revista crn-1, nº 8

28

Upload: crn-1

Post on 06-Mar-2016

228 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

2

Expediente Í n d i c eRevista CRN-1

Publicação do Conselho Regional deNutricionistas – 1ª Região

SCN - Qd. 1 – Bl. E – Ed. Central Park - Sala 1.611 -CEP 70711-903 - Brasília - DF

Telefax: (61) 3328-3078Página na internet: www.crn1.org.br

Endereço eletrônico: [email protected]

Delegacias RegionaisGoiânia – Av. Anhanguera, 4.803 - 11º andar – sala 1.101Ed. Rita de Albuquerque – Centro - Goiânia-GOCEP 74038-900 - Telefax: (62) 3225-6730

Cuiabá - Av. Rubens de Mendonça n° 990, Ed. Empire Center,sala 502 - Bairro Baú - Cuiabá-MT - CEP: 78008-000Telefax: (65) 3052-8380

Diretoria CRN-1Presidente - Simone da Cunha Rocha SantosVice-Presidente – Iara Maria Mello RamiresTesoureira – Carla Caputo Laboissière BragançaSecretária – Jucinéia Gonçalina Nogueira

Membros efetivosSimone da Cunha Rocha Santos CRN-1 nº 1.566 DFCarla Caputo Laboissière Bragança CRN-1 nº 1.704 DFVânia Varini De David Pinto CRN-1 nº 1.218 MTPatrícia Afonso de Almeida CRN-1 nº 4.008 GOSalete Teresinha Rauber Klein CRN-1 nº 1.084 TOIara Maria Mello Ramires CRN-1 nº 012 DFJucinéia Gonçalina Nogueira - CRN-1 nº 1.227 DFGláucia Rodrigues Medeiros - CRN-1 nº 2.997 DFAna Cristina Cavalcante A. de Morais - CRN-1 nº 2.819 DF

Membros suplentesDanielle Luz Gonçalves Barros - CRN-1 nº 1.682 DFTânia Quintella Santos - CRN-1 nº 1.814 MTRosane Maria Nascimento da Silva - CRN-1 nº 191 DFRosane Pescador - CRN-1 nº 810 DFCarolina Martins dos Santos Chagas - CRN-1 nº 3.069 DFDeise Lopes Silva - CRN-1 nº 1.168 DFMarluce Maria Oliveira CRN-1 nº 1.785 DFRegina Valéria Ribas Mariz de Oliveira CRN-1 nº 1.714 DFAna Flávia de Rezende Gomes Máximo CRN-1 nº 1.557 DF

Comissões Permanentes

Comissão Tomada de ContasGláucia Rodrigues Medeiros - CRN-1 nº 2.997Ana Cristina Cavalcante de A. Morais - CRN-1 nº 2.819Patrícia Afonso de Almeida - CRN-1 nº 4.008

Comissão de ÉticaCarla Caputo L. Bragança - CRN-1 nº 1.704Regina Valéria Ribas Mariz de Oliveira - CRN-1 nº 1.714Ana Cristina Cavalcante de A. Morais - CRN-1 nº 2.819

Comissão de FiscalizaçãoIara Maria Mello Ramires - CRN-1 nº 0012Jucinéia Gonçalina Nogueira - CRN-1 nº 1.227Danielle Luz Gonçalves Barros - CRN-1 nº 1.682

Comissão de Formação ProfissionalGláucia Rodrigues Medeiros - CRN-1 nº 2.997Ana Cristina Cavalcante de A. Morais - CRN-1 nº 2.819Deise Lopes Silva - CRN-1 nº 1.168.

Comissão de ComunicaçãoRegina Valéria Ribas Mariz de Oliveira - CRN-1 nº 1.714Simone da Cunha Rocha Santos - CRN-1 nº 1.566Jucinéia Gonçalina Nogueira - CRN-1 nº 1.227

Comissão de LicitaçãoJucinéia Gonçalina Nogueira - CRN-1 nº 1.227Domênico Ramos de Souza (funcionário CRN-1)Ivan dos Santos Silva (funcionário CRN-1)Denise Samari Silva Pelles (funcionária CRN-1)Elaine Teixeira Ribas (funcionária CRN-1)

Jornalista ResponsávelSilvia Maria Alves – RP 2030/DF

RevisãoDanúzia Queiroz

Projeto gráfico, diagramação e arte finalAdriano Moura - ponto design editorial

GráficaGráfica Êxito

Tiragem: 5.000 exemplares

O CRN-1 abre espaço para que você diga quais assuntos quer ver nasua revista. Envie sua sugestão para [email protected] e aComissão de Comunicação estudará a inclusão na pauta da próximaedição.

Contamos com sua participação!

Editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03

II Prêmio CientíficoHelena Feijó . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04

STJ de olho na balança . . . . . . . . . . . . 08

Instrumentos de avaliação nutricionalna melhor idade . . . . . . . . . . . . . . . . 11

Entrevista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

Arroz e feijão: O par perfeito doBrasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

Regulamentação . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

Sistema CFN/CRN defende 4 mil horaspara curso de nutrição . . . . . . . . . . . . 21

Prestação de contas . . . . . . . . . . . . . . 23

Gerência de nutrição . . . . . . . . . . . . . 24

Notícias dos Estados . . . . . . . . . . . . 25

Eventos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

Você define a pauta

3

Edito

rial

Edito

rial Caros colegas,

O CRN-1 programou várias açõespara 2009. No dia 6 de março deu inícioao projeto Sexta Básica, um ciclo depalestras mensais com temas atuais e di-versificados da área da Nutrição. A pri-meira palestra abordou a importância doconsumo do feijão e do arroz na alimen-tação e a necessidade de resgatar essehábito entre os brasileiros. Para as pró-ximas edições estão previstos temascomo suplementação com ômega 3,fitoterapia na obesidade, segurança ali-mentar e muitos outros.

Outra ação é o lançamento do II Prê-mio Científico Helena Feijó, cujas ins-crições poderão ser feitas até o dia 16 demaio. Poderão concorrer trabalhos nasáreas de Nutrição Esportiva, Saúde Pú-blica, Alimentação Coletiva e NutriçãoClínica. A novidade deste ano é que apremiação será feita em Goiânia-GO, nodia 21 de agosto.

Nesta edição, enfocamos os instru-mentos de avaliação nutricional de pes-soas acima de 60 anos de idade. Asespecificidades dessa faixa etária reque-rem atenção especial do nutricionista,cuja avaliação deve abordar não apenasos aspectos antropométricos, mas tam-bém os socioeconômicos, as doenças eas demais alterações advindas da idade.Com os diagnósticos mais abrangentes,o profissional ajudará a melhorar a qua-lidade de vida de seu paciente.

Abordamos também uma iniciativados nutricionistas do Superior Tribunalde Justiça (STJ) para promover a reedu-cação alimentar entre os servidores da-quele órgão. Além de produzirem refei-ções mais saudáveis nos refeitórios e lan-chonetes do STJ, idealizaram um pro-grama de orientação nutricional comavaliação semanal e premiação daque-

Simone RochaPresidente do CRN-1

les que mais perderam peso nos doismeses de acompanhamento.

Por fim, mas não menos importante,aproveitamos para prestar nossa homena-gem a todas as mulheres pelo seu dia, co-memorado em março.

Assim eu vejo a vida

Cora Coralina

A vida tem duas faces:

Positiva e negativa.

O passado foi duro

mas deixou o seu legado.

Saber viver é a grande sabedoria.

Que eu possa dignificar

Minha condição de mulher,

Aceitar suas limitações

E me fazer pedra de segurança

dos valores que vão desmoronando.

Nasci em tempos rudes

Aceitei contradições

lutas e pedras

como lições de vida

e delas me sirvo

Aprendi a viver.

4

A íntegra do regulamento encon-tra-se nas páginas seguintes, assimcomo no sítio www.crn1.org.br e nosmurais da sede e das delegaciasdo CRN-1. Dúvidas podem ser direcio-nadas a [email protected]

CRN-1 lança segunda edição de prêmio

A primeira edição do PrêmioCientífico Helena Feijó mostrou aprodução acadêmica de qualida-de, na área da Nutrição, do Distri-to Federal, Goiás, Tocantins eMato Grosso. Para 2009, o CRN-1 quer ampliar ainda mais a parti-cipação dos profissionais nessecertame, incentivando assim o de-senvolvimento de pesquisas e adivulgação dos trabalhos científi-cos oriundos da região.

As inscrições de trabalhos para oII Prêmio Científico Helena Feijó es-tão abertas de 9 de fevereiro a 16 demaio, para quatro áreas da Nutrição:Nutrição Esportiva, AlimentaçãoColetiva, Nutrição Clínica e SaúdePública. Os interessados poderão ins-crever suas teses (uma por área), nasede do CRN-1 em Brasília ou pelocorreio, para o seguinte endereço:Conselho Regional de Nutricionistas– 1ª Região SCN - Qd. 1 – Bl. E – Ed.Central Park - Sala 1.611 - CEP70711-903 - Brasília – DF

No ato da inscrição deverão serentregues: ficha de inscrição, trêscópias impressas do trabalho (duassem identificação), declaração deque o trabalho não foi premiado an-teriormente, três cópias impressasdo resumo (duas sem identificação)e um CD com o trabalho e com oresumo, no formato especificadono regulamento.

ou diretamente na sede em Brasília(61) 3328-3078.

Este ano, a premiação será deR$ 1.500,00 e a solenidade acon-tecerá na cidade de Goiânia (GO),no dia 21 de agosto.

CALENDÁRIOPublicação do edital do concurso - fevereiro 2008 – via sitio e revistaInscrição e de entrega dos trabalhos – 9 de fevereiro a 16 de maioDivulgação dos resultados preliminares – 30 de junhoDivulgação dos resultados finais - 4 de agostoApresentação dos trabalhos - 21 de agostoPremiação - 21de agosto

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

5

CAPÍTULO I - DAINSTITUIÇÃO DO PRÊMIO

SEÇÃO I - DOS OBJETIVOS

Art. 1º O II PRÊMIO CIENTÍFICOHELENA FEIJÓ, promovido pelo Con-selho Regional de Nutricionistas da 1ªRegião (CRN-1), iniciativa de caráter ex-clusivamente técnico-científico e semfins lucrativos, visa a distinguir os me-lhores trabalhos de nutrição desenvol-vidos por profissionais do setor.

Parágrafo único. Poderão participar desteconcurso os nutricionis- tas inscritos noCRN-1, sem qualquer pendência junto a esteRegional.

Art. 2º O concurso foi instituído comos seguintes objetivos:

I - Incentivar o desenvolvimento de pes-quisas na área da Nutrição.

II - Propiciar a divulgação dos traba-lhos científicos nas diferentes áreas de atu-ação do nutricionista.

III - Incentivar o nutricionista a di-vulgar e compartilhar a sua experiênciaprofissional com toda a categoria.

IV - Contribuir com a publicação detrabalhos e a expansão do acervo técni-co da categoria.

V – Divulgar o papel e aspotencialidades do profissional para a

sociedade.

CAPÍTULO II - DA PREMIAÇÃO

SEÇÃO I - DAS ÁREAS DEATUAÇÃO POR CATEGORIA

Art. 3º O II PRÊMIO CIENTÍFICO

HELENA FEIJÓ consistirá na premiação

de produção científica referente às se-

guintes áreas de atuação profissional:

I - Alimentação coletiva

II – Nutrição clínica

III – Nutrição em saúde pública

IV - Nutrição esportiva

Art. 4º O vencedor em cada categoria

receberá um prêmio no valor de R$

1.500,00.

§ 1º Cada participante poderá con-

Regulamento

correr com um trabalho, em uma ou mais

categorias.

§ 2º A premiação dos trabalhos sele-

cionados será em Goiânia, cabendo aos

participantes arcar com as despesas de deslo-

camento, alimentação e hospedagem.

CAPÍTULO III - DASCOMISSÕES

SEÇÃO I - DA COMISSÃOORGANIZADORA

Art. 5º A Comissão Organiza-dora doPrêmio será formada pelos integrantesdas Comissões de Formação Profissio-nal e de Comunicação do C-

Art. 6º A Comissão Organiza-dora terá aincumbência de supervisionar os trabalhosda Comissão Julgadora, oferecendo-lhe

apoio logístico e administrativo.

SEÇÃO II - DA COMISSÃOJULGADORA

Art. 7º A Comissão Julgadora desig-

nada pelo Colegiado do CRN-1 será

composta por notórios profissionais de

Nutrição e áreas afins, da iniciativa pri-

vada ou de órgãos públicos, num míni-

mo de três e no máximo cinco membros.

§ 1º Poderão ser compostas Comis-

sões Julgadoras para cada categoria

especificada neste regulamento.

§ 2º Os membros de uma Comissão

Julgadora poderão participar de outra,

ou substituir os seus membros em caso

de impedimentos.

Art. 8º Caberá à Comissão Julgadora

classificar, selecionar e julgar os traba-

lhos enviados, selecionando apenas um

trabalho por categoria.

Parágrafo único. Serão desclassifica-

dos os trabalhos que não atenderem às

regras de elaboração e apresentação ema-

nadas neste regulamento.

Art. 9º A Comissão Julgadora fará

uma seleção preliminar dos trabalhos

entregues no ato da inscrição, com base

nos seguintes critérios de avaliação:

Art. 10 A Comissão Julgadora é sobe-rana nas suas decisões, não cabendo qual-quer recurso ou impugnação aos resulta-

dos apresentados.

CAPÍTULO IV - DAINSCRIÇÃO E DO

CALENDÁRIO

SEÇÃO I - DA INSCRIÇÃO

Art. 11 Poderá participar do Prêmio

qualquer nutricionista devidamente ins-

crito, e em situação regular com o CRN-

1, que tenha desenvolvido trabalho(s)

incluso(s) em uma das categorias cita-

das no artigo 3º.

Parágrafo único. Não serão aceitos

trabalhos cujo(s) autor-(es) participe(m)

da Comissão Organizadora e/ou

Julgadora, tenha(m) vínculo empregatício

com o CRN-1, ou seja(m) conselhe-iro(s)

efetivo(s) ou suplente(s). Serão, porém,aceitos trabalhos cujo(s) co-autor(es)seja(m) membros da ComissãoJulgadora, desde que o mesmo sejade categoria diferente do trabalhoapresentado.

6

to com alinhamento “justificado”, folha

A4, em área com margens de 2,5 cm cada

(superior, inferior, esquerda e direita).

III. Referências e suas citações no

texto deverão ser formatadas conforme

normas da ABNT (NBR 6023 e NBR

10520, 2002).

Parágrafo único Os resumos deverão

ser entregues no mesmo CD da íntegra do

trabalho científico, juntamente com três

cópias impressas, sem dobras, sendo que

duas destas cópias não deverão conter o(s)

nome(s) do(s) autor(es), pois serão enca-

minhadas à Comissão Julgadora.

SEÇÃO II DAS REGRAS PARAAPRESENTAÇÃO DOS

TRABALHOS COMPLETOS

Art. 17 Para a elaboração dos traba-lhos os candidatos deverão obedecer àsseguintes regras:

I - Os trabalhos deverão ser apresenta-dos exclusivamente em língua portuguesa.

II - Os trabalhos deverão ser edita-dos em documento Word for Windows;

em espaço de 1,5; margens padrão (3cm para margem lateral esquerda e es-paço superior; e 2,5 cm para margemlateral direita e espaço inferior); fonteArial; tamanho 12; e em folha A4.

III - Os títulos no decorrer do tex-to devem ser apresentados em letrasmaiúsculas, centralizado, em negrito,tamanho 14.

IV - Cada trabalho deverá obedecer àseguinte seqüência mínima com base nas

normas da ABNT (Associação Brasileira

das Normas Técnicas): capa e folha de

rosto, resumo, sumário, introdução, ob-

jetivos, material e métodos, resultados e

discussão, conclusão, e referências.

V - O trabalho deverá conter no mí-

nimo 15 e no máximo 30 laudas.

VI - Os trabalhos deverão ser entre-

gues em CD juntamente com três cópias

impressas, sem dobras, sendo que duas

destas cópias não deverão conter o(s)

nome(s) do(s) autor(es), pois serão enca-

minhadas à Comissão Julgadora.

VII - Os trabalhos não poderão espe-

cificar o local onde foram desenvolvi-

dos, nem fazer referência ou menção a

qualquer empresa da iniciativa pública

ou privada.

§ 1º Os quatro trabalhos seleciona-

dos como finalistas serão apresentados

em sessão solene. A apresentação deverá

ser feita, única e exclusivamente, pelo

profissional que inscrever o trabalho.

§ 2º A exposição dos trabalhos deve-

rá ser em data show, em documento

Power Point, não sendo aceitos outros

recursos audiovisuais.

CAPÍTULO VI - DOSCRITÉRIOS DE ANÁLISE DACOMISSÃO JULGADORA

Art. 18 Dentro de cada categoria dos

trabalhos inscritos, a Comissão

Julgadora utilizar-se-á dos seguintes cri-

térios para julgamento e definição dos

vencedores:

I - Relevância do tema – peso 1

II - Criatividade e Aplicabili-dade –

peso 1

III – Metodologia (adequação, des-

crição clara e suficiente) – peso 3

IV – Conteúdo (coerência, coesão e

correção) – peso 3

V – Formatação e bibliografia

(formatação geral, citações e referênci-

as) – peso 2

CAPÍTULO VII - DASDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 19 Os trabalhos entregues ao CRN-1 não serão devolvidos, passando a inte-grar a biblioteca somente os trabalhosfinalistas de cada categoria, podendo serexaminados por todos os interessados acritério deste Conselho Regional. Os de-mais serão incinerados.

Art. 20 A publicação do trabalhopremiado será feita mediante prévia e ex-pressa concordância do(s) seu(s)autor(es) e anuência da Comissão Orga-niza-dora em todos os segmentos de in-teresse da atividade.

Art. 21 Os casos omissos serão resolvi-dos pela Comissão Julgadora, ouvida a Co-

missão Organizadora, quando for o caso.

Art. 12 No ato da inscrição deverãoser entregues: ficha de inscrição, trêscópias impressas do trabalho (duas semidentificação), declaração de que traba-lho não foi premiado anteriormente (mo-delo anexo), três cópias impressas doresumo (duas sem identificação) e umCD com o trabalho e com o resumo, noformato especificado no Capítulo V.

Parágrafo único. Não serão aceitostrabalhos que tenham sido premiados emoutros concursos, sejam estes promovi-dos por empresas/instituições da inicia-tiva pública ou privada. Todos os pro-fissionais, ao se inscreverem, deverão as-sinar a declaração de que seu(s)

trabalho(s) atende(m) esta determinação.

SEÇÃO II - DO CALENDÁRIO

Art. 13 As inscrições, gratuitas, pode-rão ser feitas entre 2 de fevereiro e 4 demaio de 2009, pessoalmente (no horáriode expediente do CRN-1) ou pelo correio.Neste último caso, vale a data da postagem.

Art. 14 A divulgação preliminar dostrabalhos selecionados será feita em 30de junho por meio do sítio do ConselhoRegional de Nutricionistas - 1ª Região,www.crn1.org.br, e em edital afixado nasede do CRN-1, em Brasília-DF.

Art. 15 A premiação será em Goiânia,no dia 21 de agosto de 2009.

CAPÍTULO V - DA ELABORA-ÇÃO DOS TRABALHOS

SEÇÃO I – DAS REGRAS PARAAPRESENTAÇÃO DOS

RESUMOS

Art. 16 Para a elaboração dos resu-mos, os candidatos deverão obedecer àsseguintes regras:

I Os resumos deverão ser redigidos

em três páginas (caracterizado como re-

sumo expandido) contendo: título, en-

dereço eletrônico, palavras-chave (má-

ximo de quatro), introdução, objetivos,

metodologia, resultados e discussão, con-

clusões e referências.

II Os resumos deverão ser digitados

com fonte Arial 12 (Word for Windows),

espaços simples entre linhas, corpo de tex-

8

STJ de olho nabalança

Metade dos servidores do Supe-rior Tribunal de Justiça (STJ) estáacima do peso ideal. Preocupadoscom o impacto desse fator sobre asaúde, os profissionais da Seção deAssistência Nutricional do STJ lan-çaram o programa “STJ de Olho naBalança”, que conseguiu em 2008a adesão de um terço dos servido-res. Na primeira edição, em 2006,quinhentos funcionários aderiramao programa que motivou a perdade um total de 502,8 kg entre osservidores; em 2007 foram 273 kg.Na última edição, em 2008, parti-ciparam 1.500 servidores, que fo-ram divididos em duas categorias:de indivíduos com IMC acima de24,9 e abaixo de 24,9.

O nutricionista Aldemir SoaresMangabeira Júnior, um dosidealizadores do programa, contaque pelo exame periódico de saú-de constatou-se que 70% dos ser-vidores com idade até 40 anosapresentavam percentual conside-rável de sobrepeso, acompanhadode dislipidemia. “Algo precisavaser feito na prevenção. Começamoscom grupos de orientação que, du-rante sete anos, levaram conheci-mento de nutrição e apoio paraajuste do padrão alimentar e redu-ção de peso”, disse.

Conforme o trabalho foi se con-solidando, os profissionais da Seçãode Assistência Nutricional do STJ

perceberam a necessidade de ampli-ar esse trabalho. Assim surgiu o pro-grama “STJ de Olho na Balança”. Poresse projeto, é estimulado o emagre-cimento gradual por meio de um pro-cesso educativo, de orientaçãonutricional e por metas educativassemanais. Segundo Aldemir, essasorientações foram concebidas a par-tir das dificuldades apresentadas pe-los usuários em consultório e visamreorientar expectativas e responderàs principais dificuldades apresenta-das pela clientela.

“Nas orientações, é reforçada anecessidade de aumento no consu-mo de frutas, de melhor hidrataçãoe da importância da prática de ativi-dade física; são apresentados modosde lidar com a compulsão por cho-colates e doce; é estimulada a valo-rização do emagrecimento gradual enão ao que é feito radicalmente; sãodesfeitos paradigmas equivocadossobre nutrição; e até propostas ins-truções para o número de extrava-gâncias alimentares possíveis na se-mana”, afirma Aldemir. Toma-se porbase a constatação de que a falta detempo para o preparo dos alimen-tos é um fato e que festividades e aalimentação fora de casa são even-tos inevitáveis, muitas vezes na mes-ma semana.

Após uma consulta com onutricionista, os participantes ficamsabendo quantas calorias ou pon-

tos devem consumir. Também foicriado um sistema de acompanha-mento pela intranet do seu desem-penho diário. Pelo computador, osfuncionários são informados sobreo que pode ou não entrar na dieta equal o volume calórico que consu-miu naquele dia. “Esse cálculo doconsumo é para autodiagnósticoquantitativo, não qualitativo. A aná-lise é feita durante a pesagem se-manal, quando o participante voltapara o nutricionista com as suas per-cepções, tira suas dúvidas e recebenovas orientações”, afirma.

Para conseguir melhores resulta-dos e apoiar os servidores a atingi-rem suas metas, os nutricionistas doSTJ buscaram trabalhar em parce-ria com o setor de produção dos ali-mentos daquele órgão a fim de pro-duzir refeições menos calóricas. Odesafio principal foi compatibilizara promoção de saúde às expectati-vas dos consumidores. No própriocontrato do restaurante do STJ foiinserida cláusula com proibiçãoexpressa de servir qualquer prepa-ração de frituras no almoço. Segun-do Aldemir, atualmente o uso degordura é mínimo: dos 540 litrosde óleo que eram usados por mês,o consumo caiu para 60 litros.

PremiaçãoNesta terceira edição do progra-

ma foi instituída uma premiação

9

Vencedores falam sobre sua experiência

Paulo César Gomes de Sousa, 39 anos,pesava 129 quilos e tinha todos os proble-mas advindos da obesidade: apneia, hérniade disco, comprometimento das articulações,entre outros. Sua alimentação era totalmentedesregrada, composta por refrigerantes,frituras, sanduíches e líquidos durante asrefeições. As atividades físicas que pratica-va eram esporádicas e nos últimos mesesnem existiam por causa de um problema nacoluna.

Há dois meses aderiu ao programa “STJde Olho na Balança”, pelo qual, com acom-panhamento nutricional e apoio da família,conseguiu perder em dois meses aproxi-

madamente 16 quilos. Na premiação do pro-grama, no qual foi o primeiro colocado da cate-goria masculina com IMC acima de 24,9, des-tacou que a família foi o seu principal incentivoe comemorou o fato de conseguir dormir sem oaparelho para respirar após emagrecer.

“Esse programa foi muito importante paramim: melhorou a qualidade de vida, elevou aautoestima, proporcionou uma visão mais re-alista sobre emagrecimento. Aprendi a valori-zar a constância dos hábitos saudáveis, dei-xando de lado as propostas radicais”, co-memora Paulo César. Ele afirma quecontinuará a seguir a dieta prescrita pelosnutricionistas e a praticar atividades físicas,

por querer ter uma vida saudável e perderainda mais peso.

Rosana Valéria de Souza Mello, 22 anos,vencedora da categoria feminina de IMC aci-ma de 24,9, conta que sempre foi obesa. Nainfância sofria de asma e tomava cortisona.“Sempre que saía do hospital estava 5 kgmais gorda, e era muito discriminada na es-cola por causa disso”, conta Rosana Valéria.Chegou a pesar 100 kg no ano passado,quando decidiu emagrecer. Procurou inici-almente os vigilantes do peso, em agosto de2007, quando começou um programa de re-educação alimentação e perdeu 20 kg em umano.

para aqueles servidores que perde-ram mais peso entre a primeira e aúltima pesagem nos dois meses do

programa. Foram oferecidos R$700 e mais um pacote com 10 ses-sões de drenagem linfática para oprimeiro lugar e R$ 300 e uma lim-peza de pele para o segundo lugar.

Aldemir Mangabeira Junior de-fende que essa é uma forma de atra-ir as pessoas para o programa.

“Mesmo que alguns abandonem oprograma após os dois meses deacompanhamento semanal, umaparte adquire novos hábitos alimen-tares, permanece com a prática deatividades físicas e envolve a famí-lia. Isso cria uma cultura do conhe-cimento sobre alimentos e ali-mentação”, argumenta.

11

Saúde do Idoso

Instrumentosde avaliaçãonutricionalna melhor idade

As estimativas da OrganizaçãoMundial da Saúde (OMS) indicamque em 2025 o Brasil terá mais doque o dobro do número de idososexistentes hoje. Será o sexto paíscom maior número de idosos: 32milhões, o que representará 13% dapopulação brasileira. A proporçãode idosos está crescendo mais quea proporção de crianças, ou seja, apopulação está de fato envelhecen-do rapidamente.

A ciência da Nutrição considerao aumento da expectativa de vida ea atenção que deve ser direcionadaa esse segmento da população. Adeterminação do estado nutricionalde idosos abrange uma complexarede de fatores, entre os quais é pos-sível citar a alimentação, o isola-mento social e a solidão, a inativi-dade econômica, as doenças crôni-cas ou incapacidades e as alteraçõesfisiológicas e do trato gastrintestinal,decorrentes da idade.

Na realização do planejamentodietético alimentar, é imprescindí-vel a compreensão de todas as pe-culiaridades. Assim, a partir da ava-liação do estado nutricional e dadetecção de risco de agravos à saú-de, é possível adotar intervençõesnutricionais adequadas a fim de

garantir uma melhora na qualida-de de vida do idoso.

Nesta fase da vida, a taxacatabólica ou degenerativa apre-senta-se maior que a taxa de rege-neração celular anabólica, o queconduz a efetivas reduções nas fun-ções fisiológicas e modificaçõesanatômicas. Com o avançar da ida-de ocorre perda progressiva damassa corpórea e redistribuição dotecido adiposo, gerando um pro-gressivo acúmulo de gordura nacavidade abdominal e redução nosmembros superiores e inferiores.Ainda são comuns alterações sen-soriais (perda das acuidades visu-ais, auditivas, olfato e gustação), noprocesso digestivo (modificações nacavidade oral, como atrofia dasglândulas salivares e das papilasgustativas, na mucosa gástrica, alémde hipocloridria estomacal), no sis-tema imunológico e em vários ór-gãos, como fígado, pulmões e rins.

A literatura tem considerado queo Índice de Massa Corporal (IMC)deve ser analisado simultaneamentea outros indicadores, tendo em vistaque ele não reflete a distribuiçãoregional de gordura, a massa mus-cular ou qualquer mudança na dis-tribuição de gordura ocorrida com

o processo de envelhecimento. As-sim, a avaliação da circunferênciada cintura (CC), bem como a razãoentre a CC e a circunferência doquadril (CQ), vem sendo utilizadapara auxiliar a identificação daadiposidade visceral, comumenteassociada às doenças crônicas,como as cardiovasculares.

O estado nutricional prejudica-do aumenta a probabilidade decomplicações e piora da evolu-ção clínica. A desnutrição, des-crita como um processo contínuodesencadeado pela ingestão ina-dequada de nutrientes em relaçãoàs necessidades funcionais, pro-gride para uma sequência de al-terações orgânicas, as quais pre-cedem as modificações na com-posição corporal. A partir dessaassociação surgiu o conceito de“complicações associadas ao esta-do nutricional”, isto é, risco aumen-tado de morbimortalidade em de-corrência do estado nutricional ina-dequado, frequentemente denomi-nado “risco nutricional”. Sendo as-sim, mais importante do que o di-agnóstico de desnutrição, seria aavaliação do risco de deterioraçãofuncional proveniente de um ina-dequado estado nutricional.

12

Além do exposto acima, a ava-liação da perda ponderal tem sidouma das variáveis mais frequente-mente usada como indicativo dorisco nutricional, sendo considera-da uma perda de peso acima de10% em seis meses como significa-tiva e indicativa de cuidados adici-onais. A investigação da causa daperda ponderal é recomendada, as-sim como a avaliação contínua dopeso 36; de fato, a redução do pesode forma involuntária constitui umaimportante informação para avaliara gravidade do estado de saúde, hajavista que a perda de peso possui altacorrelação com a mortalidade.

Alguns indicadores bioquímicosauxiliam na avaliação nutricional doidoso, sendo os mais utilizados aalbumina, transferrina, hematócrito,hemoglobina, contagem de linfócitostotais, colesterol e frações. No entan-to, esses indicadores são influencia-

Entrevista Adriana Pederneiras

Nutrição eenvelhecimentosaudávelNesta entrevista, a nutricionista

Adriana Pederneiras esclarece dúvidassobre os principais pontos a serem ob-servados pelo profissional na avalia-ção e no diagnóstico de pacientes aci-ma de 60 anos. Adriana Pederneiras,ex-presidente CRN-1 (gestão 2004-2007), é docente adjunto da Universi-dade Católica de Brasília (UCB), mes-tre em Nutrição pelo Inta-Chile e dou-tora em Ciência da Saúde da Univer-sidade de Brasília (UnB).

dos por enfermidades, medicamen-tos e estresse, condições estas fre-quentes no indivíduo idoso. Embo-ra a avaliação laboratorial seja umaferramenta de identificação preco-ce de alterações nutricionais, suautilização não deve ser isolada parao estabelecimento de um diagnós-tico ou de risco nutricional. Nessecontexto, a Contagem de LinfócitosTotais (CLT) ou linfocitometria des-taca-se por avaliar as reservasimunológicas e as condições dosistema de defesa celular. A CLTtem sido proposta como um indi-cador útil do estado nutricional,uma vez que a redução gradativado número de linfócitos é observa-da concomitante ao progresso dadesnutrição e correlacionada coma morbimortalidade em pacienteshospitalizados.

Todos os indicadores anterior-mente descritos possibilitam de for-

ma direta avaliar o estado ou risconutricional do indivíduo. Não me-nos importante para este diagnós-tico é a análise do consumo alimen-tar, que no idoso se torna mais com-plexa pela frequência de períodosde inapetência (anorexia senil).Além disso, o declínio natural das fun-ções fisiológicas com a idade leva auma menor eficiência na absorção eno metabolismo de nutrientes.

Concluindo, a determinação dodiagnóstico nutricional e a identi-ficação dos fatores que contribuempara tal são fundamentais para ga-rantir ou melhorar a qualidade devida deste grupo etário. Contudo,para definição deste diagnóstico énecessária a análise conjunta dediversos instrumentos, como: índi-ces antropométricos, imunológicos,bioquímicos, clínicos e dietéticos.

Fonte: tese de mestrado de Luciana NabucoFélix (Universidade de Brasília)

CRN-1 — Com o aumento daexpectativa de vida, quais oscuidados que a pessoa deve terpara ter um envelhecimentosaudável? Existe uma idadepara começar a se cuidar?

Adriana Pederneiras: é impor-tante se alimentar de forma adequa-da e saudável, ou seja, com redu-ção no consumo de alimentos in-

dustrializados, sal, gordurassaturadas e elevar o consumo dehortaliças, alimentos integrais, alémde manter a mente e o corpo saudá-veis. Para ter uma vida saudável nãohá tempo, no entanto, após os 35anos é importante dar uma atençãoespecial à alimentação, principal-mente por causa das mudançashormonais e da composição corpo-ral mais acentuada que ocorrem.

13

O aumento da obesidade entre osidosos é recente? O que provoca?

Na verdade, a obesidade é umadoença que vem aumentando des-de a infância. Os jovens apresentamas doenças crônicas degenerativasdos adultos e prevalecem a obesi-dade e as doenças cardiovasculares.No processo de envelhecimento, háuma mudança natural na composi-ção corporal, perda de massa ma-gra e elevação do tecido adiposo,portanto, o excesso de peso é umdos grandes fatores de risco para odesencadeamento de várias doen-ças, como síndrome metabólica. Oshábitos alimentares errôneos e afalta de atividade física tambémcontribuem para este quadro.

Quais as principais mudançasadvindas da idade que interfe-rem direta ou indiretamenteno estado nutricional?

Mudança na composição corpo-ral; periodontites; uso ou ausênciade próteses; alterações do olfato,do paladar e da visão; distúrbiosneurológicos, hormonais; distúrbi-os gastrointestinais; depressão;estresse; situação socioeconômica;

a própria alimentação do idoso;entre outros.

É freqüente a desnutriçãoentre os idosos? Quais asprincipais causas?

Sim, principalmente entre osidosos acima de 70 anos. As prin-cipais causas são: alterações nosistema digestório, como má ab-sorção, alterações hormonais einapetência.

Os idosos fazem uso frequentede medicamentos. Qual ainfluência dessas substânciasna sua nutrição?

O uso de polimedicamentos,comum entre os idosos, pode oca-sionar interações droga—nutriente,alterando tanto na absorção dosnutrientes quanto na ação das dro-gas e vai influenciar diretamente nasaúde do idoso.

Quais as principaisespecificidades no atendimen-to nutricional do idoso? Hárecomendações específicaspara esse grupo?

O nutricionista deverá conhecer

bem a fisiologia do idoso, asinterações droga—nutriente, dro-ga—droga e nutriente—nutriente(biodisponibilidade), nutrição fun-cional (importantíssimo) e toda adinâmica dos processos inflamató-rios, estresse oxidativo.

Como ajudar a aumentar aimunidade, que nessa fase davida é sempre reduzida?

Consumo de antioxidantes(principalmente zinco, selênio evitaminas C e E), aumento do con-sumo de ômega 3, restringir ômega6. Evitar o estresse (difícil!).

Qual deve ser o enfoque deum programa de educaçãonutricional direcionado aoidoso? Seria apenas repassarsobre hábitos alimentaressaudáveis?

É complicado mudar hábitos,principalmente para quem tem 60ou mais anos de idade. O impor-tante é mostrar ao idoso a impor-tância de se alimentar bem paraque possa atingir uma maiorlongevidade. E quem não quer vi-ver mais com qualidade de vida?

15

Arroz e Feijão:O Par Perfeitodo Brasil

Introdução

O arroz e feijão, associados,constituem a base da dieta da po-pulação brasileira e provém segu-rança alimentar e alimento seguro,com custo acessível a todas as clas-ses sociais. Estes alimentos são pro-duzidos amplamente, em variados sis-temas de produção, os quais vêm apre-sentando crescente produtividade.

O feijão é cultivado em todo opaís em três safras: “das águas”,“da seca” e “de inverno”, envolven-do cerca de 2 milhões de produto-res, sendo que 64% da produçãoprovém da agricultura familiar (>5 hectares). Na safra 2007/2008,ocupou 3,9 milhões de hectares,produzindo 3,5 milhões de tonela-das (fonte: http://www.conab.gov.br/c o n a b w e b / d o w n l o a d / s a f r a /1_levantamento_out2008.pdf. Amesma fonte indica que a produçãode arroz foi de 12,1 milhões de to-neladas em 2,9 milhões de hecta-res em 2007/2008. Apesar do con-tínuo crescimento da contribuiçãodo sistema de cultivo irrigado, queprovê cerca de 70% da produçãonacional de arroz, o sistema de cul-tivo de sequeiro complementa oatendimento da demanda interna.Contudo, os ingressos regulares dearroz importado, especialmente dos

Artigo Beatriz da Silveira Pinheiro*

países do Mercosul, levam a fre-qüentes desequilíbrios entre ofertae demanda, ocasionando excessose aviltando preços.

Propriedades nutricionais ebenefícios à saúde

A mistura de arroz e feijão possuiimportantes propriedades nutricionais,pois além de fornecer carboidratoscomplexos, de lenta liberação, cons-titui uma importante complementaçãoprotéica. Enquanto a proteína do ar-roz, pobre em lisina, é uma excelentefonte de aminoácidos sulfuradoscomo metionina e cistina, a proteí-na do feijão, deficiente nesses doisaminoácidos, é muito rica emlisina. Por não conter glúten, a mis-tura é apropriada a portadores dedoença celíaca.

A mistura arroz com feijão for-nece ainda vitaminas do Comple-xo B, fibras alimentares solúveis einsolúveis e minerais como ferro,cálcio, fósforo, potássio, manga-nês e zinco. Possui baixo teor desódio e de gorduras e não contémcolesterol.

Pesquisas têm demonstrado quedietas baseadas em arroz e feijãocontribuem para evitar as doençasrelacionadas ao estilo de vida mo-derno. A literatura internacional temdestacado a importância do aporte

de feijões dentre as estratégias parareduzir prevalências de obesidadee sobrepeso observadas no mundotodo. Sabe-se que as fibras dietéticasexercem um efeito protetor paradoenças cardiovasculares, reduzin-do o colesterol e o LDL séricos.Sabe-se também que o índiceglicêmico da dieta associa-se comaumento do risco de desenvolvi-mento de diabetes tipo 2, doençascardíacas e prevalência de síndromemetabólica. Os índices glicêmicosdo arroz polido e do feijão, de res-pectivamente 87 e 42, são inferio-res aos dos alimentos da mesmacategoria (Lajolo et al., 2004). Da-dos recentes da pesquisa nacionaldocumentaram a redução de riscopara câncer oral pelo consumo di-ário de feijão e efeito protetor dopadrão de consumo baseado emarroz e feijão (Marchioni et al,2007). Outro estudo de caso-con-trole em João Pessoa verificou re-dução de risco para câncer demama pelo consumo freqüente defeijão (Lima, 2004). Além do seupapel na nutrição, a combinaçãoarroz com feijão combate às cári-es, de acordo com estudo ainda iné-dito, conduzido pela Faculdade deOdontologia de Piracicaba (FOP)da Unicamp.

16

O consumo de arroz e feijão érespaldado pelo Ministério da Saú-de, ao recomendar, no seu GuiaAlimentar, que a população comadiariamente feijão com arroz naproporção de uma parte de feijãopara duas partes de arroz, por seruma combinação adequada de pro-teínas e boa para a saúde.

Consumo de arroz e feijão

A comparação dos dados de dis-ponibilidade domiciliar de alimen-tos obtidos na Pesquisa de Orça-mento Familiar (POF) do IBGE noperíodo 1973/2002 tem reveladoalgumas características negativasdo padrão alimentar (Levy-Costa etal., 2005). Destacam-se o declíniono consumo de alimentos básicose tradicionais da dieta, como o ar-roz e feijão; aumento de até 400%no consumo de alimentos industri-alizados, como biscoitos e refrige-rantes; persistência do consumoexcessivo de açúcar; presença in-suficiente de frutas e hortaliças; au-mento sistemático do teor de gor-duras em geral, e de gordurassaturadas em particular, com con-seqüente aumento da obesidade,diabetes, doenças cardiovasculares,certos tipos de câncer e outras do-enças crônicas.

Os dados da POF 2002/2003indicam uma grande variação doconsumo domiciliar de arroz e fei-jão, dentre as várias regiões geo-gráficas, ambiente urbano e rural efaixa de rendimento da população(Tabelas 1 e 2). Evidencia-se, por-tanto, que no ambiente urbano eespecialmente nas grandes metró-poles, a família brasileira vem al-terando o padrão da sua dieta, tra-dicionalmente baseada em arrozcom feijão. Isto se deve, entre ou-tros fatores, à maior presença damulher no mercado de trabalho;mão-de-obra doméstica mais one-rosa e escassa; substituição, nos

cardápios domésticos, de pratos commaior tempo de preparo por lanches,pratos prontos ou congelados, emfunção da praticidade e rapidez depreparo; crescimento do número refei-ções fora de casa; popularização dosrestaurantes de comida a quilo, facili-tando a vida das famílias, mas tornan-do menos atrativa a comida trivial.

Os dados da pesquisa do IBGEpermitem também verificar umaexpressiva variação de consumo dearroz por faixa de renda. Na popu-lação de baixa renda, há um nítidocrescimento do consumo de arroz,à medida que cresce a renda fami-liar até uma renda de 6 saláriosmínimos. Nas faixas de médio po-der aquisitivo (5 a 15 salários mí-

nimos), há uma nítida redução doconsumo com o aumento da ren-da. À primeira vista, poder-se-iaconsiderar que os principais alvosde uma campanha para promoçãode consumo de arroz encontram-se nas faixas de média e alta ren-da. Na população de baixa renda,devido a uma demanda reprimidade arroz e feijão, a ampliação doconsumo prescindiria de estratégi-as de marketing. A Bolsa Famíliatem sido bastante efetiva em am-pliar o consumo nesse segmento derenda. Contudo, dado o seu cará-ter de política transitória, o consu-mo atual pode ser facilmente rever-tido se não se assegurar uma am-pliação efetiva da renda familiar.

Tabela 1 - Consumo domiciliar per capita de arroz no Brasil (kg/hab./ano)

Fonte: Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003, IBGE.

Tabela 2 - Consumo domiciliar per capita de feijão no Brasil (kg/hab./ano)

Fonte: Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003, IBGE.

Figura 1: Aquisição domiciliar de arroz e feijão por classe de rendimentomonetário

Fonte: Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003, IBGE.

17

Mudança do padrão alimentar

A mudança do padrão alimen-tar da família brasileira é ainda maismuito evidente na populaçãoinfanto-juvenil. O acompanhamen-to dos hábitos alimentares e o ní-vel de atividade e aptidão físicas deadolescentes entre 13 e 17 anos deuma escola em Maringá (NardoJúnior et al., 2005) indicou que adieta tradicional está sendo substi-tuída por lanches, salgadinhos erefrigerantes. Quando associada àbaixa atividade física, pode acar-retar sobrepeso e antecipação dasdoenças características de adultos,como diabetes tipo 2, dislipidemiae pressão alta.

Considerando que as novas ge-rações estão criando hábitos ali-mentares pouco saudáveis, é parti-cularmente desejável o estímulo aoconsumo diário de arroz com fei-jão especialmente na merenda es-colar. Além de garantir uma alimen-tação de alta qualidade nutricionale prevenir contra má nutrição, sejapor carência, seja por excessos ali-mentares, esta iniciativa estaria res-gatando hábitos alimentares saudá-veis que, através da criança, atin-gem a família e a comunidade. Aomesmo tempo, estaria proporcio-nando alimentos de custo acessível,combatendo o desperdício de di-nheiro público. Nesse sentido, des-taca-se a iniciativa da Prefeitura deFlorianópolis, que reformulou oscardápios da merenda escolar nasescolas públicas, obtendo resulta-dos destacados tanto na redução dadesnutrição como também dosobrepeso e obesidade infantil. Asubstituição da farinha de trigo pelafarinha de arroz trouxe excelen-tes resultados na nutrição das cri-anças com necessidades especiais,portadoras de doença celíaca efenilcetonúrica, promovendo adici-onalmente a sua inserção social(http://portal.mec.gov.br/arquivos/

pdf/acs_florianopolis.pdf ).Salienta-se que a utilização dos grãos quebrados resultantes do

beneficiamento na produção de farinha agregaria valor, além de dar umadestinação mais nobre ao produto. Trabalhos nesse sentido vêm sendopromovidos pelo IRGA com o apoio de Universidades gaúchas.

Conclusão

Espera-se que a desejável organização dos esforços por parte do se-tor público e privado em torno do Par Perfeito permita a reversão datendência de queda do consumo de arroz e feijão, com reais benefícios atoda a sociedade brasileira. Os seguintes resultados podem ser espera-dos: valorização das suas propriedades nutricionais; superação dos fal-sos conceitos, de que estes alimentos engordam, são triviais, etc.; resga-te do tradicional hábito do jantar em família; melhoria da preferênciaalimentar da população infanto-juvenil; ampliação da oferta dos doisalimentos nos cardápios da merenda escolar, restaurantes institucionaise cestas básicas; ampliação da oferta industrial de produtos embasadosem arroz e feijão; inserção dos novos produtos no modelo alimentarmoderno, aliando praticidade e bom valor nutricional.

Referências bibliográficas

LAJOLO, F. M.; MENEZES, E. W. de; Carreira, M. C. Glycemic Index:Effect of Food Storage under Low Temperature. Brazilian Archives ofBiology and Technology. Brasil, v. 47, n. 4, p. 569-574, 2004.

LEVY-COSTA, R. B.; SCHIERI, R.; PONTES, N. S.; MONTEIRO, C.A. Disponibilidade domiciliar de alimentos no Brasil: distribuição e evolu-ção (1974-2003). Revista de Saúde Pública, v. 39, n. 4, p. 530-540, 2005.

LIMA, F. E. L. Fatores dietéticos e câncer de mama na Paraíba: umestudo de caso-controle. Tese de doutorado apresentada à Faculdade deSaúde Publica da USP, 2004.

MARCHIONI, D. M. L. et al. Fatores dietéticos e câncer oral: estudocaso-controle na região metropolitana de São Paulo. Cadernos de SaúdePública (FIOCRUZ), v. 23, p. 553-564, 2007.

NARDO JÚNIOR, N. et al. Influência do Nível de Atividade Física edos Hábitos Alimentares sobre a Aptidão Física de Adolescentes. Revistada Educação Física, Maringá - Paraná - Brasil, v. 15, n. 1, p. 25-32, 2004.

* Beatriz da Silveira Pinheiro é pesquisadora da Embrapa Arroz e Feijão

Atualize seu endereço junto ao CRN-1!

Lembre-se de, sempre que mudar de endereço, telefone ou e-mail, atualizarseus dados junto ao CRN-1. Essa ação permite que você receba informaçõesde seu interesse.Essa atualização pode ser feita pelo sítio do CRN-1 na internet(www.crn1.org.br) ou pelo e-mail [email protected] .

19

A Agência Nacional de VigilânciaSanitária (Anvisa) está propondo novaregulamentação para os alimentos des-tinados a atletas. O primeiro passo foia realização de uma consulta públicapara críticas e sugestões da população.A Consulta no 60 foi lançada no dia 14de novembro de 2008 e recebeu as pro-postas até 12 de janeiro de 2009. Os da-dos ainda estão sendo computados, se-gundo a assessoria de imprensa da Anvisa.

A diretora da Anvisa, Maria CecíliaBrito, disse que o objetivo principal éfazer uma atualização nas normas, já quea última portaria sobre o tema é de 1998.“Identificamos três grandes linhas nestanova regulamentação. Uma delas é a

Anvisa quer novas regras paraalimentos destinados a atletas

Regulamentação

A Anvisa quer lançar, ainda este ano,sua regulamentação sobre a propagandade alimentos. Em novembro de 2008, foiencerrada a consulta pública de 140 diassobre a regulamentação. Agora a agênciatrabalha na sistematização das sugestõespara readequar o texto que poderá mudara propaganda de alimentos no país.

Durante a consulta pública, foramquase 250 recomendações e críticas en-viadas sobre a regulamentação. Do total32% das sugestões vieram das própriasindústrias e agências de propaganda; or-ganizações da sociedade civil fizeram25% das sugestões; instituições de com-bate ao câncer, 14% do total.

A regulamentação dos alimentos temcomo principais objetivos e destaques:

• Promover e proteger a alimentaçãosaudável.

• Controlar a publicidade de alimen-tos com quantidades elevadas de nutri-entes e outros componentes potencial-mente prejudiciais à saúde quando con-sumidos excessivamente.

• Conferir proteção especial ao pú-blico infantil (crianças de 0 a 12 anos).

• Pontos principais: veiculação de men-sagens que orientam quanto aos riscos asso-ciados ao consumo excessivo de alimentosricos em açúcar, sal, gordura saturada, gorduratrans e bebidas de baixo valor nutricional.

• Proibições: brindes, prêmios, boni-ficações e apresentações especiais, con-dicionadas à aquisição desses alimentos.Utilizar figuras, desenhos, personalidadese personagens que sejam cativos ou ad-mirados por esse público-alvo.

Com a conclusão desta fase, técnicosda Anvisa trabalham para elaborar umanova proposta resultante das contribui-ções. A próxima etapa de discussão aber-ta à participação da sociedade será a rea-lização de Audiência Pública. A propos-ta será submetida, então, à validação fi-nal da diretoria colegiada da Anvisa, paraposterior publicação e entrada em vigor. Fontes: Anvisa; Folha de S. Paulo; CGPAN/MS; Conselho Nacional de Saúde.

Propaganda de alimentos seráregulamentada

mudança nas informações na embala-gem. Alteramos o conceito de “alimen-tos para praticantes de atividade físicapara alimentos para atletas”, de acordocom a orientação internacional. Estu-dos científicos comprovam que uma ali-mentação balanceada é suficiente parapessoas que praticam esportes e não sãoatletas”, disse Maria Cecília.

O segundo ponto destacado pela di-retora da Anvisa é a regulamentação dossuplementos de cafeína e creatina. “Cer-tas substâncias como a cafeína não eramconsideradas alimentos, outras comocreatina não sabíamos os efeitos sobreos seres humanos. Hoje, estudos cientí-ficos demonstram que são seguros para

o consumo”, afirma Maria Cecília.O terceiro ponto destacado é a pro-

posta de regulamentação da comercia-lização de produtos na forma de pack(dose diária de alimentos dentro de umaúnica embalagem).

Aplicam-se a esta portaria todos osalimentos especialmente formulados eelaborados para praticantes de ativida-de física, incluindo formulações con-tendo aminoácidos oriundos dahidrólise de proteínas, aminoácidos es-senciais quando utilizados emsuplementação para alcançar alto valorbiológico e aminoácidos de cadeiaramificada, desde que estes não apre-

sentem ação terapêutica ou tóxica.

21

CFN

Sistema CFN/CRN defende4 mil horas para curso deNutrição

Por todo o ano de 2008, o SistemaCFN/CRN esteve mobilizado contra oparecer da Câmara de Educação Supe-rior do Conselho Nacional de Educa-ção (CES/CNE), favorável a 3,2 milhoras como carga horária mínima docurso de Nutrição. Além de reuniõescom os ministros da Saúde e da Edu-cação, intermediadas pelo senadorPedro Simon, o CFN apresentou umrecurso administrativo para contestaro parecer do CNE e um Pedido de Tu-tela Antecipada contra o Ministério daEducação (MEC) junto ao MinistérioPúblico (MP).

O posicionamento em defesa das 4mil horas foi definido por meio deconsultas aos coordenadores de cursosde graduação, especialmente durante o2o Workshop de Ensino, em 2005. Na-quela época, a proposta foi apresenta-da ao MEC, junto com argumentos pe-dagógicos em sua defesa. Em 2007 einício de 2008, diversos encontros re-gionais reuniram as Instituições de Edu-cação Superior (IES) e os ConselhosRegionais de Nutricionistas. As cargaspropostas pelas instituições variaramentre 3,6 e 4 mil horas, ou seja, nenhu-ma opinou pelas 3,2 mil horas defendi-das pelo MEC.

No ano passado, também, a posi-ção do CFN pelas 4 mil horas como acarga horária mínima dos cursos denutrição de todos os países do Mercosulfoi acatada pelo Comitê de Nutriçãodo Mercosul (Conumer), entidade quereúne representantes dos nutricionistas

dos países-membros do bloco. Cabedestacar a Recomendação no 24/2008do Conselho Nacional de Saúde quetambém ratifica a necessidade de, nomínimo, 4 mil horas para todos os cur-sos de graduação da área de saúde.

“Atualmente ainda vigora a cargahorária mínima preestabelecida pelo Pa-recer CFE no 36/74 para os cursos deNutrição, há mais de trinta anos, de 2.880horas complementadas por 300 de práti-cas. Isso ocorre na contramão de um

momento vivido pela nutrição, em quea inserção do nutricionista em diversasnovas áreas demandam do profissionalmais conhecimento e uma formação demais qualidade”, argumenta a presiden-te do CFN, Nelcy Ferreira. O CFN de-fende que a carga horária mínima de 3,2mil horas compromete a qualidade da for-mação do nutricionista e, como conse-quência, prejudica a incorporação decompetências e habilidades necessáriasao exercício da profissão.

23

Prestação de contas

Balançofinanceirojaneiro adezembro2008

O Sindicato dos Nutricionistasdo Distrito Federal intensificousuas negociações de salário em2008 e com a ajuda da Justiça einicia em 2009 ações para dirimiros abusos praticados por empresá-rios, como salários irrisórios,constrangimentos, carga horáriaabusiva, banco de horas sem anuênciado sindicato, entre outras questões. Para issofoi criado um e-mail [email protected] senha é frentenutricao, para o re-cebimento de denúncias anônimas.O site www.sindnutridf.org.br teminformações como tabelas e pisonacional de referência que o Sin-

Sindicato dos Nutricionistas do DF cria e-mailpara denúncias

dicato preconiza para 20 horassemanais.

A contribuição sindical será en-viada por boleto para todos osnutricionistas neste início de ano.É obrigatório seu pagamento portratar-se de imposto federal, que édistribuído em três partes – umafica no Ministério do Trabalho, ou-tra vai para Federações e Confede-rações e uma última fica com o Sin-dicato. Sem este imposto é impos-sível pagar salas, funcionários edemais contas relativas ao funcio-namento do Sindicato. Portanto,paguem seu imposto por meio daguia do sindicato, antes que ele seja

descontado em folha e vá para osindicato patronal (sindicato dos pa-trões). Depois você deve ir ao RH desua empresa e entregar cópia do pa-gamento do imposto protocolado paranão ter o desconto em folha para osindicato patronal.

Mais uma vez o Sindicato dosNutricionistas do DF conta com suaajuda que é imprescindível paraque façamos da Nutrição no DF,junto com os profissionais e oCRN1, profissão reconhecida e res-peitada por todos.

Espaço Sindical

Elizabeth Panisset - Sindicato dosNutricionistas do DF/FNN

24

Gerência de Nutrição

Secretaria de Saúdedo DF ampliaráquadro de nutricionistas

O CRN-1 conseguiu avançar emduas demandas fundamentais para seusprofissionais junto à atual Gerência deNutrição (Genut) da Secretaria de Saúdedo Distrito Federal (SES/DF): a primeirafoi para ampliação do quadro denutricionistas da rede pública de saúdepara atender às demandas da popula-ção, e a outra foi a proposta para re-gularização e qualificação profissionaldos servidores contratados no cargo deauxiliar de nutrição.

De acordo com a nova gerente de nu-trição, a nutricionista Márcia Regina deAraújo Pontes, uma das principais me-tas da Genut para este ano é aumentar onúmero de nutricionistas nos centros de

saúde do Distrito Federal. Também seráfeita a adequação do quadro denutricionistas nas unidades hospitalares,por meio de nomeação de aprovados noúltimo concurso. Até o momento foramcontratados nove nutricionistas para osNúcleos de Apoio à Saúde da Família(Nasf), e Márcia Regina declarou quetrabalhará em conjunto com a Diretoriade Atenção Básica da SES para a inclu-são desse profissional em cada Núcleo.

O aumento do quadro de nutri-cionistas na SES/DF necessário, se-gundo a gerente de nutrição, pois atu-almente se encontra defasado por cau-sa da ampliação do número de leitoshospitalares e do aumento das atribui-

ções do profissional nutricionista,como o atendimento ambulatorial, atu-ação em bancos de leite humano, com-posição de equipes multiprofissionaisde terapia nutricional, acompanhamen-to de estagiários e a preceptoria na re-sidência em nutrição.

A prioridade da Genut não é ape-nas contratar servidores, mas capacitar osprofissionais nutricionistas e técnicos emnutrição, com oferta de cursos e oficinas.Também quer aumentar o número de es-tagiários e ampliar o programa de resi-dência para outros hospitais – que atual-mente é desenvolvido no Hospital Regi-onal da Asa Norte (Hran) e no HospitalRegional da Ceilândia (HRC).

Quanto à situação dos servido-res da Secretaria de Saúde contra-tados para o cargo de auxiliar denutrição, foi criada uma comissãopara planejar um curso técnico emnutrição a ser executado na EscolaTécnica de Saúde de Brasília, ondea vice-presidente do CRN-1, IaraRamires, exerce a função de docen-te. Essa proposta visa à melhoriano desempenho desses trabalhado-res no exercício das suas funçõese também no registro dos mesmos

a Gerência de Nutrição objetiva re-alizou este ano concurso para téc-nico em nutrição a fim de suprir odéficit dos quadros desses profis-sionais nos hospitais, por causa deaposentadorias e exonerações. “Tam-bém estamos elaborando, em parce-ria com a Fepecs, uma proposta paraoferecer estágio direcionado para oscursos técnico e de graduação emnutrição, nas unidades da Secre-taria de Saúde”, anuncia MárciaRegina.

no Conselho para que atuem emconformidade com a legislação.

Importante ressaltar que o cur-so não será exclusivo para os ser-vidores da Secretaria de Saúde, e oingresso se dará por meio de sele-ção pública. Para quem já trabalhana área como auxiliar de nutriçãodeverá ser considerada a experi-ência profissional para comple-mentar o currículo de técnico emnutrição.

Além da qualificação profissional,

Técnico em Nutrição eDietética

25

Notícias dos Estados

TocantinsTocantins forma primeira turma deTécnicos em Nutrição e Dietética

Nos dias 10 de novembro a 11 dedezembro de 2008, o CRN-1, em par-ceria com o Portal Nutrição em Foco,realizou no Parque Vaca Brava, emGoiânia-GO, o Projeto Verão a Verão.Foram feitas as medidas de peso, cir-cunferência da cintura e pressão arte-rial de 712 frequentadores do parque,e usando a altura referida, foi calcula-

do o IMC. Durante cinco semanas, àssegundas e às quintas-feiras, das 7h às9h e das 18h às 20h, os participantesforam orientados em relação às suasmedidas e pressão arterial. Também re-ceberam dicas sobre alimentação saudá-vel. Em cada dia, um hábito saudávelfoi discutido. Todas as medidas e passostrabalhados foram disponibilizados no

site Nutrição em Foco.A população recebeu muito bem o

projeto, o qual representou uma ótimaoportunidade para estimular a práticade exercícios físicos, adoção de hábi-tos alimentares saudáveis, divulgaçãodo trabalho dos profissionais e do

Conselho de Nutricionistas.

GoiásProjeto Verão a Verão é sucessoem Goiânia

foto

Em dezembro de 2008, foi realiza-da a formatura da primeira turma deTécnicos em Nutrição e Dietética(TND), em Palmas-TO, com 32 profis-sionais. No início do ano outra turmade mais 28 técnicos formou-se em Por-to Nacional, distante cerca de 60 kmda capital.

As turmas foram criadas a partir dedemanda dos municípios e atendidapela Escola Técnica do SUS (ETSUS),cujo principal objetivo é formar e qua-

lificar recursos humanos para o siste-ma público de saúde. Em 2006 a esco-la deu início à construção coletiva doprograma de curso, com a contribui-ção de diversos nutricionistas locais,e em 2007 iniciou a primeira turma soba coordenação do nutricionistaClemilson Antonio da Silva, técnicoda ETSUS.

A inserção desses sessenta profis-sionais no mercado de trabalho contacom a colaboração da própria ETSUS,

por meio da Diretoria de IntegraçãoSocial. A atuação dos técnicos virá pre-encher grande lacuna existente na atu-ação dos profissionais nutricionistasque, na maioria das vezes, trabalhamisoladamente e sem auxílio de profis-sionais capacitados, no caso, os TND.

Parabenizamos os novos técnicos edesejamos um início de carreira profí-

cuo e de parceria com os nutricionistas.

Por: Dra. Salete T. R. Klein – CRNnº 1084 - Conselheira do CRN-1

A Delegacia do CRN-1/MT estácom novo número de telefone, (65)3052-8380. Os profissionais podemainda entrar em contato por meiodo e-mail [email protected]

ou utilizar o sítio eletrônicowww.crn1.org.br.

Em dezembro de 2008 ocorreu aposse da nova gestão do Conselho Es-tadual de Alimentação Escolar de Mato

Grosso, e o CRN-1/MT manteve suarepresentação, com a participação dasnutricionistas Vânia Varini De DavidPinto, como titular, e Joana AparecidaDias Ferreira, como suplente.

Fonte: Portal Nutrição em Foco

Mato Grosso

26

Eventos

Projeto Sexta BásicaTema: Suplementação com ômegaPalestrante: Henry OkigamiData: 3 de abrilHorário: 18h30Local: a definirPromoção: CRN-1

Goiânia Capital Fitness6a Convenção de Sport, Saúde eFitnessData: 26 a 29 de março de 2009Local: Centro de Convenções deGoiânia-GOInformações pelo site:www.bsbfitness.com.brObservação: nutricionistas terão10% de desconto.

V Fórum Nacional deAlimentação EscolarLocal: São Paulo (SP) Centro deConvenções e Eventos FreiCaneca — Rua Frei Caneca, 569(Shopping Frei Caneca).Data: 8 de maio de 2009Hora: 07h30 às 18hInscrições: até 10 de abril de 2009pelo site www.aberc.com.brInformações: (11) 5084-5713 /[email protected]ção: haverá concurso eexposição de pôsteres,regulamento no sitehttp://www.aberc.com.br/conteudo.asp?IDMenu=34

III Congresso Brasileiro deNutrição e Câncer, InternationalConference of NutritionalOncology e Ganepão 2008.Data: 18 a 21 de junho de 2008Local: Centro Fecomércio deEventos — São PauloInscrições pelo site:www.ganepao.com.br

Mega Evento Nutrição 200910o Congresso Internacional deNutrição, Longevidade e Qualida-de de Vida10o Congresso Internacional deGastronomia e Nutrição5o Fórum Nacional de Nutrição2o Simpósio Internacional daAmerican Dietetic Association(EUA)2o Simpósio Internacional daNutrition Society (Reino Unido)2o Simpósio Internacional do LeCordon Bleu (França)Data: 1 a 3 de outubro de 2009Local: Centro de Convenções FreiCaneca — São Paulo (SP)Informações: (11) 5041-9321ramal 23.Site:[email protected]

5o Fórum Nacional de Nutrição 2009Data: 15 e 16 de maioLocal: BrasíliaPromoção: Nutrição em PautaInformações:(11) 5041-9321 ramal 23Site:[email protected]

Como prescrever suplementosmanipulados

Data: 19 de marçoHorário: 19hLocal: Auditório da

FarmacotécnicaEnd.: SHLS Qd. 716, Conj. L

Torre 1 – 2º subsolo – Asa Sul -Brasília

TEL: (61)3346-1158

Pós-Graduação Presencial e aDistância - Universidade GamaFilhoData: 1o semestre de 2009Cursos:- Nutrição Esportiva: BasesNutricionais da Atividade Física- Nutrição Clínica- Nutrição Pediátrica e Escolar- Obesidade e EmagrecimentoInformações:0800 772 0149Site: www.posugf.com.br

Curso de Nutrição Renal emPediatriaPromoção: Instituto CristinaMartins de Educação em SaúdeCoordenação: Karla DoriaCarga horária: 42 horas-aulaData: 2 a 30 de março 2009(parte on-line) e 3 e 4 de abril2009 (parte presencial)Local:Instituto Cristina Martins(Curitiba, PR)Informações e inscrições:(41) 3013-5322Site:www.institutocristinamartins.com.br

Avaliação do Estado Nutricionale Diagnóstico — Parte I —MétodosCurso totalmente on-lineData: 13 de abril a 27 de junho de2009Carga horária: 150h, composta desete módulosInformações e inscrições:(41) 3013-5322Site:www.institutocristinamartins.com.br

Agenda da Nutrição

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

CURSOS ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

MUZI LIVROS – Livraria e Distribuidora

C-12 – Ed. Paranoá Center - Sobreloja 2-B - Taguatinga Centro – Brasília/DF - Fone: (61)3562-0179 e3567-7115 - [email protected] - www.muzidistribuidora.com.br

20% de desconto para os inscritos no CRN-1 em qualquer publicação

Agora na Muzi Livros