embalagemmarca 162

36
Ano XIV • Nº 162 • Fevereiro 2013 • R$ 15,00 CHOCOLATES Bombom clássico retorna às gôndolas em envoltório inviolável e parcialmente feito de plástico vegetal ENTREVISTA Marco Wydra, gerente do Think Plastic Brazil, fala da exportação de embalagens e demais artefatos plásticos Balanço digital Que lições estão sendo aprendidas com as ações de mobile marketing, baseadas no uso de QR codes em embalagens? BELEZA Decoração direta de frascos para perfumes e cosméticos evolui e ganha prestígio no mercado brasileiro (Escaneie o código ao lado com seu telefone celular ou tablet e acesse, na internet, versão eletrônica da reportagem. Se não souber como fazê-lo, acesse: emb.bz/162QR)

Upload: embalagemmarca

Post on 27-Mar-2016

263 views

Category:

Documents


6 download

DESCRIPTION

Revista EmbalagemMarca Nº 162 Fevereiro de 2013. Reportagem de capa: Marketing

TRANSCRIPT

Page 1: EmbalagemMarca 162

An

o X

IV •

162

• F

eve

reir

o 2

013

• R

$ 1

5,0

0

CHOCOLATES Bombom clássico retorna às gôndolas em envoltório inviolável e parcialmente feito de plástico vegetal

EnTrEviSTA Marco Wydra, gerente do Think Plastic Brazil, fala da exportação de embalagens e demais artefatos plásticos

Balanço digitalQue lições estão sendo aprendidas com as ações de mobile marketing, baseadas

no uso de QR codes em embalagens?

BELEZA Decoração direta de frascos para perfumes e cosméticos evolui e ganha prestígio no mercado brasileiro

(Escaneie o código ao lado com seu telefone celular ou tablet e acesse, na internet, versão eletrônica da reportagem. Se não souber como fazê-lo, acesse: emb.bz/162Qr)

Page 2: EmbalagemMarca 162
Page 3: EmbalagemMarca 162

Fevereiro 2013 | 3

EditorialUMA COnvErSA COM O LEiTOr

Plataforma de comunicação

“Dado o avanço das

novas tecnologias,

tratamos de nos

sintonizar com elas,

de modo a oferecer a

nosso público mais

do que um punhado

de alternativas para

atingir seus clientes

e interagir com eles”

AnTE A enxurrada de opiniões de todo tipo sobre o futuro da mídia – em meio à qual se profetiza o fim de jornais, revistas e até do rádio, da televisão e do livro – que seriam substituídos por tablets, smartphones e e-books, acha-mos por bem ir com calma. Recordamos que previsões “definitivas” sempre foram feitas quando do advento de novas tec-nologias de comunicação. Profetizou-se que o rádio mataria os jornais. Depois, que a televisão acabaria com o rádio. Mais recentemente, ouviu-se que a inter-net implodiria tudo o que veio antes. Não foi bem assim, e o que se vê é a crescente integração dos diferentes sis-temas de transmissão e recebimento de informações e notícias. Numa palavra, vivemos o mundo da multimídia (ou crossmídia, como também é chamada), que abre amplas possibilidades de estí-mulo ao intercâmbio de conhecimentos e aos negócios.

É isto que nós de EmbalagemMar-ca já vimos fazendo há algum tempo, e apresentamos aqui uma síntese de nossa atuação, para conhecimento dos leito-res. Primeiro, não aceitamos a manei-ra equivocada de algumas pessoas que enxergam a veiculação de anúncios, ou mesmo as publicações, como uma espé-cie de commodity. Não vamos enveredar aqui pela sustentação de que há dife-renças entre os veículos, assim como as existem entre os anúncios. O que queremos é enfatizar que, dado o avanço das novas tecnologias, tratamos de nos sintonizar com elas, de modo a oferecer a nosso público muito mais do que um punhado de alternativas para atingir seus clientes e interagir com eles.

Retomando a divisa adotada quando do lançamento de EmbalagemMarca,

em 1999, lembramos que somos mais que uma revista. Hoje, as empresas irmãs Bloco de Comunicação, que edita a mais inovadora publicação do setor, e Ciclo de Conhecimento, que orga-niza eventos de transformação nessa mesma área, entre elas o Prêmio Gran-des Cases de Embalagem, constituem a base do que definimos como platafor-ma de comunicação e conhecimento no campo da embalagem no Brasil.

O leque de produtos disponíveis por esse conjunto de alternativas de comuni-cação abrange desde a revista impressa, distribuída nacionalmente, e sua versão eletrônica, esta veiculada no site www.embalagemmarca.com.br e via iPad e via plataforma Android, até especialidades. Dentre estas podem ser citados Informes Publicitários combinados na versão físi-ca e na versão digital da revista. Destaca--se também a publicação de livros e fas-cículos especializados em segmentos do packaging e em processos de produção de variados tipos de recipientes e de seus complementos. Os primeiros volumes produzidos por esta divisão estão em adiantada fase de produção e virão a público ainda neste primeiro semestre. Da mesma forma estão em andamento Projetos Especiais focados em diferentes materiais e tipos de embalagens, com seus impactos potencializados pelo uso integrado dos diferentes meios.

Sem cair na tentação do elogio em boca própria, registramos que tudo isso é feito por uma equipe com conhecimento de embalagem acumulado em âmbito nacional e internacional e especializada em produzir comunicação de qualidade.

Até março.WILSON PALHARES

Page 4: EmbalagemMarca 162

SumárioEdição 162 • Fevereiro 2013

Diretor de redação: Wilson Palhares | [email protected] • Editor executivo: Guilherme Kamio | [email protected] • redação: Flávio Palhares | [email protected] • Comercial: Karin Trojan | [email protected] • Wagner Ferreira | [email protected] • Gerente comercial: Roberto Inson | [email protected] • Diretor de arte: Carlos Gustavo Curado | [email protected] • Administração: Eunice Fruet | [email protected] • Marcos Palhares | [email protected] • Eventos: Marcella Freitas | [email protected] • Circulação e assinaturas (assinatura anual R$ 150): Kelly Cardoso | [email protected]

Publicação mensal daBloco Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 5304718-040 • São Paulo, SP(11) 5181-6533www.embalagemmarca.com.br

Não é permitida a reprodução, no todo ou em parte, do conteúdo desta revista sem autorização. Opiniões expressas em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.

Adecol ......................................................................31Baumgarten ..................................................2ª capaBraskem .........................................................4ª capaCongraf ..........................................................3ª capaDesignful ................................................................. 33

Expo Embala .......................................................... 29Feiplastic ..................................................................13Grandes Cases ..............................................18 e 19Indexflex .....................................................................5Label Summit .......................................................... 11

Moltec ..................................................................... 33Plastimagen ............................................................ 23Prakolar ......................................................................7Simbios-Pack ......................................................... 33

Empresas que anunciam nesta edição

3 Editorial Com o avanço de novas tecnologias, EmbalagEmmarca trata de oferecer a seu público mais que um punhado de alternativas para atingir os clientes e interagir com eles

6 Painel Ibema tem novas opções de papel cartão • Hypermarcas cria sistema de coleta de embalagens usadas de esmalte • Vigor adota sistema de fechamento inédito desenvolvido pela Tetra Pak • L’Occitane passa a usar plástico verde em embalagens

12 Medicamentos Sistema dispensador de frasco de colírio evita contaminações e desperdícios

20 Beleza Cresce o uso de decoração direta de frascos de vidro para perfumes e cosméticos

Por Wilson Palhares

24 Entrevista Marco Wydra explica a mudança de posicionamento do Programa Export Plastic, que agora é Think Plastic Brazil

26 Chocolates Brasil é o primeiro país a ter embalagem de bombom da Arcor produzida com matéria-prima vegetal

27 internacional Crise na Europa leva fabricante de vinho a ter sucesso com diversificação de produtos

28 Display Suzano lança edição comemorativa do papel Report • Dubar renova linha de garrafas • 3corações apresenta Cappuccino pronto para beber • Camil relança feijão em caixinha

34 Almanaque Parceria entre Coca-Cola e Mastercard gerou garrafa de colecionador • Slenderella, o primeiro refrigerante em lata de alumínio • Anel evitava contato de cigarro com a mão

12

24

14

26

20

28 34

reportagem de capa: MarketingComo a tecnologia móvel pode ser mais utilizada para construir uma marca? As lições que podem ser aprendidas com os erros das primeiras ações de leituras de embalagens por celulares

Page 5: EmbalagemMarca 162
Page 6: EmbalagemMarca 162

6 | Fevereiro 2013

POr MEiO DE cinco novos produtos – Batali, Blanka, Impona, Pako e Solida –, a Ibema amplia sua gama de papéis cartão. As novidades surgem para complementar o port- fólio da empresa, hoje composto pelas linhas Speciala, Supera e PackPlus. Com os novos cartões, a Ibema pretende não só atender de-mandas de áreas em que já atua, como as de embalagens para alimentos, medicamentos e higiene pessoal, mas também ingressar em novos segmentos de mercado – embalagens de alto valor agregado, com o Solida, e de acopla-mentos, com o Batali, por exemplo. Os nomes dos produtos derivam da língua esperanto (ba-

tali significa “batalhar”; blanka, “alvo/branco”; impona, “apreciável, imponente”; pako, “em-brulho/pacote”; e solida, “sólido”).

De acordo com Fernando Sandri, asses-sor da presidência da Ibema, os lançamentos decorrem de um plano estratégico de investi-mentos, orçado em 20 milhões de reais. Inte-gra o mesmo projeto, entre outras iniciativas, a recente mudança de identidade da companhia (ver a edição anterior de EmbalagemMarca). “Queremos levar ao mercado diferenciais e conceitos inovadores em papel cartão”, afirma o executivo. Confira, na tabela abaixo, caracte-rísticas dos novos materiais:

Pacote de reforçosPAPEL CArTÃO

PainelMOviMEnTAÇÃO nO MUnDO DAS EMBALAGEnS E DAS MArCAS Edição: GUiLHErME KAMiO

[email protected]

Mercado ganha novas opções em papéis cartão para a produção de embalagens

Suzano tem mais um duplex

Sexta geração da família Super 6, o Super 6 Plus é a novidade da Suzano Papel e Celulose no segmento de papel cartão duplex (de capa branca e verso pardo). Segundo a fabricante, o material “apresenta o verso mais homogêneo do mercado, oferece melhor qualidade de impressão e tem rigidez superior”. Seu alvo principal é a produção de embalagens para alimentos e produtos de higiene pessoal e limpeza. O novo cartão está disponível nas gramaturas (g/m2) 225, 240, 260, 275, 295, 320 e 340.

SOLiDA BLAnKA iMPOnA PAKO BATALi

CLASSiFiCAÇÃO SBB GZ FBB GC1 WLC GT4 WLC GT2 WLC GT4

CAMADA Três camadas de celulose de fibras

curtas branqueadas

Camada interna com fibras de alto rendimento, curtas

branqueadas

Camada interna composta de papel

cartão reciclado e fibras de alto rendimento

Camada interna composta de papel

cartão reciclado e fibras de alto rendimento

Camada interna composta de papel

cartão reciclado e fibras de alto rendimento

CAPA e vErSODuplo revestimento

na capa

Capa e verso com 100% de fibras curtas branqueadas; dupla aplicação de coating

Capa de celulose branqueada com duplo

revestimento / Verso de celulose não branqueada

Capa de celulose branqueada com apenas

um revestimento / Verso de celulose

branqueada

Capa de celulose branqueada com duplo revestimento / Verso de

aparas selecionadas

CArACTErÍSTiCAS

Impressão na capa e no verso; Altos

índices de brancura e alvura; Melhor

printabilidade.

Range de variação de gramatura +/- 4% ; Maior índice

de rigidez, bulk e resistência ao rasgo; Altos índices de

brancura e alvura; Alta lisura, com ganho de pontos de

impressão; Alto brilho

Ausência de desprendimento de pó durante a impressão;

Melhor printabilidade; Maior resistência

física em relação aos concorrentes

Opção em baixas gramaturas com

verso creme; Ideal para aplicações em embalagens leves.

Melhor custo benefício em acoplamentos

COr Capa e verso brancos. Capa e verso brancos.Capa branca, verso

marrom claro.Capa branca e verso creme.

Capa branca e verso marrom.

GrAMATUrAS (g/m²)

200, 250, 300 e 325 190, 250, 300, 350190, 200, 225, 250, 275, 300, 325 e 350

180 e 190 190 e 210

APLiCAÇÕES

Editorial , Papelaria, Promocional, Copos e bandejas, Embalagens premium, Embalagens

para microondas.

Editorial; Papelaria; Promocional; Sacolas; Embalagens premium.

Embalagens de alimentos pré

embalados; Embalagens farmacêuticas; Blisters;

Microondulados.

Sacolas e embalagens leves.

Brinquedos; calçados; eletrodomésticos; eletroeletrônicos;

telefones celulares; lâmpadas elétricas,

displays promocionais.

Page 7: EmbalagemMarca 162
Page 8: EmbalagemMarca 162

8 | Fevereiro 2013

PainelMOviMEnTAÇÃO nO MUnDO DAS EMBALAGEnS E DAS MArCAS

núMErOS

GEnTE

Em dupla direçãoDiretor geral da fabricante de frascos de vidro SGD Brasil desde 2007, André Liberali (foto) passou também a ser, desde janeiro último, presidente do conselho da Mappel Bioplan – empresa especializada na fabricação de cosmé-ticos e envase de produtos em geral em sachês, blisters e embalagens de dose única, dona de fábricas em Diadema e São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Ambas as empresas têm como acionista a Oaktree Capital Manage-ment, empresa americana de capital privado.

rECiCLAGEM

vidrinhos reaproveitadosA Hypermarcas desenvolveu um sistema para coleta de em-balagens usadas dos esmaltes Risqué. Ele é baseado em cole-tores no formato dos vidrinhos da marca, capazes de recolher 750 embalagens. “O material obtido será processado e trans-formado em fonte de energia para a indústria de cimento, reduzindo o impacto ambien-tal causado pelo uso de ater-

ros sanitários”, afirma Patricia Peters, diretora de qualidade da Hypermarcas. Os coletores serão inicialmente instalados em unidades da loja de cosmé-ticos Ikesaki, em São Paulo. A previsão é recolher cerca de 150 quilos de vidrinhos por mês na fase de implantação do projeto.

Coletor: para descarte de embalagens

usadas de esmaltes

9,3%Foi o crescimento das vendas de

latas de alumínio para bebidas

no Brasil em 2012. Segundo

a Associação Brasileira dos

Fabricantes de Latas de Alta

Reciclabilidade (Abralatas), as

encomendas superaram 20

bilhões de unidades.

3 200Foram os novos postos de

trabalho abertos pela indústria

nacional de transformação de

plásticos em 2012 – alta de 1%

em relação ao período anterior. A

Associação Brasileira da Indústria

do Plástico (Abiplast) projeta um

aumento de 3% na geração de

empregos em 2013.

150 040Ideias foram captadas em 2012

pelo Projeto Simplificação,

programa de inovação que

a fabricante de latas de aço

Brasilata mantém desde 1987,

fundamentado em sugestões de

funcionários. O total representa

uma média de 152,9 ideias por

colaborador da empresa.

MErCADO

revisão estratégica O grupo americano Illinois Tool Works (ITW) iniciou um processo de revisão de sua atuação no ramo de embalagens industriais. Nesse segmento, a empresa projeta e fabrica produtos em aço, plástico e papel destinados ao empacotamento, transporte e proteção de mercadorias, atuando com marcas como Signode, Strapex, Angleboard e Mima. Para a avaliação de alternativas estratégicas fo-ram contratadas as consultorias financeiras JP Morgan Securities e a Goldman, Sachs. Segundo E. Scott Santi, presidente e CEO da ITW, não estão descartadas vendas e o desmembramento de unidades. A receita da companhia com os negócios em embalagens industriais foi de aproximadamente 2,4 bi-lhões de dólares em 2012.

rOTULAGEM

investimento da Mack ColorA Mack Color acaba de instalar a Reviso-ra Karlville Prolabel 350 para rebobinar os rótulos autoadesivos com liner PET, uma tendência de mercado no ano de 2013 para os segmentos alimentícios, químicos, far-macêuticos e cosméticos. Trata-se de um equipamento de grande produtividade, com alta performance, precisão e qualidade de produção, graças a seu sistema de servomo-tor, que possibilita uma operação mais sim-ples, precisa e segura. O sistema opera com ampla gama de substratos e com a garantia de perfeito faceamento e tensão das bobinas de rótulos autoadesivos. Em síntese, o que se obtem é maior precisão quanto a quanti-dades de rótulos por bobinas e segurança na revisão nos rótulos autoadesivos.

Page 9: EmbalagemMarca 162

Fevereiro 2013 | 9

Antes . . .

. . . e depois

FECHAMEnTOS

ideal para o on-the-goAcaba de estrear nas gôndolas dos supermer-cados brasileiros uma embalagem inédita da Tetra Pak: a Tetra Top de 100 mililitros do-tada da Lokka, tampa que é um lançamento mundial da multinacional sueca. A novidade personifica o Actilife, novo leite fermentado da Vigor Alimentos. Segundo Eduardo Eis-ler, vice-presidente de Estratégia de Negócios da Tetra Pak, a embalagem cartonada e seu sistema de fechamento beneficiam o consu-mo durante deslocamentos (“on-the-go”). “O recipiente tem gargalo elevado e a tampa é fá-cil de puxar, proporcionando uma experiência agradável para beber de uma só vez”, explica o executivo, que respondeu às seguintes per-guntas de EmbalagemMarca:

Quais os atributos da nova embalagem adota-da pela Vigor?A embalagem Tetra Top com abertura Lokka tem formato ergonômico, é fácil de segurar, tem a tampa fácil de puxar e exige pouca for-ça para abrir. Além disso, apresenta o gargalo elevado e abertura de 22 milímetros, o que proporciona uma experiência agradável para beber de uma só vez. Até o momento a aber-tura Lokka é exclusiva para a embalagem Tetra

Top de 100 mililitros.

A Vigor é a primeira empresa a adotar a tampa Lokka?Sim, a Vigor é a primeira empresa no mundo a adotar a tampa Lokka. Esse lançamento surge justamente para atender à crescente demanda por praticidade nas mais diferentes ocasiões de consumo. Como fornecedora de soluções

de processamento e envase de alimentos e be-bidas, as tendências de consumo influenciam diretamente na atuação da Tetra Pak. Por isso, a empresa inova oferecendo diversas opções de volumes e aberturas, principalmente em-balagens menores, ideais para o consumo “on- the-go” (em movimento).

Há previsão de outros produtos adotarem a embalagem?A embalagem, bem como a solução de aber-tura, está disponível no portfólio da Tetra Pak para todos os clientes, mas ainda não há pre-visão de outros lançamentos.

Tampa Lokka: segundo Eisler (à

dir.), ideal para consumo em movimento

visual modernizadoA Novelprint, fabricante de rótulos autoadesivos e de equipamentos para rotulagem, adotou novo logotipo. A assinatura “Label excellence”, presente no emblema, visa divulgar a voca-ção da empresa (rótulos) e manifestar seu expertise – fundamentado na manutenção de um departamento de inovações tecnológicas. A Novelprint renovou também sua página na internet (www.novelprint.com.br). Os trabalhos foram desenvolvidos pela W5 Publicidade.

COrrEÇÕES

• Na edição anterior de Embala-gemMarca, nota publicada em Pai-nel informou que a Frugis é capaz de produzir 3 000 toneladas de em-balagens de papelão ondulado por ano. A empresa, na verdade, está apta a produzir 3 000 toneladas de embalagens por mês.

• Os frascos dos esmaltes Guerra dos Sexos, da Speciallità, não são da Kilimplast, como publicado em re-portagem da edição anterior de Em-balagemMarca. São, na verdade, fornecidos pela Expak (www.expak.com.br). A informação equivocada partiu da usuária das embalagens.

Page 10: EmbalagemMarca 162

10 | Fevereiro 2013

PainelMOviMEnTAÇÃO nO MUnDO DAS EMBALAGEnS E DAS MArCAS

CODiFiCAÇÃO

Braço no norteSediada em Manaus, a Tec Print é o mais novo distribuidor da Markem-Imaje para Amazonas, Acre e Roraima. A empresa passa a ser a responsável pelas vendas, pelo atendimento técnico e pelo fornecimen-to de peças e consumíveis (tintas, aditivos, ribbons, etiquetas etc.) a todos os usuários de equipamentos de codificação daquela marca na região. Haverá estoque local de insumos e componentes. “O atendimento no Norte, que abriga mercados importantes como o Pólo Industrial de Manaus, será mais ágil”, assegura Antonio Buccino Neto, geren-te de marketing Brasil da Markem-Imaje.

BiOPLÁSTiCOS

Grife adota resina de canaA L’Occitane en Provence começa em fe-vereiro a utilizar embalagens feitas do plástico “verde” da petroquímica brasileira Braskem, um polietileno obtido do etanol da cana-de-açúcar. A ação se dará na linha de cosméticos para uso diário Bonne Mère, lançamento da marca francesa. Segundo a L’Occitane, as novas embalagens já estão em uso na França, e serão adotadas para vendas em 85 países, incluindo o Brasil.

NOTA DE RETRATAÇÃO

A MN Design, sediada na Rua Giovani Pattoli, 46, Jd. Avelino, São Paulo-SP, vem a público esclarecer e se retratar do seguinte fato: em outubro de 2002 foi publicada matéria, na página 48 da edição 38 da revista EmbalagemMarca, sobre o lançamento de nova embala-gem do leite fermentado Paulista, na época se tratava de um novo produto da Danone, que afirmava: “segundo a MN Design, agência responsável pela criação da embalagem, o fato de o personagem [Tourinho na embalagem do produto] estar presente em todo o ci-clo de comunicação – frascos, rótulos, embalagem de papel cartão e cartazes – fortalece a identificação do produto junto ao consumi-dor”. Essa informação foi dada pelo sr. Mario Stavale, à época di-retor da MN Design, e induziu o leitor a erro, fazendo-o acreditar que todo o desenvolvimento da embalagem foi realizado pela MN Design, o que não é verdade, uma vez que a agência responsável pela criação do personagem, de todo o desenvolvimento gráfico e do projeto visual da embalagem foi a Sapien Design (www.sapien-design.com.br), não mencionada na matéria. A MN Design realizou a adaptação do personagem Tourinho na criação da garrafa plás-tica/frasco, além de ter realizado os projetos técnicos em 2D e 3D.

A MN Design lamenta o ocorrido e desculpa-se pelo fato de a Sapien Design ter sido prejudicada por não ter recebido os me-recidos e devidos créditos pela criação do referido personagem.

São Paulo, 13 de fevereiro de 2012.

Nilson Satoshi Arai

rOTULAGEM

Adesivos para filmesA Avery Dennison disponibiliza no mer-cado brasileiro novos adesivos para rótulos produzidos com filme. Segundo a empresa, os novos adesivos S7000, S7400 e S0270 ofe-recem maior produtividade de conversão e rotulagem, além de menor perda de material e menos tempo de parada de máquina.

A linha de adesivos S7000 está disponí-vel para filmes semiconformáveis e rígidos, brancos, transparentes e metalizados com

liners de PET e é ideal para os segmentos de cosméticos e alimentos. A linha S7400 está disponível para filmes rígidos também com liner de PET, e sua aplicação é indicada para o segmento de bebidas, com ênfase em cer-vejas e destilados em geral. O S0270 é ideal para rótulos com liner de papel glassine ou kraft utilizados em diversos segmentos, espe-cialmente nos de higiene pessoal, bebidas e alimentos.

Page 11: EmbalagemMarca 162
Page 12: EmbalagemMarca 162

12 | Fevereiro 2013

MEDICAMEnTOS

Sem desperdícioSistema dispensador impede entrada de ar na embalagem e libera dose exata de colírio

A PFiZEr traz ao Brasil os colírios lubrificantes Hylo-Comod e Hylo-Gel. Os produtos são acondicionados em frascos que têm uma tecnologia exclu-siva: além de dispensarem o uso de conservantes, impedem a entrada de ar e liberam a dose exata dos colírios (uma microgota) a cada aplicação. Dessa forma, a contaminação e o desperdício são evitados.

Dentro do recipiente plástico, uma serpentina de prata faz o papel de bar-reira antibacteriana, evitando conta-minações do líquido. Uma válvula de vedação não permite que o ar entre em contato com o colírio, assim como impe-de o retorno do excesso de líquido para dentro do frasco. O sistema de válvulas, composto por bombas airless, garante que a dose tenha sempre o mesmo volu-me e a mesma velocidade.

nO inTEriOr do frasco, a solu-ção é armazenada numa bolsa flexível. Quando a válvula é acionada, a parede flexível empurra o conteúdo, liberando as doses sem contato com o ar. Devido a uma redução de pressão, a bolsa colapsa conforme a quantidade de líquido vai diminuindo, o que impede a entrada do ar. Assim, a vida útil do medicamento é prorrogada, sem a necessidade de uso de conservantes e fosfatos, que podem causar danos às córneas.

O Hylo-Comod e o Hylo-Gel podem ser administrados a usuários de len-tes de contato rígidas ou gelatinosas, inclusive durante o uso das lentes. Os colírios são produzidos pelo laboratório alemão Ursapharm e importados para a Pfizer pela FBM Farma. As embalagens, produzidas na Alemanha pela Ursaplast, uma divisão da Ursapharm, são exclusi-vas para esses colírios no Brasil, e utiliza-das também em outros medicamentos no mercado germânico.

Assista ao vídeo

emb.bz/162comod

1. SErPEnTinA DE PrATA

Barreira antibacteriana evita contaminação da

dose subsequente.

2. vÁLvULA DE vEDAÇÃO

Não permite que o ar nem o excesso de líquido retorne para

dentro do frasco.

4. DUPLA PArEDE inTErnA

Pressão no fundo do frasco empurra a substância na bolsa

interna, liberando assim a próxima dose, sem

contato com o ar.

3. BOMBA AirLESSO sistema de válvulas

garante que a dosagem saia sempre com o

mesmo volume e a mesma velocidade.

Complexo sistema interno na embalagem

garante precisão na aplicação do colírio

FOT

O:

CA

RLO

S C

uR

AD

O

Page 13: EmbalagemMarca 162
Page 14: EmbalagemMarca 162

14 | Fevereiro 2013

REPORTAGEM DE CAPA

MOBiLE MArKETinG

2.0Que lições podem ser

aprendidas com os erros das

primeiras ações de leitura de

embalagens por celulares?

Como, enfim, a tecnologia móvel

pode ser mais bem utilizada para

construir uma marca?

PeLA equIPe De embALAgemmARCA*

DEFiniÇÃO PArA as ações que incentivam consumidores a usar o telefone celular para aprofundar o relacionamento com marcas, o mobile marketing é uma aposta de mais e mais empresas. O interesse por essa ferra-menta cresce no compasso da difusão dos smartphones – aparelhos multi-tarefa de última hora que, segundo estimativas recentes, já teriam mais de 1 bilhão de usuários no mundo e cerca de 50 milhões no Brasil, para onde se prevê um acréscimo de 30 milhões até o fim de 2013.

Com a popularização desses dispo-sitivos, indústrias têm se empenhado em estampar, nas embalagens de seus produtos, códigos como os QR codes – pequenos elementos preenchidos por matrizes de quadrados pretos e bran-cos, parecidos a conjuntos de pixels. Utilizando a câmera do smartphone e um programa de leitura instalado no aparelho, o consumidor pode decifrar os sinais, ganhando acesso instantâneo a brindes, serviços e informações hos-pedados na internet.

Dada a chance de estreitar o rela-cionamento com o público, principal-mente o jovem, vidrado em tecnologia, não surpreende que o marketing móvel tenha caído nas graças de empresas de bens não-duráveis, às voltas com uma concorrência cada vez mais acirrada. A Nestlé e o McDonald’s estão entre as mais novas adeptas da tendência. Aproveitá-la, porém, exige alguns cui-dados, que se tornam cada vez mais

*Com conteúdo adaptado de Packaging World (www.packworld.com), sob per-missão do Summit Media Group, Inc.

Page 15: EmbalagemMarca 162

Fevereiro 2013 | 15

patentes. “Muitas marcas estão ofere-cendo experiências frustrantes para os clientes, levando-os para um site que muitas vezes nem é mobile ou onde nem se consegue encontrar o produ-to do anúncio ou embalagem”, analisa Nuno Gonçalves, diretor da ScanLife Brasil, empresa fornecedora de solu-ções em mobile marketing. “Os maus resultados são decepcionantes também para as marcas, pois podem levá-las a concluir, precipitadamente, que os QR codes** não funcionam.”

Falhas são naturais em qualquer atividade nova, e ajudam a ajustar e refinar novas abordagens. É o que mui-tas empresas vêm fazendo, sem desistir do uso de códigos especiais nas emba-lagens. Efeitos diretos das lições apren-didas com a primeira geração do mobile marketing são o maior rigor na escolha de fornecedores e a oferta de conteúdo que não se limite à diversão, propor-cionando informações capazes de enri-quecer experiências de consumo.

ExEMPLO DE campanha sintoniza-da com essas preocupações é a da fabri-cante europeia de cigarros TDR. Os maços dos cigarros Ronhill Unlimited, comercializados na Croácia, incorpo-ram um QR code que, ao ser escaneado, identifica a localização do consumidor e indica pontos próximos onde é per-

mitido fumar. É um serviço útil para o consumidor, uma vez que o ajuda a desfrutar do produto. Numa iniciativa de primeira geração do mobile marke-ting, o usuário poderia ser levado a um site institucional, que meramente apresentasse as linhas de produtos da fabricante. “A probabilidade de sucesso é maior quando as empresas entendem que as campanhas são para o consumi-dor, e não para suas próprias marcas”, diz David Luttemberger, especialista em embalagens e vice-presidente da consultoria Iconoculture.

O que se recomenda e já se nota, em suma, é uma transição. Enquanto a maioria das campanhas precursoras de mobile marketing o focou em presente-ar o consumidor com diversão – vídeos engraçados, desenhos animados, pia-das – a oportunidade, agora, é ofe-recer recompensas funcionais. “Todos nós queremos nos divertir, mas, mais importante, à medida que a idade e o grau de sofisticação do usuário de smartphone crescem, o conteúdo que querem é cada vez mais funcional”, explica Luttenberger. “Eu quero algo que faça minha vida mais fácil – mais fácil para eu encontrar algo, mais fácil para eu comprar algo. Assim, a tran-sição do conteúdo da diversão para o funcional é muito importante em todas as faixas de público.”

Para a produtora de jogos eletrô-nicos EA Sports, um código do tipo SnapTag na capa dos games NCAA Football 13 e Madden NFL 13 permite que consumidores visualizem antes da compra, no celular, vídeos de novos recursos dos jogos. Nos Estados Uni-dos, a rede de varejo Home Depot colo-ca tags interativas em plantas que, lidas por smartphones, garantem acesso a informações sobre as espécies, incluin-do imagens de várias fases de floração e instruções de cuidados. A fabricante de cosméticos IMAN Cosmetics dispo-nibiliza um código QR nos cartuchos de suas bases e sombras para ajudar as consumidoras a encontrar os tons mais adequados à sua pele. “São exemplos de oferta de algo de valor para o consumi-dor”, observa Nuno Gonçalves.

Antes de tudo, ressaltam os espe-cialistas, as empresas precisam definir

**O termo “QR code” é utilizado neste artigo como um termo genérico para designar todos os tipos de códigos que permitem a usuários de smartpho-nes se conectar com conteúdo digital; para detalhes sobre outros padrões, ver EmbalagemMarca nº 141 (maio de 2011).

Jogo eletrônico: tag na capa dá

acesso a amostras em vídeo do

conteúdo

Decodificado, QR code aplicado em maços de cigarros indica, no celular, locais próximos em que fumar é permitido

Page 16: EmbalagemMarca 162

16 | Fevereiro 2013

um objetivo. A ação visa aumentar a fama da marca? Impulsionar o consu-mo do produto? Gerar um banco de dados do cliente? Melhorar a lealdade do consumidor? Diz Luttenberger: “Se a sua resposta para ‘Por que estamos fazendo isso?’ é ‘Porque nós podemos’, ‘Porque é legal’ ou ‘Porque os nossos concorrentes o estão fazendo’, pare”. O perigo da adoção do marketing móvel sem um objetivo claro, ele esclarece, “é corroer um valor da marca conquistado com muito suor.”

Outra recomendação é ser rápido e objetivo. De acordo com estudos recen-tes, os consumidores geeks, antenados com tecnologia, desejam que códigos/tags funcionem instantaneamente. Se o processo demorar mais que oito segundos, costumam desistir e partir para outra. Desse modo, é importante não “enrolar” o consumidor. É salutar recompensá-lo rapidamente, com no máximo dois ou três cliques na tela do celular, evitando que clique, toque, role guias ou espere para ser redirecionado em páginas sem relevância.

Um entre os equívocos mais fla-grantes da primeira geração do marke-ting móvel foi – e continua a ser – o uso de tags invisíveis ou um código que, de tão pequeno ou tão integrado ao design da embalagem, fica pratica-mente impossível de ser detectado pelo consumidor. “Da perspectiva do design, você precisa fazer a tag evidente. Não a esconda. Não a projete em seu logotipo de forma tão nublada que o consumi-

dor jamais saiba que ela está lá”, acon-selha Luttenberger.

Da mesma forma, é errado colocar um código/tag em uma embalagem e esperar que leituras aconteçam magi-camente. “É preciso dizer às pessoas como se engajar, quais são os requisitos em termos de aparelhos móveis, como baixar um leitor, e o que fazer se ele não tiver um smartphone”, alerta Nuno Gonçalves.

No final de 2011, a fabricante ameri-cana de cosméticos Burt’s Bees lançou uma marca de cuidados pessoais natu-rais completamente nova para a con-sumidora jovem, a güd (pronuncia-se “gúd”, ou “good”, em inglês). Para atrair e encantar esse novo público, a empre-sa incluiu um código QR em quatro produtos: sabonete para o corpo, loção para o corpo, xampu e condicionador. Os códigos, posicionados com desta-que no verso dos frascos e bisnagas, eram apresentados com instruções que diziam: “Digitalize este código com o leitor de seu smartphone ou envie a mensagem de texto XXXXX para XXXXXX e você terá um güdee.”

Seguindo as instruções, consu-midoras podem desbloquear brindes tais como cupons de desconto, “papéis de parede” para seus celulares ou um toque para seus aparelhos. “Os códigos são um jeito divertido e interessante de nos comunicarmos com essa mulher

jovem e moderna”, diz Garrett Putman, gerente de marketing da Burt’s Bees.

EMPrESAS QUE não são marinhei-ras de primeira viagem perceberam, enfim, que é preciso criar uma expec-tativa e cumprir a promessa. Convém explicar claramente qual é o retorno para o consumidor e oferecer uma gra-tificação imediata. Em uma promoção nos Estados Unidos, a Heinz conseguiu atender a tais requisitos na campanha Our Turn to Serve (“Nossa vez de ser-vir”), dedicada a apoiar uma ONG cria-da para assistir soldados americanos

Pontos essenciais para uma ação eficaz com Qr Codes

Determinação. A marca precisa definir de forma clara qual o ob-jetivo da sua ação, que resultados pretende atingir. Esse objetivo deve estar alinhado com a estratégia de comunicação da empresa.

Oferta adequada. A marca deve assegurar que os conteúdos sejam relevantes para o seu público – por exemplo usando o QR Code para estender o conteúdo da embala-gem ou anúncio com informação mais completa sobre o produto, um vídeo demonstrativo, um benefício econômico ou falar de uma campa-nha social promovida pela marca.

Contextualização. Os conteúdos devem estar contextualizados (a experiência iniciada no offline deve ser estendida para o online sem rupturas) e sempre em formato mobile (não colocar conteúdos não adaptados a celulares).

Estímulo. Para um maior volume de leitura é fundamental uma chamada para ação forte para captar a aten-ção do consumidor. Ele não vai ler o QR Code num anúncio só porque está lá. Ele quer saber o que vai acontecer ao ler o QR Code e sentir que vale a pena fazê-lo.

FON

tE:

ScA

NLI

FE |

FE

vE

RE

IRO

20

13

Função dos códigos e meios de utilizá-los são bem explicados no verso dos frascos da

Burt’s Bees

Base de cartucho: posicionamento

que dificulta visão do QR code

Page 17: EmbalagemMarca 162

Fevereiro 2013 | 17

feridos em serviço.A campanha estimulou consumi-

dores a visitar restaurantes e locais de varejo participantes, onde poderiam escanear um código QR presente no costado de frascos de ketchup. O códi-go levava a um site onde os consumido-res podiam registrar congratulações aos soldados. Para cada “obrigado” envia-do, a Heinz doou 1 dólar para o projeto Wounded Warrior, com um adicional de 57 centavos de dólar para cada men-sagem compartilhada no Facebook ou no Twitter através da campanha, até o limite de 250 000 dólares.

Tão ou mais importante do que garantir uma recompensa que mobi-lize e satisfaça o consumidor é avaliar o impacto das ações. “Estatísticas são das componentes mais importantes numa ação com o QR codes”, argumen-ta Nuno Gonçalves. “Você precisa saber como foi a sua campanha e quem foi o seu público. Esse tipo de informação só é fornecido por plataformas de geren-ciamento de campanhas. Elas provêm informações valiosas como o volume de scans ao longo do tempo, a quanti-dade de usuários únicos e informações agregadas sobre perfil dos usuários – localização, sexo, idade e tipo de equi-pamento, por exemplo”. A privacidade dos consumidores é preservada, pois não são transmitidas informações de cunho pessoal (como nome, telefone e e-mail).

Conforme pesquisas da Forrester Research, 27% dos consumidores entre 18 e 34 anos de idade nos Estados Uni-dos e na Europa já utilizam frequen-temente QR Codes e códigos similares durante suas compras. O índice é defi-nido como “uma minoria expressiva”. “É, afinal, uma tendência que avançou nos últimos três, quatro anos”, lembra o instituto de pesquisas. “Não tenho dúvi-da de que o celular desempenhará um grande papel nas decisões de compra do futuro, pois permitirá ao consumidor se munir de informações e fazer aquisi-ções mais benéficas ainda nas lojas”, diz David Luttenberger. “Consequentemen-te, as marcas entenderão melhor o que é mobile marketing e as expectativas dos clientes em termos de engajamento móvel. É um caminho sem volta.”

Campanha da Heinz, de fundo

beneficente, conseguiu mobilizar

consumidores

Depoimentos de quem já usa

“Estamos muito satisfeitos com o uso do QR Code em nossas embalagens. Obtivemos mais de 55 000 acessos no ano de 2012. Cabe res-saltar que fomos a primeira empresa do setor de leites a incluir os códigos nas embalagens. O QR code transforma a embalagem em um canal de comunicação com o consumidor”

Vicente de Benedictis Neto, gerente de marketing da Shefa (Agropecuária Tuiuti). A

empresa adotou o QR Code em caixinhas de

leites e do suco Cranberry. Os códigos direcio-

nam para um canal de vídeos ou para páginas

da marca no Facebook

“Percebemos que a tecnologia estava se tor-nando mais conhecida e decidimos começar a utilizá-la. Recebemos respostas positivas à iniciativa e decidimos investir mais nessa plata-forma, avaliando internamente como explorar mais a tecnologia. Hoje, já temos um QR Code em nosso catálogo impresso de produtos, que dá acesso ao nosso catálogo virtual. Com isso, conseguimos disponibilizar uma ferramenta ágil e produtiva à nossa força de vendas e parceiros comerciais”

Carlos Speltri, gerente de marketing da Vonpar Alimentos. A empresa iniciou o uso

de QR Codes no final de 2011, nas embalagens

dos chocolates MuMu.

veja também: Nestlé e McDonald’s anunciam adoções de QR Codes em suas embalagens. Mais detalhes nos links abaixo:

emb.bz/162mcd emb.bz/162kit

Page 18: EmbalagemMarca 162
Page 19: EmbalagemMarca 162
Page 20: EmbalagemMarca 162

20 | Fevereiro 2013

BELEZA

A marcha da sofisticaçãoConsolida-se e cresce a tendência de decoração direta de frascos de vidro para perfumes e cosméticos

POR WILSOn PALhAReS

A LEi FOrMULADA por Hegel segundo a qual quantidade se trans-forma em qualidade é particularmen-te confirmada pelo que acontece na cadeia brasileira de valor da perfumaria e cosmética (e em vários outros seg-mentos de consumo). Com a ascensão de vastas camadas de brasileiros a pata-mares mais elevados de renda em anos recentes, bem como a intensificação do contato com produtos estrangeiros de qualidade superior à dos nacionais, o consumidor passou a comprar mais e começou até a desfrutar de coisas antes tidas por luxos inacessíveis, tais como desodorante, xampu e protetor solar. Acima disso, ele se tornou mais exigente.

Em consequência, as mercadorias, especialmente as de maior valor agre-gado, e suas embalagens, tiveram de passar a oferecer mais qualidade e apre-sentações sofisticadas. Neste aspecto, graças à imagem de nobreza desfruta-da pelo vidro, recipientes feitos desse material destacam-se como preferen-ciais, sobretudo com decoração direta em vez de rotulagem com papel, filmes plásticos e outros adereços. Como mos-trado na reportagem de capa da edição anterior de EmbalagemMarca, essa tendência é expressiva no campo de

bebidas alcoólicas. No entanto, é muito mais forte na área de beleza, na qual as consumidoras e os consumidores não hesitam em pagar mais pelo que entendem ser melhor.

Duas situações bem reais evi-denciam a enorme oportunidade de mercado aberta pela alta aceitação de perfumes e cosméticos sofisticados, com embalagens esmeradas: 1) a ava-lanche televisiva de peças comerciais de tais produtos, importados, todos com frascos requintadíssimos; 2) a recente abertura de uma segunda loja da maior varejista mundial de produ-tos de beleza, a francesa Séphora, no Shopping Morumbi, em São Paulo, não muito longe da primeira, no Shopping Iguatemi JK; a inauguração da casa, em novembro último, provocou lon-gas filas de consumidoras decididas a desembolsar, em muitos casos, até cinco vezes o que pagariam pelos mes-mos produtos em Paris (a justificativa seria a pesada carga de impostos sobre a importação).

Obviamente, os fabricantes nacio-nais procuram manter e ampliar seu espaço no filão, oferecendo ao público itens com preços unitários até pouco tempo atrás inimagináveis, acima de 100 reais – e com boas taxas de acei-

Recém-lançado em frasco da SGD,o perfume Beyoncé Pulse, da Jequiti, tem elementos

cromados e azuis, lembrando um cristal luminoso e destacando a cor azul cintilante do conteúdo

Page 21: EmbalagemMarca 162

Fevereiro 2013 | 21

tação. Dentro da linha Celebrity, da Jequiti, por exemplo, a empresa con-seguiu dar um salto de um patamar médio de 40 reais para mais que o dobro e até do que o triplo do valor final ao consumidor em alguns produtos. O caso mais recente no portfólio de fragrâncias calcadas na fama de cele-bridades em que consiste aquela linha foi o lançamento, no início de fevereiro, do perfume feminino Beyoncé Pulse, marca apoiada no nome da cantora. O frasco exclusivo, fornecido pela SGD, é facetado e tem elementos cromados e azuis, lembrando um cristal luminoso e destacando a cor azul cintilante do con-teúdo. A tampa, cromada, é inspirada nos figurinos que a artista usa em seus shows. A empresa não se manifesta, mas é previsível que o uso de decoração poderá tornar-se uma prática em fras-cos de outros produtos de seu leque de celebridades internacionais. (*)

O CErTO é QUE a tendência de decoração direta, com uso de pintura, serigrafia, foscação, decalque, hot stam-ping e outras técnicas industriais, pode ser classificada como “espetacular”, pelo menos na definição entusiasmada de fornecedores vidreiros. A prática, pou-quíssimo exercida na virada do século, vem se acelerando desde então e se torna cada vez mais forte, tendo regis-trado crescimento superior a 35% desde 2010, segundo informam os dois princi-pais supridores nacionais do segmento, a SGD Brasil e a Wheaton Brasil.

“As pessoas já não se satisfazem com o mero atendimento de suas necessidades e aspirações básicas quando adquirem produtos voltados para saúde e beleza”, considera Leandro Pignataro, diretor comercial da SGD. “Elas buscam a materialização de aspi-rações imateriais, como o romance, a intimidade, o aguçamento dos sentidos e a diferenciação que a torne única. Nesse aspecto, a decoração, principal-mente a decoração direta dos frascos, com possibilidades de diversificação muito maior que a oferecida por outros

(*) Globalmente, os perfumes de Beyoncé fazem parte do portfólio da norte-americana Coty. Além de Pulse, que já tem uma edição de verão lançada nos Estados Unidos, fazem parte da franquia três versões do perfume Beyoncé Heat. O plantel de celebridades internacionais da Jequiti conta também com perfumes das cantoras Madonna (Coty), Cris-tina Aguilera (P&G) e do rapper e estilista Sean John (Estée Lauder). No front nacional, tem as licenças para perfumaria de Adriane Galisteu, Cláudia Leitte, Fiuk e Fábio Jr.

sistemas, tem papel cada vez mais importante.” Renato Massara, diretor comercial da Wheaton, complementa: “O impacto dos frascos de perfume e de cosméticos nos pontos de venda se dá antes pela decoração do que pelos for-matos. Para atender as expectativas dos consumidores, os fabricantes procuram embalagens com mais brilho, mais tex-turas, mais variação de cores, degradés – enfim, buscam inovação constante.” E ela virá, em diferentes possibilidades visualizadas pela indústria fornecedo-ra, como pode ser observado no quadro da próxima página.

Dentre o crescente número de emba-lagens decoradas com as mais variadas técnicas industriais, expostas em seus show-rooms, as vidrarias e empresas de decoração apontam alguns de recente sucesso de vendas e que ganharam tro-féus na edição de 2012 do Prêmio Gran-des Cases de Embalagem.

O Boticário foi premiado pelo rede-senho das embalagens de sua linha de fragrâncias Floratta, fornecidas pela Wheaton. O frasco, no formato de uma flor desabrochando, tem suas curvas realçadas pela pintura degradê intensi-ficada na base.

A Eudora, por sua vez, ganhou o troféu com o frasco do perfume Car-

bon, da SGD, inspirado no universo dos carros de alto desempenho. Simulando a grade frontal de um automóvel, a sofisticação do relevo dos painéis prin-cipais da embalagem foi acentuada pelo tom cinza-escuro da pintura.

Já a fragrância Secret Kisses, da Mahogany, foi agraciada na premiação graças ao frasco, que procura transmitir romantismo e sensualidade. Para isso foi utilizada a técnica de pintura do vidro com reserva, que permitiu a apli-cação da cor preta apenas nas laterais do frasco, mantendo a translucidez do rosa envelhecido. Com esse recurso, a renda aplicada no painel traseiro da embalagem fica em evidência, fortale-cendo o apelo sensual do produto. A decoração ficou a cargo da Decoridea.

Esses são apenas alguns exemplos das muitas possibilidades decorativas de vidro disponíveis. Em relação às poucas alternativas disponíveis dois anos atrás, hoje as vidrarias oferecem recursos como metalização, galvano-plastia, hot stamping, tampografia, termolustragem e uma boa variedade de tipos de pintura: translúcida, fosca, fechada brilhante, soft touch, peroliza-da, entre outras. “Se dois anos atrás a decoração era um gargalo na indústria vidreira, hoje existe plena capacidade de atender a demanda, com qualida-

A sofisticação do relevo dos paineis principais do perfume Carbon, da Eudora, foi acentuada

pelo tom dinza-escuro da pintura

Os frascos da linha Floratta, fornecidos pela Wheaton, têm o formato de uma

flor desabrochando, e suas curvas são

realçadas pela pintura degradê

intensificada na base

Page 22: EmbalagemMarca 162

22 | Fevereiro 2013

Decoridea(11) 5562-0000www.decoridea.com.br

SGD Brasil(11) 3884-4300www.sgdbrasil.com.br

Wheaton Brasil(11) 4355-1800www.wheatonbrasil.com.br

de comparável ao que há de melhor lá fora”, afirma Massara, da Wheaton. Além da alta qualidade e da flexibili-dade obtidas graças a fortes investi-mentos em equipamentos, as vidrarias conseguem atualmente trabalhar com lotes menores, o que permite às empre-sas usuárias – sem falar nas incontá-veis possibilidades de “vestir” com alta sofisticação embalagens standard – fra-cionar ao máximo suas linhas, prática a que recorrem bastante a Avon, a Natura e O Boticário.

AnTE A BUSCA por novas alternati-vas de decoração de frascos pelos fabri-cantes de cosméticos e perfumes, as vidrarias, além das expressivas verbas investidas ao longo dos últimos dois anos, planejam fortalecer-se para aten-der previsíveis pressões de demanda. Na ocasião do levantamento de dados para esta reportagem, a Wheaton, que no período aplicou 25 milhões de reais, incluindo a compra da operação de decoração de frascos da Plastclean, em 2011, mantinha dois técnicos viajando pela Europa para ver novidades em equipamentos de decoração de frascos. O que eventualmente vier ampliará a capacidade de oferta hoje atendida pelo que representou a parte mais expressiva daquele investimento, especificamen-te, duas máquinas automáticas alemãs Kaaman, “última palavra em silk screen

O que vem por aí Tendências de técnicas de decoração de frascos percebidas pelo setor, algumas delas já em uso em outros países:

1) nanotecnologia em tintas e texturas, sendo que no Brasil já haveria projetos em

andamento; isso envolve tintas emborrachadas, que resultam em texturas macias, propiciando suavidade ao toque; são exemplos dessa maciez os projetos Linked, de O Boticário, e Burning, da Avon;

4) outra tendência que cresce no Brasil e

no mundo é a chamada flankers, que consiste no desdobramento de linhas de produtos em várias cores; dois exemplos são Coffee, de O Boticário, que desdobrou o frasco de cor original âmbar para outras variantes, e Zaad, do mesmo fabricante, ganhador do Prêmio Grandes Cases de embalaGem em 2011.

3) no Brasil, já é forte,

mas deve se fortalecer, ainda mais, a combinação de vidro e metal na produção de embalagens;

2) tintas fluorescentes, que brilham no escuro, e tintas que mudam de cor com a

variação de temperatura; seriam adequadas para lançamentos focados nas estações do ano;

e hot stamping para vidro”. De seu lado, a SGD (70 milhões de reais em máqui-nas e num forno novo, “o grosso do investimento”, em 2012) “quer manter a rota de evolução saída dos limites da serigrafia e da pintura, em 2009, e que

atingiu os atuais níveis de sofisticação”, nas palavras de seu diretor comercial.

De tudo isso, pode-se deduzir que a tendência de decoração de frascos de vidro continuará se ampliando e se sofisticando.

Na fragrância Secret Kisses, da Mahogany, foi usada a técnica

da pintura com reserva

Page 23: EmbalagemMarca 162
Page 24: EmbalagemMarca 162

24 | Fevereiro 2013

EnTREVISTA

Para pensar mais no BrasilAção de fomento à exportação de plásticos transformados, como embalagens, ganha novo nome. Marco Wydra, gerente executivo do Think Plastic Brazil – antes conhecido como Export Plastic – explica as razões da mudança

CriADO POr MEiO de uma parceria costurada em 2004 pela cadeia de valor dos plásticos e o governo bra-sileiro, via Apex-Brasil (Agência Bra-sileira de Promoção de Exportações e Investimentos), o Export Plastic acaba de mudar de nome. Agora, o programa se chama Think Plastic Brazil, assina-tura que procura ampliar seu objeti-vo primordial: a valorização do País, em âmbito internacional, como player competitivo na área de transformados plásticos – entre eles embalagens. A identidade visual foi também reformu-lada, num trabalho assinado pela con-sultoria GadLippincott. Para o gerente executivo do programa, Marco Wydra, a nova marca identifica o setor repre-sentado e sua origem de forma mais clara. “O nome anterior só fazia sentido para os brasileiros que exportavam e não para o exterior”, explica o executivo. Na entrevista a seguir, Wydra explica o que, além do nome, mudará na ini-ciativa.

O que vai mudar no programa com a alteração de nome? Esse novo nome significa um novo posicionamento, uma evolução dos quase dez anos de trabalho no incen-tivo à exportação do plástico transfor-mado brasileiro. Queremos que outros países vejam nossa nação como um player competitivo ao se depararem com o nome. A marca é um tom de voz. Sugere ao mundo que, ao pensarem em plástico, pensem no Brasil como uma indústria forte, que não deve nada aos principais fornecedores mundiais.

Em que sentido a mudança de nome representa um novo posicionamen-to da iniciativa? A nova marca é um chamado a todos os stakeholders a pensarem que o plástico brasileiro tem valor e pode competir no mercado global. A marca anterior, Export Plastic, apresentava um proble-ma de comunicação com o principal público-alvo, o estrangeiro, que não entendia bem a mensagem. O nome anterior só fazia sentido para os bra-sileiros que exportavam e não para o exterior. Com esse novo posiciona-mento, agregam-se novos atributos, em

Page 25: EmbalagemMarca 162

Fevereiro 2013 | 25

No caso de embalagens, temos focado bastante em inovação, uma vez que a cadeia de valor brasileira está bem avançada nesse

sentido. A promoção tem feito diferença

uma rota de soluções, como flexibili-dade, mix de produtos e inovação. E o principal ganho é que todos podem se apropriar da marca, ela não conflita com nenhuma mensagem que a empre-sa brasileira queira passar, é agregado-ra. Estamos muito entusiasmados com o resultado que isso pode trazer para as exportações brasileiras de plástico transformado.

Frente à agressividade de outros países produtores e com o cresci-mento da oferta mundial de resinas termoplásticas (e de produtos plás-ticos acabados), pode-se afirmar que a cadeia de valor do plástico no Brasil é competitiva no cenário internacional?A cadeia brasileira é integrada, algo que poucos países possuem. Acreditamos que se houver investimento para gerar competitividade na indústria nacional, esse é um diferencial que pode deixar o Brasil mais forte nas relações comer-ciais com os outros países.

Quais as maiores dificuldades encontradas por empresas brasilei-ras para conseguir vender seus pro-dutos lá fora? O Programa ajuda suas associadas na maioria das dificuldades encontradas. Os auxílios mais comuns são acesso à formação e à informação sobre expor-tação, contato qualificado com clientes, inteligência comercial e ajuda a ocupar capacidade produtiva ociosa.

Como os produtos brasileiros são vistos no exterior? Depende bastante do mercado. Na América Latina somos mais competi-tivos. Na Europa e nos Estados Unidos somos menos conhecidos. Em quase todo lugar competimos com a Ásia. O nosso pensamento é o de que o produto brasileiro deve se consolidar como uma alternativa, apresentando soluções. É inegável que o Brasil tem vantagens competitivas, como um parque fabril de qualidade, certificações conquista-das, regras e leis trabalhistas e sistema financeiro sólido. Portanto, o País tem bases sólidas para se destacar no mer-cado internacional.

Qual é o volume de exportações de produtos transformados de plástico produzidos no Brasil? Os últimos dados consolidados pela Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) mostram que em 2011 foram exportadas 268 000 toneladas de produtos transformados plásticos. Houve uma queda em relação a 2010, quando esse número chegou a 310 000 toneladas. Em compensação, os valores aumentaram de 2010 para 2011. O faturamento saltou de 1,47 bilhão de dólares para 1,51 bilhão de dólares.

Qual é o maior mercado consumi-dor de produtos plásticos brasilei-ros transformados? É a Argentina. Em seguida vêm a Holanda, os Estados Unidos e o Chile.

Em termos de embalagens, quais os avanços conseguidos pelo pro-grama de exportações nos últimos anos? Foram inseridas várias empresas do setor no esforço exportador. Algumas delas ganharam exposição internacio-nal, mercados-alvo foram ampliados. Já somos reconhecidos em alguns merca-dos, principalmente na América Lati-na, por meio dos vários eventos de promoção comercial realizados.

Quais as principais ações progra-madas para 2013 e para os anos seguintes? Em 2013, vamos estrear em um novo campo, o de projetos customizados de acordo com a necessidade da empresa associada. E manteremos ações focadas em Promoção Comercial, em eventos novos como a Fórmula Indy e a Copa das Confederações. Outro reforço é na área de Inteligência Comercial, que está fazendo estudos focados nos mer-cados-alvo, realizando prospecções no exterior e investindo em ferramentas

para a geração de conhecimento.

Nas ações voltadas a públicos estrangeiros, quais os principais aspectos de imagem destacados sobre a cadeia de plásticos do País? Em todos os segmentos mostramos a força da cadeia, a integração, a solução apresentada. No caso de embalagens, temos focado bastante em inovação, uma vez que a cadeia de valor brasi-leira está bem avançada nesse sentido. Como esse segmento é mais B2B e commoditizado, os investimentos em promoção têm feito muita diferença. Já no segmento de Utilidades Domésticas Plásticas, por exemplo, o foco é o mix de produtos e o design.

O plástico “verde” brasileiro, feito à base de cana-de-açúcar, ofere-ce mais vantagens em compara-ção com produtos feitos à base de outras fontes vegetais?A Braskem é a fonte adequada para responder a esta questão. Sabemos, contudo, que o plástico “verde” à base de cana-de-açúcar tem propriedades similares às da resina convencional de polietileno, mas com benefício prin-cipal no balanço positivo de carbo-no, com captura de CO2 da atmosfera durante sua produção.

Os contratos fechados pela Braskem junto a empresas internacionais, desde o lançamento do plástico “verde”, tiveram alguma participa-ção do programa? Também sugerimos apurar com a Braskem, mas podemos citar, em 2012, uma ação conjunta realizada na Pack Expo International (feira de negócios que ocorre a cada dois anos em Chica-go). Na ocasião houve divulgação do plástico verde nos Estados Unidos, mas sem se envolver com aspectos comer-ciais da Braskem.

Page 26: EmbalagemMarca 162

26 | Fevereiro 2013

ChOCOLATES

inviolável e renovávelSelada, embalagem de bombom da Arcor é produzida com matéria-prima vegetal

LAnÇADO HÁ 28 anos no mercado glo-bal e presente em mais de sessenta países, o Bon o Bon, bombom produzido pela Arcor, é lançado no Brasil. O confeito foi adaptado ao paladar brasileiro e ganhou versões baseadas em doces típicos, como brigadeiro com cober-tura granulada e beijinho com raspas de coco, além do tradicional sabor de amendoim.

No Brasil, o produto apresenta embalagem inovadora. Há três anos, a Arcor deu início ao processo de desenvolvimento da embalagem e de fabricação do produto. Constituiu um grupo de mais de 200 colaboradores de diversas áreas dedicados ao desenvolvimento do pro-jeto. A empresa enviou profissionais à fábrica da Argentina para treinamento na produção do bombom, à Holanda para aperfeiçoamento em relação à formulação do recheio e à Alema-nha para aquisição de conhecimento específico

sobre como acondicionar o produto. O Brasil é primeiro país a utilizar o novo

invólucro, produzido com 52% de matéria-pri-ma proveniente de fontes renováveis – fibra de milho – e que dispensa o uso de alumínio, por ser selado, assim como o concorrente Sonho de Valsa, da Mondelez (ver EmbalagemMarca nº 141, maio de 2011). A eliminação da folha de alu-mínio e a matéria-prima vegetal fazem com que as emissões de gases de efeito estufa no meio ambiente sejam reduzidas em cerca de 60% e o consumo de energia, em 50%.

Parceria firmada entre a Converflex, empre-sa de embalagens flexíveis do Grupo Arcor, e a Cargill – que produz a resina à base de milho – gerou um contrato de exclusividade para o desenvolvimento da embalagem, que foi apro-vada e protocolada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O sistema de fechamento da embalagem, desenvolvido pela Bosch, associa duas tecno-logias de selagem: ultrassom e cold seal. Com o método de ultrassom, a embalagem é fundida e não há possibilidade de entrada de ar ou qual-quer interferência externa no alimento, garan-tindo que o bombom se mantenha crocante por mais tempo, além de ser inviolável. Com o cold seal, as laterais da embalagem são seladas de forma mais eficaz, protegendo o produto. Para facilitar a abertura, foi criado um picote, locali-zado estrategicamente na lateral do bombom. “Apesar de ser um produto líder na Argentina, o lançamento no Brasil exigiu investimentos em tecnologias, expansão das fábricas e processo de inovação para a embalagem. Com isso, a Arcor é pioneira na utilização da tecnologia no Brasil”, informa a diretora de marketing da Arcor do Brasil, Loredana Mariotto.

Picote na embalagem flexível facilita abertura, rasgando a embalagem

Brasil é o primeiro país a receber a

embalagem da Arcor produzida com 52% de matéria-prima à

base de milho

FOT

OS:

CA

RLO

S C

uR

AD

O

Bosch(11) 2117-6807www.boschpackaging.com

Cargill(11) 5099-3311www.cargill.com.br

Converflex+54 (11) 4310-9859www.converflex.net

Page 27: EmbalagemMarca 162

Fevereiro 2013 | 27

InTERnACIOnAL

ATé MEADOS dos anos 1980, os espanhóis estavam entre os principais consumidores mun-diais de vinho, cada um deles emborcando cerca de 70 litros a cada ano. Atualmente, seja devido a mudanças de hábitos da população mais jovem, seja por efeito da crise econômica vivida na Europa, o grande bebedor espanhol de vinho desapareceu: o consumo per capita mal chega a 15 litros por pessoa, e mesmo o aumento das exportações não alivia o mau momento vivido pelos produtores espanhóis – menos pelo grupo Prodevisa (Productos Derivados Del Vino S. A.), formado por várias empresas liga-das ao setor vinícola.

Uma dessas empresas é a Sandevid, que acondi-ciona e comercializa refrescos à base de vinho. Foi fundada em 1987, por sugestão de um dos sócios da Prodevisa, Ángel Luis Exojo Díaz. Já na época, ele percebeu que seus conterrâneos, sobretudo os mais jovens, vinham trocando o hábito de beber vinho pelo consumo de bebidas “mais modernas”, entre elas a milenar cerveja e antiquíssimos destilados, em geral mesclados com isotônicos, energéticos e outros anabolizantes em estado líquido. Exojo teve então a ideia de transformar o vinho numa bebida que pudesse ser consumida como refresco.

A rigor, o empresário não fez muito mais do que adaptar, com significativas modificações, a tradicional receita caseira de sangria – em resumo,

uma mistura de vinho com suco de laranja, açúcar, mel e pedaços de frutas frescas – ou, mais precisa-mente, de wine cooler (vinho, suco de alguma fruta e refrigerante carbonatadado). A diferença é que seu produto se compõe apenas de soda limonada e vinho tinto, daí chamar-se Tinto de Verano.

Levou três anos para que o produto se conso-lidasse no setor horeca (hotelaria, restaurantes e catering), estimulando imitadores. Para manter a liderança (na Espanha e em Portugal) por ter saído na frente, a Sandevid adotou, além de barris com que iniciou a distribuição, uma linha de enchimen-to da Krones com capacidade para 12 000 garrafas de 2 litros, de PET, por hora. Com o aumento do consumo, a capacidade produtiva dessa linha se esgotou, e em 2011 a empresa teve de ampliar seu potencial, adquirindo uma linha mais avançada, da mesma fornecedora. Nesse curto espaço de tempo, lançou as versões de PET de meio litro, de 1,5 litro e a de 200 mililitros – “o formato da crise”, nas pala-vras de Exojo Díaz.

HOjE, O COnSUMO de refrescos de vinho gira em torno de 80 milhões de litros, incluindo o que tomam os espanhóis e o que é exportado. A Sandevid responde por 45% desse volume.

Na esteira do sucesso do Tinto de Verano, foram lançados outros produtos semelhantes, instituindo--se na Sandevid a estratégia de criar e acondicionar bebidas modernas e refrescantes à base de vinho. Assim, ao produto que inaugurou a tendência, se seguiram as versões Limón, Sin Alcohol e Tinto de Invierno. A novidade mais recente é a “0,0%”, com zero de conteúdo alcoólico, zero açúcar e uma única caloria. Na contraface está a “Zero Açúcar”, que não contém açúcar mas é alcoólica.

Mas Ángel Luis Exojo Días afirma que ampliará esse portfólio, pretendendo aumentar as expor-tações, principalmente para a América do Sul no inverno, quando o consumo de refrescos à base de vinho cai na Europa, enquanto o de vinho puro e simples não dá indícios de que aumentará. (Adaptado da revista Krones Magazin, de fevereiro de 2012) Sandevid criou o conceito da bebida,

em garrafas de PET, e conquistou a liderança no segmento

A bebida agradou em cheio o consumidor final. A primei-ra linha de enchimento da bebida teve de ser ampliada

refresco, uma alternativa ao vinhoEmpresa espanhola adapta a sangria e incrementa vendas

Page 28: EmbalagemMarca 162

28 | Fevereiro 2013

DisplayO QUE HÁ DE nOvO nOS POnTOS DE vEnDA Edição: FLAviO PALHArES

[email protected]

PAPELAriA

aniversário retrôA Suzano Papel e Celulose lança uma edição comemorativa com embalagem especial para celebrar os trinta anos de lançamento do papel cut size (cortado) Suzano Report. A embalagem, com tiragem limitada de 15 000 exemplares, é produzida em papel cartão TP White produzido pela própria Suzano. Com 750 folhas, o “resmão”, como está sendo chamado por conter mais folhas do que uma resma tradicional (500 folhas), conta com abertura flip-top e um design vintage que remete a um dos ícones da década de 1980, a fita cassete. O objetivo da embalagem é servir como uma caixa decorativa que pode ser reaproveitada para armazenar documentos, papéis e pequenos objetos.

CAIxAS

Antilhas(11) 4152-1100www.antilhas.com.br

DESIGN

M Design(11) 3833-0969www.mdesign.com.br

Page 29: EmbalagemMarca 162
Page 30: EmbalagemMarca 162

30 | Fevereiro 2013

DisplayO QUE HÁ DE nOvO nOS POnTOS DE vEnDA

BEBiDAS

nova Dubar 1

A Dubar renova as garrafas de várias de suas bebidas. A nova garrafa de 960 mililitros foi adotada para a vodca Dubar, o Fogo Paulista, o Licor de Cacau Dubar e o Dubar 5 Estrelas. Além da garrafa com novo formato, a identidade visual dos rótulos foi modernizada.

CAFéS

novo Ponto 2

A D.E Master Blenders 1753 (antiga Sara Lee) anunciou o reposicio-namento do Café do Ponto. Além do relança-mento de seu portfolio de cafés no varejo com novas embalagens, novo design e novos blends, a marca lança o Café do Ponto L’OR Espresso – cápsulas de café expresso compa-tíveis com as máquinas de Nespresso. A empre-sa não informou quem produz as embalagens.

Antes . . .

LUBriFiCAnTES

embalagens finasUma parte da linha de produtos automotivos da Bardahl ganhou novas embalagens. Os frascos de polietileno de alta densidade (PEAD) agora são esguios e têm pescoço. A decoração é feita com rótulos autoadesivos. Na versão anterior, a decoração era feita diretamente na embalagem. Os produtos que tiveram a embalagem modernizada são o Fluido para Radia-dores (500 mililitros) e os lubrificantes Bardahl Moto 4T (1 litro) e Bardahl Maxoil Long Life (1 litro). As embalagens foram desenvolvidas internamen-te. A empresa não informa quem são seus fornecedores.

. . . e depois

TAMPAS

Brastampas(11) 4448-7444www.brastampas.com.br

DESIGN

Eii Comunicação(11) 5102-4710www.eiicomunicacao.com.br

RóTuLOS

Gráfica Rami(11) 4588-1100www.ramiprint.com.br

GARRAFAS

Vidroporto(19) 3589-3199www.vidroporto.com.br

1

DESIGN

Benchmark(11) 3050-0222www.bench.com.br DESIGN (L’OR)

Armadillo Brand Communications+32 (0) 2 688-0888www.armadillo.be

2

Page 31: EmbalagemMarca 162

CAPPUCCinOS

Pronto Para beber 4

A 3corações lança o Cappuccino Pronto para Beber. Voltada ao público jovem, a bebida – dispo-nível nos sabores Classic,

Light e Chocolate – é envasada pela Global-Fruit em embalagens cartonadas assépticas de 187 mililitros.

CACHAÇAS

visual Premium 3

Posicionada na faixa premium, a cachaça Boutt Ouro é aposta da Boutt Bebidas. A bebida é acondicionada em garrafa de vidro decorada com rótulo autoadesivo de BOPP transparente. A venda é feita em estojo de papel cartão.

3 GARRAFA OuRO

Verallia(11) 2246-7214www.verallia.com.br

GARRAFA OuRO BLACK

Saverglass (Premier Pack)(11) 4612-0756www.premierpack.com.br

DECORAçãO OuRO BLACK

DG Decor(11) 4705-3153www.dgdecor.com.br

RóTuLO OuRO

Piloto(62) 4005-0022www.gpiloto.com.br

CARTuChOS

Box Print(11) 5505-2370www.boxprint.ind.br

TAMPAS

Facchin Import(54) 3464-7084www.facchin.com.br

DESIGN

Artero Design & Propaganda(62) 3551-2785www.artero.com.br

DESIGN

Pande(11) 3849-9099www.pande.com.br

EMBALAGENS

Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

4

Page 32: EmbalagemMarca 162

32 | Fevereiro 2013

DisplayO QUE HÁ DE nOvO nOS POnTOS DE vEnDA

BEBiDAS

rótulo PoPular 1

O rum Montilla, da Pernod Ricard, recebe sua primeira edição limitada. A Carta Cristal é exclusiva para o Nordeste, principal mercado da marca. O rótulo tem arte inspirada na cultura popular nordestina.

DESIGN

Coletivo Monstrafacebook.com/coletivomonstra

GARRAFA

Owens-Illinois(11) 2542-8084www.o-i.com

RóTuLO

Sleever International(11) 2489-2377www.sleever.com

CUrATivOS

Caixinhas ColoriDas 2

A catarinense Bella-cotton reformulou as embalagens de seus curativos infantis. Os cartuchos de papel car-tão ficaram mais colori-dos e “divertidos” para, segundo a empresa, aproximar a marca do consumidor final.

1

DESIGN

9mm Propaganda(48) 3024-9009www.9mm.com.br

CARTuChOS

Emibra(11) 4741-9600www.emibra.com.br

2

Antes . . .

ALiMEnTOS

mais feijãoA Camil relança o seu feijão pronto. O Feijão Pronto para Temperar agora é acondicionado em embalagem cartonada asséptica de 490 gramas. A versão anterior tinha 380 gramas e já vinha temperada.

. . . e depois

DESIGN

Spice Design(11) 2977-2203www.spicedesign.com.br

EMBALAGENS

Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

ErrATA

O design dos rótulos do suco Frutt’s, da Superbom, (EmbalagemMarca nº 161, janeiro 2013, página 30) é da agência 3Design Virtual.

3Design virtual(11) 2157-2003www.3designvisual.com.br

Page 33: EmbalagemMarca 162

Agosto 2012 | 33

CHOCOLATES

CaCau fino 3

A Harald reformula a linha de chocolates Harald Melken Unique, voltada para chefs e confeiteiros. Os chocolates em gotas, barras, grânulos e em pó são acondicionados em embalagens de 1 quilo, 500 gramas e 400 gramas. Em todos os invólucros são impressas as coor-denadas geográficas identificando a localidade de procedência do cacau. Os produtos estão dispo-níveis em bolsas flexíveis, flow packs e stand-up pouches.

EMBALAGENS LINhA GOTAS E BARRAS

Celocorte Embalagens(11) 4156-8822www.celocorteembalagens.com.br

EMBALAGENS LINhA GRANuLé E Pó

Vibelplast(11) 2711-2829www.vibelplast.com.br

DESIGN

Team Creatif(11) 3491-5580www.team-creatif.com

3

Page 34: EmbalagemMarca 162

Almanaque

34 | Fevereiro 2013

Mãos livres e limpasO anel porta-cigarros, lançado em 1954 nos Estados Unidos, prometia resolver o problema do cheiro da nicotina nas mãos. Segundo anúncio da época, com o apetrecho, as mãos ficavam livres e dava para dirigir, telefonar e até jogar golfe sem lar-gar o cigarro. Havia várias opções de cores.

Não tem preçoEm uma ação entre marcas pouco comum, a Coca-Cola e a Mastercard lançaram uma edição limitada da tradicio-nal garrafa contour do refrigerante com o logotipo da empresa de cartões de crédito. A Mastercard patrocinou o European Tennis MasterCard Open de 2003, disputa-do em Frankfurt, na Alemanha, e encomendou duas mil garrafas customizadas com a sua marca à fabricante de refrigerantes. Quem comprava um ingresso ganhava uma garrafinha numerada e um certificado de autentici-dade assinado pelo presidente mundial da Mastercard, Arne Pache, dentro de um tubo. De vez em quando, aparecem algumas dessas raridades à venda em sites de leilões, como o ebay, por preços exorbitantes.

edição limitada da parceria entre a coca-cola e a mastercard

virou peça de colecionador

Antigas caixas de madeira foram substituídas

por embalagens flexíveis e de papel cartão

Pioneiras no alumínioA primeira lata de alumínio para refrigerantes foi adotada em 1963 para acondicionar o refrigeran-te de cola diet Slenderella. Foi produzida pela Reynolds Metals Company, nos Estados Unidos. A Royal Crown (RC Cola) adotou a lata de alumínio em 1964, sendo seguida em 1967 pela Pepsi-Cola e depois pela Coca-Cola.

Os tijOlinhOs sãO Os mesmOsLançados na década de 1960, os tijolinhos de madeira para construções fazem sucesso até hoje. Quando lançado, o brinquedo era acondicionado em pesadas caixas de madeira. Hoje é encontrado em caixas de papel cartão e em bolsas plásticas flexíveis.

Já está à venda a edição especial do almanaque, publicação que mostra

o que de melhor foi publicado na seção mais querida da revista

mais informações: almanaque.blog.br/edicaoespecial

Page 35: EmbalagemMarca 162
Page 36: EmbalagemMarca 162