(resumo)aula 01 a 10 supervisão

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Aula 01. A Supervisão Pedagógica. Conceitos e Especificidades Disciplina: Supervisão e Orientação Pedagógica Vídeo: O Papel da Supervisão A função supervisora pode ser compreendida como um processo... Em que um professor, em princípio mais experiente... E mais informado, orienta um outro professor ou candidato a professor... No seu desenvolvimento humano e profissional. (ALARCÃO 2001:13) O foco de atenção do supervisor no trabalho de formação... É tanto individual quanto coletivo: deve contribuir com o... Aperfeiçoamento profissional de cada um dos professores e, ao mesmo tempo, Ajudar a constituí-los enquanto grupo. Entendemos o supervisor como um intelectual orgânico no grupo, Sua práxis, portanto, comporta as dimensões reflexiva, Organizativa, conectiva, interventiva e avaliativa . O supervisor relaciona-se com o professor visando... Sua relação diferenciada, qualificada – com os alunos, pois trabalha no campo da mediação. O supervisor escolar deve: Acolher o professor em sua realidade, em suas angústias, reconhecer as suas necessidades e dificuldades. Pesquise o significado das palavras supervisão, coordenação e orientação e registre em seu caderno de notas. Pesquisa da Kátia: Supervisão: 1. É O ATO DE ORIENTAR, GUIAR, MOTIVAR E GERAR RESULTADOS ENTRE AS EQUIPES SUPERVISIONADAS. 2. Supervisão é o mecanismo pelo qual são vigiados vários processos em que o controle dos mesmo foi delegado a outros agentes. Exemplo: Em um centro de controle de metrô, dois operadores controlam, cada um, uma linha e o supervisor verifica constantemente se a operação das linhas está adequada, interevindo se necessário. Coordenação: 1. O processo de integração das diferentes atividades desenvolvidas em cada departamento da organização. Ex:coordenação escolar. 2. Substantivo relativo a ordenar secundariamente algo ou alguém. Ex: A Equipe de coordenação do Programa "Santo André Digital", apresenta otimos resultados, superando desafios e otimizando o trabalho. Orientação: Determinar uma direção Ex: é muito importante ter em mente que orientação significa ajudar as pessoas no processo de tomada de decisão Buscando estabelecer relação teoria e prática, no tocante a atuação do Supervisor e Orientador Pedagógico, busque em seu caderno de notas as anotações registradas como respostas à pergunta: O que faz um Supervisor e Orientador Pedagógico na escola? Trabalhe as respostas de forma a identificar as funções que foram mais vezes citadas. Faça um paralelo com os conteúdos da aula e não esqueça, registre em seu caderno de notas suas conclusões. Conversando sobre as diversas denominações Até o final da década de 90 foram diversos os modos de identificar a ação supervisora , tanto nos Estados (como nomenclatura para designar o cargo), como nas escolas. Incluem-se nessas terminologias as expressões: supervisão, supervisão educacional, supervisão escolar, supervisão pedagógica, coordenação, coordenação pedagógica, coordenação de turno, coordenação de área ou de disciplinas, orientação pedagógica, entre outras. Observando esses tantos termos: Supervisão educacional – o termo propõe que as atividades extrapolem as atividades da escola, alcançando os aspectos estruturais e sistêmicos da educação. Supervisão escolar – supõe-se supervisão tanto dos serviços administrativos como pedagógicos, confundindo as ações com as do Diretor (gestor). Coordenação – pode-se dizer que é uma das condutas supervisoras, significa trabalhar para que os elementos funcionem de modo articulado. Quando a nomenclatura se refere a turno, está abordando o caráter administrativo e pedagógico de um determinado turno. Quando se trata de uma área ou disciplina, está se referindo às articulações possíveis entre conteúdos e métodos de ensino no âmbito de uma determinada área ou disciplina. Sem discriminar as outras funções, elegemos a expressão Supervisão Pedagógica por considerar a abrangência e especificidade da ação do Supervisor Pedagógico, que entendemos ficar, assim, melhor contemplado. E o que significa o termo supervisão? Vamos analisar a epistemologia do nome supervisão: O prefixo “super” unindo-se à “visão” designa o ato de ver o geral ou seja, visão ampla, superior, não em termos de hierarquia, mas em perspectiva de ângulo de visão, para que o Supervisor possa “olhar” o conjunto dos elementos e seus elos articuladores nas ações específicas da escola. Epistemologia : Teoria ou ciência da origem, natureza e limites do conhecimento/michaelis.uol.com.br Segundo Rangel (2008, p. 77) “O qualificativo ‘pedagógico’ tem como significante o estudo da prática educativa, o que reforça o estudo como núcleo da orientação supervisora.” A Supervisão pedagógica, então, supõe a supervisão dos processos pedagógicos na escola, remetendo a uma perspectiva de movimento. Ressaltamos, dessa forma, que todo serviço pedagógico é também educativo. Para qualificar o entendimento das especificidades da atuação do Supervisor Pedagógico, precisamos fazer a junção dos significados de todos esses termos pois: - O uso do termo Supervisão pedagógica refere-se à abrangência da função, cujo “olhar sobre” o pedagógico oferece condições de coordenação e orientação.

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Tudo sobre aspectos antropológicos e sociológicos da educação

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Page 1: (Resumo)Aula 01 a 10 Supervisão

Aula 01. A Supervisão Pedagógica. Conceitos e EspecificidadesDisciplina: Supervisão e Orientação Pedagógica

Vídeo: O Papel da SupervisãoA função supervisora pode ser compreendida como um processo... Em que um professor, em princípio mais experiente... E mais informado, orienta um outro professor ou candidato a professor... No seu desenvolvimento humano e profissional. (ALARCÃO 2001:13) O foco de atenção do supervisor no trabalho de formação... É tanto individual quanto coletivo: deve contribuir com o... Aperfeiçoamento profissional de cada um dos professores e, ao mesmo tempo, Ajudar a constituí-los enquanto grupo. Entendemos o supervisor como um intelectual orgânico no grupo, Sua práxis, portanto, comporta as dimensões reflexiva, Organizativa, conectiva, interventiva e avaliativa. O supervisor relaciona-se com o professor visando... Sua relação diferenciada, qualificada – com os alunos, pois trabalha no campo da mediação.O supervisor escolar deve: Acolher o professor em sua realidade, em suas angústias, reconhecer as suas necessidades e dificuldades.

Pesquise o significado das palavras supervisão, coordenação e orientação e registre em seu caderno de notas. Pesquisa da Kátia:Supervisão:

1. É O ATO DE ORIENTAR, GUIAR, MOTIVAR E GERAR RESULTADOS ENTRE AS EQUIPES SUPERVISIONADAS.2. Supervisão é o mecanismo pelo qual são vigiados vários processos em que o controle dos mesmo foi delegado a outros agentes.

Exemplo: Em um centro de controle de metrô, dois operadores controlam, cada um, uma linha e o supervisor verifica constantemente se a operação das linhas está adequada, interevindo se necessário.Coordenação:

1. O processo de integração das diferentes atividades desenvolvidas em cada departamento da organização. Ex:coordenação escolar.2. Substantivo relativo a ordenar secundariamente algo ou alguém. Ex: A Equipe de coordenação do Programa "Santo André Digital", apresenta otimos

resultados, superando desafios e otimizando o trabalho.Orientação:Determinar uma direçãoEx: é muito importante ter em mente que orientação significa ajudar as pessoas no processo de tomada de decisão

Buscando estabelecer relação teoria e prática, no tocante a atuação do Supervisor e Orientador Pedagógico, busque em seu caderno de notas as anotações registradas como respostas à pergunta: O que faz um Supervisor e Orientador Pedagógico na escola? Trabalhe as respostas de forma a identificar as funções que foram mais vezes citadas. Faça um paralelo com os conteúdos da aula e não esqueça, registre em seu caderno de notas suas conclusões.  

Conversando sobre as diversas denominaçõesAté o final da década de 90 foram diversos os modos de identificar a ação supervisora, tanto nos Estados (como nomenclatura para designar o cargo), como nas escolas. Incluem-se nessas terminologias as expressões: supervisão, supervisão educacional, supervisão escolar, supervisão pedagógica, coordenação, coordenação pedagógica, coordenação de turno, coordenação de área ou de disciplinas, orientação pedagógica, entre outras.Observando esses tantos termos:Supervisão educacional – o termo propõe que as atividades extrapolem as atividades da escola, alcançando os aspectos estruturais e sistêmicos da educação.Supervisão escolar – supõe-se supervisão tanto dos serviços administrativos como pedagógicos, confundindo as ações com as do Diretor (gestor).Coordenação – pode-se dizer que é uma das condutas supervisoras, significa trabalhar para que os elementos funcionem de modo articulado. Quando a nomenclatura se refere a turno, está abordando o caráter administrativo e pedagógico de um determinado turno. Quando se trata de uma área ou disciplina, está se referindo às articulações possíveis entre conteúdos e métodos de ensino no âmbito de uma determinada área ou disciplina. Sem discriminar as outras funções, elegemos a expressão Supervisão Pedagógica por considerar a abrangência e especificidade da ação do Supervisor Pedagógico, que entendemos ficar, assim, melhor contemplado.E o que significa o termo supervisão?Vamos analisar a epistemologia do nome supervisão:O prefixo “super” unindo-se à “visão” designa o ato de ver o geral ou seja, visão ampla, superior, não em termos de hierarquia, mas em perspectiva de ângulo de visão, para que o Supervisor possa “olhar” o conjunto dos elementos e seus elos articuladores nas ações específicas da escola.Epistemologia: Teoria ou ciência da origem, natureza e limites do conhecimento/michaelis.uol.com.br

Segundo Rangel (2008, p. 77) “O qualificativo ‘pedagógico’ tem como significante o estudo da prática educativa, o que reforça o estudo como núcleo da orientação supervisora.”A Supervisão pedagógica, então, supõe a supervisão dos processos pedagógicos na escola, remetendo a uma perspectiva de movimento. Ressaltamos, dessa forma, que todo serviço pedagógico é também educativo.Para qualificar o entendimento das especificidades da atuação do Supervisor Pedagógico, precisamos fazer a junção dos significados de todos esses termos pois:- O uso do termo Supervisão pedagógica refere-se à abrangência da função, cujo “olhar sobre” o pedagógico oferece condições de coordenação e orientação.

Segundo Hass (2000) apud Batista (2009) “(...) a ação do supervisor pedagógico pressupõe uma disponibilidade para transitar entre os diferentes cenários e espaços, encontrando projetos diversos (às vezes antagônicos), construindo caminhos de aproximação, negociação, diálogo e troca, entendendo os constituintes do grupo coordenado como pares legítimos e, institucionalmente, os partícipes de um dado projeto político pedagógico.”

Nota importante: A ação da Supervisão e Orientação Pedagógica pode se configurar como uma prática social:- Caracterizada pela mediação técnico-pedagógica;- Traduzindo a consideração pelos sujeitos envolvidos e sua história;- Com o compromisso com um projeto educativo que esteja sintonizado com o diálogo com e entre os diferentes;- Que assume o trabalho coletivo como importante estratégia de trabalho;- Que investe em um processo de planejamento baseado na cooperação e na troca de saberes e experiências.

A Supervisão e Orientação Pedagógica é o lugar, também, do sujeito que se forma ao participar da formação de outros sujeitos.Essa é a premissa básica do trabalho da supervisão pedagógica:Trabalhar na formação continuada dos professores e equipe, como atores do processo ensino e aprendizagem.O objeto da ação supervisoraO objeto específico da supervisão escolar na escola é o processo de ensino-aprendizagem e, desta forma inclui:currículo; programas; planejamento; métodos de ensino; avaliação; recuperação.

Nesses processos observamos os procedimentos da supervisão pedagógica buscando a integração e orientação, através de estudos, com troca de significados.Vale lembrar:Especificidades da ação do Supervisor Pedagógico:a) constitui-se liderança técnico-pedagógica;b) pauta-se pelo desenvolvimento de ações democráticas;c) produção e articulação da crítica entre contexto, teoria e prática educativa;d) construção de caminhos de aproximação, negociação, diálogo e troca entre os professores na escola;e) assunção da formação como processo contínuo;f) parceria político-pedagógica com professores e equipe.

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Não podemos nos esquecer de que a escola também é um espaço de pesquisa e que devemos aproveitar seus objetos para reconstruí-los à luz dos fundamentos teóricos. Dessa forma, a supervisão pedagógica também incorpora a coordenação de pesquisa que, de algum modo, são suscitados pelos problemas do cotidiano, acabando por envolver estudos sistematizados.Através da pesquisa o Supervisor Pedagógico pode motivar, mobilizar e aproximar os professores, assim como outros setores da escola, no sentido de buscar análise conjunta, crítica e sistemática dos casos e experiências do cotidiano.

Conceito para o serviço de supervisão e orientação pedagógica.Alguns conceitos prontos:“Serviço que visa assegurar a ação técnico-pedagógica da escola, assim como a eficiência e eficácia do processo de ensino, oferecendo condições de ensino e facilitando o relacionamento entre professor e aluno.” (Paola Gentile)“Processo de acompanhamento e assistência a ação docente.” (Luck, 2002)“Parceria político pedagógica para integração e formação continuada com interação de saberes para melhoria do processo ensino e aprendizagem.” (Autor desconhecido) “Serviço que incumbe-se de garantir, orientar e auxiliar a formação, a fim de que os professores desenvolvam e aperfeiçoem suas habilidades, renovando conhecimentos, repensando a práxis educativa, buscando novas metodologias de trabalho, aliando teoria e prática.” (Miziara, 2004).

Então, vamos comparar esses conceitos fazendo análise da realidade (pesquisa realizada) e também dos conceitos teóricos. Podemos observar se o conhecimento que as pessoas trazem sobre o que é o fazer da supervisão e orientação pedagógica está próximo dos conceitos teóricos.

REGISTRO DE FREQUENCIA1.Segundo Batista (2009), a Supervisão pedagógica pressupõe uma disponibilidade para transitar entre diferentes cenários e espaços, encontrando projetos diversos, construindo caminhos de aproximações e entendendo os atores do projeto político pedagógico como pares legítimos. Dessa forma temos visto a figura do Supervisor e Orientador Pedagógico receber várias denominações, dentre elas podemos destacar (marque a resposta certa):

1) Diretor e gestor escolar

2) Coordenador pedagógico e orientador pedagógico

3) Orientador educacional e gestor de processos

4) Controle pedagógico e gestor escolar

5) Secretário escolar e professor orientador

2.O lugar do Supervisor e Orientador Pedagógico é um lugar privilegiado de interlocução e acompanhamento crítico e envolve, principalmente, (marque a opção correta):

1) Estratégias de controle

2) Práticas avaliativas

3) Formação continuada

4) Fazer conceituações

5) Investir em possibilidades

3.Rangel (2008) ao analisar a epistemologia da palavra supervisão, observa o sufixo “super” unindo-se à visão, assim justifica seu sentido como:

1) Designação parcial da atividade supervisora;

2) Promoção de momentos de integração no trabalho;

3) Articulação das atividades da escola a partir da observação do conjunto de elementos que nela atuam e seus elos articuladores;

4) Observação dos aspectos administrativos;

5) Organizar, prever e prover momentos de integração do trabalho nas diversas disciplinas.

4.Observando os sentidos da Supervisão pedagógica na escola, coloque V para verdadeiro e F para falso nas sentenças abaixo, observando as que se relacionam verdadeiramente às especificidades da ação do supervisor

pedagógico:

a) Constitui-se liderança técnico-pedagógica b) Desenvolvimento de ações democráticas

c) Ação básica de controle dos processos pedagógicosd) Construção de caminhos de aproximação, negociação, diálogo e troca entre os profesores na escola

e) Garantia de eficiência a partir do controle dos processos pedagógicos

1) a, b, d

2) c, d, e

3) a, b

4) a, c

5) a, e

RESPOSTAS: 1-2, 2-3, 3-3, 4-1.

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Aula 2 PERSPECTIVA HISTÓRICA E POLÍTICA DA SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICADisciplina: SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Vamos buscar com Saviani (2008), vestígios da Supervisão pedagógica desde as comunidades primitivas. Lá a educação coincidia com a vida, os adultos educavam de forma indireta, por meio de uma vigilância discreta, protegendo e orientando as crianças pelo exemplo e, algumas vezes, com palavras, em resumo, supervisionando-as.

No período antigo e medieval, a escola se constituía por uma estrutura simples e limitada na relação dos mestres com os discípulos e, desta forma, não havia ainda a função supervisora. O mestre realizava por inteiro o trabalho de formação de seus discípulos.

Essa constatação não significa que a função supervisora não se fazia presente. Ela acontecia, claramente, na ação do mestre através do controle, conformação, fiscalização e, até mesmo de coerção, expressa nas punições e castigos físicos ( A função supervisora na Grécia era encontrada na figura do pedagogo – escravo que tomava conta das crianças e os conduzia até o mestre – sua função era vigiar, controlar, supervisionar todos os atos das crianças).

A função supervisora também se fazia presente na educação dos trabalhadores (escravos) por intermédio do intendente ou capataz.

A época Moderna, com suas transformações, inclusive com a incorporação da ciência ao processo produtivo, passa a ter necessidade de generalização da escola. A cultura não é mais produzida de modo espontâneo e sim de forma liberada e sistemática.

Com o processo de institucionalização da educação, já começa a se esboçar a ideia de supervisão pedagógica que se evidencia na organização da instrução pública (séculos XVI e XVII).

Construção histórica da profissão do Supervisor pedagógico no BrasilOs jesuítas chegaram aqui em 1549 e somente após a morte do Padre Manoel de Nóbrega (1570) passam a adotar um plano de estudos chamado Ratio Studiorum.*Ratio Studiorum: Linhas mestras da organização didática, sublinhando o espírito que deveria animar toda a atividade pedagógica da ordem.

Nesse plano se percebe a presença da ideia de supervisão, quando se prevê a figura do Prefeito de Estudos, cujas funções são reguladas por trinta regras. Vejamos as mais específicas relacionadas à supervisão:

Regra nº 1 – Estabelece que é dever do Prefeito, organizar os estudos, orientar e dirigir as aulas;Regra nº 5 – Que o Prefeito se incumba de lembrar aos professores que devem explicar toda a matéria de modo a esgotar toda a programação;Regra nº 17 – Se refere à função do Prefeito de Estudos em ouvir e observar os professores e, de vez em quando, assistir suas aulas e também ler os apontamentos dos alunos.

A Reforma Pombalina expulsou os jesuítas do Brasil e extinguiu seu sistema de ensino. Dessa forma, diluiu-se o caráter orgânico da função supervisora.O Alvará de 28 de junho de 1759, que expulsou os jesuítas, previa a criação do cargo de Diretor Geral dos Estudos, assim como a designação de comissários, em cada local, para fazer o levantamento do estado das escolas. Nesse sentido, a ideia de supervisão englobava os aspectos políticos--administrativos na figura do Diretor Geral e a direção, fiscalização, coordenação e orientação do ensino aos comissários ou Comissão de Diretores de Estudos sob a orientação do Diretor Geral.

Com a Independência do Brasil, a Lei Geral de 1827 instituiu as escolas de primeiras letras. O artigo 5º da lei determinava o estudo a partir do “Método de Ensino Mútuo”.

Nesse método o professor absorve a função de docência e também de supervisão, pois instruía e supervisionava os instrutores nas atividades do ensino.

*Método de Ensino Mútuo: Trabalhava-se com monitores que eram alunos em estágios mais “avançados” de aprendizagem e que ensinavam outros alunos mais novos ou em estágios menos “avançados”. Os monitores, escolhidos pelos mestres, recebiam instrução à parte. (NEVES,2003).

Em 1834, o Ato Adicional faz a descentralização da educação, pois cada província passa a ser responsável por sua própria educação. Naquele momento o ministro do Império reclamava a necessidade da criação do cargo de Inspetor de Estudos.Em seu relatório fica declarada a situação deplorável das escolas e ele mesmo adverte: “(...) um desses remédios teria sido o estabelecimento de uma supervisão permanente.” (SAVIANI, 2008, p. 23).

A reforma Couto Ferraz estabeleceu como missão do Inspetor supervisionar todas as escolas. Também cabia ao Inspetor Geral presidir os exames dos professores e lhes conferir os diplomas, autorizar a abertura de escolas particulares e também fazer a correção dos livros.

Nesse período coloca-se em pauta a questão da organização de um sistema nacional de educação e, nesse contexto, a ideia de supervisão vai ganhando contornos mais nítidos; passa a existir a necessidade de organização dos serviços educacionais, apontando para dois requisitos:A organização administrativo-pedagógica do sistema;- A organização das escolas na forma de grupos escolares.

Em 1892 foi instituído o Conselho Superior da Instrução Pública e com ele a dominância de atribuições burocráticas em detrimento das técnicos--pedagógicas, nas funções do Inspetor.Em 1928, a reforma proposta por Carneiro Leão, em Pernambuco, afirma a prioridade da criação de uma diretoria técnica para a educação. Para ele, estava na hora do Estado romper com os moldes que confundiam a parte técnica com a administrativa.Essa separação é a condição para o surgimento da figura do supervisor distinta do diretor e também do inspetor. Para o diretor coube a parte administrativa e ao supervisor a parte técnica da educação.

A reforma Francisco Campos, de 1931, se referia às tarefas de acompanhamento pedagógico, porém, elas foram atribuídas ao Inspetor Escolar.O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, de 1932, formulou um plano conjunto para reconstrução educacional no país. É nesse contexto de maior valorização dos meios na organização dos serviços educacionais que ganham relevância os técnicos, também chamados de especialistas em educação e, entre eles, o supervisor.

Na década de 60, o Parecer nº 252/1969 reformulou o curso de Pedagogia e buscou especializar o educador, diferenciando suas funções e denominando-as habilitações. Foram previstas quatro habilitações na área técnica. São elas: administração; inspeção; supervisão; orientação.O anseio da pedagogia tecnicista que se instalou na década de 60 era garantir a eficiência e a produtividade do processo educativo (aplicação da taylorização ao trabalho pedagógico. (SAVIANI, 1991, p. 82).

A nova estrutura do curso de Pedagogia abria a perspectiva de profissionalização da Supervisão Pedagógica.

Existem, segundo Saviani (2008), dois requisitos fundamentais para se caracterizar uma atividade como profissão: necessidade social; identidade própria.

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LDBLei de Diretrizes e Bases do 1ºe 2º GrausA LDB de 1971 oficializou a profissão do Supervisor pedagógico, porém, foram surgindo questionamentos no sentido de desmascarar a pretensa neutralidade com que se buscava justificar o caráter técnico da educação, centrado na diversidade de habilitações pedagógicas, em detrimento de sua dimensão política.Para Saviani (1999, p. 106) “(...) a função do supervisor é uma função precipuamente política e não principalmente técnica.” Para o autor, quanto mais ela se apresenta com caráter técnico, tanto mais ela é eficaz na defesa dos interesses socialmente dominantes.A questão da identidade do supervisor pedagógico continua em discussão.

O desafio que se coloca, hoje, para a Supervisão Pedagógica, vai além do contexto pedagógico, pois se espera que o trabalho educativo contribua para desenvolvimento da consciência necessária à transformação das relações sociais, cuja necessidade alcança a esfera planetária.Este é o desafio posto à educação e, mais precisamente, ao Supervisor Pedagógico que tem, inclusive, a função de acompanhar e orientar o processo de ensino-aprendizagem sempre considerando sua perspectiva política.

É importante observarmos a movimentação das funções postas à Supervisão Pedagógica:- Nas sociedades primitivas – os adultos faziam supervisão indireta- Na Antiguidade – o pedagogo na Grécia- Na Idade Média – o mestre exercia uma supervisão com punição

No Brasil:- Com os jesuítas – através do Prefeito de Estudos- No Império – o professor, que propunha o Método de Ensino Mútuo- Na República Velha – Inspetor de Estudos- Nas décadas de 1920 à 1950 - Técnicos de educação- Nas décadas de 1960 à 1980 - Supervisor educacional (uma das habilitações do curso de Pedagogia)- Na atualidade – Supervisor Pedagógico, Orientador Pedagógico, Coordenador Pedagógico, etc.

Vamos retornar ao trabalho realizado na aula passada, onde você, a partir da pesquisa realizada, anotou as funções que foram mais vezes citadas pelas pessoas pesquisadas, relativas às ações do supervisor, e depois fez em seu caderno de notas, um paralelo com o conteúdo da aula.

REGISTRO DE FREQUENCIA

1.Observando a atual função do Supervisor pedagógico, percebemos que houve uma construção histórica e que, aos poucos, esse profissional foi se

constituindo. Com relação à oficialização da profissão, podemos dizer que:

1) Nunca foi oficializada.

2) Foi oficializada pela LDB de 1971.

3) Sempre esteve oficializada.

4) Que só foi oficializada com a LDBN de 1996.

5) Não necessita de oficialização.

2.Na educação jesuíta, baseada no Ratio Studiorum, não existe manifestação direta da ação supervisora, mas percebe-se a presença da idéia de supervisão pedagógica na figura do:

1) Professor. 2) Diretor de Estudos. 3) Prefeito de estudos. 4) Papa. 5) Governador da Província.

3.No período pombalino a idéia de supervisão continuava presente, agora de forma mais direta, sob os aspectos de direção, fiscalização, coordenação e orientação do ensino. Neste momento, a figura que engloba esses aspectos era:

1) Professor. 2) Diretor de Estudos e comissários. 3) Prefeito de estudos. 4) Papa. 5) Governador da Província.

4.Com a Independência ficaram instituídas as Escolas de Primeiras Letras e com elas um novo método de ensino, que concentrava no professor as funções de docência e supervisão. Esse método chamava-se:

1) Método de Aulas-régias.

2) Método de Ensino Mútuo.

3) Método Jesuíta.

4) Método Pombalino.

5) Método de Inspeção geral.

5.Com a República acontece o processo de descentralização do controle e maior organização dos serviços, inclusive na educação. Nesse período a função do supervisor era exercida pelo:

1) Professor.

2) Diretor.

3) Supervisor.

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4) Inspetor de Estudos.

5) Ministro.

Respostas: 1-2, 2-3, 3-2, 4-2, 5-4.

Aula 3 DIFERENTES PAPÉIS E CONCEPÇÕES QUE ENVOLVEM A PRÁTICA DO SUPERVISOR E ORIENTADOR PEDAGÓGICODisciplina: SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Objetivo desta AulaAo final desta aula, o aluno será capaz de definir os compromissos da Supervisão pedagógica, embasado em uma dimensão ampla, com foco na emancipação humana como verdadeiro significado do trabalho pedagógico.A história da Supervisão pedagógica no Brasil nos mostra que essa função tem sido desenvolvida em contextos de compromissos e responsabilidades, mas também de equívocos.A partir da compreensão elaborada do conceito de ciência e desvelando a realidade em suas contradições, avançamos para novos compromissos e responsabilidades com outra amplitude. Partimos para um novo conteúdo, comprometido com a construção de um novo conhecimento.Segundo Ferreira (2008), a Supervisão pedagógica, independe de formação específica, constitui-se um trabalho escolar que tem o compromisso de garantir a qualidade do ensino, da educação, da formação humana. Seu compromisso é a garantia da qualidade a formação humana que se processa nas instituições escolares.Como já vimos na aula 1 supervisão significa “olhar sobre”, esse conceito teve sua origem na administração e passou para a educação com a função de controle do processo educacional. Controle de uma determinada qualidade dentro de uma determinada concepção de ciência, que orientava o projeto educativo no Estado, que se traduzia nas formas e meios de fazer a educação. Sendo assim, podemos perceber seus vínculos com a administração e também com as políticas públicas.Então entendemos que cabe analisar a Supervisão Pedagógica e a função supervisora em sua ação política, pois só o conhecimento de suas relações com o contexto social, político, econômico e educacional é que vai lhe conferir sentido, nos fazendo perceber essa trajetória.Ao observarmos o modelo econômico que se estabeleceu aqui no Brasil, encontramos uma radicalização do processo capitalista associado a uma opção acelerada pela modernização, obrigando o reajustamento do próprio aparelho político e social.Essa reestruturação apoiou-se nos mecanismos de poder do Estado e, consequentemente, no acentuado controle financeiro e tecnológico exercido pelo capitalismo internacional. O objetivo fundamental do modelo implantado seria a acumulação de capital, a lucratividade através da eficiência técnica e da estabilidade política, assim, se fez necessário a formação de certo tipo de profissionais em quantidade que assegurasse a racionalidade do processo.O objetivo era qualificar profissionais técnicos para atender às necessidades do mercado e de aumento de produtividade. Nesse caso, a educação se reduziu ao aspecto exclusivamente técnico, desvirtuando-se da verdadeira ação educativa. Dessa forma, passou-se a educar para o fazer, para o obedecer, para a execução de determinados papéis ou para a “mão de obra” especializada.Esse modelo político, caracterizado como autoritário, primou por disseminar uma ideologia e fazer o controle de sua inculcação por agentes profissionais preparados. De acordo com Kuenzer (2003) apud Ferreira (2007, p. 47):(...) através da educação, o Estado pode incutir na sua população, interesses, aspirações e valores com a finalidade de facilitar determinadas mudanças consideradas imprescindíveis ao alcance dos objetivos nacionais.”Dessa forma coube ao aparelho ideológico escolar a maior responsabilidade na reprodução das relações capitalistas, mistificando a verdadeira tomada de consciências. Porém, cabe lembrar, que a escola também pode desenvolver um “saber crítico”, ela pode ajudar a construir consciências capazes de compreensão crítica da realidade, promovendo a tomada de consciência dessas contradições.Então, podemos deduzir que a Supervisão pedagógica, nesse cenário sócio-político-econômico, tem exercido a função de controle.Se não fizermos uma reflexão profunda, para uma tomada de consciência, a função supervisora acaba se reduzindo a atualização do homem, de acordo com os valores sociais, assumindo o compromisso de reprodução e não de educação.É preciso atentar-se para o perigo do Supervisor pedagógico construir seu trabalho “adequado” ao circunstancial, ingenuamente inculcando a ideologia dominante e recalcando as aspirações individuais e sociais.O Supervisor pedagógico é um criador de cultura e de aprendizagens, não apenas intelectual ou técnica, mas também afetiva, ética, social e política, que se questiona  e questiona o circunstancial, definindo e redefinindo prioridades em educação.Ele necessita ser capaz de desenvolver e criar métodos de análise para detectar a realidade e, então, gerar estratégias para a ação.De acordo com Rangel (2007, p. 17) a “visão sobre” o processo auxilia a percepção global do contexto e suas relações, “(...) o supervisor pode contribuir para integração de programas, métodos e procedimentos de ensino e aprendizagem, avaliação e recuperação, conteúdos, diálogo, aproximações tanto em um ano ou ciclo escolar, quanto na sua sequência, nos diversos anos ou ciclos.”O objeto da atenção supervisora é o conhecimento traduzido no currículo, nos programas e nos conceitos construídos e reconstruídos em cada área de estudo e suas metodologias.Essa constatação demonstra a importância que vem sendo conferida, nos meios políticos, econômicos, educacionais e legais à formação do supervisor, bem como sua atuação.Como prática educativa ou como função, a supervisão constitui-se  um trabalho escolar que tem o compromisso de garantir a qualidade do ensino. Não se esgotando, portanto, no saber fazer bem e no saber o que ensinar, mas no trabalho articulador e orgânico entre a verdadeira qualidade do trabalho pedagógico e novas formas de gestão incorporadas a partir do que a “era da globalização” vem ocasionando.São compromissos com uma nova compreensão  da qualidade da educação, que se consubstancia no compromisso com a formação de homens mais humanos, através de uma educação comprometida com essa humanização em tempos de globalização, onde  a modernidade vem apresentando como uma de suas características a individualização.Então, nos perguntamos: Como pode a Supervisão pedagógica assumir esse compromisso?Saviani (1991, p. 21) nos lembra: “(...) o objeto da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana, para que eles se tornem humanos e, de outro lado e concomitante, à descoberta das formas mais adequadas para atingir esse objetivo.”Segundo Ferreira (2008), o projeto sociocultural da modernidade se assenta em dois pilares fundamentais e complexos: o pilar da regulação e o pilar da emancipação, comportando assim, duas principais formas de conhecimento: o conhecimento regulação e o conhecimento emancipação.Há que se valorizar o conhecimento emancipação, desequilibrando a favor dele as relações com o conhecimento regulação.

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A Supervisão pedagógica como responsável pela qualidade do processo de humanização do homem, através da educação, precisa formar outros compromissos ultrapassando as especificidades do espaço escolar, porém, sem se descuidar dele. Seu compromisso é avançar em um trabalho pedagógico de qualidade, garantindo conteúdos emancipatórios, além de comprometer-se com a administração da educação, pois esta concretiza as direções traçadas pelas políticas educacionais.Esse compromisso se traduz em acompanhamento e estudo de todas as relações que se estabelecem entre as tomadas de decisões, as determinações sociais e políticas que as gestam e suas possíveis consequências.Eleva-se assim a Supervisão pedagógica, da condição de executora de políticas e planejamentos, de apenas articuladora de conteúdos e propostas, para a atuação como partícipe da construção da sociedade, sendo esta a condição que garantirá a qualidade do trabalho pedagógico.O trabalho pedagógico deve ter compromisso explícito com a emancipação humana.  

A Supervisão pedagógica tem sido tratada como uma função e, como tal, de forma depreciativa e reducionista face a sua imensa responsabilidade no sistema educacional. O trabalho do Supervisor pedagógico não pode ser entendido somente como uma função, muito pelo contrário, é um trabalho de gestão da educação, de tomada de decisões com o diretor e demais profissionais da escola.A Supervisão pedagógica, concebida como orientadora da formação humana, conduz a uma compreensão sobre a formação dos profissionais da educação em uma perspectiva mais ampla, e a estratégia entendida como caminho possível é o diálogo. O diálogo constitui o caminho para efetiva participação que possibilitará construções e decisões coletivas, para que se encontre novos rumos, projetos, políticas, nova gestão do conhecimento e do trabalho no sentido emancipador.Já vimos que a ideia de supervisão sempre esteve presente na educação brasileira, seja na ação do Prefeito de estudos da educação jesuíta, seja no controle e regulação do período tecnicista, ou ainda no compromisso ora assumido, que se refere à concepção do conhecimento para emancipação.Agora vamos voltar às suas anotações, aquelas em que você pesquisou sobre o que as pessoas acham que é o fazer  do Supervisor pedagógico e o paralelo com os conteúdos da aula (aula 1).Nesta atividade você vai listar os fazeres do Supervisor pedagógico e separá-los por concepção: CONTROLE, REGULAÇÃO, EMANCIPAÇÃO HUMANA.Não esqueça de usar seu caderno de notas, pois elas serão muito importantes no momento da revisão.SÍNTESE DA AULA

Nesta aula, você refletiu sobre a evolução do papel do Supervisor pedagógico, a partir de sua perspectiva histórica, identificou o papel regulador da Supervisão pedagógica no período tecnicista e distinguiu os compromissos da ação do Supervisor pedagógico hoje, diferente daqueles que orientavam essa prática no passado.

REGISTRO DE FREQUENCIA

1.A Supervisão pedagógica, na visão de Ferreira (2008), tem o compromisso de:

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. 1) Fazer cumprir as políticas. 2) Controlar o processo de ensino. 3) Garantir a qualidade do ensino, da educação, da formação humana.

4) Fazer cumprir os objetivos dos meios de produção. 5) Disseminar os compromissos docentes.

2.Podemos entender supervisão a partir do conceito de “visão sobre”. Inicialmente, aqui no Brasil, esse conceito esteve associado a:

1) Função de controle do processo educacional. 2) Educação para emancipação. 3) Concepção de um fazer para a formação. 4)

Função de desenvolvimento do ser humano. 5) Concepção libertadora

.

3.Buscando entender as concepções que envolvem as ações do Supervisor pedagógico, fica entendido que, não havendo reflexão profunda sobre esta atuação, a ação do Supervisor pedagógico acaba:

1) Por servir a um caráter emancipador. 2) Sendo atualizado constantemente. 3) Diversificando a formação.

4) Por se reduzir a simples atualização humana a partir das circunstâncias. 5) Tendo uma conotação política partidária.

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4.Podemos distinguir as concepções que envolvem a ação supervisora na história da educação brasileira, partindo do período tecnicista até as projeções atuais como:

1) Libertadora e voluntária. 2) Controle, regulação, execução das políticas públicas e emancipatória.

3) Controladora e reguladora. 4) Voluntária e emancipadora. 5) Capacitadora e emancipadora.

5.Na função da supervisão pedagógica percebida como orientadora da formação humana, a estratégia que melhor viabiliza esse compromisso é:

1) Controle. 2) Diálogo. 3) Oposição. 4) Criação. 5) Manipulação.

RESPOSTA: 1-3, 2-1, 3-4, 4-2, 5-2.

Aula 4 DIFERENTES SABERES DO SUPERVISOR PEDAGÓGICO E SUAS ÁREAS DE ATUAÇÃO Disciplina: SUP. E ORIENT. PEDAGÓGICARefletindo sobre a formação do Supervisor pedagógico, Bruno e Almeida (2008) se reportam a alguns princípios que, segundo Roger (2001) e Freire (2004), precisam ser preservados nessa prática profissional. São eles:

Empatia – exercício em colocar-se no lugar do outro; Autenticidade – fidelidade a si mesmo e coerência entre o sentir, pensar e agir; Consideração positiva – aceitação do sujeito tal como ele é; Dialogicidade – disponibilidade para falar com em vez de falar para.

O exercício desses princípios propicia movimento em direção à mudança necessária ao desenvolvimento de um novo perfil para o Supervisor pedagógico.O processo de formação do Supervisor pedagógico se constitui, segundo Bruno e Almeida (2008), de três contextos relevantes para a necessária mudança:Vida pessoal: família, bairro, cidade.Formação inicial: escola, universidade.Atuação profissional: escolas de atuação.Para enfrentamento dos desafios da escola contemporânea, exige-se a sua transformação em um lugar de encontro, de troca de saberes e de elaboração conjunta dos problemas de ensino e aprendizagem.A ação do Supervisor pedagógico transita sob as lentes das relações interpessoais. Segundo Ferreira (2007, p.1010), “Ele é um criador de cultura e de aprendizagens não apenas intelectuais ou técnicas, mas também afetiva, ética, social e política, que se questiona e questiona as circunstâncias, definindo e redefinindo prioridades em educação.”O Supervisor pedagógico precisa desenvolver nele mesmo e nos professores determinadas habilidades, atitudes, sentimentos que são o sustentáculo da atuação relacional:Olhar: ativo, de prestar atenção.Ouvir: ativo, fala consequente.Falar: carregado de conhecimento e reconhecimento.Prezar: consideração e confiança.As relações pedagógicas não podem ser entendidas separadamente das relações interpessoais, já que essas se implicam mutuamente. É no bojo dessas relações que se travam embates, estabelecem-se conflitos, lapidam-se desejos e constroem-se projetos, sempre favorecidos pela disponibilidade e investimento dos atores envolvidos.Tadif (2000), buscando propiciar uma melhor análise do processo de formação docente, classifica os saberes docentes em categorias, estas contemplam o pluralismo dos saberes profissionais.

1. Saberes temporais. São saberes provenientes de sua história de vida, e mais especificamente, de sua história de vida escolar.2. Saberes plurais e heterogêneos. São saberes que provêm de diversas fontes e procuram atingir diferentes objetivos.3. Saberes personalizados e situados. Saberes que não se dissociam da pessoa, que compõe sua personalidade. Sendo construídos e utilizados em função de

seu potencial de transferência e generalização.4. Saberes que carregam as marcas do ser humano. Saberes que trazem consigo as marcas do objeto de seu trabalho, marcas do humano. Por isso comporta

um componente ético e moral.O coordenador pedagógico e a formação docenteJá Christov (2008) define os saberes fundamentais para o exercício da Supervisão Pedagógica: saberes pedagógicos e saberes das relações interpessoais.Também podemos considerar saberes imprescindíveis à atuação pedagógica do Supervisor pedagógico os saberes do(a)(as): currículo; atividades didáticas; planejamento; educação continuada de professores.A formação inicial e continuada do Supervisor pedagógico deve estar voltada para o exercício fundamental do papel de formador dos professores.Desta forma, a escola se constitui por áreas onde a atuação do Supervisor pedagógico é de extrema relevância.De acordo com Silva (2008) e Libâneo (2003): Elaboração do Projeto Político Pedagógico – articulação dos atores envolvidos.Desenvolvimento do currículo – diretrizes para a organização do currículo (PCN).Desenvolvimento do ensino – inter e transdisciplinaridade, desenvolvimento de competências, metodologias. Desenvolvimento profissional – formação continuada.Avaliação institucional e da aprendizagem – avaliação externa em conexão com a avaliação dos professores, cultura de responsabilização.Então temos que, para o desenvolvimento dessas áreas, é necessário estar atento:Contextos Relevantes Vida pessoal - Formação inicial - Atuação profissional.Saberes Relações interpessoais Pedagógicos: currículo, didáticos, planejamento e formação continuada dos professores

1.Bruno e Almeida 2008) destacam alguns princípios que consideram precisam ser preservados na atuação do Supervisor pedagógico. Identifique esses princípios marcando a resposta certa:

1) Formação inicial e continuada. 2) Empatia, autenticidade, consideração positiva e dialogicidade. 3) Contextos relevantes e vida pessoal.

4) Relações interpessoais e formação continuada. 5) Reciprocidade e formação inicial e continuada.

2.Selecione a sequencia correta:A formação do Supervisor pedagógico revela contextos relevantes, de acordo com Bruno e Almeida (2008). O primeiro é a ___________ definidos pela família, bairro e cidade onde o Supervisor pedagógico vive; o segundo é a ___________ estando ligada à escola, o seu lugar de formação e o terceiro pode ser identificado como ___________ , expresso pelos lugares de trabalho onde atuou e atuar o Supervisor pedagógico.

1) vida pessoal,formação inicial,atuação profissional

2) atuação profissional,vida pessoal,formação inicial

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3) vida pessoal,atuação profissional,formação inicial

4) formação inicial,vida pessoal,atuação profissional

5) Nenhuma das alternativas.

3.Observando os saberes profissionais definidos por Tardif (2000), selecione a sequencia correta:

1 - Saberes temporais2 - Saberes plurais e heterogêneos3 - Saberes personalizados e situados4 - Saberes que carregam as marcas do ser humano

( ) Saberes que trazem consigo as marcas do objeto de seu trabalho, marcas do humano. Por isso comporta um componente ético e moral.( ) São saberes provenientes de sua história de vida, e mais especificamente, de sua história de vida escolar.( ) Saberes que não se dissociam da pessoa, que compõe sua personalidade. Sendo construídos e utilizados em função de seu potencial de transferência e generalização.( ) São saberes que provêm de diversas fontes e procuram atingir diferentes objetivos.

1) 2,1,3,4 2) 4,1,3,2 3) 3,4,1,2 4) 2,1,4,3 5) 1,3,2,4

4.Silva (2008) e Libâneo (2003) identificam na escola algumas áreas, relacionadas ao fazer pedagógico, as quais requerem atuação e/ou intervenção do Supervisor pedagógico. Marque com um X as opções que revelam essas áreas:

1) Merenda, social, cantinho do pensamento e pedagógica;

2) Olhar, ouvir, falar, prezar e atuar;Olhar, ouvir, falar, prezar e atuar;

3) Elaborração do Projeto Político Pedagógico, desenvolvimento do currículo, desenvolvimento do ensino, desenvolvimento profissional e avaliação institucional e da aprendizagem;

4) Interpessoal e pedagógica;

5) Vida pessoal, formação e atuação.

Resposta: 1-2, 2-1, 3-2, 4-3.

Aula 5 AS ATRIBUIÇÕES DO SUPERVISOR PEDAGÓGICO E SUA ATUAÇÃO PARA A TRANSFORMAÇÃO DA ESCOLADisciplina: SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

A escola mantém uma relação dialética com a sociedade, pois ao mesmo tempo em que ela reproduz, ela pode transformar a cultura. Então, o trabalho do Supervisor pedagógico está em desvelar e explicitar essas contradições, caminhando na direção de uma escola transformadora.A mudança da escola requer um trabalho conjunto e supõe diálogo, troca de diferentes experiências e respeito à diversidade de pontos de vista.O Supervisor pedagógico é o profissional responsável por desencadear esse processo. Ele pode levar os educadores à conscientização da necessidade de uma nova postura, de acreditarem na possibilidade de transformação da realidade.O trabalho do Supervisor pedagógico não se dá de forma isolada, ao contrário, ela acontece mediante a articulação dos diferentes atores escolares.Orsolon (2009) aponta diferentes ações ou atitudes do Supervisor pedagógico que considera desencadeadoras de mudanças na escola. Conheça cada uma delas nas telas seguintes.1)Promover um trabalho de coordenação em conexão com a gestão escolar: Nesse caso, busca-se ultrapassar as funções estabelecidas pela organização hierárquica, através de ações estratégicas de gestão participativa, onde todos da escola participam e colaboram na construção do projeto político pedagógico.2) Realizar um trabalho coletivo, integrado com os atores escolares: O Supervisor pedagógico é um dos articuladores desse trabalho coletivo, sendo capaz de ler, observar e congregar as necessidades dos que atuam na escola, introduzindo inovações, mas também buscando o comprometimento de todos.3) Mediar a competência docente: O Supervisor pedagógico faz a mediação do saber, do saber fazer, do saber ser e do saber agir do professor. Neste caso, o objetivo do Supervisor pedagógico é o de auxiliar o professor, seja com troca de experiências, seja com disponibilização de recursos, seja na visão das dimensões de sua ação, levando-o a perceber os relevos atribuídos a cada uma delas.4) Desvelar a sincronicidade do professor e torná-la consciente: As intervenções do Supervisor pedagógico podem se dar no sentido de manutenção das práticas vigentes ou no sentido de sua transformação. O professor só vai sentir a necessidade de transformação se tiver consciência de si mesmo e do impacto de suas intervenções na realidade. Assim, é tarefa do Supervisor pedagógico propiciar condições para que a sincronicidade (ocorrência crítica de componentes políticos, humanos-interacionais, e técnicos – Placco, 1994) seja desvelada e se torne consciente, possibilitando ao professor novas leituras sobre o seu fazer.5) Investir na formação continuada do professor na própria escola: O Supervisor pedagógico assume a função de formador e desencadeia o processo de formação continuada na própria escola. A prática docente deve se tornar objeto de reflexão e pesquisa onde a problematização do cotidiano deve ser uma prática.6) Incentivar práticas curriculares inovadoras: Esse é um momento de criação conjunta e o professor pode vivenciar um novo jeito de ensinar e aprender e, assim, rever o seu fazer. Neste caso, deve-se visualizar novas perspectivas, movimentar o cotidiano do professor, desencadeando movimento de busca pelo conhecimento, a partir de outros repertórios de ação.7) Estabelecer parceria com o aluno: incluí-lo no processo de planejamento do trabalho docente:Criar oportunidades e estratégias para que o aluno participe com opiniões, sugestões e avaliações no processo de planejamento do trabalho docente. Assim, pode-se tornar o processo de ensino e aprendizagem mais significativo para ambos. O olhar do aluno instiga o professor a refletir e avaliar com frequência seu plano de trabalho e redirecioná-lo quando for o caso. A participação do aluno nesse processo acaba por ser, também, uma oportunidade do professor produzir conhecimento sobre seus alunos.8) Criar oportunidades do professor integrar sua pessoa à escola: Já é consenso que o perfil profissional do professor se constrói no entrecruzamento de suas trajetórias pessoal e profissional. A escola pode ser o espaço para compartilhar experiências, seja a que se refere ao homem, cidadão ou profissional.9) Procurar atender às necessidades reveladas pelo desejo do professor: Trabalhar em busca do atendimento dos desejos e anseios do professor exige do Supervisor pedagógico maior sintonia com contextos sociais mais amplos, também com o educacional e, principalmente,  com o contexto da escola onde atua.10) Estabelecer parceria de trabalho com o professor: Esse trabalho se constrói de forma articulada entre professores e Supervisor pedagógico. Essa parceria propicia maior comprometimento do professor com seu trabalho, com o aluno, com o contexto e com ele mesmo e o Supervisor pedagógico. Também pode refletir e rever sobre o seu papel ao longo da história e buscar um caminho diferenciado, onde seja possível aprender junto, avançando em uma atuação menos fragmentada.11) Propiciar situações desafiadoras para o professor: Esse desafio pode ser propiciado pela expectativa do aluno com relação ao curso, uma proposta de trabalho nova ou pela ação do Supervisor pedagógico, desencadeando  um trabalho de acompanhamento da ação docente, privilegiando a reflexão crítica movimentando-o para mudança, provocando que ele seja pesquisador de sua própria prática.

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Para Rangel (2000), o objeto específico do Supervisor pedagógico na escola é o processo de ensino e aprendizagem.A abrangência desse processo inclui:- Currículo- Programas- Planejamento- Avaliação- Métodos de ensino- Recuperação

Todos esses elementos estão incluídos no universo de fazer do Supervisor pedagógico.Supervisão do currículo – O Supervisor pedagógico deve ter conhecimento dos parâmetros legais do segmento em que atua (Diretrizes curriculares, PCNs), trabalhando os princípios que estão descritos nas propostas curriculares, seja os de contextualização, seja os de interdisciplinaridades e outros. Será o Supervisor pedagógico quem vai coordenar as atividades de estudo e de integração do currículo. É ele quem vai oferecer subsídios à analise dos valores que estão propostos, tanto na legislação quanto no projeto político pedagógico da escola. Dentre os temas que podem ajudar a compor esses valores que devem estar presentes na construção da vida cidadã temos:- saúde- sexualidade- vida familiar e social- meio ambiente- trabalho- ciência e tecnologia- cultura- linguagensEm linhas gerais, esses são os temas que estão sugeridos na proposta curricular do ensino básico.Supervisão dos programas – Os programas das disciplinas devem fazer parte da construção do coletivo de professores, dessa forma o Supervisor pedagógico deve criar oportunidades de incentivo para reuniões de professores, seja de uma mesma disciplina, ou do mesmo ano de escolaridade, buscando o tratamento interdisciplinar e contextualizado.Supervisão da escolha do livro didático – Esse trabalho requer estudo por parte do professor e essa escolha deve acontecer de forma coletiva. Então, planejar e organizar esse momento são tarefa do Supervisor pedagógico.Supervisão do planejamento de ensino – Nesse caso, o Supervisor pedagógico deve orientar para a busca de conceitos e critérios, tentando garantir, mais uma vez, a construção coletiva dos planejamentos, onde o plano de trabalho deverá ser compreendido como roteiro, refletido coletivamente.Supervisão dos métodos de ensino – No bojo do conhecimento metodológico, encontramos princípios e estes devem estar em consonância com a proposta da escola e, também, devem estar de acordo com os conteúdos, os sujeitos, as circunstâncias e o contexto de sua aplicação.Supervisão da avaliação – É necessário que o Supervisor pedagógico encaminhe o professor para que avalie a avaliação. Os Conselhos de classe são momentos propícios ao fomento dessa avaliação. Nesse espaço é possível reavaliar os conceitos, os procedimentos e os instrumentos de avaliação com que são verificados os produtos da aprendizagem.Supervisão da recuperação – O Supervisor pedagógico orienta e coordena as atividades de recuperação, devendo considerar os critérios da prática com respaldo do conhecimento teórico, levantando as necessidades e incentivando a variação dos procedimentos.

Supervisão do projeto pedagógico – O PPP da escola define a finalidade da educação e faz projeções futuras. Nesse caso, toda a equipe de gestão da escola deve estar comprometida com essa construção, alinhavando e completando esse trabalho coletivo.Supervisão e pesquisa – O princípio da relação ensino e pesquisa também é princípio da ação supervisora, pois o professor não é apenas sujeito, mas também, participante de investigações e produção de conhecimentos. Desse modo amplia-se a compreensão do processo, tornando-se objetivo comum, motivando, individualizando e aproximando professores e setores da escola.Como vimos ao longo da aula, a função supervisora é abrangente e ao mesmo tempo específica.Essa nossa aula tem o caráter iminentemente prático, pois buscamos compor um rol de atividades que fazem parte do fazer do Supervisor pedagógico, porém, sempre baseados no contexto teórico. SÍNTESE DA AULANessa aula você:

Identificou especificidades e abrangência da ação supervisora; observou as possíveis atribuições do Supervisor pedagógico na escola e distinguiu as ações do Supervisor pedagógico que podem contribuir com a transformação da escola.

REGISTRO DE FREQUENCIA

1.Orsolon (2001) aponta ações do Supervisor pedagógico que podem contribuir para desencadear mudanças na escola. Nas opções abaixo marque a única afirmativa que não compõe esse grupo de ações:

1) Realizar trabalho coletivo, integrado com os atores da escola - articulação do trabalho coletivo.

2) Incentivar práticas curriculares inovadoras - criação conjunta.

3) Estabelecer parcerias com os alunos, incluindo-os no planejamento do trabalho docente - criar oportunidades e estratégias de participação, sugestões e avaliação.

4) Estabelecer parceria de trabalho com o professor - melhor articulação entre professores e Supervisor pedagógico.

5) Administrar as verbas escolares.

2.Assinale a única opção que não contempla os elementos que Rangel (2000) descreve como componente do processo ensino e aprendizagem:

1) Supervisão do currículo.

2) Supervisão dos programas.

3) Supervisão da caixa escolar.

4) Supervisão do planejamento.

5) Supervisão da avaliação.

3.Quando o Supervisor pedagógico faz a supervisão do currículo, ele precisa estar seguro:

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1) Quanto aos princípios que estão descritos nas propostas curriculares do segmento em que atua.

2) Dos conhecimentos que estão sendo veiculados na mídia.

3) Quanto à sua posição hierárquica na escola.

4) Quanto ao tipo de ação que determinará aos professores cumprirem.

5) Da sua certeza de amor à profissão.

4.Quando afirmamos que a função supervisora é abrangente e, ao mesmo tempo específica, estamos nos baseando:

1) No perfil individual de cada Supervisor pedagógico.

2) No universo de fazeres do Supervisor pedagógico e também em sua atuação específica em busca de melhorias do processo ensino e aprendizagem.

3) Na atuação do Supervisor pedagógico em todos os espaços escolares.

4) No compromisso assumido junto à gestão escolar.

5) Nas virtudes de trabalhar em sintonia com as políticas educacionais.

Resposta: 1-5, 2-3, 3-1, 4-2.

Aula 6 SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA NA ORGANIZAÇÃO DO CURRÍCULO, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO E O ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM Disciplina: Supervisão e Orientação PedagógicaDécada de 60Na década de 60, os estudos sobre a supervisão escolar apareceram ligados aos estudos sobre currículo. Essa década foi marcada por diversas tentativas de renovação do sistema escolar. Aparece, então, especialmente no Estado de São Paulo, afigura do Orientador Pedagógico, que tinha a função de “guardião do currículo”. Cabia-lhe orientar pedagogicamente os professores, para que a organização curricular prevista para a escola alcançasse seu maior nível de materialização, ou seja, ele cuidava da viabilização do currículo na escola.Esse cuidado não significava intervir na sua elaboração ou mesmo questionar suas origens, pois a determinação do currículo era atribuição dos órgãos e autoridades superiores do sistema escolar.Nesta época, também surgiram nos ginásios vocacionais (escolas experimentais) a supervisão de área, na qual um profissional considerado experiente em determinada área assumia a coordenação do trabalho de seus colegas de área de conhecimento.Um dos problemas encontrados nessa configuração é que havia destaque demasiado para o registro do desempenho escolar dos alunos, era necessário o preenchimento de extensas fichas de acompanhamento e avaliação. Neste período, a autonomia pedagógica da escola ainda não sensibilizava aqueles envolvidos nas práticas pedagógicas.Década de 70A década de 70 surgiu e, com ela, o aprofundamento dos estudos sobre a supervisão e o currículo. Porém, esses estudos ainda não contribuíram, significativamente, para a sustentação teórica de propostas ou determinações de políticas educacionais. Neste período, o MEC elaborou um documento que apontava a necessária presença dos Supervisores Pedagógicos em todas as unidades escolares. Nesse momento, temos certo “autoritarismo ingênuo” marcando as ações dos supervisores, passando à desconfortável posição de “guardião das proposições legais”.Silva Junior destaca hipóteses explicativas em relação à inconsistência teórico-prática da ação supervisora nesse período:- O progressivo distanciamento das questões estritamente curriculares, pois o Supervisor Pedagógico foi absorvido por uma multiplicidade de tarefas na escola;- desaceleração da pesquisa acadêmica sobre a supervisão educacional;- a inapetência dos supervisores em produzir intervenções significativas na elaboração de políticas. Acredita-se que essa inapetência se deve às deficiências do processo de formação do Supervisor Pedagógico.Década de 80A partir da década de 80, observou-se um crescente movimento de regulamentação da profissão do Supervisor Pedagógico.Década de 90Já na década de 90, seguiu-se um processo de declínio desses movimentos e a supervisão experimentou certa fragilização em contraposição à perspectiva crítica do currículo, a escola passou a buscar o direito de elaborar, com relativa autonomia, seu próprio currículo.Concomitantemente às novas perspectivas para o currículo, emergiu para a supervisão e para o sistema escolar brasileiro uma política de avaliação de grande espectro voltada ao desenvolvimento de três vertentes: Avaliação Institucional, Avaliação da Escola e A Tradicional Avaliação do Ensino-aprendizagem.Para que a escola pudesse postular seu direito à autonomia, essa avaliação teria que refletir os valores comuns defendidos e assumidos pelos professores sob a coordenação do Supervisor Pedagógico.Dessa forma, surge um novo desafio para o Supervisor Pedagógico que é basear sua atuação com ênfase no Projeto Pedagógico da escola.Então o Supervisor Pedagógico deve atuar: Na coordenação dos encontros de trabalho (debates amplos e definições sobre a estrutura da escola), com indicação de leituras, proposição de temas e esclarecimento de determinados conceitos.A falta de conhecimento do que seja a construção e a vivência do projeto político pedagógico são fatores que intervêm na atuação do Supervisor Pedagógico.Supervisores e professores são parceiros e devem agir conjuntamente nas decisões correspondentes às necessidades especificadas identificadas no processo ensino e aprendizagem. Para maior conhecimento das ações dos professores com os alunos, do modo como o professor encaminha a interação dos alunos com o conhecimento, muitos Supervisores Pedagógicos acompanham diretamente as rotinas da sala de aula. A prática de assistir às aulas permite ao Supervisor Pedagógico o reconhecimento das mudanças que ocorrem no desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.

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Estar em sala de aula e observar seu cotidiano acaba por ser uma atividade fundamental na atuação do Supervisor Pedagógico. Assistir aulas provoca mudanças nas análises, reflexões e projeções que o professor e Supervisor Pedagógico farão conjuntamente. O exercício dessa prática aumenta a qualidade da relação entre ambos.Inicialmente, pode ocorrer insegurança, constrangimento, sentimento de ameaça por parte do professor que se sentirá avaliado em suas competências, porém esse não deve ser o objetivo dessa ação.O objetivo é o de contribuir nas reflexões acerca do processo de ensino-aprendizagem, pois muitas vezes existe um descompasso entre o que o professor pensa e o que o professor efetivamente realiza.Para o sucesso desse acompanhamento, é necessário:- Acordo prévio;-evitar fazer juízos;-olhar o professor de forma diferente (contribuindo);-não ter ação avaliativa com relação à postura do professor;-considerar o processo e a necessidade relativa aos conteúdos;-Lembrar que a autoridade é conquistada pela competência e não pelo autoritarismo;-estabelecer relação de parceria e cumplicidade.

Muitas vezes, é necessário desalojar práticas já instaladas propiciando a descoberta de novas possibilidades. O trabalho do Supervisor Pedagógico com os professores envolve a reflexão e, nesse caso, é preciso desconsiderar os padrões formais de referência.O Supervisor Pedagógico precisa ter sua mente aberta, sendo preciso conquistar “(...) uma ausência de preconceitos, de parcialidades e de qualquer hábito que limite a mente e impeça de considerar novos problemas e assumir novas ideias”. (GARCIA, 1992, p.62).A disposição do professor em desalojar hábitos de ensino e procurar a criatividade é algo que pode ser despertado pelo Supervisor Pedagógico.O que pode ser obstáculo ao sucesso da relação professor supervisor e vice-versa:-Nas escolas particulares, o Supervisor Pedagógico tem maior poder de avaliação, podendo interferir no destino profissional dos professores;-na escola publica, existe a marginalização da figura do professor e o Supervisor Pedagógico fica com receio de ser desafiado e se acomoda.Comodismo Autoritarismo são fatores que intervêm em suas ações.De uma forma geral, o Supervisor Pedagógico reclama a falta e tempo, estresse e ansiedade por não conseguir realizar tudo o que deseja.No seu dia a dia, ele acaba cumprindo inúmeras tarefas, como:Formar o professor a partir dos problemas que foram observados em sala de aula;-planejar reuniões e promover discussões grupais;Atualizar-se (legislações e políticas);-planejar atualizações para os professores;-atender o aluno;Exercer atividades burocráticas (fichas, relatórios, protocolos de observação das aulas e organização das reuniões);-programar reuniões com a equipe de gestão;-permitir o próprio aprimoramento profissional.Muitas vezes, o desejo de atuação do Supervisor Pedagógico não condiz com o que a escola pensa e, nesse caso, pode ocorrer uma guerra entre ele e o gestor. Essa contradição interna pode intervir na atuação do Supervisor Pedagógico e incentivar práticas isoladas, não contribuindo para uma cultura de intercâmbio.A falta de formação adequada para exercer o cargo de Supervisor Pedagógico também pode acarretar ausência de bons resultados.Estudos teóricos apontam:- A escola reflete o descaso de muitos desses profissionais, fruto de uma história de formação deficitária, da falta de autonomia e da falta de conhecimento de suas próprias necessidades de formação;-também muitas estruturas de ensino nem sempre legitimam o papel do Supervisor Pedagógico, garantindo-lhe espaço e status dentro da escola e isso tem influenciado na qualidade do trabalho educacional.A falta que um trabalho de formação faz ao Supervisor Pedagógico é um fator que interfere grandemente em sua prática. Cada vez mais, fica explicitada a necessidade de os profissionais se aprofundarem e estudarem mais para desenvolverem um trabalho consciente e responsável.Nesse caso, constata-se uma enorme necessidade de mobilização pessoal.“A qualidade irregular da supervisão e a falta de preparação formal, quer dos coordenadores universitários, quer dos coordenadores das escolas (...)” (ZEICHNER, 1992, p.119), têm contribuído para que não haja melhora na qualidade da formação dos profissionais que atuam na escola.Na verdade, a legitimação do papel do Supervisor Pedagógico passa por processo de profissionalização com prevalência de uma postura de investigação e descoberta.É necessário sair da atitude conformista diante das insatisfações e tentar revertê-la, não se deixar levar pelo descrédito e pelo desânimo em relação à estrutura escolar.Para atuar em função de uma formação mais ampla dos alunos, é necessário um Supervisor Pedagógico consciente das mudanças de seu papel. Da importância de sua atualização e do desenvolvimento de um trabalho de parceria com o professor, com a escola e com a sociedade.O Supervisor Pedagógico é responsável pela pedagogia que está sendo desenvolvida na escola. Portanto, a falta de formação adequada desse profissional, a falta de respaldo pro parte das instituições e a desmotivação são responsáveis pela falta de reflexão, fundamentais aos educadores.Por outro lado cabe aos Supervisores Pedagógicos reavaliarem sua função, descobrindo-se como profissionais que têm compromisso político com a instituição e com a sociedade e que, diante da importância do seu papel, não podem se acomodar diante das dificuldades impostas pelo sistema.Essa tomada de consciência só será possível se em sua formação, inicial e continuada, ele puder desenvolver a consciência de sua função, para que, tendo a clareza dela, valorize-a e saiba quando e como intervir para auxiliar a mudança do processo educacional.Resumindo:O Supervisor/Orientador Pedagógico é um provocador de reflexões centradas “na ação, sobre a ação e sobre a reflexão na ação” (SHON, 1992).Para discutir com o professor sobre suas ações com os alunos, a relação ensino-aprendizagem e também o encaminhamento que os professores fazem na relação aluno com o conhecimento, necessita ter uma participação direta no processo.Assistir às aulas permite identificar lacunas no processo ensino-aprendizagem e também o reconhecimento das mudanças ocorridas com os professores e com os alunos.Interferências:-A organização da instituição –fazeres burocráticos;- a organização do Supervisor/Orientador Pedagógico – tempo e desejo;- a questão da hierarquia – autoritarismo.Objetivo da presença do Supervisor/Orientador Pedagógico em sala:-Contribuir para as reflexões que serão feitas com os professores;-discutir objetivamente sobre o que foi feito;-aprofundar os estudos relacionando com a prática;-intervir de maneira eficiente para que o aluno aprenda.Dessa forma, é possível:-Rever com os professores seus procedimentos;-analisar se as respostas dadas aos alunos são as melhores.Para isso, o Supervisor Pedagógico:-Tem que desalojar práticas instaladas;-deve propiciar que o professor fale de suas percepções;-orienta para a busca de criatividade.Essa prática deve ocorrer pela parceria e não pela imposição.A falta que um trabalho de formação faz para o Supervisor/Orientador Pedagógico também é fator que interfere em sua prática, ou seja, também o Supervisor/Orientador Pedagógico necessita participar de projetos de formação continuada para sua própria formação.SÍNTESE DA AULA

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Nessa aula você: Nesta aula, você observou as diferentes posições do Supervisor Pedagógico no contexto escolar, de acordo com a evolução do currículo; percebeu a necessidade do Supervisor Pedagógico ter uma atuação diferenciada, no sentido de desalojar práticas já instaladas; refletiu sobre a possibilidade de participação direta do Supervisor Pedagógico no processo de acompanhamento das aulas no cotidiano escolar.

REGISTRO DE FREQUENCIA

1.Nas opções abaixo marque a única afirmativa que corresponde à função do Supervisor Pedagógico na década de 60:

1) Elemento de mudança.

2) Elaborador de políticas.

3) Guardião do currículo.

4) Orientador das estratégias para as provas.

5) Mediador entre as necessidades da escola e o professor.

2.Na década de 90 surge um novo cenário e também novas perspectivas para o trabalho do Supervisor Pedagógico, dessa forma podemos afirmar que este novo cenário trouxe:

1) Aprofundamento sobre o estudo da atuação do Supervisor Pedagógico.

2) A regulamentação da profissão do Supervisor Pedagógico.

3) Estudo envolvendo o Supervisor Pedagógico e o

currículo.

4) Relativa autonomia da escola na elaboração do seu próprio currículo, sendo esse um espaço redentor para o

Supervisor Pedagógico.

5) Emerge uma política de avaliação onde o Supervisor Pedagógico tem grande ascensão e reconhecimento.

3.Marque a resposta certa identificando a proposta que propicia maior conhecimento das ações do professor em sala de aula através do acompanhamento do Supervisor pedagógico:

1) Da prática de assistir aulas.

2) Do relacionamento do Supervisor Pedagógico com os alunos.

3) Das decisões da escola.

4) Da supervisão do currículo.

5) Da implantação de políticas.

4.Identifique ações que podem interferir na atuação do Supervisor Pedagógico de forma negativa, constituindo-se como barreiras na relação com o professor:

1) A observação do cumprimento das tarefas. 2) O desalojamento de práticas. 3) Descuido no planejamento.

4) Comodismo e autoritarismo. 5) Excesso de segurança. Resposta: 1-3, 2-4, 3-1, 4-4.

Aula 7 SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA E O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOS PROFESSORESDisciplina: Supervisão e Orientação PedagógicaAo longo do tempo, o conceito de Supervisão Pedagógica tem sofrido mudanças e, da mesma forma, a ação do Supervisor Pedagógico tem mudado seus objetivos.Tomando como base a ideia de que a educação hoje é vista como um processo que leva à realização individual e social do educando, seu objetivo se centra no desenvolvimento da pessoa humana e sua integridade, ampliando sua capacidade de mudar o meio em que vive para a satisfação de suas necessidades.O principal papel da educação está na velocidade com que as transformações sociais e tecnológicas se produzem e no sistema educativo, no qual os ritmos são muito lentos. Dessa forma, pouco tem mudado a organização da escola e também o trabalho dos professores.Porém, o que se espera do professor é muito mais que a transmissão de conhecimentos aos alunos, sendo que até bem pouco tempo atrás, era isso o que bastava.Nessa perspectiva, observamos o sistema educativo reproduzindo vícios, também os conteúdos se tornaram ultrapassados, não havendo acompanhamento do ritmo das mudanças. Embora haja exigência da elevação do nível de crítica e de abstração dos educandos, sabemos que tudo isso está condicionado ao profissionalismo dos docentes.Essa forma de conceber a educação e, consequentemente, a escola sendo o lugar onde esse processo intencional se desenvolve, é que tem determinado o sentido que deve permear a Supervisão Pedagógica.Então, temos que a figura do Supervisor Pedagógico desponta como elemento de intermediação nessa proposta de mudança.Lamentavelmente, algumas vezes essa mudança se materializa apenas em novas propostas curriculares divulgadas pelos órgãos oficiais.Entretanto, temos visto a prevalência do desejo de mudança no trabalho da supervisão, tornando-se força aglutinadora e impulsionando o grupo de professores, contribuindo para a interpretação e reinterpretação da realidade escolar e suas necessidades.Assim, o Supervisor Pedagógico se tornou o responsável pelo acompanhamento da prática do professor, devendo oferecer orientação e assistência nas dificuldades enfrentadas no cotidiano escolar, mantendo sempre um relacionamento próximo, um ambiente de colaboração e respeito mútuo.Essa orientação e assistência só produzirão o efeito desejado quando voltada para o desenvolvimento profissional do professor, assim como a construção da sua autonomia.Na última década, institucionalizou-se a formação dos professores de diversas formas (cursos, seminários, oficinas, jornadas), mas reiterados estudos constatam sua baixa incidência, ou mesmo, ausência de impacto nos resultados escolares.Essa realidade nos leva a analisar as causas, a buscar novos enfoques na formação, uma vez que o impulso voluntário, o individualismo e a falta de planificação estão provocando esse fracasso formativo.Na última década institucionalizou-se a formação dos professores de diversas formas (cursos, seminários, oficinas, jornadas), mas reiterados estudos constatam sua baixa incidência, ou mesmo, ausência de impacto nos resultados escolares.Essa realidade nos leva a analisar as causas, a buscar novos enfoques na formação, uma vez que o impulso voluntário, o individualismo e a falta de planificação estão provocando esse fracasso formativo.Em processos de formação continuada, três elementos são fundamentais:1 – A necessidade de analisar as carências formativas dos professores;2 – A necessidade de elaborar um plano geral de formação permanente;3 – A necessidade de liderar, acompanhar e continuar a formação.Na maioria dos casos, os planos de formação acabam somando carências e urgências técnicas, buscando receitas, não dedicando o tempo necessário e não escolhendo formadores competentes.

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A mudança exige a assimilação de um corpo teórico coerente, que propicie a consistência de diversas teorias e estratégias que possam lhe dar projeção.De uma maneira geral, os docentes não integram as técnicas e estratégias propostas nesses programas à sua atividade docente, sendo que percebe-se a necessidade de educar a vontade, a efetividade.Uma comissão formada pela União Europeia formulou uma série de questões visando elaborar um novo programa de aprendizagens permanentes (Educação e Formação 2010), Tebar (2003) também formulou algumas contribuições, dentre elas selecionamos:Como organizar a escola para que ela contribua para transmitir a todos os alunos a totalidade de competências-chave?- Renovação da educação;- avanço para um paradigma cognitivo-social;- ensinar a pensar para aprender a aprender;- necessidade de formação continuada;- diversidade de recursos;- continuidade e cristalização dos processos de aprendizagem;- aplicação das aprendizagens na vida;- escola com maior autonomia organizativa e de recursos;- dedicação plena dos professores;- investigação sobre a própria prática educativa.- Despertar o desejo de saber;- desenvolver atitudes e clima positivo;- conhecimento de métodos e estratégias para o desenvolvimento de habilidades mentais;- autonomia a partir da assimilação de métodos e técnicas de estudo e de aprendizagem;- formação de habilidades básicas e competências de alto nível de abstração e complexidade;- trabalho com tecnologia de informação e comunicação.- Valorização do envolvimento da família;- educação preventiva que ilumine o fracasso escolar;- plano de desenvolvimento dos talentos de cada um;- escola como lugar de pesquisa;- antecipação dos problemas;- abertura às influências positivas.- Busca de outros profissionais contribuindo com novas soluções;- combate ao fracasso e abandono;- flexibilidade da organização;- administrações e supervisões competentes;- famílias acompanhando na formação de hábitos e atitudes;- incentivo à participação permanente dos pais.- Formação permanente;- dedicação e estabilidade docente;- escolas com projeto educativo compartilhado;- centros universitários influenciando nas escolas.

Como vimos, a escola passa a ser sistematizadora do conhecimento adquirido fora, devendo garantir a produção de conhecimento mais elaborado, aproveitando todas as experiências adquiridas.É importante criar ambientes de aprendizagens instigadores que corroborem no processo de elaboração e reelaboração das experiências propiciando o desenvolvimento das capacidades mentais do aluno.Essa mudança pretendida somente acontecerá se houver condições facilitadoras, com uma liderança efetiva, capaz de liberar a energia latente e congregar esforços individuais, articulando-os em torno de uma proposta comum.O Supervisor Pedagógico, por conta de sua posição estratégica, pode ser o elemento adequado para realização desse trabalho, comprometendo-se com a mudança da e na escola.

A proposta atual está na formação dos professores no próprio contexto escolar, em situação de trabalho, pois assim esse processo ganhará sentido. Essa mudança concebida no próprio local de trabalho poderá expressar de forma mais fidedigna as necessidades e intenções de todos que militam na escola e, consequentemente, promover maior comprometimento, produzindo mudanças mais efetivas.Esse trabalho envolve uma supervisão que vai além dos aspectos meramente técnicos, implica em uma ação planejada e organizada a partir de objetivos claros, assumidos por todos para o fortalecimento do grupo. Dessa forma, a Supervisão Pedagógica deixa de ser um recurso meramente técnico, para se tornar político, preocupado com os sentidos e os efeitos das ações. Porém, esse sentido só se efetiva se atingir a administração da escola e, assim, alterar o ambiente escolar.Portanto, compete ao Supervisor Pedagógico o desenvolvimento de um clima de camaradagem e cooperação, respeito pelo trabalho de cada um e a valorização das experiências desenvolvidas na sala de aula.Nesse caso, é fundamental a conjugação do trabalho da Supervisão Pedagógica com a administração da escola, pois os propósitos de ambas se constituem na melhoria da aprendizagem e desempenho dos alunos. Nesse caso, é necessário considerar o estágio de desenvolvimento dos professores e da equipe escolar em termos de conhecimento e compreensão das suas bases teórico-práticas.E preciso preparar os professores para compreensão e análise do próprio trabalho, da sua prática à luz dos resultados, sejam quantitativos ou qualitativos, daí a importância da formação acontecer no próprio local de trabalho.Hoje se considera a prática docente como uma fonte de conhecimentos que, bem trabalhada e refletida, pode contribuir no próprio processo de formação continuada dos professores.O ação do Supervisor Pedagógico se constitui na melhor solução para esse trabalho, existindo, pois, condições imprescindíveis na sua atuação que leve ao  sucesso:- Manter um clima de abertura, cordialidade, encorajamento e fortalecimento do sentimento de grupo;- Conhecer a legislação, seus limites e brechas, otimizando seu uso em proveito da escola;- Estimular o desenvolvimento das experiências e seu compartilhamento com o grupo;- Atentar para as dificuldades apresentadas pelos professores;- Subsidiar os docentes com informações e conhecimentos atuais, sobre temas complexos;- Atuar junto à administração no sentido de viabilizar os encontros.Dessa forma, fica definido o verdadeiro sentido da Supervisão Pedagógica no contexto escolar, despida do autoritarismo de outros tempos e assumindo seu verdadeiro papel de estimuladora e organizadora de um projeto de mudança, envolvendo de forma responsável toda a comunidade escolar.SÍNTESE DA AULANessa aula você:

Identificou a função principal do Supervisor Pedagógico, que é atuar na formação continuada de professores. Percebeu a escola como o lócus de formação continuada do professor e refletiu sobre a possível melhoria dos resultados da aprendizagem a partir do trabalho conjunto entre Supervisor Pedagógico e professores, com foco na formação continuada.

REGISTRO DE FREQUENCIA1.Em meio às inúmeras mudanças que vêm ocorrendo em nossa sociedade, o Supervisor Pedagógico desponta como elemento de intermediação na busca de maior adequação das atividades escolares, neste caso a figura do Supervisor Pedagógico tem a função de:

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1) Conciliador dos professores.

2) Formador dos professores.

3) Dosador de atividades.

4) Guardador das rotinas da escola.

5) Competidor na proposição dos meios de ação.

2.Em um processo de formação na escola, precisamos ter alguns cuidados para não esvaziarmos de sentido, as ações propostas. Nesse caso é importante buscar:

1) As propostas de formação dos órgãos superiores.

2) Revestir a Supervisão Pedagógica de um cunho mais autoritário para garantir que o processo se desenvolva.

3) Conhecer as expectativas e necessidades dos alunos para definir prioridades de formação.

4) Desfazer o equívoco onde o Supervisor Pedagógico aparece como formador.

5) Superar os processos em relação à teoria e prática.

3.O objetivo último do trabalho do Supervisor Pedagógico na formação continuada de professores é:

1) Desfazer mal-entendido entre professores e pais.

2) Garantir o cumprimento dos dias letivos.

3) Desenvolver a resiliência do aluno frente às ações docentes.

4) Desenvolver o professor e sua autonomia.

5) Construir caminhos para a conformação do professor aos processos de gestão.

4.O comprometimento do Supervisor Pedagógico com seu trabalho pode ser percebido a partir de sua relação com o processo de formação dos professores. Para que esse processo tenha melhor resultado é necessário que seja desenvolvido:

1) No âmbito das secretarias de educação.

2) No próprio local de trabalho do professor.

3) Em ambientes diferenciados.

4) Levando em conta os fatores que envolvem as políticas.

5) Em lugares fora da escola que favoreçam a imersão do professor.

Resposta: 1-2, 2-3, 3-4, 4-2.

Aula 8 O SUPERVISOR PEDAGÓGICO E A CONSTITUIÇÃO DOS GRUPOS DE PROFESSORES NA ESCOLA Disciplina: Sup. e Or. PedagógicaAgora já sabemos que a principal função do Supervisor Pedagógico é formar os professores dentro da instituição em que atuam e a formação continuada é a condição para o exercício de uma educação consciente, que trabalhe as necessidades atuais dos alunos.Os professores dentro da escola formam um grupo e, mesmo considerando suas individualidades, o grupo como um todo interfere nas atividades de cada um, que acabam sendo norteadas pelas relações estabelecidas nesse espaço de interação.Nesse caso, existe a necessidade de intervenção do Supervisor Pedagógico para que seja desenvolvido um trabalho que possibilite a superação da fragmentação consolidando um trabalho coletivo.O trabalho coletivo na escola: Em primeiro lugar, consideramos de vital importância a ação conjunta de toda a equipe de gestão da escola. Esse trabalho em parceria torna a equipe mais capaz de articular o grupo de professores, mobilizando-os e comprometendo-os com a melhoria do trabalho pedagógico.Assim, a prática educativa da escola passa a ter novos significados, envolvendo também a prática pedagógica dos professores em um processo de formação contínua.A intencionalidade do professor precisa ser engendrada junto à intencionalidade dos outros educadores, tornando possível a efetividade do projeto pedagógico da escola.Segundo Freire (1970), a dialogicidade é a essência para a transformação da educação rumo à sua autonomia.Para Souza (2001), não basta uma somatória de pessoas para existir um grupo, desta forma se torna necessário pensar em como possibilitar a construção do grupo para o desenvolvimento de um trabalho coletivo rumo à superação da fragmentação.Então, o primeiro passo nessa direção é reunir os professores e essa tarefa não é fácil, pois a conciliação de horários, muitas vezes, acaba sendo a primeira grande barreira.Após um acordo em que cada um, a um tempo, pode flexibilizar seus horários, os encontros devem ser marcados, podendo ser semanais ou quinzenais, porém, permanentes.O Supervisor Pedagógico deve ter enorme cuidado na organização de suas tarefas cotidianas para estar totalmente disponível no horário marcado. É muito importante não atrasar ou interromper as reuniões por eventuais ocorrências.Os professores precisam perceber a valorização e o envolvimento do Supervisor Pedagógico com o grupo, o que acabará servindo de exemplo para o próprio envolvimento dos professores.E agora, o que fazer?O Supervisor Pedagógico precisa ter um planejamento para essa formação contínua e este deve contemplar as necessidades do grupo de professores.Neste especial, o trabalho do Supervisor Pedagógico é muito parecido com o trabalho do professor que, antes, precisa conhecer o que seus alunos já sabem e o que ainda precisam saber.Então, a essa altura, o Supervisor Pedagógico já deve ter observado as maiores necessidades dos professores na relação com:Alunos, visão de educação, ensino, concepção de aprendizagem, concepção de avaliação, etc.Devido às lacunas deixadas na formação inicial dos professores, é comum percebermos que os professores conhecem pouco sobre:• o processo de aprendizagem dos alunos;• a avaliação;• como lidar com a indisciplina dos alunos;• estratégias de ensino etc.

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Dessa forma surge a questão: por onde começar?O início desse trabalho pode ser pelo que mais incomoda os professores ou o que está dificultando a aprendizagem dos alunos ou o que está emperrando o avanço da proposta de ensino da escola. Porém é preciso ter cuidado para não deixar o grupo se sentir impotente ou mesmo paralisar.Também é importante perceber se um tema mais polêmico não vai desmobilizar o grupo, comprometendo o processo de reflexão e discussão. Enfim, todas essas questões devem ser analisadas pelo Supervisor Pedagógico na construção do seu planejamento, é ele quem deve avaliar a situação e escolher o caminho. Por isso, é muito importante que ele conheça o professor.Agora a escolha foi feita, é hora de começar: o tema já foi escolhido, mas é necessário planejar uma tarefa a ser desenvolvida pelo grupo, pois a busca de objetivos comuns fortalece. É o momento de estabelecer o “como”, ou seja, a forma que irá favorecer o desenvolvimento dos objetivos propostos para esse trabalho.O Supervisor Pedagógico deve ter muito cuidado ao abordar com os professores questões relativas às suas atividades docentes, pois não se deve levantar erros antes da construção de vínculos. Com os vínculos estabelecidos, é mais possível lidar com as críticas, com os não saberes e confrontar falhas.Pode-se iniciar com o estudo teórico do tema escolhido. É preciso lembrar que os textos precisam estar adequados ao grupo. Mais uma vez, nesse caso, o Supervisor Pedagógico deve saber mais sobre o tema que os professores e, dessa forma, é preciso muito estudo. Também os professores devem fazer a leitura do texto escolhido antes da reunião.Perguntas que podem ser feitas: • O que entenderam da leitura realizada? • O que acharam mais importante? • O que não entenderam? • Que relações fizeram com a prática?Logo no início, é comum o silêncio como resposta. Muitas vezes, o medo da exposição prevalece.Nesse caso, as pessoas precisam estar seguras para expressarem seus entendimentos sobre determinado assunto.O medo vai sendo superado com a construção de vínculos e com a própria compreensão do texto. Daí a necessidade do Supervisor Pedagógico estudar o texto e fazer levantamento dos pontos principais.Quando acontecer o silêncio ou a simplificação excessiva dos conceitos, o Supervisor Pedagógico deverá levar o grupo de volta ao texto e ir, aos poucos, explicitando as ideias, fazendo perguntas e estabelecendo relações com a prática. Se os professores não levantarem questões sobre o texto, o Supervisor Pedagógico deverá fazê-lo.O Supervisor Pedagógico deverá organizar uma pauta considerando o tempo que será dedicado ao encontro e distribuindo atividades. A pauta deve ser lida no início da reunião, pois isso organiza e prepara o grupo para as atividades que serão desenvolvidas, facilitando o trabalho.Ao final de cada encontro, é necessário fazer a avaliação da reunião, pois essa avaliação ajuda a conhecer o grupo, facilitando a expressão de cada um e possibilitando o avanço na escrita dos professores.Feito dessa forma, cada reunião pode iniciar pela leitura da síntese do encontro anterior, podendo ser lida por um ou dois elementos, ou mesmo por todos do grupo. Esse momento constitui-se, também, em espaço de reflexão, pois retoma as questões discutidas anteriormente.Nesse caso, pode-se usar algumas das seguintes perguntas:• O que aprendi hoje?• O que constatei que já sei e no que preciso aprofundar?• Os pontos levantados facilitaram a compreensão do conteúdo do texto?• Houve avanço do grupo em relação às questões propostas?O Supervisor Pedagógico deve estar preparado para fazer intervenções constantes, buscando sempre estabelecer vínculos. Também é preciso garantir que todos falem, assim como, caso haja ataque a algum elemento do grupo, é necessário intervir em sua defesa.Freire (1993) constata três movimentos na construção dos grupos, esses movimentos não são isolados, se constituem um processo.

1. No primeiro movimento, o grupo é um “amontoado indiferenciado”, ou seja, pessoas juntas em um mesmo espaço com a mesma finalidade. Nesse caso, a busca é pela semelhança e todos acreditam que o Supervisor Pedagógico vai suprir todas as suas necessidades.

2. No segundo movimento, as pessoas começam a perceber as diferenças, também a divergir e quererem expressar essa divergência. Nesse caso, as pessoas começam a assumir uma identidade própria e o Supervisor Pedagógico é visto como alguém que pode ajudar o grupo, mas não resolver todos os problemas.

3. Já no terceiro movimento, as divergências são exercitadas e as pessoas já não temem discordar ou emitir seus pontos de vista. O grupo já se enxerga e aceita o outro com suas diferenças. Nesse momento o exercício da crítica passa a ser constante. Já se aceita o outro e percebe-se sua individualidade. Sem contar que já há intimidade suficiente para fazer críticas. Essa crítica também alcança o Supervisor Pedagógico, pois o grupo tende a recriar o “modelo de educador”.

Ainda segundo Freire (1993), existem cinco papéis que também podemos encontrar em um grupo:• Silencioso – cristaliza os silêncios do grupo, mantendo escondido o que acredita que não pode ser dito.• Líder de mudança – enfrenta as dificuldades, os conflitos que surgem e aponta as soluções favorecendo o crescimento.• Líder de resistência – impede o grupo de avançar, sempre retoma questões já resolvidas como uma nova problemática.• Porta-voz – capta os mal-estares do grupo explicitando-os, possibilita que os conflitos sejam trabalhados.• Bode expiatório – funciona como depósito das questões que o grupo não pode ou não quer enfrentar, costumeiramente se torna o depósito de tudo que é ruim no grupo.Tanto os movimentos quanto os papéis existentes no grupo precisam ser identificados e trabalhados pelo Supervisor Pedagógico. Os papéis exercidos pelos elementos precisam ser alternados de forma a não se cristalizar em uma única pessoa.Lidar com grupos implica em lidar com as diferenças, o que equivale a enfrentar conflitos e também buscar caminhos para superação dos mesmos. Um espaço de desenvolvimento e aprendizagem efetivos só existe de fato quando se  contempla as diferenças. Afinal, já sabemos que é o pensamento divergente que propicia avanços no conhecimento.Se quisermos que os professores considerem a heterogeneidade de seus alunos, é preciso que o Supervisor Pedagógico desenvolva um trabalho com o grupo de professores que considere suas diferenças.Freire (1993) nos lembra que fomos educados segundo uma concepção autoritária de educação, por isso, estamos acostumados a lidar com os grupos como se fosse “massa homogênea”. Daí a necessidade de construção de um projeto democrático de constituição dos grupos, envolvendo todos os participantes da escola.Modificar essa estrutura demanda grande investimento do Supervisor Pedagógico que, a partir de sua intervenção, promove o aparecimento das diferenças, para serem trabalhadas, porém, reforçando a individualidade de cada um. Isso significa trabalhar pela igualdade de participação:• Controlando os mais falantes;• dando voz aos silenciosos;• valorizando a crítica construtiva.É necessário lembrar que as pessoas que atuam na escola são as que podem protagonizar as mudanças e o Supervisor Pedagógico deve estar consciente de que seu papel é fundamental, especialmente investido na formação do grupo.

SÍNTESE DA AULANessa aula você:

Identificou os desafios que estão postos ao Supervisor Pedagógico quando sua busca é o trabalho coletivo; reconheceu o Supervisor Pedagógico como elemento de fundamental importância na constituição dos grupos de trabalho na formação continuada; observou o passo a passo e os cuidados necessários à constituição dos grupos de trabalho na escola.

REGISTRO DE PARTICIPAÇÃO1.A constituição do grupo na escola é condição necessária para o desenvolvimento de um trabalho coletivo que supere a fragmentação. Assinale a opção que apresenta as ações que devem ser, cuidadosamente, implementadas pelo Supervisor Pedagógico:

1) Reunir os professores conciliando horários, marcando os encontros, no máximo, quinzenais e permanentes.

2) Solicitar autorização da direção e planejar para que o encontro seja rápido.

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3) Informar à secretaria de educação e solicitar acompanhamento.

4) Organizar os primeiros encontros com temas amenos, gastando maior tempo com as relações interpessoais.

5) Tornar o ambiente do encontro propício.

2.Quando o grupo já foi constituído, qual o próximo passo que o Supervisor Pedagógico deve dar?

1) Aguardar a proposta do grupo e marcar a reunião.

2) Planejar a formação contínua se pautando pelas necessidades do grupo.

3) Fazer um termo de compromisso e cobrar assinatura dos professores.

4) Solicitar o empenho de todos e definir o tema.

5) Definir as rotinas sem abrir mão de fazer a leitura dos textos no primeiro momento da reunião.

3.A escolha dos temas para os encontros de formação é de responsabilidade do Supervisor Pedagógico, que deve ficar atento para não paralisar o grupo, buscando tratar o que é preponderante para os professores. Para que essas escolhas não comprometam o processo de reflexão do grupo é necessário que o

Supervisor Pedagógico:

1) Trabalhe com temas que os professores dominem.

2) Trabalhe com temas mais polêmicos.

3) Conheça cada professor para ajustar as escolhas.

4) Inicie o processo sem discussão.

5) Observe a baixa estima do grupo.

4.Quando o grupo de professores se reúne para discutir a própria prática, é comum a expressão de pontos de vista diferentes. Diante dessa realidade qual deve ser o papel do Supervisor Pedagógico?

1) Calar os desajustados.

2) Propiciar que todos lavem a “roupa suja”.

3) Deixar o grupo buscar equilíbrio.

4) Garantir a igualdade de participação, controlando os mais falantes e dando voz aos silenciosos, viabilizando a crítica construtiva.

5) Mudar de assunto quando houver polêmica.

Resposta: 1-1, 2-2, 3-3, 4-4.

Aula 9 APRENDER A ESTUDAR EM GRUPO Disciplina: Supervisão e Orientação Pedagógica Vídeo: The Potter (lindo! Acesso no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=PLPk5va1ygg)Objetivo desta AulaAo final desta aula, o aluno será capaz de:1. Reconhecer a importância do grupo como meio de estudar de forma sistematizada; 2. identificar os instrumentos e os procedimentos necessários à formação de grupo; 3. observar sugestões e provocações para valorização da coesão do grupo A formação dos grupos de estudos na escola deve partir da premissa de que estudar de forma sistematizada se relaciona de forma coerente com a ideia de que professores e supervisores são formadores e formandos que negociam responsabilidades, compartilham necessidades, interesses e também contribuições teóricas.A formação Há um sentido de parceria e cumplicidade nessa troca, na qual a construção e a transformação do conhecimento, ao mesmo tempo, constrói e transforma os sujeitos dessa relação.O projeto da escola precisa ser um espelho que reflete cada um de seus participantes, suas características específicas e também a forma com que contribuem para o trabalho pedagógico, nesse caso, a escola também se reflete nessas ações e é nessa relação entre o individual e o coletivo que o trabalho do Supervisor Pedagógico acontece, porém, devendo sempre atuar mais preventivamente.Dessa forma, as ações do Supervisor Pedagógico devem se pautar, exclusivamente, em aspectos informativos, ligados ao projeto que envolve todo o coletivo da escola, sendo o Supervisor Pedagógico o mediador dessa relação.Placco e Souza (2008) sugerem algumas dimensões a serem trabalhadas pelo Supervisor Pedagógico nas reuniões de formação contínua:• Competências pessoais – autoconhecimento, valores, capacidade de tomar decisões e de resolver problemas, definição de metas, etc.• Competências sociais – crença em seus valores e metas, firmeza, resistência à pressão dos grupos de pares.• Conhecimentos – conteúdo da matéria a ser ensinada, aspectos do desenvolvimento da aprendizagem, das questões que envolvem valores, ética, cidadania.Para os autores, o trabalho formador na escola, para atingir o âmbito pessoal do professor, deve promover mudanças em suas atitudes, em seus valores, em sua visão de mundo, de homem, de teoria, enfim, desenvolvê-lo em todos os aspectos.Essa formação deve produzir marcas constituídas de sentidos e significados valiosos para sua docência.A grande ousadia do trabalho do Supervisor Pedagógico na formação continuada é a transformação da consciência do professor, cujo fruto seja a construção de uma prática pedagógica mais consistente, enriquecida, criativa e verdadeira, sendo o Supervisor Pedagógico alguém que não dita o que deve ser feito e sim alguém que transforma essas reuniões em espaço de dúvidas, cuidando das contradições, provocando estranhamentos, espelhando fazeres e falas e, assim, provocando a reflexão.A organização dos grupos de estudo não é o único canal para investir na formação, mas é um meio para estudar de forma sistematizada. Terzi (2008) coloca algumas provocações que podem ser utilizadas como motivação inicial na formação dos grupos de trabalho:Você não gostaria de participar de um grupo de estudos?  Você conhece algum grupo de estudo em que possa participar?Ou ainda:• Estou muito parado, sinto falta de atualização.

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• Preciso aprender mais...• Não posso ficar estagnado.• Gosto de ler e estudar.• Preciso rever minhas experiências de sala de aula.Essas provocações podem ser feitas através de cartazes colocados na sala dos professores.De maneira geral, a maioria dos professores clama por atualização.Interrogam-se, querem aprender e investigar seu próprio ato de aprender e estudar em grupo, o que significa aproximar-se de outras vozes, de outros textos, de outros intérpretes, fazendo um ir e vir de questões, reelaborações e sínteses.Porém, esse trabalho é exigente, requer leitura e escrita, enfrentamento, sistematização e persistência investigativa. Isso significa ir além do óbvio.Segundo Terzi (2008, p. 108), quando a ideia do estudo em grupo já está presente na fala dos professores, outras provocações podem ser feitas:• Não consigo pôr minha prática em teoria.• Como tomar distância da própria prática, olhar o entorno e se ver naquela aprendizagem?• Estou buscando “frestas” no meu trabalho. Como faço para torna-las concretas?• Será que sei ver como as crianças aprendem? O que se deseja que as crianças aprendam?• Quero resgatar minhas dificuldades e buscar novas convicções.• Tenho medo da escrita. Permitir-me com menos pressões e angústias. Não sei trabalhar com outras linguagens.• Sinto-me só, não tenho interlocutores.Essas questões são perturbadoras, portanto, não basta trazê-las para o espaço do grupo de estudos, é preciso que seja identificado o papel de cada um na busca de soluções, sendo necessário reconduzir aos lugares de atuação essas provocações e posicionamentos.Bom, agora já temos um grupo de estudos formado com os combinados e desejos de aprendizagens de cada um, misturados à ansiedade da primeira aproximação.Nos primeiros passos do grupo, sugerimos a tarefa de escrever sobre as próprias memórias, relembrando a decisão de cada um em se tornar professor ou outra função que esteja presente no grupo.A autobiografia é a escrita reflexiva de nós mesmos, onde identificamos as opções passadas, compondo os projetos do amanhã. Ao relembrar nossas passagens como educadores, transportamos emoções, ternuras, inquietações, perplexidades que revelam as pessoas que são comuns no grupo, propiciando a descoberta de afinidades.A revisão dos tempos de escola ajuda a tecer os primeiros significados, especialmente os de ensinar, aprender e estudar. Esses relatos, escritos ou contados, trazem pistas reflexivas do que nos motiva ou paralisa.RegistroApós um período de encontros, é possível construir um acervo documentário com os encaminhamentos, identificações práticas ou teorias, perguntas, discussões e interpretações realizadas nos encontros.Então, é necessário construir uma documentação sistematizando o vivido pelo grupo.Essa documentação deve reunir um conjunto de informações, vivências, interpretações de leituras, percepções que propiciaram o nascimento de análises, revisões de perguntas, manifestações de subjetividades e também o sentimento de pertença.Dessa forma, podemos ter como registro das atividades desenvolvidas no grupo referência para a construção documental:• Anotações• Revisão da escrita• Debate de leituras• Seleção de ideias centrais• Sínteses• Relato de experiências• Reorganização de pauta• Fotografias• Discussão de filmes e imagens do cotidiano, etc.A documentação dá visibilidade e transparência à história construída pelo grupo, retratando as buscas pedagógicas, cognitivas, culturais e afetivas. Também direciona o grupo ao caminho da pesquisa – ação (Segundo Kurt Levin, esse tipo de pesquisa se traduz pelo envolvimento do pesquisador com os sujeitos estudados, sendo os usuários potenciais das informações. (SOMMER E AMIC – s.d. -hartmut@unb/.br -Alimentando o ato de pensar e o desdobramento de novos projetos).É importante que formadores e formandos relatem e pensem a variedade dos percursos da aprendizagem realizada no grupo e a diversidade de resultados alcançados.A) Organizando o tempo e o espaço:• Periodicidade dos encontros – quinzenal ou mensal.• Calendários – discutidos em grupos – semestral.• Duração – pode ser de duas ou quatro horas.• A sala do encontro – lugar especialmente organizado para a chegada e vivência do grupo.

Sugestão de organização de espaços:• Dinâmica do tapete (alimento estético) - um tapete com recortes, poesias, crônicas, reproduções de obras de arte, romances, fotos (inclusive do grupo), trechos de filmes - a responsabilidade de complementação dos elementos do tapete é do grupo.• Partilha de alimentos (sabores e afetos) – encontro marcado por sabores, os momentos de lanche também são importantes, podendo ser feito um rodízio da responsabilidade de organizar o lanche.B) Organização do grupo• Critérios de participação – organizar perfil para os participantes • Compromissos e responsabilidades – apresentação de um conjunto de orientações e combinados, ressaltando a responsabilidade de cada um no desenvolvimento das atividades e nos resultados do grupo de estudos.C) Funções do Supervisor Pedagógico• Liderança mediadora e articuladora.• Atenção às necessidades, intenções e interesses do grupo, intervindo, fazendo devolutivas e contribuindo para a flexibilidade dos encaminhamentos.• Trazer os questionamentos e organizar o estudo dos temas acordados, acolhendo sugestões.• Elaborar devolutivas em forma de texto (relembrados).• Instiga à utilização de diversas linguagens.Sugestões de encaminhamentos:• Estruturação da pauta – a partir de referenciais da prática, fazer a previsão das questões que serão abordadas. Por ser flexível, permite inclusões e redimensionamentos.• Colheita da contribuições – através de exercício de criação, leituras compartilhadas, materiais utilizados no tapete.• Construção de registro – todos fazem anotações no decorrer da reunião e um elemento do grupo fica responsável pela síntese.• Estudo – discussão, problematização a partir de referenciais de leituras, comentários localizadores e identificação de outros pontos a serem contemplados nos próximos encontros. • Tarefa – definição e descrição da tarefa do encontro onde todos devem trazer contribuições. Pode-se fazer rodízio da responsabilidade de trazer contribuições.• Fechamento – avaliação e autoavaliação, após o momento de avaliação, pode-se fazer cartografia das palavras e expressões mais usadas durante o trabalho, assim como conceitos e temas que apareceram com maior incidência.• Relembrando - entre um encontro e outro o Supervisor Pedagógico pode elaborar texto de reflexão aprofundando os aspectos destacados na última reunião. Também pode indicar outras referências bibliográficas - isso pode ser enviado pore-mail.• Replanejamento – observação dos movimentos do grupo, discussões para as próximas leituras, sendo retomada ou com novos encaminhamentos.• Síntese das sínteses - ao final de um período fazer uma síntese para observação e reflexão do grupo - reescrita. Pode ser feita individualmente, em dupla ou em grupo. A partir dessa ação pode-se definir os eixos centrais a serem contemplados no próximo período.

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SÍNTESE DA AULANessa aula você:

Reconheceu a importância da mediação do Supervisor Pedagógico no trabalho de formação dos professores, considerando a organização e sistematização desse trabalho;

identificou estratégias que podem ser usadas na formação dos grupos de estudo na escola; observou sugestões de atividades que podem contribuir para a coesão do grupo.

REGISTRO DE PARTICIPAÇÃO1.Segundo Terzi (2008), participar de um grupo de estudo não é o único canal para investir na formação docente, mas consideramos seu valor, justamente, por ser uma proposta de estudo:

1) Atualizada

2) Sistematizada

3) Com visão de futuro

4) Inquietante

2.Complete as lacunas utilizando as palavras dadas:Para o sucesso na organização de um grupo de trabalho de formação continuada, o Supervisor Pedagógico deve ______________ cuidadosamente os encontros, iniciando esse trabalho com ________________ para a formação do grupo e, em seguida, se valer de procedimentos que valorizem a ___________ do gupo. Também é importante construir um _________________ visando guardar a historicidade de todas as construções conjuntas.

1) documentar – provocações – coesão- planejamento

2) provocações-coesão-documentar-planejamento

3) planejamento-provocações-documentar- coesão

4) coesão- planejamento-provocações-documentar

5) documentar-coesão-provocação-planejamento

3.Aponte a afirmativa que corresponde a uma estratégia que valorize a coesão do grupo:

1) Leitura de textos.

2) Encontro para exploração da vida pessoal.

3) Aprendizagem constante.

4) Fundamentação teórica.

5) Escrita das memórias.

4.Em toda reunião de grupo de estudos deve haver um momento de replanejamento. Esse momento tem como objetivo:

1) Diversificar o estudo, trazendo temas mais amenos, que não tenha relação com o processo de ensino e aprendizagem.

2) Avaliação e auto-avaliação.

3) Exercícios de criação.

4) Discutir com os participantes as próximas leituras e retomada de conversa.

5) Apresentação do trabalho.

Resposta: 1-2, 2-1, 3-5, 4-4.

Aula 10 O PLANEJAMENTO DA AÇÃO SUPERVISORA Disciplina: Supervisão e Orientação PedagógicaObjetivo desta AulaAo final desta aula, o aluno será capaz de:1. Reconhecer a prática do planejamento como estratégia imprescindível ao alcance das intencionalidades pedagógicas na prática supervisora; 2. identificar os elementos que compõem o plano de ação do Supervisor Pedagógico; 3. estabelecer relação entre os elementos que compõem o plano de ação do Supervisor Pedagógico e sua prática.Como já vimos, nas aulas de Planejamento Escolar, todo trabalho é uma ação humana dirigida a um fim e uma de suas características é a antecipação mental da finalidade da ação. Por isso, planejar não é algo estranho ao trabalho, é o exercício de antever uma intervenção com intencionalidade e selecionar caminhos e procedimentos coerentes com o fim estabelecido.Dessa forma, podemos afirmar que o planejamento da prática na escola, representa uma necessidade inerente a esse tipo de intervenção social que leva à explicitação da nossa intencionalidade.Como já foi visto na aula 5, o objetivo específico da atuação do Supervisor Pedagógico na escola é o processo de ensino-aprendizagem, tendo como compromisso a garantia da qualidade da formação humana que se processa nessa instituição, não se esgotando, portanto, no saber fazer bem ou no saber o que ensinar.Assim, o trabalho pedagógico do supervisor tem compromisso explícito com a formação humana, e suas ações só vão ter sentido a partir das relações que estabelecem com o contexto social, político, econômico e educacional. Dessa forma, concluímos que a ação supervisora é uma ação política.Podemos dizer que um dos momentos de concretização do compromisso político do Supervisor Pedagógico diz respeito ao seu fazer técnico-pedagógico, sendo entendido como o domínio do saber escolar, dos métodos de ensino, da organização curricular, das regras que regem a instituição etc.Saviani (1991) nos lembra que uma forma de mediação desse compromisso político é a competência técnica e com ela enfatizamos o planejamento. Já Libâneo (1992, p. 92) traduz dessa forma: “O planejamento é uma atividade de reflexão acerca das nossas opções e ações; se não pensarmos detidamente sobre o rumo que devemos dar ao nosso trabalho, ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses dominantes na sociedade. A ação de planejar, portanto, não se reduz ao simples preenchimento de formulários para controle administrativo, é antes, a atividade consciente de previsão das ações, fundamentadas em opções políticos pedagógicas (...)”.Assim, podemos afirmar que o planejamento da prática pedagógica representa uma necessidade inerente a um tipo de intervenção que nos leva à explicitação da nossa intencionalidade, ou seja, no ato de planejar já manifestamos nossas opções, compromissos, princípios, enfim, nossas posições político-pedagógicas.Essa intencionalidade também emerge a partir de situações concretas: nossas angústias, dificuldades, insatisfações, enfim, desafios da nossa prática. Nesse sentido, um bom diagnóstico torna-se algo precioso, assim como uma análise rigorosa das brechas existentes para uma possível intervenção.Gandin (1994) estabelece a comparação do processo de planejamento com o trabalho de um médico, ressaltando que o processo de planejamento deve ser um processo científico e não meramente burocrático.O autor também alerta para não confundirmos a descrição do problema com diagnóstico, pois ele é algo posterior. Primeiro é necessário atenção à realidade, à clareza da situação, e o diagnóstico é a comparação entre essa realidade e o ideal de educação almejado.Decorre daí a necessidade do Supervisor Pedagógico estar atento ao que está estabelecido no Projeto Político-Pedagógico da escola.

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Neste momento, vamos mais uma vez recorrer a Gandin (1994) quando cita Rubem Alves com o “Escoteiro Inteligente”, a ação de um escoteiro perdido na floresta. É preciso organizar a ação, sempre tendo em mente seu caráter científico e, dessa forma, é preciso:

1- Compreender a situaçãoCompreender que situação significa se situar, reconhecer o contexto em que vai inserir sua prática ou seu pensamento. Essa visão do todo, esclarece as dimensões da situação em que se está inserido.Na escola, isso significa observar a visão que o grupo tem da realidade global, sua visão da realidade social, econômica, política e religiosa.

2- Estabelecer o rumoEstabelecer o rumo tem enorme importância no momento do planejamento, pois nada adianta saber onde estamos se não sabermos para onde ir.

3- Verificar a distância entre o desejado e o que se tem no momentoSignifica verificar a distância entre o desejado e o que temos no momento e ir além, ou seja, saber de que meios se dispõe e que dificuldades estão presentes ou podem surgir em relação à caminhada. Transferindo essa abordagem para o planejamento, esse é o momento da comparação entre a prática do grupo e o ideal dessa prática, traçado pelas pessoas do grupo: é o diagnóstico.

4- Definir o rumoDefinir o caminho significa que chegou o momento de organizar uma proposta de ação para interferir na realidade, a fim de aproximá-la da proposta concebida como ideal pelo grupo. Essas propostas só terão sentido em função do diagnóstico.

Quando o Supervisor Pedagógico define sua intencionalidade pedagógica, também precisa escolher e apontar ações necessárias para efetivar essa intencionalidade. É necessário responder às questões: Como tornar real a nossa projeção? Quais os passos, recursos, tempo, condições físicas e materiais? Essas questões vão ajudar a organizar o fazer do Supervisor Pedagógico face aos objetivos propostos e o ato de planejar vai possibilitar um revisitar permanente a todo o processo de planejamento.O plano de ação do Supervisor Pedagógico é um plano setorial e deve concatenar-se com o plano da escola onde já foi definido o marco operativo que é a explicitação dos princípios filosóficos da prática educativa almejada, tendo em vista aquilo que a escola quer ou deve ser.Então, lá no PPP da escola, no marco operativo, já está definida a visão de futuro daquela comunidade escolar. Com essa visão de futuro, também já foi possível a realização do diagnóstico que é o confronto da realidade existente com a realidade almejada.Significado de concatenar: (relacionar, encadear, ligar).Gandin (1994, p.90) orienta para que nesta etapa se responda a seguinte pergunta: “Até que ponto nossa prática realiza o que estabelecemos em nosso marco operativo?”Naturalmente, já teremos todas essas definições explicitadas no PPP da escola.Aí sim, o Supervisor Pedagógico já pode partir para a construção de sua proposta de ação.Encaminhamos uma sugestão de elementos constituintes do plano de ação do Supervisor Pedagógico:#Marco operativo#Diagnóstico#Programação-Objetivos gerais-Objetivos específicos-Estratégias-Normas-Atividades permanentes-AvaliaçãoObservações#O marco operativo da ação supervisora pode ser definido como a indicação do rumo que se pretende seguir, o horizonte que se busca, o projeto de contribuição do Supervisor Pedagógico às propostas da escola.Baseados em Gandin e Cruz (2000, p.59), sugerimos algumas perguntas que podem ajuda-lo na elaboração do marco operativo da Supervisão Pedagógica:- Conceitue a Supervisão Pedagógica.- Qual a abrangência do serviço de Supervisão Pedagógica?- Historicamente, como surgiu a Supervisão Pedagógica?- De que forma a Supervisão Pedagógica tem contribuído para o desenvolvimento dos valores estabelecidos no PPP da escola?- Quais devem ser as características da Supervisão Pedagógica para que possa contribuir para realização dos valores propostos no PPP?- Que compromissos e que opções a Supervisão Pedagógica vai ajudar a construir?Enfim, o marco operativo é um conjunto de opções baseadas em explicações teóricas que vão fundamentar o porquê da Supervisão Pedagógica na escola.#O Diagnóstico que deve conter um referencial e, neste caso, é o marco operativo, uma realidade (observação da prática) e juízo. Como já foi visto anteriormente, nesse momento cabe responder à seguinte pergunta: até que ponto a Supervisão Pedagógica está atuando de acordo com o que foi estabelecido no marco operativo? #A programação é a proposta para fazer acontecer os valores, as habilidades, os princípios e os conhecimentos que ficaram estabelecidos no marco operativo, através da satisfação das necessidades observadas no diagnóstico.- Objetivos gerais – descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da atividade a ser realizada, previstos para um ciclo ou área, são alcançados a longo prazo.- Objetivos específicos – previstos dentro de uma disciplina, unidade ou aula. É o desdobramento e a operacionalização dos objetivos gerais. Também chamados Comportamentais ou Instrucionais.- Estratégias – são ações, processos ou comportamentos planejados pelo supervisor, para colocar o professor em contato direto com coisas, fatos, fenômenos que lhes possibilitem modificar sua conduta, em função de sua reflexão e construção da autonomia.- Normas – regras e limites, dizem respeito às condições de trabalho, obrigações.- Atividades permanentes – respondem às necessidades administrativas, indicam ações que se repetem periodicamente.- Avaliação – descrição dos instrumentos e critérios a serem utilizados para verificar o alcance dos objetivos. De certa forma, é uma atividade permanente, pois é necessário estabelecer paradas periódicas para avaliação do processo.O Supervisor Pedagógico pode organizar seu plano de ação da seguinte forma:I – IdentificaçãoInstituição:Segmento:Período letivo:Outros dados:II – Marco operativoII – Marco operativo: são os pressupostos didático-pedagógicos que servem de referência para operacionalização do projeto de trabalho (c9nstrução realizada após observação do Marco operativo da escola).III – DiagnósticoIII – Diagnóstico: envolve um juízo sobre a realidade, aponta dificuldades, desafios e oportunidades que são oferecidas em relação aos princípios/ideais apresentados no marco operativo (distância entre o real e o ideal).IV – Programação

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SÍNTESE DA AULANessa aula você:

Identificou a necessidade do planejamento da ação supervisora como premissa de sua atuação política; reconheceu que o planejamento é um instrumento da ação política do Supervisor Pedagógico; observou os possíveis elementos que compõem o plano de ação do Supervisor Pedagógico.

REGISTRO DE PARTICIPAÇÃO1.Como já foi visto em aulas anteriores, a Supervisão Pedagógica tem como compromisso a educação voltada para a humanização, especialmente nesses tempos onde a individualização tem se apresentado como característica marcante. Observando a atuação do Supervisor Pedagógico por essa linha de pensamento, podemos afirmar que seu compromisso deve estar voltado, em primeira instância, para:

1) A função de controle dos processos

2) A ação política na formação dos atores do universo escolar.

3) O pilar da regulação, mas também o da emancipação.

4) Empatia e autenticidade.

5) A relação com as famílias na escola.

2.Para a construção do plano de ação supervisora é necessário que o Supervisor Pedagógico estabeleça uma relação de diálogo com as concepções de educação presentes na escola. Dessa forma, é necessário que o Supervisor Pedagógico tenha em mãos:

1) As Diretrizes Curriculares do segmento de sua atuação.

2) A Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

3) O Projeto Político Pedagógico da escola.

4) O Plano de Gestão da escola.

5) Os Planos de Curso dos professores.

3.Quando Gandin (1994) faz alusão ao “Escoteiro Inteligente” de Ruben Alves, ele estabelece um caminho que deve ser percorrido no planejamento. A primeira ação desse processo é a compreensão da situação e, no caso do plano de ação do Supervisor Pedagógico podemos definir essa ação como:

1) Busca dos sonhos e ações do gestor escolar.

2) Uso das diretrizes dos órgãos superiores.

3) Trabalho com as famílias.

4) Diagnóstico da situação escolar.

5) Compromisso com a adversidade.

4.Um dos elementos que pois tal e qual no Projeto Político Pedagógico é necessário:

1) Verificar os princípios operativos da gestão escolar 2) Estabelecer os princípios filosóficos que orientam a prática educativa almejada e com isso

guiar as ações da supervisão. 3) A expressão de ações concretas. 4)

Dividir as atividades do plano. 5) Estabelecer momentos para avaliação envolvendo, inclusive, os órgãos centrais.

Respostas: 1-2, 2-3, 3-4, 4-2.