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Ano XIV • Nº 154 • Junho 2012 • R$ 15,00 ENTREVISTA Rodrigo Wiele- cosseles, de O Boticário, diz que o cuidado com embalagens ajuda no sucesso da empresa LEITES Leite longa vida em garrafas de PET asséptico com barreira à luz chega ao mercado brasileiro ABSORVENTES Fabricantes de absorventes íntimos sofisticam apresentação dos produtos para agregar valor EDIÇÃO ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO

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Revista EmbalagemMarca Nº 154, junho de 2012. Reportagem de capa: Impressão digital

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entrevista

Rodrigo Wiele- cosseles, de O Boticário, diz que o cuidado com embalagens ajuda no sucesso da empresa

Leites

Leite longa vida em garrafas de PET asséptico com barreira à luz chega ao mercado brasileiro

absorventes

Fabricantes de absorventes íntimos sofisticam apresentação dos produtos para agregar valor

EDIÇÃO ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO

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Junho 2012 | 3

EditorialUMA CONVERSA COM O LEITOR

Pioneirismo e inovação

“O reconhecimento

e a aprovação do

público ao conjunto

de atividades que

giram em torno de

EmbalagEmmarca

como referência de

ética e credibilidade

é o melhor motivo

de regozijo neste

aniversário da revista”

SAINDO UM POUCO dos limites da modéstia que, manda a pru-dência, deve reger nossas vidas, faze-mos aqui referência ao 13º aniversário de lançamento de EmbalagemMarca, que se comemora com a edição em mão dos leitores. O simples fato de perma-necer no mercado ao longo de treze anos, dizem amigos, é um bom motivo para festejar. Em nosso caso, maiores ainda seriam as razões para alegria.

Sem modéstia, podemos afirmar que bem exercitamos o pioneirismo e a inovação, e continuaremos a fazê- lo. Nestes treze anos, Embalagem-Marca cresceu em todos os sentidos, fortelecendo seu conteúdo como fonte confiável de informações e de formação na cadeia de valor da embalagem, e também comercialmente. É com fun-damento que afirmamos tratar-se de “mais que uma revista”. Com o apoio de leitores e anunciantes, desdobrou-se com sucesso na internet, como a pri-meira publicação do setor passível de ser folheada em computador. Ganhou um braço eletrônico semanal, na forma de uma newsletter que aprofunda notícias dadas diariamente, em notas sintéticas, no site www.embalagemmarca.com.br.

O reconhecimento e a aprovação do público ao conjunto de atividades que giram em torno do eixo Embala-gemMarca como referência de ética e credibilidade é o melhor motivo de regozijo neste aniversário da revista. Dentre as atividades de êxito a come-morar destaque-se que todas não só se consolidaram como ampliaram seu alcance.

A instituição do Prêmio Emba-lagemMarca – Grandes Cases de Embalagem, chama-se hoje Grandes

Cases de Embalagem denominação que fortalece sua abrangência e justi-fica sua consagração como principal objeto de desejo entre as premiações do setor. Fruto de parceria entre a Bloco de Comunicação, que edita esta publica-ção, e a empresa de promoção de negó-cios Embala Ideias, a iniciativa fincou um marco de seriedade nas ações do gênero, ao inovar nos critérios e no rigor de escolha de vencedores. Seu princípio norteador é o de que o estí-mulo à cadeia brasileira de embalagem brasileira deve consistir em muito mais do que na atribuição de troféus e diplo-mas a uma ou outra embalagem. O que se busca – e o mercado brasileiro muito necessita disso – é didatismo, conhe-cimento e integração entre os elos do packaging.

É também com o senso dessa mis-são a ser levada adiante que, na traje-tória percorrida, instalamos o Ciclo de Conhecimento, hoje uma empresa independente, no empenho de com-plementar a função do conjunto de fer-ramentas antes citadas, ou seja, trans-formar informação em conhecimento na cadeia de valor de embalagem no Brasil. O aval que recebemos a todos esses movimentos de parte de leitores, anunciantes e fontes de informação nos anima a prosseguir e nos postarmos como uma central de inovação no ramo da informação especializada. A todos esses amigos a equipe agradece.

Até julho.

WIlson palhares

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SumárioEdição 154 • Junho 2012

3 Editorial O reconhecimento e a aprovação do público ao conjunto de atividades que giram em torno do eixo de EmbalagEmmarca como referência de ética e credibilidade em seu aniversário de treze anos

8 Painel Dixie Toga apresenta neck foil para garrafas e selo higiênico para latinhas de bebidas • “Lata flexível” tem primeiro uso na indústria de bebidas da Tailândia • Projeto brasileiro é laureado no Prêmio DuPont de Embalagens • Tetra Pak lança kit para treinamento em cooperativas de reciclagem   18 Ciclo de Conhecimento A importância que a inovação tem para a indústria e para o País, desde que seja feita de maneira correta e eficaz

20 Absorventes Fabricantes investem em sofisticação das embalagens para agregar valor aos produtos e recuperar mercado

32 Leites Com novo aditivo de barreira contra a luz, Shefa lança primeiro leite longa-vida em garrafa de PET

36 Entrevista Rodrigo Wielecosseles, do Grupo Boticário, revela a importância das embalagens na estratégia que consolidou a empresa como franquia de maior lucro no País

42 Internacional  Vinícola australiana inova com tampa de rosca em alumínio para espumante de alta pressão

44 Color cloud  O gerenciamento de cores em nuvens de com-putação pela indústria gráfica dá indícios de como o armazenamento de dados em servidores remotos podem auxiliar a área de embalagens

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Diretor de redação: Wilson Palhares | [email protected] • Editor executivo: Guilherme Kamio | [email protected] • Redação: Flávio Palhares | [email protected] • Marcelo Marcondes | [email protected] • Comercial: Juliana Lenz | [email protected] • Karin Trojan | [email protected] • Wagner Ferreira | [email protected] • Diretor de arte: Carlos Gustavo Curado | [email protected] • Assistente de arte: Wilson Roberto Jr. | [email protected] • Administração: Eunice Fruet | [email protected] • Marcos Palhares | [email protected] • Eventos: Marcella Freitas | [email protected] • Estagiária de eventos: Nathaly Cabral | [email protected] • Circulação e assinaturas (assinatura anual R$99): Kelly Cardoso | [email protected]

Publicação mensal daBloco Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 5304718-040 • São Paulo, SP(11) 5181-6533www.embalagemmarca.com.br

Não é permitida a reprodução, no todo ou em parte, do conteúdo desta revista sem autorização. Opiniões expressas em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.

48 Ideias Designer português desenvolve sistema de identificação de cores para daltônicos, baseado em figuras geométricas, que pode ser aplicado em diversos meios, inclusive em embalagens

50 Rações Premier Pet adota embalagem cujo fundo dispensa dobras e colagens

51 Rotulagem Novo sistema de impressão desenvolvido pela CCL Label permite aplicação de holografias em rótulos autoadesivos com equipamentos convencionais, sem uso de hot-stamping ou cold-foil

52 Doces Com pote de vidro exclusivo, Aviação “enobrece” doce de leite

54 Evento grandEs casEs dE EmbalagEm terá Guia de Inscrição didático e interativo para orientar possíveis interessados a concorrer à premiação

55 Reciclagem Johnson & Johnson adota para o Band-Aid cartucho de papel cartão produzido com embalagens cartonadas assépticas recicladas

56 Artigo  A praticidade é fator determinante em embalagens de produtos tão distintos quanto tintura para cabelos e ketchup em sachês. por lYnn DornBlaser

58 EM Foco Consumidores opinam sobre acabamentos foscos ou brilhantes em embalagens flexíveis

60 Display  Batavo ganha novo logotipo e estreia copos transparentes • Alispec acondiciona doces prontos em stand-up pouch e em bisnaga plástica • Chega ao Brasil bebida afrodisíaca em lata tipo sleek • Linha de molhos para salada da Castelo é reformulada

66 Almanaque  Arte de resistência brasileira em garrafas de Coca-Cola • Pipocas como partículas de proteção em caixas de equipamentos fotográficos • Tampa de alumínio com reclame machista • Johnson & Johnson exagerou na dose ao promover polivitamínico mastigável

Aptar B&H ................................................. 11Baumgarten ...................................24 e 25Bericap ......................................................13Braskem ....................................................21Breitner ......................................................57Catuaí Print ...............................................51Ciclo de Conhecimento ...................... 53Comprint ....................................................5Congraf .....................................................41

Crown Roll Leaf ..................................... 65Dow Brasil ................................................19ECS Sleeve .............................................. 63GiroNews ................................................. 59Grandes Cases ..............................34 e 35HotGraf .................................................... 65Husky ...............................................4ª capaIbema ........................................................ 39Indexflex ......................................................7

Krones .......................................................37Lamipack ................................................. 23Markem-Imaje ...........................................9Metalgráfica Renner .....................3ª capaMLC ........................................................... 29Moltec ...................................................... 65Muller Martini .......................................... 47Novelprint ................................................ 55Papirus .............................................2ª capa

PE Latina .................................................. 43Piloto ......................................................... 49Prakolar ..................................................... 17Roland .......................................................31SIG Combibloc ........................................15Simbios-Pack .......................................... 65

Empresas que anunciam nesta edição

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SumárioEdição 154 • Junho 2012

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PainelMOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS Edição: GUILhERME KAMIO

[email protected]

Gargalheiras e selos: lançamentos da Dixie Toga procuram oferecer vantagens ante as importações

Fabricantes de bebidas passam a ter uma fonte próxima de películas para a cobertura de pescoços de

garrafas e topos de latas

RÓTULOS

Opção local para vestir embalagens

APÓS DOIS ANOS de pesquisa e desenvol-vimento, a Dixie Toga começou a oferecer no Brasil duas novas soluções para indústrias de bebidas: o Neck Foil (gargalheira para garrafas de vidro) e o Selo Higiênico para recobrir topos de latinhas, ambos feitos de alumínio. A fabri-cação local desses itens seria inédita no País.

De acordo com a empresa, usuários nacio-nais desses adereços sempre tiveram de recor-

rer a importações de forne-cedores europeus – o que implica alta complexidade de execução em decorrên-cia da distância, trâmites de importação e deficiência no

lead time de entregas. A Dixie Toga afirma que a opção local permite aos clientes adqui-rir lotes mais competitivos, reduz o prazo de entregas e facilita a execução de ações promo-cionais, com desenvolvimento de artes especí-ficas para edições limitadas de bebidas.

“Percebemos demanda e investimos para oferecer aos clientes opções vantajosas e de qualidade”, diz Luiz Alberto Butti de Lima, diretor da divisão Rígidos e Semirrígidos da Dixie Toga. O executivo comenta que o Neck Foil e o Selo Higiênico foram desenvolvidos conforme especificações dos engarrafadores, sendo, portanto, compatíveis com as linhas existentes. Conti Bier, CBBP (cerveja Proibida), Inab (cerveja Colônia) e Imperial são empresas que já utilizam as novas soluções. Luiz Alberto acredita no sucesso dos lançamentos. “Nossa expectativa é muito otimista”, afirma.

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PainelMOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS

FLEXÍVEIS

O primeiro uso da “lata flexível”Demorou, mas veio enfim a adesão. Sete anos após seu lançamento pela finlandesa Huhta-maki (ver EmbalagemMarca nº 70, junho de 2005), o Cyclero – uma embalagem tubular baseada em laminados como os de bisnagas de creme dental – ganhou seu primeiro uso comercial na área de bebidas. Uma versão de 200 mililitros começou a ser utilizada na Tai-lândia pela Maxx Drink, numa linha de bebi-das à base de suco de frutas. O topo do invólu-cro tem um selo-tampa de fácil remoção, que permite o consumo direto, sem necessidade de canudos ou bicos de vazão.

Segundo a Huhtamaki, as bebidas da Maxx Drink têm shelf life de um ano, por serem sub-metidas à pasteurização (90º C) e pelo fato de a estrutura da embalagem ter uma camada de

alumínio de 8 micra. Para utilizar o Cyclero, a empresa tailandesa adquiriu uma máquina form-fill-seal, da búlgara Mechatronica, capaz de produzir 170 unidades por minuto. Vazia, cada unidade da embalagem recém-lançada pesa menos de 4 gramas.

“Podemos criar laminados e barreiras para atender ao envase de qualquer tipo de bebida não-carbonatada”, disse a EmbalagemMarca Gerhard Hartmann, diretor de marketing da área de flexíveis da Huhtamaki. Antes da ado-ção pela Maxx Drink, o Cyclero teve versões utilizadas na Europa para o acondicionamen-to de sachês de café e outros produtos sólidos. “Bebidas, porém, são alvos primários da pro-posta”, revela Hartmann. “Para tais produtos, o conceito funciona como uma lata flexível.”

BISNAGAS

Notícias do mercado europeuA Associação Europeia de Fabricantes de Bisnagas (Etma) lançou em maio a primeira edição do Tubes & Trends, boletim foca-do na divulgação de notícias e tendências do setor. De acordo com Gregor Spengler, secretário geral da entidade, a publicação “é uma reação aos resultados de pesqui-sas feitas nos últimos dois anos, em que tomadores de decisão em empresas usuárias afirmaram não ter informação suficiente sobre esse tipo de embalagem”. O boletim, gratuito, pode ser requisitado no site www.etma-online.org.

Antes . . .DESIGN

Jubileu com mudança de visualComandada pelos designers Inah Olyntho e Mauricio Speranzini, a Speranzini Design com-pleta 25 anos. Para comemorar a data, a identidade da agência foi modernizada, incorporando o slogan “Criando valor com design” e um semicírculo que procura simbolizar movimento, integração e evolução. Entre recentes projetos da empresa figuram embalagens desenvolvidas para Coco do Vale, Ebba (Dafruta e Maguary) e Jose Cuervo.

. . . e depois

Feito de laminado, Cyclero é aposta da tailandesa Maxx Drinks

Boletim irá municiar end-users com

informações sobre bisnagas

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PRÊMIO

Reconhecimento internacionalBaseado no estabelecimento de um circui-to fechado, em que embalagens celulósicas coletadas nos supermercados Pão de Açúcar são recicladas pela Papirus e se transformam em cartuchos de papel cartão para a mesma rede varejista (ver EmbalagemMarca nº 122, outubro de 2009), o projeto Ciclo Verde Taeq faturou um dos cinco prêmios Ouro outor-gados pela 24ª edição do DuPont Awards for Packaging Innovation, concurso de embala-

gens promovido pela DuPont. O troféu Dia-mante, distinção máxima, foi conquistado pela americana Bemis (controladora da Dixie Toga no Brasil) com a FreshCase. Trata-se de uma embalagem a vácuo que promete pro-longar o frescor e a boa aparência de carne vermelha in natura, reduzindo desperdícios. O prêmio, que nesta edição teve 200 ins-crições, originárias de 21 países, consagrou ainda dez projetos na categoria Prata.

PROMOÇÃO

Frutas como caixinhasPara promover a ideia de que os néctares Camp, da General Brands, são naturais, a agência ageisobar teve uma ideia cria-tiva: produzir frutas que imitam o for-mato da embalagem cartonada asséptica da Tetra Pak em que a bebida é vendida. A ação, chamada Real Fruit Boxes, consistiu no envolvimento, em moldes plásticos, de frutas cultivadas numa fazenda no interior de São Paulo. Após dois anos foram colhidas goiabas, maracujás, laranjas e limões no shape desejado – e até com o logotipo da empresa em relevo. As frutas foram exibidas em supermercados, em feiras livres e em lojas do varejo hortifrutigranjeiro. Figuraram tam-bém no estande da General Brands na APAS 2012, feira do setor supermercadista realizada na capital paulista no início de maio último.

RECICLAGEM

Máquina recupera latas de aerossóisUm equipamento surge como opção para fomentar a reciclagem de latas de aerossóis, prometendo conformidade com a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Desenvolvida no Brasil pela RCR Ambiental, a máquina é capaz de perfurar e extrair o conteúdo residual inflamável das embalagens, auto-matizando um processo que sempre teve de ser executado manualmente por catadores, com riscos de explosões e intoxicação. O projeto já é apoiado pela Unilever, no caso de desodorantes acondicionados em latas de alumínio. Até o fim de julho, a máquina deverá passar por testes de processamento de latas de aço de inseticidas.

emb.bz/154camp

FILMES

Expansão em filmes de PETA americana Tredegar Corporation divul-gou que fará um aporte de até 80 milhões de dólares nos próximos dois anos para expandir a capacidade de sua fábrica de Cabo de Santo Agostinho (PE), dedicada à produção de filmes de PET – larga-mente utilizados em embalagens flexí-veis e rótulos. “Trata-se de um mercado com forte perspectiva de crescimento em longo prazo”, declarou o vice-presidente da empresa, Kevin O’Leary. O anúncio reafirma uma ação prometida anterior-mente pela Terphane, companhia adqui-rida pela Tredegar em outubro de 2011.

Laranja à moda de caixinha: meio de promover marca

Perfuração de latas de aerossóis, necessária para a reciclagem, agora pode ser feita por máquina

FreshCase levou prêmio máximo com novo conceito para acondicionar carnes

Ciclo Verde Taeq, baseado na reciclagem de papéis, agradou ao júri do prêmio da DuPont.

PainelMOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS

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NúMEROS

PainelMOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS

RECICLAGEM

Kit visa dinamizar a recuperação de caixinhasAnte a constatação de que as cooperativas de reciclagem podem aprimorar a gestão de suas atividades, a Tetra Pak lançou, no final de maio, um conjunto de material de orientação para essas parceiras. Trata-se do kit Cooperati-va em Ação, composto por materiais de treina-mento para o autogerenciamento.

Desenvolvido em parceria com o Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem), o Sesccop-SP (Serviço Nacional de Aprendi-zagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo) e a consultoria Integration, o conjunto consta de dois exemplares de um volume desti-nado ao coordenador ou instrutor da coopera-tiva (Manual do Facilitador) e de trinta exem-

plares de quatro diferentes fascículos para dis-tribuição aos demais cooperados. Escritas em linguagem simples e com muitas ilustrações, essas apostilas são, segundo o coordenador de sua edição, Fernando von Zuben, diretor de Meio Ambiente da Tetra Pak, resultado de dois anos de pesquisa e interação com cooperativas de reciclagem. Um total de seiscentos kits será distribuído, numa fase inicial, a cooperativas localizadas no Estado de São Paulo. “Ao final dos cursos de treinamento as cooperativas estarão mais preparadas para ampliar a eficácia operacional, obtendo material reciclável de melhor qualidade e, portanto, de maior valor agregado”, acredita Von Zuben.

1,2%É o total dos resíduos destinados à coleta seletiva na cidade de São Paulo, informou reportagem publicada em maio pelo jornal O Estado de S. Paulo. “Faltam espaço, estrutura e mão de obra às cooperativas, que chegam a desprezar as embalagens separadas pela população”, diz o texto.

4,5 milhões de toneladasDeverá ser o consumo nacional de alumínio em 2025, de acordo com estimativa da Associação Brasileira do Alumínio (Abal). O volume previsto para daqui treze anos representa o triplo do atual consumo anual do material, empregado em latas, filmes e acessórios para embalagens.

2,05%Cresceu a produção de embalagens impressas no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. O dado foi divulgado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf). O desempenho positivo deveu-se à expansão de 4,7% das embalagens impressas de papel cartão, que neutralizou a queda de 8,7% das impressas de plástico.

MÁQUINAS

Agora para vinhos e spiritsA KHS lançou uma versão da Innofill Glass, enchedora para garrafas de vidro, especial-mente dedicada aos segmentos de vinhos, espumantes e destilados. A novidade é uma variação da versão DRS-ZMS, lançada ante-riormente com foco nos engarrafadores de cervejas e refrigerantes. Desta, o novo siste-ma herdaria atributos como design higiênico, baixo consumo energético e menores custos de operação e manutenção. Como diferen-ciais, traz válvulas de enchimento mais com-pactas, componentes livres de lubrificação e sistema de transferência de garrafas sem mesa frontal, entre outras características. A máquina processa recipientes de vidro de 100 mililitros a 3 litros, podendo render de 10 000 a 72 000 unidades por hora.

Enchedora traria vantagens operacionais para o engarrafamento de bebidas alcoólicas

Fascículos orientam gestão de

cooperativas

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PainelMOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS

PAPéIS

Logotipos padronizados A Suzano Papel e Celulose renovou a iden-tidade visual da sua linha de papel cartão. A tipologia é a mesma utilizada no logotipo da empresa, servindo como elo entre as marcas. Os símbolos dos logotipos representam as três camadas para a formação do papel cartão e mostram a diferença entre as divisões dos produtos da Suzano: SBS, Triplex e Duplex. “No símbolo principal do logotipo, o desenho

apresenta uma forma estilizada tridimen-sional que enfatiza as principais qualidades do papel cartão Suzano, as quais permitem a forte atuação da empresa não somente no mercado de embalagens, mas também nos segmentos promocional e editorial”, diz André de Marco, gerente de grupo de pro-dutos da Unidade de Papel da Suzano Papel e Celulose.

ROTULAGEM

À base de canaA Avery Dennison do Brasil apresenta ao mercado o Fasson Cane Fibre Paper, pro-duzido a partir do bagaço da cana-de-açú-car, com 95% dessa fibra e 5% de cânhamo e linter de algodão. Segundo Ronaldo Mello, vice-presidente e gerente geral da Avery Dennison América do Sul Divisão de Materiais para Rótulos e Embalagem, “o papel consome 10% menos energia em sua produção, não necessita de branque-amento extra e tem resistência úmida, resultando numa superfície fosca com ótima qualidade de impressão”. O executivo acrescenta que “o material garante ótimo tack e adesão em grande variedade de superfícies, inclusive subs-tratos curvos e levemente enrugados”. É apregoado como ideal para a aplicação em rótulos autoadesivos de cachaças pre-mium e bebidas em geral, e pode ser impresso pelos processos convencionais.

Fusão global Dois gigantes mundiais da área de rotula-gem estão se fundindo. De um lado a Fuji Seal, líder global na produção de rótulos termoencolhíveis e máquinas para sua aplicação, além de ser forte protagonista em autoadesivos, in-mold e outros sis-temas de decoração de embalagens. De outro, a Pago, com duas megaunidades produtoras de rótulos (autoadesivos e termoencolhíveis), tecnologia de rotula-gem, codificação e software na Suíça e na Alemanha. Na verdade, trata-se de uma aquisição pela Fuji Film, que tem a inten-ção declarada de se transformar numa “empresa de embalagem total”. O valor da transação não foi informado.

RESINAS

Brasileiros na Alemanha A Braskem fechou acordo com a empre-sa alemã especialista em biocompostos Tecnaro para ampliar as aplicações do polietileno (PE) “verde”, produzido a par-tir do etanol de cana-de-açúcar. O grupo europeu utilizará a resina brasileira para criar o Arboblend, composto renovável que pode ser processado – dependendo da fórmula – por meio de moldagem por injeção, extrusão (filme) ou termoforma-gem. “O objetivo é desenvolver aplicações que ainda não foram exploradas, amplian-do o portfólio de produtos com PE verde”, diz Claudia Cappra, gerente comercial de Químicos Renováveis da Braskem.

PROTEÇÃO

Alemães no BrasilO grupo alemão Storopack, fabricante de embalagens de proteção, anunciou no final de maio o início de suas ativida-des próprias no Brasil. A oferta de pro-dutos da empresa abrange travesseiros de ar, almofadas de papel, sistemas de embalagem de espuma de poliuretano e materiais a granel para almofadar. A operação no mercado brasileiro contará com escritório próprio de vendas em São Paulo e estoque central. Inicialmente os produtos disponíveis no Brasil serão os travesseiros de ar Airplus e as almofadas de papel Paperplus. Futuras parcerias com distribuidores serão estudadas.

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CICLo DE CoNHECIMENto

“Inovar” errado é perder dinheiroÉ grande o interesse em evento que visa apontar como a inovação de produtos e embalagens pode ser eficaz

QUANDO ESTA edição de EmbalagemMarca estiver circulando, é possível (mas difícil) que ainda haja ingressos disponíveis para o Fórum “Inovação – Como viabilizar a produção de embalagens criativas”, mais um even-to de transformação que o Ciclo de Conhecimento promove com o apoio desta revista, agendado para a tarde do dia 27 deste mês, no auditório da Panamericana Escola de Arte e Design, em São Paulo. A intensa procura de convites à medida que se aproximava a realização do Fórum confirmou um dos prognósticos dos organizadores: há muitos profissionais e empresários interessados em ver o tema da inovação abordado como deve ser – como instru-mento de competitividade e evitando práticas que levam ao desperdício.

A propósito, o recém-divulgado Barômetro da Inovação, pesquisa anual de mercado e opinião da consultoria StrategyOne, pertencente ao grupo americano Edelman, mostra que 92% de 200 entrevistados no Brasil (num total de 2 800 em 22 paises) consideram inovação o principal fator para a conso-lidação de uma economia competitiva.

O estudo da empresa faz uma abor-dagem macro e, como seria de esperar, não trata de razões que, mais vezes do que se imagina, levam investimentos e grandes esforços com vistas a ino-var produtos a dar em nada. Dar em nada, em tais casos, significa trabalho – e dinheiro – perdidos. Uma causa fre-quente é a falta de integração entre os elos que formam a corrente incumbida de materializar projetos em princípio muito bons, mas que malogram no meio do caminho. Ou, pior, no final, nas linhas de envase. Pior ainda, como será mostrado no evento, com foco sobretudo em embalagens (ver qua-dro), já nos pontos de venda.

Trata-se de um tema que vai além do que se poderia classificar como “pequenos problemas mal resolvidos”. A questão é estratégica para as empre-sas e, em última análise, para o País, na medida em que a eficácia na produção de embalagens inovadoras (e produtos também) deságua positivamente em competitividade. Ou seja, inovação é vital para crescer no mercado nacional e avançar no internacional. Sob esse prisma, o Fórum “Inovação – Como

viabilizar a produção de embalagens criativas” se propõe a ser uma contri-buição prática.

Consultas sobre vagas: (11) 5181-6533ciclo@embalagemmarca.com.brwww.ciclodeconhecimento.com.br

www.ciclodeconhecimento.com.br

Patrocínio Ouro

Patrocínio PrataDivulgação

Organização

Programa• Fred Gelli, da Tátil Design. Gelli é o criador do logotipo das Olimpíadas do Rio 2016, atualmente em voga no Brasil e no exterior, e discorrerá sobre como aproximar a cadeia produtiva em prol da inovação no cliente final, a indústria de bens de consumo.

• Renata Barini, Gerente Sr. P&D, Embalagens Brasil da Kraft Foods. Palestra: “Inovação de embalagens na prática”.

• Cristina Alvarenga, diretora da BASES, divisão do Instituto Nielsen que avalia os prováveis desempenhos das inovações. A palestrante falará sobre os motivos de mais de 50% das inovações não serem bem sucedidas nos pontos de venda.

• Deborah Portilho, D. Portilho Consultoria, Auditoria e Treinamento em Propriedade Intelectual. Inovou? Proteja. Como manter a exclusividade da identidade visual de suas marcas, produtos e embalagens.

• Marcos Palhares, diretor da revista EmbalagemMarca. Palestra: Falta de integração - uma barreira para a inovação em embalagem.

Fórum “Inovação – Como viabilizar a produção de embalagens criativas”

Dia 27 de junho de 2012Panamericana Escola de Arte e Design

São Paulo

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informe publicitário

Tradbor Stand-up PouchesÚnica empresa brasileira 100% especializada em embalagens stand-up pouches e equipamentos automáticos de envase para SUPs pré-formados.

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Dow BrasilA Dow alia a força da ciência e da tecnologia ao talento do Elemento Humano para inovar com paixão em produtos que são essenciais ao dia a dia das pessoas.

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Produtos sólidos, em pó, lí-quidos ou viscosos, sensíveis à luz, ácidos, neutros, altamente oxidantes. Para cada necessi-dade, existe uma solução de embalagem diferente. Com desenvolvimentos adequados, o stand-up pouch (SUP) pode ser o sistema de acondiciona-mento ideal para itens com as mais variadas características.

Essa versatilidade está por trás do avanço do SUP nas prateleiras mais diversas. Alimentos, bebidas, produtos de higiene e limpeza, rações, cosméticos, tintas imobiliárias e até perfumes sofisticados são alguns dos usos (entre muitos outros) desse práti-

Selagem íntegra e reSiStência ao impacto e à perfuração

polivalente e onipreSente

o todo depende daS parteS

Versatilidade faz com que stand-up pouch esteja presente em diversos mercados

O lançamento de bebi-das em stand-up pouches depende da coordenação de muitos fatores que podem interferir na qualidade final da embalagem. Além dos aspectos técnicos do pouch, outras escolhas críticas são o equipamento de envase, o canudo adequado, a aplica-dora automática de canudos e o sistema de abertura da embalagem.

A Tradbor investiu mui-to nos últimos anos para entregar soluções integradas, com capacidade de 150 a 180 envases por minuto, com uso de tecnologia própria e de parcerias internacionais, como as estabelecidas com

A Dow desenvolveu diversas estruturas de filmes para Stand Up Pouch (SUP) que garantem selagem íntegra para evitar vazamentos, excelente resistência ao impacto e à perfuração para não falhar durante armaze-nagem, transporte, tempo de prateleira e manuseio. Além disso, possui maquinabilidade para a confecção do SUP.

Essas características permitem o uso em inúmeras aplicações, como alimentos, produtos de higiene pessoal e de limpeza, lubrificantes e tintas. A Dow desenvolveu o SUP 100% Polietileno (PE), fa-cilitando sua reciclabilidade. Essa solução será promovida no estande da Tradbor, na Fispal 2012, simulando uma embalagem de iogurte.

co sistema de embalagem encontrados no Brasil e no exterior.

Levando-se em conta as inúmeras alternativas em formatos difereciados e a pos-sibilidade de uso de acessórios como tampas e bicos, per-cebe-se o potencial inovador do SUP, capaz de colocar em cada mercado embalagens com personalidade própria e grande apelo de venda.

A receita para o sucesso está na condução criteriosa do projeto de desenvolvimento da embalagem, envolvendo desde o início empresas capacitadas e com know-how reconhecido no mercado de SUP.

Indicados para diversas aplicações, stand-up pouches crescem em todos os segmentos

a sul-coreana Leepack, na parte de envase, e com uma multinacional nas soluções de canudo.

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ABSoRvENtES

Intimidade valorizadaFabricantes de absorventes íntimos investem em embalagens para agregar valor aos produtos

NOS úLTIMOS ANOS, prin-cipalmente em 2011, o mercado de absorventes femininos – ao contrário da economia brasileira em geral – apre-sentou retração. As vendas no ano pas-sado totalizaram 5,3 bilhões de unida-des no varejo, o que representou queda de 2,8% em relação a 2010, de acordo com a Nielsen. No mesmo período, o preço dessa categoria de produto caiu 3,8%, resultando em uma diminuição de 6,4% do mercado, que movimentou 1,3 bilhão de reais em 2011.

A culpada por essa queda, segundo diferentes fabricantes, foi a guerra de preços entre as marcas. A enxurrada

de packs promocionais e embalagens agrupadoras, do tipo “leve três, pague dois” e até “leve dez, pague oito” levou as consumidoras a estocar o produto no final de 2010, quebrando o ritmo de vendas em 2011. Agora, os grandes fabricantes de absorventes apostam em inovações – tanto em produtos como em embalagens – para reverter a redu-ção das vendas. As principais marcas investiram na sofisticação e no design das embalagens, com lançamentos de produtos premium.

A Kimberly-Clark, dona da marca Intimus, apresentou a linha Evolution, com preços 30% maiores. De acordo com Eduardo Aron, diretor de cuidados pessoais da multinacional, o desenvol-vimento dos novos produtos foi resul-tado de uma pesquisa que classificou as mulheres a partir de seis perfis compor-

tamentais. As consumidoras brasileiras de absorventes íntimos foram encaixa-das na categoria “stylistas”. “A stylista é moderna e ligada em tendências”, expli-ca Simone Simões, gerente de marca da Kimberly-Clark.

Para atender a essa consumidora, a empresa fez uma mudança radical nas embalagens: o absorvente externo, que geralmente é acondicionado em um pacote plástico flexível, agora é apre-sentado em um cartucho de papel car-tão preto, com desenhos de arabescos e com uma janela, protegida com um filme transparente. Essa janela mostra os saquinhos coloridos que acondicio-nam os itens individualmente. “O Inti-mus Evolution é o único absorvente do mercado em caixinha, mudando a forma de comercializar o produto”, diz Aron. “A cor preta predomina nas

Kimberly-Clark inova com cartuchos de papel cartão pretas com janelas

que mostram os invólucros individuais coloridos (no detalhe)

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embalagens e destaca o desenho de ara-bescos que contrastam com o colorido das embalagens individuais internas”. O design das embalagens é da Seragi-ni Farné Guardado. Os cartuchos são impressos pela Ibratec – exceto os do Intimus Interno e do Protetor Ultra Flexível, importados da China.

A PROCTER & GAMBLE também modificou as embalagens da sua marca de absorventes Always, que ganharam cores mais fortes e desenhos de arabes-cos. A marca passa a oferecer produtos premium, de alta performance, numa linha nomeada Always Pink. O produto teve a embalagem desenvolvida pela agência americana LPK de forma a ser facilmente identificada na gôndola por sua cor rosa (pink) e visor transparente, que permite enxergar os novos dese-nhos de corações e arabescos estampa-dos nas embalagens individuais.

Outra que remodelou as embala-gens e os produtos da linha de absor-ventes Sym foi a Santher, criando a linha Sym 360°, que, segundo a companhia, oferece melhor performance às con-sumidoras. Para as novas embalagens (produzidas pela Canguru), a agência Cornerstone Strategic Branding Bra-

sil buscou referências em universos femininos, incorporando texturas que estão presentes nas passarelas de moda e criações dos principais designers da área de decoração. Estampas célebres, como o zigue-zague da grife italiana Missoni, estampam as embalagens do produto, compondo com o logotipo em fundo preto. “A escolha do preto refle-te sofisticação e simboliza a proteção completa que o Novo Sym 360° ofere-ce”, considera Lucia Rezende, gerente

de marketing da marca. “O uso desta cor, especificamente, representa uma grande inovação dentro de uma cate-goria que sempre destacou uma cartela de tons suaves e coloridos para seus produtos.”

A executiva comenta que o seg-mento está cada vez mais sofisticado e competitivo. Ela descreve: “Não existe liderança absoluta, existem lideranças regionais. Os quatro maiores fabri-cantes, incluindo a Santher, ocupam

Cores fortes fazem pate da estratégia da P&G para chamar a

atencção no ponto de venda

Santher busca inspiração no universo da moda

para posicionar a nova versão premiumk da

marca Sym

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Canguru Embalagens(48) 3461-9000www.canguru.com.br

Cornerstone Strategic Branding (11) 3081-5224www.cornerstonebranding.com

Ibratec(11) 4772-8277www.ibratecgrafica.com.br

LPKwww.lpk.com+1 513 241-6401

Seragini Farné Guardado(11) 2101-4300www.seraginifarne.com.br

posição de líder em alguma região do País e estão atentos a este novo dire-cionamento de mercado, atualizando suas linhas para conquistar maior valor agregado”. Como parte da estratégia de reposicionamento da marca, o Sym 360° chega às gôndolas 10% mais caro que o antigo produto.

A Johnson & Johnson , que infor-ma ter mais de 33% das vendas de absorventes em volume, com as marcas Sempre Livre, Carefree e o.b., decidiu investir na repaginação das embalagens de Carefree no final de 2011. O objetivo, segundo a J&J, é entregar para a con-sumidora um produto mais atraente.

As mudanças foram feitas pelo estúdio de design da própria J&J no intuito de desenvolver uma embalagem que comunicasse melhor – em faixas colo-ridas no frontal dos pacotes – todos os benefícios do produto, de maneira clara e moderna. As embalagens agora con-tam com uma arte mais feminina.

Embalagens do Carefree, da Johnson & Johnson, buscam mostrar benefícios

do produto

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26 | Junho 2012

Questão de nitidezMarketing mais ágil, melhor gerencia mento de estoques, personalizações de produtos, combate à falsificação. Eis as possibilidades da impressão .

digital que podem ficar mais visíve is para os usuários de embalagemPOR GuILhERME KAMIO

REPoRtAGEM DE CAPA

Quando surgiu, em mea-dos da década de 1990, a impressão digital causou enorme surpresa. Afinal, nunca antes se ouvira falar no uso de processos eletrônicos para substituir etapas comuns a métodos tradicionais de impressão, tendo como efeitos pro-duções mais ágeis e afeitas a pequenas tiragens. Não sem motivo, a tecnologia foi classificada como o futuro para o setor gráfico – e isso bem antes do encolhimento generalizado das corri-das de livros e embalagens (no primeiro caso pela ascensão da internet e dos e-books; no segundo, pelas segmenta-ções de linhas de produtos).

A julgar pelos registros de ven-das de máquinas, não soa a exagero dizer que a impressão digital deixou de ser promessa para se tornar realidade. Brandindo a liderança em vendas de impressoras digitais, a HP estima já ter vendido quase 5 500 unidades em nível mundial. Outra força do setor, a belga Xeikon, situa em mil a quantidade de

equipamentos já instalados. Mas, na prática, não parece razoável dizer que a via digital já tenha se consolidado como solução para imprimir embalagens e rótulos – produtos para os quais as atenções da indústria gráfica progres-sivamente convergem, ante o fato de não sofrerem, como outros impressos, concorrência de mídias eletrônicas.

Segundo dados divulgados na mais recente edição da Drupa, feira de tecno-logia gráfica ocorrida no início de maio em Düsseldorf, Alemanha, a impres-são digital ainda abocanha somente 1% dos serviços anuais de impressão de embalagens e rótulos no mundo, hoje avaliados em 7,4 trilhões de páginas (volume que equivaleria a 14% do mer-cado gráfico global). “A oportunidade de crescimento no segmento de packa-ging é enorme”, acredita Luis Iglesias, responsável no País pelo marketing das soluções digitais industriais da HP. Pelos cálculos do executivo, apenas 17% (923 unidades) das máquinas digitais

vendidas pela HP estão dedicadas à conversão de rótulos e invólucros. A maioria presta serviços aos segmentos editorial e promocional.

o avanço imaginado por Iglesias contempla um aproveitamento muito maior da versatilidade da tecno-logia digital, que vai além do estágio em que se encontra o mercado brasileiro – onde a solução, no campo da embala-gem, é basicamente explorada por pro-dutores de rótulos, para o atendimento de pequenas tiragens com alta qualidade e tempo de entrega reduzido. Sugestões dos fabricantes de equipamentos quan-to a novos usos incluem a impressão de embalagens flexíveis e cartuchos de papel cartão, que estaria mais propícia graças a novos modelos de máquinas (ver quadro), e trabalhos com dados variáveis como meio de obter ganhos operacionais e diferenciar produtos.

Na Europa, por exemplo, a Micro-soft recorreu a uma solução de impres-

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Questão de nitidezMarketing mais ágil, melhor gerencia mento de estoques, personalizações de produtos, combate à falsificação. Eis as possibilidades da impressão .

digital que podem ficar mais visíve is para os usuários de embalagemPOR GuILhERME KAMIO

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focos em fLexíveis e cartonadas

A Drupa 2012, feira do setor gráfico ocorrida no início de maio em Düsseldorf, Alemanha, si-nalizou movimentos da tecnologia digital rumo à impressão de embalagens flexíveis e carto-nadas com maiores formatos. “São mercados cada vez mais influenciados por segmentação, com pedidos fragmentados”, explica Luis Iglesias, gerente de marketing de impressoras digitais da hP. Para atender esses segmentos, a empresa americana lançou na feira os modelos Indigo 20000 e Indigo 30000.

Na mesma categoria, a Agfa apresentou o modelo Leopard, capaz de imprimir grandes formatos com tinta uV de qualidade offset, e a Jeti Titan, capaz de incorporar sistema de rolo a rolo para a impressão de substratos flexíveis em bobina que podem chegar a 3,2 metros de largura, com capacidade de impressão em até seis cores mais branco ou verniz localizado.

Outro fato importante da Drupa foi o destaque dado pela heidelberg, nome tradi-cional do segmento de impressão offset, às

suas soluções de impressão digital. A empresa aprofundou-se na tecnologia no ano passa-do, por meio da aquisição da alemã CSAT, e mostrou na feira impressoras Linoprint aptas à impressão digital de rótulos e filmes para blisters. “Agregamos toda nossa experiên-cia em impressão digital em um segmento de negócios específico, com soluções para impressão comercial e de embalagens”, afirma Daniel Dreyer, líder global de soluções digitais para embalagens e rótulos da heidelberg.

HP Indigo 30000

Agfa Jeti Titan

Heidelberg Linoprint

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são digital da Xerox, acoplada a uma linha de acabamento da Stora Enso, para produzir cartuchos de papel car-tão para o Windows 7 e outros softwa-res. Cada embalagem trazia estampado o nome do comprador do programa. A inclusão desse extra seria possível com um simples equipamento de codi-ficação, mas o detalhe é que a cus-tomização ocorria juntamente com a impressão do cartucho, sob demanda, desencadeada somente quando uma venda on-line era concretizada.

Projetos desse naipe podem não apenas contemplar um único elemento da arte, mas assumir contornos mais complexos, chegando mesmo ao design da embalagem por completo. Exemplo já famoso é o da canadense Jones Soda, que desde o final da década de 90 utili-za impressão digital para viabilizar um rodízio de fotos enviadas por consumi-dores em seus rótulos.

Nos últimos anos, a HP, junto a clientes convertedores equipados com impressoras digitais, conseguiu con-vencer indústrias a investir em ações do tipo web-to-print para consumidores de outros países. Entre os adeptos figu-raram nomes como Kimberly-Clark, Heineken e Coca-Cola. Todas as empre-sas lançaram ações que permitiram a consumidores customizar embalagens – cartuchos dos lenços Kleenex, no caso da Kimberly-Clark, e rótulos ter-moencolhíveis, nos casos da Heineken

sonalizados, com o nome do consu-midor impresso digitalmente desde a origem, para as vendas de drogas de uso restrito. No Brasil, onde desde 2009 se discute a implantação de um sistema de rastreamento de fármacos, a tecnologia pode representar uma solução.

Quedas de certas barrei-ras podem dar estímulo às aplicações de maior abrangência. Um dos entra-ves é o preço dos consumíveis (tintas e toners de impressão), que sempre gerou custos de impressão maiores que os de outros sistemas de impres-são. “Houve uma queda expressiva no custo dos suprimentos nos últimos anos, assim como evoluções tecno-lógicas que permitiram barateá-los”, garante Claudio Gaeta, gerente de ven-

(garrafas de cerveja) e da Coca-Cola (latas de Sprite). Este último projeto foi adaptado para o Brasil em 2011.

Na Inglaterra, a produtora de cho-colates finos Thorntons tem feito bas-tante sucesso ao possibilitar que con-sumidores encomendem caixas perso-nalizadas com fotos submetidas através de um website. A ação se escorou em impressoras digitais Xerox. “É um tipo de iniciativa fantástico para conquistar a simpatia do consumidor e estimular sua fidelidade”, afirma Robert Candey, responsável por gerenciar, no Brasil, as divisões Cor e Soluções de Software da Xerox. No mercado brasileiro, constata o executivo, esse tipo de iniciativa ainda é raríssimo.

Andreza Carraro, do departamento de marketing da produtora de rótu-los Indemetal Gráficos, repassa que a empresa já desenvolveu algumas ações dessa natureza, para identificação de lotes em rótulos de vinhos e cervejas. Os nomes dos clientes são preservados. No fim do ano passado, foi desenvol-vida uma ação para a cachaça Mato Dentro, em que, com fins de brinde, o rótulo da bebida recebeu aplicação dos nomes dos destinatários. Dona de uma impressora digital HP Indigo ws4500, a Indemetal receberia em maio um modelo HP ws6600. “Com essa aquisi-ção, esperamos oferecer novos produ-tos ao mercado”, diz Andreza.

Afora as ferramentas personaliza-das de promoção, uma possibilidade também cogitada é o uso de dados vari-áveis como elemento de segurança. Nos Estados Unidos, autoridades avaliaram recentemente o uso de cartuchos per-

Jones Soda: exemplo já famoso de uso da impressão digital para personalizar embalagens

Na Europa, Microsoft utilizou

solução digital para imprimir cartuchos do Windows sob

demanda

Sprite (acima) e Heineken estão

entre marcas contempladas

por ações digitais de customização

de rótulos

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das de impressoras digitais da Agfa, abastecidas por tintas UV (ultraviole-ta). “Se pegarmos o custo de impressão do início dos anos 2000, já houve uma redução na casa dos 70%”, argumenta Luis Iglesias, da HP.

De modo geral, apontam os espe-cialistas, quatro questões técnicas pre-cisam ser resolvidas para a populari-zação da impressão digital: qualidade de impressão igual à do offset; pro-

amostra fieL de projetos

um recurso interessante da impressão digital é a produção de protótipos e amostras com rapidez e alta qualidade, capazes de auxiliar processos de desenvolvimento de produ-tos. É para esse tipo de apli-cação que a multinacional japonesa Roland oferece impressoras digitais. uma venda emplacada recen-

temente para o mercado de embalagens ocorreu na Antilhas. A empresa adqui-riu uma LEC-330, modelo a jato de tinta uV que dispõe do recurso de recorte inte-grado, para a confecção de protótipos de embalagens em diferentes substratos – papel cartão, plásticos e papéis de diferentes tipos e gramaturas. “Com o novo

equipamento, podemos apresentar ao cliente um produto que proporciona uma ideia concreta do pro-jeto desenvolvido”, diz Ca-rolina Caldo, supervisora de pré-impressão da Antilhas. Para rótulos e produtos de menores dimensões, a Roland oferece impresso-ras digitais em versões de mesa.

LEC-330: jato de tinta UV com

recorte integrado permite confecção

de provas

Na Inglaterra, Thorntons permite

que clientes personalizem

caixas de bombons

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30 | Junho 2012

dutividade igual à do offset; custo por página igual à do offset; e condições de imprimir em qualquer substrato. As duas primeiras dificuldades já teriam sido mais ou menos resolvidas. As duas restantes podem ser solucionadas em curto prazo, graças a novos consumí-veis desenvolvidos por meio da nano-tecnologia (ver quadro). “A próxima geração de tintas e toners que deve chegar ao mercado em dois ou três anos vai mudar e muito a cara do mercado”, sentencia Miguel Troccoli, diretor geral da PTC Graphic Systems, representante da Xeikon para o mercado brasileiro. “A velocidade de impressão digital poderá ser multiplicada por quatro ou cinco vezes e isso vai mudar totalmente o modo como enxergamos a tecnologia.”

Com rapidez e custos mais próxi-mos daqueles dos sistemas convencio-nais, a tendência é que os predicados da impressão digital fiquem mais claros para os usuários de embalagens, ou lhes sejam comunicados com maior ênfase.

Por enquanto, participações efe-tivas de end-users nas decisões sobre impressão de recipientes e envoltórios

são exceções. “Raramente o cliente solicita um sistema de impressão espe-cífico”, relata Christiane Iser Nebe-lung, gerente de marketing da Baum-garten, grande fornecedora de rótulos autoadesivos. “Nós é que direciona-mos o trabalho para o digital quando entendemos que esse é o sistema com melhor custo-benefício para a tiragem em questão”. Robert Candey aprovei-ta a deixa para fazer um comentário

da situação. “Para indústrias, a forma como produtos são impressos ainda pouco importa – infelizmente”, lamen-ta o executivo da Xerox.

Agfa(11) 5188-6444www.agfagraphics.com

Baumgarten(47) 3321-6666www.baumgarten.com.br

Heidelberg(11) 5525 4500 www.heidelberg.com.br

HP(11) 3074-5242www.hp.com

Indemetal Gráficos(11) 4013-6644www.indemetalgraficos.com.br

Landa Corporation+ 972 (77) 344-4444www.landanano.com

PTC Graphic Systems(11) 2097-7290www.ptcgs.com.br

Roland(11) 3500-2600www.rolanddg.com.br

Xerox(21) 4009-1212www.xerox.com

nanografia, a nova promessa

Benny Landa não é considerado à toa o pai da impressão digital. Foi ele o fundador da Indi-go, empresa que lançou a primeira impressora digital industrial do mundo, a E-Print 1000, em 1993. Em 2002, o empresário polonês vendeu o negócio para a hewlett-Packard (hP) e abriu uma nova companhia, a Landa Corporation, sumindo do noticiário. No início de maio, durante a Drupa, feira de tecnologia gráfica realizada em Düsseldorf, Alemanha, Landa reapareceu para apresentar aquela que define como uma nova categoria de impres-são digital: a nanografia.

Como o nome denuncia, trata-se de um processo de impressão baseado na nanotec-nologia – ciência que lida com a manipula-ção de materiais em escala molecular, ou de nanômetros (milionésimos de milímetros). O pulo do gato da novidade é o uso de tintas inéditas à base d’água, as NanoInks, que incorporam partículas nanométricas de pig-mentos. No processo de impressão, que com-bina tecnologias inkjet, piezoelétrica e térmica, o meio aquoso é sublima-

do, gerando, por meio de um método de gra-vação indireta (as imagens são primeiramente aplicadas numa blanqueta para depois serem transferidas para o substrato de destino), pon-tos mais precisos e camadas de tinta ultrafinas (com 500 nanômetros de espessura).

Segundo a Landa, a nanografia resolveria duas barreiras da impressão digital: a do alto custo, uma vez que o colorante não pene-

tra nas fibras de substratos, exigindo menos insumo para se obter as imagens reque-ridas, e a da versatilidade, pois o filme de tinta aderiria a qualquer material, incluindo filmes plásticos como os de polietileno, polipropileno, PVC ou PET. Na Drupa, a Landa Corporation apresentou cinco impressoras embarcadas com a tecnologia, entre mode-los alimentados por folhas,

passíveis de imprimir cartuchos, e alimenta-dos por bobinas – para rótulos e embalagens plásticas flexíveis. A solução deverá estar disponível comercialmente em até dois anos, e será também oferecida por parceiros como heidelberg, Manroland e Komori.

Com processo baseado em nanotecnologia, Benny Landa (no detalhe) promete popularização da impressão digital

Veja mais:

Epson investe no mercado de impressão digitalemb.bz/154epson

Presenteados tiveram nome gravado no rótulo da cachaça Mato Dentro

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32 | Junho 2012

LEItES

Longa vida alternativaCom tecnologia inédita no Brasil, Shefa apresenta leite uHt em embalagem de PEt asséptico

A ShEFA, marca da Agropecuária Tuiuti, de Amparo (SP), quebra um paradigma no mercado de leites UHT (longa vida), ao adotar uma embala-gem alternativa às cartonadas assépti-cas adotadas para o produto. A marca é a primeira no Brasil a acondicionar o alimento em garrafas de PET asséptico. Fruto de uma parceria que começou há dois anos entre o laticínio, a Logo-plaste e a Colormatrix, a nova emba-lagem chegou ao mercado em meados de maio. As garrafas são produzidas numa linha in-house que a Logoplas-te instalou na planta da Shefa. Desse modo, os recipientes vão diretamente para a linha de enchimento, evitando estoques.

Produzida com duas camadas de PET, a garrafa não precisa de rotu-lagem extra para proporcionar bar-reira à luz, graças a um aditivo de marca Lactra, fornecido pela Colorma-trix (ver quadro). “Trabalhamos com uma tecnologia de vanguarda, sendo a terceira fábrica no mundo e a pri-meira nas Américas a adotar garrafas assépticas com barreira à luz”, afirma Vicente de Benedictis Neto, gerente de marketing da Agropecuária Tuiuti. O shelf life do produto é de quatro meses, o mesmo das embalagens car-tonadas assépticas, que continuam no portfólio da Shefa. “Com a garrafa ofe-recemos outra opção ao consumidor”, diz o executivo. “Essa embalagem é uma tendência mundial para leite UHT. Se olharmos para o mercado europeu podemos constatar o crescimento da embalagem de PET para leite.”

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Garrafa de PET asséptico do leite longa vida da

Shefa tem barreira à luz. QR Code no rótulo leva para o site da empresa

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Benedicitis Neto conta que onde a garrafa já é comercializada não houve estranhamento por parte do consumi-dor. “Ele já se acostumou com a migra-ção de alguns itens da área refrigerada para ambientes sem refrigeração, como sucos, creme de leite e até o próprio leite, quando passou da embalagem ‘barriga mole’ (sacos de filme plástico monocamada) para a cartonada assép-tica”, relata. Para explicar como funcio-na, o rótulo da garrafa possui um QR Code no qual se mostra todo o processo de envase do leite”.

Para suporte ao lançamento foi feita uma parceria com a Muzzi Cycles, fabri-cante nacional de bicicletas que utiliza garrafas de PET recicladas como maté-ria prima. “Cada lote de 300 garrafas de leite de PET recicladas será transforma-do em uma bicicleta ecológica”, explica Vicente de Benedictis Neto. Também será feita uma campanha de lançamen-to em mídias de grande visibilidade para divulgar a nova embalagem. Os shrink agrupadores (six-pack) também chamam a atenção para a novidade. O preço do leite na garrafa de PET será o mesmo das cartonadas.

Colormatrix(11) 4591-0100www.colormatrix.com/pt

Logoplaste(11) 2132-0400www.logoplaste.com

Barreira eficaz

O aditivo de barreira à luz Lactra, desenvolvido pela Colormatrix e utilizado nas embalagens de PET da Shefa é um corante branco que proporciona barreira de alto desempenho à luz e oferece estética aprimorada para embalagens. Sua função é proteger e estender o prazo de validade de produtos lácteos acondicionados em embalagens PET.De acordo com a fabricante, os

principais benefícios são os altos níveis de bloqueio de luz; boa aparência das embalagens com opções de acabamento brilhante (Silk) – utilizado pela Shefa – ou opaco (Matt); opções de grau de performance, dependendo dos níveis necessários de opacidade, conceitos de pré-forma e estética; e compatibilidade de processo com todos os tipos de PET para maior flexibilidade de produção.

Filmes dos six-packs chamam

a atenção para a nova embalagem

Para divulgar novidade, bicicleta “ecológica” será produzida com

garrafas de PET recicladas

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EM CONTRASTE com as noti-ciadas decepções da Avon e da Natura com seus desempenhos recentes, no outro colosso do mercado brasileiro de cosméticos, O Boticário, o clima é de festa. A receita de 5,5 bilhões de reais obtida em 2011, 19% maior que a do ano anterior, fez a grife de beleza desbancar o McDonald’s do posto de franquia mais rentável do País. Deliberadamen-te, o balanço positivo foi divulgado no dia 22 de março último, data do aniver-sário de 35 anos do negócio, surgido de uma pequena farmácia de manipulação aberta por Miguel Krigsner, em Curiti-ba, com 3 000 dólares emprestados por um tio. Em sua trajetória de sucesso, a empresa se notabilizou pelo zelo com a apresentação de seus produtos – não obstante um dos maiores ícones desse cuidado, o frasco com formato de ânfo-ra para perfumes, tenha sido fruto de uma casualidade, como confirma nesta entrevista o gerente de desenvolvimen-to de embalagens do Grupo Boticário, Rodrigo Wielecosseles. Além de contar essa história, o executivo dá detalhes da gestão de packaging na corporação, que em sua alçada hoje tem também Eudo-ra, marca dedicada às vendas diretas.

ENtREvIStA

36 | Abril 2012

“O apoio é significativo”Referência em franquia de cosméticos festeja aniversário de 35 anos e mais um balanço positivo. Para RODRIGO WIELECOSSELES, gerente de desenvolvimento de embalagens do Grupo Boticário, o packaging cuidadoso é uma das razões do êxito da marca

Recente reportagem na gran-de imprensa atribuiu, com base em comunicado de O Boticário, o crescimento expressivo do fatura-mento da empresa a fatores como a ampliação da rede de franquea-dos, lançamentos de novos produ-tos, investimentos em marketing, ações com consumidores e a ado-ção da nova identidade da empresa. A embalagem também contribuiu para o desempenho positivo? Sim, com certeza. A embalagem sempre contribui nos quesitos novidade, atrati-vidade, presença de prateleira e geração de desejo pelo público. Quando lança-mos um produto, a embalagem desem-penha a função de “vendedor silencio-so”, atraindo o consumidor, gerando nele o desejo de experimentar o pro-duto e, como consequência, de levá-lo para casa. O Grupo Boticário tem uma atuação extremamente importante no

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mercado nacional e nossas embalagens contribuem de forma significativa para confirmar esse posicionamento, fazen-do com que os produtos das unidades de negócio O Boticário e Eudora che-guem com qualidade e segurança a um grande número de lares brasileiros. Apresentações de produtos são per-cebidas e geridas como ferramentas de marketing? Por quê? Se considerarmos os cinco P de marke-ting como ferramentas – preço, prazo, praça, produto e promoção –, é pos-sível afirmar que todos eles são utili-zados nas apresentações de produtos. A embalagem influencia diretamen-te no preço praticado; nos prazos de lançamento e entrega de produtos à apreciação dos consumidores; nas pra-ças onde são lançados – recentemente, por exemplo, a unidade de negócio O Boticário lançou a Acqua Fresca com ânfora comemorativa ao aniversário de São Luís, no Maranhão – e também são meios para a promoção do produto. Desta forma, as embalagens compõem importante ferramenta do marketing mix das unidades de negócio do Grupo Boticário. Elas agregam valor ao negó-cio, já que contribuem para atrair o cliente ao ponto de venda, e propor-cionam acondicionamento seguro aos produtos. Há participação do departamen-to de marketing nos processos de desenvolvimento de embalagens? Em quais estágios? Sim, o departamento de marketing par-ticipa ativamente e lado a lado com a equipe de desenvolvimento de emba-lagens. O processo começa com um briefing detalhado, no qual o time de marketing passa a orientação sobre os principais caminhos e estratégias a serem seguidos para a criação da emba-lagem. A partir daí, o contato entre as duas áreas é constante, passando pela definição do design das embalagens, validação das artes, mock ups, até che-gar ao produto acabado. Quais foram os valores investidos em publicidade tradicional em 2011? E em desenvolvimento de embalagens?

As embalagens compõem importante ferramenta do marketing mix das unidades do Grupo Boticário.

Elas agregam valor ao negócio e proporcionam acondicionamento seguro aos produtos

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38 | Junho 2012

Os prazos em um mercado aquecido e em uma empresa que cresce acima da média do mercado são sempre

desafiadores. Por isso, esperamos excelência na execução das entregas e pró-atividade dos fornecedores

O Grupo Boticário não divulga o mon-tante total investido em publicidade de suas unidades de negócio. Também não é prática da empresa divulgar valores de investimentos segmentados por áreas da organização.

Como está estruturado o depar-tamento de desenvolvimento de embalagens no Grupo Boticário? No Grupo Boticário, o departamento de Desenvolvimento de Embalagens faz parte da Diretoria de Pesquisa e Desen-volvimento, que, por sua vez, responde à Diretoria Executiva de Operações. Por ser um departamento corporativo, atende todas as unidades de negócio do Grupo Boticário. As embalagens são totalmente cria-das em âmbito interno ou o depar-tamento conta com o apoio de ter-ceiros, como agências de design? Em que proporção e em que condições? Para a criação do design inicial de embalagem, contamos com a parceria de agências especializadas, que tra-balham em conjunto com a equipe de Desenvolvimento de Embalagens. Durante os estudos de viabilidade e desenvolvimento, também alinhamos a expertise da equipe interna com o apoio de fornecedores e parceiros estratégi-cos. Ou seja, trata-se de uma soma de

conhecimento e experiência que nos permite chegar aos resultados mais satisfatórios. No segmento de perfumaria e cos-méticos, parte das embalagens é importada. O que determina a deci-são de importar? A grande maioria de nossas embalagens é fabricada no Brasil, o que permite maior velocidade e capacidade pro-dutiva, além de valorização da indús-tria e de parceiros nacionais. Somente algumas embalagens, especialmente frascos e periféricos, que exigem tecno-logias ainda não aplicadas no Brasil, são importadas. O que o Grupo Boticário espera e exige de seus fornecedores de emba-lagens em termos de qualidade, pra-zos e outros fatores que integram esse componente dos produtos? O Grupo Boticário trabalha com altos níveis de qualidade. Os prazos em um mercado aquecido e em uma empresa

Active Dermato, fragrâncias roll-on e eau de parfum Lily Essence: exemplos de projetos inovadores de embalagem consagrados no Prêmio Grandes Cases em 2011

que cresce acima da média do mercado são sempre desafiadores. Assim, por meio de pré-acordos com os fornecedo-res, esperamos excelência na execução de suas entregas. Algo que também esperamos de nossos fornecedores é que tenham pró-atividade, tragam novidades de mercado antecipadamen-te e procurem sempre soluções alinha-das à estratégia da empresa. Os fornecedores nacionais atendem a contento a essas expectativas? Sim, os fornecedores nacionais fazem parte da história de sucesso do Grupo Boticário, juntamente com os inter-nacionais e multinacionais. Alguns, inclusive, se estabeleceram e cresceram junto com o Grupo Boticário, especia-lizando-se no atendimento à contínua e crescente exigência do Grupo e dos consumidores de perfumaria e cosmé-ticos no Brasil. Diria que já atingimos um nível de excelência e qualidade de embalagens no Brasil que se equipara ao das empresas estrangeiras.

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Há duas décadas não se tinha no País o leque de possibilidades decorativas que temos hoje. Houve avanços em equipamentos, processos e também

nas próprias tecnologias

Quais os principais produtos expor-tados?Aqui, vale lembrar que a unidade de negócio O Boticário está presente em oito países, além do Brasil – Portu-gal, Estados Unidos, Japão, Angola, Moçambique, Arábia Saudita, Vene-zuela e Paraguai. Mandamos para o exterior os mesmos itens do nosso por-tfólio nacional.

Em sua opinião, o suprimento dos diferentes componentes das emba-lagens, como frascos, tampas, bis-nagas e outros tipos de recipientes, bem como sua decoração, evolu-íram nos últimos anos? Quais os principais avanços?Sim, e continuam evoluindo. Há duas décadas, não se tinha no País o leque de possibilidades decorativas que temos hoje, como metalização, galvanoplas-tia, hot stamping, tampografia, termo-lustragem, entre tantas outras. Houve avanços em equipamentos, processos e também nas próprias tecnologias, por meio de investimentos dos fabri-cantes de embalagens, terceiristas de decoração, além da reprodução no País de linhas de decoração específicas dos fornecedores multinacionais. O que, a seu ver, teria influenciado essas mudanças? Sem dúvida, os desafios do mercado – tanto nas questões de custos e prazos, quanto na demanda, na competitivida-de e no nível de exigência do consumi-dor, que são crescentes.

O frasco com formato de ânfora, utilizado em perfumes, é um clássi-co das embalagens de O Boticário. Tem fundamento a história de que a marca foi criada com esse reci-piente, do qual teria sido adquirido um lote em vidraria (Wheaton) do qual a empresa que o encomendou (Grupo Sílvio Santos) teria desis-tido?Sim. Em 1979, em uma viagem a São Paulo, Miguel Krigsner, fundador de O Boticário, adquiriu aproximadamente 70 000 ânforas que serviram para acon-dicionar a primeira fragrância fabri-cada pela empresa, a Acqua Fresca.

Depois, foram produzidas outras que também foram envasadas no mesmo tipo de frasco. A ânfora, de formas arredondadas, acabou se tornando um ícone de O Boticário.

Em que aspectos a embalagem ânfo-ra evoluiu ao longo do tempo (deco-ração, fechamento, peso do frasco, ampliação de linha)? Não houve alterações de peso ou qual-quer outra mudança ou adequação sig-nificativa. Já as tampas, que foram de madeira e de pedra-sabão, hoje são de plástico. Mudanças também ocorreram em relação à decoração, que possui uma gama de possibilidades a serem feitas, de acordo com o conceito da fragrância acondicionada. O Boticário possui alguns produtos em seu por-tfólio de perfumaria com essa emba-lagem, tais como Acqua Fresca, Thaty, Free e Cecita. O item mais recente foi lançado em março deste ano – uma edição de Acqua Fresca comemorativa dos 35 anos de O Boticário, que pode ser encontrada em uma de nossas 3 260 lojas espalhadas pelo Brasil.

Frasco com formato de ânfora se tornou equity da marca e

está em edição comemorativa da colônia Acqua Fresca (à dir.)

Números de O Boticário

Completa neste ano 35 anos de atividades

É a maior franquia do Brasil em número de lojas e faturamento

Conta com 3 260 lojas no Brasil, que empregam mais de 22 000 funcionários

Faturou 5,5 bilhões de reais em 2011

Registrou crescimento de 19% em relação a 2010

Portfólio com mais de 800 itens divididos em perfumaria, maquiagem, cuidados para o corpo e para o rosto, protetores solares, desodorantes, sabonetes e xampus

Lançou 428 produtos no ano passado, entre itens de linha e edições limitadas

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INtERNACIoNAL

Para os não tranquilosvinícola australiana lança primeiros espumantes de alta pressão com tampa de rosca

VEM DA AUSTRÁLIA, um dos países mais inovadores quando se fala em embalagens de vinhos, uma novida-de em fechamentos de espumantes. As tampas de rosca (screw caps) de alumí-nio, presentes em 85% das garrafas de vinhos tranquilos (que não contêm gás) produzidos naquelas paragens, estrea-ram em espumantes de alta pressão. A De Bortoli Wines anuncia ser a primeira vinícola no mundo a levar um espuman-te para garrafas com tampas de rosca.

Esse tipo de fechamento já vem sendo adotado por produtores de vinhos frisantes, cuja pressão criada pelo gás carbônico no interior da garrafa é menor. Batizada de Viiva, a tampa foi desenvolvida em conjunto pelas subsi-diárias australianas da Guala Closures e da Owens-Illinois. De acordo com as empresas, a novidade surge em resposta às queixas da indústria vinífera austra-liana sobre os custos da rolha de cortiça. Reclamações de consumidores quanto às dificuldades de abertura e perda de carbonatação com as tradicionais tam-pas também foram levadas em conta.

“A Viiva proporciona maior comodi-dade para os consumidores, por ser fácil de abrir. Como pode ser resselada, tam-bém minimiza o desperdício e aumen-ta a percepção de valor pelo consumi-dor”, argumenta o gerente de vendas da De Bortoli, Peter Yeoman. “A tampa de rosca elimina questões de segurança associadas à abertura de rolhas de cor-tiça e permite aos consumidores beber apenas uma taça. Retampada, a garrafa mantém a bebida com gás por alguns dias após a abertura.”

O sistema de fechamento demorou

cinco anos para ser desenvolvido e rece-beu investimentos “significativos”, mas não revelados, em pesquisa e desenvol-vimento. As duas empresas fornecedo-ras também trabalharam no desenvolvi-mento de uma nova garrafa que se ajus-tasse à nova tampa. A Viiva exige que o pescoço da garrafa seja 1 milímetro mais alto em comparação aos 17 milímetros necessários para acomodar a rolha de cortiça e a gaiola de arame nas garrafas de espumantes comuns.

Projetada para suportar o volume tradicional de gás de vinhos espumantes (5 volumes de gás carbônico), a tampa foi testada para garantir sua segurança: a garrafa, cheia de espumante e tampa-da, passou pela “caixa quente”, ou seja, foi aquecida a 50 graus por 24 horas e depois a 60 graus por uma semana, e passou nas provas.

Para o gerente de marketing da Guala Closures Austrália, Simon Yude-levich, o novo sistema de fechamento propicia benefícios significativos a pro-dutores e vendedores de vinhos. “Na produção, a vantagem é trabalhar com um fechamento que ajuda a reduzir a complexidade das linhas de enchimen-to e melhora a produtividade”, ele diz. “A tecnologia é ainda a solução ideal para estabelecimentos que desejam ser-vir vinho em taças e para o consumo doméstico em pequenas doses.”

A NOVA TAMPA, entretanto, acaba com uma tradição ao abrir garrafas de espumantes, que é o espocar das rolhas. Isso poderia atrapalhar a acei-tação pelos consumidores. O gerente da Guala afirma que esse argumento

é levado em conta pela empresa, mas diz esperar que “os consumidores con-siderem os benefícios da nova tampa e aceitem o produto”.

A novidade foi adotada para a linha de espumantes populares Trevi, que tem três variedades, e para o espumante premium Willowglen Sparkling Brut. “Tomamos a decisão de converter toda a linha Trevi e Willowglen exclusivamen-

No Willowglen, gargalheira

destaca facilidade de

refechamento da nova tampa

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Guala Closures(11) 4166-2400www.gualaclosures.com

Owens-Illinois do Brasil(11) 2542-8084www.oidobrasil.com.br

te para o novo sistema de fechamento porque a tecnologia é realmente ino-vadora e coloca a indústria do vinho da Austrália na vanguarda da inovação”, diz Yeoman, da De Bortoli. As novas garra-fas também tiveram os rótulos redese-nhados e ganharam uma gargalheira, que chamam a atenção para a nova tampa com frases como “Olhe, não tem rolha” e “Fácil de retampar”.

No Trevi, mensagem reforça a

inexistência de rolha na garrafa

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GERENCIAMENto DE CoRES

As cores da embalagem vão à nuvem

O USO DE SOLUÇõES tecno-lógicas baseadas no conceito de cloud computing, ou computação na nuvem, consolidou-se nos últimos anos como um caminho irreversível para pratica-mente todas as atividades econômicas contemporâneas – incluído aí, natural-mente, o setor de embalagem. Dentre as muitas características usadas para definir essa tendência, a possibilidade de compartilhamento instantâneo de arquivos e projetos, a partir de qualquer ponto do planeta em que haja uma conexão com a web, parece ser a que mais irá impactar o modelo produtivo vigente. Afinal, com o planeta tendo se tornado um mercado unificado, onde praticamente não há fronteiras, nada mais apropriado para as companhias com interesses transnacionais do que a possibilidade de trabalhar, em tempo real, com colaboradores em diferentes partes do globo.

Com a indústria gráfica não have-ria de ser diferente, e a última Drupa deixou isso claro para todo o setor. Dentre as várias tecnologias baseadas na nuvem apresentadas em Düsseldorf,

as mais significativas para o segmen-to de embalagem foram as voltadas para o gerenciamento de cores. Em linhas gerais, essas soluções são ecos-sistemas dinâmicos para a integração de diferentes softwares e hardwares, e têm por objetivo entregar digitalmente cores consistentes e padronizadas ao longo de todo o fluxo de trabalho da indústria gráfica – da elaboração do design até a pós-impressão. De acordo com os desenvolvedores, ao colocar os fabricantes de embalagens em contato direto com os diferentes stakeholders (designers, agência e cliente), essas soluções aperfeiçoam drasticamente o processo de padronização e aprovação das cores em diferentes substratos e processos gráficos, reduzindo custos e disponibilizando com maior rapidez os produtos no mercado.

Oferecidas por vários desenvolve-dores, essas plataformas funcionam, basicamente, da seguinte forma: o dono da marca estabelece a palheta de cores “master” e os substratos com os quais irá trabalhar; a partir da conjunção des-sas variáveis, o software desenvolve os

A cloud computing avança na indústria gráfica com o lançamento de softwares e

soluções para o gerenciamento remoto de cores – e a área de embalagem não ficará de fora

dessa nova tecnologia

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Junho 2012 | 45

As cores da embalagem vão à nuvem

padrões secundários para cada substra-to; com tudo seguramente armazenado na nuvem, o dono da marca autoriza que os diferentes stakeholders acessem o sistema; a partir desse mapa, a gráfica pode utilizar softwares de desenvol-vimento de cores para definir qual a melhor mistura de tintas para se chegar ao resultado desejado.

ENTRE OS FABRICANTES que já oferecem esse tipo de tecnologia, estão a GMG Color, com o GMG CoZone; a Pantone, com o PantoneLIVE; a Koni-ca Minolta, com o Colibri Gatway; e a FujiFilm, com o ColorPath. Embora anunciados com estardalhaço durante a última Drupa, muitas dessas tecno-logias ainda não estão disponíveis no mercado brasileiro, e algumas sequer possuem previsão de lançamento por aqui. Entretanto, com o elevado inte-resse internacional pelo mercado con-sumidor brasileiro, é provável que um número crescente de marcas e agências de criação passe a exigir a utilização dessa tecnologia pelos fabricantes de embalagens nacionais. Afinal, para

algumas marcas, a consistência colori-métrica de seus rótulos e embalagens é um fator quase tão decisivo quanto o próprio conteúdo.

Exemplos recentes ilustram bem o valor atribuído à cor por algumas das mais tradicionais marcas do planeta. Famoso por seu rótulo alaranjado, o champagne Veuve Clicquot ganhou em novembro do ano passado, em uma corte belga, o direito de uso exclusi-vo da cor, correspondente à Pantone 137C, após identificar o uso indevido da mesma coloração pela Cava Don Jaime, um vinho espumante de origem espa-nhola. Já no caso de uma subsidiária britânica da gigante alimentícia ameri-cana H.J. Heinz, o problema não era a

A cor como componentede marca é um patrimônio

que a Veuve Clicquotdefende ferrenhamente

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confusão gerada pelo uso mal-intencio-nado de cores semelhantes por produ-tos concorrentes, e sim garantir que sua linha de feijões enlatados tivesse emba-lagens exatamente iguais em qualquer supermercado do planeta.

Para se certificar de que o consumi-dor reconheceria o azul característico do Heinz Beanz em prateleiras lotadas de produtos semelhantes, a marca deci-diu unificar a cadeia produtiva de suas embalagens com o auxílio do Pantone-LIVE, uma solução desenvolvida pela Unidade de Negócios Digitais da Pan-tone, uma subsidiária do grupo X-Rite. De acordo com a H.J. Heinz, o resultado foi uma redução de 50% na variação colorimétrica em todos os formatos de embalagens utilizados pelo Heinz Beanz.

Famosa pelo pioneirismo na uti-lização das cores para influenciar o comportamento do consumidor, a H.J. Heinz implementou recentemente, em parceria com a Pantone e a Sun Chemi-cal, um sistema para o gerenciamento de cores em diferentes processos de impressão em papel, filme plástico e outros substratos utilizados pelo Heinz Beanz. Para a definição dos padrões de cores foram utilizadas ferramentas como o espectrômetro SpectroEye e o software de formulação de cores IFS 6, ambos da X-Rite. Uma vez armazena-dos na nuvem, esses padrões puderam ser compartilhados digitalmente e de forma precisa por toda a cadeia pro-

dutiva, com o auxílio do PantoneLIVE. Mas nem toda aplicação depende

de processos tão complexos e demora-dos. Segundo o diretor de negócios para a América Latina da GMG Color, Paulo Monteiro, a solução GMG CoZone deve gerar boas oportunidades de negócios para os diferentes segmentos da indús-tria gráfica. “As empresas de produção poderão disponibilizar aos seus clien-tes, a um custo simbólico, uma ferra-menta produtiva que, de outra forma, teria um custo mensal elevado e que impactaria no preço final do produto”, informa o executivo.

Segundo Monteiro, o GMG CoZone surgiu da necessidade dos clientes de interagirem de forma rápida e eficiente com a parte produtiva da indústria, de modo a permitir que eventuais ajustes sejam feitos mesmo após a aprovação

GMG Color+1 781-775-1180www.gmgcolorla.com/pt Fuji Filmemb.bz/154fuji Konica Minoltaemb.bz/154mmc Pantone do Brasil(11) 3611-0095www.pantone.com/live

Como funciona

A computação em nuvem, ou cloud computing, consiste, em linhas gerais, num modelo de processa-mento e armazenamento de dados através de servidores localizados em qualquer lugar do planeta e conectados via internet. Com o uso dos aplicativos e ferramentas que aplicam essa tecnologia, tornou-se possível acessar e-mails, arquivos e programas remotamente, através da web. Lançado comercialmente na segun-da metade da década passada, com a criação da Amazon Web Services (AWS) e de outros serviços voltados para desenvolvedores de software,

a computação em nuvem é, hoje, dominada por todo o mercado de TI. Para muitos especialistas, em futuro próximo o termo deixará de ser usado, por representar a evolução natural da computação. Entre as vantagens apresentadas pela cloud computing está a redução de custos com o armazenamento de dados, uma vez que os servido-res passam a ser compartilhados, reduzindo a capacidade ociosa. Outra vantagem é a possibilidade de atualização remota dos softwares. Veja como funciona, no diagrama elaborado com base no sistema GMG CoZone, da GMG Color.

Com o uso do PantoneLIVE a Heinz

garantiu o padrão azul de seus feijões enlatados

do produto final. Para tanto, o CoZone permite ao cliente acompanhar remo-tamente o status do projeto, garantindo um eficaz gerenciamento do processo produtivo. O programa oferece ainda um sistema de prova suave e apro-vação remota, que, nas palavras do executivo, não elimina a necessidade de realização de uma prova contratual, em papel. Ainda segundo Monteiro, o objetivo do CoZone é a eliminação de processos intermediários, liberando a equipe técnica das gráficas de tarefas pouco produtivas como manutenção de equipamentos e atualização de sof-twares. O sistema, que acaba de ser lançado na Inglaterra, deverá estar disponível no Brasil somente a partir de setembro.

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IDEIAS

Braile cromáticoSistema de identificação de cores para daltônicos busca adeptos, inclusive entre empresas usuárias de embalagens

POR QUE NÃO criar um código visual para permitir a daltônicos deci-frar as cores reais de objetos? O portu-guês Miguel Neiva teve essa ideia doze anos atrás, durante sua pós-graduação em design gráfico. Consolidado nos anos seguintes e lançado em 2008, esse sistema, batizado como ColorAdd, vem recebendo elogios da comunidade cien-tífica. Figurou até numa lista de qua-renta ideias que vão melhorar o mundo, elaborada recentemente pela revista Galileu, da Editora Globo. Em maio, Neiva esteve em São Paulo para minis-trar uma série de workshops e palestras na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Numa trégua de sua agenda, o designer recebeu a repor-tagem de EmbalagemMarca para falar da ferramenta que desenvolveu.

Baseado na atribuição de símbolos para as três cores primárias (amarelo, azul e vermelho) e para branco e preto, com combinações entre eles repre-sentando desdobramentos para cores secundárias (ver quadro), o ColorAdd já é utilizado em Portugal em mapas de metrô, em pulseiras de pacientes de hospitais e em selos postais. Neiva afir-ma, porém, que é viável – e potencial-mente benéfico para empresas – utili-zar o sistema nas vendas de produtos.

Um uso oportuno seria em roupas, para facilitar escolhas nas lojas. Mas, garante o designer, aplicações em emba-lagens são também cabíveis. Diz Neiva: “Muitas mercadorias distinguem-se por meio de cores em seus pacotes, frascos, caixas, rótulos e etiquetas antes mesmo que as letras o façam. Pessoas com dal-tonismo simplesmente não conseguem assimilar essa informação. O ColorAdd permitiria a daltônicos, por exem-plo, identificar facilmente varie-dades de cigarros (convencional, light, mentolado), de leites (inte-

ColorAdd+351 917 526 446www.coloradd.net

Como funciona o ColorAdd Símbolos representam cores primárias e, por meio de combinações, tons secundários. São possíveis 30 000 ordenações. Veja exemplos:

gral, semidesnatado, desnatado) ou de xampus (para cabelos normais, para cabelos oleosos, anticaspa)…”

POR ORA, O úNICO uso em embalagens foi feito pela portuguesa Viarco. A empresa adotou o ColorAdd para a identificação de seus lápis de cor e destaca a iniciativa nas caixas do pro-duto, que trazem, ainda, uma legenda para os símbolos.

Empresas interessadas devem pro-curar Neiva por meio de seu site (www.coloradd.net). Um valor de licencia-mento é calculado de acordo com a

escala de uso do sistema, e tem validade vitalícia. Para o designer, empresas não deveriam perder de vista que adotar o recurso pode ser um meio de con-quistar a simpatia de um número sig-nificativo de consumidores – segundo estudos recentes, existe no mundo algo próximo a 350 milhões de daltônicos. O desafio será convencer designers e ges-tores de marketing de que esse elemen-to extra não “polui” os já concorridos espaços das embalagens. “O sistema pode ser aplicado em dimensões dis-cretas, sem prejudicar a aparência dos produtos”, assegura Neiva.

bordô azul escuro

amarelo escuro

laranja escuro

verde escuro roxo marrom

escurocinza

escuro

vermelho azul pretoamarelo branco

rosa azul claro

amarelo claro

laranja claro

verde claro lilás cáqui cinza

claro

douradolaranja verde violeta marrom prata

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50 | Junho 2012

RAçõES

Fundo econômicoPremier Pet desenvolve embalagem selada no fundo, que dispensa dobra e colagem

A PREMIER PET anuncia ter adotado “as embalagens mais sofisticadas e seguras do mercado” para suas as rações super premium. A empresa, em parceria com a for-necedora Incoplast, desenvolveu as embalagens Incobox, que con-servam melhor os alimentos, pois garantem, segundo o fabricante, maior barreira física, capacidade de solda e resistência, além de serem práticas. O projeto é fruto de dois anos de pesquisa e desenvolvimen-to das duas empresas.

As embalagens Incobox, dife-rentemente das square – tradicio-nalmente adotadas nesse mercado –, não possuem a dobra do fundo, evitando a colagem, o que reduz o consumo de adesivos e “permite melhor exposição na gôndola, pois a base é retangular”, diz o gerente de suprimentos da Premier Pet, Marcos Oliveira. O fundo da nova embalagem é formado através de soldas. Na embalagem anterior o fundo era dobrado e colado.

A empresa segue os passos da Royal Canin, que recentemente adotou embalagem semelhante para suas rações (ver Embala-gemMarca 154, março de 2012). Assim como a da concorrente, a nova embalagem da Premier Pet é dotada de sistema de abertura easy

open, serrilhado a laser, e de um zíper que permite o refechamento dos pacotes.

Marcos Oliveira informa que foram feitas pesquisas na Europa e nos Estados Unidos até se chegar ao formato ideal da embalagem. “Houve um grande investimento em toda a cadeia produtiva, desde empacotadeiras até os processos de envase, com inclusão de nitrogênio ou fechamento a vácuo, padroniza-ção no formato das soldas e conse-quente aumento da produtividade”, conta o executivo.

As linhas Ambientes Inter-nos e Raças Específicas serão acondicionadas no novo formato de embalagem, nos volumes de 1 quilo e 2,5 quilos. “Inicialmente, o equipamento está preparado para rodar estruturas de PET. Estamos trabalhando para num segundo momento rodar toda linha Golden Gatos em BOPP”, conta o gerente de suprimentos da fabricante de rações.

Por enquanto, a Incobox é exclusiva da Premier Pet. “O equi-pamento para produção da emba-lagem foi trazido ao Brasil porque a Premier se interessou pelo novo formato e garantiu ao fornecedor abastecer a demanda do equipa-mento”, explica Oliveira.

Incoplast(48) 3657-3000www.incoplast.com.br

Embalagem antiga (à esquerda) tinha dobra e colagem,

que foram eliminadas no modelo novo

Primeiras embalagens tipo Incobox são produzidas em PET. Em breve, também em BOPP

Fot

oS:

CA

RLo

S C

uR

AD

o

Picote e ziper facilitam

abertura e refechamento

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RótuLoS

Efeitos especiais na mesma passadatecnologia desenvolvida pela CCL Label viabiliza holografia em 3D por impressão convencional

A CANADENSE CCL Label desenvolveu e patenteou uma tecnolo-gia inédita que, garante, permite criar rótulos autoadesivos holográficos com efeitos em terceira dimensão (3D) sem necessidade de equipamentos off-line. A aplicação dos efeitos especiais é pos-sível graças a um sistema chamado de 3D OVD – Optical Variable Device (“Sistema Óptico Variável”, em portu-guês). Segundo a CCL Label, trata-se de um processo de impressão que viabiliza a produção de qualquer tipo de dese-nho com texturas microscópicas, como hologramas e imagens em 3D, em linha com outros processos de impressão.

A empresa afirma que o sistema se baseia em processos convencionais de impressão, sem prejudicar veloci-dades, e não requer equipamentos off--line, como aplicação de hot stamping ou de cold foil. Isso traria vantagem econômica em relação aos processos tradicionais, possibilitando o uso de efeitos holográficos em aplicações que hoje são descartadas por questões de custo. A empresa diz que outra vanta-gem do 3D OVD é permitir o completo controle do processo de produção holo-gráfica. “Trata-se de um passo simples e de baixo custo em direção ao melhor reconhecimento de marcas”, afirma a empresa em comunicado.

Por enquanto, a tecnologia está disponível apenas na planta da empre-sa em Holzkirchen, na Alemanha. A CCL Label do Brasil não informou quando o novo sistema de impressão chegará ao País.

CCL Label(19) 3876-9300www.ccllabel.com.br

Com a nova tecnologia, texturas

microscópicas são impressas em

equipamentos convencionais

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52 | Junho 2012

DoCES

Pouso nas mesasAviação investe em pote exclusivo de vidro para criar versão nobre de seu doce de leite

VENDIDO DESDE a década de 1970 em latas de aço e há alguns anos também em potes de polipropileno, o doce de leite Aviação começou a che-gar ao varejo em nova versão: pote de vidro. É, segundo definição da fabri-cante, uma embalagem com maior apelo de nobreza, “para ser levada à mesa”.

Conforme explica Ana Luisa Resende Pimenta, diretora da Laticí-nios Aviação, o lançamento de uma

opção do doce de leite em vidro era um projeto antigo da empresa. “Deci-dimos finalmente procurar a Nadir Figueiredo, que produz os copos de nossos requeijões, para desenvolver essa embalagem”, conta a executiva. Juntas, cliente e fornecedor projeta-ram um recipiente de 600 gramas com formato exclusivo para o produto. O rótulo – uma tira autoadesiva que circunda quase toda a embalagem – teve o formato também criado pelo

POTE

Nadir Figueiredo(11) 2967-8800www.nadir.com.br

RóTULO

Indemetal Gráficos(11) 4013-6644www.indemetalgraficos.com.br

TAMPA

Rojek(11) 4447-7900www.rojek.com.br

Recipiente de 600 gramas chega para

ser opção mais premium frente

às versões em lata e pote plástico.

No detalhe, marca em relevo no verso do pote

laticínio. A parte do pote que o rótulo não cobre tem a marca da Aviação em alto relevo. O fechamento cabe a uma tampa de rosca, feita de aço.

Ana Luisa diz que as primeiras impressões obtidas junto aos consu-midores confirmaram a percepção pre-mium da novidade, como a Aviação desejava. “O público tem elogiado bas-tante a embalagem”, relata a diretora da empresa de laticínios, sem esconder a satisfação.

Foto

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Page 53: EmbalagemMarca 154

Como viabilizar a produção de embalagens criativas

@cicloEM

Informações: [email protected]

www.ciclodeconhecimento.com.br

Não há palavra mais corriqueira no mundo

corporativo do que “INOVAÇÃO”.

Designers, profissionais de P&D, fornecedores de

embalagens e demais prestadores de serviços dessa

cadeia produtiva estão empenhados em criar conceitos

que façam a diferença para os consumidores. Muitas

ideias, porém, são incríveis na fase de projetos, mas

tornam-se um pesadelo nas linhas de produção. Tudo

pela falta de integração da cadeia.

O Fórum “INOVAÇÃO - Como viabilizar a produção de

embalagens criativas” será um espaço para reunir

os agentes econômicos envolvidos em projetos de

embalagem para discutir formas de disseminar

conhecimento ao longo da cadeia produtiva. Tudo

para reduzir a necessidade de retrabalho e o

consequente desperdício de recursos e de tempo no

desenvolvimento de projetos.

inovação

Patrocínio Ouro

Patrocínio PrataDivulgação

Organização

* O programa poderá passar por alterações até a data do evento.

Programa*

Cristina Alvarenga, diretora da BASES, divisão da Nielsen que avalia os

prováveis desempenhos das inovações. A palestrante falará sobre os

motivos de mais de 50% das inovações falharem nos pontos de venda.

Deborah Portilho, D. Portilho Consultoria, Auditoria e Treinamento

em Propriedade Intelectual. Inovou? Proteja. Como manter a

exclusividade da identidade visual de suas marcas, produtos e

embalagens.

Fred Gelli, da Tátil Design. O criador do logotipo das Olimpíadas do

Rio 2016 discorrerá sobre como aproximar a cadeia produtiva em

prol da inovação no cliente final, a indústria de bens de consumo.

Marcos Palhares, diretor da Revista EmbalagemMarca. Panorama

de acertos e erros na implementação de inovações em embalagens

e a importância da integração da cadeia no processo de inovação.

Renata Barini, Gerente Sr. P&D, Embalagens Brasil da Kraft Foods

Inovação de embalagens na prática.

Dia 27 de junho de 2012

Horário: das 14h às 18h

Panamericana Escola de Arte e Design

Rua Groenlândia, 77 - São Paulo, SP

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54 | Junho 2012

EvENto INDISPENSávEL

Simplicidade, sem transigênciaPremiação integradora da cadeia de embalagem tem Guia de Inscrição que suaviza esse trabalho – sem abrir mão do rigor

ENTRE OUTRAS novidades, a edição deste ano de Grandes Cases de Embalagem terá um Guia de Inscrição que deverá reforçar significativamente seu caráter didático e interativo. Esse instrumento de orientação dos inte-ressados em concorrer a um troféu e a um certificado da iniciativa, que em cinco edições se consolidou como uma das mais sérias premiações da área de embalagem no Brasil, estará disponível a partir do próximo mês em endereço eletrônico a ser divulgado.

O Guia visa simplificar o processo de descrição dos cases concorrentes, porém sem reduzir o rigor de julga-mento e a exigência de precisão nas informações que orientarão a decisão dos jurados. Por isso, oferece um passo a passo voltado a suavizar o trabalho de preenchimento das fichas em que são apresentados os atributos dos cases. Além disso, apresenta a descrição de um case real (não concorrente), a título de modelo orientador. Essas providên-cias reforçam o aspecto integrador da promoção, na medida em que estimu-lam a troca de informações entre os todos os profissionais e empresas que tenham participado do desenvolvimen-to das embalagens inscritas.

O OBJETIVO DESSAS provi-dências é auxiliar na descrição o mais precisa possível dos cases, pois elas são essenciais para a informação dos membros do júri. Em Grandes Cases de Embalagem os jurados analisam as peças inscritas de forma abrangen-te, segundo a totalidade de seus atri-butos. Vale dizer, verificam desde a economia no volume, nos custos e na

sustentabilidade das matérias-primas e dos processos utilizados até seu desempenho nos pontos de venda e na redução do impacto que possam causar ao ambiente ao serem descarta-das. Entre essas duas pontas são veri-ficadas questões como otimização na produção das embalagens e em seu uso nas linhas dos clientes usuários, a harmonia entre forma e função (isto é, o design), desempenho nos pontos de venda, melhorias logísticas e benefí-cios para o consumidor final. É, a rigor, uma prática de estudos de cases, que se enquadra na missão das empresas organizadoras, Ciclo de Conhecimento e Embala Ideias, de transformar infor-

mação em conhecimento para o avanço do setor de embalagem.

O prazo para inscrições vai até 24 de agosto próximo, mas é animador destacar que várias empresas acataram a sugestão da organização no sentido de apresentar seus cases com a maior presteza possível, e bom número já está registrado. Paralelamente às providên-cias relativas ao conteúdo do evento, os organizadores estão trabalhando desde já com vistas a fazer da cerimônia de premiação, dia 13 de novembro, em São Paulo, um momento ainda mais memorável – imperdível mesmo – do que foram as festas relativas às edições anteriores.

@grandescaseswww.grandescases.com.br (11) 5181.6533

Faz diferença para você. Faz diferença para sua empresa

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RECICLAGEM

Do leite ao curativoParceria entre diversos elos da cadeia transforma embalagens cartonadas assépticas em cartuchos de Band-Aid

QUAL A RELAÇÃO entre emba-lagens de leite e caixinhas de Band-Aid? Todos os cartuchos do curativo da Johnson & Johnson que chegam ao mercado brasi-leiro são agora produzidos com papel cartão cuja composição tem no mínimo 30% de aparas de embalagens cartonadas assépticas. A novidade foi anunciada no início de maio pela Suzano Papel e Celulose: as embalagens do Band-Aid são produzidos com o papel cartão Art Premium PCR (Post Consumer Recycled, reciclado pós-consumo), que uti-liza embalagens da Tetra Pak recicladas.

O projeto teve início em 2010, quando a Johnson & Johnson Brasil procurou a Suzano para desenvolver uma embalagem diferen-ciada para o Band-Aid. “Tínhamos como objetivo criar uma embalagem que fosse não só certificada, mas que também contas-

se com materiais reciclados pós-consumo”, conta Carlos Souto, diretor de Embalagens da Johnson & Johnson Brasil. A partir daí, foi feita uma parceria entre a Suzano, a Tetra Pak, a Ciclo – fabricante de telhas para a construção civil que utiliza embalagens car-tonadas assépticas como matéria-prima – e a Johnson & Johnson.

O processo de recuperação das embala-gens da Tetra Pak é executado pela Suzano na fábrica de Embu, situada nas vizinhanças de São Paulo, e consiste na separação das fibras de papel do polietileno (PP) e do alumínio. A unidade processa, atualmente, 200 tonela-das de embalagens longa vida por mês, mas a capacidade é de mil toneladas mensais. As fibras de papel são usadas na fabricação do Art Premium PCR. O material restante (PP + alumínio) é vendido para a Ciclo.

Ciclo(11) 4137-7850www.cicloindustria.com.br

Suzano Papel e Celulose0800-0555100www.suzano.com.br

Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

Cartucho de Band-Aid produzido

parcialmente com aparas de caixas

da Tetra Pak

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56 | Junho 2012

ARtIGo

Alavanca de mudançasEmbalagem pode ser decisiva na criação de apelos de consumo inéditos, capazes de sacudir categorias de produtos

PoR LyNN DoRNBLASER

SE NÃO ME FALhA a memória, foi no verão de 1999. Lembro-me que folheava uma revista quando topei com um anúncio da Yoplait. A empresa divul-gava o lançamento de um iogurte em tubinho flexível. Pressenti que aquilo faria sucesso. E realmente fez. Elimi-nando a necessidade de uma colher para o consumo, o Go-Gurt transformou o iogurte em algo verdadeiramente fácil de ser usufruído em trânsito, além de conveniente para ser colocado nas lan-cheiras da criançada.

Essa é uma história frequentemente contada em minhas palestras. Ocorre que considero o Go-Gurt um exemplo fantástico de como empresas podem lucrar e se distanciar da concorrência ao criar propostas de consumo criativas, inéditas em suas categorias – e de como a embalagem pode ser decisiva para dar sentido a essas inovações. Recentemen-te, deparei-me com dois produtos que me despertaram sensação parecida com aquela tida treze anos atrás.

O primeiro deles é uma tintura para cabelos lançada no Reino Unido pela Kevin Murphy. Não se trata de uma fór-mula líquida ou viscosa apresentada em frasco ou bisnaga, como normalmente são os colorantes. É um pó para ser apli-cado em cabelos secos. A embalagem primária é o que torna única a propos-ta do produto. Consiste numa cápsula plástica meio-esférica com reentrâncias laterais para facilitar o manuseio.

Para utilizar a tintura, o consumidor deve remover uma tampa presente na parte plana da embalagem e friccioná- la sobre as madeixas, espalhando o pó. A ideia do produto, disponível em

três cores extravagantes (rosa, laranja e roxo), é proporcionar aos jovens um visual passageiro – para uma noite de badalação, por exemplo. A cor sai após uma lavagem. De forma inventiva, o produto se chama Color.Bug, ante o fato de a embalagem aplicadora lembrar uma joaninha (ladybug, em inglês).

O SEGUNDO CONCEITO que me fascinou é fruto da observação de como os consumidores utilizam um produto. Trata-se do Dip & Squeeze, versão single serve do célebre ketchup Heinz. É uma ruptura com o padrão de sachê ofere-cido pela marca há pelo menos quatro décadas no canal do food service dos Estados Unidos.

Acondicionado numa pequena ban-deja termoformada vedada com um

...e viabiliza aplicação de tintura momentânea nos cabelos

Color.Bug: “joaninha” de plástico funciona como aplicador...

emb.bz/154colorbug

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Lynn Dornblaser é especialista em tendências de consumo e diretora da divisão CPG Trend Insight da consultoria Mintel International. Pode ser contatada pelo e-mail [email protected]

filme-tampa, o novo produto permite que o consumidor expulse o conteúdo por meio da compressão, como se acostumou a fazer com os sachês (ao que basta a quebra de um bico de vazão), ou utilize a embalagem para mergulhar batatas fritas no molho (com a remoção total do filme-tampa). O invólucro oferece o triplo do conteúdo dos sachês con-vencionais de molho. Faz todo sentido. Afinal, quem usa somente uma unidade dessas embalagens?

O recipiente primário não é pro-priamente novo, tendo merecido repor-tagem de EmbalagemMarca à época de seu lançamento (ver nº 127, março de 2010). Quero, porém, destacar a emba-lagem secundária criada para tornar pertinente a venda do Dip & Squeeze em supermercados. Trata-se de um car-tucho de papel cartão que acomoda dez unidades do produto de forma prática. Com picote para abertura numa extre-midade inferior, ele permite a retirada das unidades uma a uma. Repousando em prateleiras e armários, o ten-pack evita pilhas bagunçadas de “sachês”. É, ainda, conveniente – bonito, até – para ficar à mesa. Bela sacada.

emb.bz/154heinz

Ten-pack cartonado assegura a venda de dose individual de ketchup no varejo

de autosserviço

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58 | Junho 2012

EM focoO QUE VAI PELA CABEÇA DO CONSUMIDOR

Assista a estes e outros depoimentos em: emb.bz/154emfoco

Fosco ou brilhante?Novidade há alguns anos, as embalagens flexíveis com acabamento fosco se consolidaram. Mas será que elas viraram as preferidas dos consumidores?

“Eu não consumo biscoitos nem outros produtos com embalagens foscas, principalmente em se tratando de batatas (chips). Prefiro as brilhantes, porque estou mais acostumado com essa embalagem, que já conheço há muitos anos, pois tinha lanchonetes em colégios, e vendia salgadinhos com embalagens assim”

edson antonioli

“As foscas, porque são melhores para o meio ambiente”

silvia Moraes

“Prefiro a fosca, acho que é mais bonita”

raymundo Costa neto

“Prefiro as foscas. São mais simpáticas, menos chamativas”

Maria Isabel nielsen

A REPORTAGEM DE CAPA da edição nº 68 de EmbalagemMarca (abril de 2005), sobre embalagens flexíveis com vernizes foscos, mostrava que, à época, os usuários, especialmen-te as empresas produtoras de snacks, passavam a considerar, de forma crescente, que tais acaba-mentos aumentavam a percepção de valor em almofadas de salgadinhos e petiscos pelo con-

sumidor final. Passados sete anos, os flow-packs foscos acondicionam ampla gama de produtos, numa possível indicação de que caíram no gosto do consumidor. Para saber em que medida isso é verdadeiro, ou se a preferência maior ainda recai sobre as embalagens flexíveis com brilho, e porquê, a reportagem entrevistou consumidores num supermercado e em ruas de São Paulo.

“Prefiro as foscas, com certeza. As brilhantes me dão a impressão de que estão querendo mascarar alguma coisa. As foscas têm aspecto mais natural”

Daniela agostinho

“Prefiro as brilhantes. Produtos com embalagens brilhantes me atraem mais, sinto mais vontade de comê-los”

Irene da Boite Ferreira

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60 | Junho 2012

DisplayO QUE hÁ DE NOVO NOS PONTOS DE VENDA Edição: FLAVIO PALhARES

[email protected]

LÁCTEOS

transparência e etiquetasA Brasil Foods reposicionou a sua principal marca de produtos lácteos, a Batavo. A iniciativa contempla nova identidade e o lançamento de novas linhas de iogurtes, entre elas Pedaços (na foto) e Grãos. Os produtos estão disponíveis em potes de polipropileno transparente, de 170 gramas e de 500 gramas, adotados para garantir melhor exposição no ponto de venda. Os rótulos autoadesivos estampam ilustrações feitas em aquarela colo-rida, com acabamento metalizado, e destacam o novo logotipo da marca (ver quadro) como se fosse uma eti-queta pendurada.

DESIGN

a10(11) 2344-1010www.a10.com.br

POTES E TAMPAS

Dixie Toga(11) 2928-2000www.dixietoga.com.br

RóTULOS

Mack Color(11) 2095-4499www.mackcolor.com.br

Antes . . .

. . . e depois

Mais expressãoA Batavo teve seu logotipo atualizado. A figura da moça holandesa, ícone da marca, ganhou mais expressão. O lettering mudou. A assinatura agora incorpora o slogan “Pensado para sua natureza”.

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62 | Junho 2012

DisplayO QUE hÁ DE NOVO NOS PONTOS DE VENDA

2

INGREDIENTES

Bolos eM pouches 5

Paçoca, Abacaxi, Bana-na e Maçã com Canela são as novas opções de misturas para bolos da Fleischmann. Os produ-tos chegam ao mercado em stand-up pouches (bolsas que ficam em pé) de 450 gramas.

SNACKS

volta do lanchinho 4

Sob a chancela da Mabel, a Pepsico relan-ça os biscoitos Mirabel, fora do mercado desde 2001. Os “lanchinhos” vêm em flow packs de 40 gramas, que estam-pam o logotipo clássico da marca.

REFRESCOS

coco para os eua... 2

A Coco do Vale come-çou a exportar água de coco, natural e com sabores, para os Estados Unidos. As caixinhas Tetra Prisma de 200 mililitros tiveram linguagem adaptada para o inglês.

BEBIDAS

...e para o nordeste 3

Produto exclusivo para o Nordeste, o Old Eight Coco é novidade da Campari do Brasil. A bebida, à base de uísque e com sabor de coco, chega ao merca-do em garrafa de vidro de 1 litro.

DESIGN

Speranzini Design(11) 5685-8555www.speranzini.com.br

EMBALAGENS

Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

ALIMENTOS

individual ou eM trio 1

A Jasmine Alimentos lança a granola Grain Flakes na versão bar-rinha. Três sabores chegam ao mercado em embalagem individual (flow pack) e na opção de caixa trazendo três unidades.

DESIGN

Sart Dreammaker(11) 3044-4074www.sart.com.br

EMBALAGENS

Santa Rosa Embalagens(11) 3622-2300www.santarosaembalagens.com.br

DESIGN

Design Absoluto(11) 3089-5500

www.designabsoluto.com.br

RóTULO

Gráfica Gesa (54) 3332-1301

www.graficagesa.com.br

GARRAFA

Owens-Illinois do Brasil(11) 2542-8084

www.oidobrasil.com.br

1

3

DESIGN

B+G, The Brand-in (11) 5090-1460

www.bmaisg.com.br

STAND-UP POUCHES

Plastrela(51) 3736-1122

www.platrela.com.br

5

EMBALAGENS

Cepalgo (62) 4006-6111www.cepalgo.com.br

DESIGN

Pande Design Solutions(11) 3849-9099www.pande.com.br

4

Page 63: EmbalagemMarca 154

DOCES

Festas diFerentes 7

A Alispec criou novas apresentações para a linha de doces prontos Bom da Festa. Brigadei-ro, Beijinho, Recheio e cobertura são ofereci-

dos em stand-up pou-ches (bolsas que ficam em pé). O Brigadeiro é também disponibiliza-do em bisnaga plástica de 30 gramas.

hIGIENE PESSOAL

derMacyd 24 horas 6

O sabonete líquido ínti-mo Dermacyd agora tem a versão 24 horas, de ação prolongada. A Sanofi, fabricante do produto, não infor-ma quem fornece as embalagens.

ATOMATADOS

estreia da heinz 8

Surgem os primeiros atomatados produzi-dos no Brasil com a marca Heinz: extratos de tomate em latas de aço de 130 gramas e de 340 gramas, este com tampa de fácil abertura. São efeitos da aquisição da Quero Alimentos pela empre-sa americana, sacra-mentada em 2011.

DESIGN

M Design(11) 3833-0969www.mdesign.com.br

LATA E TAMPA

Rojek(11) 4447-7900www.rojek.com.br

6 8

BISNAGA

Impacta(11) 4447-7300www.impacta-brazil.com.br

POUCHES (IMPRESSãO)

Maquiplast (11) 4619-9696www.maquiplast.com.br

POUCHES (MONTAGEM)

Tradbor(11) 3739-4909www.tradbor.com.br

7

Page 64: EmbalagemMarca 154

64 | Junho 2012

1

SNACKS

Bolsinhas individuais 4

Vendidos em cartuchos e flexíveis com maior capacidade, os sna-cks de fruta Frootiva ganham versões indi-viduais. São stand-up pouches (bolsas que ficam em pé) com 30 gramas de produto.

QUEIJOS

Fresco e saudável 1

A Tirolez lança o Bio-frescal, queijo frescal com probióticos. O pro-duto é acondicionado em filme termoformado envolvido por uma luva de papel cartão. A empresa não identifica os fornecedores.

MATINAIS

ovoMaltine eM vidro 5

Chega ao mercado o Creme Crocante Ovo-maltine, importado da Bélgica. O creme está disponível em duas opções de embalagem de vidro (180 gramas e 380 gramas), com shelf life de doze meses.

DESIGN

Fly Jabuti (11) 3628-5222

www.flyjabuti.com.br

POUCHES

Flex Pack(11) 3721-0100www.flexpack.com.br

DESIGN

i10aswww.i10as.com.br

DESIGN

Ti22(11) 3845-6579www.ti22.com.br

5

4

SABONETES

relançaMento coM estilo 3

A Flora, empresa do grupo JBS, relança os sabonetes em barra Francis em um projeto que inclui novas versões dos sabonetes, com maior concentração de perfume e nova identi-dade visual. As embala-gens das linhas Francis

Clássico e Francis Suave – em cartucho de papel cartão e em papel ence-rado – foram moder-nizadas, mas mantêm ícones como a cor dou-rada e o brasão. A nova assinatura da marca é “Francis. O Encanto da Nobreza”.

BEBIDAS

néctar aFrodisíaco 2

A bebida afrodisíaca Yxaiio pheromones, lançada na Europa em 2008, passa a ser produzida também no Brasil. O produto, que promete intensificar as sensações sexuais, é acondicionado em latas tipo sleek de 296 mililitros.

LATAS

Rexam(21) 2104-3300www.rexam.com/brazil

DESIGN

Design Absoluto(11) 3089-5500

www.designabsoluto.com.br

EMBALAGENS

Dixie Toga(11) 2928-9200

www.dixietoga.com.br

32

DisplayO QUE hÁ DE NOVO NOS PONTOS DE VENDA

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Junho 2012 | 65

MOLhOS

econoMia e visiBilidade A Castelo Alimentos reformulou as embalagens da sua linha de molhos para salada. O novo frasco de PET tem o pescoço mais estreito, mas o volume continua o mesmo: 236 mililitros. O rótulo termoencolhível – com picote na altura da tampa, que serve como lacre – ganhou maior área de transparência para melhorar a visualização do conteúdo dos frascos. O sabor do molho foi destacado com letras maiores e com faixas em cores diferentes. A tampa flip-top agora tem um travamento mais suave após o uso, e conta com bico que facilita a aplicação do molho e dificulta o acúmulo do líquido no local.

Antes . . .

. . . e depoisRóTULOS

Metrolabel(11) 3603-3888www.metrolabel.com.br

DESIGN

Projeto Integrado(11) 3884-9344www.projetointegrado.com.br

FRASCOS E TAMPAS

Premium Plastic Embalagens (11) 4652-0077www.premiumplastic.net

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Almanaque

66 | Junho 2012

mensagens contra o regime militar

e os Eua apareciam quando garrafas eram enchidas

Em 1953, a Alcoa desenvolveu nos Estados

Unidos uma tampa de rosca feita de alumínio,

a HyTop, dedicada a facilitar a abertura de

frascos de ketchup. A novidade ganhou um

anúncio com a foto de uma típica dona de casa

americana e o seguinte título: “Quer dizer que

uma mulher pode abrir isso?”. Anos depois,

feministas considerariam a peça um exemplo

genuíno de machismo. Patrulheiras que muito

provavelmente não consumiam ketchup...

inclusão ou discriminação?

Contestação em garrafas

Nos anos 70, em plena ditadura no Brasil, Cildo Meireles lançou o movimen-to “Inserções em circuitos ideológicos”. A ação consistia em escrever críticas ao regime militar e ao imperialismo ame-ricano em garrafas de vidro retornáveis de Coca-Cola. Utilizando serigrafia com tinta branca vitrificada, o artista plástico gravava frases que passavam desper-cebidas quando o vasilhame estava vazio. Quando a embalagem voltava a circular, preenchida com o refrigerante de cor escura, nela surgiam frases como “Yankees, go home” e até receitas para coquetéis molotov.

dose exageradaMinistrar remédios a crianças nunca foi fácil. Com a vitamina Mastiguinhas, nos anos 80, a Johnson & Johnson tentou dourar a pílula – mas exagerou na dose. O produto caiu no gosto da criançada por ser doce e colorido como um con-feito. O ar de guloseima era reforçado pelo cartucho com um rosto de criança desenhado. Para evitar confusão, avisos nas embalagens recomendavam a inges-tão de uma unidade por dia. Afinal, era remédio. Mas que parecia doce, parecia.

Para Proteger, PiPocasMuito antes do frenesi em torno dos plásticos derivados do milho, a californiana DeJur-Ansco propôs o uso de um “transformado” do cereal para a proteção de produtos – tarefa em que se consagrariam, mais tarde, os plásticos expan-didos e o plástico bolha. Em 1951, a empresa começou a utilizar pipoca para a forração das caixas de despacho de equipamentos fotográ-ficos. À época, a tarefa era cumprida com serra-gem e aparas de papel. Segundo a DeJur-Ansco, a vantagem da pipoca é que ela era à prova de fogo. E até comestível.

baú digitalQual a origem das

carinhas nos rótulos

da tradicional

groselha Milani?

Veja em

emb.bz/154quiz

Fot

oS:

DIv

uLG

ão

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