revista embalagemmarca 081 - maio 2006

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Edição de maio de 2006 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

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www.embalagemmarca.com.br

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Dentro do prazo e dos objetivos este mês que ante-cede a edição de sétimo aniversá-

rio de EMBALAGEMMARCA, registro o alcance de outra meta, entre as muitas a que nos propusemos no lança-mento da revista, em junho de 1999. Dentro do prazo programado, nossa tira-gem acaba de ultrapassar a casa dos 10 000 exempla-res mensais. Esse número é auditado pelo IVC - Ins-tituto Verificador de Cir-culação.Embora o crescimento da circulação seja um dos objetivos permanentes esta-belecidos para a publica-ção, esse número simbólico

não representa o mero cum-primento de mais uma ação de rotina fácil. Duas pro-fissionais dedicam tempo integral à tarefa de cuidar para que a revista chegue efetivamente às mãos de profissionais com poder de decisão na cadeia de emba-lagem, desde fornecedores e prestadores de serviços até usuários finais. Acreditamos ser esse zelo de fazer a revista chegar às mãos certas outro dos moti-vos que contribuem para fazer de EMBALAGEMMAR-CA o veículo que oferece o mais denso e qualifica-do aporte de informações ao setor de embalagem no

Brasil. Desde março último a revista vem sendo distri-buída – com crescimento gradual, como é de nosso estilo – na Argentina, além de ter uma versão em caste-lhano no site. Para continuarmos a fazer jus a essa imagem, man-temos a política de ouvir sempre os leitores a fim de oferecer-lhes um pro-duto cada vez mais útil. Assim, aperfeiçoamentos e novidades por eles sugeri-das estão sendo incorpora-das à edição de aniversário da revista, que terá distri-buição reforçada na Fispal. Aguardamos sua visita em nosso estande. Até junho.

Duas profissionaisdedicam tempointegral à tarefa decuidar para queEMBALAGEMMARCA

chegue efetivamenteàs mãos deprofissionais compoder de decisãona cadeia deembalagem

Wilson Palhares

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DesignMaterial e formatos especiais destacam embalagens da nova linha de face care de O Boticário

PlásticasSachês invadem gôndolas de hair care com estouro dos cremes de tratamento de choque

EventoCartonadas transparentes monopolizam atenções na edição 2006 da alemã Anuga FoodTec

TendênciasUm resumo do estudo enco-mendado pelos organizadores do salão Emballage 2006

EventoEmpresas de embalagem marcam pre-sença com lançamentos nas feiras FCE Pharma e FCE Cosmetique

DecoraçãoMarca regional de sorvetes adota rótulos in-mold com sucesso em potes de PP

LivroVolume sobre história das embalagens no Brasil é editado com apoio da ABRE

ConversãoHeidelberg adianta novidades que apresentará durante a pri-meira edição da feira Expoprint

Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

ReportagemFlávio Palhares

[email protected] Kamio

[email protected] Haberli Silva

[email protected] Deorsola

[email protected]

Departamento de ArteCarlos Gustavo Curado (Diretor de Arte)

[email protected]é Hiroshi Taniguti (Assistente)

AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Karin TrojanWagner Ferreira

Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro

Raquel V. [email protected]

Assinatura anual: R$ 99,00

Público-AlvoEM BA LA GEM MAR CA é di ri gi da a pro fis sio nais que ocu pam car gos de di re ção, ge rên cia e su per vi são em em pre sas integrantes da ca deia de em ba la gem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colo-cados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos.

Filiada ao

Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

Filiada à

www.embalagemmarca.com.br

O con teú do edi to rial de EM BA LA GEM MAR CA é res guar da do por di rei tos au to rais. Não é per-mi ti da a re pro du ção de ma té rias edi to riais pu bli ca das nes ta re vis ta sem au to ri za ção da Blo co de Co mu ni ca ção Ltda. Opi niões ex pres sas em ma té rias as si na das não re fle-tem ne ces sa ria men te a opi nião da re vis ta.

66 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

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44 Internacional Destaques e idéias de mercados estrangeiros

32 Panorama Movimentação no mundo das embalagens e das marcas

3 Editorial A essência da edição do mês, nas palavras do editor

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6 Display Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

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Índice de AnunciantesRelação das empresas que veiculam peças publicitárias nesta edição

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Reportagem de capa: Copa do MundoA indústria espera que a euforia causada pelo mundial de futebol contamine seus negócios. Edições limitadas, com embalagens alusivas à Copa, querem aproveitar a ocasião

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56 Conversão e Impressão Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens

nº 81 • maio 2006

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6 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2006

Beit-Afc(11)3845-6656www.beit-afc.com

Grif (11) 2146-1150www.grifetiquetas.com.br

Igaratiba(19) 3821-8000www.igaratiba.com.br

Uma grife mais atual

O crescimento de 38,8% nas vendas de cosmé-ticos com apelo natural entre 2003 e 2005 (dado da ACNielsen) impulsio-nou a Revlon a moder-nizar a embalagem dos xampus e condicionado-res Aquamarine, elabo-rados a partir de proteí-nas marinhas. A agência Beit-Afc assina o novo visual. Os frascos de polietileno de alta den-sidade (PEAD), supridos pela Igaratiba, agora têm tampas do tipo flip-top

translúcidas e com topo plano, de modo que possam também ficar de ponta-cabeça. A cor da tampa define a indicação do produ-to por tipo de cabelo: normais (branca), secos (azul-marinho), oleosos (verde) e uso freqüente (verde-água). Rótulos auto-adesivos, impressos em flexografia três cores pela Grif, agora substituem a impressão direta nos frascos.

Xampus e condicionadores Aquamarine, da Revlon,ganham moderna identidade visual e novas tampas

Elementos naturais foram a inspiração para o lançamento da nova linha de produ-tos capilares da Mua Loa Cosméticos, elaborados a partir de óleo de buriti e guaraná. O xampu e o condicionador são acondicionados em frascos de polie-tileno de alta den-

sidade (PEAD) fornecidos pela Oxyplas. Já a máscara hidratante tem embalagem em formato menor, em pote de polipropileno da Rio-Plas. Rótulos auto-adesivos trans-parentes, de polipropileno biorientado (BOPP), deco-ram os três itens com efeito "no label look" e são impres-sos em letterpress pela Soft Color. O projeto gráfico é do designer Sérgio Adamo.

Natureza inspira embalagens nobresProdutos capilares da Mua Loa Cosméticos destacam "no label look"

Oxyplas(11) 4786-2322www.oxyplas.com.br

Soft Color(11) 6726-3000www.softcolors.com.br

Rio-Plas Ind. e Com. de Plásticos(21) [email protected]

Sérgio Adamo(11) 5584-0048

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8 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2006

Para destacar o lançamento de uma inovadora linha de produtos, xampus aromaterápicos para cães e gatos, a Natural Pet decidiu recorrer a frascos de polietileno de baixa densidade (PEBD) com tampas transparentes coloridas de polie-tileno de alta densidade (PEAD). Os frascos, produzidos pela JSM Plásticos, são decorados com rótu-los auto-adesivos feitos de filme de BOPP branco brilhante, impressos pela Studio A Editora Gráfica.

JSM Plásticos(11) [email protected]

Studio A Editora Gráfica(11) 4975- [email protected]

Xampus terapêuticos para cães e gatos é novidade no mercado

O Mingau Mix é a novidade da Dr. Oetker exclusiva para o Norte e o Nordeste, regiões onde o consumo de mingau instantâneo é muito difundido. Em três sabores (arroz, amido e milho), o produto chega ao mercado em duas versões de sachês laminados, a individual e a familiar (para seis porções). As embalagens, impressas em rotogravura, são da Empax. O design é da Segmento Comunicação & Design.

Mingau dedicado às praças de cimaCom sachês, Dr. Oetker mira as regiões Norte e Nordeste

Empax Embalagens(11) 5693-5400www.empax.com.br

Segmento Comunicação & Design(11) 3021-4566www.segcom.com.br

Culinária Italiana, Orgânico e Integral são as três novas variantes que com-põem a linha de arro-zes Camil Especial, da Camil. O trio chega ao mercado em embalagens fle-xíveis de polietileno

de baixa densidade (PEBD), de 1 quilo, com laminação especial. Os pacotes são impressos em flexografia em oito cores pela Cristal Embalagens. A Spice Design criou o proje-to gráfico.

Linha especial emembalagens apuradasCamil lança variantes nobres de arrozes em pacotes impressos em até oito cores

Aromaterapia em frascos plásticos

xampus aromaterápicos para cães e gatos, a Natural Pet decidiu recorrer

Cristal Embalagens(48) [email protected]

Spice Design(11) 6977-2203www.spice.com.br

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Graphic Packaging(11) 4589-4533 www.graphicpkg.com

Oficina Design Up (11) 5051-8844 www.oficinadesignup.com.br

Novidade da Unilever para branqueamento dos dentes, o creme dental Close Up Xtra Whitening chega ao merca-do numa atrativa bisnaga da Alcan Packaging Cebal. O laminado da embalagem combina EVOH, polietile-no transparente e foil de

alumínio, resultando num acabamento metálico de alto brilho. A embalagem secundária do lançamento é um cartucho de papel cartão da Brasilgrafica, impresso em off-set e também com detalhes metálicos, mérito da aplicação de hot stam-

ping. Como já ocorrera com outros cremes branqueado-res da Unilever, o cartucho traz em sua parede lateral uma escala de cor, para ser recortada para acompanhar o clareamento dos dentes. O desenho da embalagem é da Design Absoluto.

Brilho na embalagem e nos dentesTubo de creme branqueador destaca brilho metálico

A 3M traz ao Brasil o curativo líquido Spray Nexcare, lançado anteriormente no mer-cado americano. O produto chega ao país envasado em frascos de polietileno de alta densidade vindos dos Estados Unidos. Já os rótulos auto-adesivos metalizados, de polipropileno, são impressos aqui mesmo, pela Prakolar, assim como o cartucho do produto, elaborado com papel cartão meta-lizado da Málaga Produtos Metalizados, com impressão em off-set na cor preta. A empresa também elaborou o display de papel cartão que acompanha o curativo nos pontos-de-venda. A peça tem capacidade para acomodar doze frascos e seu visual segue o das embalagens unitárias. O design do display é da WR Comunicação Visual.

Três vezes metalizadoCurativo líquido da 3M abusa do prata

Alcan Packaging Cebal(11) 4723-4700www.cebalbrasil.com.br

Brasilgrafica(11) 4133-7777www.brasilgrafica.com.br

Design Absoluto(11) 3071-0474www.designabsoluto.com.br

Minipizzas congeladas são a nova aposta da General Mills para a marca Frescarini, representante de 25% do faturamento global da multinacional. A versão com duas unidades do produto é lançada em cartucho de papel cartão, impres-sa em off-set cinco cores pela Graphic Packaging. Para barrar a umidade, a caixa recebe um revestimento especial de polietileno. Uma outra embalagem aten-de o canal do food service: uma caixa de papelão que comporta 54 unidades, cujo fornecedor não foi divulgado pela empresa. O projeto visual ficou a cargo da Oficina Design Up.

Minipizzas em caixinhas e caixonasNovidade da Frescarini têm versões para varejão e para food service

Málaga Produtos Metalizados(11) 3001-4630www.malagapm.com.br

Prakolar Rótulos Auto-Adesivos (11) 6291 6033www.prakolar.com.br

WR Comunicação Visual(11) 6102-3555www.wrvisual.com.br

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arcas fortes fazem toda diferença para os negócios, sendo capazes de sustentá-los e ampliá-los. Numa máxima replicada por especialistas, elas acabam por se transformar

no ativo mais valioso para as empresas que as detêm. Cada vez mais essa importância é sentida na base da cadeia de valor de embalagens, especialmente entre os fabricantes de resinas termoplásticas. A tendência se desenvolve no dia-pasão do amadurecimento do setor, com as petroquímicas investindo em especialidades e na criação de diferenciais para a clientela. “Atrelado a isso, o fornecedor de insu-mos passa a ter a necessidade de se divulgar e valoriza a sua marca, como numa operação de marketing”, observa Luciana Pellegrino, diretora executiva da Associação Brasileira de Embalagem (ABRE), em artigo recentemente publicado no boletim institucional da entidade.

Pegue-se o exemplo da Braskem. De cerca de três anos para cá, a companhia tem levado a cabo eloqüentes campanhas de fixação de imagem e capitaneado uma tendência de criar marcas de fantasia para novas resinas desenvolvidas. Em vez de siglas ou complicados nomes técnicos, certas famílias de termoplásticos da petroquí-mica ganharam nomes mercadologicamente mais agra-dáveis e logotipos próprios. Symbios, Pluris, Prisma e Flexus foram algumas das marcas criadas para as linhas de polímeros. “As marcas refletem o foco em inovações e aumentarão a lembrança de nossos produtos”, afirmou Luiz de Mendonça, vice-presidente responsável pela área de Poliolefinas da Braskem, à época da última edição da Brasilplast, em maio de 2005. A mais nova das marcas da Braskem, lançada em fevereiro último, foi a Idealis, um polietileno de alto peso molecular em pó para aplicações em engenharia. Nos bastidores, aguardam-se novidades em torno dessa estratégia na Braskem após a compra da Politeno, consolidada em março.

Quem também evidencia a maior importância do marketing na seara das resinas é a Suzano Petroquímica, líder do mercado nacional de polipropileno com cerca de 45% de participação. Poucas semanas atrás, a companhia anunciou a retomada da marca Polibrasil, que fora utili-zada até ela adquirir o controle do negócio cinco meses antes. A Suzano decidiu que a marca PP-Polibrasil estará presente nas embalagens, sacarias, atividades comerciais, notas fiscais e demais peças de comunicação dirigidas ao mercado consumidor de polipropileno. “O objetivo é refor-

plásticas >>> resinas

M

Produtores de resinas investem em marcas e em meios de torná-las chancelas de qualidade de embalagens

Difusão de imagem

Braskem(11) 3443-9999www.braskem.com.br

Suzano Petroquímica(11) 3345-5917www.polibrasil.com.br

çar a comunicação com os clientes, resgatando o nome que durante décadas foi referência de mercado”, explica José Ricardo Roriz Coelho, diretor-superintendente da Suzano Petroquímica,

Um passo adiante nesse movimento na área de resinas poderá ser o investimento em campanhas de imagem diri-gidas ao consumidor final, como já fizeram, por exemplo, a CSN e a Novelis no segmento de embalagens metálicas. Para a diretora executiva da ABRE, a possibilidade aberta aos produtores de insumos é a de suas marcas tornarem-se até mesmo chancelas de qualidade, quando estampadas nas embalagens que originam, como ocorre com o célebre selo “Intel Inside” aplicado nos gabinetes de microcompu-tadores. “O vendedor de um benefício praticamente invisí-vel aos olhos dos cidadãos, mas essencial no conjunto do produto, tem a oportunidade de consolidar o seu nome”, entende Luciana.

ESPELHOS – Braskem investiu em novas marcas; Suzano Petroquímica resgatou uma tradição

INOVAÇÕES Investimentos em marketing ajudam a explorar novos mercados

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reportagem de capa >>> estratégia

A Copa do Mundo magnetizará 180 milhões de brasileiros. Uma seleção de embalagens está em campo para explorar a euforia ante

o megaevento. Serão gols de placa?

Por Guilherme Kamio

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O apito já trilou nas gôndolas

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oca-Cola; Brahma, Kibon, Gatorade e Rexona; Garoto, Lacta, Panco e Sorri-so; Batavo e Bubbaloo. Jogando no ata-

que, essa seleção já pôs em campo embalagens apelativas à Copa do Mundo.Pudera: entre o empresariado, a confiança num incremento de negócios devido ao megaevento é grande como a do torcedor na conquista do sexto caneco. Segundo especialistas, o torneio na Alemanha poderá movimentar algo próximo a 6 bilhões de reais em vendas de produtos, promoções e ações de mídia no Brasil. É o dobro da receita gerada na edição de 2002. “A seleção vai bem, o entusiasmo é grande, o cenário favorece. A Copa é o gancho de marketing do ano”, enten-de Rodolfo Salles, gerente de desenvolvimento da Amcor PET Packaging, uma das provedoras de embalagens que vêm tabelando com gran-des marcas para lançar produtos vinculados ao mundial de futebol.

O apito já trilou nas gôndolasC

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16 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2006

A Amcor participou da gestação da Copa-bola, o mais inovador produto da Coca-Cola, patrocinadora da Copa, para a ocasião. O prin-cipal refrigerante da companhia ganhou uma garrafa de PET de 400 mililitros soprada em formato de bola de futebol, com produção di-vidida entre a Amcor e a Engepack. Cerca de 40 milhões de garrafas-bola serão distribuídas no país até o fim de julho. Outro projeto da Amcor é o das embalagens de Copa do isotô-nico Gatorade, da PepsiCo. Tradicionalmente transparentes, as garrafas de PET da bebida ganharam pigmentações em verde e em ama-relo. Num projeto gráfico da Art3, rótulos roll-fed de BOPP da Inapel adornam os invó-lucros destacando fotos de Ronaldinho Gaú-cho e de Roberto Carlos. “Garrafas especiais como essas incidem em alguns acertos, podem gerar maior refugo, mas são de tranqüila via-bilidade”, relata Salles. Com efeito, diversas jogadas em embalagens temáticas para a Copa valorizam a união entre criatividade e simples execução. São os casos de certos cartuchos de papel cartão.

Veja-se a caixa da Bola de Chocolate do Grupo Pão de Açúcar. Multifacetada, ela bus-ca remeter a uma bola de futebol, para o que contribui o projeto gráfico da Mazz Design, desenhando gomos nas paredes do cartucho. Verde e amarelo predominam na impressão, que dispõe um calendário do certame e fatos das Copas em determinadas faces da constru-ção (confira reportagem na edição anterior de EMBALAGEMMARCA). “A idéia de corte e vinco tem tudo a ver com uma promoção de Copa”, comenta Angélica Guerreta, da área de desenvolvimento da fabricante da embalagem, a gráfica Nova Página. Solução parecida foi adotada pela Garoto para ligar à competição sua Caixa de Bombons, líder de mercado, em leitura da ACNielsen. Além de curiosidades sobre o esporte bretão em painéis secundários, a embalagem cartonada do produto, conver-tida pela Brasilgrafica, traz uma tabela do Mundial no lado interno de sua tampa.

A garrafa de vidro e a latinha de alumínio também personificam uma grande aposta em inovação para faturar junto ao Mundial. Atenta ao momento que promete estimular o consumo de cerveja –- diferentemente daquele de quatro anos atrás, quando o brasileiro madrugava para assistir à edição cindida entre Japão e Coréia do

Nonon

REDONDA – Copabola traz 400 mililitros de Coca-Cola em garrafa

de PET com formato esférico

MULTIFACES – Bola de Chocolate do Pão de Açúcar destaca tabela

da Copa no verso de seu cartucho

PIQUE – Garoto investiu pela primeira vez em caixa temática

TROCA – Pigmentos dão novas cores às garrafas do Gatorade, da PepsiCo

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Sul –-, a AmBev investiu na Brahma Bier, pro-dução temporária de uma cerveja do tipo Hel-les, inspirada em receitas típicas da região da Baviera. A novidade utiliza garrafas de diversas fornecedoras, com rótulos da FAHZ (Fundação Antonio e Helena Zerrener, gráfica própria da AmBev), e latinhas da Latapack Ball e da Re-xam. Nos supermercados, as latas também são encontradas em multipacks de filme termoen-colhível (shrinks), cuja maior produção cabe à Ladal. “O consumidor já esperava embalagens especialmente decoradas, por isso pensamos em surpreendê-lo e lançar pela primeira vez um líquido para a Copa”, conta Vivian Serebrinic, gerente de marketing de inovações da AmBev. A ligação da Brahma com a Copa é apoiada por uma vultosa campanha publicitária que exorta a busca da sexta estrela.

Agências matam no peitoLançar novos produtos e encomendar forma-tos especiais de embalagens, ou ainda agregar sofisticadíssimos processos a elas, não são as táticas mais freqüentes do mercado diante da

BIER – Novidade da Brahma para a Copa surge em garrafas de vidro e latinhas

de alumínio

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Copa. Muitas marcas de bens de alto giro prio-rizam a estratégia menos ruidosa, mas nem por isso ineficaz, de adaptar seus fardamentos ao motivo do futebol ou aos “equities” do Brasil. Foi o que fez a Amacoco, disposta a reforçar a imagem da água-de-coco Kero-Coco como repositor energético – plano que conta com fornecimento da bebida a clubes de futebol, conforme relata a gerente de novos negócios Andressa Almeida. Para entrar no clima da Copa, caixinhas Tetra Prisma da bebida, su-pridas pela Tetra Pak, agora apresentam faixas em verde e amarelo e as estilizações de uma bola de futebol e de uma bandeira nacional. O visual é da Núcleo 3 Comunicação. Como nas embalagens dos chocolates, a traseira da caixinha de Kero-Coco estampa uma espécie de almanaque das Copas. A Batavo segue a moda com o Batavito. Série especial do leite fermentado, a Torcida pelo Brasil fia-se em multipacks cartonadas que ostentam brinca-deiras e curiosidades sobre os países cabe-ças-de-chave da Copa da Alemanha. As luvas temáticas são da Graphic Packaging e foram projetadas pela Komatsu Design.

Como se vê, todo o interesse em vestir produtos a caráter para a Copa tem revertido numa goleada para as agências de design. “Notamos forte movimentação do mercado em promover marcas vinculando-as à Copa pela maior consciência da abrangência e do potencial de vendas de eventos como esse”, afirma Mário Narita, diretor da Narita De-sign. A agência paulistana é responsável pelo design das embalagens da Brahma Bier. Tam-bém saíram das suas pranchetas os visuais das embalagens do Bubbaloo Golaço, da Cadbury Adams, e do Ovo de Páscoa Rumo ao Hexa!, da Lacta. O chicle ganhou flow packs indivi-duais e multipacks com estampas da mascote da marca, o Bubbacat, e de Ronaldinho Gaú-cho. Ambas as embalagens plásticas flexíveis do Bubbaloo são da Inapel. Já o Ovo Rumo ao Hexa!, da Lacta, foi colocado no mercado durante a Páscoa envolvido por um filme plástico do braço de flexíveis da Dixie Toga, a Itap Bemis, com visual inspirado em flâmulas. Dentro do Ovo, a Lacta inseriu brindes alusi-vos à apoteose futebolística.

Outras forças do mercado esfregam as mãos diante do cenário promissor para as gu-loseimas alicerçadas na Copa. É o caso da Ki-

ças-de-chave da Copa da Alemanha. As luvas temáticas são da Graphic Packaging e foram projetadas pela Komatsu Design.

produtos a caráter para a Copa tem revertido numa goleada para as agências de design. “Notamos forte movimentação do mercado em promover marcas vinculando-as à Copa pela maior consciência da abrangência e do

É CAIXA – Kero-Coco ressalta torcida pela seleção em suas

embalagens Tetra Pak

GOLAÇO – Flow packs temáticas vestem a nova

versão do chicle Bubbaloo, da Cadbury Adams

RUMO – Lacta aproveitou a Páscoa

para lançar Ovo mirado no futebol

CAMISA – Luvas de cartão do Batavito destacam curiosidades dos cabeças-de-chave da Copa

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bon (Unilever). A poderosa marca de sorvetes promoveu a estréia de um picolé cuja marca é simplesmente a do melhor jogador de futebol do mundo, Ronaldinho Gaúcho. A imagem do craque do Barcelona e da seleção toma conta da flow pack de BOPP do picolé, ilustrada pela agência Costa Galli e produzi-da pela Converplast. Por sua vez, a Ferrero tem no Tic Tac Hexa a ponta-de-lança para a Copa. A edição limitada com-porta um mix em verde e ama-relo das famosas pastilhas. “Já observamos vendas maiores por causa dessa série, a primeira que lançamos em época de Copa”, conta Leonardo Raduy, gerente da marca na Ferrero. Como o produto, a embalagem temática vem do Equador. O rótulo provi-sório é de uma grande converte-dora daquele país, a Sismode.

Marcas atacamHá quem veja nos produtos di-rigidos à Copa um meio não só de vender mais aproveitando a euforia da ocasião, mas também de fortalecer a marca. “Não ti-vemos embalagens especiais na última Copa. Agora, a caixa temática visa explicitar nos-sa proximidade com o público brasileiro”, diz Ricardo Mar-tinez, gerente de produto de chocolates e bombons da Garoto. Lustrar a imagem também motiva a Panco. “O futebol gera uma comoção nacional, por isso que-remos ressaltar o patriotismo e a satisfação de sermos uma empresa 100% brasileira”, alega Alexandre Brasil Rodrigues, da área de marketing da panificadora. As clássicas Bisnaguinhas Premium da Panco acabam de adotar uma embalagem flexível com a mascote da empresa, o Panquinho, paramentado como craque da seleção. O design é da equipe de ma-rketing da Panco, e a produção do envoltório também é própria. “A Copa é o acontecimento esportivo de maior importância mundial e tudo o que remete a ela acaba tendo uma carga de apelo emocional, ufanismo, culto aos ídolos”, observa Mário Narita. “Vive-se uma tsunami

RRRRRRRONALDINHO – Melhor do mundo dá nome e ilustra embalagem de picolé

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de nacionalismo, provavelmente pelos recentes casos de corrupção, e como nunca as empresas querem explorar a Copa através de endomarke-ting, de embalagens e de outras formas”, nota o especialista em marcas José Roberto Martins, diretor da consultoria GlobalBrands.

Pode-se interpretar que a atenção ao poten-cial da Copa é tal que até as indústrias à parte das de bebidas e alimentos querem aproveitar a onda, como a de higiene e beleza. Tome-se o caso da Unilever, que desembolsou 16 milhões de reais para lançar o desodorante antitrans-pirante Rexona Men SportFan. “É a primeira vez que Rexona investe no desenvolvimento de uma linha temática”, descreve Paula Cor-nagliotti, gerente da chancela na Unilever bra-sileira. “Lançar novas variantes é uma forma de renovar a marca e acreditamos que a paixão nacional pelo futebol será um grande incentivo para a experimentação do novo produto.” O garoto-propaganda do SportFan – para variar – é Ronaldinho Gaúcho. Em versões aerossol e roll-on, o produto tem embalagens importadas da Argentina e de outros países e será encontra-do até julho. Lançamento mundial, o SportFan terá no Brasil recipientes com as cores da ban-deira e a imagem de uma bola. Outra potência da área, a Colgate-Palmolive, acaba de colocar no mercado uma edição torcedora de Sorriso. A embalagem secundária da tiragem spot do creme dental, um cartucho da divisão de carto-nados da Dixie Toga, a Impressora Paranaense, estampa a imagem de uma bola de futebol e os dizeres “O Brasil torce com Sorriso! Ah!”.

Improvisar é difícilO fato é que indústrias dos mais distintos per-fis em bens de alto giro parecem dar razão a uma máxima defendida por muitos peritos em marketing: a de que oportunidades para faturar com edições limitadas, ainda mais num evento da magnitude de uma Copa do Mundo, não podem ser desperdiçadas. O conselho pretende apontar a um pote de ouro, mas levanta uma indagação. Um desempenho frustrante da sele-ção, fazendo água à expectativa do hexacampe-onato, poderá acarretar problemas de imagem para as marcas vinculadas à Copa? “As emba-lagens que permanecerem nos pontos-de-venda podem ser prejudicadas, mas não as marcas”, julga Ricardo Martinez, da Garoto. “O consu-midor as vê como ele próprio, torcendo pela se-

MASCOTE – Panco liga Bisnaguinhas à Copa com a figura do Panquinho

SUOR – SportFan é a primeira edição

limitada de Rexona

AH! – Cartucho com bola na rede vincula Sorriso ao futebol

MASCOTE – Panco liga Bisnaguinhas MASCOTE – Panco liga Bisnaguinhas

CONTAGEM REGRESSIVA – Tic Tac Hexa é aposta da Ferrero para a competição

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ACNielsen(11) 4613-7000www.acnielsen.com.br

Amcor PET Packaging(11) 4589-3062www.amcor.com

Ampro(11) 3815-9998 www.ampro.com.br

Aro(11) 6462-1700www.aro.com.br

Art3 (11) 3871-0177 www.art3pop.com.br

Brasilgrafica(11) 4133-7777www.brasilgrafica.com.br

Canal Comunicação(11) 3813-9137www.canalmkt.com.br

Converplast(11) 6462-1177www.converplast.com.br

Costa Galli Publicidade(11) 5507-5658www.costagalli.com.br

Engepack(11) 2149-8800www.engepack.com.br

GlobalBrands(11) 3266-3947www.globalbrands.com.br

Graphic Packaging(11) 4589-4533www.graphicpkg.com

Impressora Paranaense(11) 6982-9497www.dixietoga.com.br

Inapel(11) 6462-8876www.inapel.com.br

Itap Bemis(11) 5516-2200www.dixietoga.com.br

Komatsu Design(11) 5561-7702www.komatsudesign.com.br

Ladal(19) 3522-5400www.ladal.com.br

Latapack Ball(11) 3040-2800www.latapack.com.br

Mazz Design(11) 3842-7880www.mazz.com.br

Mecesa(85) 4009-2244www.mecesa.com.br

Narita Design(11) 3167-0911www.naritadesign.com.br

Nova Página(11) 3531-7000www.novapagina.com.br

Núcleo 3 Comunicação(11) 2244-1350www.nucleo3com.com.br

Rexam(21) 2104-3300www.rexamcan.com.br

Sismode+593 (2) 241-0104www.sismode.com

Tapon Corona(11) 3835-8662www.tapon-corona.com.br

Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

leção.” O risco é pequeno, calcula José Roberto Martins. “O que de fato deveria preocupar as empresas é a comoditização de suas ações, pois muitas das hoje atreladas à Copa, inclusive em embalagem, são parecidas, acabam não tendo efeito de distinção”, ele adverte.

Para muitos, a Copa, de tão especial, mere-ce planos minuciosos, esteados não apenas em embalagem, mas em multimeios – com pro-moções, publicidade, suporte em loja e outros investimentos que possam de fato diferenciar a jogada da empresa. “Marcas que nada fizeram até aqui terão muita dificuldade para decolar no último momento”, alerta Elza Tsumori, presidente da executiva nacional da Associação Brasileira de Marketing Promocional (Ampro). “A saída pode ser trabalhar os pontos-de-venda e ações promocionais que não necessitem de registros e aprovação da Caixa Econômica Fe-deral ou do Ministério da Justiça.” Em última análise, quem não se concentrou para a Copa até aqui, mas não quer ser goleado pela con-corrência, pode até lançar mão de embalagens temáticas feitas em cima da hora. Como no futebol, porém, salvação com um gol aos 45 do segundo tempo só com mandinga e reza braba. Restará torcer.

Uma das principais trans-formações das embalagens da Coca-Cola com vistas à Copa do Mundo se dá nos fechamentos dos recipien-tes de seu refrigerante carro-chefe. O tradicional vermelho das tampas cede a vez para o verde e o amarelo. A mudança abarca as tampas plásti-cas de rosca das garrafas de PET, produzidas por fornecedores diversos, e as rolhas metálicas das garrafas de vidro, supri-das pela Aro, pela Tapon Corona e pela Mecesa. “A troca foi planejada com

antecedência, mas é um projeto que pode ser leva-do a cabo em uma sema-na, com simples mudanças de filmes de impressão”, explica Luiz Carlos Covelo, diretor comercial da Aro, sinalizando a clientes que ainda dá tempo para rea-lizar ações do tipo para o mundial de futebol. Líder em rolhas metálicas no mercado doméstico, a Aro também prepara uma cam-panha interna para ligar sua imagem ao torneio na Alemanha. “Também quere-mos aproveitar a ocasião”, ressalta Covelo.

Verde e amarelo na cabeçaSai o vermelho, entram as cores pátrias nas tampas das garrafas de Coca-Cola

CARA PINTADA – Rolhas metálicas e tampas de rosca

ganharam novas cores

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potencial mercantil da Copa do Mundo tam-bém estimula a criação

de embalagens especiais para a boca-de-caixa de magazines. Centrada nesse segmento, a An-tilhas acaba de desenvolver uma sacola especial para as lojas de apetrechos esportivos Bayard. “Em ano de Copa é como se tivéssemos dois Natais”, diz Gil-son da Anunciação, gerente de marketing da Bayard, justifican-do a encomenda da embalagem temática. O visual da sacola é assinado por Luís Augusto Sara-ceni, designer da Bayard.

Sacolas especiais também são encontradas na rede de calçados e vestuário Besni. O desenho da Design Absoluto destaca fitinhas verdes e amarelas de Nosso Se-nhor do Bonfim, com a frase “100% Brasil”. “O material retra-ta a Copa de modo menos óbvio, aproximando-se do público-alvo do cliente”, diz Alessandra

Baronni Garrido, diretora de ma-rketing da agência. As sacolas são feitas pela Dobrak, de Blu-menau (SC).

Força do segmento de embala-gens e componentes para presen-tes e decoração, a Cromus Em-balagens também bota fé numa demanda maior de envoltórios temáticos pelo varejo. Recém-lançada, sua Linha Brasil consiste de sacos e folhas transparentes ou metalizados com estampas que destacam o verde e amarelo e ícones da brasilidade. As emba-lagens, construídas em polipropi-leno biorientado (BOPP), podem ser utilizadas em presentes e na decoração de ambientes.

Varejo faz figaSacolas e envoltórios para presentes também dão o tom em embalagens focadas na Copa

O

EMBALO – Copa pode estimular trocas de presentes, e varejo se prepara com embalagens especiais

Antilhas(11) 4152-1100www.antilhas.com.br

Cromus Embalagens(11) 6823-8000www.cromus.com.br

Dobrakwww.dobrak.com.br

Design Absoluto(11) 3071-0474www.designabsoluto.com.br

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Esse componente está presente com exclu-sividade no Nanoserum Anti-Sinais, produ-to mais inovador da linha. Segundo Israel Feferman, diretor de pesquisa e inovação de O Boticário, aquela presença – “estruturada e não incluída apenas como aditivo na fór-mula” – diferencia o Nanoserum dos demais

itens da linha, pelo fato de oferecer uma “liberação direcionada”, ou seja, por fazer os ativos presentes na composição serem levados à camada ideal da pele. Seria essa a primeira vez no mundo em que se aplica nanotecnologia em produtos de cuidados com a pele.

Para alardear os efeitos desse e de outros componentes de alta tecnologia da linha desenvolvi-da em seu Centro de Pesquisa e Inovação, como o antienvelheci-mento Comucel e o antioxidan-te Priox-in, O Boticário reservou parte não revelada dos 14 milhões de reais investidos no projeto Active para campanha publicitária multimídia, que se iniciará em junho próximo, quando os produ-tos chegarão às lojas.

m tempos de globalização, o viés que leva a cosmética a consoli-dar-se como ciência, sob o nome de cosmecêutica, firma-se decidi-

damente também no Brasil – e com acirrada disputa entre os principais protagonistas do setor. Em marcha batida após lançamentos de destaque de linhas antiidade pelas gran-des rivais Avon, com o Renew Alternative, e Natura, com constantes reforços em sua linha Chronos, O Boticário acaba de entrar em cena com força total.

Para lançar sua nova linha de face care Active, com nada menos que dezenove itens, a empresa de Curitiba nelas introduziu o que qualifica como “o que há de mais moderno em tecnologia aplicada a cuidados da pele”, com resultados traduzidos em “muitos diferenciais”. Resultado de dois anos de trabalho em pesquisa e desenvolvimento, a linha é composta de itens de que vão desde fragrâncias, texturas e emba-lagens até a utilização da nanotecnologia” (ver o quadro na pág. 26).

design >>> higiene e beleza

EEmbalagens de alta finesse apóiam O Boticário na entrada em anti-sinais

Ciência com glamour

FAMÍLIA – Bisnagas e frascos do restante da linha de cuidado facial são supridos pela Alcan Packaging Cebal e pela Globalpack

REPOSIÇÃO – Primeiro creme em pote de Surlyn, VitActive conta com refil em caneca de PVC

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utilizado todo o conteúdo dos frascos, de custo estimado em cerca de três vezes o de um simi-lar de vidro. O designer francês ressalta essa alternativa como preocupação com a preserva-ção ambiental.

Apesar de acentuar que o design de emba-lagens de produtos destinados a cuidados faciais ter de ser também funcional, Thierry de Baschmakoff lembra a necessidade de “balan-cear conforto e desempenho, precisão e prati-cidade”. Para isso, tanto nos potes de Surlyn quanto nos itens da linha Active acondicionados em bisnagas flexíveis (da Cebal) e nos frascos de PVC do Nanoserum (da Globalpack, com válvula formadora de mousse da TechSprayer), as tampas são recobertas por metal, trabalho que coube à Bristol e Pivaudran.

Tudo isso, na maneira de ver do designer, tem como fundamento “a questão elementar de que, junto com a funcionalidade das emba-lagens, é necessário que elas transmitam com eficácia a noção de adição de valor e, principal-mente, de valor percebido pelos consumidores e consumidoras”. Ao lado da utilização de materiais de qualidade assegurada pelos forne-cedores, essa noção é transmitida pelo acaba-mento nas cores pérola e dourado fosco presen-tes nos detalhes das embalagens e nas tampas, cuja sinuosidade na parte superior transmite à linha a idéia de unidade. Como diz Thierry de Baschmakoff, “a ciência e a funcionalidade não precisam dispensar o glamour”.

Outra parcela dessa verba, descrita como “significativa”, coube ao desenvolvimento das embalagens, às quais historicamente a empre-sa dedica especial atenção e que, em todas as oportunidades, lembra ter sido uma das alavancas de seu êxito no universo da beleza. Para criar a linha, que utiliza desde bisnagas multicamadas, frascos e potes, e na qual trans-parece claramente a preocupação com a adição de valor, O Boticário convidou o designer francês Thierry de Baschmakoff, da agência Esthaete. O portfólio desse profissional exibe marcas como Cacharel, Dior e Versace, além do design de jóias da relojoaria com as grifes Bvlgari e Cartier.

O ponto alto das embalagens é a utilização da Surlyn na fabricação dos potes da variedade VitActive (fornecidos pela TPI), apresentada como sistema anti-sinais avançado e com alter-nativas para o tratamento da pele de pessoas com mais de 30, mais de 45 e mais de 55 anos de idade, além de um “Noturno”. Thierry de Baschmakoff destaca ser esta a primeira vez que se utiliza em cremes antiidade a resina ionomé-rica da DuPont – que exalta ter ela a transparên-cia e a densidade do vidro, com menor peso e maior resistência mecânica. Até então, segundo o designer, esse material era usado apenas em embalagens de perfumaria fina.

As consumidoras têm a possibilidade de repor o creme utilizando refis, no formato de canecas de PVC (também da TPI), depois de

Alcan Packaging Cebal (11) 4723-4700www.alcan.com

BoxPrint(51) 3598-1311(11) 3337-4544www.boxprint.com.br

Bristol e Pivaudran(11) 6465-7000www.bristolepivaudran.com.br

Globalpack(11) 5641-5333www.globalpack.com.br

TechSprayer(11) 6601-0888www.techsprayer.com.br

TPI(11) 5541-8990www.tpinet.com.br

1) Mousse de Limpeza Purificante Pele Mista a Oleosa2) Tônico Bifásico Matificante Pele Mista a Oleosa3) Loção de Limpeza Suavizante Pele Normal a Seca4) Tônico Hidratante Pele Normal a Seca5) Máscara Purificante de Argila Branca6) Micro Esfoliante Intenso7) Hidratante Multiprotetor Pele Normal a Seca8) Hidratante Multiprotetor Pele Mista a Oleosa9) Hidratante Nutritivo Noturno Pele Normal a Seca10) Hidratante Nutritivo Noturno Pele Mista a Oleosa11) Máscara de Hidratação Intensa12) Sistema Anti-Sinais Avançado Área dos Olhos13) Sistema Protetor Avançado14) Nanoserum Anti-Sinais15) Sistema Anti-Sinais Avançado 30+16) Sistema Anti-Sinais Avançado 45+17) Sistema Anti-Sinais Avançado 55+18) Sistema Anti-Sinais Avançado Noturno19) Cápsulas com retinol uso noturno

Os Produtos

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asta uma rápida visi-ta a um supermerca-do ou a uma farmácia para se notar a multi-

plicação dos sachês nas gôndolas de cosméticos e itens de toucador. Antes utilizados principalmente para amostras grátis de produtos dessa área, os sachês ganharam a função de vendedores, principal-mente a reboque do estouro dos cremes de tratamento de choque – novos destaques em produtos capilares pós-banho, categoria que, em cerca de quinze anos, já penetra em quase 45% dos lares brasileiros, segundo a ACNielsen. São loções de agressiva ação hidratante, com recomendação de uso a cada quinze dias ou, no máximo, uma vez por sema-na. Daí o fato de os pequenos sachês, de dose única, terem caído no gosto dos fabricantes como padrão em apresentação.

“A facilidade de aplicação dos produtos em sachês favorece o uso em qualquer lugar – na aca-demia, no clube, na piscina ou na praia”, diz Felipe Wasserman, gerente de marketing da L’Oréal. Segundo ele, os tratamentos de choque atendem uma consumido-ra cada vez mais interessada em cuidar da beleza de forma prática e rápida, sem ter de gastar horas nos banhos de creme dos salões de estética. Para facilitar o uso, os sachês desses cremes possuem sistemas de fácil abertura, dispen-sando o uso de objetos de corte. “É como um tratamento de salão dentro de casa”, afirma Cláudio Alonso, gerente de produtos da

Aroma do Campo, que direciona tratamentos de choque à classe CD com a marca Fio & Pontas, comercializada em flexíveis monodose da Inapel e da Empax. Lançada em 2004, a linha Fio & Pontas ganhou em 2005 sachês cujo perfil remete à letra “S”.

Cortes variadosFormatos diferenciados de sachês, aliás, parecem ter se tornado um imperativo diante da rápida pro-liferação de marcas no segmento. Em vez de adotar um padrão para os sachês das três marcas que apa-drinham seus tratamentos de cho-que – Elsève, voltada ao público A e B, Garnier Fructis, direcio-nada à classe média, e Colorama, focada na baixa renda – a L’Oréal decidiu lançar embalagens de for-matos distintos. A retaguarda da estratégia da multinacional fran-cesa é garantida pela maior oferta de cortes das empresas que rea-lizam a selagem dos sachês. A diversidade das embalagens da L’Oréal, por exemplo, é garanti-da pela Mappel, especializada no ramo de sachês de amostras grá-tis e parceira das principais con-vertedoras de sachês de cremes capilares pós-banho. Em 2005, após verificar maior demanda por formas diferenciadas de sachês, a Mappel adquiriu duas novas máquinas para corte com ferra-mentais diversificados, conforme relata Terezinha Shiobara, gerente comercial da empresa.

Os sachês das três marcas da L’Oréal utilizam filmes impres-sos pela Inapel, empresa que viu

plásticas >>> higiene e beleza

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Sucesso dos tratamentos de choque põe sachês em evidência na seção de cuidado com o cabelo

Choque dosado

CORTES – Diversidade de formatos dos sachês espelha uma crescente concorrência no segmento

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sua produção aumentar durante os últimos dois anos, período em que frutificaram as opções de cremes capilares pós-banho. A segmenta-ção do mercado vai ao encontro da opção pelos sachês. “Qualquer outro tipo de invólucro desca-racterizaria o segmento”, afirma Luiz Roberto de Castro, gerente comercial da Empax. João Freitas, gerente de marketing da Niely, calcula que, para os mesmos 30 mililitros de creme, o conjunto formado por frasco, tampa e rótu-lo acarretaria um custo três vezes mais alto em comparação com os sachês. Além disso, versões rígidas e com tampa permitiriam que o creme fosse consumido de forma equivocada, contrariando as recomendações de uso, confor-me adverte o executivo.

Gancheiras ajudam A Niely foi uma das pioneiras em tratamentos de choque em sachês, impressos pela Plasco e pela Empax, e viu suas vendas triplica-rem após uma ação de marketing baseada no estímulo às compras por impulso. Atenta ao fato de que 37,3% dos consumidores dei-xam-se levar pelo impulso nas compras feitas nos supermerca-dos, segundo pesquisa realizada no ano passado pelo Programa de

Varejo da Universidade de São Paulo (Provar-USP), a Niely posi-cionou gancheiras ao lado das prateleiras de tinturas para cabelo. As vendas dos sachês pegaram o elevador. “Além da praticidade de estoque, a estratégia de expo-sição já está embutida na própria embalagem. Essa característica colabora muito para o crescimen-to do segmento de tratamento de choque”, sentencia Freitas. Não é por acaso que, hoje, 90% dos sachês de tratamentos de choque têm furações para exposição em gancheira. É também pela neces-sidade de agarrar o consumidor pelo olhar no ponto-de-venda que a maioria dos sachês dos trata-mentos de choque é impressa em rotogravura de alto nível, com imagens de qualidade fotográfica e sofisticadas cromias.

Os investimentos nos trata-mentos de choque – e, conseqüen-temente, em suas embalagens – deve se prolongar. Acontece que, para as marcas de cosméti-cos e cuidados pessoais, os cre-mes capilares especiais podem significar uma luz no fim do túnel da crescente comoditização dos xampus – e as guerras de preços dos itens básicos para o cuidado das madeixas vêm deixando as indústrias de cabelo em pé.

Combate à oxidação também empurra os sachêsAltamente reativos, cremes de tratamento de choque necessitam de tríplice laminação

Os sachês não caíram no gosto da indústria de cosméticos só por se adequarem à recomen-dação de uso e aos canais de venda dos tratamentos de cho-que. Ocorre que as fórmulas desses cremes, seguindo sua própria denominação comercial, são de alta reatividade química. Em flexíveis pouco elaboradas, a barreira ineficaz ao oxigênio

pode causar oxidação do produ-to – e prejuízo em vendas. Isso explica o sucesso dos sachês estruturados em filmes de poli-éster, polietileno e alumínio. “Sob determinadas condições de temperatura e umidade, o alumínio apenas não basta para impedir a passagem de oxigênio. A aplicação de polie-tileno é fundamental para que

o produto mantenha sua inte-gridade”, explica Jaure Blanco, gerente comercial da Plasco. A empresa é das que sentiram o aquecimento do mercado de sachês devido à consolidação da categoria de tratamento de cho-que. Hoje, a Plasco produz seis toneladas de filmes laminados por mês, que dão origem a 1,6 milhão de unidades de sachês.

Empax(11) 5693-5400www.empax.com.br

Inapel (11) 6462-8800www.inapel.com.br

Mappel(11) 4347-6377www.mappel.com.br

Plasco Embalagens Flexíveis(11) 4198-3000www.plasco.com.br

GANCHO – Exposição em gancheira, garantida por furações, mira as compras por impulso

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Movimento na EspanhaO interesse por novas tecnologias em embalagem é forte na Península Ibéri-ca. A feira de negócios Hispack’ 2006, ocorrida no fim de março em Barcelona, registrou visitação recorde de 40 405 pessoas, 33% a mais que na edição anterior, de três anos atrás. Materiais de barreira, tendências em publicidade aplicada à embalagem e identificação por radiofreqüência estiveram entre as principais pautas do evento. A próxima Hispack será em 2009.

Apagar de velasSímbolo da industrialização brasilei-ra, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) completou 65 anos no último dia 9 de abril. Primeira produtora in-tegrada de aço plano no país, a CSN é hoje a única fornecedora doméstica de chapas de aço para embalagens.

O novo lar da ImajeForça em sistemas de codificação in-dustrial, a Imaje mudou em abril para uma nova sede, em Barueri (SP). Além de abrigar a filial brasileira da Ima-je, a casa será a plataforma para os negócios do grupo americano Dover, seu controlador, para toda a América Latina. Foram investidos cerca de 7 mi-lhões de reais na nova sede, que possui área de 3 000 metros quadrados.

Piloto da PoloA Polo Films estuda a possibilidade de construir uma planta piloto de nível in-ternacional para pesquisa e desenvol-vimento de novos produtos em BOPP e outros filmes flexíveis para a produção de embalagens. O investimento pode chegar aos 10 milhões de dólares.

Já deu péA Suzano Petroquímica conquistou o prêmio Abiplast de Design 2005, ca-tegoria Indústria, com a coleção Poli-brasil Calçados de embalagens de po-lipropileno. Desenvolvida em parceria com a Future Pack, Packing Design e as fabricantes de embalagens Antilhas, Exapack, Confetti, Stillo Pack e Rigesa, a coleção busca colocar embalagem plástica no setor calçadista, um merca-do de 7 bilhões de dólares por ano.

Mais e mais a embalagem é um negó-cio da China na própria China. Veja só: o dragão asiático, que acaba de anunciar um espetáculo de crescimen-to econômico de 10,2% no primeiro trimestre, galgou ao terceiro posto no mercado mundial de embalagens. Shi Wanpeng, diretor da Federação Nacional

de Embalagem da China, anunciou em abril que a produção da indústria chi-nesa de embalagens atingiu 51 bilhões de dólares em 2005. Mais que isso, só Estados Unidos e Japão. Em uma prévia da Conferência Mundial de Embalagem que seria realizada entre os dias 18 e 20 de abril em Pequim, Wanpeng disse que as prioridades chinesas quanto a embalagens serão aumentar a inovação, acelerar a reestruturação da indústria e desenvolver soluções pró-ambientais.

Dragão asiático sobe ao pódioChina já é a terceira produtora mundial de embalagens

Em desafio, quem gela melhorGarrafa de alumínio esnoba propriedade térmica da rival de vidro

“O Selo é uma garantia ao consumidor de produto de importador sério, de origem reconhecida e de qualidade. Ser popular não significa má qualidade”

De Gustavo Dedivitis, presidente da ABIPP – Associação Brasileira de Importadores de Produtos Populares, sobre o lançamento do Selo de Origem, Certificação e Qualidade dos produtos tidos

como “1,99 real”, cada vez menos exclusivos da baixa renda e mais populares entre a classe AB

Embalagens chinesas: produção aumenta

Vidro toma um calor

do alumínio

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Em alta mundo afora, a garrafa de alumínio quer nocautear o vidro. A ofensiva agora se dá a reboque de um estudo da Loyola College, de Maryland, Estados Unidos, que cons-tatou: a garrafa de alumínio oferece maior proteção térmica ao conteú-do que a long neck de vidro. Após duas horas e meia sob temperatura ambiente, água inicialmente resfria-da a 6º C, colocada em garrafas de

mesma dimensão dos dois materiais, encontrava-se 0,7º C mais quente no vidro. Embora ínfima, a diferença atiçou os produtores de garrafas metálicas. “É que o senso comum vê o alumínio como condutor térmico e o vidro como isolante, mas testes independentes têm mostrado nossa vantagem”, alfineta Ed Martin, diretor da produtora americana de garrafas metálicas CCL Container.

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Estoques precedem a altaPreços instáveis elevam vendas de resinasReceosos com remar-cações de preços das resinas termoplásticas, transformadores de emba-lagens têm antecipado compras de matéria-prima e estocado. As vendas de resinas aumentaram 14,57% no primeiro tri-mestre em relação ao

mesmo período de 2005, totalizando 812 284 toneladas. Segundo o Sindicato da Indústria de Resinas Plásticas (Siresp), o resultado se deve princi-palmente às demandas de polipropileno e de polietile-nos lineares para atender embalagens de alimentos.

Marca própria em balada inabalávelProdutos do varejo deverão continuar crescendo em 2006O apetite das marcas próprias do varejo nacional não arrefece. Os produtos chancelados por varejistas devem faturar 8,1 bilhões de reais em 2006, 15,7% a mais que no ano passado, estima o Comitê de Marcas Próprias da Associação Brasileira de Supermercados (Compro/Abras). Já são 40 000 itens do gênero no Brasil, e outros 5 000 devem ser lançados neste ano – sobretudo com foco em sazonais, nova febre da área. Os pro-dutos de época com marca própria

demandam cada vez mais projetos de embalagem, como o que a Pandesign realizou para os ovos de Páscoa do Carrefour (na foto).

Vem aí o papelão de bagaçoChineses querem produzir caixas com cana-de-açúcar brasileira

Deu no Valor Econômico: a chinesa Roots Biopack, produtora de embalagens de degrada-ção acelerada, quer investir cerca de 4 milhões de dólares numa fábrica brasileira de caixas de papelão feitas a partir do bagaço de cana-de-açúcar. Uma missão da empresa chega ao Brasil em julho em busca de fornecedores e parceiros locais. As embalagens da empresa decompõem-se seis meses depois de descarta-das. “Em dois anos, o mercado de embalagens vai passar por uma grande mudança no aspec-to ambiental”, afirmou ao diário Gerald Lau, pre-sidente da Roots Biopack. A empresa é sediada em Hong Kong e possui uma fábrica com capa-cidade de produção mensal de 2 000 toneladas de embalagens em Guangdong. O investimento no Brasil será o primeiro fora do seu país natal. www.rootsbiopack.com

Cana brasileira:caixas de despacho?

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omparada a grandes feiras mun-diais de embalagem, a alemã Anuga FoodTec poderia ser taxada de novata e sem foco. Enquanto

eventos como Interpack e salão Emballage já foram realizados mais de uma dezena de vezes, o principal acontecimento europeu para a indústria de alimentos e bebidas chegou em abril à sua quarta edição. No lado da falta de especificidade, há o fato de que a feira alemã vai muito além do negócio de acondiciona-mento. Nenhum desses detalhes, porém, impe-diu que a mais recente edição da Anuga se tornasse um dos principais encontros mundiais de profissionais de embalagem. Realizada trienalmente em Colônia, a feira alemã ocupa espaço privilegiadíssimo na planilha de inves-timentos em marketing de empresas como Tetra Pak e SIG Combibloc, para citar dois gigantes da área de cartonadas assépticas.

Não por acaso, as populares caixinhas longa vida, que na Europa definitivamente deixaram de viver apenas do acondicionamen-

evento >>> Anuga FoodTec 2006

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Mesmo sem dedicação exclusiva, Anuga torna-se pólo denovidades para onegócio deembalagens

Participaçãocrescente

to de bebidas e avançam cada vez mais sobre a área de alimentos, praticamente monopoliza-ram as atenções dos profissionais de embala-gem que visitaram a Anuga deste ano. Não que outros segmentos deixaram de ser devidamen-te representados. A verdade é que a feira, rea-lizada entre os dias 4 e 7 de abril último, teve dois de seus maiores e mais bem posicionados pavilhões plenamente dedicados à cadeia de embalagem. Fabricantes de equipamentos e de linhas de envase de bebidas, por exemplo, também apostaram alto no evento. Mas foram as caixinhas longa vida que protagonizaram na Anuga um dos grandes embates do atual mer-cado de embalagem: aquele travado entre as soluções de envase asséptico de garrafas PET e a própria indústria de cartonadas assépticas.

Já oferecida no Brasil por empresas como Sidel, KHS, SIG Beverages e Krones (ver EMBALAGEMMARCA 77, janeiro de 2006), a tec-nologia, também conhecida como enchimento asséptico a frio, ou aseptic cold filling (ACF), vem ganhando mercado ao tornar possível o

Por Leandro Haberli, de Colônia

(Alemanha)*

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acondicionamento de bebidas sensíveis em garrafas plásticas. Graças a características especiais de fechamento e barreira, e também ao fato de o processo de enchimento ocorrer num ambiente esterilizado, essas embalagens podem oferecer tempo de prateleira superior a três meses. Dessa forma, iogurtes líquidos, bebidas à base de soja, achocolatados e sucos naturais prontos para beber, que hoje são dominados por embalagens cartonadas, e con-tam com garrafas plásticas envasadas a quente (hot-fill) apenas em alguns nichos, tendem a migrar de forma crescente para o já chamado PET longa vida.

Segundo seus defensores, o sistema ACF proporciona, em relação às plantas de hot-fill embalagens com maior shelf-life, menos limitações de design e preço mais baixo. Em comparação com as caixinhas cartonadas, o grande trunfo do ACF seria a transparência. Exemplo de que essas vantagens vêm sendo mais e mais assimiladas pelas indústrias usuá-rias de embalagem pôde ser visto no Nescafé FO

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Xpress, atualmente nas gôndolas alemãs de iced coffee. Divulgado durante apresentação de imprensa da Sig Beverages, o produto usa garrafas PET com perfil curvilíneo e rótulos termoencolhíveis. Além da tecnologia ACF, o iced coffee da Nestlé alemã dispõe de emba-lagens com múltiplas camadas. “A barreira é quarenta vezes maior que a de uma garrafa PET convencional”, compara Ralf Bajorat, executivo da Sig Beverages.

Para além dos avanços na composição das garrafas, os upgrades tecnológicos que permitem adaptar ou converter as linhas à produção asséptica tornaram-se o gran-de desafio dos fabricantes de bebidas. Estima-se que na Europa a assepsia já responda por 75% dos novos projetos de enchimento de bebidas sensíveis. Some-se a isso o fato de que as bebidas sensíveis vêm protagonizando uma das mais atraentes bolhas de consumo do setor nos últimos anos, e é possível compreender melhor o impacto das pla-taformas ACF na indústria de envase.

Possível vítima desse movimento, o ramo de cartonadas assépticas começa a movimentar-se. Uma das respostas dos fabricantes de caixinhas ao crescimento do PET longa vida reside na busca de alter-

nativas transparentes de acon-dicionamento. Não se trata de criar cartões cristalinos – algo impossível, ao que consta –, mas de desenvolver estruturas mistas, combinando as paredes das caixinhas a superfícies plás-ticas transparentes. Esse tipo de diferencial ganha aura de lance estratégico precisamente por permitir a visualização do produto acondicionado.

Foi essa a idéia da Tetra Pak ao anunciar em primei-ra mão na Anuga a Tetra Aptiva Aseptic, mistura de caixinha e garrafa plástica. Definido como “a primeira garrafa cartonada asséptica do mundo”, o produto tem corpo cartonado de formato cilíndrico e tampa de rosca.

Mas é a estrutura mista, contendo um inovador topo transparente feito de poli-propileno (PP) ou polietileno (PE), que surge como grande diferencial mercadológico da novidade. Ao revelar a cor da bebida dentro da garrafa, a Tetra Aptiva Aseptic simboliza a guinada da maior fabricante de caixinhas longa vida do mundo rumo a sistemas de acondicionamento que contenham em suas estruturas outros materiais além das opacas paredes cartonadas.

Esse novo posicionamento da gigante sueca é ressaltado pela Tetra Wedge Aseptic. Com o formato da tradicional caixinha Tetra Wedge, aquela utilizada no Brasil pelos refrescos infantis Kapo, da Coca-Cola, o produto, lança-do no final do ano passado, é feito a partir de uma blenda especial de plásticos transparentes (ver EMBALAGEMMARCA 77, janeiro de 2006).

Convém lembrar que no caso da Tetra Aptiva Aseptic o apelo não é só a transparên-cia. Indicando que o avanço das garrafas plás-ticas no mercado de bebidas sensíveis acendeu o alerta amarelo de seu departamento de desenvolvimento, a Tetra Pak também ressalta

LONGA VIDA – Da Sig Beverages, garrafa PET tem barreira especial

HÍBRIDAS – Reforçando estratégia com acondicionamentos transparentes, Tetra Pak lançou na Anuga garrafa que mistura corpo cartonado e topo plástico

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as vantagens de custo do produto. “O sistema Tetra Aptiva Aseptic requer menos da metade do investimento de uma linha de envase de plástico de mesma capacidade, oferecendo economia de operação entre 20% e 50% em relação a garrafas de PET e PEAD”, afirma o departamento de comunicação da empresa.

Entre os usuários da garrafa, que tam-bém pode ser desenvolvida com topo plástico opaco, para evitar a entrada de luz, estão a espanhola Pascual, do mercado de bebidas lácteas, que selecionou a Tetra Aptiva Aseptic para a marca Scapy, uma mistura de suco de frutas e leite enriquecida com vitaminas e dire-cionada à faixa etária entre 8 e 14 anos.

Em termos de equipamento, a nova cartada da Tetra Pak requereu o desenvolvimento da Tetra Pak A5, máquina de envase que permi-te acondicionar volumes individuais, ajusta-dos com o chamado mercado on-the-go, ou embalagens maiores, para consumo familiar. A tecnologia de esterilização é baseada em gás de peróxido de hidrogênio, injetado na embalagem antes da selagem final, de modo a expulsar o oxigênio remanescente.

Por enquanto a Tetra Aptiva Aseptic está disponível em quantidades limitadas, apenas para clientes na Europa. Segundo a área de comunicação, a produção em outras partes

do mundo seguirá um esquema de “região por região a partir de 2008”. Portanto, embora o Brasil seja hoje o quar-to maior mercado con-sumidor de embalagens Tetra Pak no mundo, só atrás de China, Alemanha e Espanha, a garrafa car-tonada ainda deve levar no mínimo dois anos para aterrissar por aqui.

Rumo aos alimentosAlém de evidenciar a res-posta do mercado de cartona-das ao crescimento do envase asséptico, a Anuga mostrou que as caixinhas longa vida seguem firmes em seu propó-sito de arregimentar usuários

DESBRAVADORA – Também transparente, Tetra Wedge Aseptic foi lançada no ano passado

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em novos mercados. Para além da indústria de bebida – onde, por sinal, as caixinhas torna-ram-se comuns no acondicionamento de mar-cas européias de água mineral –, os players do mercado de cartonadas esforçam-se em explorar o segmento de alimentos.

Além de confirmar, através de seu principal executivo, Rolf-Dieter Rademacher, a recente compra de um terreno em Campo Largo (PR), onde deverá funcionar sua primeira fábrica brasileira – notícia divulgada na edição 78 de EMBALAGEMMARCA (fevereiro de 2006) –, a suíço-alemã SIG Combibloc afinou-se com o movimento de diversificação de core business. Com sua operação brasileira fornecendo há cerca de seis meses para a linha de bebidas lácteas refrigeradas da Batávia, além de atender há mais tempo a operação de leite conden-

sado da Frimesa, a SIG Combibloc anunciou na Anuga um produto do tipo retortable específico para o mercado de alimentos.

Trata-se da combiSa-fe, caixinha de volume variável e esterilizável em autoclave, que suporta processos de eliminação de germes em altas tem-peraturas, permitindo o acondicionamento de ali-mentos com alta acidez e

Em se tratando de embala-gens amigáveis ecologica-mente, um dos destaques da Anuga foram os filmes flexíveis feitos à base de car-bonato de cálcio. Fabricado pela sueca Ecolean, o mate-rial é composto apenas dessa substância, também presente em cascas de ovo, e de polí-meros que funcionam como agente de ligação. O principal apelo do produto é sua rápida degradação após o descarte. Outra vantagem é estar base-ado em matéria-prima barata e vasta em comparação com o petróleo, por exemplo.Mais chamativa do que essas peculiares caracte-rísticas pró-ambientais, só mesmo a história da própria Ecolean. Conforme mostrou EMBALAGEMMARCA 27 (outubro de 2001), a empresa tem estreita relação com um de

seus virtuais concorrentes, a Tetra Pak. É que a Ecolean foi abraçada pelo sueco Hans Rausing, co-fundador e ex-diretor da Tetra Pak, quando este vendeu a um irmão sua participação na fabricante de caixinhas. À espreita de um meio de novamente revolu-cionar o varejo de alimentos e bebidas, Rausing resol-veu apostar no material da Ecolean, que em sua opinião pode reverter no mesmo fenômeno de mercado hoje associado às caixinhas da Tetra Pak.A explosão de consumo, diga-se, ainda não ocorreu. Mas a Ecolean e seu filme à base de casca de ovo vêm conse-guindo crescer. Aos poucos, a solução torna-se popular entre fabricantes de laticí-nios, condimentos e sucos. O crescimento da empresa

Embalagens feitas com casca de ovo resiste m como alternativa ao cartão Apostando em atmosfera modificada, flexível à base de carbonato de cálcio cresce em mercados emergentes

DIVERSIFICAÇÃO – Já usadas por marcas de água mineral (acima), caixinhas avançam no mercado de alimentos. Na Anuga SIG Combibloc lançou opção retortable

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está concentrado na China e no leste europeu. Mas até na América do Sul o material já foi usado comercialmen-te: serviu de invólucro aos hambúrgueres de algumas lanchonetes uruguaias do McDonald’s.Na Anuga, a novidade apre-sentada pela Ecolean foi a tecnologia CAPS, de atmosfe-ra modificada. Com a adição de um gás de fórmula não revelada, a empresa promete aumentar o tempo de pratelei-ra de lácteos pasteurizados. A Ecolean também lançou, em adição aos modelos de 500ml e 1 litro já existen-tes, uma nova plataforma de embalagem capaz de produzir nas capacidades de 200ml e 250ml. É a casca de ovo atenta ao irrefreável movi-mento de individualização das porções.

Embalagens feitas com casca de ovo resiste m como alternativa ao cartão Apostando em atmosfera modificada, flexível à base de carbonato de cálcio cresce em mercados emergentes

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intenso processamento industrial. Entre os seg-mentos-alvo da nova embalagem estão refei-ções prontas, vegetais, carnes, frutas, sopas e ração úmida. A idéia da SIG Combibloc – que também mostrou na feira sua linha de sistemas de fechamento, entre os quais os novos spouts combiSwift e combiSmart, “ mais ergonômi-cos e eficientes no retampamento” – é produ-zir a linha de produtos para alimento na planta a ser construída no Paraná.

Na concorrência o mercado de alimentos também desperta aspirações, colocando as caixinhas em rota de colisão com embalagens metálicas e de vidro. No Brasil a Tetra Pak promete até o final do ano uma investida para conquistar indústrias de ervilha e milho hoje adeptas do aço e do vidro. Fortalecido pelas caixinhas cartonadas que podem ser levadas ao forno de microondas, o projeto prevê a produção de até 1 bilhão de embalagens para alimentos por ano, podendo representar um incremento de 5% a 10% na produção de 12

A garrafa híbrida da Tetra Pak, que mistura corpo cartonado e topo plástico, e as investi-das da SIG Combibloc no mercado de alimentos não foram as únicas novidades em caixinhas longa vida da quarta edição da feira de alimen-tos e bebidas Anuga, que ocorreu em Colônia, Alemanha, entre 4 e 7 de abril último. Outro grande nome do setor de cartonadas, a suíça Elopak, que não atua no Brasil, mas tem 2 500 empregados em mais de quarenta países, centrou fogo em novidades de formato para sua linha de produtos. A empresa lançou o modelo iCone, que, como o nome sugere, tem geometria cônica, inédita na categoria. Voltado a bebidas lácteas, em especial leite UHT, o produto tenta seguir o caminho da sofisticação para todos, ou do luxo acessível. Explica-se: o mote da novidade é “levar o premium onde ele nunca esteve”. Outro modelo introduzido pela Elopak foi o Slim, cujo design estrutural é esguio, desenvolvido para comunicar a idéia de bem estar tão presente nas bebidas apelativas à saúde, como sucos misturados com iogurte e formulações à base de soja.

bilhões de embalagens da Tetra Pak no Brasil. Por sinal, o pri-meiro contrato de fornecimen-to, supostamente entre 100 mil e 120 mil unidades por ano, já estaria assinado.

A Tetra Pak prevê que a nova linha de embalagens levará cerca de cinco anos para operar em plena capacidade. Na avaliação de Dennis Jonsson, presi-dente mundial da empresa, a tendência é que o Brasil seja um pólo exportador desses produtos para outros países da América Latina.

Afora as movimentações entre fabricantes de caixinhas e fornecedores de linhas de enchi-mento, a Anuga 2006 reservou outra peculiari-dade. O evento aconteceu dois meses antes do início da Copa da Alemanha. Desnecessário dizer que o clima esportivo espalhou-se pela feira. Mas a festividade compartilhada pelos

VEDAÇÂO – SIG Combibloc ressaltou linha de fechamentos mais ergonômicos e eficientes no retampamento

Suíça Elopak apresentou caixinhas com geometria cônica e perfil esguio

A vez dos novos formatos

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1 150 expositores, espalhados por uma rede de oito pavilhões – que impressionava quem está costumado com as três princi-pais estruturas do paulistano Parque do Anhembi – não se deveu apenas à expectativa

daquilo que se passaria nos gra-mados alemães.

O otimismo escorou-se tam-bém no contínuo crescimento da

indústria européia de bebidas e alimen-tos. Só na porção ocidental da Alemanha,

os investimentos do setor de alimentos são estimados em 3,63 bilhões de euros para este ano, num crescimento de 2% em relação a 2005. Pode parecer uma evolução modesta, mas numa economia forte e estável, ela é digna de comemoração. É quase o dobro, por exemplo, do índice de elevação do PIB italiano, cuja média foi de 1,2% nos últimos anos. Em último caso os 2% são a garantia de investimentos crescentes em plataformas de embalagens mais versáteis e modernas.

Mas será que essa euforia aplica-se às empresas brasileiras? É claro que nossas pre-visões de bons ventos costumam ser menos confiáveis. Mas, a despeito de problemas como o enfrentado pelo setor avícola, que recentemente viu o preço do frango retroceder ao patamar de dez anos atrás pelo temor da gripe aviária, não seria correto dizer que o momento está vetando investimentos tecno-lógicos por parte das indústrias brasileiras de alimentos e bebidas. Basta dizer que, como potencial compradora de novas tecnologias de embalagem, a comitiva de profissionais verde-amarelos que visitaram a Anuga 2006 superou a marca de 100 pessoas.

Ecolean+46 42 450 45 00www.ecolean.com

Elopak+41 44 809 6363www.elopak.com

KHS(11) 6951-8347www.khs.com.br

Krones(11) 4075-9500www.krones.com.br

Sidel(11) 3783-8800www.sidel.com.br

SIG Combibloc(11) 2107-6744www.sig.biz

Tetra Pak (11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

* O jornalista viajou a convite da Tetra Pak

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Outra inovação em embala-gem fruto de parceria entre a Graham Packaging e a Seaquist Closures ajuda a famosa fabricante de molhos

H.J. Heinz a ampliar o con-sumo de seu ketchup entre a criançada nos Estados Unidos. O Heinz Silly Squirts é a exten-são de linha criada para esti-

mular manifestações lúdicas. A tampa flip-top do frasco de PET do produto apresenta três orifícios independentes, cada um deles com um for-mato diferente. Ficam livres aos baixinhos as brincadeiras com ketchup, dispensando-o de acordo com sua criatividade e fazendo arte com o molho.

“A Heinz conduziu estudos e decidiu adaptar cada orifício dispensador de acordo com o que ela define como as três principais percepções infan-tis: diversão, independência e controle”, conta Joe Labadie, engenheiro de desenvolvimento de novos produtos da Graham Packaging.

ome forte do ramo de embalagens plásticas rígidas, a americana Graham Packaging vem buscando expandir negócios no mercado de cosméticos,

que cresce vertiginosamente em todo o mundo. Para esse setor, a transformadora tem priorizado os projetos personalizados de alta sofisticação. Uma das soluções desenvolvidas, que já pode ser vista acondicionando a linha de higiene pes-soal feminina Beyond Fresh Intimates, da Lake Consumer Products, acaba de faturar o troféu de “Cuidado Pessoal – Líder de Distribuição em Massa” na sexta edição do Prêmio Anual Internacional de Design de Embalagem HBA, voltado à área de cosméticos.

Trata-se de um frasco transparente pressuri-zado, de formato oval. Situado na base, o dispen-sador confere à embalagem um formato parecido ao de uma lâmpada, e libera os produtos da marca – a saber, sabonetes líquidos e cremes hidratan-tes – na forma de espuma. O grande desafio do projeto foi criar um frasco plástico nos moldes das latas de aerossol, com um sistema propelente baseado em gás. Para suportar a alta pressão interna, a Graham Packaging decidiu produzir o frasco em polietileno naftalato (PEN), material conhecido por sua alta resistência mecânica. Dentro do frasco reside uma câmara estanque

com gás carbônico. O gás é acionado quando o consumi-

dor pressiona o botão localiza-do na tampa do produto.

NEm formato de lâmpada, frasco pressurizado de PEN enobrece cosméticos

Soquete com todo gás

O mecanismo de pressão do frasco e o sis-tema de vazão foram desenvolvidos através de uma parceria da Graham com a SeaquistPerfect Dispensing. “O novo frasco é capaz de suportar pressões de até 68 quilos por polegada quadrada e de manter a integridade da embalagem em temperaturas de até 54º C”, ilustra Tom Coyle, diretor de desenvolvimento de novos negócios da Graham Packaging. Sem modéstia, Dave Andrulonis, vice-presidente e gerente geral de cuidados pessoais e produtos especializados da transformadora, afirma que “os frascos pressu-rizados abrem uma nova categoria”. Para indús-trias locais interessadas nessa embalagem, uma boa notícia: a Graham garante estar capacitada para atender demandas nos países em que atua – e o Brasil é um deles.

Três vias distintas no ketchup da Heinz

AÇÃO – Acionamento do botão da base dispensa conteúdo em forma de espuma

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Graham Packaging(11) 3901-7900www.grahampackaging.com

SeaquistPerfect Dispensing(11) 4141-4344www.seaquistperfect.com

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As embalagens e a overdose da hiperescolha

tendências >>> segmentação

stratégias de marketing segmentadas estão na ordem do dia do varejo, e cada vez mais se ouve falar nisso. Discutir os pormenores merca-dológicos das embalagens em meio a perfis de público crescentemente específicos é a proposta

do estudo Pack.Vision 2006, que será apresentado durante o próximo salão Emballage, a ser realizado em Paris, de 20 a 24 de novembro.

Baseado em entrevistas feitas com mais de vinte especia-listas internacionais em marketing e varejo, o trabalho deverá atrair durante dois dias de apresentação mais de quinhentos visitantes da exposição francesa, que é definida por seus organizadores como a “número 1 do mundo” na área de embalagem. EMBALAGEMMARCA teve acesso a uma prévia do material, que este ano é denominado “Evoluções e desafios do packaging no novo contexto da distribuição”, e sintetiza a seguir alguns de seus argumentos e informações.

A idéia de que as demandas dos consumidores estão mudando, num movimento que ocasiona transformações na organização dos supermercados, e em conseqüência na maneira de desenvolver embalagens, é o alicerce do estudo.

Entre as novas demandas dos consumidores está a agilida-de no atendimento. Sabe-se que na Europa o tempo gasto nas compras básicas vem caindo a cada dia. Despencou de uma média de 90 minutos, nos anos 80, para 45 minutos na década passada. Isso teria ocasionado uma nova noção de proximida-de, favorecendo lojas menores, em detrimento dos hipermer-cados localizados nos subúrbios. A tradicional configuração dos supermercados também mudou, com as lojas sendo forçadas a ter estratégias distintas para dois perfis básicos de consumidores: os que têm mais tempo para gastar frente às gôndolas e aqueles que demandam atendimento rápido.

Crescentemente importante nas estratégias das empresas,

este último grupo já começa a ser conhecido como “time poor”, numa referência à falta de tempo enfrentada durante as compras.

O estudo aponta ainda a necessidade de reformulação das estratégias de marketing das empresas diante do avanço do chamado hard discount. Em evidência no cenário europeu dos últimos anos, o conceito abarca lojas de pequeno porte, mais especificamente com até 500 metros quadrados, que traba-lham com marcas próprias, linha de produtos reduzida e cujos preços chegam a ser 50% inferiores aos das marcas líderes.

Mas como tudo isso se reflete no desenvolvimento das embalagens? Se num primeiro momento o foco nos preços baixos pode ter puxado para baixo o nível de aprimoramento do varejo como um todo, o estudo lembra que o hard discount deixou de crescer na maioria dos mercados desenvolvidos, dando novo fôlego aos desenvolvimentos premium, que exi-gem embalagens com conjunto de valor agregado.

É nesse sentido que o estudo identifica o que chama de polarização entre produtos simples e sofisticados. Tal contra-posição, obviamente, não encerra todas as oportunidades de atuação para os fabricantes de bens de consumo. Na verdade, os campos intermediários demandam cada vez mais atenção das empresas, pois constituem terreno fértil para os desenvol-vimentos visando perfis de consumo mais e mais específicos.

Foco no “time poor”A fim de exemplificar suas teorias, o estudo cita uma estra-tégia da rede Monoprix. Um dos maiores canais de varejo da França, a empresa inaugurou no final de 2003 um novo conceito de loja de conveniência. Uma área de 300 metros quadrados de uma de suas lojas foi inteiramente destinada à venda de alimentos do tipo “take away”, aqueles prontos para consumir. Praticamente todos os produtos ali expostos são

Estudo encomendado pelos organizadores do salão Emballage 2006 destaca estratégias de marketing e embalagens voltadas a perfis de público cada vez mais específicos

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acondicionados em embalagens especiais, não raro dotadas de talheres e outros acessórios casados com o conceito de pratici-dade. “Trata-se da última palavra em estratégias de marketing específicas para o nicho time poor”, argumentam em seus slides os autores do Pack.Vision 2006.

Para contextualizar aquilo que chamam de “overdose da hiperescolha”, o estudo Pack.Vision lembra que o número de lançamentos no varejo mundial vem crescendo sem parar. No ramo de ali-mentos e bebidas, o índice passou do patamar de 55 000 em 2002 para mais de 80 000 em 2004, conforme situa a consultoria GNPD. Nas demais catego-rias do varejo mundial, os lançamentos teriam ultrapassado a marca de 200 000 entre 2002 e junho de 2005. Neste caso, a maioria dos novos produtos surgiu nas prateleiras de cosméticos.

Balanços assim denotam uma fun-ção imperativa das chamadas emba-lagens do futuro: causar impacto no ponto-de-venda. Ainda que isso não seja grande novidade, vale conferir as dicas para se diferenciar de maneira adequada frente aos concorrentes.

A princípio o design gráfico surge como elemento-chave desse tipo de dis-tinção. Mas fica claro que esse recurso nem sempre é suficiente. Rever formas e materiais também é recomendável.

Contudo, por mais antagônico que pareça, embalagens de sucesso são simples, claras e objetivas, lembram os entrevistados. Grande parte dos acondicionamentos usados por produtos líderes tem elementos visuais limpos que tradu-zem os valores-chave daquelas marcas. A recomendação é ser comedido, evitando ultrapassar o limite tênue que divide destaque no ponto-de-venda e falta de organização visual.

À parte as recomendações gráficas, o estudo bate na tecla de que a conveniência “é um must em todos os canais do varejo”, inclusive para os produtos de luxo. As embalagens, sob esse prisma, devem integrar-se em todas as ações cotidia-nas, atendendo ao gosto, às necessidades e ao bem-estar dos consumidores, especialmente aqueles que vivem em grandes cidades, e têm tempo escasso para atividades tão triviais quan-to fazer as próprias refeições.

Num mundo blasé, em que os consumidores são exagera-damente expostos a novos produtos, despertar o desejo pelos lançamentos é outro grande desafio das embalagens. Um dos caminhos que permitem alcançar esse objetivo é o do entrete-nimento. Os sistemas de acondicionamento devem distrair os consumidores, servindo também de passatempo ou elemento de distração. As embalagens também dependem da criação

de funcionalidades adicionais, oferecendo ao consumidor ferramentas úteis para seu dia-a-dia. Frascos que podem ser reutilizados como jarra constituem apenas um exemplo disso.

Por sua vez, a conveniência nas situações de consumo fora do lar, tão em voga em meio ao avanço do “eating and drinking on-the-go”, abre espaço crescente para embalagens mais fáceis de carregar. A portabilidade, por sinal, tende a

favorecer de modo crescente o desen-volvimento de embalagens com for-matos impensáveis há pouco tempo.

Características como frescor e transparência também devem ter suas importâncias elevadas. Segundo os autores do estudo, em se tratando de embalagens de alimentos, 34% dos consumidores alegam que a aparên-cia de produto fresco é o fator mais importante na decisão de compra, à frente até de preço e data de validade. Daí a necessidade de mostrar através das embalagens os produtos de forma realística, com fotografias ou desenhos que ressaltem seu appetite appeal.

Numa outra vertente, as estratégias de marketing tendem a ter abordagens mais customizadas. Não se trata apenas da divisão entre famílias e o público single. Abordagens etnográficas, por exemplo, também se multiplicarão.

O papel da embalagem como veí-culo de publicidade abre ainda campo para inovações na seara da integração e da comunicação. O estudo lembra

que o uso de algoritmos e seqüências numéricas em embala-gens vem sendo explorado para que os consumidores façam downloads de websites dedicados. As marcas de cereais matinais da Nestlé francesa, por exemplo, vêm imprimindo em seus cartuchos códigos que, digitados num site dedicado, permitem ganhar prêmios. Estratégia semelhante foi usada em garrafas da Pepsi francesa, permitindo baixar música gratuita na internet.

Em meio a tantos movimentos e possibilidades, fica claro que as expectativas dos consumidores tornam-se progressiva-mente complexas e específicas. Como lembram os entrevista-dos, isso exige dos fabricantes de produtos de consumo pre-cisão quase cirúrgica para atingir os públicos-alvo. Em meio à crescente fragmentação, as embalagens precisam servir de suporte de comunicação completo. Além de desempenhar fun-ções publicitárias, suprindo as demandas que surgem quando o orçamento destinado a outras mídias for exíguo, os sistemas de acondicionamento acumulam o encargo da diferenciação, estratégico num cenário de exacerbada disputa por visibilidade e sobrevida no ponto-de-venda.

“Num mundo blasé,

em que a cada dia os

consumidores são

exageradamente

expostos a novos

produtos, um dos

grandes desafios das

embalagens do futuro

é despertar o desejo

e o interesse pelos

lançamentos”

tendências >>> segmentação

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ais uma vez as feiras conjuntas FCE Pharma e FCE Cosmetique ser-viram de plataforma de

lançamento de diferentes novidades em embalagens, acessórios e proces-sos de acondicionamento. A expan-são das vendas de medicamentos, perfumes, itens de beleza e higiene pessoal ajuda a explicar a boa adesão da cadeia do packaging ao evento,

realizado em São Paulo, no Transa-mérica Expo Center, entre os dias 18 e 20 de abril. Estima-se que o seg-mento farmacêutico esteja crescendo à média de 10% ao ano no Brasil. Segundo a Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma), no ano passado o setor faturou 22,2 bilhões de reais. O mercado de cos-méticos não fica atrás: no balanço da Associação Brasileira da Indústria

de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), as vendas do segmento crescem 15% ao ano no Brasil. Os números dão uma medida das oportunidades de negócio que esses setores reservam para a indús-tria de embalagem. Por isso EMBA-LAGEMMARCA acompanhou o evento de perto, e destaca a seguir algumas novidades de acondicionamento nele apresentadas.

evento >>> FCE Pharma e FCE Cosmetique

MCadeia de embalagem firma-se como palco de novidades nas feiras FCE

Já virou tradição

De rótulos estendidos a lacres à prova de contrafação e violaçãoA Prakolar apresentou em conjunto com outras três

empresas da área de embalagem um produ-to promocional para divulgar suas soluções

em rótulos estendidos. Fazendo alusão à categoria de suplemen-tos polivitamínicos, o fantasioso Vitalgraf Stress trazia cartuchos cartonados da Congraf, potes plásticos da Engratech e design gráfico da Recriar. A Prakolar entrou com os rótulos estendidos, que no mercado de medicamentos podem

substituir as bulas convencio-nais. “Além de transformar a estética do produto, esse tipo de rotulagem pode eliminar custo”, diz Alexandre Chatziefstratiou, diretor industrial da Prakolar. A empresa apresentou ainda suas soluções na área de lacres à

prova de falsificação e viola-ção. Os acessórios podem ser dotados de holografia, tintas reativas a metal,

corte de segurança e verniz UV especial. Em se tratando de acabamentos, a Prakolar mostrou aplicada a uma garrafa squeezable um rótulo impresso sobre cold stamping. A técnica permite obter, entre outros dife-renciais, efeitos de dégradé e brilho. Por fim, a Prakolar levou a seu estande na FCE algumas idéias de rótulo dupla camada, que enveredam pelo mesmo

caminho dos rótulos estendidos, buscando substituir a bula e pro-metendo eliminar custos atrela-dos à produção dos cartuchos. (19) 3847-9218www.engra.com.br(11) 5563-3466www.congraf.com.br(11) 6291-6033www.prakolar.com.br

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medicamentos podem prova de falsificação e viola-ção. Os acessórios podem ser dotados de holografia, tintas reativas a metal,

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Novo reforçoaos blisters child-proofPara medicamentos que requerem embalagens resis-tentes à abertura por crian-ças, a Alcan Packaging apre-sentou a linha Guardlid de blisters laminados. Amigável aos idosos, o produto é utili-zado para produção de car-telas child-proof produzidas com diferentes estruturas (ver figuras abaixo). O investi-mento da Alcan nesse tipo de produto ocorre num momen-to em que ações reguladoras têm sido desenhadas em vários países, determinando que embalagens resisten-tes à abertura por crianças sejam utilizadas para diferen-tes produtos farmacêuticos. Os novos blisters estão dis-poníveis em versões peelable, peel-push e tear-open.(11) 4512-7000www.alcan.com.br

Incrementando sua linha de fechamentos para fras-cos de perfumes, a Incom Packing, especializada em injeção de plásticos, acabamento e montagem de embalagens para a indústria de cosméticos, lançou a tampa Cubic. Assim como a maior parte da linha de fechamentos da empresa, o novo produto é fabricado com a resi-na termoplástica Surlyn, fornecida pela DuPont. Na parte visual, a tampa tem formato marcado por paredes protuberantes e curvas.0800 192 468 • www.incom.com.br

Inspirada num cristal

PapelAdesivo

PET

Alumínio

Fusion Heat Seal Coating

PapelAdesivo

AdesivoAlumínio

Peelable HeatSeal Coating

Peel-push e tear-open

Peel-open e tear-open

Push Through

VernizAlumínioFilme de PVC ou de PP

Peelable Coating

PET

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Entre as soluções de codi-ficação de embalagens, a FCE ofereceu um leque de equipamentos com tecno-logias mais diversificadas. Uma das novidades nesse sentido diz respeito ao uso de gravação a quente para marcação de super-fícies plásticas. Essa é a aposta da subsidiária bra-sileira da alemã Kurz, que lançou durante a feira a PE 1000 TT, uma máqui-na de hot stamping que pode ser usada para mar-cação de embalagens. Em vez de aplicações metalizadas decorativas, o equipamento serve para gravação de dados variáveis. Segundo a empresa, a solução com-bina as características de uma impressora de transferência térmica às de uma máquina conven-cional de hot stamping. Em outra vertente do mercado de codificação, a Comprint, tradicional distribuidora de equipa-mentos de marcação de

embalagens, preferiu destacar durante a FCE a linha Focus de impressoras a laser. Fabricados pela Videojet Technologies, uma das representadas da Comprint, os produtos têm a função de fortalecer a marca, reconhecida pelas soluções jato de tinta, no segmento de marcação a laser. Capaz de imprimir em diferentes substratos (papelão ondulado, cartonados, vidro, PET e PVC), a solução está disponível em três modelos, divididos de acor-do com sua potência: S10 (10 watts), S25 (25 watts) e S60 (60 watts). Entre os alegados benefícios da nova linha de mar-cação e codificação da Videojet, o destaque é a alta resolução do sistema de impressão vetorial CO2. Outra empresa do mercado de codificação de embalagens, a Markem aproveitou a parti-cipação na FCE para divulgar alguns de seus novos clientes nos mercados farmacêutico e de personal care. “Março último foi particularmente importante para nós”, fala Paulo Afonso Ribeiro, gerente comercial da empresa no Brasil. A avaliação

positiva está atrelada a negócios como o fechado com a Procter & Gamble. A empresa adquiriu uma codificadora a laser modelo SmartLase 110, que será utiliza-da para xampus. Outra conquis-ta foi a venda de quatro codifi-cadoras ink jet para a carioca Aloes & Aloes, fabricante de fraldas descartáveis.

(11) 3371-3371www.comprint.com.br0800 132020www.markem.ind.br(11) 3871-7340www.kurzdobrasil.com.br

Novas tecnologias e estratégias marcam área de codificação

Fechamento e fornecimento mais flexíveis no ramo de bisnagasO mercado de tubos laminados conti-nua agitado. Novos players e sistemas de fechamento específicos para esse tipo de embalagem marcaram a partici-pação do setor na FCE. A C-Pack, por exemplo, apresentou uma nova tampa inviolável e segura contra vazamentos. A empresa suíço-brasileira diz que o produto, descrito como “a primeira tampa snap-on produzida no Brasil”, garante a manutenção dos itens acon-dicionados intactos e sem contato com o ambiente externo. No mercado de bisnagas de alumínio, a Bispharma aproveitou a feira para comemorar o

Prêmio Qualidade Febrafarma 2006. Voltando aos tubos extrusados, cha-mou atenção a participação da paulis-tana Flextube, novo player do setor.(19) 3893-3544 • www.bispharma.com.br (48) 3381-2600 • www.c-pack.com.br (11) 6653-8993 • [email protected]

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Na seara de tampas e frascos plásti-cos, a Igaratiba apresentou novidades como as embalagens coextrusadas que exploram o apelo soft-touch, ou toque suave. Na parte de decoração, a empresa mostrou embalagens impressas com silk-screen e com aplicações de rótulos termoencolhí-veis. A Igaratiba também aproveitou a feira para destacar o fornecimento de embalagens para a marca de cos-méticos Origem, da Nazca, e para a linha Albany, da divisão de higiene e limpeza do Grupo Friboi. Num outro segmento do mercado de frascos para cosméticos, o do público infantil, a gaúcha Zandei Indústria de Plásticos apresentou a nova linha de frascos Kids. Com capacidade de 250ml, os produtos são feitos de polietileno (PE). A empresa tam-bém oferece serviço de aplicação de

rótulos e diz ter uma boa variedade de cores para a embalagem. O cres-cimento do mercado de cosméticos infantis, onde o apelo visual tem gran-de importância na decisão de compra, fez a Zandei investir no filão.Outra empresa do mercado de emba-lagens plásticas presente na feira foi a Oxyplas, que levou à FCE toda sua linha de embalagens plásticas para o mercado de cosméticos e higiene pessoal. Famílias como a Ibiza, de frascos e bisnagas, foram destacadas no estande da empresa, que também apresentava o leque de soluções em embalagens roll-on.(19) 3821-8000www.igaratiba.com.br(11) 4139-7928www.oxyplas.com.br(54) 3443-9000www.zandei.com.br

Multiplicidade de escolha em frascos plásticos

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gem um setup maior e mais unidades de potes para acerto de cor. O in-mold reduz as perdas do material plástico, mais caro que os rótu-los, porque os ajustes são feitos no momento da “impressão.” A alta precisão da inserção do rótulo no molde, feita por meio de robôs, também é brandida como fator redutor de desperdícios. Num cotejo com outro sistema popular entre os sorvetes, a decoração de potes lisos com luvas de papel cartão, geralmente aplicadas manualmente, o executivo da Rami lembra de outro trunfo do in-mold: a redução de etapas industriais.

em da área de sorvetes mais uma amostra de que embalagens com visual apurado podem impulsionar vendas. No ano passado, a indústria

paulista de sorvetes Jundiá lançou dois itens especiais, os sabores Fascinação (Abóbora com Coco) e Mamão, em potes decorados com rótu-los in-mold – aqueles aplicados às embalagens plásticas rígidas no momento de seu sopro ou injeção. Deu certo. Hoje, as 25 000 unidades mensais dos produtos são insuficientes para abastecer as 170 cidades paulistas atendidas pela marca. O sucesso dos itens ajudou a fazer da Jundiá a quarta colocada no ranking nacio-nal de vendas de sorvetes. “Além da qualidade do produto, o consumidor foi conquistado pelo visual dos potes”, afirma César Augusto Bergamini, proprietário da Jundiá.

Impressos em off-set, os rótulos dos sor-vetes especiais são produzidos pela Gráfica Rami, de Jundiaí (SP). A aplicação é feita na injeção dos potes de polipropileno pela Pavão Embalagens. A Jundiá foi a primeira empresa a requerer o serviço, que já representa 25% do faturamento da gráfica. Atualmente, cinqüenta empresas dos setores cosmético, químico e de alimentos utilizam os rótulos in-mold da Rami. Como o produto é refrigerado, o rótulo, fundi-do à embalagem, não se deteriora em contato com a umidade. “Muitos clientes reutilizam os potes para guardar outros alimentos e, assim, nosso nome é sempre lembrado”, ressalta Bergamini. “Rótulos auto-adesivos poderiam exercer a mesma função, mas o desempenho em ambientes gelados não se compara com uma embalagem que une, no mesmo corpo, frasco e rótulo”, argumenta Fernando Rizzieri, diretor da Rami.

Embora ainda seja vista como uma tecno-logia cara, a rotulagem in-mold (IML) pode trazer vantagens econômicas aos produtores de sorvetes, destaca Rizzieri. Segundo ele, o processo pode reduzir o nível de refugo em relação à impressão serigráfica na parede dos potes, processo bastante utilizado em sorvetes. “As máquinas que rotulam em serigrafia exi-

decoração >>> alimentos

VRótulos in-mold ajudam marca regional a crescer no negócio de sorvetes

Mãozinha da fusão

Gráfica Rami (11) 4587-1100www.ramiprint.com.br

Pavão Embalagens(11) 6967-3337www.pavao.ind.br

Pote também protegePinos de segurança garantem integridade dos sorvetes JundiáAfora o destaque estético, as embalagens dos sorvetes pre-mium da Jundiá também contam com um inventivo sistema de segurança. Os potes da Pavão Embalagens são dotados de quatro pinos encaixados em orifícios nas suas extremi-dades (no detalhe). Para abri-los, é preciso destacar os vértices, que não podem ser recompostos. O jogo de pinos é uma alternativa ao lacre termoencolhível aplicado aos potes convencionais, cuja violação não deixa vestígios. “O consu-midor menos atento pode não se dar conta de que deveria haver um lacre ali”, afirma César Bergamini, proprietário da Jundiá. Por já vir embutido nos potes, o jogo de pinos elimina a etapa de colocação do lacre. Após o envase dos sorvetes, basta que as peças sejam pressionadas para baixo para o travamento do conjunto – o que é feito manualmente, no momento da colocação das tampas.

INTEGRIDADE – Fundidos ao corpo dos potes, rótulos in-mold resistem à umidade

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em à luz uma nova obra sobre a história da embala-gem no país. Escrito pelos jornalistas Carmo Chagas

e Pedro Cavalcanti, o livro História da Embalagem no Brasil (256 pági-nas, iniciativa da ABRE – Associação Brasileira de Embalagem, com incenti-vo da Lei Rouanet) contou com o apoio institucional de fortes nomes do setor.

Reproduzindo mais de 400 imagens, obtidas em diferentes acervos, entre eles o de EMBALAGEMMARCA, o volume combina a atração visual do projeto com o bom texto e a pesquisa de profundida-de, levada a cabo pela equipe da Grifo Projetos Históricos e Editoriais. Para isso, foi essencial o apoio do Comitê

de História de Embalagem da ABRE, composto por profissionais de diferen-tes segmentos e coordenado por André Liberali, da vidraria Saint-Gobain.

Apesar do grande número de infor-mações, o alentado volume não tem, como registra Fábio Mestriner, ex-pre-sidente da ABRE, o objetivo de contar a história definitiva da embalagem no Brasil, “mas sim lançar as bases para que outros possam, no futuro, ter um ponto de referência e estímulo para produzir novas investigações sobre este tema”. Nesse sentido, ao lado do méri-to de preencher um vazio na precária memória empresarial do país, o livro mostra a viabilidade de cobertura de muitas outras que estão abertas.

livros >>> memorabilia

VObra recapitula história da embalagem no Brasil

Novo memorial

APOIO – Volume contou com suporte de diversas empresas e traz 400 ilustrações

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pessoas quanto ao tradicional ‘consumir até’ codificado nas embalagens de carnes e aves”, diz Marco Bonné, CEO da FQSI. A desconfiança tem motivo. Doenças transmitidas por alimentos (DTAs) causam 325 000 hospitalizações e 5 000 mortes por ano nos Estados Unidos. Etiquetas do gênero também cairiam bem ao Brasil. As DTAs provocaram médias anuais de 568 341 internações e 6 320 óbitos de 1999 a 2004, levanta o Ministério da Saúde. Consta que 13% dos 3 737 surtos registrados nesse período relacionavam-se à ingestão de carne contaminada.

Sensor censor de filésNos açougues, etiqueta ativa denuncia embalagens com carne contaminada

omo é mais ou menos sabido, guerras já impulsionaram a criação de diversas tecnologias de embalagem. Há novidade nesse front. Inspirada

em estudos militares de prevenção a guerras bacteriológicas, a americana Food Quality Sensor International (FQSI) desenvolveu uma etiqueta auto-adesiva inteligente para embalagens de carnes frescas. Sob a marca freshQ, a etiqueta monitora atividades bacterianas, avisando se há ou não condições para o consumo dos produtos. Detalhe: a vigilância é feita sem contato com o alimento, pois o dispositivo é colado no lado externo dos filmes plásticos que envolvem bandejas de carnes. Permeáveis, os filmes permitem à etiqueta – também construída com um material “que respira” – avaliar o conteúdo das embalagens.

Em testes que começam a ser feitos nos Estados Unidos através de parcerias da FQSI com frigoríficos e em mais de 200 pontos-de-venda, uma letra “Q”, impressa nas etiquetas, embute o sensor. Quando o interior da letra apresenta cor laranja, o produto está fresco. O laranja dá lugar ao cinza quando o nível de bactérias no interior da embalagem atinge um ponto crítico.

Diz a FQSI que o valor unitário da etiqueta representa cerca de 1% do custo total das embalagens de itens cárneos, e que pesquisas de mercado indicaram 95% dos consumidores aptos a trocar as carnes comuns por aquelas com indicador de frescor. “A etiqueta eliminará o ceticismo demonstrado por mais de 40% das

C

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AÇÃO

Raptem-me, camaleoas. Logo poderá ser esse o recado do consumidor a certas embalagens. Tintas que permitem às embalagens mudar de cor conforme a exposição a diferentes fontes de luz estão em testes pela companhia inglesa Inovink.

“São tintas sem paralelo com as similares atuais, pois elas não requerem luz ultravioleta para serem ativadas, podendo reagir a vários tipos de iluminação, inclusive luz solar”, explica David Bedford, diretor de marketing da Inovink. “A embalagem poderá

apresentar variadas colorações dependendo do tipo de luz ao qual é submetida”. Uma produtora de embalagens, mantida em sigilo, já participa de análises do produto. Especula-se que as mesmas tintas poderão chegar aos cosméticos, em inovadores esmaltes de unha.

Embalagens com efeito camaleão à vista

FQSI+1 (781) 862-3710www.fqsinternational.com

Inovink+44 (114) 243-3655www.inovink.com

DIV

ULG

AÇÃO

IMPRÓPRIO – Acinzentado, o núcleo sensitivo demonstra risco alimentar

FRESCO – O interior do “Q” alaranjado indica carnes seguras para o consumo

Ingleses desenvolvem tintas que mudam de cor de acordo com tipo de luz

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Heidelberg do Brasil deu a lar-gada para a primeira edição da ExpoPrint, feira gráfica prevista para acontecer em São Paulo,

entre os dias 31 de maio e 6 junho. A mul-tinacional alemã reuniu no final de abril, em sua sede paulistana, clientes e imprensa especializada num encontro destinado a divulgar em caráter prévio as novidades que apresentará no evento. Uma das princi-pais expositoras da ExpoPrint, a Heidelberg também aproveitou a ocasião para comen-tar as perspectivas do mercado gráfico nacional. Na avaliação de Dieter Brandt, presidente da empresa para a América do Sul, o momento é dos mais otimistas.

“Depois de períodos difíceis, em que as gráficas de todo o mundo foram duramente atingidas num curto espaço de tempo, a pre-visão é de que o setor cresça mundialmente de 10% a 11%”, estima o principal exe-cutivo da Heidelberg no país. “Esperamos que o mercado gráfico brasileiro apresente desempenho semelhante, estimulado não apenas por fatores sazonais, como as elei-ções e a Copa do Mundo, mas também por um cenário econômico mais positivo.”

Deixados de lado os vaticínios e as projeções econômicas, há uma certa expec-

AHeidelberg reúne clientes e adianta novidades que apresentará na ExpoPrint

Aperitivo alemão

tativa quanto à entrada da ExpoPrint num setor há tempos dominado pela Fiepag, feira gráfica que existe desde 1967, e cuja 18ª edição aconteceu no ano pas-sado. Embora a Associação dos Agentes Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica (Afeigraf), orga-nizadora da ExpoPrint, negue concorrência direta com outras exposições gráficas feitas no Brasil, chama atenção o fato de que, em sua última edição, a Fiepag não contou com a participação de parte das grandes empre-sas gráficas do país. A própria Heidelberg deixou de expor no evento, que de certa maneira se viu obrigado a focar em empre-sas de pequeno e médio portes.

Trunfos na mangaÀ parte a disputa de bastidores, a julgar pelo entusiasmo dos executivos da Heidelberg, os grandes fabricantes de equipamentos gráficos irão aderir em peso à ExpoPrint. A empresa reserva para o evento as principais inovações mostradas na feira Ipex, reali-zada no início de abril em Birmingham, Inglaterra. Um dos destaques será a nova possibilidade de velocidade da Speedmaster CD 74. No formato 50cm x 70cm, o equi-pamento mais vendido mundialmente em sua categoria agora é capaz de imprimir até 18 000 folhas por hora, sendo indicado

MAIS LONGA – Speedmaster SM 52 dez cores: produção de itens com cores especiais numa única passada

VELOCIDADE – Speedmaster CD 74 agora é capaz de imprimir até 18 000 folhas por hora no formato 50cm x 70cm

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maio 2006 <<< EmbalagemMarca <<< 59

Heidelbergwww.br.heidelberg.com (11) 5525-4500

ServiçoExpoPrint Latin America 2006De 31 de maio a 6 de junho Transamérica Expo Center São Paulo - Brasil www.expoprint.com.br

para gráficas que combinam tiragens curtas e longas. “São muitos os benefícios para os segmentos de embalagem e de rótulos”, assinala Dieter Brandt.

Outro lançamento da Heidelberg que será detalhado na ExpoPrint é a impressora Speedmaster SM 52 dez cores. Uma evolu-ção de um equipamento similar oito cores lançado na drupa 2004, a máquina atende à crescente demanda por impressoras mais longas, focando na produção de itens com cores especiais em uma única passada.

Um novo conceito de unidade de tin-tagem, batizada de Anicolor, também será apresentado na ExpoPrint, neste caso para a impressora Speedmaster SM 52 quatro cores. “Ao permitir margens significativa-mente melhores, esse desenvolvimento pode mudar o mercado gráfico drasticamente”, acredita o presidente da Heidelberg para a América do Sul. Na visão de Dieter Brandt, o sistema Anicolor permitirá conter o avanço da impressão digital nos nichos tradicional-mente dominados pelo off-set.

PROMESSA – Nova unidade de tintagem, Anicolor visa conter avanço da impressão digital em nichos dominados pelo off-set

FOTO

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AÇÃO

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Recorde em cartõesO lucro da Klabin no primeiro trimestre de 2006 foi 27% maior que no ano passado. A empresa bateu recorde na produção de papéis e cartões revesti-dos, com crescimento de vendas nos mercados interno e externo. Ao todo foram comercializadas 80 mil tonela-das de cartões revestidos no primeiro trimestre, índice 10% superior ao de 2005. As exportações somaram 20 mil toneladas, 6% a mais que no ano passado.

Com Maciel na Suzano...Uma coisa não tem relação com a outra, mas quase ao mesmo tempo em que Antonio Maciel Neto, reconhe-cido por sua gestão positiva na Ford sul-americana, assumia a presidência da Suzano Papel e Celulose, no mês passado, uma das vedetes da compa-nhia anunciava a recuperação de seus resultados financeiros.

...Ripasa reverte prejuízoControlada pela VCP e pela Suzano Papel e Celulose, a Ripasa obteve lucro líquido de 39,5 milhões de reais no pri-meiro trimestre do ano, ante prejuízo de 15,8 milhões de reais em igual período de 2005. Em último caso, a boa notícia pode ser lida como um sinal de sorte para o substituto de Murilo Passos, que continua no Grupo Suzano.

Prêmio Fernando Pini...As inscrições do 16º Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini, promovido pela Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG), come-çam no dia 17 de julho próximo. “Sugerimos que as empresas come-cem a selecionar as peças desde já, para que indiquem realmente seus melhores trabalhos”, recomenda o presidente da ABTG, Fábio Arruda Mortara.

...Traz novidades em embalagemNeste ano, o segmento de embala-gens ganhou novas categorias. Outra novidade desta edição é a categoria “Impressão em Serigrafia”. O regu-lamento da edição 2006 do Prêmio Fernando Pini já está disponível no site da ABTG (www.abtg.org.br). As inscrições se encerram em 15 de setembro próximo.

Heat transfer lucra com lubrificantes

Baseada em rotuladoras equipadas com bobinas de papel impresso por rotogravura e cilindros de transferência que produzem calor e pressão, a tecnologia heat transfer está ganhando espaço no merca-do brasileiro de lubrificantes. Uma das líderes do setor, a Petrobras adquiriu dois novos equipamentos de rotulagem heat transfer da fabri-cante gaúcha Technopack. Modelo HT5000, o equipamento tem capacidade para rotular até 320 frascos por minuto. A Petrobras já utilizava rótulos heat transfer da Technopack

Estratégia da Petrobras beneficia tecnologia de rotulagem

em suas embalagens de 500ml, 1 litro, 3 litros e 5 litros. O novo investimento sinaliza que a empre-sa deverá aumentar o consumo desse tipo de decoração. A tecno-logia heat transfer se caracteriza por fundir o substrato dos rótulos na superfície de embalagens plás-ticas, de modo a transferir todo o layout para os frascos. Segundo a Technopak, além de uma decora-ção resistente e durável, esse tipo de rotulagem garante acabamento livre de rugas e bolhas.

www.technopak.com.br(51) 3470-6889

utilizava rótulos heat transfer da Technopack

www.technopak.com.br(51) 3470-6889

Na opinião da suíça Gallus, uma das maiores fabricantes de equi-pamentos de impressão de rótulos do mundo, o ambiente econômico global está refletindo positivamente no segmento de narrow webs. Em 2005, pela primeira vez as vendas do Grupo Gallus ultrapassaram a marca de 200 milhões de francos suíços. O resultado comercial do ano passado foi, mais precisamente, de 207 milhões de francos suíços (163,5 milhões de dólares), 11% a mais que em 2004. Além disso, dois

projetos estratégicos foram inicia-dos pela gigante suíça em 2005. De um lado, a empresa começou a construção de uma nova planta para fabricação de chapas de impressão serigráfica. A Gallus também defla-grou no ano passado sua expansão no mercado de cartões para pro-dução de embalagens e cartuchos, com aquisição de 30% da alemã BHS Druckwww.gallus.comNo Brasil(11) 5525-4500

A força das narrow websEspecializada em impressão de rótulos, Gallus cresce no mundo

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Com sua operação brasileira focada no mercado editorial e na impressão de formulários, malas diretas e docu-mentos, a gráfica RR Donnelley Moore quer crescer na atraente área de rótu-los e etiquetas. O setor hoje representa 8% de sua demanda de serviços, e a perspectiva é que esse índice salte para 10% este ano. Para isso, a RR Donnelley Moore, que fornece rótulos para pequenas e médias empresas, quer conquistar grandes indústrias usuárias dos segmentos cosmético, farmacêutico, alimentício e têxtil. Em

termos de processos produtivos, a idéia é investir em máquinas modula-res que combinem silk rotativo, off-set, flexo e letter press. Atualmente, além de atuar com soluções de rastreabili-dade logística próprias para etiquetas, a RR Donnelley Moore produz a cha-mada linha de rótulos duráveis volta-dos às indústrias química, automobi-lística, mecânica e eletrônica. O varejo e o mercado de consumo, no entanto, são seus grandes objetivos. “Indeciso e com pouco tempo, o consumidor faz a análise do que vai comprar a partir das cores e da beleza do rótulo. Ninguém admite um produto feio”, fala Adolfo Chacon, gerente da área de eti-quetas da RR Donnelley Moore.www.moore.com.br0800 77 14 989

Mais um estímulo à inovaçãoInscrições para prêmio Criatividade Gráfica acabam em maio

A ArjoWiggins, fabricante de papéis finos e especiais, anun-ciou a segunda edição do concurso Criatividade Gráfica. Restrito a trabalhos criados com os produtos da empresa (Vergê, Color Plus, C. Plus TX, Marrakech, Evenglow, Rives, Conqueror, Color Plus Wave, Natural Plus e Clear Plus), o prêmio visa divulgar a variedade de cores, gramaturas e textu-ras dos papéis ArjoWiggins. “É

a melhor forma de abrir novas possibilidades de uso”, defen-de a gerente de marketing da empresa, Cynthia Cadrobbi Macedo. Alternativo ao já con-sagrado prêmio Max Feffer de Design Gráfico, que é promovido pela Suzano Papel e Celulose, o concurso Criatividade Gráfica é feito em parceria com a KSR Distribuidora, unidade de negó-cios da VCP. O prazo de inscri-ções vai até 31 de maio.

www.arjowiggins.com.br0800 100 648

www.ksr.com.br(11) 2166-8500

Guinada rumo aos rótulosGráfica especializada em documentos quer crescer com etiquetas

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Anunciante Página Telefone SiteAltec 37 (11) 4053-2900 www.altec.com.br

Amcor PET Packaging 49 (11) 4589-3062 www.amcor.com

Arco Convert 11 (11) 6161-8099 www.arco.ind.br

Aro 19 (11) 6462-1700 www.aro.com.br

Arte Madeira 39 (41) 3382-9546 www.artemadeira.com.br

Avery Dennison 45 (19) 3876-7600 www.fasson.com

Braga 47 (19) 3897-9720 www.braga.com.br

Braskem 4ª capa (11) 3443-9999 www.braskem.com.br

Colacril 53 (44) 3518-3500 www.colacril.com.br

Congraf 34-35 (11) 5563-3466 www.congraf.com.br

Elo Design 33 (11) 3871-9942 www.elopress.com.br

Embapalast 61 (51) 3338-0800 www.feiraembaplast.com.br

ExxonMobil 3 (11) 3511-4420 www.oppfilms.com

Fispal Tecnologia 62 (11) 5694-2666 www.fispal.com

Flexcoat 25 (19) 3848-4303 www.flexcoat.com.br

Gumtac/Pimaco 21 (21) 2450-9707 www.gumtac.com.br

Imaje 15 (11) 3305-9455 www.imaje.com.br

Indexflex 13 (11) 3618-7100 www.indexflex.com.br

Innovia Films 39 (11) 5053-9948 www.innoviafilms.com

Interplast 57 (47) 3451-3000 www.interplast.com.br

Itap Bemis 9 (11) 5516-2200 www.dixietoga.com.br

Krones 51 (11) 4075-9500 www.krones.com

Limer-Cart 41 (19) 3404-3900 www.limer-cart.com.br

Maddza Máquinas 23 (35) 3722-4545 www.maddza.com

Madhouse Pack Works 7 (11) 6168-6752 www.madhouse.com.br

Moltec 33 (11) 5523-4011 www.moltec.com.br

Müller Martini Brasil 59 (11) 3613-1000 www.mullermartini.com.br

Papirus 2ª capa (11) 2125-3919 www.papirus.com

Paraibuna Embalagens 19 (32) 2102-4000 www.paraibuna.com.br

Pentapack 63 (19) 3458-2655 www.pentapack.com.br

Poly-Vac 31 (11) 5541-9988 www.poly-vac.com.br

Rigesa 3ª capa (19) 3869-9330 www.rigesa.com.br

Rio Polímeros 29 (21) 2157-7777 www.riopol.com.br

SetPrint 33 (11) 2133-0007 www.setprint.com.br

Simbios-Pack 33 (11) 5687-1781 www.simbios-pack.com.br

Sonoco 55 (11) 5097-2750 www.sonocoforplas.com.br

Speranzini Marketing 23 (11) 5685-8555 www.speranzini.com.br

Starlaser 33 e 63 (11) 3365-3890 www.starlaser.com.br

STM 23 (11) 6191-6344 www.stm.ind.br

Technopack 37 (51) 3470-6889 www.technopack.com.br

Tetra Pak 5 (11) 5501-3262 www.tetrapak.com.br

Uniflexo 43 (11) 4789-5946 www.uniflexo.com.br

Vilac 17 (19) 3741-3300 www.vilac.com.br

Wheaton 27 (11) 4355-1800 www.wheatonbrasil.com.br

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O escritório do PMMI para a América Latina tem como objetivo oferecer às empresas assessoria gratuita sobre equipamentos para acondicionamento e embalagem. Esta missão nos obriga a estar sempre bem informados.

A revista EmbalagemMarca nos tem permitido conhecer em primeira mão as tendências mais importantes nas áreas de tecnologia e design de embalagens. De forma clara e dinâmica, a revista nos fornece ferramentas para nos aproximarmos com maior certeza dos consumidores latino-americanos e das tendências da indústria.

EmbalagemMarca é para nós uma ferramenta de trabalho muito útil e, indiscutivelmente, demonstrou ser uma ótima via de aproximação com as empresas brasileiras.

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Almanaque

Do mongeao general

VOCÊ SABIA?A cor âmbar da garrafa de cerveja

não é mera opção estética. Ela ajuda a conservar o sabor da

bebida. Exposto à luz, o lúpulo utilizado nas cervejas pode sofrer

reações químicas indesejáveis. Cervejas acondicionadas em

garrafas transparentes ou menos opacas são fabricadas a partir

de um lúpulo diferenciado, modificado industrialmente e,

portanto, mais caro.

Ao se casar, o alemão Wilhelm Mülhens ganhou de um monge de sobrenome Farina um presente inusitado: uma fórmula secreta de água de cheiro. Mülhens abriu um negócio em torno do produto, a Casa Farina, no ano de 1796, no número 4711 de uma conhecida rua da cidade de Colônia. Transeuntes e as tropas napoleônicas, que então ocupavam a região, passaram a propagar o efeito perfumoso da fórmula, de notas cítricas, pela Europa. Nascia ali a Água de Colônia. Reza a lenda que Napoleão era vidrado na colônia 4711, a da Casa Farina, chegando a consumir mensalmente 40 vidros do produto. Nada de banhos. O general francês preferia a toilette com sua Eau de Cologne.

Do monge

No momento em que AmBev, patrocinadora oficial da seleção brasileira de futebol, aproveita a onda das campanhas publici-tárias apoiadas na camisa cana-rinho para promover mundial-mente o brasileríssimo Guaraná Antarctica, vale a pena lembrar o nome de quem desenvolveu o método de processamento do fruto amazônico para produção do xarope usado na fabricação do refrigerante. Muito antes que a moda de consumir bebidas

energéticas despontasse no mundo, o médico, biólogo e filósofo brasileiro Luiz Pereira Barreto (1840-1923) pesqui-sou e consolidou a fórmula do produto que hoje a empresa controlada pela multinacional belga Inbev propaga aos quatro cantos do planeta. Em 1920, as propriedades medicinais da bebida eram exaltadas no rótu-lo de uma das marcas então comercializadas no Brasil (veja na foto abaixo).

A cerveja da montanha de CarlÉ difícil explicar o motivo, mas até quem tem um pouco de familiaridade com o mer-cado de cerveja confunde a procedência da marca Carlsberg, julgando que ela é holandesa. Errado. Maior companhia de bebidas da Dinamarca, a cervejaria nasceu em Copenhague, em 1847. As embalagens do pro-duto fornecem uma hipótese para a imprecisa suposição. Acontece que, assim como a Heineken, esta sim holande-sa, a Carlsberg usa garrafas

e latas verdes. Seja como for, a alma escandinava da empresa é ressaltada pela própria origem da palavra Carlsberg, que significa a “montanha de Carl” em dinamarquês. O nome é uma homenagem a Carl Jacobsen, filho do fundador da empre-sa, J. C. Jacobsen. Ele foi escolhido porque a primeira fábrica da Carlsberg, onde hoje há um museu sobre cer-veja, foi construída no topo de uma elevação, na época em que Carl nasceu.

A gênese de todos os guaranás

Ao se casar, o alemão Wilhelm Mülhens ganhou de um monge de sobrenome Farina um presente inusitado: uma fórmula secreta de água de cheiro. Mülhens abriu um negócio em torno do produto, a Casa Farina, no ano de 1796, no número 4711 de uma conhecida rua da cidade de Colônia. Transeuntes e as tropas napoleônicas, que então ocupavam a região, passaram a propagar o efeito perfumoso da fórmula, de notas cítricas, pela Europa. Nascia ali a Água de Colônia. Reza a lenda que Napoleão era vidrado na colônia

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