crn em revista nº 8

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Publicação do Conselho Regional de Nutricionistas da 5ª Região (Bahia e Sergipe) Ano 6 – nº. 8 – 2014 Desafios do Nutricionista como preceptor de estágios 2014 é o Ano Internacional da Agricultura Familiar pág. 20 pág. 16 pág. 23

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Publicação trimestral do Conselho Regional de Nutricionistas da 5ª Região (Bahia e Sergipe)

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Page 1: CRN em Revista nº 8

Publicação doConselho Regionalde Nutricionistasda 5ª Região(Bahia e Sergipe)

Ano 6 – nº. 8 – 2014

Desafios do Nutricionista comopreceptor de estágios

2014 é o Ano Internacional daAgricultura Familiar

pág. 20 pág. 16

pág. 23

Page 2: CRN em Revista nº 8

Editorial Nesta Edição

Interação

04Comissão de Comunicação

......................................................

10Comissão de Ética

......................................................

12Comissão de Fiscalização

......................................................

16Destaque - Formação Profissional

Desafios do Nutricionista como

preceptor de estágios

......................................................

20Destaque - Formação Profissional

2014 é o Ano Internacional da

Agricultura Familiar

......................................................

23Capa - Institucional

Eleição do CRN-5 está

marcada para maio

......................................................

24Variedades

......................................................

Alguns links ao longo da revista são in-

terativos, basta clicar para acessá-los.

Caso deseje, é possível fazer o download

da Revista para o seu computador, tablet

ou celular. Para isso, ao abrir o site, logo

acima da descrição, no menu de opções,

clique em

*

Começamos este ano com a expectativa de

muitos projetos e ações voltados ao fortaleci-

mento e à valorização de Nutricionistas e Téc-

nicos em Nutrição e Dietética da Bahia e de

Sergipe. Cientes da importância da atualização

e qualificação profissionais constantes, deci-

dimos promover já em fevereiro o Simpósio

“Nutricionista Empreendedor: da consultoria à

microempresa”, em Feira de Santana-BA, após

o sucesso de evento semelhante que realiza-

mos na capital baiana em outubro de 2013.

Em março, promoveremos o bate-papo

temático “Atuação do Nutricionista no Pro-

grama Nacional da Alimentação Escolar

(PNAE)” e o lançamento da campanha regio-

nal em defesa da Segurança Alimentar e Nutricional, com a mesa redonda “O Nutricionista nas estra-

tégias da Segurança Alimentar”. Essas ações são apenas algumas das iniciativas planejadas pela atual

gestão que, embora esteja sendo finalizada (a próxima eleição do CRN-5 está prevista para maio),

mantém o compromisso de atender às demandas da categoria e da sociedade.

Em defesa do Código de Ética de Nutricionistas e de um clima organizacional saudável, zelando pela

imagem da categoria profissional, apresentamos nesta edição um artigo sobre a importância da par-

ceria que deve existir entre Nutricionistas contratados e terceirizados. O texto combate a existência

de conflitos desnecessários entre colegas de profissão. Vale a pena conferir.

Apresentamos também uma relevante reportagem sobre os desafios do Nutricionista e seu compro-

misso ético como preceptor de estágios. E, como não poderia deixar de ser, reservamos um espaço

de destaque para abordar a inserção do Nutricionista no contexto do “Ano Internacional da Agricul-

tura Familiar (AIAF)”, conforme estabelecido pela Organização das Nações Unidas para Alimentação

e Agricultura (FAO) como marco do Dia Mundial da Alimentação em 2014. Outras informações úteis,

inclusive sobre as eleições do Conselho, completam esta edição.

Vale destacar que, desde 2011, temos priorizado as ações de fiscalização do exercício profissional,

atividade fim do CRN, e avançamos nos resultados. Estes, assim como avaliações de outros setores

do Conselho, serão apresentados detalhadamente na próxima edição desta revista, última da atual

gestão, prevista para o mês de abril. Aproveitamos para desejar muita saúde e sucesso em 2014.

Boa leitura!

Valquíria da Conceição Agatte (CRN-5/1830)

Presidente do CRN-5

Publicação do Conselho Regional de Nu-

tricionistas da 5ª Região (Bahia e Sergipe)

- Ano 6 – nº. 8 – 2014

Salvador (BA): Rua Dr. José Peroba, 149, 10°

andar, sala 1001, Centro Empresarial Eldorado,

Stiep. CEP: 41770-235 – Telefax: (71) 3237-

5652.

Aracaju (SE): Praça Tobias Barreto, Centro

Médico Odontológico, Sala 502, São José.

CEP: 49.015-130 - Telefax: (79) 3211-8248.

Conselheiros efetivos: Valquíria da Con-

ceição Agatte (presidente); Gilcélio Gon-

çalves de Almeida (vice-presidente); Rita de

Cássia Ferreira Silva (secretária); Rosemary

Lima Barreto (tesoureira); Joelma Claudia

Silveira Ribeiro; Lorenna Marques Fracalossi;

Tamara Cristina Ferreira Santos; Thais Maj-

dalane Queiroz de Oliveira e Karla Vila Nova

de Araujo Figueiredo.

Conselheiros Suplentes: Ana Karina de Assis

Braga; Bárbara Eduarda Panelli Martins; Lin-

danor Gomes Santana Neta; Regiane Assun-

ção Campos e Maíra Patriarcha Leal.

Redação, Edição, Jornalista responsável:

Carla Santana – DRT 2563

Revisão Técnica:

Leny Strauch Ferreira (CRN-5/1580)

Fotos:

Arquivo do CRN-5 e sites de domínio público.

Editoração eletrônica:

Pipa Comunicação Integrada

Expediente

Page 3: CRN em Revista nº 8

As Nutricionistas Rita Ferreira* (CRN-5/1887),

conselheira e diretora do CRN-5, e Mychelyne

Ferreira** (CRN-5/1554), delegada do CRN-5 em

Sergipe, foram as facilitadoras do bate-papo so-

bre “Atuação do Nutricionista no Programa Na-

cional de Alimentação Escolar (PNAE)”. O evento

online aconteceu no dia 12 de março.

O Programa Nacional de Alimentação Esco-

lar (PNAE) tem por objetivo contribuir para o

crescimento, desenvolvimento, aprendizagem,

rendimento escolar e a formação de práticas

alimentares saudáveis dos alunos, por meio de

ações de educação alimentar e nutricionais e da

oferta de refeições equilibradas. “O Nutricionista

é, sem dúvida, peça fundamental para o sucesso

do PNAE. Precisamos estar bem preparados para

atuar na área”, afirma a Nutricionista Rita Fer-

reira, conselheira diretora do Conselho Regional

de Nutricionistas da 5ª Região (CRN-5).

Educação alimentar e nutricional pode ser

definida como o conjunto de ações formativas

que objetivam estimular a adoção voluntária de

práticas e escolhas alimentares saudáveis, que

colaborem para a aprendizagem, o estado de

saúde do escolar e a qualidade de vida do in-

divíduo.

Diante disso, o capítulo I da Resolução CFN nº

465/2010, que dispõe sobre as atribuições do

Nutricionista no PNAE, deixa claro que as ativi-

dades deste profissional passam pelo planeja-

mento e elaboração de cardápios, mas também

incluem a realização de ações de educação

alimentar e nutricional e mais: a realização de

diagnóstico e acompanhamento do estado nu-

tricional dos escolares e a identificação de indi-

víduos com necessidades nutricionais específi-

cas; planejamento, orientação e supervisão das

atividades de seleção, compra, armazenamento,

produção e distribuição dos alimentos; controle

da quantidade, qualidade e conservação dos

produtos e participação no processo de licita-

ção e compra da agricultura familiar (especifica-

ções, quantidades, entre outros).

Segundo Rita Ferreira, o Nutricionista que atua

no PNAE deve incentivar reformas, reparos e

adequações de escolas (cozinhas, estoques, re-

“Atuação doNutricionista no

PNAE” será foco debate-papo online

0504

Comissão de Comunicação

O Nutricionista é, sem dúvida, peça

fundamental para o sucesso do PNAE. Precisamos estar bem preparados

para atuar na área.

”Rita Ferreira

Page 4: CRN em Revista nº 8

06 07

feitórios, entre outros); promover o acompanhamento da

distribuição dos gêneros alimentícios a fim de garantir a

disponibilidade de alimentos necessários ao suprimento

da alimentação escolar durante todos os dias letivos; re-

alizar testes de aceitabilidade da alimentação escolar; for-

mar parcerias com os Conselhos de Alimentação Escolar

(CAES) para aplicação e manutenção do SIM-PNAE; de-

sencorajar a comercialização de alimentos com alto teor

de gorduras saturadas e trans, açúcares e sal no espaço

escolar, incentivando os bons hábitos alimentares; elabo-

rar e implantar manuais de boas práticas para as escolas;

ministrar treinamentos na área de segurança alimentar

para as merendeiras, entre outros.

Os cardápios da alimentação escolar devem que ser ela-

borados pelo nutricionista Responsável pelo Programa,

com utilização de gêneros alimentícios básicos, respeitan-

do-se as referências nutricionais, os hábitos alimentares,

a cultura alimentar da localidade, pautando-se na susten-

tabilidade e diversificação agrícola da região e na alimen-

tação saudável e adequada. “O planejamento do cardápio

deve ser individualizado para atender os diversos públicos

em idade escolar: creche, pré-escola, EJA, tempo integral,

ensino fundamental e mais educação”, destaca Rita Fer-

reira.

Mychelyne Ferreira destaca que o Nutricionista do PNAE

também é responsável por realizar periodicamente o con-

trole de saúde dos manipuladores de alimentos, conforme

exige Resolução RDC/ANVISA nº 216/2004. Ele precisa ze-

lar pelas boas práticas higiênico-sanitárias; elaborar o pla-

no anual de trabalho, entre outras relevantes atribuições.

“Além de tudo isso, o Nutricionista do PNAE não pode dei-

xar de comunicar aos responsáveis legais ou autoridades

competentes, sempre que necessário, a existência de

condições impeditivas de boa prática profissional ou que

sejam prejudiciais à saúde e à vida daquela coletividade”,

destaca.

Desafios

“Acredito que o nosso maior desafio é o quadro técnico

insuficiente para as inúmeras atribuições do profissional e

as condições precárias de trabalho que muitas vezes en-

contramos nos municípios. Mas o desafio é maravilhoso

quando conseguimos formar uma

parceria com o município, demonst-

rando a importância do nosso papel

e de uma alimentação equilibrada”,

aponta a nutricionista Rita Ferreira,

que é RT do município de São Sebas-

tião do Passé-BA.

Outros desafios a serem superados no

PNAE mencionados pela Nutricionista

são: falta de capacitação profissional;

dificuldade dos processos de licitação

para aquisição de gêneros alimentí-

cios; custo repassado pelo governo

para alimentação escolar; falta de

transporte adequado para distribuição

de alimentos, no caso dos municípios

que possuem alimentação escolar

centralizada; infraestrutura das co-

zinhas e aquisição de equipamentos

e utensílios.

Apesar das dificuldades que encon-

trou enquanto atuou no PNAE em

Sergipe, a Nutricionista Mychelyne

Ferreira avalia como positiva sua ex-

periência de três anos no Programa.

“Grandes foram os obstáculos e

dificuldades encontrados na opera-

cionalização. O esforço para cumprir

as legislações foi imenso. Apesar dis-

so, percebo claramente a evolução do

PNAE, mesmo reconhecendo que ain-

da é preciso avançar”, declarou a Nu-

tricionista que, no momento, atua em

outra área da nutrição, embora con-

tinue colaborando para melhoria do

PNAE, agora como representante do

CRN-5 no Conselho de Alimentação

Escolar do Estado de Sergipe (CAE/SE).

Para Mychelyne, o grande desafio dos

Nutricionistas do PNAE é superar a

precária infraestrutura das escolas

em armazenar, conservar, preparar

e ofertar os gêneros alimentícios de forma a

garantir condições higiênico-sanitárias satis-

fatórias. “É preciso trabalhar da melhor forma

possível mesmo diante da falta de recursos ma-

teriais, humanos e financeiros que garantam as

condições adequadas para realização das ativi-

dades inerentes ao Programa (...). Outros desa-

fios a serem superados são a falta de transporte

para suprir as necessidades de visitas técnicas e

o acompanhamento das unidades escolares; o

descaso de muitos gestores com a Alimentação

Escolar e seu descompromisso com a adequada

execução do PNAE”, aponta a Delegada do CRN-

5 em Sergipe.

Capacitação e qualificação

Para atuar no PNAE, é importante que Nutri-

cionistas conheçam bem as seguintes legis-

lações: Lei nº 11.947/2009, que dispõe sobre

o atendimento da alimentação escolar; Re-

solução/CD/FNDE nº 26/2013, que dispõe so-

bre o atendimento da alimentação escolar aos

alunos da educação básica no âmbito do PNAE;

Resolução CFN nº 465/2010, que dispõe sobre

as atribuições do Nutricionista e estabelece os

parâmetros numéricos mínimos de referência

no âmbito do PAE; Lei nº 8.666/1993, que institui

normas para licitações; Resolução ANVISA RDC

nº 216/2004, que dispõe sobre regulamento téc-

nico de boas práticas para serviços de alimen-

tação e Portaria Interministerial nº 1.010/2006

(MS), que institui as diretrizes para a promoção

da alimentação saudável nas escolas de educa-

ção infantil, fundamental e nível médio das re-

des públicas e privadas, em âmbito nacional e

Resolução CD/FNDE nº 26/2013, que dispõe so-

bre o atendimento da alimentação escolar aos

alunos da educação básica no âmbito do PNAE.

Além disso, é preciso acompanhar as atua-

lizações; investir em capacitações, cursos e

trei-namentos na área e procurar apoio ou su-

porte técnico sempre que necessário. Outras

sugestões são: visitar regularmente o site do

Page 5: CRN em Revista nº 8

09

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (www.fnde.gov.br) e o site da Rede Brasileira de

Alimentação Escolar e Nutrição do Escolar (www.rebrae.com.br). Se necessário, vale consultar o por-

tal da transparência do governo federal para informações sobre recursos federais repassados aos

municípios (www.portaltransparencia.gov.br) ou portal da CGU (www.cgu.gov.br), onde é permitido

fazer denúncias, entre outros. Também é possível procurar apoio dos Centros Colaboradores de Ali-

mentação e Nutrição do Escolar (CECANEs) para dirimir dúvidas sobre o PNAE.

* Rita Ferreira, graduada em Nutrição pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), é especialista em

Nutrição Clínica pela Universidade Gama Filho. Conselheira e Diretora do Conselho Regional de Nu-

tricionistas da 5ª Região (CRN-5), onde atua como membro das Comissões de Fiscalização e de

Comunicação, é Nutricionista de Dietoterapia no Hospital Aliança, em Salvador. Responsável Técnico

do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) no município de São Sebastião do Passé-BA.

Possui experiência como Personal Diet e na área de docência.

** Mychelyne Ferreira, graduada em Nutrição pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), é Especia-

lista em Nutrição Clínica pela Universidade Gama Filho. Delegada do CRN-5 em Sergipe e Conse-

lheira do Conselho de Alimentação Escolar de Sergipe (CAE-SE). Atua como Nutricionista do Centro

de Especialidades Médicas de Aracaju (CEMAR) / Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e é membro do

Núcleo de Alimentação e Nutrição da Rede Especializada (Nanutre) da CEMAR.

O planejamento do cardápio deve ser

individualizado para atender os diversos públicos em idade

escolar: creche, pré-escola, EJA, tempo

integral, ensino fun-damental e mais

educação...

”Rita Ferreira

+

Page 6: CRN em Revista nº 8

1110

Nutricionistas contratados eterceirizadosem unidades hospitalares devem atuar em parceria

Comissão de Ética

Por Rosemary Lima Barreto*

Infelizmente, os conflitos de relacionamento entre nutricionistas contratados e terceirizados têm sido

cada vez mais frequentes, especialmente entre aqueles que desenvolvem atividades em unidades

hospitalares. Contudo, para não perder o objetivo da satisfação plena do cliente e garantir um clima

organizacional saudável, pautado na ética, a prática profissional deve se basear numa relação de

parceria.

Muitos são os fatores geradores de conflitos. Um deles pode ser, por exemplo, a estrutura física da

contratante, pois se de um lado a contratada quer realizar um trabalho satisfatório, por outro, muitas

vezes, fica impossibilitada de instalar equipamentos modernos por causa das limitações de instala-

ções elétricas e hidráulicas, dimensionamento da área em geral, entre outros.

Tudo isso acaba gerando alterações nos planejamentos do contratado e, consequentemente, surgem

desgastes entre nutricionistas das equipes técnicas da contratante e da contratada. Quando ambos

esquecem o objetivo comum, que é o de suprir a necessidade do cliente, podem surgir conflitos em

que, no final, todos perdem.

Estudos demonstram que a terceirização tem sido cada vez mais necessária na manutenção do tripé

“eficiência”, “flexibilidade” e “agilidade”. De modo geral, esta modalidade de contratação tem sido es-

colhida pelas organizações que adotam uma gestão estratégica por garantir a qualidade de produtos

e serviços. Dentro do cenário da relação contratante X contratada, as exigências preconizadas no

modelo contratual passam a ser o eixo condutor da gestão dentro da organização.

hospitalares, por motivos diversos, é importante

para a contratante manter Nutricionistas em

seu QT, que esses trabalhem em uma parceria

positiva ao lado dos seus colegas contratados/

terceirizados.

Afinal de contas, a troca de ideias, experiências

e o comprometimento comum pode agregar

muito valor ao resultado final da equipe com-

posta por contratantes e contratados. A chave

do sucesso da terceirização é uma boa parce-

ria na interseção do cumprimento do contrato

com profissionalismo, ética e respeito.

* A Nutricionista Rosemary Lima Barreto (CRN-

5/0062) é Especialista em Gestão de Controle

de Alimentos. Com mais de 30 anos de ex-

periência na área de Produção de Refeições

Coletivas nas áreas industrial e hospitalar, tra-

balhou em grandes empresas tais como GR do

Brasil, Alimenta, Sapore e Lemos Passos, além

de ter experiência como empresária no ramo

de refeições coletivas e comerciais. Desde 2012,

atua na supervisão de áreas na MDESHARB.

Nesse cenário, à luz do código de ética do

nutricionista, é preciso lembrar que nenhum

profissional deve valer-se da sua posição hi-

erárquica para criticar ou depreciar a atuação

ou o comportamento do nutricionista no de-

sempenho das suas atividades em benefício da

coletividade (artigo 10º incisos III e IV).

Para além desta advertência do nosso código

de ética, vale destacar que o bom senso pode e

deve prevalecer sempre, em prol da qualidade

dos serviços e do atendimento, para a satisfa-

ção dos usuários e pacientes. Na verdade, não

dá para admitir que em pleno século XXI, cer-

tos conflitos sejam vivenciados no ambiente de

trabalho.

Diferentemente do setor hospitalar, no seg-

mento de refeições coletivas industriais, a

maioria das empresas não possuem mais nu-

tricionistas contratadas em seu Quadro Técnico

(QT), sendo todos componentes das equipes

terceirizadas. Por isso, este tipo de conflito não

é tão comum. Mas, se na realidade das unidades

Page 7: CRN em Revista nº 8

12

Empresas inadimplentesterão registrocancelado

Comissão de Fiscalização

Respaldado pelo Capítulo VI da Resolução CFN nº 378/2005, o CRN-5 cancelará o registro

de Pessoas Jurídicas (PJ) que acumularem três anos consecutivos de inadimplência em

relação ao pagamento de anuidades. O cancelamento não exime a PJ das responsabili-

dades pelos atos praticados enquanto registrada no CRN.

Sendo assim, decorridos os prazos para pagamento das multas aplicadas, mesmo tendo

o registro da PJ cancelado, o Presidente do CRN determinará a inscrição do débito acu-

mulado na Dívida Ativa, para cobrança administrativa e, em seguida, judicial, nos moldes

estabelecidos na Resolução CFN nº 138/93.

Outros motivos de cancelamento

O cancelamento do registro de PJ poderá ser efetivado após apreciação e deferimento

do processo pelo plenário do CRN a partir do requerimento do interessado, desde que

em dia com o CRN e mediante apresentação de documento comprobatório de encer-

ramento ou paralisação das atividades da Pessoa Jurídica, expedida pelo órgão compe-

tente. Além disso, o cancelamento pode acontecer quando ficar constatado que a PJ não

funciona no local informado ao CRN.

A PJ que permanecer exercendo as atividades ligadas à alimentação e nutrição humanas,

após o cancelamento do registro, incorrerá no exercício irregular da atividade, sujeitan-

do-se às penalidades previstas na legislação vigente.

Page 8: CRN em Revista nº 8

1514

Prazo de renovação da

Certidão de Registro e Quitação

(CRQ) é alterado O Prazo de renovação da Certidão de Registro e Quitação (CRQ) foi alterado para 30 de

julho de cada ano, a partir de 2015. Para o ano de 2014, as Pessoas Jurídicas (PJ) que tiverem

com a CRQ para vencer em 31 de maio devem se organizar para solicitar a renovação até

esta data. Pelo fato do Conselho estabelecer o prazo de 15 dias úteis a partir da entrega da

documentação completa com a confirmação do pagamento da taxa de renovação, é im-

portante que as Pessoas Jurídicas (PJs) solicitem a renovação com antecedência.

De acordo com a Resolução CFN nº 378/2005, a CRQ tem como finalidade “dar publicidade

acerca da regularidade do registro da mesma no CRN”. Isto significa que a CRQ comprova

para diversos fins, inclusive em certames públicos, que a PJ está inscrita no Conselho, pos-

sui nutricionista Responsável Técnico e ambos estão em situação regular perante o CRN.

“Trata-se de um documento emitido exclusivamente para empresas inscritas e regulares no

CRN”, destaca a Coordenadora da Unidade de Fiscalização do CRN-5, Nutricionista Mariluze

de Pinho Bahia (CRN-5/2193).

Em caso de alteração de dados que modifiquem as informações que constam na CRQ (al-

teração de unidade, do Responsável Técnico, do objeto social, do capital social, endereço,

etc.), a certidão perde a validade e a empresa deve solicitar uma nova CRQ. O valor da taxa

referente a 2014 é R$ 41,94. Para conferir a lista de documentos necessários para renovação

da CRQ, acesse: http://crn5.org.br/?page_id=205 +

Page 9: CRN em Revista nº 8

16 17

Formação Profissional

Desafios do Nutricionista como preceptor de estágios O preceptor, profissional de nível superior responsável

pela integração teoria-prática num campo de estágio e/

ou residência, ensina, supervisiona, orienta e conduz o

aluno na realidade da futura profissão. No campo da nu-

trição, para cumprir bem todos esses papeis, “o precep-

tor de estágios precisa ser um profissional competente

na sua área de atuação, ético, crítico, reflexivo, humanista

e capacitado a formar profissionais em serviço”, afirma a

Nutricionista Maria Helena Gusmão (CRN-5/1704), Coor-

denadora do Serviço de Nutrição do Complexo Hospita-

lar Universitário Professor Edgard Santos (HUPES) e Pro-

fessora da Escola de Nutrição da Universidade Federal da

Bahia (UFBA).

Gusmão explica que a atividade da preceptoria oferece

suporte para o graduando adquirir maior confiança e se-

gurança em suas atividades diárias, “contribuindo para a

inserção e socialização do estudante no ambiente de tra-

balho e ajudando o futuro nutricionista a se adaptar ao

exercício profissional”, diz.

Para Ana Regina Meirelles (CRN-5/1941), que atua como

preceptora das residências multiprofissionais do Com-

plexo HUPES e em Nutrição Clínica na UFBA/SESAB,

cabe ao preceptor o direcionamento da prática clínica de

acordo com a realidade do serviço, além da promoção do

estágio como excelente campo de aprendizado, atualiza-

ção e aperfeiçoamento técnico e científico dos alunos.

“Vale ressaltar que a interação entre o nutricionista e o

serviço é fundamental nesse proces-

so”, completa a Nutricionista.

Sobre os papeis do nutricionista pre-

ceptor de estágios, Eliana Costa Neves

(CRN-5/0544) acrescenta que este

profissional deve atuar como referên-

cia para o estagiário, “transferindo-lhe

o conhecimento da prática clínica,

promovendo a integração destes pro-

fissionais em formação com a equipe

de saúde, os serviços e principal-

mente com o paciente, além de pro-

porcionar reflexões a respeito da con-

duta do profissional no dia a dia”, diz a

Nutricionista, que atua na preceptoria

de estagiários e residentes da Univer-

sidade do Estado da Bahia (UNEB) no

Hospital Geral Roberto Santos (HGRS).

Compromisso ético

O preceptor de estágios deve esclare-

cer, informar, orientar e exigir dos es-

tudantes a observância dos princípios

e normas contidas no Código de Ética

do Nutricionista. No exercício de suas

funções, precisa assumir a devida res-

ponsabilidade no acompanhamento e

Meu incentivo como preceptora de

estágios é (...) a busca por constante

aperfeiçoamento profissional

”Eliana Neves (CRN-5/0544)

A preceptoria oferece suporte para o

graduando adquirirmaior segurança em

suas atividades

”Maria Helena Gusmão (CRN-5/1704)

Numa relação de está-gio, tanto o estagiário

quanto o serviço de saúde são beneficiados

”Ana Regina Meirelles (CRN-5/1941)

Page 10: CRN em Revista nº 8

18

orientação de estagiários e, de forma alguma,

delegar ao estagiário atividades privativas do

nutricionista sem a sua supervisão direta, evi-

tando ainda atividades que não contribuam

para o seu aprendizado profissional.

Remuneração extra?

Diante de tantas responsabilidades atribuídas

aos preceptores de estágios, há quem questione

a necessidade/validade de uma remuneração

adicional pelo cumprimento desta atividade

extra. Raramente a preceptoria é a principal

função do Nutricionista em Unidades de Saúde

ou de Alimentação e Nutrição, sendo encarada

pela maioria das empresas/instituições como

uma atividade paralela secundária.

A Nutricionista Eliana Neves é preceptora de

estágios há 10 anos. Quando começou a atuar,

não recebia nenhuma remuneração pelo ser-

viço. Três anos depois, a Secretaria de Saúde

do Estado da Bahia (SESAB) começou a repas-

sar 30% de gratificação por preceptoria. No en-

tanto, há quase um ano, este incentivo foi sus-

penso. “Hoje em dia, o único incentivo para que

eu continue realizando este trabalho é a troca

de conhecimentos com os alunos e a minha

busca pessoal por constante aperfeiçoamento

profissional”, conta a Nutricionista Especialista

em Nutrição Clínica e Mestre em Nutrição.

Contrapartidas

Outro ponto que costumar gerar polêmica em

torno dos estágios está relacionado às contra-

partidas que as Faculdades poderiam ou deve-

riam oferecer nos convênios estabelecidos com

Clínicas, Hospitais, Ambulatórios e outras insti-

tuições públicas que recebem estagiários e que,

portanto, são “obrigadas” a manter preceptores

em seu quadro técnico, considerando que ne-

nhum estagiário pode atuar sem a supervisão

direta de um nutricionista, conforme determina

a Resolução CFN nº 418/2008.

A Nutricionista Maria Helena Gusmão defende

que a presença do estagiário na instituição per-

mite que a mesma se recicle em conhecimento,

além de oferecer motivação à equipe de tra-

balho pela troca permanente de conhecimen-

tos. Eliana Neves concorda com sua colega de

profissão mas acrescenta que, em se tratando

de instituições públicas, as Universidades e Fa-

culdades poderiam conceder certos “retornos”

pela presença do estagiário, como a doação de

equipamentos, por exemplo. “Apesar do Hospi-

tal Geral Roberto Santos ser um hospital escola

e receber verba Federal, nem sempre dispõe de

recursos necessários para adquirir e atualizar

todos os equipamentos necessários para que o

estágio aconteça de forma plena. Por isso, seria

importante esta contrapartida”, afirma.

“Numa relação de estágio, tanto o estagiário

quanto o serviço de saúde são beneficiados.

Então, acredito que seja aceitável que as Ins-

tituições de Ensino Superior (IES) concedam

algum tipo de benefício (dinheiro/mobiliário)

às instituições que recebem estagiários, desde

que isso não infrinja questões legais”, aponta

a Nutricionista Ana Regina Meirelles, que é Es-

pecialista em Nutrição Clínica sob a forma de

Residência e Mestre em Medicina e Saúde.

Participação em Congressos e Eventos Científicos

Algumas Instituições de Ensino Superior (IES) tem optado por estimular muito

mais a participação do aluno em cursos, congressos e eventos científicos (carga

horária extracurricular) do que os estágios propriamente ditos. “Penso que ambas

as atividades são essenciais à formação técnica e científica dos alunos e que de-

vem guardar proporções equivalentes na formação dos mesmos”, afirma a Nutri-

cionista Maria Helena Gusmão. “A Universidade Federal da Bahia, com o seu tripé

ensino, pesquisa e extensão, incentiva tanto a participação dos alunos em eventos

científicos de qualidade, inclusive motivando-os a apresentar seus trabalhos cientí-

ficos, quanto a realização de atividades de estágios, acolhendo as instituições que

desejam receber estagiários curriculares e divulgando vagas em instituições que

desejam receber estagiários extracurriculares”, detalha a professora da UFBA, que

é Especialista em Nutrição Clínica; Mestre em Alimentos, Nutrição e Saúde e Dou-

toranda em Medicina e Saúde pela Faculdade de Medicina da Bahia (UFBA).

“A formação generalista do nutricionista deve ser complementada por experiências

de estágio nas grandes áreas em que o nutricionista pode atuar. Sem dúvida, a

prática do exercício profissional é uma ótima maneira de se vivenciar a profissão e

construir o raciocínio crítico a partir dos conhecimentos teóricos”.

Nutricionista Ana Regina Meirelles (CRN-5/1941)

Importância do estágio no processo de formação do Nutricionista

“Na formação do nutricionista, o estágio é fundamental para propiciar aos alunos

vivenciar, na prática, conceitos e teorias vistos ao longo do curso de graduação.

Trata-se de um importante instrumento de capacitação profissional que integra o

aluno, a escola e o mercado de trabalho”.

Nutricionista Maria Helena Gusmão (CRN-5/1704)

“Através do estágio, o aluno terá oportunidade de vivenciar experiências que serão

importantes para sua formação. E essa formação se dá por meio da relação que

se estabelece entre teórica e prática a partir do que o aluno é capaz de construir,

analisando a realidade através de suas fundamentações teóricas estudadas durante

o curso”.

Nutricionista Eliana Neves (CRN-5/0544)

Vale ressaltar que a interação entre o

nutricionistae o serviço é

fundamental nesse processo

”Ana Regina Meirelles

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20

2014 é o Ano Internacional da Agricultura Familiar

2014 foi escolhido pela Organização das Nações

Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)

o “Ano Internacional da Agricultura Familiar

(AIAF)”. As atividades relacionadas foram lança-

das em janeiro pelo comitê brasileiro, composto

por 32 entidades da sociedade civil e 18 órgãos

de governo. A programação inclui atividades

que ampliam a visibilidade da agricultura fami-

liar e sua importância econômica, contribuindo

para o aperfeiçoamento das políticas públicas.

O objetivo da FAO, ao definir o tema, foi refor-

çar o papel da agricultura familiar na erradica-

ção da fome e na produção sustentável. Tanto

em países desenvolvidos como em desenvolvi-

mento, essa forma de produção é dominante na

agricultura. Especialistas estimam que haja mais

de 500 milhões de áreas de agricultura familiar

no mundo, incluindo agricultores de pequena

e média escalas, camponeses, povos indíge-

nas, pescadores e criadores. Pelo menos 70% da

população com insegurança alimentar vivem

em zonas rurais da África, da Ásia, da América

Latina e do Oriente Próximo.

“Valorizamos esta escolha da FAO e, como Nu-

tricionistas, pretendemos participar do AIAF ao

longo deste ano. Inclusive porque teremos uma

campanha do CRN-5 este ano relacionada à

defesa da Segurança Alimentar e Nutricional,

temática totalmente conectada à defesa da A-

gricultura Familiar e à luta contra o uso exces-

sivo de agrotóxicos”, antecipou a presidente

do Conselho Regional de Nutricionistas da 5ª

Região (CRN-5), Valquíria Agatte (CRN-5/1830).

Inserção do Nutricionista

Nutricionistas de diferentes áreas de atuação

relacionam-se direta ou indiretamente com a

oferta e o consumo de produtos da Agricultura

Familiar (AF). Aqueles que atuam no Programa

Nacional de Alimentar Escolar (PNAE) certa-

mente estimulam a produção e o desenvolvi-

mento da AF, sobretudo devido à obrigato-

riedade de que pelo menos 30% dos gêneros

alimentícios utilizados no PNAE tenham origem

neste tipo de Agricultura.

Segundo a Nutricionista Amélia Reis (CRN-

5/1827), para estimular o desenvolvimento da

Agricultura Familiar com mais efetividade em

sua rotina profissional, os Nutricionistas, assim

como outros gestores que se relacionam com a

Page 12: CRN em Revista nº 8

22 23

AF, “precisam questionar-se e questionar aos seus pares: quais as vantagens em adquirir produtos da

AF para o agricultor e sua família? E para o consumidor final? E para a economia local? E para redução

do êxodo rural e posterior inchaço nas grandes cidades?”. Além disso, é preciso “mapear quais as

produções já existentes; se existe potencial para outras; como estão articulados os agricultores; se

eles possuem assistência técnica e, em caso negativo, como orientá-los para que isso ocorra”, com-

plementa Reis.

As normas do PNAE, desde 2009, apontam para a obrigatoriedade do Nutricionista planejar os cardá-

pios do PNAE com base no que pode ser oferecido pelos agricultores familiares locais. Para Amélia

Reis, essa aquisição é positiva para todos os envolvidos. “É bom para o escolar porque, teoricamente,

terá acesso a alimentos referenciados sócio-culturalmente e mais saudáveis pelo menor teor de

agrotóxicos utilizados na produção. Bom para o agricultor familiar, que garante a aquisição de recur-

sos oriundos de seu trabalho, tendendo a reduzir o êxodo rural e consequentes problemas de ordem

social. Bom para a economia e comércio locais, que se fortalecem, fazendo girar recursos dentro do

próprio município/território”.

“Vale destacar que os Nutricionistas têm incentivado o consumo de alimentos orgânicos pela popu-

lação, a fim de minimizar o uso de produtos químicos que sejam conhecidos causadores de males à

saúde, ao meio ambiente e de formas de trabalho desrespeitosas”, declarou Amélia Reis, que é mes-

tranda em Alimentos, Nutrição e Saúde pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e que desde 2007

trabalha com a temática do PNAE, tendo experiência como RT do Programa em município baiano e

como assessora técnica do CECANE-UFBA.

O que é Agricultura Familiar?

A agricultura familiar assume diversas formas por todo o mundo, mas em geral inclui todas as ativi-

dades agrícolas de base familiar ligadas a diversas áreas do desenvolvimento rural, consistindo num

meio de organização das produções agrícola, florestal, pesqueira, pastoril e aquícola, geridas e opera-

das por mão de obra familiar. A atividade possui um peso enorme no setor de produção de alimentos,

tanto nos países desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento. Na prática, a agricultura familiar

é condicionada por fatores naturais (agroecologia e geografia dos territórios), mas também por fa-

tores sociais e humanos: ambiente político; acesso aos mercados; acesso a recursos naturais essen-

ciais como a terra e água; acesso à tecnologia e a serviços de extensão; acesso ao financiamento e

ao conhecimento especializado, etc.

A Agricultura Familiar e os pequenos agricultores estão vinculados à segurança alimentar mundial.

Ela preserva os alimentos tradicionais, contribuindo para uma alimentação equilibrada, para a conser-

vação da biodiversidade agrícola e o uso sustentável dos recursos naturais. “Com o desenvolvimen-

to da AF, podemos revitalizar e dinamizar as economias locais, especialmente quando combinada

com políticas específicas destinadas a promover a proteção social e o bem-estar das comunidades”,

comentou a presidente do CRN-5 e conselheira do CONSEA-BA, Valquiria Agatte.

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2524

“Nutricionista empreendedor: da consultoria à microempresa”. Este foi o tema do Simpósio que o

Conselho Regional de Nutricionistas da 5ª Região (CRN-5) realizou no dia 13 de fevereiro, das 8h às

12h, na Faculdade Nobre (FAN), em Feira de Santana-BA. Os assuntos abordados durante o evento

foram “Elaboração e Modalidade de Contrato” (tema apresentado pela Assessora Jurídica do CRN-5,

Drª Sabrina Batista); “Importância da Elaboração do Plano de Negócios e do Planejamento Tribu-

tário” (abordado pelo Assessor Contábil do CRN-5, Antônio Carlos Paim) e “A Prática do Nutricionista

Empreendedor” (palestrante: Nutricionista Thais Majdalane, Conselheira do CRN-5). Além disso, o

consultor do Sebrae Alex Leal também apresentou orientações sobre como elaborar modelos de

negócios. Saiba mais sobre o evento neste link.

No dia 31 de março, Dia da Saúde e Nutrição, o

Conselho Regional de Nutricionistas da 5ª Região

(CRN-5) promoverá em Salvador a mesa redonda “O

Nutricionista nas estratégias de Segurança Alimen-

tar e Nutricional (SAN)”. Além do lançamento da

campanha do CRN-5 que terá a SAN como foco, o

evento terá como objetivo a troca de conhecimen-

tos em torno de três diferentes focos: 1) acesso ao

alimento; 2) segurança do alimento e 3) Programas

de Políticas Públicas ligados à SAN. Local, programa-

ção completa e instruções relacionadas à inscrição

para participar do evento serão divulgadas em breve

através dos canais de comunicação do CRN-5 (site,

boletim eletrônico, facebook e imprensa). Fique

atento(a)!

Simpósio “Nutricionista Empreendedor”em Feira de Santana

“O Nutricionista nas estratégias de

Segurança Alimentar”

Variedades

+

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26

O Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) emitiu a Resolução CFN nº 535 de 14 de dezembro de

2013, que prorroga para 31 de dezembro de 2014 o prazo de vigência do Programa Nacional de

Recuperação de Créditos (PNRC) de que trata a Resolução CFN nº 523/2013. Isso significa que até

o final deste ano, os profissionais que estão com anuidades vencidas ou multas pendentes podem

aproveitar os benefícios do PNRC (parcelamentos e descontos nos encargos e multas) para regulari-

zar sua situação. Segundo o PNRC, o pagamento das dívidas de Pessoas Físicas e Jurídicas poderá ser

feito com os seguintes incentivos:

I – para pagamento à vista:

a) com desconto de 100% dos encargos de juros e multas, no caso de dívidas decorrentes

de anuidades;

b) com desconto de 100% dos encargos de juros, no caso de dívidas decorrentes de multas;

II – para pagamento parcelado, em até 12 parcelas mensais e sucessivas:

a) com desconto de 75% dos encargos de juros e multas, no caso de dívidas decorrentes

de anuidades;

b) com desconto de 75% dos encargos de juros, no caso de dívidas decorrentes de multas;

III – para pagamento parcelado, de 13 a 24 parcelas mensais e sucessivas:

a) com desconto de 50% dos encargos de juros e multas, no caso de dívidas decorrentes

de anuidades;

b) com desconto de 50% dos encargos de juros, no caso de dívidas decorrentes de multas.

Nos casos de dívidas decorrentes de anuidades, o devedor poderá optar, se lhe for mais vantajoso,

pelo pagamento do valor da anuidade vigente no ano da negociação multiplicado pelo número de

anos, ou respectivas frações, em que está em débito. Nos casos de parcelamento, nenhuma parcela

poderá ser inferior ao valor de R$ 100,00. Além disso, os débitos já parcelados só podem ser reparce-

lados até a metade do número de parcelas do primeiro parcelamento.

Para mais esclarecimentos, favor contatar o CRN-5 pelo telefone (71) 3237-5652.

CFN prorrogaPrograma deRecuperaçãode Créditos

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Atenção, Nutricionistas e Técnicos em Nutrição e Dietética! Se sua carteira de identidade profissional

foi roubada, perdida ou danificada a ponto de impedir sua identificação, é seu dever providenciar

com brevidade a 2ª via do documento. Confira abaixo os procedimentos para solicitá-la:

1) Preencha o formulário específico disponível no site do CRN-5

2) Pague a taxa no valor de R$ 23,82 (para Nutricionistas) ou R$ 11,94 (para Técnicos em Nutrição)

– solicite o boleto para pagamento da taxa pessoalmente ou através do

e-mail [email protected]

3) Apresente na sede ou na Delegacia do CRN-5 o formulário preenchido e o comprovante de paga-

mento da taxa juntamente com os seguintes documentos:

- carteira de identidade/RG (original e cópia);

- certidão de casamento (em caso de mudança de nome)

- uma foto 3x4 cm

Observação: Se você mora no interior da Bahia ou de Sergipe, pode enviar via Correios a cópia auten-

ticada do RG e/ou da certidão de casamento juntamente com a foto 3×4.

Solicite a 2ª via da sua Carteira de Identidade

Profissional

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