preocupação dos grupos brasileiros. Percebemos que nas empresas com um mínimo de 100 milhões de dólares de faturamento anual a tecnologia pode ser colo-cada em prática com tranqüilidade até 2008. Mas até lá é muito possível que a tecnologia já esteja bem mais barata. Também há a expectativa de que haja reduções contínuas ao longo dos anos, e aí abre-se a possibilidade até de

antecipação do momento. De qual-quer forma, os fatos concretos serão pautados sob os seguintes fatores: postura inovadora, recursos dispo-níveis e retorno financeiro.

O alto custo é apontado como gran-de entrave à disseminação dos sis-temas RFID. Já existem acenos até a etiquetas alternativas desprovi-das de chips, as chamadas chipless tags. Quais as perspectivas de que o custo das etiquetas RFID venha a cair? Uma possibilidade que se abre são as chamadas low cost, ou etique-tas descartáveis. Do ponto de vista financeiro, no modelo citado ante-riormente, em que a embalagem etiquetada não retorna para o vare-jista, a etiqueta entra como custo variável. Nesse caso, é fundamental que as despesas sejam mais baixas. Ocorre que as empresas vêm procu-rando alternativas de baratear ainda

mais o custo e encontraram nos chamados sistemas chi-pless, em que componentes orgânicos fariam o papel de um chip, uma alternativa. É sem dúvida um caminho, mas que ainda precisa passar por testes. Certamente a etiqueta com chip está bem mais à frente, porque foi criada há mais de cinquenta anos e por isso já atingiu maturidade tecnológica.

Quais as chances de etiquetas dotadas de chips serem utilizadas nas embalagens dos produtos? Existem pers-pectivas de adoção em itens de menor valor agregado ou o sistema deverá ser mais usado apenas em embalagens de transporte, que acondicionam grandes quantidades?A perspectiva mais uma vez obedece a uma lógica econômica. Nas aplicações de etiquetas em caixas, a probabilidade de se obter retorno, e conseqüentemente uma avaliação de negócios positiva, é maior. Portanto a tendência é iniciar a aplicação de RFID em caixas e pale-tes: em geral, quanto maior o valor agregado do produto, maior o benefício. Assim certamente os produtos de alto valor agregado também ajudarão na disseminação do uso

“Aqui não existem

os mandatos do

varejo, como nos

Estados Unidos, e

por isso as empresas

brasileiras olham

o RFID como olham

outras oportunidades

de investimento em

tecnologia ou em

processo produtivo”

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março 2006 <<< EmbalagemMarca <<< 49

do RFID. Mas é aconselhável que paletes e caixas sejam os primeiros a serem testados. O senhor vê outras possibilidades de barateamento?Sim, existem alternativas tanto em relação a custos quanto em relação à variedade de modelos. Uma delas é o uso de logística reversa no reaproveitamento de etiquetas, de modo que elas não sejam descartáveis. Algumas empre-sas brasileiras já testaram o uso de etiqueta embutida em paletes retornáveis. Nesse modelo, o investimento é muito menor se comparado ao total investido em uma solução logística.

Como avaliar o custo total da implementação de RFID, uma vez que softwares, antenas e aplicadores devem ser considerados, e não apenas o preço superficial das eti-quetas?Quando os projetos são analisados pela primeira vez, em primeiro plano são ressaltados os custos das etiquetas e, em segundo plano, os custos dos leitores. Entretanto, ainda é nebulosa a percepção de que há um custo total da solução, envolvendo a parte de softwares, de integração, de serviços e mudanças de processos. Para ilustrar essa deficiência de análise, costumo sempre fazer alusão à figura de um iceberg, em que apenas a parte visível – a etiqueta em si – é focada pelas empresas. Mas é preciso perceber o que está escondido, porque no modelo da eti-queta retornável, por exemplo, esse item não se configura como custo principal. Ao contrário: chega a significar uma pequena parcela do total. É importante ter uma visão completa do que trata a solução. O RFID é composto por uma série de vetores, daí a grande variação de custos no desenvolvimento e na aplicação.

Afora as atividades de levantamento de mercado, a IBM Consulting busca uma integração com empresas da cadeia de embalagens, como fabricantes de rotuladoras, ou de impressoras de rótulos?Entendemos que há um potencial muito grande no mer-cado de embalagens. As empresas podem incorporar as etiquetas com chip ou utilizar o próprio chip diretamente nos recipientes. Dentre o que está sendo planejado, des-taco a segunda opção como melhor forma de minimizar custos. O mecanismo funcionaria como um código de barras já impresso nos invólucros. É isso que vemos para o futuro.

Em sua opinião, os sistemas alternativos são concorren-tes ou complementares?Por enquanto, são complementares. Serão concorrentes no futuro, quando o RFID conseguir substituir o código de barras. Hoje isso ainda é inviável, porque os custos do código de barras são baixíssimos.

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50 >>> EmbalagemMarca >>> março 2006

m seu célebre livro Elementos do Estilo Tipográfico, de 1992, o especialista americano Robert Bringhurst dizia que a tipografia “está para a literatura assim

como a performance musical está para a composi-ção: é um ato essencial de interpretação, cheio de infinitas oportunidades para a iluminação ou para a estupidez”. Bringhurst sabia que o uso de famílias tipográficas adequadas assume outras prioridades além da geração de clareza e da facilitação da leitura. O estudo de fontes, ou letterform design, tornou-se uma importante ferramenta de redução das despe-sas de impressão, um aliado diante das pressões de custo que cada vez mais incidem nesse processo. Especialistas defendem que praticamente qualquer produto gráfico – livros, embalagens, panfletos – pode ficar mais barato a partir de análises técnicas das características das letras nele estampadas.

Tal possibilidade é especialmente evidente nas reformulações gráficas a que foram submetidos grandes jornais americanos nos anos 90. Diários e outros produtos editoriais com grande número de páginas conseguiram reduzir de forma considerável suas despesas gráficas apostando em redesign das letras. Com isso, combateram pontos de acúmulo de tinta, dentre outras melhorias guiadas pelos diversos conceitos do letterform design.

A pergunta que surge é se tais análises também podem reduzir custos na produção de embalagens. Sim, dizem os profissionais do ramo, lembrando, por exemplo, que a eliminação do uso de calço de preto em impressões em que tal recurso é desnecessário por si só já rende uma boa economia. “A indústria de embalagem precisa entender que o estudo de letras pode ser caro e demorado, mas, quando bem feito, ele traz ganhos, e invariavelmente se paga”, defende Sara de Paula Souza, da agência Hi Design, especia-lizada no tema.

Corroborando as prerrogativas econômicas, a designer lembra que a partir do letterform design é possível inserir mais informações em menos espaço, diminuindo a quantidade de substrato consumido. No

EEscolha criteriosa de fontes tipográficas pode baratear impressão de embalagens

Para serem esmiuçadas

HARMONIA – Fonte Century Old Style permitiu casamento com o design gráfico das colônias da Anantha. Abaixo, um exemplo de como diferentes letras com mesmo corpo podem apresentar, na prática, tamanhos distintos

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março 2006 <<< EmbalagemMarca <<< 51

campo das embalagens, esse detalhe seria capaz de fazer grande diferença. “Ao mesmo tempo que economiza material, o estudo de letras resol-ve problemas de leitura”, entende Sara, citando como exemplos críticos os contra-rótulos que trazem textos excessivamente condensados, em que as palavras “emendam umas nas outras”.

Tipos podem driblar leisEntre outras curiosidades, o estudo tipográfico mostra que letras com o mesmo corpo podem ter tamanhos diferentes. “Isso significa que a legislação que especifica o tamanho do texto legal de determinadas embalagens pode ser dri-blada”, conta a designer. O letterform design também é indicado para embalagens de produtos destinados à exportação, que podem embaralhar a compreensão dos consumidores ao apresentar num mesmo espaço e com layout mal resolvido textos em dois ou mais idiomas. A tendência de crescimento das técnicas de estudo de letras também se deve ao fato de que medicamentos e outros produtos de venda controlada podem ser retirados do mercado se os textos de suas emba-lagens não apresentarem clareza.

Em termos estéticos, a tipografia no projeto gráfico deve reforçar a harmonia do conjunto de grafismos. “É difícil criar regras de aplicações de estudo de letras, pois os projetos são muito complexos e diferentes uns dos outros”, diz o também designer Gustavo Lassala, professor da Escola Senai Theobaldo De Nigris. No caso da redução de custos, o especialista acredita que ela “só é possível a partir da análise do projeto gráfico como um todo, respeitando as condições do briefing e sabendo conjugar os elementos do estilo tipográfico”.

Sabe-se que, nas embalagens, aplicações de hot-stamping, por exemplo, exigem muitos estudos de espaçamento. Como exemplo de letterform design explorado com sucesso pela indústria de embalagem, Sara de Paula Souza cita as fragrâncias Body Splash, da Anantha, cujo layout foi concebido pela Hi Design. “O ‘tipo’ escolhido para os cartuchos do produto, Century Old Style, transmite um design harmonioso com as ilustrações”, conta ela. “No texto legal, que aparece no verso dos cartuchos, usamos a mesma família tipográfica, com a preocupação de não condensar as letras mais de 85%.”

Hi Design(011) 3834-2821wwww.hi-design.com.br

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Mercado de distribuição...A SPP-Nemo, unidade de distribui-ção da Suzano Papel e Celulose, abraçou o conceito de logística multi-modal, que prevê a utilização de cabotagem e de ferrovias no transporte dos produtos. Além da redução de custos de operação, a empresa visa reduzir o índice de avarias das mercadorias. A SPP-Nemo possui treze unidades insta-ladas no país.

Movimentando-sePor sua vez, a KSR Distribuidora, unidade de negócios da Votorantim Celulose e Papel (VCP), está reali-zando em todo o Brasil a promoção “Compra Premiada”. O objetivo é incentivar os clientes a utilizar o KSR Card – o cartão de compras da companhia. Os clientes que participarem da ‘Compra Premiada’ vão concorrer a um prêmio mensal de 5 mil reais até abril. Todas as filiais da KSR estão envolvidas na campanha.

PrêmioAs inscrições para o Concurso de Identidade Visual do 20º Prêmio Design Museu da Casa Brasileira, tradicional premiação de design de produto do país, vão até o dia 30 de março. A participação é aberta a designers gráficos. A inscrição custa 30 reais, e o ven-cedor receberá um prêmio de 8 mil reais. Os trabalhos deverão ser entregues ou postados para o Museu da Casa Brasileira – Prêmio Design (Av. Faria Lima 2705 – Cep 01451-000 - São Paulo). Mais informações: (11) 3032-3727 ou [email protected]

Mesa gráficaProjetada para fotógrafos, desig-ners, artistas e engenheiros que utilizam múltiplos monitores ou monitores de tela WIDE, a mesa gráfica Intuos3 12x19 é a novidade da Wacom Technology. A Intuos3 12x19 possui uma área ativa e um índice de forma (relação entre altu-ra e largura) que permitem o ajus-te perfeito tanto nos monitores de tela expandida quanto nos monito-res padrão utilizados em conjunto.

A Agfa Graphics está investindo na produção de chapas de impressão fabricadas no Brasil. Segundo a empresa, o recente lançamento do modelo Thermostar P970 marca o início da produção de chapas digi-tais no país, que se juntam à linha de chapas analógicas Meridian P51 e Zenith N555. Com os investimentos, representantes da empresa defendem que a unidade brasileira, localizada em Suzano (SP), se equiparou tecnologicamente às mais moder-nas filiais da Agfa, inclusive à unidade de Wiesbaden, na Alemanha, con-siderada a mais adiantada da rede. No caso das cha-pas Meridian P51 e Zenith N555, o diferencial alega-do é a facilida-de de trabalhar com impressoras rotativas. Outras vantagens seriam

baixo consumo de tinta, tempo de exposição reduzido e agilidade na limpeza. A grande aposta da empresa, entretanto, é no mer-cado de chapas digitais, que não requerem o uso de filme e trazem avanços em termos de resolução e tiragem. Segundo a empresa, no Chile 70% das gráficas já possuem maquinário digital.(11) 5561-5474www.agfa.com.br

Chapas de impressão nacionalizadas

2005 não foi tão mornoA despeito do abrandamento das exportações, o setor gráfico bra-sileiro fechou o ano passado com desempenho acima do esperado. Segundo o Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica), o setor contabilizou em 2005 faturamento de 17,1 bilhões de reais, 6,8% superior aos 16,08 bilhões de reais obtidos em 2004. Descontada a inflação, o cres-cimento ficou em 3,3%, índice superior ao do crescimento do PIB brasileiro em 2005. Artigos de papelaria, com crescimento de 11,2%, e o setor promocio-nal, que evoluiu 10,8%, foram as

áreas com os melhores desem-penhos. Os segmentos editorial, de embalagens e de formulários cresceram menos do que em 2004, com taxas de 4,7%, 5,3% e 8,7%, respectivamente. Os res-ponsáveis pelo estudo da Abigraf creditam os resultados a dois fatores: a valorização do real, que prejudicou as vendas externas, e a concorrência de produtos chi-neses, em especial nos Estados Unidos, principal destino das exportações de cadernos brasi-leiros. Para 2006, eventos como Copa do Mundo e eleições ele-vam as expectativas do setor grá-fico para o mercado interno.

brasileira, localizada em Suzano

inclusive à unidade

www.agfa.com.br

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ngana-se quem atribui destaque único aos plás-ticos nas mais recentes evoluções tecnológicas

das embalagens flexíveis nacionais. Veja-se o caso do Cromopel, da MD Papéis. Papel branco de alta rigidez e de alto brilho especialmente indi-cado para a produção de embala-gens de alimentos, com aptidão para laminação. O segmento de papéis glassines, do qual o Cromopel faz parte, foi alvo de investimentos da ordem de 21 milhões de reais nos últimos dois anos. “O resultado”, conta Carlos Manzini Bonfim, chefe de vendas de flexíveis e crepados da MD Papéis, “é que o produto man-tém o nível de benchmark mundial e responde às mais rigorosas exigên-cias do mercado de embalagens”.

A injeção de capital e melhoria no processo de produção da linha de papéis glassines contemplou maior aproveitamento de largura, veloci-dade de secagem e maior produti-vidade. Os convertedores de emba-lagens aumentaram as garantias de melhor desempenho em impressão, estabilidade do processo, confiabi-lidade de gramatura e do perfil do papel e maior velocidade em máqui-na. “Com isso, atendemos à deman-da por menores níveis de devolução,

custos e retrabalho das embalagens com maior eficiência do processo em linha”, diz Manzini. Na prática, o upgrade na linha de produção de papéis glassines, ele conta, propor-cionaram um aumento significativo de velocidade no processo.

Manzini aponta como emba-lagens que ganharam qualidade de processo com o upgrade do Cromopel as de chicles, de sachês de açúcar, envelopes de figurinhas e sachês de lenços umedecidos. “São aplicações e embalagens com rigo-roso apelo técnico e de qualidade, em que o papel pode ser utilizado na laminação com alumínio, com polietileno e em alguns casos com aplicação de parafina alimentícia. O desempenho em máquina, prin-tabilidade e produtividade são pon-tos fundamentais para a excelência do processo”, descreve o executi-vo. O carro-chefe da MD Papéis para a área de embalagens flexíveis é o Cromopel. Recentemente, a empresa lançou o Cromopack, uma versão mais competitiva usada nas linhas de derivados de milho, “pro-dutos fortíssimos no Nordeste”, assinala Manzini. Os papéis da MD têm certificações nacionais e internacionais para o contato direto com produtos alimentícios.

TRIDENT – Beneficiadopelos aportes no Cromopel

Para evitar a formação de ozônio nos compartimentos que abrigam as lâmpa-das UV usadas pelos equipamentos de impressão com aplicação de verniz, a Heidelberg anunciou o desenvolvimen-to de uma tecnologia ambientalmente correta. Com a marca Inerte, o sistema elimina a formação do ozônio, que normalmente acontece com a elevação da temperatura e da pressão interna do compartimento. Não foi por acaso que a empresa investiu no sistema. Com a família Speedmaster SM 52, Speedmaster CD 74 e Speedmaster CD 102 (foto), a Heidelberg é líder em máquinas instaladas com aplicação de UV. Segundo a empresa, a tecno-logia Inerte é na verdade um sistema opcional de refrigeração das máquinas, que injeta nitrogênio no compartimento da lâmpada UV. Com esse módulo de arrefecimento, evita-se que o oxigênio se transforme em ozônio. A empresa acredita numa boa receptividade do sistema, em função principalmente da crescente preocupação com respon-sabilidade social no ambiente gráfico. Além da questão ambiental, a tecnolo-gia tem a missão de preservar a saúde dos operadores de impressoras. A empresa lembra que a lâmpada UV fica em um compartimento hermético, que não tem contato com o operador. (11) 5525-4500www.br.heidelberg.com

MD Papéis investe em upgrades de glassines

Nível apurado

Compartimentoslivres do ozônio

FOTO

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ULG

AÇÃO

MD Papéis(11) 4605-2364www.mdpapeis.com.br

E

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Um novo espaço para o mercado de embalagens.

O ShowRoom é um espaço criado para gerar negócios na cadeia de embalagens.

As indústrias fornecedoras poderão colocar um perfi l de sua atuação nesse mer-

cado, listando seus principais produtos, detalhando os segmentos de mercados

que atende e mostrando as regiões para onde vende.

Já a indústria usuária poderá usar os mecanismos de busca para procurar forne-

cedores por produtos, mercados de atuação ou outros critérios. Tudo de forma

rápida e direta.

[email protected] • (11) 5181-6533

Conheça o modelo do Show Room no site: www.embalagemmarca.com.br/showroom

Sua empresa não pode fi car de fora. Para saber mais detalhes sobre como fazer

parte desse espaço, entre em contato conosco agora mesmo.

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56 >>> EmbalagemMarca >>> março 2006

Anunciante Página Telefone Site

Altec 19 (11) 4053-2900 www.altec.com.br

Antilhas 43 (11) 4152-1100 www.antilhas.com.br

Arco Convert 11 (11) 6161-8099 www.arco.ind.br

Aro 19 (11) 6462-1700 www.aro.com.br

Braga 37 (19) 3897-9720 www.braga.com.br

Brasil Multimídia 51 (11) 5678-7798 www.brasilmultimidia.com.br

Brasilpack 47 (11) 6283-5011 www.brasilpack.com.br

Colacril 29 (44) 3518-3500 www.colacril.com.br

Congraf 40-41 (11) 5563-3466 www.congraf.com.br

Elástica Comunicação 27 (19) 3837-4873 www.elasticadesign.com.br

Elo Design 7 (11) 3871-9942 www.elopress.com.br

ESPM 30-31 (11) 5081-8225 www.espm.br

Fispal 53 (11) 5694-2666 www.fispal.com

Gumtac/Pimaco 49 (21) 2450-9707 www.gumtac.com.br

Imaje 17 (11) 3305-9455 www.imaje.com.br

Incor Artes Impressas 7 (11) 6143-3336 www.graficaincor.com.br

Indeplast 5 (11) 4056-3500 www.indeplast.com.br

Indexflex 33 (11) 3611-7100 www.indexflex.com.br

Itap Bemis 39 (11) 5516-2097 www.dixietoga.com.br

Kromos 3ª capa (19) 3879-9500 www.kromos.com.br

Limer Cart 25 (19) 3404-3900 www.limer-cart.com.br

Maddza Máquinas 9 (35) 3722-4545 www.maddza.com

Markem 15 (11) 5641-8949 www.markem.com

Master Print 7 (41) 2109-7000 www.mprint.com.br

Moltec 9 (11) 5523-4011 www.moltec.com.br

Pentapack 7 (19) 3458-2655 www.pentapack.com.br

PMMI 23 +1 (703) 243-8555 www.pmmi.org

Poly Vac 13 (11) 5541-9988 www.poly-vac.com.br

Rio Polímeros 2ª capa (21) 2157-7777 www.riopol.com.br

SetPrint 9 (11) 2133-0007 www.setprint.com

SIG Combibloc 35 (11) 2107-6744 www.sigcombibloc.biz

Simbios-Pack 9 (11) 5687-1781 www.simbios-pack.com.br

Sonoco For-Plas 4ª capa (11) 5097-2750 www.sonocoforplas.com.br

Speranzini Marketing 9 (11) 5685-8555 www.speranzini.com.br

Technopack 51 (51) 470-6889 www.technopack.com.br

Tetra Pak 45 (11) 5501-3262 www.tetrapak.com.br

Trade Pack 3 (11) 5093-6511 [email protected]

Wheaton 21 (11) 4355-1800 www.wheatonbrasil.com.br

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A Suzano Petroquímica investe fortemente no desenvolvimento de novas aplicações para o uso do polipropileno, principalmente no setor de embalagens, por se tratar de um segmento estratégico e em crescimento.

Por isso, nossa empresa busca sempre acom-panhar as tendências e os movimentos do mercado e compreende a atuação da Revista EmbalagemMarca como um termômetro para as oportunidades de negócios e para o forta-lecimento do setor no Brasil.

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Almanaque

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O Laticínio Poços de Caldas (LPC), hoje controlado pela francesa Danone, pode ser considerado pio-neiro na fabricação de requeijão cre-moso no Brasil. Uma das primeiras receitas do alimento foi inventada em 1950 por Moacir de Carvalho Dias, responsável pelo laticínio à época. Ele desenvolveu um prepara-do lácteo cremoso bem diferente do queijo minas a que seus fregueses estavam acostumados. O sucesso foi repentino. Mais dura que os requei-jões e especialidades lácteas atuais, a novidade acabou batizada como Poços de Caldas Chisi Cremoso, numa adaptação fonética da pala-vra cheese. Por anos o produto foi vendido em papel laminado acon-dicionado em formas de madeira. Os copos de vidro, que nos últimos anos a empresa substituiu por reci-pientes plásticos, numa migração generalizada na categoria, só seriam adotados em 1964, com ajuda de uma máquina manual para coloca-ção de tampas recravadas. Também na década de 60 a LPC buscou na

França tecnologias para produzir iogurte com frutas, inexistente no país até então. Assim surgiu a par-ceria com a Danone, que chegou ao Brasil em 1970, quando a marca Chisi deu lugar ao nome da multinacional francesa nos rótulos do requeijão Poços de Calda.

Os primórdios do requeijão

É isso mesmo. Na década de 1960, o con-sagrado ator e diretor de Hollywood, então em início de carreira, foi garoto-propaganda da vodca Smirnoff. Na época, a Diageo, pro-prietária da marca, apostava nos famosos de Hollywood para divulgar seu produto. Artistas famosos como Zsa Zsa Gabor, Eva Gabor, Buster Keaton, Vincent Price, Charles Coburn, os irmãos Marx, entre muitos outros, cada um a seu estilo, foram alguns dos garotos-propaganda de Smirnoff.

VOCÊ SABIA?A secular figura da camponesa suíça

em seus trajes típicos que ilustra as latas do Leite Moça, da Nestlé, foi substituída

uma única vez no Brasil. Em 1932 a jovem teria

sido trocada por desenhos alusivos

à Revolução Constitucionalista. Foi a forma que a

empresa encontrou de incentivar as tropas paulistas.

Em fevereiro último foi come-morado o centenário de

nascimento do americano Chester Carlson (foto), inventor do processo de reprodução de textos e imagens a partir de fotocópias. Formado em física, ele era assistente de um advogado quando pensou em desenvolver uma máquina capaz de reproduzir documentos gráfi-cos. Suas primeiras tentativas utilizavam cargas eletrostáticas e materiais foto-condutores com propriedades elétricas sensíveis à luz. Em 22 de outubro de 1938, Carlson criou a primeira ima-gem xerográfica do mundo (10-22-38 ASTORIA). Anos depois ele fundou a The Harold Company, que passou a se chamar Xerox Corporation em 1961. Morreu em 1968.

Woody Allen vendendo vodca?

Morreu em 1968.

O verdadeiro homem que copiava

prietária da marca, apostava nos famosos de

Woody Allen vendendo vodca?

Hollywood para divulgar seu produto.

Coburn, os irmãos Marx,

foram alguns dos garotos-propaganda de Smirnoff.

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Em fevereiro último foi come-morado o centenário de

nascimento do americano Chester

O verdadeiro homem que copiava

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