revista do guará nº16

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A guaraense Vera Lúcia: elo entre governo e população através da Ouvidoria do GDF Setembro de 2013 - n o 16 - Distribuição Gratuita Horta Comunitária alimenta creches Tales superou um linfoma e Guilherme curou-se de um meduloblastoma com a ajuda da instituição e da família

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Setembro de 2013

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Page 1: Revista do Guará nº16

A guaraense Vera Lúcia:elo entre governo e população através da Ouvidoria do GDF

Setembro de 2013 - no 16 - Distribuição Gratuita

Horta Comunitária

alimenta creches

Tales superou um linfoma e Guilherme curou-se de um

meduloblastoma com a ajuda da instituição e da família

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Revista do Guará4 setembro de 2013

Por uma cidade mais integrada e consciente

Foi um prazer grande, além de receber o Jornal do Guará, ago-ra a Revista reeditada.

O tempo já é o seu grande aliado em reconhece-lo como grande e a disposição de jornalista/publicitário em oferecer notícias que chegam da cidade do Guará e Área Administrativa.

Parabéns mais uma vez pela reedição da revista. Com um abra-ço fraterno deste seu companheiro,Alcides José M. de Carvalho (Cidinho)R.C. Brasília Setor de Indústria

Estamos de parabéns, você e nós moradores do Guará, pelo excelente trabalho apresentado pela revista diagramação, fotos, conteúdo. Falo com orgulho por estar morando há 7 anos nesta cidade, e pelos meus 41, anos de profissão como gráfico. Deus te ilumine, te dê forças para continuar nesta luta. Jorge Paulo de FrançaEmpresário Gráfico

Parabéns pela qualidade das matérias e do visual apresentados em sua Revista. Josmar Santos Oliveira

Sonhar e buscar o infinito das possibilidades sempre foi sua ca-racterística, e como profissional de comunicação, você sabe que a informação não acontece só pelo que se escreve, e sim pelo que o outro entende.

O Jornal do Guará tem 30 anos de jornada com excelentes ser-viços prestados à sociedade guaraense e brasiliense, pelos quais todos nós agradecemos.

O relançamento da Revista do Guará veio enriquecer a todos pelo conteúdo e pela qualidade.

Você e equipe estão de parabéns, e o Guará deve se orgulhar ainda mais.

FraternalmenteProfª Maria da Guia

Fiquei muito satisfeito ao folhear a Revista do Guará. Acom-panho o jornal desde que me mudei com minha família para a cidade, em julho de 94. Vim tranferido do Rio de Janeiro e encon-trei aqui um bom lugar para criar os filhos e netos. Vejo agora como o Guará é diferente do restante de Brasília, sua população é combativa e não se cala quando precisa defender a cidade. As reportagens do jornal e da revista são instrumentos importantes para informar a população e dar argumentos contra quem quer desfigurar a cidade. Parabéns pela coragem.Antero Maldonado Júnior

PALAVRA FRANCA

Desde que nos propusemos a reeditar a Re-vista do Guará temos trabalhado com foco no objetivo inicial: divulgar as pessoas,

lugares e ideias que fazem do Guará o que ele é. Acreditamos que uma população ciente dos seus problemas e de suas qualidades pode trabalhar muito melhor em prol dela mesma. Fazemos isso semanalmente no Jornal do Guará, inin-terruptamente nas últimas três décadas. Agora, queríamos um produto que pudesse ser a versão mais leve do JG, que mostrasse o estilo de vida, as coisas que dão certo e as pessoas que lutam pela cidade. Uma publicação que pudesse reunir o lado bom da nossa história.

Pela recepção no número anterior da Revista do Guará e pela quantidade de pessoas que nos pro-curaram felizes com o conteúdo, percebemos que estamos seguindo o caminho planejado. Nas re-des sociais, no nosso site, por correio eletrônico e por telefone, recebemos as opiniões dos leitores, boa parte elogiosos. Não apenas à Revista, mas principalmente à cidade. Nossos leitores ficaram orgulhosos de viver em uma região administrati-va que se preocupa com ela mesma, que briga por suas demandas e defende sua história.

Estamos também orgulhosos de fazer parte des-sa história e entregar a vocês, leitores, mais um número da nossa Revista do Guará. Contamos com a sua ajuda para melhorarmos o conteúdo e aumentar nosso alcance. Você pode sugerir uma reportagem, reclamar, elogiar, criticar e divulgar nossa Revista do Guará e o Jornal do Guará pelas redes sociais ou diretamente para a redação. Os contatos estão na página ao lado.

Nesta edição mostramos o trabalho transforma-dor de algumas pessoas que contribuem signi-ficamente para a melhoria da qualidade de vida do Guará e lugares da cidade, como a Casa de Apoio da Abrace, merecedores de aplausos dos guaraenses.

Boa leitura!

Alcir de Souza

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5 setembro de 2013 Revista do Guará

Edição: Alcir Alves de Souza (DRT/DF/767/1980)

Reportagem: Rafael Souza

Endereço: EQ 31/33 Ed. Consei, salas 113/114 - Guará II

Fone: 3381.4181

Fax: 3381.1614

E-mail:[email protected]

Site: jornaldoguara.com

Facebook:facebook.com/jornaldoguara

Tiragem: 8 mil exemplares

Impressão: Gráfica Ideal

Circulação: bancas de revistas, comércio,

órgãos públicos, consultórios médicos e odontológicos, restau-rantes, portarias de edifícios comerciais, lideranças comu-nitárias e empresariais, autori-dades que moram ou interessam ao Guará, Câmara Legislativa, bancada do DF no Congresso Na-cional e na Região Administrati-va do Guará.

um produto

NESTA EDIÇÃO

8

Como a Casa de Apoio tem ajudado centenas de famílias na hora da dor

Abrace

A guaraense Vera Lúcia é a defensora da voz da população no GDF

A Ouvidora

12O artista Paulo Ataíde recria Brasília com a coleção Pensando Oscarmente

Arte para Niemeyer

29 Padre Aleixo Susin participou ativa-mente do mutirão que criou o Guará

Pioneiro

27

A última horta comunitária do gover-no fornece salada para creches

Horta Comunitária

Guará adota modalidade e leva muito mais público ao estádio que o futebol

Futebol Americano

25

16

Page 6: Revista do Guará nº16

Revista do Guará6 setembro de 2013

POUCAS&BOASAlcir de Souza

Obra EstranhaDepois de consultar diversos órgãos do GDF sobre uma

obra no Lúcio Costa em terreno que não consta nos mapas da Administração do Guará, tampouco nos mapas da Secretaria de Habitação ou no projeto da LUOS. Na ocasião a Administração não soube informar o que seria a obra, que não tem nenhuma placa de identificação, por não saber o endereço do local. Ape-nas a Caesb, que instalou um hidrômetro no lote, informou que se trata da QELC 02 LT 02. Com essa informação, a Terracap informou ao Jornal do Guará que o lote teria sido licitado em 2009. Só aí a Administração encontrou o projeto de cons-trução. Trata-se de um prédio residencial da empresa Cidade Lúcio Costa II Empreendimento Imobiliários de 2.048,09 me-tros quadrados, de quatro pavimentos mais o pilotis, aprovada em maio de 2010. O interessante é que o lote não consta em nenhum mapa e não tem sequer pista de acesso, fica no meio de uma área verde.

Imagine quantos lotes podem estar na mesma situação, licitados pela Terracap sem aparecer nos documentos urba-nísticos da cidade. E o pior é a Administração, que concede alvará de construção sem nem saber onde fica o lote.

Eleição no ConsegA eleição para presidente do Conse-

lho Comunitário de Segurança (Con-seg) do Guará deverá ser disputada por duas chapas - uma encabeçada pelo atual presidente Antonio Sena, e outra por José Gurgel, atual vice de Sena.

A eleição acontece no final de setembro

Candidatos a AdministradorA notícia de que o Ministério Públi-

co está exigindo do governo a eleição direta dos administradores regionais para cumprir a Lei Orgânica do DF, publicada pelo Jornal do Guará, des-pertou o interesse de alguns candida-tos ao cargo.

Joel Alves, ex-administrador regio-nal, João Paixão de Lima e a pastora Nenem Figueiredo, que foi candidata a distrital por duas vezes, garantem que são pre-candidatos.

Com certeza, vão aparecer muitos outros.

Cama e Café Continuam abertas as inscrições de

moradores do Guará que queiram participar do programa Cama e Café da Secretaria de Turismo. Serão selecionadas 25 residências da cidade que estarão aptas a receber turistas durante a Copa do Mundo de 2014, mediante o pagamento de diárias. Já foram inscritas 21 residências do Guará, mas elas ainda vão passar por uma triagem para que recebam a validação. Mas, se a quantidade ultrapassar as 25 inscrições, virá uma segunda etapa de seleção.

Grades de PrédiosEstá suspensa, por enquanto,

a ordem de retirada de todas as grades dos edifícios residenciais do Guará I que ocupam área pública para servir de estacionamento.

A Administração Regional, a Agência de Fiscalização (Agefis) e os síndicos de 136 condomínios afetados negociam uma solução alternativa.

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Page 7: Revista do Guará nº16

7 setembro de 2013 Revista do Guará

PrivilégioServidor do GDF vai pagar meia entrada em jogos no Estádio Mané Garrincha. Ah é? E o dinheiro da construção do

estádio saiu de onde? Dos cofres do GDF, mas é fruto de impostos pagos por toda a população. Privilégio injustificável.

DesperdícioCerca de 60 veículos, alguns

seminovos, 20 motos e dezenas de bicicletas, estão se deterio-rando no pátio da 4a. Delegacia de Polícia do Guará, por culpa da morosidade da Justiça. São veículos apreendidos pela polícia por irregularidades graves - furto, roubo ou em poder de traficantes de drogas - e somente podem ir a leilão após decisão da Justiça.

IngratidãoAntigos colegas de infância do

craque Rafinha da época das peladas de rua no terrão da QE 38 estão indignados com a ingratidão do atacante do Flamengo.

Na mídia, o craque posa de hu-milde e conta que não esquece seus companheiros do Guará. Não foi o que aconteceu na visita dele à cidade em junho. Segundo esses amigos, Rafinha visitou a mãe, que continua morando na quadra, e mais ninguém. Visitou apenas o clube Guaraense, onde despontou para o futebol.

CaminhõesComo se não bastasse a falta de

estacionamento em locais de maior movimento no Guará, os que existem estão sendo ocupados por transpor-tadores de mudanças, vendedores de veículos e corretores de imóveis, como está acontecendo em frente ao Setor de Oficinas (AE 2A), ao lado do Emival Shopping.

Lotes para cooperativasCooperativas habitacionais continuam insistindo em transformar a área des-

tinada à expansão do Guará, também conhecida como Cidade do Servidor, em “área de interesse social”. Com a medida, os cerca de 1.600 lotes - 60 já foram licitados pela Terracap - seriam destinados aos membros das cooperativas ou para os inscritos na lista limpa da Sedhab.

Polícia eficienteÉ preciso elogiar a eficiência do

corpo funcional da 4a. Delegacia de Polícia do Guará. Impresionante a rapidez na solução dos crimes, alguns aparentemente de difíceis de serem resolvidos.

Tudo o que acontece na Região do Guará é rapidamente solucionado.

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Page 8: Revista do Guará nº16

Revista do Guará8 setembro de 2013

ABRACE

Enfrentar uma doença como o temível câncer é muito dífícil, ainda mais quando não se sabe

nada sobre a enfermidade, não se tem condições de custear o tratamento ou está longe de casa e da família. Foi para ser esse braço amigo das famílias e das crianças com câncer que em 1986 um grupo de pais, cujos filhos se trata-vam de câncer no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), se uniu para ajudar os outros pais que estavam pas-sando pelas mesmas dificuldades, com o agravante de serem carentes e não terem como se sustentarem em Bra-sília durante o tratamento dos filhos. Desanimados, muitos desses pais perdiam a esperança de combater a doença e abandonavam o tratamento de seus filhos e retornavam para casa.

Nascia a Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadora de Câncer e Hemopatias (Abrace), com a missão de dar todo tipo de apoio às famílias e crianças atingidas por todas as formas de cân-cer. Criar um local para hospedar pes-soas de outros estados passou então a ser a prioridade da instituição. Nessa época, cerca de 40% dos pacientes que começavam o tratamento encer-ravam antes da sua conclusão por não terem condições de bancar viagens. Com isso, a mortalidade das crianças e jovens com câncer era elevado.

Cinco anos depois, a Abrace realizou

o sonho de ter a sua Casa de Apoio, instalada na antiga residência oficial dos administradores re-gionais do Guará, doado pelo Governo do Distrito Federal. Sem uso por algum tempo, a casa teve que ser quase toda reformada com a ajuda de voluntários e de doa-ções. Nesses 22 anos, a Casa de Apoio abrigou mais de 4 mil jovens e suas famílias vindos de outras regiões para tratamento em Brasília.

A partir do ano passado, a casa pas-sou a ser também a sede da Abrace, que antes funcionava em dois andares de um prédio no Setor Comercial Sul. A logística, o conforto e a proximida-de com os pacientes e suas famílias melhoraram muito com a mudança da parte administrativa para o Guará, avalia a presidente da Abrace, Ilda Peliz.

ManutençãoAlém do sofrimento pela doença dos

filhos, os pais quem vem de longe so-frem com a saudade de casa. Quem mora nas imediações do DF pode voltar para casa com mais frequência, mas para quem mora mora em regiões distantes a ausência do lar pode durar meses. Na maioria dos casos, a mãe fica em Brasília acompanhando o tra-tamento do filho e o pai fica em casa

cuidando do restante da família. Para ocupar essas mães e fazer com

elas sintam menos a saudade de casa é importante a participação dos cerca de 150 voluntários em várias atividades

Cerca de 70 desses voluntários atuam no Hospital da Criança, construido com doações e mantido pelo Governo do Distrito Federal. Sonho antigo da presidente Ilda Peliz, o hospital foi finalmente concluido e entregue no ano passado, e desde então atendeu cerca de 435 mil crianças encaminha-das pelos hospitais, após triagem para identificação da patologia. A maior parte dos recursos veio da promoção MCFeliz, em que toda toda a renda do sanduiche da rede MCDonald´s num determinado sábado de agosto é todo revertido para a Abrace. Este ano, o evento acontece no dia 31 de agosto, quando a Abrace pretende vender 75 mil sanduiches. A outra parte dos re-cursos para a construção do hospital veio de doações conseguidas pela ex-vice-primeira dama do País Mariza Alencar (esposa do ex-presidente José de Alencar), uma espécie de madrinha

O ombro amigo da criança

com câncer

Casa da Apoio da

Page 9: Revista do Guará nº16

9 setembro de 2013 Revista do Guará

Em 1995, Ilda Peliz recebeu a notícia que sua filha, de apenas um ano e meio, tinha câncer. Sentiu-se perdida por não co-nhecer nada sobre a doença e foi encaminhada a Abrace. Mas, como a Instituição assistia apenas crianças carentes, resolveu usar os recursos que tinha e tratar sua filha em São Paulo. O tratamento foi curto. Sua filha morreu naquele mesmo ano.

Em meio à dor de ter perdido a filha, resolveu procurar a Abrace. E faz parte da Instituição desde então. “A Abrace é mi-nha bandeira. Minha missão de vida. Fui escolhida por Deus para passar por isso, saber lidar com crianças com câncer. Hoje sei que faço a diferença”, acredita.

Uma das suas primeiras atitudes como presidente da Abrace foi excluir de vez a palavra “carente”. “Aqui ajudamos a todos que precisam. Sejam ricos ou pobres. Mas cada um na propor-ção necessária. O que as pessoas mais precisam é de informa-ção e apoio psicológico”, explica.

PrOvADA NA DOr

da Abrace.A arrecadação do MC Dia Feliz deste

ano vai ajudar na conclusão do Bloco 2 do Hospital da Criança, com mais 200 leitos e 40 vagas na UTI, e a aquisição de um moderníssimo equipamento capaz de estratificar a célula em até 10 mil vezes, permitindo diagnosticar a cura completa do câncer.

A manutenção da Casa de Apoio, que inclue também o fornecimento de me-dicamentes, passagens, cestas básicas e próteses é custeado com as doações através do serviço de telemarketing, do bazar e dos leilões de bens maiores doados, incluindo veículos.

Voluntários na casaCerca de 80 voluntários atuam na

Casa de Apoio ministrando pales-tras, cursos, atividades de recreação e lazer, reforço escolar e nos eventos. Uma dessas atividades é o passeio aos domingos, quando os pacientes e suas mães ou pais saem para passear leva-dos por famílias voluntárias. A maior

parte desse voluntariado da Casa de Apoio é de moradores do Guará. “A população do Guará é muito solidária e sempre responde aos nossos chama-dos e campanhas”, diz a presidente Ilda Peliz.

Os pacientes de câncer são assistidos por cinco anos. Depois dessa data, segundo Ilda Peliz, são considerados curados. “Mas, no caso da anemia fal-ciforme, se a criança chegar até nós com um ano, nós a acompanhamos até ela completar 18, que é a idade limite que trabalhamos. Metade dos nossos pacientes é de câncer. A outra metade é de outras doenças do san-gue”, explica.

São dois os motivos que levam a pessoa a se engajar no voluntariado de alguma institui-ção de assistência: pelo amor ou pela dor. Pelo amor, quando é sensibilizado pela causa sem ter alguém com o problema na família; e, pela dor, quando procura assistência para algum parente e depois continua a colaborar.

A gerente de voluntariado da Abrace, Márcia Caminha, não sabe quantos voluntários da ins-tiuição se engajaram pelo amor ou pela dor, mas espera que apareçam muitos mais pelo amor.

“Estamos precisando de mais voluntários, prin-cipalmente para o Hospital da Criança que será ampliado no próximo ano”, diz ela. Para ser vo-luntário não precisa ser assíduo mas estar pron-to para participar quando for chamado, seja em eventos, transporte de famílias e até na ajuda profissional.

“Estamos necessitando de dentistas, já que te-mos um consultório montado de última geração, mas faltam profissionais para atender as crian-ças e suas famílias em período integral”, pede. - conta. Outras áreas profissionais também po-derão se cadastrar

Para ser voluntário basta se cadastrar na Casa de Apoio (próxima à Administração do Guará). Se quiser participar diretamente, o voluntário pode doar 4 horas semanais no atendimento às famílias das crianças internadas.

A importânciA do voluntário

Page 10: Revista do Guará nº16

Revista do Guará10 setembro de 2013

Esquina do amarao~

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Page 11: Revista do Guará nº16

11 setembro de 2013 Revista do Guará

A história de Rita de Cássia Caetano de Oli-veira, de apenas 10 anos, teve um novo começo graças à solidariedade. Por conta de um câncer no fêmur, a menina teria que amputar a perna e a única maneira de evitar esse procedimento seria a substituição de parte do fêmur por uma prótese, que custa R$ 38 mil.

O pai de Rita é motorista e a mãe deixou o emprego de doméstica para cuidar da filha. Sem condições de custear a prótese, a Abrace promoveu então uma forte campanha de ar-recadação. O sucesso da mobilização permitiu que Rita conseguisse a prótese necessária para a cirurgia no início de junho. “Graças a Deus, ela está cada vez melhor. Sempre com um sor-riso no rosto”, conta a mãe Auricília Caetano de Oliveira.

Rita gosta de assistir desenho animado e se distrai com joguinhos de aplicativos do Fa-cebook. Só se afastou da escola por conta da cirurgia, mas demonstra ansiedade para reen-

contrar os amigos e professores, que tanto apoiam a menina. “Ela é uma princesa. Muito linda. Ficamos muito felizes de ter ajudado e vamos lutar sempre para socorrer outras crianças que se encontram na mesma situação, pois a amputação trás uma mutilação para o resto da vida”, explica Ilda Peliz .

Um final feliz para rita

Há 8 anos, Maraia Cristina Oliveira Santos, 31 anos, deixa a outra filha e o marido em Serra do Ramalho, no inte-rior da Bahia, e fica alguns meses na Casa de Apoio para acompanhar o tra-tamento do filho Guilherme, 14 anos, que acaba de receber o diagnóstico de que está curado do tipo de câncer me-duloblastoma.

- Se não fosse a Abrace, talvez ele não estivesse aqui. Não teria a menor condições de ficar aqui com ele. Talvez tivesse desistido - conta a mãe.

Curado, o sonho de Guilherme é con-tinuar os estudos e ter uma profissão. Curioso, ele quis saber do repórter “como se faz para fazer um jornal”.

Na companhia daDOR

Diagnosticado com linfoma, Tales, 9 anos, não teria a menor possibilidade de continuar o tratamento se continuasse em Ji Paraná, no interior de Rondônia. Nesses seis anos do tratamento em Brasília, a mãe Adriana Xavier, 29 anos, dividiu sua morada entre a Casa de Apoio e a original com o marido e mais dois filhos - Tales é o do meio.

- Eles me ajudam em tudo. Além dos medicamentos, dão passagens, cesta bá-sica, roupa, tudo o que precisamos. A Abrace é uma benção que ajuda a salvar as crianças mais necessitadas.

Tales conta os dias para voltar a jogar futebol com os amigos, hobby que teve de abdicar por causa da doença.

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Page 12: Revista do Guará nº16

Revista do Guará12 setembro de 2013

VERA LúCiA, A OuViDORA

Como a ouvidora geral do GDF transformou a relação do gover-no com o cidadão comum e criou um canal aberto de diálogo

Vera Lúcia é um dos raros casos em que a competência e a pre-paração encontram o cargo cer-

to. Enquanto outros órgãos do GDF tem dificuldade de gestão, a Ouvidora Geral tem conseguido tocar uma revo-lução no trato ao cidadão e no respeito à sua opinião.

A guaraense Vera Lúcia Coelho de Medeiros é jornalista especialista em ciência política, professora de Comu-nicação Organizacional, Sociologia, Ética Geral e Profissional. Tem vasta experiência em ouvidorias. Foi ouvi-

dora da Imprensa Nacional, da Casa Civil e da Secretaria de Estado de Ha-bitação antes de assumir a Ouvidoria Geral do GDF. Em parceria com a Controladoria Geral da União ajudou a reestruturar ouvidorias públicas em onze Estados, como diretora da região Centro-Oeste da Associação Nacional de Ouvidores Públicos e membro da Associação Brasileira de Ouvidores.

Reestruturar a ouvidoria do Estado para facilitar o acesso da população ao governo foi promessa de campanha do governador Agnelo. E desde a posse

do governador, Vera passou a elabo-rar o seu projeto de ouvidoria para o Distrito Federal. A primeira grande mudança proposta por Vera foi criar o cargo de Ouvidor em todos os órgãos do GDF. “Só assim, com um ouvidor em cada órgão, a participação popular poderia de efetiva. Falando com a Ou-vidoria, o cidadão tem a certeza de es-tar falando com o governo e que suas manifestações vão ser ouvidas e res-pondidas”. Hoje são 104 ouvidorias no GDF, todos sob a coordenação de Vera e agindo segundo um padrão. O siste-

Page 13: Revista do Guará nº16

13 setembro de 2013 Revista do Guará

ma integrado de ouvidoria foi impor-tado da Bahia, por determinação da ouvidora, através de um acordo de co-operação técnica. O Sistema de Ouvi-doria e Gestão Pública Tomás Antônio Gonzaga, ou simplesmente TAG, fun-ciona hoje em todas as ouvi-dorias do GDF, com servidores treinados e mo-nitorados re-gularmente. As manifestações dos cidadãos são registradas e o andamento das demandas pode ser acom-panhado até a resposta ao contribuinte, um mecanismo eficaz de cer-tificar-se que o Estado dá a importância devida a cada pedido, reclamação ou elogio. “Um bom gestor precisa conhecer os resultados de suas ações ou da falta delas. Precisa saber exatamente o que o cidadão quer, o que aprova e o que desaprova, para poder governar bem uma cidade”, aponta a ouvidora.

A busca pela eficiência do sistema é uma constante no trabalho de Vera. Tentando facilitar ainda mais o acesso do cidadão ao governo e incomoda-da com a quantidade de serviços do GDF concentrados em um só núme-ro, o 156, a Ouvidoria decidiu criar

um número tridígito específico para as manifestações dos cidadãos. As-sim, o Distrito Federal foi a primeira unidade da Federação a ter o número 162 funcionando. Além do número de telefone, as demandas podem ser re-

gistradas também no site único da ouvidoria do DF, com link em todos os outros sites do governo. O Jornal do Guará tem uti-lizado o sistema frequentemente e, informações antes difíceis de conse-guir, com projetos de obras, ende-reços de lotes e denúncias de mo-radores, têm sido repassadas com completude antes do prazo estipula-

do de vinte dias, facilitando muito o trabalho dos jornalistas.

Esse investimento na estrutura da Ouvidoria em estrutura e serviços en-contrava uma barreira na legislação precária. Não havia regulamentação legal dos procedimentos, obrigações dos órgãos em receber e repassar informações. Para preencher essa lacuna, nos últimos dois anos foram editadas leis, decretos e manuais para regulamentar o setor. De forma inédi-ta, a ouvidoria do GDF ajudou a redi-gir e o governador sancionou a lei nº 4896/2012 que normatiza a atividade de Ouvidoria em todo o DF, o decreto nº 34031 que cria a obrigatoriedade de inserção de fraseologia de comba-te à corrupção nos contratos e editais de licitações e publicou o Manuel de Ouvidoria, para os servidores do go-verno, e a Cartilha do Cidadão, desti-nada a informar sobre o acesso, tipos de manifestações e importância das Ouvidorias na relação entre Estado e sociedade. Essas realizações rende-ram a Vera Lúcia o Mérito da Ordem Pública e Social do Distrito Federal e premiações em todo o Brasil. Até mes-mo o Banco Mundial a convidou para receber uma honraria em Manchester, no Reino Unido.

O entusiasmo com que fala do seu trabalho de ouvidora é contagiante e tem rendido convites para palestras

Brasil afora. “O ouvidor é o termôme-tro do governo. É quem trabalha para garantir que as políticas públicas te-nham o resultado esperado. Somos os detentores da vontade da população e precisamos saber tratar bem essas informações para que se transformem em ações de Estado”. Vera mora no Guará há 25 anos e é mãe de dois fi-lhos. Em sua experiência de vida e de trabalho acredita que o a sensibilidade da mulher com a família e com o lugar onde mora são vitais para quem escu-ta e para quem se manifesta. “Normal-mente são as mulheres as primeiras a notar os pequenos problemas que, se evitados, podem impedir os grandes. São elas que ligam reclamando do bu-raco na rua, do poste sem lâmpada, da conta de luz, da falta de sinalização, dos problemas na escola dos filhos”.

OrigemO serviço de ouvidoria surgiu no

parlamento sueco em 1809, com o nome Ombundsman, ou repre-sentante do povo. Os parlamenta-res nórdicos elegiam uma pessoa para representar os cidadãos no parlamento, estreitando a relação entre os governantes e a popula-ção. O escolhido deveria zelar pe-los direitos individuais dentro da casa legislativa, acompanhando as ações dos demais representan-tes e articulando as demandas do público.

Nos últimos 90 dias, a Ouvidoria da Administração do Guará, uma das mais elogiadas no GDF, rece-beu mais de 280 manifestações. Quase 90% delas referentes à infra-estrutura urbana. São moradores reclamando dos buracos na pista, bocas-de-lobo entupidas, entulho espalhado na cidade, iluminação pública estragada e mato alto, além da reforma de praças, construção de quebra-molas e calçadas. Boa parte desses serviços não é exe-cutada pela Administração, mas o sistema integrado permite enviar as manifestações à Novacap, CEB, Agefis e SLU.

Segundo relatório da própria Ou-vidoria, nos últimos três meses as reclamações dos cidadãos rende-ram mais de 50 mil quilômetros quadrados de asfalto para o Guará, 49 mil metros quadrados de áreas verdes limpas, revitalização de 14 praças, construção de 1.165 metros quadrados de calçadas e 36 quebra-molas construídos.

“O ouvidor é o termômetro do

governo”

Ouvidoria no Guará

Page 14: Revista do Guará nº16

Revista do Guará14 setembro de 2013

O mundo é digital. As in-formações estão em rede. Todos temos acesso a todo

conhecimento produzido em qualquer canto do planeta. Os gadgets estão nas mãos de cada vez mais pessoas. São smartphones, tablets ecomputadores ligados uns aos outros, trocando in-formações ininterruptamente. Essa revolução começou nos últimos anos e toma força a cada dia. Mas, quais os reais benefícios do mundo interliga-do? A educação tradicional vai mudar no Brasil? Que a tecnologia será ab-sorvida pelas escolas públicas de Bra-

sília ninguém duvida, mas, pode demorar ainda muitos anos.

O jovem professor chegou em casa cansado. Dores na garganta, problemas nas cordas vocais, como milhares de educadores no Brasil. Repetiu a mesma aula para quatro turmas no mesmo dia. Dar aula de his-tória lhe dava prazer e sus-tento, mas o seu método, mesmo que muito popular entre os alunos, ainda atingia muito pouca gen-

te. Uma turma por vez. Teve uma epifania: resolveu

gravar a aula e divulgar nas re-des sociais para seus alunos. De

no máximo cinquenta alunos por aula, o professor Israel Batista pode atingir mais de mil alunos sem o desgaste fí-sico que sofria.

Aulas em vídeo são uma tendência-em todo o mundo. A maioria das ex-periências bem sucedidas nessa área

nasceu despretensiosamente. O

As famosas aulas de história do professor Israel Batista rompem os limites da sala de aula e na Internet são os vídeos educacio-nais mais assistidos em língua portuguesa.

EDuCAçãO SEm fRONtEiRAS

Page 15: Revista do Guará nº16

15 setembro de 2013 Revista do Guará

maior exponente é o professor Salman Khan, que ao dar aulas de matemática para seu sobrinho acabou com uma grande rede de seguidores e fundou a organização Khan Academy. Sua intenção é difundir o conhecimento a quem quiser aprender, de forma sim-ples e gratuita. Nesse também neste sentido o caminho as aulas digitais do professor e, agora deputado distrital, Israel batista.

“Minhas aulas são para quem precisa aprender para passar em uma prova, no vestibular, ou principalmente, para quem quer aprender”. Suas aulas são únicas. Seu estilo de informal e con-ciso agrada quem assiste. Entre o seu público estão jovens em idade escolar, adultos que precisam revisar a matéria e quem gosta de história. “A Internet proporcionou com que eu pudesse diver-sificar meu público, tenho seguidores de todos os lugares do mundo e todas as faixas etárias, inclusivo aposentados. Produzo um conteúdo interessante a quem gosta de história” explica o professor.

Israel grava suas aulas seguindo uma ordem cro-nológica. Começou com a Antiguidade Clássica, seguiu pela Idade Antiga, gravou todos os vídeos da Idade Mé-dia e da Idade Moderna. “Meu desafio pessoal nesse momento é terminar a Idade Contemporânea para começar a contar a história do Brasil”. Algumas aulas, como a sobre o Sistema Feudal, chegam a ter 56 mil visualizações em junho de 2013. São quase 800 mil vi-sualizações no total com bem mais de 3 mil seguidores cativos. Israel B atis-ta é o educador com amis acessos em língua portuguesa na internet. Adesão dos professores“Os professores ainda tem medo das

novas mídias. Medo de não consegui-rem reciclar suas aulas, perder a aten-

ção dos alunos e perder o emprego”. A afirmação preocupa. Para Israel Batis-ta, o professor munido de um giz em sala de aula compete com o mundo. “E por isso a escola ficou desinteressan-te. Não são os professores. É o mundo que mudou”. O educador defende que a maioria dos alunos já vive em um novo mundo e já está familiarizado com as linguagens digitais. Para ele, é preciso que o professor esteja mais próximo dessas linguagens para se aproximar dos alunos.

O fato é que em experiências fora do país e algumas pioneiras em escolas do DF, o trabalho do professor como colaborador no processo de aprendi-

zagem tem mudado. Antes era o úni-co detentor do conhecimento, agora o professor é um facilitador. O aluno pode aprender em casa, e tirar as suas dúvidas na escola. Uma inversão do dever de casa possibilitada pelas aulas em vídeo. Mas, essa revolução vai de-morar a chegar nas escolas públicas. “Não há uma política educacional que caminhe neste sentido. O problema não são os equipamentos, que não são caros e podem ser adquiridos fa-cilmente, o problema também não são os professores que estão preparados para dar aula e podem ser melhor preparados para a Era Digital. O pro-blema é que é preciso gerar conteúdo e promover a real inclusão digital dos

alunos”. O professor defende que os computadores devem estar integrados a uma proposta educacional. Os víde-os, jogos e outros softwares precisam estar a disposição dos educadores sistematizados e com possibilidade de utilização. Professor desde os 18 anosO brasiliense Israel sempre foi um

bom aluno. Nasceu em 1982 e mudou-se para Anápolis por causa de dificul-dades financeiras. Voltou a Brasília aos 15 decidido a trabalhar como cha-peiro em uma lanchonete da cidade . “Foi quando recebi uma ligação da diretora da minha escola em Anápo-lis. Afirmava que minha nota do PAS

tinha sido excelente e que eu deveria me es-forçar para entrar na universidade. Estudei muito e me tornei in-dependente da esco-la, muito fraca para meus objetivos. En-trei na Universidade de Brasília para o cur-so de Ciência Política, um dos mais concor-ridos”. Começou a dar aulas particulares para pagar os custos de estudar na UnB.

Tinha dificuldade de conciliar a vida de estudante com os limites impostos por conta da sua situação financeira. “Alguns colegas, na mesma situação, se juntaram e criaram a AABR (Asso-ciação dos Alunos de Baixa Renda). Invadimos a reitoria e tivemos gran-des conquistas: ônibus no campus, laboratório de informática, vagas de emprego da universidade para alu-nos cadastrados no grupo, almoço a R$ 0,50 e iluminação, por exemplo”. Depois, resolvido a ampliar a entrada de alunos de baixa renda na universi-dade pública, Israel ajudou a fundar o Pré-UnB, primneiro cursinho social da cidade. Dele, surgiram vários ou-tros.

EDuCAçãO SEm fRONtEiRAS

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Revista do Guará16 setembro de 2013

Com o futebol guaraense em bai-xa, o torcedor da cidade adotou um outro futebol ... o americano.

Sede do Tubarões do Cerrado, um dos dois clubes brasilienses masculinos da modalidade, o Guará agora também é sede do time feminino do Alligattors. E o estádio do Cave nunca viu tanto público desde a época do Botafogo DF. Enquanto o campeonato de fute-bol profissional da cidade atrai públicos que beiram ao ridículo, o esporte da bola oval está con-seguindo média de mais de 1 mil torcedores nos jogos do Tubarões e até o Alligators. Em alguns jo-gos chegam a 4 mil torcedores.

E nem todos que vão ao estádio estão interessados no futebol americano, até porque poucos é que entendem as regras. Muitos vão pela festa. Nisso, o esporte americano dá um banho no de-sorganizado futebol brasileiro. Enquanto o Capital, na primeira divisão, e o Guará, na segunda divisão do futebol brasiliense, poucos se importam em atrair torcedores, os organizadores do futebol americano fazem o contrário. Qualquer jogo é uma festa, com música, animação e muita cor, ingredientes que atrai o pú-blico jovem, indepente do que seja. E muitos acabam gostando até do fute-bol americano e retornam para torcer. A visão da arquibancada de dentro de campo é muito bonita.

Para alguns, não passa de modis-mo, como já aconteceu com o vôlei. Mas, para os profissionais envolvidos e a torcida, o futebol americano veio para ficar. Eles creditam essa tese ao interesse dos jovens, o que o futebol profissional nunca conseguiu, e à or-ganização, outro fator que tem afasta-do a torcida dos campos do “esporte bretão”.

“O torcedor que vem assistir ao fu-tebol americano fica satisfeito com a segurança e a organização dos jogos”, afirma o presidente do Tubarões do Cerrado, Bernardo Bessa. Ele tem ra-zão, tudo é perfeito. Seguranças estão espalhados por todo os lados da arqui-bancada e prestimosas moças unifor-mizadas estão a postos para qualquer informação. Um locutor acompanha todos os lances do jogo, para que nin-

guém tenha dúvidas do que está vendo, afinal, as regras do futebol americano, em princípio, são meio complicadas.

O marketing também goleia o futebol profissional. Nos jogos do Tubarões quem for com a camisa do time paga meia entrada. Resultado, a arquiban-cada fica toda colorida de azul.

Quem não estiver no estádio ainda tem a oportunidade de assistir os jogos

ao vivo, por um site especializado. Organização bem de americano, mesmo.

Torcida presenteO público médio dos jogos do

Tubarão do Cerrado no Cave é de 1.2 mil torcedores por jogo, muito superior à média do campeonato brasiliense de futebol profissional. Para efeito de comparação, nos jogos dos dois times de futebol da cidade, o Capital na primeira divisão e o Guará na segunda, não passa de 200 torcedores - o Bota-

fogo DF mudou-se para o Gama.Outro fator que eleva o interesse do

futebol americano é o nível dos seus dirigentes. Enquanto no futebol pro-fissional os dirigentes tratam os ad-versários como inimigos e disputam quem é mais “malandro”, no futebol americano eles se tratam como ami-gos e parceiros. Vide o que aconteceu com a eleição na Federação Brasilien-se de Futebol, onde duas chapas se engalfinharam pelo poder com direito

Guará adota o futEBOL AmERiCANO

Média de público é bem superior a do futebol no CAVE

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17 setembro de 2013 Revista do Guará

a baixarias por todos os lados. “Nós deixamos que os jogadores disputem em campo. Cá fora, nos preocupamos em elevar o esporte e atrair o torce-dor”, afirma a presidente do Brasília V8, Bianca Alves. “Procuramos fazer dos jogos um espetáculo, em que o torcedor se diverte o tempo todo”, completa.

O crescimento do futebol americano no Distrito Federal é creditado tam-bém pelo presidente da Liga Toch-down, André José Adler, à tendência do brasiliense em buscar outras alter-nativas, porque não é muito apegado aos times de futebol profissional de outros estados e muito menos aos locais. “É uma nova geração e mais aberta às novidades. O futebol ameri-cano está ocupando esse espaço, como também o MMA”, avalia. .

Foi a primeira vez que Priscila Costa, 16 anos, foi a um estádio e logo para ver futebol americano. “Não estou en-tendendo nada do jogo, mas o colorido e a festa da torcida é muito legal. Estou adorando!”. A amiga Amanda Ribeiro, 15 anos, concorda. “Não imaginava que fosse tão legal. A partir de agora, não perco um jogo aqui no Guará”.

Quando dois times entram em cam-po, começa a batalha para ganhar cada centímetro do território adver-sário. Cada time precisa defender o campo atrás dele e invadir o outro à sua frente. Basicamente, cada um quer ganhar terreno suficiente para que possa marcar um “touchdown” (jogada de 6 pontos em que a bola é conduzida até o solo atrás da linha do gol do adversário) ou “field goal” (lance de três pontos no qual a bola passa sobre a barra horizontal e entre os postes da trave).

O campo tem 20 zonas de 5 jardas. A área de proximidade do gol é chama-da de endzone. O local da marcação de pontos é em formato de Y, segurado por uma barra a três metros do solo. A bola utilizada é feita do mesmo tipo de couro utilizada na bola de basque-tebol.

O jogo é dividido em quatro tempos (quartos) de 15 minutos. Disputam a partida dois times com 11 jogadores

cada um, de modo que apenas um jo-gador tem a função do ataque e todos os outros jogam defendendo.

A partida se inicia quando um dos ti-mes chuta a bola em direção ao campo adversário, da linha de 35 jardas. Dez jardas devem ser percorridas antes que qualquer jogador toque na bola. Uma regra básica é a que sempre que uma equipe pontua, é ela quem dá o novo chute para reinicio da partida. Com a bola em jogo, somente o joga-dor com a bola é que pode ser derru-bado, porém aos jogadores da defesa é permitido segurar os do ataque. O contrário não é permitido: jogadores do ataque não podem segurar os da defesa.

O avanço do time em direção ao campo adversário é feito a partir de quatro chances de jogada. Quando isso é conseguido pelo time, ele ganha mais quatro oportunidades para che-gar à zona final adversária e marcar um touchdown.

As regras do futebol americano

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Revista do Guará18 setembro de 2013

PANORAMA

Cerca de 136 prédios residenciais do Guará I foram notificados para que retirem as grades que cercam os estacionamentos. A Agência de Fiscalização (Agefis) alega que o cercamento configura privatização de área pública porque não fazem parte do lote original de cada prédio.

Os moradores contestam a medida com o argumento de que a retirada das grades vai trazer muita inseguran-ça, principalmente para os veículos, porque os edifícios do Guará I não tem subsolo de estacionamento.

Moradores lutam contra retirada de grades no Guará I

Cerca de 150 moradores de diversos segmentos da cida-de participaram da 5ª Conferência Distrital das Cidades, etapa do Guará, e escolheram os representantes locais para as etapas seguintes da Conferência Regional, a partir de setembro.

Foram eleitos 13 conselheiros da Comissão Local de Planejamento, que terão a responsabilidade de coordenar o diálogo entre a população e o governo. Os participantes escolheram também os 21 delegados que representarão a cidade na 5ª Conferência Distrital das Cidades.

A conferência serviu também para definir as prioridades do Guará em termos de investimentos e de ações para os próximos anos. Temas como habitação, regularização fundiária, planejamento urbano e orçamento participati-vo forma debatidos entre os participantes, formados por grupos.

Conferência escolhe representantes do Guará

Administração Regional do Guará entregou mais um Centro de Lazer Integrado do Bem Estar, ao lado da QE 42 e do restau-rante Chalé da Traira, no Guará II.

O novo centro, a exemplo dos outros já existentes, possui campo de futebol de grama sintética, ponto de encontro comunitário, parque infantil e quadra de areia para atividades de vôlei e futvô-lei, além de ser entregue com iluminação e paisagismo.

Com o novo centro, a comunidade do Guará passa a contar com três áreas de lazer integradas: o do Guará Park, instalado próxi-mo à Colônia Agrícola Águas Claras; e o do 4º BPM. Está sendo construido um na QE 18, em frente ao conjunto R, e um outro na QE03/03.

Mais um centro de lazer

Escola FazendáriaA Secretaria de Fazenda anunciou a construção do

Centro de Formação Fazendária, onde funciona hoje a sua Agência de Atendimento ao Contribuinte. O objetivo é formar servidores públicos e outros interessados em gestão pública. O projeto conta no orçamento deste ano, como antecipou o Jornal do Guará em janeiro. A elaboração do projeto custará R$ 300 mil e a obra pode chegar a R$ 1,5 milhão, recursos do Fundo de Reapare-lhamento e Modernização Fazendária, o Fundaf.

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19 setembro de 2013 Revista do Guará

Interrompidas logo no início, as obras da Praça da Moda, no Polo de Moda, estão sendo retomadas.

A construtora que havia vencido a licitação alegou que o preço do contrato não seria suficiente para cobrir

os custos da construção. A Novacap fez outra licitação para contratação de uma nova empresa.A Praça da

Moda é uma reivindicação antiga dos empresários e estava prevista no projeto original do Polo de Moda.

Retomada da obra da Praça da Moda

Morador de rua foi queimado por jovens

A 4a. Delegacia de Polícia Civil do Guará prendeu três suspeitos de ate-ar fogo em moradores de rua na praça da QI 16 do Guará no início do mês, provocando a morte de um deles.

O crime teria sido cometido por dois menores de idade e um jovem de 18 anos, que confessaram o ter premedi-tado o ataque aos mendigos que dor-miam na praça durante a madrugada.

A conclusão é que o crime foi come-tido por vingança, porque um dos mo-radores de rua teria tentado assaltar uma garota de 15 anos no dia anterior. Ela juntou dois amigos, compraram gasolina num posto de combustíveis próximos e jogaram na fogueira que aquecia o grupo.

Os três criminosos - uma menina de 17 anos e um rapaz de 15 e o maior de idade - são moradores do Guará e de classe média.

Com 8 quilômetros de extensão, fica pronta no final do ano a ciclovia do Guará. A pista da ciclovia será de asfalto e vai da QE 08, do Guará I, passando pelas QEs 10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, até o bicicletário da Estação Guará, do metrô, e terminando no Guará II, na altura da QI 19/21.

A pista terá 2,30 m de largura e será toda sinalizada, com marcações verticais e horizontais, de acordo com as normas do Código de Trânsito Brasileiro. As placas horizontais terão bordas vermelhas e a marcação no piso será feita com linhas amarelas seccionadas e ao longo da via serão feitos desenhos de bicicleta na pista.

No trajeto em que a ciclovia encontrar as vias de trânsito, serão feitas faixas de pedestres e a previsão é que o Detran-DF prepare uma campanha educativa para orientar ciclistas, motoristas e pedestres, para que cada um respeite o di-reito do outro.

Ciclovia será entregue no final do ano

A diretoria do Sindicato do Reggae en-tregou quase uma tonelada de alimentos a seis creches carentes do Distrito Fede-ral, quatro delas no Guará. Os alimentos foram arrecadados no II Festival de Reg-gae da associação. O evento lotou o Tea-tro de Arena pela primeira vez depois da última reforma com público de mais de 4 mil pessoas. A principal atração da noite foi a banda jamaicana The Gladiator. O Sindicato do Reggae é uma associação cultural sem fins lucrativos que visa a divulgação do estilo musical jamaicano e das ideias do seu expoente maior: Bob Marley. Na foto as crianças da creche comunitária da QE 38 recebendo mais uma doação dos regueiros.

Doações regueiras

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Revista do Guará20 setembro de 2013

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21 setembro de 2013 Revista do Guará

GENTEQUEFAZ

AnTOnIO SEnA revitalizou e valorizou o Conselho Comuni-tário de Segurança do Guará (Conseg) ao promover reuniões itinerantes e discutir os proble-mas da segurança in locu, com a participação dos moradores

DIAnE GALDInOMissionária, ela consegue man-ter a creche Santo Aníbal (Polo de Moda), que atende a mais de 200 crianças carentes, sem aju-da do governo, sem telemarke-ting e apenas com doações de particulares.

OSwALDO SAEnGERtransformou o Projeção (duas unidades no Guará) numa das mais conceituadas escolas parti-culares do Distrito Federal. A Fa-culdade Projeção é muito elogia-da pela qualidade do ensino que oferece e foge do mercantilismo do ensino superior.

Marôa SantiagO superou, com muito trabalho, as resis-tências internas pelo fato de ser a primeira técnica de enferma-gem a assumir a Diretoria da Regional de Saúde do Guará, até então exercida apenas por médicos.

ADOLPhO FuICA, como am-bientalista, tem se tornado de-fensor intransigente do Parque do Guará sem se preocupar com os holofotes da mídia e sem a vaidade de “aparecer” como líder comunitário.

adeMiltOn PavãO levou o seu Capital Futebol Clube a cam-peão feminino e vice-campeão de juniores do Distrito Federal em 2013. O Capital é também o único representante do Guará na primeira divisão do futebol brasiliense.

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Revista do Guará22 setembro de 2013

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23 setembro de 2013 Revista do Guará

Na segunda quinta-feira de cada mês, apaixonados por vi-nho reúnem-se no restaurante

Dom Mano do Guará para fazer o que mais gostam: apreciar bons vinhos e discutir as sensações, sob coordena-ção do sommelier e proprietário da casa, Júlio Neves. São cerca de doze pessoas por encontro, batizado de Confraria dos Amigos do Guará. São reuniões abertas, voltadas para a in-formação e o entretenimento. Quem quiser participar, basta levar uma gar-rafa de vinho relacionada com o tema proposto para o encontro e confirmar

ENtRE AmiGOS E tAçAS

garrafas apreciadas pelos presentes. As impressões variavam quanto à presença de aromas diversos em cada taça e a textura dos vinhos. Há quem encontrasse sabores inusitados em cada garrafa, particularidades de cada vinho ou de cada consumidor.

Os presentes procuravam entender um pouco mais sobre a enologia cer-tamente, mas a preocupação principal era a busca por um ambiente social agradável. Como o casal Juliana Ra-bleo e Marcus Tomáz, eles fizeram jun-tos um curso de enologia em Brasília e passaram a frequentar eventos da área

e cultiva a própria adega. “Gostamos desses encontros para conhecermos melhor os mais variados tipos de vinho e ampliar o leque de aromas que conhecemos, ter um re-pertório maior ao ampliar a nossa memória olfativa” ex-plica Marcus.

A servidora pú-blica Bianca Dimas mudou-se recente-mente para o Guará e ouviu falar sobre a confraria em encon-tros e feiras sobre o

tema. “Finalmente encontrei um lugar agradável, com boa carta de vinhos e pessoas que entendem de vinho no Guará. Como moro aqui, passei a vir com frequência ao restauran-te” conta.

Como a preocupação da noi-te é com o vinho, a comida por escolha dos participantes, escolhendo do pró-prio cardápio do restaurante, monta-

restaurante promove encontro mensal de apreciação de vinhos

do pelo proprietário Júlio Aguiar Ne-ves que é um sommelier gastrônomo.

Apaixonado por vinhos e pela culi-nária, Júlio formou-se em gastro-nomia na Universidade Católica e nunca parou de se especializar. De família portuguesa, o gosto pela cozi-nha começou cedo. Ele é responsável pela reestruturação da cozinha do restaurante Dom Mano, que passou de uma simples pizzaria, ainda que muita elogiada e concorrida, para um dos melhores restaurantes da cidade. Seu buffet de almoço e seus pratos no jantar tem sido sensação no Guará por ser uma alternativa gourmet de preço justo e qualidade impecável. A carta de vinhos e cervejas especiais do restaurante segue a mesma linha de pensamento do cardápio: sofisticação com preço justo. Segundo Júlio, uma tentativa constante de equilibrar pre-ço e qualidade no que servem.

a presença previamente.No encontro de agosto, ao tema pro-

posto foi uma comparação entre os vinhos Primitivo, de Puglia na Itália e Zifandel, da Califórnia. Vinhos feitos da mesma uva, mas de dois terroir (ou lugares de plantação e produção) absolutamente diferentes. Foram oito

Bianca Dumas frequenta feiras e eventos sobre vinhos e encontrou perto de casa mais uma opção para compartilhar a o interesse

Os namorados Juliana Rabelo e Marcus Tomáz dividem a paixão pelo vinho e a vontade de conhecer sempre mais

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Revista do Guará24 setembro de 2013

ExEmpLO DE ORGANizAçãO COmuNitáRiA

creche tia Joana

Aos poucos as associações comu-nitárias, ou prefeituras de qua-dras, foram se distanciando da

função original: defender a sua comu-nidade. São muitos os exemplos de su-postos líderes comunitários que usam as associações para ter palanque e ten-tar uma boquinha nos anos eleitorais. Mas, a comunidade do Setor Lúcio Costa pode se orgulhar de ser uma das poucas exceções. A sua associação co-munitária, além de defender ferrenha-mente melhorias nas quadras, ainda desenvolve um dos trabalhos sociais mais importantes e bem cuidados do Guará.

A Creche Comunitária do Lúcio Cos-ta, ou da Tia Joana como preferem os moradores, abriga hoje 69 crianças em período integral. Os pequenos fa-zem as principais refeições do dia no local, e são cuidados e educados por profissionais enquanto as mães traba-lham.

Joana Oliveira é madrinha do pro-jeto e até hoje uma das suas grandes apoiadoras. A creche foi criada depois de cinco anos da criação no Lúcio Costa pela Secretaria de Assistência Social do governo Aparecido. Um ano depois, o GDF anunciou que fecharia a

creche. Os moradores se mobilizaram e a associação comunitária assumiu o projeto. Conseguiram doações, ar-rumaram o prédio e batalharam um convênio com o GDF.

Após um tempo afastada, em setem-bro do ano 2000 Joana Oliveira reas-sumiu a instituição e convenceu Edgar Garcia Lima a assumir a associação de moradores. Segundo Edgar, a tarefa foi mais árdua do que pensavam. “As-sumimos a creche e não sabíamos de todas as dívidas. Nos deparamos com uma dívida de mais de 100 mil reais. Com isso estávamos impossibilitados de receber recursos do governo. Para continuar atendendo às crianças, par-celamos tudo em dez anos e acabamos de pagar este ano”. Desde então, eles tem sido os gestores da creche e os de-fensores da quadra Lúcio Costa. Mu-daram o estatuto social da associação, hoje quem for assumir o colegiado precisa assumir também a creche e manter as contas em dia, sob pena de exclusão.

Atualmente, 52% das contas da creche são pagas pela Secretaria de Educação do Distrito Federal. Com a prestação de contas em dia, podem pagar todas as despesas fixas, como

o salário dos 18 funcionários, contas de água e energia elétrica. O restante vem de doações, principalmente nas despesas com a manutenção do prédio e a compra de novos equipamentos e materiais. Recebem donativos de programas do Governo Federal e do sistema S, como o projeto Mesa Brasil do Sesc e o Banco de Alimentos da Se-asa. A Agência de Fiscalização do GDF também ajuda ao doar os bens perecí-veis que apreende em suas operações de fiscalização. Ainda há os eventos como festas típicas e bingos montados para arrecadar dinheiro para a creche. Até 2001, o dinheiro arrecadado com as bebidas da Festa Junina do Guará organizada pela Casa da Cultura, era destinado à creche. Mas, o veículo uti-lizado para dar apoio nos eventos, car-regando material e buscando doações, está na oficina a espera de alguém que possa ajudar no conserto.

A diretoria da associação é formada por voluntários, mas a creche mantém em seu quadro profissionais contra-tados. A diretora da instituição é a pedagoga Agueda Lusia Censi que dis-põe de cozinheiras, monitoras, nutri-cionista e psicólogas para cuidar das crianças matriculadas.

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25 setembro de 2013 Revista do Guará

Criadas em 2009 como projeto de governo na maioria das ci-dades satélitesdo DF, as hortas

comunitárias foram abandonadas com o tempo. Uma exceção é a Horta Comunitária do Guará, mantida pela Administração Regional. Desde a sua criação, as verduras cultivadas são doadas a instituições filantrópicas, em especial às creches gratuitas da cida-de. Todas as segundas e quartas-feiras mais de 100 kits de hortaliças são en-tregues a cinco creches: A Santo Aní-bal, A Creche Comunitária da QE 38, a Creche da Tia Joana do Lúcio Costa, Creche Estrela Guia e a Creche Sorriso de Maria.

A horta ocupa uma área de mais de mil metros quadras, na QE 38, e sua função hoje é produzir hortaliças como alface e couve. No passado, a horta já cultivou temperos e ervas medicinais. Boa parte dos temperos continua lá, mas em pequena escala. Para a Ad-ministração do Guará, a alimentação

das crianças é prioridade. “Por meio das doações, as crianças que estão nas creches da cidade podem receber uma alimentação mais adequada e saudá-vel”, diz o administrador Carlos No-gueira. Nos próximos meses, os pro-dutos plantados serão diversificados e a horta passará a produzir em escala maior rúcula, alface, couve, cenou-ra, cebolinha, cheiro-verde, salsinha, mostarda, quiabo e abobrinha.

A própria horta produz as sementes que precisa, e quando precisa de uma produção maior recebe doação de se-mentes da Emater, Empresa de As-sistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal.

Quem cuida da horta é o técnico agrí-cola Djalma Medeiros, servidor da Ad-ministração do Guará. Segundo ele, o maior cuidado é com a qualidade dos alimentos que serão passados às crian-ças. “Nossa horta é toda orgânica, não usamos nenhum tipo de agrotóxico ou insumo artificial. A preocupação é

com quem vai consumir depois as ver-duras”. O adubo utilizado é orgânico, fornecido pelo SLU.

Adubo de compostagemO adubo é produzido pelo Serviço de

Limpeza Urbana do DF, gerado pela compostagem de matéria orgânica. Ela é recolhida dos grandes geradores de lixo orgânico, como supermercados e feiras que descartam vegetais sem condições de venda. Esses resíduos são misturados com restos de poda-de árvores triturados e revirados com trator em pátio aberto onde ficam por aproximadamente quatro meses. Nes-se tempo, o material é transformado em composto orgânico por meio da decomposição realizada pelos mi-crorganismos presentes na própria massa do resíduo. O produto gerado no processo, uma espécie de adubo semelhante ao húmus (terra vegetal), é usado para adubar a Horta Comuni-tária do Guará.

Horta comunitária alimenta crecHesMantida pela Administração, foi a única que sobreviveu

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Revista do Guará26 setembro de 2013(61) 3563-8435 8223-0282

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Um projeto de mídia interativa vai tornar a vida dos feirantes e clientes mais fácil nos próxi-

mos meses. A empresa Stark Media, em parceria com a associação de fei-rantes, vai instalar telas interativas e totens de informação em toda a Feira do Guará, além de fornecer sinal de in-ternet sem fio para celulares e tablets gratuitamente. Pela grande quantida-de de bancas e variedade de produtos, os clientes se perdem facilmente entre as bancas, principal problema a ser solucionado pelo novo sistema de in-formação.

Os totens terão a função de auxiliar os clientes a encontrar bancas e pro-dutos. Seja pelo endereço dentro da feira ou pelo produto que quer com-prar, os clientes terão informações de como chegar às bancas desejadas com precisão e tecnologia tochscreen. Através dos totens de atendimento, os clientes e feirantes poderão interagir com as redes sociais, fazendo check-in ou compartilhando fotos tiradas pelo próprio totem. Todo o sistema de lo-calização e interação estará disponível em três idiomas, por conta do grande número de estrangeiros que visitam a feira semanalmente.

As telas interativas, instaladas no alto com grande visibilidade, além de informações sobre a própria feira, ain-da exibirá imagens de câmeras estra-tegicamente posicionadas. O sistema

feir

a

digitalNovo sistema vai disponibilizar internet via wi-fi, câmeras, notí-cias e informações sobre bancas e produtos da Feira do Guará

terá cinco câmeras internas e cinco externas possibilitando aos clientes localizarem pessoas dentro da feira ou até mesmo visualizar o seu carro no estacionamento.

As telas e totens ainda exibirão no-tícias locais e nacionais. O Jornal do Guará disponibilizará todo o seu con-teúdo jornalístico nas telas interativas. Portanto, aos finais de semana, além de contar com seu jornal impresso nas bancas e comércio, nos computadores e celulares, os leitores ainda terão as informações exclusivas sobre a cidade exibidas na feira.

Inicialmente serão instaladas cinco telas de 46 polegadas e quatro totens informativos. Para lançar o novo pro-duto, quatro Ipads serão sorteados en-tre os feirantes que disponibilizarem suas informações no sistema. Os fei-rantes que aderirem à ideia contarão com a divulgação dos seus produtos no site do sistema, no aplicativo para dispositivos móveis, nas telas interati-vas e nos totens.

A Stark Media trabalha com publi-cidade no Guará há oito anos e deve implementar o mesmo sistema em ou-tras feiras do DF ainda em 2013.

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27 setembro de 2013 Revista do Guará

“Cheguei aqui no dia 7 de janeiro de 1968. Vim de Caxias, Rio Grande do Sul. O Guará era só cerrado. Com dois meses que eu estava aqui, criei uma amizade muito grande com ou-tro sacerdote, padre Artêmio, que era muito amigo do Dr. Rogério de Freitas Cunha. O Dr. Rogério teve a feliz ideia de criar o mutirão. Como o padre Ar-têmio era muito amigo do Dr. Rogério, tiveram a ideia de me colocar no muti-rão também. Eu nunca tinha trabalha-do no duro, mas tive que começar. Eu estava hospedado no Instituto Agrí-cola La Salle, que hoje é o colégio La Salle, em Águas Claras. Eu pernoitava lá e durante o dia vinha trabalhar no mutirão.

O mutirão começou no dia 17 de ou-tubro de 1967, mas a inauguração foi no dia 21 de abril de 1968 com a cele-bração da primeira Santa Missa, pelo padre Artêmio e também com minha participação. Diversas autoridades es-tiveram presentes. Trabalhei entre os simples operários, fui escalado no gru-po 36 para a construção de 12 casas. E fui escolhido como líder do grupo e tive que trabalhar pra valer. Muitos

trabalhadores vinham a minha procu-ra com satisfação de ter um sacerdote no meio deles, inclusive Dr. Rogério.

A partir do dia 23 de junho de 1968, aos domingos, eu celebrava a santa missa, na escola local. Mais ou menos 100 pessoas acompanharam a missa. Logo depois foi autorizada a realização de batizados e casamentos.

Houve muita alegria, pois as pessoas eram trabalhadoras da Prefeitura do Distrito Federal e foram beneficiadas com o terreno. Eu também nunca ima-ginava que pudesse ter uma casa aqui. Mas o bonito é que nós trabalhamos em conjunto. Reinou muita paz, cor-dialidade, colaboração, as pessoas se sentiam como verdadeiros irmãos, tra-balhando para o mesmo fim.

Um dos casos que me marcou foi quando um senhor chegou até mim e perguntou se eu era mesmo padre. Questionou-me o fato de ser padre e estar trabalhando. Pediu-me que quando sua casa estivesse pronta, que eu fosse até lá dar a benção, mas pediu que eu não me esquecesse de levar mi-nha esposa e meus filhos (risos).

Já nos primeiros meses, o encarre-

gado tinha a planta do futuro Guará, então eu já percebi que tinha quadras internas, quadras externas. Dava pra ver que ia se tornar uma grande cida-de. Nós trabalhamos pensando nessa cidade que ia se transformar.

Eu pedia aos irmãos la salistas que guardassem o resto da janta, tão pobre eu era, para comer na hora do almo-ço no mutirão. Às vezes até partilhava com outras pessoas que também ti-nham pouco. Naquela época os recur-sos eram escassos.

No dia 9 de dezembro, Dr. Rogério reuniu o pessoal, as 12 pessoas, na ocasião eu fiz um pequeno discurso agradecendo a obra do mutirão. Ele pegou meu chapéu velho de palha e fez os bilhetinhos com os 12 nomes para que fossem sorteadas as casas. Quan-do se abriram os papéis, que alegria! Uns pulavam de alegria, abraçaram as casas como se fossem a pessoa mais querida e falavam: “Padre Aleixo vou morar na sua frente, Padre Aleixo vou morar ao seu lado. Uma alegria indes-critível!” Eu fui contemplado com a casa na QE 3 conjunto H casa 04. Todo esforço valeu a pena”.

pADRE ALEixO SuSiN

pioneiros

Page 28: Revista do Guará nº16

Revista do Guará28 setembro de 2013

AtAíDEpENSANDO OSCARmENtE

Em homenagem à arquitetura modernista de niemeyer, o artista ra-dicado no Guará, Paulo Ataíde, pin-tou a coleção Pensando Oscarmente, uma reflexão política da monumenta-

lidade de Brasília.

Page 29: Revista do Guará nº16

29 setembro de 2013 Revista do Guará

Nas telas, apenas a tinta e o traço são novos.

A superfície é papelão reciclado e a moldura é feita de bambu.

O artista Paulo Ataíde sempre flertou com técnicas sustentá-veis. Da arte feira com matéria

prima colhida no errado à arquitetura ecológica, as técnicas de reaprovei-tamento de matéria prima natural estão presentes em cada criação sua. Apaixonado por Brasília e suas curvas modernistas, Ataíde decidiu por unir o cerrado ao urbano, o traço moder-nista à reciclagem de materiais. Com tinta acrílica sobre papelão, tem tra-çado a coleção Pensando Oscarmente, uma homenagem ao arquiteto Oscar Niemeyer.

A homenagem ao arquiteto se esten-deu a outras pessoas importantes na criação da capital. As telas discutem não apenas o aspecto monumental da cidade planejada, mas também seu caráter político social, como a tela Notícias do Congresso, no alto desta página. Uma homenagem à imprensa ao retratar instante em que uma famí-lia de agricultores deixa o Congresso nacional boquiaberta. A surpresa es-tampada no rosto dos personagens faz o expectador questionar o que acon-tece na casa legislativa, e a dúvida é solucionada apenas pelo trabalho da imprensa.

A primeira tela da coleção data de janeiro de 2004, é a tela Gata, na página anterior. Uma lembrança da adolescência do artista em Brasília e da admiração pela desenvoltura das mulheres daqui e uma homenagem mais específica para a cantora May-sa Matarazzo, uma representação da boemia feminina, presença constante nos discos do pai do artista.

Na página anterior, a tela “A Espe-rança é um Grilo Nacional” um jogo de palavras montado com o sentimen-

to da população ao ver a capital ser criada, como o próprio hino da cidade canta; “Brasília é ca-pital da esperança”. E no centro desta página uma homenagem aos turistas que visitam os mo-numentos da capital, surpresos com o estranhamento causado pelas obras inicialmente e eles mesmos compondo o cenário tão diverso que é a praça dos Três Poderes.

Ataíde continua a produzir a sua coleção. Tendo exposto em dezenas de lugares, mais de 300 mil pessoas já visitaram as telas do artista, que tem a meta de produzir mais de cinquenta qua-dros inéditos antes de encerrar a coleção.

Além de artista respeitado no Guará, Paulo Ataíde é um gran-de militante do movimento cul-tural da cidade. Conciliador, ten-ta sempre impor um pouco da experiência aos jovens artistas da cidade, boa parte deles sem saber o que fazer com o próprio talento.

O ateliê de Ataíde, em frente à Federação Hípica de Brasília, próximo ao Jardim Zoológico, é aberto à visitação de escolas e do público, precisando apenas de reserva prévia. As telas originais, camisetas e outros produtos da coleção Pensando Oscarmente podem ser adquiridos na loja da marca Estampa Um. A loja fica da Feira do SIA, ao lado da Feira dos Importados, no Portão 5 loja 29. Pode-se fazer contato com o artista e agendar visitas pelo e-mail [email protected].

Page 30: Revista do Guará nº16

Revista do Guará30 setembro de 2013

Novas oportuNidades

No serviço público

Entre os que almejam uma vaga no funcionalismo público, com bons salários e estabilidade, há

aqueles que procuram um emprego na sua área de formação, em órgãos específicos, e aqueles que procuram emprego em qualquer lugar. Para es-ses últimos, o salário, os benefícios e o local importam mais que a atividade a ser exercida. A preparação também tende a ser diferente. Para as vagas que precisam de formação específica ou outros pré-requisitos, os candida-tos geralmente estão focados apenas naquela prova. Mas há outra turma que prefere estudar para todas as provas disponíveis, para aumentar a chance de passar e para adquirir ex-periência nos certames.

Os dois tipos de concurseiros terão um segundo semestre agitado. Os governos federal e distrital anuncia-ram diversas seleções de profissionais para os próximos meses. O Governo do Distrito Federal anuncia concursos para a Secretaria de Educação, para a Secretaria de Saúde (para o cargo de enfermeiro), para o Metrô, para ofi-cial da Polícia Militar, para o Corpo de Bombeiros, Delegado da Polícia Civil, e um grande concurso para a Secreta-ria de Planejamento e Gestão. Aperta-

Governo do Distrito Federal anuncia um pacote de concursos para os próximos meses. Para o

professor rodrigo Francelino Alves, do grupo Impacto, nunca foi tão

importante se preparar.

do pela Lei de Responsabilidade Fiscal e cobrado pelo Tribunal de Justiça do DF, que determinou a substituição de grande parte dos comissionados por concursados, o governador Agnelo precisa contratar servidores de car-reira para Administrações Regio-nais, professores e reforçar as áreas de segurança e saúde. Os concursos para a PM, Bombeiros e Polícia Civil são os mais aguardados.

O professor especialista da Lei Or-gânica do Distrito Federal, Rodrigo Francelino Alves, orienta seus alu-nos a priorizar uma área de atuação. “O foco é importante. Mas, em regra, esses concursos possuem matérias distintas, que não permitem mistu-rar”. Rodrigo lembra que é possível reunir os próximos concursos por afinidade de conteúdo. “Se o candi-dato almeja a vaga para a polícia civil é importante se preparar em concur-sos no mínimo semelhantes, assim aconselho os concursos na área de segurança, com matérias semelhan-tes. Se o candidato tem interesse na área da saúde, o foco é Secretaria de Saúde, HUB e HFA, ou seja, o candi-dato primeiramente deve escolher a área e para manter o objetivo mais palpável”.

Pela experiência do professor, a chance dos candidatos não tem ne-cessariamente relação com a quan-tidade de inscritos ou dificuldade da prova. “Hoje já não existe concurso fácil ou difícil, a concorrência é um fator importante, mas o que define o grau de dificuldade é nível de estudo dos candidatos”. Por isso, segundo o especialista, é fundamental procurar um bom curso preparatório, ter acesso a material didá tico de qualidade e ser preparado pelos melhores professo-res. O tempo gasto com a preparação e a qualidade do aprendizado é o que aproxima o candidato da vaga.

Grupo ImpactoUnidade Guará

QI 25 lote A Ed. Real MIX Cobertura - Guará II

Telefone: 3567-8889

www.grupoimpactoweb.com.brfacebook.com/impactoconcursos

SERViçO

Page 31: Revista do Guará nº16

31 setembro de 2013 Revista do Guará

Nos últimos dias 9 e 10 de agosto, no Salão de Múltiplas Funções do Cave, foi realizada, pela Secretaria de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano (Sedhab), a 5a Conferên-cia Distrital da Cidades/Etapa Guará. O evento serviu para que a comunidade pudesse ter a oportunidade de sugerir melho-rias para a cidade. A conferência elegeu delegados para a Confe-rência Distrital e conselheiros para acompanhar os trabalhos da Administração Regional.

Os participantes da conferência elegeram como prioridade a quali-dade de vida e o crescimento mais ordenado da cidade. É importante que o poder público acabe com a farra dos quiosques, proíba a construções de arranha-céus, in-vista mais em mobilidade urbana e acessibilidade, acabe com as ocupações irregulares e preserve o Parque Ecológico Ezechias Heringer.

NATOCADOLOBOLuciano Lima

O Guará tem um dos melhores e mais importantes complexos esportivos do Distrito Federal. O Complexo Esportivo do CAVE engloba, além do Ginásio e do Estádio de Futebol, pistas de Skate, Bicicross e Motocross. É preciso readequar e revitalizar todos os espaços para que as modalidades possam receber grandes eventos nacionais e internacionais. E para que isso seja feito é essencial que sejam ouvidos os verdadeiros interessados, para que as obras tenham um correto acompanhamento técnico e evite desper-dício de dinheiro público.

Conferência das Cidades no Guará

Durante a realização da Conferência das Cidades no Guará ficou bem clara a preocupação da comunidade e dos movimentos sociais com a preservação do Parque Ecológico do Guará, que sofre com a pressão das ocupações irregulares e com a especulação imobiliária. Os guaraenses entendem a importância e a necessidade de preservar e proteger o parque. Além do fator ecológico, que preza pela preser-vação da fauna e flora, é importante lembrar que as áreas mais va-lorizadas do mundo são as que ficam próximas a parques e reservas ecológicas. O parque do Guará é sinônimo de qualidade de vida.

Parque Ecológico do Guará

Complexo Esportivo do Cave

lixão ou área de transbordo?

perguntar ofende?

Os moradores da QE 36 do Guará 2 estão incomodados com uma área

que fica bem próxima a Avenida Contorno e tem com vizinhos o Batalhão da Policia Militar e um posto de combustíveis. Segundo a Administração Regional do Guará é área de transbordo. O objetivo das áreas de transbor-do é diminuir problemas ambientais causados pelo descarte irregular de entulhos. No entanto, com a falta de cercamento e fiscalização, a área está recebendo, além dos entulhos, sacos de lixos e móveis velhos, além de fazer divisa com o Parque Ecológico Ezechias Heringer. Será que vai virar lixão?

Alguém poderia explicar o motivo do surgimento de novos empreen-dimentos em áreas entre a QE 40/Setor de Oficinas e a Colônia Agrícola Bernardo Sayão? Construções estão brotando do dia pra noite!

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Revista do Guará32 setembro de 2013

comes&bebes

Onda PetiscariaQE 28 Conj J - Guará II

3546.3336

Aberto de terça a sexta a partir das 16h e sábados e domingos a partir das 11h.

Servimos almoço de terça a quinta a partir das 11h

Veja o cardápio completo no site:www.ondapetiscaria.com.br

SERViçO

ONDApEtiSCARiA

Quem não gosta de se sentir bem recebido quando visita a casa de um amigo, ainda

mais quando esse amigo lhe oferece uma cervejinha bem gelada e deli-cioso petisco ou prato regional, pois é essa sensação que se tem quando se visita a Onda Petiscaria.

A Casa traz um cardápio variado com muitas opções de petiscos e pratos regionais, tem como carro chefe os pratos de tradições nordes-tinas como a carne de sol na chapa servida com manteiga do sertão e macaxeira cozida; o tradicional ar-rumadinho nordestino com cuscuz, charque e feijão de corda; o cabrito ao molho à moda paraibana, isso sem citar as mais de 20 opções de pe-tiscos entre carnes, frangos e peixes como a deliciosa Manjubinha.

Outra boa pedida são os churrasquinhos com quali-dade de steak-house a pre-ço de espetinhos.

São carnes especiais cui-dadosamente selecionadas como a Picanha no corte borboleta, o Bombom de Alcatra, o Cupim, o Frango com Bacon, a Cafta Bovina, a Carne de Sol, entre outros.

A Casa do EscondidinhoTradicionalíssimo prato nordesti-

no composto de um delicioso creme de mandioca, queijo e recheio de carne de charque desfiada e refoga-da na manteiga de garrafa. Exclusi-vamente na Onda, o escondidinho pode ser preparado com várias opções de recheios como cupim, frango, carne moída com purê de batata (paulista), carne seca com purê de abóbora (quibêbe) e cama-

rão, podendo ser servidas em porções grandes, meias ou individuais.

A maior parte do cardápio da Onda tem sua origem nordestina, selecio-nados após uma pesquisa feita por seu proprietário Marconi que teve a oportunidade de passar seis meses visitando os mais tradicionais bares e restaurantes da região.

Com mais de 36 anos no Guará, a his-tória da Onda se confunde com a his-tória dos moradores da cidade. Hoje a frente da casa, Marconi Amaral, conta que se diverte muito encontrando e servindo tantos amigos antigos e co-nhecendo tantos novos amigos.

Page 33: Revista do Guará nº16

33 setembro de 2013 Revista do Guará

impéRiO DO CREpEreceitas exclusivas e sabor diferenciado

Messias e Priscila: descobrindo novos sabores

Para os apreciadores de um bom crepe nada como uma novidade, porque, geralmente as casas es-

pecializadas no ramo preferem repetir as receitas do mercado. Não é o caso do Império do Crepe. Claro que algumas receitas são parecidas com outras dos concorrentes, mas a maioria dos sabo-res é exclusiva. Por exemplo: crepe de carne de costelinha desfiada ao molho barbecue (R$ 12). Ou, queijo, carne desfiada e catupiry (R$ 10). Ou, ainda, queijo, filé, poró e castanhas (R$ 14).

Para chegar a um cardápio com recei-tas exclusivas, o empresários Manoel Messias de Sousa Júnior contratou os serviços do cheff Miro de Oliveira. Com o tempo, outros sabores foram sendo aperfeiçoados, com a contribui-ção da noiva Priscila Dayany, estudan-te de Gastronomia da Iesb.

São 45 sabores de crepes, sendo 15 doce. O destaque é o crepe de queijo, chocolate, morango, raspa de limão e sorvete de creme (R$ 12,50). As ofertas mais simples variam de R$ 6,50 a R$ 7,50.

Café da manhãOutra novidade da casa é o café da

manhã, que começa a ser servido às 6h30. “Percebemos que muitos mo-radores saem de casa cedo para traba-lhar sem tomar café da manhã. Hoje, a clientela é cada vez maior”, conta Mes-sias. Além de suco, chocolate, café, as opções são variadas, com destaque para o cuscuz e a tapioca. Um bom café da manhã custa em média R$ 5. O serviço é coordenado por Mabel Re-gina

Além das receitas exclusivas, o su-cesso do crepe do Império está na qualidade dos ingredientes. Messias faz questão de ir à Ceasa selecionar os hortigranjeiros que utiliza. Outra preocupação é com a higiene da casa, principalmente cozinha e banheiros. O próximo passo será o almoço.

Para descobrir novidades, o cardápio é renovado de seis em seis meses.

O Império do Crepe foi aberto inicial-mente na QI 3 do Guará I, mas desde o ano passado está funcionando no quiosque em frente à igreja Batista Fi-ladélfia (EQ 24/26).

comes&bebes

Page 34: Revista do Guará nº16

Revista do Guará34 setembro de 2013

Muitas pessoas me perguntam se determinado curso sobre vinhos é bom. Ou onde posso fazer um curso de vinhos? Bem, segue aí a dica. A Associação Brasileira de Sommeliers de Brasília, ABS, lança regulamente em seu site (www.abs-brasilia.com.br) a agenda com seus cursos e de-gustações, não precisa ser sócio para participar dos cursos, eventos, ou

vinho do CerradoVinho do cerrado, aroma de pequi?

(risos...) Entre brincadeiras e piadas, a coisa é séria! Marcelo de Souza, médi-co, investiu na plantação de vinhedos e criou a Pirineus Vinhos e Vinhedos, em Cocalzinho de Goiás, a 110 km de Brasília. São quatro hectares de parreiras plantadas, 10 mil mudas, que resultam em dois vinhos: Intrépi-do, elaborado com 87% Syrah e 13 % Tempranillo e o Bandeiras composto por sua maioria de Barbera. Com uma produção pequena o preço médio fica na casa dos 80 reais, o vinho surpre-ende e é de boa qualidade.

vinho da CopaO vinho oficial para Copa do

Mundo de 2014, licenciado pela FIFA, foi inspirado na escalação de uma seleção de futebol, com 11 variedades de uvas diferentes. O Faces é um vinho produzido pela vinícola Gaúcha Lídio Carraro, que terá seus vinhos servidos nos eventos oficiais da FIFA e estarão identificados com o logotipo da Copa e com um selo holográfico nos rótulos.

das degustações em prática de vinhos. Sugiro para os que querem entrar nesse mundo delicioso de Baco, co-meçar pelo curso básico, que são seis encontros, uma vez por semana, onde os alunos recebem um certificado e aprendem noções básicas e introdu-tórias sobre degustação, vinificação, espumantes, serviço e harmonização vinho e comida.

falandosobreVINHO

vinho trás benefício na vida sexual da Mulher

Recente estudo publicado pela Universidade de Florença, na Itália, comprovou que mulheres que bebem uma taça de vinho por dia têm uma vida sexual mais ativa do que aquelas que não

bebem. Não se sabe ao certo o motivo dessa relação vinho e estimulo da função sexual, mas há hipótese de que os compo-

nentes químicos do vinho podem ajudar a aumentar o fluxo de sangue nas zonas erógenas do corpo.

Cursos básico sobre vinhos

vinho do MêsÓtimo custo x benefício

do produtor argentino Alfredo Rocas, dos

vinhedos Finca la Perse-verancia e Finca Santa

Herminia em San Rafael, Mendoza, recomendo

o 100% Malbec Fincas 2011, encontrado na

adega do Supermercado Dona de Casa na QE 30.

Um Malbec, justo pelo preço, com aromas de

frutas vermelhas, de ta-ninos leves e adocicados. Facilmente harmonizado

com qualquer carne vermelha.

Alfredo Roca, Fincas Malbec 2011, Mendoza

Argentina - R$ 28,90

Particularmente sou apaixonado por vinho verde. Este branco possui aromas com notas a citrinos, de boca levemente frisante e super-refrescante! Vinho leve, fácil de beber e possui apenas 9% de teor alcoólico. O ideal é bebê-lo gelado, substituindo facilmente aquela cervejinha no fim da tarde em happy hours ou no almoço. No Su-permercado Dona de Casa, ele está em promoção, porém há poucas garrafas. É um vinho que se deve ser bebido jovem, sem nenhum compromisso, a qualquer instante.

Lagosta Vinho Verde Branco, Português - R$ 29,90

verde leve

Júlio Neves

Page 35: Revista do Guará nº16

35 setembro de 2013 Revista do Guará

Recém-formado em Educação Física, Gilson Pacheco decidiu abrir uma academia própria.

Nos anos 80, o Guará ainda não tinha nenhuma academia e em uma con-versa com o então administrador da cidade, o professor Francisco Bran-des, conseguiu utilizar um espaço no Clube Vizinhança do Guará I para receber seus primeiros alunos. Com investimentos na piscina e no clube, em poucos anos a academia estava aberta todos os dias na semana e ainda atendia os jogadores do Clube de Re-gatas Guará, detentor do clube. “Nós começamos a ter resultados. Na nossa primeira participação no torneio de Brasília, ficamos em 3º lugar. Depois conquistamos o primeiro lugar. A aca-demia foi se especializando em desco-brir atletas da natação”, lembra Gilson Pacheco. Com o tempo, a academia Água Vida passou a ser conhecida como uma das melhores academias de natação do Distrito Federal.

A sede própria veio com a aquisição do terreno onde ainda hoje funciona, através de uma licitação da Terracap.

Hoje, a academia conta com uma pis-cina semiolímpica, uma piscina para hidroginástica, duas piscinas infantis, todas cobertas e aquecidas. A acade-mia conta ainda com espaços ade-quados para a prática de musculação, danças, lutas, pilates, treinamento funcional e outros.

Consagrada 18 vezes campeã em na-tação no DF, a Academia Água Vida conta com aproximadamente 1.500 alunos. O importante para os proprie-tários é que os funcionários, professo-res, frequentadores e seus familiares se sintam em casa, como se fossem uma família. 30 anos: uma grande festaPara comemorar os 30 anos, a Aca-

demia Água Vida organizou uma pro-gramação especial para seus alunos e familiares, funcionários e amigos. Fo-ram festas, atividades especiais com as crianças e com suas famílias. Além do grande show da banda RPM em junho. Negócio de FamíliaO empresário Gilson Pacheco revela

que sozinho não chegaria tão longe. “Tivemos a colaboração de muitas

pessoas, principalmente da minha es-posa Joana, que sempre foi meu braço direito, braço esquerdo, as pernas, a cabeça. Muitas vezes ela vai à frente com determinação e competência, e isso contribuiu muito para que che-gássemos aonde chegamos. Agora, contamos com a presença dos nossos filhos que estão há algum tempo tra-balhando com a academia. A Bárbara, como gerente, administra o espaço e o Iuri, na parte de marketing. Nossa in-tenção, futuramente, é sair da linha de frente e passar para os filhos”.

Academia Água Vida

Rua QE, 40, AE 6, Lote 8(em frente à QE 30) Guará llTel.: (61)

3382-3030de Segunda a Sexta-feira de 06h às 23h

Sábado de 08h às 13h

SERViçO

30 anosDA ACADEmiA áGuA ViDA

Page 36: Revista do Guará nº16

Revista do Guará36 setembro de 2013

GENTEFátima Souza

A sempre alegre e simpática Heloísa Cardoso da Silva, ao lado da mãe Lucimar e do marido Oscar Rabelo Mendes, recebeu um grupo de amigos para comemorar seu aniver-sário, no Restaurante Fausto &Manoel (QE 15). Heloísa é presidente da Associação de Senhoras de Rotarianos do Guará Águas Claras.

HelOÍSa

Acima o casal Heloísa e Oscar e as convidadas Anna Júlia e Isabella.

Eu e Alcir Souza fizemos questão de cumprimetá-la

Quem também comemorou aniversário no mesmo local e no mesmo dia foi Jucileide Cavalcante de Araújo, na foto com a mãe Antonia Cavalcante

Heloisa ao lado dos casais Fernando e Walnice Gomes e Clarindo e Yumiko Rocha

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37 setembro de 2013 Revista do Guará

AnTEnOR JúniOr, braço direito do vice-

governador Tadeu Filippelli, e sua

amada Shirlei Santos

JOrge euStáquiO de Oliveira e givanal-DO DA CunhA, sócios do Palhoça Carne de Sol, rece-bem o casal deputado Alírio Neto e Sandra

Dois casais muito simpáticos de nossa

sociedade: o admi-nistrador Carlinhos

Nogueira e sua Meire e Antonio Carlos

Freitas e sua Rose Freitas

Por falar nisso, a Feira do Guará é uma ótima opção

para quem gosta de comidas regionais, principalmente do Nordeste. Pratos como

buchada de bode, dobradinha, bobó de camarão faz a alegria

de quem deixou a terrinha e sente falta das comidas de lá.

MC Dia FelizDia 31 de agosto é dia de contribuir com a Abrace

adquirindo o sanduiche do MCDonald´s que gera renda para a conclusão do Hospital da Criança e para os projetos da instituição que assiste às famílias com crianças portadoras de câncer.

Toda a renda do programa MCDia Feliz é revertida para a Abrace, que tem sede no Guará.

Tem melhorado muito o nível dos restaurantes do

Guará. Até há uns dois anos, para comer bem era preciso

sair da cidade. Hoje, o proces-so está se invertendo, porque a cidade está se tornando um importante polo gastronômi-

co do Distrito Federal.

VAL SAnTOS e SAnDRA ELIAnA comemoram aniversário no mesmo dia

: 13 de agosto. As leoninas trabalharam juntas na Administração do Guará.

Restaurantes Comer na Feira

Bem acompanhados

Page 38: Revista do Guará nº16

Revista do Guará38 setembro de 2013

VIVERNOGUARÁRafael Souza

“Somos latinos e a pior coisa para um homem latino é ter que criar o filho de outro ho-

mem”. A célebre frase do ex-prefeito de Bogotá Antanas Mockus tenta expli-car porque parte dos seus projetos foi abandonada pelos governantes que o sucederam.

Mockus é um acadêmico. Filósofo e matemático, foi reitor da Universidade Nacional da Colômbia, onde começou sua carreira política. Com estilo nada ortodoxo, pregava a reconstrução da caótica Bogotá através da civilidade. Eleito, substituiu a política belicista e retrógrada por ações positivas, de valo-rização do espaço público. Seu legado pode ser sentido ainda nos projetos de mobilidade urbana, bibliotecas, par-ques e áreas verdes de Bogotá, além da “cultura cidadã” dos habitantes da cidade.

A afirmação de Mockus é uma consta-tação clara de que o tempo de desenvol-vimento de uma sociedade é muito mais lento que o tempo de um mandato po-lítico. Se o Estado não assegurar a con-tinuidade dos bons projetos, ficaremos presos a soluções imediatistas e obras que podem ser construídas em apenas quatro anos. E não falo aqui da perma-nência das pessoas, mas da consolida-ção de ideias que capazes de superar os mandatos..

No Distrito Federal o problema de continuidade das políticas públicas tem características próprias. Como as regiões administrativas não são muni-cípios, os seus gestores não são eleitos pela população, portanto, a nomeação do administrador depende exclusiva-mente da determinação do governador.

Este, normalmente, negocia a indica-ção dos administradores e funcionários das administrações com aliados políti-cos, em busca de sustentação para seu governo. Assim, as mudanças de gestão são muito mais frequentes e estão su-jeitas às alianças políticas do gover-nador com deputados, empresários e correligionários.

No Guará, temos bons e maus exem-plos. Os investimentos do administra-dor Carlos Nogueira na ocupação das áreas ociosas é um exemplo de sucesso. A escolha em reformar praças, calça-das, construir parquinhos e iluminar áreas ociosas foi tomada ainda na ges-tão de Joel Alves. Nesse período, Carli-nhos era o ouvidor da Administração e conheceu de perto os resultados desses investimentos. Ao assumir a Adminis-tração, no início do governo Agnelo, Carlinhos Nogueira inteligentemente multiplicou os investimentos na área e os resultados podem ser vistos em todo o Guará.

Outros projetos foram simplesmente abandonados. São boas ideais órfãs de quem as continue. Um exemplo claro é a Casa das Pedras, braço social da Administração do Guará. Tocada com coragem por Giula Cabral no último go-verno, a casa deixou de ser prioridade do dia para noite. O mesmo acontece com as instalações esportivas do Cave. Os projetos de incentivo a leitura, lan-çados sob a marca Guará: Cidade Leito-ra, ganharam espaço apenas na gaveta. Os saraus, as atividades de praça, os lançamentos de livro e até mesmo a contratação de arte-educadores, tudo foi abandonado apenas porque é difícil para outro homem latino criar esses fi-

lhos. O mais icônico é o que acontece na

Casa da Cultura. Não se consegue nem mesmo transferir as estantes da casa an-tiga para a nova para acomodar melhor os livros. Os vigilantes lotados na anti-ga Casa da Culltura continuam lá, pro-tegendo estantes vazias, enquanto não há vigilância armada na nova. Os novos equipamentos comprados ou estão nas caixas ou sendo utilizados para outros fins e os investimentos simplesmente cessaram. Ainda que haja um discurso de não utilização de recursos provenien-tes de emendas parlamentares na atual gestão, as notas de empenho emitidas nos últimos quatro meses tratam de quase 300 mil reais para pagar shows religiosos e outros eventos sem nenhum viés educacional, todos com emendas parlmentares. A biblioteca anunciada para a Horta Comunitária ainda não tem um livro e a reforma do Teatro do Guará, com orçamento e projeto pron-tos e aprovados, foi simplesmente ex-cluída da pauta. Nem se fala mais em biblioteca para o Guará e a cidade tem o menor número de delegados na história da Conferência Distrital De Cultura.

Experiências em outros lugares do mundo e experiências dentro de casa mostram que as boas ideias devem ser mantidas e as más ideias extintas com responsabilidade. Esse julgamento cabe à sociedade representada por seus governantes. Abandonar projetos por decisão político-partidária ou vaidade apenas cria esqueletos arquitetônicos e agrava as lacunas sociais. Mas, o que mais tem me impressionado é que, às vezes, as iniciativas não são continuadas simplesmente por preguiça.

OS fiLHOS DOS OutROS

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39 setembro de 2013 Revista do Guará

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Revista do Guará40 setembro de 2013