revista embalagemmarca 088 - dezembro 2006

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www.embalagemmarca.com.br O QUE ESPERAR DE 2007

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Edição de dezembro de 2006 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

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O QUE ESPERAR DE 2007

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Prestação de contas com respaldoinais de ano impõem prestações de con-tas a nós mesmos e

a nosso círculo de relações. No retrospecto de 2006, a equipe de EMBALAGEMMAR-CA, respaldada por sólido e volumoso testemunho de lei-tores e anunciantes, conclui ter cumprido sua missão, que é suprir a área de embalagem com informações capazes de ajudá-la a crescer e fazer bons negócios.No ano, o conteúdo da revis-ta se aprofundou. Fortale-ceu-se a prática de todos os meses apresentar informa-ções exclusivas (como, nesta edição, a cobertura da Pack Expo, em Chicago) e per-

cepções agudas dos fatos. A apresentação visual da revis-ta se aprimorou e a circula-ção aumentou, a par de ficar mais apurada.Em 2006, consolidamos e aperfeiçoamos nosso site na internet. Nele, o conteúdo da revista passou a ter uma ver-são em castelhano. A versão virtual em português, outra ação pioneira da revista no segmento de embalagem no Brasil, firmou-se como um serviço adicional aos leito-res, com forte poder de atra-ção. O site recebe crescente número de entradas, tendo já ultrapassado as respeitáveis marcas de 17 000 visitas e 2 milhões de hits. A newsletter

semanal, lançada em janeiro, conta hoje com quase 10 000 assinantes.Para os leitores, isso tudo sig-nifica mais agilidade e maior volume de informação; para os anunciantes, visibilidade de seus anúncios em dobro; para nós, renovado estímulo a prosseguirmos no caminho da inovação, que fez do nome EMBALAGEMMARCA, efetiva-mente, a referência em infor-mação para o setor de emba-lagem no Brasil. Comercial-mente, o ano para nós, como para o conjunto da economia, foi morno, sem ser frio. Con-tinuaremos trabalhando para que o(s) próximo(s) seja(m) melhor(es). Boas festas.

Para os leitores, mais agilidade e maior volume de informação; para os anunciantes,visibilidade de anúncios em dobro; para nós, renovadoestímulo a prosseguirmosno caminho da inovação

Wilson Palhares

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Page 4: Revista EmbalagemMarca 088 - Dezembro 2006

Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

[email protected]

Flávio [email protected]

Guilherme [email protected]

Leandro Haberli [email protected]

Departamento de [email protected]

Carlos Gustavo CuradoJosé Hiroshi Taniguti

AdministraçãoEunice Fruet

Marcos Palhares

Departamento [email protected]

Karin TrojanWagner Ferreira

Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro

Raquel V. [email protected]

Assinatura anual: R$ 99,00

Público-AlvoEM BA LA GEM MAR CA é di ri gi da a pro fis sio nais que ocu pam car gos de di re ção, ge rên cia e su per vi são em em pre sas integrantes da ca deia de em ba la gem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colo-cados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos.

Filiada ao

Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

Filiada à

www.embalagemmarca.com.br

O con teú do edi to rial de EM BA LA GEM MAR CA é res guar da do por di rei tos au to rais. Não é per-mi ti da a re pro du ção de ma té rias edi to riais pu bli ca das nes ta re vis ta sem au to ri za ção da Blo co de Co mu ni ca ção Ltda. Opi niões ex pres sas em ma té rias as si na das não re fle-tem ne ces sa ria men te a opi nião da re vis ta.

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64 Índice de AnunciantesRelação das empresas que veiculam peças publicitárias nesta edição

Reportagem de capa: Tendências e Perspectivas 2007Os pontos aos quais as indús-trias deverão estar atentas para lançar embalagens inovadoras no próximo ano

nº 88 • dezembro 2006

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CAPA:

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12 DesignEmbalagens da linha de vinagres da Castelo são reformuladas, com destaque para a tampa

MarketingSwift surge renovada em alimentos com diversificações de atuação e de embalagens

EntrevistaRenato WakimotoDiretor regional de embalagem para a América Latina da Johnson & Johnson

EventoO que movimentou a Pack Expo 2006, em Chicago, pela lupa da única revista brasileira por lá

OportunidadesFispal Nordeste denota cres-cimento acima da média na região: euforia no varejo

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66 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

32 Panorama Movimentação no mundo das embalagens e das marcas

8 Display Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

6 Espaço Aberto Opiniões, críticas e sugestões de nossos leitores

60 Conversão e Impressão Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens

3 Editorial A essência da edição do mês, nas palavras do editor

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Oxi-biodegradáveis

Sobre o artigo “O plástico oxi-biode-gradável é uma boa solução?” (EMBA-LAGEMMARCA nº 86, outubro de 2006), entendemos que o assunto necessita de informação de qualidade para que deci-sões, favoráveis ou não à tecnologia, sejam tomadas de forma consciente. Infe-lizmente, as opiniões contrárias vêm sen-do emitidas sem fundamentação e com-provação científica. EMBALAGEMMARCA tem sido um referencial sobre esse assun-to e, a propósito dos comentários da sra. Eloísa Garcia, do CETEA, naquele artigo, envio a tradução livre de uma correspon-dência com observações de Lee F. Doty, presidente do Oxi-biodegradable Plastics Institute (OPI) – associação internacional da indústria que promove a adoção res-ponsável de produtos oxi-biodegradáveis e da qual nossa representada, a Willow Ridge Plastics, é uma das fundadoras.

Michael KtistiSócio-diretor, GMCJ Soluções

São Paulo, SP

N. da R.: Pelo fato de a carta do sr. Lee F. Doty ser extensa – muito maior que as ponderações dos debatedores na referida reportagem e impossível de ser repro-duzida completamente neste espaço –, publicamos abaixo um resumo de seu conteúdo. A íntegra pode ser lida em www.embalagemmarca.com.br/carta_lee• Nas regiões mais próximas do topo dos aterros sanitários, ocorre a chamada biodegradação aeróbica, com presença de oxigênio. Nas áreas mais profundas,

ocorre a biodegradação anaeróbica, que produz metano – gás causador do efeito estufa, muito mais danoso que o dióxido de carbono. Sacolas plásticas comuns são largamente reutilizadas para acondicio-nar lixo orgânico; quando descartadas nos aterros, “condenam” o conteúdo à biodegradação anaeróbica, formando metano. Diversos estudos já mostraram que, sob presença de oxigênio e tempera-turas elevadas, sacolas oxi-biodegradá-veis se desintegram, expondo o conteúdo orgânico à biodegradação aeróbica – por reduzir o que normalmente iria degradar anaerobicamente, o que é ambientalmen-te positivo.• Os aditivos catalíticos ao polietileno convencional que tornam essas sacolas oxi-biodegradáveis são sais de metais de transição. Não são baseados em metais conhecidos como sendo danosos ao meio ambiente ou à saúde humana, mas sim metais que ocorrem naturalmente no meio-ambiente e que são micronutrientes essenciais à vida.• Finalmente, concordamos com a senho-ra Garcia em relação à afirmação de que as sacolas oxi-biodegradáveis não são soluções definitivas para a alta ocupação dos aterros sanitários, para o lixo, para a formação de gases danosos à camada de ozônio ou para o gerenciamento de resí-duos sólidos. Entretanto, representam um movimento prático na direção correta.

Edição em espanhol

Da Argentina, felicitações! Essa revista aborda todos os temas (cada qual mais interessante) referentes a embalagens com extremo profissionalismo. Muito didática a entrevista com o sueco Lars Wallentin (EMBALAGEMMARCA nº 86, outubro de 2006, em espanhol no site) um homem que, como dizemos aqui, “la tiene muy clara”. Os conceitos contidos na entrevis-ta são aplicáveis a todos os setores. Eu e vários colegas sempre esperamos ansio-sos a próxima edição. Continuem assim.

Engº Martín EspalterBuenos Aires, Argentina

Multilabel x Multilabel

Na pág. 12 da edição nº 87 de EMBALA-GEMMARCA (novembro de 2006), a nota intitulada “Novos sorvetes para o verão”,

na seção Display, consta o nome da Mul-tilabel com o telefone e o site de outra empresa existente no sul do pais. Essa empresa vem usando indevidamente o nome da Multilabel e, por isso, a estamos processando judicialmente. Ratificamos que somos os produtores dos referidos rótulos in-mold para as embalagens Cart Dor da Kibon, em projeto conjunto com a empresa Huhtamaki. Solicitamos a corre-ção da informação, pois com certeza ela nos trará prejuízos, visto que a referida empresa não respondeu às notificações a ela enviadas, o que pode indicar má intenção, já que vem atuando na área de etiquetas. Os dados corretos são: tel.: (11) 5641-4573; site: www.multilabel.com

José Carlos Drager, gerente comercialMultilabel do Brasil S.A.

São Paulo, SP

N. da R.: De fato, a coincidência de nomes pode levar a erros, como aconteceu com nosso conferente de informações.

É da Indexflex

Gostaríamos de registrar que, ao con-trário do informado na nota “Para levar no bolso”, publicada na seção Display da edição de outubro último de EMBALA-GEMMARCA, o rótulo do uisque Teacher´s em embalagem pocket é fornecido pela Indexflex e não pela SetPrint.

Magda Ventura, gerente de marketingIndexflex Rótulos e Etiquetas Adesivas

São Paulo, SP

N. da R. : A informação foi fornecida pela assessoria de imprensa da Pernod Ricard

6 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006

Retortable com zíper só lá foraPor um erro de edição, a entrevista “Em seis meses teremos boas novidades”, concedida por Alan Baumgarten, dire-tor da Tradbor, e publicada dentro da reportagem “A revolução silenciosa das retortable pouches”, (EM 87, novembro de 2006, página 22), informa que bolsas fle-xíveis esterilizáveis em altas temperaturas podem incorporar um zíper resselável como sistema de fechamento. O entre-vistado entrou em contato com a redação retificando a informação. “Na verdade a aplicação do zíper não esta disponível no Brasil. Embora essa tecnologia exista no exterior, seu uso ainda é muito restrito.”

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8 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006

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AÇÃO

São Francisco renova embalagem

A Cachaça São Francisco, da Pernod-Ricard, ganha rótulo com novo design, além de nova tampa e contra-rótulo. O layout, criado pela 100% Design, traz cores mais claras e mantém o monge franciscano presente desde o lan-çamento da bebida, em 1975. O fundo ganhou a imagem de um antigo mapa do Brasil e de um engenho de cana-de-açúcar, com o nome da cachaça em verme-lho. O rótulo também ganhou a inscrição “Desde 1886”, reme-tendo aos 120 anos da Fazenda Capuava, de Piracicaba (SP), onde é produzida a cana. A garrafa de vidro é fornecida pela Owens-Ilinois, os rótulos pela Ricargraf e as tampas pela Plastamp.

100% Design(11) 3032-5100www.100porcento.net

Plastamp(11) 4584-2020www.plastamp.com.br

Owens-Illinois(11) 6542-8000www.oidobrasil.com.br

Ricargraf(11) 4615-8655www.ricargraf.com.br

Cachaça “pro santo”

Solução transparente agrega valorColoração dos próprios produtos é transmitida pelas embalagens da Cosinter

A linha de protetores solares, bronzeadores e hidratantes Red Apple, da Cosinter, de Curitiba, chegam ao mercado em frascos desenvolvidos pela Asa Design. A agência também participou do desenvolvimento

do produto, ajudando a definir as cores, que ganham desta-que, já que as embalagens são transparentes. Os frascos de PET-G (PET modificado com glicol) e PVC são fornecidos pela Herplast, de São Bento do

Sul (SC), que também produz as tampas flip top de polipropi-leno. Os rótulos auto-adesivos de polipropileno biorientado (BOPP) transparente, impressos em flexografia e serigrafia, são da Prakolar.

Asa Design(41) 3352-5098www.asadesign.com.br

Herplast(47) 3635-3636www.grossplast.com.br

Prakolar(11) 6291-6033www.prakolar.com.br

Camil repete estratégia de 2005

A Spice Design desenvolveu para a Camil Ali-mentos uma edição de embalagens comemo-rativas de Natal. A ilustração do Papai Noel estará nos pacotes de arroz e feijão de um e cinco quilos comercializados no período das festas, ação que foi realizada com sucesso em 2005. As embalagens de polietileno de baixa densidade linear (PEBDL), impressas em flexografia, são fornecidas pela Cristal Embalagens e pela Incoplast.

Cristal Embalagens(48) 3434-2324

Incoplast(48) 3631-3000www.incoplast.com.br

Spice Design(11) 6977-2203www.spicedesign.com.br

Papai Noel traz arroz e feijão

Edição: Flávio Palhares

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10 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006

Detergente em pó Surf ganha cartucho vermelho para comemorar a data especial

Em cartuchos de papel cartão da Dixie Toga, com design gráfico da Design Absoluto, a Unilever lança o Espírito de Natal, edição natalina do sabão em pó Surf. O verso da embalagem, predominantemente vermelha, traz dicas de consumo e curiosidades sobre a data festiva.

Design Absoluto(11) 3071-0474www.designabsoluto.com.br

Dixie Toga(11) 6982-9200www.dixietoga.com.br

Na onda do NatalConvenção aposta em refrigerante com extratos vegetais aromáticos

A Refrigerantes Convenção redesenha a embalagem do refrigerante Chinotto, uma bebida carbonatada de extratos vegetais aromáticos. Com layout cria-do pela Packing Design, o refrigerante tem a assinatura “O Legítimo Sabor da Itália”. As latas de alumínio de 350 milili-tros são fornecidas pela Latapack-Ball.

Ervas enlatadas

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AÇÃO

Latapack-Ball(11) 3040-2800www.latapack.com.br

Packing Design(11) 3074-6611www.packing.com.br

Nestlé Waters expande linha São LourençoÁgua mineral da multinacional suíça tem garrafas de vidro e de PET

Alcoa-CSI(11) 4195-3727www.alcoa.com.br

Baita Studio(11) 5091-6706

Garboni(24) 2244-3300www.garboni.com.br

Litografia Bandeirantes(11) 4582-5151www.litoband.com.br

Mecesa(85) 4009-2244www.mecesa.com.br

Mossi & Ghisolfi(11) 2111-1300www.rhodia-ster.com.br

Owens-Illinois(11) 6542-8000www.oidobrasil.com.br

A Nestlé Waters está ampliando seu portfolio da marca de águas minerais São Lourenço. As tradicionais garrafinhas verdes receberam novos rótulos que distinguem a água mineral natural (rótulo e logo azuis) e a água mineral gasosa natural (rótulo e logo vermelhos). A linha de produtos cres-ceu e agora tem 10 itens. As garrafas de 300 mililitros são de vidro (one-

way e retornáveis), produzidas pela Owens-Illinois do Brasil com tampas da Mecesa, e de PET e as de 510 mililitros e 1,25 litro são de PET, com resina fornecida pela Mossi &

Ghisolfi e são sopradas na própria Nestlé, com tampas da Alcoa-CSI e da Garboni. Os rótulos são forneci-dos pela Litografia Bandeirantes e o

design é da Baita Studio.

natural (rótulo e logo azuis) e a água mineral gasosa natural (rótulo e logo vermelhos). A linha de produtos cres-ceu e agora tem 10 itens. As garrafas de 300 mililitros são de vidro (one-

Ghisolfi e são sopradas na própria Nestlé, com tampas da Alcoa-CSI e da Garboni. Os rótulos são forneci-dos pela Litografia Bandeirantes e o

design é da Baita Studio.

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Aro(11) 6412-7207www.aro.com.br

Novo design da embalagem segue tendência adotada mundialmente pela Coca-Cola

A Coca-Cola Brasil lança Schweppes Tônica Light e Schweppes Citrus Light, versão sem açúcar dos dois sabores de Schweppes. Além da extensão da linha, Schweppes Light ganha uma nova garrafa de vidro de 250 mililitros, com design e grafismo mais modernos, cria-dos pela Coca-Cola mundial, dona da marca. As garrafas são fornecidas pela Owens-Illinois, os rótulos de BOPP pela Mazda e as rolhas metálicas pela Aro.

Schweppes Light chegaem garrafa de vidro

A Itambé reformulou as embalagens das latas de aço da sua linha de leite em pó, com perfil exclu-sivo e inédito no mercado – formato criado pela New Designer, agência responsável também pelo layout dos rótulos das embalagens. A lata, pro-duzida pela própria Itam-bé nas unidades mineiras

de Sete Lagoas e de Uberlândia, é mais estrei-ta que o modelo antigo. Ocupa menos espaço nas prateleiras, porém mantém a mesma quan-tidade das embalagens anteriores: 300 e 400 gramas. A tampa plástica é produzida pela Sonoco For-Plas; os rótulos, pela Gráfica Capuano.

A nova lata da Itambé

Gráfica Capuano(11) 6941-5277

New Designer (31) 2108-2121

Sonoco For-Plas (11) 5097-2750www.sonocoforplas.com.br

Modelo mais esguio, parecido com balde para ordenha, aproveita melhor os espaços na gôndola

Edição: Flávio Palhares

Mazda(11) 4441-6500 www.mazdaembalagens.com.br

Owens-Illinois(11) 6542-8000www.oidobrasil.com.br

Page 12: Revista EmbalagemMarca 088 - Dezembro 2006

12 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006

Castelo Alimentos aposta na inova-ção e na tecnologia para manter a liderança no mercado nacional de vinagres para uso doméstico. Com

produção de 64,5 milhões de litros em 2006, a empresa investiu 8 milhões de reais para reno-var toda sua linha de embalagens. Para começar, a garrafa de PET, soprada em máquinas da Sipa na própria planta da Castelo, em Jundiaí (SP), foi reestilizada pela Seragini Farné, ganhando anéis em baixo relevo aplicados de forma espa-çada ao longo do corpo. “A garrafa agora tem uma pegada ergonômica, o que deixa o produto mais bonito e moderno”, diz o diretor-superin-tendente da Castelo, Marcelo Cereser.

O rótulo de papel, presente há décadas

design >>> vinagres

A

Ousadia de líderCastelo reformula visual de sua linha de vinagres para reforçar imagem

na garrafa, foi substituído por um termoen-colhível, produzido com filmes de PVC e de PET de alto desempenho, com percentual de encolhimento de até 62% e espessura de 50 micra, colocado na parte superior do frasco, logo abaixo do gargalo, na área expandida, até o início da parte de redução do diâmetro do frasco.

Devido ao alto grau de encolhimento exi-gido para o formato da garrafa, a ITW Cangu-ru utilizou equipamentos de alta precisão para o fechamento do rótulo, que é impresso em flexografia em oito cores. “Em termos de visi-bilidade obtêm-se melhor resultado, agrega-se valor no aspecto visual, reforçando a imagem da marca do produto e evidenciando os con-tornos da embalagem”, diz Cereser.

As rotuladoras foram desenvolvidas pela Packintec especificamente para operação no ambiente da Castelo. Foram utilizados mate-riais com todos os requisitos para suportar a agressividade química do vinagre e compo-nentes que permitem atingir uma velocidade de aplicação de até 18 000 garrafas por hora.

Estréia mundialO inédito sistema de fechamento é mais uma inovação da embalagem. A tampa flip-top de duas peças da Bericap especial para vinagres, denominada Galileo II, pesa 3 gramas e faz sua estréia mundial nos produtos da Castelo. A base, que se encaixa no gargalo da garrafa, é injetada em polietileno de baixa densidade (PEBD), enquanto a sobretampa é de polipro-pileno (PP) transparente. É possível, portanto, trabalhar com uma combinação de cores na tampa devido à translucidez da sobretampa. Em quatro cores (vermelho, azul, verde e dourado), uma para cada tipo de vinagre, as tampas possuem dois sistemas independentes de lacre, visando proporcionar segurança contra violação do

NOVOS FORMATOS Embalagens

redesenhadas ganharam visual moderno

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AÇÃO

CHUVEIRINHO Retirada do segundo lacre abre os furos que dão vazão ao líquido

Bericap(15) 3235-4500 www.bericap.com

Clariant(11) 5683-7233www.clariant.com.br

ITW Canguru(11) 3044-2366www.itw-autosleeve.com

Packintec(19) 3469-9900www.packintec.com.br

Seragini Farné(11) 2101-4300www.seraginifarne.com

Set Print (11) 2133-0077www.setprint.com.br

Sipa(11) 4772-8300www.sipa.com.br

Page 13: Revista EmbalagemMarca 088 - Dezembro 2006

novembro 2006 <<< EmbalagemMarca <<< 13

produto. Ao abrir a sobretampa, o usuário tem de romper o primeiro lacre. O segundo lacre é constituído por um anel preso a uma mem-brana com quatro “pezinhos”. Ao levantar-se o anel, rompe-se o segundo lacre e abrem-se quatro furinhos regularizadores de fluxo na base da tampa, permitindo que o usuário dose gradativamente o vinagre, criando um efeito “chuveirinho”. Esta característica foi especial-mente desenvolvida pela Bericap, para ao cos-tume do consumidor brasileiro de dosar vina-gre através dos furinhos. “Investimos numa injetora elétrica pelo alto grau de precisão requerido pelo sistema de furos dosadores”, conta Aurel Forgaci, diretor-geral da Bericap. O desenvolvimento do sistema de fechamen-to, de acordo com o fabricante, consumiu dois anos de pesquisas e 4 milhões de reais.

Para dar o efeito de translucidez à sobre-tampa foram utilizados pigmentos especiais supridos pela Clariant, fornecedora de mas-terbatches que tem atuado fortemente na difu-são do conceito de transparência em PP para embalagens. “Uma das grandes virtudes desse lançamento é que se resolveu ousar em emba-lagens numa categoria vista por muitos como altamente comoditizada, e essa mudança de paradigma foi liderada justamente pela empre-sa líder de mercado”, observa Alessandra Fun-cia, coordenadora de marketing da Clariant, que elogia ainda o envolvimento de todos os elos da cadeia no projeto

Outra novidade na tampa é a introdução do gargalo 26/21 (26 milímetros de diâme-tro no gargalo externo e 21 milímetros no interno) em embalagens PET, em substituição ao gargalo 29/21 (padrão europeu, com 29 milímetros de diâmetro no gargalo externo e 21 milímetros no interno) atualmente em uso para embalagens de vinagre e óleo comestível. A inovação proporciona uma economia de 1,3 grama de resina PET por garrafa. (FP)

TRANSPARÊNCIA Pigmentos especiais conferem efeito nobre à sobretampa

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reportagem de capa

14 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006

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dezembro 2006 <<< EmbalagemMarca <<< 15

m ano de Copa do Mundo (ruim para o Brasil) e de presidente reeleito (aí o saldo fica a critério de cada um), as

indústrias de bens de largo consumo, aquelas que mais se apóiam no poder vendedor da embalagem, fecharão para balanço sob um dilema de como ava-liar 2006. Mesmo com desempenhos setoriais a se consolidar, sabe-se de antemão que 2006 não foi bom para o setor produtivo, tendo grassado no geral a estagnação ou o crescimento a passo de tartaruga. Apesar disso, há uma divisão de julgamentos. Como na alegoria popular, para alguns o ano foi de copo meio cheio; para outros, de copo meio vazio. Se certos empresá-rios já se dizem satisfeitos pelo fato de o processo eletivo não ter provocado os sobressaltos macroeconômicos de quatro anos atrás, muitos condenam mais um ano de descolamento da per-formance econômica local com as do resto do mundo, especialmente com as das outras economias emergentes.

Como sucedeu nos últimos anos, a esta altura do campeonato o consenso é de que a atividade econômica dos doze meses logo à frente será bastante parecida com a dos doze que acaba-mos de passar, salvo o surgimento de fatores inesperados – para o bem ou para o mal.

Indo direto ao que se propõe esta reportagem sobre Tendências e Pers-

pectivas, a oitava publicada por EMBA-LAGEMMARCA, cabe ressaltar que, se por um lado esse cenário recente pode gerar desestímulo e conformismo, por outro ele tem reforçado a importância da inovação. Como nunca, a equipe da revista tem observado em conferências, palestras e workshops de negócios, no Brasil e no exterior, a inovação ser apontada como o meio para driblar o marasmo e superar as situações movediças dos mais diferentes merca-dos. Nessa trilha, embalagens podem ser decisivas, como provam inúme-ros exemplos abordados nas páginas desta edição e das anteriores – prin-cipalmente se elas são consideradas elementos fundamentais da marca, a materialização desse conceito etéreo.

O que segue nas próximas páginas tem o propósito de auxiliar empresas a lançar embalagens inovadoras em 2007 a partir de uma conclusão tirada pelos profissionais de EMBALAGEM-MARCA nos mesmos eventos descritos no parágrafo anterior: é mais simples inovar ao se captar tendências inci-pientes, aperfeiçoá-las e aproveitá-las, do que reinventar a roda. Foi o que fez, por exemplo, a Coca-Cola, quando noventa anos atrás obteve sua icônica embalagem contour através de pequenas alterações na moldagem de garrafas-padrão de vidro. O resto é história – e caixas registradoras tilin-tando sem parar.

EPor Leandro Haberli, com equipe EMBALAGEMMARCA

Page 16: Revista EmbalagemMarca 088 - Dezembro 2006

16 >>> EmbalagemMarca >>> dezembro 2006

mbora tenha disparado o alerta laranja dos fabricantes de emba-lagem de vidro, que trocaram os fornos elétricos pelos a gás durante

o apagão de anos atrás, a crise do gás da Bolí-via não comprometeu o desempenho do setor. Em 2006 a produção física de embalagens de vidro registrou crescimento de quase 9%. Foi possivelmente o melhor resultado por segmento dentro da indústria brasileira de embalagens, cuja expansão média aproximada da produção física foi de apenas 1,5% no ano.

A boa performance do vidro foi favorecida por diferentes fatores, entre eles os preços ins-táveis de outros materiais, em especial metais e plástico. Conservas de alimentos, atomatados, cervejas especiais e destilados estão entre as categorias que ajudaram a alavancar o setor, num movimento também beneficiado pela retomada das exportações de embalagens de vidro. Neste caso, fabricantes como a Owens-Illinois do Bra-sil comemoraram, após um ano de vendas muito fracas lá fora, bons resultados em 2006 com embarques de garrafas de bebidas para África e América Latina.

Para a Associação Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro), os bons ventos continuarão soprando em 2007. Tal prognóstico é reforçado por fatores como os fortes investi-mentos em garrafas de vidro retornáveis feitos por grandes fabricantes de refrigerante no Brasil, em especial a Coca-Cola, que pelo terceiro ano consecutivo apostou na volta de embalagens reu-tilizáveis. Atualmente a participação do vidro em seu portfólio gira em torno de 15%, mas a empre-sa pretende alçar esse índice para 30% em breve. A estratégia é privilegiar o vidro em áreas de distribuição onde predominam consumidores de

EMaré boa para o vidro

menor poder aquisitivo. Nessas praças, a garrafa de vidro de 1 litro dos refrigerantes Coca-Cola pode ser comprada a 1,09 real (preço estampado na tampa), numa estratégia que ajudou a conter o avanço das tubaínas no setor.

No mercado de cosméticos e perfumes, onde a presença de embalagens plásticas de altos bri-lho e transparência vem crescendo gradualmente, os vidreiros tampouco têm do que reclamar. Ao investir em sistemas de decoração mais sofisticados, o setor tem conseguido reagir ao assédio das resinas. Um conceito já em alta e que deve ganhar mais projeção em 2007 é a pintura orgânica. Enquanto as tintas tradicionais, produ-zidas muitas vezes com componentes metálicos, conferem ao vidro cores uniformes e opacas, os pigmentos orgânicos permitem explorar super-fícies com degradês e efeitos translúcidos. Por isso tal alternativa de decoração vem sendo bem avaliada por empresas como a Wheaton, líder no mercado brasileiro de frascos de vidro para cosméticos e perfumes, que já produz emba-lagens decoradas com pintura orgânica para seus principais clientes. Outra forte tendência em acabamento é apontada pela Saint-Gobain Embalagens, para quem sistemas de decoração mais sofisticados continuarão a ser usados para personalizar moldes standard, sobretudo quando a quantidade solicitada pela indústria usuária não justifica a criação de um modelo exclusivo.

A despeito dos bons indícios para 2007, nos últimos meses uma ressalva vem preocupando o setor de embalagens de vidro. Trata-se da falta de barrilha (carbonato de sódio) nacional, ocasiona-da pela paralisação da Companhia Nacional de Álcalis, única fornecedora do produto da América do Sul. Representando cerca

MERCADO ESTRATÉGICO Investimentos da Coca-Cola contribuíram para

bons resultados do vidro

ACABAMENTOS ESPECIAIS Sistemas de decoração diferenciados conferem vitalidade ao material em spirits e perfumes

NICHO BEM VINDOEmbalagens de vidro vêm ganhando espaço em conservas

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a área de celulósicas, a vertente não foge ao que ocorre com outros materiais de embalagem em nível mundial: é crescente a pressão da

indústria usuária pela redução de peso sem perda de resistência, e os grandes fabricantes tratam de responder às exigências, sob pena de perder competitividade. Nessa linha, os fabricantes de papel cartão para embalagens anunciaram nos últimos meses investimentos importantes em produtos de baixa gramatura e alta rigidez.

Essa nova geração de cartões promete con-sumir menos matéria-prima e oferecer a mesma resistência das estruturas convencionais. A des-peito do custo às vezes maior, produtos assim devem ganhar lastro no Brasil em 2007, conso-lidando a busca por embalagens mais leves como tendência do mercado de celulósicas.

Chama atenção nesse processo a estratégia da Klabin, que quer fabricar a matéria-prima necessária para produzir papéis de baixa grama-tura e rigidez elevada, hoje importada. A empresa anunciou planos de antecipar para setembro de 2007 o início de produção no projeto de expan-são da planta de Telêmaco Borba (PR), que deve aumentar a capacidade de 330 000 para 740 000 toneladas de papel cartão por ano, além de ver-ticalizar a fabricação de matérias-primas utiliza-das nos produtos de baixa gramatura e rigidez elevada. A Klabin também destaca como grande acontecimento para o ano que vem a ampliação da planta de Monte Alegre (PR). Com isso, a capacidade de produção anual de cartão passará de 700 000 toneladas para 1,1 milhão de tonela-das. O início da operação com a nova capacidade está previsto para outubro de 2007.

NNo outro lado do balcão os investimentos em

cartões mais leves também vêm sendo destaca-dos. Tendo aumentado suas vendas no mercado interno mais de 20%, enquanto a média do setor estacionou em 2%, a Suzano vem apostando alto na dobradinha gramaturas reduzidas e resistência elevada. A estratégia ajuda a entender o aumento da participação da empresa no mercado interno – de janeiro a setembro de 2006, o domínio da Suzano no segmento de papel cartão subiu de 24,5% para 27% (35% da produção são expor-tados). No mercado há poucos meses, as últimas novidades da empresa que exploram o mote da leveza levaram mais de quatro anos para ser desenvolvidas, e estão sendo comercializadas sob a marca Super 6 Premium. Os produtos pos-sibilitam que mais cartuchos sejam produzidos com a mesma quantidade de insumo. Ou seja, o aumento de preço promete ser contrabalançado pelo ganho em escala. Segundo César Mendes, gerente de grupo de produtos da empresa, com o novo papel cartão, numa tonelada de produto, por exemplo, consegue-se rendimento 9% maior do que o que se consegue com a mesma grama-tura no Super 6 Hi-Bulky, também da Suzano. A espessura não muda, para evitar modificações nas linhas de envase da indústria.

O desempenho da linha Super 6 Premium já está sendo avaliado pelos usuários. Os novos cartões da Suzano podem ser vistos em produtos como o panetone Bauducco e os detergentes em pó Ace e Ariel, da Procter & Gamble, e Tixan Ypê, da Química Amparo. Segundo a Suzano, esses clientes participaram do desenvolvimento da linha, que tem a responsabilidade de substi-tuir, até o início do segundo semestre de 2007, a

Mais leves e resistentes

de 30% do custo final do vidro, a substância reduz o ponto de fusão da areia para obtenção do vidro, diminuindo gastos com energia. Outro causador de cautela foi o anúncio da AmBev de que inaugurará uma fábrica própria de embala-gens de vidro em 2007. Cerca de 160 milhões de reais deverão ser investidos na unidade, em construção em Campo Grande (RJ). A capacida-de será de 100 000 toneladas, ou 450 milhões de garrafas por ano, suficientes para suprir 50% da demanda da empresa em cervejas. A inauguração

está prevista para o terceiro trimestre de 2007. O anúncio não chegou a pegar os vidreiros de surpresa. O setor sabia que esse investimento era apenas uma questão de tempo, uma vez que a AmBev já era verticalizada na produção de rótulos e de tampas. Mesmo assim, a nova fábri-ca deverá fazer os fabricantes de embalagens de vidro buscar novas oportunidades na seara de bebidas, num cenário em que os mercados de refrigerantes e de spirits (destilados) se tornarão ainda mais estratégicos.

EM FASE DE TESTES Panetones e sabão em pó estão sendo acondicionados em nova geração de cartões de baixa gramatura e rigidez elevada

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Super 6 Hi-Bulky, até então líder entre os produ-tos para embalagens da Suzano.

Outro movimento irreversível do mercado de papel cartão para embalagem diz respeito aos investimentos nas características de printabilida-de do material. Os fabricantes estão dando cada vez mais atenção à superfície de impressão e à qualidade do verso das cartonagens. Em 2006, por exemplo, a Ripasa investiu 50 milhões de reais em sua planta de Embu (SP). Além de aumento de 30% da produção, inclusive de car-tões de baixa gramatura e alta rigidez, o aporte otimizou a área de acabamento da unidade.

A propósito, convém ficar atento a um regis-tro lateral: o crescente uso de cartões cada vez mais brancos, registrado em outros países, poderá acelerar-se como tendência no mercado interno. O movimento nessa direção vale também para o papelão ondulado, com laminação de folhas de papel branco, dada a inclinação das redes varejistas por demanda de caixas-display com impressão de melhor qualidade (ver página 30). Outro movimento importante é protagonizado por linhas obtidas de matérias-primas recicladas. Entre as empresas com foco nessas famílias de produto, destaque para a Papirus, outra grande fabricante de cartões, que planeja aprimorar novos desenvolvimentos com maior composição de reciclado. Um dos principais focos da empre-sa para 2007 é a linha Vitacarta de papel cartão 100% reciclado.

Na área de cartonadas assépticas, o mercado vive a expectativa da inauguração da planta brasileira da SIG Combibloc. Protocolo firmado com o governo do Paraná, onde a unidade será construída, prevê o funcionamento da fábrica em 2008. Enquanto isso, o setor explora novos nichos de atuação, como os mercados de águas minerais e de private labels, e acirra a disputa com outros materiais de embalagem, a exemplo do aço, na briga por segmentos como o de creme de leite. Outro movimento do setor que pode crescer é a oferta de caixinhas esterilizáveis por autoclave para o mercado de alimentos. Tanto a SIG como a Tetra Pak investiram no desenvolvi-mento de cartonadas retortable, já à venda aqui.

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100% RECICLADO Outra tendência no

mercado de papel cartão para embalagens

CAIXINHA PARA ALIMENTOS

Fabricantes de cartonadas assépticas devem apostar mais alto em tecnologia

retortable

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em todas as previsões acertam o alvo, mas uma aposta quase certa para a indústria de acondicionamen-to diz respeito à verticalização pro-

dutiva de grandes usuários de latas de aço. Até pelo caráter confidencial de algumas estratégias, é difícil dizer em que medida essa onda de eman-cipação, manifestada de maneira intensa em 2006, vai continuar no próximo ano. Mas quem é do ramo a vê como irreversível, numa crença reforçada por lances como a recente abertura de uma grande fábrica própria de latinhas (cane-cos) da Gomes da Costa, uma das duas maiores empresas do setor de pescados industrializados do país, ao lado da Coqueiro. No projeto foram investidos 30 milhões de reais, revertidos na capacidade de 1,5 milhão de latinhas por dia, boa parte delas dotada de sistemas de fácil abertura.

É certo que investimentos em verticalização produtiva não constituem novidade no setor de folhas-de-flandres. Também em alimentos uma das maiores produtoras de latas de aço do país é a Nestlé há anos. Na área de tintas, pelo menos um grande fabricante, a gaúcha Renner, igual-mente enveredou pelo caminho de internalização da produção de embalagens. Outros exemplos poderiam ser citados, num panorama em que as metalgráficas tradicionais são obrigadas a colocar em prática alguma estratégia de reação. Assim, investimentos em latas de aço mais modernas e práticas têm tudo para ser acelerados. Isso inclui novos processos de decoração e impressão, siste-mas de fechamento mais sofisticados e formatos diferenciados.

No rol das inovações, chamam especial aten-ção os formatos expandidos, que aos poucos ficam mais acessíveis para as indústrias usuárias do Brasil, conquistando participação entre com-modities como óleos comestíveis. De olho na possibilidade de crescimento, os fabricantes de latas investem mais e mais na tecnologia, como exemplifica a recente ampliação da capacidade de produção de latas de aço expandidas anuncia-da pela Companhia Brasileira de Latas (CBL).

Também devem ser vistas com atenção as latas de duas peças (tampa e corpo), que propor-cionam características melhoradas de vedação na comparação com as tradicionais de três peças (tampa, fundo e corpo). Sistemas de fechamento

NLuta contra a verticalização

mais aprimorados, caso das lâminas de alumínio do tipo peel off para produtos secos e granulados, também se transformaram em ferramenta estra-tégica para as metalgráficas, que podem investir em parcerias exclusivas para fornecimento do acessório, como fez em 2006 a Indústrias Reuni-das Renda, de Pernambuco. Outra possibilidade tecnológica que pode se concretizar é a lamina-ção de filmes impressos nas paredes externas das latas. Ganhando crescente mercado lá fora, o sistema é alternativo à decoração por litografia.

Parte dessas inovações também pode ser útil à cadeia do aço na guerra travada com outros materiais de embalagem. Não se fala somente da eterna batalha com o PET no mercado de óleos comestíveis, onde, aliás, as metálicas têm levado a pior, apesar das enfáticas críticas quanto à transparência dos frascos plásticos, que exige o uso de conservantes pelos fabricantes do alimen-to. Comenta-se que o grande medo dos aceiros hoje é perder o mercado de tintas para o plástico. As petroquímicas garantem possuir materiais adequados para esse setor, que por sinal já come-çaram a ser usados no mercado brasileiro, mas ainda não pelos grandes fabricantes de tintas.

Numa outra vertente do mercado de emba-lagens metálicas, a do alumínio, chama atenção o esforço de importantes fabricantes de emba-lagens em diminuir os custos com distribuição, inaugurando novas fábricas de latas e tampas pelo país. Para analistas, a eventual queda de

FERRAMENTA DE COMPETITIVIDADE Parcerias visando a sistemas de fácil abertura, como lâminas de alumínio do tipo peel of, podem crescer em 2007

EXPANDIDAS EM EXPANSÃO Formatos diferenciados continuarão

na mira das metalgráficas

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despesas com transporte poderá contrabalançar os preços em alta do alumínio. Também vale lembrar que a produção da matéria-prima das latas de alumínio está em alta, reforçando a sensação de aumento no consumo dos princi-pais produtos acondicionados nessas embalagens (refrigerantes, cervejas, chás e sucos). Segundo a Associação Brasileira do Alumínio (Abal), de janeiro a setembro deste ano foi produzido 1,196 milhão de toneladas de alumínio primário no Brasil, 7,9% a mais em relação aos nove primei-ros meses de 2006. Nos próximos meses o bom desempenho deve continuar com contribuição não só das latinhas. A perspectiva de maior giro da indústria de laminados flexíveis para acondi-cionamento de alimentos também poderá refletir de maneira positiva no setor de alumínio. Ainda em filmes, a maré boa tende a ser favorecida pelas bolsas flexíveis esterilizáveis por autocla-ve, os famosos retortable pouches, cuja estrutura tradicional leva alumínio, PET e PP. Entre as inovações tecnológicas, vale a pena ficar de olho nas garra-fas de alumínio, que lá fora ganham crescente espaço no portfólio de embalagens de grandes indústrias de refrigerantes e cervejas, e podem se disseminar por aqui. Também

em processos produtivos, registro para a redução das paradas para troca de rótulos nas linhas de produção das latinhas. Impulsionada por grandes empresas do setor, como a Rexam, a tendência visa flexibilizar os volumes mínimos de produ-ção, oferecendo aos clientes condições de diver-sificar ainda mais suas famílias de produto.

m movimento marcante do setor de embalagens plásticas tem sido o avanço do polipropileno (PP) em mercados antes cativos de

outros materiais de embalagem. Essa ten-dência é beneficiada pelo desenvolvimento de aditivos que melhoram as características óticas da resina, tornando-a mais transpa-rente e brilhante. Com contribuição desses avanços, embalagens de boca larga feitas de PP já são ofertadas em categorias como a de conservas, tradicionalmente dominada pelo aço e pelo vidro. Outro lance aguardado é a conquista pelo PP de usuários hoje adeptos do PET. Neste embate, porém, o material enfrenta a limitação da falta de barreira a gases. Isso impede, por exemplo, o uso do PP no mercado de refrigerantes, onde o PET deve continuar soberano por muito tempo.

UPP acima da média

Seja como for, à exceção do polietileno de baixa densidade linear (PEBDL), que veio de uma base baixa no ano passado, o con-sumo de PP cresceu mais que o dos demais plásticos em embalagem em 2006 (ver qua-dro na página 24), num movimento que deve se manter nos próximos doze meses. Além da maior demanda, tal previsão é reforçada por estratégias como a da Suzano Petroquímica, que em 2007 pretende aumentar sua produ-

LASTRO EM 2007? Consumo de garrafas de alumínio (à esquerda) pode crescer. Fabricantes de latinhas também devem flexibilizar rotulagem e diminuir custos de distribuição

INVASÃO – Polipropileno cresce mais que a média dos plásticos em embalagem, e já é ofertado em categorias como a de conservas

PROPULSÃO – Maior giro do setor de flexíveis para alimentos pode favorecer consumo de alumínio em embalagens

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PEBDL 17%

PP 12,7%

PS 10,5%

EVA 10,9%

PVC 8,6%

PEBD 0%

ção de PP no país. Na planta de Mauá (SP), a capacidade deve subir de 300 000 toneladas para 360 000 toneladas em setembro próxi-mo. No Rio de Janeiro, até o final de 2007 o volume produzido deve chegar a 300 000 toneladas, contra as 200 000 atuais.

Afora a crescente importância do PP, a indústria de embalagens plásticas deve ser movimentada pela corrida por escala no lado dos convertedores. Notado nos últimos anos, tal movimento não deverá arrefecer, numa forma de equacionar as margens cada vez mais críticas com que essas empresa vêm trabalhando. A flexibilidade das linhas de embalagens, que precisam ser adaptáveis a diferentes processos produtivos, sobretudo em função dos ciclos de vida cada vez meno-res dos produtos, é outra aposta segura do setor de plásticas nos próximos meses.

Outras tendências que devem ganhar pro-jeção daqui para frente são a busca por fon-tes alternativas ao petróleo na produção de resinas e os desenvolvimentos envolvendo nanotecnologia. No primeiro caso, resinas termoplásticas de rápida degradação, oriun-das de fontes naturais renováveis, como milho, cana-de-açúcar e amido de batata, já começam a ser produzidas no Brasil. No segundo, resinas modificadas no nível mole-cular, de modo a oferecer maiores barreiras, propriedades antimicrobianas ou aumento da rigidez e da resistência a impacto, também devem ganhar mais espaço no Brasil.

No mercado de filmes plásticos flexíveis, as fichas continuarão sendo jogadas nas embalagens sanfonadas que ficam em pé nas gôndolas, as célebres stand-up pouches (SUPs). Embora a velocidade de cruzeiro dessa tecnologia ainda não tenha ocorrido no Brasil, o avanço dos SUPs tem sido claro. De uns anos para cá essas embalagens passaram a ser usadas no acondicionamento de produ-tos tão díspares quanto azeitonas, biscoitos para animais de estimação, ceras líquidas para limpeza doméstica, condimentos secos, maionese e atomatados. Ante a dissemina-ção de maquinários e filmes adequados, a tendência é que o custo dos saquinhos que ficam em pé diminua. Também conta pontos para essa previsão a praticidade de transpor-te, a otimização de espaço nas gôndolas e a maior printabilidade dos SUPs, que favorece a disposição de um grande número de infor-

mações ao consumidor. Uma tendência ainda pouco explorada na área, mas que também pode ganhar consistência, é a de SUPs com formatos diferenciados. Quem é do ramo garante que as implicações de custo não assustam, e que os resultados de marketing são excelentes.

Ainda na área de filmes flexíveis, as estruturas de BOPP com aspecto fosco devem continuar em alta no mercado de alimen-tos, onde fazem sucesso principalmente na área de snacks. As movimentações em torno das retortable pouches também merecem ser acompanhadas em 2007. Atualmente, os filmes utilizados na produção de bolsas plás-ticas esterilizáveis por autoclave são em sua maioria importados da Coréia do Sul. Mas grandes empresas instaladas no Brasil, como Alcan e Itap Bemis, vêm tentado encarar essa concorrência, investindo na produção local de estruturas flexíveis que suportam pro-cessos de esterilização e cozimento em altas temperaturas (ver EMBALAGEMMARCA 87). Os

A FORÇA DOS SUPS Os saquinhos que ficam

em pé podem puxar para cima o consumo de resinas, num processo favorecido por formatos diferenciados (acima)

FUTURO SEM PETRÓLEOResinas termoplásticas oriundas de fontes renováveis têm boas perspectivas

* DE JANEIRO A SETEMBRO DE 2006 FONTE: SUZANO PETROQUÍMICA

Crescimento do consumo das principais resinas de embalagem

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esde que ganhou força no mundo do marketing, a expressão “consu-mo nômade” manteve-se vinculada ao que os americanos chamam de

eating and drinking on-the go, isto é, o cres-cente hábito de consumir alimentos e bebidas em movimento – no carro ou durante a prática de esportes, por exemplo. Porém, esse com-portamento de consumo, que normalmente exige embalagens menores e fáceis de carregar, ampliou seus domínios no varejo global. Uma clara tendência, verificada com força também no Brasil, é a multiplicação dos lançamentos desenvolvidos sob o prisma da portabilidade para além das categorias de alimentos e bebi-das. Assim, um dos novos eldorados do consu-mo nômade começa a ser constituído por pro-dutos de higiene e cuidados pessoais, categoria onde embalagens portáteis e apresentações de consumo individual devem ganhar mais e mais espaço daqui em diante.

Tal previsão baseia-se em estratégias obser-vadas em diferentes segmentos da categoria de personal care. Até nas prateleiras de papel higiênico, quem diria, o lastro do consumo nômade se fez notar. Nessa área a marca Scott, da Kimberly-Clark Brasil, protagonizou uma ação curiosa e inédita no país. Foi o lançamen-to de um papel higiênico que não vem em rolo, mas em pacotinhos com quarenta folhas cada. A idéia é permitir que o produto, desenvolvido para consumo fora do lar, seja transportado em bolsas e nécessaires. Com isso os consumido-res não precisam carregar rolos de papel amas-sados que sujam durante o transporte, mas uma embalagem de bolso capaz de manter o produto

DO ano da portabilidade

protegido e limpo.A preocupação com portabilidade

tende a se disseminar em outras vertentes do mercado de higiene e cuidados pesso-ais. Tal movimento só tende a fortalecer estratégias envol-vendo acondicionamentos com menores volumes e fáceis de carregar. De repelentes de insetos a enxaguatórios bucais e cremes dentais, diferentes produtos já estão disponíveis em apresenta-ções diminutas. A redução das quan-tidades acondicionadas, porém, não é a única medida cabível para proporcionar conveniência de consumo em situações fora do lar. Voltando ao eating and drinking on-the go, recomenda-se, como sempre, estar atento a sistemas de fácil abertura, novos formatos de embalagem e à incorporação às embalagens de acessórios que facilitam o consumo de alimentos e bebidas, a exemplo de talheres e canudos. Prevalece, enfim, a recomendação de abrir os olhos para os consumidores urbanos com pouco tempo para atividades tão triviais quanto fazer as próprias refeições. Não se trata de uma previsão revolucionária, mas não restam dúvidas de que estratégias de marketing customizadas para esse filão, que lá fora é conhecido como time poor, devem continuar crescendo em 2007.

usuários ainda reclamam de deficiências técnicas, mas, a julgar pelo fôlego de inves-timentos dessas duas empresas, retortable pouches feitos com filmes nacionais poderão enfim deslanchar no Brasil.

No mercado de flexíveis também podem ganhar espaço os filmes de barreira ultra elevada para acondicionamento de produ-tos secos como refrescos em pó e sopas liofilizadas. Além de maior proteção contra oxigênio, umidade, aroma e sabor, esses pro-

dutos, que possuem um lado metalizado e um lado não metaliza-do desenhado para obter selagem superior, oferecem a vantagem de menor tempera-tura inicial de selagem na compa-ração com estruturas que utilizam alumínio e polietileno. Quem começou a disponibilizar a tecnologia no Brasil foi a ExxonMobil.

PROTEÇÃO A MAIS Filmes de barreira

ultra elevada devem conquistar adeptos

MUITO ALÉM DE ALIMENTOS

Embalagens menores multiplicam-se nas

gôndolas de home care

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om tendências tecnológicas que vêm se mantendo nos últimos anos, o mercado de conversão e impressão de rótulos não deverá apresentar

guinadas bruscas em 2007. Em termos de equi-pamentos, impressoras banda estreita multissubs-trato devem continuar ganhando espaço, permi-tindo que os convertedores atuem em nichos dos mercados de cartuchos cartonados e embalagens flexíveis. A ampliação do leque de serviços é outra aposta certa, já que os fornecedores de rótu-los vêm investindo sem parar na oferta de várias soluções tecnológicas para atender as diferentes demandas das indústrias usuárias, naquilo que se convencionou chamar de one-stop shop.

No ramo de auto-adesivos em particular, o crescimento das solicitações envolvendo tira-gens menores também surge como ponto pací-fico, consolidando-se na esteira das subdivisões das linhas de produtos dos usuários, e também do aumento de importância de empresas e marcas regionais na carteira de clientes dos convertedores. Tudo isso deve exigir, como vem acontecendo nos últimos anos, investimentos em trocas de serviço mais rápidas, que minimi-zam o desperdício de tinta e substrato entre cada mudança de trabalho. Ademais, a queda das tiragens seguramente continuará favorecendo a venda de impressoras digitais. Estas, por sua vez, têm oferecido tiragens máximas maiores, sinalizando um ganho de escala que poderá diminuir o alto custo de seus consumíveis no futuro. Ainda na área de narrow webs digitais, certa expectativa é alimentada pelo esforço da concorrência em frear o domínio da HP Indigo. Marcas como Xeikon e Matan, para ficar em dois exemplos, têm anunciado novidades para o mercado de rótulos, sendo recomendável acom-

CSem revoluções em rótulos

panhar seus passos em 2007. A área de termoencolhíveis tampouco tende

a ser palco de grandes revoluções no negócio de rotulagem. Aguarda-se, é verdade, a inaugura-ção de uma grande planta produtiva de filmes contráteis no mercado interno, hoje abastecido em grande medida por produtos importados, especialmente asiáticos. Isso pode acontecer já em 2007, caso se concretize a construção de uma planta pela Tecnoval, grande fornecedora de filmes de embalagem do país. O abastecimento local é visto com entusiasmo por grandes indús-trias usuárias de termoencolhíveis, que passariam a contar com o respaldo da maior proximidade com seu fornecedor.

Numa outra vertente, apesar dos questio-namentos ambientais atrelados aos filmes de PVC, a demanda pelo material no mercado de termoencolhíveis deve se estabilizar após um período de queda no cenário internacional. Isso por que os filmes de PVC dedicados a esse tipo de aplicação começaram a ser produzidos sem plastificante. Tal processo abranda o impacto ambiental da incineração do material. Assim, a tendência é que o avanço do OPS, do PET e do PETG diminua no setor. No Brasil, é verdade, a fatia desses materiais é pequena – 95% do mer-cado interno ainda são dominados pelos filmes de PVC. Mas na Europa e nos Estados Unidos os temores ambientais causaram certa fragmentação do setor, com a participação do PVC caindo para 50% – no Japão o material responde por apenas 15% do mercado de termoencolhíveis. Na tendência de eliminação de plastificantes, capitaneada por grandes fornecedores, como Fuji Seal, Ineos, Klöckner Pentaplast e Sleever, a perspectiva para o PVC na área de termoencolhí-veis volta a ser boa.

A sensação de continuísmo do mercado de rótulos é reforçada pela falta de perspectivas imediatas para os roll-fed shrink (RFS), como começam a ser conhecidos os rótulos termoenco-lhíveis aplicáveis por máquinas alimentadas por bobinas. Embora fornecedores internacionais de filmes venham dedicando grande atenção a essa alternativa de decoração de embalagens, também conhecida como RoSo (de roll-on shrink-on), as indústrias brasileiras de rótulos roll-label, que seriam as peças-chave no desenvolvimento do

MULTISSUBSTRATOS MAIS EM ALTA DO QUE NUNCA Impressoras híbridas ditarão tendências em rotulagem

EXPECTATIVAGrandes indústrias

usuárias de termoencolhíveis

aguardam a inauguração de planta brasileira de

filmes contráteis

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prevalecer por aqui um movimen-to já consolidado nos varejos euro-peu e americano, o próximo ano poderá ser decisivo para o cresci-

mento das embalagens prontas para a gôndola, ou shelf-ready-packages (SRPs). Esse é o nome que se dá às embalagens de despacho que não apenas protegem e unitizam produtos durante o transporte, mas também funcionam como módulos de reposição para pontos-de-venda. Isso é possível graças a um dimensio-namento adequado dessas embalagens, que permite melhor utilização no ponto-de-venda, e também a acessórios como tampas ou fitas de fácil abertura, que ajudam a transformá-las em displays de forma rápida e simples.

Lá fora o conceito foi impulsionado pelo hard discount, como são chamados os super-mercados com foco predominante em preço, que expõem produtos diretamente sobre pale-tes, nas caixas de despacho. Embora essa modalidade espartana de varejo ainda seja incipiente por aqui, grandes fornecedores de caixas de papelão ondulado têm demonstra-do interesse nas embalagens prontas para a gôndola. A Klabin, por exemplo, aprimorou sua linha de caixas-display com fita para fácil abertura, prometendo agilizar ainda mais as reposições. A Rigesa também estaria desen-volvendo projetos do tipo, embora nenhum lançamento tenha sido divulgado ainda.

O interesse dos fornecedores de caixas de papelão ondulado se explica pelo fato de que as redes de varejo do país começam a olhar com mais atenção para esse tipo de embalagem. O Grupo Pão de Açúcar, por exemplo, já estaria na iminência da adoção de SRPs para produtos de marca própria. Ademais, a empresa discute um

AA vez das caixas-display

“aconselhamento” para suas fornecedoras fazerem mesmo.

Há, contudo, fatores que não contribuem para a difusão das SRPs no Brasil. Um deles é a mão-de-obra barata dos repositores. Outro, o custo maior das caixas-display. Mas vanta-gens como a otimização de espaço nas prate-leiras do varejo e a diminuição do manuseio (e, conseqüentemente, de avarias) de produ-tos no PDV podem impulsionar a idéia, que também é beneficiada pela possibilidade de destacar as marcas nas lojas. A diferenciação visual, dizem os defensores das SRPs, pode ser maior que aquela conseguida com rótulos dos produtos unitários e com material de apoio no PDV, tais como faixas, stoppers, take-ones e wobblers. Também vale lem-brar que, além do aspecto pardo do pape-lão ondulado, as caixas-display podem ser laminadas com papel branco, garantindo impressão de boa qualidade. Outro fator favorável é a evolução das codificadoras ink jet, hoje capazes de imprimir grandes caracteres, ampliando a exposição das mar-cas impressas nas superfícies rugosas das caixas-display convencionais. A indústria de papelão ondulado também vem se esforçan-do para oferecer aos usuários sistemas de impressão e acabamento mais sofisticado, num outro ponto favorável à disseminação das SRPs no Brasil.

mercado de RFS por aqui, ainda não se entusias-maram com a possibilidade de atuar com termo-encolhíveis. Uma explicação está na idéia de que essas empresas estão mais atreladas ao mundo das embalagens flexíveis do que propriamente ao dos rótulos. Isso significa que elas trabalham com alta produção e margens reduzidas, fatores que não favorecem o interesse em inovações como os RFS. Também parece difícil convencer

os potenciais usuários de roll-labels dos benefí-cios do sistema – basicamente a economia numa máquina de aplicação de mangas termoencolhí-veis. Outro entrave é a falta de um fornecedor local de filme de BOPP com encolhimento. A necessidade de importar é vista com reticência no mundo de guerra de preço que muitas dessas empresas vivem, dificultando a disseminação dos RFS já em 2007.

SHELF-READY-PACKAGESCom sistemas de fácil abertura, embalagens que funcionam como módulos de reposição podem crescer no país

ROLL-FED AQUI? – Em 2007 ainda não

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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nquanto o conceito de one-stop shop ganha força, ampliando o leque de serviços dos fornecedo-res de embalagens, que passam a

oferecer numa única empresa vários recursos para as indústrias usuárias, também cresce no Brasil a terceirização de serviços de acondi-cionamento. Oferecida a empresas geralmente especialistas em uma única área, essa moda-lidade de outsourcing, também conhecida como contract packaging, pode se tornar uma atividade corriqueira no país. É verdade que o movimento ainda é incipiente, tanto na oferta quanto na demanda de serviços. Mas, ao con-centrar num único prestador todas as habili-dades relacionadas à cadeia de embalagens, a terceirização assumiu caráter estratégico lá fora, numa tendência já manifestada por aqui.

Diferentes empresas vêm se anunciando no mercado nacional como co-packers, ou seja, terceirizadoras de projetos de embalagem. Um dos atrativos apregoados é a diminuição de custos. Volumes maiores e menos mudanças nas seqüências de produção, em decorrência da centralização das decisões num único pres-tador do serviço, estão entre os fatores que podem gerar economia. Nos Estados Unidos e em outros países onde a atividade já é bastante desenvolvida, as empresas que se propõem a oferecer serviços de outsourcing atuam como gerenciadoras da cadeia de atendimento. Sua função é lidar com todos os envolvidos, do fabricante do material de embalagens ao for-

EApelos da terceirização

necedor das máquinas de envase, do sistema de empacotamento e de outros serviços agre-gados. Em todos os casos o outsourcer deve extrair o melhor de seus parceiros, viabilizan-do para o contratante maior diferenciação ou menor custo na comparação com os resultados que ele poderia obter internamente.

Todas essas responsabilidades levam a uma dúvida: as empresas nacionais estariam aptas a desempenhar como se deve a função de co-packer? Talvez não haja uma resposta definitiva, mas o bom senso aconselha análise laboriosa antes da contratação de um terceiri-zador de serviços de embalagem. A despeito de eventuais riscos envolvendo outsourcers despreparados, a atividade pode crescer no Brasil nas mais diferentes áreas, já que é apli-cável em praticamente todos os segmentos de negócios. Os mercados de bebidas, alimentos, cerâmicas, tintas e produtos de higiene e lim-peza já se mostram abertos ao conceito, cada vez mais encarado como ferramenta estraté-gica para operar com menores custos. Outra vantagem teórica é o reforço ao departamento de marketing da empresa, com os co-packers concebendo, de maneira autônoma ou em conjunto com as equipes internas, promoções e estratégias para aumento de venda. Por fim, mas não menos importante, o contract packa-ging também pode otimizar as estratégias de distribuição, desonerando a indústria usuária de tarefas excedentes, e permitindo que ela se dedique a seu negócio principal.

Para a realização da reportagem de capa desta edição, um serviço que EMBALAGEMMARCA oferece pelo oitavo ano consecutivo nesta época do ano a seus lei-tores, foi fundamental o apoio das pessoas relacionadas ao final. Elas contribuíram com boa parte das informações que permitiram montar o trabalho, cujo objetivo é oferecer uma ferramenta auxiliar às empresas na elaboração de seu planejamento para o próximo exercício. Igualmente importante foi a contribuição dada ao longo do ano que termina pelas cen-tenas de profissionais e especialistas da área

de embalagem à nossa equipe de reporta-gem. O precioso e copioso volume de infor-mações aportado nos últimos doze meses por essas pessoas – em entrevistas, trocas de idéias face a face, seminários, workshops, congressos e outros eventos em que a embalagem foi tema central – enriqueceu as matérias publicadas na revista e ajudou enormemente a fortalecer nosso manancial de informações sobre o assunto. Esse banco de dados foi de indescritível utilidade na pro-dução de Tendências e Perspectivas 2007. Aos aqui relacionados e aos demais a Equipe EMBALAGEMMARCA agradece.

Agradecimentos Antonio Dalama Lorenzo, RotatecCarol Tumolin, PapirusCésar Mendes, Suzano Papel e CeluloseFernanda de Azevedo, SIG CombiblocFlavio Canalli, LadalLivia Silvestre Luccas, RexamLucien Belmonte, AbividroLuiz Fernando Martinez, AbeaçoMaria Beatriz Martins, Saint-Gobain Embalagens Miguel Sampol, KlabinRildo Lima, Owens-Illinois do BrasilRoberto Lacerda, Ladal Rogério Mani, AbiefSergio Canela, Ripasa Celulose e Papel Sinclair Fittipaldi, Suzano Petroquímica

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Sem espetáculoNa linha da futurologia envolvendo consumo de embalagens, a consulto-ria Specialists in Business Information (SBI) divulgou que o mercado america-no de embalagens plásticas flexíveis deverá crescer de forma modesta nos próximos anos, alcançando o valor de 26,5 bilhões de dólares em 2010. O fa-turamento total desse negócio em 2005, nos Estados Unidos, foi de 23,4 bilhões de dólares, 3,6% a mais que em 2004.

Vento em popaAinda em plásticos, mas no mercado interno, os oito primeiros meses do ano registraram aumento de 11,35% no con-sumo aparente (soma da produção com as importações, menos as exportações) de resinas termoplásticas. A produção aumentou 11,96% e as vendas internas cresceram 15,72%, atingindo mais de 2,2 milhões de toneladas. Quem infor-ma é a Associação Brasileira da Indús-tria Química (Abiquim).

Mais alumínioOutra matéria-prima de embalagens, o alumínio, registra alta na produção. De janeiro a setembro deste ano foi produzido 1,196 milhão de toneladas de alumínio primário no Brasil, 7,9% a mais em relação aos nove primeiros meses de 2006.

Destino corretoSegue a toada do crescimento da recu-peração de embalagens pós-consumo de defensivos agrícolas no Brasil. En-tre janeiro e outubro foram processa-das 16 437 toneladas de embalagens, volume 9% maior do registrado no mesmo período de 2005. A atividade cresceu após o início do programa de destinação de embalagens vazias, fei-to pelo Instituto Nacional de Processa-mento de Embalagens Vazias (inPEV).

RebatizadaOficina Design Up! é oficialmente o novo nome da paulistana Oficina d’design, que já projetou embalagens para em-presas como General Mills, J. Macêdo, Kellogg’s e Pfizer. A agência comemora dez anos alçando Daniel Godoy a diretor de criação e atuando com branding.

Trocas de roupa mais velozesEm ação premiada, Rexam flexibiliza decoração de latas

A fabricante de latas para bebidas Rexam rece-beu no fim de outubro o Prêmio CNI 2006 na categoria Inovação, Qualidade e Produtividade. Motivo do troféu: o projeto de redução das paradas para troca de rótulos nas linhas de latinhas de alumínio da fornecedora. O tempo caiu de 23 minutos para 7,5 minutos, o que na prática significa um ganho de até 2% em pro-dutividade anual. Segundo a Rexam, o aprimo-ramento também flexibiliza os volumes mínimos de produção: os clientes terão mais condições para diversificar os rótulos das suas latas.

Realizada em outubro, em Barcelona, Espa-nha, a edição de 2006 do The Cans of the Year, prêmio que reconhece inovações mundiais em embalagens metálicas, laureou somente um projeto brasileiro. A lata de aço Ploc Off VP, da Brasilata, conquistou Bronze em duas categorias: em “Latas de três peças para alimentos”, com o Café Toleno, e em “Sistemas de fechamento”, com o salgadinho Nuts Mix. Segundo Antonio Carlos Teixeira Álvares, CEO da Brasilata, é raro uma mesma solução ser premiada em duas categorias dis-tintas nesse concurso. “Isso demonstra a força e a eficiência da inovação”, ele diz. A VP é uma versão com fechamento a vácuo da Ploc Off, lata com lacre plástico de fácil abertura.(11) 3611-8122 • www.brasilata.com.br

Só uma empresa nacional este anoBrasilata é a única brasileira agraciada pelo The Cans of the Year

Rexam: menor tempo para mudar estampas

Ploc Off do Café Toleno: prêmio

“A garrafa contour garantiu seu lugar na história como uma das poucas formas de embalagem a receber uma marca registrada. Ela cria uma identidade visual única para a marca e é tão querida quanto a própria bebida”

De Phil Mooney, diretor de Arquivos Históricos da Coca-Cola, sobre o

aniversário de 90 anos da embalagem icônica do refrigerante. Inspirada

na forma de uma semente de cacau, a garrafa de vidro contour foi

criada para que as pessoas pudessem identificá-la rapidamente. Seu

desenho singular é protegido por leis industriais.

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Edição: Guilherme Kamio

Uma sigla que continuará em altaCurva ascendente marca consumo de embalagens de PET O consumo global de PET para embalagens em 2006 deverá movi-mentar 17 bilhões de euros. Daqui a cinco anos, esse montante terá crescido quase 41%, atingindo 24 bilhões de euros. A previsão é do estudo The Future of Global Markets for PET Packaging, recém-editado pela consultoria PIRA International. O uso da resina termoplástica na produção de embalagens é liderado,

em ordem decrescente, por Estados Unidos, China e México, e tenderá a ter garrafas de cerveja como a aplica-ção que crescerá mais rapidamente no próximo qüinqüênio, a uma taxa média anual de 13% – embora a atual base de utilização seja baixa. Veja no gráfico abaixo como a emba-lagem de PET é hoje utilizada no mundo, em distribuição por segmen-to de consumo.

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Águas Outros CervejasSucos Refrigerantes TermoformadosAlimentos Outras bebidas

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Águas Outros CervejasSucos Refrigerantes TermoformadosAlimentos Outras bebidas

Confiança numa nobre soluçãoLord inicia fornecimento de stand-up pouches

Mais uma convertedora aposta no stand-up pouch, o envoltório plástico que se mantém em pé devido à base sanfonada. É a Lord Plásticos, de Sorocaba (SP). A convertedora adqui-riu, por quantia não-revelada, maquiná-rio para o trabalho com a embalagem, e anunciou a entrada no negócio em setembro, durante a feira Mercoagro, em Chapecó (SC). “Há oferta satura-da em alguns dos mercados em que atuamos e a indústria dá sinais de que poderá investir mais em stand-up pouches”, comenta José Milton Castan Jr., diretor comercial da Lord. Segundo ele, a Lord fornecerá tanto bobinas, para máquinas form-fill-seal, quanto embalagens pré-formadas, para linhas semi-automáticas – com laminação de poliéster (PET) na parede externa agre-

gada a um filme-forro de polietileno ou de nylon-poli. Outras estruturas, com duas camadas de PET, folha de alumí-nio ou EVOH são possíveis. “Podemos formatar stand-up pouches de até 85 centímetros de altura, um diferencial na América Latina, que poderiam, por exemplo, acondicionar 15 quilos de ração”, diz Castan. “E já detemos know-how para aplicações com esteri-lização por autoclave (retortable).”(15) 3238-3366 • www.lordplastics.com

Stand-up pouches: Lord entra na parada

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ome transitório da líder em abate, processamento e exportação de carne bovina no Brasil, que de Fri-boi mudará no futuro para JBS (as

iniciais de seu fundador, José Batista Sobrinho), o Grupo JBS-Friboi diversifica cada vez mais seus negócios. A empresa já logrou êxito nos ramos de limpeza do lar e de higiene pessoal e, agora, numa extensão de sua vocação alimen-tícia, investe 5 milhões de reais no mercado de pratos prontos. Com a tradicional marca Swift, 26 variedades de refeições – que vão de carnes ao molho a dobradinha, estrogonofe e feijoada – buscarão fazer sucesso nas prateleiras, fora dos balcões refrigerados já bem explorados pelos produtos in natura da Friboi. As embala-gens têm papel vital nesse plano.

Mostrando um pé na tradição e outro na modernidade para o acondicionamento de ali-mentos sensíveis sob temperatura ambiente, a em sua maior parte os pratos da nova linha

marketing >>> alimentos

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Cardápio mais variadoRenovação da Swift se apóia em abundância de pratos prontos e de embalagens

CONCOMITÂNCIA – Swift aposta em stand-up

pouches que podem ir ao forno de microondas (acima), mas também

disponibiliza muitos dos mesmos pratos prontos

em latas (abaixo)

sendo lançados simultaneamente em latas de aço e em stand-up pouches do tipo retortable – bolsas plásticas que ficam em pé e que supor-tam a rigorosa esterilização por autoclave (alta pressão e altas temperaturas), dispensando o emprego de conservantes e a distribuição sob cadeia fria. São quinze os itens enlatados, em recipientes fabricados pela Prada e pela Metal-gráfica Iguaçu. Os pouches que vestem os onze lançamentos restantes são da sul-coreana HPM Global, representada no mercado nacional pela Intergrafica Print & Pack (IPP), empresa do grupo MAN Ferrostaal.

As latas são decoradas com rótulos de papel, impressos pela Brasilgrafica em off-set com detalhes metalizados em hot stamping, e têm tampa com sistema de fácil abertura por anel (pull ring). “Somos os primeiros na categoria com esse fechamento”, ressalta Dayse Maciel, gerente de marketing de industrializados da JBS-Friboi. As embalagens flexíveis também apelam

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SUPERAÇÃO – Cartuchos dos hambúrgueres Swift são os primeiros no mercado com detalhes em hot stamping: diferenciação ante a concorrência

à praticidade: podem ir ao forno de microondas devido a uma sofisticada estrutura laminada que combina poliéster com óxido de alumínio (PET AlOx), nylon biorientado e polipropileno.

Entregues pré-formadas, as bolsas são enva-sadas na Friboi numa máquina rotativa auto-mática da japonesa Furukawa, também comer-cializada pela Intergrafica Print & Pack. Elas chegam ao varejo ordenadas em caixas-display de papelão ondulado, da Orsa Celulose, Papel e Embalagens. “O investimento da Friboi é mais um importante passo para convencer o consu-midor brasileiro de que pratos prontos em pou-ches, sem refrigeração, não são ‘bombas quí-micas’”, analisa Roberto Hinrichsen, executivo da IPP. Para ele, a vultosa campanha de mídia sobre a novidade, orquestrada pela Lew’Lara, ajudará a difundir o conceito. “O desafio será mostrar que o produto foi formulado com recei-tas caseiras, que parecem as feitas por nossas mães”, conta André Laurentino, vice-presidente de criação da agência de publicidade.

Brilho nos balcõesAlém dos lançamentos, produtos da Swift que já estavam na praça, como patês, salsichas, vegetais em conserva e hambúrgueres bovinos, também ganharam novas apresentações. “No total foram 47 os itens com embalagens moder-nizadas”, enumera Dayse Maciel. Os projetos gráficos são assinados pela Packing Design.

No caso das embalagens dos hambúrgueres, houve uma importante inovação. A aplicação de hot stamping nunca combinou com cartu-

chos de papel cartão para ambiente frigorifica-do, pois as diferentes oscilações dimensionais do cartão e da fita metálica, sob variações de temperatura, podem ocasionar trincos no aca-bamento. Através da subsidiária brasileira da alemã Kurz, a Brasilgrafica adquiriu uma fita especial e desenvolveu técnicas próprias para evitar alterações dimensionais do cartão.

Mais um tabu foi derrubado nos cartuchos dos hambúrgueres orgânicos: o hot stamping sobre tinta preta. Sucede que, com umidade, o negro-de-fumo componente da tinta preta tende a atacar a estampagem, causando oxidações. Estudos meticulosos também transpuseram essa limitação. “Pelo que ouvimos dos parcei-ros, somos os primeiros no mundo a aplicar hot stamping em cartuchos para frigorificados, ainda mais sobre fundo preto”, comenta Célio Coelho de Magalhães, gerente de marketing da Brasilgrafica.

Vale, por fim, destacar a linha Patê Crem de patês, agora comercializada em potes de vidro com boca mais larga, para facilitar o consumo. Fornecidos pela Nadir Figueiredo, os potes acoplam a tampa de aço Prática, da Aro, com sistema de fácil abertura por vácuo, e são decorados com rótulos plásticos ter-moencolhíveis, produzidos pela Uniflexo. O prato cheio em produtos e em embalagens, e a conseqüente revitalização da Swift, tem meta definida. “Queremos tornar o faturamento com a marca seis vezes maior em três anos”, revela Nelson Dalcanale, diretor de industrializados do Grupo JBS-Friboi. (GK)

REPAGINAÇÃO – Potes de vidro da linha Patê Crem, com tampa de fácil abertura, agora têm boca mais larga e novos rótulos termoencolhíveis

Aro(11) 6412-7207www.aro.com.br

Brasilgrafica(11) 4133-7777www.brasilgrafica.com.br

Intergrafica Print & Pack(11) 5522-5999www.ipp-group.net

Kurz do Brasil(11) 3871-7340www.kurz.com.br

Metalgráfica Iguaçu(11) 3078-8499www.metaliguacu.com.br

Nadir Figueiredo0800 55 2010www.nadir.com.br

Packing Design(11) 3074-6611www.packing.com.br

Orsa Embalagens(11) 4689-8700www.orsaembalagens.com.br

Prada(11) 5682-1100www.prada.com.br

Uniflexo(11) 4789-5946www.uniflexo.com.br

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Boa gestão de embalagem: chave para o sucesso

entrevista >>> Renato Wakimoto

a vida profissional de Renato Wakimoto, recém-contratado pela Johnson & Johnson para o cargo de diretor regional de embala-gem para a América Latina, as embalagens foram sempre uma espécie de eixo central.

Formado em Engenharia Mecânica pela Escola Mauá e em Processamento de Dados pela Faculdade de Tecnologia (Fatec), com pós-graduação em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, ele começou a trabalhar em 1996 como trainee na Natura, empresa que dedica especial atenção às embalagens (ver entrevista com o fundador da Natura, Luiz Antonio Seabra, em EMBALAGEMMARCA nº 67, março de 2005).A atuação em diferentes áreas nessa que é uma verdadeira empresa-escola contribuiu para habilitar Wakimoto a assu-mir sua atual responsabilidade na Johnson. Na Natura, ele logo se tornou responsável pela capacitação e automação das fábricas e pela implementação de lançamentos, aten-do-se principalmente a novas embalagens, em São Paulo. Transferido para o Rio de Janeiro, permaneceu dois anos como gerente industrial da planta de fitoterápicos. Já na condição de gerente industrial da fábrica de maquiagem, regressou a São Paulo, com o encargo de transferir aquela unidade fluminense para as modernas instalações da Natura em Cajamar. Em seus últimos três anos e meio na empresa, foi responsável por toda a pesquisa, a inovação e o desen-volvimento de embalagens.Nesta entrevista, Wakimoto fala da importância que a gestão de embalagem vem ganhando nas empresas, da necessidade de estimular a disseminação de cursos com essa finalidade e, sobretudo, da importância de os profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens aprofundarem seus conhecimentos técnicos.

Em geral, nas empresas, as definições sobre embalagens sofrem interferências de diferentes áreas, muitas vezes de forma conflitante. A palavra final acaba não ficando com ninguém. Como o senhor vê isso?As indústrias passam por forte transformação. Em função do aumento da oferta de produtos elas começaram a ver nas embalagens uma possibilidade de obter vantagem competiti-va. A embalagem, antes vista apenas como veículo para levar o produto ao consumidor final, hoje é considerada estratégica. Cresce nas empresas de consumo a tendência de montar um departamento de embalagem nos moldes em que é estruturado o departamento de desenvolvimento de produto. Aquela visão de que a área de embalagem não tinha uma estrutura definida vem mudando. Cada vez mais as empresas enxergam a possi-bilidade de ganhar mercado através da embalagem, ponto de contato do consumidor com o produto. Em muitos casos, há recomendações da matriz que devem ser seguidas em ações que envolvem a embalagem – até os possíveis fornecedores são determinados. Dá para inovar em embalagens em uma multinacional?Trabalhando numa empresa globalizada, alguns projetos têm apenas de ser replicados na filial. Mas não é uma norma infle-xível. Na Johnson, por exemplo, principalmente em produtos regionais, há autonomia para desenvolver, e é aí que temos liberdade para inovar. Ademais, uma criação do Centro de Embalagens no Brasil pode ser utilizada em outros países. Não existe esse engessamento.

Como é estruturada a área de embalagens da empresa?Chama-se Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento de Embalagens. A estrutura é global. Em quatro regiões do mundo existem centros de embalagens. Na América Latina

Grandes indústrias começam a valorizar

departamentos de embalagens. País

pode se tornar uma potência no setor,

mas ainda há muito a ser desenvolvido

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temos o Brasil como estrutura principal. Os outros são Estados Unidos, França e Ásia/Pacífico.

O que muda na área de embalagens da empresa com as recen-tes reformulações promovidas e o seu ingresso nela? Minha contratação é muito mais para adequar o departamen-to às necessidades do mercado, visando a desenvolver uma estrutura de inovação de embalagem a longo prazo. Hoje o departamento é focado basicamente em desenvolvimento. Globalmente somos divididos: parte do departamento vislum-bra o longo prazo, e parte o curto e médio, direcionando o trabalho para o lançamento de produtos.

A política da J&J de ter profissionais de embalagem respon-dendo diretamente à cúpula da empresa é uma tendência ou uma exceção no Brasil? Acho que é uma tendência. Algumas empresas já se esforçam para separar a estrutura de embalagens de outras. Várias, entre elas a própria Johnson, vêm se adequando a essa tendência, cujo objetivo maior é aproveitar opor-tunidades de utilizar a embalagem como vantagem competitiva.

A J&J prioriza o desenvolvimento interno de embalagens, não delegan-do projetos a agências, como acontece em muitas indústrias. Por quê?É uma decisão estratégica, em que se ganha agilidade, mas isso se deve sobretudo a uma questão cultural da empresa, por já ser estruturada dessa maneira. É uma postura que, além de dar agilidade, dá muita autonomia ao departamento, que, junto com as agências, tem condições de criar embalagens inovado-ras, capazes de imprimir diferenciais no mercado. Mas, além das agências internas, a empresa recorre a agências externas.

E quais critérios norteiam a escolha dessas agências? O que buscamos é agilidade. As agências têm de ter capacida-de de acompanhar a velocidade de lançamento dos produtos. A inovação é exigida dos parceiros, porque assim como a Johnson é reconhecida por ser inovadora, suas parceiras devem acompanhar essa característica e buscar parcerias de longo prazo. Não queremos uma coisa pontual, apenas para um projeto. Queremos as agências no nosso dia-a-dia.

No Brasil, os departamentos de embalagens das empresas são valorizados como deveriam?Cada vez mais, até porque embalagens desenvolvidas aqui têm recebido muitos prêmios no exterior, o que insere o país na senda de tornar-se uma grande potência na área. Há mui-tas coisas a desenvolver, principalmente porque o Brasil não detém algumas tecnologias encontradas em outros países. É

preciso também ir mais fundo na criação de embalagens de forma sustentável, através de comunidades locais. Temos uma vasta flora que podemos utilizar com o desenvolvimento de embalagens. O Brasil tem muito a contribuir nesse mercado.

Há quem diga que o design é a arma para sobreviver em mercados competitivos, por permitir mudanças em ritmo mais acelerado do que em áreas como desenvolvimento de mate-riais e de equipamentos. O senhor concorda?É verdade. A criação do design é mais rápida que a de uma nova tecnologia de transformação ou de uma resina. Uma maneira de ser cada vez mais competitivo é criar design cada vez mais inovador. A inovação não necessariamente remete a um processo de transformação. Ela pode ser obtida com o design, que permite criar outros usos da embalagem pelo con-

sumidor. Mas não podemos virar as costas a investimentos e a inovações tecnológicas.

Isso remete à formação específica para o gestor de embalagem. Qual a sua avaliação sobre os cursos de graduação oferecidos no Brasil? São poucos os cursos disponíveis no mercado de embalagem. O conheci-mento técnico é adquirido no dia-a-dia, mas também se pode aprender muita coisa em cursos especializados em embalagem. Só que tem um ponto

crucial: nesses cursos não se aprende gestão de projetos. Nesse campo, a teoria é muito diferente da prática. Os cursos de packaging têm de focar isso, pois quem quiser ser um bom desenvolvedor de embalagem deverá ter conhecimento técnico. Deverá ter um grande poder de gestão, de processos e de pessoas. Muitas vezes as indústrias não têm processo produtivo de embalagem interno: freqüentemente os fornece-dores de embalagens também são provedores do processo de transformação. O profissional da área deve conhecer a parte técnica, mas tem de saber fazer a gestão de projeto. Em alguns casos é preciso administrar o desenvolvimento de vários itens. A experiência na gestão é tão ou mais importante que o conhe-cimento técnico. Deveria haver mais cursos, tanto de gestão quanto de design.

Que espaço uma agência tem para decidir sobre a embalagem numa indústria, isto é, sobre material e componentes? Quando contatamos uma agência, o briefing já é definido. Claro que não se quer podar a criatividade dos designers, mas não se pode deixar tanta abertura a ponto de que, eventual-mente, seja necessário o retrabalho. Afim de evitar isso defi-nem-se limites, para que se possa ser objetivo. Evita-se criar barreiras que tolham a criatividade, mas não se pode deixar a coisa muito aberta, pois do contrário haverá retrabalho.

entrevista >>> Renato Wakimoto

“O conhecimento

técnico é adquirido

no dia-a-dia, mas

também se aprende nos

cursos especializados

em embalagens”

Veja

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anda quem pode, obedece quem tem juízo. De acordo com o velho adágio, a indústria tem de fazer cada vez mais malabarismos para

satisfazer as vontades do varejo. Numa prática já corriqueira lá fora, supermercadistas anun-ciam ruidosos planos, que implicam alterações no modo de acondicionar produtos, e exigem que seus fornecedores digam se poderão ou não atendê-los em determinado prazo. Como no papel de anfitriões de festa, que definem o traje dos convidados e pedem confirmação de presença, os varejistas têm influído no perfil das grandes feiras de negócios em embalagem. Isso ficou patente na edição de 2006 da Pack Expo International, ocorrida de 29 de outubro a 2 de novembro em Chicago, nos Estados Unidos.

Considerada a mostra número um em tec-nologia e serviços de embalagem nas Américas, a Pack Expo ganhou destaque maior ainda na versão deste ano por ter funcionado como plataforma para a nova diretriz de embalagens

evento >>> pack expo international 2006

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Obedece quem tem juízo

do Wal-Mart. No dia 1º de novembro, num dos salões de conferências do arejado e organizado McCormick Place, sede do evento, a principal potência do varejo mundial detalhou seu projeto de trabalho com embalagens sustentáveis, anun-ciado em primeira mão no fim de setembro.

Com a iniciativa, cujos efeitos práticos deve-rão ser sentidos a partir de 2008, o Wal-Mart espera reduzir em 5% o volume de materiais empregados nas embalagens expostas em suas lojas. Se à primeira vista o índice parece irrisó-rio, na ponta do lápis ele poderá representar uma economia total de quase 11 bilhões de dólares, sendo 3,4 bilhões deles só para o Wal-Mart. Na Pack Expo foi dado o pontapé inicial. Divulgou-se uma cartilha que orientará os mais de 2 000 fornecedores de marcas próprias do Wal-Mart a eliminar excessos nas embalagens (overpacka-ging) e investir em soluções politicamente mais corretas do ponto de vista ambiental. “O plano evoluirá até abranger os 60 000 abastecedores da rede no mundo todo”, disse Matt Kistler,

Com prazos para reação das indústrias, os grandes planos do varejo tendem a ditar cada vez mais o ritmo das feiras de embalagem. Pack Expo mostrou como

MULTIDÃO – Público da Pack Expo International 2006, formado por mais de 45 000 efetivos compradores de indústrias, abarrotou os corredores do McCormick Place

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AÇÃO

Por Guilherme Kamio, de Chicago

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vice-presidente de inovação em embalagens e produtos do Wal-Mart.

Embora não haja estatísticas para medir seu efeito, o projeto rumo às embalagens sustentá-veis deu gás à Pack Expo, guiando muitas das soluções oferecidas pelos expositores – princi-palmente embalagens à base de ácido polilactí-deo (PLA), resina alternativa aos plásticos obtida do milho. Também ajudou o show a contornar um aspecto que vem colhendo as feiras setoriais em geral: a ausência de inovações bombásticas. Puxando da memória o que ocorrera na edição anterior do evento, dois anos atrás, quando a identificação por radiofreqüência (RFID) foi personagem importante – a propósito, também devido a um plano da rede criada por Sam Wal-ton –, reforça-se a noção de que, menos calcadas em lançar novidades revolucionárias, como no passado, exposições de embalagens tendem a ganhar valor como feirões para as indústrias ficarem em dia com imposições do trade. (Aliás, cabe dizer que o tsunami de informações ao qual o público é submetido antes das feiras, em prévias das mídias impressa e eletrônica e nas notícias antecipadas pelas próprias empresas expositoras, ansiosas em gerar procura por seus estandes, contribui para reforçar a situação).

Nessa trilha, a Pack Expo International deste ano, que marcou a comemoração do cinqüente-nário do evento, fechou com balanço positivo, na avaliação do seu organizador, o Packaging Machinery Manufacturers Institute (PMMI) – união dos fabricantes americanos de equipamen-tos para embalagem. O público total do evento foi de 71 407 pessoas (sendo 45 741 delas

compradoras), ante as 70 477 da edição anterior. Foram 6 057 os visitantes internacionais, contra 5 797 da versão passada. O número de expo-sitores saltou dos 2 042 de 2004 para 2 302. A satisfação do PMMI, porém, também se escorou num fato novo: o entrosamento dos visitantes com o My Pack Expo, portal on-line para facili-tar negócios introduzido em 2004 e aprimorado para a edição de jubileu da Pack Expo.

Além da catracaAntes e durante o show, os visitantes criaram 100 404 listas de visitação potencial de estandes e acessaram quase 3,3 milhões de páginas de informações sobre expositores e sobre a feira em si, hospedadas no portal. Nos diversos quiosques espalhados pela feira, com terminais conectados ao serviço, foram gerados quase 25 000 mapas pelo público, com rotas para a localização de estandes. Segundo o PMMI, mais de 1,1 milhão de conexões diretas negócio a negócio foram facilitadas pela ferramenta tecnológica. “Mais de 70% dos visitantes personalizaram suas expe-riências na feira através do My Pack Expo”, afirmou Charles D. Yuska, presidente do PMMI, realçando o uso do portal como atestado de êxito da Pack Expo 2006. “No passado, a visitação era o único indicador do sucesso do evento”, lembra Yuska. “Hoje, conexões personalizadas são a medida que expositores e o público deveriam levar em conta; afinal, encontrar uma solução talhada para o desafio de embalagem específico do seu negócio é o que todo visitante procura.”

GPS – Portal My Pack Expo orientou visitantese aproximou negócios

PROCURA – Soluções mais sustentáveis foram grandes objetos de interesse na mostra

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soluções em embalagem criadas recentemente com a participação dos expositores da feira. As embalagens estiveram expostas no Showcase of Packaging Innovations – espaço que reuniu projetos vencedores de prestigiados prêmios de embalagem do mundo todo, como os do Prêmio de Design da Associação Brasileira de Embalagem (Abre) –, e o público votava em sua predileta através do My Pack Expo. Alguns dos cases do Pack Expo Selects poderão ser confe-ridos nas páginas a seguir, de cobertura da Pack Expo 2006 feita por EMBALAGEMMARCA – única revista brasileira presente ao evento.

O My Pack Expo permanecerá aberto por três meses após o fim da Pack Expo, permitindo aos usuários resgatar buscas, informações de empresas expositoras e contatos de interesse profissional realizados previamente. “O portal é uma ferramenta que veio para ficar e que se enquadra no lema do evento, que é conectar indústrias e fornecedores”, entende Yuska.

Outros destaques da Pack Expo Internatio-nal deste ano, além das conferências que, por exemplo, abrigaram o anúncio do Wal-Mart, foi a estréia do Pack Expo Selects, um concurso instituído pelo PMMI para reconhecer criativas

Pode dar mais sambaFornecedoras nacionais vêem exportações com otimismoFornecedoras nacionais vêem exportações com otimismoDe um lado, polir a imagem de que o Brasil, economia emergen-te, é capaz de produzir embala-gens de qualidade e com valor agregado. De outro, mostrar que é possível competir com os preços de rés-do-chão dos chine-ses. Aparentemente paradoxais, esses objetivos pontearam a segunda participação consecuti-va na Pack Expo International da comitiva de fabricantes nacionais de embalagens plásticas reunida sob o chapéu do Export Plastic – programa de fomento às exportações de plásticos trans-formados resultante da união de forças entre o Instituto Nacional do Plástico (INP), o governo, através da Agência de Promoção às Exportações (Apex), e empre-sários do setor de transforma-ção de plásticos.Apesar do câmbio desfavorável e de algumas queixas de sonda-gens por preços impraticáveis, o clima entre os representantes das dezessete empresas presen-tes ao evento era de otimismo. “Vislumbramos um bom poten-cial no mercado americano, para o qual nossas exportações vêm crescendo”, comentou Paulo

Silva, gerente de importação e exportação da convertedora de embalagens plásticas Zaraplast, que recentemente inaugurou um armazém em Houston, Texas. “Os americanos começam a per-ceber que podemos atendê-los com embalagens de qualidade”, comentou Gustavo Zanuz, do departamento de exportações da gaúcha Union Pack, outra integrante da caravana que também já fornece embalagens para empresas americanas – no seu caso, flexíveis plásticas para produtos de jardinagem e cuidado animal. “Já ouvimos reclamações quanto à quali-dade de atendimento dos chi-neses, e a maior proximidade geográfica e cultural do Brasil pode contar a nosso favor.”Segundo balanço do Export Plastic, a caravana à Pack Expo 2006 rendeu mais de 600 encontros de negó-cios com importadores dos Estados Unidos, Canadá, México, República Dominicana, Colômbia, Japão, Israel, Chile, Costa Rica, Honduras, Bolívia, Venezuela, Nova Zelândia, Argentina e Trinidad Tobago. Desses encontros, aproximada-mente 400 foram pré-agenda-

dos a partir do banco de dados adquirido pelo Programa. Os demais foram gerados durante a feira. A expectativa é de que nos próximos doze meses estes con-tatos gerem negócios superiores a 4,5 milhões de dólares.

evento >>> pack expo international 2006evento

BUSINESS – Conversas no estande do Export Plastic poderão render mais de 4,5 milhões de dólares a fornecedores nacionais de embalagens

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de PLA (veja EMBALAGEMMARCA nº 70, junho de 2005), como uma das primeiras usuárias da Bio-Wrapper. “O filme de PLA encolhe sob temperaturas mais baixas que os filmes contráteis de PVC e de outras resinas”, explica Nadia. “As garrafas da BIOTA distorceram sob métodos convencionais de acondicionamento em shrinks; a Bio-Wrapper, assim, é ideal para o empacotamento de embalagens primárias produzidas com o novo polímero.”

evento >>> pack expo international 2006

ara a Gilbreth e a Seal-It, o rótulo termoenco-lhível poderá manter seu curso de expansão mundial em sintonia com as políticas de embalagem sustentável armadas por indústrias

e varejistas. As duas destacavam, na Pack Expo Interna-tional 2006, rótulos e lacres heat shrinkable baseados no ácido polilactídeo (PLA), resina obtida do milho criada pela NatureWorks – matéria-prima do filme EarthFirst, fabricado pela Plastic Suppliers e processado por ambas as empresas. “Pela fonte natural renovável, o PLA propi-cia disponibilidade e preços mais previsíveis que os dos produtos de petróleo”, afirma Theresa Sykes, gerente de novos produtos da Gilbreth, na tentativa de capitalizar a apreensão do mercado quanto à oferta e aos preços futuros dos plásticos triviais.,

Preparadas contra o ceticismo, a Gilbreth e a Seal-It brandiam na feira que, não só ambientalmente mais corretos, pela fonte renovável e por serem compostáveis, os rótulos de PLA apresentam ótimo desempenho técnico. Têm ótima prin-tabilidade e se adaptam a índices de contração até 75%, teto raramente batido pelas aplicações atuais em embalagens.

Já na trilha do trabalho com filme encolhível de PLA trans-parente (que, segundo a Plastic Suppliers, não fica em nada a dever aos de PVC, polietileno e polipropileno), a Polypack destacou a Bio-Wrapper, uma embaladora para multipacks adaptada ao material. Desenvolvida para se adequar às tempe-raturas mais baixas de encolhimento apresentadas pelo filme derivado do milho, a máquina pode criar shrinks de diversos formatos, fechados ou com aberturas, para embalagens de qualquer perfil. Nadia Vizza, gerente de marketing da Polypa-ck, aponta a água mineral BIOTA, pioneira no uso de garrafas

A safra cresceResina de milho avança sobre rótulos termoencolhíveis e multipacks

Gilbreth+1 (800) 630-2413www.gilbrethusa.com

NatureWorks+1 (952) 742-0400www.natureworksllc.com

Placon+1 (608) 271-5634www.placon.com

Plastic Suppliers+1 (800) 722-5577www.plasticsuppliers.com

Polypack+1 (727) 578-5000www.polypack.com

Seal-It+1 (800) 782-7325www.sealitinc.com

Rígidos esfregam as mãosEmbalagem de PET reciclado aplaude metas verdes

O anúncio do Wal-Mart de priorizar embalagens sustentáveis soou como música no ouvido da Placon Corporation, maior produto-ra americana de recipientes plásticos termoformados de PET reciclado. Na Pack Expo International 2006 a empresa anunciou a criação

de um “Green Team” para assessorar indústrias na conversão de embalagens produzidas com matéria-prima virgem para aquelas de material reaproveitado. “A nova divisão trabalhará ao lado dos clientes desde a concepção e o design até a produção efetiva das emba-

lagens”, diz Dan Mohs, vice-presidente de vendas e marketing da Placon. A Placon trabalha com um processo de recuperação de PET pós-consumo que garante reutilização do reci-clado, de alta pureza, em embalagens para contato direto com alimentos.

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COLHEITA – Bioresina PLA rendeu novidades em rótulos termoencolhíveis e em multipacks de filme transparente

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APELO – Termoformado reciclado: plus ambiental

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mesma ciência que ajudou a criar foguetes e satélites para explorar o cosmo agora contribui para quebrar uma barreira bem mais próxima do

dia-a-dia do consumidor: o uso da lata de aço em fornos de microondas. Brandida como a primei-ra lata para microondas, a Fusion-Tek foi criada pela americana Ball, nome forte em embalagens metálicas, com o auxílio de sua divisão aero-espacial. Trata-se, na verdade, de um híbrido. Microondas refletem em superfícies de metal, daí não conseguem aquecer o conteúdo de latas. Solução? Combinar aço e plásticos.

A base da lata consiste de uma chapa multi-camadas de polipropileno e EVOH (copolímero de etileno e álcool vinílico), produzida e acopla-da à lata por “métodos próprios”, conforme a Ball limita-se a detalhar. No topo, uma tampa de aço, com anel de fácil abertura, precisa ser retirada antes do ingresso em forno e substituída por uma sobretampa de poli-propileno que acompanha a embalagem – a Micro-Loc, desenhada pela Stull Technolo-gies. Liberando o tráfego das microondas, as peças plásticas garantem a funcionalidade da Fusion-Tek.

Segundo a Ball, o aquecimento é orien-tado da base para o topo da embalagem, daí a importância do sistema de venti-lação presente na sobretampa. O con-sumidor pode ir ao pote logo ao abrir o forno; um rótulo plástico isolante evita queimaduras. O rótulo não é fornecido pela Ball, mas, segundo a empresa, “uma série de empresas pode disponibilizá-lo nos Estados Unidos, ficando a escolha a critério do cliente”.

Numa conferência ocorrida durante a Pack Expo International 2006, Michael Vaughn, vice-presidente de inovações em embalagens da Ball, afirmou que a Fusion-Tek exige “mudanças mínimas” nas linhas de embalagem convencio-nais. A novidade requer esterilização especial em autoclave, assim como as embalagens plás-ticas flexíveis do tipo retortable. “Mas a lata garante processamento mais veloz, pois o metal

transfere o calor mais rápido para os produtos e também resfria mais rápido”, Vaughn sustenta. A vida-de-prateleira, diz ele, é a mesma das latas comuns; a base plástica tem barreira contra oxigênio e produtos permanecem frescos por no mínimo um ano e meio.

Já para este anoDe acordo com o VP da Ball, a nova lata não danifica o forno nem causa as temidas centelhas do contato entre metal e radiação

eletromagnética. A embalagem é reciclá-vel, sendo as partes plásticas incineradas durante o processo de recuperação do aço. Jennifer Hoover, gerente de comu-nicação com o mercado da Ball, informa que a produção da Fusion-Tek em grande escala será iniciada antes do fim de 2006. O cronograma depende da Stull, pois a lata,

inicialmente numa versão de 15 onças líqüidas (cerca de 450 mililitros), será fornecida “casada” com a sobretampa. Refeições prontas como sopas e guisa-dos serão os prováveis desbravadores do novo recipiente. Pelo foco inicial

no mercado americano, a Fusion-Tek não deverá chegar logo ao Brasil – onde

a Ball mantém forte pé na área de latinhas de alumínio através da Latapack-Ball. “Pela atual infra-estrutura, só poderíamos atender outras regiões em casos irrecusáveis”, diz Jennifer.

Indagado sobre custos, Vaughn alega preço competitivo sobre outras embalagens microwa-vable. “Clientes poderão praticar preços finais maiores, pois a lata goza de maior percepção de valor”, sentenciou o executivo. Ele se apóia em estudos que também teriam retornado à Ball a garantia de que o público identificará a lata como própria para o forno de microondas.

Panela modernaLata de aço para forno de microondas é destaque da Ball

Ball+1 (303) 469-3131www.ball.com

Stull Technologies+1 (732) 873-7110www.stulltech.com

GALÁCTICA – Lata para microondas será inicialmente ofertada para alimentos premium

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VENTILAÇÃO – Micro-Loc garante o trânsito das microondas na lata

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As garrafas que se cuidemFlexíveis querem crescer em águas minerais

Mais e mais as fornecedoras de embalagens plásticas flexíveis tentam beliscar o inabalável mercado de águas minerais, e a Pack Expo International 2006 realçou algumas recentes conquistas nessa área. Como principal delas, a Wasatch’s Park City IceWater (foto 2), uma água 100% livre de conta-minantes, coisa rara, captada numa fonte preservada desde a última Era Glacial. Lançada em março último, ela é a primei-ra água em stand-up pouch cuja distribuição alcança todo o território americano. A bolsa plástica, produzida pela Ampac Flexibles, tem estrutura que combina PET, nylon biorientado e uma camada selante de barreira. A válvula de polietileno SmartSpout da Seaquist Closures, alicerçada em três peças, propicia prático acesso ao conteúdo. Por meio de um mecanis-mo de rosca, ela impede vazamentos e espirros da bebida, ao mesmo tempo evitando contato com o ambiente.Outra flexível para água mineral sob holofote na feira foi a Sip Top Pouch (foto 1), da Sip Top Packaging. Consiste de uma bolsa laminada (a criadora se esquivou de detalhar a estru-tura) processada numa máquina form-fill-seal, que fica em pé por ter uma dobra do tipo portfólio na base. O consumo direto é feito secionando-se o “pescoço” da embalagem. O corte pode ser feito em dois locais: em um para vazão mais contida do líquido, mais no topo, e em outro para vazão mais rápida – para a colocação da bebida em um copo, por exem-plo. Conforme ilustra Jack van der Deen, diretor de operações da Sip Top, a empresa abriu uma linha própria de embalagem em Ontário, Canadá, em julho último. A idéia é ocupar a linha, capaz de envasar 2 milhões de pouches por dia, atuando em serviços de envase (co-packing) para indústrias e varejistas.

Puxa lá, abre cáDesmembramento facilita abertura de flow-packs

Braço da alemã Bosch para a fabricação de equipamentos para embalagens plásticas flexíveis, a Sigpack Systems destacou na Pack Expo International 2006 o Pull Pack, um novo conceito de embala-gem flow-pack com fácil abertura. Especialmente voltada ao acondi-cionamento de alimentos em barra – barrinhas de cereais, biscoitos e chocolates, por exemplo – a embala-gem se abre com um simples puxão de uma de suas extremidades, que, num corte reto, sai inteiriça. Por trás da “abertura limpa” está uma microperfuração, que fica protegida sob um sistema de superposição de filmes e não compromete a barreira da embalagem.Pelo mecanismo, a Pull Pack favorece o consumo em movimento. Um vídeo exibido à imprensa durante a Pack Expo explicou como. A peça mostra uma competição entre dois ciclistas. Enquanto um deles saca uma barra de cereais acondicionada na Pull Pack, abrindo a embalagem com um puxão e consumindo o alimento sem abandonar o pedal, o outro, com embalagem con-vencional, pára para abrir o envoltório e fica para trás. Pela inovação, a Sigpack acaba de ser premiada pelo Instituto Alemão de Embalagem.

Sigpack SystemsNo Brasil: (11) 2117-6800www.sigpacksystems.com

Ampac Flexibles+1 (513) 671-1777www.ampaconline.com

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SECÇÃO – Novo sistema de simples abertura “reparte” as flow-packs

Seaquist ClosuresNo Brasil: (11) 4141-4344www.seaquist.com

Sip Top Packaging+1 (905) 670-8381www.siptop.com

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Participante do Pack Expo Selects, BENJAMIN é o nome de um novo sistema form-fill-seal para acondicionar produtos em pó, como argamassas e defen-sivos agrícolas, em embalagens plásticas tubulares de filme de polietileno – conceito relativa-mente novo no mercado ame-ricano, onde se dá preferência às embalagens de papel nessa área. A máquina que possibili-ta o sistema, da Haver Filling Systems, oferece enchimento sem escapamento da poeira e totalmente hermético, o que garante limpeza nas linhas de produção e proteção contra a umidade, prolongando a vida-de-prateleira dos produtos. Outra vantagem é a compactação que

o sistema dá aos produtos em pó, propiciando embalagens mais resistentes e fáceis de trans-portar. A máquina é voltada a velocidades médias de produção,

sendo capaz de processar até 1 200 embalagens por hora.

Sacaria compactaNovo sistema form-fill-seal promete aperfeiçoar o acondicionamento de itens em pó

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ROBUSTEZ – Haver propõe sacaria mais compactada para pós

Haver Filling Systems+1 (770) 760-1130www.haverusa.com

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As novas marmitas dos bichosEmbalagens avançadas para rações ganham terreno

Mais que ração, os melhores amigos do homem merecem refeição. Tendência nos Estados Unidos, uma linha de pratos prontos para cães, a Beneful Prepared Meals, da Purina (Nestlé), faturou o troféu Pack Expo Selects – concurso popular de embalagens que pintou como novidade da edição de 2006 da Pack Expo International. As “marmitas” para cães são potes termoformados de alta bar-reira, cujas sete camadas combinam polipropileno e EVOH (copolímero de etileno e álcool vinílico). Os potes suportam as altas temperatura e pressão na esterilização (retort). Uma membrana sela o topo, enquanto um rótulo termoencolhível adorna todo o corpo do pote, incluindo janelas transparentes para visualização do conteúdo. Em caso de sobras do alimento, o pote pode ser fechado novamente com a tampa plástica do conjunto e guardado na geladeira para consumo posterior. As embalagens uniram as competências da Printpack (potes), da

Alcoa Packaging (rótulos), da Hans Rychiger AG (máquina de envase), da PDC International (rotuladora) e da Orics (siste-mas de automação).Também produzida pela Printpack e igualmente partici-pante do PackExpo Selects, o copo das rações úmidas para gatos Meow Mix Select foi outro destaque no campo das embalagens plásticas rígidas avançadas da Pack Expo 2006. A estrutura do copo, também produ-zida numa combinação de polipropileno e EVOH, é fechada com um selo multicamadas especialmente formulado para suportar o ambiente agressivo do processo retortable de esterilização. Mesmo após passar pela alta temperatura e pela alta pressão do processo, a impressão da membrana não sofre distorções ou enrugamentos.

Multifuncionais a milCaixas-display de bebidas aumentam apelo vendedor

Um dos postulantes ao Pack Expo Selects, o Club Store Bliss Box Display Case, uma caixa-display de garrafões plásticos da marca de bebidas Ocean Spray, demonstrou na feira, no estande da fabricante de máquinas armadoras Moen Industries, como a criatividade pode tornar embalagens de pape-lão ondulado mais que caixas exclusivas para transporte. Conforme

argumenta a Moen, a caixa, que funciona como módulo de repo-sição de gôndola (shelf-ready package), possui grande resistência ao empilhamento, alta rigidez para acomodar grandes embalagens e impressão de alta qualidade. Uma janela com mecanismo de fácil abertura aumen-ta a visibilidade dos produtos no ambiente de vendas.

Alcoa Packaging+1 (866) 870-3456www.alcoa.com/flexiblepackaging

Hans Rychiger AG+41 (33) 439-6868www.rychiger.com

Orics+1 (718) 461-8613www.orics.com

PDC International+1 (203) 853-1516www.pdc-corp.com

Printpack+1 (404) 691-5830www.printpack.com

Moen Industries+1 (562) 946-6381www.moenindustries.com

evento >>> pack expo international 2006

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GOURMET – Pote combina alta barreira com decoração premium

MIAU – Gatos também têm seu pote retortable

REAL APOIO – Caixa ajuda a vender no PDV

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Missão CalifórniaRolha de vidro começa a fazer sucesso nos Estados Unidos

Lançada recentemente no Brasil sob o nome comercial Vino-Lok, a rolha de vidro para vinhos da Alcoa Closures Systems International também quer se difundir no forte mercado vinícola americano. Lá, com a marca Vino-Seal – e revestida com cápsula de aço em vez da de alumínio, como ocorre com a Vino-Lok – a tampa foi vedete do estande da Alcoa

CSI, sendo mostrada já acoplada a alguns vinhos do Vale do Napa nos quais foi adotada recente-

mente. Os argumentos de força a favor da solução são o fim da “síndrome da rolha podre”, contaminação que ocorre com alguns vinhos fechados com cortiça, a praticidade represen-tada pela dispensa do abridor e a possibilidade de fácil retam-pamento da garrafa.

Cartonadas e flexíveis na mesma fonteNovidades em alimentos esquadrinham tecnologias da Sonoco

evento >>> pack expo international 2006

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PROSPECÇÃO – Vino-Seal quer crescer nos EUA

Famosa por suas latas carto-nadas multifoliadas, a Sonoco quis deixar claro na Pack Expo International 2006 como tais embalagens podem posicionar produtos com apelo premium. Entre recentes lançamentos com essa característica, a empresa destacou os recipien-tes das rações gourmet para cães e gatos da inglesa Crown Pet Foods e das balas toffee (foto 1) da marca americana Almond Roca. Em todos os casos, as embalagens são cons-truídas em espirais com duas camadas de papel cartão 100% reciclado, e são fechadas com

a película metálica Sealed Safe. No caso das balas, a impressão litográfica e os detalhes em hot stamping deixam a embalagem com aparência de lata de aço.Num segmento em que não é tão conhecida no Brasil, onde atua através da Sonoco For-Plas, a Sonoco aposta gordas fichas na área de retortable pouches. Sonotort (foto 2) é o nome da linha de bolsas plás-ticas avançadas da empresa, sem alumínio em sua compo-sição (portanto, capazes de ir ao forno de microondas). Com estruturas em duas ou três camadas, os pouches Sonotort

combinam filme de poliéster (PET) com um revestimento de polímero orgânico. Segundo a Sonoco, esse polímero substitui os revestimentos de barreia típicos das flexíveis retortable oferecendo desempenho supe-rior. Os principais alvos da linha serão refeições prontas e pet food. O primeiro produto a uti-lizar a embalagem será a ame-ricana Now Foods, que prepara o lançamento de uma linha de arrozes prontos sob a chancela Rice Now! no início de 2007.

SonocoNo Brasil: (11) 5097-2750www.sonoco.com

Alcoa CSINo Brasil: (11) 4195-3727www.alcoa.com

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Mais conveniência aindaFlexíveis ganham novos dispositivos de resselagem

Referência na área de dispositivos para ressela-gem de embalagens, comemorando vinte anos de atividades em 2006, a Zip-Pak exibiu na Pack Expo International 2006 uma de suas mais novas apos-tas: a aplicação de zíperes deslizantes (sliders) na solda longitudinal de flexíveis plásticas do tipo flow-pack (foto 1). Até então, a colocação de sliders em flow-packs só era possível nas extremidades dessas embalagens. Segundo a Zip-Pak, a abertura pelo centro da embalagem, através do mecanismo na “barbatana” da solda longitudinal, garante acesso mais fácil do consumidor aos produtos. O zíper fica protegido no interior da solda. Uma tira de orienta-ção permite romper o filme e garantir fácil acesso ao dispositivo. De acordo com Robert E. Hogan, diretor de vendas internacionais e marketing da Zip-Pak, embaladoras form-fill-seal horizontais compatíveis com aplicação de zíperes podem adotar a novidade. No estande da Zip-Pak, na feira, um equipamento desse tipo da Hayssen Packaging Technologies demonstrava o trabalho

com a novidade.A Zip-Pak também destacou a introdução da primei-ra embalagem plástica flexível do tipo quatro soldas, com slider, cujo topo pode ser totalmente retirado através de uma microperfuração a laser (foto 2). “Anteriormente, aplicações desse tipo obrigavam à colocação do dispositivo deslizante abaixo do topo real da embalagem, numa parede lateral, o que não resultava num sistema totalmente confortável: produtos podiam ficar retidos na parte superior da embalagem”, explica Hogan. O novo formato resulta de um novo sistema de microperfuração a laser em filmes da Alcan Packaging e foi desenvolvido numa embaladora form-fill-seal vertical da subsidiária ame-ricana da holandesa UVA Packaging.

Alcan PackagingNo Brasil: (11) 4075-6500www.alcan.com

Hayssen Packaging Technologies+1 (864) 486-4000www.hayssen.com

UVA Packaging+1 (804) 275-8067 pmb-uvainc.com

Zip-PakNo Brasil: (11) 6112-2018www.zippak.com

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a análise isolada de alguns balan-ços e estatísticas, o desempenho macroeconômico nordestino ainda decepciona. Com 51 milhões de

habitantes (27,5% da população brasileira), a região é responsável por apenas 13,7% do PIB nacional, amargando a metade da renda per capita média do país. No final de 2005, 57,4% dos nordestinos sobreviviam com menos de 75,5 reais por mês, contra 21,5% no Sudeste. A despeito das conhecidas adversidades, e das dificuldades ancestrais em transpô-las, o Nor-deste se tornou um dos principais mercados consumidores do país, vivendo intensa onda de crescimento e industrialização.

Uma amostra desse processo, e de suas conseqüências na indústria de embalagem, pôde ser conferida durante a 4ª edição da Fispal Nordeste, realizada entre os dias 7 e 10 de novembro, no Centro de Convenções de Olinda (PE). Como lembrou Flávio Corrêa, presidente-executivo da Fispal, o Nordes-te chama atenção por atrair cada vez mais empresas do setor de alimentos e bebidas.

oportunidades >>> nordeste

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Bem acima da média

“O interesse maior é atender um mercado de grande potencial de consumo, o da população de baixa renda”, ele ressalta.

Na camada mais pobre dos nordestinos realmente nota-se uma bolha de consumo que talvez não tenha precedentes na história do país. Segundo o IBGE, as vendas no varejo da região cresceram 17,7% entre maio de 2005 e maio deste ano. No Sudeste a elevação no mesmo intervalo foi inferior a 7%. Não há como dissociar esse fenômeno de programas sociais como o Bolsa Família, que, ao transfe-rir renda para a região, estão ajudando a cau-sar euforia no comércio e na indústria locais.

Atentas a esse quadro, gigantes do varejo iniciaram uma corrida para instalar novas uni-dades produtivas no Nordeste. A Pepsico, por exemplo, investiu numa planta em Recife com foco no mercado de snacks, onde atua com a linha Elma Chips. A Nestlé, por sua vez, esco-lheu a baiana Feira de Santana para aumentar o abastecimento local à região, enquanto a Bunge Alimentos investiu em nova fábrica em Uruçuaí (PI). O crescimento na seara dos

Consumo popular acelera economia nordestina, mostra edição local da Fispal

VANTAGEM – Varejo da região cresce a taxas próximas a 20%, mais que o dobro do índice do Sudeste. Acima, área de credenciamento da Fispal Nordeste: termômetro do bom momento

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Por Leandro Haberli, de Recife

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pequenos e médios empreendimentos também impressiona. Consta que somente Pernambu-co recebeu nos últimos cinco anos 73 novas indústrias de alimentos.

É nítido o esforço da indústria de emba-lagens, que concentrou boa parte dos 250 expositores da Fispal Nordeste deste ano, para seguir toda essa movimentação. Entre os seto-res que acompanham com especial interesse o boom nordestino está o de filmes e laminados flexíveis, que se beneficia diretamente da ampliação da capacidade das indústrias regio-nais de alimentos.

“Temos percebido uma grande oportuni-dade entre pequenos convertedores nordesti-nos”, destaca Marcelo Fajardo, profissional de marketing da Limer-Cart, distribuidora paulista de filmes flexíveis cuja operação na região tem crescido de 10% a 12% ao ano. Representando as linhas da Polo Films e da Vitopel, a empresa participou da feira apontando a migração do polipropileno (PP) e do polietileno (PE) para o polipropileno biorientado (BOPP) como um dos grandes movimentos do mercado de embalagens fle-xíveis do Nordeste. “É um material de maior valor agregado, que começa a ser usado por pequenas indústrias de alimento da região”, conta Fajardo.

As movimentações do mercado nordestino também chamam atenção na área de deco-ração de embalagens. Foi possível notar nos corredores da Fispal Nordeste, e também no varejo local, a crescente força dos rótulos termoencolhíveis na indústria de bebidas. Apesar do aumento da demanda, pouquíssi-mos convertedores da região estão aptos a fornecer esse acessório de embalagem. Como informa Fernando Roque, da área comercial da Utilgraf, distribuidora de equipamentos e

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materiais gráficos de Recife, os shrink labels cada vez mais presentes no varejo nordestino chegam já impressos oriundos de convertedo-res do Sul e do Sudeste do país. “Acreditamos que, quando a primeira máquina for compra-da, rapidamente outras empresas vão apostar na tecnologia”, prevê Roque.

Nada a deverA falta de investimentos em equipamentos de termoencolhíveis não significa, porém, que os convertedores da região estão defasados tecnologicamente em relação ao resto do país. Carlos Rosa, consultor da Comprint, aproveitou a Fispal Nordeste para visitar gran-des fornecedores nordestinos de embalagens flexíveis, e se disse surpreso com o que viu. “Encontrei parques gráficos extremamente modernos, que não deixam nada a dever para os grandes convertedores de São Paulo”, ele conta. Entre os exemplos de indústrias que se encontram no estado-da-arte tecnológico há a Felinto Embalagens Flexíveis, de Campina

Grande (PB), que atende clientes das regiões Norte e Nordeste.

No ramo de embalagens plás-ticas rígidas o Nordeste também ocupa posição central na indústria

BOOM COM SOTAQUEFornecedores de filmes

flexíveis notam aumento da demanda entre

convertedores locais de embalagens de alimentos

PROCESSO IMINENTERaras gráficas nordestinas têm capacidade de produzir termoencolhíveis. Disseminação da tecnologia é esperada para breve na região

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brasileira. Como ressaltaram diferentes pro-fissionais ouvidos por EMBALAGEMMARCA, no meio do ano o grupo italiano Mossi & Ghisolfi (M&G) inaugurou nos arredores de Recife o que definiu como a maior fábrica de resinas PET do mundo, num projeto de 400 milhões de dólares. Ini-ciativas assim corroboram previsões de que a participação da indústria no PIB pernambucano saltará de 30% para 45% do total em breve.

Estratégias customizadasA receita para seduzir capitais priva-dos conta com investimentos em infra-estrutura, que incluíram a construção de aeroportos, como o de Petrolina (PE), e a duplicação de rodovias. Tendo injetado mais 15 bilhões de reais no comércio popular, o aumento do salário mínimo para 350 reais em abril último completa e ajuda a compre-ender o quadro de otimismo.

Além da expansão do consumo entre as classes C e D, empresas multinacionais mul-tiplicam o número de estratégias de mercado

ajustadas ao poder de compra da região. A Unilever, por exemplo, lançou este ano uma nova versão do detergente Ala, com fragrância de lavanda, só no Nordeste. O produto popular, produzido perto de Recife e criado em 1996, detém 22% do mercado local de sabão em pó. Para servir consumidoras com menor poder aquisitivo, a empresa lançou mão de embalagens menores, como a de 500 gramas, que custa menos de 2 reais.

O exemplo da Unilever em estraté-gias de marketing customizadas ao mer-cado nordestino não é isolado. Para ficar em apenas mais uma multinacional, a Kimberly-Clark, que produz papel higi-ênico, fraldas, absorventes femininos e

lenços descartáveis, também tem concen-trado vários lançamentos nos nove Estados que compõem a região. A empresa informa que no Nordeste suas vendas têm crescido num ritmo mais de duas vezes acima da média nacional. Os reflexos na demanda de emba-lagens são imediatos, e seus desdobramentos merecem ser acompanhados com atenção.

AJUSTADO AO PODER DE COMPRA Multinacionais lançam mais e mais produtos sob medida para o bolso dos nordestinos. Acima, detergente Ala, da Unilever: 22% das vendas da categoria na região

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Dança alemã...A Heidelberg do Brasil decidiu concen-trar todo o atendimento à América do Sul na sede paulistana. O anúncio veio acompanhado por mudanças de posi-ção na empresa. Diego Hellmuthhauser, por exemplo, assumiu o cargo de geren-te de vendas Sheetfed e Prepress & Prinect para a América do Sul.

...das cadeirasPeter Klages, por sua vez, deixou a sede da empresa em Heidelberg, na Alemanha, para se juntar à equipe brasileira no escritório de São Paulo, onde dará apoio à área de vendas para a América do Sul. O marketing foi assumido por Martina Ekert, em substi-tuição a Daniela Bethonico, que foi para a gerência de Postpress Embalagem. Toda a equipe se reportará a Dieter Brandt, presidente da Heidelberg do Brasil e da América do Sul.

Curso técnicoA ABRA (Academia Brasileira de Arte) está divulgando seu curso técnico em design gráfico, oferecido em suas quatro unidades paulistanas (Brooklin, Alphavil-le, Santa Cruz e Tatuapé). O curso visa deixar o aluno apto a desenvolver pro-jetos gráficos de forma integral, desde a concepção até o fechamento de arqui-vos e impressão na gráfica. As inscri-ções podem ser feitas no final de cada mês. Informações: www.abra.com.br.

Lançamentos...A VSP Papéis Especiais realizou no começo de novembro um coquetel de lançamento de suas novas linhas de produtos, com destaque para a marca Lamicote de cartão laminado triplex e duplex, disponível nas gramaturas 260g e 330g. O produto é indicado para dife-rentes sistemas de impressão, incluindo off-set UV, off-set com tinta oxidante e impressão digital.

...em grande estiloOutro destaque foi a linha Camurset, anunciada como a primeira do Bra-sil com toque aveludado próprio para impressão em off-set UV. O produto é fornecido em folhas no formato 66cm x 96cm e em cut-size. O coquetel de lan-çamento atraiu mais de 400 convidados, e contou com apresentação da banda Double You.

A Colacril, fabricante de bases e fil-mes auto-adesivos para o mercado de etiquetas e rótulos, está entre as cem pequenas e médias empresas que mais aumen-taram as vendas no Brasil nos últi-mos três anos. A conclusão é de levantamento feito pela consultoria Deloitte, em parce-ria com a Exame PME, publicação da Editora Abril dedicada a peque-nas e médias empresas. Segundo a pesquisa, a receita líquida da Colacril no ano passado foi de 83,987 milhões de reais, num crescimento de 53,3% em relação a 2003. Tal desempenho garantiu à empresa a 88ª posição no ranking. A Colacril foi ainda a única de seu segmento mencionada no levan-

tamento, feito com base em consultas a mais de 500 empresas de todo o país. “É um momento importante na

vida da empresa e do nosso segmento”, diz Valdir Arjona Gaspar, diretor-presidente da Colacril. O entusiasmo do empresário é justifica-do não apenas pela conquista, mas tam-bém pelo potencial de crescimento ainda maior da Colacril, que de certa forma o editorial da revista

Exame PME vaticina, ao lembrar que em breve as companhias inclusas no levantamento podem se tornar gran-des demais para ser consideradas pequenas ou médias.Colacril(44) 3518-3500www.colacril.com.br

Colacril entre as 100 mais

Agora em todo o Brasil

Valdir Arjona Gaspar,

O entusiasmo do

Depois de seis meses de experiência no mercado carioca, a Skol com rótulo termo-sensível pas-sou a ser distribuída em todo o Brasil, numa edição limitada comemorativa ao verão 2007. A função da tecnologia é avisar o consumidor sobre a temperatura ideal de con-sumo da bebida. Uma seta transparente aplicada no rótulo começa a se tornar azul quando a cerveja atinge 8° C. O segredo da mudança de cor é uma tinta termocrômica impor-tada dos Estados Unidos, que entra em contato direto com a superfície do vidro. A ativação comple-

ta da tinta ocorre quando a cerveja chega aos 4° C. No mercado carioca a Skol em rótulo termo-sensível esta-va disponível apenas nas garrafas de vidro retornáveis de 600 mililitros. Agora o sensor de temperatura será aplicado também nas versões big e long neck da marca. A ação é

uma das principais estratégias da Skol para o verão. Nos rótulos são destacadas as frases “Verão Redondo” e “Skol Gelada”, criadas pela Narita Design. Os rótulos são impressos na FAHZ (Fundação Antônio & Helena Zerrener, gráfica própria da AmBev).Narita Design(11) 3167-0911www.naritadesign.com.br

no mercado carioca, a Skol com rótulo termo-sensível pas-sou a ser distribuída em todo o Brasil, numa edição limitada comemorativa ao verão 2007.

avisar o consumidor sobre a

sumo da bebida. Uma seta

chega aos 4° C. No mercado carioca a Skol em rótulo termo-sensível esta-va disponível apenas nas garrafas de vidro retornáveis de 600 mililitros. Agora o sensor de temperatura será aplicado também nas versões big e long neck da marca. A ação é

uma das principais estratégias da Skol para o verão. Nos rótulos

Fabricante de bases auto-adesivas ocupa 88ª posição em ranking de pequenas e médias empresas que mais cresceram no país

Skol amplia distribuição de rótulo termo-sensível

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Ouvidos atentos à liderança das mulheres

Já tradicional no calendário de eventos do mundo da embalagem, o Fórum de Soluções Integradas (FSI), organizado pela gráfica Box Print, chegou à sua terceira edição. Realizado no Espaço Apas, em São Paulo, em novembro último, o encontro uniu palestras de mercado e apresentações de inte-resse geral com uma exposição de produtos dos patrocinadores (neste ano, Suzano Papel e Celulose, Suzano Petroquímica, Allplas, Ofag e Jomo Thermofolding) e apoiadores (Gráfica Aquarela, Doca, Printcot, Flowcrete, Sacotem, Melhoramentos, Unitown e Revista EMBALAGEMMARCA).O tema escolhido para o FSI foi “Com a palavra, a mulher”, uma homenagem da Box Print à crescente presença das mulheres em cargos de decisão.

Dentro desse espírito, participaram como palestrantes Patrícia Peters, da Natura, Eneida Bini, da Herbalife International, e Salete Lemos, jor-nalista da TV Cultura. A árbitra da FIFA Ana Paula Oliveira também participaria, mas uma convocação da Confederação Sul-americana de

Futebol na última hora impediu sua presença. No encerramento, um coquetel entreteve os participantes, em grande parte profissionais da indústria usuária de embalagens. Box Print(11) 5505 2370www.boxprint.com.br

Evento da Box Print debate crescente presença feminina no mundo empresarial

Pé inarredável na área de impressão de cartuchos

A suíça Gallus, gigante mundial no mercado de impressoras banda estreita, concluiu em outubro a aqui-sição da alemã BHS Druck- und Veredelungstechnik, o que reforça sua estratégia de abocanhar uma parcela do mercado de conversão de papel cartão. A fabricante suíça passa a contar, em seu portfólio de produtos, com impressoras de bandas média e larga e facas planas de corte. A

Gallus espera aplicar o seu know-how em combinação de processos de impressão desenvolvido no mercado de banda estreita aos equipamentos BHS de bandas média e larga, com o objetivo de oferecer soluções de alta produtividade no mercado de conver-são de cartuchos de papel cartão.GallusNo Brasil (11) 5525-4500 www.gallus.org

Gallus reforça estratégia envolvendo equipamentos de conversão de papel cartão para embalagens

Futebol na última hora impediu sua

Pólo de inovaçõesA China também avança no mercado gráfico, como pôde ser percebido na Paperworld China, a principal feira do país para o setor de embalagens celulósicas e cartonagens. Realizado em Xangai em novembro, o evento é um dos mais importantes no portfólio da Messe Frankfurt, organizadora de feiras. Além da área de embalagens, a Paperworld China é voltada aos setores de papelaria e artigos para escritórios.

Líder em gerenciamento de cores

Com a incorporação da Amazys Holding AG, empresa dona da marca GretagMacbeth, forte nome em produtos e serviços voltados ao gerenciamento de cores, a X-Rite tor-nou-se líder mundial nesse mercado, segundo nota divulgada pela Coralis, distribuidora da empresa no Brasil.Na área de impressão, um dos pro-dutos que passarão a ser distribuídos

pela Coralis é o vipPAQ, destinado ao controle densitométrico on-line para flexografia e rotogravura. Na gama de produtos destinados à pré-impres-são, a novidade é o vipFLEX, que realiza medições de fotopolímeros para flexografia. Coralis(11) 6915-0544www.coralis.com.br

Com nova aquisição, X-Rite amplia portfólio de soluções

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Embalagens novamente roubaram a cena no Max Feffer

A Suzano Papel e Celulose divulgou os vencedores do 5º Prêmio Max Feffer de Design Gráfico. Na categoria embalagem, projetos desenvolvidos para o mercado fonográfico tiveram as melhores colocações. O primeiro lugar ficou para a capa e o encarte do CD Incipt (foto 1), desenvolvidos com papel Reciclato pela designer Viviane Avelar Gandra. Já o projeto gráfico do LP da banda Los Diaños (foto 2) ganhou o segundo lugar da categoria, numa criação de Rafael Higino da Silveira, da Blu Comunicação Integrada, com o papel Supremo Alta Alvura. O vence-dor do terceiro lugar em embalagem foi Mazinho Constantino, da Mercado Comunicação, autor da embalagem

e do encarte do CD Maciel Saiu (foto 3), desenvolvidos em Supremo Duo Design. Nos últimos anos o prêmio Max Feffer se consolidou como um dos mais cobiçados do design gráfico bra-sileiro, distribuindo farta premiação em dinheiro. Os vencedores de cada uma das quatro categorias receberam este ano 14 000 reais. Ademais, a empresa deu uma viagem internacional, para participar de algum evento relaciona-do a design gráfico, ao autor da Peça Destaque, que este ano foi uma caixa de chás, criada por Larissa Miyazato com o papel Supremo Duo Design (foto 4). O 5º Prêmio Max Feffer recebeu 830 inscrições, contra 780 na edição anterior.

Em sua quinta edição, prêmio da Suzano destacou entre os vencedores capas de discos e caixa de chá

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Ano novo em sede nova

A Congraf, gráfica especializada na impressão de cartuchos de papel cartão, aguarda ansiosa a virada do ano. Não se trata de tentar esque-cer maus momentos no ano que se encerra. Ao contrário, será a con-cretização de um bom 2006, mate-rializada no início das operações da nova sede da empresa.“Temos forte presença no mercado de cosméticos, e concebemos a mudança de prédio não apenas para consolidar essa posição, mas também para continuarmos avan-çando no segmento de embalagens para produtos farmacêuticos”, afir-ma Sidney Anversa Victor, presi-dente da Congraf.O novo prédio, localizado nas proximi-dades da Via Anchieta, em São Paulo, terá 7 500 m² dedicados à produção, e abrigará também a área administra-tiva da empresa. Concebida em seus mínimos detalhes para abrigar uma indústria gráfica, a construção conta com isolamento térmico e acústico, além de sistema de ar que impede a entrada de poeira, insetos e outras impurezas que possam interferir no processo produtivo.Uma impressora folha inteira Heidelberg CD 102 para seis cores mais verniz, uma corte-e-vinco Speria 106 e uma coladeira Amazon 105, ambas da Bobst, somam-se ao rol de equipamentos da gráfica na sede nova.

Congraf inaugura sede nova e almeja mercado farmacêutico

Edição: Leandro Haberli

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Anunciante Página Telefone Site

3M 25 0800 16 10 12 www.3m.com/br/autenticidade

Abre 61 (11) 3082-9722 www.abre.org.br

Amazon Coding 51 (11) 4689-7621 www.amazoncoding.com.br

Amcor PET Packaging 4ª capa (11) 4589-3062 www.amcorbr.com.br

Box Print 17 (51) 2111-1311 www.boxprint.com.br

CCL Label 5 (19) 3876-9300 www.ccllabel.com.br

Colacril 55 (44) 3518-3500 www.colacril.com.br

Congraf 34-35 (11) 5563-3466 www.congraf.com.br

CorreiosLog 47 0800 57 00 100 www.correioslog.com.br

Envase Centroamerica 43 +54 (11) 4957-0350 www.packaging.com.ar

Frasquim 11 (11) 6412-8261 www.frasquim.com.br

Gumtac 41 (21) 2450-9707 www.gumtac.com.br

Imaje 19 (11) 3305-9455 www.imaje.com.br

IndexFlex 29 (11) 3618-7100 www.indexflex.com.br

inLAB Design 53 (11) 3082-4232 www.inlabdesign.com.br

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Moltec 11 (11) 5523-4011 www.moltec.com.br

Neoplástica 37 (41) 3671-3000 www.neoamerica.com

Novelprint 33 (11) 3768-4111 www.novelprint.com.br

Polo Films 27 (11) 3707-8270 www.polofilms.com.br

Propack 33 (11) 4785-3700 www.propack.com.br

PTC Graphic Systems 13 (11) 6194-2828 www.ptcgs.com.br

Renda 57 (81) 2121-8100 www.renda.com.br

Rio Polímeros 23 (21) 2157-7777 www.riopol.com.br

Saint-Gobain 2ª capa (11) 2246-7482 www.sgembalagens.com.br

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SIG Combibloc 39 (11) 2107-6744 www.sig.biz/brasil

Simbios-Pack 33 (11) 5687-1781 www.simbios-pack.com.br

STM 33 (11) 6191-6344 www.stm.ind.br

Technopack 59 (51) 3470-6889 www.technopack.com.br

Vilac 3 (19) 3741-3300 www.vilac.com.br

Vitopel 3ª capa (11) 3089-5333 www.vitopel.com

Wheaton 7 (11) 4355-1800 www.wheatonbrasil.com.br

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A Arco Convert se diferencia pela inovação no conceito de conversão de embalagens fl exíveis e pela excelência de qualidade de seus serviços. Assim, foi natural a escolha de EmbalagemMarca como veículo para mostrar isso. Daí nasceu, em parceria entre a revista e nossa empresa, o pioneiro projeto Flexofi lm e Design, que, após seguidas ações em 2001 e 2002, nos trouxe, entre outras láureas, a conquista do Prêmio Qualidade Flexo, da ABFlexo, naqueles anos e em 2003. Tão bom quanto isso, o projeto nos trouxe novos e bons clientes. É também natural que nesta fase, em que EmbalagemMarca e a Arco Convert se consolidaram como referências em suas respectivas áreas de atuação, o processo de amostragem da excelência de qualidade tenha sido retomado, na forma dos envelopes que envolvem a revista.

A Arco Convert se diferencia pela inovação no conceito de conversão de embalagens fl exíveis e pela excelência de qualidade de seus serviços. Assim, foi natural a escolha

Eugênio Augusto Giacomelli, Diretor

É LIDA PORQUE É BOA. É BOA PORQUE É LIDA.

www.embalagemmarca.com.br • (11) 5181-6533(11) 6161-8099

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Almanaque

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De balas a latasA Indústrias Reunidas Renda, que tem sede em Pernambuco, nasceu no Rio Grande do Sul, em 1919. Naquele ano, o imigrante siciliano Pedro Renda fundou em Porto Alegre a Renda Priori, uma fábrica de balas e caramelos. A ascensão da economia canavieira pernambucana levou-o a transferir a fábrica para o Nordeste, onde a empresa diversificou seus negócios e entrou no ramo de latas e rolhas metálicas, decisão que mudou a história da companhia.

A idéia e o nascimento dos auto-adesivosA edição em espanhol do interessan-te livro El mundo de las Etiquetas, publicado pela Krones da Alemanha, dá conta de que “a rotulagem com etiquetas sensíveis a pressão, ou seja, auto-adesivas, remonta à patente nº 20057 para Hansaplast no ano de 1882, a pedido da Beiersdorf AG, de Hamburgo”. Não obstante esse fato, o livro registra que “o americano R. Stanton Avery é considerado o pai dos rótulos auto-adesivos”, cuja produ-ção industrial se iniciou em 1935. Foi

quando ele materializou o conceito do produto (uma folha de papel adesiva-do posta em uma lâmina de papel com silicone, de modo a poder ser retirada para aplicação). No mesmo ano Avery criou a primeira laminadora de bases auto-adesivas, totalmente manual, e logo em seguida uma das primeiras aplicadoras de etiquetas. A empresa dali nascida, em Los Angeles, hoje chamada Avery Dennison, está pre-sente em 47 países e fatura 55 bilhões de dólares por ano.

A primeira laminadora de bases Aplicadora de etiquetas

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Um fermentador de vendasO médico e pesquisador japonês Minoru Shirota conquistou seu lugar no olimpo do varejo mundial ao fundar a Yakult, líder mundial no mercado de leites fer-mentados, que este ano comemorou qua-tro décadas no Brasil. A marca surgiu a

partir de pesquisas voltadas à prevenção de infecções intestinais e ao aumento da longevidade. O trabalho fez Shirota selecionar uma espécie de lactobacilo capaz de inibir a proliferação de bactérias no intestino. Os microorganismos são hoje chamados de Lactobacillus casei Shirota, e passaram a ser utilizados na produção do leite fermentado em 1935. Desde aquela época a Yakult privilegia o sistema de entrega domiciliar, respon-sável por 60% do faturamento no Brasil. Ao chegar ao país, em 1966, o produto enfrentou resistência dos consumi-dores, que associavam lactobacilos a enfermidades. Mas o leite fermentado acabou tendo seus valores reconheci-dos pelos brasileiros, e hoje faz parte da linha de lácteos de empresas como Nestlé, Parmalat e Batávia. Sobre a época em que o produto era vendido em garrafas de vidro, uma curiosidade: as operárias japonesas responsáveis por lavar essas embalagens para reutilização ficavam com as mãos extremamente macias. Foi o que impulsionou a produ-ção de cosméticos pela empresa, num mercado em que as vendas da Yakult também são “fermentadas”.

“Logoharpa”A tradicional logomarca da cerve-ja Guinness, adotada em 1862 e registrada em 1876, inspira-se na Harpa O’Neill (também conhecida como Harpa de Brian Boru), feita no século 17 ou no 18. Considerada a mais antiga harpa irlandesa de que se tem conhecimento, a peça pode ser vista hoje na biblioteca do Trinity College, em Dublin, Irlanda. Em tempo: a harpa é um símbolo essencialmente gaélico.

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