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Ambiente virtual Saiba se relacionar melhor com o cliente por meio da internet XIX Congresso Fenabrave Palestrantes estrangeiros são destaque no evento Publicação Bimestral da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores – FENABRAVE Ano 3 • Nº 14 • Abril Maio 2009 Alguns segmentos ainda necessitam de cuidados O pior já passou?

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O pior já passou? Alguns segmentos ainda necessitam de cuidados

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Ambiente virtualSaiba se relacionar melhor com o cliente por meio da internetSaiba se relacionar melhor com Saiba se relacionar melhor com o cliente por meio da internet

XIX Congresso FenabravePalestrantes estrangeiros são destaque no evento

Publicação Bimestral da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores – FENABRAVE

Ano 3 • Nº 14 • Abril Maio 2009

Alguns segmentos ainda necessitam de cuidados

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Editorial

Como deve ser a atuação e abrangência de uma federação como a Fenabrave? Como representan-te de uma categoria econômica como é o caso dos distribuidores de veículos, entende-se que a atuação da Fenabrave deve estar focada em aspectos macro, tanto políticos como empresariais. Correto? Parece que a maioria das associações de marca concorda, mas ainda existem lacunas que se confundem e que acabam por individualizar investimentos e temas que poderiam ser capitane-ados pela federação, somando esforços e produzindo maior efeito para todos.

Este é o caso de projetos políticos de representatividade de todas as marcas, e de outros de tema abrangente como programas socioambientais, educacionais, voltadas à sucessão empresarial e de análise de mercado/pesquisas.

Neste sentido, reforço iniciativas como a TV Educacional Fenabrave que, criada em parceria com a UNYCA, já atingiu mais de 1.300 colaboradores das redes de concessionárias em apenas três cursos de aperfeiçoamento profi ssional voltados para as pontas de atendimento ao cliente. Uma ação que promove a capacitação com baixo nível de investimentos para todos e que amplia sua capilaridade e funcionalidade na medida em que pulveriza os cursos por meio de transmissão via satélite, ao vivo, com instrutores e monitores, e que promove interatividade, já que os alunos podem enviar questões por e-mail e tê-las respondidas ao vivo, simultaneamente à realização de cada curso.

Este é um exemplo bem sucedido da Fenabrave e que pode e deve ser absorvido e utilizado por todas as associações de marca. Contudo, temos tido notícia de que algumas entidades vêm desenvolvendo, isoladamente, algumas ações semelhantes, o que acaba por distorcer o intuito da Fenabrave em otimizar processos e custos para a categoria econômica dos distribuidores. Se pensarmos em uma associação que conta com cerca de 120 concessionários associados, qual será a abrangência de uma TV educativa exclusiva para esta marca? Apenas para 120 concessionários, o que, certamente, elevará os custos da iniciativa. No entanto, se pensarmos na capilaridade da Fenabrave, que pode envolver mais de 5 mil concessionários, teremos a amplitude dos benefícios alcançados em prol da coletividade.

O mesmo ocorre com a representação de segmentos. Estamos viabilizando um fórum de debates sobre o setor de caminhões que poderá trazer benefícios e soluções a todo o segmento, o que talvez não pudesse ocorrer se fossem tomadas iniciativas isoladas pelas associações de caminhões.

Não quero, com estas observações, estancar projetos individuais e que sejam de prerrogativa de cada associação. Busco, apenas, uma forma mais coerente de dividir a atuação de cada um de nós. Falar, negociar, estabelecer programas exclusivos junto a cada montadora é, sem dúvida, uma prerrogativa das associações. Mas desenvolver propostas de maior abrangência, seja em rela-ção à discussão política do que concerne à atividade do empresário concessionário ou que possa envolver sua imagem como categoria econômica junto ao público, esta é e deve continuar sendo uma atividade encabeçada pela Fenabrave.

Assim, peço que todos os companheiros das associações de marca fi liadas à Fenabrave refl itam sobre isso e que tirem dúvidas comigo sobre o assunto pois, como todos sabem, as minhas principais plataformas de gestão sempre foram a transparência e a abertura para discussões pro-positivas e que tragam benefícios comuns a todos os concessionários, seja qual for o segmento, seja qual a marca e localização geográfi ca.

A Fenabrave é de todos os concessionários que, por meio de suas associações de marca, podem e devem usufruir das expertises e representatividade que conquistamos ao longo de tantas déca-das. Pense nisso e aproveite. Participe da TV Educativa Fenabrave, dos cursos Fenabrave/ESPM/Trevisan, inscreva-se no XIX Congresso Fenabrave, responda à Pesquisa Fenabrave de Relaciona-mento com o Mercado, inscreva seus sucessores nos eventos das Comissões de Novas Lideranças de cada associação e, por meio dessas, participe dos eventos de sucessores que a Fenabrave oferece três vezes ao ano – sendo uma durante o Congresso, proporcionando a abertura para que novos empresários do setor venham se integrar às antigas lideranças para que haja as necessá-rias oxigenação e revitalização do setor. Estimule e apóie nossas conquistas políticas. Lembre-se: a Fenabrave é para todos!

Um abraço.

Sérgio Antonio RezePresidente da Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, entidade que reúne cerca de 5 mil concessionárias por meio de 39 associações de marca fi liadas.

Publicação bimestral da Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores.Ano 3 – Edição 14 – Abril/Maio 2009

Conselho DiretorPresidente dos Conselhos Deliberativo e Diretor: Sérgio Antonio Reze Presidente Executivo: Alarico Assumpção Jr. Vice-Presidentes:Apolo Rizk; Edson Luchini; Ênio Sardagna; Flávio Meneghetti; Joel Jorge Paschoalin; José Divalsir Gondaski; Mário Sérgio Moreira Franco; Vice-presidentes “Ad-hoc”Aldair Câmara; Gláucio Geara; Luiz Eduardo Barros Cruz e Guião; Mauro De Stefani; Octavio Leite Vallejo; Ricardo Teixeira De Stefani; Teodoro da Silva.Membros Natos (Ex-presidentes): Alencar Burti e Waldemar Verdi Júnior.

Conselho EditorialPaula Dorotéia de Sousa, Luiz Adelar Scheuer, Valdner Papa, Rita Mazzuchini e Fátima Turci.

Editoria e RedaçãoMCE – Mazzuchini Comunicação e EventosRua Frei Rolim, 59 – CEP 04151-000 – São Paulo, SPTels.: (11) 2577-6533 / 5582-0049e-mail: [email protected]

Editora e Jornalista ResponsávelRita Mazzuchini (Mtb 22128)

Editor AssistenteIgor Francisco

RedaçãoSolange Suzigan

Projeto Gráfi co e Edição de ArteHeraldo Galan e Patricia Tagnin

FotosMarcos Alves

ComercialDNF ComunicaçãoGutenberg SoledadeTels.: (11) 2281-8134 e (11) 9169-7485E-mail: [email protected]

ImpressãoPancrom Indústria Gráfi ca

Tiragem10 mil exemplares – distribuição nacional gratuita.

Endereço para correspondênciaFenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos AutomotoresAvenida Indianópolis, 1967 – Planalto PaulistaCEP 04063-003 – São Paulo/ SPTel.: (11) 5582-0000 / Fax: (11) 5582-0001E-mail: [email protected]

Para contatos na redaçãoE-mail: [email protected]

Revista

Autorização para reprodução de textosAs matérias assinadas nesta revista são de responsabilidade do autor não representando, necessariamente, a opinião da Fenabrave. Autorizada a reprodução total ou parcial das matérias sem assinatura, desde que mencionada a fonte. A reprodução de matérias e artigos assinados devem contemplar autorização prévia e por escrito do autor.

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Fenabrave para todosPor Sérgio Antonio Reze

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Produtos e Lançamentos 30Conheça as principais novidades apresentadas pelas montadoras para os portadores de necessidades especiais, na 8ª Reatech. No setor de motociletas, destaque para a Honda e a primeira moto bicombustível do País, além dos novos modelos da Kawasaki.

Conheça as principais novidades apresentadas pelas montadoras para os portadores de necessidades especiais, na 8ª Reatech. No setor de motociletas, destaque para a Honda e a primeira moto bicombustível do País, além dos novos modelos da Kawasaki.

Sumário

Panorâmica 6Notas e notícias do setor automotivo.

Painel Fenabrave 8Curso inaugural da TV Fenabrave bate recorde de inscrições. XIX Congresso Fenabrave: oportunidade para debater novas estratégias com palestrantes estrangeiros.

Artigo - Apoio Jurídico 12O professor de direito da FGV, Roberto França de Vasconcellos, fala sobre os incentivos do governo para induzir ao consumo.

Debate 25Cícero Lima, editor da Revista Duas Rodas, destaca a efi ciência no atendimento aos clientes dentro das concessionárias de motocicletas.

Tendências 26Internet para todos. Cresce o número de internautas no Brasil e empresas conquistam mercado nessa rede de relacionamento.

Visão Econômica 28Carlos Thadeu de Freitas Gomes, chefe do departamento econômico da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, comenta as operações do Banco Central nas concessões de crédito.

Espaço Aberto 34O jornalista Fernando Calmon, especializado no setor automotivo, fala sobre um conceito elétrico, apresentado em Paris, que pode ser uma solução para o transporte individual urbano.

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Entrevista 22O gerente de suporte do Conpet (Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural), Lucio Cesar de Oliveira, explica a importância das ações voltadas à efi ciência energética.

O gerente de suporte do Conpet

do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural), Lucio Cesar de Oliveira, explica a importância das ações voltadas à efi ciência energética.

Matéria de capa 14Alguns segmentos do setor automotivo vivem momentos de retomada de crescimento. Outros, como o de usados, caminhões e motocicletas, se recentem da crise econômica.

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O FCX Clarity superou 21 concorrentes e ganhou o título “The World Green Car” (Carro Verde Mundial) 2009 durante o Salão do Automóvel de Nova York, nos Estados Unidos. Movido a hidrogênio, o veículo é o primeiro no mundo certifi cado pelos principais órgãos de proteção ambiental do país (EPA – Environmental Protection Agency; e CARB – California Air Resources Board) a ser fabricado e comercializado em larga escala. Sua produção teve início em meados do ano passado e já abastece os mercados norte-

Foto Fábio Melotto

FCX Clarity se torna o “Carro Verde Mundial” de 2009

americano, europeu e japonês. O modelo conta com exclusiva bateria V Flow, uma evolução da avançada tecnologia da bateria Honda FC Stack. O equipamento está alojado em um ergonômico túnel central e é 65% menor do que a versão anterior. Com isso, o modelo se tornou de duas a três vezes mais econômico que veículos movidos a gasolina, e uma vez e meia a mais que os carros híbridos.

O veículo desenvolve 127 cv de potência, atinge 435 quilômetros de autonomia e 160 km/h de velocidade máxima.

Guerra registra desempenho histórico em 2008

A Guerra SA obteve, em 2008, o maior desempenho econômico de sua história, com uma Receita Operacional Líquida de R$ 410.606.000, apontando um crescimento recorde no mercado interno de 41% em relação ao ano anterior.

O índice geral de crescimento no faturamento líquido fi cou em 12,4% já que as exportações do período tiveram um desempenho abaixo de 2007.

A queda do desempenho no mercado externo foi defi nida pela crise econômica mundial, pela baixa do dólar e pela opção da companhia em atender a demanda aquecida no mercado interno durante os três primeiros trimestres de 2008. No último trimestre, a crise internacional se refl etiu também no mercado interno, acarretando uma sensível redução no volume de negócios da companhia. “Vínhamos operando com a capacidade produtiva em mais de 100%. Nos três últimos meses do ano, quando iniciou a retração do mercado, a Guerra aproveitou o momento para fazer mudanças que se faziam necessárias após a aquisição da companhia pelo Grupo Axxon, mas que antes não estavam sendo possíveis devido à alta na demanda do mercado”, explicou Rodmar Cardinali, diretor geral da Guerra AS. Para ele, esta foi a oportunidade para promover uma reestruturação organizacional, com foco na profi ssionalização da gestão e na qualidade dos produtos e serviços.

A Guerra encerrou 2008 com a venda de 9.194 reboques e semi-reboques para os mercados interno e externo. Os produtos da linha graneleira – bitrem e semirreboque – representaram cerca de 58% das vendas, seguidos de tanques, baús lonados e basculantes.

Para 2009 estão previstos investimentos em pesquisa e tecnologia, por meio do Centro Tecnológico Guerra, orientadas para processos produtivos com otimização de custos. A qualidade de produtos e processos também está sendo incrementada. A empresa já detém a certifi cação de qualidade ISO 9001-versão 2000 e, em abril, iniciou a implementação das normas internacionais de qualidade ISO 14001 - Responsabilidade Ambiental; OHSAS 18001 – Saúde e Segurança no Trabalho e SA 8000 – Responsabilidade Social.

Para junho, está previsto o início do Projeto Formare, programa nacional de responsabilidade social voltado para a educação profi ssional de jovens de famílias de baixa renda com idade entre 15 e 17 anos.

Bitrem graneleiro Guerra, o equipamento mais vendido em 2008.

VW: uma das marcas mais valiosas do Brasil

A Volkswagen foi considerada uma das 10 marcas mais valiosas do País, de acordo com estudo da Brand Finance, maior empresa de avaliação de marcas do mundo. “Esse resultado refl ete o reconhecimento de todas as ações que desenvolvemos para tornar mais atraente a nossa linha de produtos, melhorar e ampliar nossos serviços e o relacionamento com os clientes”, afi rmou Flávio Padovan, vice-presidente de vendas e marketing da Volkswagen do Brasil. A companhia ocupa a quarta posição do ranking das marcas de maior valor. Outras duas montadoras listam entre as 10 mais do ranking – GM (8ª) e Fiat (10ª).

1 Bradesco2 Itaú3 Banco do Brasil 4 Volkswagen 5 AmBev 6 Vivo 7 Petrobras 8 GM 9 OI 10 Fiat

AS 10 MARCAS DE MAIOR VALOR NO PAÍS

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Agrishow 2009 reúne 725 expositoresA Agrishow 2009 – Feira Internacional da Tecnologia Agrícola,

realizada de 27 de abril a 2 de maio, em Ribeirão Preto/SP, contou com 725 expositores, em uma área de 240 mil metros quadrados. Segundo levantamento feito juntos aos bancos participantes – Banco do Brasil, Bradesco, Nossa Caixa e Santander – e às empresas expositoras, a feira deve gerar R$ 680,00 milhões.

Para o presidente do Conselho Consultivo da Agrishow, Cesário Ramalho, os números alcançados na exposição são muito expressivos se comparados à situação do mercado nacional e internacional. O faturamento e as exportações de máquinas e implementos agrícolas caíram 44% no primeiro trimestre deste ano, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ). “A feira reúne todos os setores do agronegócio, por isso se tornou um termômetro do segmento, oferecendo as diretrizes do que é preciso fazer”, disse Ramalho.

Durante o evento, 120 mil visitantes assistiram a mais de 700 demonstrações de campo. Em visita à feira, o Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, defendeu alterações do Código Florestal Brasileiro, argumentando que hoje a produção agropecuária está mais sustentável do que quando foi instituído, em 1965. A permissão para o plantio de arroz em várzea e de café, uva e maçã em topos de morros, em áreas já consolidadas, é uma das alterações que o ministro julga necessárias.

O prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, também visitou a exposição. Para ele, o evento da oportunidade para acessar o que há de mais moderno em tecnologia.

A próxima edição da feira acontecerá de 26 de abril a 1º de maio de 2010, na cidade de Ribeirão Preto/SP.

A Mercedes-Benz do Brasil está utilizando um sistema online de configuração de veículos para oferecer soluções com precisão individual para cada necessidade dos seus clientes. Trata-se do exclusivo sistema de consultoria ao cliente MBKS, ferramenta de atendimento cada vez mais utilizada pelas equipes de vendas da rede de concessionários. “O MBKS nos permite configurar o caminhão cliente a cliente, com características específicas para cada demanda. Com isso, a elaboração de pedidos é praticamente personalizada, o que faz da nossa consultoria um diferencial de mercado”, afirma Eustáquio Sirolli, gerente de marketing de produto - Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil.

Com o MBKS as equipes de vendas podem simular, em segundos, diversas configurações de caminhão, atendendo plenamente às solicitações dos clientes. “É a demanda do cliente que define o tipo de veículo a ser produzido e nós estamos preparados para oferecer a solução mais precisa”, diz Eustáquio.

Linhas Premium e Especialista – Além das composições básicas, o sistema oferece as linhas Premium e Especialista, pacotes previamente elaborados de itens que asseguram níveis ainda mais elevados de desempenho, conforto e economia.

A linha Premium, formada por dois pacotes, agrega diversos itens à configuração básica do caminhão, aumentando o valor agregado do produto. Já a linha Especialista inclui mais pacotes, com a composição de itens elaborada de acordo com aplicações específicas, caso, por exemplo, de caminhões vocacionados para transporte de valores, distribuição urbana, bebidas, coleta de lixo, basculante, betoneira e utilização militar. Realizadas por meio de um centro virtual de pedidos, as simulações indicam também uma estimativa de custos e de prazo de entrega do produto.

O MBKS faz a ligação direta entre o pedido do cliente e a programação da produção, levando a cadeia de suprimentos (fábrica, fornecedores e rede) a se preparar adequadamente para atender do modo mais rápido possível aos itens solicitados pelo cliente. Isso estimula a programação de compra, favorecendo o planejamento tanto do cliente, quanto do concessionário e da fábrica.

Mercedes-Benz utiliza sistema “cliente a cliente”

AUTOMEC 2009 impulsiona novos negóciosMais de 62 mil pessoas visitaram a 9ª edição da AUTOMEC (Feira

Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços), realizada de 14 a 18 de abril, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo/SP, que reuniu 968 expositores e marcas, sendo 542 nacionais e 426 internacionais. “Quem esteve na AUTOMEC pode ocupar espaço junto à indústria e à malha distributiva e com certeza terá mais oportunidades nesse momento de reação da economia”, analisou Evaristo Nascimento, diretor da Reed Exhibitions Alcantara Machado, uma das empresas organizadoras do evento. Ele destacou a presença na exposição de 130 novos expositores, de médio e pequeno porte.

Na ocasião, foram apresentadas diversas novidades, entre elas, parabrisa antiembaçante, acessório especial para análise de gases em motocicletas, alinhador de direção com tecnologia 3D, kits especiais de reparo de vedação, cabos de ignição ecológicos, pneus “verdes”, linha de correias automotivas e tensionadores, novos modelos de bombas hidráulicas, cintos de segurança, sensores de rotação, autopeças para juntas e jogos para motores flex e diesel.

Manutenção preventiva e inspeção veicular – As entidades do setor - SINDIPEÇAS, SINDIREPA, ANDAP, SICAP e SINCOPEÇAS - reunidas no GMA (Grupo de Manutenção Automotiva) reforçaram a campanha institucional - Carro e Caminhão 100% - lançada com o objetivo de sensibilizar o motorista sobre a importância dos cuidados com o seu veículo e apresentar os benefícios dessa prática: garantia de segurança no trânsito, economia em consumo de combustível, redução dos custos com reparos emergenciais, redução de emissões de poluentes e valorização do preço de revenda. Dados da entidade mostram que um veículo bem mantido alcança uma valorização adicional de 10% no preço de revenda.

Maior demanda de produtos – Com a maior utilização do MBKS pelos concessionários houve um salto de 50 para 600 novas composições de itens de caminhões por mês. A partir das simulações do MBKS, diversos itens tiveram expressivo aumento de venda: cabina teto alto do caminhão Axor (+ 115%), cabina leito do modelo Atego (+ 200%), ar-condicionado do Axor (+ 230%), cor metálica (+ 400%) e Top-Brake para o caminhão Accelo (+ 640%).

Atualmente, cerca de 85% dos pedidos são programados por meio dessa ferramenta de vendas. Da média de 200 consultas por mês via telefone, realizadas em 2006, houve um salto para 2.600 consultas on line via MBKS no final do ano passado.

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Confi ra a grade dos próximos cursos:Os interessados em participar dos cursos devem se inscrever pelo site www.universidadefenabrave.com.br. Mais informações nos telefones (11) 5582-0063 ou 5582-0045, com Rosana ou Claudia, ou por e-mail: [email protected].

O curso inaugural “A recepção e o Padrão de Atendimento”, promovido por meio da TV Educativa Fenabrave, reuniu 299 alunos em diversos estados brasileiros. As aulas, iniciadas em 7 de abril, foram transmitidas na sede da Fenabrave em São Paulo e em mais 19 regionais da entidade, nos estados de Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. “O primeiro curso da TV Educativa Fenabrave quebrou paradigma e superou nossa expectativa. Apesar das pessoas estarem habituadas a cursos presenciais, o número de inscritos foi expressivo”, afi rmou Silvia Chmelyk, do administrativo da UnYca, empresa especializada em TV Corporativa, e responsável pelo projeto educativo da Fenabrave. O curso inaugural foi retransmitido ao vivo no mês de maio, comprovando o sucesso da iniciativa.

Durante o curso, foram transmitidas noções básicas do mercado automobilístico e do funcionamento de cada departamento da concessionária, responsabilidades da

Curso inaugural da TV Fenabrave reúne 299 alunos

Curso Datas Horário R$A telefonista e o padrão de atendimento 9, 16 e 23/6 19 às 21h10 80,00

Postura e comportamento no ambiente de trabalho 18, 25/6 e 2/7 19 às 21h10 80,00

Bem-vindo ao setor automotivo 14, 21 e 28/7 19 às 21h10 100,00

A importância da produtividade e efi ciência no pós-venda no setor de autos 16, 23 e 30/7 19 às 21h10 160,00

Relacionamento interpessoal 11, 18 e 25/8 19 às 21h10 80,00

Administração fi nanceira pessoal 13,20 e 27/8 19 às 21h10 110,00

Introdução ao “Coaching” 8, 15 e 22/9 19 às 21h10 200,00

A importância do giro no estoque de peças 10, 17 e 24/9 19 às 21h10 180,00

Gestão do tempo 13, 20 e 27/10 19 às 21h10 90,00

Técnicas fundamentais para liderança de ofi cina 15, 22 e 29/10 19 às 21h10 160,00

Liderança 10, 17 e 24/11 19 às 21h10 130,00

CRM e as ferramentas de relacionamento com o cliente 12, 19 e 26/11 19 às 21h10 90,00

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AGENDA

Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular No dia 17 de abril, Edson Luchini, vice-presidente da Fenabrave, participou da cerimônia de apresentação da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia. O selo foi colocado no vidro traseiro esquerdo do Fiat Mille, primeiro carro a ser etiquetado. O selo, que faz parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, indica o desempenho do carro em relação ao consumo de combustível na estrada e na cidade, permitindo, assim, que o comprador opte por modelos de veículos mais efi cientes e econômicos. Cinco fabricantes de veículos já se inscreveram no programa – Fiat, General Motors, Honda, Kia e Volkswagen.

Fenabrave participa de evento na Argentina O presidente da Fenabrave, Sergio Reze, esteve presente, de 15 a 17 de abril, no Sheraton Hotel & Convention Center, em Buenos Aires, na XIX Convenção Nacional da ACARA (Associacion de Concesionarios de Automotores de La Republica Argentina). Na oportunidade, diversos assuntos foram discutidos, entre eles, empresa familiar em tempo de crise, a garantia na indústria automotiva, a venda em tempo de baixa demanda, como melhorar o relacionamento concessionária-clientes, ISO 9001, gestão, desenvolvimento de estratégia fi nanceira para 2009, negócios alternativos e balance scorecard.

Revisão das Perspectivas 2009 – Seminário Autodata No dia 11 de maio, Sérgio Reze, presidente da Fenabrave, participou da palestra “Perspectivas para Automóveis e Comerciais Leves”, realizada durante o Seminário Autodata “Setor Automotivo – Revisão das Perspectivas 2009”, realizado no Hotel Sheraton WTC, em São Paulo/SP. Na ocasião, tanto Reze como Luiz Horácio Montenegro, presidente da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), que também participou do evento, afi rmaram que o segmento de automóveis e comerciais leves deve repetir o desempenho de 2008, quando somou 2,6 milhões unidades emplacadas.

10ª Pesquisa Fenabrave Criada com o objetivo de melhorar o diálogo e fortalecer o

relacionamento entre a rede de distribuidores e fabricantes de veículos, a Pesquisa Fenabrave de Relacionamento com o Mercado chegou ao fi nal da sua 10ª edição em maio. Aplicada durante os meses de abril e maio, a pesquisa mede quatro índices no relacionamento entre rede e fábrica: Valor, Política, Pessoal e Postura Geral. O índice de Valor resume a opinião dos distribuidores sobre o valor da concessionária, sua viabilidade econômica e qualidade dos produtos. Já o de Política qualifi ca as práticas comerciais adotadas pela marca e o impacto na rede. As questões do índice de Pessoal avalia a efi ciência da equipe de funcionários da montadora, enquanto

o de Postura analisa assuntos específi cos do relacionamento. “A pesquisa é um instrumento importante de avaliação

para as montadoras, associações de marca e rede de distribuidores porque pode ajudar a corrigir aspectos

negativos da relação e consolidar os positivos, gerando, consequentemente, melhor atendimento ao consumidor”, disse Luiz Adelar Scheuer, coordenador da Pesquisa.

Na 9ª edição da pesquisa, a indústria apresentou médias de avaliação inferiores as

registradas anteriormente (abril-junho de 2008), na média geral dos segmentos.

Confi ra o resultado da 10ª edição da pesquisa na próxima edição da Revista Dealer.

impacto na rede. As questões do índice de Pessoal avalia

distribuidores porque pode ajudar a corrigir aspectos negativos da relação e consolidar os positivos, gerando, consequentemente, melhor atendimento ao consumidor”, disse Luiz Adelar Scheuer, coordenador da Pesquisa.

apresentou médias de avaliação inferiores as registradas anteriormente (abril-junho de 2008), na

média geral dos segmentos. Confi ra o resultado da 10ª edição da pesquisa na

recepção de vendas e serviços, ferramentas de qualidade, atendimento ao cliente e postura no trabalho.

Os alunos assistem ao curso em tempo real, por meio de vídeo-conferência, via satélite, acompanhados por monitores, e ainda podem interagir com perguntas enviadas por e-mail. As aulas têm duração de duas horas e dez minutos e cada curso é composto por três aulas. Os participantes podem acessar o site da universidade (www.universidadefenabrave.com.br) para imprimir o material do curso, bem como realizar os exercícios de fi xação e a avaliação fi nal para que possa receber o certifi cado, caso seja aprovado. “A Recepção e o Padrão de Atendimento foi o primeiro tema a ser abordado porque sabemos como o papel da(o) recepcionista é importante. Ela(e) é, na maioria das vezes, o primeiro contato do cliente. Seu papel de ser o bom “anfi trião” é crucial para a percepção do cliente em relação ao atendimento do distribuidor”, comentou Erika Gouveia Garijo, professora do curso.

Diversas mensagens foram recebidas dos alunos parabenizando a iniciativa da Fenabrave. “Parabéns à Erika pela explanação e desenvoltura. Parabéns à UnYca e sobretudo parabéns à iniciativa da Fenabrave”, relatou Willian Lott, da Regional Aracaju/SE. Segundo José Francisco Costa, diretor regional Fenabrave/ES, a TV Educativa Fenabrave é um marco histórico e revolucionário no setor automotivo do País. “Estamos maravilhados com o que acabamos de assistir. Uma transmissão impecável”, disse Costa, parabenizando o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze, e toda a equipe pela competência, profi ssionalismo e qualidade no atendimento e do serviço oferecido à rede de distribuidores de veículos.

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Estrangeiros participam do XIX Congresso FenabraveO XIX Congresso Fenabrave, segundo maior evento do setor da distribuição automotiva, que acontecerá entre os dias 12 e 14 de setembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília/DF, contará com a participação de especialistas internacionais. “Os palestrantes estrangeiros trazem, não só maior peso ao evento, mas também a visão holística do negócio. Buscamos sempre dar uma ampla visão do setor e levar as últimas tendências aos congressistas”, afi rmou Sérgio Reze, presidente da Fenabrave. Albert Gallegos, diretor internacional da NADA (National Automobile Dealers Association) coordenará a mesa redonda “O Mercado Automobilístico Mundial: Visão e Desafi os”, que contará com a participação de diversos presidentes de associações de marca do Brasil e de entidades estrangeiras. “As Novas Estratégias para Vendas e Pós-vendas” será comentada pelo consultor italiano Maurizio Sala. As apresentações serão dirigidas a todos os congressistas. O segmento de automóveis contará com a experiência de Jon Lancaster, dos Estados Unidos, no workshop “Técnicas de Gestão”, e de Tim Deese, da NADA, no workshop “Administrando Melhor os Usados”. O patrocinador máster do evento permanece o Banco Itaú até 2010. A Assurant Solutions, Kia Motors do Brasil, Resource Automotive, UnYca e WebMotors apoiarão o evento.

Número de Inscrições Plenas é limitadoOs interessados em participar do XIX Congresso Fenabrave podem se inscrever por meio do site www.congresso-fenabrave.com.br, acessando o link inscrições on-line. A Inscrição Plena permite participar do Coquetel de Abertura da ExpoFenabrave’2009, Espetáculo Surpresa e Jantar de Confraternização da noite de 12 de setembro e de toda a Programação Temática. O número de Inscrições Plenas é limitado a 1.500 pessoas. Já com a Inscrição Especial, o congressista terá acesso somente à Programação Temática. O investimento é de R$ 500 no mês de junho para efetuar a Inscrição Plena. Aquelas pessoas que se inscreverem entre os meses de julho, agosto e setembro pagarão R$ 600. O valor da Inscrição Especial é de R$ 400,00 em junho e R$ 450,00 de julho a setembro. A forma de pagamento poderá ser via boleto bancário ou cartão de crédito.

As empresas interessadas em participar da ExpoFenabrave’2009 devem entrar em contato com Isabel Caberlon,

pelo telefone (11) 3257-3200 ou e-mail [email protected]

O consultor italiano Maurizio Sala irá apresentar o workshop “As Novas Estratégias para Vendas e Pós-vendas”.

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A Fenabrave participou de eventos dos segmentos de automóveis, caminhões e motocicletas nos meses de março e abril. No dia 25 de março, a entidade foi representada pelo coordenador setorial, Marcelo Franciulli, na 10ª edição do Prêmio Moto de Ouro, evento promovido no Teatro Raul Cortez, em São Paulo/SP, pela revista Motociclismo.

Honda e Yamaha saíram da festa com três troféus cada. Os outros dois prêmios fi caram com Suzuki e BMW. No total, os leitores da revista votaram em oito categorias: City (Honda CG 150 Titan), Trail/Fun (Yamaha XTZ 250X), Custom (Suzuki Boulevard M800), Touring (BMW K 1200GT), Sport (Yamaha YZF-R1), Naked (Honda CB 600F Hornet), Scooter/Cub (Honda Biz) e Maxitrail (Yamaha XT 660R).

O coordenador setorial também representou a entidade na 14ª edição do Prêmio Best Cars 2009, realizado, no dia 6 de abril, pela Revista Carro, no Centro Fecomércio de Eventos, em São Paulo. Franciulli entregou à Volkswagen o prêmio referente a “Valor de Revenda”.

Os premiados entre Produtos, foram VW Gol (categoria de compacto), Ford Focus (hatch médio), Honda Civic (sedan médio), Fiat Palio Weekend (station wagon monovolume), Chrysler 300 C (luxo), Mercedes-Benz Classe C (executivo), Rolls-Royce Phantom (top), Porsche Cayenne (SUV), Toyota Hilux (picape) e Ferrari F430 Scuderia (esportivo).

No item Prêmios de Imagem, as vencedoras foram Honda (categoria de confi abilidade), Volkswagen (valor de revenda), BMW (qualidade), Fiat (publicidade), Volvo (segurança), Porsche (esportividade), BMW (tecnologia), Volkswagen (assistência técnica), Mercedes-Benz (automobilismo), BMW (design), Honda (meio ambiente), Volkswagen (custo/benefício), BMW (sonho de consumo) e Kia (proprietário mais satisfeito).

Ao fi nal do evento, houve a entrega do troféu da Marca Mais Querida, de posse transitória, que será conquistado em defi nitivo pela empresa que somar cinco vitórias. Este ano, o prêmio fi cou com a Volkswagen que, agora, acumula duas conquistas.

No dia 7 de abril, a premiação foi dirigida ao segmento de caminhões. Alarico Assumpção Júnior, presidente executivo da Fenabrave, marcou presença na 16ª edição do Prêmio Lótus, realizado pela Editora Frota, no Espaço Armazém, em São Paulo/SP. À Mercedes-Benz foi concedido o prêmio marca do ano em veículos comerciais, marca do ano em caminhões semileves e pesados, marca do ano em chassis urbanos e rodoviários, chassi do ano (OF 1722), caminhão

Prêmios para automóveis, motocicletas e caminhões

semileve do ano (Sprinter 313), caminhão médio do ano (L1318), chassi urbano do ano (OF 1722) e chassi rodoviário do ano (O 500RS 1836). A Volkswagen se destacou como marca do ano em caminhões leves, médios e semipesados, caminhão do ano (24.250 Constellation), caminhão leve do ano (8.150 Delivery), caminhão semipesado do ano (24.250 Constellation) e caminhão pesado do ano (19.320 Constellation). Já a Fiat fi cou com o prêmio furgão leve do ano (Fiorino Furgão), furgão do ano (Ducato Furgão) e van do ano (Ducato Van). A Agrale foi considerada a marca do ano em chassis leves e também levou o prêmio de chassi leve do ano (MA 8.000L) e a Hyundai se destacou com a camioneta de carga do ano (HR). A Iveco Mercosul foi a empresa do ano.

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Yutaka Kume, presidente da Yamaha, recebe premiação no “Moto de Ouro”.

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Apoio Jurídico Por Roberto França de Vasconcellos

Roberto França de Vasconcellos é LLM em Direito Tributário

Internacional pela Universidade de Munique, Doutor em

Direito Econômico Financeiro pela Universidade de São

Paulo, Professor da Escola de Administração de Empresas de

São Paulo (EAESP) da Fundação Getúlio Vargas, Coordenador

Acadêmico e Professor dos Cursos do GVLaw – programa de educação

continuada da Direito GV - e Advogado em São Paulo.

Ao reduzir recentemente a tributação do IPI incidente sobre os automóveis, o governo demonstra a pretensão de infl uir no comportamento dos consumidores, induzindo-os ao consumo, de forma a minimizar os efeitos da crise econômica sobre a indústria automobilística. Neste sentido, o governo utiliza o tributo na sua função indutora.

O efeito indutor do IPI

A literatura jurídica costuma afirmar, por vezes sem muita precisão técnica, a coexistência dos efeitos arrecadatório e indutor dos tributos. É importante observar, contudo,

que dificilmente um tributo assumirá apenas uma destas feições, já que não há necessariamente uma relação excludente entre ambas, mas apenas uma questão de ênfase.

Assim, um tributo poderá, por decisão do ente tributante, buscar principalmente um fim arrecadatório ou, diversamente, um efeito indutor, admitindo-se este último como aquele que tem por objetivo influir na ordem econômica e social, atuando sobre o comportamento dos contribuintes.

Tratando-se especificamente do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), com alíquotas variando de acordo com o produto, é possível perceber claramente o duplo efeito da tribu-tação – indutor e arrecadatório - embora em alguns momentos a ênfase num ou noutro reste bem evidente.

Contudo, desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, o IPI vem perdendo sua importância em termos arrecada-tórios para o governo federal na medida em que parte substancial das receitas obtidas com este tributo tem que ser partilhada com Estados e Municípios, o que levou o governo federal a recorrer à tributação por meio de contribuições federais para contornar o mecanismo de partilha referido.

Atualmente, a principal fonte de arrecadação do IPI res-tringe-se aos produtos derivados do tabaco, bebidas alcoólicas e automóveis, tributação que vem sendo praticada com inquestio-nável propósito arrecadatório associado ao objetivo de atenuar as externalidades provocadas principalmente pelo fumo e bebida, ou seja, com fim indutor.

Ao reduzir, recentemente, a tributação do IPI incidente sobre os automóveis, o governo demonstra a pretensão de influir no comportamento dos consumidores, induzindo-os ao consumo, de forma a minimizar os efeitos da crise econômica sobre a indústria automobilística. Neste sentido, o governo utiliza o tributo na sua função indutora.

Todavia, não se pode deixar passar despercebido o aumento do IPI para a indústria tabagista, medida que se deu com o intuito justamente de compensar a perda de arrecadação do IPI com automóveis, sendo, neste caso, a tributação utilizada com efeito arrecadador.

Veja-se que, a despeito de qualquer efeito arrecadatório, as alterações das alíquotas do IPI para automóveis e para o cigarro geraram efeitos diversos. Assim, estima-se que o aumento das alíquotas do IPI para o cigarro venham a provocar uma pequena distorção inflacionária refletindo num aumento de cerca de 0,26% no IPCA.

Além da redução do IPI para automóveis, houve também redução da tributação pela COFINS para as motocicletas. De qualquer forma, prevaleceu a reivindicação dos sindicatos, se-gundo a qual a redução do IPI deveria ser atrelada à manutenção dos empregados as empresas beneficiadas.

Não há dúvidas, porém, que o efeito indutor (incentivo ao consumo) pretendido com a redução do IPI foi alcançado, ainda que parcialmente, como demonstram as vendas de carros nos últimos meses.

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A crise financeira, que começou nos Estados Unidos, se alastrou pela economia mundial, atingindo o crédito e a indústria brasileira. Os bancos americanos e euro-peus, que até então eram vistos como sólidos, acabaram gerando uma crise de confiança. Os re-

cursos financeiros sumiram. Instituições financeiras restringiram o acesso ao crédito e vários setores foram prejudicados com a contração dos financiamentos, redução da demanda interna e pela queda das exporta-ções. Não só no Brasil, mas no mundo todo, os setores que mais sofreram com a queda na demanda, foram o automotivo e o imobiliário. O setor automobilístico enviou ao mercado externo 180,5 mil veículos (au-tomóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) no primeiro trimestre de 2008. Este volume foi 53,89% menor no mesmo período deste ano, quando as ex-portações não passaram de 86 mil unidades.

No Brasil, os impactos foram vistos de forma indi-reta. Para Adalberto Savioli, presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), a insolvência dos mercados americanos e europeus trouxe ao País um volume de saque considerável devido à insegurança de investi-dores, o que acabou resultando num problema de liquidez. “O que não podemos desconsiderar são os reflexos disso. Esta situação motivou as instituições financeiras a retraírem a oferta de crédito e se posi-cionarem em carteira com menores prazos e maior liquidez, travando a economia”, enfatizou Savioli. Da segunda quinzena de setembro de 2008 até janeiro de 2009, ocorreu uma desaceleração muito forte na oferta de crédito. Segundo o presidente da entidade, as instituições passaram a exigir uma entrada maior

Aeconomia mundial, atingindo o crédito e a indústria brasileira. Os bancos americanos e euro-peus, que até então eram vistos como sólidos, acabaram gerando uma crise de confiança. Os re-

cursos financeiros sumiram. Instituições financeiras restringiram o acesso ao crédito e vários setores foram prejudicados com a contração dos financiamentos, redução da demanda interna e pela queda das exporta-ções. Não só no Brasil, mas no mundo todo, os setores que mais sofreram com a queda na demanda, foram o automotivo e o imobiliário. O setor automobilístico enviou ao mercado externo 180,5 mil veículos (au-tomóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) no primeiro trimestre de 2008. Este volume foi 53,89% menor no mesmo período deste ano, quando as ex-portações não passaram de 86 mil unidades.

No Brasil, os impactos foram vistos de forma indi-

passou...

Segundo especialistas, o pior da crise, para o Brasil, já passou. Mas alguns segmentos do setor automobilístico ainda enfrentam difi culdades. Falta frete para os caminhoneiros e melhores condições de fi nanciamento no mercado de duas rodas e de veículos usados.

No Brasil, os impactos foram vistos de forma indi-reta. Para Adalberto Savioli, presidente da Associação

prejudicados com a contração dos financiamentos, redução da demanda interna e pela queda das exporta-ções. Não só no Brasil, mas no mundo todo, os setores que mais sofreram com a queda na demanda, foram o automotivo e o imobiliário. O setor automobilístico enviou ao mercado externo 180,5 mil veículos (au-tomóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) no primeiro trimestre de 2008. Este volume foi 53,89% menor no mesmo período deste ano, quando as ex-portações não passaram de 86 mil unidades.

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para financiar e a reduzir seus prazos. As medidas fizeram com que uma parte do mercado, que antes conseguia tomar crédito, fosse recusada. Na ocasião, instituições menores saíram de alguns nichos do mercado, principalmente de motos e veículos usados, pela falta de funding, prejudicando ainda mais o setor, especialmente o segmento de duas rodas. Segundo estimativas, o aumento da recusa de financiamentos foi da ordem de 25%.

O governo, diante deste cenário, foi ágil – imple-mentou algumas medidas para aquecer a economia, entre elas, compra de crédito via recursos do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), melhorando, assim, a liquidez do sistema; redução da alíquota do Impos-to sobre Propriedade Industrial (IPI), e garantia de depósitos até R$ 20 milhões. “Isto fez com que os in-vestidores voltassem a aplicar recursos em instituições menores, retomando o mercado”, afirmou Savioli.

Para ele, o principal desafio neste momento é restabelecer o nível de confiança do consumidor, reduzir os níveis de inadimplência e continuar a esti-mular o crédito para que a economia não desaqueça ainda mais. “O pior da crise aqui no Brasil já passou, graças aos dispositivos de nossa economia, sejam os compulsórios, que serviram para conter a oferta num momento de inflação e agora ajudaram a irrigar o mercado, sejam as reservas cambiais ou o Fundo Garantidor de Créditos, que possibilitou a injeção de recursos na compra de carteiras”, afirmou o presidente da Acrefi.

Motos: setor mais afetado pela restrição de crédito – Ape-sar de o governo ter anunciado algumas medidas para sustentar a atividade econômica e consolidar vendas no setor automobilístico, como a redução da alíquo-ta do IPI e da COFINS, o segmento de duas rodas não ainda não deslanchou. O setor de motocicletas, que mais vinha crescendo, tirou o pé do acelerador. De 2006 para 2007, o segmento registrou alta de 32,68%. Em 2008, as vendas do segmento cresceram 12,69%. No entanto, com as dificuldades de acesso ao crédito, as vendas despencaram. Em setembro, os emplacamentos de motocicletas totalizaram 184.375 unidades. Este número reduziu para 150.119 uni-dades em outubro, numa queda de 18,58% de um

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O setor de motocicletas, que mais vinha crescendo, tirou o pé do acelerador.

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mês para o outro. Em novembro, as vendas do setor diminuíram ainda mais para 124.177 unidades, num decréscimo de 17,28%. Em fevereiro de 2009, o volu-me caiu para 106.742 unidades. Comparando os três primeiros meses deste ano com o de 2008, a retração foi de 15,11%. “O nível de exposição no segmento de duas rodas a risco de crédito é maior comparado aos veículos pesados e leves. Com o agravamento da crise, o custo do funding aumentou e a inadimplência veio a reboque, afetada pela diminuição de renda e pelo alto índice de desemprego. Por isso, os bancos diminuíram as linhas de crédito para o financiamento de motos”, afirmou Savioli, explicando um dos motivos para o desaquecimento nas vendas no setor. No segmento de motocicletas, a inadimplência é pelo menos 35% maior se comparada ao setor de carros novos. “A parcela de uma moto está em torno de R$ 250,00, isto representa aproximadamente 25% da renda do consumidor deste tipo de produto. As classes C e D foram as mais afetadas pela queda na renda e pelo nível de desemprego e, por isso, é mais sensível ao default no pagamento”, ressaltou Savioli.

O perfil dos clientes de motocicletas causa dificul-dade para o setor. Segundo o presidente da Acrefi, os compradores de motocicletas de baixa cilindrada, que representam cerca de 85% do mercado, pertencem, geralmente, à classe de menor renda e menor poupan-ça. “Os motociclistas utilizam a moto para trabalho e, na crise econômica, é a classe que mais sofre com o desemprego e redução de renda, principalmente, os autônomos”, disse o presidente da entidade. Por outro lado, os bancos passaram a exigir um valor de entrada nos financiamentos, o que acabou reduzindo o nível de aprovação do crédito. Há ainda a desvalorização do bem usado. “A desvalorização da moto usada cres-ceu significativamente e a oferta de crédito para essa linha praticamente secou. Com isso, ficou mais difícil comprar a nova”, comentou.

Com a crise, os bancos pequenos e médios, que mais ofereciam crédito para o setor, deixaram de financiar motocicletas. “Antes da crise 100% do valor da moto podia ser financiada com uma taxa de 1,9% em 60 vezes. Atualmente, a taxa está acima dos 2,3% com financiamento máximo de 90% do valor num plano de 48 vezes. O cenário mudou”, ressaltou

Savioli. Mais uma vez, o governo age rápido e, no dia 30 de março, reduz de 3% para zero a alíquota da COFINS incidente sobre as vendas de motocicletas com o objetivo de reduzir o preço dos produtos.

Demonstrando otimismo, apesar das turbulências no mercado, o presidente da Acrefi, que também é diretor do Banco Panamericano, acredita na recupe-ração do setor automobilístico. A previsão é que, no segundo semestre de 2009, o volume de financiamen-tos seja semelhante ao do terceiro trimestre de 2008, quando a crise ainda não havia se instalado. Mas, ele enfatiza: “Não haverá falta de crédito, mas terá um nível maior de exigência para a sua concessão”.

Adalberto Savioli, presidente da Acrefi e Eriodes Battistella, presidente da Assobasc.

O perfil dos clientes de motocicletas causa dificuldade para o setor

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Mercado de caminhões depende da economia – O mer-cado de caminhões também enfrenta dificuldades. As vendas do segmento recuaram 21,98% em no-vembro e 10,41% em dezembro. Comparando o primeiro trimestre de 2009 com o do ano anterior, o setor retraiu 16,62%. Três pilares sustentam o setor de transporte no Brasil: o segmento industrial, a mineração e o agronegócio. “Infelizmente, dos três pilares, o único setor que está transportando um pouco mais é o da agricultura. Está faltando frete”, afirmou Sérgio Reze, presidente da Fenabrave. Além do desaquecimento da indústria e da mineração, outro fator deve ser considerado – a retração da ex-portação. “O diferencial desta crise é que não é uma crise de alguns países. É mundial. Todo o mundo se fecha”, comentou o presidente da Fenabrave. Para ele, a crise deve se estender um pouco até que os países envolvidos comecem voltar às compras. A economia brasileira foi uma das menos afetadas se comparada ao restante do mundo. O governo agiu rapidamente. Para estimular o mercado interno, em dezembro de 2008, o governo reduziu o Imposto sobre Propriedade Industrial (IPI) no setor automo-tivo. O imposto das caminhonetes foi reduzido de

8% para 1% e dos caminhões de 5% para zero. O mercado automotivo reagiu e a medida, que deveria vigorar somente até 30 de março, foi prorrogada por mais três meses (até junho de 2009).

Eriodes João Battistella, presidente do Conselho Diretor da Associação Brasileira dos Concessionários Scania (Assobrasc) acredita que as recentes medidas do governo – redução do IPI e elevação de 80% para 100% o valor financiável do caminhão no Finame – deverão surtir resultados em curto prazo, mas a médio e longo prazos serão necessárias medidas estruturais. No início do ano, o Banco Nacional de Desenvol-vimento Econômico e Social (BNDES) divulgou algumas medidas que beneficiaram o setor. Os cami-nhões e ônibus novos começaram a ser financiados até o limite de 100%, com taxa de 9,10% ao ano para grandes empresas e 7,90% ao ano para micro, peque-nas e médias empresas, acrescido do spread do agente financeiro. O setor de usados também foi favorecido e passaram a ser financiados em até 80%, com taxa de 14,75% ao ano mais o spread do agente.

Battistella confia no empresariado. “O trans-portador está mais organizado do que no passado, pensa mais em longo prazo, planeja melhor e sabe

O mercado de caminhões usados deve operar em novos patameres de volumes e preços.

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que o envelhecimento da frota traz altos custos”, disse o presidente da entidade. Para ele, o mercado de transporte cresce com a atividade econômica em alta e o consequente aquecimento dos fretes. “Certamente, o setor evoluirá com a recuperação da confiança na economia. O ano de 2008 foi o melhor ano da história do segmento de caminhões, um ano excepcional e atípico. O ano de 2009 tem condições de apresentar também bom desempe-nho”, afirmou o Battistella, acrescentando: “Nos primeiros meses do ano, os analistas estavam re-ceosos para falar em volumes de caminhões novos para 2009, mas já há notícias que o mercado poderá superar as 100 mil unidades novas, o que seria muito bom. Já o mercado de usados deverá operar em novos patamares de volumes e preços. Ainda é muito cedo para diagnosticar”.

Sergio Reze, presidente da Fenabrave e Valdner Papa, consultor especializado no setor automotivo.

O setor de usados também sofreu com a desvalorização dos veículos

Apesar da crise, usados podem ter bons resultados – Outro setor afetado pela crise econômica foi o de veículos usados. De janeiro a abril de 2009, foram negociados 2,6 milhões de veículos usados (automóveis, comer-ciais leves, caminhões, ônibus, motos e implementos rodoviários), numa queda de 11,19%. O mercado de automóveis e comerciais leves caiu 12,76% no período, passando de 2,3 milhões para 2,0 milhões. Faltam linhas de crédito para este tipo de veículo. “Carros usados possuem uma perda mais alta e os bancos médios e pequenos, que mais financiavam es-tas linhas, acabaram diminuindo bastante o volume de crédito disponibilizado”, disse Adalberto Saviolli, presidente da Acrefi, apontando um dos motivos para a retração do mercado. As taxas de juros e con-dições de financiamento também foram alteradas. De setembro para novembro, a taxa de juros para

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veículos usados subiu de 1,70% para 2,90%. Não se exigia um valor de entrada para comprar o automóvel. Em novembro, a média de entrada era de 25% do valor do bem.

“Se os bancos passam a ser mais restritivos a este setor, o mercado não gira, acarretando queda das vendas de carros novos”, ressaltou Saviolli.

Além das dificuldades enfrentadas devido ao fi-nanciamento, o setor de usados também sofreu com a “desvalorização” dos veículos que exigiu rápida mo-dificação de atitude na negociação. “Quando o preço cai devemos realizar o prejuízo de imediato e recuperar no novo preço médio de compra”, disse o consultor Valdner Papa. Segundo ele, os concessionários precisa-ram modificar o critério de compra do usado para que os preços médios do estoque fossem ajustados.

Carros, motocicletas e caminhões usados foram afetados. No entanto, mais uma vez, o segmento mais prejudicado foi o de duas rodas. “Os preços das motos usadas se aproximaram demais das novas e o crédito está com a recuperação mais lenta”, comentou Papa, aconselhando os concessionários a ampliar a base de parceiros financeiros já que o crédito seletivo deve continuar ainda um tempo.

Não supervalorize o usado – Um dos grandes erros apon-tados pelo consultor é supervalorizar o veículo usado para encobrir a realidade da venda do carro novo. “O preço certo é do mercado. Aquele que garante uma margem mínima estabelecida no ato da compra, vendendo pelo preço do mercado comprador”, co-mentou Valdner Papa. A margem comercial sugerida é de 12% na negociação do usado e de 7% no F&I. Mas, a prioridade não é a margem comercial e sim o

F&I. “O cliente do veículo seminovo busca valor de prestação, aumentando o potencial de alto retorno financeiro”, ressaltou o consultor.

De olho na gestão do estoque – Apenas os veículos usa-dos que possuem perfil de procura na concessionária é que devem ficar no estoque. “Os demais veículos precisam ser imediatamente negociados mesmo com menor margem de rentabilidade”, disse o consultor. Ele recomenda ainda especial atenção com a expo-sição do veículo tanto no quesito limpeza quanto com relação às informações do produto. “Foque no veículo certo e no giro de estoque”, enfatizou Papa, para quem carros com mais de 20 dias em estoque são considerados críticos.

Apesar do momento conturbado, o veículo usado pode ser uma oportunidade para garantir bons resul-tados no negócio. “O mercado de usados é três vezes o de novos. Mais de 9 milhões de veículos usados são negociados por ano”, comentou Papa. Os distribuido-res de veículos exploram apenas 27% deste mercado, apesar de oferecerem fatores fundamentais ao consu-midor: confiabilidade no produto e na negociação e “facilidade” de parcelamento.

Segundo pesquisas de mercado, os concessioná-rios, que superam com maior preparo as flutuações de mercado e que conseguem garantir maior lucrativida-de, possuem uma participação entre 30% a 33% de usados sobre o Lucro Bruto Total. Esta participação implica em ter uma relação entre 0,7 e 1,0 usado para cada veículo novo. “A concessionária precisará cada vez mais do desempenho das vendas de veículos usados na composição do resultado do negócio”, concluiu Papa.

O mercado de usados é três vezes o de novos

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veículos usados subiu de 1,70% para 2,90%. Não se exigia um valor de entrada para comprar o automóvel. Em novembro, a média de entrada era de 25% do valor do bem.

“Se os bancos passam a ser mais restritivos a este setor, o mercado não gira, acarretando queda das vendas de carros novos”, ressaltou Saviolli.

Além das dificuldades enfrentadas devido ao fi-

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Lucio Cesar de Oliveira

Para incentivar o uso efi ciente de fontes de energia não renováveis, o Ministério de Minas e Energia criou o Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural (CONPET). Coordenado por representantes de órgão do Governo Federal e da iniciativa privada e gerido com recursos técnicos, administrativos e fi nanceiros da Petrobras, o CONPET já realizou várias ações para promover a racionalização do uso efi ciente dos derivados de petróleo. Em uma das iniciativas, a Petrobras fez parceria com o Inmetro para desenvolver o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBE), a etiqueta que indica o consumo de combustível de veículos comercializados no país, semelhante àquela utilizada em eletrodomésticos. Lucio Cesar de Oliveira, gerente de suporte ao Conpet na Petrobras, concedeu entrevista à Revista Dealer e falou sobre os projetos e ações voltadas à efi ciência energética, bem como sobre o convênio fi rmado com a Fenabrave.

mais efi cientes eVeículoseconômicos

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Revista Dealer – Quando e com que objetivo foi criado o Conpet – Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural?Lúcio César de Oliveira – O Conpet foi criado por decreto presidencial em 18 de julho de 1991, cabendo à Petrobras a sua implementação. Os objetivos do Conpet são: promover a conscientiza-ção da sociedade sobre a importância do uso racional dos combustíveis derivados do petróleo e do gás natural e estimular o desenvolvimento tecnológico para maior efi ciência energética.

Revista Dealer – Quais projetos são promovidos pelo Conpet?Lúcio César de Oliveira – O Conpet desenvolve projetos para os principais setores consumidores de combustíveis. Na área educa-cional, além de diversas ações de conscientização da população em geral, o Conpet na Escola promove um trabalho voltado para os professores do ensino fundamental que visa à conscientização da geração futura na preservação dos recursos naturais. No setor residencial, o Programa Brasileiro de Etiquetagem - PBE, reali-zado em parceria com o Inmetro, e o Selo Conpet de Efi ciência Energética buscam a redução do consumo de gás por meio da utilização de etiquetas em fogões e aquecedores de água cada vez mais efi cientes. No setor de transportes, projetos como o Economizar e o Transportar objetivam a redução do consumo de óleo diesel e das emissões de ônibus e caminhões por meio da avaliação da opacidade da fumaça do escapamento. Ainda nesse setor, o recém lançado Programa de Etiquetagem Veicular tem por objetivo o uso de automóveis cada vez mais efi cientes e econômicos.

Revista Dealer – Qual o objetivo e a importância do convênio fi rmado com a Fenabrave?Lúcio César de Oliveira – O convênio de cooperação técnica entre o Conpet, por meio da Petrobras, e a Fenabrave, tem o objetivo de levar aos consumidores os benefícios advindos de ações que estimulem o uso mais efi ciente dos combustíveis fós-seis, ou de fontes renováveis de energia nos veículos automotores comercializados pelas afi liadas à Fenabrave.

Revista Dealer – De que forma será a abordagem junto à rede de distribuidores de veículos?Lúcio César de Oliveira – Será conduzida e orientada pela Fe-nabrave com o apoio do Conpet/PETROBRAS.

Revista Dealer – Quais ações já foram realizadas por meio do convênio?Lúcio César de Oliveira – O Conpet forneceu apoio à realização do XVII Congresso Fenabrave e foi realizado o custeio da infra-estrutura e da logística dos eventos regionais da Fenabrave nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Pará, Distrito Federal, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Goiás e Minas Gerais. Houve também divulgação

das ações da Fenabrave nos eventos do Conpet, realização de entrevista do pre-sidente da Fenabrave, Sr. Sérgio Antonio Reze no Portal Conpet e divulgação de várias matérias nos veículos de comuni-cação das duas entidades.

Revista Dealer – Já foram alcançados resultados? Surgirão outros convênios?Lúcio César de Oliveira – Além dos

já alcançados que foram substanciais, es-tamos muito esperançosos na atuação conjunta na missão de esclarecer ao consumidor sobre a consulta da tabela de efi ciên-cia energética de veículos leves em que a Fenabrave e seus afi lia-dos, por sua abrangência nacional, têm relevante signifi cância. Tendo em vista o sucesso do atual, esperamos aprimorar nosso relacionamento enfatizando o setor dos veículos pesados. Revista Dealer – O senhor tem participado de diversos Encontros Re-gionais Fenabrave. Que mensagem tem deixado aos distribuidores de veículos?Lúcio César de Oliveira – O Conpet tem sido representado nos Encontros Regionais Fenabrave pelo engenheiro Claudio Alzuguir, responsável pelas atividades do Programa Brasileiro de Etiquetagem na Petrobras. Em sua preleção, são apresentadas as ações do Conpet para o setor de transporte, e em especial, como será implementada a etiquetagem voluntária dos automóveis no Brasil, detalhando para os distribuidores todas as informações sobre essa nova iniciativa.

Revista Dealer – Quando e com qual objetivo foi lançado o Pro-grama Brasileiro de Etiquetagem?Lúcio César de Oliveira – O Programa Brasileiro de Etiqueta-gem – PBE, do Inmetro, já existe desde meados dos anos 80 para os eletrodomésticos movidos a energia elétrica. Posteriormente foram incluídos os aparelhos domésticos a gás. O PBE visa pro-ver os consumidores de informações que lhes permitam avaliar e otimizar o consumo de energia dos equipamentos ao selecionar os modelos com maior efi ciência energética.

Revista Dealer – Que setores estão envolvidos no Programa Bra-sileiro de Etiquetagem Veicular?Lúcio César de Oliveira – O PBE Veicular abrange todos os veículos leves com motores do ciclo Otto, isto é, movidos à ga-solina, álcool ou GNV (se de fábrica) comercializados no país, sejam eles fabricados no Brasil ou importados. O programa foi lançado, em novembro de 2008, no Salão do Automóvel e efe-tivamente iniciado, em abril deste ano, com a divulgação da primeira tabela de consumo dos modelos participantes. Além do Inmetro, do Conpet e da Petrobras participaram da elaboração da regulamentação do PBE Veicular a ANP, o Ibama, a Cetesb, o laboratório de pesquisas da Petrobras (Cenpes) e os fabricantes associados à Anfavea e importadores associados à Abeiva.

Revista Dealer – Quais fabricantes de veículos já aderiram ao Programa? Acredita que todas irão aderir?

Os fabricantes que já aderiram ao PBE Veicular

mostraram um compromisso de transparência com seus consumidores ao fornecer o consumo de combustível

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Lúcio César de Oliveira – Nesta primeira fase, aderiram ao PBE Veicular declarando o consumo de alguns de seus modelos 2009 as seguintes marcas: Chevrolet (GM); Fiat; Honda; Volkswagen e Kia. Ainda em 2009 haverá a segunda fase de adesão na qual cada fabricante que decidir participar deverá declarar o consumo de pelo menos metade dos seus modelos 2010. Acredito que nessa fase já irão ocorrer novas adesões e que, em 2010, prova-velmente todas as grandes marcas deverão ter aderido, pois seus consumidores irão exigir.

Revista Dealer – Em sua opinião, o Programa Brasileiro de Etiquetagem irá trazer maior transparência às montadoras de veículos já que os consumidores poderão medir e comparar a efi ciência dos produtos em relação ao consumo de combustível?Lúcio César de Oliveira – Com certeza. Os fabricantes que já aderiram ao PBE Veicular mostraram um compromisso de transparência com seus consumidores ao fornecer o consumo de combustível de seus veículos e permitir a comparação quanto à sua efi ciência energética com os demais veículos da categoria. É importante ressaltar que os valores informados são valores de referência medidos em laboratório de maneira normatizada, igual para todos, a fi m de se permitir uma comparação com parâmetros idênticos no momento da compra. São usados no teste combustíveis padrão e ciclos de condução pré-defi nidos que simulam uma condição média de utilização do veículo na cida-de e na estrada. Esses valores poderão variar para mais ou para menos durante o uso do veículo já que o consumo observado irá depender das condições do trânsito, do veículo, do combustível e dos hábitos do motorista.

Revista Dealer – Para os consumidores, a etiqueta funcionará como uma “ferramenta” no momento da escolha dos veículos? Lúcio César de Oliveira – Sim. A partir de agora o consumidor brasileiro terá a sua disposição mais um aliado na hora de esco-

lher um veículo. Esses dados estão disponíveis nas tabelas dos veículos participantes disponíveis nas páginas do Conpet (www.conpet.gov.br) e do Inmetro (www.inmetro.gov.br) e na Etiqueta Nacional de Conservação de Energia para Veículos, que poderá estar afi xada no vidro traseiro esquerdo dos automóveis. Todas as distribuidoras das marcas participantes deverão disponibilizar para seus clientes uma forma de consultar a tabela completa com todos os veículos, inclusive aqueles das outras marcas.

Revista Dealer – Em sua opinião, o Programa irá agregar va-lor aos veículos, contribuirá com a sustentabilidade do Planeta, economia do País e a saúde da população? Lúcio César de Oliveira – Com certeza. A busca por veículos mais efi cientes induzirá a fabricação de automóveis que conso-mem menos combustível e consequentemente emitem menos gases associados ao aquecimento global e à poluição urbana. Esta busca proporcionará também um desenvolvimento tecnológico da indústria automotiva brasileira benefi ciando a economia do país e melhorando a qualidade do ar com refl exos diretos na nossa saúde.

Revista Dealer – Já que o Conpet realiza ações voltadas para efi ciência energética. O senhor pode dar algumas dicas de como dirigir consumindo menos combustível?Lúcio César de Oliveira – Em primeiro lugar, é importante que o motorista adote os hábitos para uma direção econômica: sem acelerações desnecessárias e reduções bruscas, com utilização cor-reta da embreagem e do câmbio e sem excessos de velocidade, por exemplo. Outro fator de grande infl uência no consumo é o estado do veículo, por isso devemos semanalmente calibrar os pneus e fazer sempre as regulagens periódicas do motor e outras manutenções necessárias. A qualidade do combustível também infl uencia no consumo e somente devemos abastecer em postos de confi ança.

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Debate Por Cícero Lima

Cícero Lima é editor da revista Duas Rodas.

A efi ciência e atenção no atendimento se mostram cada vez mais necessárias a fi m de manter o cliente fi el à marca e à concessionária.

Para escrever sobre a importância do atendimento nas con-cessionárias de motos, vou relembrar uma viagem que fiz no verão de 1990. Março é um mês quente no Uruguai

e o calor costuma sufocar os moradores da cidade de Trinta e Três, bem próxima à divisa com o Brasil. Alheias à temperatura, as duas motos Agrale STX 27.5 estacionadas na praça central da cidade chamavam atenção. Alguns moradores anotavam as pla-cas para apostar no jogo do bicho e outros vinham conversar co-nosco perguntando se não tínhamos medo de viajar de moto. As placas de São Paulo e o adesivo da bandeira do Brasil eram nosso passaporte para a fama repentina. Seguimos viagem e a corrente de uma das motos quebrou. Nesse momento me lembrei das sábias palavras do Gilberto dos Santos Neto, dono da conces-sionária Agrale AGE Moto: “Não deixe de levar uma emenda de corrente”. Consertamos a moto e seguimos viagem...

Veja só, isso aconteceu há quase 20 anos e continuo usando esse exemplo de bom atendimento. Na época, a marca Agrale estava bem no Brasil, detinha perto de 10% do nosso mercado concorrendo com as gigantes Honda e Yamaha. Ainda assim, o proprietário da revenda fazia questão de atender pessoalmente parte dos clientes e se envolvia em projetos de viagens como o meu. Eu e meu amigo Marco Aurélio compramos duas motos Agrale para viajar à Argentina e ao Uruguai. Sem experiência em longos trajetos, contamos com a ajuda da equipe da AGE Moto: “Façam uma lista de peças sobressalentes que emprestamos, depois a gente acerta”. Claro que precisamos de muitas peças em nossa viagem de quase 8.000 km.

Acabaram-se as férias e voltamos para o dia-a-dia de São Paulo. Devolvemos as peças que não usamos para o Gilberto e ele não quis receber o valor das peças que usamos na viagem. Depois de algum tempo, nossa viagem foi publicada em repor-tagens do jornal Folha de S. Paulo e da Revista Duas Rodas, onde agradecemos à revenda AGE Moto (que ganhou um belo merchandising).

Naquela época o Gilberto, com seu excelente atendimento, era referência dos proprietários de motos Agrale na cidade. Para dizer a verdade, muita gente gostava mais do atendimento da

Bom atendimento o tempo não apaga

AGE Moto (que organizava passeios e outros eventos nos fins de semana) que das motos. As Agrale usavam motores dois tempos e sempre apresentavam problemas, tinham péssima fama entre os mecânicos e baixa liquidez. Ainda assim, as ações de marketing e a eficiência no atendimento daquela concessionária mantiveram a marca viva por muitos anos em São Paulo. Depois que as motos deixaram de ser fabricadas, todos sabiam onde encontrar as peças Agrale: na AGE Moto tem!

Voltando para os dias atuais, hoje o consumidor tem deze-nas de marcas para escolher (em 1990 havia Honda, Yamaha e Agrale) e a concorrência está mais feroz. A eficiência e atenção no atendimento se mostram cada vez mais necessárias a fim de manter o cliente fiel à marca e à concessionária. A honestidade de dizer a um cliente que aquele produto não é adequado às suas necessidades pode impedir a concretização de uma venda, mas não podemos “empurrar” uma moto a um cliente que não terá uma boa experiência com o produto. Não faltam vendedo-res que têm a cara-de-pau de dizer que uma moto custom de 750cc pode ser usada no dia-a-dia. Ora, sabemos que essa moto não oferece mobilidade no trânsito, os canos de escapamento esquentam as pernas e outras características dificultam seu uso diário. Uma venda assim pode ser concretizada e trazer lucro momentâneo para a concessionária, mas com certeza afastará o cliente no futuro.

E num mercado tão competitivo quanto o nosso, a receita para ser lembrado, além dos investimentos em marketing, é o bom atendimento (e com honestidade). Quando o vendedor é lembrado pelo cliente, que diz “com fulano, compro a moto até de olhos fechados”, ele terá um cliente por muito tempo.

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Por Cícero Lima

Cícero Lima é editor da revista Duas Rodas.

necessárias a fi m de manter o cliente fi el à marca e à concessionária.

Bom atendimento o tempo não apaga

AGE Moto (que organizava passeios e outros eventos nos fins de semana) que das motos. As Agrale usavam motores dois tempos e sempre apresentavam problemas, tinham péssima fama entre os mecânicos e baixa liquidez. Ainda assim, as ações de marketing e

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9Tendências

A internet se tornou extremamente necessária para qualquer empresa. Segundo especialistas, quem não investir ou marcar presença no ambiente virtual fi cará totalmente fora do mercado.

no mundo

O número de internautas que já usou internet no país (seja em escolas, no trabalho ou na própria residência) chega a 62,3 milhões, segundo os dados divulgados pelo Ibope. Isso representa um aumento de quase 45%

em relação aos dados referentes ao último trimestre de 2008, estimados em 43,2 milhões.

Entre os que usaram internet em casa em fevereiro, 87% navegam por meio da conexão banda larga – um aumento de 24% em relação a fevereiro do ano passado. “O crescimento de uso da conexão por banda larga foi maior entre o público feminino, principalmente crianças e adolescentes”, afirma o analista de mídia do Ibope, Marcelo Calazans.

Segundo o Ibope, o tempo de conexão “per capita” caiu 10,7% em relação ao mês passado: são 22 horas e 10 minutos para cada internauta. Para se ter uma idéia, no Reino Unido, o tempo médio é de 23 horas e 29 minutos, na Ale-manha é de 22 horas e 22 minutos e na França é de 22 horas e 50 minutos.

Isso significa que a população brasileira que tem acesso à internet se mantém online praticamente o mesmo tempo que os países desenvolvidos. “A internet deixou de ser um luxo para ser uma necessidade. As empresas que não investirem ou marcarem pre-sença na internet ficarão fora do mercado”, explica a jornalista Rosana Hermann, que se considera blogueira compulsiva.

Segundo Rosana Hermann, as empresas podem trabalhar na internet de diversas formas. Em primeiro lugar ela explica que

é essencial a corporação ter um site institucional na rede. “Depois, uma boa idéia é anunciar na internet,

procurando os nichos certos de cada mercado. Dependendo da natureza da empresa, ela

pode ter um blog e um twitter, para con-tato direto com o consumidor”, diz a jornalista. “A internet não é apenas um meio barato, mas direcionado, eficaz e perene. Você veicula um comercial na TV e não pode vê-

lo novamente. A menos que...você veja na internet. A in-

ternet é veículo e arquivo ao mesmo tempo. As ou-tras mídias não”.

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A jornalista Rosana Hermann, “blogueira compulsiva”, e a relações públicas Carolina Terra, autora do livro “Blogs Corporativos – Modismo ou Tendência”.

Um ponto importante levantado pela jornalista diz respeito ao relacionamento da empresa com o consumidor na internet. De acordo com a experiência de Rosana Hermann no mundo virtual (ela mantém dois blogs na rede), a oportunidade de interagir com o público é um ponto positivo, pois “a presença de uma empresa na blogosfera ‘humaniza’ e aproxima a pessoa jurídica da pessoa física”, porém esta relação deve ser cautelosa: “A empresa deve dar ouvidos aos clientes. Deve se pautar pelos seus interesses. Por outro lado, é preciso haver moderação para que o blog [ou o site] não se torne apenas um canal de ofensas. Um blog sempre atualizado, em primeira pessoa, com uma ‘cara’, um ombudsman e moderação é uma boa opção”, aconselha.

Para a relações públicas, autora do livro Blogs Corporativos – Modismo ou Tendência, Carolina Terra, “a maioria das empresas tem que ao menos ter uma estratégia de presença online. Não sig-nifica que os outros meios estarão mortos, mas é um alerta para a necessidade de estar onde boa parte do público está”. Segundo ela, para que isso aconteça, é necessário realizar um planejamento de comunicação para o ambiente online, da mesma forma que as empresas planejam a comunicação para os outros meios. “A empresa deve conhecer bem a sua audiência e os seus públicos para planejar e implementar as melhores ferramentas de acordo com os perfis destas pessoas”.

Fenabrave online – Atenta a este meio eficaz de relaciona-mento, a Fenabrave já possui um projeto de comunicação institucional estruturado para o ambiente online, na gestão de

conteúdos dos sites da entidade. “Iniciamos um processo de reestruturação e atualização baseado em um tripé: agilidade, atualidade e interatividade. Para se ter uma idéia, publicamos notícias dos encontros regionais, por exemplo, em tempo real”, explica o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze. Segundo ele, o objetivo é levar ao público que acessa os sites um conteúdo moderno e ágil de comunicação eletrônica.

Na primeira fase de mudanças, os sites www.fenabrave.org.br, que é aberto ao público, e o www.tela.com.br, restrito a concessionários, começaram a disponibilizar notícias diárias do setor, que são atualizadas ao longo do dia e ficam em destaque na página principal. “Além das notícias, inserimos uma enquete, um fale conosco, e uma ficha cadastral que já possui mais de 4 mil inscritos. É uma importante ferramenta onde conseguire-mos interagir com o público que frequenta os sites”, conta o presidente da entidade.

Em uma pesquisa feita com os usuários, mais de um terço dos internautas acessam os sites em busca de informações para a geração de negócios. De acordo com a mesma pesquisa, 55% dos usuários acessam todos os dias, com uma frequência média de três vezes ao dia. Com uma média de 20 mil acessos mensais, chegando a 65 mil, dependendo da conjuntura econômica ou do desenvolvimento do setor, o próximo passo é fazer uma integração de três sites em um único portal. “Acreditamos que no segundo semestre, podemos lançar um portal que agregue o conteúdo do org, do Tela e um novo conteúdo para Universidade Fenabrave”, declara Reze.

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Visão Econômica Por Carlos Thadeu de Freitas Gomes

Carlos � adeu de Freitas Gomes é Chefe

do Departamento Econômico da

Confederação Nacional do Comércio de Bens,

Serviços e Turismo.

Os resultados negativos do PIB brasileiro para o último trimestre 2008 e os indicadores igualmente desfavoráveis para a atividade econômica neste início de ano reduziram as projeções para o crescimento da economia em 2009.

Apesar de abandonar a tese do descolamento, não se pode, no entanto, querer adotar o mesmo remédio que os Esta-dos Unidos, um grande estímulo fiscal e monetário, pois

a conjuntura para a economia brasileira é diferente. O cenário mais provável é de uma contração curta e uma recuperação logo em seguida, devido à atual queda da taxa real esperada de juros, e algumas medidas anticíclicas pontuais já tomadas. O crédito, se devidamente incentivado, minimizaria os efeitos da contração econômica, restaurando a confiança.

A crise internacional atinge o Brasil, assim como os demais países do globo, por diversos canais. A demanda internacional fraca e a queda dos preços das commodities reduziram as expor-tações em volume e valor, enquanto que a elevação nos prêmios de risco, nos spreads soberanos e corporativos e a menor dispo-nibilidade de recursos externos provocaram queda expressiva do financiamento externo. Com o crédito externo escasso, juntamente com a queda geral na confiança de consumidores e empresários, a disponibilidade interna de crédito se retraiu e os spreads bancários se elevaram.

Contudo, algumas condições macroeconômicas favorecem o enfrentamento da crise. Entre eles:

• A dinâmica benigna da dívida: ao contrário de crises passadas, a dívida líquida do setor público em relação ao PIB caiu com a alta do dólar. Ao mesmo tempo, com a Selic em queda, os juros incidentes sobre a dívida serão menores. Esses fatores tornam o efeito da provável redução do superávit primário proveniente da queda da arrecadação fiscal menos nocivo;

• Posição externa ainda favorável: as reservas internacionais elevadas em relação à dívida externa e uma tendência de queda do déficit em conta corrente ao longo de 2009 permitem um ajuste menos dramático no câmbio;

• Aumento rápido do excesso de capacidade ociosa e ajuste dos estoques reduzem as pressões inflacionárias enquanto a demanda interna estiver em desaquecimento.

O crédito e as operações do Banco Central

Esses fatores reduzem a necessidade de rigor fiscal e dão folga para a política monetária acompanhar uma política fiscal anticí-clica. Dada a trajetória benigna da relação dívida líquida/PIB nos últimos anos, uma queda moderada do superávit primário seria tolerável, principalmente levando em conta as futuras reduções da taxa de juros Selic, que reduziriam o custo da dívida.

No entanto, o “destravamento” do crédito, por meio de me-didas como a redução da carga tributária sobre a intermediação financeira, a liberação condicionada de compulsório, além do incentivo a maior competição entre as instituições financeiras é fundamental para uma recuperação da economia brasileira. Espera-se que a taxa Selic apresente uma trajetória de queda ao longo do ano. Contudo, as taxas ativas (cobradas pelos bancos) não devem cair na mesma proporção, já que os spreads devem permanecer elevados. A redução dos spreads bancários depende de uma política mais ativa por parte do Banco Central.

Os Bancos Centrais dos países desenvolvidos estão procu-rando destravar o crédito diretamente através de compras ou garantias para os títulos lastreados em direitos creditórios. No caso brasileiro, dadas as restrições legais para que a autoridade monetária possa aceitar lastros privados, resta de imediato incen-tivar a concorrência entre as instituições financeiras.

Desde meados de 2007, os mercados financeiros interna-cionais estão pedalando a crise com recursos dos seus bancos centrais. A queda das taxas de juros deu lugar à expansão dos balanços dos bancos centrais como principal instrumento de

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política monetária. O presidente do banco central americano vem enfatizando em seus discursos que o objetivo principal dessa política seria o “destravamento” do crédito, diferente-mente da política de liquidez adotada pelo Banco Central Japo-nês durante o período de deflação. No caso do Japão, a compra de títulos dos bancos serviu apenas como um mecanismo para os aumentos das reservas dos bancos, diante da impossibilidade de reduzir os juros nominais para abaixo de zero. Ao baixar os juros para praticamente zero, o Federal Reserve reconheceu a atual disfunção dos mecanismos de transmissão de política monetária tradicionais.

O banco central americano está inovando ao comprar títulos de crédito do setor privado como forma de diminuir o spread do capital emprestado para as empresas. As taxas de juros que refletem o movimento das reservas bancárias intituladas taxas overnight, recuaram bastante nos últimos meses em todos os países que injetaram liquidez no sistema ou deram garantias para suas operações interbancárias. Até recentemente, antes do BC americano fixar um intervalo entre 0% e 0,25% para a taxa de juros básica, as taxas over diárias estavam sempre abaixo daquelas fixadas pelo comitê de política monetária. O mesmo aconteceu dentro do âmbito do Euro e da Libra, cujas taxas de juros diárias tem sido inferiores aos patamares definidos pela gestão de polí-tica monetária sob o modelo de metas de inflação.

No Brasil, a taxa Selic meta é fixada pelo Copom em suas reuniões e a Selic over é determinada pelos movimentos nas

reservas bancárias diárias. Como o Banco Central é o principal emissor de reservas, a over é administrada para que fique próxi-ma da meta fixada pelo Copom. As instituições financeiras que atualmente estão credoras nos mercados monetários receberiam menor remuneração incidente sobre suas carteiras de títulos, logo, estariam mais predispostas a aumentar suas operações de credito. O gráfico ao lado mostra a posição “undersold” dos ban-cos no mercado de reservas bancárias, que chegou a ultrapassar R$ 400 bilhões em abril. A liquidez extra dos bancos está sendo revertida em operações de mercado aberto com títulos públicos em operações de mercado aberto.

Essa medida representa uma alternativa de política mo-netária, sobretudo se o Banco Central perder o espaço para maiores cortes da taxa Selic. A fixação da taxa Selic básica continuaria sendo feita normalmente dentro do regime de metas de inflação como instrumento para administrar as expectativas dos agentes econômicos. O Banco Central fixa-ria um intervalo para a taxa Selic dentro do qual a Selic over poderia flutuar. A sinalização da taxa over refletiria apenas a realidade atual dos mercados monetários, sem interferir na âncora nominal do regime de metas de inflação. Hoje o principal desafio dos bancos centrais é o destravamento do crédito, cujo sucesso depende, além da retomada da confian-ça, de medidas não convencionais.

O Banco Central do Brasil lançou uma série de medidas para atenuar os efeitos da interrupção do financiamento ex-terno sobre o crédito. Uma das principais medidas constituiu a liberação dos recursos do compulsório a partir de setembro de 2008. Contudo, como essa liberação não foi direcionada, a liquidez extra não se reverteu totalmente em maior volume de crédito. Adicionalmente, o banco central interveio no mercado de câmbio e disponibilizou recursos de suas reservas para aliviar a falta de crédito para os exportadores. Entre as medidas mais efetivas, destaca-se a decisão do Conselho Monetário Nacional em dar seguro as carteiras de pequenos e médios bancos para incentivá-los a emprestar.

No fim do primeiro trimestre desse ano, as concessões de crédito a pessoa jurídica continuaram apresentando tendência de queda. Entretanto, as concessões para pessoas físicas se recu-peraram (como ilustra o segundo gráfico). Grande parte dessa recuperação se deveu aos incentivos fiscais para a compra de bens duráveis. Outro fator importante foi o aumento da participação dos bancos públicos no volume de crédito, medida válida desde que não comprometa a solvência das instituições.

O dado positivo de março não significa uma reversão de trajetória, e sim uma trégua. Os fatores de estímulo tem efeitos temporários e o crédito privado deve seguir contido por dois motivos principais. O primeiro é a contração da atividade eco-nômica, que influencia a demanda por operações creditícias. O segundo é a restrição dos bancos, pois o risco de elevação da inadimplência hoje é alto, assim como o custo de oportunidade, de aplicação de suas reservas em títulos públicos, constituem desincentivos à expansão de suas carteiras de crédito.

Operações de mercado abertoPosição líquida de financiamento com títulos públicos federaisMédia diária

Média móvel trimestral das concessões de crédito

Fonte: Banco Central

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Na 8ª edição da Reatech (Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessabilidade), montadoras apresentaram ampla gama de veículos adaptados para atender as pessoas portadoras de defi ciência ou mobilidade reduzida. Ainda no segmento de automóveis, a Honda lança nova tonalidade para o CRV 2009. No setor de duas rodas, a Kawasaki anunciou novos modelos da linha 2009 para a venda no Brasil. Já a Honda sai na frente com a tecnologia bicombustível. No segmento de tratores, Case IH apresenta novos modelos de baixa e média potência.

Na 8ª edição da Reatech (Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessabilidade), montadoras apresentaram ampla gama de veículos adaptados para atender as pessoas portadoras de defi ciência ou mobilidade reduzida. Ainda no segmento de automóveis, a Honda lança nova tonalidade para o CRV 2009. No setor de duas rodas, a Kawasaki anunciou novos modelos da linha 2009 para a venda no Brasil. Já a Honda sai na frente com a tecnologia bicombustível. No segmento de tratores, Case IH apresenta novos modelos de baixa e média potência.

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Mobilidade para todos

A Fiat, primeira montadora a projetar veículos para portadores de necessidades especiais no Brasil, em 1996, apresentou ampla linha de modelos adaptados na 8ª Reatech (Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclu-são e Acessabilidade), evento realizado no início de abril, no Centro de convenções Imigrantes, em São Paulo/SP. Entre as novidades, a montadora mostrou o Palio ELX Dualogic® 1.8 e o Siena HLX Dualogic® 1.8 com comando manual universal. Já a GM mostrou o Meriva Premium Easytronic 1.8 Flexpower e os modelos Astra Hatch Advantage e Vectra Expression, ambos com motor 2.0 Flexpower. Todos com transmissão automática.

A Volkswagen apresentou os modelos Novo Gol 1.6 Power e Voyage 1.6 Trend adaptados de fábrica. A medi-da é mais uma ação do Programa Mobilidade que atende as necessidades de transporte de pessoas com deficiência física. Desde 2002, quando o Programa foi desenvolvido em parceria com a Cavenaghi, empresa especializada em adaptações veiculares, a montadora já disponibilizou os modelos Gol G4, Parati, Fox, Crossfox, Polo, Polo Sedan e Golf (câmbio automático) com adaptações de fábrica.

Entre as principais adaptações feitas nos veículos para os portadores de deficiência estão: embreagem automática computadorizada, que consiste em um equipamento micro-controlado que completa o sistema de embreagem do carro; acelerador esquerdo que transfere o comando do acelerador para esse lado do pedal do freio sem anular o pedal original do acelerador; freio e acelerador manuais (comando ma-nual universal) que transfere os comandos do acelerador e freio sem anular a função dos pedais e pedal removível para acelerador ou para embreagem que permite a remoção e a instalação rápida dos pedais de acelerador e embreagem.

Alta tecnologia para necessidades especiais

Fiat Siena HLX Dualogic 1.8

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A tonalidade Urban Titanium é a novidade das duas versões (LX e EXL) do Honda CR-V 2009, crossover importado do México, que passou a ser comercializado em abril. O modelo possui uma série de atrativos, com a grade dianteira cromada e as rodas de liga leve de 17 polegadas. Seu espaço interior é um dos maiores da categoria devido, entre outros detalhes, à ilumi-nação, beneficiada por uma grande área envidraçada, e ao volante que possui ajustes de altura e de profundidade.

A versão EXL conta também com teto solar elétrico, acabamento do volante e detalhes de portas em couro e controle de som no volante. Essa versão também dispõe de ar-condicionado automático digital dual-zone, que possui ajustes de temperatura para motorista e passageiros separadamente.

O painel black-out das duas versões tem compu-tador de bordo, com informações para o condutor, como consumo médio e instantâneo, tempera-tura externa, hodômetro total e dois parciais,

autonomia e indicação de porta aberta e fechada. A versão 4x4 (EXL) tem o acaba-mento do painel na cor cinza metálico. Já a 4x2 (LX) possui acabamento em

preto. O modelo possui porta-malas double deck com capacidade para 1.011 litros.

O Honda CR-V possui três anos de garantia, sem limite de quilometragem, e está disponível nas cores Crystal Black e Alabaster Silver, além da novidade Urban Titanium. Seu preço sugerido é de R$ 102.910,00 (EXL 4WD) e de R$

88.410,00 (LX 2WD) com frete inclu-so (base Estado de S.Paulo). Os clientes

podem obter informações sobre a concessio-nária mais próxima pelo telefone 0800 701 3432.

Nova cor para o modelo Honda CR-V 2009

Case IH lança novos tratores

A Case IH lançou quatro novos tratores de baixa e média potência na feira internacional Expodireto Cotrijal, realizada de 16 a 20 de março em Não-Me-Toque/RS. A linha Farmall, que chega agora ao Brasil, traz os tratores Farmall 80, de 80 cv de potência, e Farmall 95, de 95 cv de potência. Os outros lançamentos são da linha Maxxum, de 110 cv de potência e de 125 cv de potência. “São máquinas que aliam a robustez dos tratores dessas faixas de potência, mas com tecnologia de trator grande, conforto para o operador e alta produtividade”, explica Ari Kempenich, gerente de marketing da Case IH.

A linha Farmall é reconhecida internacionalmente por oferecer tratores robustos, de fácil operação e versatilidade de uso. O Farmall 80 e o Farmall 95 poderão ser utilizados nas mais variadas aplicações – por pecuaristas, produtores de grãos, na cafeicultura e na cana, bem como por hortifrutigranjeiros – e tamanhos de propriedades.

Os novos Maxxum têm como principal característica a grande flexibilidade de uso, sendo indicados para trabalhos como preparo de solo, plantio, transporte de carretas graneleiras, ou mesmo aplicação de insumo. Os modelos vêm equipados com motor Case IH mecânico de duas válvulas, desenhado especificamente para o trabalho no campo.

Maxxum

Farmall

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9Lançamentos

Kawasaki apresenta modelos 2009

A Kawasaki Motores do Brasil apresentou mais quatro modelos 2009 para o mercado brasileiro – a Ninja 250R que, como as demais, é fabricada no Japão especialmente para o mercado brasileiro; a Kawasaki Z750, uma moto de grande desempenho, sem carenagem, a tradicional custom Kawasaki Vulcan 900 Classic e uma off-road, a Kawasaki KLX110.

O modelo Ninja 250R, moto de entrada da marca, ape-sar de ser da categoria Esportiva tem o apelo das super esportivas Ninja ZX-6R e ZX-10R. A motorização, de dois cilindros paralelos, a quatro tempos, com 250 cc, duplo comando de válvulas no cabeçote (DOHC), desenvolve potência de 33 cv a 11.000 RPM. Totalmente carenada, oferece boa performance aerodinâmica e proteção con-tra o vento nas altas velocidades que consegue atingir.

As rodas fundidas de aro 17, com seis raios e que per-mitem uso de pneus de perfil baixo, lhe dá a aparência das superesportivas de maior porte. Faróis duplos embutidos na carenagem aproximam-na do design de suas irmãs Ninjas.

O modelo Z750, moto esportiva com um motor de 750 cc, tem um novo sub-quadro projetado para evitar que a vibração atinja o condutor. Tem soluções de engenharia que potencializam a beleza, como o escape lateral de saída dupla com um único silenciador. Um sistema que concorre também para a performance do motor, com torque e po-tência melhor distribuídos. Pinças duplas, nos dois discos de 300 mm em forma de pétala, como os de competição, no freio dianteiro. No traseiro um disco também em forma de pétala, agora maior, de 250 mm, com pistão simples. Um sistema de frenagem com a mesma performance da sua impressionante aceleração. O modelo pode ser encontrado nas cores azul, preta e a nova bicolor, verde-lima e preta.

A Vulcan 900 Classic chega com escapes compactos, no melhor estilo custom, de acordo com as leis vigentes. A trans-missão secundária usa correias dentadas, mais leves e silen-ciosas. E o pneu traseiro de 180 mm é mais largo do que é nor-malmente visto na maioria das motos custom de grande cilin-drada. As rodas raiadas e cromadas combinam com o disco de freio, de alta performance. O garfo telescópico dianteiro de 41 mm mais a roda raiada reforçam as linhas clássicas da moto.

A KLX110, de motor monocilíndrico, é de fácil manu-tenção para pilotos iniciantes e garante bastante diversão para os mais experientes. A transmissão semi-automática de três velocidades com embreagem centrífuga proporciona

Vulcan 900 Classic Z 750

Ninja 250R

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A Honda apresentou um novo conceito de mistura de com-bustíveis para motocicletas com a chegada da CG 150 Titan Mix. O modelo, desenvolvido especificamente para o público brasileiro, é o primeiro no mundo a ser produzido em série que oferece a opção de utilizar tanto o álcool quanto a gasolina. A novidade, além de atender aos anseios dos consumidores, acompanha a estratégia da montadora voltada para a pre-servação do meio ambiente. Quando comparado à gasolina, o álcool tem a vantagem de ser uma fonte renovável e polui menos que os combustíveis fósseis, além de ter uma combus-tão mais limpa já que não possui enxofre em sua composição.

Com relação ao desempenho, a utilização da gaso-lina permite um funcionamento mais linear e progres-sivo do motor. Já o álcool favorece um comportamento mais vigoroso e ligeiramente mais potente. Enquanto a motocicleta desenvolve 1,32 kgf.m de torque a 6.500 rpm e 14,2 cv de potência a 8.500 rpm quando abaste-cida com gasolina, estes valores sobem para 1,45 kgf.m e 14,3 cv, respectivamente, quando utilizado álcool.

No momento de abastecer a motocicleta, o usuário deve avaliar suas necessidades e prioridades para poder escolher o combustível que melhor se encaixe à sua realidade. O álcool é mais indicado para aqueles que buscam economia, desejam fazer sua parte quanto à preservação do meio ambiente e para o motociclista que busca melhor desempenho da moto. Já a gasolina é mais indicada para quem deseja autonomia para percorrer distâncias mais longas, uma vez que o menor poder calorífico do álcool quando comparado à gasolina implica em maior consumo para gerar a mesma queima.

Disponível nas cores preta, vermelha, prata metálica e azul metálica, o modelo conta com três versões: KS, com partida a pedal; ES, com partida elétrica; e ESD, com par-tida elétrica e freio dianteiro a disco com cáliper de dois pistões. Seu preço público sugerido é de R$ 6.340,00 na versão KS, R$ 6.890,00 na ES e R$ 7.290,00 na ESD.

um aprendizado sem complicações e sem a distrações com a troca de marchas. A moto pesa apenas 65 Kg. Tem proteções térmicas estrategicamente posicionadas, preve-nindo acidentes com o escapamento. A altura do acento fica apenas a 65 cm do solo. Seu tanque de combustível é esportivo, e ela usa mesmas saias e a placa de nume-ral da Kawasaki KX65, para competições de motocross.

Todas as Kawasakis importadas são preparadas para uso de gasolina com etanol e dentro das normas do Contran. Confira os preços dos modelos: Ninja 250R, R$ 18.800,00; Z750, R$ 39.990.00; Vulcan 900 Classic, R$ 38.900,00; KLX 110, R$ 6.990,00 (Lime Green) e R$ 7.299,00 (Monster).

KLX 110

Honda bicombustível

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Espaço Aberto Por Fernando Calmon

Fernando Calmon escreve regularmente para a Revista Dealer, é jornalista especializado no setor automotivo e articulista da coluna Alta Roda, publicada em vários jornais em todo o País.

Pista de testes de Naperville, Illinois, EUA.

Veículos elétricos, com design e de menor tamanho, podem se tornar comuns nas cidades do futuro.

Até pouco tempo, as soluções alternativas para o transporte individual urbano não passavam de mera curiosidade. Entretanto, o tráfego pesado das cidades, as deficiências

viárias e a falta de estacionamento, além das preocupações ambientais, têm levado várias empresas independentes a criar propostas. A maioria concentra-se em opções elétricas, embora as baterias ainda causem dificuldades em termos de preço, peso, autonomia, desempenho e recarga.

No recente Salão do Automóvel de Paris (outubro de 2008), havia cerca de uma dezena de projetos de carros urbanos elétricos para dois a cinco passageiros. O que chamou mesmo atenção foi o B°, um monovolume subcompacto, de quatro portas e quatro lugares, com o desenho de classe da casa italiana Pininfarina, famosa pelo estilo de vários Ferraris. O carro pretende tornar-se algo mais do que um simples conceito de salão. O grupo fran-cês Bolloré e a Pininfarina anunciaram a parceria para iniciar a produção em série no fim deste ano.

O B° foi projetado tendo em vista a tração elétrica. A bateria, com 300 litros de volume e 300 kg de peso, forma o assoalho envolto em um chassi perimetral. Graças a isso e o consequente centro de gravidade rebaixado o veículo permite dirigibilidade e desempenho em curvas acima da média.

Bolloré é um grupo de companhias diversificadas com 35.000 empregados e faturamento de US$ 10 bilhões/ano. Uma de suas especialidades está na produção de supercapacitores.

Elétrico de alto estilo

Esse dispositivo armazena a energia liberada durante a frena-gem e a devolve à bateria a fim de aumentar sua autonomia para até 250 quilômetros, de acordo com o fabricante. Na vida prática, sabe-se, alcançar essa distância, antes da recarga, só em condições ideais.

O projeto, todavia, traz uma diferença para ajudar na auto-nomia da bateria de lítio e polímero metálico, que por sua vez armazena cinco vezes mais energia por quilo em relação a uma bateria comum. Trata-se de painéis solares de alto desempenho instalados ao longo do teto e em parte do capô. Eles ajudam a gerar eletricidade adicional para a bateria.

Ainda não se anunciou o preço do automóvel e o ritmo de produção, nas instalações da Pininfarina, também dependerá do fornecimento da bateria. A seu favor, o estilo ousado e contemporâneo a destacá-lo no ambiente urbano para o qual está destinado.

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