revista embalagemmarca 047 - julho 2003

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Ano V • Nº 47 • Julho 2003 • R$ 6,00 www.embalagemmarca.com.br REQUEIJÕES E AZEITES APOSTAM EM APRESENTAÇÃO PARA CRESCER Maior competição promete impulsionar mercado brasileiro de COBERTURA AMPLA DA FISPAL 2003 COBERTURA AMPLA DA FISPAL 2003

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Edição de julho de 2003 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.comSiga-nos também no Twitter: http://twitter.com/EmbalagemMarcaEsta edição está incompleta, sem os anúncios e algumas matérias, pois foi recuperada de um arquivo muito antigo. Ainda assim é possível a maioria das reportagens.

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Page 1: Revista EmbalagemMarca 047 - Julho 2003

Ano V • Nº 47 • Julho 2003 • R$ 6,00

www.embalagemmarca.com.br

REQUEIJÕES E AZEITES APOSTAM EM APRESENTAÇÃO PARA CRESCER

Maior competiçãopromete impulsionar

mercado brasileiro de

COBERTURA

AMPLA DA

FISPAL

2003

COBERTURA

AMPLA DA

FISPAL

2003

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Luxo é apenas bom gosto

Assinatura por 1 ano (12 exemplares): 1 x R$ 60,00 2 x 32,50Forma de pagamento - depósito em conta corrente (CNPJ: 57.262.701/0001-16)Escolha o banco: Itaú Santander

Preencha os dados abaixo e envie a ficha de inscrição por fax e aguarde os dados bancários para depósito.Se preferir, preencha o formulário em nosso site www.embalagemmarca.com.br).

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CIDADE: ESTADO: CEP:

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E-MAIL:

RAMO DE ATIVIDADE DA EMPRESA:

imul taneamentecom a edição de ani-

versário de EMBALAGEM-MARCA, em junho último,foi lançada uma EdiçãoEspecial, extra, sobre otema Luxo. A distribuiçãode ambas foi iniciada naFispal 2003, onde, em1999, surgiu a revista quelogo se tornaria a principalreferência editorial do se-tor de embalagem.A apresentação dos doisvolumes, em bonitas em-balagens, mais uma vezressaltou a criatividade e ainovação permanente quecaracterizam a revista.Logo depois de completa-da a distribuição, a reper-cussão foi mais intensa doque ocorre a cada edição.A maioria dos comentáriosreferia-se ao diferencial de

visão e de enfoque dos as-suntos, especialmente notocante ao tema luxo. Nos-so mérito nisso foi organi-zar com critérios jornalísti-cos o precioso manancialde informações fornecidopelas fontes consultadas.A redação agradece a cola-boração de todos.Buscamos naquela EdiçãoEspecial reiterar de manei-ra um pouco requintadaum conceito em que EM-BALAGEMMARCA acreditae que procura difundirdesde seu lançamento: ouso adequado das embala-gens adiciona valor aosprodutos, diferenciando-os e, muitas vezes, trans-formando-os em objetosde desejo. O eco inusitadoa essa verdade tão banal,acompanhada de suges-

tões de inúmeros leitores,levou-nos à decisão depassar a cobrir com maiorregularidade a área de pro-dutos de prestígio, come-çando pela reportagem decapa desta edição, de auto-ria de Leandro Haberli.Ao fazê-lo, procuramosilustrar com fatos a afir-mação de que as coisasverdadeiramente luxuo-sas, superiores em suasimplicidade, são aquelasfeitas com empenho, namedida certa. No fundo,no fundo, luxo é apenasbom gosto. Quem for doramo tem importante pa-pel – e boas oportunidadesde negócio – nessa meraconstatação.Até agosto.

Wilson Palhares

S

No fundo, no fundo,luxo é apenas bomgosto. Quem fordo ramo tem im- portante papel – eboas oportunidadesde negócio – nessamera constatação

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ENTREVISTA: MARCOS CURYFundador da Companhiadas Ervas fala sobre aimportância da embala-gem no crescente mercado de condimentos e especiarias

BISNAGASCom expansão de provedores e novas tecnologias, sistemapromete ganhar maiorvisibilidade no mercadobrasileiro

6

28

30

Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

[email protected]

Flávio [email protected]

Guilherme [email protected]

Leandro [email protected]

ColaboradoresJosué Machado e Luiz Antonio Maciel

Diretor de ArteCarlos Gustavo Curado

[email protected]

AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Karin TrojanWagner Ferreira

Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro

[email protected] anual: R$ 60,00

Público-AlvoEMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais queocupam cargos técnicos, de direção, gerênciae supervisão em empresas fornecedoras, con-vertedoras e usuárias de embalagens para ali-mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,materiais de limpeza e home service, bemcomo prestadores de serviços relacionadoscom a cadeia de embalagem.

Tiragem desta edição7 500 exemplares

Filiada ao

Impressa em Image Mate 145 g/m2 (capa) e

Couché Mate 115g/m2 (miolo) da Ripasa

Impressão: Congraf

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

FILIADA À

www.embalagemmarca.com.brO conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA éresguardado por direitos autorais. Não é permi-tida a reprodução de matérias editoriais publi-cadas nesta revista sem autorização da Blocode Comunicação Ltda. Opiniões expressas emmatérias assinadas não refletem necessaria-mente a opinião da revista.

4 EditorialA essência da edição do mês,nas palavras do editor

8 CartasA opinião, a sugestão e oscomentários dos leitores

20 MateriaisAlcoa desiste de negócios naárea de embalagens de PET

40 TampasFechamentos de defensivos agrí-colas ganham usina de reciclagem

42 Painel GráficoNovidades do setor, da criaçãoao acabamento de embalagens

46 DisplayLançamentos e novidades – eseus sistemas de embalagem

48 PanoramaMovimentação na indústria deembalagens e seus lançamentos

50 AlmanaqueFatos e curiosidades do mundodas marcas e das embalagens

14

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DE

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TU

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AG

julho 2003

REQUEIJÃOMaior competição nomercado aumenta oescoamento – e tambémo sortimento – dasembalagens da iguaria

AZEITESSem esquecer consumi-dores de baixa renda,óleos compostosinvestem para crescernas classes A e B

FISPALEvento registra crescimento e apresentanovidades em processos e sistemas

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Cumprimentos

G ostaria de parabenizar todos daequipe que realizou a embalagem-brinquedo da revista (Projeto Pa-pelcartão & Design, edição nº 44,abril/2003). O contraste entre o fos-co do papel e o brilho do vernizUV, além de agradável apelo visual,demonstrou o quão avançado está oparque gráfico brasileiro. Parabéns.

Sidnei Paulo DianaDiretor

Brinquedos RarosSão Paulo, SP

P arabéns pelo crescimento da re-vista e muito obrigado pela nota so-bre o Gutenberg System (edição nº45, maio/2003).

Letania MenezesMenezes Comunicação

São Paulo, SP

P arabenizo a redação pela ótimarevista, abrangente, objetiva e foca-da. Seções ótimas, em especial Al-manaque. Creio que esta revista de-veria estar à disposição de todos osalunos de universidades em todo oPaís, dos cursos afins com o merca-do da embalagem.

Heitor MendesConsultoria em

Embalagens MetálicasRio de Janeiro, RJ

Q uero parabenizar a equipe dereportagem pela íntegra e fidelida-de das informações na reportagem“Abriu a porta, parou tudo” (ediçãonº 46, junho/2003), em que nossoconsultor Marcos Takiyama, da Di-visão Farma, foi entrevistado. Isso

Redação: Rua Arcílio Martins, 53

CEP 04718-040 • São Paulo, SP

Tel (11) 5181-6533

Fax (11) 5182-9463

[email protected]

As mensagens recebidas por carta, e-

mail ou fax poderão ter trechos não es-

senciais eliminados, em função do es-

paço disponível, de modo a dar o maior

número possível de oportunidades aos

leitores. As mensagens poderão tam-

bém ser inseridas no site da revista

(www.embalagemmarca.com.br).

MENSAGENS PARA

EMBALAGEMMARCA

nos dá a certeza de que a EMBALA-GEMMARCA sempre será nosso veí-culo de lançamentos no mercado, enão só para anúncios comerciais.

Marco Antonio Dias de OliveiraDiretor comercial

E-packingSão Paulo, SP

CORREÇÕES

Iogurtes

A gradecemos nossa participaçãona edição de março, na reportagemde capa (“Iogurtes”, edição nº 43,março/2003). No entanto, temos al-gumas considerações a fazer: a in-formação correta sobre nossa parti-cipação nesse mercado é de cercade 30% em chapas e de 70% em co-pos pré-formados. Também gosta-ria de salientar que seria mais cor-reto dizer que, em vez de fornecer-mos “soluções completas, da má-quina à matéria-prima”, na verdadefornecemos soluções completas, damáquina de envase à embalagem. Éesse o nosso trunfo competitivo.

Luciana SerratoMarketing

Huhtamaki do BrasilSão Paulo, SP

Geléias Etti

P or ser leitor assíduo de EMBA-LAGEMMARCA, além de ficar beminformado caio na obrigação de pe-dir uma correção. No artigo da edi-ção de maio de 2003 da revista, so-bre as geléias Etti, está mencionadoque o projeto foi desenvolvido pelaCisper. Na realidade foi projetonosso, com muito suor. Refiro-meexclusivamente aos frascos.

Fernando Muniz SimasDil Brands

Santiago, Chile

N a edição nº 45 de EMBALAGEM-MARCA (maio/2003), na reporta-gem “Recurso ao vidro”, observeium grande erro sobre as informa-ções das tampas utilizadas para ofechamento da embalagem da ge-

léia Etti, da Parmalat. Informamosque o diâmetro correto da tampametálica utilizada é 74mm, não64mm, e o fabricante da mesma é aAMCOR-White Cap do Brasil, enão a Metalgráfica Rojek, comocreditado na matéria.

Marcel Veloso SilvaDesenvolvimento de mercado

AMCOR-White Cap do Brasil Ltda.São Paulo, SP

N. da R.: Pedimos desculpas às em-presas prejudicadas e aos leitores.

8 – EMBALAGEMMARCA • jul 2003

Raflatac e Wheaton

• Na edição nº 46 (junho/2003),

na cobertura da Fiepag, deixou

de ser informado que a empresa

representante no Brasil da Rafla-

tac é a Texxud, cujo telefone é

(11) 3167-2341 e o e-mail é tex-

[email protected].

• Na mesma matéria, na nota so-

bre a linha de frascos Âmbar da

Wheaton do Brasil, o número

do telefone foi informado com a

omissão de um algarismo. O nú-

mero correto é (11) 4355-1800.

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undador de uma das maiores em-presas do mercado de temperos eespeciarias do Brasil, a Compa-nhia Das Ervas, Marcos Curysempre nutriu interesse pela culi-nária. Antes de entrar no ramo ali-

mentício, no começo da década passada, elefoi representante comercial de uma empresade material técnico para desenho. Rodava oBrasil vendendo itens como papel vegetal,canetas e compassos, mas não deixava depensar em pimentas e condimentos. Nas viagens, visitava mercados municipaisà procura de novidades, e, na volta, curtia aspimentas compradas país afora para distri-buir entre amigos. Certa vez, um dessesamigos experimentou o produto e o classifi-cou como “uma verdadeira ardência no re-gaço”, diverte-se Cury, contando a origemde sua primeira marca. O que começoucomo pilhéria logo viraria coisa séria.Ao mesmo tempo que o computador to-mava mercado dos desenhistas técnicos, umnúmero cada vez maior de conhecidos enco-mendava potes de pimenta. “Percebi que erapossível ganhar dinheiro vendendo esse tipode produto”, ele lembra. O começo, entre-tanto, não teve grande glamour. Cury carregava o próprio carro de potes, epercorria mercearias e pequenos mercadosde Campinas (SP), cidade onde morava àépoca. Com ajuda do nome espirituoso, seuspicantes produtos começaram a se tornarconhecidos. Mas ainda faltava muito parasua empresa alcançar o porte atual, balizadopor uma unidade produtiva de 1 800 metrosquadrados de área construída, localizada emMorungaba (SP), com corpo de setenta fun-cionários e vendas para todo o país, além deexportações para Estados Unidos, Japão,França e Uruguai.

Da venda de produtos artesanais à criaçãode uma das maiores empresas de condimen-tos do país, como resumir a trajetória daCompanhia das Ervas?Resolvi abrir uma empresa para vender con-dimentos quando percebi que não havianada diferente nesse setor no Brasil. As pes-

F

MARCOS CURY,criador da Companhia das

Ervas, fala sobre aorigem de uma das

principais marcas do mer-cado brasileiro de condi-mentos e especiarias. Na

trajetória de consolidaçãoda empresa, fica claro que

a escolha do conceito deembalagem usado namaior parte dos itens

vendidos sob a grife hojeteve papel decisivo naexpansão do negócio

entrevista

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“A embalagem vende conceitos”

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Até então, todos fabricantes usavam saqui-nhos plásticos, ou embalagens de vidro.São sistemas que apresentam algumas des-vantagens que, acredito, o PET não possui.No caso dos filmes flexíveis, quando vocêabre o saquinho, o consumidor não temcomo retampá-lo, e o produto fica sujeitoa umidade. Já o vidro tem o problema dequebrar. A pré-forma PET é ergonômica,inquebrável e ainda tem um bom grau debarreira. Quando a conheci, era uma pré-forma verde, cor que não me agradou. Sódepois eu soube que era possível usar PETincolor. Comecei a pesquisar e descobrique o material é atóxico. Creio que, com aajuda desse tipo de embalagem, nós acaba-mos vendendo, além do produto, um con-ceito.

Que outros materiais de embalagem en-tram nesse conceito?As conservas e as pimentas são vendidasem vidro, porque temos que pasteurizar es-ses produtos, já que não usamos conservan-

soas só usavam sal, alho, pimenta do reino,cebola e cheiro verde. Para os doces, a re-gra era açúcar, cravo e canela. Comecei aprocurar importadores, em busca de condi-mentos diferentes, que praticamente nãochegavam no Brasil. Em meio a esses pri-meiros passos, comecei a pensar num nomemais sério do que Ardência no Regaço. Foiaí que surgiu a Companhia das Ervas.

Qual a importância da embalagem na es-tratégia da empresa?Desde o início percebi que deveria determi-nar um sistema de acondicionamento ino-vador e eficiente para os produtos que euplanejava comercializar. Foi nessa fase queescolhi o conceito de embalagem que usa-mos até hoje em grande parte dos nossosprodutos. Trata-se de uma pré-forma degarrafa PET de 2 litros. No início, ela erabaseada na pré-forma da Coca-Cola, mashoje nós temos a nossa própria matriz.

Por que o senhor escolheu esse material?

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tes, e o PET não agüenta a exposição a al-tas temperaturas. Mas nas especiarias econdimentos para a linha doméstica só usa-mos PET. Temos também a linha Gourmet,acondicionada na mesma embalagem, sóque de 600ml, para estabelecimentos queusam quantidades um pouco maiores, comopequenas lanchonetes. Depois vêm as em-balagens institucionais, de 2 litros e 3 litros,também de PET, para cozinhas industriais erestaurantes. Fizemos uma experiência re-cente com polipropileno (PP). A aparênciaé muito boa, mas, no nosso caso, a resistên-cia não se revelou apropriada.

Como é a concorrência com o mer-cado a granel?Como em qualquer mercado, é pre-ciso fazer o cliente entender o tipo detrabalho que está sendo desenvolvi-do. No segmento de food service,por exemplo, o dono do restaurantepode ir a qualquer mercado munici-pal e comprar um saco plástico deorégano de 5 quilos. Mas ali não háinformação sobre a procedência, adata do envase, muito menos a vali-dade do produto. Entre outras atri-buições da embalagem, há a garantiade procedência do produto. Voltandoao mercado de food service: se a vi-gilância sanitária encontrar num res-taurante uma embalagem de mais de5 quilos que não tenha ao menos umrótulo, seu dono terá problemas.

Como compatibilizar investimentos em me-lhor apresentação nas gôndolas com asmargens do mercado de especiarias?Desde o início, começamos apenas com tra-balho, o capital era muito pequeno. Viemosde Campinas e fomos para Morungaba, ou-tra cidade do interior de São Paulo, onde aempresa foi oficialmente fundada, em1994. Foi quando começamos a sair paravender de maneira séria, mas numa táticaainda bem familiar. Minha filha acabou seformando em design de embalagem, e hojenos dá uma grande ajuda. Já meu filho seformou chefe de cozinha, pelo Senac. Masnão tivemos ajuda profissional no início.Tudo era muito intuitivo, nós mesmos criá-

vamos o rótulo e os folhetos com sugestõesde uso dos condimentos. Hoje temos maiscondições para cuidar do desenvolvimentoe do acabamento das embalagens Conta-mos nessa área com uma agência de designque conhece muito bem nossa linha de pro-dutos e sabe o que dá certo em termos decomunicação dos atributos da marca. Demaneira geral, dá para compatibilizar, poisa embalagem, como eu já disse, é essencialpara que nós vendamos o conceito dos nos-sos produtos.

O senhor citou as dificuldades de retampa-mento das embalagens flexíveis. A Cia. das

Ervas não usa esse tipo de material?A única coisa que embalamos emsaquinhos plásticos são os cogume-los desidratados. Por outro lado, es-tamos inovando nossa linha de pro-dutos com a ajuda de novas embala-gens. Estamos lançando uma linhade biscoitos doces com especiarias,para a qual desenvolvemos uma latade aço, onde há sacos plásticos comtrês biscoitos cada. Além disso, esta-mos lançando uma linha de dragea-dos de café, cobertos com chocolatemeio- amargo, que também terá em-balagens novas. Pretendemos, ainda,lançar uma linha de biscoitos cober-tos com chocolate em caixas de pa-pel cartão, com berço plástico ter-moformado.

Como surgiu a idéia de usar displays espe-ciais para a linha, e como é definida a lo-calização deles nos supermercados?As embalagens de nossos condimentos têmuma particularidade: elas não param em pé.A idéia dos expositores surgiu para resolverisso. Neles, a maior parte dos produtos ficapendurada. Mas o expositor tem capacida-de para toda nossa linha de produtos, inclu-sive os potes de vidro. No entanto, muitosprodutos acabam expostos nos dois lugares:no nosso display exclusivo e na gôndola decondimentos do supermercado. Normal-mente, nossos expositores ficam na partedas frutas, legumes e verduras. Mas há lo-jas que preferem colocar nossas gôndolasperto da peixaria ou do açougue.

No início, o desenvolvimento denossas embalagensera muito intuitivo.Com o tempo, pas-

samos a contar comajuda profissionalnessa área, poispercebemos que

boa apresentação epraticidade são

essenciais nessemercado

veja

mais

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12 – EMBALAGEMMARCA • jul 2003

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omo outros estudantes de pintura de suaépoca, o americano John Goffe Rand gas-tava boa parte de seu tempo triturando pig-mentos coloridos para seus professores.

Misturado com óleo, o material precisava ser transferi-do às telas rapidamente, para evitar que a ação do oxi-gênio o enrijecesse. Farto de trabalhar conforme os hu-mores criativos de seus mestres, Rand buscava umaembalagem que preservasse a consistência da pasta co-lorida por mais tempo. Foi com esse propósito que elecriou, em 1841, um sistema de acondicionamento quefaz sucesso até hoje, o tubo flexível.

Feita inicialmente de estanho, a nova embalagemfoi devidamente patenteada, mas só ganhou notorieda-de quando alguém pensou em substituir as jarras deporcelana, em que os antigos cremes dentais eram con-sumidos, pelos tubos concebidos por Rand. Isso acon-teceu em 1892, por obra do dentista americano Was-hington Sheffield. Além de impulsionar a indústria dedentifrícios, a idéia eliminou um anti-higiênico ritual:sem uma embalagem que permitisse obter uma porçãode creme dental com um simples aperto,as pessoas eram obrigadas a imergir as es-covas no produto, prática compartilha-da por toda a família.

Desde a eclosão dos tubos flexíveisentre os fabricantes de cremes dentais,tudo indica que esse conceito deacondicionamento nunca esteve tãoprestigiado. Os tubos, ou bisnagas,como essas embalagens também sãoconhecidas, acondicionam atualmenteuma grande variedade de produtos. NoBrasil, esse tipo de embalagem não étão disseminado quanto nos mercadosamericano e europeu, mas novos forne-cedores iniciaram recentemente suasoperações por aqui, sublinhando um ci-clo de grandes investimentos em favordo sistema. “Considerando o aumento defabricantes, o mercado brasileiro passoupor uma revolução”, define Fábio Yassu-da, diretor-comercial da C-Pack, uma dasempresas que recentemente aterrissaram nopaís para produzir tubos flexíveis.

reportagem de capa

CNovos fabricantes prometem disseminar bisnagas plásticas no paísPor Leandro Haberli

Principais materiais - É claro que o processo deprodução dos tubos flexíveis evoluiu muito desde queos primeiros fabricantes de creme dental decidiramadotá-los. Como demonstra o próprio caso da C-Pack,empresa de capital suíço-brasileiro que se instalou noBrasil com a intenção de produzir inicialmente 2,5 mi-lhões de bisnagas plásticas por mês, o estanho já nãotem importância no setor. Na verdade, hoje há basica-mente três tipos de materiais de tubos flexíveis: alumí-nio, plásticos e filmes laminados.Unindo os dois pri-meiros (alumínio por dentro e plástico por fora), estesúltimos ficaram conhecidos por terem suplantado ostubos metálicos no mercado de cremes dentais, proces-so que no Brasil foi deflagrado no início dos anos 90.

Apesar dos diversificados conceitos, é na área de

Tubos buscam cons F

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Exemplos do mercado

americano mostram

possibilidades dos tubos

flexíveis

Page 15: Revista EmbalagemMarca 047 - Julho 2003

bisnagas plásticas, onde se estima que o Brasil consu-ma 12 milhões de embalagens a cada mês, que têm seconcentrado os grandes lances do mercado de tubos.Confiantes no aumento da participação desse tipo deembalagem, importantes nomes do mercado de emba-lagem também inauguraram linhas de tubos plásticosno Brasil. “Não temos dúvidas de que há uma grandedemanda não atendida por esse tipo de embalagem nopaís”, diz Paulo Renato Mendonça, diretor industrialda Impacta, fornecedor latino-americano de tubos dealumínio, que há um ano anunciou o início da produ-

ção de bisnagas plásticas no Brasil.De maneira geral, as empresas que estrearam ope-

rações brasileiras com bisnagas plásticas acreditamque o consumo atual pode ser duplicado em até trêsanos. Para isso, depositam esperança no fortalecimen-to dessas embalagens entre produtos tão diversos comoalimentos, itens industriais, veterinários, farmacêuticose, principalmente, cosméticos. Além de explorar con-ceitos como requinte e luxo, e assim garantir a possibi-lidade de agregar valor também através da embalagem,o setor de cosméticos é o mais importante para os fa-

olidação

Acondicionando principalmente cosméti-cos, bisnagas produzidas pela C -Pack

também podem ser vistas nas gôndolas deprodutos industriais e de candies (acima)

Movimentação de fornecedores desperta interessesA chegada de novos fabricantes debisnagas plásticas no Brasil abriu no-vas oportunidades para a cadeia deembalagem. Na área de equipamen-tos, é notável a estratégia de atenderpequenos e médios fabricantes decosméticos. “O setor estava limitadoa seladoras totalmente automáticas ede alta freqüência”, afirma Julio CésarMoleti, da JHM Máquinas, acrescen-tando que o alto custo dessas solu-ções leva muitos usuários de bisna-gas a comprar as embalagens já sela-das. Pensando nisso, a JHM desen-volveu uma alternativa que, de acordocom Moleti, chega a custar 10% do

valor dos equipamentos que operampor ultra-som. “Queremos fornecerpara as empresas que hoje são obri-gadas a fazer o enchimento de suasbisnagas pela boca”, conclui o profis-sional da JHM.Terceirizando o fornecimento de tam-pas, parte dos novos fabricantes debisnagas também impulsionou a ofer-ta de sistemas de fechamento no se-tor. Produtora de tampas e frascosplásticos, a Igaratiba investiu três mi-lhões de reais numa linha de 12 dife-rentes tampas para bisnagas. Fabrica-dos em versões lisa e flip top, os pro-dutos são vendidos em três diâme-

tros (35, 40 e 50 mm), e quatro orifí-cios de vazão (3; 5,4 e 8 mm.). Outrofornecedor de fechamentos que am-pliou a oferta para o mercado de tu-bos flexíveis foi a Crown Cork Tam-pas Plásticas. A empresa está trazen-do ao Brasil uma linha de tampas daalemã Zeller Plastik. “Os volumes ain-da são restritos, mas a demandadeve crescer à medida que novasempresas demonstrareminteresse em lançarseus produtos em bis-nagas”, prevê GustavoAlvarez, gerente comer-cial da empresa.

jul 2003 • EMBALAGEMMARCA – 15

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G

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16 – EMBALAGEMMARCA • jul 2003

bricantes de bisnagas plásticas em função dos altos vo-lumes demandados.

No Brasil, estima-se que apenas a americana Avonutilize cerca de 2,5 milhões de bisnagas plásticas pormês. Apesar disso, a maior parte dos cosméticos brasi-leiros é vendida em frascos e potes. Na visão dos fabri-cantes, as bisnagas podem reverter essa situação com aajuda de diferenciais competitivos em relação aos àsvezes elementares frascos e potes. Um deles é o fato deos tubos flexíveis serem enchidos e selados pelo fun-do, característica capaz de agilizar as linhas produtivas.Ademais, com a evolução dos sistemas de fechamento,as bisnagas passaram a contar com um importante di-ferencial: a exposição vertical nas gôndolas.

Compensação de custos - Apoiadas em suastampas e sem precisar de embalagens secundárias, elasdiferem de outras embalagens que ficam em pé por se-rem vistas de ponta-cabeça. Além de uma disposiçãodiferenciada nas prateleiras, os profissionais do setorreforçam a observação de que os tubos podem ser usa-dos por marcas de alto prestígio. Somados à conve-niência de consumo, eles entendem que tais diferen-ciais podem compensar o maior custo das bisnagasplásticas em relação aos frascos e potes plásticos.

“A qualidade de impressão e acabamento da indús-tria brasileira de bisnagas já não fica a dever para os fa-bricantes estrangeiros”, coteja o diretor daImpacta. Nesse ponto, cabe dizer que, alémde acabamentos metalizados, impressõesprecisas e tampas práticas, os tubos pro-duzidos lá fora passaram a agregar no-vas utilidades e acessórios.

Exemplo curioso e providencial é ode uma espuma de barbear americanacuja bisnaga é dotada de aplicador e lâmi-nas próprias. Produzida pela Norden And-Bro Inc, a embalagem foi uma das vence-doras da edição de 2002 do Tube of TheYear Award, premiação promovida anual-mente pelo Tube Council – associação quereúne os fabricantes de bisnagas flexíveisnos Estados Unidos.

Por aqui, atender o mercado de cosmé-ticos de luxo é o caminho vislumbrado nãosó para aumentar pedidos, mas tambémpara evitar uma indesejada diminuiçãodas margens de lucro. Ocorre que, se osnovos fornecedores apostam no cresci-mento do mercado brasileiro, as empresasque atuam no setor há mais tempo acreditamque a capacidade produtiva corrente ultra-

Feitas em sua maior parte de polietileno (PEAD ePEBD) e polipropileno (PP), as bisnagas plásticaspodem ser obtidas a partir de distintos processosprodutivos, com destaque para a tecnologia decoextrusão, que permite adicionar camadas e bar-reiras às resinas que compõem os tubos. Outrosmétodos comuns são a injeção e o sopro, conside-rados menos sofisticados em relação à coextrusão.Os especialistas reconhecem, entretanto, que asbisnagas plásticas sopradas ou injetadas podemser resistentes e estáveis, como demonstram algu-mas linhas da OX Cosméticos, cujos tubos foramsoprados pela Herplast.

Ainda na área de sopro, uma novida-de que promete agitar o setor vem dasuíça Aisa, uma das maiores fornece-doras de equipamentos para produ-ção de tubos plásticos e laminadosdo mundo. Através da MagPlastic,braço da empresa que atua no merca-do de PET, a Aisa criou no ano passa-do uma tecnologia própria para soprode bisnagas feitas desse material.Sob a marca Pakido, o sistema foi di-vulgado no Brasil durante a Fispal.No estande da Aisa, podiam ser vistasbisnagas de PET acondicionando pro-dutos como mel, pasta de amendoime geléia. Segundo Alain Dumani, ge-rente de vendas da MagPlastic, a li-berdade de concepção de formatos e

a resistência à compressão são osgrandes diferenciais do sistema.

PET chega e processosde sopro evoluem

Bisnaga- barbeadorfoi premiada lá fora

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passa excessivamente a demanda. Obviamente, queminvestiu alto para iniciar suas operações no país con-testa essa visão.

“Ao invés de saturação, os novos jogadores en-frentam um processo de conquista da confiança dosgrandes produtores de cosméticos e de consolidaçãodesse conceito de embalagem entre empresas que atéagora nunca acondicionaram seus produtos em bisna-gas”, analisa Valdivo Begalli Jr., gerente de marketingda Cebal, empresa do grupo francês Pechiney, consi-derada uma das maiores produtoras mundiais de tubosflexíveis.

Sediada em Mogi das Cruzes (SP), a Cebal chegouao país depois de adquirir a Metalpack Embalagens,em novembro de 2000. Desde então, já demarcou es-paço na almejada carteira de fornecedores dos grandesfabricantes de cosméticos, com projetos desenvolvidospara Avon, O Boticário e Natura. “Percebemos nesseinício de atuação brasileira que redução de preços nãoestá diretamente ligada a aumento de vendas”, diz ogerente da Cebal. “Ao contrário, o triunfo dos novosjogadores do mercado brasileiro de bisnagas plásticasdepende de fatores como competência técnica, inova-ção, qualidade e estratégia”, completa ele.

Tubos da Cebal usados por grandes fabricantes decosméticos: aumento de vendas sem guerrear preço

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cas. Entre os clientes mais importantes da empresa,destacam-se, além dos grandes usuários de cosméticos,marcas de alimentícios, como a maionese Hellmann’s,cujas bisnagas foram decoradas pela Mazz Design.

“Até agora a carteira de clientes da Globalpack per-manece intacta”, diz Fábio Yassuda, profissional da C-Pack que trabalhou por dezoito anos na atual concor-rente. Para quem suspeita que os novos players jogarãoo mercado para baixo, Yassuda tem uma declaraçãoque sintetiza o discurso dessas empresas. “Antes depensar em enfraquecer o líder do setor, viemos paraconsolidar a bisnaga plástica no Brasil”. Não há moti-vos para duvidar do incremento de vendas dessa ver-sátil embalagem, mas com crescente número de brasi-leiros cortando gastos até com produtos básicos comosabonetes e cremes dentais, os novos fabri-cantes precisão adotar estratégias fle-xíveis para atingir seus objetivos.

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Embora haja quem queira distância de uma compe-tição baseada apenas em orçamentos convidativos, éinegável que a demanda dos grandes fabricantes decosméticos, em teoria as empresas potencialmente ca-pazes de vender produtos de maior custo, não encerrao mercado brasileiro de bisnagas plásticas. “Todosquerem fornecer para Natura, O Boticário e Avon”, ob-serva Roberto Veiga, diretor da Embale, divisão da In-plavel Indústria de Plásticos criada há oito anos paraproduzir bisnagas plásticas. “Mas o segredo do cresci-mento do mercado também é descobrir novos cami-nhos, numa estratégia em que os pequenos fabricantesde cosméticos têm papel central”, ele avalia.

Liderança assegurada - Tal estratégia poderia evi-tar o desconforto decorrente do atual quadro de estag-nação da economia brasileira. A área de cosméticos,por exemplo, recuou 0,85% nos primeiros quatro me-ses deste ano. Por enquanto, as reclamações são min-guadas, mas o tropeço pode vir a ser um estorvo nosplanos dos novos fabricantes de bisnagas plásticas.“Permanecemos mais de vinte anos praticamente sozi-nhos no mercado, pois, além de constituir um nicho demercado, o retorno de investimentos em bisnagas plás-ticas é muito lento”, analisa Elcio Pellegrini, vice-pre-sidente comercial da Globalpack, empresa que lidera ofornecimento dessas embalagens no Brasil.

Coligada à Filtrona, um dos maiores fabricantes defiltros de cigarro do país, a Globalpack foi constituídaem 2001. Entretanto, desde o início da década de 70, ogrupo do qual faz parte atua no mercado brasileiro detransformação plástica. “Na área de bisnagas, nossa es-tratégia integra alta velocidade, flexibilidade e fabrica-ção interna das tampas e de seus respectivos moldes”,afirma Pellegrini. No que pesem tais características,não há como dissociar a tradição da Globalpack à ma-nutenção da liderança do mercado de bisnagas plásti-

Aisawww.aisa.com+41 (0) 24 4820 820No Brasil: (19) 3281-1753

Cebalwww.cebalbrasil.com.br(11) 4723-4700

C-Packwww.c-pack.com.br(11) 5562-8671

Crown Cork www.crowncork.com(11) 5054-4011

Embalewww.inplavel.com.br(47) 439-5454

Globalpackwww.globalpack.com.br(11) 5641-5333

Herplast(47) 635-0547

Igaratibawww.igaratiba.com.br(19) 3821-8000

Impactawww.impacta-brazil.com.br(11) 4447-7318

JHM Máquinaswww.jhm.com.br(11) 4723-3744

Mazz Designwww.mazz.com.br(11) 3842-7880

Tube Councilwww.tube.org+1 (973) 744 4551

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Tubos da Embale revelam foco também em usuários de pequeno porte

Metalização emcosméticos: luxo

agrega valor Bisnagas da Globalpack em alimentos: nicho potencial

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ixar-se nas voca-ções, ou no corebusiness, comose diz no lingua-

jar empresarial, virou pala-vra de ordem entre as gran-des companhias nos últimosanos. E o ramo da embala-gem não é exceção dentrodessa tendência de racionali-zação de atividades. Recenteepisódio foi o anúncio da saí-da da Alcoa do negócio depré-formas e garrafas dePET, através da venda deseus ativos na América doSul para a australiana Amcor,numa transação de 75 mi-lhões de dólares. A transiçãodefinitiva é aguardada para oterceiro trimestre deste ano.

Os ativos sul-americanosda Alcoa envolvidos no ne-gócio – nove unidades deprodução localizadas noBrasil, Argentina, Chile, Co-lômbia, Peru e Uruguai –eram os únicos da multina-cional americana na área deembalagens de PET em todoo mundo. Com a sua incor-poração, a Amcor atingiráuma posição privilegiadapara expandir seus negóciosna América do Sul, visto queas vendas anuais da Alcoa naregião atingem a casa dos130 milhões de dólares.

Maior escalaCom a aquisição, a Amcorvisa aumentar seus negóciosnas áreas de bebidas carbo-natadas e águas minerais,atendendo com maior escala

na região clientes globaiscomo Coca-Cola e Pepsi.Além disso, fabricantes re-gionais também estão namira da empresa, que já pos-sui 13 plantas de recipientesPET e 14 linhas in-houseinstaladas na América Lati-na. “Trata-se de uma das re-giões com maior velocidadede crescimento no mundopara os recipientes de PET ea população jovem de mui-tos dos países garante queessa alta taxa de crescimentocontinue”, afirma RussellJones, diretor administrativoda Amcor.

Apesar do desinvestimen-to em pré-formas e garrafas,que segue a estratégia de ali-nhamento mundial do seuportfólio de produtos, a Al-coa já informou que conti-nuará atendendo os clientesde embalagens e da indústriade bebidas na América Lati-na através de seus negóciosem tampas plásticas. Paratanto, contará com o apoiotecnológico da Alcoa Closu-res Systems International,por meio de suas operaçõesno Brasil, Argentina, Chile,Peru e Colômbia. Os clientese funcionários já foram infor-mados, através de comunica-do da empresa, sobre a vendado negócio de PET, que em-prega atualmente 380 pes-soas na América Latina.

materiais

FAlcoa vende seus negócios em PET para a Amcor

Longe do sopro

Alcoa(11) 4195-3727www.alcoa.com.br

Amcor(11) 4589-3060www.amcor.com

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Sem liner para águasNa área de tampas, que continua forte comouma de suas unidades de negócios, a Alcoaanunciou na Fispal uma novidade para águasminerais. Trata-se da tampa Triplet, que, mesmosem utilizar vedantes, foi desenvolvida tambémpara garrafas com gás. Segundo Sérgio Nasci-mento, gerente comercial da Alcoa, a ausênciado liner é possível graças à estrutura especialda tampa. “A Triplet possui três pontos de veda-ção, na forma de pequenas divisões internas”,ele esclarece. “Ela só não é recomendada emáguas altamente gaseificadas”. Feita de polipro-pileno (PP), a tampa possui diâmetro de 28mm.

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e há setores produtivos que pe-nam para encontrar o arco-írisdos produtos de valor agregado,há aqueles para os quais a solu-

ção parece acenar da esquina. Pegue-se ocaso da indústria de laticínios: ela tem norequeijão um produto que não exige gran-des investimentos na fabricação, goza degrande receptividade junto ao brasileiro e,decididamente, é percebido como um ali-mento elaborado.

Essa atrativa equação não passa embrancas nuvens pelas empresas de leites ederivados, que lançam seguidas fichas paraganhar seu quinhão de mercado, seja empraças regionais ou em distribuições maisamplas. Marcas de referência vêm ganhan-do, paulatinamente, companhia nos balcõesrefrigerados – até de marcas próprias do va-rejo, vale lembrar. Assim, não só tem au-mentado o escoamento, mas também o sor-timento das embalagens de requeijões.

Militantes do PPUm bom indicador dessa injeção de compe-titividade, no tocante à apresentação doproduto: aquilo que se poderia chamar deparadigma na comercialização do requei-jão, o copo de vidro com tampa metálica defácil abertura, vem descobrindo contendo-res. Rivais emergentes, que vêm ganhando

requeijões

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Com a explosão demarcas, apresentação

de requeijões é valorizada

Por Guilherme Kamio

Sortimentocremoso

adeptos entre os laticínios, são os copos e ospotes plásticos – especialmente os termo-formados de polipropileno.

“A fragmentação do mercado lácteovem realmente contemplando um maioruso do copo plástico para requeijão, o que éaté um movimento natural, pois ela faz sur-gir fabricantes com necessidades e prefe-rências peculiares”, afirma Paulo EduardoBernardes Silva, coordenador de mercadoda Fibrasa, empresa que há 31 anos atua noramo das embalagens plásticas rígidas. Se-gundo ele, o aumento dos clientes nessaárea tem sido acentuado nos últimos anos.

Tal movimento também é acusado poroutra tradicional fornecedora de recipien-tes de PP, a Poly-Vac, que diz já contar commais de quarenta clientes na área de requei-jões em sua carteira. Entre os atrativos doscopos e potes plásticos, a empresa destacao fato de tais embalagens permitirem o en-caixe umas nas outras (são “telescopá-veis”, segundo o jargão industrial). Alémdisso, elas são mais leves. Esses dois fato-res são, sem dúvida, relevantes nos proces-sos de transporte e estocagem. “Inegavel-mente, porém, a maior atração é o preço”,afirma Benilde Carneiro Lodi, supervisorde marketing da Poly-Vac.F

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Copos de vidro daNadir: tradicionais,mas cada vez maispersonalizados e sofisticados

Copos e potesplásticos, como os

da Poly-Vac, vêmganhando adeptos

entre requeijões

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Frente a essa constatação, e no cotejocom o que aconteceu na área de bebidas,surge, contudo, uma pergunta inevitável: ocrescimento da participação dos copos plás-ticos para requeijões não evidencia certo“efeito tubaína” no mercado, tomando em-prestada a definição criada para rotular ocrescimento das marcas mais modestas derefrigerantes na esteira da popularizaçãodas garrafas de PET?

Lodi diz que não e aponta, em seu port-fólio, a presença de copos de marcas de“qualidade reconhecida”. Um deles, numexemplo providencial, segundo o profis-sional, é o da chancela Curral de Minas,vencedora, nos últimos dois anos, da cate-goria de requeijão cremoso no ConcursoNacional de Produtos Lácteos, prêmio tra-dicional no setor.

Reuso pesaNo balcão da Nadir Figueiredo, referênciano fornecimento de copos de vidro para re-queijões cremosos, segmento em que afir-ma deter mais de 90% de participação, a in-

vestida do plástico não é ignorada.Todavia, não se acomodando diante do

handicap da ligação praticamente umbilicalde seu produto com o requeijão, a empresalembra que vem afinando com seus clientes,nos últimos anos, projetos de copos com de-sign diferenciado ou dedicados a ações pro-mocionais, que ganham atributo de itempara colecionar – a exemplo do que pôdeser visto, num caso relativamente recente,através da marca Danúbio, da Dan Vigor, naúltima Copa. “Vimos igualmente aumentar,num período recente, o uso dos copos combocal menor, no diâmetro de 67mm, e deperfil mais alongado, que reforçam o apelode reuso pelo consumidor”, comenta Mau-rício Goulart de Faria, gerente da divisão deembalagens de vidro da Nadir.

Aliás, a larga reutilização do copo de vi-dro pelos consumidores, como copo mes-mo, vasilho, porta-lápis e outras funções,constitui o fator de “maior agregação de va-lor frente a outras embalagens vazias”, naspalavras de Faria. E trata-se de um trunfoque ele considera um porto seguro. Até por-que, segundo o executivo, esse apelo temsido reforçado pelo fato, verificado em mo-nitoramentos do mercado feitos pela Nadir,de as redes de varejo virem estipulando umadiferença pequena de preço entre os requei-jões acondicionados em vidro e os queusam copos de plástico.

Nesse ponto, um possível contra-argu-mento da concorrência seria o de que o be-nefício do reuso vale enquanto a retençãodos copos nos lares não atinge a saturação.Em outras palavras, só dura enquanto hou-ver espaço no armário. O executivo da vi-

Prenúncio de maior disputa também em tampasHá um bom tempo fazendo dobradi-nha de sucesso com os copos de vi-dro no mercado de requeijões, numaconjugação praticamente hegemôni-ca, a tampa Abre Fácil, da Rojek,está na mira da concorrência. Umasolução alternativa foi lançada emmaio pela Aro, tradicional fabricantede rolhas metálicas para bebidas ede latas para tintas e vernizes. Trata-se da tampa Prática, que, como asolução da Rojek, conjuga uma tam-pa metálica com um vedante plásti-

co – só que este na forma de anel.Esse diferencial, diz Luiz Carlos Co-velo, diretor comercial da Aro, facili-ta a abertura do produto somentecom os dedos da mão, dispensandoutensílios domésticos. “Ademais, oanel não solta totalmente da tampa,o que evita que crianças o ingiraminadvertidamente, e o furo da tampa,próprio ao sistema de envase a vá-cuo do requeijão, não fica exposto,evitando contaminações”, ele ilus-tra. A Prática está disponível no tra-

dicional diâmetro de 74mm, mas aversão de 67mm já está em desen-volvimento.

Promoções, comoa feita pela DanVigor, reforçam

apelo dos coposdecorados

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draria, no entanto, acredita que esseesgotamento é relativo, “pois o hábitode doar copos a conhecidos, ou mesmode levá-los para uma casa de campo oude praia, é arraigado entre as famílias”.

Longe da disputa entre os copos, ou-tro sistema de embalagem vem ganhandoespaço no campo dos requeijões, mas nonicho dos chamados requeijões culinários.

Flexíveis na áreaSão os aplicadores de filmes flexíveis,também conotados como bisnagas. Inicial-mente desenvolvidos para atender o foodservice, paulatinamente eles ganharam ovarejo, para contemplar as donas-de-casa e

os cozinheiros de fim de semana. Tais embalagens foram mantidas, na

transição do canal institucional para o gran-de varejo, pela sua praticidade: ao cortar obico do envoltório, o consumidor pode do-sar a aplicação do requeijão em sua receita.

“Com a ampliação do mercado, tive-mos de adaptar formatos e volu-

mes para melhor atender acada público”, conta Luiz Fernan-

do Redoschi, sócio-proprietário da Gra-ti, convertedora que se especializou no sis-

tema e, hoje, produz embalagens que va-riam dos 100g e 400g, para o varejo, e de1kg a 10kg, para o food service. Segundoele, as estruturas usuais das bisnagas são aslaminadas, de poliéster e polietileno, ou ascoextrudadas, de náilon e polietileno.

Em meio a essa segmentação do merca-do, na qual a embalagem vem desempe-nhando papel decisivo, o chavão torna-seinevitável: quem ganha, no fim das contas,é o consumidor. Dele, os laticínios e as em-presas de embalagens só esperam maiordisposição – e condição, é claro – de com-prar requeijão.

Isso porque, como é sublinhado pelosfabricantes, o consumo individual brasileirode queijos para untar pães, torradas e bis-coitos é de apenas 300g anuais, enquantoem alguns países europeus chega aos 15kg.É a evidência de que o mercado interno temtudo para vir a ser, para os requeijões, umcanapé mais saboroso.

Aro(11) 6462-1700www.aro.com.br

Fibrasa(11) 5051-2984www.fibrasa.com.br

Grati(11) [email protected]

Huhtamaki(11) 5504-3500www.huhtamaki.com.br

Nadir Figueiredo(11) 6967-1633www.nadir.com.br

Poly-Vac(11) 5541-9988www.poly-vac.com.br

Aposta na força da chancelaFamosa pelo seurequeijão diferen-ciado, de apelo pre-mium, a LaticínosCatupiry está utili-zando, pela primei-ra vez, uma embala-gem de vidro. Noentanto, ela nãoacondiciona o car-ro-chefe da empre-sa, mas sim umanova marca de re-queijão cremosoque está sendo lan-çada no mercado, a

Copocrem. “O novoproduto é dirigidoao segmento de re-queijões em copo,portanto não com-petirá com nossorequeijão tradicio-nal”, explica Léo

Queiroz, gerentecomercial da Catu-piry. Para o produ-to, a Nadir Figueire-do desenvolveu umcopo de desenhoexclusivo. No rótu-lo, o logotipo daCatupiry ganhoudestaque. “Acredi-tamos que o consu-midor irá valorizar atradição de nossamarca no momentoda compra”, arre-mata Queiroz.

Requeijão ianque quer maiores fatiasNos Estados Unidos, o queijo cremoso ma-tinal também é uma tradição. O deles, noentanto, é diferente do brasileiríssimo re-queijão, e atende pelo nome de creamcheese. Acreditando no potencial do mer-cado nacional para o produto, a KraftFoods está relançando no país a sua marca

Philadelphia, líder mundial na categoria,que de 1994 a 1997 esteve presente nasgôndolas daqui através de importações –interrompidas devido à volatilidade cambiale à complexidade logística.A marca, presente em mais de 100 países ecom vendas anuais de mais de 1 bilhão dedólares mundialmente, será encontrada nasgôndolas nas versões Original e Light, empotes de 200g da Huhtamaki, tradicionalfornecedora de recipientes plásticos paraalimentos. Para viabilizar a produção doPhiladelphia, a Kraft construiu uma fábricadedicada junto às suas instalações em Cu-ritiba (PR), “a mais moderna no mundopara a produção do cream cheese”, segun-do a empresa.

Bisnagas: parafood service

e tambémpara o varejo

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esmo sem poder de compra suficiente, ousimplesmente refratários a gastar umpouco mais e levar para casa aquilo quedesejam, os consumidores raramente dei-

xam de querer sentir o gostinho de possuir um produ-to bem reputado. Tal afirmação pode ser transposta emestilo literal para o crescente mercado de óleos com-postos. Normalmente vendidos na escala de 85% deóleo de soja e 15% de azeite, ao longo dos anos essesprodutos têm permitido aos brasileiros menos privile-giados servir em suas mesas um iten normalmente im-portado e caro como o óleo de oliva.

No entanto, frente à explosão de marcas favoreci-da pelo vaivém cambial e pelo insistente achatamentodo poder aquisitivo da população, tradicionais forne-cedores de óleos compostos começaram a diversificarseu público-alvo para além das classes mais baixas.Numa jogada hábil, cujo objetivo é romper a estratifi-cação de mercado que caracteriza o setor e assim am-pliar as margens junto aos consumidores das classes Ae B, tais fabricantes passaram a aprimorar o grau dedistinção de suas marcas, investindo em inovaçõesprodutivas resguardadas por embalagens cada vezmais nobres e atraentes.

Pelo menos dois recentes lançamentos do mercadode óleos compostos comprovam essa tendência. O pri-meiro deles vem da Vida Alimentos, fabricante do tra-dicional óleo Maria. Líder do mercado brasileiro deóleos compostos, com 68% de participação, a marca

azeites

MÓleos compostos investem para crescer nas classes A e B

Sem estratificaçãoacaba de ganhar uma versão sofisticada, composta deazeites europeus e óleo de soja brasileiro. Contandocom ervas suspensas e seis diferentes versões, o re-cém-lançado Maria Premium está sendo vendido emgarrafas de vidro desenvolvidas pela Cisper. Com ca-pacidade de 500ml, a embalagem tem fundo abauladoconcebido para evitar que as ervas se acumulem emsua base.

Ar nobre - Não bastasse a presença do vidro, mate-rial que se tornou um símbolo de sofisticação no mer-cado de azeites, os acessórios da garrafa do Maria Pre-mium reforçam a semelhança visual entre o produto eos mais celebrados azeites europeus. Feita de alumíniocom acabamento dourado, a tampa da versão luxuosado óleo Maria é rosqueável e tem a marca do produtoimpressa em alto-relevo. O projeto do sistema de fe-chamento foi desenvolvido pela Marcatto. “Como ovidro, o alumínio confere ar nobre e se encaixa perfei-tamente no conceito do produto”, fala Márcio Bairão,diretor de marketing da Vida Alimentos.

Ainda no fechamento, o Maria Premium contacom batoque plástico dotado de orifício de saída cria-do especialmente para dar vazão às ervas suspensas. Oacessório também possui um sistema de corta-gotas,que não deixa o óleo escorrer no vidro após o uso. Naparte de decoração, a Vida Alimentos delegou a pro-dução dos rótulos e contra-rótulos à gráfica Henel. Odesign gráfico das peças foi criado pela Seragini Far-

né, que optou por um padrão cromáti-co distinto para cada um dos seis sabo-res da Linha Maria Premium.

Outro óleo composto com posicio-namento premium foi recentementelançado pela Cargill. Sem recorrer aovidro, mas também buscando referên-cias de sofisticação através da embala-gem, a empresa criou a linha Olívia,que atualmente é vendida em sete ver-sões (tradicional, orégano, tomateseco, manjericão, pimenta, cebola ealho e ervas finas). Há pouco mais deum ano no mercado, os produtos jácontam com 19% de participação nosetor de óleos compostos, segundo da- F

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Garrafas de vidro e ervassuspensas no recém-lançado

Maria Premium

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dos ACNielsen. A linha é comercializada em latas de açode 500ml que, com a adoção de tampas retráteis, seguema tendência do mercado de azeites puros. O visual dasembalagens ficou a cargo da agência B+G Designers.

Latas eletro-soldadas - Além de investir no visual ena diversificação de sabores, a Cargill tem demonstradopreocupação quanto à modernização dos métodos produ-tivos de suas embalagens. Fornecidas pela Prada, as latasde aço utilizadas na linha Olívia passarão a ser produzi-das com tecnologia de eletro-soldas. Segundo AdrianoMarson, da área de marketing da Prada, trata-se de umsistema que apresenta vantagens em relação ao métodoprodutivo tradicional, conhecido como agrafagem.

“Onipresentes em alimentos europeus vendidos emembalagens de aço, as latas eletro-soldadas possuem fe-chamentos mais herméticos, além de boa resistência àqueda”, diz o profissional da Prada, acrescentando que, adespeito dos benefícios, o custo da solução não é maior.Marson explica ainda que a oferta da nova tecnologia foiimpulsionada pela recente aquisição das linhas produti-vas da fluminense Real Embalagens pela Prada. “Na áreaalimentícia, a marca Olívia será a primeira a usar as lataseletro-soldadas”, revela Marson.

Sob uma possível linha de interpretação, os investi-mentos em embalagem mostram que a consolidação domercado de óleos compostos não depende apenas da di-minuição do poder aquisitivo da população. Tudo indicaque o uso de blends de azeites consagrados, aromas e sa-bores cada vez mais diversificados, além de embalagensmodernas e atraentes, pode fazer o consumo desses pro-dutores crescer mesmo nas parcelas da população cujarenda ainda não foi para o vinagre.

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Linha Olívia, daCargill: latas

mais resistentese bico dosador

B+G Designerswww.bmaisg.com.br(11) 5051-1446

Cisper(11) 6542-8000www.cisper.com.br

Henel Indústiras Gráficas(11) 6942-9922www.henel.com.br

Prada(11) 5682-1000www.prada.com.br

Seragini Farné(11) 3088-0477www.seraginifarne.com

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ornou-se usual entre o se-tor produtivo nacional, nosúltimos meses, alegar serpreciso aguardar decisões

claras do governo Lula quanto à políti-ca econômica, pois só assim seria pos-sível investir com certa segurança, ou,no máximo, correndo um risco calcu-lado. À primeira vista, e aos olhos dosmais práticos, tal cautela se justifica,ainda mais se as empresas têm em

mente a aquisição de bens de capital,itens que via de regra dependem dosfinanciamentos e de outras formas decrédito que surfam no corrente mar dainstabilidade cambial e das taxas de ju-ros desestimulantes.

Só que, ao menos pelo o que sepôde apurar ao fechamento da 19a edi-ção da Fispal Tecnologia – Feira Inter-nacional de Embalagens e ProcessosIndustriais, que aconteceu de 10 a 13de junho no Pavilhão de Exposiçõesdo Anhembi, em São Paulo, pareceque o empresariado resolveu se anteci-par aos acenos do condottiere nacional– ou então já possui indicativos quelastreiam a previsão de um futuro bre-ve favorável. Isso porque a feira de ne-gócios registrou um volume expressi-vo de transações realizadas, numa evo-lução consistente em relação a sua edi-ção anterior.

Nos cálculos do Grupo Brasil Rio,seu organizador, a Fispal deste ano,realizada pela quinta vez consecutiva

em conjunto com a Techno Plus (FeiraInternacional de Fornecedores para asIndústrias Farmacêutica, Cosmética eQuímica), movimentou negócios daordem de 4,8 bilhões de reais, um cres-cimento expressivo de 1,6 bilhão dereais em relação ao que foi movimen-tado na Fispal de 2002 e 1,5 bilhão dereais a mais que a expectativa inicialdos organizadores.

Maior segmentaçãoOutros dados, mais palpáveis, tambémdeixaram transparecer a dimensãomaior da feira neste ano. O número deexpositores saltou de 1 656, em 2002,para 1 838 neste ano, o que demandouuma área maior para o evento. Nesteano, foram 38 000 metros quadradosocupados (32 000 metros quadradospara a Fispal e 6 000 metros quadradospara a Techno Plus), 3 000 a mais quena edição anterior. E o público visitan-te aumentou de 54 700 pessoas da edi-ção 2002 para 68 622 neste ano.

feira

TFispal 2003 mostra que, mesmo com incertezas macroeconômicas, indústri

Pelos números, bo

Nova geração para caixinhas e garrafas de PETA Tetra Pak apresentou novidades nas áreas deequipamentos para embalagens cartonadas e plásti-cas e outros sistemas de processamento. Para o for-mato Tetra Brik Aseptic de 1000ml, a empresa mos-trou a máquina de envase Tetra Pak A/3 Speed, quealcança a produção de 12 mil unidades por hora. Elapode ser conjugada à Tetra Cardboard Packer 22,lançamento para agrupar as Tetra Brik em bandejasou caixas wrap around. Na mesmaseara, outro destaque foi a TBA/8,envasadora para caixinhas TetraBrik Aseptic de 355ml a 1500mlque possibilita a colocação de va-riadas tampas. Para o envase as-séptico de embalagens de PET, aTetra Pak mostrou a Tetra Plast

RFA-40, que tem uma câmara estéril integrada, eli-minando a necessidade de uma sala limpa na linhado cliente. Ela produz até 15 000 garrafas por hora,com flexibilidade para vários formatos e volumes –de 330ml a 1 500ml – e é indicada para engarrafa-dores de chás, isotônicos e sucos.(11) 5501-3200

www.tetrapak.com.br

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Por Guilherme Kamio e Leandro Haberli

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a não deixa de investir em tecnologia

m presságioEm termos de apresentação, a gran-

de novidade da Fispal Tecnologia2003 foi a setorização da feira, umaevolução da tendência de segmentaçãoiniciada em 2001, com a divisão dafeira em dois pavilhões, separandoempresas por perfil – uma reivindica-ção tanto dos expositores como do pú-blico em geral.

Neste ano, as cores dos carpetesdelimitavam os espaços dedicados àsempresas fornecedoras de equipa-mentos de embalagem, que ocuparamo setor Fispack, e às empresas deequipamentos para processamento dealimentos, que fincaram pé no setor

Processa. Segundo Ricardo SantosNeto, presidente do Grupo Brasil Rio,essa segmentação foi decisiva para obom desempenho da feira, “porquedirecionou o visitante às suas áreas deinteresse, otimizando seu tempo e,conseqüentemente, facilitando os ne-gócios”.

E como vem se tornando tradicio-nal nos últimos anos, a feira trouxeuma série de eventos paralelos. A As-sociação Brasileira Técnica de Flexo-grafia (Abflexo/FTA Brasil) promoveuuma série de palestras ao longo dosquatro dias de evento, e a AssociaçãoBrasileira de Embalagem (ABRE) rea-

lizou um seminário sob o tema “Em-balagem: será este o diferencial com-petitivo para o século XXI?”. A entida-de de classe da indústria de embala-gem ainda participou da Fispal atravésdos estandes de Meio Ambiente, De-sign, Exportação e Institucional, sendoque neste último foi promovida nova-mente a votação da categoria Voto Po-pular do Prêmio ABRE de Design &Embalagem, com a exposição no localdas 177 embalagens inscritas.

A seguir, EMBALAGEMMARCA apre-senta as novidades que mais chama-ram a atenção de sua equipe ao longodos três dias de evento.

Embarques ágeisVoltado aos frigoríficos, tanto aos que traba-lham o mercado nacional como aos que expor-tam, a fechadora de caixas TB-1452 (foto) foicoqueluche no estande da 3M. Ela foi desenvol-vida especialmente para o fechamento de gran-des volumes de caixas telescópicas (tampo/fun-do) de papelão com fita adesiva, numa alterna-tiva às cintas plásticas e aos filmes shrink. Ou-tro destaque da 3M foi o Aero 120, aplicador deetiquetas e rótulos para caixas de papelão quepode operar acoplado a fechadores de caixas.Ele pode utilizar etiquetas de papel ou BOPP, etem velocidade de aplicação regulável, podendochegar a 30 metros por minuto.0800 13 2333 • www.3m.com.br

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32 – EMBALAGEMMARCA • jul 2003

Estanque e práticaA lata Ploc Off foi a vedete da Brasila-ta no evento. Ideal para embalar ali-mentos secos como café solúvel, casta-nhas, leite em pó e achocolatados, entreoutros produtos, a Ploc Off possui fe-chamento que combina metal e plástico,e que agrega lacre de segurança commecanismo antiviolação. A nova latasurge como alternativa de uma só peçaao sistema baseado em selo de alumíniocom sobretampa plástica ou metálica,dispensando utensílios para a sua aber-tura. De acordo com a Brasilata, a prin-cipal vantagem da Ploc Off no envase éo fato de ela dispensar recravadeira.Para o consumidor, o maior benefício éo refechamento estanque, que garantemaior conservação aos alimentos. Ainovação já foi premiada em abril, du-rante o evento Cannex, em Cingapura.(11) 3871-8500 • www.brasilata.com.br

Caixinha ao gosto do clienteA nova linha de embalagens assépticas cartonadas combisha-pe, lançada mundialmente durante a feira alemã ANUGAFoodTec, em abril, foi o destaque da SIG Combibloc na Fis-pal. O grande diferencial da combishape é a possibilidade deela ter formatos diferenciados, de acordo com o desejo docliente – ela pode ser oval, triangular, octogonal ou pentago-nal, entre outros formatos, numa ampla gama de volumes. Ascombishape são fornecidas em bobinas impressas e não emembalagens individuais pré-cortadas, como convencional-mente opera a SIG Combibloc, e são dotadas do sistema deabertura/fechamento shapeTwist, uma tampa de rosca plásti-ca de três partes.(11) 3168-4029 • www.sigcombibloc.biz

Rótulos no lugarAtravés de sua unidade TIF, da divisãode Adesivos Industriais, a Henkel enfa-tizou durante a feira o Optal LG 11, umadesivo base sintético substituto da ca-seína, com desempenho superior pararotulagem. Segundo a Henkel, ele foi de-senvolvido para dar maior resistência àsvariações de temperatura, evitando odescolamento do rótulo de garrafas narefrigeração e na imersão em água. OOptal LG 11 é fornecido em embalagemcom formato de balde e, segundo a Hen-kel, já está sendo utilizado pelos fabri-cantes das principais marcas de cervejano Brasil e na Argentina.(11) 3848-2300 • www.henkel.com.br

Aposta em novos segmentosA Orsa Celulose, Papel eEmbalagens apresentou naFispal produtos para algunssegmentos novos em seu port-fólio. Foram os casos das em-balagens para fumo das emba-lagens em papelão microondu-lado. As embalagens parafumo (foto), fruto de investi-mentos de 1,5 milhão de reais,têm alta resistência à umidadee ao empilhamento, um apeloforte diante do manuseiosevero e das exporta-ções. São fabri-cadas com adesi-vo especial em pa-rede dupla de papéisvirgens, o que dá suporteà prensagem do fumo,realizada no interior daprópria embalagem. Porsua vez, as embalagens demicroondulado foram via-

bilizadas a partir de investi-mentos de 300 000 reais emtecnologia e desenvolvimento.Tais embalagens, que permi-tem impressão em até quatrocores, têm como principais fo-cos aplicações sofisticadaspara o acondicionamento dealimentos, calçados e cosméti-cos, entre outros produtos.(11) 4689-8700

www.orsaembalagens.com.br

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34 – EMBALAGEMMARCA • jul 2003

Novas máquinas em destaque para pouches e vácuoDuas máquinas concentraramatenções no estande da Masipack:a Ultra Pouch e a MXVAC. A pri-meira é uma embaladora automá-tica vertical para formar pouches estand-up pouches, com produçãode até 80 pacotes por minuto e sis-tema opcional para a aplicação deválvulas ou zíperes. Um grandedestaque é sua construção com-pacta, que ocupa espaço reduzidona planta do cliente. O UltraPouch permite rápido setup paraformar até 20 tipos de formatos di-

ferentes de embalagem e possuisistema eletrônico de todas as fun-ções, controlado por CLP AllenBradley. Já a MXVAC se destinaao embalamento a vácuo de pro-dutos granulados, como cafés. Amaior shelf life proporcionada éapelo sensível para produtos paraexportação. Sua produção é de até30 pacotes por minuto, e ela seadapta aos mais diversos tipos dedosadores.(11) 4178-8099

www.masipack.com.br

Identificação mais rápidaA RR Etiquetas destacou a impressora digital de rótulosVP2020, da VIPColor, para processos de identificação e codi-ficação de produtos. Seu principal atrativo é a possibilidadede imprimir etiquetas coloridas com imagens e figuras em altaresolução, o que facilita a identificação e evita trocas e enga-nos na remessa e armazenamento de mercadorias. Ademais,permite a customização de códigos de barras e inserção de da-dos variáveis. Baseada em tec-nologia ink-jet da HP, a im-pressora pode ser conectadavia rede Ethernet, por caboUSB ou através de tecnologiasem fio Bluetooth. Depen-dendo do tamanho da etique-ta, pode imprimir até 2 900unidades por hora.(11) 6525-9000 • www.rretiquetas.com.br

Novo couché revestidoIndicado para a produção derótulos secos, auto-adesivose envoltórios, o Image La-bel, papel couché revestidoem um único lado, foi apre-sentado pela Ripasa na Fis-pal. A empresa tambémaproveitou o evento para in-formar que sua linha textu-rizada de papel cartão Acá-cia, que compreende as va-riantes Monopack, Master-set e Monolux, passa a inte-

grar a carteira de papéisofertados ao segmento deembalagens. A Ripasa aindaabrigou em seu estande oEspaço do Cliente, ondeprodutos de seus principaisclientes, além de açõescomo o Projeto PapelcartãoDesign, veiculado em EM-BALAGEMMARCA, foram exi-bidos ao público. 0800 113257

www.ripasa.com.br

Abertura fácil emnovos nichosGrande fornecedora de fitilhos para aabertura fácil de embalagens e pioneirana tecnologia de fitilhos auto-adesivos,a partir da qual trabalha sua marca Su-pastrip, a PP Payne mostrou na Fispalalgumas aplicações novas de seus pro-dutos, incluindo soluções recentementeadotadas por clientes nacionais para aabertura de embalagens flexíveis, papelcartão, papelão corrugado e embala-gens a vácuo. Exemplos dessas novasaplicações, mostradas pela PP Payneem seu estande, foram os cartuchos daFarinha Láctea Nestlé, as pastilhasMentos e Valda em versão flip top, osnack Club Social Integral e a linha daMelhoramentos Papéis com a aplicaçãodo fitilho Supastrip para as embalagensde papel toalha, guardanapos e papéishigiênicos.(11) 5523-2312 • www.pppayne.com

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Sortimento em fitas

Linhas inteligentesO Robot 3A, máquina multifuncional de suacontrolada Kettner, foi o destaque da Kronesna feira. Com demonstrações do funcionamen-to da máquina, a Krones procurou ressaltar asvantagens de rentabilidade dos robôs na com-paração com várias máquinas embaladoras oupaletizadoras instaladas conjuntamente em uni-dades flexíveis de produção. Segundo a Kro-nes, mais de 600 robôs encaixotadores e paleti-zadores da Kettner estão funcionando em todoo mundo. Eles trabalham com caixas plásticas ede papelão, divisórias e envases individuais,nas mais diversas tarefas, devido ao princípiode construção modular. (11) 4075-9500 • www.krones.com.br

A Day Brasil apresentou no evento uma novamáquina seladora de caixas de papelão com fi-tas adesivas, a TecTape 551 Red Line. Segundoa empresa, seu projeto simplificado proporcio-na um abatimento de custo da ordem de 25%.Na mesma seara, a Day apresentou novas inte-grantes da família TecTape de fitas adesivasaplicáveis na indústria alimentícia. São elas aTecTape 304, aplicável em altas e baixas tem-peraturas (até –20º C em câmara fria); a TecTa-pe 346, fita atóxica que possui adesivo de bor-racha com características especiais, que nãopermitem sua transferência, além de suportarvariações de temperatura e contato com produ-tos químicos; a TecTape 306, desenvolvida es-pecialmente para aplicações em caixas de pape-lão; e a TecTape dupla-face com refile, cujo li-ner é descartado com maior rapidez, gerandoagilidade em aplicações.(11) 3613-7744 • www.daybrasil.com.br

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36 – EMBALAGEMMARCA • jul 2003

Frutas ganham com bagsA Embaquim lançou umabolsa plástica asséptica (bag)de alta barreira ideal para oacondicionamento de ali-mentos, especialmente fru-tas. A nova embalagem, obti-da a partir de uma estruturacoextrudada laminada comPET, proporciona vida deprateleira de até um ano parafrutas sensíveis, como man-ga e banana, e de até doisanos para produtos mais re-sistentes, como tomate egoiaba. Ela pode ser forneci-da em volumes de 200 e1000 litros. Os bags podem

ser fornecidos individual-mente ou em bobinas, parauso em linhas automáticas dealta produtividade. A Emba-quim também mostrou oslançamentos da Astepo, em-presa italiana do Grupo Ber-tuzzi, que ela representa comexclusividade no Brasil.Exemplo: a linha de enchi-mento asséptico para peque-nas produções. “Existe ummercado potencial para essasmáquinas de pequeno porte,uma vez que as empresas es-tão buscando alternativasmais baratas e de produção

mais flexível para ini-ciar novas linhas deprodutos institucio-nais, especialmentenas áreas de sucos epolpas”, conta Ronal-do Canteiro, diretor daEmbaquim.(11) 6161-2333

www.embaquim.com.br

Resfriados maisecológicosMais uma alternativa de revestimentopara embalagens celulósicas de produtosrefrigerados foi apresentada na Fispal.Trata-se do EcoBox, cartucho de papelcartão revestido à base de parafinas e ce-ras micro-cristalinas, que tem no apeloambiental um de seus pontos fortes. Ape-sar de ressaltar as características “verdes”do produto, a Box Print Grupograf, em-presa fornecedora da solução, afirma queo revestimento EcoBox apresenta alta re-sistência a água e gordura, além de seadaptar a processos de fechamento auto-mático, selagem a quente e ser ideal paraprodutos resfriados e congelados. (11) 5570-9275 • www.boxprint.com.br

Aplicação com exatidãoNa área de equipamen-tos para aplicação derótulos auto-adesivos, aSilk Mac lançou a Ro-tuladeira AutomáticaCilíndrica Rc01. Se-gundo Wagner Andra-de, da área de vendas daempresa, a máquina alia

alta capacidade produti-va, que pode chegar a9 000 aplicações porhora, a exatidão na ro-tulagem. “Trata-se deum equipamento bas-tante preciso, voltado aclientes que atuam comgrandes tiragens”, dizAndrade. “A Rc01 tra-balha com rolo e pris-ma, mas não utiliza pa-rede para massagear”,ele completa. Segundoa empresa, uma unidadefoi vendida durante aFispal para o converte-dor Power Press.(11) 6966-4666

www.silkmac.com.br

Espaço reduzidoNa área de equipamentos de fim delinha, a catarinense Tecno-tok apresentou a Enfarda-deira Maxitok. Com capaci-dade para até 120 pacotespor minuto, o equipamen-to é produzido com tecno-logia própria. Seu grandediferencial, entretanto, é aredução dimensional, que,segundo a empresa chegaa 20% se comparada aequipamentos concorren-tes. “Hoje a área útil deuma empresa é muito cara”,diz Marcelo Rodrigues Knopp, diretor-comercialda Tecnotok. “Por isso decidimos divulgar na Fis-pal um equipamento compacto, mas de grandeprodutividade”, completa.(47) 370-2740 • www.empacotamento.com.br

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38 – EMBALAGEMMARCA • jul 2003

Assistência em laminação com amplos recursosA Coim buscou divul-gar na Fispal a criaçãode sua infra-estruturapara desenvolver pro-dutos e realizar testesde laminação em emba-lagens flexíveis de

clientes em sua plantade Vinhedo (SP). A ini-ciativa inédita, viabili-zada através da aquisi-ção de uma laminadorapiloto Labo Combi 400e já divulgada por EM-

BALAGEMMARCA, ga-rante agilidade e conve-niência, pois os clientesnão precisam parar li-nhas para a realizaçãodos testes. Ademais,contam com suporte

técnico especializado efidelidade de processos(adaptação de regula-gens de acordo com osresultados).(19) 3876-9600

www.coimbrasil.com.br

A Optima do Brasil apresentou as máquinas Li-nofill (foto) e SV 122, direcionadas às indústriasfarmacêuticas, cosméticas, alimentícias, quími-cas e veterinárias. A primeira é utilizada para en-chimento linear de frascos em pequenos e gran-des volumes, e a segunda no enchimento e fecha-mento de seringas de dose única. Ambas utili-zam-se de servo-motores, para maior precisão eagilidade na troca de formatos e volumes de en-chimento. Os sistemas de dosagem dos equipa-mentos podem ser através de bombas de êmbo-los rotativos, compostas por apenas duas partesde fácil limpeza; sistema de fluxômetro eletro-magnético; sistema de fluxômetro de massa; sis-tema de dosagem por tempo-pressão e bombasperistálticas. Para o segmento de higiene pessoal(fraldas, absorventes e protetores diários), a Op-tima mostrou a embaladora e seladora automáti-ca ODB 300. Segundo a empresa, trata-se de ummodelo ideal para as empresas que queiram ini-ciar produção ou adicionar uma máquina econô-mica à sua linha, devido ao seu baixo compro-misso de investimento e à sua construção modu-lar, que aceita upgrades posteriores.(19) 3886-9800 • www.optima-bra.com

Mostruário detalhadoEm seu estande, que des-tacava um carrinho de su-permercado de seis me-tros de altura, a Suzanolançou seu Novo Mos-truário para a linha de Pa-pelcartão, que engloba alinha completa de cartõesda empresa e mostra al-guns dos recursos de aca-bamento que podem serneles utilizados, comohot stamping, relevo, fa-

cas especiais e vernizesUV, entre outros. A Suza-no também aproveitou oevento para reforçar a co-municação do Novo Su-premo Alta Alvura, pa-pelcartão de alto valoragregado, cujas camadassão totalmente branquea-das e produzidas a partirde celulose virgem.(11) 3037-9000

www.suzano.com.br

Transparência mantida

Enchimento e embala-gem com precisão

Fornecedora de cartuchos de polipropileno com foco nosmercados de cosméticos e higiene pessoal, a Confettiapresentou uma solução própria para o fechamento des-sas embalagens. Segundo Wilson Vergara, gerente demarketing da empresa, o sistema, chamado Poliux, éuma alternativa ao fechamento por encaixe e solda – aempresa está usando adesivos próprios para a união daschapas de PP, que têm sua composição química alteradapara facilitar a colagem. “Diferente dos demais proces-sos de fechamento, que geralmente são lentos e inade-quados para produção em escala industrial, esse novosistema alia transparência e resistência a variações detemperatura”, diz o gerente de marketing da Confetti.(11) 5696-3600 • www.confetti.com.br

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jul 2003 • EMBALAGEMMARCA – 39

Para caixase cartuchosOs adesivos termoplásticosBrascomelt AVXB e Bras-comelt XB-18 foram osdestaques da BrascolaTec. O primeiro é indicadopara a rotulagem e o fecha-mento de caixas de papel epapelão, e, uma vez desco-lado, não permite nova co-lagem, “diferentemente doque acontece com caixasque só apresentam uma fitaadesiva”, segundo RobertoCestari, gerente de vendasda empresa. Já o XB-18 évoltado ao fechamento decaixas e cartuchos e cola-gem de canudos de polieti-leno em embalagens carto-nadas assépticas.(11) 4176-2020

www.brascola.com.br

Mais um sistemade selos higiênicosO uso ainda incipiente – porém cres-cente – de selos higiênicos em latas dealumínio de bebidas fez com que a La-tincomex trouxesse para o Brasil o sis-tema Ecocap’s, da empresa homônimaitaliana. A solução consiste em selos dealumínio de 35 micra, capazes de se-rem impressos em até oito cores emflexografia, mas com diferenças em re-lação ao sistema já existente no Brasil:os selos são aplicados nas latas por in-dução, sem o uso de cola, o que, segun-do Manuel Sallovitz, diretor da Latin-comex, “proporciona uma solda supe-rior entre selo e lata, garantindo alta re-sistência ao descolamento e impedindoa contaminação na imersão das latasem água, como nas vendas por ambu-lantes”. Os Ecocap’s também podemser utilizados em vending machines,onde há aquecimento das embalagens,e resistem a baixas temperaturas.(11) 6953-9975 • www.ecocaps.com

Válvula amigapara bag-in-boxEmbalagens do tipo bag-in-box– bolsas flexíveis acondiciona-das em caixas de papelão –comválvulas da francesa Vitop fo-ram mostradas pela Qualipackna Fispal. O conjunto promoveum apelo considerável no acon-dicionamento de produtos comovinhos e cachaças, entre outrasbebidas. A válvula Vitop (foto)tem lacre de segurança, não per-mite gotejamentos e nem a pe-netração de ar no interior da bol-sa, preservando o aroma e o sa-bor da bebida. As bolsas sãoconfeccionadas com estruturasde filmes para dar a barreira ne-cessária exigida por cada produ-to, e as caixas de papelão que asenvolvem são empilháveis e pa-letizáveis e têm dimensiona-mento adequado para exporta-ção em contêineres de 20” e 40”.(11) 6591-2520

www.qualipack.com.br

Nova sopradora e anúncio de prestação de serviçosA Sipa destacou em seu es-

tande a sopradora SF 8/4,

fabricada no Brasil. Com

quatro cavidades por molde

de sopro, a máquina produz

até 4 800 garrafas de 2 litros

por hora. Segundo Mala-

quias Souza, da área comer-

cial da Sipa, a máquina na-

cionalizada tem um custo

em média 30% menor que o

das similares importadas. A

Sipa aproveitou também

para divulgar seu trabalho

em assistência técnica e fa-

bricação de moldes para

equipamentos de sopro e in-

jeção. Os serviços se esten-

dem também a máquinas de

outros fabricantes.

(11) 4154-8300

www.sipasulamerica.com.br

Page 40: Revista EmbalagemMarca 047 - Julho 2003

or falta de soluções inteli-gentes para o seu pós-uso, astampas plásticas de defensi-vos agrícolas, quando não

descartadas irresponsavelmente, so-frem no Brasil o cruel destino dos here-ges dos tempos medievais: a incinera-ção. Tal quadro, no entanto, prometemudar a partir do segundo semestredeste ano. É nesse período que a Gar-boni, tradicional fabricante de tampasem polipropileno (PP) para os mais di-versos mercados, pretende colocar emprática seu projeto inédito de recicla-gem de tampas plásticas de produtosagroquímicos, que vem sendo desen-volvido há um ano em parceria com oInstituto Nacional de Processamento deEmbalagens Vazias (inpEV).

Para tanto, uma usina de reciclagem,com capacidade para reciclar 100 tone-ladas de tampas de defensivos agrícolaspor mês, foi construída em Petrópolis(RJ), onde a fornecedora está baseada,a partir de investimentos de 2 milhõesde reais. Assim, tais fechamentos esca-parão da fogueira e poderão voltar aomercado para o mesmo uso.

“Desenvolvemos um projeto de rea-proveitamento capaz de produzir novastampas com qualidade idêntica ao ma-terial feito com matéria-prima virgem,

tampas

PTampas de PP de itens agroquímicos serão recicladas no Brasil

Adeus à fogueira

e que garante vedação e segurança ne-cessárias para os defensivos agrícolas”,explica Giovanni Garboni, presidenteda empresa.

Meio a meioAs tampas de PP usadas já chegarão la-vadas das centrais de coleta e passarãopor uma etapa inicial de moagem. De-pois de passar pela extrusora, o mate-rial volta à forma granulada e vai para oprocesso de injeção.

As novas tampas terão como base50% de material reciclado e 50% dematéria-prima virgem, e receberão umselo em alto relevo para que possam seridentificadas e rastreadas.

No inpEV, o trabalho antecipado aoinício da operação da planta de reci-clagem já começou. Para se ter idéia,por ora a entidade possui 300 toneladasde tampas armazenadas, apenas aguar-dando o sinal verde.

Do lado da Garboni, a usina de reci-clagem significa um investimento emum mercado-chave: a empresa, que estácompletando 25 anos em 2003, alegadeter 75% do fornecimento de tampaspara os produtores de fitossanitários.“Trata-se também de um compromissocom o meio ambiente”, arremata o pre-sidente da Garboni.

Garboni(24) 2244-3300www.garboni.com.br

inpEV(11) 3069-4400www.inpev.org.br

DIV

ULG

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Fechamentos retornarão ao mercadoidentificadas e para o mesmo uso

Page 41: Revista EmbalagemMarca 047 - Julho 2003

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[ c u s t o m p u b l i s h i n g ]

Há alguns meses, as publicações personalizadas

ganharam a mídia. São vistas como a grande revolução

na comunicação empresarial.

A Bloco de Comunicação se orgulha de ter nascido jus-

tamente para fazer isto. Só que em 1987, muito antes

de saber que buscar soluções individualizadas para

cada cliente teria um nome tão pomposo.

*

*

BLOCO DE COMUNICAÇÃO

Solução para os seus problemas de comunicação

(11) 5181-6533

Page 42: Revista EmbalagemMarca 047 - Julho 2003

42 – EMBALAGEMMARCA • jul 2003

Iniciada corrida pelo Prêmio Max Feffer A Cia. Suzano de Papel e Celuloseanunciou a abertura das inscriçõesda segunda edição do Prêmio MaxFeffer de Design Gráfico, que irálaurear trabalhos desenvolvidos nospapéis Supremo Duo Design e Re-ciclato. Na edição anterior, o con-curso recebeu mais de 600 peçasinscritas. Os primeiros e segundoscolocados em cada categoria rece-

berão prêmios de 12 000 e 5 000reais. Ao todo, 16 trabalhos serãopremiados. As inscrições podemser feitas gratuitamente até o dia 30de setembro. Os trabalhos serãoclassificados em cinco categorias(editorial, promocional, embalagem,corporativa e miscelânea).www.suzano.com.br (11) 3037-9000

Sem acordoDepois de dois anos de parceria,

a Gutenberg Máquinas e Materiais

Gráficos encerrou a representa-

ção comercial dos equipamentos

da linha de impressoras digitais

HP Indigo. O rompimento ocorreu

depois que os produtos HP Indi-

go passaram a ser distribuidos

no Brasil por outras empresas

além da Gutenberg. Classificando

o caso como um “conflito de es-

tratégias”, a companhia alemã

alega que o contrato de represen-

tação e os prazos de entrega não

foram cumpridos.

www.gutenberg.com.br(11) 3225-4400

Reforço notelemarketingInteressada em dinamizar a comuni-

cação entre seus distribuidores e

clientes finais, a Ripasa anunciou o

lançamento de um manual sobre

gestão de telemarketing. Dividida em

dois volumes (Manual de Implanta-

ção e Gestão de Telemarketing e

Guia do Profissional de Telemarke-

ting), a cartilha aborda procedimen-

tos para implementação e práticas

de gestão desse tipo de canal de re-

lacionamento. Com o início da distri-

buição previsto para julho, o material

foi Impresso em papel Image Mate.

www.ripasa.com.br0800 16 06 06

In-mold e impres-são digital de rótulos na miraA possibilidade de ganho de parti-cipação das etiquetas in-mold estárepercutindo no setor gráfico. Deolho nas necessidades de impres-são desse tipo de rótulos, que sãoinseridos em embalagens plásticasno momento em que o molde des-tas é injetado ou soprado, a Gidueanunciou novidades em algumas desuas linhas de impressoras. Umadelas é o modelo E-Combat, que foilançado junto com o novo sistemade saída IML-EDL. Segundo a em-presa, a tecnologia elimina proble-mas como encanoamento das eti-quetas após o envernizamento. Osequipamentos são comercializadosno Brasil pela Comprint, empresaque aproveitou a participação naFispal para divulgar suas soluçõesde impressão digital para rótulos.Interessada também em pequenastiragens, a Comprint mostrou aspossibilidades dos equipamentosHP Indigo Press ws 4000 e ws2000. “São soluções que permitemobter alta qualidade em baixas ti-ragens”, diz Cláudio Ogawa, ana-lista de marketing da empresa.www.comprint.com.br(11) 3371-3371

Investindo no relacionamentoA KSR Distribuidora - unidade de ne-gócios da Votorantim Celulose e Papel(VCP) - está investindo em novas fren-tes para ampliar o relacionamento comseus clientes. Na área tecnológica, aempresa anunciou a implantação deum CRM (sistema de gestão de rela-cionamento com clientes). Ao mesmotempo, a companhia lançou o KSR

Card, cartão de compras para clientes.No total, a estimativa da empresa é in-vestir um milhão de reais nessasações. “Oferecer serviços e benefíciosque estreitem o relacionamento comnossos clientes já faz parte da culturada empresa”, declara João Lalli Neto,diretor da KSR Distribuidora.

www.ksr.com.br • 0800 987654

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44 – EMBALAGEMMARCA • jul 2003

Long neck para ice de caipirinhaA Caipirinha Ice é a aposta da

South American Beverages (SAB)

para conquistar o mercado externo

de bebidas ready to drink – “como

uma marca brasileira de forte valor

agregado”, segundo a empresa. O

drinque, gaseificado e baseado na

cachaça premium multidestilada

Thara, tem graduação alcoólica de

7,5% e está sendo lançado em gar-

rafa long neck de 300ml fornecida

pela Saint-Gobain, com rótulo auto-

adesivo da Hervás. A identidade vi-

sual do produto foi concebida pela

designer Flávia Sarno.

Grupo Rougeveste PVC

Itap em mais umbiscoito da LUA LU Aymoré está lançando umbiscoito salgado inédito: trata-sedo Ayrado, que traz formulaçãoaerada exclusiva, que dá umatextura especial ao produto. Outrodiferencial, segundo a fabricante,é a embalagem, fornecida pelaItap Bemis, que traz três pacotesinternos com fitilho de fácil abertu-ra, na medida certa para o consu-mo familiar ou individual.

O novo álbum do grupo musical Rou-ge traz uma inovação no mercadode embalagens de CDs: uma sobre-capa de PVC, em vez das tradicio-nalmente usadas de papel cartão.Feita pela Rigesa MeadWestvaco, aluva tem “resistência, transparência ebrilho, e é colada com cola incolor,o que dá acabamento superior”, se-gundo Caio Azeredo, analista demarketing da Rigesa. O design nelaimpresso foi desenvolvido pela SonyMusic, gravadora do conjunto.

NOVA VERSÃO E NOVA IMAGEM DA LINHABestfoods está lançando no merca-

do nacional a maionese com sabor

Hellmann’s Azeite de Oli-

va. O produto, de baixas

calorias (40 calorias por

porção de 15g), chega ao

mercado através do pote

de vidro de 190g já carac-

terístico da linha Hell-

mann’s de maioneses com

sabor, da Saint-Gobain.

Em tempo: todas as ver-

sões da linha estão com

os rótulos reformulados.

Apostando no sucesso que o produ-

to faz em outros países, a Univeler

Lata para estar mais presentePara ampliar sua presença empontos-de-venda mais exclusivos,como hotéis, restaurantes, lojasde conveniência e bares, a Schin-cariol está lançando uma nova li-nha de bebidas não-alcoólicasatravés dos produtos Schin Tônicae Schin Citrus. Produzida à basede quinino, a Schin Tônica é umaaposta da empresa em uma cate-goria cujo consumo chegou a 81milhões de litros em 2002. Já aSchin Citrus é uma bebida leveque combina sabores de frutas.

Ambos os produtos serão comer-cializados em latinhas de alumíniono volume de 350ml.

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46 – EMBALAGEMMARCA • jul 2003

Novos frascos para a Água de CheiroA Água de Cheirocoloca no mercadocolônias em frascosde 100ml em substi-tuição aos de 80ml,incluindo ainda umareformulação no vi-sual dos cartuchos eembalagens. As co-lônias que sofreramalterações visuaisforam Água Fres-ca, Linha Fresh,Absinto, Cairo,Duna, Aragem,Sofist e Obelisk. Para iniciar asmudanças, a

Água de Cheiro rea-lizou uma pesquisano mercado nacionale internacional deperfumes e um le-vantamento das ten-dências para emba-lagens no segmentode perfumaria. O re-sultado mostrou queo layout das colô-nias necessitava deum reposicionamen-to. A empresa optoupor dois frascos: umcilíndrico, para ascolônias jovens; eum triangular, para

as colônias sofistica-das. As novas em-balagens ganharamválvulas, agregandovalor ao produto.A agência responsá-vel pela criação vi-sual das novas em-balagens foi a New-Design, de Belo Ho-rizonte. Os frascosde vidro são daWheaton, as válvu-las da Emsar, astampas da Augros eos cartuchos sãofornecidos pela Fê-nix e pela Lavezzo.

CARTUCHO DESTACA PARTÍCULAS

O Dove Esfoliação Diária éo mais novo integrante dafamília de sabonetes comhidratante da Unilever. Seuprincipal atributo é a exclu-siva formulação com micro-partículas azuis, feitas depolietileno, para a esfolia-

ção da pele, o que agilizaa renovação das células.Ele chega às lojas em car-tucho fornecido pela Brasil-gráfica, com tons de bran-co e azul-claro e uma textu-ra que remete à idéia departículas.

Frescor em vários volumesA Colgate-Palmolive está au-

mentando sua chancela Sor-

riso de cremes dentais – lí-

der de mercado e Top of

Mind da categoria, segundo

a empresa – com o lança-

mento de Sorriso Super Re-

frescante. O produto chega

ao varejo em volumes de

50g, 90g e 180g, e com iden-

tidade visual e slogan

(“Ah!”) emprestados da mar-

ca Kolynos, pertencente à

mesma fabricante.

As bisnagas do Sorriso Su-

per Refrescante são da Dixie

Toga, e os cartuchos da Im-

pressora Paranaense.

Proteção a mais para medicamentoCom um investimento de

dois milhões de reais e dois

anos de estudos, a Apsen

Farmacêutica, em parceria

com médicos da Unicamp,

desenvolveu o medica-

mento Postec, que evi-

ta cirurgia de fimose.

A embalagem do pro-

duto tem um diferen-

cial: a Apsen desenvolveu

em conjunto com a Styro-

corte, de São Simão, inte-

rior de SP, uma caixa de

isopor para acondicionar a

bisnaga, garantindo que o

produto fique conservado

em temperatura adequa-

da (15º a 30º), em todo o

canal de distribuição, até a

prateleira da farmácia,

mantendo-se a estabilida-

de de seu princípio ativo

durante o prazo de valida-

de de 24 meses.

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Paulista tem novo apelo visualA linha dos produtos lácteos da

Paulista está de cara nova. A figu-

ra da vaquinha, que ao longo de

anos procurou mostrar a qualida-

de dos produtos da empresa, foi

resgatada. A agência 100% De-

sign criou um ícone onde ela apa-

rece trocando afagos com um be-

zerro dentro de um coração estili-

zado. O novo desenho, inserido

no logotipo, busca o apelo emo-

cional do produto, remetendo à

relação mãe e filho. A tipologia do

logo foi modernizada, substituin-

do-se os traços retilíneos e o tra-

tamento chapado por linhas cur-

vas e volumosas. Todas as emba-

lagens das linhas de naturais, lí-

quidos, leites, sobremesas, re-

queijão, creme de leite e polpas,

também foram renovadas, enfati-

zando a marca Paulista.

Bob Esponja ganha picolé com tatuagemA Kibon transformou empicolé um sucesso recenteentre os desenhos animadosinfantis: o Bob Esponja.Como brinde, tatuagens, fa-bricadas pela Autopack, re-presentada no país pelaTradepack, vêm no interiorda flow pack do produto.São 56 desenhos diferentespara serem colecionados.Dentro de um sistema inte-grado, a fornecedora desoluções E-Packing desen-volveu e acoplou à linha deprodução da Kibon o equi-pamento de inserção das ta-tuagens nas embalagens.

PARTICIPE DESTA SEÇÃOQuando sua empresa tiver algum lançamento que se encaixe no perfil desta seção, é importante que no material enviado para a redação deEMBALAGEMMARCA constem informações referentes ao material da embalagem(se for uma mudança de material, informar qual era o anterior), quem é o fornecedor da embalagem e quem é o responsável pelo design. Assim, sua informação ganha em conteúdo.

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DistinçãoNo dia 9 de junho a Brasilata re-cebeu, em São Paulo, a distinçãoBrasil Premium, em seu Ciclo2002, pelo seu fechamento Bi-plus. A premiação é chanceladapela Agência de Promoção de Ex-portações do Brasil (Apex), peloInstituto de Pesquisas Tecnológi-cas (IPT) e pelo Ministério do De-senvolvimento, Indústria e Co-mércio Exterior.

RubricadaA Unidade Manaus da Orsa Celu-lose, Papel e Embalagens rece-beu, pelo segundo ano consecuti-vo, a certificação Top Supplierpela BIC Brasil e BIC Amazônia,em reconhecimento à qualidadeno fornecimento de materiais. Aempresa também está inaugu-rando novo endereço na web:www.orsaembalagens.com.br.

Bom ganhoA Ripasa fechou o primeiro tri-mestre com lucro líquido de R$48,3 milhões – 149% acima domesmo período de 2002. As ven-das líquidas somaram R$ 272,5milhões, 42,6% a mais que no anopassado. Os crescimentos deve-ram-se principalmente ao au-mento das exportações e à ele-vação dos preços.

TrocaA Dow Química trocou de nome:agora ele é Dow Brasil.

Na redeA Toledo do Brasil, tradicionalfabricante de balanças industri-ais, recebeu credenciamento doInmetro para seu Laboratório deCalibração de Massa, que prestaserviços de reforma e calibraçãode pesos-padrão para a indús-tria. Com isso, a empresa passa aintegrar a Rede Brasileira de Ca-libração (RBC).

48 – EMBALAGEMMARCA • jul 2003

Para tampas, PE de média densidadeA resina IJ-33 D é novidade da Poli-teno para a produção de embala-gens, peças flexíveis e tampas paraalimentos. Trata-se de um polietileno

linear de média densidade, que visaeliminar processos de misturas dealta e baixa densidade na transforma-ção. De acordo com a Politeno, anova resina garante alta fluidez,maior produtividade e um produto fi-nal com maior brilho. Um dos princi-pais alvos da IJ-33 D é o mercado detampas para óleos comestíveis e vi-nagres. Por já vir aditivada com des-lizante, a resina proporciona maiorfacilidade de abertura e fechamento

das tampas, o que reverte em maiorpraticidade ao consumidor final.

0800 704 0110 • www.politeno.com.br

Fácil automação para a cadeia A EAN Brasil – Associação Brasileirade Automação está lançando o guia“Ferramentas de Gestão da Cadeia deSuprimentos para a Indústria de Emba-lagens”, que estabelece os padrões deidentificação, código de barras e men-sagens eletrônicas para as empresas deembalagem e aos usuários e fornece-dores que procuram iniciar a implanta-ção de padrões do Sistema EAN•UCCpara a gestão da cadeia de suprimen-tos. A publicação fornece as bases

para a implantação de operações lo-gísticas alinhadas com os requisitos dosclientes, proporcionando uma vanta-gem competitiva para as empresas deembalagens, que podem converter suaestratégia logística a partir da reduçãoda complexidade e do aumento da efi-ciência em relação ao custo em receitae melhoria de margens. O guia estádisponível para consulta e downloadna Biblioteca Técnica do site da EANBrasil. www.eanbrasil.org.br

Visibilidade às vantagensDurante duas semanas, entre os meses de julho e agosto, a Alcan estará en-

campando nova campanha publicitária. Sob o slogan “O alumínio da lata re-

torna lata de alumínio. Sempre”, a empresa quer enfatizar as vantagens das

latinhas de alumínio quanto à preservação ambiental e à busca do consumo

consciente, “uma vez que essas embalagens retornam 100% ao seu ciclo

original, sem perda de qualidade e economizando energia”, como afirma

Adriana Stecca, gerente de desenvolvimento de mercado da Alcan. Com in-

vestimentos de 300 000 dólares, a campanha terá outdoors, painéis eletrôni-

cos e anúncios em revistas e jornais em Brasília e São Paulo. As peças, cri-

adas pela agência Light, utilizam latas formando símbolos como o do infinito

e o de non-stop. “O alvo não é somente o mercado usuário”, diz Adriana,

“mas também o consumidor final, que pode escolher conscientemente sua

embalagem a partir do momento em que sabe dos atributos de cada mate-

rial”. A difusão da ação da Alcan será auxiliada pelo

seu Projeto Ecolata, que está completando um ano.

(11) 5503-0808 • www.alcan.com.br

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Investimento em Triunfo com PPA Braskem anunciou que irá investir

7 milhões de dólares em suas plan-

tas de polipropileno no Pólo Petro-

químico de Triunfo (RS), para am-

pliar a produção da resina em

100 000 toneladas por ano, ou 20%

de sua capacidade atual. Com a con-

clusão do processo, prevista para o

final do primeiro trimestre de 2004, a

companhia terá capacidade produti-

va de 650 000 toneladas de PP por

ano, e um potencial de receita adi-

cional da ordem de 250 milhões de

reais anuais. “O compromisso reafir-

ma nossa intenção de tornar o pólo

gaúcho cada vez mais forte, atraindo

novas empresas transformadoras de

plástico para a região e buscando

oportunidades de mercado”, diz

José Carlos Grubisich, presidente da

Braskem. A petroquímica também re-

novou convênios de cooperação

com universidades gaúchas, como

parte de seu processo de desenvol-

vimento tecnológico.

www.braskem.com.br

Pequeno varejo também livre de furtosPDV Report é o nome da nova ver-são do software de segurança ele-trônica para o varejo PDV Alert, quea Plastrom Sensormatic está lançan-do no mercado nacional. O progra-ma permite, por meio do monitora-mento de um conjunto de exceções(operações de risco) que podemocorrer no dia a dia, a identificaçãode perdas resultantes de falhas deprocedimento e de práticas crimino-sas de funcionários. Segundo a for-necedora, trata-se de uma versãobásica, adequada a pequenos vare-jistas. A Plastrom Sensormatic tam-bém inaugurou uma fábrica de eti-quetas em Barueri (SP), com capaci-

dade de processar um milhão deunidades por dia. O investimentovisa corresponder ao crescimento dademanda por programas de etique-tagem na origem, puxado pelas maisdiversas indústrias.0800 704 0024www.sensorbrasil.com.br

Expansão sul-americanaA partir de julho, a SIG Combibloc, tradicio-

nal fornecedora global de embalagens carto-

nadas assépticas (longa vida) para alimentos

e bebidas, contará com escritórios próprios

em Santiago, no Chile, e em Buenos Aires,

na Argentina. Até então, a empresa suíça tra-

balhava nessas regiões através de represen-

tantes, mantendo como base o Brasil. Segun-

do Achim Lubbe, diretor geral da SIG Combi-

bloc, a iniciativa faz parte de uma estratégia

de reestruturação da atuação da empresa na

América do Sul. A própria contratação do ale-

mão Lubbe para o cargo diretivo na região,

na qual tem quinze anos de vivência, também

faz parte da estratégia.

(11) 3168-4029 • www.sigcombibloc.biz

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Almanaque

50 – EMBALAGEMMARCA • jul 2003

“La vecchia tradizione”, como sempre, persevera

Política da boa vizinhança

Criado em 1863 a partir da combinação de mais de70 ervas, essências e especiarias por AlessandroMartini e Luigi Rossi, em Turim, na Itália, o ver-mute Martini mantém até hoje sua receita original.Tal consideração à tradição também se aplica, ain-da que de forma menos radical, ao rótulo da bebi-da, inegavelmente um dos mais famosos do mundo.Ele exibe, desde o seu lançamento, o brasão de ar-mas que representa a Casa Real de Savóia e a cida-de de Turim. Outro detalhe marcante foi incorpora-do com o passar do tempo: o registro das váriasmedalhas e condecorações que a bebida recebeu.São elementos que verdadeiramente caracterizamequities da marca, tanto que eles aparecem “em-

prestados” em rótulos de várias marcas-clone daMartini e estão preservados no novíssimo visual doproduto, que está sendo lançado simultaneamentena Europa e no Brasil. É mais um caso do eternodesafio de marketing, como reconhece a fabricanteBacardi-Martini, de rejuvenescer e atualizar marcassem desvalorizar sua história e sua herança. Ouseja, de mudar, ma non troppo, em bom italiano.

1863 1870 1925 1940 1980 1997 Linha 2003

No início do século pas-sado, o mercado nacio-nal de cosméticos aindaera incipiente e guarda-va ótimas oportunida-des. Percebendo issoquando chegou ao Riode Janeiro, em 1929, oseringalista amazonenseFrancisco Olympio deOliveira tratou de de-senvolver uma fórmulacom a ajuda de um ami-go farmacêutico. Nas-cia, assim, o tradicionalLeite de Rosas. Inicial-mente, a produção e oenvase do creme, em

frascos de vidro, aconte-ciam na própria casa deFrancisco, no bairro ca-rioca das Laranjeiras.Para não incomodar osvizinhos, ele costumavafechar as caixas de ma-deira, usadas para des-pachar a mercadoria,martelando-as somentena hora em que o bondepassava em sua rua.Num trocadilho infame,pode-se dizer que o pro-duto realmente não per-deu o bonde. Afinal, elecontinua firme no mer-cado até hoje.

O Leite em 1929,quando foi lançado...

...e num visual mais recente,com seu frasco rosa

De onde vem?

• O nome Dorianaé originário de

uma outra marcade margarina da

Unilever, a Dorina,comercializada em

diversos países. • Já o nome Dano-ne foi criado pelofundador da com-panhia, o espanholIsaac Carasso, ao

juntar o apelido deseu filho Daniel(“Dan”) a “one”,

pelo fato de ele sero primogênito.

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