deepart nº16

92
Revista Mensal Gratuita - DeepArt - Número 16 - Novembro de 2013

Upload: deepart-magazine

Post on 17-Mar-2016

308 views

Category:

Documents


38 download

DESCRIPTION

Revista Mensal Gratuita sobre moda, lifestyle e cultura.

TRANSCRIPT

Page 1: DeepArt nº16

Revista Mensal Gratuita - DeepArt - Número 16 - Novembro de 2013

Page 2: DeepArt nº16

FICHA TÉCNICA

Direção Inês Ferreira

Tel: 966 467 [email protected]

Editor-in-chief Tiago Costa

Tel: 965 265 [email protected]

Diretora de Comunicação Maria João Simões

[email protected]

Design Gráfico e Direção CriativaInês Ferreira

[email protected]

Fotografia e Pós-ProduçãoTiago Costa

[email protected]

ColaboradoresÁgata C. Pinho - André Albuquerque -

Andrea Ebert - Charly Rodrigues - Joana Domingues - Marcos Alfares - Nervos - Pedro Barão - Pedro Carvalho - Rita Chuva - Rita Reis - Rita Trindade - Rui Zilhão - Sandra Roda - Vítor Marques

Colaborações Especiais Anita Perna - Carla Pires - Gonçalo M. Catarino - Isabel Borges - Joana Hamrol - Lena Fishman - Marta Teixeira - Pedro Nicolau - Ricardo Aço - Silvana Covas

É proibido reproduzir total ou parcialmente o conteúdo desta publicação sem a autorização

expressa por escrito do editor.

Revista Mensal Gratuita - Nº 16 - Novembro de 2013

Propriedade Inês Ferreira

Periodicidade Mensal

Contribuinte 244866430

Sede de redação Rua Manuel Henrique, nº49, r/c,

dto., 2645-056 Alcabideche

Inscrição na ERC126272

Sitewww.deepart.pt

facebook.com/deepartmagazine

Para outros assuntos:[email protected]

Fotografia - Carla Pires

Modelo - Lena Fishman @ L’Agence

Styling - Ricardo Aço

Assistentes de Styling - Pedro Nicolau e Silvana Covas

Maquilhagem e Cabelos - Anita Perna

Page 3: DeepArt nº16

Saliência

Uma saliência regra geral destaca-se daquilo que a rodeia, ou não fosse ela saliente.

Pode marcar a diferença numa peça, seja ela ves-tuário, uma cadeira, um copo, uma obra de arte, ou qualquer outra coisa.

Se pensarmos bem, as saliências fazem toda a diferença na nossa vida a vários níveis, seja numa sim-ples tarefa como acender a luz, agarrar uma garrafa de água sem que ela escorregue nas mãos ou encontrar as chaves na mala (sim, porque se não fosse graças a fitas penduradas nas chaves talvez demorasse horas nesta tarefa, ou tivesse mesmo de “despejar” a mala).Mas mais do que esta função, as saliências são aquilo que permite a visão, a quem a mesma não possui.

Poderemos então pensar como seria o nosso dia-a--dia caso não conseguissemos ver e não houvesse qualquer tipo de saliência no ambiente circundante que nos pudesse guiar na escuridão. Elas são de facto úteis a todos os níveis e muitas vezes não lhes damos o devido valor.

A saliência pode ainda ser intencional, ou própria do material que cria texturas específicas.No design a textura faz toda a diferença quando olhamos para uma peça. A sua “pele” faz muitas vezes com que a peça “salte aos olhos” de quem a contempla.

Temos como exemplo determinadas cadeiras em que as saliências as tornam significativamente mais con-fortáveis; cordas de viola que permitem que toque-mos sem ter de olhar para elas, graças ao facto de as tocarmos e pela sua ordem “pressentirmos” o som que delas advém; ou mesmo no campo da arquitetura situações em que saliências na fachada são determi-nantes para a aparência do edifício e chegam mesmo a inf luenciar a luz interior.

Mais ou menos estética, a saliência pode ser tida como uma mais valia num objeto, ou um “estorvo” quando não é premeditada e afecta a função de uma peça, mas dá certamente cariz à mesma!

Nesta edição da DeepArt irão sem dúvida pensar so-bre o tema, seja em relação aos papéis de parede da ZNAK, que irão com certeza modificar o aspeto liso e imaculado das paredes, seja em relação aos pormeno-res e saliências presentes nas peças da Décolleté.Tudo bons motivos para não perder mais uma Deep-Art e pensar este mês sobre um tema “saliente” na edição!

Como o tema deste mês é saliência, tenho aqui o meu espaço para salientar uma novidade a todos os leitores da DeepArt!A edição de dezembro terá uma grande mudança no sentido da intuitividade para quem a lê. A DeepArt deixará de ser um pdf mensal, e passará a ser uma plataforma-revista (em www.deepart.pt) onde todos os dias teremos artigos novos como forma de facilitar a leitura e também para não terem de esperar um mês entre cada edição! Podem entrar no nosso site mas só em dezembro verão as alterações no mesmo.

Desta forma poderão todos os dias “encher os olhos” com novas imagens e conteúdos para todos os gostos.

Sou adepta de mudanças e acredito que a aproxi-mação a quem nos segue é sempre o ponto principal a ter em conta nesta revista que tem cada vez mais o seu papel de destaque no meio online!

Coloco ainda esta parte a vermelho não para ofender alguém, mas porque quero garantir que a lêem e também porque para mim o vermelho está associado ao amor, que (desculpem-me a “piroseira”) é aquilo que nutro pela DeepArt mês após mês e a partir de dezembro, dia após dia!

Boa leitura!

Page 4: DeepArt nº16

novembro 2013

Goodies

006 - DESIGN - ZNAK

008 - DESIGN - João Pestana

Lifestyle

010 - FOTOGRAFIA - Ken Scheles

012 - STREET ART - Pedro

014 - ARQUITETURA - JO_STORE

020 - MÚSICA - Nervos - Ana Figueiredo

028 - MÚSICA - The Weeknd

030 - ILUSTRAÇÃO - E de repente...

040 - CARICATURA - EmCara

042 - CINEMA - Chan-Wook Park

Pride

022 - ENTREVISTA - Filipe Andrade

034 - ENTREVISTA - Décolleté

046 - ENTREVISTA - Fasm

Editorial

052 - MODA - Re-abertura de loja

062 - MODA - PINK’n’PUNK

070 - MODA - Rolling

Trends

080 - MODA - New York Fashion Week

081 - MODA - ModaLisboa EVER.NOW

082 - MODA - Trends

088 - MODA - Minimalismo

089 - MODA - Jumbo e o Mundo da Moda

Page 5: DeepArt nº16
Page 6: DeepArt nº16

Goodies 006 DESIGN

Por Rita Trindade

Sou uma pessoa que aprecia paredes brancas em casa. Dão sempre jeito, sobretudo para servirem de fundo a vári-os tipos de fotografia. De resto, adoro branco para espaços interiores. Dito isto, devem ficar a saber que me perco por tudo quanto é cor ou padrão. Gosto de cor na decoração da casa, acho que alegra um espaço e traz vida à ha-bitação e, sobretudo se a casa for toda branca, acho que a decoração deve passar sempre por ter muita. E quando

ZNAKPapéis de parede saídos directamente da nossa imaginação.

digo cor, falo de cor a sério. Não me venham com beiges e castanhos e cinzentos, que eu “entro em parafuso”. Daqui a (espero que muitos) anos, quem sabe não direi ocontrário, mas por agora sou nova e tenho energia a mais para passar a vida rodeada de neutros. Em relação aospadrões, sou muito picuinhas e difícil de agradar, mas quando gosto, torna-se uma obsessão.

Este mês, no campo do Design de Interiores e da de-coração para a casa, trago-vos um artigo sobre uma com-panhia de papéis de parede que me conquistou à primeira vista. Não sou muito virada para os papéis de parede, sem razão específica que o explique, mas a filosofia da ZNAK “desarmou-me”. Esta empresa conta com a colabo-ração de vários artistas da Letónia, Estónia e Lituânia, que contribuem com a sua visão artística para a concepção dos mais variados papéis de parede. Vou-vos falar de apenas dois e do porquê de me terem deixado a pensar se papel de parede não acabará por ser mais divertido que qualquer cor ou decoração que possamos aplicar nas paredes das nossas casas.

Já há algum tempo que esta área da decoração para a casa me tinha chamado a atenção, com empresas a criar papéis de parede onde se é suposto escrever, desenhar, pintar. O ralhar com as crianças por pegarem em lápis de cera e decidirem tornar as paredes de casa em telas gigantes poderá estar a aproximar-se do fim, com estes produtosa pedirem isso mesmo: que os usem como suporte para “obras de arte” pequenas e pessoais, onde a imaginação de cada um é o limite.

Também a ZNAK procura estimular o lado criativo dos consumidores, onde a criatividade de cada um irá ditar o resultado final da utilização dos seus papéis de parede. Confusos? Então vejam.

Como primeiro exemplo, temos o Tears Off Wallpaper, fru-to de uma colaboração entre o artista conceptual holandêsAldo Kroese e um duo de designers de Berlim chamado Studio Hausen. Inspirado na troca de pele das cobras, este papel de parede, criado em material nonwoven (ou “não

Page 7: DeepArt nº16

tecido”), apresenta um padrão de escamas picotado que cada um pode descolar a gosto. Colocam-se na parede como folhas normais, e só depois começa a parte criativa: podemos descolar as próprias escamas ou o contorno en-tre elas e criar padrões conforme quisermos. Não só fica bem em paredes lisas, como resulta na perfeição sobre pa-drões ou pinturas abstractas numa parede. Assim, a pró-pria parede, com a sua textura e cor, passa a fazer parte da decoração.

O outro exemplo de que vos quero falar tem como base a técnica dos stencils. De seu nome Mosaic, foi desenhado pelo artista letão Martins Ratniks. Este papel de parede é, na verdade, um conjunto de materiais fornecidos ao com-prador. Nele estão incluídos stencils e peças adesivas em várias cores e, mais uma vez, cabe ao utilizador criar a sua própria decoração. Com a ajuda dos stencils, colocam-se

DESIGN 007 Goodies

Esta colaboradora/autora não escreve com o novo acordo.

as peças adesivas a gosto, sendo as possibilidades de combinações praticamente infinitas.

A aposta na individualidade tem vindo a ser, desde há bastantes anos, a filosofia adoptada pelas mais variadas marcas. Quando essa aposta passa por puxar pela cria-tividade dos utilizadores finais, não há como não gostar. Somos nós a tornar os objectos que consumimos únicos e é precisamente esse nosso toque que ninguém nos pode tirar e que não terá réplica nenhuma no mundo inteiro.

ZNAK - http://www.znak-life.com Martins Ratniks - http://www.rixc.lvAldo Kroese - http://aldorado.nlStudio Hausen - http://www.studiohausen.de

Fotos: ZNAK

Page 8: DeepArt nº16

Goodies 008 DESIGN

Por Rita Chuva

Também não ajuda o ritmo de vida que temos: trabalha-mos cada vez mais horas e, à noitinha, no tempo reservado ao descanso, não conseguimos pregar olho. Ficamos na cama às voltas, a pensar em como correu o dia, no que te-mos para fazer amanhã, naquele problema que tem de ser resolvido. E no dia seguinte, voltamos ao mesmo: cansaço durante o dia e falta de sono à noite.

“Nuestros hermanos” espanhóis acertaram em cheio ao incluir a siesta na sua rotina diária, pois está mais que provado que um descanso, por curto que seja, é benéfico para a produtividade e concentração.

Mas deparamo-nos com outro problema. Como dormitar, de forma confortável e privada, no emprego? Ou no carro, no autocarro, no comboio, no avião? É certo que existem aqueles sacos de ar para colocar no pescoço, mas não conferem a mesma sensação de descanso que a boa e infalível almofada nos dá. E quem nunca sonhou em levar a almofada consigo para o trabalho?

Agora há alternativa. Não é nem almofada, nem cama, nem peça de vestuário, mas um pouco de cada um em simultâ-neo. A Ostrich Pillow é uma espécie de capacete fofinho e calmante que abriga a nossa cabeça e também as mãos, se o quisermos, permitindo uma pausa da azáfama do dia a dia em qualquer lugar, a qualquer hora.

O duo do design Kawamura-Ganjavian iniciou uma re-volução da sesta com esta criação, inicialmente para os adultos, mas rapidamente percebeu que as crianças iriam apreciar de forma totalmente diferente o “cochilo” com a sua versão infantil, a Ostrich Pillow Junior!

Somos habituados, desde tenra idade, a dormir a sesta. Uma sesta, “um cochilo, passar pelas brasas, olhar para dentro”, o que seja. Mas só quando temos idade para deixar de o fazer é que lhe damos o devido valor! Quando petizes, não queremos desperdiçar uma hora de diversão por uma boa e revigorante soneca. Mas o que não daría-mos para poder fazê-lo, todos os dias, naquela horinha complicada entre o pós-almoço e o pré-lanche. É uma hora crítica para muitos, que se vêem a braços com uma crise de olhos pesados e boca bocejante. Digo eu, que o sinto na pele.

João Pestanae a (r)evolução da sesta

Page 9: DeepArt nº16

DESIGN 009 Goodies

É certo que, ao usarmos esta almofada, parecemos algo que se assemelha a um polvo. Ou parecemos ter a cabeça presa dentro de um aquário. Mas o que custa sacrificar um pouco a estética pelo bom e velho descanso? Para alguns, nada. Para outros, muito.

Por isso, os designers, em conjunto com o Studio Banana, não pararam por aqui e lançaram, recentemente, a Ostrich Pillow Light, para os menos afoitos e para quem é mais prático e pretende uma solução menos chamativa. Além disso, a versão light desta almofada não só é mais portátil como pode ser usada como acessório! Está na hora de relaxar? É só colocar a dita à volta dos olhos, tapando a luz e amaciando onde quer que encostemos a cabeça. Hora

de acordar? Desça a almofada até ao pescoço, usando-a como uma gola quentinha e fofa!

Neste momento, Kawamura-Ganjavian e o Studio Banana estão a tentar angariar fundos no Kickstarter para ajudar a trazer a sesta portátil até nós (para mais informações e para dar uma ajudinha, http://www.kickstarter.com/pro-jects/ostrich-pillow/ostrich-pillow-light).

Sleep tight!

Fonte: www.Design-Milk.comFotos: www.OstrichPillow.com

Page 10: DeepArt nº16

Por Charly Rodrigues www.therapa.blogspot.pt

Ken SchlesThe Geometry Of Innocence

Ken Schles, é um nativo de New York com obras espa-lhadas pelo Mundo. Os seus feitos são representados em centenas de bibliotecas e exibidas em coleções de Museus em todo o Mundo, incluindo o Museu de Arte Moderna, o Museu Metropolitano de Arte, o Museu de Brooklyn, The Art Institute of Chicago, Museo d’Arte Contemporânea e LACMA. Só por esta breve introdução, já conseguem ter uma breve noção da importância e inf luência de Ken Schles na fotografia contemporânea. Neste artigo, vou focar-me essencialmente num dos seus projetos e, tendo em conta que os seus livros são consi-derados um “marco intelectual na fotografia” (Süddeutsche

Lifestyle 010 FOTOGRAFIA

Zeitung) e difíceis de adquirir, dado o seu caráter ex-clusivo, ‘The Geometry of Innocence’ ocupa um lugar muito especial na minha biblioteca. O seu primeiro livro chama-se ‘Invisible City’ e foi um sucesso lendário. Doze anos após este lançamento, Ken Schles apresentou o seu segundo livro de fotografias - The Geometry of Innocence.Aqui, nós somos empurrados numa verdadeira montanha russa visual, monocromática, em mutação permanente. Com as suas fotografias, percorremos as ruas da cidade, bares, parques infantis, viajamos em helicópteros da polí-cia, quartos hospitalares, intervenções policiais, enfim… uma sequência enorme de sucessões, a um ritmo

Foto

s: h

ttp://

ww

w.k

ensc

hles

.com

/

Page 11: DeepArt nº16

FOTOGRAFIA 011 Lifestyle

quase frenético, repletas de deleite visual, que deixa qualquer leitor fascinado e verdadeiramente inspirado, perante a captura de imagens de uma sociedade em constante mutação: através do curso de tempo, das cir-cunstâncias e não poucas vezes, da ignorância.Apesar do autor partilhar que o seu livro não tem uma história e ser apenas um conjunto de fotografias conden-sadas em conjuntos temáticos, acredito que esta decisão abre espaço à criação de imensas histórias deixadas à responsabilidade do espectador. É um livro corajoso, que nos aproxima da omnipresença das estruturas sociais, reproduzido da forma mais

sofisticada, com atenção ao design da sua apresentação, aliado ao que realmente interessa, as suas fotografias repletas de apuro técnico e estético para o agrado do mais exigente dos leitores. Se ficaram curiosos e gostariam de ampliar a vossa cultura visual relativa a este gigante da fotografia, convido-vos a visitar o seu site www.kenschles.com, onde podem ter acesso a grande parte do seu trabalho, bem como textos escritos pelo próprio sobre as suas motivações fotográfi-cas, opiniões, e parte do seu trabalho fotográfico de forma totalmente gratuita.

Page 12: DeepArt nº16

Lifestyle 012 STREET ART

Por Inês Ferreira

PedroUma questão urbana 1

Foto

s: P

edro

Ped

ro

Olho

Page 13: DeepArt nº16

STREET ART 013 Lifestyle

Desassossego

Page 14: DeepArt nº16

Por Pedro Carvalho Inception Architects Studio

Voltamos, neste mês de novembro, a publicar mais um projeto by IAS.

Desde sempre, neste ‘nosso espacinho’ na DeepArt, procuramos mostrar e evidenciar os inúmeros aspetos, ‘estágios’ e contingências, dos estudos/projetos/trabalhos que vão surgindo no atarefado dia-a-dia do gabinete. Nas várias vertentes funcionais de todo o processo arquitetóni-co, começando pela habitação, passando pelos projetos comerciais e terminando nos empresariais, revelamos um pouquinho da ‘história’ de cada um, mas também as nossas ambições, vontades, inspirações, desejos e tra-balho [muito trabalho!] na altura do seu desenvolvimento e conceção.

A ‘JO Store’ é o mais recente projeto do IAS na vertente comercial e acabou por ser o exemplo perfeito do chama-do ‘projeto relâmpago’, onde grande parte dos pormeno-

res e definições de projeto foram executados na própria obra, dados os apertadíssimos ‘timings’ de execução.

O projeto pretendia desenvolver uma área comercial des-tinada a uma óptica, pertencente a uma empresa/grupo/marca com quase 50 anos de experiência no ramo e cerca de 20 lojas espalhadas por todo o país.

Projeto deveras aliciante! Não só pelo tipo de cliente em questão, mas também pelo próprio espaço em si, uma vez que a área de loja seria parte integrante e complementar de uma outra, bem maior, embora direcionada para o pronto-a-vestir. Isto equivale a dizer que, obrigatoria-mente, teríamos duas entradas distintas no espaço, uma feita através da rua e por intermédio de uma pequena praça, e outra, feita através do interior da loja maior e rece-bendo os clientes dali provenientes.

Lifestyle 014 ARQUITETURA

JO_STOREBarcelos 2013

Foto

s: In

cep

tion

Arc

hite

cts

Stud

io

Page 15: DeepArt nº16

Partimos então para a definição do programa funcional pretendido: contactologia e receituário; óculos sol; atendi-mento personalizado; consultório de oftalmologia e zona de espera; montras…

Depois, o plano geral para a nova concept store deveria fazer uma revisão e ‘refresh’ do conceito e linha visual dos espaços da empresa/grupo/marca, tornando-a mais leve, suave, minimal, moderna, apelativa e ‘fashion’.

Porém, o objetivo principal para este projeto, foi como tornar o espaço de loja apetecível aos clientes, fazendo a integração de todas as valências programáticas necessári-as e sem que estes – face ao enquadramento espacial da mesma [entre espaços: rua e loja maior], a encarem meramente como espaço de passagem ou um corredor de transição.

Sem dúvida que, após cuidada ref lexão, achamos que o melhor seria atribuir-se e assumir-se esta mesma con-dição de ‘lugar de passagem’…

Logo, assumindo a loja como um espaço de passagem ou transição entre lugares; como área de conf luência de pes-soas que entram e que saem do espaço, acabamos quase por conferir-lhe uma condição de loja de rua ou uma loja de comércio tradicional.

A partir daí, todo o processo se simplificou. A zona de atendimento geral e personalizado dispôs-se facilmente e num dos lados; juntamente com os seus dois balcões [afe-tos a cada uma destas áreas funcionais, respetivamente], e balizada por duas grandes caixas de luz, destinadas à exposição de produtos e à publicidade para as marcas expostas e comercializadas. Do lado oposto, uma zona destinada à exposição de óculos de sol. Também aqui se optou por um painel posterior em acrílico opalino, retroilu-minado e multiformal, enfatizando a posição e destacando os vários produtos.

ARQUITETURA 015 Lifestyle

Page 16: DeepArt nº16

Procuramos voltar as principais zonas funcionais umas para as outras, aumentando e enfatizando assim as siner-gias e contacto entre quem transita, quem aprecia, quem compra, quem vende, quem está na loja…

Numa zona posterior da loja, dispõe-se a área destinada ao consultório. Limitada num dos lados pela zona de exposição de óculos de sol, tem na sua zona de entrada o maior elemento de destaque, uma vez que se trata de uma frontaria curva em vidro, que ajuda a diluir a profundi-dade e a unir espaços. E porque este espaço requer que, amiúdas vezes, haja ocultação total de luz, uma cortina ‘black-out’ de tons cinza serpenteia ao longo de toda a sua extensão, ajudando ao conforto visual e físico do espaço e aumentando-lhe o requinte.

No exterior do consultório, encontramos uma pequena zona de espera, voltada para a entrada da loja, e para a rua.

Quase que instintivamente - e porque o espaço se quer f luído – surge a opção pelas paredes e elementos com formas curvilíneas e amenamente deleitosas, confortáveis,

leves, arredondadas; convidando a percorrer, a explorar, a experimentar; num apreciável jogo de luz, formas e cor.

Outra das condições que ‘exalta’ tudo isto, é a utilização de materiais e mobiliário que remetem a uma paleta de cores suaves mas contrastantes, que pretende evocar o sentimento e a vontade da empresa/grupo/marca.

Assim, nos planos superior e inferior recorreu-se à cor CINZENTA. Primeiramente pelo contraste que permite com o áureo, alvo e imaculado plano intermédio, e depois pela evocação de estabilidade, solidez, permanência, sucesso, triunfo e qualidade da marca e dos seus produtos. No plano intermédio, surge-nos a cor BRANCA, em alto--brilho e conferindo destaque e contraste aos produtos. É sinónimo de pureza, paz interior, inocência e calma, muitas vezes pontuada por elementos e peças de exposição na cor VERDE, símbolo da marca JO, mas também de conten-tamento, de esperança e grandeza.

O resultado final traduz-se, a nosso ver, num espaço que convida a entrar, a percorrer e a permanecer.

Lifestyle 016 ARQUITETURA Fo

to: I

ncep

tion

Arc

hite

cts

Stud

io

Page 17: DeepArt nº16
Page 18: DeepArt nº16
Page 19: DeepArt nº16
Page 20: DeepArt nº16

Ana Figueiredo

Foto

: Clá

udia

And

rad

eLifestyle 020 MÚSiCA

Page 21: DeepArt nº16

Nascida em 1985, em Lisboa, Ana Figueiredo respira música. Ela compõe, ela canta, ela toca f lauta transversal. Desde 2010 que é membro da banda Homens da Luta e, em tempos, fora membro dos Muri Muri, a banda residente do programa “5 Para a Meia Noite” das terças-feiras à noite, a essa hora, ou aproximadamente, entre abril e junho de 2012. Esteve na “Eurovisão” em 2011; esteve no “Sábado Há Luta” em 2013.

Agora, já com 2013 avançado, aventura-se a solo. Assina a pauta com o seu próprio nome, com o EP “A Esperança dos Loucos”, editado em setembro de 2013. A ela (que canta, toca f lauta transversal, piano e strings), juntam-se Ivo Conceição e Alessandro Devillart (na banda) e, ainda, João Santiado e Celina da Piedade (como convidados).

E, não sendo loucura, haverá algo de Dead Can Dance, de Zeca Afonso, de Björk, de folk e músicas do Mundo, porque é isto que a inf luencia. Porque é isto que respira.

www.nervos.pt/anafigueiredo

MÚSICA 021 Lifestyle

Page 22: DeepArt nº16

Desde cedo soube que queria ser um “contador de histórias”,algo que faz hoje nos seus “comics” na Marvel. Para o futuro

deseja poder trabalhar a história e o media que quiser.

Por Inês Ferreira

Pride 022 ENTREVISTA

FILIPEANDRADE

Page 23: DeepArt nº16

FILIPEANDRADE

Páginas 4 e 5, double spread, ultimate comics xm.men

18.1 setembro 2012

Page 24: DeepArt nº16

Pride 024 ENTREVISTA

DeepArt: Como percebeste que tinhas uma “veia” de ilustrador? Filipe Andrade: A veia não é bem a de “ilustrador” mas de contador de histórias. Desde miúdo que adorava contar histórias. Ilustrá-las foi uma questão de tempo até adquirir técnica para o fazer.

DA: Tendo tu tirado a licenciatura em “Escultura” na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, o que te fez escolher este curso em vez de Pintura, que era mais próxima do desenho? FA: Na verdade não foi bem uma escolha, foi mais uma casualidade. Eu não acreditava muito no sistema de ensino artísitco em Portugal, andava desapontado e as notas que tinha no secundário só o puseram a nu. Entrei em Es-cultura porque foi o que as minhas notas permitiram. No entanto, acho que foi uma sorte lá ter ído parar. Em Pintura teria sido muito direcionado para o desenho e assim acabei por desenvolver um lado mais tridimensional que hoje está muito vincado no meu trabalho.

DA: Como começas depois a desenvolver a tua car-reira num campo profissional nesta área? FA: Sempre desenhei mas foi aos 12 que “descobri” a Banda Desenhada e sonhei que um dia o podia fazer profissionalmente. Foi desde aí que me foquei em tornar o sonho realidade. Fiz os circuitos dos concursos portu-gueses onde ganhei alguns prémios e algum dinheiro, que me permitiu ir a alguns festivais na Europa para mos-trar portfólio, em busca da minha oportunidade.

DA: Pensas ser possível em Portugal um ilustrador ser reconhecido, bem como o mérito do seu tra-balho? FA: Depende do que é ser reconhecido. O mediatismo é sempre relativo, por isso muitas vezes o reconhecimento passa ao lado. O problema continua a ser o mérito mo-netário. A ilustração continua a ser vista como bonecos que se fazem na toalha a seguir ao jantar. No fundo, o que se paga em Portugal é uma ninharia, orçamentos até quase insultuosos, muitas vezes em troca de um mediatis-mo que nunca existe. Desse ponto de vista o reconheci-mento acaba por vir quando se vinga no estrangeiro.

DA: A tua apresentação de portfólio para a Mar-vel foi caricata. Como aconteceu a mesma e como começaste a trabalhar para este “gigante dos comics”? FA: Aconteceu tudo de repente. Um amigo meu da facul-dade liga-me a dizer que leu algures que o Cb Cebulski - caçador de talentos da Marvel - ía estar nesse mesmo dia a ver portfólios. Fiz umas chamadas para tentar confimar. Era verdade. Corri até casa, agarrei no material que tinha e aí fui eu. Eu nem inglês falava e quem apresentou o meu trabalho acabou por ser a minha namorada da altura. Ele gostou do que viu mas não foi o suficiente para eu entrar nessa altura. Continuei a trabalhar e a apresentar o meu trabalho em festivais internacionais à procura do tal “sim”, que acabei por conseguir dois anos depois.

Page 25: DeepArt nº16

Página 5, captina marvel #12 janeiro 2013

Page 26: DeepArt nº16

Foto

: Cát

ia M

arq

ues/

Hon

g K

ong

013

Pride 026 ENTREVISTA

Page 27: DeepArt nº16

ENTREVISTA 027 Pride

DA: Era um sonho que tinhas? FA: Alimentava o sonho de trabalhar em BD desde os 12. A Marvel era a face visível desse mesmo sonho.

DA: De todos os trabalhos que tens desenvolvido para a mesma, quais são os mais especiais para ti? FA: Os que foram mais especiais para mim até agora foram o Jonh Carter e a última run que fiz, a Captain Marvel.

DA: Que tipo de personagem gostarias de poder criar? FA: Personagem não sei, mas histórias tenho algumas que um dia, espero eu, vejam a luz do dia. Nada a ver com super heróis no entanto.

DA: Quanto tempo em média pode demorar o de-senho de uma personagem e quais são os proces-sos pelos quais ela passa até chegar ao consumidor final? FA: Na Marvel o processo criativo divide-se por uma equipa de 4/5 pessoas. No meu caso, existe um editor que liga as pontas todas entre um escritor, um artista, o colorista e o balonista. Na Marvel todo este processo desenvolve-se muito rapidamente porque os prazos são muito muito apertados.

DA: Em que personagens/projetos estás a trabalhar neste momento? FA: Acabei de fazer o meu último livro, o número #17 Captain Marvel. Agora é tempo de descansar e alinhar os próximos projetos.

DA: O que desejas atingir ainda com a tua carreira? Quais são os desejos para o teu futuro na ilustração? FA: Ainda sou muito novo e há muito para fazer. O que mais quero é ter a liberdade e reconhecimento para no futuro contar as histórias que quero sobre que media for.

Page 28: DeepArt nº16

Por Marcos Alfares marcosalfares.tumblr.com www.facebook.com/killingelectronica

The Weeknd

Lifestyle 028 MÚSiCA Fo

to: h

ttp://

ww

w.la

stfm

.fr/m

usic

/The

+W

eekn

d/+

imag

es/8

3045

949

Este é um nome que já não passa despercebido e Abel Tesfaye quase que já não necessita de apresentações. Nascido no Canadá e de origem etíope, Tesfaye é a ima-gem e voz de The Weeknd, projecto que o viria a catapul-tar para fora do anonimato. Conhecido pelo seu falsetto, re-gisto vocal que muitas das vezes utiliza nas suas canções e que já o levou a ser comparado com Michael Jackson e, pelo seu tom quase de súplica e letras de cariz fortemente sexual, a sua música gira regularmente em torno de um ambiente fantasioso e crepuscular e de batidas lentas.

Em 2010 este jovem músico e produtor começa a apresen-tar a sua música e dar a conhecer o seu trabalho através de plataformas virtuais e em 2011 lança uma série de mixtapes que viriam a ser aclamadas pela crítica. The Weeknd voltaria em força em 2012 através da sua editora XO com o lançamento do álbum “Trilogy”, uma com-pilação de vários temas, entre eles a remasterização de canções das suas antigas mixtapes. Em 2013 lança o seu primeiro álbum de estúdio intitulado “Kiss Land”.

Page 29: DeepArt nº16

MÚSICA 029 Lifestyle

Abel Tesfaye começa a dar os primeiros passos na música a partir da ajuda e cooperação do produtor Jeremy Rose. Através da ideia de criar um projecto R&B mais obscuro, Rose apresenta e oferece a Tesfaye alguns instrumentais para este começar a trabalhar, pedindo-lhe apenas a creditação dos mesmos. Tesfaye em 2010, lança online os temas pelo nome de The Weeknd e sem os devidos crédi-tos e começam-se a criar suposições sobre quem está por detrás do projecto. Ainda desconhecida a sua verdadeira identidade, julga-se então ser um novo trabalho do rap-per Drake e é isso mesmo que acabará por culminar num maior alarido e interesse em The Weeknd. Abel Tesfaye é assim lançado para a ribalta e a sua parceria com Rose desmorona-se.

The Weeknd torna-se a revelação dentro do género. Em 2011 lança a mixtape “House of Balloons”, recebendo óptimo feedback por parte da crítica e o seu nome é ainda nomeado em “2011 Polaris Music Prize”. Ainda durante este ano, The Weeknd embarca na sua primeira grande turné pelo Canadá, colabora com Drake e lança mais duas mixtapes, “Thursday” e “Echoes of Silence”. A sua base de fãs aumenta gradualmente.

No início de 2012, parte para a sua turné pelos Estados Unidos da América e de seguida em direcção à Europa, passando inclusive por Portugal, no “Primavera Sound Festival”. Após a sua digressão pelos dois continentes, The Weeknd lança então o álbum “Trilogy”, uma compilação de canções remasterizadas e mais três canções extra, tendo neste trabalho creditado oficialmente o produtor Jeremy Rose pelos temas anteriores.

Entre várias nomeações e prémios recebidos, The Weeknd tem a oportunidade de lançar finalmente em 2013 o seu álbum de estreia produzido totalmente em estúdio “Kiss Land”, contando actualmente com os singles “Belong to the World”, “Live for” com a participação especial de Drake e “Pretty”. Já com uma produção bastante superior às suas mixtapes anteriores, a sua abordagem a nível esté-tico e lírico mantem-se, criando continuamente ambientes obscuros e repletos de tensão sexual na sua musicalidade.

http://www.theweeknd.com

Foto

: http

://w

ww

.last

fm.fr

/mus

ic/T

he+

Wee

knd

/+im

ages

/830

4592

9

Este colaborador/autor não escreve com o novo acordo.

Page 30: DeepArt nº16

https://www.facebook.com/pages/Sandra-Roda-httpdesabitarblogspotpt/199059776807875?ref=hl

by Sandra Roda

Lifestyle 030 ILUSTRAÇÃO

E DE REPENTEREGRESSA-SE A CASA...

E PARECE QUE NADA MUDOU

Page 31: DeepArt nº16

ILUSTRAÇÃO 031 Lifestyle

Page 32: DeepArt nº16
Page 33: DeepArt nº16

ILUSTRAÇÃO 033 Lifestyle

Page 34: DeepArt nº16

Foi o Design que juntou Margarida Gonçalves e Ana Venturahá quase duas décadas, mas tal como afirmam, foi a bijuteria

que as uniu. Na Décolleté criam peças para vários gostos, mas com uma especial atenção aos “decotes”.

DÉCOLLETÉPor Inês Ferreira

Pride 034 ENTREVISTA

Page 35: DeepArt nº16

DÉCOLLETÉ

Foto: Luís Mileu

Page 36: DeepArt nº16

Pride 036 ENTREVISTA

DeepArt: Como nasceu a Décolleté?Décolleté: A Décolleté nasceu em março deste ano. Ape-sar de ter sido o Design que juntou Ana Ventura e Mar-garida Gonçalves há quase 2 décadas, foi a bijuteria que as uniu. Os projetos de bijuteria de Margarida Gonçalves - Be With Me e de Ana Ventura - Chic&Kitch nasceram há alguns anos, e de forma isolada, mas impelidos por uma mesma paixão pela moda e acessórios, decidiram reunir esforços e criar a uma nova marca, a Décolleté.A Décolleté vem marcar de forma definitiva, a parceria entre estas 2 pessoas apaixonadas pelo mundo da moda, do glamour e da sofisticação.Atualmente têm já vários projetos em comum, uma linha exclusiva de acessórios para mais de 30 museus em Por-tugal, estão presentes em várias lojas em Lisboa, nomeada-mente na Embaixada, no espaço multimarcas Temporary Brand, no Bazar da Lapa, na Lisbon Hill’s todas em Lisboa, na Ivo Maia Designers em Santa Maria da Feirae em Londres, na Portuguese Love Affair. E em breve tam-bém no Oceanário de Lisboa.

DA: Qual é o conceito da marca?D: Sofisticação e exclusividade.Décolleté tem origem no francês - decote - e é um elemen-to que ata, emoldura e adorna tal como um corpete ou um vestido. Na Décolleté as peças são exclusivas, sofisticadas e urbanas, com um look&feel de glamour.Desenvolvemos peças feitas à mão em edições exclusivas e limitadas.

DA: Em que se inspiram para a criação das vossas peças? D: A fonte de inspiração é basicamente tudo o que nos ro-deia. Uma viagem, imagens que vemos na internet, numa

revista ou livro, um vídeo, uma revista ou as coleções das grandes marcas.

DA: Porquê a “preocupação” em especial com os “decotes” e o preenchimento dos mesmos? D: Porque consideramos que o colar é a peça mais impor-tante num visual e porque está numa posição estratégica, mais visível e sexy da mulher.

DA: Um bom acessório pode transformar por com-pleto um look? D: Os acessórios devem servir como um complemento ao nosso outfit. São o que mais impacto cria num look, complementam-no e acrescentam-lhe sofisticação e gla-mour, por isso sim, podem transformá-lo completamente.

DA: Que tipo de técnicas e materiais costumam uti-lizar nas vossas criações? D: Gostamos de peles lisas e texturadas, de metais, como as correntes, do dourado e de cores metalizadas, dos brilhos do strass, das combinações de preto e branco, das f lores, mas também dos motivos tropicais, da selva, da fauna e da f lora.

DA: Do vosso ponto de vista, as marcas portuguesas estão cada vez a atrair mais pessoas, ou continua a haver muito a mentalidade de procurar peças que tenham origem em outros países?D: As nossas marcas estão sem dúvida a vivenciar uma epóca de grande paixão e orgulho pelos portugueses, a mentalidade está de facto a mudar e a virar-se para o que é nosso. Contudo, as grandes marcas internacionais vão continuar a preencher o nosso imaginário e muitas vezes como objetos de desejo e até de “status”.

Page 37: DeepArt nº16

Gonçalo F. Santos

Page 38: DeepArt nº16

Pride 038 ENTREVISTA

Page 39: DeepArt nº16

DA: Uma das “áreas” em que também apostam é a criação de peças exclusivas à medida de cada pes-soa. Sentem que há uma lacuna no campo da per-sonalização de objetos?D: Sim, há uma enorme lacuna. A maioria das peças que estão à venda são standardizadas e sem espaço para personalização. Pretendemos desenvolver peças à me-dida, com as diretrizes das clientes, mas a peça tem de ser nossa para não desvirtuar o conceito da marca. Porque nem todos os decotes são iguais, mas as ocasiões podem ser especiais, a Décolleté criou a “unique mésure” com o objetivo de fazer um colar, clutch ou outro acessório à medida de cada personalidade ou evento.

DA: Para comprarem acessórios da Décolleté onde se deverão dirigir as pessoas?D: Podem fazê-lo através da nossa página do Facebook em:https://www.facebook.com/mydecollete?ref=hl

E ainda:Temporary Brand, na Embaixada (Príncipe Real);Lisbon Hill’s (Av. Visconde Valbom);Bazar da Lapa (R. Da Bela Vista à Lapa);Pois Selection - lovable gifts from Portugal (Príncipe Real);IvoMaia Designers (Santa Maria da Feira);Em mais de 30 lojas dos museus de Portugal (Pálacio Nacional da Ajuda, Mosteiro dos Jerónimos, Museu dos Coches, Torre de Belém..); ou ir até Londres e fazer uma visita à Portuguese Love Af-fair (na Colombia Road).

DA: Quais os próximos passos e desejos para a vossa marca?D: Continuar a crescer em dimensão e em paixão. Continuar a vestir o (para)peito da personalidade de cada mulher com um cunho de exclusividade.E continuar a adornar e a reinventar muitos e muitos decotes à grande e à “francesa” .

http://www.decollete.pt/

https://www.facebook.com/mydecollete?ref=hl

ENTREVISTA 039 Pride

Page 40: DeepArt nº16

Lifestyle 040 CARICATURAS

Madonna - caricatura de Rui Zilhão

by Rui ZilhãoEmCara

Page 41: DeepArt nº16

CARICATURAS 041 Lifestyle

Max (TV) - caricatura de Rui Zilhão

Page 42: DeepArt nº16

Lifestyle 042 CINEMA

Por Pedro Barão

Chan-Wook ParkStoker“Não precisamos de ser amigos. Somos família.”India Stoker

Foto

: “Sc

ott F

ree

Prod

uctio

ns [

gb

]”

Os grandes filmes fazem-se de pequenos detalhes. Apon-tamentos singelos que ganham uma dimensão assom-brosa quando unidos num todo. Tal como as notas de um piano, que ecoam numa sala escurecida por um dia som-brio. Começam minimalistas e circulares, esbatidas pelo compasso do metrónomo que pauta os primeiros sentidos de quem as ouve. Com o acompanhamento, quebra-se a monotonia que escorre pelo papel de parede de padrões expectáveis. Sobe o tom e junta-se mais um par de mãos. Até que surge um novo andamento, intenso e orgânico como um respirar extasiado, fazendo transbordar a música para lá daquela sala que é agora pequena demais para

ser apenas um detalhe, uma mera divisão. Torna-se no coração de uma casa onde f lui uma sinfonia maior, com uma força incapaz de voltar a ser silenciada.

Assim se compõe a nova obra de Park Chan-Wook, um realizador coreano que faz a sua primeira aposta no cinema falado em inglês, sem perder, nesta transição cultural, as raízes estilizadas que deram sucesso a filmes como ‘Oldboy’, ‘Lady Vengeance’ e ‘Thirst’. Com uma fotografia soberba, uma violência gráfica notável e temas inevitavelmente controversos, Park Chan-Wook narra a história de India Stoker (Mia Wasikowska), uma rapariga

Page 43: DeepArt nº16

CINEMA 043 Lifestyle

E assim se vai criando uma tensão progressiva num thriller de combustão lenta com transições demarcada-mente poéticas que opõem a acção presente a segredos passados que vão sendo desenterrados, unindo os mais singelos detalhes num quadro muito maior que detém a chave capaz de desvendar o verdadeiro segredo por detrás da família Stoker.

Acompanhamos ainda, e sempre com esta contundência em plano de fundo, a travessia gloriosa de India para a vida adulta, que carrega consigo uma herança irrevogável de sangue e que se constrói, também ela, de pequenos detalhes: “Tal como a saia precisa do vento para esvoaçar, também eu não sou feita de coisas que são apenas mi-nhas. Uso o cinto do meu pai, amarrado à volta da blusa da minha mãe, e os sapatos que são do meu tio. Esta sou eu. Assim como uma f lor não escolhe a sua cor, não somos responsáveis por aquilo em que nos tornamos. E apenas ao apercebermo-nos disso poderemos tornar-nos livres. E tornarmo-nos adultos é tornarmo-nos livres.”

Também a música em Stoker se faz de pormenores, com uma sonoplastia capaz de nos envolver em apontamentos magnificados em reverberações, ecos enfáticos e sussur-ros apurados, que conotam a habilidade peculiar de India de ver o que os outros não vêem e de ouvir o que eles não ouvem, em justaposições que criam uma melodia única e intemporal, aliada a uma banda sonora exímia a cargo de Clint Mansell com a participação de Philip Glass.

Um conto negro e arrepiante, disfarçado num embrulho minimalista – Stoker é o ref lexo de um rio profundo e denso que corre silencioso sob uma camada fina de gelo. Uma narrativa sensorial que nos prende a uma atmosfera desconfortável, mas não menos fascinante, e que nos faz seguir sem questionar um assobio sinistro no escuro, para dentro daquela sala onde o piano vai sendo tocado a quatro mãos.

introvertida e socialmente isolada que perde o pai (Der-mont Mulroney) no dia do seu décimo oitavo aniversário. A vida como a conhecera até então encerra-se sob uma redoma de vidro que separa o seu passado rigorosamente estruturado de um futuro enigmático, marcado pela che-gada do tio Charlie (Matthew Goode), de quem ninguém ouvira falar nos últimos 20 anos. Sem demoras, este insta-la-se na mansão onde India vive com a sua mãe, Evelyn Stoker (Nicole Kidman), uma mulher fria e emocionalmente instável.

Carregado de simbolismos, Stoker amplia, neste espaço confinado, um pequeno universo que explora de forma muito íntima o retrato desta família. Todos os momentos são revestidos de uma fragilidade silenciosa que com-binam a dor da morte com a desconfiança perante um homem de razões dissimuladas que se move nas sombras em pequenos actos incisivos e calculistas. Mas mesmo quando repara que as pessoas à sua volta começam a de-saparecer, India não consegue fugir ao fascínio magnético do seu tio, deixando-se envolver num perigoso triângulo amoroso com Charlie e a sua mãe que acaba por se tornar numa visita ao lado mais negro da natureza humana.

Este colaborador/autor não escreve com o novo acordo.

Foto

s: “

Scot

t Fre

e Pr

oduc

tions

[g

b]”

Page 44: DeepArt nº16

Lifestyle 044 CINEMA Fo

to: “

Scot

t Fre

e Pr

oduc

tions

[g

b]”

Page 45: DeepArt nº16

http://www.andreaebert.com/

Page 46: DeepArt nº16

Filipe de Sousa Lopes e Manuel Moreira fundaram a fasm, marca de design de equipamento, através da qual dão “asas” à sua criatividade, tentando tornar

a vida das pessoas mais alegre graças às suas peças de mobiliário.

Por Inês Ferreira

Pride 046 ENTREVISTA

FASM

Page 47: DeepArt nº16

FASM

X.men

Page 48: DeepArt nº16

Pride 048 ENTREVISTA

DeepArt: Como surgiu a fasm? FASM: A fasm surge no seguimento do atelier “projetwo” criado por nós (Filipe de Sousa Lopes e Manuel Moreira) em 2011. No desenvolvimento de trabalhos em diversas áreas dentro do design e da arquitetura, apercebemo-nos que talvez fosse interessante criar uma marca de design de produto/mobiliário que conjugasse o conhecimento das duas áreas e ref letisse as nossas diferentes perspetivas.

DA: Têm algum designer ou tipo de design como referência para a criação das vossas peças? F: Todos nós sofremos inf luências de designers, arquitetos e artistas plásticos que admiramos e acompanhamos os seus trabalhos, mas, o nosso trabalho tenta ser diferente. Estamos a criar a nossa própria identidade. Mas, sim, claro que também nos inspiramos no trabalho de outras pes-soas que gostamos.

DA: Sentem que o design de equipamento está cada vez mais em destaque em Portugal e que tem pro-jeção no estrangeiro? F: Felizmente nos últimos anos têm surgido algumas marcas, alguns designers que começam a ter destaque em Portugal e no estrangeiro. É muito importante que a indústria portuguesa perceba que Portugal tem pessoas capazes na área do design, que começam a ser distingui-dos e são do melhor que existe no mundo. Na Europa existe muito respeito e admiração pelos cria-tivos portugueses. Triste é termos de emigrar para obtermos algum reco-nhecimento e ajuda. Se os criativos estão em Portugal e têm um atelier ou lançam uma marca, são mais um entre alguns… se emigramos e voltamos a Portugal, já somos vistos com outros olhos, por todos e em especial pela comunicação social. Na nossa opinião, tem de haver uma preocupação estatal, uma ajuda à projeção das marcas e dos designers no estrangeiro, se é diretamente o Ministério da Economia, se são as associações empresariais ou comerciais, isso não

sabemos… sabemos é que tem de haver incentivo aos que estão a começar, e que, a maior parte das vezes, não têm capital próprio para investir no lançamento interna-cional da marca.

DA: As vossas peças permitem que as pessoas “brinquem” com as mesmas criando diversas com-binações, tal como acontece com o cadeirão “leg-go”. É importante a aproximação do cliente à peça, que ele possa “alterar-lhe” a forma/conjugação?F: Sem dúvida alguma, quando contactam com a “leggo”, percebem muito mais rapidamente o que pretendemos transmitir. A “leggo” é uma peça alegre e dinâmica.A fasm é alegria… tentamos tornar a vida das pessoas um pouco mais alegres e se for possível, que seja através do mobiliário que temos em casa… porque não?Os nossos produtos são versáteis, podemos transformá-los e combiná-los de diferentes maneiras. Também as cores na “leggo” são fundamentais para transmitir tudo isto! Não queremos uma vida cinzenta, neutra. Queremos a vida dos utilizadores das nossas peças cheia de satisfação.

DA: Têm ainda uma o cadeirão “Cork Box” que é um misto de cadeirão e mesa. Como tem sido a acei-tação desta peça em especial por ter a particulari-dade de ser duas peças numa só?F: As pessoas de uma forma em geral, acham muita piada à questão modular, ao poderem ter em casa um objeto que pode ter dupla ou tripla função.A Cork Box responde muito bem a esta questão. Cada vez mais, as pessoas vivem em espaços mais pequenos, e o facto de poderem adquirir objetos que conseguem ter mais do que uma função, sendo ao mesmo tempo emo-tivas, é ainda mais interessante. As pessoas conseguem identificar nesta peça duas coisas muito importantes para nós ao criá-las: a função e a emoção. A Cork Box é um bom exemplo disto, porque tem várias funções e porque o material é emotivo para o utilizador, remete para o campo, para os sobreiros, para a natureza…

Page 49: DeepArt nº16

RetrodrawNome do autor – Filipe de Sousa Lopes, Manuel Moreira & Frederico Soares CamposDimensões – 80cm (altura) x 72cm (largura) x 68cm (profundidade)Materiais – Tecido, espuma e madeira.Ano de concepção – 2013

Page 50: DeepArt nº16

Pride 050 ENTREVISTA

LeggoNome do autor – Filipe de Sousa Lopes & Manuel Moreira Dimensões – 60cm (altura) x 90cm (largura) x 60cm (profundidade)Materiais – Tecido, espuma e madeira.Ano de concepção – 2012

Cork BoxNome do autor – Filipe de Sousa Lopes & Manuel MoreiraDimensões – 75cm (altura) x 75cm (largura) x 75cm (profundidade)Materiais – Cortiça, espuma e madeira.Ano de concepção – 2012

Page 51: DeepArt nº16

ENTREVISTA 051 Pride

DA: Este cadeirão é já um começo para outro tipo de peças que estejam a projetar (como mesas por exemplo)? F: Para o uso da cortiça sim. A cortiça é um material fantástico, é um material com excelentes propriedades, é leve, é impermeável a líquidos e a gases, é elástica e compressível, é um excelente isolante térmico e acústico, a sua combustão é lenta, e é muito resistente ao atrito… e é nossa! É portuguesa, é um material que representa Por-tugal por todo o mundo, por isso estamos a desenvolver mais do que um projeto com cortiça, e acreditamos que a empresa Sedacor, nossa parceira na Cork Box, irá continu-ar a apostar na fasm e a acreditar nos nossos projetos com cortiça. Vamos tentar explorá-la noutras peças.

DA: O design é para vocês uma mais valia quando permite às pessoas terem uma dupla função num só mesmo objeto, ou pensam que para uma peça ser mais imponente deve apenas cumprir uma função? F: Sim, daí termos criado a “Cork Box” e a “leggo”. Todavia, também é interessante criar peças que cumpram apenas uma função. Normalmente tentamos responder a um briefing que será sempre o ponto de partida para a criação, para o desenvolvimento do produto. Por isso, a questão da dupla funcionalidade é sempre relativa…

DA: Quais são os vossos materiais de eleição para a construção dos vossos cadeirões e sofás?F: Utilizamos técnicas tradicionais na execução dos nossos produtos, quase que podemos dizer que são executados por artesãos, pessoas com vasta experiência no âmbito do mobiliário. Procuramos sempre usar materiais novos, com inovação e de forma a responder aos nossos quatro desígnios: fiabili-dade, adaptabilidade, sustentabilidade e mobilidade.Nestes primeiros produtos que apresentamos, houve uma aposta nas madeiras e seus derivados, na cortiça e nos têxteis (não podemos deixar de agradecer à empresa Pedroso & Osório pela aposta na fasm). Mas, estas opções não nos vinculam de maneira nenhuma a estes materiais. Uma das peças que irá ser lançada brevemente será em metal. Gostamos de experimentar outros materiais, mas,

sempre com a preocupação de respondermos ao que nos propomos ou ao que nos é proposto. Gostaríamos de desenvolver um projeto na área dos Polímeros, e acreditamos que isso irá acontecer breve-mente…

DA: Estiveram presentes recentemente na exposição Lisboa Design Show. Como foi a aceitação das pes-soas às peças da fasm, presentes na mesma?F: A presença no Lisboa Design Show foi bastante positiva, foi uma excelente oportunidade para dar a conhecer o nosso trabalho. A aceitação das pessoas foi boa, algumas já conheciam as peças de as verem na comunicação so-cial, mas tiveram a oportunidade de interagir com elas. As pessoas ficam muito satisfeitas com todos os pormenores dos produtos, desde o conceito, desenho, o acabamento, a alegria que as peças transmitem. Foi uma ótima oportu-nidade de dar a conhecer o nosso trabalho em Lisboa. Era uma necessidade e um objetivo, chegar a um local onde o design tem uma maior visibilidade.Como esperávamos, a presença em Lisboa já trouxe “fru-tos”…

DA: Quais são os próximos “passos” da fasm?F: Como referimos, estar em Lisboa foi uma oportunidade para divulgar a marca “FASM” e a estada foi já proveitosa. Fomos convidados pela Organização da Experimenta Design, para ter uma das nossas peças na loja da Experi-menta, no Convento da Trindade. É uma grande oportu-nidade que nos foi dada, vamos ser montra da loja, numa das semanas do grande evento que é a Experimenta Design ‘13. A organização do Lisboa Design Show – Fil convidou a fasm também a estar presente no Festival IN – Festival da Inovação e Criatividade de 14 a 17 de novembro, onde vamos ter um stand com os nossos produtos. Está também para breve o lançamento de mais duas a três peças. Contamos até ao final do ano de 2013, ou o mais tar-dar no início de 2014 apresentar uma cadeira, um cadeirão e uma estante/banco.

Contactos:

www.fasm.pthttps://www.facebook.com/fasminteriores

Page 52: DeepArt nº16

Fotografia: Carla Pires (http://www.carlapires.com) Modelo: Lena Fishman @ L’Agence Styling: Ricardo Aço (https://www.facebook.com/ricardoacostylist) Assistente de Styling: Pedro Nicolau

& Silvana Covas Maquilhagem e Cabelos: Anita Perna

ROCHE

Page 53: DeepArt nº16

Saia - DieselBotas - DKODE

Sweater - Tezenis

MODA 053 Editorial

Page 54: DeepArt nº16

Botas - DKODECapa - Malene Birger

Page 55: DeepArt nº16

MODA 055 Editorial

Page 56: DeepArt nº16
Page 57: DeepArt nº16

MODA 057 Editorial

Sapatos - ClarksCasaco - BillabongCalças - American VintageCamisa - American Vintage

Page 58: DeepArt nº16

Sweater - Pinko

Page 59: DeepArt nº16
Page 60: DeepArt nº16

Botas - DKODESaia - Patrizia Pepe

Sweater - Ricardo Preto

Page 61: DeepArt nº16

MODA 061 Editorial

Page 62: DeepArt nº16

Fotografia: Gonçalo M. Catarino (www.gmcphoto.net) Modelo: Joana Hamrol @ BEST ModelsStyling: Marta Teixeira (www.martateixeira.com) Maquilhagem e Cabelos: Isabel Borges

PINK’n’PUNK

Page 63: DeepArt nº16

Saia - H&M; €49,95Acessórios - da produção

Blusa - Miguel Vieira; €400Meias - Calzedonia; preço sobre consulta

MODA 063 Editorial

Page 64: DeepArt nº16
Page 65: DeepArt nº16

MODA 065 Editorial

Saia - H&M; €59,95Anel - da produção

Camisa - H&M; €34,95Blusão - Mango; €149,99Sapatos - Mango; €79,99

Argolas no cabelo - H&M; €3,95

Page 66: DeepArt nº16
Page 67: DeepArt nº16

MODA 067 Editorial

Botas - Zara; €99,95Casaco - Zara; €69,95

Pulseira - da produçãoChapéu - H&M; €14,95

Meias - Calzedonia; preço sobre consultaPulseira dupla com fechos (usada como colar) - Mango; €15,95

Page 68: DeepArt nº16

Blazer - Zara; €49,95Calças - Zara; €29,95Ombreiras - H&M; €79,95Cinto e Luvas - da produção

Page 69: DeepArt nº16

MODA 069 Editorial

Top - da produçãoSaia - Zara; €39,95Anel - H&M; €7,95

Casaco - Zara; €149Colar - da produção

Page 70: DeepArt nº16

Fotografia: Tiago Costa Modelo: Kah @ Elite LisbonStyling: Inês Ferreira Assistente de Fotografia: João Lima

ROLLING

Page 71: DeepArt nº16

Casaco - Pepe JeansCalças - Cheap Monday

Camisola - Cheap Monday

MODA 071 Editorial

Page 72: DeepArt nº16

Óculos de Sol - Mango

Page 73: DeepArt nº16
Page 74: DeepArt nº16
Page 75: DeepArt nº16

MODA 075 Editorial

Page 76: DeepArt nº16
Page 77: DeepArt nº16

MODA 077 Editorial

Camisola - Pepe Jeans

Page 78: DeepArt nº16
Page 79: DeepArt nº16
Page 80: DeepArt nº16

Por Rita Reis

Re-abertura de loja lança novo Conceito C&A

Trends 080 MODA

Foi no passado dia 3 e 4 de outubro que voei até Madrid a convite da C&A para conhecer o novo conceito na reabertura da loja nº48 na Grand Vía, uma das principais artérias madrilenas.

A iluminada e rejuvenescida loja da C&A com 1600 m2 e três andares destaca-se pela sua imagem atrevida e cool, em contraste com o lado histórico do edifício. O grande logótipo de LED chama a atenção das madrilenas e turis-tas que são surpreendidas no seu interior por uma design moderno no interior da loja, com rodas de bicicleta pin-tadas e expostas na parede, uma poltrona feita de roupa prensada e ecrãs LED que projetam os vídeos criados por Christian Borstlap com o conceito “Getting Ready”. O desafio passa por “Re-imagine C&A” com a apresentação ao público deste novo conceito de loja.

É ótimo ver uma renovação e atualização de uma marca com 172 anos de história no mercado que procura inspirar quem a visita. Várias são as linhas apresentadas: Yessica para uma mulher madura inspirada no ambiente da f loresta, a Clockhouse, a minha favorita, dedicada a rapaz e rapariga, com inf luências grunge dos anos 90 e, exclusiva para homem, a Angelo Litrico, inspirada no estilo clássico britânico.

O ambiente na festa foi prometedor, com boa música e muitas caras bonitas. O desfile mostrou as principais peças para esta estação e foi aplaudida pelos convidados. O evento contou também com várias celebridades espa-nholas e bloggers conhecidas destas andanças que cri-aram looks com as peças C&A. O desfile era transmitido para quem passeava no exterior e projetado na fachada de um edifício perto da loja, o que chamou muito à atenção dos curiosos.

Este novo conceito será transportado também para Düs-seldorf e Paris. Esperemos que chegue também a Portugal brevemente.

Foto

s: “

Cor

tesi

a C

&A

Page 81: DeepArt nº16

MODA 081 Trends

Por Rita Reis

ModaLisboa EVER.NOWSpring/Summer 2014

Com um sol arrebatador fora do normal para inícios de outubro, o Pátio da Galé voltou a receber o maior evento de moda nacional com as tendências para a Primavera/Verão 2014.

A rubrica Sangue Novo trouxe uma revitalização e reno-vação ao evento. Gostei especialmente da dupla da 20|25 e das designers Catarina Ferreira e Catarina Oliveira indi-vidualmente. Tenho muito para falar sobre estes desi-gners e conto nas próximas edições dar a conhecer os seus trabalhos.

Desta 41ª edição gostaria de destacar Saymyname, Os Burgueses, Ricardo Preto, Alexandra Moura, Kamil Sobczyk e Ricardo Andrez. Os visuais para a estação quente foram heterogéneos e mostraram as diferentes formas de inter-pretação dos designers.

Saymyname com o tema ‘Baye Fall’ fez desfilar uma coleção inspirada num subgrupo da irmandade Mouride, grande ordem do sufismo islâmico com mais proeminên-cia no Senegal. As peças ref letem a forma de estar desse subgrupo, destacando os tecidos multicoloridos, os cortes geométricos e os blocos de cor, sempre com uma estética étnica. A salientar os dois vestidos em dois tons de azul que foram um sucesso.

Os Burgueses usaram como base um fruto, neste caso a banana, para salientar a liberdade de expressão nas suas coleções. A dupla de designers convidou Sara França e juntos criaram uma coleção irreverente denominada “License to go Bananas”, onde os papéis de parede dos anos 60 se misturaram com os estilos dos anos 90.

Ricardo Preto para a próxima estação optou pelos tons branco, cinza, preto e verde esmeralda, com mistura de metalizados. Devo destacar os padrões manchados e sel-vagens de algumas peças. Alexandra Moura numa continuidade clara do seu trabalho, usou linhas rectas com pequenos volumes e sobre-posições. A palete de cores passou pelo branco, preto, caramelo, azul e amarelo.

Kamil Sobczyk, para mim uma das revelações desta edição, apresentou uma coleção que exprime a ideia de um homem que gosta de explorar o desconhecido e que aspira a ser um super herói. Apesar do seu caráter desportivo apresentou peças modernas e elegante num puro contrate entre o preto e o branco.

Ricardo Andrez, por sua vez, apresentou uma coleção masculina muito desportiva, onde as malhas tiveram um papel predominante. Ao nível das cores foi possível ver-se tons de azul, branco, preto e detalhes verde água. Devo destacar as parkas leves que serão uma tendência para a próxima estação.

À porta do desfile muitos foram os estilos e a audácia vai cada vez mais longe. Dos mais descontraídos com snea-kers All Star, aos saltos altos mais compremetores asso-ciado com roupa mais excêntrica.

O Wonder Room voltou a receber várias marcas nacionais à procura do seu lugar ao sol. Wasted Rita, Ideal&Co, Bai-nha de Copas, Grigi ou Marques’Almeida foram algumas das presenças deste pop-up que promove uma amostra da qualidade dos produtos nacionais.

Foto

s: R

ui V

asco

Os Burgueses Saymyname

Page 82: DeepArt nº16

Trends 082 MODA

Trends

IKEA

Decorem o nome TRENDIG: é a primeira de muitas coleções limitadas da IKEA, para este ano.São 30 produtos que giram à volta do momento de refeição, inspirados numa verdadeira fusão da cultura chinesa e design escandinavo.

Louis Vuitton

A Neverfull, icónica carteira da Louis Vuit-ton é agora re-inventada em cores fortes. A pele usada é a Epi, inspirada na pele granulada que alternava entre dois tons, muito usada nos anos 20. Estão disponíveis nesta coleção as seguintes cores: Citron, Piment, Fuschia, Cyan, Figue, Indigo e Noir.

Por Rita Reis

Page 83: DeepArt nº16

H&M

O lookbook da colaboração de Isabel Marant com a H&M mostra o lado boémico pari-siense da designer em algumas peças bási-cas com pormenores em couro e franjas. Esta coleção cápsula estará disponível a 14 de novembro com uma linha para mulher, homem e jovem.

O’Neill

A nova coleção Outono 2013 para homem da O’Neill, Adventure Series for Men, apresenta casacos 3L im-permeáveis e respiráveis, coletes isoladores e casa-cos de capuz com caraterísticas funcionais únicas. Detalhes técnicos como costuras coladas, fechos de ventilação, protetores de pescoço e bolsos de áudio reforçam a assinatura inovadora da O’Neill.

Por Rita Reis

MODA 083 Trends

Baguera

As cores vibrantes ressaltam nas com-binações gulosas, nas estruturas e nos padrões das clutches must have desta estação. Falamos da nova coleção Vectory Extreme da Baguera, marca de cunho nacional, com a assinatura da designer Branca Cuvier, vincada por uma reinter-pretação radical da peça mais desejada no feminino, agora com as designações Void Ivory e Ply Flamboyant.

Por Rita Reis

Page 84: DeepArt nº16

Trends 084 MODA

Louis Vuitton

A Manchette Lock me Nomade Orange é um dos elementos da nova coleção Outono/Inverno de acessórios da Louis Vuitton. Em pele Nomade, com aplicações e fecho dourado brilhante e uma corrente contrastante torna esta pulseira perfeita para qualquer ocasião.

Blog o Editorial de Álvaro Ramos

O Aniversário do blog O Editorial de Álvaro Ramos é celebrado com um novo visual e uma loja online com produtos criados em colaboração com marcas nacionais. Actualmente para venda tem um cardeno Grafolita produzido manualmente por Catarina Vaz no seu estúdio em Lisboa, a mala Ideal&Co x O Editorial que consiste numa edição especial em pele e feltro 100 por cento lã, marca criada por José Lima e Rute Vieira e o banco da marca Boa Safra.

Xperimental Shoes

Xperimental Shoes, uma das marcas sensação do calçado português lança a nova coleção para este Outono/Inverno 2014 em castanho. Calçado de qualidade, criativo e conhecido pela plata-forma de madeira, será perfeito para esta estação fria.

Por Rita Reis

Page 85: DeepArt nº16

Por Rita ReisPor Rita Reis

MODA 085 Trends

Haru

Daniela. Haru AW 2013

Haru é uma palavra japonesa que significa “Primavera”, além disso, é também um nome dado ao género mas-culino como feminino.Para nós, ocidentais, Primavera representa o iniciar de um novo ciclo, de uma nova vida, um novo “eu” para Daniela ponto final.É nas f lores de Inverno que encontra uma harmonia de roxos, azuis e cinzas como paleta cromática e apresenta a definição da silhueta tendencialmente andrógina, numa coleção virada para um público feminino, mas cuja construção das peças e escolha de materiais ref lete a evolução no percurso da marca para alcançar também o público masculino.Haru propõe para este Outono/Inverno uma linha casual e sport wear, onde o conforto e versatilidade das peças são palavras-chave.

A Última Lagosta

A Última Lagosta | Maria LynchArte Contemporânea no Universo Bordallo

Até 17 de novembro, a Fundação Calouste Gulbenkian em conjunto com as Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro dão a co-nhecer uma exposição que reúne peças reinterpretadas por vinte artistas brasilei-ros do trabalho carismático do português Bordallo Pinheiro.

KIKO

Nasceu a Advanced Brushes, a nova linha de pincéis de maquilhagem profis-sionais da KIKO.Os pincéis são de alta qualidade e com um excelente desempenho na aplicação de diferentes texturas. As cerdas são suaves e macias na pele, especifica-mente concebidas para usos diferentes. A estética é elegante e profissional.

Page 86: DeepArt nº16

www.facebook.com/monica.goncalves.146?fref=ts

Page 87: DeepArt nº16
Page 88: DeepArt nº16

Por Vítor Marques ourworldourstyle.blogspot.pt

Saber vestir bem é uma arte que muitos de nós, homens, ainda não dominamos na perfeição. Felizmente é algo que está em rápida mudança. Recorrendo à velha premissa de que menos é mais, o minimalismo pode ser uma excelente opção.

Quando se fala em minimalismo no masculino a primeira coisa que me vem à cabeça é Kris Van Assche, o designer belga que está à frente da linha masculina da Maison Dior, a Dior Homme. A juntar ao seu estilo minimalista, as suas criações são marcadas por uma atenção meticulosa aos detalhes, mas a sua genialidade nunca deixa que as peças fujam do estilo simples e limpo, com um toque de moder-nidade.

Ora é mesmo esse toque de modernidade que os homens de hoje precisam. Podem manter um estilo simples, sem recorrer a grandes combinações (se não sabem combinar padrões e texturas mais vale jogar pelo seguro, do que parecer o oposto do que era pretendido).

Minimalismo

Foto

s: S

tyle

.com

Trends 088 MODA

Um fato com um corte simples, um tom clássico e intem-poral ou mesmo algo mais simples, como uns jeans sem lavagem combinados com uma camisa branca, são algo despojado de complexidade e que facilmente se pode usar. Depois o toque de modernidade acrescenta-se ao fato com uns sapatos mais arrojados ou uma gravata, e no segundo caso com uns ténis com cor, por exemplo. Para dar um toque de textura e mais cozy que tal um cachecol de malha grossa, ou um casaco ou camisola acolchoado por cima da camisa branca?!

Na coleção da Dior Homme para este Outono/Inverno, os blazers ganharam fechos e perderam botões, os cintos subiram e marcam a cintura. Esta é de todas, a coleção mais minimal chic do momento. Estes pequenos aponta-mentos tornam o estilo minimalista de Kris Van Assche tão atual como clássico.

Dior Homme Dior Homme Kris Van Assche

Page 89: DeepArt nº16

MODA 089 Trends

Por Inês Ferreira

Jumbo e o Mundo da Moda

Há ainda quem pense que ir a um su-permercado é sinónimo única e exclusi-vamente de fazer compras de produtos de alimentação, higiene, entre outros do mesmo tipo.

Desengane-se quem assim pensa porque ir ao supermercado, e principalmente ao Jumbo, é cada vez mais sinónimo de fazer também compras relacionadas com moda.

Muitas têm sido as campanhas lançadas por esta marca, cada vez mais empenhada no conceito Moda e consequentemente muitos têm sido os surpreendidos com esta nova abordagem e com a imagem e qualidade dos produtos da mesma.

Estas campanhas vão desde os look-books compostos por peças tendência da estação, até ao foco em produtos especí-ficos, como as alpercatas, as Perfect Fit Jeans (com efeito push up), as desert boots, a lingerie e a sua mais recente campanha dedicada às galochas. Estas prometem ser um autêntico êxito, tal como foram já no ano passado, sendo compos-tas por padrões de diversos tipos como riscas, animal prints, entre outros padrões e não esquecendo também as lisas.

Se é fã de Moda não poderá deixar de acompanhar todas as novidades desta marca, cada vez mais forte no mercado.

http://jumbomoda.blogspot.pt/

Foto

s: T

iag

o C

osta

Page 90: DeepArt nº16
Page 91: DeepArt nº16

ModaLisboa

Agradecimentos

PATRIZIA PEPE

www.patriziapepe.com/pt/en

PINKO

www.pinko.it/en-gb

RICARDO PRETO

www.meam.pt - 253 809 090

TEZENIS

www.tezenis.it/pt/ - 214 785 608 - 234 421 189 -

212 073 038 - 253 254 001 - 213 472 212

XPERIMENTAL SHOES

www.xperimentalshoes.com

ZARA

www.zara.com - 222 076 870 - 232 483 600 - 213

129 690 - 234 403 800 - 244 819 170

A MERICAN VINTAGE

www.am-vintage.com

BAGUERA

http://baguera.myshopify.com/

BILLABONG

www.billabong.com

CALZEDONIA

www.calzedonia.it/pt/ - 214 692 056 - 214 796 448

CLARKS

www.clarks.pt

DIESEL

www.diesel.com - 213 421 980 - 223 774 170

DKODE

dkode.com - 234 603 020 - 917 526 306 - 967 493

867 - 229 374 404 - 229 721 268 - 282 426 258

H&M

www.hm.com/pt/ - 800 200 034 - 223 716 532 -

218 962 194 - 229 983 230 - 218 962 194

IKEA

www.ikea.com/pt/pt/

KIKO

www.kikocosmetics.com - 218 952 053 - 212 303

674 - 213 420 163 - 219 184 341 - 214 601 350

LOUIS VUITTON

www.louisvuitton.com - 213 584 320

MALENE BIRGER

www.bymalenebirger.com

MANGO

shop.mango.com/PT/mango - 213 471 076 - 226

092 360 - 217 165 145 - 239 826 142

MIGUEL VIEIRA

www.miguelvieira.pt - 256 833 923

O’NEILL

www.oneill.com - 212 348 584

Guia de Compras

Page 92: DeepArt nº16

www.deepart.pthttps://www.facebook.com/deepartmagazine