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Ediçao 01 da Revista do Meio Ambiente

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  • 2 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - EDIO 001 - JUNHO - 2006

    Ecologia Humana

    Por Vilmar SidneyDemamam Berna*

    T

    Um Mundo MelhorComea em Ns

    "Todas as flores do futuroesto nassementes de hoje." -Provrbio chins

    odos ns desejamosviver num mundomelhor, mais pacfico,fraterno e ecolgico.

    O problema que as pessoas sem-pre esperam que esse mundo me-lhor, comece no outro. Por exem-plo: preferem esperar que um vi-zinho ou amigo convide paraplantar uma rvore ou comearuma coleta seletiva de lixo, em vezde tomar a iniciativa.

    Tem gente que acha mais fcilficar reclamando que ningumajuda, mas no se pergunta se estfazendo a sua parte em defesa doPlaneta. Uma coisa certa, paraconseguir convencer os outros amodificarem seus hbitos, preci-samos modificar os nossos primei-ro, no mesmo?

    Se queremos um planeta pre-servado, de verdade, no basta ape-nas lutar contra poluidores e de-predadores. preciso tambm nosesforar para mudar nossos valo-res consumistas, hbitos e com-portamentos que provocam po-luio, atitudes predatrias com

    os animais, as plantas e o meioambiente. Mas s isso no basta,pois no h coerncia em quemama os animais e as plantas, masexplora, humilha, discrimina, odeiaseus semelhantes. Por isso, preci-samos, alm nos tornarmos am-bientalmente corretos em nossasaes, nos esforarmos para ser-mos tambm mais fraternos, de-mocrticos, justos e pacficos comos nossos semelhantes.

    Por outro lado, importanteno ficar esperando a perfeioindividual - pois isso inating-vel. O fato de adquirirmos cons-cincia ambiental, no nos faz

    perfeitos nem mais democrticos,ainda assim preciso agir. O im-portante que tenhamos o com-promisso de ser melhor todo dia,procurando sempre nos superar-mos.

    Um sbio chins chamadoConfcio disse, h cerca de 5mil anos, que se algum quisessemudar o mundo, teria de come-ar por si prprio, pois mudandoa si prprio, sua casa mudaria.Mudando sua casa, a rua muda-ria. Mudando a rua, o bairro mu-daria. Mudando o bairro, muda-ria o municpio e assim por dian-te, at mudar o mundo.

    Proposta concreta: Clube de Amigos do Planeta

    O Coordenador do ProjetoClube de Amigos do Planeta,professor e bilogo RicardoHarduim, mostra s crianascomo fazer o plantio de umamuda durante mutiro ecolgi-co voluntrio.

    (*) Vilmar escritor e jornalista,editor do Jornal do Meio Ambi-ente e Prmio Global 500 daONU Para o Meio Ambiente -v i l m a r b e r n a @ j o r n a l d omeioambiente.com.br

    Os Amigos do Planeta planta-ram mudas na margemesquerda do Rio Barra Mansa,mostrando atravs deste gestoconcreto s autoridades e asociedade em geral que preciso preservar e recuperar avegetao que protegem asmargens dos rios.

    Alunos andaram pelos bairros,convencendo a comunidade ano jogar lixo no rio.

    nquanto estava no Ja-po, onde fui recebero Prmio Global 500da ONU Para o Meio

    Ambiente, participei de eventosorganizados pelo Governo Japo-ns e num desses haviam muitascrianas apresentando diversas ati-vidades ambientais em homena-gem aos Prmios Globais. ramosapenas 17 pessoas, representantesde diversos pontos do Planetaonde eu tive o privilgio de ser onico representante do Brasil ede toda a Amrica do Sul. Ao as-sistir o entusiasmo das crianasjaponesas pelas questes ambien-tais, percebi que era o mesmoentusiasmo que via nas crianas e

    jovens das escolas brasileiras, es-pecialmente entre 9 e 12 anos.Senti que havia um sentimentoque unia aquelas crianas to dis-tantes entre si: o amor pelo Pla-neta, a preocupao com o futu-ro da humanidade e ao mesmotempo uma espcie de apelo aobom senso dos adultos, um pedi-do de ajuda aos lderes de hoje,para que houvesse um amanhcom um mnimo de qualidade devida e sustentabilidade em nossoPlaneta. Tive ento a idia de cri-ar uma rede de Clubes de Ami-gos do Planeta, com base nas es-colas, com a misso de executarpelo menos uma boa ao ambi-ental por ms pelo meio ambi-ente do lugar. Seria uma maneirade colaborar para dar sinergia aestes sentimentos e esforos, umaforma de usar o meu Prmio Glo-bal para ajudar a reconhecer aimportncia deste despertar deconscincia ambiental de nossosjovens, ajudando no seu fortale-cimento e organizao.

    Ao voltar ao Brasil, lancei aidia atravs de artigos e no lti-mo captulo do meu livro ComoFazer Educao Ambiental,editado pela Paulus. Este livro, jem segunda edio, e adotado pelaUFF Universidade Federal Flu-minense para seu curso de edu-cao ambiental distncia(http://www.cursosonline.uff.br/curso_cfea.html ), tem estimula-do alunos, pais e professores aorganizarem clubes em diversaspartes do pas.

    Cito como exemplo, a cidadede Barra Mansa, no Vale do RioParaba do Sul, no Estado do Riode Janeiro, onde a Prefeitura im-plantou esses Ecoclubes nas es-colas da Rede Municipal. S noano de 2.003, quinze Clubes es-tavam organizados, envolvendocerca de 510 estudantes, com ida-de entre sete (07) e dezesseis (16)anos, o que resultou na organiza-o de diversas atividades concre-tas em defesa do meio ambientecomo caminhada de conscienti-zao ecolgica com a distribui-o populao de panfletoseducativos, mudas de plantas na-tivas da Mata Atlntica e bilhetescom desenhos de alunos do ci-clo bsico, tudo com a intenode sensibilizar a comunidade.Para participar da Rede deClubes de Amigos doPlaneta inscreva-se atravsda Internet enviando um e-mail para: [email protected] aps a confirmao,enviar mensagens deapresentao para:[email protected]

    E

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  • 2006 - JUNHO - EDIO 001 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - 3

    Expediente - www.jornaldomeioambiente.com.br/JMA-Expediente.asp

    A OSC REBIA Rede Brasi-leira de Informaes Ambientais uma Organizao da SociedadeCivil - OSC, sem fins lucrativos,fundada pelo escritor e jornalistaVilmar Sidnei Demamam Berna,tem por MISSO a democrati-zao da informao ambiental,para contribuir na formao daCidadania Ambiental.

    Veculos da REBIA e As-sociado

    Para atingir seus objetivos aOSC REBIA, entre outros m-todos e instrumentos, publicar osseguintes veculos distribudos

    gratuitamente, sem fins lucrativos(os valores arrecadados com pu-blicidade so aplicados no paga-mento dos custos do Projeto eedio dos veculos):

    1. REVISTA DO MEIO AM-BIENTE com per iodicidademensal, distribuio nacional, pa-pel couch, colorida, tiragem25.000 exemplares, direcionada aossegmentos de pblico leigo, emgeral, interessados nas questesambientais

    2. PORTAL DO MEIO AM-BIENTE atualizado diariamen-te, 5.000 acessos ao dia, auditado

    de forma independente pelawww.nedstatbasic.net

    3. NOTCIAS DO MEIOAMBIENTE atualizado diaria-mente com 10 novas notcias en-viadas por e-mail a mais de 13.000leitores cadastrados. Os nmerosso transparentes e auditados in-dependentemente e podem serconfer idos em www.grupos.com.br/group/noticiasdojornal-domeioamb Para receber gratui-tamente as notcias ambientaisbasta enviar e-mail para [email protected] )

    4. JORNAL DO MEIO AM-BIENTE (www.jornaldomeioambiene.com.br), veculo associa-do REBIA, publicado pela OS-CIP PIRATINGANA, circulan-do atualmente apenas em sua ver-so regional para a Regio Sudeste(RJ, SP, MG e ES) planejando atin-gir em breve as demais macro-regi-es do Brasil. A verso para a regioSudeste tem periodicidade bimes-tral, formato tablide, papel jornal,colorido, tiragem 15.000 exempla-res, direcionada aos segmentos depblico especializado, em geral, in-teressados nas questes ambientais.

    Contatos Publicitrios e Negociao de Des-contosVilmar Sidnei Demamam Berna - telfax: (021)2610-2272 [email protected]: Trav. Gonalo Ferreira, 777 - Casa-ro da Ponta da Ilha, Bairro de Jurujuba -CEP 24370-290 Niteri, RJDados para cadastro da Pessoa Jurdica

    ASSOCIAO ECOLGICA PIRATIN-GANA

    Categoria: Organizao da Sociedade Ci-vil de Interesse Pblico OSCIP, conformeProcesso n 08015.000703/2003-31 e do Des-pacho da Secretaria Nacional de Justia, de

    IMPORTANTEOs veculos da OSC REBIA e associado

    aceitam apoios, parcerias, patrocnios, cola-boraes de Empresas, ONGs, Governos,mas no aceitam condicionamentos ou in-terferncia na linha editorial ou na pauta.

    Os veculos da OSC REBIA e associadoaceitam publicidade na forma de matriasjornalsticas, mas ir sinaliz-las ao leitor comborda especial, corpo diferenciado do res-tante do Jornal e selo de Matria Especial.

    Os veculos da OSC REBIA e associadogarantem espao, com o mximo de isenopossvel, a ambientalistas, empresas, gover-nos e a todos que necessitem democratizar

    10 de maro de 2003, Publicado no Dirio Ofi-cial da Unio de 17 de maro de 2003

    Utilidade Pblica Municipal (LEI 3.283 de 04de maro de 2002).

    CNPJ: 03.744.280/0001-30Sede: Rua Maria Luiza Gonzaga, n 217 - no

    bairro Ano Bom - Barra Mansa, RJ CEP:23.323.300

    Presidente da OSCIP Piratingana: EDUAR-DO AUGUSTO SILVA WERNECH, Publicitrio,portador da identidade 87.004.850-1 IFP e doCPF: 449.247.047-68, residente Rua Jaime Ca-margo, 67 - So Silvestre - Barra Mansa RJ -Tels: (24) 3323-4861 (ACIAP), (24) 3323-0224 (res),(24) 8814-3066 / [email protected]

    informao ambiental, sem distino ide-olgica, cabendo ao leitor fazer o seu jul-gamento, assegurando-lhe tambm espa-o para a Opinio do Leitor.

    As idias veiculadas nos veculos daOSC REBIA e associado e no PORTAL norefletem necessariamente as opinies doEditor ou de seu Conselho Editorial.

    Os veculos da OSC REBIA e associa-do no se responsabilizam por opinies einformaes quando emitidos em artigose colunas assinados e qualquer pessoa ouinstituio que se sentir prejudicada, temo direito, democrtico, e legal, do contra-ditrio.

    Fruns REBIA e interatividadeFRUNS DE DEBATESAMBIENTAIS

    REBIA NACIONAL paraingressar: [email protected]

    Para temas ambientaisREGIONAIS inscrever-se em:- REBIA CENTRO-OESTE [email protected] REBIA NORDESTE [email protected] REBIA NORTE - [email protected] REBIA SUDESTE - [email protected] REBIA SUL - [email protected]

    GRUPOS DE TRABALHOVOLUNTRIOS DA REBIA- Comunicao - [email protected] Auto-Susteno Financeira -

    [email protected] Aes e Eventos [email protected] Cursos e Treinamento [email protected] Elaborao de Projetos eCaptao de Recursos [email protected]

    PROJETOS DA REBIA:- Voluntrios Ambientais - redenacionaldevoluntariosam-bientais-subscribe@yahoogrupos.com.br- Amigos do Planeta - [email protected]

    PARA ASSINAR OS VECULOS:http://www.jornaldomeioambiente.com.br/JMA-Assinar/JMA-Assinar.asp

    PARA ANUNCIAR NOS VECULOS:http://www.jornaldomeioambiente.com.br/JMA-Anunciar/JMA-Anunciar.asp

    1. O direito a um ambiente limpo ea um desenvolvimento sustentvel fundamental e est intimamente liga-do ao direito vida, sade e ao bemestar de todos. A REVISTA DO MEIOAMBIENTE e o PORTAL DO MEIOAMBIENTE devem informar o pblicosobre as ameaas ao ambiente - se estno nvel global, regional, nacional oulocal.

    2. Freqentemente, a mdia a ni-ca fonte da informao para as pesso-as interessadas em meio ambiente. dever da REVISTA DO MEIO AMBI-ENTE e do PORTAL DO MEIO AMBI-ENTE aumentar a conscincia destaspessoas nos noticirios que tratam domeio-ambiente. A REVISTA DO MEIOAMBIENTE e o PORTAL DO MEIOAMBIENTE devem esforar-se pararelatar diversos aspectos e assuntosrelacionados com o meio ambiente.

    3. Informando o pblico, a REVIS-TA DO MEIO AMBIENTE e o POR-TAL DO MEIO AMBIENTE desempe-nham um papel vital permitindo spessoas recorrer ao para protegero meio ambiente. O dever da REVISTADO MEIO AMBIENTE e do PORTALDO MEIO AMBIENTE est no so-mente em alertar as pessoas sobre osperigos que a cercam, mas tambm deacompanhar tais ameaas e em man-t-las informadas sobre as aes to-madas para resolver os problemas. AREVISTA DO MEIO AMBIENTE e oPORTAL DO MEIO AMBIENTE de-vem tambm tentar realizar reporta-gens que apresentem solues poss-veis aos problemas ambientais.

    4. A REVISTA DO MEIO AMBIEN-TE e o PORTAL DO MEIO AMBIEN-TE no devem ser influenciados porinteresses comerciais, polticos, gover-namentais ou no governamental. AREVISTA DO MEIO AMBIENTE e oPORTAL DO MEIO AMBIENTE de-

    Cdigo de ticavem manter distncia de tais interes-ses e no ser um aliado deles. Comoregra geral, a REVISTA DO MEIO AM-BIENTE e o PORTAL DO MEIO AM-BIENTE devem dar espao para to-dos os lados envolvidos em todas ascontrovrsias ambientais que estivercobrindo.

    5. A REVISTA DO MEIO AMBIEN-TE e o PORTAL DO MEIO AMBIEN-TE devem manter o mximo de isen-o possvel, citar as fontes da infor-mao e evitar o comentrio especu-lativo ou alarmista, bem como a repor-tagem tendenciosa. A verificao dasinformaes das fontes devem ser fei-tas sempre atravs da tcnica de cru-zamento, seja ela uma fonte comercial,oficial ou no governamental.

    6. A REVISTA DO MEIO AMBIEN-TE e o PORTAL DO MEIO AMBIEN-TE devem promover a igualdade noacesso informao e ajudar organi-zaes e indivduos a receb-la. A re-cuperao eletrnica dos dados umaferramenta til e igualitria neste pon-to.

    7. A REVISTA DO MEIO AMBIEN-TE e o PORTAL DO MEIO AMBIEN-TE devem deve respeitar o direito privacidade dos indivduos que foramafetados por catstrofes ambientais,por desastres naturais e tambm quan-do assim desejarem, em qualquer caso.

    8. A REVISTA DO MEIO AMBIEN-TE e o PORTAL DO MEIO AMBIEN-TE no devem hesitar em corrigir umainformao que acreditava estar cor-reta e na verdade estava errada, outentar mudar a opinio pblica atra-vs de anlises luz de conhecimentosfuturos.

    Nota do Editor: este cdigo de ti-ca teve como base a traduo do AltaVista Translate Service, com correesde Roberto Villar, coordenador da Redede Jornalismo Ambiental no Sul.

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  • 4 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - EDIO 001 - JUNHO - 2006

    ESPECIAL: AMIGOS DO PLANETA

    Dez Mandamentos do"Amigo do Planeta"

    1 - S Jogue Lixo noLugar Certo

    horrvel quando a gente valgum jogando lixo no cho. Asruas, praas e qualquer logradou-ro pblico no so terra de nin-gum, mas pertencem a todos.Voc no jogaria lixo na casa dealgum, jogaria? Pois , a rua per-tence a todos, tem muitos do-nos. O lixo espalhado, alm deatrair ratos, moscas, mosquitos,cria um aspecto horrvel de po-luio em sua cidade. E, depois,custa muito dinheiro de impos-tos para limpar, dinheiro quepodia estar sendo usado paraoutras obras. Um Amigo do Pla-neta s joga seu lixo nos locaisapropriados, ou guarda no bolsoe traz para colocar na lixeira daprpria casa.

    2 - Poupe gua eEnergia

    A gua que voc usa no saida parede. Ela vem de algum rioou manancial. Os rios esto sendoagredidos pela poluio e pelo des-matamento, o que torna a guapotvel cada vez menos disponvel,o que eleva o custo de seu trata-mento. Quanto energia, existe aeltrica ou ento vem de fontescomo gs, petrleo, lenha e carvo.Elas vo escassear cada vez mais eal-gumas no so renovveis, comoo petrleo, por exemplo.

    3 No DesperdiceEvite consumir alm do ne-

    cessrio. Adquira o indispensvelem alimentos, objetos, roupas,brinquedos etc. As lojas e super-mercados esto cheios de inuti-lidades que s fazem gastar maise mais recursos naturais na fabri-cao. Reflita antes de comprar.Rejeite produtos descartveis,como copos, garrafas etc. Almde polurem e aumentarem o vo-lume de lixo, tambm apressamo esgotamento dos recursos na-turais. Reutilize as sacolas decompra. Prefira alimentos natu-rais, evitando enlatados, empaco-tados, refrigerantes, os alimentosindustrializados, alm de maiscaros, podem causar alergias eoutros males e, s vezes, nem tmgrandes funes nutritivas.

    4 - Proteja osAnimais e as Plantas

    Cada animal ou planta umser vivo como voc e tem tan-to direito vida, liberdadee ao bem estar quanto ns.Embora voc no perceba, suavida est interligada com a detodos os outros seres. essainterligao que forma a teiada vida que garante a sobre-vivncia de todos. Por ter per-dido esta noo, nossa esp-cie vem causando tanto pre-juzo e poluio natureza,com conseqncias cada vezmais graves para a nossa quali-dade de vida. Os seres huma-nos so os nicos com capa-cidade de modificar em pro-fundidade seu meio ambien-te. Ns temos usado essa ca-pacidade para piorar as coisas.Agora precisamos fazer o con-trr io, para nossa prpr ia so-brevivncia.

    5 - Proteja asrvores

    Para fabricar papel precisocortar rvores, logo, poupar pa-pel uma forma de defender as rvores. Utilize os dois lados dafolha de papel. Leve sua sacolade compras ao supermercado.Faa coleta seletiva em sua casa.Recicle o papel, fabr icandonovo papel a partir do papel usa-do. A outra forma de ajudar defendendo as rvores existen-tes e plantando novas rvores.Adote uma rvore. Cuide delacom carinho e respeito.

    6 - Evite Poluir SeuMeio Ambiente

    Use o menos possvel o auto-mvel, programando suas sadas.Ele provoca poluio do ar. Acos-tume-se a ouvir msica sem au-mentar muito o volume do som.Som alto provoca poluio so-nora. Enfim, reveja seu dia-a-diae tome as atitudes ecolgicas quejulgar mais corretas e adequadaspara voc. No espere que al-gum venha fazer isso por voc.Faa voc mesmo.

    7 - Faa ColetaSeletiva do Lixo

    fcil separar o lixo seco(inorgnico: papel, plstico, me-tal, vidro) do lixo molhado (or-gnico: restos de comida, cascasde frutas etc.). Voc estar con-tribuindo para poupar os recur-sos naturais, aumentar a vida tildos depsitos pblicos de lixo,diminuir a poluio. s ter duasvasilhas diferentes a lado da piada cozinha e um lugar para de-positar o lixo seco at alcanarum volume que permita sua ven-da ou doao - e boa vontade.

    8 - S UseBiodegradveis

    Existem certos produtos delimpeza que no se degradam nanatureza, como sabes, detergen-tes etc. Procure certificar-se, aocomprar estes produtos, de queso biodegradveis. Evite o uso devenenos e inseticidas. Uma casalimpa suficiente para afastar in-setos e ratos. Os inseticidas soaltamente nocivos para o meioambiente e para a sade das pes-soas.

    9 - Conhea Mais aNatureza

    Estude e leia mais sobre a na-tureza, mesmo que no seja tare-fa da escola. Tenha em casa livros,revistas que falem sobre a natu-reza. Faa um lbum de recortescom figuras de animais e plantas.Procure no dicionrio palavrascomo sade do trabalhador, reci-clagem, reaproveitamento, habitat,biodegradveis etc. Quanto maisvoc souber, melhor poder agirem defesa da natureza.

    10 - Participe DessaLuta

    No adianta voc ficar s es-tudando e conhecendo mais so-bre a natureza. preciso combi-nar estudo e reflexo com ao.Voc pode agir sozinho, procu-rando polticos ou a imprensa, porexemplo, para denunciar ou pro-testar contra os abusos, poluies,depredaes. Tambm pode agirem grupo. Crie um Clube deAmigos do Planeta em sua Esco-la ou procure se engajar em al-gum grupo ecolgico de sua ci-dade, ou na associao de mora-dores, sindicato, etc., pois quan-do estamos unidos, somos maisfortes e capazes de encontrar so-lues para enfrentar os proble-mas ambientais.

    Por Vilmar SidneyDemamam Berna*

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  • 2006 - JUNHO - EDIO 001 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - 5

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  • 6 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - EDIO 001 - JUNHO - 2006

    Especial: Amigos do Planeta

    Defender a Natureza No SCuidar de Plantas e Beija-Flores

    Ns, seres humanos,tambm fazemosparte da natureza.Portanto, no basta

    apenas defender as florestas eos animais, preciso tambmdefender a melhoria concretada qualidade de vida das po-pulaes humanas - sem dei-xar de cuidar das plantas e dosanimais, claro, pois tanto nos-sa vida quanto a deles, depen-de das inmeras relaes queexistem na natureza, ondenada existe isolado um do ou-tro.

    O ser humano, dentre to-das as espcies, o nico coma capacidade de alterar pro-fundamente seu meio ambien-te. Por isso conseguiu criarcidades, que tornaram-se ohabitat de nossa espcie. Pode-ria estar utilizando esta capa-cidade para melhorar a vidano planeta, infelizmente tempreferido fazer o contrrio,poluindo e destruindo a natu-reza. preciso mudar essa ti-ca de nossa relao com o pla-neta, pois no somos o donode tudo, nem temos o direitode submeter o planeta a nos-sos desejos e ambies.

    Defender a natureza no sepode resumir apenas em bus-car novo relacionamento denossa espcie com o plane-ta, mas pr incipalmentebuscar um novo relacio-namento entre ns pr-pr ios, seres huma-

    nos. As relaes humanas sodominadas por estruturas ex-tremamente injustas, ondeuma minoria possui todas asriquezas e meios de produo,enquanto a maioria da popu-lao vive na misr ia, passafome, sem as mnimas condi-es de vida. As relaes quecausam essa superexploraodos seres humanos, so as mes-mas relaes que superexplo-ram os recursos do planeta. Ograu de nosso relacionamentocom o planeta, os animais, asplantas, o meio ambiente, ba-seado na explorao ilimita-da, apenas um reflexo donvel de maturidade existentehoje nas relaes humanas,baseadas na explorao damo-de-obra humana e nas

    injustias sociais.

    Parcer i-as: a for-a nasceda unio

    im-portante aarticulaocom outrasen t i d ade sque lutam

    pelo meio ambiente, a quali-dade de vida, os direitos civis,enfim, pela cidadania. A unionasce da fora. Quanto maisarticulado, maiores as chancesde vitria. importante sa-ber lidar com as pessoas ou or-ganizaes, pois podem seral iadas ou adver sr ias , deacordo com a conveninciadelas. Por isso os conflitos de-vem ser encarados como na-turais em qual quer relaciona-mento humano ou institucio-nal, pois as pessoas tm moti-vaes, valores, intenes,pensamentos diferentes. A lutapor um meio ambiente melhor uma luta tambm pela cida-dania, e isso no uma tarefade um ou dois anos, mas umprocesso para a vida toda.

    O fato que ningum viveisolado. Isso vale tanto para in-divduos quanto para gruposou entidades. Para sermos vi-toriosos em nossas lutas, pre-cisamos aprender a nos comu-nicar e nos articular com osoutros, ainda que pensem di-ferente de ns e este pode serum desafio muito interessantepara o nosso prprio cresci-mento enquanto pessoa. Nose pode ser ingnuo na hora

    de defender nossos direi-tos a um meio ambien-te melhor. Sempre quereivindicamos algumdireito, automatica-

    mente contrar ia-mos o interesse dealgum. Por isso

    importante estarmosunidos, pois se estamos

    sozinhos, ainda que se-jamos bastante conscien-

    tes e preparados, ficamosfracos e, o que mais gra-

    ve, vulnerveis.Cada entidade tem sua

    forma de lutar e sua viso par-ticular da realidade. Ao bus-car o estabelecimento de par-cerias com outras organiza-es nunca se deve pretenderimpor nossa viso, muito me-nos deixar que nos imponhamoutros interesses que no se-jam os nossos. preciso exer-

    citar, desde j, o profundo res-peito pelas diferenas uns dosoutros, a fim de buscar nosoutros o que nos une, e no oque nos separa.

    Aprendendo a ser De-mocrtico

    A luta por um meio ambi-ente melhor uma luta tam-bm pela cidadania, por queningum nasce democrtico ecidado. Isso se constri aospoucos.

    Por exemplo, ao participarde uma reunio, falar muitono significa comunicar mui-to. preciso pensar antes defalar, escolher bem as palavrase exercitar falar resumindo aomximo o pensamento, falan-do apenas quando o que tiverde ser dito estiver claro emnossa mente.

    Tambm preciso dar oexemplo, pois no adianta fa-lar uma coisa e praticar outra.A comunicao se torna va-zia quando as palavras no socoerentes com a prt ica.Quem quer falar bem em p-blico precisa antes de tudo sa-ber escutar bem, aprender aouvir o outro e no ficar pen-sando no que vai dizer depoisque o outro parar de falar.

    Ningum dono da verda-de, precisamos uns dos outrospara construirmos nossa ver-dade e isso s se consegue atra-vs do dilogo. Para isso pre-cisamos estar em sintonia comrelao aos objetivos do grupo- procurar debater a partir darealidade, sem complicar umdilogo, que interessa a todosdo grupo por problemas pes-soais ou antipatias.

    Problemas de relaciona-mentos sempre existem, poiso fato de estarmos unidos emtorno do objetivo de defen-der a natureza no nos tornaperfeitos. Cabe fazer uma ava-liao dos sentimentos, conhe-cendo os motivos de nossasreaes diante de determina-das pessoas e no deixar queisso interfira no dilogo den-tro do grupo.

    Por Vilmar SidneyDemamam Berna*

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  • 2006 - JUNHO - EDIO 001 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - 7

    Especial: Amigos do Planeta

    Algumas Dicas PrticasPara uma Boa Reunio

    Reunies so atividadestpicas e freqentesnos Clubes dos Ami-gos do Planeta. Mas s

    vezes pode se gastar muito tem-po das pessoas em reunies quenem sempre so necessrias. Huma tendncia a acharmos quetodos os assuntos e decises de-pendem de reunies. Portanto,antes de planejar a prxima, faa-se a primeira pergunta: Por que necessrio realizar esta reunio?

    Estando convencido da ne-cessidade da reunio, eis algu-mas outras perguntas:

    1. Voc sabe o que quer obterao final de cada reunio que rea-liza?

    2. Voc convida somente aspessoas necessrias ao objetivo dareunio?

    3. Os participantes tambmsabem o que se deseja alcanar?

    4. A pauta de suas reunies distribuda com antecedncia aosparticipantes?

    5. Cada participante sabe deantemo que contribuio devefazer aos itens da agenda?

    6. No incio da reunio a pau-ta revista, fazendo-se as altera-es necessrias?

    7. Os temas prioritrios so osprimeiros da pauta?

    8. escolhida uma pessoa paraconduzir a reunio?

    9. Para cada item da pauta estabelecido um limite de tem-po?

    10. O limite cumprido?11. Voc esgota cada item, sem

    ficar pulando de um item paraoutro?

    12. Ao final de cada item fei-to um resumo da discusso e dasdecises tomadas?

    13. Define-se claramente o que

    cada pessoa dever fazer aps asdecises?

    14. So estabelecidas datas decontrole para as tarefas subse-qentes?

    15. Todos os participantes tmchance de expressar suas opini-es?

    16. Ao final da reunio feitauma avaliao de como a mesmatranscorreu?

    17. Todos os participantes ava-liam a reunio como produtiva?

    18. Voc incorpora as sugestesdos participantes para futuras reu-nies?

    Por Vilmar SidneyDemamam Berna*

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  • 8 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - EDIO 001 - JUNHO - 2006

    Especial: Amigos do Planeta

    Como Comear e Colocar a Mona Massa Indo Alm do Discursoe da Boa Inteno

    uidar do lixo uma boaidia para comear,pois todos produzemlixo. Cada ser humano

    produz em mdia, por dia, cercade meio quilo de resduo. Experi-mente multiplicar isso pelo nme-ro de habitantes de sua cidade spara ter uma idia de como issopesa para o meio am-biente. Estcada vez mais difcil encontrar umlugar para despejar tanto lixo.

    Na verdade, do ponto de vistaambiental, lixo no existe. O queexiste matria prima fora do lu-gar, misturada, indisponvel. A se-parao do chamado lixo o pri-meiro passo para recuperar as ma-trias primas que jogamos fora.

    A sociedade est despertandopara esta realidade. Cui-dar do lixono deve ser uma obrigao ex-clusiva dos governos, j que cadacidado tambm pode fazer a suaparte. Todas as es-colas de-veriam,por seu carter educativo, estar de-senvolvendo a se-leo de seu lixoe es-timular alunos e pais a faze-rem o mesmo.

    Links recomendos:h t t p : / / w w w. j o r n a l d o

    meioambiente.com.br/JMA-Ca-dernos/LixoReciclagem.asp

    h t t p : / / w w w. j o r n a l d omeioambiente.com.br/JMA-Consumo.asp

    O papel compe a maior partedo lixo que produzimos. A fabri-cao de pa-pel novo a partir dovelho muito mais ba-rata, menospoluente e ainda poupa rvore. Opapel fabricado da ce-lulose dasrvores. As fbricas de papel plan-tam rvores s para isso. Para fazeruma tonelada de pa-pel novo sogastos cerca de 100 mil litros degua e cinco mil quilowatts porhora de energia eltrica. Na reci-clagem, esses nmeros caem,respectiva-mente, para 2 mil litrosde gua e a metade do gasto dequi-lowatts.

    Cada 40 quilos de papel e pa-pelo reciclado do lixo correspon-dem a uma rvore que no preci-sar ser abatida. O cl-culo sim-ples. Um eucalipto adulto, comcerca de 7 anos de idade, produz40 quilos de pasta de celulose. Por-tanto, se re-cuperarmos 40 quilosde papel que as pessoas jogam nolixo, poupamos uma rvore.

    C

    Os quatro erres:

    Gincana da Reciclagem na Escola

    Este projeto foi implemen-tado pelo Vilmar na Rede Es-colar Pedro II, no Rio de Ja-neiro, com patrocnio da Fun-dao O Boticrio. Envolveu 5escolas e cerca de 10 mil alu-nos, resultando na coleta deduas carretas de papel e umade alumnio. O material foi ven-dido e o dinheiro dividido emduas partes, uma para premiaras turmas vencedoras, que em-pregaram o dinheiro em excur-ses e festas de formatura, e aoutra metade do dinheiro paracomprar vasilhames e implan-tar a coleta seletiva na escolade maneira permanente.

    O projeto pode ser replica-do em qualquer escola ou co-munidade. Comea com umconcurso interno entre as tur-

    mas. Ganha a gincana a turma queconseguir o maior peso de mate-rial reciclvel, seja papel ou alu-mnio, ou os dois materiais. Paramelhor informar e motivar as pes-soas envolvidas na Gincana, os or-ganizadores devero promover pa-lestras nas turmas sobre a impor-tncia da reciclagem para a pre-servao da natureza e da melho-ria da qualidade de vida, e o por-que da empresa patrocinadora, sehouver, estar apoiando o projeto,o que cada um pode fazer paraajudar, as regras da gincana e a des-tinao que o papel ou do alu-mnio coletado tero, etc.

    O perodo da gincana pode serde 30 dias, iniciando no primeiro eterminando no ltimo dia do msescolhido. O papel e alumnio co-letados devero ser acondicionados

    em sacos, com o nmero da tur-ma, e guardado em ptio guar-necido da prpria escola. A tur-ma poder coletar papel e alu-mnio de qualquer local, desdesua prpria residncia, como nade vizinhos, at em empresas. Aotrmino do ms, papel e alum-nio sero pesados na presena dosrepresentantes das turmas. A tur-ma que somar o maior nmerode quilos ser a vencedora, ten-do direito a receber 50 por cen-to dos valores que resultam a ven-da do material. Os outros 50 porcento sero entregues Escolapara providenciar a compra degales para implantao da cole-ta seletiva na escola, e materialpara circular aos pais e panfletosexplicativos aos alunos sobre acoleta seletiva de lixo.

    R de REPENSARR de REPENSARR de REPENSARR de REPENSARR de REPENSAR repense seus hbitos de consumo e comportamentos.Veja onde voc pode economizar e evitar produzir lixo.R de REDUZIRR de REDUZIRR de REDUZIRR de REDUZIRR de REDUZIR - reduza seu consumo e o uso de embalagens e produtosno reciclveis.RRRRR de REAPRO de REAPRO de REAPRO de REAPRO de REAPROVEITVEITVEITVEITVEITARARARARAR - reaproveite materiais, pa-pel, embalagens, etc., quemuitas vezes vo para o lixo mais que poderiam continuar sendo usados ou doa-dos para outras pes-soas.R de RECICLARR de RECICLARR de RECICLARR de RECICLARR de RECICLAR - recicle seus resduos ou doe-os para quem os recicla.

    Por Vilmar SidneyDemamam Berna*

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  • 2006 - JUNHO - EDIO 001 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - 9

    Saiba o que Separara) Lixo Seco (Materiais inorgnicos):

    PAPEL (jornal, caixas e embalagensde papel, revistas, cartuchos, pape-lo, carteira de cigarro etc.); PLS-TICO (saquinhos de leite,emba-lagens e frascos, sacospls-ticos, brinquedos etc.); ME-TAIS (latas, tampinhas, tubos de pastade dente ou de remdio etc.); VI-DRO (garrafas, frascos, lmpadas etc.,inteiros ou quebra-dos). Todo omaterial separado para a reciclagem,devem estar limpos. Portanto, antesde separar, passe uma gua e tire asu-jeira grossa.

    b) Lixo Molhado (Materiais org-nicos): so constitudos por restos decomida e sobras de cozinha. Se vocmorar em casa e houver lugar comterra, esses materiais podem dar ex-celente adubo.

    c) Lixo: constitudo pelo res-tante dos materiais que no po-demser reciclados ainda, como o papelcarbonado ou de fax, por exem-plo.O idela ir evitando materiais assime, quando no for possvel, procuredar o mximo de utilidade ao re-curso usando-o de outras for-mas.A caixa de leite, tipo lOSCa vida,por exemplo, no pode ser re-ciclada,mas pode ser reuti-lizada como vasopara muda de rvore ou se-mente,ou servir para atividades artsticas.

    O lixo composto ainda porsobras de pano, de madeira, deiso-por e por outros materiais, quepodem se transformar em matriaprima para fazer bonecas, brinque-dos, trabalhos arts-ticos, etc. susar a criatividade.

    O Melhor NoProduzir Lixo

    Antes de pensar em fazer coletaseletiva do lixo, pense em no pro-duzir lixo, evitando o desperdcio,procurando usar um lado e o ou-trodo papel e aproveitar as sobras depapel para bilhetes e rascu-nhos. Evitecomprar produtos com embalagensmuito grandes e que utili-zam mui-tos materiais mas que no pos-suemnenhuma utilidade ou no pos-samser reaproveitadas. S use embalagensdescartveis que podem ser recicla-das. Evite os des-cartveis feitos parausar uma vez s e jogar fora. Alm deser uma irrespon-sabilidade dos fa-bricantes com a econo-mia popular tambm um desrespeito s futuras

    Reciclagem

    A Coleta Seletiva doLixo - Passo a Passogeraes, uma vez que aumenta aveloci-dade de uso dos recursos na-turais.

    Prepare as VasilhasA coleta seletiva comea ao lado

    da pia da cozinha, onde pre-cisoter trs vasilhas. Uma para o lixo secooutra para o molhado e uma terceirapara os materiais que vo para o lixomesmo, por no ser possvel ainda suareciclagem. A outra providncia ar-ranjar um lugar para guardar os ma-teriais reci-clveis (lixo seco), abriga-do da chuva. Podem ser sacos gran-des ou mate-rial resistente, gales ououtros vasi-lhames como caixas dema-deira, de preferncia com tampa.Uma vez por ms, ou assim que asvasilhas encherem (as de papel e pls-tico enchem pri-meiro), providen-cie a venda, para no deixar acumu-lar. No h pe-rigo atrair moscas, ba-ratas e restos se o material separadopara reci-clagem estiver limpo.

    Quem No seComunica se Trumbica

    Convena seus pais, professores,colegas, vizinhos e at o sn-dico doprdio da importncia da coleta se-letiva. Nin-gum resiste insistnciae ao poder de persuaso de um jo-vem. Faa uso desse poder por umacausa justa. Misturar o lixo um ver-dadeiro crime contra a natureza, pro-voca poluio, desper-dia recursosnaturais e matrias primas, diminui avida til dos depsitos pblicos delixo, alm de jogar dinheiro fora.

    Mexer com Lixo No Sujeira

    As bactrias que existem no lixoso as mesmas que esto em nossacomida. Em todo caso, no custanada usar uma luva toda a vez quevoc mexer com lixo, at mesmoporque um caco de vidro ou tam-pa de lata pode cortar voc. Ratos,baratas e mosquitos s so atradospara onde h sujeira. Se vocman-tiver o local onde deposita osmateriais reciclveis sempre co-bertoe protegido, evitando deixar que seacumu-lem muito, no h perigo.

    Sndico No InimigoSndico um vizinho como voc,

    s que foi eleito pela maioria paracuidar dos assuntos coletivos do con-

    domnio onde voc vive. Uma for-ma de colaborar com ele ajud-loa fazer a coleta seletiva do prdio. Porexemplo, sugira ao sndico co-locarum galo em cada andar, ao lado dolugar onde se joga o lixo. Os prpri-os funcionrios podem recolher di-ariamente o lixo que no lixo, se-parar os materiais e vender, ficando ametade para dividir entre os funcio-nrios e a outra metade para o con-domnio. Com os gales nos andares,fica mais fcil per-correr apartamen-to por apartamento pedindo a cadavizinho que se-pare o lixo.

    Escola No S ParaEstudar

    A escola no s para ensinarLngua Portuguesa, Mate-mtica,Geografia, por exemplo, mas tam-bm para educar o aluno para serum bom cidado e respeitar o meioambiente. Por isso, a escola deve sera maior interessada em implantar ouajudar a fazer a coleta seletiva dolixo, pelo seu prprio carterpeda-ggico. Converse com seusprofesso-res, a direo e sua turma.Sugira uma gincana escolar do lixoque no lixo, para ver qual a turmaque consegue trazer mais materiaisreci-clveis. A outra metade vai paraa escola comprar lixeirinhas extraspara material reciclvel para sala deaula e gales para instituir a co-letaseletiva permanente na escola.

    No Espere PorNingum, Nem Desista

    Use a criatividade e tenha inicia-tiva. Descubra a me-lhor so-luo parafazer a coleta seletiva em sua casa,aparta-mento, edifcio ou escola. Noh uma receita pronta. Descubra vocmesmo as melhores solues e comocontornar os obstculos. Voc nopode ficar a vida inteira esperandoque seus pais, professores ou o pr-prio governo faa alguma coisa porvoc. Veja o que voc pode fazer. Eno desista. s vezes d aquela pre-guicinha e uma vontade de deixartudo como est. E muita gente passaa vida toda se lamentando, se sentin-do infeliz e derrotada por isso. Masvoc pode conseguir se quiser.

    A Hora de VenderNo final do ms, quando voc

    tiver acumulado material recicl-vel

    suficiente, calcule mais ou menos opeso e procure um ferro-velho oucasa que compre materiais. Pesquiseo melhor preo, pois eles va-riamde lugar para lugar. S venda paraquem se comprometer a ir bus-caro material, sem repassar o custo dotransporte. Os ferro-velhos vendempara intermedirios que ven-dempara os fabricantes. Se voc conse-guir vender para o inter-medirioou direto para o fabricante, ga-nharmais dinheiro. s procurar nas P-ginas Amarelas o telefone de-les.Caso pre-fira, pode optar por doaro material reciclado para uma casade caridade. uma forma de ajudara acabar com a fome e a mis-ria.

    Curiosidades sobre o Lixo- A cada ano so desperdiados,

    no Brasil, cerca de R$ 5,8 bilhesporque no se recicla tudo o quepoderia.

    - O Brasil considerado umgrande reciclador de alumnio, masainda reaproveita pouco os vidros, oplstico, as latas de ferro e os pneusque consome.

    - A cidade de So Paulo produzmais de 12.000 toneladas de lixo pordia, com este lixo, em uma semanad para encher um estdio para80.000 pessoas.

    - Somente 37% do papel de es-critrio realmente reciclado, o resto queimado. Por outro lado, cercade 60% do papel ondulado reci-clado no Brasil.

    - Um litro de leo combustvelusado pode contaminar 1.000.000 delitros de gua.

    - Menos de 50% de produonacional de papel ondulado ou pa-pelo reciclado atualmente, o quecorresponde a cerca de 720 mil to-neladas de papel ondulado. O res-tante jogado fora ou inutilizado.

    - Pesquisas indicam que cada serhumano produz, em mdia, umpouco mais de 1 quilo de lixo pordia. Atualmente, a produo anualde lixo em todo o planeta deaproximadamente 400 milhes detoneladas.

    - Perfil do lixo produzido nasgrandes cidades brasileiras: 39%: pa-pel e papelo; 16%: metais ferrosos;15%: vidro; 8%: rejeito; 7%: plsticofilme; 2%: embalagens lOSCa vida;1%: alumnio

    Fonte: Fundao Nacional deSade/Ministrio da Sade.

    Por Vilmar SidneyDemamam Berna*

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  • 10 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - EDIO 001 - JUNHO - 2006

    Fique por Dentro

    1. O que Gesto Ambien-tal?

    parte da gesto global rela-cionada aos impactos ambientais,objetivos e metas ambientais epoltica ambiental das organiza-es.

    2. O que significa Degrada-o Ambiental?

    Processo gradual de alteraonegativa do ambiente resultantede atividades humanas que po-dem causar desequilbrio e des-truio parcial ou total dos ecos-sitemas.

    3. O que significa Produomais Limpa?

    a melhoria contnua dos pro-cessos industriais, produtos e ser-vios, visando:

    - reduo do uso de recursosnaturais;

    - prevenir na fonte a poluiodo ar, da gua e do solo; e

    - reduzir a gerao de resdu-os na fonte, visando reduzir os ris-cos aos seres humanos e ao am-biente natural.

    4. O que prope o Protoco-lo de Kyoto?

    O Protocolo de Kyoto umacordo internacional que estabe-lece metas de reduo das emis-ses de gases poluentes, como odixido de carbono (CO), queresponde por 76% do total dasemisses relacionadas ao aqueci-mento global e outros gases doEfeito Estufa, nos pases indus-trializados. As redues das emis-ses dos gases devem acontecerem vrias atividades econmicas,especialmente nas de energia etransportes.

    5. Para que servem os Cr-ditos de Carbono?

    Os crditos de carbono socertificados que autorizam o di-reito de poluir.

    AMBIENTALISTA - nomeiapessoa interessada ou preocupa-da com os problemas ambientaise a qualidade do meio ambienteou engajada em movimentos dedefesa do meio ambiente. Tam-bm usado para designar o espe-cialista em ecologia humana.

    ANTRPICO - Relativo humanidade, sociedade huma-na, ao do homem, compre-endendo os fatores polticos, ti-cos e sociais (econmicos e cul-turais).

    AUDINCIA PBLICA -Procedimento de consulta so-ciedade, ou a grupos sociais inte-ressados em determinado proble-ma ambiental ou potencialmenteafetados por um projeto, a res-peito de seus interesses especfi-cos e da qualidade ambiental poreles preconizada. Ao regulamen-tar a legislao federal para a exe-cuo de estudo de impacto am-biental e relatrio de impactoambiental (RIMA), o CONAMAestabeleceu a possibilidade derealizao de audincias pblicas,promovidas a critrio do IBAMA,dos rgos estaduais de controleambiental ou, quando couber, dosmunicpios (art. 11, Resoluo n001, de 17.01.86). Por outro ladoa Resoluo n 09/87 do CO-NAMA dispe sobre a realizaode audincia pblica para proje-tos sujeitos a avaliao de impac-to ambiental.

    AUDITORIA AMBIEN-TAL - Instrumento de polticaambiental que consiste na avalia-o e documentada e sistemticadas instalaes e das prticas ope-racionais e de manuteno deuma atividade poluidora, com oobjetivo de verificar: a obedin-cia aos padres de controle equalidade ambiental; os riscos depoluio acidental e a eficinciadas respectivas medidas preventi-vas; o desempenho dos gerentese operrios nas aes referentesao controle ambiental; a pertinn-cia dos programas de gesto am-biental interna ao empreendi-mento.

    BACIA HIDROGRFICA- So grandes superfcies limita-das por divisores de guas e dre-nadas por um rio e seus tribut-rios.

    BIODEGRADVEL -

    Vocabulrio AmbientalSubstncia que pode ser decom-posta por processos biolgicosnaturais.

    BIODIVERSIDADE - Re-fere-se variedade ou variabili-dade entre os organismos vivos,os sistemas ecolgicos nos quaisse encontram e as maneiras pelasquais interagem entre si e a ecos-fera; pode ser medida em dife-rentes nveis: genes, espcies, n-veis taxonmicos mais altos, co-munidades e processos biolgi-cos, ecossistemas, biomas; e emdiferentes escalas temporais e es-paciais. Em seus diferentes nveis,pode ser medida em nmero oufreqncia relativa.

    CHORUME - efluente lqui-do proveniente dos vazadouros delixo e dos aterros sanitrios.

    CHUVA CIDA - a chu-va contaminada pelas emisses dexidos de enxofre na atmosfera,decorrentes da combusto emindstrias e, em menor grau, dosmeios de transporte. So as pre-cipitaes pluviais com pH abai-xo de 5,6.

    CONSELHO NACIONALDO MEIO AMBIENTE (CO-NAMA) - Criado pela Lei dePoltica Nacional do Meio Am-biente (Lei n 6.938, de 31.08.81), o rgo Superior do SistemaNacional do Meio Ambiente(SISNAMA) com a funo deassistir o Presidente da Repbli-ca na Formulao de Diretrizesde Poltica Nacional do MeioAmbiente.

    CONSERVACIONISMO - a luta pela conservao do am-biente natural, ou de partes e as-pectos dele, contra as pressesdestrutivas das sociedades huma-nas.

    DESENVOLVIMENTOSUSTENTVEL - Desenvolvi-mento que atende s necessida-des do presente, sem comprome-ter a capacidade das futuras gera-es atenderem s suas prpriasnecessidades.

    ECOLOGIA - termo cria-do por Hernst Haekel (18341919) em 1869, em seu livro Ge-nerelle Morphologie des Orga-nismen, para designar o estudodas relaes de um organismocom seu ambiente inorgnico ouorgnico, em particular, o estudodas relaes do tipo positivo ou

    6. O que Efeito Estufa?Temperatura da terra mais ele-

    vada do que seria se no houves-se a camada de gases que retm ocalor.

    7. Qual o impacto da des-truio da Camada de Oznio?

    O rompimento da camada deoznio e a maior penetrao dosraios ultravioleta elevam a ocor-rncia dos cnceres de pele e dascataratas oculares, alm de outrosprejuzos sade humana.

    8. O que so Produtos Verdes?Produtos verdes so aqueles

    cujas embalagens so ambiental-mente seguras. O desenvolvimen-to de processos ambientalmentecorretos contribui para a limpezaambiental e garante um futuromais seguro.

    9. Qual a economia quando serecicla uma tonelada de papel?

    Cada tonelada de papel reci-clado poupa em mdia 60 euca-liptos adultos, 2,5 barris de pe-trleo, 50% de gua usada na fa-bricao normal (30.000 litros), ovolume de cerca de 3 m de es-pao nos lixes e aterros. A reci-clagem de papel tambm gera65% menos poluio da gua e26% menos poluio do ar.

    10. O que reciclagem?Reciclagem a recuperao

    de materiais por meio de proces-samento industrial, para a produ-o de um bem que pode ou noser do mesmo tipo ou ter a mes-ma funo que o original. Cacosde uma garrafa de vidro, porexemplo, podem ser transforma-dos em nova garrafa ou usadosna composio de asfalto.

    Fonte: http://www.sebraesp.c o m . b r / p r i n c i p a l /s e b r a e % 2 0 e m % 2 0 a o /e c o _ n e g o c i o s /faq_gestao_ambiental.aspx

    Edio Especial

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  • 2006 - JUNHO - EDIO 001 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - 11

    Fique por Dentro

    amistoso e do tipo negativo (ini-migos) com as plantas e animaiscom que convive. Deriva se dogrego oikos, que significa lugaronde se vive ou hbitat.

    ECOLOGISTA - designa aspessoas e entidades que se preo-cupam ativamente em defendera natureza.

    ECOSSISTEMA - termo cri-ado por Tansey em 1935. A co-munidade total de organismos,junto com o ambiente fsico equmico no qual vivem se deno-mina ecossistema, que a unida-de funcional da ecologia.

    EDUCAO AMBIEN-TAL - processo de formao einformao social orientado para:(I) o desenvolvimento de consci-ncia crtica sobre a problemti-ca ambiental, compreendendo-secomo crtica a capacidade de cap-tar a gnese e a evoluo dos pro-blemas ambientais, tanto em rela-o aos seus aspectos biofsicos,quanto sociais, polticos, econ-micos e culturais; (II) o desenvol-vimento de habilidades e instru-mentos tecnolgicos necessrios soluo dos problemas ambien-tais; (III) o desenvolvimento deatitudes que levem participaodas comunidades na preservaodo equilbrio ambiental (Propos-ta de Resoluo CONAMA n02/85).

    EIA/RIMA - ESTUDO DEIMPACTO AMBIENTAL(EIA) - Um dos documentos doprocesso de avaliao de impac-to ambiental, destinado a analisar,sistematicamente, as conseqn-cias da implantao de um proje-to no meio ambiente e inclui,entre outros, a monitorao dosimpactos; e a preparao do RE-LATRIO DE IMPACTOAMBIENTAL (RIMA) queapresenta os resultados dos estu-dos tcnicos e cientficos de ava-liao de impacto ambiental.

    FNMA - FUNDO NACIO-NAL DO MEIO AMBIENTE- criado pela Lei n 7.797, de10.07.89, e regulamentado peloDecreto n 98.161, de 21.09.89,para o desenvolvimento de pro-jetos ambientais nas reas de Uni-dades de Conservao, pesquisae desenvolvimento tecnolgico,educao ambiental, manejo flo-restal, controle ambiental, desen-volvimento institucional e apro-veitamento sustentvel da flora eda fauna.

    HOLSTICO - teoria filos-fica aplicada s cincias ambien-tais para a compreenso das rela-es entre os componentes domeio ambiente, pela qual os seus

    elementos vivos (todos os orga-nismos, inclusive os homens) eno vivos interagem como umtodo, de acordo com leis fsi-cas e biolgicas bem definidas.

    LICENCIAMENTO AMBI-ENTAL - instrumento de pol-tica ambiental institudo em m-bito nacional pela Lei n 6.938,de 31.08.81, e regulamentado peloDecreto n 88.351, de 1.06.83, queconsiste em um processo desti-nado a condicionar a construo,a instalao, o funcionamento e aampliao de estabelecimento deatividades poluidoras ou que uti-lizem recursos ambientais ao pr-vio licenciamento, por autorida-de ambiental competente. A le-gislao prev a expedio de trslicenas ambientais, todas obriga-trias, independentes de outraslicenas e autorizaes exigveispelo Poder Pblico: Licena Pr-via (LP), Licena de Instalao (LI)e Licena de Operao (LO) (art.20 do referido decreto).

    MEDIDAS COMPENSA-TRIAS - Medidas tomadaspelos responsveis pela execuode um projeto, destinadas a com-pensar impactos ambientais nega-tivos, notadamente alguns custossociais que no podem ser evita-dos ou uso de recursos ambien-tais no renovveis.

    MEDIDAS MITIGADO-RAS - so aquelas destinadas aprevenir impactos negativos oureduzir sua magnitude, uma vezque a maioria dos danos ao meioambiente, quando no podem serevitados, podem apenas ser miti-gados ou compensados.

    MEDIDAS PREVENTI-VAS - medidas destinadas a pre-venir a degradao de um com-ponente do meio ambiente oude um sistema ambiental.

    MEIO AMBIENTE - con-junto de condies, leis, influn-cias e interaes de ordem fsica,qumica e biolgica, que permi-te, abriga e rege a vida em todasas suas formas (Lei n 6.938, de31.08.81).

    MONITORAMENTO -Determinao contnua e peri-dica da quantidade de poluentesou de contaminao radioativapresentes no meio ambiente.

    MOVIMENTO ECOLGI-CO - Movimentos de ao soci-al que, a partir da formao degrupos integrados, pretende esti-mular uma atitude fundamentalde defesa do equilbrio ecolgi-co e de uma melhor qualidadede vida. So gerados e organiza-dos por grupos sociais os maisdiversos, como associaes de

    bairro, conservacionistas, profissi-onais, clubes, igrejas e outros, epodem constituir grupos de pres-so junto aos poderes pblicos eas organizaes privadas.

    MUTIRO AMBIENTAL- grupos constitudos de, no m-nimo, trs pessoas credenciadaspor rgo ambiental competen-te, para a fiscalizao de ReservasEcolgicas pblicas ou privadas,reas de Proteo Ambiental,Estaes Ecolgicas, reas deRelevante Interesse Ecolgico ououtras Unidades de Conservao,e demais reas protegidas, com oobjetivo de promover a partici-pao de entidades civis com fi-nalidades ambientalistas. Foi ins-titudo pela Resoluo n 003, de16.03.89, do CONAMA, que es-tabeleceu critrios e procedi-mentos para a sua atuao.

    PLANO DE MANEJO -conjunto de metas, normas, cri-trios e diretrizes, e a aplicaoprtica desses princpios, que tempor fim a administrao ou omanejo dos recursos de uma dadarea.

    PNMA - POLTICA NA-CIONAL DO MEIO AMBI-ENTE - Instituda pela Lei n6.938, de 31 de agosto de 1981,tem como objetivo a preserva-o, melhoria e recuperao daqualidade ambiental propcia vida, visando assegurar, no Pas,condies ao desenvolvimentoeconmico, aos interesses da se-gurana nacional e proteo dadignidade da vida humana (...)(artigo 2 da referida lei).

    QUALIDADE DE VIDA -o conceito compreende uma s-rie de variveis, tais como: a satis-fao adequada das necessidadesbiolgicas e a conservao de seuequilbrio (sade), a manutenode um ambiente propcio se-

    gurana pessoal, a possibilidade dedesenvolvimento cultural, e, emltimo lugar, o ambiente socialque propicia a comunicao en-tre os seres humanos, como baseda estabilidade psicolgica e dacriatividade.

    SISNAMA - SISTEMANACIONAL DO MEIO AM-BIENTE - Institudo pela Lei n6.938, de 31.08.81, rene os r-gos e entidades da Unio, dosEstados, do Distrito Federal, dosTerritrios e dos Municpios, queestejam envolvidos com o uso dosrecursos ambientais ou que sejamresponsveis pela proteo e me-lhoria da qualidade ambiental.

    SUSTENTABILIDADEAMBIENTAL - Melhoria daqualidade da vida humana, respei-tando a capacidade de assimila-o dos ecossistemas que a su-portam.

    UNIDADES DE CONSER-VAO - reas naturais prote-gidas e Stios Ecolgicos de Re-levncia Cultural, criadas pelo Po-der Pblico: Parques, Florestas,Parques de Caa, Reservas Biol-gicas, Estaes Ecolgicas, reas deProteo Ambiental, Reservas Eco-lgicas e reas de Relevante In-teresse Ecolgico, nacionais, esta-duais ou municipais, os Monumen-tos Naturais, os Jardins Botnicos,os Jardins Zoolgicos, os HortosFlorestais. (Resoluo n O11, de03.12.87, do CONAMA).

    Fonte: http://www.jornaldomeioambiente.com.br/JMA-dicionario_ambiente/index.asp -Vocabulr io Bsico de MeioAmbiente organizado e editadopela Dra. Iara Verocai Dias Mo-reira, publicado em 1990, numaparceria da FEEMA com a PE-TROBRAS

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  • 12 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - EDIO 001 - JUNHO - 2006

    Agricultores, canais dedistribuio, indstria epoder pblico viabilizam odestino final de 5.770toneladas de embalagensde defensivos agrcolasnos quatro primeirosmeses deste ano

    Nos quatro primeiros me-ses de 2006 j foram proces-sadas 5.770 toneladas de em-balagens vazias de produtosfitossanitrios no Brasil. Comquatro anos de existncia, osistema de destinao final seaproxima da maturidade, comvolumes muito prximos aosatingidos no ano anterior(5.706 toneladas no primei-ro quadrimestre de 2005).Apenas no ms de abril fo-ram devolvidas 1.815 tonela-das de embalagens.

    Mesmo aps quatro anos depromulgao da lei, alguns Es-tados continuam apresentandocrescimentos significativos,como o caso de Pernambu-co, Bahia, Minas Gerais, MatoGrosso do Sul, So Paulo eMato Grosso. Mesmo com osistema prximo da estabilida-de, apresentaram crescimentode, respectivamente, 67% (pas-sou de 39 para 67 toneladas deembalagens), 64% (passou de234 para 385 toneladas), 37%(de 421 para 575 toneladas),30% (de 263 para 343 tonela-das), 22% (de 739 para 904 to-neladas) e 13% (de 1.131 para1.285 toneladas de embalagensprocessadas).

    Nos ltimos 12 meses (en-tre abril de 2005 e abril de2006) j foram processadas17.944 toneladas de embala-gens vazias de defensivosagrcolas, devolvidas nas 350unidades de recebimento lo-calizadas em 23 Estados doBrasil. As embalagens recebi-das podem ter dois destinosfinais: reciclagem ou incine-rao. O inpEV possui oitoempresas parceiras para a re-ciclagem que produzem 16

    Meio Ambiente

    Volume de embalagens de defensivosagrcolas recolhidas no primeiroquadrimestre de 2006 apresenta crescimento

    mater iais como condute,embalagem para leo lubri-ficante, madeira plstica, bar-ricas de papelo, tampas, en-tre outros. Atualmente sorecicladas 87% das embala-gens devolvidas.

    O sucesso do sistema dedestinao final de embala-gens vazias de agrotxicos,mantido pela indstria pro-

    dutora de defensivos agrco-las, representada pelo inpEV Instituto Nacional de Pro-cessamento de EmbalagensVazias, fruto do trabalhoconjunto realizado por agri-cultores, canais de distribui-o e cooperativas, indstriae poder pblico por meio dergos governamentais esta-duais. O instituto, uma enti-

    dade sem fins lucrativos, aten-de s determinaes da LeiFederal 9.974/00 e possuiatualmente 58 empresas esete entidades do setor comoassociados.

    Mais informaes sobre oinstituto esto disponveis nosite www.inpev.org.br.

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  • 14 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - EDIO 001 - JUNHO - 2006

    Cidadania Ambiental

    A

    Agenda 21 BrasileiraAgenda 21 Brasileira um processo e instru-mento de planeja-mento participativo

    para o desenvolvimento susten-tvel e que tem como eixo cen-tral a sustentabilidade, compati-bilizando a conservao ambien-tal, a justia social e o crescimen-to econmico. O documento resultado de uma vasta consulta populao brasileira, sendo cons-

    Estamos diante de um mo-mento crtico na histria da Ter-ra, numa poca em que a huma-nidade deve escolher o seu fu-turo. medida que o mundo tor-na-se cada vez mais interdepen-dente e frgil, o futuro enfrenta,ao mesmo tempo, grandes peri-gos e grandes promessas. Para se-guir adiante, devemos reconhe-cer que, no meio da uma magn-fica diversidade de culturas e for-mas de vida, somos uma famliahumana e uma comunidade ter-restre com um destino comum.Devemos somar foras para geraruma sociedade sustentvel globalbaseada no respeito pela nature-za, nos direitos humanos univer-sais, na justia econmica e numacultura da paz. Para chegar a estepropsito, imperativo que ns,os povos da Terra, declaremos nossaresponsabilidade uns para com osoutros, com a grande comunida-de da vida, e com as futuras gera-es.

    Terra, Nosso LarA humanidade parte de um

    vasto universo em evoluo. ATerra, nosso lar, est viva com umacomunidade de vida nica. Asforas da natureza fazem da exis-tncia uma aventura exigente eincerta, mas a Terra providenciouas condies essenciais para a evo-luo da vida. A capacidade derecuperao da comunidade davida e o bem-estar da humanida-de dependem da preservao deuma biosfera saudvel com todosseus sistemas ecolgicos, uma ricavariedade de plantas e animais,solos frteis, guas puras e ar lim-

    truda a partir das diretrizes daAgenda 21 global. Trata-se, por-tanto, de um instrumento funda-mental para a construo da de-mocracia ativa e da cidadania par-ticipativa no Pas. Trata-se de umdos principais instrumentos parase conduzir processos de mobili-zao, troca de informaes, ge-rao de consensos em torno dosproblemas e solues locais e es-tabelecimento de prioridades para

    a gesto de desde um estado, mu-nicpio, bacia hidrogrfica, unida-de de conservao, at um bairro,uma escola. O processo deve serarticulado com outros projetos,programas e atividades do gover-no e sociedade, sendo consoli-dado, dentre outros, a partir doenvolvimento dos agentes regio-nais e locais; anlise, identificaoe promoo de instrumentos fi-nanceiros; difuso e intercmbio

    de experincias; definio de in-dicadores de desempenho.

    A Agenda 21 Brasileira uminstrumento fundamental para aconstruo do Brasil Sustentvel,estando coadunada com as dire-trizes da poltica ambiental doGoverno, transversalidade, desen-volvimento sustentvel, fortaleci-mento do Sisnama e participaosocial e adotando referenciais im-portantes como a Carta da Terra.

    A CARTA DA TERRApo. O meio ambiente global comseus recursos finitos uma preo-cupao comum de todas as pes-soas. A proteo da vitalidade, di-versidade e beleza da Terra umdever sagrado.

    A Situao GlobalOs padres dominantes de pro-

    duo e consumo esto causandodevastao ambiental, reduo dosrecursos e uma massiva extinode espcies. Comunidades estosendo arruinadas. Os benefcios dodesenvolvimento no esto sendodivididos eqitativamente e o fos-so entre ricos e pobres est au-mentando. A injustia, a pobreza,a ignorncia e os conflitos violen-tos tm aumentado e so causa degrande sofrimento. O crescimen-to sem precedentes da populaohumana tem sobrecarregado ossistemas ecolgico e social. As ba-ses da segurana global esto ame-aadas. Essas tendncias so peri-gosas, mas no inevitveis.

    Desafios Para oFuturo

    A escolha nossa: formar umaaliana global para cuidar da Terrae uns dos outros, ou arriscar a nos-sa destruio e a da diversidade davida. So necessrias mudanasfundamentais dos nossos valores,instituies e modos de vida. De-vemos entender que, quando asnecessidades bsicas forem atingi-das, o desenvolvimento humanoser primariamente voltado a sermais, no a ter mais. Temos o co-nhecimento e a tecnologia neces-srios para abastecer a todos e re-

    duzir nossos impactos ao meioambiente. O surgimento de umasociedade civil global est crian-do novas oportunidades paraconstruir um mundo democrti-co e humano.

    Nossos desafios ambientais,econmicos, polticos, sociais e es-pirituais esto interligados, e jun-tos podemos forjar solues inclu-dentes.

    ResponsabilidadeUniversal

    Para realizar estas aspiraes, de-vemos decidir viver com um sen-tido de responsabilidade univer-sal, identificando-nos com toda acomunidade terrestre bem comocom nossa comunidade local. So-mos, ao mesmo tempo, cidadosde naes diferentes e de ummundo no qual a dimenso locale global esto ligadas. Cada umcompartilha da responsabilidadepelo presente e pelo futuro, pelobem-estar da famlia humana e detodo o mundo dos seres vivos. Oesprito de solidariedade huma-na e de parentesco com todaa vida fortalecido quan-do vivemos com reve-rncia o mistrio daexistncia, com gra-tido pelo dom davida, e com hu-mildade conside-rando em relaoao lugar que ocu-pa o ser humanona natureza.

    Necessitamoscom urgncia deuma viso compar-tilhada de valores b-

    sicos para proporcionar um fun-damento tico comunidademundial emergente. Portanto, jun-tos na esperana, afirmamos osseguintes princpios, todos inter-dependentes, visando um modode vida sustentvel como crit-rio comum, atravs dos quais aconduta de todos os indivduos,organizaes, empresas, governos,e instituies transnacionais serguiada e avaliada.

    (Ver texto integral em http://www.mma.gov.br/estruturas/a g e n d a 2 1 / _ a r q u i v o s /carta_terra.doc )

    Links recomendados:www.jornaldomeioambiente.com.br/

    JMA-Agenda21.aspwww.crescentefertil.org.br/

    agenda21/index2.htmwww1.uol.com.br/ecokids/

    agenda21.htm/www.vitaecivilis.org.br/

    d e f a u l t . a s p ? s i t e _ A c a o =mostraPagina&paginaId=1471

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  • 2006 - JUNHO - EDIO 001 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - 15

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    Cidadania Ambiental

    Tome Uma Atitude AgoraPelo Meio Ambiente

    Na pgina www.jornaldomeioam biente.com.br/JMA-Atitude.aspvoc encontra diversas

    campanhas ambientais.

    Adote um papagaio-de-cara-roxa - Entre no sitewww.spvs.org.br / da Sociedadede Pesquisa em Vida Silvestre(SPVS) e escolha um programa deadoo, contribuindo anualmen-te para salvar um papagaio-de-cara-roxa, um casal, uma famlia ouum bando. A espcie - Amazonabrasiliensis - nativa da MataAtlntica do Sul de So Paulo enorte do Paran e est ameaadapela perda de habitat e capturapara trfico internacional. Cadaadoo corresponde a um kit debrindes que inclui cartilhas, ade-sivos, jornais, bons e camisetas.

    Doe uma rvore - O Atravsdo www.clickarvore.com.br/ daFundao SOS Mata Atlntica edo Instituto Vidgua, qualquerpessoa pode doar rvores para re-cuperar a Mata Atlntica. O in-ternauta pode fazer uma novadoao a cada 24 horas e o plan-tio ser financiado pelo patroci-nador.

    Ecosolidariedade - Visite osite Ecosolidariedade para fazerdoaes a projetos ambientaiscoordenados pela Fundao Her-bet Levy, do Rio de Janeiro, comapoio do International Electro-nic Trade, da Califrnia. O inter-nauta contribui apenas com suavisita no site, os patrocinadores fa-zem a doao de acordo com onmero de clicks.

    Transgnicos no meu prato,no! - Atravs do site da campa-nha Transgnicos no meu prato,no!, do Greenpeace, voc podeparticipar de campanhas virtuaispara pressionar as empresas de ali-mentos a no usar transgnicosem sua linha de fabricao.

    No ao trfico de animaissilvestres - Denuncie o comr-cio ilegal de animais silvestres atra-vs da homepage da Renctas

    Salve as tartarugas marinhas- Denuncie maus-tratos ou cap-turas ilegais de tartarugas marinhasatravs do e-Mail ou pelo telefo-ne (71) 8761113.

    Salve os mamferos aquti-cos - Comunicados sobre bebspeixe-boi encalhados na areia oumamferos marinhos (focas, leesmarinhos, lobos marinhos, golfi-nhos, baleias) encontrados fora deseu habitat. No Nordeste, man-de um email [email protected] ou li-gue para (81) 5441056. No RioGrande do Sul, mande um emailpara [email protected] ou liguepara (532) 362420.

    NO COMA PALMITOILEGAL

    Conhea as caractersticas e asrazes para evitar o consumo dopalmito juara, da Mata Atlntica,

    no site organizado pelos pesqui-sadores da Universidade EstadualPaulista (Unesp, campus Rio Cla-ro).

    DEFENDA A MATA DEARAUCRIA

    A Campanha Levante a Moem Defesa da Araucria pedeuma moratria ao corte desta r-vore que, at o final do sculoXIX, dominava as paisagens daregio Sul. Voc pode participarda campanha, idealizada por am-bientalistas e pelas universidadesfederais do RS e SC, entrando nosite e enviando carta para as au-toridades suspenderem as auto-rizaes de corte.

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  • 18 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - EDIO 001 - JUNHO - 2006

    Animal

    Frases de FamososSobre Animais

    ir o dia em que amatana de um animalser considerada crimetanto quanto o assas-

    sinato de um homem. - Leonar-do da Vinci

    Quando o homem aprendera respeitar at o menor ser da cri-ao, seja animal ou vegetal, nin-gum precisar ensin-lo a amarseu semelhante. - AlbertSchwweitzer (Nobel da Paz -1952)

    Um homem verdadeiramen-te tico apenas quando obedecesua compulso para ajudar toda avida que ele capaz de assistir, eevita ferir toda a coisa que vive. -Albert Schweitzer (1875-1965)

    Matar animais por esporte, pra-zer, aventura e por suas peles, umfenmeno que ao mesmo tem-po cruel e repugnante . No hjustificativa na satisfao de umabrutalidade dessas. - Sua Santida-de Dalai Lama (1935)

    Os animais so meus amigos...eeu no como meus amigos. -George Bernard Shaw (Nobel -1925)

    Todas as coisas da criao sofilhos do Pai e irmos do homem...Deus quer que ajudemos aos ani-mais, se necessitam de ajuda. Todacriatura em desgraa tem o mes-mo direito a ser protegida. - SoFrancisco de Assis

    No h diferenas fundamen-tais entre o homem e os animaisnas suas faculdades mentais...osanimais, como os homens, demons-tram sentir prazer, dor, felicidade esofrimento. - Charles Darwin

    Eu sou a favor dos direitosanimais bem como dos direitoshumanos. Essa e a proposta de umser humano integral. - AbrahamLincoln (Presidente Americano)

    Ces amam seus amigos emordem seus inimigos, bem dife-rente das pessoas, que so incapa-zes de sentir amor puro e tm sem-pre que misturar amor e dio emsuas relaes. - Sigmund Freud

    Em meu pensamento, a vidade um cordeiro no menos im-portante que a vida de um serhumano. - Mahatma Gandhi (Es-tadista e filosofo)

    A grandeza de uma naopode ser julgada pelo modo queseus animais so tratados. - Mahat-ma Gandhi

    Os animais dividem conoscoo privilgio de terem uma alma. -Pythagoras

    Falai aos animais, em lugar delhes bater. - Tolstoi

    O Senhor bom para todos,e as suas misericrdias esto sobretodas as suas criaturas. - Salmos145:9

    O justo olha pela vida dos seusanimais. - Provrbios 12:10

    Quem mata um boi comoo que tira a vida a um homem. -Isaas 66:3

    Primeiro foi necessrio civilizaro homem em relao ao prpriohomem. Agora necessrio civilizaro homem em relao a natureza eaos animais. - Victor Hugo

    Sinto pena de mulheres quecontinuam comprando casacos depele, pois nelas faltam dois dos maisimportantes requisitos para umamulher: corao e sensibilidade. -Jayne Meadows (Atriz)

    Costumo perguntar s pesso-as por que elas tm cabeas deveados na parede. Elas sempre di-zem que porque um belo ani-mal. Bom, eu acho minha memuito bonita, mas apenas tenhofotografias dela. - Ellen DeGene-res (atriz)

    O animal selvagem e cruel no aquele que est atrs das grades. o que est na frente delas. -Axel Munthe

    O Homem o nico animalque consegue estabelecer umarelao amigvel com as vtimasque ele pretende comer. - SamuelButler (Novelista Ingls: 1835-1902)

    Jamais creia que os animaissofrem menos do que os huma-nos. A dor a mesma para eles epara ns. Talvez pior, pois eles nopodem ajudar a si mesmos. - Dr.Louis J. Camuti

    No podemos ver a belezaessencial de um animal enjaulado,apenas a sombra de sua belezaperdida. - Julia Allen Field (1937)

    Entre 135 criminosos, inclu-indo ladres e estupradores, 118admitiram que quando eram cri-anas queimaram, enforcaram ouesfaquearam animais domsticos.- Ogonyok (1979 - Soviet anti-cru-elty magazine)

    Matar um animal para fazer umcasaco um pecado. Ns no te-mos esse direito. Uma mulher re-almente tem classe quando rejeitaque um animal seja morto para sercolocado sobre os seus ombros. Sassim ela ser verdadeiramentebela. - Doris Day

    Eu no como carne porquevi carneiros e porcos sendo mor-tos. Eu vi e senti a dor desses ani-mais. Eles sentem a aproximaoda morte. Eu no pude suportar acena. Chorei como uma criana.

    Corri para o topo da colina e malconseguia respirar...senti-mesufocado...senti a morte do carnei-ro. - Vaslav Nijinsky (Bailarino ecoregrafo)

    Os vapores das comidas comcarne obscurecem o esprito. Di-ficilmente pode-se ter virtude sese desfruta de comidas e festas emque haja carne. No paraso terre-no no havia vinho, nem sacrif-cio de animais e tampouco se co-mia carne. - So Baslio

    Como zeladores do planeta, nossa responsabilidade lidar comtodas as espcies com carinho, amore compaixo. As crueldades que osanimais sofrem pelas mos dos ho-mens est alm do nossa compre-enso. Por favor, ajude a parar comesta loucura. - Richard Gere

    A compaixo pelos animaisest intimamente ligada a bonda-de de carter, e pode ser segura-mente afirmado que quem cru-el com os animais no pode serum bom homem. - Arthur Scho-penhauer

    Os animais existem por suasprprias razes. Eles no foramfeitos para humanos, assim comonegros no foram feitos para bran-cos ou mulheres para os homens.- Alice Walker

    Veja mais frases em http://www.jornaldomeioambiente.c o m . b r / J M A F r a s e sFamosas.asp

    V

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    Terceiro Setor

    Por Alexandre Ciconelloe Elisa Rodrigues

    uitos grupos e movi-mentos comunitriosou sociais atuam in-formalmente. Alis, tal

    funcionamento a base socialde muitas OSCs. No entanto,pode haver algumas razes paraa institucionalizao. Trata-se dereconhecer que existe, alm dasvontades individuais, uma von-tade coletiva. Trata-se, tambm,de reconhecer e assumir os di-reitos e obrigaes dessa perso-nalidade coletiva perante seusintegrantes, colaboradores, bene-ficirios, o Estado e a sociedadeem geral.

    A motivao de constituiruma OSC parte, portanto, deuma coletividade que j atua oudeseja atuar na promoo deuma causa, com o objetivo decontribuir para a construo deum mundo mais justo, solidrioe sustentvel. Assim, ao consti-tuir juridicamente a OSC, a mis-so deve expressar por que a or-ganizao existe, com clareza ecoerncia, e os fundadores de-vem ter compromisso com a cau-sa e conscincia do propsito deseus esforos.

    Alm disso, preciso consi-derar bem a proposta de atua-o, procurando torn-la vivele sustentvel. Vale lembrar que onascimento de uma OSC ape-nas um dos primeiros passos desua trajetria; desafio maior suaexistncia ao longo do tempo:exige dedicao, responsabilida-de e profissionalismo.

    Do ponto de vista formal, aexistncia legal das pessoas jur-dicas s comea com o registrode seus atos constitutivos. Aconstituio jurdica de uma or-ganizao da sociedade civil semfins lucrativos condio im-prescindvel para que possa le-galmente agir em seu prprionome (por exemplo, movimen-tar recursos, contratar pessoas,promover aes civis pblicasetc.)

    Como constituir uma asso-ciao sem fins lucrativos

    Uma associao civil umapessoa jurdica de direito priva-do. O novo cdigo civil, em vi-gor desde 11 de janeiro de 2002,define associaes como a unio

    Por que e Como Constituir Uma OSC(Organizao da Sociedade Civil)

    de pessoas que se organizempara fins no econmicos. AConstituio Federal de 1988consagra a liberdade de associa-o para fins lcitos, vedando ainterferncia estatal em seu fun-cionamento. O Cdigo Civil e aLei de Registros Pblicos fixamalguns procedimentos e requisi-tos bsicos para a criao de umaassociao civil.

    Primeiramente, o grupo inte-ressado em constituir a associa-o e outras pessoas afinadas coma causa deve convocar, atravs decarta, telefonema, mensagens ele-trnicas, jornais, etc., uma reu-nio na qual dever ser debatidaa necessidade ou no de consti-tuir uma pessoa jurdica, sua mis-so, objetivos, etc.

    Uma associao civil cons-tituda por meio de uma assem-blia geral de constituio. Umaassemblia nada mais do queuma reunio de pessoas para umdeterminado fim. Nesse caso, afinalidade da assemblia cons-tituir uma associao.

    Os participantes da Assem-blia de constituio sero osmembros fundadores da associa-o, e caber a eles o seguinte:aprovao das caractersticas daorganizao (denominao, mis-so, objetivos, endereo da sede,durao, administrao e outros);aprovao do Estatuto Social(documento que registra essascaractersticas e regula o seu fun-cionamento); e

    eleio dos primeiros dirigen-tes, sejam provisrios ou defini-tivos (isto , as pessoas que seroresponsveis pela direo da as-sociao).

    O Estatuto Social eas caractersticas da

    associaoO Estatuto Social o docu-

    mento que registra as caracters-ticas e o conjunto de regras deuma associao civil sem fins lu-crativos. muito importante pre-parar uma proposta de texto paradiscusso prvia entre os funda-dores, para assegurar que o Esta-tuto Social seja coerente com opropsito, as caractersticas e aforma de atuao da OSC a sercriada.

    Realizao e Ata daAssemblia Geral de

    ConstituioDepois de discutir o propsi-

    to, as caractersticas e a forma deadministrao da associao, osfundadores esto prontos para re-alizar a Assemblia Geral de Cons-tituio. Normalmente, a Assem-blia convocada previamente,com pauta, data, horrio e localdefinidos.

    A primeira etapa da Assemblia a assinatura da lista de presenapor todos os participantes. Em se-guida, dever ser composta a mesade trabalho: os presentes elegemo Presidente da Assemblia paraconduzir a reunio, e o Presiden-te, por sua vez, escolhe o Secre-trio da Assemblia, que elaboraa ata.

    Composta a mesa, o Presiden-te comea por ler a pauta previs-ta para a Assemblia, e ento dincio deliberao (discusso evotao) de cada item. O Estatu-to Social e as caractersticas da as-sociao. As caractersticas apro-vadas constaro, assim, do Estatu-to Social, que ser aprovado emseqncia.

    Aprovados o Estatuto Socialcom as caractersticas da organi-zao, a Assemblia passa elei-o (em carter provisrio ou de-finitivo) dos primeiros dirigentes,nos termos da estrutura de admi-nistrao aprovada. Cada um dosdirigentes eleitos dever tomarposse de seu cargo mediante as-sinatura do respectivo termo deposse, no qual constar sua quali-ficao completa e que poderser parte integrante da ata.

    Por fim, encerram-se os traba-lhos da Assemblia Geral deConstituio com a lavratura e as-sinatura da ata pelo Presidente epelo Secretrio da Assemblia,pelos dirigentes eleitos e por to-dos os presentes. Alm disso, obrigatrio o visto de um advo-gado na ata e no estatuto, sem oqual a organizao no poder sersubmetida a registro em cartrio.

    Registro em cartrioO registro da pessoa jurdica

    em cartrio equiparvel ao re-gistro de uma pessoa fsica ao nas-

    cer: preciso tornar pblica suaexistncia. As organizaes priva-das no-lucrativas so registradasno Cartrio de Registros Civis dePessoas Jurdicas.

    Vale a pena procurar com an-tecedncia o Registro Civil dePessoas Jurdicas competente, paraapurar quais so os requisitos es-pecficos de registro (por exem-plo: quantidade de vias, assinatu-ras obrigatrias, espcies de do-cumentos a serem apresentados,necessidade de reconhecimentode firmas etc.).

    Segundo a Lei de RegistrosPblicos, preciso apresentar (nomnimo):

    a) 2 (duas) vias do estatuto so-cial vistadas pelo advogado;

    b) 2(duas) vias da ata da assem-blia geral de constituio vista-das pelo advogado, com eleiodos dirigentes e termos de posse;e

    c) o requerimento de registroassinado pelo representante legalda organizao.

    Com o registro concludo, aorganizao j pessoa jurdicalegalmente existente.

    Demais registrosA partir da constituio for-

    mal (registro em cartrio), a or-ganizao deve efetuar os demaisregistros necessrios ao seu fun-cionamento. Para a regularizaode tais registros suplementares(fiscal, trabalhista e local), im-portante procurar um(a)contador(a), que tambm ser res-ponsvel pela contabilidade daOSC e demais obrigaes cont-beis (como entrega de documen-tos e prestao de informaestributrias e trabalhistas) aps a suaconstituio.

    Do ponto de vista fiscal, a re-gularizao da organizao junto Secretaria da Receita Federalpermite o seu registro no CNPJ/MF (Cadastro Nacional das Pes-soas Jurdicas do Ministrio daFazenda), o que possibilita a aber-tura de conta bancria e a movi-mentao financeira por parte daassociao.

    Quanto regularizao traba-lhista, a organizao, mesmo queno tenha empregados, deve apre-sentar documentos e informaes

    M

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  • 2006 - JUNHO - EDIO 001 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - 21

    Terceiro Setor

    anuais (RAIS Relao Anual deInformaes Sociais e GFIP Guia do Fundo de Garantia e In-formaes Previdncia). Almdisso, se quiser contratar empre-gados, dever (entre outras coi-sas) registrar-se no INSS Insti-tuto Nacional da Seguridade So-cial.

    O espao fsico a ser utilizadocomo sede da associao tambmprecisa ser regularizado perante aPrefeitura.

    Alm dos registros obrigatri-os, h tambm os registros facul-tativos, vinculados a certos ttulose qualificaes concedidos pelopoder pblico como por exem-plo: (i) o registro no CNAS Conselho Nacional de Assistn-cia Social; (ii) a obteno das de-claraes de Utilidade Pblica(em mbito federal, estadual e mu-nicipal); (iii) a obteno do CE-BAS Certificado de EntidadeBeneficente de Assistncia Soci-

    al; e (iv) a qualificao comoOSCIP Organizao da Socie-dade Civil de Interesse Pblico.

    Note-se: nenhum desses ttu-los e registros modifica a formajurdica da OSC, que continuara ser uma associao civil ou umafundao. De qualquer modo, aconcesso de um ttulo ou regis-tro normalmente exige que o Es-tatuto Social contenha algumasdisposies especficas, que po-dem variar de caso para caso.

    Autores: Alexandre Ciconello advogado da ABONG Asso-ciao Brasileira de OrganizaesNo-Governamentais; e ElisaRodrigues Alves Larroud ad-vogada e Superintendente doInstituto Idia Social, captadora derecursos do Plis Instituto deEstudos, Formao e Assessoriaem Polticas Sociais, Diretora Se-cretria da ABCR AssociaoBrasileira de Captadores de Re-cursos.

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  • 22 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - EDIO 001 - JUNHO - 2006

    Florestas

    Alguns Motivos Para Voc PlantarNo Uma, mas Vrias rvores, eAjudar a Natureza!

    Uma rvore adulta pode ab-sorver do solo at 250 litros degua por dia. Imagine como elaspoderiam ajudar para no ocor-rerem tantas enchentes, das quaismatam e deixam muitas pessoassem casas! Junto com toda essagua absorvida, muitos nutrien-tes de matrias orgnicas (comoas fezes dos animais) so absorvi-dos pelas razes e transformadosatravs da fotossntese, em ali-mento para a toda a planta. Porsua vez, folhas, frutos, madeira erazes serviro de alimento paradiversos seres vivos. Os animais porsua vez, iro defecar o que co-meram, e as folhas e frutos queno serviram de alimento caemno solo.

    Folhas, frutos e fezes de voltaao solo, e todo o ciclo recomea.

    A camada de folhas que seformam a baixo das rvores, ser-vem de bero para as sementes, epara proteger o solo dos pingosda chuva. Cada pingo de chuvaque cai diretamente no solo, causaeroso. A eroso do solo pode serprejudicial em vrios casos:

    Em rios: A eroso leva terra eareia para o leito (fundo) do rio,fazendo com que o rio fiquemais raso, com menor capacidadede guardar gua, causando a faltade gua nos meses de pouca chu-va, alm da morte dos peixes.

    Para o Solo: A eroso levaembora as sementes que poderi-am germinar e recompor a vege-tao natural. Ou seja, solo des-protegido tende a continuar des-protegido.

    Para os animais: A erosopode levar embora ninhos deanimais que os fazem no cho, etampar os de diversos outros ani-mais, matando os filhotes que es-to dentro. Alm do mais, semvegetao e frutos para aliment-los, eles vo embora ou morremde fome.

    Para os lenis freticos: Ossolos sem vegetao, por no te-rem razes e minhocas para dei-xa-lo fofo, no tem uma boa ab-soro de gua. Alm do mais,como no h barreiras para a gua,ela vai embora rapidamente, nodando tempo para a gua da chuvapenetrar no solo. Com isso os len-is freticos secam, acabandoassim com muitos rios e conse-

    qentemente com nossa guapotvel.

    A copa das rvores tambmprotege o solo da chuva direta,sem contar que suas razes segu-ram firmemente o solo. As razesde rvores que esto nas beira derios, aparecem as vezes dentro dorio, parecendo clios. Essas razesalm evitarem a eroso, servem decasa para muitos animais. Por causadestes clios, a mata prxima aosrios conhecida pelo nome deMata Ciliar.

    Uma rvore pode transpirar porsuas folhas, at 60 litros de guapor dia. Este vapor se mistura comas partculas de poluio do ar, equando se acumulam em nuvens,caem em forma de chuva. Por-tanto, as rvores ajudam tambmna retirada de poluentes do ar!Alm do mais, este vapor ajuda aequilibrar o clima da regio. Isso facilmente percebido em par-ques e floretas que tem seu climamais fresco.

    Outro ponto que podemosnotar at mesmo em parques nomeio de grandes cidades, o si-lncio! As rvores formam umaparede que impede a propagaodos rudos. Cercas vivas esto sen-do muito utilizadas hoje em diapara criar ambientes mais silenci-osos e aconchegantes (alm de

    bonitos).Se ainda assim, voc ainda no

    se convenceu de que deve plan-tar rvores espere para saber mais...

    Sombra: ah que delcia umaboa sombra ! No ? Bem, selevarmos em conta a devastaoe a no preocupao do reflores-tamento, pode se preparar para sairde casa de guarda sol, pois a pre-viso de que em 2030 nossasmatas vo acabar !

    Madeira: Se voc no temnada de madeira na sua casa podeenviar seu nome para colocarmosno livro dos recordes. O merca-do madereiro um dos que maiscresce no Brasil. Muitas empresasso clandestinas, e pouca gentese preocupou em saber se a ma-deira que est comprando au-torizada ou no. Se voc usa ma-deira, por que no ajudar plan-tando ?

    Papel: No sei se voc sabe,mas no h no mundo pas quetenha um substituto para o papelvindo da madeira de rvores, sen-do produzido em larga escala !Preocupante ? Ento imaginequantas rvores voc j usou e vaiusar s com papel !

    Oxignio: Voc respira ? Bem,pode no conseguir mais daquialguns anos. A poluio geradapelas grande cidades esto dese-

    quilibrando a quantidade de oxi-gnio no mundo ! E uma novi-dade: Estudiosos afirmam que flo-restas muito antigas, que j atin-giram seu equilbrio, produzem amesma quantidade de gs carb-nico (liberado a noite) que a deoxignio. E que florestas jovens,para poder crescer, liberam mui-to mais oxignio do que gs car-bnico. Isso significa que plantaruma rvore produzir oxignio !

    Frutas: Quem no gosta deuma boa fruta ? Mas no penseque elas so produzidas em labo-ratrio. Elas chegam sua mesa,pois rvores s produziram. E sevoc fizer as contas deve ter gas-to com frutas o bastante para termais de 100 ps de cada fruta quevoc gosta. Mesmo porque o gas-to em se ter uma rvore quasezero.

    Fauna: Que delcia ouvir ocanto dos pssaros logo de ma-nh ! Pois ento ! Plante uma r-vore perto de sua casa e oua oresultado! Se voc estiver em zonarural, ou prximo alguma flo-resta, ainda poder receber a visi-ta de diversos animais da faunabrasileira.

    Fonte: http://www.arvoresbras i l .com.br/?pg=arvore_porque_plantar

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  • 2006 - JUNHO - EDIO 001 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - 23

    Da terra para os filhos da terra a humanidade parte de umvasto universo em evoluo. Asforas da natureza fazem da exis-tncia uma aventura exigente eincerta, mas o universo provi-denciou as condies essenciaispara a evoluo da vida. Por isso imperativo que ns, os povosdas Amricas e dos demais con-tinentes, declaremos nossa res-ponsabilidade uns para com osoutros e com as futuras geraes.

    Este documento, intitulado deCarta Verde das Amricas 2006,extrado do VI Encontro Verdedas Amricas, tem como objeti-vo defender o argumento de que,caso no sejam tomadas firmesdecises polticas, a populaopobre do hemisfrio ser empur-rada cada vez mais, rumo dis-criminao e excluso social.

    Desde a sua criao, a Terrasempre esteve em constantesmudanas, em ciclos de milha-res de anos de aquecimento e gla-ciao causados por fenmenosnaturais. Dos cumes das monta-nhas s mega cidades, das flores-tas tropicais, s pequenas ilhasocenicas, chegam notcias dosefeitos da poluio, desastres na-turais e perda da diversidade bi-olgica.

    O modelo atual de produoe consumo est avanando so-bre os estoques naturais da Ter-ra, no s de forma insustent-vel ambientalmente, mas tambmde forma injusta, gerando mi-sria, fome e comprometendo asgeraes presentes e futuras. Almdisso, o crescimento sem prece-dentes da populao humanatem sobrecarregado os sistemasecolgico e social.

    No entanto, Governos e soci-edades precisam urgentementepriorizar suas aes, de formaambientalmente sustentvel e so-cialmente justa, que garantam emcondies de igualdade, a exis-tncia e a perpetuao da huma-nidade e dos demais seres do pla-neta. Reconhecendo o direito desobrevivncia de todas as esp-cies, assim como o direito detodos os habitantes do planeta auma melhor qualidade de vida.

    Carta

    Carta Verde dasAmricas 2006

    Por outro lado, o surgimentode uma cidadania ambiental pla-netria est abrindo novos ca-minhos para construir um mun-do melhor, mais justo e humano.Nossos desafios ambientais, eco-nmicos, polticos e sociais, es-to interligados, e juntos pode-mos buscar solues concretas einovadoras para os problemas queafligem a humanidade.

    O enfrentamento dos proble-mas ambientais, locais ou glo-bais, nunca ser o resultado deuma pessoa, organizao ou na-o, por mais poderosa que seja,mas requer o esforo de todos,desde a mais simples, a maior emais poderosa organizao doPlaneta.

    Que o nosso tempo seja lem-brado pelo despertar de um novodia, de uma nova era face vida,pelo compromisso firme de al-canar a sustentabilidade, pelaintensificao da luta pela justi-a e pela paz.

    O efeito estufa, conseqnciada emisso de gases poluentes,como, o CO2 (gs carbnico),CFC (cloro,flor e carbono),CH4 (metano) e N2O (xidonitroso) causadores da elevaoda temperatura do planeta fazsurgir mudanas climticas comotemporais e enchentes. Alm dequeda na produo de alimen-tos e destruio e perda de vidashumanas.

    Assim, a Organizao do VIEncontro Verde das Amricas(Conferncia das Amricas parao Meio Ambiente e Desenvol-vimento Sustentvel), realizadonos dia 30, 31 de maio e 1 dejunho 2006, em Braslia, Brasil,decidiu emitir este documento,reiterando e reafirmando osprincpios que nortearam estefrum, para que seja enviado sautoridades competentes, doBrasil, das Amricas e dos de-mais continentes, bem como, aorganismos e conferncias inter-nacionais, com as seguintes re-comendaes:

    I - O homem deve se consci-entizar que uma mudana depostura do ser humano se faznecessria a todos que habitam

    a terra, pois a terra no perten-ce ao homem, o homem quepertence a terra e tudo que agri-de a terra e seus ciclos bioqu-micos e climticos, agride a to-dos da terra.

    Governos e instituies pre-cisam priorizar suas pesquisas emrelao energia solar, diminu-indo assim o uso de energias fs-seis e poluentes, causadoras doefeito estufa. O sol brilha inten-samente em grande parte do pla-neta, basta o homem olhar parao infinito e ver o brilho do sol,para enxergar um futuro de pro-gresso e desenvolvimento, comenergia limpa, sustentvel e ines-gotvel.

    Bastam apenas 35 minutospara o sol fornecer energia nasuperfcie da terra capaz de abas-tecer o consumo mundial anualde energia. Sem saber, j esta-mos usufruindo desta energia:sem ela nosso planeta seria ex-tremamente frio, no haveriafotossntese, plantas, animais,nem seres humanos.

    A energia solar uma alter-nativa energeticamente limpa, osol nos fornece luz em profuso,principalmente nos pases tropi-cais. O potencial desta fonte 14 mil vezes maior do que oconsumo mundial de energia emum ano. Apenas 15% da rea dodeserto do Saara seriam neces-srios para atender ao consumoenergtico do planeta.

    II - Todos os seres tm direito gua, fonte de vida. Entre-tanto, apesar da imensa malhafluvial que ainda existe no pla-neta, 1/5 da populao domundo no tm acesso guapotvel, 1,1 bilho de pessoasainda no tm acesso adequa-do gua e 40% no tm con-dies sanitrias bsicas. Do-enas relacionadas com a mqualidade da gua, matam porano 3,1 milhes de pessoas.90% dessas mortes so de cri-anas com menos de cinco anosde idade. Aproximadamente1,6 milho de vidas poderiamser salvas, anualmente, com ofornecimento de gua potvel,saneamento bsico e higiene.

    Segundo dados das Naes Uni-das.

    VII - As mudanas ambien-tais globais, causadas pelo ho-mem atravs da poluio, des-pontam como um dos maioresdesafios que a humanidade en-frenta neste incio de sculo. Osimpactos diretos ao equilbriodos ciclos bioqumicos globais eclimticos afetam o meio ambi-ente, a vida e a sociedade comoum todo.

    Que governos e sociedadespossam se conscientizar e tomaratitudes que diminuam os con-trastes sociais, a fome, a misriae as injustias sociais, colaboran-do assim para a diminuio daviolncia, da marginalidade, doterror e da guerra urbana.

    Assim sendo, apelamos aosgovernos que no faam algoque possa destruir o amanh eno dei